Jornal brasil atual – limeira 35

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LIMEIRA

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Jornal Regional de Limeira

jornal brasil atual

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nº 35

AUTORITARISMO

DISTRIB

GRATUUIIÇÃO TA

Junho/Julho de 2015

SOCIAL

DISCRIMINAÇÃO Professor alega ter sido perseguido por direção escolar devido a suas tatuagens

JUVENTUDE Conferência debateu mecanismos de defesa dos direitos dos jovens

Pág. 4

EDUCAÇÃO

GREVE Após três meses, professores estaduais encerram paralisação

Pág. 6

FUTEBOL I PREVIDÊNCIA

NOVAS REGRAS PARA APOSENTADORIA Medida Provisória cria fórmula alternativa ao fator previdenciário; CUT quer melhorias no texto Pág. 3

INDEPENDENTE Galo se prepara para a disputa da Copa Paulista

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Limeira

2 LETRAS

Escola infantil incentiva a leitura

EDITORIAL O futebol está em festa. Não aquele futebol dos cartolas milionários, que existe às custas de contratos superfaturados, propinas e lavagem de dinheiro. Que por fim se tornou mais um negócio do mundo contemporâneo. O que está de fato em festa é o esporte do torcedor, do povo, parte fundamental da nossa cultura, que há anos vem sendo espoliado pelas classes dirigentes. Com a prisão de José Maria Marin, ex-presidente da CBF e ex-governador biônico da ditadura civil-militar, e a renúncia de Joseph Blatter, o presidente da FIFA das Copas bilionárias – que, segundo o jornal norte-americano The New York Times, também está sendo investigado pelo FBI –, é possível dizer que ainda há esperança para os amantes do esporte mais popular do mundo. Não deixe de conferir nesta edição a reportagem especial sobre um caso vergonhoso para aquela que é considerada a melhor escola pública do município. O professor de educação física Celso Pfister afirma ter sido discriminado pela direção da Escola Estadual Professor Antonio Perches Lordello devido às tatuagens que possui no corpo. O caso coloca em xeque o modelo disciplinador e pouco democrático da instituição, que já teve outros casos semelhantes no passado. Leia ainda a matéria sobre a Medida Provisória 676, que altera as regras para a aposentadoria, criando uma alternativa para o segurado fugir do fator previdenciário. No entanto, o texto enviado pelo governo federal não é unanimidade, e ainda terá de ser ratificado pelo Congresso Nacional em até 120 dias desde a sua publicação (18 de junho) no Diário Oficial da União.

O Centro Infantil Irene Gomes Bortolan, que fica no bairro Olga Veroni, está promovendo formas diferentes de estimular a leitura aos seus alunos a partir do método da contação de histórias. Em 2015, a escola, que atende crianças de até cinco anos de idade, promoveu a segunda edição da Semana da Leitura, com o intuito de fomentar o interesse dos pequenos pelo universo das letras. Ana Lúcia Faustin, diretora da instituição, diz que essas medidas miram no futuro dos meninos e meninas. “A leitura ajuda na criatividade, no raciocínio”, afirma. Desde maio, o colégio ainda conta com uma feira de troca de livros aos finais de semana, em que os pais podem

GIOVANNI GIOCONDO

Contação de histórias é um dos métodos utilizados

fazer esse intercâmbio literário para os seus filhos. “Como as crianças ainda não sabem ler, os familiares podem ler para elas aos finais de semana. Depois a meninada volta [para a escola] e

começa a organizar com os colegas as informações que ouviram dos pais. Se nas primeiras vezes os pais não leem, logo vão aderir, porque os colegas convencem seus filhos”, explica a diretora.

Sala interativa é um dos trunfos Os alunos também ganharam uma sala especial para participarem de aulas interativas de contação de histórias. O trabalho é feito pela professora Ellen Gracie Jacó. Na oportunidade em que a reportagem esteve na escola, Ellen interpretou “Cachinhos Dourados e os Três Ursos”, obra infantil do poeta inglês Robert Southey, publicada originalmente em 1837.

No teatro improvisado, panela, colher e mesa sustentam as porções de sopa que a menina come assim que invade a casa dos animais. Já as almofadas acomodam Cachinhos Dourados enquanto dorme satisfeita com a refeição. As crianças ficam atentas a cada movimento da peça, e logo depois conversam entre si e com a professora, mostrando o que aprenderam. Ellen diz que o primei-

ro contato dos alunos com a sala foi “maravilhoso”. “Eles se encantaram”, diz. A educadora acredita que o estímulo feito por meio da contação de histórias faz com que seus alunos “peguem o gosto pela leitura”, despertando “a vontade e o prazer de ler”. “A partir da leitura, eles vão entender que podem conseguir o que quiserem por si mesmos”, ressalta.

Expediente Rede Brasil Atual – Limeira Editora Gráfica Atitude Ltda. – Diretor de redação Paulo Salvador Edição Enio Lourenço Redação Ana Lucia Ramos, Giovanni Giocondo, Ivanice Santos e William da Silva Foto capa Previdência Fotos Públicas - Lula Marques/Agência PT Revisão Malu Simões Diagramação Leandro Siman Telefone (19) 99264 6550 (11) 3295 2820 Tiragem 15 mil exemplares Distribuição Gratuita


Limeira

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PREVIDÊNCIA

Novas regras para aposentadoria não são unanimidade CUT deve pressionar por melhorias na MP, que cria alternativa ao fator previdenciário por Redação RBA

DIVULGAÇÃO/CUT

No dia 18 de junho, foi publicada no Diário Oficial da União a Medida Provisória (MP) 676, que cria novas regras para a aposentadoria como alternativa ao fator previdenciário. A MP, que é uma reivindicação antiga das centrais sindicais, entretanto, não foi unanimidade. A CUT, por exemplo, considera a fórmula 85/95 uma conquista, mas questiona o modelo de progressividade. Para a entidade, a proposta do governo “não resolve as contas da Previdência” e atrasará o acesso dos trabalhadores à aposentadoria.

de 2017, acrescentando um ponto tanto para homens como para mulheres. A partir de 1º de janeiro de 2017, a fórmula passa a ser 86/96. Já em janeiro de 2019 passa a 87/97. Daí em diante se aumenta um ano até se configurar a fórmula 90/100, a partir de janeiro de 2022. Então, para receber integralmente o benefício correspondente à sua faixa de contribuição, respeitado o teto, a soma da idade com tempo de contribuição da

mulher terá de atingir a pontuação 90 (por exemplo, 55 anos de idade e 35 de contribuição); e a do homem, 100 (por exemplo, 64 anos de idade e 36 de contribuição). A fórmula que hoje define o fator previdenciário continua existindo como opção, se for mais vantajosa para o segurado. O fator leva em conta uma combinação de tempo de contribuição com a perspectiva de vida (média divulgada anualmente pelo IBGE) do segurado no momento em que se aposenta. Tanto o fator como as fórmulas alternativas têm a finalidade de inibir as pessoas de anteciparem suas aposentadorias. Vem daí a justificativa apresentada na MP 676: “Ao fazê-lo, visa a garantir a sustentabilidade da Previdência Social”.

Já está valendo

DIVULGAÇÃO/CUT

A MP 676 inclui cálculo para as aposentadorias na Previdência Social e adiciona uma fórmula progressiva a partir de 2017. Pelo texto, o segurado que preencher o requisito para a aposentadoria por tempo de contribuição poderá optar pela não incidência do fator previdenciário, no cálculo de sua aposentadoria, quando o total resultante da soma de sua idade e de seu tempo de contribuição, incluídas as frações, na data de requerimento, for igual ou superior a 95 pontos, se homem, observando o tempo mínimo de contribuição de 35; e igual ou superior a 85, se mulher, observando o tempo mínimo de contribuição de 30 anos. O governo introduziu, no entanto, uma fórmula progressiva que passará a vigorar a partir

DIVULGAÇÃO

Entenda o novo cálculo

“O modelo previdenciário não é só uma questão econômica, é, principalmente, uma questão de projeto de país, da sociedade que queremos. Não existe um modelo definitivo e, sim, o modelo mais adequado, que requer um profundo debate sobre o seu financiamento”, diz a Central, em nota assinada por seu presidente, Vagner Freitas. A CUT afirma ainda que “vai manter a campanha em defesa do 85/95, garantindo a aposentadoria integral a quem é de direito, e vai manter as negociações para que o Brasil tenha uma Previdência viável, sustentável e justa”.

A nova regra para o cálculo das aposentadorias da Previdência Social já está em vigor desde a sua publicação no Diário Oficial da União, no dia 18 de junho. A MP 676 tem validade de 120 dias até que seja apro-

vada pelo Congresso Nacional e se torne lei. A expectativa é que os parlamentares voltem a debater a matéria a partir de julho, podendo, inclusive, alterar o texto sancionado pela presidenta Dilma Rousseff.


Limeira

4 SOCIAL

Conferência debate direitos dos jovens no município Em iniciativa conjunta do poder público municipal e de entidades não governamentais dos direitos humanos, Limeira vem se destacando devido à criação de órgãos colegiados e de fóruns de debate, que visam garantir o fortalecimento do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) na cidade. A 9ª edição da Conferência Municipal da Criança e do Adolescente, realizada entre os meses de abril e maio, foi mais uma dessas iniciativas. A partir do evento foram eleitos delegados, que serão os responsáveis por fortalecer os Conselhos de Direitos da Criança e do Adolescente e por utilizar o fórum para garantir e implementar o Plano Decenal dos Direitos Humanos das Crianças e Adolescentes. Na conferência, pessoas diretamente atingidas pelas decisões nacionais sobre o tema, ou seja, as próprias crianças e adolescentes, também contribuíram com as discussões, ao lado de assistentes sociais e psicólogos, e mostraram, a partir de seus relatos, que a sociedade brasileira precisa

Naira Pereira Alves

ouvi-los melhor para entender o que eles precisam. Quem demonstra o quão essencial é a colaboração dos jovens para o debate é a estudante Naira Pereira Alves, de 17 anos. Para ela, o que falta em Limeira é um espaço disponível para que os jovens possam participar das decisões e mostrar o que de fato os incomoda. “Por isso é muito importante essa discussão,

Raquel de Oliveira Nunes

que nos dá voz, porque nós realmente sabemos do que precisamos”, salienta. A conselheira tutelar do município, Raquel de Oliveira Nunes, lembra também da importância da participação dos internos da Fundação Casa (Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente) no debate. “As melhores propostas vieram dos meninos da Fundação Casa, que falaram

ANUNCIE

Paula Furlan Gomes

sobre seus problemas cotidianos, dos maus-tratos e da violação de vários direitos, sobretudo à educação, à saúde, ao lazer e à cultura”, explica. Raquel diz que dois dos principais dramas que afetam a juventude pobre das periferias de Limeira são a falta de qualificação para o trabalho e o envolvimento com o tráfico de drogas. “O problema maior, no entanto, é que a polícia

Aqui!

GIOVANNI GIOCONDO

Encontro reuniu adolescentes e profissionais, que deliberaram formas de garantir conquistas prende e a justiça julga o adolescente como traficante, mas não existe o questionamento de como as drogas chegaram até eles. Não atacamos o verdadeiro criminoso”, critica. Nesse sentido, a assistente social e representante da Prefeitura na Conferência, Paula Furlan Gomes, destacou que o Conselho Municipal já se posicionou frontalmente contra a proposta de redução da maioridade penal de 18 para 16 anos, projeto em tramitação na Câmara dos Deputados, um dos alvos de debate no fórum. “As pré-conferências que fizemos mostraram outro lado dessa realidade que desconhecemos, o lado dos jovens submetidos à internação e às medidas socioeducativas de cerceamento de liberdade. Muitas vezes o debate público que surge através da mídia já traz uma ideia pronta e que ouve apenas um lado, o da criminalização. Por isso estamos organizando movimentos, disseminando essa discussão até os bairros, para que as pessoas entendam do que se trata [o projeto] e tomem uma posição”, esclarece Paula.

Telefone: (11) 3295 - 2820 E-mail: jornalba@redebrasilatual.com.br | jornalbrasilatual@gmail.com jornal brasil atual

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Limeira

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AUTORITARISMO

Professor alega ter sido discriminado por direção escolar Segundo Celso Pfister, suas tatuagens desagradaram os gestores da Escola Estadual Perches

ARQUIVO PESSOAL

A Escola Estadual Professor Antonio Perches Lordello, que fica no bairro Jardim Nova Itália, é considerada uma instituição modelo, tendo inclusive recebido o título de melhor colégio do Estado de São Paulo em qualidade de gestão, em 2008, da Unesco (Organização para a Educação, a Ciência e a Cultura das Nações Unidas). Entretanto, o colégio, de histórico disciplinador, tem ganhado a pecha de autoritá-

rio. É o que afirma o professor de Educação Física Celso Pfister, que alega ter sido alvo de preconceito por parte da diretoria da escola devido às tatuagens que possui. “Jamais na vida tinha sofrido algo parecido com o que aconteceu no Perches”, relata o docente, que fez um boletim de ocorrência para denunciar o constrangimento que sofreu diante de seus alunos. Contratado como substituto de uma colega que estava

sob licença-maternidade, no início deste ano, Pfister lecionou na escola por 90 dias. Segundo ele, desde o primeiro dia foi monitorado durante as atividades, como se a sua influência pudesse “corromper” o comportamento dos alunos. “Parecia um censor dos tempos de ditadura”, diz em referência a presença de “fiscais” durante as aulas. “Não são as tatuagens que tenho que vão mostrar se sou ou não um bom professor”, reclamou.

Escola utiliza métodos disciplinadores res: nada de cabelos compridos para os meninos, muito menos brincos ou piercings; tatuagens, nem pensar. O colégio também individualiza a identificação das carteiras de seus alunos para

Passado nebuloso No início dos anos 2000, um aluno de 13 anos foi o primeiro “alvo” do código de postura do Perches. Por ter os cabelos longos, ele foi impedido de entrar na escola. Segundo a direção, ele poderia usar o cabelo para “esconder drogas”. “Recebemos essa denúncia na época, passamos ao Ministério Público e houve um processo contra o Perches, que teve de aceitar o rapaz.”, conta Isabel. Para Pfister, seu caso re-

flete a falta de democracia no modelo de gestão escolar da escola. “É um conservadorismo desmedido”, ressalta. Nas redes sociais, ele teve apoio de alunos, ex-alunos, pais e professores em sua luta para denunciar a perseguição sofrida. Um processo foi aberto na Diretoria Regional de Ensino para apurar o caso. Em seu favor, Pfister tem o depoimento favorável da direção da Escola Municipal Professora Maria Aparecida de Luca Moore, onde leciona desde 2011.

constatar quem zela ou não pela higiene do seu espaço pessoal de estudos. Apesar desta série de regras impostas com o objetivo de manter a ordem, a disputa por uma vaga no Perches é fer-

renha graças a seu desempenho nos sistemas de avaliação, considerado de ótimo nível. Segundo Isabel Cândido, coordenadora do Conselho Tutelar de Limeira, todos os anos pais de crianças e ado-

lescentes formam filas no órgão para tentar colocar seus filhos na escola estadual, querendo que os jovens “andem na linha”. “Não tem vaga para todos”, resume.

Perches contra Pfister A reportagem do Brasil Atual fez contato com Patrícia de Campos Buck, diretora da Escola Estadual Professor Antonio Perches Lordello, mas ela alegou que não daria entrevista por não ter autorização da Secretaria de Educação. A assessoria de imprensa da pasta informou que a Diretoria Regional de Ensino abriu processo contra o professor Celso Pfister a pedido do colégio, porque ele estaria “incentivando os

ARQUIVO PESSOAL

Para estudar no Perches, que atende adolescentes do 5.º ano do ensino fundamental ao 3.º ano do ensino médio, existe um filtro quase aos moldes de antigas escolas religiosas ou milita-

alunos a não irem à aula durante o período de greve dos professores do Estado de São Paulo [encerrada dia 12 de ju-

nho], da qual participou ativamente”. Pfister disse que a acusação não procede. “Meu único pedido foi para que os alunos lutassem contra essa conduta antidemocrática da escola. Se não reagirem, vão sofrer com o mesmo problema”, reitera. A assessoria também informou que a denúncia de discriminação feita pelo professor contra a escola está sendo apurada pela Diretoria Regional de Ensino de Limeira.


Limeira

6 EDUCAÇÃO

Após 89 dias, professores encerram greve em SP por Redação RBA

FOTOS APEOESP

Categoria decide que ‘resistência não pode ir além da sobrevivência dos docentes’

Os professores da rede pública de São Paulo decidiram acabar com a greve iniciada no dia 16 de março. A decisão foi tomada no dia 12 de junho, durante assembleia realizada no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Cerca de oito mil docentes estiveram presentes, segundo a organização. A presidenta da Apeoesp (sindicato da categoria), Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel, justificou o fim da greve. “A resistência não pode ir além da sobrevivência dos professores.” Ela ressalta que houve descaso do governo. “Nós fizemos luta, fizemos marchas, nos acorrentamos, e o governo não se sensibilizou.” Desde abril, os docentes estão tendo

os dias parados descontados. Em junho, a maior parte deles teve zero de salário. A categoria judicializou a situação, mas a Justiça foi favorável ao governo paulista e manteve os descontos. Um grupo de docentes ligados ao Partido da Causa Operária (PCO) e uma tendência autodenominada autonomistas defendeu a continuação da greve. “Não faz sentido falarmos em seguir lutando se vamos desmobilizar a greve. Se é para seguir pressionando que seja paralisados”, defendeu um professor ligado ao grupo, que pediu para não ser identificado. A Apeoesp pretende realizar manifestações toda sexta-feira contra a proposta de

reforma do ensino médio que Alckmin está propondo. Entre outras medidas, ela pretende passar a responsabilidade para os municípios e possibilita que os alunos escolham as disciplinas nos últimos dois anos. As datas para as mobilizações ainda serão definidas. Outra batalha que ainda terá de ser travada pelos professores diz respeito à reposição das aulas, que Bebel defende que seja discutida com a categoria. “A reposição deve ser discutida nos conselhos de escola. E todos os professores têm direito à reposição. O governo diz que colocou professores para garantir as aulas, mas o conteúdo destas não foi trabalhado, o que prejudica os alunos”, afirmou.

Para a presidenta da Apeoesp, o governo paulista e a sociedade acabam sendo os maiores derrotados pela negação do governador em negociar melhores condições de trabalho para os professores. “A derrota é do governo, que não teve capacidade de negociar. Analise politicamente o que significa uma categoria ter zero de reajuste. Será que sou eu que vou pagar por isso? Os professores vão voltar cabisbaixos para as salas de aula”, argumentou. Ela também avaliou que a demora da Justiça em julgar o dissídio de greve também ajudou a enfraquecer os professores. A Apeoesp ingressou com uma ação de dissídio em 28 de abril, mas até agora ela não

foi julgada. “Ficar na incerteza se vai haver ou não o julgamento, se vai ter acerto ou não, dificultou muito manter a mobilização dos professores.” Os professores reivindicavam equiparação dos salários aos das demais categorias que exigem formação superior, com base na chamada Lei do Piso – o que representaria um reajuste de 75,33%, a ser pago até 2020. A categoria também queria negociar isonomia para os professores temporários – os chamados categoria ‘O’ –, que não têm seus direitos trabalhistas reconhecidos, e a reabertura de 3.390 salas de aula fechadas no início do ano pela gestão do governador Geraldo Alckmin (PSDB).


Limeira

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FUTEBOL I

Depois da A-2, Independente disputa Copa Paulista O Independente lutou muito para conseguir o acesso para a Série A-1 do Campeonato Paulista, mas não foi desta vez o triunfo. O time comandado pelo técnico Álvaro Gaia foi o 6.º colocado com os mesmos 35 pontos do Água Santa, porém com saldo de gols inferior – 4 gols, contra 7 do Mirassol (5.º) e 15 do Água Santa (4.º), último a se classificar para o acesso. A Ferroviária, o Novorizontino e o Oeste também farão parte da elite do futebol paulista em 2016. Para o Galo, restou o consolo de ter feito um campeonato digno, tendo figurado a maior parte do torneio entre os primeiros colocados e não se in-

GIOVANNI GIOCONDO

Torcida mostrou apoio pelo 6.º lugar no Estadual e presidente enalteceu o trabalho da equipe

timidando frente a outras equipes tradicionais do interior. Os limeirenses saíram do grupo de classificação apenas na penúltima rodada, após um

empate em casa com o Atlético Sorocaba. No jogo decisivo, frente ao Oeste, em Itápolis, outro empate dramático em 2 X 2 pôs fim ao sonho.

Nas redes sociais da Internet, os torcedores do Independente manifestaram apoio à grande campanha de estreia realizada pelo time na Série

A-2. O presidente do clube, Marcelo Assis, lamentou a perda da classificação, mas fez questão de ressaltar a raça e a dedicação de todos os jogadores do elenco. O próximo desafio da equipe é a Copa Paulista, que começa a ser disputada em 18 de julho. O Independente está no Grupo 2, ao lado de Rio Branco, União Barbarense e XV de Piracicaba. O primeiro jogo do Galo será no dia 25 de julho, contra o Rio Branco, de Americana, no estádio Agostinho Prada, o Pradão, às 16 horas. O campeão da Copa Paulista garante acesso à disputa da Copa do Brasil de 2016.

FUTEBOL II

Internacional permanece na Série A-3 do Paulistão Não será em 2016 que a Internacional voltará a enfrentar o Independente no clássico local, pelo menos não em uma divisão do Campeonato Paulista. A equipe ficou pelo caminho na disputa da Série A-3 e não se classificou para as semifinais, terminando na 6.ª colocação. Taubaté (campeão), Votuporanguense (vice), Juventus e Atibaia farão companhia ao Galo na Série A-2 em 2016. A diretoria da Inter mostrou indignação com a Prefeitura após a equipe

ter sido eliminada. Um dos problemas teria origem na falta de estrutura do estádio do Limeirão. O então presidente Taymon Bueno, que deixou o comando do clube após o fim da competição, responsabilizou a administração municipal pela interrupção das obras no estádio, que haviam sido acertadas no início deste ano. “A falta da estrutura prevista para a disputa do Campeonato Paulista forçou a diretoria a tirar dinheiro de onde não tinha para finalizar setores, como alojamentos e cozinha, que fazem parte do cotidiano

FACEBOOK.COM/INTERDELIMEIRA

Ex-presidente reclamou da Prefeitura e da falta de apoio dos torcedores por acesso frustrado

dos atletas”, ratificou. A diretoria também se mostrou descontente com o baixo número de torcedores que compareceu aos jogos na

cidade, apesar dos incentivos com ingressos a preços populares, tendo reduzido a arrecadação do clube e impedido mais investimentos no elenco.

Sem pontuação suficiente no ranking estadual, a Inter ficará de fora da disputa da Copa Paulista e, por enquanto, não tem atividades previstas para o time de futebol profissional no segundo semestre. Para o novo presidente do clube, Altair Bueno, uma das prioridades será contratar um gerente de futebol para intermediar as relações entre diretoria e atletas, além de montar antecipadamente o elenco para a disputa da Série A-3 do Campeonato Paulista em 2016.


Limeira

8 PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

GIOVANNI GIOCONDO

FOTO SÍNTESE – MANIFESTAÇÃO DOS BANCÁRIOS

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