O PROCESSO PROJETUAL DOS ESPAÇOS PARA EDUCAÇÃO INFANTIL
o projeto de um centro municipal de educação infantil
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LEANDRO HIDEKI OKAMOTO
O PROCESSO PROJETUAL DOS ESPAÇOS PARA EDUCAÇÃO INFANTIL O PROJETO DE UM CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL
TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO JANEIRO DE 2015 ORIENTAÇÃO PROF. DRA. HELENA AYOUB SILVA
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À minha filha Beatriz.
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AGRADECIMENTOS
Primeiro à professora Helena que aceitou me orientar. Segundo aos meus pais que me deram todo tipo de suporte desde que nasci. Terceiro aos amigos que contribuíram diretamente com o trabalho: Aline Salamanca, Ana Takeda, Lincoln Jyo, Luiz Felipe Cunha, Mariana Sakurada, Pamela Bassi e Thiago Monteiro. E à minha irmã Rubiani Okamoto. Aos funcionários das unidades de ensino que visitei, todos solícitos e que muito colaboraram com o trabalho. E deixo registrada a lembrança dos amigos que fiz nos lugares que passei. Homens Cordiais, Atlética, Labi, Federal, Parquinho Dom Tomás e companheiros de turma, de times e de caminhada. Esse trabalho foi construído por várias mãos, cabeças e corações em luta.
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SUMÁRIO Apresentação Histórico
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Referências Projeto
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Conclusões finais
capa: Maquete em escala da “Árvore-pássaro”. Fonte: ALMEIDA, Elvira.
Bibliografia
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contra-capa: Perspectiva à mão do projeto. Autora: M. Sakurada Fonte: Arquivo do autor esquerda: Porta-toalhas no banheiro das crianças na Creche Central da USP. Fonte: Arquivo do autor. página anterior: Fachada de creche em Montreal, Canadá, 1967. Fonte: SCHUDROWITZ, Rudolf
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Apresentação
Sumário Problematização No município de São Paulo, segundo informações veiculadas nos meios de comunicação, existe um déficit de aproximadamente de 90 mil vagas em creches¹. Se a unidade padrão projetada pelo Departamento de Edificações (EDIF) da Prefeitura Municipal de São Paulo (PMSP) pode abrigar em média 240 crianças², é necessária a construção de aproximadamente 400 edifícios novos ou 400.000 m² de área construída. Hoje o Estado é o principal protagonista na oferta de novas vagas, seja diretamente ou por meio de parceiras e convênios com outras instituições, sejam as religiosas ou filantrópicas. A questão é histórica, e traz consigo uma trajetória de mobilização, luta e conquistas, dos trabalhadores e trabalhadoras em prol de direitos, primeiramente voltados às mães em busca de autonomia sem abrir mão da segurança dos filhos e depois como conquista mais recente o direito da própria criança para ter acesso a uma educação emancipadora e formadora de suas habilidades motoras, psicológicas e sociais. Conhecendo o significado histórico dessa pauta, o processo projetual passa pela analise do programa e a compreensão do território. A resposta é a elaboração de um anteprojeto de arquitetura relacionando as questões que são caras à profissão: o desenho de ambientes que podem compor o instrumento capaz de colaborar com a ação educadora dos adultos e as interações entre estes e as crianças e ainda entre elas próprias. Ainda que um projeto não conte com uma participação direta em sua elaboração delas, a maioria dos Leandro Hideki Okamoto | Processo projetual do espaço para educação infantil
¹Infomações referentes aos anos de 2013 e 2014: http:// educacao.uol.com.br/ noticias/2013/08/29/ com-fila-de-127-milcriancas-em-sp-paisvao-a-justica-pedirvaga-em-creche. htm#fotoNav=5 acessado em 20/12/2014; http://educacao.uol.com. br/noticias/2013/08/20/ deficit-de-creches-desao-paulo-passa-de150-mil-vagas-apontaestudo.htm acessado em 20/12/2014;
usuários, a proposta tenta contempla-las o máximo possível sobre seu conforto e utilização dos ambientes. Em auxílio ao arquiteto são apresentadas muitas referências de uma arquitetura dos espaços para educação infantil que foram vivenciadas in loco em trabalhos de campo e que promovem o intercambio da Arquitetura com as outras áreas do conhecimento envolvidas, como a pedagogia e psicologia. O anteprojeto de um Centro Municipal de Educação Infantil (CEMEI), que é a união de creche com pré-escola, é apresentado com toda essa bagagem. Além da linguagem do modelo espacial (plantas e cortes), os trabalhos contem analise do território, do ambiente a ser inserido dos parâmetros básicos para a infra-estrutura presente em um ambiente em bom funcionamento.
http://www1.folha. uol.com.br/educacao/2014/03/1421363em-sp-90-mil-criancas-estao-a-espera-de-vaga-emcreche.shtml acessado em 20/12/2014; http://portal.sme.prefeitura.sp.gov.br/Main/ Noticia/Visualizar/PortalSMESP/Secretaria-Municipal-de-Educacao-encaminha-101130-criancas-para-matricula-nas-creches acessado em 06/01/2014;
²Fonte: projeto-padrão executivo obtido no EDIF. esquerda: Croqui da escultura “Árevore da FAU”. Fonte: ALMEIDA, Elvira.
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Histórico
histórico dos movimentos de luta por creches Em uma sociedade patriarcal como a brasileira, a mulher-mãe sempre esteve reservada as funções de reprodução e responsável também pelo cuidado do “lar”. A creche sempre foi um assunto de conflito e discórdia, pois se chocam a figura e o papel materno com as condições de sobrevivência da mulher trabalhadora e pobre. À exemplo da Europa na segunda metade do século XX, no Brasil a creche tinha como finalidade de liberar a mão-de-obra da mãe pobre, com a particularidade de que inicialmente a demanda era de trabalhadoras domésticas, pois aqui a industrialização estava em estágio primário de desenvolvimento.
No período pós-Segunda Guerra Mundial, o cuidado da criança e sua educação passou a acontecer cada vez mais fora das casas, em espaços coletivos como as creches, jardins-de-infancia e berçários.
As instituições de assistência social no Brasil no período entre o final do século XIX e o inicio do XX se fundamentavam no atendimento a infância. Segundo PALMEN³ no seu mestrado: A implementação de creches nas universidades públicas estaduais paulistas: USP, Unicamp, Unesp., as proposições politicas dessas instituições se fundamentavam em 3 ideias: médico-higienista, jurídico-policial e religiosa.
O espaço das creches no Brasil se transformou acompanhando essa questão, assumindo um caráter universalizante de ampliação dos direitos das próprias crianças e do dever não só das famílias, mas do Estado em prover o bem-estar infantil. Essa transformação se deu com muita mobilização e luta durante as décadas de 1960 e 1970 nos grandes centros urbanos país afora, para fazer valer o direito ao atendimento nas creches tanto pelo empresariado quanto pelo poder público. Essa pauta mobilizou e uniu diversas correntes, sendo capaz de articular uma luta conjunta de moradores por vezes muito distantes geograficamente.
No contexto da mulher no ambiente urbano em expansão e da organização da industrialização, as reinvindicações das mães trabalhadoras por locais que abrigassem seus filhos foram aumentando, portanto o objetivo principal das primeiras creches foi realmente de atender ao trabalho feminino, sendo reforçado em 1943 com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) que determinou que as empresas com mais de 30 mulheres trabalhadoras tivessem um lugar para a guarda de suas crianças durante o período de amamentação. Leandro Hideki Okamoto | Processo projetual do espaço para educação infantil
“Essa mudança no padrão de criação das crianças pequenas foi decorrente não só das transformações ocorridas no mundo produtivo e das modificações das relações de gênero, como também das mudanças na concepção de “criança pequena”.” (PALMEN, 2005).
Como contam em seu artigo Léa Marques e Renata Moreno, durante a década de 1980, o movimento manteve como reivindicação a abertura de novas unidades e manutenção das existentes, enquanto tentava articular de forma autônoma e voluntária as suas próprias experiências com o auxilio de organizações alheias ao Estado e com práticas pedagógicas alternativas. No processo de redemocratização, a articulação em torno do tema foi decisiva para
³ PALMEN, Sueli H. C. A implementação de creches nas universidades públicas estaduais paulistas: USP, Unicamp, Unesp. Tese de Mestrado. 2005. MARQUES e MORENO em artigo A Luta por Creches e a Autonomia das Mulheres parte do livro Perspectivas feministas para a igualdade e autonomia das mulheres publicado pela SOF Sempreviva Organização Feminista, 2009. 4
esquerda: Ambiente da sala de atividades das creches da Secretaria do Menor. Fonte: Revista Arquitetura e Urbanismo nº23
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Histórico
a inclusão das creches como direto universal à educação na nova constituição que estava em disputa. A Constituição Brasileira de 1988 e posteriormente a Lei de Diretrizes e Bases para Educação (LDB) de 1996 5 asseguraram o reconhecimento da criança como sujeito cidadão, portanto portador de direitos como à educação e transformando o papel das creches como locais de formação, complementar à estrutura familiar, das capacidades cognitivas e socializantes das crianças não somente um espaço de cuidado. “Ao inserir a “figura” da creche no capitulo da Educação na Constituição Brasileira, oficializou-se a entrada desta no sistema educacional e ao inserir no capitulo dos Direitos Sociais, se reconheceu como um direito do trabalhador e principalmente como um direito da criança.” (PALMEN, 2005, pág.61). Fator importante é também a própria transformação da concepção sobre a obrigação exclusiva da mulher no cuidado da criança. Assim, a partilha da responsabilização sobre a educação e formação infantil, atividade muito complexa desde cedo, passa a ser coletiva sobre toda a sociedade. No âmbito jurídico, as creches deixam de ser administradas pelas Secretarias de Assistência Social e passam às Secretarias de Educação, como ocorreu no Município de São Paulo 6 (MSP) e no resto do país, de acordo com a LDB-96. Nos anos de 2012 e 2013 foram lançados alguns programas nas três 14
5 BRASIL, Lei de Diretrizes; DE DIRETRIZES, Lei. Bases da Educação Nacional. Lei, v. 9394, p. 96, 1996.
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esferas de poder, voltadas para o amparo a infância. Estes visam auxiliar aos municípios a conseguir oferecer a população esses serviços. São eles: Brasil Carinhoso no âmbito federal, Programa Creche -Escola no Estado de São Paulo e o São Paulo Carinhosa no MSP. Entre outras ações esses programas promovem a construção de mais unidades de creches, seja ao facilitar a obtenção de dinheiro ou do projeto. Ainda assim em 2013 se registrou um déficit grande
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Histórico
de vagas em todo o país 7. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) 2010 8 somente 38,1% das crianças entre 0 e 5 anos estão frequentando estes estabelecimentos de ensino. Especificamente em São Paulo a luta por mais creches se organizou em movimentos sociais, com ativa influência feminista durante as décadas de 1970 e 1980 9. O Movimento de Luta por Creches, que reuniu mulheres-mães pertencentes às camadas mais pobres e médias foi bastante atuante na cidade, em expansão urbana acelerada, e a pressão feita foi histórica. Estado ou empresas deveriam possibilitar que durante o horário de trabalho das mães, as crianças possam ser abrigadas e cuidadas. Muitas creches e unidades de educação infantil pré-escolares públicas foram construídas em regiões periféricas e carentes, como conquistas do movimento. Maria G. M. Gohn em seu livro 10 relata o processo de luta pelas creches, originário de outro coletivo, ligado à Igreja Católica: os “Clubes de Mães” que reuniam as mulheres para realização de trabalhos manuais e também para a discussão de problemas cotidiano satravés de uma leitura com viés social do Evangelho . Destes clubes, cridados no inicio da década de 1970, emergiram importantes movimentos sociais como o Movimento do Custo de Vida (também conhecido como Movimento Contra a Carestia) que surge, primeiramente, na periferia sul da cidade e chega ter alcance nacional. Com a importante colaboração institucional da Igreja Católica através das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), o movimento conseguiu se articular e cobrar do Estado (no caso a Prefeitura) a instalação de Unidades Educacionais para as crianças da região ou a instituição de convênios para auxiliar entidades que Leandro Hideki Okamoto | Processo projetual do espaço para educação infantil
7 Segundo reportagem é um déficit de 10 milhões de vagas em todo país: http://g1.globo. com/profissao-reporter/ noticia/2013/06/deficitde-vagas-para-criancasem-creches-no-paischega-10-milhoes.html acesso em 06/12/2014.
IBGE/PNAD Síntese de Indicadores Sociais. Uma Análise das Condições de Vida da População Brasileira. 2010. Pág.12 8
9 PALMEN afirma que contemporaneamente aos movimentos sociais que lutavam por melhorias nas cidades os grupos feministas atuavam “lutando pela revisão do papel da mulher na família e sociedade e responsabilizando a sociedade pela educação das novas gerações.” 10 GOHN, Maria da Glória Marcondes. A força da periferia: a luta das mulheres por creches em São Paulo. Vozes, 1985.
página anterior: Registro de anotações sobre o “clube das mães”. fonte: Arquivo do Estado de São Paulo.
acima: Polícia reprime manifestação do Movimento do Custo de Vida na praça da Sé, 1978. fonte: Folha de S.Paulo.
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Histórico
já realizavam esse trabalho. O movimento por creches não era uma pauta isolada, mas convergia com outras demandas de uma população que era muito desatendida pelo poder público. As mesmas mulheres militavam concomitantemente em movimentos de luta por moradias ou equipamentos de saúde. A grande maioria das creches existentes hoje originam-se desse período. Por exemplo, as projetadas pelo arquiteto Ruy Ohtake, a serviço da extinta Secretaria de Assistência ao Menor, que serão abordadas posteriormente, foram criadas nesse contexto, com sua localização determinada pelos locais de trabalho das mulheres, no caso ao lado das estações de metrô na Zona Leste da cidade, assim como as creches nos campi das universidades públicas paulistas. O refluxo dessas lutas se deu após a redemocratização. As pautas foram absorvidas e canalizadas pelos partidos, principalmente, o Partido dos Trabalhadores (PT) ou pelos sindicatos ligado ao partido como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e que proporcionou ações pela via institucionais como no mandato da prefeita Luiza Erundina. A política econômica neoliberal nos anos 1990 e início dos 2000 também reduziu drasticamente o poder do Estado, principalmente sobre as políticas sociais. (MARQUES e MORENO, 2009). direita: Ambiente externo da creche da Secretaria do Menor. Fonte: Revista Arquitetura e Urbanismo nº23
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Histórico
Situação atual Segundo o site 11 da Secretaria Municipal de Educação (SME), na cidade de São Paulo, em dezembro de 2014 há 1.600 CEIs e Creches Conveniadas, 3 CEMEIs e 533 EMEIs, com as seguintes classificações de unidades públicas destinadas à educação infantil:
– Minigrupo II - até 25 crianças por educador; e – Infantil I e II– até 30 crianças por educador.
– CEIs - Centros de Educação Infantil e Creches Conveniadas, para crianças de zero a 3 anos e 11 meses; – EMEIs - Escolas Municipais de Educação Infantil, que atendem crianças de 4 a 5 anos e 11 meses; – CEMEI - Centro Municipal de Educação Infantil, que recebe crianças de zero a 5 anos e 11 meses; – CEIIs - Centros de Educação Infantil Indígena, que integram os CECIs - Centros de Educação e Cultura Indígena, e trabalham com crianças de zero a 5 anos e 11 meses; e – EMEBS – Escolas Municipais de Educação Bilíngue para Surdos, que cuidam de crianças de 4 a 14 anos.
São Unidades Educacionais com profissionais, edifício e bens móveis da Prefeitura, que atendem crianças de zero a 3 anos, em período integral.
CEIs Diretos
Creches Conveniadas ou Centros de Educação Infantil da Rede Pública Indireta
Estas instituições, conhecidas como CEI Indireto, mantêm convênios com a Prefeitura do Município de São Paulo. São entidades - associações e outras organizações – geralmente de viés religioso, que mantêm Centros de Educação Infantil/Creches destinados ao atendimento preferencial de crianças de zero a 3 anos e 11 meses. É um expediente muito utilizado pelo poder publico municipal, pois CEIs - Centros de Educação Infantil garante a abertura de vagas do modo mais simples e rápido para Os Centros de Educação Infantil (CEIs) atendem preferencialmente atender a demanda. Durante o período do convênio, as entidades crianças de Berçário I, Berçário II, Minigrupo I e Minigrupo II. Em gerenciam o edifício e bens móveis da Prefeitura, para desenvolverem atividades correspondentes ao plano de trabalho específico, algumas unidades, há também os grupos de Infantil I e II. inclusive quando o imóvel é locado pela Secretaria Municipal de Educação. Nessa modalidade e nas Creches Conveniadas, o local As turmas têm a seguinte proporção de número de crianças por e o plano de trabalho são submetidos a uma vistoria da Diretoria educador: Regional de Ensino (DRE) local, se as legislações são atendidas, a concessão é realizada. – Berçário I - até 7 crianças por educador; – Berçário II - até 9 crianças por educador; – Minigrupo I - de até 12 crianças por educador; Leandro Hideki Okamoto | Processo projetual do espaço para educação infantil
11 http://portal.sme. prefeitura.sp.gov.br/Main/ Page/PortalSMESP/ Unidades-Educacionais-1 acesso em 06/12/2014
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Histórico
- Centros de Educação Infantil/Creches Particulares Conveniadas Unidades que desenvolvem atividades correspondentes ao plano de trabalho específico do convênio, em imóvel da própria entidade, a ela cedido, por ela locado com recurso financeiro próprio ou com verba repassada pela Secretaria Municipal de Educação para custear as despesas com as instalações. EMEIs - Escolas Municipais de Educação Infantil São Unidades Educacionais com profissionais, edifício e bens móveis da Prefeitura, que atendem crianças de 4 a 5 anos e 11 meses. Algumas Unidades Educacionais atendem Mini Grupos II. Ao final desta etapa, as crianças ingressam no Ensino Fundamental I. Na maioria das Unidades Educacionais, o atendimento acontece em dois turnos diurnos e, em algumas, há atendimento em período integral. A formação das turmas tem a seguinte proporção de número de crianças por educador: – Minigrupo II - até 25 crianças; – Infantil I – até 30 crianças; e – Infantil II – até 30 crianças. CEMEI - Centro Municipal de Educação Infantil Atualmente existem poucas unidades CEMEI em funcionamento 18
no MSP. Duas na (DRE) Campo Limpo, e uma na DRE Capela Socorro (Cidade Dutra). A Unidade Educacional atende cerca de 700 crianças de zero a 5 anos e 11 meses e é uma modalidade recém -implantada no sistema educacional do município (2012) 12, que tem dois núcleos: Núcleo Creche, que compreende crianças de 0 a 3 anos de idade e o Núcleo Pré-Escola, compreendendo crianças de 4 a 5 anos de idade, unindo um CEI com uma EMEI. No projeto dos Territórios CEU, que preveem 20 novos equipamentos nos próximos anos estão previstos nas unidades educacionais a instalação de CEMEIs em todas. CEIIs - Centros de Educação Infantil Indígena Os Centros de Educação Infantil Indígena (CEII) - Unidades Educacionais vinculadas aos Centros de Educação e Cultura Indígena (CECIs) Jaraguá, Tenondé Porã e Krukutu - oferecem atendimento às crianças guarani mbya de zero a 5 anos e 11 meses. Respeitando as escolhas da comunidade guarani com aldeias na cidade de São Paulo, as atividades são realizadas na língua guarani e organizadas por educadores indígenas das próprias aldeias, a partir de um calendário escolar que considera os ciclos da natureza e os ensinamentos tradicionais dos mais velhos. O currículo segue os processos próprios de aprendizagem desenvolvidos a partir dos interesses, dos hábitos e das crenças indígenas, ao mesmo tempo em que favorece o acesso dos educadores e das crianças guarani às informações e aos conhecimentos técnico-científicos da sociedade não indígena. Leandro Hideki Okamoto | Processo projetual do espaço para educação infantil
SÃO PAULO, DECRETO Nº 52.895, DE 4 DE JANEIRO DE 2012. 12
Histórico
EMEBS - Escolas Municipais de Educação Bilíngue para Surdos São Unidades Educacionais da Prefeitura que atendem desde a Educação Infantil até a Educação de Jovens e Adultos. Na Rede Municipal de Ensino de São Paulo, existem seis unidades de Educação Bilíngue para Surdos. Nestes espaços, a Língua Brasileira de Sinais (Libras) é a primeira língua. Oferecem aos surdos, surdos com outras deficiências associas a surdez e surdos cegos, condições para que tenham acesso a todo o currículo de forma adequada e possam se desenvolver plenamente. Demanda existente Uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo publicada no dia 04 de dezembro de 2014 13, traz a evolução da demanda por vagas em unidades de creches no MSP. Segundo dados da SME em novembro são 187.535 crianças de zero a 3 anos e 11 meses na fila de espera, um número recorde, desde que os dados começaram a ser divulgados em 2007. No dia 26 de dezembro de 2014 o site da secretaria publicou uma reportagem14 afirmando que 101.130 crianças saíram desta fila. A realocação dessas vagas poderia ser creditada ao avanço das crianças mais velhas realocadas em EMEIs ou EMEFs, e a pressão do Ministério Público para a abertura de novas vagas por meio de convênios novos15. Assim, segundo o próprio órgão em janeiro de 2015, 86.405 crianças estão esperando por vagas.
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13 http://www1.folha. uol.com.br/cotidiano/2014/12/1557403fila-da-creche-em-saopaulo-bate-recordesob-a-administracaohaddad.shtml acesso em 10/12/2014 14 http://portal.sme. prefeitura.sp.gov.br/Main/ Noticia/Visualizar/PortalSMESP/Secretaria-Municipal-de-Educacao-encaminha-101130-criancas-para-matricula-nas-creches acesso em 31/12/2014. 15 http://www.redebrasilatual.com.br/ educacao/2013/08/ministerio-publico-quer-elaborar-plano-com-prefeitura-de-s-paulo-para-ampliar-creche-6100.html acesso em 06/12/2014.
acima: Evolução da demanda por vagas em creches no MSP em 2013 e 2014. Fonte: http:// portal.sme.prefeitura. sp.gov.br/Main/Noticia/ Visualizar/PortalSMESP/Secretaria-Municipal-de-Educacao-encaminha-101130-criancas-para-matricula-nas-creches acesso em 31/12/2014.
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Referências
estudos de caso A seguir são relatados dois casos distintos de espaços pensados para educação e formação infantil para além do cuidar dentro do contexto atual da sociedade brasileira: a Creche Central da USP, proveniente do Estado, inserido no contexto urbano e pensado desdo o projeto para a educação infantil, e as Cirandas, mobilizadas pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), e são independentes do Estado, mas sempre o buscando, no contexto campesino e com espaços adaptados para cumprir sua função.
creche central da usp Dentro do contexto de mobilização e luta dos movimentos sociais por mais creches na cidade de São Paulo na década de 1960, como descrito anteriormente, surge um movimento de funcionários (na sua maioria mães) das universidades paulistas reivindicando um local para abrigar seus filhos pequenos durante o período de trabalho. O primeiro ato que se tem notícia foi uma “Passeata dos bebes” em 1975, quando funcionários, professores e alunos encaminharam-se até a Reitoria protestando contra o não oferecimento de uma creche no interior do campus. A partir daí a Reitoria designa a Coordenadoria de Assistência Social (COSEAS) atual Superintendência de Assistência Social (SAS) como condutora de um projeto de creche da USP. Esse projeto foi interrompido no ano seguinte por falta de recursos e retomado em 1979 quando se iniciaram as obras para a construção do prédio que foram concluídas em 1982, ano de Leandro Hideki Okamoto | Processo projetual do espaço para educação infantil
inauguração da creche. (PALMEN, 2005) A concepção da Creche Central da USP e de suas outras unidades pelos outros campi no interior do Estado de São Paulo é pioneira á época, por considerar a creche como uma unidade de Educação Infantil, contemplando os direitos da criança ao cuidado e a educação . Binômio que foi consolidado anos mais tarde com a Constituição Brasileira de 1988.
ao lado: Atividade com crianças na Comuna Urbana Dom Tomás Balduíno, 2012. fonte: Arquivo do autor.
O edifício da Creche Central é dividido em quatro setores totalizando 1400m². Atualmente abriga 170 crianças. Elas são separadas de acordo com sua faixa etária, em três módulos que são interligados por um edifício de serviços e onde é feito o acesso das crianças, pais e funcionários. O modulo 1 foi o primeiro a ser construído e abriga as crianças do “Berçário Menor” de 4 a 12 meses divididas em 2 grupos de 8 a 12 crianças. Os banheiros possuem duchas, bancadas e tanques para troca e banhos e um salão de refeições com cadeirões, com uma cozinha separada do resto da creche. Os berçários são equipados com berços que são desmontados conforme vai avançando o ano e o crescimento das crianças. Os módulos 2 e 3 foram construídos posteriormente em um momento de expansão da creche nos anos 1990 e hoje abrigam as crianças de 1 ano a 5 anos e 11 meses, separadas em 8 grupos de 15 a 17 crianças por idade. As plantas semelhantes em formato trapezoidal são compostas por um corredor central que relacionam as salas de atividades com um grande salão onde se realizam as
16 Segundo depoimento da coordenadora da Divisão de Creches da SAS-USP, Maria Clotilde Barros Magaldi ao mini-documentário Crianças na USP: 25 anos das Creches do COSEAS, disponível em http:// vimeo.com/36423370 acesso em 06/01/2015.
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Referências
refeições e outros momentos coletivos de aprendizado e brincadeira. As salas de atividades de cada grupo têm portas duplas e janelas amplas. O mobiliário de toda a creche é adaptado para a escala da criança, possibilitando uma autonomia maior em relação aos adultos e proporcionando às crianças a experimentação e a possibilidade de relação direta com o ambiente. As salas de atividades são multifuncionais, e o seu mobiliário permita às educadoras utilizar o conceito de “cantinho”. Como o horário de atendimento da creche é integral, sua manutenção e limpeza devem ser as mais práticas possíveis e os acabamentos de piso e parede devem proporcionar a sensação de conforto térmico e principalmente acústico. É importante destacar também a importância dos espaços abertos no ambiente da creche, todos os dias por algumas horas as crianças ficam nas áreas externas equipadas com os mais diversos brinquedos, intervenções no terreno, que lhes proporcionam experiências que também desenvolvem suas habilidades motoras e sensoriais. Fazendo a ligação entre os 3 módulos está o prédio de serviços e administrativo que abriga a cozinha, lavanderia, setor de funcionários e diretoria. Como a Creche Central adotou um modelo de creche aberta, onde os pais respeitando as regras internas da instituição podem frequentar os mesmos espaços das crianças e podem adentrar ao espaço da creche não existe um saguão de espera ou de recepção para os horários de chegada e saída, uma diferencia notável em relação às outras creches. 22
acima: Planta e corte do Prédio da Creche Central da USP. O Módulo central é o mais antigo. fonte: SEF.
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Referências
Como um espaço em frequente transformação, inclusive do seu programa, o prédio vai passando por adaptações e improvisos, pelo fato de que as reformas nos prédios da Cidade Universitária são geralmente difíceis e vagarosas.
direita: Ambientes internos da Creche Central da USP. fonte: Arquivo do autor.
A concepção de um espaço pedagógico em ressonância com a teoria sócio interacionista que tem como principal pensador Lev Vygotsky como prática pedagógica é o que norteia a gestão dos espaços da unidade. De modo resumido, segundo essa teoria, o desenvolvimento da criança se dá pela interação entre ela e o ambiente, e entre ela e as outras pessoas, sejam adultos ou outras crianças, não somente pelo desenvolvimento biológico, por ser um ser social e que vive em comunidades. A Superintendência de Assistência Social (SAS-USP) administra também outras unidades nos campi da USP, a Creche Oeste, também localizada na Cidade Universitária Armando Salles de Oliveira (CUASO), a creche da Faculdade de Saúde Pública e a Creche Carochinha no campus da cidade de Ribeirão Preto, as demais unidades localizadas em outros campi estão em processo de integração ao organograma da SAS-USP.
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Referências
página inteira: Ambientes da Creche Central da USP, no sentido horário: Entrada, Cozinha, Salão de refeições e Sala de atividades fonte: Arquivo do autor.
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Referências
página inteira: Ambientes da Creche Central da USP, no sentido horário: Salão, Parquinho, Banheiro e Sala de atividades fonte: Arquivo do autor.
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Referências
ciranda do dom tomás balduíno O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), que completou 30 anos em 2014 possui uma estrutura organizacional própria para tratar dos mais diversos assuntos do cotidiano dos assentamentos e ocupações dos latifúndios, para que a Reforma Agrária não se limite apenas ao acesso a terra, mas para além disso, sua ocupação e sua função social 17. Para promover uma educação que leve em consideração o contexto cultural do campo e da luta dos trabalhadores rurais o MST promove alguns coletivos de militantes que discutem a questão da educação dos chamados “Sem-Terrinhas” em seu espaço a “Ciranda” com um projeto politico-pedagógico. A Ciranda é um espaço que abriga e forma crianças de 0 até 12 anos moradoras dos assentamentos do movimento. O espaço visto antes como um local de abrigo para que as mães possam trabalhar na produção, passou a ter uma atenção especial para a primeira educação das crianças e seu desenvolvimento, principalmente no contexto rural sem escolas ou creches, majoritariamente equipamentos urbanos, em locais próximos. É raríssimo encontrar um edifício que tenha sido construído para abrigar o espaço de educação infantil, mesmo nos assentamentos mais consolidados, geralmente são instaladas em locais residuais ou que foram adaptados de sua função original. O MST participa de assentamentos na região metropolitana de São Paulo, a Comuna Urbana Dom Tomás Balduíno fica em Franco da Rocha a aproximadamente 60 km de São Paulo, e foi um dos primeiros assentamentos de reforma agrária no Estado de São 26
direita: Imagem de construções que abrigam do espaço da Ciranda, no Dom Tomás Baluíno. fonte: TAKEDA, Ana. abaixo: Exemplo de construções que abrigam do espaço da Ciranda, essa na Escola Nacional Florestan Fernandes. fonte: Arquivo do autor.
16 SERRA, Elpídio; SOBRINHO, Alaíde Paulino. A proposta pedagógica do MST e as escolas de campo-doi: 10.4025/bolgeogr. v31i2. 13031. Boletim de Geografia, v. 31, n. 2, p. 143-152, 2012.
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Referências
esquerda: Planta e corte sem escala do edifício que abriga a Ciranda da Comuna Urbana Dom Tomás Balduíno. fonte: TAKEDA, Ana.
Paulo no inicio da década de 2000 18. No local residem por volta de 60 famílias instaladas em seus lotes, divididas em três setores: Azul, Vermelho e Verde. No encontro das estradas que ligam esses setores e junto da área social que abriga os equipamentos coletivos encontra-se a Ciranda do Dom Tomas, instalada num prédio que segue uma das tipologias das casas dos assentados. A edificação é composta de um prédio em “U” que forma um pátio interno, que foi coberto com telhas translucidas para evitar a inutilização do espaço em dias de chuva, onde são realizadas as atividades coletivas. O prédio térreo abriga uma cozinha, sanitários e três salas de atividades. Por ser o maior equipamento de uso coletivo existente na comuna, todos os eventos ocorrem lá. O projeto foi desenvolvido pelo escritório Usina CTAH em 2006 durante o processo participativo com os assentados. As crianças ocupam o espaço da Ciranda em horários alternados com a escola formal que frequentam no município de Franco da Rocha, uma das principais diferenças das chamadas “Comunas Urbanas” das “Comunas Rurais”. Essa relação e a não obrigatoriedade de desenvolvimentos das habilidades cognitivas, sensoriais e espaciais que são desenvolvidas na “escola urbana”, fora do contexto rural e de luta pela terra, tornam o caráter da Ciranda mais assistencial.
http://passapalavra. info/2009/12/16180 acesso em 06/12/2014. 18
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Ainda assim, diversos trabalhos são desenvolvidos com as crianças frequentadoras com muitos grupos de universitários que tem alguma relação com o movimento. Nesse contexto, nos anos de 2012 e 2013 um grupo de estudantes da FAU USP desenvolveu um trabalho de extensão para a construção de um parquinho para a 27
Referências
página inteira: Atividades de apropriação do espaço pelas crianças realizadas durante projeto de extensão de alunos da FAU em 2012 e 2013 fonte: Arquivo do autor.
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Referências
Ciranda do Dom Tomás. Por meio de um processo participativo com as crianças e toda a comunidade para a composição do espaço do brincar, que se configurasse como um equipamente público para os pais também. Com a escassez de recursos do projeto, o material utilizado era proveniente dos recursos naturais do próprio local e a mão de obra dos próprios moradores e extensionistas. O resultado do processo, foi um parque que apesar de não estar na área contigua a Ciranda, se configurou com um equipamento de lazer para as crianças do local. Apesar de ainda carregar uma forte tarefa de cuidar das crianças na ausência das mães, a Ciranda é um espaço pensado também para a educação infantil, considerando a criança, ou como são chamados os “Sem-Terrinhas” como sujeitos portadores de direitos, muitos dos quais conquistados pela luta de seus antecedentes.
direita: Atividades de apropriação do espaço pelas crianças realizadas durante projeto de extensão de alunos da FAU em 2012 e 2013 fonte: Arquivo do autor.
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Referências
outras referências Apresenta-se a seguir outros exemplos de espaços destinados a educação infantil, visitados durante o desenvolvimento do trabalho ou fruto de pesquisas junto aos órgãos estatais responsáveis. Também foram encontradas e analisadas outras referências de projeto, mas que não foram visitadas. A leitura das plantas e cortes e de memoriais descritivos permitiram concluir alguns questionamentos que servem de referência projetual durante o processo.
esquerda: Brinquedo no CEI Tatuapé. fonte: Arquivo do autor. direita: Foto da creche da Secretaria do Menor, 1988, fonte: Revista Arquitetura e Urbanismo nº23.
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Referências
cei ceu butantã Público: 0 a 3 anos Capacidade: 300 crianças Area: 406.84 m² Funcionamento: turno integral O projeto dos Centros Educacionais Unificados, os CEUs, desenvolvido pelos profissionais Alexandre Delijaicov, André Takiya e Wanderley Ariza, é um projeto com uma parceria entre o EDIF e as Secretarias Municipais da Educação e de Cultura do Município de São Paulo e se tornou uma referência em espaços educacionais inseridos
em centros urbanos. Especificamente o edifício da CEI, o único que não pode ser conjugado com os outros módulos, tem uma volumetria específica, circular, com janelas percorrendo toda a fachada, e o acesso realizado pela região central. O térreo livre permite uma analogia poética do prédio com uma árvore.
planta e corte esc:1:200 32
fonte: EDIF
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Referências
acima: Imagens externas do prédio do CEI no CEU Butantã. fonte: Arquivo do autor.
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Referências
Cei padrão edif Público: 0 a 3 anos Capacidade: 240 crianças Area: 930,00 m² Funcionamento: turno integral
onde são distribuídos os ambientes do programa de acordo com a implantação e as especificidades de cada local.
O EDIF tem um projeto padrão base de Centros de Educação Infantil que podem ser adaptados de acordo com as especifidades do local da implantação. Isso facilita o atendimento a demanda por vagas com a construção mais rápida de novas unidades educacionais. O projeto consiste em um bloco único com dois pavimentos
planta e corte esc:1:200 34
fonte: EDIF
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Referências
página inteira: Imagens dos ambientes de algumas CEIs com projeto padrão da EDIF que foram visitadas. fonte: Arquivo do autor.
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Referências
cei tatuapé Público: 0 a 5 anos Capacidade: 140 crianças Area estimada: Funcionamento: Turno Integral O projeto dessas creches, do arquiteto Ruy Ohtake, foi encomendado pelo governo estadual de São Paulo pela Srecetaria do Menor no final da década de 1970 para abrigar os filhos dos funcionários das empresas públicas como a Sabesp, Emplasa e Eletropaulo e se tornou também uma referência pelo cuidado do autor com as atividades
planta sem escala 36
exercidas naqueles espaços e por terem sido implantadas ao lado das estações de metro da Linha 3 – Vermelha na Zona Leste. Hoje a administração está nas mãos da SME de São Paulo e atende as crianças da comunidade local.
fonte: Revista Arquitetura e Urbanismo nº23.
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Referências
página inteira: Imagens dos ambientes da CEI Tatuapé, projeto do arquiteto Ruy Ohtake. fonte: Arquivo do autor.
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Referências
cei padrão pro-infância Público: 0 a 5 anos Capacidade: Area: 1323,00 m² Funcionamento: Turno integral para creche e meio turno para Pré-Escola
fícios, térreos, que separam os ambientes de acordo com o uso, em volta de um grande pátio externo com áreas cobertas ou não.
CO2
CO2
O programa do Ministério da Educação voltado para a educação infantil disponibiliza em seu site um modelo padrão de projeto de novas creches para facilitar a implantação desse equipamento em novas localidades. O projeto consiste na conjugação dos edi-
planta e corte esc:1:200 fonte: Site do programa pró-infância do Ministério da Educação
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Referências
cei e pré-escola padrão pro-infância Público: 0 a 5 anos Capacidade: 150 crianças Area: 843,10 m² Funcionamento: dois turnos Para suprir a falta de vagas de creches nas cidades do interior do Estado de São Paulo, o Fundo de Desenvolvimento da Educação (FDE) promoveu convênios com as prefeituras das cidades mais carentes para a construção desses equipamentos no projeto Escola-Creche, onde a prefeitura local viabiliza o terreno e o projeto e as obras ficam
a cargo do FDE. O projeto padrão constitui-se de um edifício único com um grande corredor central que separa de um lado o setor pedagógico e do lado oposto os de serviço e administrativos.
planta e corte esc:1:200 Leandro Hideki Okamoto | Processo projetual do espaço para educação infantil
fonte: Helena Ayoub Arquitetos
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Referências
PRATICAS DE REFLEXÃO PARA O ESPAÇO EDUCACIONAL INFANTIL Mayumi Souza Lima e Elvira Martins Duas referências importantes de produção do espaço público que levam em consideração e tem como principal protagonista: a criança. Curiosamente não existem registros que possam ter realizado algum trabalho juntas, apesar de militarem na mesma área e terem visões complementares sobre o tema. Elvira Martins, (1945-2001) formada em desenho industrial teve uma vasta produção. A tônica de seu trabalho era a reutilização de materiais para a elaboração principalmente de brinquedos, ou como ela chamava “esculturas lúdicas”, e instalações para grandes espaços abertos e públicos. O material passava por transformações, ganhando um caráter lúdico, como a cor e ganhava assim um novo significado, pelos seus usuários. Essas esculturas foram preferencialmente construídas em espaços públicos, com contato e participação popular nos locais onde foram construídos, e tem um aspecto interessante em comparação aos brinquedos comumente encontrados nos espaços de lazer infantil, que possuem um padrão rigoroso de qualidade e segurança, e são produzidas industrialmente. “Os brinquedos de Elvira, ao contrário disso, envolvem riscos. As crianças devem domar as estruturas propostas, sem caminho monolítico, ativando cadeias musculares abandonadas no cotidiano e exercitando-se em formas assimétricas, instáveis, que exigem equilíbrio, força, desLeandro Hideki Okamoto | Processo projetual do espaço para educação infantil
treza e jogo de cintura. Os brinquedos tendem a incentivar escaladas, mas há várias maneiras de acessar o topo de um brinquedo e também de voltar ao chão.” (LEON, em Elvira de Almeida, invenção de campo de trabalho 19).
esquerda: Escultura lúdica no pq. Chico Mendes, 1989. fonte: ALMEIDA, Elvira.
Há também a questão do figurativo, os materiais assumiam formas que se assemelhavam a outras e deixavam a interpretação destas pela criança de acordo com suas experiências, um brinquedo poderia ser um cavalo ou um cachorro. Almeida apresentava suas obras como “Arte Lúdica”, pois almejava que sua escultura não se restringisse a ser somente contemplativa e o seu público era convidado a uma “interpretação poética”, com o uso do corpo e coletivamente, interagindo entre si sendo adultos ou crianças. Mayumi de Souza Lima (1934-1996) arquiteta formada pela FAU USP e funcionária de diversos órgãos públicos onde em sua trajetória se dedicou a produzir uma arquitetura que propiciasse uma educação emancipadora dos indivíduos através da educação. Para ela, era necessária a transformação do espaço escolar, negligenciado pelos arquitetos, e um dos mecanismos reprodutores da dominação social pelas classes dominantes, detentoras do poder econômico e politico (LIMA,1989) 20. Para isso é importante dar a criança no processo de produção do seu espaço um protagonismo que antes não tivera. Atuante dentro da estrutura estatal, Mayumi trouxe uma importan-
http://www.agitprop.com.br/index. cfm?pag=ensaios_det&id=23&titulo=ensaios acesso em 24/12/2014. 19
20 LIMA, Mayumi Souza. A cidade e a criança. Nobel, 1989.
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Referências
esquerda: Instalação ludica na Associação Jaguarente de Esportes, 1991. fonte: ALMEIDA, Elvira. abaixo: Elementos lúdicos dos playgrounds das EMEIS construídas pela EMURB, 1991. fonte: LIMA, Mayumi de Souza.
te reflexão sobre os espaços da escola formal e liderou um projeto de construção massificada de equipamentos públicos quando coordenou o Centro de Desenvolvimento de Equipamentos Urbanos e Comunitários (CEDEC), um núcleo de pesquisas e de produção de componentes e equipamentos urbanos, dentro da Empresa Municipal de Urbanização (EMURB) no final da década de 1980 e no início da década de 1990 como relata Tatiane Machado em seu mestrado “Ambiente Escolar Infantil”. “O direcionamento de suas atividades em três frentes principais – participação crescente do usuário nas decisões de planejamento e de uso; busca de qualidade dos espaços e ambientes e instalações oferecidas; e oferta de informações claras e objetivas – tinha como objetivo, assim, romper com o quadro de deficiência e má qualidade dos equipamentos sociais e urbanos e introduzir – através de ações concretas – novos processos de produção do espaço urbano” (MACHADO, 2008, p.97).
21 MACHADO, Tatiana Gentil. Ambiente Escolar Infantil. Mestrado FAUUSP. 2008.
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As pré-escolas e creches construídas nesse período tinham uma qualidade no seu projeto. Havia uma grande integração entre os ambientes internos e externos que eram fluidos e contínuos, e do edifício com o resto da cidade. A intenção era evitar seu isolamento com a construção de grandes muros, optando por alambrados com cores neutras e em detalhes como resgatar o nome do bairro e destacar a caixa d’água, ponto mais elevado dos projetos destacando-se na paisagem urbana.
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Referências
Para a produção em ritmo industrial dos elementos construtivos, optou-se por usar peças pré-fabricadas de argamassa armada, leves e duráveis e que são uma alternativa viável para obras de equipamentos públicos. O sistema era inspirado nas pesquisas realizadas na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC-USP) e do trabalho do arquiteto João Filgueiras Lima, com a diferença que o adotado pelo CEDEC era aberto, de acordo com as especificidades de cada projeto (LIMA, 1993) 22. A iniciativa foi descontinuada ao término da gestão de Luiza Erundina na Prefeitura de São Paulo. Andrea Zemp do Nascimento faz uma breve comparação entre as obras das duas profissionais em seu trabalho de mestrado 23. Enquanto Mayumi militava dentro do Estado e dentro das instituições da escola formal, Elvira trazia suas obras ao espaço livre e sem vínculos com as escolas. A questão política era muito mais latente na atuação de Mayumi. Ambas entendiam como prioridade a transformação da concepção do espaço para a educação infantil, pois sua produção tinha um “papel fundamental na conquista de autonomia pela criança” ao ser o cenário onde as crianças constroem suas relações, através das interações, com o mundo que as cerca e a ideia de que o lúdico, a brincadeira era o instrumento para o alcance da autonomia pelas crianças.
direita e abaixo: Elementos lúdicos dos playgrounds das EMEIS construídas pela EMURB, 1991. fonte: LIMA, Mayumi de Souza
Lima descreve o processo com detalhes em seu livro Arquitetura e Educação, Nobel. 1995. 22
23 NASCIMENTO Andréa Zemp Santana do. A criança e o arquiteto: quem aprende com quem?. FAU-USP, 2009.
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Problematização
Sumário
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Projeto
diretrizes de projeto Para facilitar a produção e a reprodução em outros contextos, adotou-se uma modulação tanto no eixo vertical (0,175m) quanto no eixo horizontal (1,250m). E tomou-se como diretrizes as seguintes questões: - Ambiente acolhedor para as crianças - Predominância de iluminação e ventilação naturais. - Integração dos espaços internos e externos - Espaços coletivos amplos Analisando as informações coletadas em campo, as referencias de projeto e na literatura sobre o assunto foi possível chegar ao progra- - Setorização dos grupos para melhor operação e gerenciamento do ma de uma creche e pré-escola pública situada numa região perifé- espaço rica do Município de São Paulo, um Centro Municipal de Educação Infantil (CEMEI). A decisão foi por escolher um equipamento que possa atender a mais crianças por mais tempo, do seu nascimento até a entrada no ensino fundamental. A cidade apresenta uma demanda que é a falta de vagas em centros de educação infantil, principalmente em regiões periféricas e que afeta as camadas mais vulneráveis da população. É uma carência significativa na composição de um sistema público de educação que pretende acolher e educar na formação de novos cidadãos.
esquerda: Escultura lúdica ”Árvore-pássaro” no Clube Harmonia de Tênis, 19877 fonte: ALMEIDA, Elvira.
O objetivo é apresentar uma alternativa de projeto para resolver as carências da sociedade, tendo o Estado como garantidor dos direitos básicos de todos os cidadãos, desde a infância. E deve-se atentar à limitação do projeto de um equipamento público. Dada a carência de equipamentos na região, a idéia é que o edificio possa ser uma referência icônica no bairro, assim como foram os CEUs, ainda mais pela sua localização topográfica.
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Problematização
Sumário
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Referências
a questão da organização do espaço das creches Tendo o histórico apresentado em vista, a discussão da importância do espaço físico sobre o desenvolvimento da criança é recente, segundo Forneiro , advêm do final da década de 1980 (David & Weinstein, 1978; Wachs & Camli, 1991). Mas em geral os ambientes infantis são pouco planejados, pois desconsideram as necessidades próprias das crianças favorecendo o controle e organização interna funcional do local. David & Weinstein defendem que os ambientes construídos para as crianças devem atender a promoção de cinco funções do desenvolvimento da criança consideradas essenciais: - identidade pessoal; - desenvolvimento de competência; - oportunidades de crescimento; - sensações de segurança e confiança; - oportunidades para convívio social e privacidade. acima: Troca e banho para berçário na CEI Vila Medeiros. Fonte: Arquivo do autor. esquerda: Brinquedos de montar. Fonte: Arquivo do autor.
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Projeto
definição do programa A Secretaria Municipal de Educação apresenta em seu site a seguinte definição para o Centro de Educação Infantil e podemos extender para as Escolas Municipais de Ensino Infantil: “Estas unidades educacionais são espaços coletivos privilegiados de vivência da infância. Elas contribuem para a construção da identidade social e cultural das crianças, fortalecendo o trabalho integrado do cuidar e do educar, numa ação complementar à da família e da comunidade. O trabalho educacional proporciona segurança, alimentação, cultura, saúde e lazer, com vistas à adequada inserção na sociedade, prevenção de doenças e conflitos familiares, promoção da saúde e proteção à infância”.
direita: Alunos do sistema de educação infantil municipal Fonte: Site da SME. abaixo: Corredor da CEI Vila Medeiros Fonte: Arquivo do autor.
O programa foi fundamentado na portaria 3479/11 da PMSP que estabelece um programa mínimo para a implantação de um CEI, e adaptado de acordo com as exigências para abrigar crianças de 4 a 5 anos. Os ambientes foram agrupados de acordo com suas características de uso em quatro grupos para melhor operação e gestão do equipamento: um setor pedagógico, onde ficam os bebês e as crianças; um setor administrativo e um setor de serviços onde ficam as tarefas necessárias para a operação da unidade.
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Projeto
PROGRAMA CEMEI ÁREAS AMBIENTES ADULTOS CRIANÇAS SUB- TOTAL TOTAL UNIDADE TÉCNICA Diretoria 2 12 Secretaria 2 25 Coordenação pedagógica 2 12 Professores (reunião) 18 25 Professores (trabalho) 4 25 Pequena Enfermaria 2 12 Espera ou recepção 10 25 Sanitário Masculino 12 Sanitário Feminino 12 Almoxarifado 7,5 Depósito de material de 12 limpeza (DML) UNIDADE SÓCIO-PEDAGÓGICO Berçário 1 2 12 40 Berçário 2 2 12 40 Berçário 3 2 12 40 Berçário 4 2 12 40 Sala 1 2 12 40 Sala 2 2 12 40 Sala 3 2 24 40 Sala 4 2 24 40 Sala 5 2 24 40 Solário 100 Leandro Hideki Okamoto | Processo projetual do espaço para educação infantil
Refeitório Pátio coberto Pátio externo Sala multimidia Laboratório Sala multiuso Biblioteca
2 2 2 UNIDADE DE ASSISTÊNCIA
Banho e troca Lactário Sanitário crianças Cozinha Depensa
100 250 100 25 25 25 25 50 25 100 42,5 7,5
UNIDADE DE SERVIÇOS Lavanderia Recepçao de cargas Sanitário vestiário funcionário masculino Sanitário vestiário funcionária feminino Lixeira Depósito Copa de funcionários CIRCULAÇÃO ÁREA INTERNA ÁREA EXTERNA TERRENO
25 15 25 25 5 25 25 340,00 1800,00 2963,90 4763,90 49
Problematização
Sumário
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Projjeto
análise do território Jardim Fontalis, zona Norte O local de implantação do projeto foi escolhido depois de uma consulta informal com técnicos da Diretoria Regional de Ensino (DRE) do Jaçanã/Tremembé no Jardim Fontalis, Zona Norte do Município de São Paulo. Segundo dados do site da Secretaria Municipal de Educação são 29.529 atendimentos em 130 Unidades Educacionais para infância na Região do Jaçana-Tremembé .
ESCOLAS DE EDUCAÇÃO INFANTIL POR TIPO (DATA DE REFERÊNCIA: 26.DEZ.2014) MODALIDADE CEI DIRETO CEI INDIRETO CEI CENTRO EDUCACIONAL UNIFICADO CRECHE PARTICULAR CONVENIADA ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL EMEI CENTRO EDUCACIONAL UNIFICADO CENTRO DE CONVIVÊNCIA INFANTIL/CENTRO INFANTIL DE PROTEÇÃO A SAÚDE
esquerda: Imagem de satélite do bairro do Tremembé, São Paulo. Fonte: Google Earth.
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Fonte: http://eolgerenciamento.prefeitura. sp.gov.br/frmgerencial/ NumerosCoordenadoria. aspx?Cod=108800
QUANTIDADE 23 24 1 43 37 1 1 Fonte: http://eolgerenciamento.prefeitura. sp.gov.br/frmgerencial/ NumerosCoordenadoria. aspx?Cod=108800
TOTAL DE MATRICULAS POR “SÉRIE” NA EDUCAÇÃO INFANTIL (DATA DE REFERÊNCIA: 26.DEZ.2014) SÉRIE VAGAS ATENDIMEN- VAGAS OFERECITOS REMADAS NESCENTES BERÇARIO I 1456 1441 24 9 7 2 BERÇÁRIO I ESCOLA DIFERENCIADA BERÇÁRIO II 3730 3704 26 9 9 0 BERÇÁRIO II ESCOLA DIFERENCIADA INFANTIL I 7234 7071 163 INFANTIL II 7688 7527 161 MINIGRUPO I 5056 5027 29 MINIGRUPO I 14 12 2 ESC DIFERENCIADA MINIGRUPO II 4758 4717 41 MINIGRUPO II 20 14 6 ESC DIFERENCIADA TOTAL 29983 29529 454 51
Projeto
análise do território O terreno escolhido tem 4.763,90m² com aproximadamente 30m de frente com 162m de extensão e está prevista a instalação de uma CEI direta com projeto padrão no local pela Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras (SIURB). A cota do ponto mais alto é 803,29m e do ponto mais abaixo é 790,00m totalizando 13,00 metros. O Plano Regional Estratégico de 2004 (que passa por um processo de revisão) prevê para o terreno uma Zona Mista de Proteção Ambiental (ZMp), no limite da Serra da Cantareira.
Fonte: SVMA - PMSP
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A região, densamente povoada, (1,008 hab/ ha ), como característica comum às periferias das grandes cidades, carece de equipamentos públicos, geralmente instalados em regiões mais centrais. O lote está na Rua Augusto Rodrigues, que é uma via coletora por onde passam os ônibus que acessam as ruas mais altas do bairro e que concentra os equipamentos educacionais existentes. Ela está ligada diretamente com a principal via no bairro a Rua Ushikishi Kamia, que concentra o comercio da região e é a conexão com o resto da cidade.
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Projeto
o entorno As habitações vizinhas são predominantemente horizontais de padrão precário e suas ruas têm calçadas e o leito carroçável estreitos. É uma região em franca expansão urbana, por ser periférica em uma cidade com forte especulação imobiliária nas regiões centrais.
RUA AUGUSTO RODRIGUES
A principal dificuldade alegada pelos técnicos da prefeitura para a instalação de novos equipamentos na periferia é a ausência de terrenos vazios suficientemente amplos.
TERRENO ESCOLHIDO
Fonte: Google earth
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Projeto
perspectivas gerais do terreno Fonte: Arquivo do autor
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Projeto
Sumário
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Problematização
o ANTEprojeto de um cemei no jd fontalis Sumário
Como o terreno escolhido é alongado optou-se por um volume único afastado 5 metros de cada limite lateral do terreno e recuado 20 metros do limite da calçada com o lote, na direção leste-oeste.
ALAMEDA DOS P
Para avançar sobre o terreno íngreme sem grandes volumes de movimentação de terra optou-se por projetar meio-níveis para a ocupação. No limite ao leste se tem o acesso á Rua Augusto Rodrigues, nos lados Norte e Oeste residências unifamiliares com gabarito baixo e no Sul o terreno faz limite com um muro de uma Igreja. Não existe interferência significativa de sombreamento em ponto algum do terreno nem se notou no local grande incidência de ruído vindo da rua. Mesmo assim optou-se por locar os berçários do lado oposto.
INTASSILGOS
O edifício proposto tem 1.800m² de área construída dividido em três pavimentos e abriga 144 crianças divididas em grupos de 12 ou 24 de acordo com sua faixa etária.
implantação
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RUA
AUG
USTO
ROD
RIGU
ES
ALAMEDA DOS SABIÁS
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Projeto
o anteprojeto de um cemei no jd fontalis No 1º pavimento estão locados os setores de serviço e apoio: cozinha, despensa, refeitório com pé-direito de 3,50m e os pátios com pé-direito duplo de 7,00m. A sala de atividades especiais une uma biblioteca com estrutura para atividade com audiovisual e o “Laboratório” prevê grandes bancadas para aulas de artes. Ele abriga também uma arena-auditório para as apresentações coletivas e festas da comunidade. O “palco” dessa arena se prologa para além do edifício, se conectando com uma laje externa que pode fazer às vezes da quadra.
1 ARENA 2 SALA MULTIMIDIA 3 LABORATÓRIO 4 BIBLIOTECA 5 SALA MULTIUSO 6 LAVANDERIA 7 VESTIÁRIO FUNC. MASC. 8 VESTIÁRIO FUNC. FEM. 9 COPA FUNC 10 DEPÓSITO 11PÁTIO INTERNO 12 REFEITÓRIO 13 DESPENSA 14 COZINHA 15 PÁTIO EXTERNO 16 ELEVADOR
planta 1º pavimento (798.25) 58
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798.25
796.50
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Projeto
O ANTEPROJETO DE UM CEMEI NO JD FONTÁLIS No 2º pavimento, no nível 800,00 é feito o acesso da Rua Antônio Rodrigues e foi concentrado o setor técnico, juntando os ambientes do administrativo e dos educadores. O Recuo do edifício em relação a calçada é de aproximadamente 15m e abriga o bolsão de estacionamento com aproximadamente 7 vagas. O controle do acesso é feito pela Secretaria e existe uma Espera para os pais aguardarem enquanto pegam as crianças.
1 SALA DOS PROFESSORES 2 REUNIÃO 3 SANITARIO FEM. 4 SANITÁRIO MASC. 5 COPA PROFESSORES 6 ARQUIVO 7 SECRETARIA 8 CIRCULAÇÃO/ESPERA 9 DEPÓSITO 10 ALMOXARIFADO 11D.M.L. 12 SANITÁRIO FEMININO 13 SANITÁRIO MASCULINO 14 COORD PEDAGÓGICO 15 DIRETORIA E VICE DIRETORIA
planta 2º pavimento (800.00) 60
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800.00
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Projeto
O ANTEPROJETO DE UM CEMEI NO JD. FONTÁLIS No 3º pavimento, 1,75m acima, ficam concentrados os ambientes do setor pedagógico, onde ficam as crianças com um pé direito de 3,50m. Juntos dos ambientes dos Berçarios I e II e diretamente ligados estão localizados os recintos da Troca dos Bebes e Lactários/Copa dos Bebes. As crianças mais novas tem esse espaço segregado por conta de exigências sanitárias por conta de um sistema imunológico ainda em desenvolvimento, mais frágil. Outra demanda dessa idade é um solário que está em uma sacada que pela vista apresenta-se um mirante com uma bonita vista da região.
1 BERÇÁRIO I 2 BERÇÁRIO II 3 BANHO E TROCA 4 BERÇARIO III 5 LACTÁRIO E COZINHA PARA BEBÊS 6 SOLÁRIO 7 BERÇÁRIO IV 8 SALA DE ATIVIDADES I 9 SANIT. ACESSÍVEL 10 SANITÁRIO CRIANÇAS 11 SALA DE ATIVIDADES II 11 SALA DE ATIVIDADES III 12 SALA DE ATIVIDADES III 13 SALA DE ATVIDADES IV 14 SALA DE ATIVIDADES V 15 SALA DE ATIVIDADES VI
planta 3º pavimento (801.75) 62
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801.75
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63
planta COBERTURA 64
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65
Projeto
A
A
corte aa 66
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Projeto
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Projeto
fachada norte
801.75 800.00 798.25 796.50
fachada sul 68
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Projeto
801.75 800.00 798.25 796.50
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Problematização
D
C
B
D
C
B
Sumário
800.00
corte bb 70
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Problematização
Sumário 801.75 800.00 798.25
corte CC
801.75 800.00 798.25
corte DD Leandro Hideki Okamoto | Processo projetual do espaço para educação infantil
71
Projeto
800.00
FACHADA LESTE
801.75 800.00 798.25
FACHADA OESTE 72
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Projeto
não machucar as crianças. O projeto propõe também dois generosos pátios cobertos para realizar as atividades coletivas entre classes também nos períodos chuvosos e também auxiliar na circulação do ar entre os pavimentos.
educação alimentar.
Nos ambientes pedagógicos, de estadia das crianças e bebes, foram projetadas grandes aberturas de piso a teto, para a entrada abundante de luz e ventilação natural, com a regulação destas feitas por vidros sombreados, verdes e na fachada mais voltada para o Norte um pequeno brise-soleil do tipo tela perfurada com cores diversas.
A solução proposta para a cobertura é um sistema de lajes plissadas ou corrugadas, onde se vence maiores vãos, no caso de 20 metros e a inclinação resolve sobre as águas da chuva. As lajes, de concreto armado, são inclinadas e atuam sistematicamente como um papel dobrado várias vezes ganhando resistência maior. O sistema estrutural proposto é de pilares e vigas convencionais de concreto armado moldados in loco.
Caracterização geral dos ambientes Em questões que foram pensadas durante o projeto
Para garantir a ventilação cruzada foram instalados caixilhos sobre as portas. As portas das salas de atividades têm folhas duplas e se prevê uma mola para
Nos espaços abertos se propõe uma horta, um pomar e um bosque que auxiliarão os educadores em atividades com as crianças, principalmente sobre
A circulação vertical e horizontal é bastante ampla, os corredores têm no mínimo 2,50m de largura, o suficiente para um fluxo médio de pessoas nos dois sentidos. Foram previstas duas escadas em U que distam 35m entre elas e um elevador com paradas a meio nível para cadeirantes e carrinhos de bebês.
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Na área externa no fundo do lote, se propõe mudanças na topografia do terreno, propondo um arrimo no findo do lote no limite com as residências vizinhas.
Salas de atividades: - Paredes com pintura cor bege ou azul claro, sem texturas e que permitam a instalações de murais. - Piso Vinílico ou outro material semelhante com fácil manutenção e limpeza. - Forro em material cor branca ou clara com isolante térmico acompanhando o desenho da laje da cobertura. - mobiliário na escala da criança Áreas molhadas
- Paredes e pisos com azulejos de cores claras. Áreas administrativas: - Pisos e paredes com pinturas de cor clara, com iluminação artificial de 90 lux. - Forro em grade modular para circulação de ar. Áreas de circulação: - Pisos claros de fácil manutenção e limpeza, porém não propagadores de ruído. Sinalização para deficientes visuais. Áreas de depósito: - Paredes em pintura acrílica e pisos em cimento queimado
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Problematização
Sumário
panorâmica geral 74
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Problematização
Sumário
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Conclusões finais
perspectiva interna 76
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Conclusões finais
CONCLUSÕES FINAIS Na cidade de São Paulo existe um déficit considerável de vagas em creches, segundo próprios dados da Secretaria Municipal de Educação são por volta de 90 mil crianças na fila de espera por vagas, e que estão sendo cuidadas pelos seus pais, (pelo responsável pelas tarefas domésticas, geralmente a mulher), por outras pessoas da família, tias ou avós ou por profissionais cuidadoras pagas, as babás. Essas crianças estão privadas do atendimento e da educação que elas têm por direito do Estado.
recentes inclusive na legislação que é suficientemente avançada, mas não é aplicada nem considerada com a devida importância nas políticas educacionais. O Estado ainda é no Brasil o principal provedor de instituições de educação infantil e seus modelos são os referenciais.
Esse direito não foi concedido paternalmente. As creches são historicamente conquistas da luta e organização da população, primeiro para assegurar a autonomia da mulher-mãe trabalhadora e depois para assegurar à criança o direito a educação e cuidado desde os primeiros anos de vida.
A atual separação da gestão entre CEIs e EMEIs remete a divisão antiga entre as duas. As creches pertenciam as Secretarias de Assistência Social e agora respondem às Secretarias de Educação assim como as pré-escolas. A leitura é que a atual tendência é que cada vez mais instalem-se CEMEIs que abrigam a criança desde seu nascimento até o primeiro ano do Ensino Fundamental, aos 6 anos, num plano educacional que vise o desenvolvimento das competências e habilidades.
Isso significa que as escolas de educação infantil e pré-escolar como concebidas hoje são espelho do processo cheio de conflitos e resistência frente à subvalorização da mulher e da criança. Mesmo assim, não foi possível ainda dar o salto da questão familiar e patriarcal e que supere a idéia de que os cuidados domésticos são exclusivos da mulher. Esse aspecto ainda é muito importante e está presente nos movimentos reivindicatórios por mais centros de educação infantil perante qualquer esfera. Uma política pública de creches pode contribuir para essa transformação ao universalizar a responsabilidade pelas crianças.
Por isso é importante a retomada dos projetos que visavam e visam ainda hoje um melhor espaço físico para o aprendizado e a conquista da autonomia pelas crianças, seu empoderamento. Uma boa arquitetura deve zelar pelo equilíbrio entre as necessidades do adulto que acompanha as crianças e o espaço das crianças para formar um ambiente educador de preferência de maneira lúdica. Brincar é importante para a criança. No cenário onde as cidades são cada vez mais segregadas e violentas, a escola é o espaço cada vez mais raro de liberdade e da brincadeira. Pensar sobre os equipamentos que compõem o urbano significa pensar sobre ele.
A pauta do direito à educação infantil tem status de indiscutível, mas a discussão dos métodos e das ferramentas para sua aplicação ainda estão sendo debatidas e aprimoradas. As mudanças são
A creche e EMEI são a porta de entrada de muitas crianças no sistema educacional, ainda sim um percentual baixo de crianças está efetivamente frequentando esses espaços. Na prática esse
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Considerações finais
sistema é visto para populações em situação familiar frágil como a única estrutura presente em suas vidas. Isto posto, o papel do Arquiteto e Urbanista nesse cenário é claro. Atuar na intersecção entre as demandas ambientais, operacionais, de gestão espacial, programáticas (pedagógicas e de cuidado), institucionais, econômicas e técnicas. E trabalhar junto com uma equipe interdisciplinar para buscar as melhores soluções possíveis. Soluções técnicas e políticas, pois não é possível dissocia-las. E assim esse trabalho se encerra como um exercício da prática profissional que daqui se inicia.
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Conclusões finais
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Bibliografia
bibliografia LIVROS
desafios. Campinas: Autores associados, 4ª edição, 2003, p.067-100.
ALMEIDA, Elvira. Arte lúdica. EdUSP, 1997.
FORNEIRO, Lina Iglesias. A organização dos espaços na educação infantil. ZABALZA, Miguel A. Qualidade em educação infantil. Tradução Beatriz Affonso Neves. Porto Alegre: Artmed, 1998.
ARENHART, Deise. A educação infantil em movimento: a experiência das cirandas infantis no MST. Pro-posições, v. 15, n. 1, p. 175189, 2004. BARROS, Lia Affonso Ferreira. Avaliação de projeto padrão de creche em conjuntos habitacionais de interesse social: o aspecto da implantação. 2002. BRASIL. Lei de diretrizes e bases da educação nacional. Senado Federal, Subsecretaria de Edições Técnicas, 2003.
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FARIA, Ana Lúcia G. O espaço físico como um dos elementos fundamentais para uma pedagogia infantil. In: FARIA, Ana Lúcia G. e PALHARES, Mariana (orgs). Educação infantil pós - LDB: rumos e 80
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Bibliografia
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Referências projetuais
anexos - PORTARIA 3479/11 - SME - o disposto na Resolução CNE/CEB nº 05/09, e no Parecer CNE/CEB nº 20/09, que instituem as Diretrizes Curriculares NacioInstitui os Padrões Básicos de Infraestrutura nais para a Educação Infantil; para as Instituições de Educação Infantil do - as orientações constantes dos Parâmetros Sistema Municipal de Ensino do Município Nacionais de Infraestrutura para instituições de educação infantil – SEB/MEC; de São Paulo, e dá outras providências - as normas fixadas pela Deliberação CME nº 04/09 e à vista do contido na Indicação O SECRETÁRIO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, no uso de suas atribuições legais e, CME nº 13/09; - as diretrizes da Política Educacional da CONSIDERANDO: Secretaria Municipal de Educação; - a necessidade de assegurar as ações do - as disposições contidas na Lei Federal nº processo educativo no atendimento da faixa 10.172, de 09/01/01, que aprova o Plano etária de 0(zero) a 5(cinco) anos de idade; Nacional de Educação; - o contido na Lei Municipal 11.228/92, que institui o Código de Obras e Edificações no RESOLVE: Município de São Paulo; Art. 1º - Ficam instituídos os Padrões Bási- o estabelecido na Lei nº 13.725, de 09/01/04 que institui o Código Sanitário no cos de Infraestrutura para o funcionamento das Instituições de Educação Infantil do Município de São Paulo; Sistema Municipal de Ensino do Município - o disposto na Resolução SS 44/92 que de São Paulo, observado o contido na peraprova a Norma Técnica para creches e tinente legislação em vigor e os dispositivos estabelecimentos congêneres; estabelecidos nesta Portaria. - a incumbência de os Sistemas de Ensino elaborarem os padrões mínimos de infraestrutura para o funcionamento adequado das Art. 2º - O estabelecimento dos Padrões Instituições de Educação Infantil do Muni- Básicos de Infraestrutura, referidos no artigo anterior, visa orientar as Instituições cípio de São Paulo; Republicada por conter incorreções no DOC de 09/07/2011
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de Educação Infantil, públicas e privadas, assegurando um atendimento adequado às crianças de zero a 5(cinco) anos de idade, respeitadas as características distintas de cada faixa etária e as necessidades específicas do processo educativo, em especial, no que se refere a: I – Espaço Interno: a) iluminação; b) insolação; c) ventilação; d) visão para o espaço externo; e) rede elétrica; f) segurança; g) água potável; h) esgotamento sanitário; II – Instalações Sanitárias: a) estabelecer as condições para a realização da higiene pessoal das crianças; III – Instalações para o preparo e/ou serviço de alimentação; IV – Ambiente interno e externo:
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Problematização
a) assegurar espaços compatíveis para o desenvolvimento das atividades propostas, conforme as diretrizes curriculares e a metodologia da educação infantil, incluindo: repouso, livre expressão, movimento e brincadeiras. V – Mobiliários, Equipamentos e Materiais Pedagógicos; a) Nos Equipamentos, o extintor de incêndio constitui-se componente obrigatório. VI – Adequações próprias para as crianças com deficiência. § 1º – As novas construções de prédios para a Educação Infantil deverão atender aos requisitos de infraestrutura estabelecidos nesta Portaria. § 2º - As instituições que já se encontram em funcionamento deverão adaptar os prédios onde funcionam as unidades de Educação Infantil para que, gradativamente, estejam conformes aos Padrões Básicos ora instituídos. Leandro Hideki Okamoto | Processo projetual do espaço para educação infantil
Art. 3º - Caberá às Diretorias Regionais de Educação da Secretaria Municipal de Educação, no caso das instituições da rede direta, indireta e particular conveniada, indicar, orientar e acompanhar as adequações por meio do Setor de Prédios e da Supervisão visando ao pleno atendimento dos padrões estabelecidos e à correta aplicação dos recursos financeiros disponíveis, no caso das instituições da rede conveniada.
Sistema Municipal de Ensino do Município de São Paulo, conforme discriminado no Anexo Único desta Portaria e subdividir-se -á em unidades próprias, a saber:
§ 1º - As instituições em funcionamento deverão apresentar Plano de Adequação contendo as etapas com os respectivos prazos a ser analisado pelo setor competente e deliberado pelo Diretor Regional de Educação.
Art. 5º - Na vistoria das Instituições Privadas de Educação Infantil, para concessão das Autorizações de Funcionamento, deverão ser adotadas, como parâmetro, as especificações constantes do Anexo Único, parte integrante desta Portaria.
§ 2º - O Diretor Regional de Educação poderá conceder dilação dos prazos estipulados no Plano referido no parágrafo anterior, mediante justificativa devidamente fundamentada.
Parágrafo Único: No caso de Autorização de Funcionamento em Caráter Provisório, os Padrões instituídos nesta Portaria, poderão constituir-se em elementos norteadores a serem atingidos, observados os mesmos prazos estabelecidos para a autorização em caráter definitivo, desde que asseguradas as condições mínimas de higiene, salubridade e segurança das crianças.
Art. 4º - A caracterização dos ambientes deverá considerar a diversidade de condições de ordem física e material dos prédios das Escolas de Educação Infantil, Centros de Educação Infantil e Creches integrantes do
I – Unidade Sócio-Pedagógica; II – Unidade de Assistência; III – Unidade de Serviço; IV – Unidade Técnica (Administrativa e Pedagógica).
Art. 6º - Os casos omissos ou excepcio83
Referências projetuais
nais poderão ser resolvidos pela respectiva Diretoria Regional de Educação, ouvida, se necessário, a Secretaria Municipal de Educação. Art. 7º - Esta Portaria entrará em vigor na AMBIENTE
ATIVIDADES PRINCIPAIS
USUÁRIOS
data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. ANEXO ÚNICO DA PORTARIA SME Nº 3.479, DE 08 DE JULHO DE 2011 EQUIPAMENTOS E MOBILIÁRIOS
I- UNIDADE SÓCIO-PEDAGÓGICA compõe-se de ambientes destinados ao atendimento à criança, tanto nas atividades educativas, como de recreação e de alimentação, a saber: CONDIÇÕES ESPECIAIS
Berçário
- Repouso; - Alimentação; - Estímulos - Atividades livres
- Crianças de 0 a 1 ano; - Professor/ educador.
- Berços/ colchonetes impermeáveis; - Diversos tipos de brinquedos; - Mesas e cadeiras móveis; - Guarda-pertences; - Pequeno quadro de avisos; - Material de uso individual; - Lixeira com tampa e pedal
- 1,50m²/criança usuária do ambiente; - Espaço com ventilação e iluminação reguláveis; - Parede semi-impermeável e clara; - Piso de fácil higienização, antiderrapante e isolante térmico; - Teto: laje ou forro estanque, isolado da rede elétrica; - Tomadas altas ou vedadas; - Janelas com telas de proteção milimétrica; - Portas permitindo visibilidade interna; - Pé direito padrnizado.
Sala de Atividades
- Atividades pedagógicas; - Repouso.
- Crianças de 2 a 5 anos; - Professor/ educador.
- Colchonete individual; - Brinquedos; - Mesas/ cadeiras móveis infantis; - Cabideiro para mochilas; - Quadro mural; - Lixeira com tampa e pedal; - Lousa; - Armário ou prateleira.
- 1,20m²/criança usuária do ambiente; - Espaço com ventilação e iluminação reguláveis; - Parede semi-impermeável e clara; - Piso de fácil higienização, antiderrapante e isolante térmico; - Teto: laje ou forro estanque, isolado da rede elétrica; - Tomadas altas ou vedadas; - Janelas com telas de proteção milimétrica; - Recanto para repouso; - Espaço para brincadeiras; - Espelho de parede na altura das crianças.
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ÁREA
Problematização
AMBIENTE
ATIVIDADES PRINCIPAIS
USUÁRIOS
EQUIPAMENTOS E MOBILIÁRIOS
CONDIÇÕES ESPECIAIS
Solário
- Banho de sol; - Estimulação e atividades livres.
- Crianças de 0 a 1 ano; - Professor/ educador.
- Colchonete ou tapete emborrachado; - Bebe-conforto.
- Área com incidência de sol, resguardada, da rua, do frio e do vento excessivo; - Parede semi-impermeável e clara; - Piso de fácil higienização, antiderrapante e acessível.
Refeitório
- Refeições
- Crianças de 2 a 5 anos; - Professor/ educador; - Auxiliar de cozinha.
- Mesas e cadeiras móveis em escala infantil; - Lavatório coletivo, com saboneteiras líquidas e papel toalha; - Água filtrada; - Utensílios adequados para uso infantil; - Lixeira com tampa e pedal.
- Parede semi-impermeável e clara; - Piso lavável e antiderrapante; - Teto laje ou forro estanque, isolado da rede elétrica; - Balcão passa-pratos com altura adequada; - Telas milimétricas na janela; - Luminárias com proteção; - Proteção contra roedores e insetos nas portas (rodinho).
Pátio interno ou galpão coberto
- Recreação
- Crianças de 2 a 5 anos; - Professor/ educador;
- Brinquedos; - Bebedouro infantil com filtro e acessível à altura das crianças; - Bancos acessíveis à altura das crianças; - Lixeira com tampa e pedal.
- Parede semi-impermeável; - Piso lavável e antiderrapante; - Forro opicional; - Área livre para recreação.
Pátio externo
- Recreação livre ou orientada.
- Crianças de 2 a 5 anos; - Professor/ educador;
- Equipamento para recreação infantil; - Tanque de areia protegido com lona plástica; - Bancos acessíveis à altura das crianças
- Parede semi-impermeável; - Piso pavimentado em parte, de fácil higienização e acessível; - Previsão de um ponto de água fria; - Área exposta ao sol e isolada da circulação de veículos e de pessoas externas.
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ÁREA
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Referências projetuais
AMBIENTE
ATIVIDADES PRINCIPAIS
USUÁRIOS
EQUIPAMENTOS E MOBILIÁRIOS
Fraldário
- Higienização e asseio; - Troca de fraldas e banho
- Crianças de 0 a 1 ano; - Professor/ educador.
- Cuba fixa para banho com água quente corrente contígua à bancada; - Bancada para troca, com dimensões mínimas de 1,00m x 0,80m e h=0,85m; - Guarda-pertences; - Cabideiro; - Lixeira com tampa e pedal;
- Parede impermeável e clara; - Piso impermeável, antiderrapante e lavável; - Ralo escamoteável (com fechamento). - Teto: laje ou forro estanque, isolado da rede elétrica; - Quinas protegidas ou arredondadas; - Relação auditiva e visual com o berçário.
Lactário/ ambiente separado ou anexo à cozinha
- Lavagem e esterilização de utensílios; - Preparo de refeições e dietas para as crianças menores de 6 meses de idade.
- Crianças de 0 a 1 ano; - Professor/ educador.
- Filtro de água; - Geladeira/ freezer; - Fogão; - Espremedor de frutas; - Liquidificador; - Barricada; - Armário/ prateleira de fácil higienização, impermeável e lavável; - Quadro para cardápios; - Lixeira com tampa e pedal;
- Parede impermeável e clara; - Piso impermeável, lavável e antiderrapante; - Ralo escamoteável (com fechamento). - Teto com laje e forro estanque, isolado da rede elétrica; - Áreas distintas para preparo de alimentos e lavagem dos utensílios; - Ponto de gás ou botijão de gás fora do alcance das crianças; - Telas protetoras milimétricas nas janelas; - Luminárias com proteção; - Proteção contra roedores e insetos nas portas (rodinho). - Em caso de recebimento de refeições prontas, prever área de recepção, conservação, aquecimento e distribuição de alimentos.
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CONDIÇÕES ESPECIAIS
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ÁREA
Referências projetuais
AMBIENTE
ATIVIDADES PRINCIPAIS
USUÁRIOS
EQUIPAMENTOS E MOBILIÁRIOS
Banheiro infantil
- Higiene e asseio das crianças que possuem autonomia de locomoção; - Banho.
- Crianças de 2 a 5 anos; - Professor/ educador.
- Vaso sanitário infantil em número compatível com a demanda atendida; - Lavatório coletivo infantil com altura acessível às crianças; - Saboneteira líquida e papel toalha; - Box com chuveiro e chuveirinho com água quente; - Banco acessível à altura das crianças; - Cabideiro para toalha e roupas; - Espelho; - Porta papel higiênico; - Lixeira com tampa e pedal.
- Parede impermeável e clara; - Piso lavável e antiderrapante; - Ralo escamoteável (com fechamento). - Teto com laje e forro estanque, isolado da rede elétrica; - Cabines dos vasos sanitários sem trincos; - Pias rebaixadas, acessíveis à estatura das crianças ou tablados e similares; - Quinas protegidas; - Barra de apoio no box; - Registros dos chuveiros, acessíveis apenas aos professores; - Divisória entre os vasos sanitários; - Banheiros separados, masculinoe feminino (dispensável para crianças de até 3 anos de idade).
Cozinha
- Preparo e distribuição das refeições.
- Cozinheiros; - Auxiliar de cozinha.
- Fogão e forno; - Coifa ou exaustor; - Geladeira; - Freezer; - Liquidificador; - Batedeira; - Extrator de frutas; - Balança; - Armários; - Bancada de preparo; - Cubas de lavagem; - Balcão de distribuição; - Tanque para lavagem de panelas grandes; - Água filtrada; - Lixeira com tampa e pedal.
- Parede impermeável e clara; - Piso impermeável, lavável e antiderrapante; - Teto laje ou forro estanque, isolado da rede elétrica; - Local isoladodo acesso das crianças; - Sistema adequado para coleta e retirada de lixo; - Telas milimétricas nas janelas; - Luminária com proteção; - Proteção contra roedores e insetos nas portas (rodinho). - Balcão passa-pratos, com acesso ao refeitório; - Tubulação para gás com botijão fora da cozinha.
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CONDIÇÕES ESPECIAIS
ÁREA
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Referências projetuais
AMBIENTE
ATIVIDADES PRINCIPAIS
USUÁRIOS
Área de serviços
- Lavanderia; - Recepção de carga
- Auxiliar de serviços gerais.
- Tanque; - Máquina de lavar/secar; - Baldes; - Varais; - Cestos; - Abrigo para gás com ventilação; - Armário; - Lixeira com tampa;
- Parede impermeável e clara; - Piso de fácil higienização, impermeável e antiderrapante; - Teto: laje ou forro estanque, isolado da rede elétrica; - Ralo escamoteável (com fechamento); - Local isolado de acesso da criança; - Higienização separada dos utensílios e objetos de uso das crianças.
Sanitário de adultos/ Vestiário de funcionários
- Higienização; - Guarda e torca de roupas e pertences individuais;
- Funcionários, responsáveis e visitantes.
- Vaso sanitário; - Lavatório com sabonete líquido e papel toalha; - Espelho; - Porta papel higiênico; - Lixeira com tampa e pedal; - Cabideiro; - Armário.
- Parede impermeável e clara; - Piso de fácil higienização, impermeável e antiderrapante; - Teto: laje ou forro estanque, isolado da rede elétrica; - Ralo escamoteável (com fechamento); - Trinco fora do alcance das crianças; - Sanitários feminino e masculino separados; - Chuveiros.
Depósito de lixo
- Depósito de resídu- - Auxiliar de os sólidos produzidos serviços gerais. na instituição até o momento da coleta pelo órgão responsável.
- Recipiente de lixo ou contêiner.
- Parede, piso e teto laváveis, de material cerâmico ou similar; - É indispensável ser inacessível às crianças.
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EQUIPAMENTOS E MOBILIÁRIOS
CONDIÇÕES ESPECIAIS
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ÁREA
ReferÊncias projetuais
AMBIENTE
ATIVIDADES PRINCIPAIS
USUÁRIOS
Recepção
- Recebimento e entrega das crianças; - Troca de informações instituição - família.
- Crianças; - Responsáveis - Professores/ educadores; - Outros funcionários.
Sala da Direção
EQUIPAMENTOS E MOBILIÁRIOS
CONDIÇÕES ESPECIAIS
- Balcão ou mesa; - Cadeiras ou banco; - Quadro de avisos; - Lixeira.
- Parede impermeável e clara; - Piso lavável e antiderrapante; - Espaço reservado para estacionamento de carrinhos de bebês;
- Suporte técni- Diretor. co da unidade (administrativo e pedagógico), atendimento às famílias das crianças e à comunidade.
- Mesa de trabalho com cadeira; - Armário ou arquivo; - Lixeira; - Computador com acesso à internet e impressora; - Telefone; - Mesa de reunião.
- Parede impermeável e clara; - Piso de fácil conservação; - Teto com laje ou forro isolado da rede elétrica; - Faculta-se o uso compartilhado com a Secretaria e Apoio técnico.
Sala de coordenação pedagógica
- Suporte técni- Coordenador co da unidade pedagógico. (administrativo e pedagógico), atendimento às famílias das crianças e à comunidade.
- Mesa de trabalho com cadeira; - Armário ou arquivo; - Lixeira; - Computador com acesso à internet e impressora; - Telefone; - Mesa de reunião. - Estante de livros
- Parede impermeável e clara; - Piso de fácil conservação; - Teto com laje ou forro isolado da rede elétrica; - Faculta-se o uso compartilhado com a sala dos professores ou direção.
Secretaria
- Atendimento ao público.
- Balcão/guichê de atendimento ao público; - Mesa/escrivaninha com cadeira; - Computador com acesso à internet e impressora; - Lixeira.
- Parede impermeável e clara; - Piso de fácil conservação; - Teto com laje ou forro isolado da rede elétrica; - Local de fácil acesso e visualização pelo público; - Faculta-se o uso compartilhado com a sala dos professores ou direção.
- Auxiliar de administração.
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ÁREA
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Referências projetuais
AMBIENTE
ATIVIDADES PRINCIPAIS
Almoxarifado
- Guarda e armazenagem de materiais de escritório e pedagógicos.
- Funcionários da área administrativa e pedagógica.
- Prateleiras/armários; - Arquivo; - Lixeira
- Janela tipo basculante com tela e/ou grade; - Nas instituições de pequeno porte, o ambiente pode ser de uso compartilhado com outros ambientes.
Sala dos professores
- Espaço de troca de experiências, informações e formação.
- Professores/ educadores e pedagogos.
- Mesa compatível; - Cadeiras; - Armários/estantes; - Lixeira; - Materiais pedagógicos; - Livros destinados à formação dos educadores.
- Parede impermeável e clara; - Piso de fácil conservação; - Teto com laje ou forro isolado da rede elétrica; - Faculta-se o uso compartilhado com outros ambientes.
Despensa
- Armazenamento de alimentos e utensílios de cozinha.
- Cozinheiro e auxiliar de cozinha.
- Prateleiras acessíveis aos usuários e de fácil higienização; - Estrado impermeável e de fácil higienização.
- Parede impermeável e clara; - Piso e paredes laváveis; - Teto com laje ou forro isolado da rede elétrica; - Prateleiras em material lavável; - Sistema de ventilação natural e proteção a raios solares diretos; - Telas milimétricas nas janelas; - Luminárias com proteção; - Proteção contra roedores e insetos nas portas (rodinho). - Ralo escamoteável (com fechamento). - Pode ser adaptado em armário com prateleiras, trancado na cozinha.
Depósito de material de limpeza
- Guarda de materiais diversos; - Pequenos consertos de manutenção do edifício, do mobiliário e do equipamento.
90
USUÁRIOS
EQUIPAMENTOS E MOBILIÁRIOS
CONDIÇÕES ESPECIAIS
- Paredes e piso laváveis; - Ralo escamoteável (com fechamento). - Pode ser adaptado em armário com prateleiras, trancado em local inacessível para as crianças.
Leandro Hideki Okamoto | Processo projetual do espaço para educação infantil
ÁREA
Referências projetuais
AMBIENTE
ATIVIDADES PRINCIPAIS
USUÁRIOS
EQUIPAMENTOS E MOBILIÁRIOS
Sala multiuso
- Abrigar todas as atividades que não requerem espaço específicos, tais como: atividades lúdicas e recreativas, de apoio físico aos programas de nutrição e saúde e de reunião com adultos (responsáveis ou funcionários).
- Equipe multiprofissional; - Pais e comunidade; - Crianças; - Auxiliar de enfermagem ou profissional treinado.
- TV/vídeo/DVD player; - Balança para bebês e antropométrica; - Lavatório adulto/infantil; - Sabonete e papel toalha; - Quadro de aviso ou mural; - Armário/estante; - Lixeira com tampa e pedal; - Mesa/cadeiras infantis; - Mesa/cadeiras adultos - Brinquedos; - Armário para guarda de medicamentos, com trava de segurança.
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CONDIÇÕES ESPECIAIS
ÁREA
- Parede semi-impermeável e clara; - Piso de fácil conservação e antiderrapante; - Teto laje ou forro estanque, isolado da rede elétrica.
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Referências projetuais
anexos - relação de equipamentos escolares no jd fontális NOME DA INSTITUIÇÃO Cantidio Nogueira Sampaio Célia Regina Kuhl Ermano Marchetti Jardim das Pedras Parque Casa de Pedra Jardim Fontalis I Jardim Tremembé CEU Jaçanã CEU Jaçanã CEU Jaçanã AMAS Tucuruvi Lar Bibi Monteiro Lar Paraíso das Crianças Raio de Sol - Amélia Diniz Antas Dina Kutner de Souza Prof. Eudoxia de Barros Pres. Jânio Quadros Margareth de Fátima Marquez de Azevedo Taufik Daud Kurban Cel. Walfrido de Carvalho
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ENDEREÇO
BAIRRO
Rua Vicente Querol, 150 Rua Caetano Teixeira, 291 Rua Nova Londrina, 151 Rua Engenheiro Antonio de Toledo, S/N Rua Canto do Engenho, 288 Rua dos Cardeais, 18 Rua General Tavares da Silva, 10 Av. Antonio Cesar Neto, 105 Av. Antonio Cesar Neto, 105 Av. Antonio Cesar Neto, 105 Rua Cardeal Enrico Dante, 104 Av, Nova Cantareira, 5582 Rua dos Filhos da Terra, 944 Rua Matias Guimarães, 63
Jd. São João Jd. Virginia Bianca Vila Paulistana Jd. das Pedras
TIPO DE CRECHE CEI DIRETO CEI DIRETO CEI DIRETO CEI DIRETO
Pq. Casa de Pedra Jd. Estrela Dalva Pq. Casa de Pedra Guapira Guapira Guapira Vl. Nova Mazzei Tucuruvi Jd. Filhos da Terra Jd. Jaçanã
CEI DIRETO CEI INDIRETO CEI INDIRETO CEI DIRETO EMEF EMEI CONVENIADA CONVENIADA CONVENIADA CONVENIADA
Rua Manuel Araújo Aragão, 317 Rua Sonia Margy, 246 Rua Canto do Engenho, 240 Rua Augusto Rodrigues, 262
Jd. Santo Alberto Pq. Casa de Pedra Pq. Casa de Pedra Jd. Fontalis
EMEI EMEI EMEI EMEI
Rua Manuel Gaya, 500 Rua Vicente Querol, 200
Vl. Mazzei Jd. São João
EMEI EMEI
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Referências projetuais
NOME DA INSTITUIÇÃO
ENDEREÇO
BAIRRO
Prof. Esmeralda Salles Pereira Ramos Cel. Helio Franco Chaves Hipolito José da Costa Jardim Fontalis João Ramos - PE - Abolicionista Prof. Noé Azevedo Marechal Rondon Ass. Mor. Zona Norte Unid IV Ass. Mor. Comunidade Raio de Cristal Unid II
Rua Maria Amalia Lopes de Azevedo, 2167 Rua Kotinda, 1343 Rua Augusto Rodrigues, 272 Rua Crisântemo, 100 Rua João Nicolau Chamma, 253
Jd. Yara
TIPO DE CRECHE EMEF
Jd. Corisco Jd. Fontalis Jd. Flor de Maio Jd. Virginia Bianca
EMEF EMEF EMEF EMEF
Rua São Cleto, 165 Rua do Burui, 120 Rua da Felicidade, 01
Jd. Denise Pq. Casa de Pedra Jd. Portal I e II
EMEF EMEF CONVENIADA
Tv. Igarapé Progresso, 12
Jd. Joamar
CONVENIADA
Fonte: http://eolgerenciamento.prefeitura. sp.gov.br/frmgerencial/ NumerosCoordenadoria. aspx?Cod=108800
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Referências projetuais
ReferÊncias de projeto
Diagrama do sistema de lajes planas corrugadas ou sistema de lajes plissadas que foi proposto na cobertura do CEMEI. Fonte: HEGEL, Heino
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Referências projetuais
referências de projeto
Creche projetada pelo Arq. João Filgueira Lima com sistema industrial de produção de espaços. Fonte: Revista Arquitetura e Urbanismo nº47
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