PLANO URBANO MOBILIDADE E ESPAÇOS PÚBLICOS PENÍNSULA DE ITAPAGIPE
SUMÁRIO Universidade Federal da Bahia Faculdade de Arquitetura
INTRODUÇÃO 5 GRÁFICOS 6 DESLOCAMENTOS E ZONAS DE INFLUÊNCIA
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MOBILIDADE 8 MODAIS DE TRANSPORTE
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VEÍCULO LEVE SOBRE TRILHO
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ÔNIBUS CIRCULAR
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E L E VA D O R E T E L E F É R I C O
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CICLOVIA 18 TRANSPORTE MARÍTIMO P L A N TA S E C O R T E S PA R A D A B X . D O B O N F I M
20 22 24
E D I F I C A Ç Õ E S E E S PA Ç O S P Ú B L I C O S
26
PRAÇAS E LARGOS
28
PA PA G A I O 2 9 PA R A D A B X . D O B O N F I M
30
FEIRA LINEAR
31
PRAÇA DA VILA OPERÁRIA
32
ÂNCORA 33
Plano Urbano para a Península de Itapagipe desenvolvido por Hadassa Cruz, Leandro Santana, Lorena Cédro, Natalia Tapioca, Rebecca Fernandes e Rodrigo Bastos, para a disciplina de Ateliê IV (2017.1), coordenada por Griselda Klupplel e Aline Carvalho.
INTRODUÇÃO Os primeiros pensamentos dispensados à proposta de in-
de baixa com regularidade? Se não, por quê? No seu
gião para lazer e suas respostas acerca do motivo são, no
tervenção na Península de Itapagipe se concretizaram atra-
tempo livre, o que você costuma fazer no bairro para
geral, insegurança e sujeira nas praias. Diante disso, tem-se
vés do conhecimento empírico da região, adquirido através
se divertir? Você acha que seu bairro necessita de mais
Espaços Públicos como a segunda diretriz de intervenção. É
do contato com os moradores. Para atingir a maior amostra
opções de lazer?
significativo ressaltar que esses dois eixos foram pensados de maneira a complementar-se: a diretriz de Mobilidade não
possível - além das pessoas entrevistadas durante as primeiras visitas -, foi desenvolvido um questionário online cujas
A partir da análise consequentes a essas respostas, foi
diz respeito somente aos processos de deslocamento Penín-
perguntas visaram nortear a elaboração das diretrizes dos
verificado que o Largo de Roma é, hoje, um dos principais
sula de Itapagipe para o resto da cidade de Salvador, mas
projetos.
pontos problemáticos no que diz respeito à mobilidade da
também a mobilidade dentro de si própria, conectando os
Península. Nas condições atuais, o local funciona como um
espaços públicos e favorecendo o acesso e uso dos mesmos
“gargalo” no fluxo de veículos, principalmente porque ali são
pela população.
Totalizando 164 respostas, o questionário foi desenvolvido de maneira que fosse possível: • conhecer o perfil dos entrevistados (Qual a sua idade?
vertidos os carros e ônibus das 4 principais ruas/avenidas da
Em que bairro da Península você mora? Quantas pes-
região. Tendo em vista que 91 dos entrevistados utilizam-se
soas moram na sua casa? Quais ruas você identifica
de ônibus como transporte, que 49 entrevistados (53%) le-
como mais inseguras no seu bairro? Classifique, numa
vam entre 30 minutos e 1 hora para chegar ao trabalho e que
escala de 1 a 5, o sistema de saúde, educação e segu-
33 (36%) precisam de mais 1 hora para realizar esse desloca-
rança pública no seu bairro)
mento, fica evidente uma necessidade de intervenções nesse
• entender os fluxos de deslocamento (Em que rua você
sentido. Dito isso, somado às análises acerca desse fluxo de
mora? Em que bairro você trabalha/estuda? Que tipo
deslocamento, pontua-se Mobilidade como uma das princi-
de transporte você utiliza? Quanto tempo, em média,
pais diretrizes para a proposta de intervenção na Península.
você gasta se deslocando até o local de trabalho/estudo?)
4
Quando questionados sobre a necessidade de opções de lazer, 151 (93%) entrevistados afirmaram que seus bairros
• verificar a opinião sobre os espaços públicos, princi-
são carentes nesse aspecto; contraditoriamente, 100 (61%)
palmente a praia (Você costuma ir às praias da cida-
informam que não costumam usar alguma das praias da re-
GRÁFICOS
DESLOCAMENTOS E ZONAS DE INFLUÊNCIA
Qual a sua idade?
Você costuma ir às praias da cidade baixa com regularidade?
Você acha que seu bairro necessita de mais opções de lazer?
Que tipo de transporte você utiliza para ir ao trabalho/escola?
Quanto tempo, em média, você gasta se deslocando até o local de trabalho/estudo?
Onde você mora?
DESLOCAMENTOS SISTEMA METROVIÁRIO DE SALVADOR E LAURO DE FREITAS TREM DO SUBÚRBIO 6
MOBILIDADE Ao intervir na mobilidade de qualquer que seja a região,
ligado. Assim, busca-se propiciar melhor interligação entre as
é notória a importância de interpolar diversos modais, a fim
diversas superfícies de estudo, por meio das seguintes pro-
de alcançar as diversas escalas, origens-destinos e perfis de
postas:
usuários. Além disso, é preciso compreender que tais inter-
1. Sistema Metroviário alcançando a Calçada, compre-
venções atingem uma área de influência muito maior. Nesse
endida como relevante terminal de integração (metrô,
mapa, tem-se, demarcada em preto, a poligonal da área de
ônibus, VLT e trem do subúrbio);
intervenção, objeto de estudo deste trabalho. Como área de
2. VLT Calçada-Ribeira;
influência direta, toda a Península de Itapagipe, região para
3. VLT Calçada-Uruguai, conectando o fluxo de transpor-
a qual também foi preciso propor intervenções nos modais
te no eixo transversal;
de transporte: especialmente por sua disposição geográfica
4. Ônibus circular, mantendo bairros como Uruguai e
e dinâmica de ocupação, entende-se a Península como um
Massaranduba vinculados ao percursos de maior es-
objeto único e cujo funcionamento precisa estar intimamente
coamento com o VLT
TREM DO SUBÚRBIO VLT CALÇADA- URUGUAI VLT CALÇADA- RIBEIRA ÔNIBUS CIRCULAR PERÍMETRO DE INTERVENÇÃO 8
MODAIS DE TRANSPORTE O mapa ao lado traz a sobreposição de todos os modais
(oferecendo acessibilidade), o desempenho silencioso, além
de transporte, propostos para a intervenção na península. O
de atrair mais usuários para os transportes públicos e trazer
traçado de cada um desses foi pensado para interligar os es-
uma boa imagem para a cidade. Porém, o uso desse modal
paços públicos, atender à regiões que estavam sendo negli-
exige uma via exclusiva, passagem preferencial e pagamento
genciadas e também para reduzir a quantidade de veículos
antecipado, características que visam sua melhor eficiência.
- coletivos e individuais - em circulação, uma vez que este é
A expansão das rotas ativas - ciclofaixas - o redesenho
um fator dificultador da fluidez no trânsito na região. Propõe-
da rota dos ônibus remanescentes - expandido a linha por
-se substituir a maioria das linhas de ônibus por um sistema
trás do Hospital da Sagrada Família - o uso de equipamentos
de VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) e, com isso, desafogar
facilitadores para o deslocamento vertical - elevador e telefé-
o trânsito, por ser uma alternativa mais rápida e com maior
rico - e a utilização de um novo percurso marítimo - cujo os
capacidade de passageiros que o transporte atual. A escolha
pontos de parada foram realocados - são estratégias para
desse modal se justifica em outras vantagens, além das su-
atingir áreas que ficariam muito distantes do sistema de maior
pracitadas, tais como a alimentação elétrica (alternativa mais
capacidade, o VLT, devido às limitações físicas do mesmo.
sustentável), o embarque e desembarque no nível do passeio
ELEVADOR URBANO TELEFÉRICO PARADA VLT TROCA DE SENTIDO VLT PARADA ÔNIBUS 10
BICICLETÁRIO ATRACADOURO
VEÍCULO LEVE SOBRE TRILHO A proposta para a linha do VLT é que o mesmo circule nos
gem transversal de veículos.
locais, as paradas são localizadas estrategicamente em espa-
dois sentidos, partindo do Terminal da Calçada em direção à
Considerando a necessidade de uma via restrita somente
ços públicos já existentes, com exceção da parada interme-
Praça Irmã Dulce, ponto em que o trajeto se divide em dois
ao trânsito do VLT, as ruas foram reorganizadas de modo a
diária da Av. Caminho de Areia, localizada em uma garagem
caminhos: o primeiro passando pela Avenida Caminho de
propiciar um fluxo fluido e acessível, algumas delas tendo seu
de ônibus, e como a proposta visa reduzir significativamente a
Areia, indo até o bairro da Ribeira (fazendo a volta na Penha),
o sentido alterado, como: a Av. Caminho de Areia, Rua Tra-
circulação desse modal na região, é proposto um outro uso a
e retornando pela Rua Travasso de Fora, Baixa do Bonfim,
vasso de Fora, Rua da Imperatriz e Av. Luiz Tarquínio passam
esse local: espaço de lazer e respiro urbano, visto a relevância
Rua da Imperatriz e Avenida Luiz Tarquínio, encontrando o
a ter um único sentido (seguindo o sentido do trajeto do VLT
de uma área aberta no trecho de maior densidade e possibi-
trilho de ida no Largo de Roma; e o segundo fazendo exata-
Cam. de Areia - Boa Viagem) e a Rua Henrique Dias que pas-
lidade de verticalização da poligonal, além da implantação de
mente o caminho contrário ao anterior. Devido a circulação
sa a funcionar de modo inverso a Av. Cam. de Areia.
um edifício garagem, já que a proposta do VLT inviabiliza o
em duplo sentido, foram propostos alguns pontos de troca de
Quanto às paradas, a fim de seguir as recomendações,
hábito regional de estacionar automóveis ao longo das calça-
sentido do VLT (situados em algumas paradas, como se pode
determina-se o sistema de bilhetagem anterior ao embarque.
das para acessar o comércio. Além desse espaço específico
ver no mapa ao lado), onde há uma duplicação do trilho para
Localizam-se entre 600 e 800m, visando melhor eficiência
de parqueamento, são propostos estacionamentos públicos
espera de passagem; e, visando a segurança do tráfego, a via
do modal e não tornando um deslocamento exaustivo para
ao longo do trajeto do Veículo Leve sobre Trilhos.
desse modal é dista das demais, e seu limite é sinalizado em
o pedestre. Com o objetivo de interligar as praças e equipa-
alto-relevo, reforçando a exclusividade e permitindo a passa-
mentos, além de promover maior fluxo de transeuntes nestes
PARADA VLT TROCA DE SENTIDO VLT PERCURSO VLT 12
ÔNIBUS CIRCULAR Visando reduzir o fluxo de ônibus na região, com o objetivo
com mais eficiência regiões afastadas;
de torná-la uma área mais transitável, algumas linhas tiveram
0207, 0221, 0222, 0227, 0233, 0234 e 0720, que são as
seu ponto de partida transferido para o Terminal da Calçada
rotas que transitam exclusivamente pela Av. Caminho de Areia
e o trajeto Península de Itapagipe - Calçada substituído pelo
e se deslocam em direção aos bairros do Uruguai e Massa-
Veículo Leve sobre Trilhos. As únicas linhas que tiveram seu
randuba, não atuam como agentes de conflito na fluidez do
percurso mantido dentro da poligonal foram:
trânsito.
0201, 0713 e 1668, que são as rotas que passam pelo
Propõe-se, ainda, uma nova linha de ônibus, que irá cir-
Monte Serrat (região não alcançada pelo VLT devido à topo-
cular somente pela península (como se pode ver no mapa ao
grafia) e que tiveram seu percurso um pouco modificado: an-
lado), suprindo a demanda dos trechos fora do trajeto do VLT
teriormente passavam na frente do Hospital Sagrada Família e
e conectando os diversos modais de transporte e espaços
a proposta é que passem por trás, criando, portanto, conec-
públicos.
tividade com os modais de transporte vertical e atendendo
PARADA ÔNIBUS PERCURSO ÔNIBUS 14
ELEVADOR E TELEFÉRICO Mesmo com as novas propostas de mobilidade através das linhas de VLT e ônibus, nota-se que ainda há um afastamento dos moradores das regiões das Zeis Pedra Furada e Zeis do Bonfim com relação ao resto da península. Por serem zonas caracterizadas pelo crescimento contínuo e espontâneo através dos anos, pela falta de traçado urbano e acessos regulares - agravados pelas transposição de cotas existentes -, verifica-se um grave problema de integração dos moradores da região com a cidade. A resolução desta problemática por modais convencionais
da poderia não funcionar, visto a limitação dos transportes perante desníveis acentuados -.
Se torna importante destacar que a escolha do uso de dois equipamentos diferentes se dá por conta do maior aden-
É, por meio dessas considerações, que se propõe, com o
samento existente na Zeis do Bonfim, tornando inviável a uti-
intuito de reintegrar estas zonas à cidade, a implementação
lização de passarelas ligadas a um elevador, e fazendo assim
de dois novos modais:
o uso do teleférico uma melhor opção.
Um elevador, que supriria o deslocamento de 28,50m de altura entre a Zeis da Pedra Furada e a rua Rio Negro. Um teleférico que supriria o deslocamento de 15,00m de altura entre a Zeis do Bonfim e a rua Teodósio Rodrigues de Faria.
numa situação de tanta especificidade se tornaria muito one-
Os pontos de chegada estão localizados atrás do Hospital
rosa e invasiva, pois seria necessário que muitos moradores
da Sagrada Família, região suprida pelas rotas de linhas de
fossem realocados para o alargamentos das ruas - o que ain-
ônibus, integrando, dessa forma, os três modais.
LEGENDA
ELEVADOR URBANO TELEFÉRICO
16
CICLOVIA Em se tratando de mobilidade, há de se considerar tanto
O novo desenho se propõe a alcançar tanto as vias princi-
a inserção desse modal viável, propõe-se a implementação
os transporte de massa - velocidade e número de passageiros
pais quanto as secundárias, miolo e pontos periféricos, cotas
de bicicletários - pontos onde ficam disponíveis bicicletas a
- quanto os modais ativos, responsáveis por conectar curtas
mais baixas ou cotas mais elevadas e, sobretudo, interligar os
serem retiradas e devolvidas - nos principais espaços públi-
e médias distâncias nos centros urbanos. Há, hoje, na Penín-
espaços públicos existentes e propostos, favorecendo, assim,
cos; assim, essa mobilidade fica obtenível não só para quem
sula, uma limitada linha de ciclofaixas que não desempenha,
o uso e estância desses locais. A ideia é, em suma, oferecer
dispõe de bicicleta própria, mas para todos os moradores da
de maneira satisfatória, seu papel conector de espaços e de
uma alternativa de transporte que fomente o interesse dos
península.
alternativa viável de transporte. Dito isso, propõe-se a ex-
habitantes de conhecer os espaços públicos mais distantes
pansão do atual desenho de ciclovias, de modo que conecte
do seu entorno imediato, bem como a sua permanência nes-
mais substancialmente os espaços públicos, incentivando o
tes pontos, uma vez que a principal e mais simples estratégia
uso desse modal que tem potencial para se tornar uma alter-
para se diminuir a insegurança no meio urbano é a ocupação
nativa praticável de locomoção para os habitantes locais.
e a redução da inatividade dos espaços públicos. Para tornar
CICLOFAIXA 18
BICICLETÁRIO
TRANSPORTE MARÍTIMO Ao longo dos anos a utilização do mar como meio de des-
da, vizinha ao Forte do Monte Serrat; e a terceira, na antiga
locamento na Península de Itapagipe se tornou uma ação re-
Companhia Empório Industrial do Norte. Dessas paradas, o
corrente. Atualmente, esse modal não se encontra mais como
percurso segue tanto em direção ao Subúrbio, quanto a Cal-
uma opção de deslocamento.
çada e Comércio, conectando, como citado anteriormente, a
Se propõe, portanto, com o intuito de reaproximar os mo-
região ao resto da cidade.
radores das regiões costeiras aos espaços públicos, a praia
Para um melhor aproveitamento desse modal, foi conside-
aos residentes da região, a pontos de integração com outros
rado o uso de embarcações tipo ecobalsas, que são barcos
modais, e ao resto da cidade, a reutilização do sistema marí-
movidos a energia solar, podem abrigar até 140 passageiro e
timo com um novo percurso, melhor estruturado e interligado
conseguem realizar o trajeto entre pontos internos em apro-
as propostas citadas anteriormente.
ximadamente cinco minutos, o que significa uma média de
Dentro da área de atuação direta, se encontram três para-
velocidade de 24km/h.
das: a primeira, na proximidade da Zeis do Bonfim; a segun-
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PERCURSO MARÍTMO ATRACADOURO
PLANTAS E CORTES LIMITE DE GABARITO
LIMITE DE GABARITO
3,00 2,50 3,001,50
6,50
6,50
LIMITE DE GABARITO
CAM. DE AREIA
LEGENDA
LEGENDA
LIMITE DE GABARITO
AV. CAMINHO DE AREIA RUA TRAVASSO DE FORA 3,00 3,50
3,50
3,00
5,00
TRAVASSO DE FORA
3,00
3,50
3,50
3,00
4,50
2,50 3,50
R. DA IMPERATRIZ
3,50 2,50 2,50
AV. LUIZ TARQUÍNIO
RUA DA IMPERATRIZ AV. LUÍZ TARQUÍNIO
22
PARADA BAIXA DO BONFIM
PARADA BX. DO BONFIM
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E D I F I C A Ç Õ E S E E S PA Ç O S P Ú B L I C O S Conforme verificado através do questionário online, existe uma insatisfação por parte da população a respeito dos es-
rismo regional, como as paradas de VLT e a reestruturação das atuais lojas, para a venda de produtos artesanais.
adolescentes. (8) Ponta de Humaitá: nova infraestrutura com nova arbori-
paços de lazer, apesar da região contar com uma quantidade
(2) Solar Marback: museu da Península de Itapagipe.
zação, acessibilidade e mirante, para melhor aproveitamento
satisfatória de praças, largos, praias e equipamentos públicos
(3) Antigo Shopping localizado ao lado do Solar Marback:
do seu potencial turístico.
desse gênero. O que há, na verdade, é um abandono e des-
propõe se um alojamento de acolhimento para moradores de
(9) Forte Nossa Senhora de Mont Serrat: receberá, da
qualificação desses locais que acaba por comprometer o seu
rua - fortemente presente ao longo da península - e para abri-
mesma forma, uma nova infraestrutura e também abrigará um
uso e permanência. O principal motivo dado pelos moradores
gar formalmente àqueles que já se apropriam do local.
cais para o transporte marítimo.
para o não-uso desses espaços vem a ser a insegurança e
(4) Largo da Boa Viagem: redesenho do mobiliário urba-
(10) Atual garagem de ônibus situada na Av. Caminho
sujeira - principalmente nas praias, que não são usadas re-
no, com melhores instalações para os comerciantes e imple-
de Areia: substituição por um edifício garagem, visto que esta
gularmente por 61% dos entrevistados moradores da região.
mentação de um centro náutico de abrangência municipal no
região possui uma maior flexibilidade de gabarito, possibilitan-
Propõe-se, então, visando sanar essas questões e trazer
edifício histórico Jurubeba, como suporte ao lazer e esporte.
do a sua implementação; com isso, se minimizaria o proble-
vida novamente aos espaços públicos, torná-los mais atrati-
(5) Quadra do Colégio Militar: apropriação da quadra de
vos: reestruturá-los voltados a diferentes públicos, gerando
esportes para o uso público e criação de uma janela de co-
(11) Largo do Papagaio: fortalecer o uso esportivo do
espaços para troca de ideias; inserir pontos de comércio de
nexão com a avenida Luiz Tarquínio - e, por fim, à praia -,
local, além de implementação de comércios de pequeno por-
pequeno porte para atender os transeuntes e moradores do
minimizando essa que é a principal ruptura no tecido urbano,
te, anfiteatro e parques infantis para que se associe mais sa-
entorno imediato, estimulando ainda mais o uso e permanên-
obstáculo à mobilidade. Através deste novo traçado criado,
tisfatoriamente com a população local de entorno imediato.
cia. Além disso, a inserção de pontos de VLT nas praças e
têm-se um espaço de permanência para fixação de uma feira
largos vem por alavancar o fluxo e permanência de pessoas
linear que já ocorre na região durante às sextas-feiras.
nesses locais, contribuindo para aumentar a sensação de segurança. A seguir, os espaços públicos e suas propostas de incentivo a novos usos, de acordo com as características e atividades da população do entorno:
(12) Praça da Bandeira - Irmã Dulce: reafirmação do valor histórico e através da melhoria na infraestrutura com quios-
(6) Praça da Vila Operária: incentivar o uso do local
ques, equipamentos públicos de lazer, quadras, bicicletário,
para idosos e crianças - maioria do entorno - oferecer estímu-
arborização, ponto de VLT, atendendo ao grande fluxo diário
los cognitivos, ultrapassar o isolamento do idoso e oferecer às
de pessoal no local.
crianças a convivência entre gerações. (7) Praça dos Dendezeiros: implementação de quadras
(1) Largo da Baixa e Praça Sr.a do Bonfim: implementação
de esportes e equipamentos públicos que acrescentem no
de equipamentos que fortaleçam e sirvam de suporte ao tu-
lazer e desenvolvimento do seu principal público - crianças e
26
ma da falta de estacionamentos na região.
PRAÇAS E LARGOS
PAPAGAIO
Além das intervenções que visam qualificar o deslocamen-
cobertura, ora mobiliário, de modo a dinamizar a paisagem e
to, bem como proporcionar novos usos nos espaços públicos
qualificar o trajeto dos transeuntes e daqueles que ocupam
e edificações, buscou-se uniformizar a linguagem das praças
esses espaços com outras atividades, buscando tornar um
e largos a fim de compreendê-los como espaços em rede e
local de passagem também um espaço de permanência. Ao
não dissociados. É a partir dessa linguagem que apropria-se,
lado o diagrama conceitual dessa instalação.
mais uma vez, de um tema constantemente abordado neste
A proposta é utilizar como partido do desenho a união en-
trabalho: conexão - se busca aqui, interligar a Península não
tre os vetores de deslocamentos, variando, por fim, a trama
só através de uma nova mobilidade, mas também por meio
criada, para que se tenha diferentes alturas que resultam na
do desenho de seus espaços públicos. A subutilização dos
cobertura. Seguindo esse processo, cada espaço irá gerar
espaços públicos não foi compreendida como consequên-
um equipamento de desenho próprio, uma vez que o percur-
cia de projetos ou execuções de baixa qualidade, mas como
so se altera para cada lugar.
efeito da insegurança e de ausência de usos que permitam a estada. Assim, se propõe instalações, que funcionam ora
LEGENDA
28
PARADA BX. DO BONFIM
FEIRA LINEAR
LEGENDA
30
PRAÇA DA VILA OPERÁRIA
ÂNCORA Tendo como objetivo fundamental o restabelecimento das
teatro, complexo gastronômico, equipamentos como pisci-
áreas de lazer dentro da península, as diretrizes se comple-
nas públicas e espaços de convivência ao ar livre, reunidos
mentam e se convergem na antiga Companhia Empório In-
em um só parque que se estabelece como extensão a praia.
dustrial do Norte. O edifício âncora surge como elemento de conexão entre praia, espaço público e mobilidade.
Dulce, o âncora engloba, ainda, a inserção de um equipamento que permita a hospedagem provisória e agradável, si-
A proposta é de que o atual terreno se transforme em
tuado no terreno da fábrica do lado não adjacente à praia.
ponto de conversão entre local de passagem e permanência,
Deste modo, vincula a atual demanda ao papel histórico da
através da inserção de uma parada de VLT, cais do transporte
península como área de veraneio, que foi retomada e poten-
marítimo e de uma atribuição de usos para o local. Assim,
cializada através dos já descritos espaços públicos.
nele se encontra um espaço de cultura e lazer refletidos em
PISCINAS PARQUE APOIO PARQUE ADM COMPLEXO GASTRONÔMICO HOSPEDAGEM TEATRO PARADA VLT 32
Visando a atual demanda de visitantes ao Hospital Irmã
CAIS