Como as Redes Sociais afetam seu aprendizado
Emprego pela internet é a nova tendência
Lutar é preciso e a revolução usa facebook!
EDITORIAL
S a i mo s na frente da leb r e O Jabuti quando nasce diferente das primas marinhas, caminha tr anquilamente sobre a ter r a. Agor a imagine esse Jabuti acrescido em seu DNA uma boa quantidade de infor mações vir tuais que o per mite cor rer com estabilidade e sabedoria. Nesta primeir a edição de INFOjabuti sobre as redes sociais , descobrimos que apesar de vir tuais ainda mantemos o bom cami nho da escrita jor nalistica. Nosso re pór ter Leonardo Vilela assina a matéria centr al com o g r upo Car tase, o primeiro coletivo de crowdfunding br asileiro, imperdível! Na par te visual as fotos de nossos colabor adores competentíssimos Marcelo Souza Almeida e Eliane Campos, provando que imagens dizem tudo. Nas editorias em rede o g r ande olhar está na matéria da editoria Cérebro que fala sobre as mudanças que a inter net e as redes sócias estão provocando na educação dos nossos pimpolhos. A go r a , p a r a q u e m p r e c i s a a r r u m a r u m e m p r e go, a r e p ó r t e r Re g i n a Ro d r i g u e s visita os principais sites de relacionamentos profissionais adiantando os c a m i n h o s p a r a c h e ga r l á . Falando em papo sério e social a matéria Viva La Revolución! com auxílio de con teúdo da querida Ludmila Nascarella e do sensato Luís Ar r uda, ag re ga um valor ao
leitor que luta por um mundo melhor, e pasmem, esse mundo pode ser sim mudado pelas redes sociais! Na sessão blog nossa revista abre suas páginas para a literatura on line de Ale xandra Deitos. Com a ar te primorosa e dinâmica nosso Jabuti seduz nas melhores intenções. Por isso não percam o car toon de Will Oliveira, e os pitacos da assistente de ar te Sabrina Rodrigues que com sua meninice faceira nos per mitiu dar uma maior leve za a esta edição. Tudo isso passando pela super visão lin güística do guer reiro Jamilson Silva que além dos seus oito br aços emprestou mais dois par a a galer a aqui aparecer com o te xto perfeitinho. Se o Jabuti é um sinal de sor te no Oriente, aqui na redação estamos todos com os de dos cr uzados par a que o leitor nave gue co nosco nesta edição que foi feita com tanta paixão. E assim como che gamos ao nosso destino com se gur ança e em paz esper a mos que todos tenham uma boa leitur a , aumentando seu interesse e ampliando seu conteúdo de sabedoria.
Grupo Ja bu ti , re d a çã o // 3
ÍNDICE >>> Entrevista com Diego Reeberg, sócio fundador do Catarse mostra como medidas criativas podem mudar o cenário cultural >>> PG 7
>>> As redes sociais mudaram a forma das pessoas aprenderem. Sabendo disso a INFOjabuti se perguntou o que será q u e a s e s c o l a s e s t ã o f a z e n d o s o b r e i s s o ? > > > P G 13
>>> Facebook, Orkut, Par Perfeito, Harmony, Manhunt. Sites de r e l a c i o n a m e n t o a p r o x i m a n d o ( o u n ã o ) a s p e s s o a s > > > P G 16
>>> Conseguir um emprego tá difícil? Já tentou arranjar um pela internet? >>> PG 19
>>> Ocupações, marchas, atos, manifestações. Ao que tudo indica a juventude quebrou o silêncio >>> P G 21
>>> Fotos e mais fotos do Ocupa Sampa, uma ação mundial que quer acabar com a desigualdade e a corrupção >>> P G 25
>>> Poema simples, impactante e encantador >>>
P G 29
>>> As tirinhas mais ácidas do tumblr e do twitter agora fazem parte da INFOjabuti >>> P G 30
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EXPEDIENTE Diretor de Redação César Belardi Editora Regina Rodrigues Diretor de Arte Leonardo Vilela Ass. de Arte Sabrina Rodrigues Fotografia Elaine Campos Marcelo Souza Almeida Redação Leonardo Vilela Regina Rodrigues Revisão Jamilson Silva Cartunista Will Oliveira Colaboraram nesta edição: Alexandra Deitos, César Henrique Cruz, Danilo Oliveira, Ludimila Nascarella, Luís Arruda, Mayara Silva e Michele Velma.
FALE CONOSCO E nv i e se u e - m a il pa ra e s t a se ção c om nom e c om plet o, RG, endereço e telefone. A rev ist a I N F Ojabut i se reser va o direit o de, sem alt erar o cont eúd o, re sum i r e a da pt a r os t ext os public ados. O s e-m ails d evem ser e nv i ad os pa ra i nfo@ jabut i .c om .br. // 5
COLABORADORES
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Alter-n L e o n ardo V il e l a
nativ@s Foto Divulgação
VOZ Voc ê l e mb ra q ua nd o contava a s m o e da s e a s j untava com a s moe d a s dos a m igos pa ra compra r b a l a s? Ou, ainda ma is vel h o, j unta nd o g ra na pa ra com pra r um pre se nte pro a mi go. Le m bra a que l a b oa e ve l h a va q ui nh a , q ue ainda hoje f a z suc e sso? Poi s e ntã o, foi com e ssa i d ei a q ue surgi u o si te d e fi nan c ia m ento soc i al Cata rse . O si te é si m pá ti co e te m se u ch a rm e, um l ayout si m pl e s q u e e sb a nj a na f a c ilid a d e d e ace sso. Cri a d o a i nd a este a no, te m v i ra d o uma feb re e ntre os pro dut ore s e agente s cul tura i s e j á mos t ra c a se s d e suce sso e m me nos d e um a no d e v i d a. É por e ssa s e outra s que e nt rev i sta mos Di e go Re eb e rg, um dos sóc i os e c o- f und a d or d o pr i me i ro si te d e c row sf und i ng do B ra si l .
De ond e surgi u a i d e i a d o Cata rse ? Par a r e s p o n d e r a e ssa pe rgun ta e u pre ci so, p r im e i r ame n te, apre se ntar co mo é for m ada a s o cie dade do Catar se. São três p ar te s : e u, D ie go Re e be rg, o L uís O távio R i be i r o e a S o fta. E u e o L uís so mo s est u d an t e s d e Adm in istr ação na FGV-S P; a Sof t a é um a e mpre sa de Po r to Al e g re que d ese nvo l ve p r o duto s we b. Sob r e co m o s urgiu a ide ia, te mo s do i s la -
dos da história. No meu e do Luís, a i d ei a de uma urgência de começar algo n o s s o, em abril de 2010. Pr a isso, a gen te r e solveu procur ar modelos de ne góci o s i n teressantes for a do Br asil, já que n o s s as ideias próprias não er am lá muit o p r o missor as. Aí a gente conheceu o Ki ck s tar ter, referência em crowdfund i n g n o mundo. A gente ficou encantado pel o m o delo, pois tinha tudo a ver sobre a fo r m a que pensávamos que um ne gócio d ever i a ter: colabor ativo, conectado às m í d i as sociais e capaz de promover mudan ças n a sociedade. Do lado do pessoal da Softa, a idei a vei o do Daniel Weinmann. Ele é músico, d an çarino de tango e, par a ele, a ideia s u r gi u como uma necessidade de f i n an ciar seus próprios projeto s. S ó de pois ele veio a conhece r o Ki ckstar ter e se apaixonou ai n d a mais pelo modelo. Em meados de outubro, p o r u m amigo em comum, a gente s e co nheceu e, uma semana de p o i s, j á estávamos juntos par a co m eçar o Catar se. Nos dois lados, a gente v i u q u e no Br asil er a necessári a u m a iniciativa como essa, pois v i m o s que muitos bons projet o s n ão conse guiam obter financi am en to e ficavam engavetad o s p o r isso. Como uma par te i m p o r tante do processo é a cur adoria, s ab í a mos que os sites estr angeiros não co n s e guiriam atuar no Br asil sem uma eq u i p e própria. Achamos melhor começar i s s o então nós mesmos, com uma plat afo r m a que fosse do jeito que quiséssemos. Mas, lógico, esse foi só o início. D e p o i s disso já houve muita coisa, hoje s o m o s 6 sócios, 8 pessoas e o Catar se ago r a f az par te do Gr upo Comum (http://co m u m . cc) que tem um objetivo de atuação ai n d a mais amplo. Há quanto tem po o site existe? Desde 17 de janeiro deste ano. =) // 9
ser e xecutado. É a popular vaq u i nha, mas utiliz ando uma pl atafo r ma online par a facilitar a logí s ti ca de todo o processo. Quais são os projetos que m ais cham am a atenção dentro do Ca tarse? Aqueles em que o realiz ad o r é apaixonado pelo seu projeto e o planejou antes de colocá-lo n a p l a tafor ma e possui uma boa r ed e d e relacionamentos pr a tr az er as p r i meir as pessoas pr a apoiá-lo. E s s es três fatores são fundamentai s p r a um projeto ter sucesso. Q ua ntos proj etos j á fora m b e ne ficia dos pe l o si t e ? 90. Alguns d os proj e tos ga nh a ra m d esta que na mí d i a? Si m, s im . V ár io s, tan to na g r ande mídia como e m al gun s m e io s que são mai s de n i ch o. Os q ue t i ve r am m ais de staque fo r am o Ôn i bu s H acke r, A B an da M ais B o n ita da Ci d ade e o Aj u de um Re pó r te r. O q ue a c on te ce q ua nd o o projeto a poi a d o nã o re ceb e tod a a ve r b a? O dinh ei ro vo l t a d i re to pa ra a mã o do a poi a d or ? N a ve r dad e, p r im e ir ame nte, o d i n h e ir o vo l t a e m cré dito s no si t e p ar a o ap o iado r, caso e le q u eir a ap o i ar o utro pro je to. Se el e r e al m e n t e quise r o din he i ro d e vo l t a, t e m um bo tão lá p ar a e l e p e dir o e sto r n o.
Quais os que m enos cham am a at en ção? Aqueles que não se guem os três p o n to s apontados acima. Muitas ve z es o p r o j eto é bom em dois deles, mas peca em o u tro. Vai ser difícil ele conse guir ch am ar a atenção mesmo assim. Existem diversas form as de apre sent ar o projeto dentro do site. Existe algum que o Catarse percebe que f az m ais su cesso ? A gente disponibiliz a um guia qu e co n tém várias dicas par a os realiz ad o r es apresentarem bem seu projeto. Acredito que o p r o j e to da Fibr a, o Po r ta-
O que é o F i na nci a me nto So lidár i o? Basicam e n t e é quando várias p esso as, co n t r ibuin do finan cei r am e n t e a par tir de pe que n as q uan t i as, po ssibil itam que u m p r o j e t o s e j a viáve l e po ssa // 1 0
VOZ - l apt o p, ut il izo u m uito be m do s re cur sos poss íve i s. ( Ve j a o pro je to no site ) Com o a pa r c e ri a com si te s re l a ciona dos à c ul t ura a j ud a o si te a cumprir sua s proposta s? Noss a g r an de visão é f aze r co m que mais proje t o s p o s s am se r finan ciado s dessa for m a. E s s e s p arce iro s ajudam n a d ivul gação d o co n ce ito do finan ciame nto co l ab o r at ivo e n a pro pagação do s projetos por q ue e l as s e inte re ssam par a que mais pess o as p o s s am apo iá-l o s. É fundam ental q u e que m f az a cultur a aco n te ce r n o Br a si l s e j a p ar ce i ro ne sta tare fa de co muni cação. Qua l é a e straté gi a d o si te pa ra a s m í dia s soc i ai s? Tem o s um a at u ação m uito abe r ta ( divul gan d o n úm e r o s, co isas que aco nte ce m no si t e) e f e i t a da fo r ma m ais dive r tida pos sí vel . N ó s s o m o s n ó s me smo s n as mídias soci ais, s e m m áscar a n e m nada. A e str a t égi a é s e r au t ê n tico. =)
Com o é ser um jovem em preende dor na atualidade? Acho que é muito sobre const r u i r o mundo que você deseja. É enxergar u m a tr ansfor mação e vivenciá-la diari am en te pr a constr uir algo que te pareça m el h o r. Tem as dificuldades, com cer te z a, m as eu sou apaixonado por viver desta for m a. Quais são os planos para esta plat aform a solidária da internet? Ser cada ve z mais colabor ativa. D es d e a seleção dos pro jetos que en tr am no site, até a comunicação e a prog r amação. Acreditamos muito no modelo de open source, no creative com mons, em ter as contas do site aber tas e tal.
Os proj etos q ue se d e sta ca m a ssum em uma estraté gi a d e mul ti pl ata form a pa ra d iv ul ga r s ua s i d e i a s? D e pe n d e m u it o do pro je to. Te m gen t e q ue t e m a r e de e stabe le cida m ais no mu ndo o f fl i n e e po de se r be m -sucedida mesm o as s im . Mas e u acre dito que quan t o m ais a p e s s oa tive r a habilidade de na ve gar p o r d if e re nte s pl atafo r m as, maior será a ch an ce de e la de o bte r suce ss o na ar re cad ação. Com o voc ê ( Di e go Re eb e rg) e ncara o suc e sso d o si t e ? Vejo q ue o B r asil tinha um a ne ce ssidade l at en t e p o r um m o de lo co mo e sse. Tem mu i t a ge n t e b o a co m ó timo s pro jetos q u e s ó p r e cis avam de uma g r aninha pr a t i rá- l o s do p ape l . E u e ncaro co mo uma for m a p ar a m e mo tivar a tr abal har ainda mai s p r a aj u dar mais pro je to s fan tás ticos acon t e ce r e m a c ada dia.
@Cat arse_ w w w.f ac ebook.c om /Cat arse.me w w w.c at arse.m e
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CÉREBRO Re gin a Ro dri gu e s Fo to L e o n ard o V i l e l a
A educação na era da informação De p ois d a in t er n et o sist em a e ducacional e ncontra outro de safio. E ntr e e m ação as “ R edes S ociai s” A e s c o l a e a s fo r m a s d e e d u c a ç ã o at r av é s d a s t e c n o l o g i a s d a i n fo r m a ç ã o ( T I ) f i c a m a c a d a a n o m a i s p r ó x i m a s, e m b o r a u m a a i n d a n ã o t e n h a at i n g i d o u m a i n t i m i d a d e c o m a o u t r a . Fa l t a à s e s c o l a s u m r e c u r s o a l é m d o q u e d o m i n a r a s t é c n i c a s d e m e xe r o u a d m i n i s t r a r u m computador”. Estão (as escolas) enraizadas nas práticas lineares e segmentadas”, afirma a Profª. Camila S a n t a n a , d o I n s t i t u t o Fe d e r a l d e E d u c a ç ã o, C i ê n c i a s e Te c n o l og i a . Recentemente, a aluna Valquíria Modelo, 15, foi punida com cinco dias de suspensão pelo motivo de desenvolver um g r upo de estudo na rede social Facebook. A escola alegou que o g r upo se encontr ava vir tualmente par a adquirir as respostas dos gabaritos dos e xercícios das provas. A mãe da aluna, Sônia Modelo Alves, 43, afir mou que está processando a escola judicialmente pela atitude precipitada par a com sua filha. “Isso é um absurdo, não vivemos mais na idade das caver nas”, desabafa a mãe. M ais do que co n he cer os caminhos tecnológicos par a a e ducação, o siste ma educacional precisa entender que as re de s so ciais f aze m par te de um caminho social humano, e que po de m, sim , e levar o conhecimento e a capacidade // 1 3
d e aco r d o co m o se u po de r que l he é con d u z i do. “Aq ui u til izam o s to das as f er r a m en t as v ir t u ai s par a me lho r ar a co muni cação e i n t e g r ar no sso cur rícul o e scolar ao i n t e r e s s e d e n o sso s aluno s” de clar a o Prof . Wal t e r S ouza, 54, M e stre e m Edu cação p ar a al un o s hipe r ativo s. A es cr it o r a T ân ia D. Q ue iro z de screve em s e u l i v r o, ¬ ¬ E ducar, um a lição de am or ( E d. G e n te ) , que “ vive mo s a e r a dos sof t w ar e s, d a união so cial, da sabe d oria d as m u l t idõ e s e do fim das bar re ir as ge og ráf i cas ”. A e ducação te m ao se u di spor v ári as f e r r am e ntas par a o auxilio da for m ação e ducacio n al e m re de, basta ap enas ad ap t ar - s e p ar a novo s par adigm as que já est ão de cl ar adame nte n a inte r ne t” .
Ago ra si m Fundamentado num processo pedagógico consistente, os alunos do colégio Diretriz, da cidade de Atibaia, interior de São Paulo, produzem semanalmente a agenda das ati vidades escolares de acordo com os g r upos inter ativos nas redes sociais. “ Cad a t ur m a t e m se u g r upo f e chado com arq u ivo s de t o das as aul as, o s pró prios al u n o s cuidam par a que to do co n teúdo en si n ado s e j a p ro te gido e pre se r vado no g r u p o ”, co n t a-no s a dire to r a assistente Jan d ir a C e l e s t e, 50, iniciado r a do projeto Red e e m C as a, que aux il ia mais de dois m i l al un o s. Sempre que e xiste uma nova visão a par tir do que já funciona, a constr ução do futu ro tor na-se mais positiva. O fato é que as escolas que se aprimor am e perdem seus preconceitos par a com os novos meios de ensino conse guem, sem sombr a de dúvi da, um desempenho maior de seus alunos. Com interesse e a aceitação dos valores mor ais que esses alunos criam, surgem novas rotas de aprendizado inter no, ele vando, assim, seu conceito cognitivo de aprendizagem. A er a digital che gou par a ficar; hoje é co mum ver mos nas cadeir as univer sitárias
alunos por tando apenas um leve celular ou até mesmo um notebook pequeno que cabe numa bolsa. As aulas são re passadas par a o g r upo da classe que, de pendendo de seu coordenador, são inter ativas ou não. A inter atividade dos alunos, quando bem estabelecida, contribui par a sua autoes tima, pois muitas pessoas se comunicam apenas via inter net, ou seja, na classe, por questões físicas ou emocionais, quase não se apresentam ou falam. Nas redes sociais, a timide z, pelo contrário, dificilmente acontece. A Univer sidade São Judas, em São Pau lo, possui um por tal especial par a os alu nos de Jor nalismo. Identificado como TV São Judas, os prog r amas são inspir ados nos assuntos mais debatidos nas redes sociais. Com a orientação do Prof. Fer nan do Duch, os alunos do último semestre de Jor nalismo produzem seus prog r amas com 28 minutos de dur ação, que são apresen tados no canal univer sitário e re produzi dos na net atr avés dos por tais das redes sociais da faculdade.
L á , em um mun do dista n te
Com as novas pesquisas sobre a evo l u ção cerebr al, principalmente no estu d o d as inteligências múltiplas, obser vamo s q u e novas técnicas for am desenvolvid as p ar a aprimor ar a aprendiz agem. Hoje, to r n o u // 1 4
- se m u it o m ais f ácil apre nde r e g r avar na m em ó r ia o que e studam o s. “A q u a n t i d a d e d e i n fo r m a ç õ e s p r o c e s s a d a s h o j e p e l o s a l u n o s é ab s u r d a s e p e n s a r m o s e m t e r m o s d e evo l u ç õ e s h u m a n a s nas últimas décadas”, explica o neurologista Alfredo Shirmeman, especializado e m N e u r o p s i c o l og i a p e l a Fa c u l d a d e d e Medicina de Santo André. Os índios da aldeia baiana Pataxó recebem todos os dias suplementos educacionais atr avés da inter net par a auxílio das aulas ministr adas par a os que querem ter minar o Ensino Fundamental I. “Buscamos, nes te apoio escolar, um caminho natur al par a o aprimor amento de nossa aldeia”, conta Yonana Pataxó, no site @indiosonline. O por tal Br asil Escola (www.por talbr asilescola.com), com parceir a da Editor a Abril e o por tal R7, constitui-se no maior site de inter atividade em educação br asileir a. Atualmente conta com 20 canais de pesquisa e milhares de páginas escritas on line. Possui mais de 10 milhões de visitantes e seus conteúdos são totalmente de g r aça.
Gen te do bem Independentemente de nosso cérebro e s t a r m a i s c a p a c i t a d o a t r ab a l h a r m a i s r á p i d o e r e c e b e n d o m a i o r e s i n fo r m a ç õ e s, n ã o a d i a n t a r á n a d a s e a s g r a n d e s i n s t i t u i ç õ e s e d u c a c i o n a i s e s t i ve r e m n o s é c u l o p a s s a d o. V á r i a s a i n d a t e n t a m p r e s e r va r u m e s t at u t o e d u c a c i o n a l q u e funciona com mais lentidão por estar u l t r a p a s s a d o. “Hoje, há atualização dos professores e dos mestres em Ensino é Fundamental par a o desenvolvimento do caráter educacional br asileiro”, afir ma João Batista Osório, coordenador do Sindicato dos Professores de São Paulo (SinPro). Existe uma g r ande diferença entre mestre, educador e instituição, e a disponibilida de de cada um de pende muito da aber tur a emocional e do objetivo que se dá aos alu nos e à educação. Quanto maior a rigide z, menor será a atualização e mais longe das tecnologias educacionais estaremos. O mais interessante é que, longe das prin cipais capitais, as for mas de inter atividade pelas redes sociais em educação caminham a passos largos. Os alunos de alfabetização par a adultos da Fundação Br adesco em Aparecida de Goiana (GO), além das aulas presenciais, podem contar com uma sala de multimídia, adaptada par a iniciantes, onde e xercitam o conteúdo das disciplinas atr avés de conver sas em salas vir tuais que facilitam muito o aprendizado. Com o advento da inter net e seus inventos tecnológicos coloridos e atr aentes, fica quase impossível se gur ar o aluno em sua cadeir a. O antigo quadro ne g ro e seu professor monocórdico já fazem par te de um cenário que se desfaz da memória do nosso cotidiano; afinal, quem resiste a uma maquininha inter ativa que em se gundos dispõe de dados que levariam hor as (ou até dias) par a serem estudados. Assim, como escreveu Fer nando Pessoa, “nave gar é preciso”. Esper amos que nosso caminho na educação br asileir a possa ir por outro r umo, par a ter r as mais fér teis. // 1 5
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COMPORTAMENTO
Re gi n a Rod r igues Ar t e Leon ardo Vilela
Par Perfeito?
S it es d e r el c ion ame nto mudara m a vida a moras das pes s oas Al gu é m aí s e l e m br a de quan do criança t er b r in cad o co m duas l atin has am ar r adas p or u m b ar b ante f in gin do se r te l e fone? De ce r t a fo r m a ali, naque l a brin cadeir a, come çava o p r incipio do re lacio namento i n t er p e s s o al , que não é muito dife rente d as fo r m as de re lacio nam e n to s de h oje. E m ve z d as l atin has, te m o s uma we bcam q u e f az co m q ue o s re l acio n ame nto s e as em oçõ e s e n r aí ze m -se. O u não ? Se gun do o p s ican alista L uiz Al b er to Py, “n ão e x i s t e uma re ce ita par a n ascer o am o r ”. Q ue o diga a pe dagoga Rosa n a D o r i gam C ampo s, 29, que e nco ntrou seu g r an de a m o r e m um site de re lacio n am e n t o s p e l a inte r ne t: “ n un ca imaginei q u e p ude s s e m e apaixo n ar tanto po r uma p esso a que s ó fui co n he ce r se is meses d e p o i s ; an t e s do prim e iro be ijo f icáva m os h o r as n o co m putado r” , co nta Rosa n a. M o r ado r a da B aix ada Santista, tinha como a m ai o r i a das pe sso as co nte m p orâ n eas o h áb i t o de se m pre dar uma pass adi n ha n o O r k u t par a var se o s amigo s dei -
xar am algum recado. Até que um b el o d i a encontrou um recado do agente F l áv i o Medalha Jr., 35, em seu perfil, conv i d an do-a par a ser sua amiga. “Levei u m s u s to, mas mesmo assim aceitei”. De cl i q u e em clique, casar am-se no começo d o an o com direito a fotos quase em temp o r eal no facebook”. “Devo meu marido ao s an to Orkut”, brinca Rosana. Ambos criados em 2004, Orkut e Face book hoje são as redes sociais qu e m ai s atingem os desejos dos carentes d o m u n do. Bem mais até que os sites d e r el a cionamentos profissionais com o Par Perfeito, Har mony e o famoso site d e r e lacionamento gay Manhunt. A for m a d e um relacionamento mais acessível s em o contato físico (Epa! Como pode ser m ai s acessível sem pe gar?) oferece se gu r an ça maior par a quem está realmente p r o cu r ando se relacionar, mas não tem h ab i lidade de paquer a ou é dono de u m a ti mide z profunda. “Não tenho cor agem d e che gar em uma garota que me in ter es s a // 1 6
n u m b ar ; e m co mpe nsação, pe lo co m p uta d or, at r av é s d o face bo o k, já co nhe ci vá ri as” , d e s ab af a o tre in ado r f ísico M arcos G u i m ar ãe s, 2 7 , o M arcão, co m o é chama d o p e l o s am i go s pe lo s se us 1, 98m de al t u r a.
M as co mo p o d e? A ps i có l oga ango l ana Cláudia M or ais, au t o r a d o l iv r o O amo r e o Face bo o k (Ed. Of i cin a d o L ivro ) , in daga-no s so br e as q u es t õ e s de q uais risco s co r re mo s com a e x po s ição a q ue n o s suje itam o s e m nosso p erf il ? E o q uanto de ve rdade de mons t r amo s ao s o ut ro s atr avé s de n o sso s cont at os p e l o co m p utado r? Par a o s o ció l ogo M arce l o Se n n a, 71, es cri t o r d e v ár i o s l ivro s so bre co mpor tam en t o h u m an o, “ as pe sso as só e stão se ad ap t an do a um a n ova tr ansição co ntem p orân e a. Out r o r a no sé cul o X V III , no b erço d o Ro m an tismo, e r am as car tas. Hoje o co n h e cim e n to ve m pe l o co m p uta d or; s i n ce r am e n te, par a m im , nada mu -
dou”. Já par a a psicóloga Ana Maria Som b i n i , 36, coordenador a do g r upo ter ap êu ti co do Hospital Nossa Senhor a de L o u r d es em Diadema, mudou e muito. “H o j e n ão temos a menor ideia de quem real m en te está por trás de um computador e os r el a cionamentos se tor nar am muito in s távei s pelas facilidades dos encontros”. Instáveis e até perigosos, é o que co m en ta o dele gado Diogo Guer r a, 45, em en trevista à Revista INFO (abril/1 1 ), q u e mostr a a estatística alar mante qu e m ai s de 77mil usuários br asileiros no a n o d e 2010 for am vítimas de ladrões, ped ó f i l o s, estupr adores e malandros de tod o ti p o atr avés das redes sociais de relaci o n a mentos. “O malandro se faz pass ar p o r interessado na vítima, seduz ind o -a n o primeiro momento par a obter o m áx i m o de infor mações que lhe interessam ”, e x plica o dele gado. Mas nem só de pessoas inescr upu l o s as a inter net sobrevive (g r aças a Deus ). C o m a vida cor rida e as capitais mais p ovo adas, não é tão sur preendente q u e as pessoas precisem de um meio de co n tato rápido e sedutor par a se encontr ar em e começarem um relacionamento. O p ú bl i c o gay, p o r e xe m p l o, d i s p a r o u n a s fo r m a s d e r e l a c i o n a m e n t o s p e l o s s i t e s. “ E n c o n t r e i m i n h a c a r a m e t a d e no site de relacionamentos Manhunt, n ã o a c r e d i t ava q u e p o d e r i a e x i s t i r a l i u m p ú bl i c o h o n e s t o e m s e n t i m e n t o s ; n a ve r d a d e, p e n s ava q u e e r a s ó s a c a n ag e m ” , c o m e n t a b a i x i n h o o e s t i l i s t a Danilo Fitipaldi, 32, que encontrou seu p a r c e i r o, q u e m o r a n o Pa r á , e m m a r ç o d e s t e a n o. “ N ã o t i n h a c o m o c o n h e c ê - l o s e n ã o fo s s e at r av é s d a s r e d e s s o c i a i s. S ab e q u a n d o e u i r i a a o Pa r á ? ” , d i ve r t e - s e c o m o d e p o i m e n t o. O f at o é q u e o c a m i n h o d a n at u r e z a , c o m o d i z i a C h a r l e s D a r w i n , é evo l u i r, a d a p t a r - s e p e l a s e l e ç ã o n at u r a l ; e n t r e t a n t o, d i f i c i l m e n t e e l e i r i a p r eve r q u e a a d a p t a ç ã o n at u r a l fo s s e t ã o evo l u í d a a ponto de nos relacionarmos a partir de // 1 7
u m c o m p u t a d o r, q u e p a r a m u i t o s a i n d a é apenas uma máquina.
Queb ra T u d o “As p e s s o as e s t ão pre par adas par a se unir pel as r e d e s s o ciais, mas não par a se s e pa r ar”, af ir m a a te r ape uta clínica An d reia Lope s, 3 5 , q ue já e studo u m ais de qui n hen t o s cas o s de sde 2009, dire tamente rel acio n ado s co m as re de s so ciais. “Tive u m p acie n t e que n ão teve co r age m d e ser hon e s t o e f i n al izar se u casam e n to, sabe o q u e e l e f e z ? Co l o co u e sto u so lte ir o no f aceb o o k . To das as pe sso as que f az iam par te d e s ua re de co m e çar am a co men t ar at é ch e ga r ao s o uvido s de sua e sposa, q u e e s t á t r au matizada até ho je ” . Caso s de dis cussõ e s e brigas també m são com u n s e m s i t e s de re l acio n ame nto e es t ão e x p o s t o s p ar a qualque r um ve r. “Pedi par a m in h a amiga cuidar da minha pá gi n a, p o is n ão supo r tava ve r o me u e x - n am o r ad o co m o utr a” de clar a Juliana Fer nan d e s, 1 9 , ain da co m o s pun ho s fe chad o s s ó de pe n sar nas fo to s do s novos aman t e s. “S i m pl e sm e n te de m o s um tem po e l ogo e m se guida já tinha uma foto d el e co m o u t r a” . Por mai s que as fo r mas d e enco ntro e s tejam mo de r n as, e xi ste si m ai nd a um a g r an de di s cus s ão po r t rás d a ét i ca d e s s e s tipo s de r e l ac i o namento s. F át i ma Aze ved o, 5 0 co o r d enad o r a d o G r u po AM A
(As s ociação das M ul he r e s que Amam De m ais ) r e l ata de um a for m a m uito real o pe r igo e as vantage ns de s e e nvolver com al gué m a par tir da inte r ne t. “Nas r e de s s ociais, os r e l acionam e ntos acon te ce m com m uita inte ns idade. Há os que amam demais e os que o d ei am demais, tudo é muito rápido e pod e cau sar consequências desastrosas par a to d o s os envolvidos”. Impor tante é sabe r o q u e se quer realmente de um encontro o u d e um novo relacionamento. A dica é es tar sempre atento aos detalhes de cad a p es soa que se adiciona no perfil, suas fo to s, sua maneir a de falar e, principal m en te, controlar a ansiedade, pois o amor s e fo r verdadeiro, pode esper ar o tempo q u e fo r.
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VOCÊ SABIA?
Re gin a Ro dr i gu e s Fo to F F F Fo u n d . co m
Emprego.com C on sul t or as de RH invade m as re de s e m busca de c and id atos “De tanto andar atrás de emprego eu perdia um par de sapatos toda semana”, diz o economista José Maria Or tiz, 49, assessor da diretoria de marketing da financiador a Autolatina em São Paulo. “Há vinte anos um jovem saia com o cur rículo debaixo do br aço e ficava olhando o dia inteiro as opor tunidades nos jor nais e os planfetos pendur ados nas por tas das empresas”, desabafa. José Maria não é o único de sua ger ação a gastar as solas dos sapatos atrás de um emprego, Toda a sociedade anterior a inter net e principalmente longe da imagem utópica de conseguir um emprego atr avés do computador, fazia isso. Par a se ter uma ideia nos anos 80 em plena recessão econômica o setor de RH da empresa Executive Ltda, chegou a receber em um dia só mais de quinhentos cur rículos par a serem analisados par a uma só vaga. “Tínhamos que guardar a emoção e utilizar a r azão par a as escolhas, a demanda er a muito g r ande”, comenta Dor alice Santiago, 58, aposentada que continua tr abalhando no RH da empresa devido a sua enor me habilidade de reconhecer o candidato
melhor par a a vaga solicitada.” Virei tantas ve zes à noite par a atender melhor as necessidades da empresa que acabei me tor nando uma especialista”, sor ri.
Tudo muito rá pido Hoje em pleno século XXI com advento da inter net e mais ainda das mídias sociais especializadas em profissionais específicos par a as áreas, o design Leonardo Sampaio, 26, tr abalha feliz a frente de seu computador Apple de ultima ger ação. O cargo de gerência recém assumido lhe per mite vislumbr ar uma car reir a que vem de vento em polpa desde que saiu da faculdade. Esta é sua terceir a promoção que como ele mesmo diz; “adquirida atr avés de muito tr abalho e deter minação“. Entretanto diferente de José Maria, o economista acima, Leonardo possui como muitos de sua ger ação uma for ma diferenciada de buscar seu emprego e adquirir suas promoções. Ele utiliza as redes sociais como ferramenta profissional. Para este emprego ele foi selecionado entre 15 // 1 9
candidatos na rede social Linkedin, que possui mais de 1,5 milhões de usuários e cujo objetivo é o relacionamento entre profissionais. A utilização das redes sociais com finalida des profissionais cresce ver tiginosamente no Br asil e no Mundo. Par a se ter uma ideia, só nos Estados Unidos 92% das empresas contr atam apenas pelas redes sociais. Os cur rículos hoje são enviados pela inter net otimizando o tempo e facilitando a vida da tur ma do RH. ”O que levaria dias par a ana lisar hoje é selecionado em hor as”, comenta Dor a totalmente atualizada com sua nova fer r amenta de tr abalho. Aqui no Brasil os dados não são específicos, porém acredita-se que 70% das pessoas que buscam emprego já fizeram entrevistas marcadas através de redes sociais e 48% foram empregada pelo networking online. Segundo a psicóloga Cleusa Vicchi 49, especializada em orientações vocacionais “a criatividade e xercerá uma questão for te no mercado de trabalho no século XXl, ou seja, vencerá aquele candidato que tiver maior criatividade em sua e xposição, este movimento favorece e muito a busca pelas redes sociais.”
par a ver se as infor mações casam u m as com as outr as. “Mais que ter um cu r r í culo limpo e adequado, é preciso t am b ém ter uma vida organiz ada e cor resp o n d en te aquele perfil do networking”, e s cl ar e ce. Inde pendente de qual caminho utiliza-se par a che gar ao mercado de tr abalho, o fato é que a for ma de seleção mudou quase r a dicalmente nas últimas décadas, o método de pre par ar seu cur rículo, botá-lo debai xo do br aço ainda está valendo, porém se quiser economizar sola de sapato, convêm se atualizar. Pois o tempo do tele g r ama com cer te za acabou.
Nem t u d o f u n c i o na Cri s t i n a Ro ch a, 36, advogada apre sentou seu cu r r ícul o em mais de quatro sites de networking e nada!”Percebi que me perfil é acessado pelas perguntas de disponibilidade par a dias e horários, mas nunca fui efetivamente chamada”, comenta. Cristina procur a uma vaga de advogada sênior e percebe que como e xiste muita ofer ta suas chances são menores. O analista Orlando Baroni ,21, que está desempre gado há mais de um ano possui seu perfil na rede Linkendin há e xato sete meses, e relata” Nunca fui chamado por empresa nenhuma, nem sequer me fizer am alguma pergunta de interesse”. N est e s cas o s d e screve Cl e usa V ichh i, o i n t er e s s an do p r e cisa o bse r var se se u per f i l es t á l i m p o e claro, as capacidade s pre ci sam e s t ar ade quadas ao s valo re s desta p esso a, p o i s q uan do e sco l he m o s um can d i d at o, o b s e r vam o s to das as re de s sociais
Michele Velma da empresa que recruta executivos pelas redes nos dá algumas dicas: -Buscamos entre um perfil bem elaborado, com todas as informações da experiência profissional e formação acadêmica. Estes dados colaboram MUITO para uma colocação no mercado de trabalho. Seja claro, simples e preciso e mais importante sincero, pois todas as fontes são checadas.
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MUNDO
L e o n ardo V il e l a Fo to E l ain e C am p o s
Viva la Revolución! Ap r oxim ar as p essoa s p ar ece não se r o sufic ie nte pa ra a s re de s s ociais , n os ú ltimo a nos e las te m mudado o mund o E assim caminha a humanidade, ultimamente com passos de gigante e com muita vontade. Já perdemos a conta de quantas ve zes, só neste ano, fomos convocados através da timeline para marchas e ocupações. Ou para apoiar a liber tação animal, a liber tação se xual, a liber tação do ecossistema e, claro, a liber tação do senso de protesto da sociedade brasileira. N est e an o q ue pre ce de o f im do mundo, como al gun s pro f e tas apo n tam , também é o an o e m q ue o Face bo o k ultr apassou o Or k u t e m n ú m e ro de usuário s n o ter ri t óri o n acio n al . Pare ce que a proximidade d o f i m e a f acil idade par a se r o uvido tor n ou o p ovo m ais agitado. Fora do país já são centenas de protestos que utilizaram as fer ramentas das redes sociais para divulgar suas ideias e ações. Os g regos utilizaram as redes para agendar encontros e protestos, os jovens de Londres, que iniciaram uma onda de de predação a cidade inglesa, começaram suas atividades através de fór uns na inter net. A ação de democratização do Egito t am b é m t eve s ua r aiz n as re de s so ciais,
que for am usadas par a divulgar a s i tu a ção real do país pelo mundo. Hoje em dia países como a China e o Br asil limitam o acesso ao conteúdo global da internet. Seja por motivos políticos ou econômicos, as medidas de censur a na rede têm aumentado ao longo dos últimos cinco anos. Parece que os líderes estão começando a perceber o que o compar tilhamento de infor mações em caráter vir al pode acar retar par a os seus gover nos. Falando em líderes, não podemos esquecer que o atual presidente dos Estados Unidos da América do Nor te só foi vitorioso nas eleições de 2008 g r aças ao passarinho azul do Twitter. Entre guer r as, conflitos e protesto muitos são os que utilizam as redes sociais par a discutir tabus da cultur a tr adicional, como é o caso da “Marcha das Vadias”, evento que surgiu no Canadá após um policial dizer que as mulheres deveriam deixar de se vestir como vadias par a não serem estupr adas. Aqui no Br asil as Vadias fizer am um g r ande alvoro ço em Belém, Belo Horizonte, Br asília, S ão Paulo e muitas outr as cidades. U m a d as // 21
m ai o r e s fo i a m archa de Curitiba que uniu 2 mi l p e s s o as e re al izo u inte r ve n çõ e s ur b an as ao l o n go do pe rcur so. “É essa união do e xercício ao empoderamento, nesse incentivo mundial de criar um movimento do basta - a mulher quer paz - E o tamanho da saia que eu uso jamais será um convite ao se xo. Nossa sociedade nos ensina a não ser estuprada ao invés de ensinar a não estuprar. O Facebook foi nosso g rande aliado, esse recr utamento foi essencial na discussão, foram 11 mil pessoas confir madas na Marcha” enfatiza Ludimila Nascarella, atriz e coordenadora do coletivo Mulheres Livres em Movimento, responsável pela Marcha das Vadias na cidade de Curitiba. As marchas de caráter feminista têm sido cada ve z mais presentes na nossa sociedade. Só este ano foram mais quatro manifestações na cidade de São Paulo; este re pór ter que aqui escreve esteve presente em pelo menos duas delas. Além da “Marcha das Vadias”, fomos à r ua juntamente com a fotóg rafa Elaine Campos, que assina a sessão 3x4 desta edição, durante a Marcha Feminista que percor reu as r uas do centro desta selva de pedra em março do ano cor rente. Outros nichos da sociedade também têm se movimentado; em julho deste ano ocor reu uma votação em Uganda, África, que legalizaria a pena de mor te para homosse xuais em seu território nacional. Essa proposta de lei tomou níveis inter nacionais quando os g r upos de referência aos LGBTs divulgaram as ações do gover no através da inter net. A de n ún cia não demorou a chegar aos ouvidos dos inte g r antes do site AllOut. org, um site mundialmente conhe cido por realizar ab a i xo - a s s i n a d o s par a diver sas causas. Atr avés do AllOut a situação de Ugan da passou a ser co n he cida mun -
dialmente e recebeu meio milhão de as sinaturas para que o projeto de lei “Matem os Gays” fosse engavetado. A medida deve ser votada novamente ainda este mês (novembro). A r e d e Al l O u t j á r e al i z o u açõ e s aq u i n o B r as i l t am b é m ; u m a d e l as fo i o p r o j e t o “ M ãe s p e l a I gu al d ad e ” , e m q u e m ãe s d e LG B Ts f al a m d o s e u am o r e o r gu l h o p e l o s s e u s f i l h o s e f i l h as. U m a d as m ãe s e m q u e s t ão e r a a d o ad vogad o, fo r m ad o p e l a P U C d e C am p i n as, L u í s Ar r u d a, m o d e r ad o r d o g r u p o “At o Anti-Homofobia” no Facebook. Mesmo g r upo que em 19 de fever ei r o reuniu cerca de 1.800 pessoas na Aven i d a Paulista par a marchar contr a a v i o l ên cia homofóbica e em protesto ao at en tad o sofrido por um jovem na altur a 7 7 7 d a mesma avenida, onde foi ag redido p o r u m g r upo de jovens com uma lâmpada fo s fo rescente. Com mais de 2 mil membros o “Ato” agi lizou uma série de ações dentro e for a da rede. Se gundo Ar r uda “As mídias sociais são fantásticas par a isso, pois tod@s po dem contribuir; se você ainda está no ar mário, você pode par ticipar de discussões, se infor mar e enquanto isso pode ajudar no combate à homofobia. Se você, como eu, já saiu do ar mário, pode encontr ar outr as pessoas que estão com vontade de agir par a que a homofobia deixe de e xis tir no vir tual e no real. Há espaço par a tod@s no vir tual”. Mas nem só de luta vive o homem . Os mesmos que organizar am marchas, produzi// 22
r am o “PicNic pelo mesmo amor”, uma ação pacífica e não política que reuniu diver sas pessoas também em fevereiro no Ibir apuer a. “ O p icn ic é m u ito impo r tan te, é um even t o q ue ce l e b r a o po sitivo. E le mo str a o n oss o am o r n as suas dif e re n te s fo r mas, o n oss o l ad o h um ano, o no sso lado af e tuoso e t am b é m a n ossa ale g ria. É m uito bom est ar co m o s amigo s n um parque co m sol comp ar t i l h an d o co mida e m o str ando o n oss o af e t o e m público se m m e do ” relata Ar r uda. De injustiças o mundo está cheio e com o passar o tempo mais as pessoas veem a necessidade de ser movimentar, não adianta mais esperar o Super Homem, muito menos o Capitão Planeta. Está na hora de botar a mão na massa. Pelo menos é isso que nos mostram as últimas atualizações do mural das nossas homepages.
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3x4 Nossa fotógrafa Elaine Campos (feminista, vegetariana, amante da bike e revolucionária por natureza), deu pulo no OcupaSampa, um protesto que desde o dia 15 de Outubro ocupa o Vaçe do Anhan gabaú, no centro de SP
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Al e xandr a Deit os // 2 9
TIRADAS
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