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A CULTURA DO CANCELAMENTO

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BOLACHA ALFAJOR

BOLACHA ALFAJOR

Cancelar alguém virou uma prática muito usada nas redes sociais nos últimos tempos, portanto termo atualíssimo. E como funciona na prática? Uma pessoa expõe uma opinião desfavorável num grupo e por ele é cancelado, deixa de existir, de ser seguido. Ser cancelado significa que se fez algo considerado errado por uma rede, afinal o cancelamento é uma desconstrução social.

Em geral a pessoa cancelada é radical em seus conceitos políticos, ou religiosos, ou racistas, ou homofóbicos, ou xenofóbicos, enfim os preconceituosos e desrespeitosos em geral. Um caso rumoroso de cancelamento ocorreu com uma influenciadora digital que promoveu uma festa em plena pandemia. E ela perdeu seguidores e contratos com marcas famosas.

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É precisa entender que quem se coloca nas redes sociais está participando de um Big Brother virtual, o que se publica pode ser acessado por todos, e que a sociedade não aceita publicamente pessoas com opiniões que humilham, desacatam ou até afrontam aos demais.

Pudemos acompanhar em campanhas políticas partidárias os casos mais extremos, de pessoas que são censuradas, perseguidas e caladas por simplesmente defenderem suas opiniões. Lutas em favor de causas humanitárias sempre valem a pena, o que bem as diferencia de censura e perseguição.

Um caso grave de tentativa de cancelamento ocorreu em nossa cidade após a vitória do presidente Lula. Uma lista de possíveis apoiadores foi espalhada pela cidade sugerindo à população que não utilizassem os serviços dos referidos profissionais. Felizmente a referida lista causou tanto desagrado que, ao invés de cancelamentos resultou em acolhimento e consideração às vítimas. Ainda há muito a ser feito em relação à essa nova cultura, há muito aprendizado, a forma respeitosa no trato com os demais tende a se fortalecer, não é mais possível se expor sem as possíveis consequências.

Se sou favorável a cultura do cancelamento? Sim, quando bem utilizada é um instrumento capaz de calar a imbecilidade.

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