Leilão 13 - Pintura e Técnica Mista | Leiloeira Santo Eloy (2022)

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Leilão 13 Leilão de Pintura e Técnica Mista Leilões Online de Arte Contemporânea 2022



Leilão 13 ARTE CONTEMPORÂNEA ONLINE

Pintura e Técnica Mista -5 a 11 de Julho Inauguração da Exposição 23 de Junho, 15h:30 Exposição 24 de Junho a 11 Julho, 10h:30-18h:30

Rua Almeida e Sousa, 28B 1350-012 Lisboa, Portugal 2ª a 6ª feira, 10:00-19:00 geral@leiloeirasantoeloy.com | +351 211 653 604 | +351 912 433 198


Lote 20 – Noronha da Costa, “Azul e Rosa”



Lote 30 – Bengt Lindström, “Le Guérisseur", 1978



Ficha Técnica do Catálogo e Leilão

CEO

Gestão de Projeto

José Baptista

Eduardo Reynaud João Lourenço

Avaliações

Laura Carvalho Torres

Eduardo Reynaud

Curadoria da Exposição Colaboração Técnica

Eduardo Reynaud

Laura Carvalho Torres

João Lourenço Laura Carvalho Torres

Investigação Científica Diana Sommer

Fotografia

Eduardo Reynaud

João Krull

Laura Carvalho Torres Tomás Gorjão

Arte Final do Catálogo Eduardo Reynaud

Front Office Manager

Laura Carvalho Torres

João Lourenço

Lote de Capa Assistente Executiva

Lote 24 - Artur Bual

Vera Morbey Affonso

1800€

Logística João Lourenço

Comunicação Laura Carvalho Torres

Direitos de autor © 2022 Leiloeira Santo Eloy. Todos os direitos reservados.


Lote 3 – Paul Mathieu, "Elacement de Couleurs", 2017


Lote 1 – Alberto d’Assumpção, “Interiores – II", 1992 Óleo sobre tela. Assinado. Datado de 12-08-1992 Dimensões: 62 x 78 cm. € 700



Lote 2 – Pedro Freitas, “Retrato de Memória, Ana Luísa", 1996 Pastel de óleo sobre papel. Assinado. Datado de 1996 Dimensões: 51 x 38 cm. € 150



Lote 3 – Paul Mathieu, “Elacement de Couleurs", 2017 Acrílico sobre tela. Assinado. Com certificado de autenticidade. Datado de 2017 Dimensões: 65 x 60 cm. € 1200



Lote 4 – Paul Mathieu, “Ombres et Lumières", 2013 Acrílico sobre tela. Assinado. Com certificado de autenticidade. Datado de 2013 Dimensões: 65 x 56 cm. € 1000



Lote 5 – Rico Sequeira, S/T, 1986 Técnica mista sobre papel. Assinado. Datado de 1986 Dimensões: 76 x 56 cm. € 350



Lote 6 – Rico Sequeira, S/T, 1986 Técnica mista sobre papel. Assinado. Datado de 1986 Dimensões: 71 x 60 cm. € 160



Lote 7 – José António G. Santos, “Abstrato”, 1995 Acrílico sobre tela. Assinado. Datado de 1995 Dimensões: 70 x 70 cm. € 1100



JOSÉ DE GUIMARÃES: Uma espécie de Pop Art mágica

Tomás Gorjão Historiador da Arte, FLUL

Artista multifacetado que se manobra dentro da pintura, escultura, colagens, assemblages e instalações, cultor de uma das linguagens plásticas mais reconhecíveis da arte portuguesa contemporânea, José de Guimarães começa a sua longa carreira no início da década de 1960, iniciando no final desses anos a formação essencial do seu imaginário imagético. Por vezes designada a sua fase angolana, coincidindo com o período em que aí viveu e trabalhou, é este o momento de uma aproximação do artista à arte africana, que lhe trouxe não só um sentido formal mais estilizador e simplificador, mas também – e talvez principalmente – um novo código linguístico1 , um sentido de mistura em dois sentidos: primeiro, uma fusão entre a cultura africana e a europeia, e depois ainda entre uma cultura de tipo popular e uma mais erudita, estando aqui a origem de todo o ecumenismo iconográfico e formal que é a principal característica da sua obra. Vemo-lo a tragar matéria de criação tanto da imagética folclórica africana, sulamericana, asiática e mesmo portuguesa, como da vanguarda europeia, entre (por exemplo) o cubismo de Léger, o expressionismo do Blaue Reiter, os papiers collés do Matisse ou as reconstruções picassianas; vemo-lo ainda a colher da imagética pop urbana, como as letras e os números que pontilham as suas pinturas e que têm origens publicitárias, bem como da riqueza teatral e pictórica barroca, que se conjuga tão bem com a fartura folclórica popular ou a exuberância do espectáculo citadino – e que tem a sua encarnação mais iconográfica nessas figuras onduladas e corpulentas tão famosas, que são, no fundo, a situação gráfica das gorduras redondas de Rubens. Estas características surgem fulgurantes a partir da segunda metade da década de 1970, e a partir daí a sua obra atravessa diferentes fases e experiências várias – como as estátuas em papier-mâché dos anos 1980, que transpõem para um espaço físico as suas figuras planas, gordas e desmembradas2 , ou as diferentes séries temáticas, como a série China, a que pertencem as serigrafias China e A France, que recupera o alfabeto e a arte caligráfica do mandarim para lhe redescobrir toda a força expressiva ao lado das suas figuras icónicas.


O que nasce deste trabalho todo acaba por ser uma espécie de Pop Art mágica, uma mistura transversal própria da Pop, que pega em toda uma diversidade do que é quotidiano e consumível, mas aqui transposta para um universo globalizante, um popular erudito e transcultural renascido em novas configurações para libertar o máximo da sua energia, como uma tentativa de apagar a discrepância entre o signo e a sua origem3 , entre a visceralidade da expressão e o seu veículo, conferindo à sua mescla folclórica e urbana esse lado mágico e mistificador – e tornando, em simultâneo, o seu espaço pictórico num campo agregador, e não numa fonte geradora. Este núcleo originário vazio4 traz problemas a certos trabalhos de José de Guimarães, principalmente quando se revelam misturas demasiado enchentes e saturantes, ou então com figurações demasiado tipificadas, que acabam por fazer um kitsch de si próprio a tempos assaz aborrecido. Nestes momentos, o espaço pictórico implode e unifica-se numa paralisação, como uma acumulação, tornando todo esse aglomerado num nivelamento referencial que estanca a dinâmica recriadora e destaca o vácuo nuclear do seu espaço de acção. Os melhores momentos são quando entra alguma sobriedade que dá, paradoxalmente, o espaço de expansão para que a mistela iconográfica e cultural se afirme lisamente apetitosa aos olhos, como é o caso das pinturas Roxo e, principalmente, Azul. Estas pinturas de grandes áreas de cor sem contornos, mas de formas bem definidas e em pleno diálogo entre si, sobrevivem ao excesso e conseguem cada uma agir sozinha e sobre as outras: é essa conjugação do particular e do universal que permite uma dinâmica mais vital, mais actuante, menos paralisada, menos acumulativa – e é aí que o vazio do espaço agregador se permite fintar a si mesmo e ser efusivamente emanante. 1.

Pierre Restany apud José de Guimarães. Boxes (Hamburgo: Galeria Levy, 2005), catálogo de exposição (Setembro-Outubro 2005). 2. Alain Bonfand, José de Guimarães, trad. Vasco Graça Moura (Paris : La Différence / artemágica, 2005), 14-15. 3. Ibid, 17. 4. Ibid, 21.

In Jornal de Notícias (Magazine), 25-01-2016


Lote 8 – José de Guimarães, “Roxo” Técnica mista. Assinado. Com certificado de autenticidade. Dimensões: 59 x 54 cm. € 1500



Lote 9 – José de Guimarães, “Azul” Técnica mista. Assinado. Com certificado de autenticidade. Dimensões: 52 x 47 cm. € 1700



Lote 10 – Oleg Radvan, “Aushra”, 2009 Pintura a óleo sobre tecido. Assinado pelo artista ucraniano. Datado de 2009. Dimensões: 90 x 60 cm. € 4000



Lote 11 – Evans Mbugua, “Spin”, 2018 Técnica mista sobre plexiglass e papel. Assinado. Datado de 2018. Dimensões: 100 x 100 x 5 cm. € 4500



Lote 12 – Joana Marques, “Díptico” Técnica mista sobre tela. Assinado. Datado de 2018. Dimensões: 90 x 60 cm (50 x 60 cm e 40 x 60 cm). € 270



c

Lote 13 – Ernâni Oliveira, “Composição”, 2005 Díptico de acrílico sobre tela. Assinado. Datado de 2005. Dimensões: 130 x 81 cm (65 x 81 cm e 61 x 81 cm). € 180



Lote 14 – Lopes de Sousa, “Virgem” Acrílico sobre tela. Assinado. Dimensões: 80 x 60 cm. € 70



Lote 15 – Lopes de Sousa, “Síntese de Relações”, 1970 Óleo sobre tela. Assinado e datado 1970. Com dedicatória no verso Dimensões: 38 x 49 cm. € 110



Lote 16 – Isabel Laginhas, “Técnica Mista”, 2014 Técnica mista. Assinado e datado 2014. Dimensões: 78 x 88 cm. € 275



Lote 17 – Albino Moura, “Moura", s/d Óleo sobre tela. Assinado. Sem data. Com certificado de autenticidade. Dimensões: 68 x 58 cm. € 700



NORONHA DA COSTA: Para uma fórmula para uma nova realidade

LAURA CARVALHO TORRES Historiador da Arte, FLUL

Nascido em 1942, Luís Noronha da Costa, realizou a sua formação académica em Arquitetura. Oriundo de Lisboa, realizou a sua primeira exposição individual com 20 anos, em 1962, sendo um dos artistas nacionais que mais consenso reuniu ao longo da sua carreira. É indiscutível que a visão arquitetural, a beleza das linhas e das formas sempre estiveram presentes na sua obra. Citando o próprio “O ‘herói’ destes quadros é o ecrã, quanto a mim sempre existente entre nós e o real […] acabando por definir como inexistente ou ilusório o fundo ‘realista’”1. O ecrã tornou-se um novo terreno para a pintura de Noronha da Costa, através do qual nos faz ver para além da tela e para além do que está a ser representado, como um veículo ou uma sugestão ilusionista. Podemos considerar que o seu espaço pictórico é poético e as suas referências à História da Arte, do Romantismo ao Construtivismo, nunca deixaram de estar patentes, pois o ecrã é um veículo para uma realidade inexistente – para a sua obra. Os mares, os horizontes, as montanhas, os pôr e nascer do sol são elementos que influenciaram muita da produção artística que o procedeu tanto nos panoramas nacionais e internacionais, tais como Lurdes Castro e Rauschenberg. Apesar do seu extraordinário reconhecimento, tanto artístico como em mercado, apenas foi alvo de duas exposições retrospetivas, tendo uma fraca reflecção e contextualização cultural, muito para além da sua presença em mercado, essa que nunca decresceu. Noronha da Costa foi um artista que gerou um inacreditável, e raro, consenso ao longo das décadas de 60, 70 e 80 do século XX.


A sua redescoberta, apesar de ter sido algo tardia, e a sua nova análise e apreciação traz-nos até aqui, perante quatro magníficas obras de arte que representam épocas de produção que se estendem até meados dos anos 2000. “O romantismo transformou a peça em nostalgia, a figura em fantasma. Nisso contribui para a metamorfose do espaço cenográfico e tri-dimensional do Renascimento num espaço ecrã, bi-dimensional e potencialmente abstrato (sic)” [2]. Um criativo, na sua essência, um teórico, Luís Noronha da Costa criou e desenvolveu uma fórmula e uma nova beleza extra tela, dando espaço a novas leituras sobre o real e o imaginário, dentro do espaço pictórico e o que vai para além do mesmo. O seu génio material e imaterial são índices do que verificamos nas quatro obras que a Leiloeira Santo Eloy apresenta neste leilão.

In Revista “Jornal de Notícias”, 10-04-2020 1. 2.

Bernardo Pinto de Almeida, Noronha da Costa – A representação das imagens, (Porto: Edições Afrontamento, 2011). Ibid.


Lote 18 – Noronha da Costa, “Janelas", s/d Tinta celulósica sobre tela. Assinado. Sem data. Com certificado de autenticidade. Dimensões: 68 x 58 cm. € 2500



Lote 19 – Noronha da Costa, “Amarelo", s/d Tinta celulósica sobre tela. Assinado. Sem data. Com certificado de autenticidade. Dimensões: 162 x 114 cm. € 4750



Lote 20 – Noronha da Costa, “Azul e Rosa", s/d Tinta celulósica sobre tela. Assinado. Sem data. Com certificado de autenticidade. Dimensões: 162 x 114 cm. € 4750



Lote 21 – Noronha da Costa, “Díptico em Azul", s/d Tinta celulósica sobre tela. Assinado. Sem data. Com certificado de autenticidade. Dimensões: 30 x40cm e 30 x 40cm. € 2000



ARTUR BUAL: Pioneiro do Gestualismo Abstrato em Portugal

DIANA SOMMER Historiadora da Arte, NOVA FCSH

Artur Bual (1926-1999), artista plástico nascido em Lisboa, foi uma figura determinante no panorama artístico da segunda metade do século XX em Portugal. A sua formação artística teve início no curso de pintura na Escola de Arte António Arroio, tendo começado a pintar com apenas 14 anos de idade. Embora tenha sido especialmente celebrado pela História da Arte enquanto pintor, Bual foi também ceramista e escultor. Nos anos 50, o artista fixa-se na Amadora, cuja Câmara Municipal adotou para a sua galeria a designação de Galeria Municipal Artur Bual, após a morte do pintor no ano de 1999. Em sua honra, foi também inaugurado em 2001 o Círculo Artístico e Cultural Artur Bual. Além da qualidade plástica da sua obra, Bual destaca-se no meio artístico português do século XX por ter inaugurado o Gestualismo na pintura portuguesa e pelos desenvolvimentos abstratos que executou na sua produção pictórica, tendo sido identificado como “o primeiro pintor abstracto nacional” por Quirino Teixeira (1989). De maior importância foi também a sua participação num momento inaugural da Abstração em território nacional, ao ter integrado o I Salão de Arte Abstrata, organizado pelo historiador da arte José-Augusto França (19222021), na Galeria de Março, em Lisboa, no ano de 1954. O reconhecimento de Artur Bual e da sua obra expandiu para além das fronteiras

nacionais

ainda

na

sua

contemporaneidade,

tendo

sido

mencionado em monografias internacionais, como Abstract Painting: Fitfy Years of Accomplishment From Kandinsky to Jackson Pollock (1964) de Michel Seuphor, junto a figuras consagradas da Arte em Portugal, entre as quais Amadeo de Sousa Cardoso e Maria Helena Vieira da Silva.


Na produção pictórica de Bual, mais do que as temáticas representadas, interessava verdadeiramente a este artista o acto de pintar, os gestos das pinceladas e as manchas de cor, encaminhando a sua obra, marcada em grande parte por elementos figurativos entre as décadas de 1950 e 1970, até à Abstração, onde culmina o seu gestualismo abstrato em composições expressivas que desenvolveu ao longo nos anos 80 e 90. O presente Leilão de Arte Contemporânea da Leiloeira Santo Eloy conta com três importantes pinturas abstratas de Bual, certamente exemplos da produção tardia do pintor, incluindo um acrílico sobre tela, sem título, da sua Fase Negra. Nestas composições, podemos observar as particularidades que tornaram a obra de Artur Bual relevante no Mercado da Arte português, mantendo a sua pintura atual no panorama artístico até aos nossos dias.

Fotografia de Artur Bual ©CírculoArturBual


Lote 22 – Artur Bual, Sem Título, (Fase Negra), s/d Acrílico sobre tela. Assinado. Sem data. Dimensões: 80 x 60cm. € 1600



Lote 23 – Artur Bual, Sem Título, 1994 Óleo sobre tela. Assinado. Datado de 1994. Com certificado de autenticidade. Dimensões: 100 x 80cm. € 2500



Lote 24 – Artur Bual, Sem Título, s/d Acrílico sobre tela. Assinado. Sem data. Dimensões: 94 x 64cm. € 1800



Lote 25 – Alfredo Luz, “Ratoeira”, s/d Técnica mista sobre madeira. Assinado. Sem data. Dimensões: 42 x 30cm. € 800



Lote 26 – Alfredo Luz, “Mão”, s/d Acrílico sobre madeira. Assinado. Sem data. Dimensões: 90 x 65cm. € 1000



Lote 27 – Alfredo Luz, “Barco”, s/d Acrílico sobre madeira. Assinado. Sem data. Dimensões: 54 x 44cm. € 350



Lote 28 – Alfredo Luz, “Caminhos”, s/d Acrílico sobre madeira. Assinado. Sem data. Dimensões: 40 x 40cm. € 375



Lote 29 – Luzia Lage, “Tríptico”, s/d Acrílico sobre madeira. Assinado. Sem data. Com certificado de autenticidade Dimensões: 120 x 240cm (3 telas de 120 x 80cm). € 3750



BENGT LINDSTRÖM: UMA PEQUENA BIOGRAFIA DE UMA VIDA MÍTICA

EDUARDO REYNAUD Historiador da Arte, NOVA FCSH

É no final do primeiro quartel do século XX, em 1925, numa pequena vila na província sueca de Norrland, chamada Storsjökapell, que nasce Bengt Karl Erik Lindström. Devido à sua família, principalmente ao seu pai, é introduzido desde cedo às culturas pagãs nórdicas, nomeadamente ao povo Sámi (ou Lapps). Não por acaso, o Rei-Sámi Kroik, seu padrinho, administra a Bengt o chamado “Batismo da Terra”, um ritual iniciático pagão, onde a criança recém-nascida ¬é colocada entre duas raízes de árvore para, segundo a tradição, lhe conceder proteção divina1. Não se cingindo a esta iniciação, Lindström vive, até perto dos seus dez anos de idade, neste ambiente de “paisagens míticas, consistidas de cordilheiras, lagos reluzentes e florestas infinitas”2 no território apelidado de Lapland. Aqui, convive com os Sámi e lenhadores locais, que lhe transmitem as lendas e mitologias nativas. Será este imaginário que o acompanhará para o resto da sua vida e obra.3 Até ao final dos anos 70, Lindström passará por locais como Estocolmo, Chicago, Paris, Florença, Arcuil e Londres, em diferentes estágios da sua vida, desenvolvendo a sua técnica e expressão artísticas. Embora agressivas, as pinceladas expressivas do artista serão igualmente pacificadoras, contando com uma interessante dualidade teórica e visual, à semelhança

dos

Deuses

e

seres

que

habitam

simultaneamente impendiosas e misericordiosas.

o

seu

imaginário,


Toda a sua produção, ou pelo menos a produção com que se identificou, possui iconografia mitológica nórdica, mas talvez seja de 1968 a 1978 que Bengt atinge a sua fase mais prolífica, criando frescos e pinturais murais – como são exemplos os presentes no Grand Hotel de Härnösand e no mercado de Nacksta-Sundsvall –, a tapeçaria “Les Hommes du Nord”, as esculturas “Les Enfants Sauvages” em colaboração com Jacques Putman e, das suas mais fascinantes criações, o álbum “Eddan, Eddan, Eddan”, que ilustra a mitologia Escandinava, no estilo latamente caracterizado como Expressionista que o caracteriza. É deste período que surgem as obras presentes neste leilão. Ambas originais de 1978, contam com a representações mitológicas da Eda, no estilo lírico, expressivo e vivo de Lindström. São duas oportunidades imperdíveis que a Leiloeira Santo Eloy muito se orgulha de apresentar, sendo rara a presença de peças deste artista, com estas características e datação, no Mercado de Arte português.4 1. Como indica o Comité Bengt Lindström, na biografia oficial do artista. In Biography – Comité Bengt Lindström (bengtlindstrom.com). 2. Idem. Traduzindo livremente. 3. Idem. Ibidem. 4. Idem, ibidem.


Lote 30 – Beng Lindström, “Le Guérisseur”, 1978 Óleo sobre papel colado em tela. Assinado. Datado de 1978. Com certificado de autenticidade por Alexander e Marianna Lindstöm, filhos do pintor. Dimensões: 77 x 58cm. € 2500



Lote 31 – Beng Lindström, “Sem Título”, s/d Óleo sobre papel prensado. Assinado. Sem data. Com certificado de autenticidade. Dimensões: 76 x 56cm. € 2000



Lote 32 – Fernando Conduto, “Sem Título”, 1970 Técnica mista sobre Platex. Assinado. Datado de 1970. Dimensões: 83 x 62cm. € 190



Lote 33 – Júlio Santos, “Natureza Morta”, 1960 Óleo sobre madeira. Assinado. Datado de 1960. Dimensões: 43 x 36cm. € 200






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