Abre a janela integrador issu

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FACULDADES INTEGRADAS AESO BARROS MELO DESIGN GRÁFICO 5° PERÍODO –NOITE

INQUÉRITO POLICIAL

PROJETO INTEGRADOR

ORIENTADOR: DANIEL DA HORA

PROJETO INTEGRADOR Criação da identidade visual e ação promocional do espetáculo “ ABRE A JANELA E DEIXA ENTRAR O AR PURO E O SOL DA MANHÃ.

Aluno: Leonardo Bouças da Silva

Olinda, Maio de 2015



COMPANHIA DE TEATRO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL



LEONARDO BOUÇAS DA SILVA

CRIAÇÃO DA IDENTIDADE VISUAL E AÇÃO PROMOCIONAL DO ESPETACULO DE TEATRO: ABRE A JANELA E DEIXA ENTRAR O AR PURO E O SOL DA MANHÃ.

Trabalho de Curso submetido à Faculdades Integradas AESO Barros Melo, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Tecnólogo em Design Gráf ifico. Sob a orientação do Professor: Daniel da Hora.

Maio 2015.


LEONARDO BOUÇAS DA SILVA

CRIAÇÃO DA IDENTIDADE VISUAL E AÇÃO PROMOCIONAL DO ESPETACULO DE TEATRO: ABRE A JANELA E DEIXA ENTRAR O AR PURO E O SOL DA MANHÃ.

Trabalho de Curso submetido à Faculdades Integradas AESO Barros Melo, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Tecnólogo em Design Gráfico. Sob a orientação do Professor Daniel da Hora.

______________________________ Presidente da Banca

______________________________ Orientador

______________________________ Menbro da banca

______________________________ Menbro da banca

Olinda, Maio de 2015


Dedico este trabalho a todos que contribuíram direta ou indiretamente em minha formação acadêmica, principalmente aos meus professores, meus pais e meus irmãos.


Em memĂłria de Maria Della Costa, atriz da primeira montagem do espetĂĄculo, Abre a janela e deixa entrar o ar puro e o sol da manhĂŁ, falecida em 28/01/2015.


COMPANHIA DE TEATRO

Sumário inquérito

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL

1 – Introdução............................................................ 9 1.2 Contexto.............................................................. 14 1.3 Objetivo geral.................................................... 15 1.4 Especificos............................................................. 16 2 – Justificativa........................................................... 17 2.1 Motivação (contexto pessoal)............................ 20 3 – Pesquisa................................................................ 21 3.1 Contextualização temática.............................. 22 3.2 Pesquisa de similares........................................ 26 3.3 Pesquisa de similares/público/projeto.......... 30 3.4 Quadro semântico.............................................. 33 3.4 Pesquisa tipografia.............................................. 35 4 – Briefing................................................................... 36 5 – Metodologia.......................................................... 38 6 - Geração de alternativas................................... 41 7 - Validação e testes de alternativas................. 44 8 - Escolha e justificativa da alternativa............ 48 9 – Algumas aplicações.............................................. 58 10 Bibliograffiia...................................................... 62


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Introdução


1 Introdução

Este projeto visa a criação da identidade visual e ação promocional do espetáculo de teatro “Abre a janela e deixa entrar o ar puro e o sol da manhã” com texto do premiado autor, Antônio Bivar, sob a direção do diretor e professor de teatro, Manoel Constantino. O escritor, dramaturgo, jornalista e produtor cultural Antônio Bivar Battistetti Lima nasceu na cidade de São Paulo, no dia 25 de abril de 1939, mas, aos dois anos de idade, mudou-se com a família para o interior do Estado, onde passou a infância e a adolescência. Em 1960, ele deixou Ribeirão Preto e mudou-se sozinho para o Rio de Janeiro, a f im de estudar teatro, primeiramente na Fundação Brasileira de Teatro (na qual foi aluno da lendária atriz Dulcina de Moraes), depois no Conservatório Nacional de Teatro da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Como ator, ele trabalhou em montagens estudantis de Esperando Godot, de Samuel Beckett, em 1963, e de Sonhos de uma noite de verão, de William Shakespeare, no ano seguinte. Em 1975, ele viria a integrar o elenco profissional de Rocky horror show, um musical do circuito alternativo norte americano encenado com grande sucesso no Brasil. Como dramaturgo, sua carreira demonstrou-se mais útil e regular. Em 1967, Bivar escreveu, em parceria com Carlos Aquino, Simone de Beauvoir, pare de fumar, siga o exemplo de Gildinha Saraiva e comece a trabalhar, No mesmo ano, surge; O começo é sempre difícil, Cordélia Brasil, vamos tentar outra vez, logo rebatizada, simplesmente, de Cordélia Brasil, sua primeira peça integralmente autoral. O texto obteve o terceiro lugar no 1º Seminário de Dramaturgia Carioca, promovido pela Secretaria de Turismo da Guanabara, em 1967.

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Em 1968, surge o segundo texto teatral de Antônio Bivar: Abre a janela e deixa entrar o ar puro e o sol da manhã. Com produção de Sandro Polloni e direção de Fauzi Arap, a peça estreou em julho daquele ano, no Teatro Maria Della Costa, em São Paulo, com Maria Della Costa, Thelma Reston, Yolanda Cardoso e Jonas Melo no elenco,


conferindo a Bivar o prêmio Molière de melhor autor do ano. A projeto de criação da identidade visual do espetáculo, foi escolhido para o trabalho de conclusão de curso: “projeto integrador”, visto que desde o ano de 2013, a Cia. de Omóios de Teatro vem pesquisando sua dramaturgia, ocorrendo alguns encontros com leituras e estudos do texto. Em 1970, por conta do prêmio Molière recebido por Abre a janela e deixa entrar o ar puro e o sol da manhã, Antônio Bivar viaja para Londres, Dublin e Nova York, onde entra em contato direto com os movimentos de contracultura, as comunidades hippies e a música pop. Abre a janela e deixa entrar o ar puro e o sol da manhã

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A segunda peça de Antonio Bivar também é uma comédia dramática em dois atos, desta vez com quatro personagens; Heloneida, uma “mulher f ina”, de aproximadamente 36 anos, e Geni, uma ex-lutadora de circo, de 34 anos, são as únicas prisioneiras de uma estranha penitenciária localizada em uma ilha, tendo ambas perdido a noção de há quanto tempo estão lá detidas. O cenário é uma cela de prisão “disfarçada em confortável compartimento” e decorada por várias flf lores de papel crepom que elas fazem para vender. Embora sejam muito diferentes, as duas passam o dia conversando intimamente sobre coisas do passado, inclusive revelando em detalhes os crimes que cometeram, o que não as impede de guardarem alguns segredos uma da outra. Como se já não bastasse a insólita relação de amor e ódio que as une, Heloneida e Geni também dividem as atenções afetivas de um jovem carcereiro de 25 anos, que as namora em dias alternados. Única ligação que elas mantêm com o mundo exterior, o carcereiro, ao f ifim do primeiro ato, anuncia que irá abandonar a prisão por ter sido convocado para lutar na “guerra total e geral” que estourou “no mundo inteiro”. Antes de sair, ele avisa que em breve elas terão uma nova companhia


No segundo ato, ambas estão sozinhas, tentando investigar o que houve com o carcereiro, quando entra na cela a nova sentinela do local, Jandira Azevedo, uma mulher rude de 35 anos que trata Heloneida e Geni com extrema severidade. A partir daí, algumas informações surpreendem. Inicialmente, ficamos sabendo que a pessoa do carcereiro nunca existiu, tendo sido forjada pela imaginação das prisioneiras. Depois, tomamos conhecimento de que Jandira e Geni são antigas rivais que já travaram uma violenta luta no circo. As prisioneiras se comportam ainda como se tivessem consciência de serem personagens f iccionais ou de estarem em um hospício. Por f ifim, retorna-se ao registro dramático inicial, quando a carcereira obriga Heloneida e Geni a retomarem a produção de f lores, por conta das inúmeras mortes que vêm ocorrendo no mundo exterior. Abre a janela e deixa entrar o ar puro e o sol da manhã é uma experiência radical que mistura vários níveis de realização dramatúrgica, aliando certos elementos melodramáticos a uma indisfarçável inf lfluência recebida de Fernando Arrabal, Jean-Paul Sartre, Samuel Beckett e Luigi Pirandello. A primeira camada do texto que se revela ao leitor/espectador é a do melodrama. Duas mulheres criminosas são obrigadas a conviver em uma cela imunda de prisão, aprendendo a superar as diferenças e as dificuldades. Por ter sido uma jovem reprimida sexualmente, a aristocrática Heloneida matou em um museu um homem que a f lagrou masturbando-se, ainda virgem, com uma estátua - o que poderíamos definir como um episódio de inspiração marcadamente rodriguiana.

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Já Geni é a mulher que, ainda adolescente, é levada pela mãe ao circo que chega a sua cidade. Apaixonada pelo palhaço-anão Piolho, a menina foge com a trupe e passa a integrar o elenco de atrações da companhia como lutadora de luta livre. Entretanto, o palhaço logo a troca por uma bela atriz de teatro. Desesperada, Geni ateia fogo ao circo, matando todos os seus integrantes.


Presa, ela acaba encontrando na prisão como carcereira justamente uma ex-lutadora a quem teria derrotado covardemente em uma luta livre. É nas mãos dessa sentinela implacável e sádica que Heloneida e Geni terão de expiar todos os crimes que cometeram.

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1.2 Contexto 14

Identidade visual, conjunto de elementos formais que representa visualmente, e de forma sistematizada, um nome, ideia, produto, empresa, instituição ou serviço. Esse conjunto de elementos costuma ter como base o logotipo, um símbolo visual que se complementa nos códigos de cores, das tipograf ifias, nos grafif ismos, em personagens, nas personalidades e outros componentes que reforçam o conceito a ser comunicado através dessa imagem como o Slogan ou Tag lines, que cumprem este papel. Resumidamente a Identidade Visual é a imagem ampliada da marca. A identidade visual do espetáculo teatral “Abre a janela e deixa entrar o ar puro e o sol da manhã” teve base nas pesquisas sobre o universo da década de 60/70. Grandes eventos marcaram essa época, como a chegada do homem a lua e a corrida espacial travada pelos Estados Unidos e pela União Soviética, o festival de rock Woodstock, a contracultura, os hippies e a guerra do Vietnã, no Brasil a ditadura militar que teve início em abril de 1964 e término em março de 1985. Partindo desses acontecimentos o projeto pesquisou tipograf ifia utilizadas nesse período, como eram a execução dos cartazes daquela época(muitos deles produzidos manualmente), outro carater a ser observado é o descarte desse matérial, na década de 60/70, muitos dos cartazes eram cuidadosamente removidos dos centros de divulgação, emoldurados e pregados na parede de quartos e salas das casas. Procupando se com o descarte deste matérial de divulgação, a pesquisa seguiu preocupada com os tipos de papel e seu tempo de decomposição no meio ambiente. Sendo assim, o projeto é muito mais que a divulgação do espetáculo e a promoção dele na cidade do Recife. Faremos da comunicação visual um meio de agregar valor, onde a identificação e a f idelização do público com a marca do espetáculo, seja formada a partir de adoção de boas práticas de preservação do meio ambiente, com a produção de cartazes colecionáveis, evitando o descarte desse matérial. A marca será produzida dentro dos critérios de fácil absorção e que traga questões de reflexões, humanização, solidez, modernidade entre outros aspectos.


1.3 Objetivo Geral 15

Desenvolver a identidade visual e ação promocional do espetáculo teatral ABRE A

JANELA E DEIXA ENTRAR O AR PURO E O SOL DA MANHÃ, do autor premiado com o moliere de teatro, Antonio Bivar, sob direção de Manoel Constantino e apresentado pela Companhia Omóios de Teatro, grupo que pesquisa o trabalho do autor e que atua a mais de 10(dez) anos na cidade do Recife.


1.4 Objetivo Específ icos 16

- Pesquisar cartazes de espetáculos teatrais da década de 60/70; - Pesquisar tipografif ifia utilizada na década de 60/70; - Pesquisar momento histórico que o Brasil atravessava(ditadura militar e repressão artística e política) e as mudanças no mundo; - Pesquisar os movimentos artísticos no país; - Pesquisar público alvo; - Desenvolver a identidade visual do espetáculo baseada neste universo pesquisado; - Estabelecer as mídias; - Estabelecer as ações promocionais; - Avaliar o resultado para fidelização com o público.


2 Justif icativa


2 Justif icativa

O projeto integrador visa o desenvolvimento da identidade visual e a ação promocional do espetáculo teatral Abre a janela e deixa entrar o ar puro e o sol da manhã, do autor brasileiro, Antônio Bivar, tendo como foco a reflf lexão, e busca dos olhares de autores nacionais que, em dado momento da história, contribuíram de forma vibrante, instigadora e fecunda para o movimento cultural brasileiro, ultrapassando inclusive o âmbito artístico e como diz Anatol Rosenfeld;

Tendo em vista a narrativa da peça duas prisioneiras de uma estranha penitenciária localizada numa ilha, tendo ambas perdido a noção de há quanto tempo estão lá detidas -, o texto de Antônio Bivar nos revela uma prontidão crítica e o potencial de interlocução do teatro com a cultura brasileira. Também se justifica quando nos detemos num texto escrito na década de 60, que respondeu de modo muito expressivo ao momento social e político que o País testemunhava em particular, como a ditadura militar e ao contexto sociocultural mais amplo que o mundo vivia naqueles anos – a guerra do Vietnã, maio de 68 em Paris a contracultura, o homem na lua e que ainda hoje traz a força de um discurso ainda vivo no mundo:

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´´“A arte teatral, quanto mais teatro e arte é, mais tende à mutar e transcender-se” . ``

´´Personagem, Geni: (...) Não é um absurdo, na nossa época, tão esclarecida, ainda f icar tendo essas guerras?``

Os autores surgidos naquele período trataram de ref letir as aspirações e os anseios de uma boa parcela da juventude que procuravam por caminhos alternativos de resistência. Partindo dessa ideia o Sistema de identidade visual do espetáculo tem o intuito de ser elaborado através


de um planejamento que se utiliza de elementos como; marketing visual, papelaria institucional e bandeirolas para postes nas áreas externas, elaboradas através de pesquisas sobre a década de 60/70, anos em que o autor desenvolveu a peça. Artistas como; Chuck Sperry, EMEK, Jermaine Rogers, Ken Taylor, Bonnie MacLean, Hapsash, Victor Moscoso, Richard Avedon e Milton Glaser com seus cartazes e ilustrações, Os Beatles, Caetano Veloso, Jovem Guarda, Elvis Presley, John Lennon, Elis Regina e Chico Buarque na música, e ainda os eventos que moviam aquela época como; Festival Woodstock, Contracultura, Guerra do Vietnã, Corrida Espacial e a Ditadura Militar no Brasil, formam a base para a construção da ambientação do espetáculo “Abra a janela e deixa entrar o ar puro e o sol da manhã”. Desses a ambientação de cadeia e prisão foram trazidas para a identidade do espetáculo, aproveitando a temática para ambientar o público. Ingressos que são crachás de acesso à prisão, cartazes que são f ichas criminais, banner que são retratos falados, outdoor e marcadores de livros que são recortes de jornais, são alguns dos itens produzidos para o espetáculo dentro desta temática. Qualquer empresa que seja, tem de contar com o trabalho de um Designer Gráf ifico. Af ifinal, como ela pode transmitir a impressão de uma empresa próspera e sólida sem uma identidade visual forte e bem aplicada, ou sem a divulgação gráfif ica, com f lflyers, folders, jornais ou websites? Esse diferencial tende cada vez mais a se fortalecer, por isso é de extrema importância à realização desse trabalho para o espetáculo “Abre a janela...”.

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2.1 Motivação

A aplicação do aprendizado em minha formação acadêmica se dará através do trabalho de Sistema de Identidade Visual, para o espetáculo de teatro, possibilitando a execução de trabalhos como criação e aplicação da marca em mídias como panf leto, folders, outdoor, revistas, internet, jornais especializados, convites direcionados, mala direta, e-mail, cartazes e etc. Cadeiras como marketing, direção de arte, identidade visual, editorial, teoria da comunicação, antropologia, história da arte e pesquisa são algumas que serão postas em prática. Desde 2007, o aluno Leonardo Bouças, faz parte da equipe de produção e de elenco da Cia. Omóios de Teatro, empresa que a mais de 10 anos atua na cidade do Recife. O projeto “Abre a janela e deixa entrar o ar puro e o sol da manhã”, vem sendo pesquisado pela companhia desde o inicio de 2013, foi inscrito em alguns editais estaduais (Funcultura/PE) e nacionais (Prêmio Myriam Muniz – Funarte 2014), sendo assim, todo o material criado será produzido se houver aprovação nos editais públicos ou através de patrocínios privados e diretos. A peça do autor Antônio Bivar, também é uma comédia dramática em dois atos, com quatro personagens; Heloneida, uma “mulher fina”, de aproximadamente 36 anos, e Geni, uma ex-lutadora de circo, de 34 anos, são as únicas prisioneiras de uma estranha penitenciária localizada em uma ilha, tendo ambas perdido a noção de há quanto tempo estão lá detidas. O cenário é uma cela de prisão “disfarçada em confortável compartimento” e decorada por várias f lores de papel crepom que elas fazem para vender.

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Pesquisa caso


3.1 Contextualização temática 22

Atráves de pesquisas sobre a década de 60/70, ano em que o espetáculo “Abre a janela e deixa entrar o ar puro e o sol da manhã”, relacionando ao que acontecia no mundo naquela época; a guerra do Vietnã, contracultura, corrida espacial, os hippies, festivais como woodstock, o uso de drogas alucinógenas e a indesejada ditadura militar no Brasil. A década de 1960 pode ser dividida em duas etapas. A primeira, de 1960 a 1965, marcada por um sabor de inocência e até de lirismo nas manifestações sócio-culturais, e no âmbito da política é evidente o idealismo e o entusiasmo no espírito de luta do povo. A segunda, de 1966 a 1968 (porque 1969 já apresenta o estado de espírito que definiria os anos 70), em um tom mais ácido, revela as experiências com drogas, a perda da inocência, a revolução sexual e os protestos juvenis contra a ameaça de endurecimento dos governos. É ilustrativo que os Beatles, banda que existiu durante toda a década de 60, tenha trocado as doces melodias de seus primeiros discos pela excentricidade psicodélica, incluindo orquestras, letras surreais e guitarras distorcidas. Nesta época teve início uma grande revolução comportamental como o surgimento do feminismo e os movimentos civis em favor dos negros e homossexuais. Surgem movimentos de comportamento como os hippies, com seus protestos contrários à Guerra Fria e à Guerra do Vietnã e o racionalismo. Esse movimento foi também a chamado de contracultura. A investigação centra se então nas dores causadas na época da ditadura militar ocorrida no Brasil, as delegacias, prisões, sequestros, protestos, mortes e a desvalorização da arte num país que tentava construir sua democracia, objetivamos a partir daí o valor do cartaz como meio publicitário difusor de informação e o seu enaltecimento como tal. O fato de recorrermos ao tema dos consumíveis, em particular, facilitará a nossa investigação


na medida em que partilha conceitos, valores, inovações e ideias com os cartazes em geral. O exemplo americano da década de 60 no século XX compreendeu diversas mudanças signifif icativas na indústria publicitária da época. A preferência pela moda vintage, pelo estilo de vida dos hippies, pelo Rock and Roll, pela decoração em padrão com cores chocantes são tudo indícios de que a sociedade do século XXI revela nos a necessidade em fugir do pós moderno, das dificuldades econômicas e do tédio do quotidiano. Não poderia haver melhor meio publicitário senão o cartaz para nos desvendar os modos e estilos de vida dos ano 60, e de desenvolver o projeto do espetáculo de teatro. Os anos 60 também nos fazem entender o porquê da concepção dos cartazes. Apesar deste suporte tender a ser minimizado pelas pessoas à medida que o tempo avança, o certo é que a origem da publicidade dá-se com o aparecimento dos primeiros cartazes. Nos anos 60 lutava-se por uma qualidade espiritual. O cartaz hippie era mais brilhante, mais elaborado e mais acessível que os de épocas anteriores. “Young Bloods” (ver figura 1), de Victor Moscoso, e “Avalon Ballroom”, de Bob Schnept, são dois cartazes dos anos 60 que repfletiam o efeito fascinante da sobreposição de cores que conseguiam atordoar o espectador com o cruzar dos elementos. Victor Moscoso Young Blood, 1968 Esquerda - Figura 1

Bob Schnept Avallon Ballroom, 1965 Direita | Figura 2

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Nos anos 60, o espectador tinha o hábito de ver sem ler, de ouvir sem escutar, numa sociedade em que as mensagens eram captadas pelos sentidos. Desta forma, tanto os cartazes comerciais invocavam a uma sociedade de consumo, como os idealistas defendiam a “Paz” (ver figura 2) e o “Amor” como filosofias. Para isso, o cartaz valia-se do seu carácter sensual e atrativo, ou da sua ruptura com as posturas conservadas em décadas anteriores. Loren Rehbock Eace, 1967 Esquerda - Figura 3

Peter Max Love, 1967 Direita | Figura 4

Nela teremos a geração de alternativa para a marca e seus conceitos. Estudo de padrões de cores além de definições do conjunto de aplicações até seu desenvolvimento definitivo das aplicações e suas validações com base nos ajustes. Com todas as etapas definidas levantaremos os custos e buscaremos parcerias que possam junto com o cliente buscar melhorar ainda este empreendimento e a fidelização do público. Onde todos os estabelecimentos da rua estarão vincula ao um grupo empreendedor. Na tipografia também houve experimentações, Don Egensteiner fez neste cartaz (ver figura 3), em que a forma como os textos são relacionados provoca um significado conotativo. Don Egensteiner 1960 Esquerda - Figura 5

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Alguns cartazes observados e pesquisados da mesma ĂŠpoca; Cartaz Coca-Cola 1960 - 1965 - 1970 Da esquerda para direita Figura 6 , 7 e 8

Cartaz Metrecal 1960 Esquerda - Figura 9

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3.2 Similares

Com base nos cartazes produzidos na década de 60 e 70, o projeto foi adaptado e contextualizado dentro da ideia de produção e tipografia das cadeias e delegacias no Brasil, foram pesquisados cartazes das décadas de 60 e 70 e chegamos ao resultado da ênfase na ambientação do espetáculo para o público antes mesmo de entrar dentro do teatro. A pesquisa também caminhou, na busca pelos artistas que fizeram parte e história nessa época. A era psicodélica foi um dos mais breves e memoráveis movimentos deste período. Os cartazes eram desenhados para uma audiência limitada, com inscrições quase ilegíveis que continham uma mensagem implícita:

´´“Se não consegue ler é orque não lhe é destinado”.``

Durante esta década, os cartazes foram cada vez mais encarados e vendidos como obras de arte a serem emolduradas e penduradas nas paredes. Nas décadas de 60 e 70 surgia uma série de movimentos de fundo político/social que acabaram por influenciar de forma decisiva o design gráfico, entre eles o movimento estudantil, o psicodelismo e o punk. Alguns Artistas desse período foram: Bonnie MacLean, Hapsash, Victor Moscoso, Richard Avedon e Milton Glaser.

Victor Moscoso Esquerda

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Bonnie Mclean

Milton Glaser

Jarmaine Roggers

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Chukky Sperry

Hapshash

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Um outro artista, que inicialmente chamou muita atenção para dar inicio as gerações de alternativas foi o trabalho do ilustrador Jim Tsinganos, que seguem abaixo; Jim Tsinganos

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3.3 Similares Público | projeto Projeto teatro em casa Espetáculo: NA BEIRA Rodrigo Dourado

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A pesquisa também se aprofundou na pesquisa do público local, amante da arte teatral e de projetos que acontecem atualmente na cidade com características muito parecidas; Projeto teatro em casa começou a acontecer na cidade no ano de 2014 e se segue até hoje, mesmo não sendo uma proposta nova, pois ele era muito comum na década de 70 e 80 no Recife. O primeiro projeto é do grupo Teatro sem Fronteira, acima cartaz, abaixo algumas imagens do projeto.


Projeto Outrora, peça de teatro que acontece dentro de um espaço que funciona como morádia e brechó de roupas e móveis antigos, escrito e dirigido por Jorge Clésio.

Projeto teatro em casa Espetáculo: OUTRORA Jorge Clésio

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Teatro de quinta, idealizado pela atriz Márcia Cruz, Cia. Maravilhas, chamou atenção de outras companhias, que adotaram a mesma prática e abriram as portas de suas casas e espaços alternativos para criação dos espetáculos de teatro no Recife.

Projeto teatro em casa Espetáculo: BONN@PP Ana Flavia Gusmão

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3.4 Quadro

Painés semânticos (Provas inquérito)



3.5 Tipograf ia 35

Foram pesquisadas fontes tipográficas das mais diversas, inicialmente as manuscritas, já que a proposta das peças era utilizar ilustração, num segundo momento foi pensado em fontes que pudessem remeter a máquinas de escrever, três foram testadas e uma foi selecionada, são elas;


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Briefif ing


4 Briefif ing

A Companhia Omóios de Teatro, realiza espetáculos teatrais na cidade do Recife, a mais de 10(dez) anos, tendo sido premiada em diversos de seus espetáculos. A chegada da prostituta no céu, cordel de J. Borges, adaptado para o teatro por Manoel Contantino Filho que também assina a direção, foi indicado a 9(nove) prêmios no Janeiro de grandes espetáculos em 2011, e ganhou o de melhor f igurino e maquiagem, fez mais de 100(cem) apresentações pelo país. Outros espetáculos como “Sem medo de ser feliz, Da origem de algumas coisas” também receberam prêmios em anos anteriores, com sede na Rua Eurico de Souza Leão, 121, Bairro do Cordeiro, Recife/PE. A Omóios, sempre trabalhou com a continuidade das pesquisas de teatro e estudos direcionados de corpo, voz, fala e técnicas circenses. Atualmente a companhia pesquisa a o espetáculo “Abre a janela e deixa entrar o ar puro e o sol da manhã”, do autor Antônio Bivar, sob a direção do diretor, Manoel Constantino, tendo como integrantes, Rose Quirinno e Leo Bouças e as atrizes convidadas para o trabalho Iza Fernandez e Zuleika Ferreira. A presença do ator diante do público caracteriza o jogo teatral como interativo, porque vai haver uma complexa troca de mensagens, que valorizam a comunicação como uma relação interdependente do indivíduo com seu meio e seus pares. Assim, o comportamento de um é afetado pelo do outro. O teatro é uma arte interativa por excelência. Durante a apresentação do espetáculo existe todo um processo de comunicação. Os sinais que são enviados pelo fenômeno da apresentação provocarão respostas na platéia e vice-versa.

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O público da omóios estão misturados entre adimiradores do teatro e estudantes de escolas públicas e de universidades de todas as idades e classes sociais, há ainda os curiosos que integram essa variedade estética dos espectadores. Para Abre a janela e deixa entrar o ar puro e o sol da manhã, é explicitado a faixa etária de maiores de 16 anos.


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Metodologia


5 Metodologia

Para a metodologia de projetos em design, adotaremos o método de Maria Luiza Peon no Livro, Sistemas de Identidade Visual.

Metodologia de Peón Fase A - Problematização: Peón (2000, p.53). é a fase em que é diagnosticada a situação de projeto, ou seja, todos aqueles dados e variáveis que determinam o trabalho a serem desenvolvidos e, organizados para possibilitar e otimizar uma solução satisfatória. Problematização: Com a falta de espaços públicos e privados para o desenvolvimento artístico na cidade do Recife e Olinda, às companhias de teatro tem migrado para dentro das residências dos atores e diretores de espetáculos locais e alguns espaços alternativos: Praças, bares, quintais, ruas, salas de casa, escolas, largos, pátios de universidades. Outro problema encontrado, foi a falta de uma estética e de cuidados com a arte, e as peças gráficas produzidas e empregadas como meio de melhorar a divulgação e a formação de uma plateia atenta. Em todos os casos pesquisados não foi encontrado um profissional capacitado a executar a tarefa, ficando assim, essa lacuna dentro das produções locais artísticas.

Fase B - Conceituação: Peón (2000 p.53). é nesta fase que a identidade visual será detalhada. Esta fase será dividida em definição do conceito e linguagem visual a ser seguida, geração das alternativas visuais, definição do partido a ser seguido, solução preliminar, validação de proposta e solução final, com apresentação ao cliente para aprovação.

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Conceituação: O espetáculo “Abre a janela e deixa entrar o ar puro e o sol da manhã” recebeu diversos prêmios, dentre eles está o moliere de teatro concedido ao autor, Antônio Bivar. Esse prêmio aconteceu numa época complicada onde o Brasil,


passava pelo processo de ditadura militar e que as peças de teatro eram subordinadas a aprovação dos militares, muitas vezes sequer entendiam o que a peça falava. Em “abre a janela...” muitas críticas a guerra que vivíamos e a dureza que o país era submetido estava contido no texto subversivo e que era disfarçado de comédia e personagens engraçados. Partindo deste principio o trabalho de desenvolvimento da marca pesquisou os universos das cadeias brasileiras, inquéritos policiais, fichas criminais, retratos falados, recortes de jornais para ambientar o público/ consumidor de arte neste universo mesmo antes deles entrarem no teatro. “Abre a janela...” se passa numa cadeia e duas presas passam os dias resolvendo suas vidas amorosas e trabalhando na confecção de flores de papel, o aspecto refinado e fino esconde a crueldade construída no dia aa dia e dentro de uma “normalidade” do ser humano.

Fase C – Especificação: Segundo Peón (2000 p.53). esta fase consiste na “concretização” do sistema e contato com os fornecedores dos materiais, os técnicos que produzirão as aplicações. Nesta fase serão definidas todas as especificações técnicas em um manual de aplicação do sistema, chamado de manual de identidade visual. Especificação: Todas as peças produzidas estarão dentro dos padrões especificados para cada peça, tamanho, cor, material, custo e quantidade. O projeto “abre a janela...” Já tem um projeto em tramitação no MINC, aguardando aprovação para ser executada as peças abaixo descritas; Quantidades já 5000 Cartazes especif icadas no 5000 Ingressos projeto do MINC 02 Banners 05 outdoors 08 Banner metrô/rodóviaria 10000 Marcadores de livros 1000 Camisas 40 lonas para área externa(Postes).

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Geração de alternativas


Alternativa 1

Alternativa 2

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Alternativa 3

Alternativa 4

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Alternativa 5

Alternativa 6

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Eleição

alternativa escolha


Por se passar dentro de uma prisão a ideia do projeto é uma identidade séria que lembrasse o universo de uma delegacia de policia da época da ditadura militar, a proposta é que o espectador seja ambientado neste universo, fazendo com que ele se sinta num ambiente prisional mesmo antes de assistir a peça. O cartaz que segue nas próximas páginas, produzido como uma ffiicha criminal antiga, réplica de uma original e a tipogrf ifia “Quiet Evening” do design Junko Hanhero que reproduz o tipo de uma máquina de escrever dá as peças boa visibilidade e legibilidade. Filtros na imagem do cartaz e de todas as peças foram usados para envelhecimento do material, trazendo a identidade originalidade, agregação de valor e personalidade. As imagens das peças(fotografif ias), são meramente ilustrativas e toda a identidade do espetáculo viajará por este universo, sendo; Impressos: Cartaz |– Ficha criminal. Banner – | Retrato Falado. Outdoor | Retrato Falado. Marcador de livro |– Recorte de notícia de jornal. Ingresso – | Crachá de acesso a prisão. Programa do espetáculo | Inquérito policial. Bloco de pedido | Bloco de anotações criminais. Bandeirola de poste | Aviso de prisão perigosa. Mídias de divulgação: Facebook, instagram e internet |– Retrato falado. Jornais e revistas |– Retrato falado.

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Validação

teste alternativa


CARTAZ colecionável 1 | 2 Ficha técnica Tipo: Cartaz A3 – Ficha criminal – Réplica de f ificha original de 1970.

Descrição: Produzido em papel couchê 150g ou 200g. com efeito envelhecido e sujo, f iltros, impressão a laser sem brilho. Tamanho: 297x420mm Custo médio: R$ 2,00

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BANNER Tipo 1 | 2 Ficha técnica Tipo: Banner – Retrato falado. Réplica utilizada pela polícia Brasileira. Descrição: Produzido em lona 380g, resistente a área externa, impressão a laser, fosco. Tamanho: 120x70cm Custo médio: R$ 50,00

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MARCADOR DE LIVRO Ficha técnica Tipo: Marcador de livro – Recorte de notícia de jornal. Réplica original jornal de 1970, caderno de notícias policiais. Descrição: Produzido em papel couchê 300g com efeito envelhecido e sujo, f iltros, impressão a laser, fosco. Tamanho: 18x5cm Custo médio: R$ 0,30

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OUTDOOR | OUTBUS Ficha técnica Tipo: Outdoor e outbus - Retrato falado com pequenas modificações. Descrição: Produzido em lona para área externa no caso de outdoor e em papel adesivo quando outbus, ambos impressos a laser e sem brilho. Tamanho Outdoor: 9,10x3,10mts Tamanho Outbus: 2,50x2,00mts Custo médio outdoor: R$ 600,00 Custo médio outbus: R$ 650,00 (já com aplicação)

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INGRESSO Ficha técnica Ficha técnica Tipo: Ingresso – Crachá de cadeia antiga em papel craft. Descrição: Produzido em papel craft. Tamanho: 12x8cm Custo médio: R$ 0,05

PROGRAMA DO ESPETÁCULO Ficha técnica Tipo: Programa do espetáculo – Réplica de um inquérito policial original. Descrição: Produzido em papel craft para pastas. Tamanho: 230x340mm Custo médio: R$ 0,60

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CAMISAS PROMOCIONAL Ficha técnica Tipo: Camisa – Buscou-se a simplicidade nas camisas usadas por presos. Descrição: Produzido em algodão com impressão em serigraf ia. Tamanho: P M e G Custo médio: R$ 8,00

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LONA POSTE (Ação promocional) Ficha técnica Tipo: Lona para poste – Visando a ação promocional do espetáculo lonas banner externo presos aos postes próximos da apresentação. Descrição: Produzido em lona com impressão a laser sem brilho e frente e verso. Tamanho: 40x120cm Custo médio: R$ 130,00

PAPEL DE PAREDE Dispositivo móvel (Ação promocional) Ficha técnica Tipo: Papel de parede para dispositivos móveis, celulares e tablets que poderão ser baixados pela internet gratuítamente – Visando a ação promocional do espetáculo. Descrição: Produzido em arquivo digital JPG Tamanho: variado Custo médio: R$ 0,00

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BLOCO DE PEDIDO Ficha técnica Tipo: Bloco de anotações de pedido –visando a ação promocional do espetáculo, distribuidos como brindes. Produzidos para anotações de pedidos, já que o espetáculo acontecerá com o bar em funcionamento. Descrição: Produzido papel cartão e ofício reciclado impressão a laser sem brilho. Tamanho: 10x20cm Custo médio: R$ 2,00

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Algumas aplicações


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Referências bibliográf icas


10 Referências Bibliográfif icas

Livros: -BIVAR, Antonio. As três primeiras peças: Cordélia Brasil, Abre a janela e deixa entrar o ar puro e o sol da manhã, O cão siamês ou Alzira Power. Londrina: Azougue, 2002. -Brown, Tim. Yamagami, Cristian. Design Thinking – Uma metodologia para detectar o fim das velhas ideias. Ed. Elsiver -Peon, Maria Luisa. Sistemas de identidade visual. Ed. 2AB Editora. -Strunck, Gilberto. Como criar identidades visuais para marcas de sucesso. Ed. Rio Books. -Wheeler, Alina R. Design de identidade de marca. Ed. Bookman Companhia Ed. Monograf ias: -Cartazes americanos dos anos 60: Consumíveis. Silva, Andreia Ferreira da. Dissertação de mestrado. Orientador: Delgado, Dr. Antônio. -Contestação e desvario: Tentativas de experimentação do drama brasileiro pós 68. Andrade, Wellington. Pós-graduação, Universidade de São Paulo. Orientador: Faria, Dr. João Roberto. Filmes: -Across the universe (EUA 2007) -Let it be (Inglaterra 1970) -Yellow submarine (Inglaterra/EUA 1970) -Hair (EUA, 1970) Sites:

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http://wikipedia.com.br http://google.com.br http://historiadocartaz.weebly.com/anos-60.html http://www.hypeness.com.br/2014/05/paz-drogas-e-amor-como-viviam-os-hippies-dosanos-60-em-sao-francisco/ http://www.victormoscoso.com/ http://www.whocollection.com/hapshash_&_osiris_posters.htm http://www.whocollection.com/hapshash_&_osiris_posters.htm http://www.dafont.com.br http://www.freepik.com.br httP://www.google.com.br



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