Revista DRH CEFETMG 2010

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Expediente

Sumário

Diretor-Geral Prof. Flávio Antônio dos Santos

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Editorial

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Reflexões psicossociais sobre a saúde do servidor

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Medicina do trabalho: Reflexões iniciais

Vice-Diretora Profa. Maria Inês Gariglio Diretor de Planejamento e Gestão Prof. Márcio Silva Basílio

10 A era do estilo de Vida 16 Ergonomia

Coordenadora Geral de Desenvolvimento de Recursos Humanos Regina Rita de Cássia Oliveira

18 Alimentação Saudável: o primeiro passo

Responsáveis pelo projeto Maria Salete Guimarães Moreira Marina Pereira Padula

20 Como fazer uma boa alimentação fora de casa

para melhorar a sua qualidade de Vida e se manter em forma

22 Inteligência emocional e Saúde no trabalho Fotografia Arquivos da ASCEFET e da CGDRH Stock.XCHNG Multiverse Projeto ELSA Projeto gráfico e diagramação Seção de Preparo de Material do CEFET-MG

24 Estresse e depressão: perigos invisíveis e desprezados

26 “.. o gás acende depois que riscamos um fósforo” (ou sobre o sexo entre homens e mulheres nos relacionamentos longos)

28 A Enfermagem cuidando de você Revisão Profa. Ana Maria Nápoles Villela Apoio Assessoria de Comunicação Social

32 Febre quebraossos: decifra-me ou devoro-te 34 Um olhar para a dor que olhos alheios não veem 36 Saúde bucal no ambiente de trabalho

Tiragem: 3.000

38 Qualidade de vida na administração Coordenação Geral de Desenvolvimento de Recursos Humanos – CGDRH – CEFET-MG Av. Amazonas, 5253 – Nova Suíça Belo Horizonte – MG – CEP 30421-169 Telefone (31) 3319-7167 Fax. (31) 3319-7169 www.cefetmg.br

das finanças pessoais

40 O CEFET-MG e a pesquisa brasileira: Estudo longitudinal de saúde do adulto - ELSA

44 PQV: 4 anos estimulando atitudes de qualidade para a sua saúde

46 Os rumos nacionais da política de saúde do servidor público federal e o CEFET-MG


Editorial

Prezado Colega Servidor, A ideia de lançar uma revista denominada Circuito da Saúde no CEFET-MG é fruto da experiência do I CIRCUITO DA SAÚDE, em 2009. O evento aconteceu no mês de abril, especialmente nos dias 06, 07 e 08, datas em que, mundialmente, são comemorados os dias da atividade física, da saúde e de combate ao câncer, respectivamente. O objetivo inicial foi realizar atividades voltadas à promoção da saúde e qualidade de vida do servidor por meio de palestras, workshops, minicursos, vivências, campanha de higiene bucal, controle de glicemia e aferição de pressão arterial. O trabalho foi considerado um marco, e, a partir de então, o mês de abril foi eleito, pela equipe de saúde SMOdE/CGDRH, como o momento de fomentar a divulgação das atividades de promoção a saúde no CEFET-MG. O I Circuito de Saúde contou com uma expressiva participação da comunidade, especialmente da discente. Entretanto, na avaliação dos profissionais do CGDRH/SMOdE, a participação dos servidores foi modesta. A edição de uma revista voltada para o servidor, com as temáticas do I circuito, foi a alternativa encontrada pela equipe para alcançar melhor esse público, informando-o e contribuindo para a reflexão sobre a sua qualidade de vida.

de interlocução entre quem atua (cuida, previne, orienta, acolhe e assiste) e seu público alvo. Esta revista não tem a pretensão de ser científica, mas de tratar, de forma pragmática e informativa, temas e questionamentos que emergem no cotidiano dos atendimentos no SMOdE/CGDRH. As matérias, em sua maioria, são de autoria dos profissionais da equipe de saúde da Instituição. A revista conta, também, com a participação de colaboradores externos, abordando a temática da qualidade de vida do servidor público. O primeiro número da revista privilegiará as diferentes dimensões do bem-estar como a atividade física, a nutrição, a saúde emocional, o comportamento preventivo e o relacionamento social. Os profissionais que aceitaram este desafio são das áreas de psicologia, serviço social, educação física, medicina, fisioterapia, enfermagem, ergonomia, nutrição, economia e administração. Esta é a ousadia dos profissionais da saúde que sonham com outros espaços de interlocução para discutir e transmitir, de forma educativa, os diversos aspectos da sua prática cotidiana. Boa Leitura!

A revista Circuito de Saúde no CEFET-MG além de ser um veículo de comunicação diferente nesta Instituição Tecnológica, tem o propósito de valorizar o saber do profissional da área de saúde, oferecendo-lhe a oportunidade de sistematizar a sua prática cotidiana e estabelecer mais uma alternativa

Regina Rita de Cássia Oliveira Assistente Social – Mestre em Administração Pública Coordenadora Geral de Desenvolvimento de Recursos Humanos

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Reflexões psicossociais sobre a saúde do Servidor Público 4

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Márcia Rodrigues Daian Psicóloga – Mestre em Ciências da Saúde Maria Salete Guimarães Moreira Assistente Social – Mestre em Administração Pública CGDRH/SMODE

A sociedade atual é competitiva e urbana, estabelecendo uma cultura de confronto e negociação. O contrato de trabalho, para algumas pessoas, é visto como sinônimo de opressão, tédio e medo e, para outras, como possibilidade de realização e reconhecimento de uma função social. Novos fluxos e processos de trabalho exigem do servidor público multifuncionalidade, desenvolvimento de novas competências e preparo para o uso de novas tecnologias. Há ainda, em algumas organizações, exigências de produtividade e eficiência nos parâmetros do setor empresarial, ocasionando aumento de doenças relacionadas ao trabalho. No II Encontro Nacional de Atenção à Saúde do Servidor (Brasília/2009) houve indicativo da necessidade de se pesquisar mais sobre os agravos psíquicos advindos das pressões do trabalho, tais como, exigência de desenvolvimento de novas competências, assédio moral, riscos ocupacionais, trabalho penoso e desprazeiroso, abuso de drogas lícitas e ilícitas. Sabe-se que doenças decorrentes das condições de trabalho, associadas às pressões do mundo moderno, representam claros prejuízos para os recursos governamentais e da iniciativa privada. A relevância de se estudar a saúde do servidor público nos foi explicitada por meio de uma frase ouvida em uma das palestras do encontro: “ter prazer no trabalho faz bem para a saúde”. Sabemos quão distantes muitos servidores públi-

cos estão dessa máxima e quão importante se faz prover meios de sensibilizá-los a obter melhor qualidade de vida no trabalho. O trabalhador público, em geral, é mal visto pela sociedade em função de situações antiéticas ou criminosas, que embora envolvam uma minoria de servidores, são amplamente divulgadas pela mídia. A sociedade está mais atenta e começa a exercer controle sobre os serviços públicos, refletindo maturidade democrática. Entretanto, na prática, isso também representa uma cobrança maior em relação aos servidores, por serem o elo essencial entre o cidadão e os seus direitos, ou entre o poder público e os deveres dos cidadãos. Essa situação, aliada ao excesso de demanda dos serviços públicos, às perspectivas de progressão na carreira, ao reconhecimento profissional, entre outros, pode interferir no rendimento funcional e na autoestima do servidor público, causando adoecimentos. Sendo a saúde muito mais do que “ausência de doenças”, devemos ter por objetivo implantar novas práticas que envolvam: meio ambiente saudável, conceito positivo de saúde, qualidade de vida, parceria, rede, equidade e promoção de ações que nos possibilitem realizar nosso potencial. Nossa experiência leva-nos a afirmar que a promoção de saúde, no serviço público, implica também democratizar as práticas de gestão organizacional em todos os níveis hierárquicos, visando melhorar a qualidade das relações interpessoais no ambiente de trabalho. Uma democratização que não implica ampliar o jogo político no interior da organização, mas, sim, reconhecer a igualdade que existe em nosso contrato de trabalho, o RJU.

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Medicina do trabalho: reflexões iniciais

Trabalho, saúde e cidadania Dr. Márcio Geraldo Moreira Lima Médico do trabalho

Quem somos nós? Escolher, dentre os vários papéis incorporados em cada um, aquele que melhor atenda a definição de nossa identidade pode ser tarefa mais complicada do que 6

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parece. Alguns pensarão primeiro em suas raízes familiares, outros nas relações afetivas, ou talvez em sua cidade natal. Mas um número significativo de pessoas responderá a essa pergunta definindo-se por sua ocupação, sua profissão. Assim, pode-se dizer que o trabalho é, no mínimo, fator indissociável da nossa identidade, muitas vezes respon-


dendo integralmente por ela. Mais do que isso, se pensarmos no tempo dispensado à atividade profissional ao longo da vida produtiva, é fácil perceber o quanto ela pesa sobre nossas escolhas pessoais, sociais, afetivas e nossa saúde individual e coletiva. Paradoxalmente, apesar desta inegável influência, uma grande parcela da população permanece estimando de forma equivocada as conseqüências dessa relação com o trabalho e dessa exposição contínua, submetendo-se diariamente a grandes riscos aí embutidos e potencializados por esse desconhecimento.

Podemos conceituar o que chamamos de doença ocupacional como o desequilíbrio entre os fatores que agridem e aqueles que resguardam a integridade do indivíduo. Observando os indicadores de saúde de populações especificamente delimitadas no tempo e no espaço, depois de algum tempo é possível conhecer, de forma bem aproximada, o perfil de adoecimento individual e coletivo dos indivíduos, considerando-se as relações de causa e efeito mais conhecidas. Porém, em vários casos, também fica clara a forma como as sensações de ganho e perda podem

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extrapolar essas relações de causa e efeito claramente evidenciadas. Cria-se uma percepção alternativa de adoecimento no trabalho, principalmente quando as características e riscos inerentes a este envolvem fatores subjetivos, difíceis ou impossíveis de se mensurar. Quando tomamos como exemplo as relações interpessoais e de comando no ambiente de trabalho como principais fatores de risco ocupacional, a percepção desse balanço entre perdas e ganhos pode se tornar de tal forma tênue ou obscura, que o prazer e o sofrimento no trabalho se confundem. Estabelecem-se códigos de conduta e “moedas de troca” próprias, gerando um adoecer paralelo, institucionalizado, pactuado entre as partes (trabalhador X organização do trabalho) e costurado pelas outras doenças de diagnóstico mais evidente, sejam elas ocupacionais ou não. Os direitos e benefícios legais também passam por essa espécie de “filtro”. Assim, os atestados repetidos de afastamento do trabalho, a renegociação ou venda de férias, diárias e folgas e as recorrências ao serviço de atenção à saúde podem ser citados como sintomas desse quadro complexo e de grande desafio para os profissionais envolvidos com esses atendimentos. De volta ao conceito de trabalho como identidade, é impossível dissociá-lo também de um conceito mais amplo de cidadania. Além da simples questão salarial mantenedora, a forma como o trabalho se organizou, formal ou informalmente, pela história da humanidade fala também dos processos de organização social, das aquisições culturais e de valores individuais e coletivos que vão se sedimentando e se incorporando ao nosso comportamento. Desse modo, a aptidão para o trabalho confunde-se com a aptidão social do indivíduo e todos os fatores que diminuem essa competência comprometem, em maior ou menor grau, sua “aptidão” ou aceitação no grupo de trabalho ou de convivência. Diante desse quadro tão complexo, que evidencia apenas alguns dos vários aspectos da relação de trabalho, é de se supor que seu enfrentamento exija esforços extraordinários das partes envolvidas para que se criem perspectivas de mudança. Acostumamonos culturalmente a localizar a doença e a responsabilidade por sua cura como atribuições do outro e às quais nos submetemos de forma alheia à nossa vontade. É preciso, antes de tudo, a adoção de uma postura que nos comprometa com nossos papéis individuais e dentro da comunidade, para que condições de mudanças efetivas desse panorama sejam criadas. É impossível continuar negando que o trabalho, em seu conceito mais amplo, com todas as influências sociais, culturais e afetivas que incidem sobre o indivíduo, seja o fator isolado que melhor caracteriza a maneira como vivemos e adoecemos. 8

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Adicional de insalubridade: o adoecimento remunerado Alguns podem se lembrar de uma notícia que há cerca de 10 anos foi divulgada amplamente pela mídia de todo o país. Tratava-se de uma denúncia contra uma instituição privada ligada aos órgãos oficiais de saúde no norte do Brasil e que realizava uma pesquisa com mosquitos vetores da febre amarela. Essa instituição estaria realizando pesquisas utilizando indivíduos de populações carentes daquele local, que se apresentavam voluntariamente para se deixarem picar pelos mosquitos e, assim, constituírem-se em grupos de estudo para posteriores avaliações. E concordavam com isso mediante pagamento em dinheiro de quantias, assim como todos os detalhes dessa história, igualmente degradantes! Esse exemplo inominável ilustra bem de que forma é possível negociar em parte o nosso adoecimento e sofrimento, no trabalho ou fora dele, tendo como justificativa a necessidade material e a recompensa financeira. Porém, quando consideramos a rotina do nosso dia-a-dia de trabalho essas perdas podem não ser assim tão fáceis de perceber. Originalmente, o conceito de trabalho insalubre, ou seja, prejudicial à saúde, foi criado para permitir o ressarcimento financeiro daqueles trabalhadores que, desconhecendo ou assumindo os efeitos nocivos de determinados agentes presentes nas condições de trabalho, adoeciam de forma precoce, grave, muitas vezes fatais ou chegavam à condição de aposentadoria por idade ou invalidez em condições de saúde precárias. Por analogia, passariam a receber esse ressarcimento também aqueles que ainda não apresentassem sinais de doença e estivessem expostos às mesmas condições de trabalho descritas. Dentro desse enfoque de recompensa financeira, e considerando-se também que uma avalanche de ações trabalhistas, ao longo da história, tenham desviado a ótica do problema para o lado do direito do trabalho, ao invés da saúde no trabalho, a questão passou a ser contornável pelo cumprimento de determinados pré-requisitos legais pactuados entre as partes. Estamos fa-

lando, é claro, do adoecimento remunerado. Daquela parcela do orçamento doméstico já coberta pelo pressuposto de que, se o trabalho adoece, pode-se, então, tirar algum lucro disso. Pois quando retomamos a questão da dignidade no trabalho como condição inseparável de nossa identidade e do exercício da cidadania plena, o problema torna-se bem mais profundo do que parece. Vivenciar esse risco no dia-a-dia cria condições propícias para o desenvolvimento de relações trabalhistas completamente desvirtuadas. Pela dificuldade consciente ou não de nos tornarmos responsáveis por essa condição antagônica, ou seja, pela dificuldade de assumirmos por nós mesmos todo esse risco, atribuímos diariamente ao trabalho uma carga irreal de responsabilidade pelo nosso adoecimento e por todas as frustrações e sensações negativas vindas dele. A conseqüência imediata é um aumento crescente do risco real de incidência de várias doenças e de acidentes, causados ou associados a essa situação de impotência e de perda da dignidade. Além disso, todas as demais doenças que se instalam nessas circunstâncias e que podem atingir indiscriminadamente a população, independentemente do tipo de ocupação exercida, tendem a ser relacionadas ao trabalho e, com isso, maximizadas em seu grau de sofrimento subjetivo. Chegamos então à constatação de que é impossível negociar parte da identidade ou parte da cidadania, pelo simples fato de que estamos falando de valores qualitativos e não quantitativos. Esquecemo-nos, portanto, de que os riscos evitáveis no ambiente de trabalho não podem ser ressarcidos financeiramente, já que desencadeiam processos de adoecimento muito mais complexos e difíceis de serem solucionados. Absorvemos e adaptamo-nos a essa relação perigosa sem questionarmos a essência daquilo que realmente estamos perdemos com isso, deixando no ar a seguinte questão: será que recebemos, ou será que de fato estamos pagando por essa situação?

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A era do estilo de vida

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damentais. Numa visão holística, seria a “resultante de um conjunto de parâmetros individuais e sócio-ambientais, modificáveis ou não, que caracterizam as condições em que vive o ser humano”.

Profa. Dra. Marina Pereira Padula Profa. Fernanda Rocha Wenceslau (colaboradora externa) Programa Qualidade de Vida - CGDRH

Tanto quanto os seres humanos são únicos e com características bem peculiares, o conceito de qualidade de vida tende a mudar ao longo da vida. Entretanto há um entendimento sobre os fatores que compõem esse aspecto no cotidiano do ser humano e que podem, associados ou não, resultar em uma rede de fenômenos habitualmente chamada de qualidade de vida. Para Nahas (2003) é o estilo de vida que vai determinar, na maior parte das vezes, a qualidade de vida. Entendemos em um amplo sentido, qualidade de vida como uma medida da própria dignidade humana, pois pressupõe o atendimento das necessidades humanas fun-

Nossas ações habituais, as quais refletem as atitudes, os valores e as oportunidades em nossa vida definem nosso ESTILO DE VIDA. Pesquisas diversas mostram que, mais do que nunca, o estilo de vida passou a ser um dos mais importantes determinantes da saúde de indivíduos, grupos e comunidades. Por existirem fatores positivos e negativos em nosso estilo de vida é que nossa qualidade de vida está diretamente ligada ao referido estilo. Tal estilo pode ser avaliado sob cinco aspectos que chamamos de “pentáculo do bem-estar”. Esses aspectos são: nutrição, stress, atividade física, relacionamentos e comportamento preventivo.

Nutrição

Estresse

Relacionamento

Atividade Física

Comportamento Preventivo

FONTE: Nahas, MV, Barros, MVG e Francalacci, VL (2000)

Vamos avaliar seu estilo de vida individual? Os itens a seguir representam características do estilo de vida relacionadas ao bem-estar individual. Manifeste-se sobre cada afirmação considerando a escala: [ 0 ] absolutamente não faz parte do seu estilo de vida [ 1 ] às vezes corresponde ao seu comportamento [ 2 ] quase sempre verdadeiro no seu comportamento [ 3 ] a afirmação é sempre verdadeira no seu dia-a-dia; faz parte do seu estilo de vida.

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Componente: Nutrição [ [ [

] a) Sua alimentação diária inclui pelo menos 5 porções de frutas e hortaliças. ] b) Você evita ingerir alimentos gordurosos (carne gordas, frituras) e doces. ] c) Você faz 4 a 5 refeições variadas ao dia, incluindo café da manhã completo.

Componente: Atividade Física [

[ [

] d) Você realiza ao menos 30 minutos de atividades físicas moderadas/intensas, de forma continua ou acumulada, 5 ou mais dias na semana. ] e) Ao menos duas vezes na semana, você realiza exercícios que envolvam força e alongamento muscular. ] f ) No seu dia-a-dia, você caminha ou pedala como meio de transporte e, preferencialmente, usa as escadas ao invés do elevador.

Componente: Comportamento Preventivo [ [ [

] g) Você conhece sua PRESSÃO ARTERIAL, seus níveis de COLESTEROL e procura controlá-los. ] h) Você NÃO FUMA e NÃO INGERE ÁLCOOL (OU INGERE COM MODERAÇÃO). ] i) Você respeita as normas de trânsito (como pedestre, ciclista ou motorista); se dirige, usa sempre cinto de segurança e nunca ingere álcool.

Componente: Relacionamentos [ [ [

] j) Você procura cultivar amigos e está satisfeito com seus relacionamentos. ] k) Seu lazer inclui encontros com amigos, atividades esportivas em grupo, participação em associações ou entidades sociais. ] l) Você procura ser ativo em sua comunidade, sentindo-se útil no seu ambiente social.

Componente: Controle do Stress [ [ [

] m) Você reserva tempo (ao menos 5 minutos) todos os dias para relaxar. ] n) Você mantém uma discussão sem alterar-se, mesmo quando contrariado. ] o) Você equilibra o tempo dedicado ao trabalho com o tempo dedicado ao lazer.

Considerando suas respostas aos 15 ítens, procure colorir a figura ao lado, construindo uma representação visual do seu Estilo de Vida atual. • Deixe em branco se você marcou zero para o item; • Preencha do centro até o primeiro círculo se marcou [ 1 ] • Preencha do centro até o segundo círculo se marcou [ 2 ] • Preencha do centro até o terceiro círculo se marcou [ 3 ]

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a

Nutrição b

c

o

d

Controle de Stress n

Atividade e Física

m

f l

Relacionamento Social

g k

h j

i

Comportamento Preventivo


Mudando o estilo de vida para ganhar em qualidade de vida Um dos primeiros passos para modificarmos o “retrato” do nosso estilo de vida, para melhor, pode ser a mudança de alguns hábitos. Quando decidimos, somos capazes de operar maravilhas ou catátrofes em nossa vida. A escolha é nossa o

tempo todo. Sendo assim, preparamos uma pequena sugestão de mudança de atitudes, que podem escrever nosso estilo de vida de um formato mais interessante, transformando nossa qualidade de vida. Vamos experimentar!

Dicas para mudanças de estilo de vida

Lembre-se

1. Separe um tempo para pensar calmamente sobre sua vida, e as mudanças necessárias e pretendidas por você. E, claro, não esqueça de pensar nos benefícios que tais mudanças podem trazer. 2. Visualize sua vida com as mudanças que você quer realizar e defina os objetivos a serem seguidos para a melhoria da sua qualidade de vida. 3. O apoio dos amigos e familiares é fundamental para o sucesso das suas mudanças, cultive amizades e os contatos sociais positivamente. 4. Estabeleça uma rotina animadora. Caso se sinta desanimado ao longo do processo de mudança, mude de estratégia, mas mantenha as metas traçadas. 5. Aproveite todas as experiências positivas para se motivar e continuar na direção das mudanças propostas. Não se desestimule, todos temos dias bons e ruins.

• É muito melhor e menos penoso prevenir doenças do que tratá-las. • O comportamento sedentário é o que oferece maior risco à saúde, e não a prática de atividades físicas moderadas. Tome a iniciativa, procure conhecer as oportunidades ao seu redor para viver um lazer ativo!

Para iniciar as mudanças necessárias comece aceitando o desafio do 5 + 5 + 5. Tente durante uma semana incorporar a proposta abaixo, você vai ver como é fácil realizar essas pequenas mudanças e logo terá um estilo de vida mais saudável, e que se beneficia é você. Na matemática da vida:

5 + 5 + 5 = + SAÚDE Veja porque e aceite o desafio de mudar sua vida para melhor! Dicas de sites para avaliar sua qualidade de vida

5 porções de FRUTAS E VERDURAS por dia em sua alimentação;

5 sessões de 30 minutos de ATIVIDADE FÍSICA MODERADA por semana;

5 minutos para VOCÊ a cada dia.

http://sitededicas.uol.com.br/teste_quavida.htm http://www.drashirleydecampos.com.br/noticias/21622 http://bemstar.globo.com/nutri9.php http://www.consulmedseguros.com.br/teste_qualidade_vida.php http://veja.abril.com.br/010300/teste_para_usar.html

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Você sabia... 1 - que podemos avaliar teoricamente se estamos acima do peso ou não, utilizando o IMC (índice de massa corporal)?

Tabela de cálculo de IMC Peso (Kg)

Altura (m)

60 65 70 75 80 85 90 95 100 105 110 115 120 125 130 1,5

27 29 31 33 36 38 40 42 44 47 49 51 53 56 58

1,55

25 27 29 31 33 35 37 40 42 44 46 48 50 52 54

1,6

23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51

1,65

22 24 26 28 29 31 33 35 37 39 40 42 44 46 48

1,7

21 22 24 26 28 29 31 35 35 36 38 40 42 43 45

1,75

20 21 23 24 26 28 29 31 33 34 36 38 39 41 42

1,8

19 20 22 23 25 26 28 29 31 32 34 35 37 39 40

1,85

18 19 20 22 23 25 26 28 29 31 32 34 35 37 38

1,9

17 18 19 21 22 24 25 26 28 29 30 32 33 35 36

Peso Normal: IMC entre 20 e 24

Excesso de Peso: IMC entre 25 e 29

Obesidade: IMC entre 30 e 35

Super Obesidade: IMC superior a 35

2 - que outra forma de conhecer o risco de algumas doenças como as cardiovasculares, a diabetes e certos tipos de câncer, é pela circunferência da cintura? CIRCUNFERÊNCIA

Homens Mulheres

RISCO MODERADO ALTO RISCO

≥ 94 cm ≥ 80 cm

≥ 102 cm ≥ 88 cm

3 - que outro índice interessante é a relação CINTURA/QUADRIL? Meça a circunferência da cintura, divida-a pela circunferência do quadril e compare com a tabela:

CLASSIFICAÇÃO DE RISCO PARA MULHERES IDADE

BAIXO

MODERADO

ALTO

MUITO ALTO

20 a 29 < 0,71

0,71 a 0,77

0,78 a 0,82

> 0,82

30 a 39 < 0,72

0,72 a 0,78

0,79 a 0,84

> 0,84

40 a 49 < 0,73

0,73 a 0,79

0,80 a 0,87

> 0,87

50 a 59 < 0,74

0,74 a 0,81

0,82 a 0,88

> 0,88

Sites onde calcular o IMC

60 a 69 < 0,76

0,76 a 0,83

0,84 a 0,90

> 0,90

http://como-emagrecer.com/calculo-de-imc.html http://www.calculoimc.com.br/ http://www.dietaesaude.org/calculo-imc-indice-de-massa-corporal.php http://www.calcularpesoideal.com.br/ http://www.francoerizzi.com.br/imc.htm http://www.cirurgiadeobesidade.med.br/obesidade/calculo-imc.asp

CLASSIFICAÇÃO DE RISCO PARA HOMENS IDADE

BAIXO

MODERADO

ALTO

MUITO ALTO

20 a 29 < 0,83

0,83 a 0,88

0,89 a 0,94

> 0,94

30 a 39 < 0,84

0,84 a 0,91

0,92 a 0,96

> 0,96

40 a 49 < 0,88

0,88 a 0,95

0,96 a 1,00

> 1,00

50 a 59 < 0,90

0,90 a 0,96

0,97 a 1,02

> 1,02

60 a 69 < 0,91

0,91 a 0,98

0,99 a 1,03

> 1,03

FONTE: APPLIED BODY COMPOSITION ASSESSMENT, PÁGINA 82 ED. HUMAN KINETICS, 1996.

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4 - que até mesmo as atividades do dia-a-dia nos ajudam a queimar boas calorias? Referência de uma pessoa com 70kg Obs: quanto mais pesada for a pessoa, mais calorias irá gastar. ATIVIDADE Compra no Supermercado Cozinhar Deitado Digitando Dormindo Escrever Estudar Falando ao telefone Ficar de pé Jogando vídeo game Lavar louça Limpeza de casa Subir escada Trabalhar leve em pé Trabalho mental casa Beijar e fazer carícias Caminhada Caminhando rápido Caminhar devagar Carregando bebê

GASTO KCAL/TEMPO 270 kcal/hora 168 kcal/hora 77 kcal/hora 95 kcal/hora 60 kcal/hora 10 a 20 kcal/hora 120 kcal/hora 85 kcal/hora 130 kcal/hora 108 kcal/hora 60 kcal/hora 300 kcal/hora 1000 kcal/hora 150 kcal/hora 60 kcal/hora 60 kcal/hora 5,5 kcal/min 520 kcal/hora 240 kcal/hora 141 kcal/hora

ATIVIDADE Alongamento Trabalho de jardinagem musculação com pesos leves danças arrumar o armário assistir televisão cantar (sem dançar) dirigir carro dirigir moto meditar levar cachorro para passear ler sexo corrida a 12 km/h ESPORTES basquete voleibol futebol natação hidroginástica

GASTO KCAL/TEMPO 270 kcal/hora 330 kcal/hora 390 kcal/hora 430 kcal/hora 160 kcal/hora 82 kcal/hora 125 kcal/hora 180 kcal/hora 210 kcal/hora 40 kcal/hora 214 kcal/hora 100 kcal/hora 560 kcal/hora 985 kcal/hora 692 kcal/hora 690 kcal/hora 776 kcal/hora 784 kcal/hora 480 kcal/hora

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Ergonomia

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Márnia Soares (colaboradora externa) Ergonomista

tais efeitos prejudiciais como também promover condições salutares eficientes e agradáveis.

As condições de trabalho vêm sofrendo mudanças rápidas e fundamentais nos últimos anos. Junto com o rápido desenvolvimento das tecnologias atuais e o aumento da carga horária de trabalho, surgiram as chamadas doenças ocupacionais, que são afecções causadas pelo trabalho ou pelas condições do ambiente em que é executado. Portanto, para tentar combater essas afecções, surgiu a ergonomia que visa “adequar o trabalho às pessoas e não as pessoas ao trabalho” (segundo a Organização Mundial de Saúde - OMS), complementando os estudos realizados sobre a postura que visam adequar o indivíduo a posições menos agressivas às suas estruturas físicas, quer seja deitado, sentado ou em pé.

Se todos esses fatores forem conjugados adequadamente, proporcionarão ambientes seguros, saudáveis, confortáveis e eficientes, quer nos locais de trabalho, quer nos espaços destinados à nossa vida cotidiana.

De acordo com a Associação Brasileira de Ergonomia (ABERGO) ergonomia é “uma disciplina científica relacionada ao entendimento das interações entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas, e a aplicação de teorias, princípios, dados e métodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do sistema”. A ergonomia propõe preservar o homem da fadiga, do desgaste físico e mental, colocando-o apto ao trabalho produtivo. Desde 1990, o Ministério do Trabalho estabeleceu, por meio de portaria, a Norma Regulamentadora nº 17 - Ergonomia (NR-17), visando estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar o máximo de conforto, segurança e desempenho. A NR-17 prevê pausas de 10 minutos a cada 2 horas de trabalho, dentre outras medidas de segurança no trabalho. A Ergonomia estuda vários aspectos da relação da pessoa com as condições de trabalho, desde a sua postura e movimentos corporais (sentados, em pé, estáticos e dinâmicos, em esforço ou não), aos fatores ambientais (os ruídos, vibrações, iluminação, clima), aos equipamentos, sistemas de controle, cargos e tarefas desempenhadas. O trabalho repetitivo, muitas vezes, pode causar problemas de saúde cumulativos, como cansaço visual, estresse e dores físicas. Medições ergonômicas apropriadas podem evitar

Uma intervenção ergonômica pode ser realizada tanto na fase de projeto de uma organização, como durante a instalação e equipamento dos postos de trabalho, ou, finalmente, na correção de problemas detectados ao longo do trabalho.

Alguns exercícios que podem ser feitos no local de trabalho Costas • Região Lombar

Ombros

Membros Inferiores

Pescoço

Braços

Mãos

Rotina sugerida por Marina Padula/PQV/CGDRH/CEFET-MG)

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Alimentação saudável Primeiro passo para melhorar a sua qualidade de vida e se manter em forma Vanessa Costa Guedes de Amorim de Souza * Nutricionista – Especialista em Fisiologia do Exercício – CASU

Atualmente, com a vida estressante que levamos, muitas vezes não temos tempo nem sequer de pensar como estamos nos alimentando e de que forma essa alimentação pode afetar a nossa saúde. A correria do dia-a-dia muitas vezes impede-nos de alimentarmos de maneira correta. Sempre um lanchinho aqui, outro ali, fast food, e salgadinhos que “enganam” a fome. Sabe aquele ditado: “você é o que você come?”, pois bem, é exatamente assim! Se analisarmos o corpo humano, perceberemos que ele é um espelho do que comemos. Assim, se cultivarmos hábitos poucos saudáveis, consequentemente 18

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estaremos trabalhando em prol do ganho de peso. Esse ganho de peso pode ajudar no desenvolvimento de doenças como: hipertensão, diabetes melitus, aumento de colesterol, de triglicérides e de ácido úrico, dentre outras. Para quem quer melhorar a qualidade de vida sem sofrimentos, basta adotar alguns hábitos fáceis e diferentes daqueles que são praticados no dia-a-dia. De acordo com a nutricionista especialista em fisiologia do exercício, Vanessa Costa, fazer 6 refeições por dia é o passo principal para o início de uma vida saudável “ Fazer 6 refeições ao dia, sendo elas, as 3 refeições principais café da manhã, almoço e jantar -e incluindo entre os intervalos ao menos uma fruta e antes de dormir também, ajuda na distribuição das calorias ao longo do dia, evi-


tando concentrar grandes quantidades calóricas em uma única refeição.” Ao contrário do que muitos pensam, deixar de comer não ajuda a emagrecer, pelo contrário, prejudica a saúde. Ainda segundo a nutricionista Vanessa Costa, frutas, verduras e legumes são importantíssimos para nossa saúde, pois são ricos em fibras, o que ajuda a melhorar o funcionamento intestinal e diminuir a absorção de colesterol e glicose. A ingestão desses alimentos todos os dias é de suma importância para atender as quantidades necessárias de vitaminas e minerais, e, dessa forma, combater doenças que possam ser desenvolvidas pela deficiência desses micronutrientes. Além de prevenir doenças, o consumo desses alimentos reduz a probabilidade do desenvolvimento de câncer e doenças coronarianas, já que as vitaminas contribuem para o combate de radicais livres.

Quer uma vida mais saudável? Então se ligue nessas dicas: • Tomar de 8 a 10 copos de água por dia reduz a possibilidade de desidratação e contribui para a melhora do trânsito intestinal. • Evite frituras! Prefira alimentos assados ou cozidos, reduzindo a ingestão de gorduras. • Reduza a ingestão de doces e bebidas alcoólicas. • E para finalizar, pratique exercício físico com regularidade! Ao se exercitar, você contribui para a redução de colesterol, glicose, perda de peso, dentre outros benefícios, como melhora da função cardiopulmonar. (*) Integra a coordenação do Grupo de Atenção à Pessoa Obesa da Caixa de Assistência à Saúde da Universidade – CASU (31) 3332-1254 e 2515-3025

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Como fazer uma boa alimentação fora de casa

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Lívia Dantas Neder Marta Venuto Bittencourt de Oliveira Simone Menezes Reis Barreto Nutricionistas - Restaurante Escolar/SAE

Uma das preocupações atuais é o fato de que a maioria das pessoas faz as grandes refeições fora de casa. Antigamente, as alternativas restringiam-se aos restaurantes com serviço à la cart, lanchonetes e prato feito. O cenário começou a mudar com a instalação de redes de fast food, de restaurantes self service e, em algumas escolas e universidades, o surgimento do Restaurante Escolar. Porém as opções podem ser altamente calóricas e de pequeno valor nutricional. É possível alimentar-se bem fora de casa, mas, para isso, as pessoas devem estar preparadas para fazer as escolhas corretas, evitando armadilhas nutricionais e obtendo opções mais saudáveis. Seguem algumas dicas: • Escolha um local com aspecto limpo. Verifique se os pratos, talheres e copos estão devidamente higienizados e se os funcionários estão devidamente uniformizados. • Evite ingerir líquidos durante as refeições, pois eles interferem no processo digestivo. • Coma devagar e mastigue bem os alimentos. • Não se esqueça da salada. As hortaliças fornecem vitaminas, minerais, fibras e contêm baixas calorias. Evite comer saladas com maionese, patês e molhos frios preparados com ovos crus. Utilize o mínimo de azeite possível, pois, apesar de aumentar o bom colesterol, uma colher de sopa possui cerca de 70 calorias. • Evite adicionar sal na comida. No caso dos hipertensos, esse cuidado deve ser redobrado. • Cuidado na hora de fazer o seu prato para não pegar um pouco de cada alimento. No final, o resultado poderá ser uma “montanha” de comida. Evite repetições. • Evite os alimentos fritos. Dê preferência aos cozidos e grelhados. • Na hora de escolher a sobremesa, procure resistir aos

doces, deixando-os para o final de semana. Dê preferência às frutas. Para uma alimentação saudável, deve-se consumir uma grande variedade de alimentos e atender as necessidades de cada indivíduo. A alimentação deve conter carboidratos, proteínas, lipídeos, fibras, vitaminas e minerais. As vitaminas são indispensáveis para o nosso organismo. Destacam-se as funções e fontes de algumas vitaminas: • Vitamina A – Protege a visão e a pele; atua no desenvolvimento dos ossos na formação dos dentes; protege das infecções. Fontes: folhas verde-escuras, cenoura, tomate, caju, abóbora, manga, mamão, ovo, fígado, leite integral, margarina. • Vitaminas do Complexo B – Auxilia no sistema nervoso central; combate o estresse; protege das infecções; favorecem a regeneração dos tecidos. Fontes: folhas verde-escuras, semente oleaginosas (nozes, castanhas, etc), feijão, cereais integrais e farelos, carne, miúdos (fígado, rim, coração), peixe, ovos, leite integral e derivados. • Vitaminas C – Ajuda no combate de vírus e bactérias; protege a pele e o coração; combate os radicais livres; auxilia no processo de cicatrização; aumenta a absorção do ferro dos vegetais; possui ação anti-hemorrágica. Fontes: limão, laranja, abacaxi, caju, manga, morango, acerola, kiwi, mamão, goiaba, tomate. • Vitamina D – Ajuda na absorção e fixação do cálcio nos ossos; regula o crescimento. Fontes: óleo de fígado de bacalhau, atum, gema de ovo, leite integral. • Vitamina E – Retarda o envelhecimento; aumenta a fertilidade; protege da poluição ambiental. Fontes: óleos vegetais, germe de trigo, margarina, folhas verde- escuras. • Vitamina K – Importante na coagulação do sangue; ajuda na fixação do cálcio nos ossos. Fontes: repolho, espinafre, couve-flor, brócolis, nabo, couve, agrião, aspargo, alface, pepino, ervilha, leite integral e derivados, gema de ovo. Lembre-se: alimentação saudável requer paciência, consciência e força de vontade.

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Inteligência emocional e saúde no trabalho

Sandra Lúcia Horta Neves Psicóloga e Terapeuta – Especialista em Gestão de Recursos Humanos

Relacionar inteligência emocional e saúde não é tarefa difícil, pois hoje em dia a ciência já admitiu a estreita relação do estado de humor da pessoa com sua imunidade e disposição física para o trabalho. Não somente para o trabalho, como também para as demais áreas e atividades de sua vida. A inteligência emocional é entendida como a capacidade da pessoa de perceber seus sentimentos no momento em que eles desabrocham, estabelecer uma relação inteligente com a forma de externá-los, adaptando-os adequadamente ao momento e ao cenário em que ocorrem, gerando um resultado satisfatório para si e para o ambiente. É a habilidade em tomar consciência da emoção emergente, controlando o instinto e comportando-se adequadamente. “Primariamente” o ser humano é dotado de cinco emoções básicas: Alegria, Tristeza, Medo, Amor, Raiva. 22

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Denominamos “básicas” em função de serem “viscerais” e inerentes organicamente a todo ser humano, independente da sua idade, ou da sua capacidade intelectual. Elas são sentidas e vividas nitidamente no corpo físico, que automaticamente dá os “sinais de alerta” de sua ocorrência. Quem nunca sentiu as “vistas se turvarem de raiva” com alguma injustiça sofrida ou “o gosto de fel na boca” ao ser agredido? Quem já não tremeu mediante uma apresentação em público, ou suou frio ao encontrar uma pessoa importante para sua vida? Quem ainda não chorou a morte de um ente querido ou não sentiu o coração saltar pela garganta ao levar um susto? E a respiração disparada ao lembrar algo forte, ou mesmo aquelas palpitações de saudade? As emoções básicas desmembram-se em emoções mais sofisticadas, como: ansiedade, preocupação (relacionadas ao medo), vitimização, inveja, ingratidão, preguiça e pessimismo (relacionados à tristeza), ódio e revolta (relaciona-


dos à raiva), paixão e superproteção (relacionadas ao amor), e euforia, otimismo e entusiasmo (relacionados à alegria). As emoções são importantes e necessárias para a vida, promovem a manutenção – ou a perda – da saúde. Sim, a medicina psicossomática entende que todo adoecimento do indivíduo é originado de um processo emocional mal conduzido ou não tornado consciente, sendo, então, importante a experimentação ensaio-erro da ciranda emocional ao longo da vida da pessoa. Experimentamo-nos nos relacionamentos, e é assim que o ser humano cresce. À medida que a pessoa vai interagindo seu mundo interno com o mundo externo, procurando se conhecer e se controlar cada vez mais e melhor, vai conquistando o tempero emocional particular de suas relações interpessoais. Encontrar a dose ideal desse “ tempero” - essa é a meta da inteligência emocional. A inteligência emocional é ampla e ainda está relacionada com um “cultivo de aptidões” que se afinam com o coração

da pessoa, tais como empatia, intuição, cooperatividade, coletividade, interatividade, fé, autoestima, liderança, etc. Essa sintonia “cabeça-coração” é que traz um estado íntimo de paz e serenidade, ferramentas necessárias para se lidar com circunstância adversa. Nessa engrenagem autoalimentável do esforço de bemestar da pessoa consigo mesma e com o outro, no ambiente do trabalho, (local onde passa a maior parte do seu tempo de vida), as relações vão se filtrando dia após dia e se tornando cada vez mais leves e saudáveis. Ambientes saudáveis resultam profissionais e produtivos, propiciando pessoas saudáveis e produtivas. Da mesma forma, ambientes hostis são alimentados por indivíduos de baixa inteligência emocional; essa interação tóxica, mais cedo ou mais tarde, provocará o adoecimento. “Qualquer um pode zangar-se – isso é fácil. Mas zangarse com a pessoa certa, na hora certa, pelo motivos certos, e da maneira certa – não é fácil” (Aristóteles).

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Estresse e depressão perigos invisíveis e desprezados Márcia Rodrigues Daian Psicóloga – Mestre em Ciências da Saúde

dade, consumista e competitiva como a nossa. Dilemas sociais são fortemente capazes de provocar a depressão.

Algumas doenças instalam-se em nosso corpo de forma avassaladora, agem silenciosamente, prejudicando não somente nosso organismo, como também a realização de nossos objetivos e sonhos mais caros. O estresse e a depressão são dessas doenças imperceptíveis no início, de lenta evolução e drásticas conseqüências para nossas vidas. É muito importante que atenção especial seja dada a essas doenças.

Embora em 20% dos casos haja falso diagnóstico, estimase que a depressão atinja 15% dos homens e 25% das mulheres, sendo que, nas mulheres, ela é cerca de 50% mais diagnosticada do que nos homens. Há cientistas que relacionam o menor índice de depressão no homem, ao fato de esses serem mais ativos fisicamente. Sabe-se que os exercícios físicos aumentam o índice de endorfinas e diminuem os hormônios do estresse.

O estresse é uma forma de o organismo reagir a situações que excedem seus limites de suportar um fato estressante. A psicóloga Marilda Lipp considera-o como uma reação que possui componentes físicos, psicológicos, mentais e hormonais e pode se desenvolver frente a situações que representem um desafio para o indivíduo. Seus sintomas podem ter uma caracterização somática ou psicológica. Algumas manifestações físicas do estresse são mais conhecidas, tais como doenças gastrointestinais, cardiovasculares, respiratórias, músculo-esqueléticas, dermatológicas e imunológicas. Os sintomas psicológicos são menos conhecidos, mas, se observarmos atentamente nosso comportamento, poderemos identificar estados de ansiedade, fadiga, irritabilidade, insônia, falta de concentração, depressão, pessimismo, doenças, propensão a acidentes, problemas de comunicação, baixa produtividade e redução na criatividade, que são consequências diretas do estresse. O estresse relaciona-se também ao aumento de peso e é um dos grandes fatores da epidemia da obesidade, pois uma pessoa estressada engorda mesmo que não coma nada. Há aumento na produção de cortisol, o hormônio do estresse, o que aumenta a vontade de comer e a proliferação celular de gordura. A depressão é uma adaptação do organismo a uma série de problemas complexos e pode ser considerada como uma das doenças que mais sofrimento traz ao ser humano. O primeiro a descrevê-la foi o médico e filósofo grego Hipócrates, que a chamou de melancolia. Essa doença sempre existiu na humanidade, grandes pensadores têm com frequência personalidade com tendência depressiva. É tida como um sintoma social, principalmente em uma socie24

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O número de pessoas com depressão parece estar aumentando principalmente devido ao estresse ocupacional. Nosso estilo de vida mudou, estamos menos ativos, trabalhamos mais sentados, exercitamo-nos menos, não dispensamos tanto esforço físico e sim intelectual, portanto, fabricamos menos endorfinas e entristecemo-nos mais. Fundamentalmente o depressivo caracteriza-se pela falta de persistência, de vontade de continuar tentando. A depressão destrói a felicidade e a qualidade de vida de qualquer pessoa, reduz a criatividade e a produtividade, retirando a vontade de viver e interagir com os outros, mas é necessário saber que ela faz parte da sociedade contemporânea. Segundo a psicóloga Marilda Lipp, pessoas com depressão vivem a vida pela metade, como se sua vida fosse sem cores, somente com um fundo preto a revesti-la. Como a habilidade intelectual não é afetada, a pessoa sofre mais ainda por saber que a alegria está ali disponível e que ela não consegue usufrui-la. Atualmente, sabe-se que a depressão – também chamada de “transtorno do humor”, pode ter origem biológica, o que envolve uma predisposição genética. Ela pode ocorrer em associação a determinadas medicações; estar associada a outras doenças; ter como base práticas parentais inadequadas e cognições distorcidas e também ter em sua etiologia o fator estresse como elemento desencadeador (Lipp). Depressão e estresse confundem-se e, em certos momentos, tornam o diagnóstico diferencial muito difícil. Na verdade, a depressão, enquanto sintoma do estresse, está relacionada às condições de adaptação do momento. Os


pontos em comum entre estresse e depressão são: sensação de cansaço e desgaste; diminuição da libido; dificuldades com a memória; autodúvidas; confusão mental, hipersensibilidade emocional; vontade de fugir de tudo; inabilidade de concentração; dificuldade de tomar decisões (Lipp). Como diferenciar a depressão patológica de uma reação normal de tristeza? A depressão patológica é apenas nos casos em que a melancolia é anormal. Se você está profundamente triste e não há razão para isso, se perdeu o prazer em fazer as coisas de que mais gosta, ou se tem falta de interesse pela vida, você está doente e deve procurar um médico especializado. Devemos nos responsabilizar por nossa saúde, tendo, como obrigação diária, a meta de melhorar nossas condições físicas e mentais, diminuindo nosso estresse e depressão. Primeiramente é necessário identificar o problema, caso apresente alguns dos sintomas descritos anteriormente, procurando ajuda de um médico ou psicólogo. A medicação, em grande parte dos casos de depressão, é necessária, pois repõe substâncias que faltam no cérebro, mas é importante ser prescrita por um especialista. Posteriormente, devemos implementar mudanças de hábitos, visando à prevenção e tratamento dessas doenças. O tratamento da depressão é realizado através do uso de medicação, exercício físico, reestruturação cognitiva e alimentação adequada (cientistas já comprovaram que a dieta do mediterrâneo é antidepressiva: peixes como o atum, sardinha e salmão, azeite de oliva, frutas secas, grãos como nozes e castanha, legumes e verduras). Já, para eliminar o estresse, sugerimos que se afaste do estímulo estressor, pratique alguma atividade física prazerosa e persista diariamente, ou mesmo duas ou três vezes por semana na sua execução, seja relaxamento, ioga, futebol, caminhada, dança ou mesmo a confecção de trabalhos manuais, jardinagem etc. É importante também implementar mudanças de comportamento e atitude em relação aos

problemas que enfrenta, não se deixando abater ou se fixando demais no mesmo assunto. Talvez seja o momento de procurar ajuda de um profissional de psicologia ou psiquiatria, se não conseguir mudar sozinho. Há várias atitudes que, embora simples, podem transformar sua vida: olhar para o futuro ao invés de ficar remoendo dores do passado, procurar dar novo significado à sua vida, buscar o prazer de fazer o que mais gosta – o ócio criativo – simplificar suas necessidades, cultivar amizades, manter contato com a natureza ou com um animal de estimação. Assim, você estará contribuindo para seu organismo relaxar, minimizando o estresse e a depressão. Se você é servidor do CEFET-MG e deseja medir seu nível de estresse, agende com a psicologia pelo telefone 3319-7092.


“... O gás acende depois que riscamos um fósforo” (ou sobre o sexo entre homens e mulheres nos relacionamentos longos) Maria Salete Guimarães Moreira Assistente Social – Especialista em Educação Afetivo-sexual

A sexualidade humana é uma questão complexa por ter dimensões biopsicossociais e culturais, expressar-se de forma singular em cada sujeito e interferir na qualidade de vida das pessoas. Devido à realidade de muitos colegas, focalizo, nesse espaço, a seguinte temática: o sexo em casais heterossexuais que estão juntos há muitos anos. Quando se trata de sexo, estamos em constante aprendizagem. O sexo compartilhado, por exemplo, apresenta novos desafios a cada etapa da vida. Quem não deseja ter sexo satisfatório por toda a vida? Opa, um esclareci-

mento: ser satisfatório é subjetivo, não está em discussão a cobrança social de desempenho! Se o casal está satisfeito com sexo uma vez ou menos, por mês, qual o problema? Nenhum. Mas há que se ter certeza da satisfação de ambos, pois isso interfere no bem estar individual e na afetividade do casal. A aprendizagem requer estudo. Por que, então, os adultos não continuam a estudar o sexo? Já sabemos tudo e agora é só praticar? Será? Você sabia que um homem “impotente”, mesmo sem ereção, consegue sentir orgasmo? Que, para a mulher, a penetração nem sempre é necessária para a relação sexual ser prazerosa e resultar em orgasmo? Que, à medida que o homem envelhece, mesmo com desejo, as ereções espontâneas ficam mais raras e as preliminares tornam-se mais necessárias? Sabia que a inibição do desejo nas mulheres, em relacionamentos longos, deixou de ser considerada uma disfunção sexual que requer tratamento? Antes dos estudos da sexóloga canadense Rosemary Basson, os terapeutas atuavam com a premissa (apoiados em Masters, Johnson, Kaplan e Kinsey) de que a resposta sexual saudável dos homens e das mulheres era semelhante. Iniciava-se no desejo (fantasias sexuais e vontade), seguida da excitação (prazer e mudanças fisiológicas), orgasmo (clímax do prazer sexual) e resolução (bem estar e relaxamento muscular). Nos primeiros anos de um relacionamento, a química da paixão e a idade dos parceiros garantem, com facilidade, esse mecanismo “tradicional”.


Basson construiu o modelo circular como resposta sexual saudável das mulheres em relações duradouras:

Vontade de ser receptiva

Estímulo sexual num contexto apropriado

Processamento psicológico e biológico

Desejo espontâneo “inato”

Motivação

Desejo subjetivo

Satisfação sexual com ou sem orgasmo

Múltiplas razões e incentivos para a instigação ou a aceitação do sexo

Recompensas não-sexuais: intimidade emocional, sensação de bem estar, ausência de efeitos negativos da evasão sexual

A Dra. Jaqueline Brender explica este novo modelo: “a excitação sexual e um responsivo tipo de desejo sexual ocorrem simultaneamente, depois que a mulher deliberadamente escolhe experenciar estimulação sexual. Esta escolha é baseada em necessidades, do tipo ganhos e recompensas (intimidade emocional, compromisso, tolerância às imperfeições do relacionamento, bem-estar do parceiro, dividir prazer físico com o parceiro) mais do que para experenciar excitação física e liberação orgásmica”. Esse é o mecanismo do desejo sexual responsivo, em que a mulher parte da “neutralidade sexual” e estimulada chega à satisfação sexual (prazer e orgasmo). É necessário que a mulher tenha prazer físico para que essa motivação “relacional” continue acorrendo. O desejo “espontâneo” (desencadeado por pensamentos, fantasias, apetite sexual consciente) é mais raro em mulheres que vivem relacionamentos de longo prazo.

Excitação e desejo sexual responsivo

Sendo assim, a “neutralidade sexual” da mulher e a ereção incompleta (ou inexistente), nos primeiros momentos da relação sexual, não são determinantes para o seu sucesso ou fracasso. Com carícias e estímulos que agradam a cada um, essa brincadeira amorosa tende a evoluir nos níveis de prazer e resultar em orgasmo. Os terapeutas alertam para a necessidade de acolhimento, diálogo e atenção para despertar desejo no casal, especialmente o desejo feminino. Se a nossa escolha é manter relacionamentos amorosos duradouros e saudáveis, precisamos nos convencer de que o ato sexual não é algo isolado, é reflexo do cotidiano a dois. O desafio de manter uma vida sexuada com qualidade tem dois aspectos: conquistar a mesma pessoa com pequenas e constantes atitudes afetivas e sair da inércia provocada pela certeza da disponibilidade do outro (Afinal, quantas vezes deixamos o sexo para depois porque sabemos que ela(e) dorme ao lado?).

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A Enfermagem cuidando de você Vacinas: prevenção de doenças para todas as idades Equipe de Enfermagem e Serviço Social – Campus I * SMODE/CGDRH

A vacinação é mais um método eficaz para se prevenir doenças. O indivíduo vacinado adquire anticorpos tornando-se imunizado. Com o intuito de diminuir o contágio de algumas doenças graves, ou até mesmo erradicá-las no território brasileiro, o Ministério da Saúde mantém o Programa Nacional de Imunização com um protocolo de vacinação destinada às diferentes etapas da vida. No calendário da saúde pública de vacinação do adulto e do idoso consta o combate às seguintes doenças: difteria, tetano, febre amarela, sarampo, caxumba, rubeola, pneumonia, gripe e hepatite B, apenas para adultos que trabalham na área da saúde. Em cada doença, existe um protocolo (critérios, periodicidade, dosagem) a ser seguido. O quadro a seguir informa o esquema geral de vacinas do adulto e do idoso. Em casos de surtos de doenças, são divulgadas pelo SUS as campanhas específicas.

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Nas clínicas particulares, os adultos podem adquirir as vacinas que constam na rede pública e outras, tais como: contra hepatite A e B, menigite, catapora, HPV: papilomavirus (mulheres, para prevenir alguns tipos de cânceres uterinos) e herpes zoster (pessoas acima de 50 anos). A campanha de vacinação contra gripe sazonal, que acontece no CEFET-MG desde 2002, é bem recebida pelos servidores. A adesão foi crescente no decorrer dos anos. Constatamos que houve redução das queixas dos sintomas gripais e de infecções respiratórias (sinusites, rinites e bronquites), alguns dos motivos que causavam o absenteísmo.


Devido à importância da atualização do cartão de vacinação, inclusive na vida do adulto, o SMODE registra as etapas de vacinação ocorridas no CEFET-MG, sejam elas em campanhas realizadas pela Secretaria Municipal de Saúde nos campi, ou propostas pela própria instituição. Desde 2005, o SMODE solicita o comprovante vacinal atual dos servidores efetivos no exame admissional e a atualização dos cartões dos demais servidores da ativa. O cartão de vacinação deve ser utilizado como identidade vacinal do indivíduo em todo território nacional. Em 2010 estamos vivenciando uma situação atípica que impossibilita, até então, a realização da Campanha de imunização contra gripe. A ANVISA determinou, pela resolução nº 49 de 06 de outubro de 2009, que as vacinas sejam conjugadas, ou seja, combatam os vírus das gripes sazonal e o H1N1 ao mesmo tempo. Os lotes liberados para importação e a produção nacional das vacinas foram todos destinados ao Ministério da Saúde. Após a liberação da comercialização da vacina, havendo tempo hábil para ocorrer a licitação, o CEFET-MG pretende ainda realizar a campanha. Os servidores que estão contemplados com os critérios da Campanha de vacinação contra o H1N1 do SUS, especialmente os portadores de doenças crônicas, devem acompanhar o calendário amplamente divulgado na mídia e vacinar-se.

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VACINAS DO ADULTO E DO IDOSO DISPONÍVEIS NO SUS IDADE

VACINAS

DOSES

DOENÇAS EVITADAS

A partir de 20 anos

dT (Dupla tipo adulto) (1) Febre amarela (2) SCR (Tríplice viral) (3) dT (Dupla tipo adulto) dT (Dupla tipo adulto) dT (Dupla tipo adulto) (4) Febre amarela Influenza (5) Pneumococo (6)

1ª dose dose inicial dose única 2ª dose 3ª dose reforço reforço dose anual dose única

Contra Difteria e Tétano Contra Febre Amarela Contra Sarampo, Caxumba e Rubéola Contra Difteria e Tétano Contra Difteria e Tétano Contra Difteria e Tétano Contra Febre Amarela Contra Influenza ou Gripe Contra Pneumonia causada pelo pneumococo

2 meses após a 1ª dose 4 meses após a 1ª dose A cada 10 anos, por toda a vida 60 anos ou mais

(1) A partir dos 20 (vinte) anos, gestante, não gestante, homens e idosos que não tiverem comprovação de vacinação anterior, seguir o esquema acima. Apresentando documentação com esquema incompleto, completar o esquema já iniciado. O intervalo mínimo entre as doses é de 30 dias. (2) Adulto/idoso que resida ou que for viajar para área endêmica (estados: AP, TO, MA, MT, MS, RO, AC, RR, AM, PA, GO e DF), área de transição (alguns municípios dos estados: PI, BA, MG, SP, PR, SC e RS) e área de risco potencial (alguns municípios dos estados BA, ES e MG). Em viagem para essas áreas, vacinar 10 (dez) dias antes da viagem. (3) A vacina tríplice viral - SCR (Sarampo, Caxumba e Rubéola) deve ser administrada em mulheres de 12 a 49 anos que não tiverem comprovação de vacinação anterior e em homens até 39 (trinta e nove) anos. (4) Mulher grávida que esteja com a vacina em dia, mas recebeu sua última dose há mais de 05 (cinco) anos, precisa receber uma dose de reforço. A dose deve ser aplicada no mínimo 20 dias antes da data provável do parto. Em caso de ferimentos graves, a dose de reforço deverá ser antecipada para cinco anos após a última dose. (5) A vacina contra Influenza é oferecida anualmente durante a Campanha Nacional de Vacinação do Idoso. (6) A vacina contra pneumococo é aplicada durante a Campanha Nacional de Vacinação do Idoso nos indivíduos que convivem em instituições fechadas, tais como casas geriátricas, hospitais, asilos e casas de repouso, com apenas um reforço cinco anos após a dose inicial.

Higiene é profilaxia A higienização adequada das mãos é recomendada a todos para manutenção da saúde. As instruções de lavagem rigorosas devem ser utilizadas principalmente por pessoas que convivem em instituições coletivas, como creches, hospitais e escolas, pois ficam expostas a inúmeros microorganismos que causam doenças. As mãos são o principal veículo de disseminação dos microorganismos causadores de doenças (patógenos), tais como as temidas Staphylococcus aureus (causam furúnculos, dermatites, gastroenterites e infecções hospitalares), enterrococos (causam infecções intestinais), escherichia coli (causam infecções urinarias, tóxico infecção alimentar, Peritonite e Septicemia ) e algumas viroses.

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Portanto torna-se fundamental a adesão a princípios fundamentais de higiene para evitar a propagação de doenças e diminuir a resistência de grande parte dos microorganismos. Comprovadamente, a lavagem das mãos, com água e sabão, é o ato isolado mais importante para o controle de infecções. Sendo assim, recomenda-se a sua prática constante no cotidiano. Foi observado no SMODE, no período do surto da H1N1, a diminuição de queixas relacionadas a conjuntivites, dermatites e distúrbios gastrointestinais devido à intensificação dessas orientações. O receio de contrair a gripe teve consequências positivas e reafirmou a importância de adesão ao ato de lavar adequadamente as mãos.


Como lavar as mãos • molhe as mãos e aplique sabonete líquido nas palmas • ensaboe rigorosamente todas as faces por 40 a 60 segundos • esfregue as palmas das mãos • dorso das mãos • entre os dedos • polegar • articulações • unhas • punhos • enxague e seque com papel toalha • Utilize o mesmo papel para fechar a torneira, abrir a porta e dar descarga em banheiros públicos

Siga passo a passo

Dorso das mãos Palmas

Espaços entre os dedos

Polegares

Articulações

Além disso, mantenha as unhas naturais e curtas.

Unhas e extremidades dos dedos

Punhos

O constante autocuidado Lembre-se ainda: Como viver é lidar com a imprevisibilidade e com riscos, cuide-se bem. Você é o principal responsável pela sua saúde. Siga as recomendações de um médico de sua confiança e faça seus exames preventivos. Acreditamos que as mulheres vivem mais porque já assumiram atitudes preventivas. Para as mulheres: • Autoexame mensal da mama (10 dias após o término da menstruação), mamografia (a partir dos 40 anos) e exame papanicolau (anual ou segundo os critérios clínicos). Para os homens: • PSA (“exame de sangue da prostata”) e toque retal (após os 40 anos). Para todos: • Autoexame trimestral da pele e mucosas (atenção para as alterações de cor, formato e sensibilidade) e exames laboratoriais de rotina, segundo critério médico.

• Uso diário do filtro solar, adesão à uma atividade física regular e evitar excessos na alimentação e nos hábitos de beber e fumar. Nas relações sexuais: usar sempre camisinha. • Para agilizar o atendimento de urgência, tenha sempre em mãos: documento de identidade, cartão do convênio de saúde e anotações do tipo sanguíneo, anotações de nomes e telefones, fixos e celulares, de familiares ou amigos para contato imediato e, se for o seu caso, identificação das medicações que utiliza, de alergias e doença que possua. Você sabia? Em caso de violência sexual, a pessoa violentada deve procurar atendimento médico imediato para receber medicação para prevenir DST/Aids e, se for necessário, realizar a contracepção de emergência.

(*) Equipe de enfermagem de Belo Horizonte: Vânia Aparecida de Paula Barros e Paula, Sheila Dias da Silva, Sebastião Libério Diniz, Maria Suzana Ferreira da Silva, Edna Fernandes de Moura, Simone Rosa Pereira. Serviço Social: Maria Salete G. Moreira.

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Febre quebraossos Conhecendo o inimigo: decifra-me ou devoro-te Edna Fernandes de Moura * Auxiliar de enfermagem - SMODE

recorde em 2007, 158 óbitos, enquanto em 2006, o total de mortes foi de 76.

O transmissor da dengue, o mosquito Aedes aegypti (Odioso do Egito), tem origem africana e foi identificado primeiramente no Egito. Provavelmente, o termo dengue é derivado da frase Swahili (Língua oficial do Quênia e Tanzânia), “ki dengu pepo”, que descreve os ataques causados por maus espíritos e, inicialmente, foi usado para descrever a doença. Os mosquitos e os seus ovos vieram para as Índias ocidentais nos navios negreiros. No Brasil, a primeira referência à dengue foi relatada no período colonial, em 1865, na cidade de Recife.

A dengue é hoje uma das doenças com maior incidência no Brasil. A infecção pelo vírus da dengue causa uma doença de amplo espectro clínico, incluindo desde forma assintomática até quadros graves, podendo evoluir para o óbito. Dentre esses, destacam-se a febre hemorrágica da dengue, hepatite, insuficiência hepática, alterações da consciência, miocardite e choque.

A situação atual da doença é preocupante. De acordo com Boletim divulgado em fevereiro de 2008 pelo Ministério da Saúde, o número de mortes por dengue hemorrágica foi

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Na dengue, a primeira manifestação é a febre alta (39ºC a 40ºC) de início abrupto associada a pelo menos 2 sinais ou sintomas:cefaléia, prostração, dor muscular e articular e atrás dos olhos com presença ou não de exantema (manchas avermelhadas e elevadas na pele) e/ou coceira, inapetência, distúrbios gastrintestinais e que podem ser observados por 2 a 6 dias.


Sinais de alarme As manifestações hemorrágicas graves surgem principalmente quando a febre cede e ocorre sangramento pelo nariz, nas gengivas e uterinos irregulares. Pode haver ainda presença de sangue nas fezes, nos vômitos e na urina, petéquias (pontos vermelhos na pele e mucosas), como a plaquetopenia (baixa de plaquetas no sangue) que podem ser observadas em todas as apresentações clínicas de dengue. A dengue, na criança, apresenta-se como uma síndrome febril com sinais e sintomas inespecíficos: sonolência, recusa da alimentação, vômitos, diarréia ou fezes amolecidas. Nos menores de 2 anos de idade, especialmente em menores de 6 meses, os sintomas como dores podem manifestar-se por choro persistente, adinamia e irritabilidade, geralmente com ausência de manifestações respiratórias, podendo confundir com outros quadros infecciosos febris, próprios dessa faixa etária. Na criança, o início da doença pode passar despercebido e o quadro grave ser identificado como a primeira manifestação clínica. O agravamento geralmente é súbito, diferente do adulto, no qual os sinais de alarme de gravidade são mais facilmente detectados. O exantema, quando presente, é semelhante à “calombos”, apresentando com ou sem coceira. As manifestações clínicas iniciais da dengue hemorrágica são semelhantes às descritas nas formas clássicas, entretanto, entre o 3º e o 7º dia do início da doença, quando da defervescência (baixa a febre), surgem sinais e sintomas como vômitos importantes (com presença de sangue ou não), dor abdominal intensa com presença, desconforto respiratório, letargia, sonolência, pressão baixa, presença acentuada dos sinais hemorrágicos, palidez cutânea, irritabilidade, palpitação, redução da urina, hipotermia (temperatura abaixo de 35.º). No surgimento de 2 sinais ou sintomas associados à febre, em menos 7 dias, recomenda-se consulta com um profissional de saúde para investigar se trata-se de caso suspeito de Dengue ou, então, realizar diagnóstico diferencial, se houver suspeita de Sarampo, Rubéola, Escarlatina e farmacodermia (efeitos colaterais de alguns medicamentos). Fique atento: Dengue mata! A prevenção depende da atitude de cada um de nós!

Tampe bem a caixa de água

Não deixe água acumulada nas calhas

Elimine as poças d’água

Tampe bem os potes, filtros e reservatórios

As garrafas devem ser guardadas de boca para baixo

Fure o fundo das latas usadas antes de jogá-las no lixo

Mantenha os pneus protegidos da chuva

Substitua a água dos vasos por areia

Todo dia é dia de combater a dengue • Ao apresentarem-se os sintomas, deve-se intensificar a hidratação oral, evitar a automedicação e procurar uma Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua residência para cuidados mais específicos. • A constante mudança climática contribui para a sobrevivência e multiplicação dos mosquitos por um período cada vez maior durante o ano. Por isso é importante intensificar e manter os cuidados básicos no domicílio e no local de trabalho. • O lixo produzido na sociedade tem sido um dos principais meio de proliferação do mosquito. Até mesmo em tampinhas de garrafas e copos descartáveis seus ovos podem ser encontrados e sobreviverem por até um ano na ausência de água. Devido a mutações, o aedes aegypti tornou-se capaz de reproduzir também em água suja. • O combate a essa doença, assim como muitas outras consideradas epidêmicas, é uma questão de conscientização, informação e higiene para compor uma ação coletiva. Faça a sua parte! Dê um destino adequado ao lixo que você produz no CEFET e em sua residência. (*) Graduada em Enfermagem – Especialista em Enfermagem do Trabalho

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“Um olhar para a dor que olhos alheios não veem” “A dor enerva a alma, torna-a mais temerosa, degenera-a ... é o veneno da beleza.” Shakespeare Simone Rosa Pereira Técnica em Enfermagem do SMODE

A Fibromialgia é uma das diversas doenças reumáticas que acometem as “partes moles” (os músculos, ligamentos, tendões etc) em regiões próximas das articulações. Tem afetado principalmente mulheres (75% a 95% dos casos) entre 40-55anos; porém acomete também homens e pacientes jovens (por volta dos 12 anos). Manifesta-se através de dores musculares intensas, espalhadas por diversos pontos do corpo, como pescoço, ombros, costas, joelhos, cotovelos, coluna lombar e cervical, com duração mínima de três meses, podendo estar relacionada a uma maior sensibilidade de dor em, pelo menos, 11 dos 18 pontos dolorosos estabelecidos pelo Colégio Americano de Reumatologia;1990.1 A “Dor é o principal sintoma que incomoda,porém há outros relacionados à Síndrome de Fibromialgia, tais como: fadiga muscular, ansiedade, irritabilidade, estresse, insônia, sensação de inchaço articular (edema), dor de cabeça (cefaleia), intestino irritável, tonteira, diminuição do apetite sexual (libido), formigamento (dormência), rigidez matinal(ao acordar,dura em torno de 30 minutos) e depressão.2 Ainda não se sabe o que causa essa doença. Estudos apontam que vários fatores podem desencadeá-la: traumas físicos e ou emocionais 34

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(situações estressantes como cirurgias; perdas de entes queridos), processos infecciosos, problemas metabólicos, alterações nos mecanismos de percepção da dor, alterações no sistema músculo-esquelético e até mesmo retirada de medicações (corticóides).3 Evidências clínicas sugerem que a ansiedade, tensão, depressão, a alteração do padrão de sono, fatores climáticos, trabalho excessivo e determinadas atividades físicas possam alterar o ciclo de “dor-espasmo muscular-dor”.4 Tratamento O tratamento Médico Reumatológico e Psiquiátrico vem utilizando analgésicos, antidepressivos, anti-inflamatórios, relaxantes musculares (por vias orais, sprays tópicos) objetivando a melhora ou diminuição da dor, da tensão muscular, dos sintomas de insônia, ansiedade e da depressão de forma geral. Por se tratar de uma doença cuja causa ainda é desconhecida, entendemos que o tratamento deve ser multiprofissional (Psicoterapêutico, Reumatológicos, Psiquiátrico, Fisioterápico, Terapêutico Ocupacional e outros). A Fisioterapia dispõe de vários recursos e técnicas para o “TRATAMENTO DAS ALGIAS MÚSCULO-ESQUELÉTICAS NA SÍNDROME DE FIBROMIALGIA” objetivando proporcionar maior qualidade de vida aos pacientes que chegam a apresentar quadro álgico que, muitas vezes, compromete as atividades de vida diária (AVDs) e as atividades de vida profissional (AVPs). Os objetivos fisioterápicos visam: • diminuir e/ou erradicar a sensação de dor muscular; • restaurar a capacidade de amplitude articular para os movimentos do corpo, flexibilidade e força muscular; • promover relaxamento dos pontos dolorosos em espasmos musculares;


• promover trabalho educativo (de forma que o paciente possa prevenir ou lidar com as possíveis crises e também bloquear as causas que perpetuam ou desencadeiam os sintomas) tentando mudar os hábitos de vida diária (deixar de realizar excessivamente tarefas domésticas e ou profissionais de forma repetitiva e perfeccionista); tentando melhorar a divisão de tempo para laser,vida social,religiosa,passeios,viagens,namoro;bem como bons hábitos alimentares e de auto-cuidado e erradicação do sedentarismo (inatividade física).

• as atividades muito intensas na crise ou no inicio do tratamento devem ser evitadas com o objetivo de promover a recuperação funcional, inclusive o retorno às atividades do trabalho; • um programa doméstico deve dar ênfase tanto ao alogamento quanto à força muscular de forma progressiva e sem cargas excessivas;

Recursos e Técnicas de Tratamento Fisioterápico Para a dor localizada, a fisioterapia vem utilizando a Eletroterapia (TENS e o Laser), a Massoterapia, hidrocinésioterapia (atividades diversas realizadas em piscina aquecida); compressas ou bolsas de água morna, infravermelho (aparelho que emite luz aquecendo o ponto muscular dolorido promovendo relaxamento do espasmo), vibromassageador com infravermelho (aparelhos que associam a massagem vibratória e o infravermelho). Esses recursos visam basicamente ao relaxamento muscular, à melhora da circulação sanguínea no local da dor e à melhora da rigidez matinal, da sensação de dormência e formigamento. Programas de condicionamento físico, bicicleta ergométrica, treinamento cárdio-vascular e exercícios que melhorem a flexibilidade músculo-articular requerem não só orientação de um bom profissional como supervisão e acompanhamento. A literatura aponta que as atividades que vêm promovendo melhores resultados para o alívio dos sintomas da Fibromialgia são: corridas (curtas), caminhadas, exercícios aeróbicos e alongamentos (atividades de baixo custo, maior acessibilidade e de fácil execução).

• seja qual for a opção de tratamento (associada multidisciplinarmente ou isolada), escolhida pelo paciente ou indicada; essa deverá ser realizada de forma “consciente”, (ele deve querer realmente melhorar). O tratamento a ser seguido deve promover melhora dos sintomas de maneira geral; melhora da autoestima (nessa doença os pacientes se sentem desamparados, vítimas de preconceito), melhora dos sintomas associados à depressão, levando a uma melhor qualidade de vida diária e profissional.

Alguns cuidados devem ser tomados para não piorar os sintomas, ou desencadear novas crises: • as atividades aeróbicas supervisionadas devem respeitar o limiar de dor desses pacientes (de forma tolerável e agradável); Síntese da Monografia de Conclusão do Curso de Graduação em Fisioterapia pela Universidade Castelo Branco-RJ/2006. “O Tratamento Fisioterapêutico das Algias Músculo-esqueléticas na Síndrome de Fibromialgia”. 1

Presidente da Sociedade Mineira de Reumatologia, Chefe do serviço e da Disciplina de Reumatologia da UFJF - Antônio Scafuto Scotton e Prof. Rafael de Oliveira Fraga,UFJF. 2 Reumatologista, Prof. do Departamento de Aparelho Locomotor da Faculdade de Medicina da UFMG. Dr. Marco Antônio Parreiras de Carvalho. 3 Goldenberg DL. Treatment of Fibromyalgia Syndrome. Rheum Dis Clin North Am 1989. 4 Yunus M,Mais AT, Calabro. JJ, Shah IK:Primary Fibromyalgea. AFP 1982.

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Saúde bucal no ambiente de trabalho Importante fator de contribuição na redução do absenteísmo nas organizações Rosane Tavares Rubião da Cunha Especialista em Odontologia do Trabalho - SMODE

O Brasil apresenta uma realidade bastante paradoxal, é um país de desdentados, que possui uma odontologia de primeiro mundo. Dados do levantamento epidemiológico, Saúde Bucal/Brasil do Ministério da Saúde de 2003, demonstraram: 18,7% da população brasileira nunca foram ao dentista (29,6 milhões); (17,1%) têm acesso ao tratamento odontológico; 45% não têm acesso à escova dental; 75% dos idosos não possuem dentes; 30% dos adultos são desdentados; menos de 22% dos adultos têm gengiva sadia; 3 de 4 brasileiros chegam à terceira idade sem dentes funcionais; 8 milhões dos brasileiros com mais de 30 anos precisam de prótese; 2,5 milhões (13% da população) de adolescentes nunca foram ao dentista. Não podemos sublimar a realidade acima citada. Quando nos referirmos às Organizações, estaremos diante da mesma realidade, apenas transferindo essas condições para o meio laboral. Os recursos humanos merecem ser objeto de uma atenção biopsicossocial. A qualidade de vida implica importantes modificações no ambiente de trabalho, de forma a tornálo mais humanizado e compatível com a saúde mental, física e social do trabalhador. Se o lucro é importante no sistema capitalista, o maior capital ainda é o homem. Problemas odontológicos podem representar importante fator causal para o absenteísmo no trabalho. Em um país, como o Brasil, onde a população não costuma buscar uma resolução imediata para problemas relacionados com a saúde bucal, o problema tende a se agravar ao longo do tempo. Essa situação ocasiona não somente a falta ao trabalho, como também a diminuição no rendimento individual e gradual do profissional. Podem ainda ocasionar acidentes no trabalho. Consequentemente, nas Organizações, gera-se um ônus importante e grave, por permitir que o trabalhador tenha um comprometimento na quali36

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dade da sua alimentação, redução da sua concentração, queda na sua qualidade e na quantidade do sono, alteração no humor, fadiga, dificuldade de dicção e dor. Tudo isso devido à não implantação de uma política institucional séria, voltada à promoção de saúde bucal no meio laboral. As doenças bucais não podem ter uma abordagem desvinculada da saúde geral do indivíduo, pois poderão iniciar, e até mesmo perpetuar, doenças sistêmicas. Uma abordagem fragmentada em nada modificará o desconforto físico, emocional e os prejuízos à saúde geral do trabalhador, podendo levar a conseqüências graves no âmbito laboral. Dessa forma, o controle do absenteísmo por motivo odontológico deve ir além das medidas processuais, administrativas e assistenciais (curativas). Deve-se procurar envolver o trabalhador no processo, adotando políticas preventivas voltadas para o ambiente de trabalho e para o indivíduo, como: educação para saúde e exames periódicos. Uma abordagem preventiva e de promoção de saúde, juntamente com uma proposta assistencial, poderá garantir um aumento do potencial de produtividade e aumento da motivação do trabalhador e da imagem que esse tem da Organização. Um estudo sobre planejamento da promoção da saúde dos trabalhadores passa pelo delineamento do seu perfil, definindo estratégias para ações de Saúde Bucal. A possibilidade de melhoria na qualidade de vida de cada servidor é um importante passo a ser conquistado no serviço público.


Percepção e impacto da Saúde Bucal na qualidade de vida dos servidores públicos do CEFET-MG No segundo semestre de 2009, foi realizada uma pesquisa com servidores (ativos e efetivos) dos campi de BH, com a finalidade de medir o impacto dos problemas de saúde bucal em relação à Qualidade de Vida dos servidores. O instrumento utilizado foi o questionário OHIP-14 (Oral Health Impact Profile), que contém 14 itens que medem a frequência de impactos adversos causadas por condições bucais nos últimos 12 meses. Os 14 itens são subdivididos em sete dimensões conceituais.

As dimensões representam uma hierarquia de impactos que, crescentemente, comprometem aspectos da vida cotidiana (SLADE & SPENCER, 1994a). 1 Foi verificado, nessa pesquisa, que a maioria dos participantes (28%) tem renda média de R$ 1.669,00, 22,86% de R$ 927,00. As rendas médias R$ 2,804,00 e R$ 4,648,00 abrangem a mesma quantidade de entrevistados (21,9%). Quanto ao nível de escolaridade do chefe de fammília, 65% tem curso superior completo. Nesse universo estudado, 77,95% demonstraram uma autopercepção boa ou muito boa da saúde bucal. 88,33% demonstraram boa situação da dentição, com 80,31% apresentando extrema preocupação com a própria saúde bucal. Esses itens, juntamente com a renda média familiar, foram responsáveis pelo baixo impacto da saúde oral na qualidade de vida dos participantes, uma vez que a saúde bucal dos mesmos é reconhecida como muito boa. Esse contexto vem demonstrar uma boa condição da saúde bucal a ponto de não influenciar negativamente na qualidade de vida do universo estudado. 1

Segundo os dados, os métodos de higiene bucal com “escova de dente”, “fio dental” e “pasta dental” são utilizados com maior frequência pelos servidores (mais de 75% utilizam algum desses três métodos ou todos eles “sempre ou repetidamente”). O estilo de vida saudável em saúde bucal, apresentado por esses 75%, está associado à menor severidade do impacto e à melhor qualidade de saúde bucal. Pelos dados analisados, verificou-se que a preocupação com a saúde bucal esteve relacionada com a situação da dentição dos participantes. Os que apresentavam menor preocupação com a saúde bucal eram justamente os que possuíam a pior situação da dentição. É importante salientar que o ato de ofertar serviços assistenciais odontológicos, como os ofertados pelo SMODE, vem trazendo benefícios importantes em termos de saúde para o trabalhador no CEFET-MG. Dentre as pessoas que procuraram algum serviço odontológico nos últimos 12 meses, os profissionais do SMODECEFET foram um dos mais procurados, vindo ratificar a importância desse serviço no meio laboral. Diferentemente dos 82,9 % da população brasileira que não possuem acesso a cuidados bucais, os servidores do CEFET-MG podem se considerar privilegiados. Nunca é demais relembrar os cuidados que devemos ter na manutenção de nossa saúde bucal, sendo eles: escovar os dentes após as refeições - e também após o cafezinho entre amigos; usar sempre o fio dental – ele vai onde sua escova não alcança – você não toma banho e se esquece de lavar os pés, não é mesmo?- Devemos sempre estar atentos aos primeiros sinais de inflamação gengival: vermelhidão e sangramento. A atenção deve ser redobrada no auto-exame bucal para o diagnóstico precoce do câncer, procurando avaliação odontológica quando surgirem feridas na boca que não cicatrizam em uma semana, ulcerações superficiais com menos de 2 cm de diâmetro e indolores (podendo sangrar ou não), e manchas esbranquiçadas ou avermelhadas nos lábios, ou na mucosa bucal.

Dentistas, professores e pesquisadores na área de odontologia e saúde do trabalhador.

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Qualidade de Vida na Administração das Finanças Pessoais Erasmo Vieira (colaborador externo) Consultor em Finanças Pessoais

O tema Qualidade de Vida está sendo muito debatido atualmente. O que é necessário para se ter hoje uma boa qualidade de vida? Vários fatores interferem na qulidade de vida e, por consequência, no bom desenvolvimento do trabalho.

Se a Saúde Financeira Pessoal e Familiar não estiver bem, todo o resto é comprometido. Um funcionário pode sair de um programa de treinamento altamente motivado, porém, se, ao chegar a sua mesa receber uma ligação do gerente do banco, dizendo “o seu cheque especial está estourado”, a partir desse momento toda esta motivação estará comprometida.

Não se trata aqui de um planejamento para ganhar mais, e sim de um planejamento para aproveitar mais aquilo que estamos conseguindo gerar. Ganhar mais todo mundo deve querer, contudo não adianta ganhar mais se não souber gastar. Recebemos hoje, de todo lado, a pressão do consumismo: ligamos a televisão e podemos ver novelas em que só existem carros importados, viagem maravilhosas, roupas da moda e pessoas esbanjando dinheiro; ligamos a internet e podemos comprar qualquer coisa em qualquer lugar do mundo sentado de pijama na frente do computador; temos maravilhosos supermercados e shoppings centers onde a variedade e qualidade de produtos são maiores a cada dia; dentro da carteira carregamos talões de cheque especial e cartões de crédito (internacionais, sem nunca viajarmos ao exterior!).

Culturalmente, o brasileiro não reconhece a importância e a necessidade do planejamento financeiro, pessoal e fami-

Gastar dinheiro é muito fácil, pois praticamente não recebemos limites de gastos. Podemos escolher o produto e

Várias “Saúdes” têm que estar legal. A Saúde Mental, Física, Profissional, Social, Espiritual. Todos esses itens interferem na qualidade de vida dentro e fora da empresa, porém, se a pessoa já tiver tudo isso, não quer dizer que ela esteja em “ponto de bala”, pronta para qualquer desafio.

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liar. Isso é fruto de décadas de inflação, época em que realmente era muito difícil de se planejar alguma coisa. Porém, após o plano real, vivemos uma nova realidade. Independente de quanto ganhamos hoje, temos que aprender a viver bem e com qualidade de vida com a renda gerada.

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simplesmente passar o cartão na máquina... Todas as pessoas possuem um limite de gastos que é a renda. Contudo, além da renda, existem cheques especiais, cartões de crédito que lhe são oferecidos a todo momento, e, também, várias formas de financiamentos e compras a prazo que acabam por comer parte da renda, sem contar com o empréstimo consignado que faz seu salário diminuir. No momento em que você usa esses artifícios para alcançar algo, esse algo se torna mais caro, pois vem embutido com os famosos juros. Pergunto: alguém come juros, bebe juros, dirige juros, viaja juros? Então por que pagar juros? Será que vale a pena andar em carro do ano, ou com roupa da moda e, ao mesmo tempo, estar usando o cheque especial ou pagando o mínimo do cartão de crédito. Como está a qualidade de vida nesse momento. Quando alguém tem um padrão de vida material acima das reais possibilidades financeiras, certamente estará prejudicando a qualidade de vida, pois pode estar dormindo mal, com nervos alterados e até receber, de presente, uma úlcera ou uma gastrite. Temos a mania de colocar a culpa no governo que aumenta tudo, na empresa que paga mal, na esposa ou marido que gasta muito, mas, muitas vezes, nos esquecemos de nós mesmos. Mais de 90% das pessoas que possuem dívidas estão com elas devido à inexistência do planejamento financeiro.

O profissional de vendas, por exemplo, que recebe uma renda variável, tem obrigação de se planejar muito mais, pois em um mês pode faturar legal e, em outro, passar em branco. Só com bom planejamento financeiro pessoal e familiar é que os problemas e desafios da vida financeira serão vencidos. Vocês, servidores federais, têm garantido a data e o valor do seu rendimento. Isso é uma vantagem muito grande frente ao profissional citado acima. Essa garantia de data permite um planejamento melhor, agrupando o vencimento de suas contas mensais e cartões de crédito. Nesse ponto, muitos devem estar pensando: “mais meu salário não aumenta”. Isso ocorre, mas o importante para uma vida financeira organizada é você aprender a ter limites e gastos que seu salário comporta. Tenha sempre objetivos na sua vida, contudo esses objetivos devem estar dentro da sua renda. Pesquisa POF (Pesquisa do Orçamento Familiar) do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística mostra que 85% do brasileiros gastam mais do que ganham todos os meses. O que existe hoje é uma falta de educação financeira, que está prejudicando a qualidade de vida da pessoa e, com certeza, também a qualidade de vida e o futuro dos filhos. Saúde Financeira foi um dos temas trabalhados no Programa de Qualidade de Vida do CEFET-MG. Em abril, tivemos a primeira oficina sobre como organizar o orçamento, renegociar e eliminar dívidas e aprender a viver melhor com o dinheiro. Palestrante – Planilhar Planejamento Financeiro www.planilhar.com.br

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O CEFET-MG e a pesquisa Brasileira Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto - ELSA Profa. Dra. Sandhi Maria Barreto UFMG – Coordenadora do ELSA/MG Profa. Dra. Valéria Passos UFMG – Vice-coordenadora do ELSA/MG

Os servidores do CEFET-MG terão oportunidade de participar do ELSA – Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto – a maior pesquisa de saúde de longo prazo realizada na América Latina. O ELSA estuda as doenças crônicas do adulto, em especial as cardiovasculares e o diabetes. A pesquisa é financiada pelos Ministérios da Saúde e da Ciência e Tecnologia e desenvolvida por seis instituições de ensino e pesquisa no país – UFMG, USP, UFRGS, UFBA, UFES e FIOCRUZ. Neste momento apresentamos o ELSA e convidamos os servidores para participarem do estudo. No Brasil e no mundo, as doenças cardiovasculares e o diabetes tipo 2 atingem proporções epidêmicas e representam um enorme desafio para a saúde pública. Por que participar do ELSA? As pesquisas na área de saúde ajudam-nos a conhecer fatores que aumentam o risco dessas doenças, tais como o cigarro, colesterol alto, falta de atividade física, a pressão alta, dieta inadequada e aumento de peso. Esses estudos permitem também identificar marcadores biológicos, construir equações para estimar o risco dessas doenças e desvendar vários mecanismos biológicos implicados na evolução e prognóstico das mesmas. Entretanto pouco se sabe sobre as especificidades das doenças crônicas e de seus principais fatores de risco em países em desenvolvimento. No Brasil, há pouca informação sobre a incidência das doenças crônicas e seus fatores de risco, especialmente sobre a interação desses fatores com idade e a acentuada desigualdade social que caracterizam o país. O ELSA vem suprir essa necessidade e expressa um grande avanço das pesquisas em saúde no país. É o primeiro projeto multicêntrico de longo prazo no Brasil a pesquisar a influência de fatores sociais, biológicos, psicológicos e do modo de vida no desenvolvimento de doenças cardiovasculares e diabetes. No total, participarão 15 mil servidores 40

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dessas instituições, sendo três mil em Minas Gerais, lotados na UFMG e no CEFET-MG. A primeira fase da pesquisa começou em outubro de 2008 na UFMG. Atualmente, o ELSA já tem 2000 participantes na UFMG e mais de 12 mil no Brasil. Como é feito o estudo? Todos os participantes do estudo são voluntários. Os participantes assinam um termo de consentimento no qual a coordenadora do estudo se compromete a respeitar todos os aspectos éticos que envolvem os estudos com seres humanos, como, por exemplo, manter o sigilo das informações e preservar a identidade dos participantes. Os participantes do estudo são acompanhados por meio de entrevistas e exames médicos durante, pelo menos, dez anos. A participação no ELSA inclui duas etapas. Na primeira etapa, o servidor será contatado pela equipe de pesquisa no seu local de trabalho. Caso aceite participar da pesquisa, ele fará uma entrevista em que responderá a perguntas sobre seu cotidiano, alguns aspectos do seu trabalho e da sua saúde. Em seguida, ele receberá as orientações para se preparar para os exames da segunda etapa, que ocorre no Centro de Pesquisa ELSA, no Borges da Costa, anexo do Hospital das Clínicas da UFMG, na avenida Alfredo Balena, nº 190. Durante cerca de seis a sete horas, tempo que permanece no Centro de Pesquisa, o participante fará novas entrevistas e realizará vários exames – laboratoriais, antropometria, eletrocardiograma, ecocardiograma, retinografia e ultrassonografia, entre outros. Para que possam realizar os diversos procedimentos médicos e entrevistas da segunda etapa, os servidores, após análise, serão dispensados de suas atividades no dia dos exames. Os resultados dos exames realizados serão entregues aos participantes em até dois meses de sua realização. Como o estudo é de longo prazo, anualmente, a equipe do ELSA fará contato telefônico para atualizar informações sobre a saúde dos participantes. Além disso, a cada três anos, todos retornam ao Centro de Pesquisa para realizar novos exames e entrevistas.


Como participar? O servidor que deseja tornar-se um voluntário ELSA pode entrar em contato com a Equipe ELSA por e-mail, telefone ou preenchendo uma ficha que está disponível em nosso site. Pode ainda ficar atento às visitas da equipe ELSA em sua unidade, departamento ou órgão. O calendário de visitas será divulgado com antecedência. A ida da

equipe ELSA ao CEFET/MG está prevista para a terceira semana de abril. O telefone de contato do ELSA é 3409-9140. E-mail: elsamg@ufmg.br Site do ELSA Brasil: www.elsa.org.br

Exame de ecocardiograma no Centro de Pesquisa ELSA-MG

Coleta de sangue no laboratório no Centro de Pesquisa ELSA-MG

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Dois lanches são realizados durante os exames no Centro de Pesquisa ELSA-MG

A importância das doenças crônicas na atualidade As doenças crônicas são a principal causa de adoecimento e morte no Brasil. Além disso, essas doenças pioram a qualidade de vida e comprometem o orçamento já pequeno das populações mais pobres e mais acometidas por elas. No conjunto, essas doenças respondem pelos maiores gastos com atenção à saúde no Sistema Único de Saúde e de Saúde Suplementar. As doenças cardiovasculares, diabetes, neoplasias, doenças respiratórias crônicas e doenças músculo-esqueléticas respondem por cerca de 75% dos gastos com internações hospitalares no SUS. O crescimento das doenças crônicas está associado, em grande parte, ao envelhecimento populacional no país e no mundo. O envelhecimento populacional representa uma vitória dos homens, mas também um desafio para o sistema de saúde de todo o mundo. No Brasil, segundo o IBGE, a esperança de vida ao nascer aumentou quase dez anos em 25 anos, sendo igual a 68,2 anos para homens e 75,8 anos para as mulheres em 2005. Projeções para os próximos quinze anos estimam que o número de idosos dobrará de tamanho no país. Entretanto a maior expectativa de vida da população, se não acompanhada de investimentos na promoção da saúde dos indivíduos, pode resultar em aumento de anos vividos com doenças crônicas e incapacidades. Dentre as doenças crônicas, as doenças cardiovasculares são responsáveis pelas maiores taxas de morbidade e mortalidade mundiais e têm sido alvo de inúmeras investigações por atingirem grandes contingentes populacionais, além de 42

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representarem elevados custos sociais e econômicos. No Brasil, as doenças cardiovasculares, que inclui o infarto e o acidente vascular cerebral, são a principal causa de óbito. Elas se destacam ainda por ocorrerem em idades mais precoces do que nos países desenvolvidos. Em 2006, essas doenças mataram cerca de 300 mil pessoas, quase 30% do total de óbitos registrado. Cerca de 43% desses óbitos acometem adultos nas faixas etárias de 30 a 69 anos, em plena idade produtiva. A mortalidade prematura em adultos e as incapacidades parciais ou totais resultantes das doenças cardiovasculares têm importantes repercussões na qualidade de vida dos acometidos, na sua rede social e nos sistemas de saúde. O crescimento epidêmico da obesidade e do sobrepeso no mundo é hoje um dos maiores desafios para a prevenção da epidemia de doenças crônicas não transmissíveis, em especial do diabetes tipo 2. Em menos de duas décadas, a prevalência de obesidade dobrou, ou mesmo triplicou, em várias partes do mundo, e parece estar crescendo mais aceleradamente em crianças. Em algumas partes da Europa, como em certas regiões da Itália, a obesidade chega a atingir 36% das crianças. O crescimento da obesidade em crianças, se não revertido, levará fatalmente ao incremento precoce do diabetes tipo 2 e das doenças cardiovasculares. No Brasil, os resultados da Pesquisa de Orçamento Familiar realizada em 2002-2003 revelaram um crescimento acelerado do excesso de peso. Em 30 anos o excesso de peso e a obesidade (Índice de Massa Corporal – IMC – superior a 25 Kg/m2) em adultos passaram de 16% para 41%


Realização do exame de retinografia (foto da retina)

entre os homens e de 29% para 40% entre as mulheres. A obesidade nos dois sexos (IMC maior que 30 kg/m2) cresceu de 9% para 13%. O excesso de peso concentra-se mais nas áreas urbanas, onde reside cerca de 80% da população, e é menor nas regiões Norte e Nordeste. O diabetes é considerado um problema de saúde pública na maioria dos países do mundo.

No Brasil, acredita-se que dez milhões de pessoas tenham diabetes e cerca de 90% desses indivíduos sejam portadores do diabetes tipo 2. O impacto do diabetes está no fato de que a maioria de suas complicações é altamente incapacitante para a realização das atividades diárias e produtivas. Entre 1990 e 2006, a mortalidade atribuída diretamente ao diabetes cresceu 47% no país.

A importância do contexto social e ocupacional Fatores de risco como a obesidade ou o fumo, apesar de extremamente importantes, mostram apenas um lado do adoecimento populacional dos adultos. Pesquisas realizadas nos países desenvolvidos demonstram que fatores sócioculturais e econômicos influenciam o risco e a evolução das doenças crônicas ao longo da vida adulta. Estudo com funcionários públicos ingleses (Whitehall Study II) mostrou que quanto menor o nível sócio econômico, maior o risco de doenças coronarianas. Mostrou, ainda, que este risco varia com a hierarquia social, ou seja, pessoas em posições menos valorizadas na escala social também têm mais risco de adoecer e morrer por doenças cardiovasculares. Uma relação similar também existe na relação entre posição social e incidência de diabetes que não pode ser explicada por fatores comportamentais de risco. O papel de variadas fontes de estresse psicossocial também tem sido pauta dos estudos internacionais sobre as doenças crônicas dos adultos. Neste particular, destacam-se como fontes de estresse psicossocial as experiências de discriminação ra-

cial e violência e as más condições de trabalho. A vizinhança, ou seja, a qualidade de vida do ambiente social nas proximidades de nossa casa, também parece ter importante influência, por exemplo, no desenvolvimento da síndrome metabólica, uma condição de saúde implicada no complexo processo de desenvolvimento do diabetes tipo 2 e das doenças cardiovasculares. As descobertas do ELSA ajudarão a sociedade e os profissionais da saúde a compreenderem melhor os graves problemas de saúde que afetam a população brasileira e poderão orientar ações preventivas e de controle destas doenças. Por isso contribuir para o ELSA é tão importante: faz bem à saúde de todos. Por entendermos que o ELSA contribuirá para o avanço do conhecimento científico sobre a saúde da população brasileira e para a prevenção e controle das doenças crônicas no país e no mundo, convidamos você, servidor do CEFET-MG, ativo ou aposentado, com idade entre 35 e 74 anos, a participar do estudo.

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Colônia de férias

PQV: 4 anos estimulando atitudes de qualidade para sua saúde

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Profa. Dra. Marina Pereira Padula Profa. Fernanda Rocha Wenceslau (colaboradora externa) Programa Qualidade de Vida - CGDRH

como é de costume desta direção, foi avaliada e acolhida pela CGDRH. Assim “nasceu” o projeto que resultou no PROGRAMA QUALIDADE DE VIDA (PQV).

Em 2005, foram direcionadas à Diretoria do CEFET-MG o retorno das atividades físicas que ocorriam, por iniciativa do Departamento de Educação Física, no Campus I. Os pedidos ressaltavam os benefícios advindos das atividades, tais como: melhor disposição para o trabalho, diminuição de problemas de saúde e maior integração entre servidores. No ano seguinte, com os mesmos argumentos, alguns servidores participantes da página de debate “fala cefet” sugeriram um programa de qualidade de vida. A proposta,

Valorizar a saúde integral do servidor, em suas diferentes dimensões, com ações que promovam a prevenção de doenças e atuem na melhoria da qualidade de vida, passou a ser meta do PQV.

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O programa tem como atividades regulares a yoga, às segundas e quartas 7:30 (Campus II), 14:30 e 18:30 (Campus I) e a oficina de consciência corporal/ginástica localizada às segundas e quartas às 17:15 e terças e quintas às 8:00.


Dança de salão

São oferecidas, também, atividades em forma de oficinas, que ocorrem conforme a demanda. Em 2010 estão previstas: pintura em tela, culinária, etiqueta, artes marciais, tai chi chuan, percussão, xadrez, terapias alternativas, cerâmica, samba, forró. Em andamento, há a oficina de “Qualidade de vida e gestão das finanças” (até 27 de abril) e, também, oficina de tango – até o dia 13 de maio. No PQV ocorrem, ainda, eventos anuais como a Festa da Unidade, realizada em parceria com a ASCEFET, desde 2006. Nessa festa, habitualmente em outubro, comemoramse o Dia do Professor, Dia das Crianças e Dia do Servidor Público. A colônia, em sua segunda edição, acontecerá no período de 19 a 23 de julho. Nesse evento, a principal meta é a diversão das crianças. Os filhos dos servidores têm a oportunidade de desfrutar momentos de lazer e de aprendizagem na Instituição. O programa tem hoje quase quatro anos de implantação e

apresenta resultados expressivos, pois o número de participantes foi quadruplicado. O desafio atual é implantar e manter o PQV nos diversos campi da Instituição. Ao longo desse tempo, o PQV contou com vários colaboradores, aos quais a coordenação do programa e a CGDRH agradecem, dentre eles: Pedro Henrique da Silva Neves, João Carlos Fernandes, Janice Pires, Isabella Lopes Bonisson Silva, Ana Carolina Soares Ferreira, Maria Adircila Starling Sobreira, Cláudio Roberto Vieira Ferreira, Lara Maria de Moura Melo, Marina Guedes Costa e Silva e Erasmo Vieira. Agradecem ainda a todos os participantes, às Coordenações de Educação Física e de Artes do CEFET-MG, à Caixa Econômica Federal, à Fundação CEFETMINAS e, em especial à ASCEFET, pelo constante apoio. Todos estão convidados a acessar o sítio do PQV e acompanhar as atividades propostas. www.cgdrh.cefetmg.br/site/sobre/pqv.html

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Os rumos nacionais da política de saúde do servidor público federal e o CEFET-MG Regina Rita de Cássia Oliveira Assistente Social – Mestre em Administração Pública Coordenadora da CGDRH

Pensar o novo, resignificar, ousar, avançar em direção ao futuro, ao projeto de instituição moderna, com o pilar na sua história é proposta do jovem e centenário CEFET-MG. Buscar o seu espaço, sua identidade institucional é um dos muitos desafios da recém-criada Coordenação Geral de Desenvolvimento de Recursos Humanos (CGDRH). A proposta era reestruturar a área de recursos humanos e incorporá-la na estrutura da Diretoria de Planejamento e Gestão, juntamente com o setor médico. Essa nova estrutura significou uma clara mudança de paradigma da Instituição ao priorizar a saúde dos servidores, uma vez que, em função das questões legais, esses servidores passam, pelo menos, trinta anos de suas vidas promovendo a educação pública de qualidade. Esse novo formato de funcionamento beneficiou, também, os alunos que não deixaram de ser atendidos no Setor Médico Odontológico e de Enfermagem.

Após seis anos de funcionamento, podemos afirmar que, efetivamente, o CEFET-MG trabalhou na reestruturação da área de recursos humanos. Os profissionais da CGDRH tinham o desafio de construir a credibilidade da área, dissociar os projetos inerentes ao desenvolvimento de recursos humanos da estrutura da área de pessoal e implantar um trabalho multidisciplinar contemplando os aspectos biopsicossociais da vida funcional do servidor. Paralelamente a esse movimento interno, houve uma ação direta do Governo Federal na área de gestão de pessoas, especialmente em relação à saúde, para os servidores do poder executivo. As políticas propostas pelo governo são articuladas e abrangem desde a promoção até o controle dos afastamentos e o sistema de perícias. A Secretaria de Recursos Humanos/MP, órgão central da área de recursos humanos do Governo Federal, tem hoje um novo olhar para os órgãos, e, uma tentativa de aproximação das políticas propostas com as demandas dos servidores. Buscam-se programas voltados para a saúde desse servidor enquanto trabalhador público, o que pode ser comprovado com a instituição dos exames periódicos, e a proposta do SIASS – Subsistema de Atenção à Saúde do Servidor. Desse projeto, constam três grandes eixos: assistência, perícia, promoção e vigilância à saúde. O eixo da assistência é a saúde suplementar e


o SUS, portanto os serviços de saúde existentes nos órgãos devem direcionar a sua ação para a perícia, promoção e vigilância. A proposta da SRH/MP é levantar informações epidemiológicas por meio da informatização dos serviços, inter-relacionando os três eixos, com o trabalho conjunto e integrado das equipes multidisciplinares e as equipes de avaliação dos locais de trabalho considerando os ambientes e as relações de trabalho. Essa proposta possibilita o conhecimento da realidade da saúde dos servidores lotados nos mais diversos órgãos espalhados pelo país. A proposta do Governo Federal é uma inovação, especialmente por assumir a importância da promoção e da vigilância, entretanto a expectativa da nossa comunidade interna é que o setor médico funcione como uma unidade de pronto-atendimento e marcação de consultas médicas de rotina, contrariando as orientações da SRH/MP. Numa tentativa de quebrar esse paradigma, a CGDRH/SMODE está realizando um trabalho para mudar essa imagem e avançar na transformação do setor de saúde do CEFETMG numa das unidades de referência do SIASS em Belo Horizonte, maximizando os seus recursos e atendendo, de forma inovadora e eficiente, o seu público alvo. A CGDRH, mais que um projeto de gestão, é um projeto de instituição, em consonância com a administração pública brasileira, que avança para a profissionalização e a modernização. O objetivo desse esforço é melhorar a gestão e, conseqüentemente, prestação de serviços públicos com qualidade. Podemos afirmar que houve um avanço significativo, tanto interno como no contexto do Serviço Público Federal, mas essa CGDRH tem novos desafios especialmente com a construção da Política de Atenção a Saúde proposta pelo Governo Federal.

A equipe multidisciplinar do SMOdE é atualmente composta por médicos, odontólogos, assistentes sociais, psicólogos, técnicos e auxiliares em enfermagem e atendentes de odontologia. As ações: • plantão de enfermagem para acolhimento à pequenas urgências, encaminhamento dos casos de maior complexidade às unidades de referência, aferição de sinais vitais, medidas antropométricos e glicemia capilar; • agendamento de consultas para exame admissional, perícias médicas para os casos de afastamento por doença ou atestados de aptidão ( Junta Médica Oficial e perícias singulares); • campanhas sócioeducativas, de vacinação e de saúde bucal; • visitas domiciliares e hospitalares em caso de internação, emergências e perícias (por indicação da equipe de saúde); • tratamento odontológico, com inscrições no 1º mês de cada semestre; • orientação psicossocial; • promoção da saúde e qualidade de vida no trabalho; • participação em equipe de vigilância (análise dos ambientes de trabalho, de insalubridade e periculosidade). SMOdE – Campus I – sala 217 Tel.: 3319-7092 / 3319-7094


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