Mies Van Der Rohe | Um arquiteto, uma cidade e uma obra

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UM ARQUI T ET O,UMACI DADEEUMAOBRA





Í NDI CE . PREF ÁCI O

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. I NT RODUÇÃO

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. O ARQUI T ET O MI ESVANDERROHE Avi dadoar qui t et o I ní ci o de s ua r el ação com a ar qui t et ur ae pr i mei r asi nf l uênci as A Pr i mei r a Guer r a e s eus ef ei t os na t r agr et ór i apr of i s s i onal doar qui t et o O pont odevi r ada Mi eseaBauhaus Monument al i z açãodat écni ca

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MI ESCOMO ART I S T AVI S UAL

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CRONOL OGI ADOSPRI NCI PAI SMOBI L I ÁRI OS

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L I L L YREI CH At r aget ór i adeumades i gnermoder ni s t as Ques t i onoff as hi on Deut s cherWer kbund T empor adadeex pos i ções At uação de L i l l yRei ch na ex pos i ção “Di e Wohnung” Mobi l i ár i o

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. ACI DADE BARCEL ONA Ahi s t ór i adeBar cel ona Pl anour baní s t i co Cat al unhaàf r ent edaEs panha Aut onomi aCul t ur al

63 66 68 70 71 72 88 90

Cami nhandopar aai ndependênci a Ex pos i çõesUni ver s ai s

92 94 104 106 107 107

. AOBRA PAVI L HÃO DAAL EMANHA Cont ex t o El ement osdopr oj et o ANÁL I S EPROJ ET UALDO PAVI L HÃO Pl ant a Ci r cul ação Mat er i al i dade

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DET AL HESPROJ ET UAI SECONCEPÇÃO

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ES T RUT URA

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I NF L UÊNCI ASPROJ ET UAI S DeS t i j l

130 130

RECONS T RUÇÃO BARCEL ONA

DO

PAVI L HÃO

DE

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. PROJ ET OSS EL ECI ONADOS WEI S S ENHOF S I EDL UNG

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CAS AT UGENDHAT

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CAS AF ARNS WORT H

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. MAQUET EF Í S I CA

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. CONCL US ÃO

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. REF ERÊNCI ASBI BL I OGRÁF I CAS

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PREF ÁCI O A pr es ent emonogr af i a épr odut o de um ex er cí ci o da di s ci pl i na I AU0754-T eor i aeHi s t ór i adaAr qui t et ur a e do Ur bani s mo Moder nos I I , mi ni s t r ada pel osdocent esPaul o Y. F uj i okaeT omásA.Mor ei r anoI ns t i t ut o de Ar qui t et ur a e Ur bani s mo da Uni ver s i dadedeS ãoPaul o,cuj opr odut of i nals ees per avaex porum t r abal ho s obr e:“ Um ar qui t et o,uma ci dadeeumaobr a” . S er áex pos t aat r aj et ór i adavi dade Mi esvanderRohe,t ant onapes s oal quant o na pr of i s s i onal ,as s i m como umas ér i edeanál i s escom um mai or f oco s obr e a obr a es col hi da ( Pavi l hão da Al emanha) ,al ém de out r as obr asde gr ande i mpact o em s ua car r ei r a.S er á ex pl or ado a at uação deMi est ant onocampoar qui t et ôni co quant o no campo de des i gn, ondeel eut i l i z avades eusmobi l i ár i os par a comporoses paçosde s uas obr as .Ademai s ,s er á ex pos t oa f or mação da ci dade de Bar cel ona, pas s andopel oss euspl anosur baní s t i cose asi nf l uênci asdasex pos i ções Uni ver s ai squeocor r er am em 1888e em 1929na ci dade,s endo que f oi nes t aúl t i maqueoPavi l hãof oicons t r uí do. Dur ant eael abor açãodamonogr af i af oides cober t a a at uaçãode L i l l yRei ch,umaf i gur aquepormui t as vez es es t eve em s egundo pl ano,

masque t r abal hou at i vament e em conj unt o com Mi esna el abor ação de s eusmobi l i ár i os e t ambém,em al gunscas os ,na mat er i al i dade de s uasobr as .Vi us e ent ão,a neces s i dade de não s oment e ex pl or ar s obr e o ar qui t et o,mass i mt ambém s obr eL i l l yRei ch,pas s ando pel as ua f or mação,a s uasi nf l uênci asna comuni dademoder ni s t a.

I magem 1:Mi esvanderRohe I magem 2:L i l l yRei ch 06|07



I NT RODUÇÃO A ar qui t et ur a, di f er ent ement e, dasdemai sar t es ,é condi ci onada, não s oment e por s eus mei os de pr odução e r epr odução, mas t ambém poragent esex t er nosael a. O des envol vi ment o ur bano é uma des s ascondi ci onant es-e como o pr ópr i ot er moex pr es s a-aci dades e t r ans f or maecr es ce,ej unt oael a,a ar qui t et ur a s e mani f es t a. Es s a condi çãopormui t ot empol i mi t oue des es t abi l i z ou ambas , com o s ur gi ment o das i ndús t r i as , a as cens ão da bur gues i a, a i mper at i vi dade cons umi s t a, o pós guer r a, et c. A ar qui t et ur a moder na vei o por mei o da r aci onal i dade da f or ma e do mat er i al ,e da r aci onal i z ação dos mét odos de cons t r ução, s upr i ra neces s i dade de uma ar qui t et ur a com um i deal ant i hi s t ór i co, coni vent e com o pr es ent ees uas ex i gênci as . A dol or os aes ombr i a her ança dei x ada pel a Pr i mei r a Guer r a Mundi alconduz i u mui t ospaí s esao col aps o econômi co e pol í t i co, dent r e es t es , a der r ot ada Al emanha.O ans ei o pel o novo,na t ent at i va de s uper aro pas s ado e s uasmar cas ,pos s i bi l i t a a as cens ão de Mi es Van der Rohe e o des envol vi ment o de uma nova l i nguagem ar qui t et ôni ca.De

neocl as s i ci s t a à ex pr es s i oni s t a,Mi es éi nf l uenci adopordi ver s ascor r ent es e movi ment os ar t í s t i cos ,e s eus r es pect i vos i nt egr ant es , at é des envol ver s eu pr ópr i o es t i l o, car act er i z ado por l i nhas pur as e s i mpl es . Dent r es uasobr as ,f oi es col hi doo Pavi l hão da Al emanha em Bar cel ona par a uma anál i s e mai s apr of undada, devi do à s ua i mpor t ânci a par a o movi ment o moder no, s eu s i gni f i cado no cont ex t o ent r e guer r asmundi ai se s ua ex pr es s ão de uma nação r ei nvent ada em uma ci dade com um dosmai or escent r osur banosda Eur opanocomeçodos écul oXX.Na bus ca pel a i nt egr ação da ar qui t et ur a, da i ndús t r i a e do ar t es anat o, O Pavi l hão de Bar cel ona empr ega, at r avés da pr eci s ão e r egul ar i dade, novos mat er i ai spr ocedent esdepr oces s os i ndus t r i ai s ,como o aço e o vi dr o, j unt ament e com mat er i ai snat ur ai s , concebendo um dospr oj et osmai s i mpact ant es par a a ar qui t et ur a moder na. Ent r et ant o,Mi esnão deve s ero úni co a r ecebercr édi t ospel a obr a. L i l l y Rei ch, des i gner moder ni s t a al emã,at uou no des i gn i nt er no do Pavi l hão, pos s ui ndo aut or i a s obr e el ement osdeci s i vosdopr oj et o. 8|9














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L I L L YREI CH A T RAGET ÓRI A DE UMA DESI GNER Beher ns ,que s et or nar am col egas MODERNI ST A de t r abal ho pos t er i or ment e.J á em 1911,enquant o ai nda es t udava na L i l l yRei chnas ceuem Ber l i m,em Di e höher eF as hs chul ef ürDekor a16dej unhode1885.Recebeuuma t i ons kur z ,f oicont r at ada par a pr oeducaçãot r adi ci onalpar ameni nas j et aro des i gn i nt er i orde mai sde da s ua cl as s es oci al ,e s e gr aduou t r i nt aquar t ospar aum Cent r odaJ u em uma es col a f emi ni na at é os vent ude no Yout h Cent er .Um ano dez enove anos .L i l l yRei chnão t eve depoi s ,el at ambém f oir es pons ável um t r ei nament of or malex t ens o,s ua porum quar t o de uma f amí l i a de f or mação bas ei as e na pr át i ca do oper ár i o e duas l oj as par a a ex t r abal ho na ár ea de des i gn e ar - pos i çãoDi eF r aui nHausunsBer uf .O qui t et ur a.S egundoaf amí l i adeL i l l y, apar t ament odever i at ers i doex pos em 1908 el a es t udou no Wei ner t o no Ber l i ner Gewer ks chaf t s haus , Wer ks t ät t e com J os ef Hof f mann, masacabou i ns er i do no Deut s che masai nda não f or am encont r ados L yceumkl ub, um cl ube al emão document os que conf i r mem es s a pr of i s s i onal par amul her es . par t i ci pação. Nocat ál ogodaMul herem Cas a Wi enerWer ks t ät t eer am Of i ci nas enoT r abal ho,osquar t ospr oj et ados deAr t eseOf í ci osf undadasem 1903 porRei chf or am car act er i z adospel a por J os ef Hof f mann e Kol oman s i mpl i ci dade,pr eço moder ado,adMos er ,com aux í l i of i nancei r odeF r i t z equação e que apr es ent avam o Waer ndor f er ,um gr ande i ndus t r i al mat er i alde f or ma s i mpl es e conda época.Es s asof i ci nasbus cavam f or t ável .Noent ant o,oscoment ár i os uni rut i l i dade e qual i dade es t ét i ca, docr í t i coPaulWes t hei m,publ i cado al ém de uma r enovação nasar t es em uma r evi s t a da época,f or am ar t es anai s ,ous ej a,pr oduz i rar t es annegat i vos ,af i r mandof al hasdei nabat os de al t a qual i dade par a us o i l i dade ar qui t et ôni ca de L i l l y Rei ch. cot i di ano. N o e n t a n t o , p e l a f a l t a d e d o c u me nAoi ngr es s arnaDi ehöher eF as ht o s c o m r e g i s t r o s f o t o g r á f i c o s d o t r a s chul ef ürDekor at i ons kur z( T he adb a l h o , n ã o é p o s s í v e l c o n f i r ma r t a i s vanced T r ade S choolofDecor at i ve gument osoudet er mi nars et ai s Ar t ) ,t evecont at ocom ospr i nci pai s ar nomesdes s aes col a,comoHer mann Mut hes i usePet er

I magem 44:F ot ogr af i a de L i l l yRei ch:Bauhaus Ar chi v,Ber l i n.F ot o:G.Engel har dt .

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I magem 45:L i l l y Rei ch ( des i gner ) ,j aquet a acol choada,x ant ungueamar el o,1926.El s e Hof f mann, “Von Wäs che und Kl ei der n, ” Neue F r auenkl ei dung und F r auenkul t ur22, no.2( 1926) :40,f i g.18. I magem 46:L i l l yRei ch( des i gner ) ,ves t i dode manhã,t eci do cr epe de l ã br anca com mangasbor dadas ,926.El s eHof f mann,“Von Wäs che und Kl ei der n, ” Neue F r auenkl ei dung und F r auenkul t ur22,no.2( 1926) :41, f i g.21. I magem 47:L i l l y Rei ch ( des i gner ) ,ves t i do, ner vur asdel ãmar r om,1926.F .S . ,“Angel i ka an Ur s ul a, ” Neue F r auenkl ei dung und F r auenkul t ur22,no.1( 1926) :7,f i g.8.

f r aquez as af i r madas er am um padr ãodecr í t i caquei ncapaci t ava amul hernapr át i cadaar qui t et ur a. Em 1912,L i l l yf oiconvi dada a i ngr es s ar na Deut s cher Wer kbund ( “Uni ão Al emã do T r abal ho” )– as s oci ação de ar qui t et os ,ar t i s t ase empr es ár i os ,f undada em 1907 por doz e ar t i s t ase doz e empr es as ,que bus cavam mel hor ar a qual i dade dos pr odut os i ndus t r i al i z ados na Al emanha,e a ação s e es t ender i a deobj et osdocot i di anocomouma al mof ada, at é o ur bani s mo. Em 1914, f oi or gani z ada a pr i mei r a gr ande mos t r a da pr odução em Col ôni a,que cont ou com gr andes i nves t i ment os ,a f i m de ex por o pr ogr es s oal emão,com aobr ade48 ar qui t et osde gr ande r el evânci a da Al emanhaedaÁus t r i a,comoWal t er Gr opi us e Meyer , e Br uno T auer . Rei chal ém umadasor gani z ador ae cor r es pondent esda ex pos i ção,el a f oi umadasr es pons ávei spel a“Haus derF r au”( “Cas a da mul her ” ) ,j unt o a Anna Mut hes i us e El s e Oppl er L egband.Apes ardaf al t ade r egi s t r os des s a ex pos i ção, a par t i ci pação à f r ent e des s e event o t evegr andei mpor t ânci anacar r ei r a de L i l l y, ao apr ender na pr át i ca s obr eor gani z açãodeex pos i çõesde gr andepor t e,al ém deampl i ars eus cont at oscom ospr i nci pai spr of i s s i o-

nai sdaar qui t et ur aedes i gn.Com o anúnci odaPr i mei r aGuer r aMundi al , a ex pos i çãot eves euf i mr epent i no, não al cançando o r es ul t ado des ej ado.Com a r eal i z ação da 7ª As s embl ei a Anual do Deut s che Wekbund, i ni ci ous e a di s cus s ão s obr eapadr oni z ação,quet i nhade um l ado Her mann Mut hes i us , def endendo a neces s i dade de padr oni z ação na ar qui t et ur a e nas ar t esapl i cadas ,e do out r o Henr y Van de Vel de, que def endi a a i ndi vi dual i dade ar t í s t i ca,cont r ár i oa padr oni z ação. O cont ex t o da Pr i mei r a Guer r a Mundi alcont r i bui u par a que as i dei as de Mut hes i us ganhas s e f or ça e f os s e mai s di f undi da. Dur ant e a Pr i mei r a Guer r a Mundi al ,a Deut s che Wer kbund f oi uma daspoucasor gani z açõesque mant i ver am s uas at i vi dades , pr ovavel ment e pel o apoi o do gr ande empr es ár i o Rober t Bos ch. Di ant et alcont ex t o,a as s oci ação pas s ou a t er um cunho mai s pol i t i z ado,mai sengaj ado com as caus asnaci onai s .A bus ca poruma pr oduçãoal emã deal t a qual i dade vol t ous e par a a bus ca de uma pr odução i ndependent e dosout r os paí s es .


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QUEST I ONOFF ASHI ON

DEUT SCHERWERKBUND

Em 1915,f oir eal i z ada a Wer kbund’ s As s oci at i on ost he Ger man F as hi on, com adi r eçãodeL i l l yRei ch,evi denci ando s ua apr ox i mação com a moda.O obj et i vo des s e des f i l e er a ex al t aropat r i ot i s moer es s al t arai ndependênci a da moda al emã f r ent e ospaí s eses t r angei r os ,pr i nci pal ment edal endadosat el i er spar i s i ens es . A par t i r des s e moment o, com a di mi nui ção dasex pos i ções devi do a guer r a,L i l l ys e dedi ca ao des i gnder oupasemobi l i ár i os .

Em 1923,a As s oci ação de Ar t es õesnomeouRei chpar aocons el hodaWer kbundHous e,queapar t i r de 1924 t r abal hou com Rober t S chmi dteRi char dL .F .S chul znaes col ha e di s pos i ção de obj et os .Os obj et oses col hi doss er i am t ant oi n dus t r i as como ar t es anai s , com gr andecont r ol edaqual i dadeede s ua ex i bi ção. Al ém di s s o, Rei ch t ambém par t i ci poudaF ei r aI nt er naci onalcomo des i gnerna Ex hi bi t i on Des i gnandF as hi ondo

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Wer kbund’ s At el i er .T ambém em 1924,aEx pos i çãoDi eF or mf oior gani z ada em S t t ut gar t ,s endot r ans f er i dapar aF r ankf ur t ,eL i l l y,j unt ament e com Kr amereS chmi dt ,or gani z ar am amont agem daex i bi ção.Dent r eas al t er ações pr opos t as por Rei ch, es t ava a pr opos t a de uma s al a pr ópr i apar aaBauhaus ,quehavi am envi adoobj et osdecer âmi caemet al ur gi aemobi l i ár i os .S egundocar t as t r ocadasent r e Gr opi use Rei ch,a úni ca ex i gênci a er a que osobj et os f os s em mont adosem f i l ei r a,s epar a doscompl et ament eent r es i ,ous ej a, dezl uz esl adoa l ado.Apes ardes s a ex i gênci a,pel osdocument os ,ex i s t i a uma l i ber dade par a que Rei ch t omas s edi ver s asdeci s õess oz i nhas ,f az endo com que s uasi dei aspudes s em s erbem ex pr es s as nes s a ex i bi ção. T EMPORADADEEXPOSI ÇÕES O anode1926mar coua vi r ada em s ua vi da pr of i s s i onal ,com a ex i bi ção Von derF aberz um Gewebe ( F r om F i bert oT ex t i l e) ,na F ei r aI nt er naci onal deF r ankf ur t ,queconf i r mou oi nt er es s e de Rei ch com moda, al ém de ex pandi rs ua cr es cent e r ededecont at osnanes s ai ndús t r i a. Nes s epont o,s uacar 48

r ei r aj áes t avacons ol i dadacom s ua ex per i ênci a como or gani z ador a de ex pos i ções ,des i gnerel í derdaWer kbund.Nes s aex pos i çãoel aapr es ent oupel apr i mei r avezopr oces s oeo mat er i al comoes s ênci ades uai ns t al ação,e não mai s como apenas compl ement os do pr odut o. Al ém di s s o,pel apr i mei r avez ,el aes col heu a mat ér i a pr i ma manuf at ur a,e não o mat er i alem s eu es t ado nat ur al , como a f or ma des ej ada,s et or nando uma car act er í s t i ca em t odasas s uasf ut ur asex pos i ções . O anos egui nt et ambém pos s i bi l i t ou uma gr ande pos s i bi l i dade par a L i l l y,com anovaex pos i çãodaWer kbund chamada Di e Wohnung ( T he Dwel l i ng) ,em queagr andeat r ação s er i aaWei s s enhof s i edl ung( Wei s s enhofHous i ng S et t l ement ) ,s uper vi s i o nadoporL udwi gMi esvanderRohe. Es s ef oi opr i mei r ocont at opr of i s s i onaldi r et oent r eL i l l yRei cheMi esVan derRohe.O obj et i voer af az eres s aa mai orex pos i ção de r epr es ent ação daar qui t et ur amoder na,epar ai s s o, f or am i ncl uí dosuma s el eção de ar qui t et os i nt er naci onai s e a nomeaçãodeL i l l yRei chent r eosor gani z ador es do event o.I ni ci al ment e, Mi esVanderRohe f oiconvi dado a f az erodes i gndos


l ayout sdoses paços ,masem abr i l de 1927, el e apont a L i l l y par a es s a f unção,pel o ent endi ment o dosobj et i vos do movi ment o moder no e pel ost r abal hosant er i or es ,em es peci al pel a“Hous eofWoman”e“F r om f i bert ot ex t i l e” ,s endoes s aapr i mei r a col abor açãoent r eMi eseL i l l y Com ogr andes uces s odes s aex pos i ção,aor et or nar em par a Ber l i m, Mi eseL i l l ycons ol i dar am pos i çõesde r el evânci a em s euscamposdeat uação,Mi esal cança

s uces s oi nt er naci onal naar qui t et ur a eL i l l yampl i as uaat uaçãonacomuni dademoder ni s t ai nt er naci onal .As i dei as des envol vi das em S t t ut gar t f or am apl i cadasem s uasduaspr óx i mas col abor ações , a pr i mei r a, o “Caf éS amtunsS ei de”( Vel vetund S i l kCaf é) ,de 1927,e a s egunda,o Pavi l hãodaAl emanhanaEx pos i ção I nt er naci onal deBar cel onade1929. Não f or am encont r adosdes enhosdo des i gn do “Caf éS amtuns S ei de” ,masf ot ogr af i asmos t r am

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I magem 48:L udwi g Mi esvanderRohe em 1933com L i l l yRei ch. I magem 49:Caf éS amt& S ei dedeMi esvan derRoheeL i l l yRei ch,Ber l í n1927.

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I magem 50: F ot ogr af i a do Pavi l hão de Bar cel ona. I magem 51:T ugendhatHous e –Pr oj et o de Mi escom i nt er i or esf ei t o em col abor ação com L i l l yRei ch.

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que o caf éf oiconf i gur ado por pequenoses paçosquef l uem ent r e s i ,ao s er em def i ni dosporcor t i nas pr et as ,l ar anj a ever mel hoepr et as e amar el o l i mão, s us pens as por has t es met ál i cas l evement e cur vadas , pr ovocando o mes mo ef ei t o que no Pl at eGl as s Hal l , s ubs t i t ui ndoovi dr opel ot eci do.Em Bar cel ona, L i l l y e Mi es t ambém bus cam cr i ar um conj unt o de par edes i ndependent es que per mi t i s s em a vi s ão de t odo o ambi ent e.A i nf l uenci a de L i l l y no t r abal ho de Mi espode s ernot ado com a ut i l i z ação dospl anospar a s epar ação dos ambi ent es e t ambém a ut i l i z ação da cor no pr oj et o. Ot r abal ho de L i l l yem 1929em Bar cel ona acont ece pr i nci pal ment enaor gani z açãodas ex pos i ções ,que j unt ament e com Mi esVanderRohe,ut i l i z am s empr e osmes mosel ement oscons t r ut i vos , com a r epet i ção do pr odut o, agl omer ado em col unas de di ver s as di mens ões e al t ur as , t r ans f or mando osobj et osex pos t os nospr ópr i osr eves t i ment osdecada ex pos i ção,que def i ni am o es paço ar qui t et ôni co e osf l ux ospar a os vi s i t ant es . Um s t anddegr ander el evânci a f oi odamos t r adaS edadaI ndús t r i a


T êx t i l , em queRei chcr i aum conj unt o i ndependent e de par edesde vi dr o col or i do,que s ão di s pos t as como mur o de di f er ent escor ese al t ur as , s endo ut i l i z ado como pl ano de f undo par a a ex i bi ção e t ambém comodi vi s ór i as ,oqueper mi t i auma ampl avi s ãodet odooambi ent e.Os t eci dos par eci am es t arf l ut uando, ao s er em f i x adospors upor t esde aço cr omado de pequena es pes s ur a,que s e acomodavam e mos t r avam s uasdobr asnat ur ai s .As par edeseochãodel i nól eona cor br anca r es s al t am as cor es dos t eci dos ,e ast ex t ur ascont r as t avam com at ex t ur adovi dr o.Vár i osout r os es t andes f or am pr oj et ados por Rei ch, mas a f al t a de document açãof ot ogr áf i ca di f i cul t a aanál i s edes eut r abal ho,pos s ui ndo pos i ções de r egi s t r o apenas as ex S eda, da I ndús t r i a Quí mi ca e F ar macêut i ca e a da i ns t al ação Hacker br äu beer . A gr ande r eper cus s ão do Pavi l hão Al emão acabou of us cando o t r abal ho de L i l l y nasex pos i çõese t ambém s ua ement osdeci s i vosdo at uaçãoem el des i gn i nt er no Pavi l hão,t endo s i do porum l ongot empoat r i buí doaMi es t odo o pr oj et o, e s ó depoi s de es t udada a at uação de L i l l y,nos anos 70, s ua cont r i bui ção f oi r econheci da.

Dur ant e a el abor ação do Pavi l hão de Bar cel ona, L i l l y é convi dada par a di r eci onar uma novaes col ademodaem Muni que, que acaba r ecus ando, pel o s eu envol vi ment o com a cons t r ução par a a ex i bi ção de 1929. Em col abor ação com Mi es Van der Rohe,L i l l yRei ché des i gnada como r es pons ávelporor gani z art odosos s t ands da ex pos i ção al emã,pel a es col ha dos mat er i ai s ,j ogos de t ex t ur as ,di s pos i ção dos móvei se l ayout s ,s endonot ot al25ex i bi ções , com 16000 met r os quadr ados em di f er ent espal áci os .Mi eseRei chs ão os úni cos ar qui t et os par t i ci pant es quevãoat éol ocal dei mpl ant ação e bus cam uma r el ação com o ent or no,epori s s o,ol ocal des t i nado aoPavi l hãoér enegoci ado. Ent r e1930e1931,L i l l ypar t i ci pou de di ver s ospr oj et osde i nt er i or ese al gumas ex pos i ções , mas s eu t r abal hodemai ori mpor t ânci anes s e per í odo f oi comodi r et or aar t í s t i cae ar qui t et a no Di e Wohnung uns er er Z ei t ,na Ger man Bui l di ng Ex pos i t i on em Ber l i m.Em 1931,Mi esVan der Rohe na di r eção da Bauhaus , nomei aL i l l y Rei ch como chef e do at el i ê de t ecel agem, al ém de as s umi rt ambém o at el i erdedes i gn dei nt er i or eses et or esdemobi l i ár i oe demet al . 58|59


Em 1933, o al i nhament o do Wer kbund com a pol í t i ca naci onal s oci al i s t a mar ca o f i m des s a as s oci ação como ent i dade i ndependent e e r evol uci onár i a, e uma membr o do par t i do as s ume a pr es i dênci a.O par t i dot eveoapoi o de di ver s os ar t i s t as , pr omet endo s al vara cul t ur a al emã,e com i s s o, ocor r eu a pol i t i z ação dent r o das Ar t es e Of í ci os , e o Par t i do s e encont r ava i ns er i do nos l ocai s de pr odução.I ns t i t ui çõescomoWei mar Bauhochs chul e e Bauhaus f or am f echadas ,uma vez que o des i gn i ndus t r i ali novadorer ai ncent i vado apenas s e não cont r ar i as s e a dout r i nai mpos t apel opar t i do. A ex pos i ção Ger man Peopl eGer man Wor k,f oior gani z ada em 1934,como uma pr opaganda do par t i do.No cat ál ogo da ex pos i ção não é ci t ado nenhum dosar t i s t as par t i ci pant es ,apenasdo di r et orda di vi s ão comer ci al ,econômi ca e de negóci os . No ent ant o, ent r e os ar t i s t as es t avam L i l l y e Mi es nas ex i bi ções de vi dr o, mi ner ação, cer âmi ca i ndus t r i al e domés t i ca, f ogões de cer âmi ca e de equi pament os s ani t ár i os .Em 1937, L i l l y or gani z a s uas duas úl t i mas chs aus s t el l ung der ex pos i ções :a Rei Deut s ch T ex t i l und Bekl ei dungs wi r t hs chaf t( Ex pos i ção

I mper i alda i ndús t r i a T êx t i le do Ves t uár i o Al emão)e da Ex pos i ção da I ndús t r i a T êx t i l al emã, na Ex pos i ção I nt er naci onalde Ar t ese T écni casApl i cadasaVi daModer na I nt er naci onalde Par i s .A poucos di as da ex pos i ção de Rei chs aus s t el l ung derDeut s chT ex t i l und Bek l ei dungs wi r t hs chaf t ,L i l l ye Mi ess ão r et i r adosda comi s s ão de or gani z ação, mas pel o cur t o es paçodet empodeci dem que o pr oj et o des envol vi do porel ess er i a mant i do,masasal t er açõesf ei t as modi f i car am as pr i nci pai s car act er í s t i cas . A ex pos i ção em Par i s ,t ambém i nf l uenci ada pel a pol i t i z ação dasar t ese of í ci os ,f ez com que a ex i bi ção de Mi ese L i l l y nãos eapr es ent as s em comof or ma deex pr es s ãoar t í s t i ca. A par t i r des s a ex pos i ção, a car r ei r a de Rei chs of r e uma br us ca es t agnação,s egundo Magdal ena Dr os t , em par t e por s eu es t i l o moder no,maspr i nci pal ment e pel o pr econcei t o da época,r eaf i r mado pel o gover no naz i s t a. Em 1935, ch a J J P Oud car t as de Rei evi denci am a es cas s ez de opor t uni dades de t r abal ho par a el a.Mi ess e muda par a osEUA em 1938,masasmar casda i nf l uênci a de Rei ch no t r abal ho do ar qui t et o cont i nuam pr es ent es em s ua at uaçãopr of i s s i onal .


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I magem 52: Pl ant a da or gani z ação do mez ani no par a a ex pos i ção “Di e Wohnung uns er erZ ei t ” ,em Ber l i m,1931 I magem 53:Pl ant a dO Gr ound F l oorpar aa ex pos i ção “Di e Wohnung uns er erZ ei t ” ,em Ber l i m,1931

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CAT AL UNHAÀF RENT EDAESPANHA At ual ment eot er r i t ór i o cat al ão cont ém quat r o pr oví nci as : Bar cel ona, Gi r ona, L l ei da e Ar r agona.A capi t al ,Bar cel ona,éa s egunda mai orci dade de t oda a Es panha, cobr e uma ár ea de apr ox i madament e 32. 000km² e abr i ga mai s de 7, 5 mi l hões de habi t ant es . Of i m damonar qui avi s i gót i cano s écul oVI I I ,queat éent ãodomi nava t er r i t ór i os da Pení ns ul a I bér i ca, decor r eu de di ver s as i nvas ões , s endoamuçul manaof at ordeci s i vo par a o col aps o.S oment e em 1492, com o l ongo pr oces s o da t af or ma,com a Reconqui s t a e,des uni f i cação da Es panha, os muçul manoss ãoex pul s osdar egi ão eoI mpér i o Es panholcomeça s eu domí ni o. A Cat al unha, comuni dade aut ônoma no t er r i t ór i o Es panhol , enf r ent ou i númer osmovi ment osde i nt egr açãoer es i s t ênci a aoI mpér i o, t endo f i ms oment e em 1714com a Queda de Bar cel ona na Guer r a pel aS uces s ãof r ancocas t el hana.A pos s edogover nof oidi r eci onada à um mi l i t arque s ubs t i t ui u a di vi s ão t er r i t or i aldedez oi t o“veguer i es ”por uma de doz e cor r egi ment ose um di s t r i t o.Apenasnos écul oXXas

comar casdef i ni r i am a or gani z ação t er r i t or i al s egundo as r eal i dades humanasegeogr áf i casdar egi ão. Os écul o XVI I If oimar cado pel o r es s ur gi ment o cul t ur ale econômi co dar egi ão,devi do,pr i nci pal ment e,à aber t ur a dos por t os cat al ães à Amér i ca.A par t i rdeent ãoar egi ão i ni ci ou s eu des envol vi ment o i ndus t r i ale ao l ongo do s écul o XI X r epr es ent ouopol odai ndús t r i at êx t i l daEs panha, s endoapr i mei r anação ài ns t aur ara máqui na à vapore a el et r i ci dade no paí s .O comér ci o com a Amér i ca e out r os paí s es pos s i bi l i t ou o des envol vi ment o al i ment í ci o, dos t r ans por t es , da t ecnol ogi a,et c. Apes ar do des envol vi ment o i ndus t r i al da Cat al unha, a monar qui a hi s pâni ca per manece agr ár i aes er ecus aàr enovação, como o l i ber al i s mo econômi co.A par al i s i a do gover no f r ent e ao des envol vi ment oeàmoder ni z ação, i mpede a compet i t i vi dade econômi ca cat al ã em r el ação aos out r os paí s es eur opeus . As r ei vi ndi cações e mani f es t ações f or madas pel o pr ol et ar i ado t omar am a ci dade de Bar cel ona, capi t al daCat al unha.O movi ment o nda er a f r aco em pr ol et ar i ado ai r el açãoàsi dei asemalor gani z ado, por t ant onãoobt i ver am mui t oêx i t o.

I magem 92:Mapacar t ogr áf i codasr egi ões ecomar ques ,PauVi l a,out ubr ode1936.

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AUT ONOMI ACUL T URAL

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Anaçãocat al ãdes envol veus eu pr ópr i oi di oma,cul t ur aet r adi ções , i ndependent e da Es panha. A Renai x ença,movi ment or omânt i co cat al ãoquedel ongouat éaGuer r a Ci vi l Es panhol a, compr eende a di s s ol ução da Repúbl i ca Es panhol a como a mel hor s ol ução par a a emanci pação da Cat al unha at r avésdal í ngua,cul t ur a,t r adi çãoe hi s t ór i a. Bar cel ona s e t or na o epi cent r o das mani f es t ações ar t í s t i cas e ar qui t et ôni cas do movi ment o, que, mai s t ar de i nf l uenci ar am oEx pr es s i oni s mo. O as pect o medi eval da ar qui t et ur a r omâni ca, é s ucedi do pel o car át er ex pr es s i oni s t a cuj a i ns pi r ação vem do moder ni s mo, t r az endo uma nova i dent i dade à nação at r avés da monument al i dade,do empr ego de mat er i ai se t écni cast r adi ci onai se da compos i ção s ubj et i va. Ant oni Gaudí f oi um dosar qui t et osquemai s s e des t acou no movi ment o, cons t r ui u em 1882 o T empl o Ex pi at ór i o da S agr ada F amí l i a,em Bar cel ona. Al ém del e, out r os ex pr es s i oni s t as s e ar qui t et os des t acar am como Br uno T aut , Wal t er Gr opi us ,Er i ch Mendel s ohn, Her mannF i ns t er l i n,ent r eout r os .


O movi ment of ois ubdi vi di doem di ver s osgr upos ,como a Deut s cher Wer kbund,Ar bei t s r atf urKuns t ,Der Ri ng,Neus Bauen e a Es col a de Ams t er dam.O pr i mei r o,r evel andoa ar qui t et ur a deL udwi g Mi esVander Rohe,i ns pi r ado no movi ment o Ar t s and Cr af t s , e des cendent e do J ugends t i le da S ez es s i on,t i nha por obj et i vo a r el ação da ar qui t et ur a, da i ndús t r i a e do ar t es anat o.Des t a f or ma, ut i l i z ando novos mat er i ai s i ndus t r i ai scomoovi dr oeoaço. O Ar bei t s r atf urKuns t ,f oi f undado em Ber l i m,pós Pr i mei r a Guer r ae Revol ução Al emâ, pel o ar qui t et o Br unoT aut ,cuj ocar gonoCons el ho deT r abal hopar aAr t ef oit r ans f er i do à Wal t erGr opi us ,devi do à r el ação de s uas obr as com a pol í t i ca naci onal . Na publ i cação do mani f es t o da f undação, T at ut decl ar a que a ar qui t et ur a é a ex pr es s ão l í derdasar t espl ás t i case que a cont r i bui ção das out r as ex pr es s õesar t i s t i casl evar i am àuma novaaqui t et ur a¹ . O Der Ri ng s ur gi u no f i m do per í odo i nf l áci onar i o al emão, r euni ndo f i gur as como Pet er Behr ens ,Hans Poel z i g,Br uno T aut , Er i ch Mendel s ohn, Ot t o Bar t ni ng, Hugo Här i ng,Mi esvan derRohe e Max T aut .O f oco pr i nci paldes t e gr upoer ar enovaraar qui t eur a

94 pr i nci pal ment e nosas pect oss oci ai s e ur baní s t i cos .Dent r es uas obr as , umadasmai ss i gni f i cat i vases t avao conj unt o de mor adi as s oci ai s em Ber l i m. ² A Neues Bauen pr opunha compl et ar upt ur a com o pas s ado, di s t oandodasdemai scor r ent es

I magem 93:des enho da i gr ej a da Col oni a Güel l ,Ant oni Gaudí . I magem 94:Pavi l hãodeCr i s t al ,Br unoT aut , 1914. ¹ F URT ADO,Cl áudi o,2012,PG 53. ² POMMER,Ri char d;OT T O,Chr i s t i an1991.

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moder ni s t as . O conj unt o de mor adi as de Wei s s enhof s i edl ung, cons t r uí dasem 1927,em S t ut t gar t , na Al emanha,f oium doss í mbol os daar qui t et ur amoder na. Eporf i m aEs col adeAms t er dam adot a as f or mas nat ur ai s e i magi nat í vas , como s uper f í ci es ondul adas ,par a a concepção de edi f í ci os

At é 2006,o gover no cat al ão de Car l es Pui gdemont não ex pr es s ou mui t oodi s cur s odei ndependênci a. Por ém f oidet er mi nada uma l eique def i ni a a Cat al unha como uma “nação” dent r o da Es panha. Cont udo es s al eif oir et al hada pel o T r i bunalCons t i t uci onal ,e o t er mo conqui s t ado pel os cat al ães f oi cens ur ado.Apóses s ar epr eens ão e com a gr ave cr i s e econômi ca de 2010 o s ent i ment o de CAMI NHANDO PARAA i ndependênci a r eacendeu com I NDEPENDÊNCI A ai nda mai sf or ça,mot i vando uma s é r i e d e ma n i f e s t a ç õ e s e pr ot es t os ACat al unha,nos écul oXX,j áer a e m p r o l d a i n d e p e n d ê n c i a d a uma nação r el at i vament e Ca t a l u n h a . E m 2 0 1 4 , a t r a v é s d e aut ônoma da Es panha at é o gol pe “ p r o c e s s o p a r t i c i p a t i v o ” , u ma mi l i t ar em 1936, l i der ado pel o ação pori ni ci at i va ci vi l ,80% da gener al F r anci s co F r anco, que vot p o p u l a ç ã o v o t o u a f a vor da i ns t aur ou uma di t adur a de 39anos i n d e p e n d ê n c i a , p o r é m d e v i d oàum de dur ação. Dent r e as medi das b o i c o t e p o r p a r t e d e p ar t i dos t omadaspel o di t ador ,es t avam a c o n t r á r i o s à r e i v i n d i c a ç ã o , a t ão pr oi bi ção do i di oma cat al ão e a d e s e j a d a i n d e p e n d ê n c i a s ó v e i o à cent r al i z ação do poderem Madr i , s e r a p r o v a d a e m 2 0 1 7 p e l o vi s ando cont er a i ndependênci a p r e s i d e n t e P u i g d e mo n t . cat al ã. I magem 95:Cat al ãespr ot es t andocont r aa di t adur a que mat ou mai sde 20mi lconf i r madament e e pr oi bi ua l í ngua f al ada na Cat al unhanosanos90.F ot o:CNN I magem 96: Mani f es t ação " S omos uma Nação"em 2006.F ot o:F r i vi er e I magem 97:Mani f es t ação em Bar cel ona pel a i ndependênci a da Cat al unha, em 2014.F ot o:Al ber tGea

A democr aci avol t as oment eno f i naldosanos70es er es t abel ecea democr aci a at r avésdo model o de gover no chamado “Gener al i t at ” , r es t i t ui ndo à Cat al unha r el at i va aut onomi a. A par t i r de ent ão o par t i doCI U( Conver genci aeUni ão) s e des t acou pol i t i cament e at és ua ex t i nçãoem 2015.


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Gr anPl az a


AOBRA


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PAVI L HÃO DAAL EMANHA CONT EXT O

cons t r uí do,e depoi ss oment e em 1980,el ef oicons t r uí do novament e mo l ocalor i gi nalpel os ar O Pavi l hãodaAl emanhaem Bar - no mes t et osI gnas ideS ol áMor al es ,Cr i s cel ona s ur ge da neces s i dade de qui i an Ci r i l ie F er nando Ramos ,s ob a r epr es ent aro paí s na Gr ande Ex - t denaçãodeOr i ol Bohi gas . pos i çãoUni ver s aldeBar cel ona,em coor 1929,a cons t r ução pr et endi as ero EMENT OSDO PROJ ET O s í mbol odeumanaçãoquehavi as e EL r ei nvent ado na f or ma hi s t or i ca ment e conheci da como Repúbl i ca PL AT AF ORMA de Wei mar .Par aar eal i z ação do Os í t i oes col hi doporMi espar aa pr oj et o,ogover noal emãoes col heu pavi l hão não apenaspos s uí a uma oar qui t et oMi esvanderRohepar a vi s ão es t r at égi ca par a osdemai s r epr es ent araAl emanhanaf ei r a,i s s o pavi l hões , mas t ambém per mi t i a ocor r eu,pr i nci pal ment e,devi do ao uma pas s agem t r ans ver s alpel o eds eut r abal ho na Ex pos i ção de Habi - i f í ci o par a out r as ár eas da ex t ação de Wei s s enhof ,no ano de pos i ção.Ao l ado di r et o do s i t i os e 1927. mar cavaomur odaPal áci oVi ct ór i a Mi es f az uma ex i gênci a,a de Eugeni aeas uaf r ent e,s es epar ava que o pavi l hão não f os s ei mpl ant a- da Gr an Pl az a poruma cor t i na de do no es paço r es er vado par a a Ex - col unasdeor dem j ôni cas . pos i ção,mas s i m or t ogonal ment e Pr i mei r ament e,r es s al t as e o enao Pal au Naci onal ,f az endo com cai x enos í t i odeumapl at af or mar eque o mur o do Pal áci os i r va como t angul ars obr e a qualo pavi l hão é um panodef undopar aoPavi l hão, er gui do.O s í t i o pos s uium acl i ve de 30m deal t ur a,acomodandol eveal ém di s s o,aobr af i car i apar al el aa 1, eapl at af or ma,s i t uadapar al eGr an Pl az a.S egundo o pr ópr i o ar - ment aas ér i e dascol unasJ ôni ca pr e qui t et o,o pr ópr i o Pavi l hão s er i ao l ent esna Gr an Pl az a de l aF uent e obj et oex pos t o,cont andocom al gu- s ca,e ao mes mo t empo per masobr asdear t e,obj et osdedes i gn Mági cul ar ment eaomur odoPal au al emães ,al ém de abr i garo mo- pendi onal . A Pl at af or ma não é bi l i ár i oques er i ades enhadoporMi es Naci es peci al ment epar aoPavi l hão. s i mét r i ca, el a pos s uiuma pr ol onDepoi sdof i m da ex pos i ção,em gação em uma dass uasex t r emi 1 9 3 0 , e d i f í c i o f o i t o t a l me n t e d e s d a d e s q u e v i r á a s e r o e s c r i t ó r i o , e n a 1 I magem 111:pavi l hãodaal emanha 106|107


I magem 112:pl at af or made1, 30m deal t ur a I magem 113:i mpl ant açãodacons t r ução

Al ém di s s o,a l i nha de col unas j ôni casf or nece um as pect o úni co par aoPavi l hão, par aquem vem do s ent i do da Gr an Pl az a,cr i as e um as pect o de cer t af or ma mági co, ocor r e uma s obr epos i ção ent r e as épocasal ém depr opor ci onaruma cer t adr amat i ci dade,j ápar aquem es t á na pl at af or ma ascol unaspos s uem um car át erde del i mi t ação ent r eoses paços ,mai sdoquei s s o, em conj unt o com a pl at af or ma, el asconf i gur am umaes f er apr ópr i a da obr a.A r el açãoqueoPavi l hão 112 compõe com o i mens o mur o do ex t r emi dade opos t a pos s uium r e- Pal áci o Vi t ór i a Eugêni at ambém s e cor t e onde s er á al ocada a es cada des t aca j á quef or ma um panode de aces s o, f or mando um vaz i o f undopar aoedi f í ci o,pos s í vel des er pr i s mát i cones s apl at af or mas ól i da. per cebi dodoi nt er i ordopavi l hão. O f at o de Mi es t er pos t o a Aes cadanar egi ãopos t er i ordo es cadanãocent r al i z adaacons t r u- Pavi l hão f az i a par t e ant er i or ment e ção,mass i mf or a do ei x o,f azcom de um cami nho que l evava des de queaoquer eradent r aror eci nt o,o aGr anPl az adel aF uent eagr ande es pect adorpr eci s e per cor r erquas e pr açaem di r eçãoàci dadees panque t oda a f achada pr i nci pal ,f a- hol a;s ua cons t r ução dat a,com z endo com que j á ocor r a uma pr obabi l i dade,do t empo em que pr évi a na per cepção doses paços . Rubi óIT udur it evequecul t i vares s a O des encont r oem r el açãoaosei x os z ona des de a aber t ur a chamada que mar cam t ant o ascol unasj ôni - Gr anVi a K,i s t o é,a at ualAveni da casquant o a Gr anPl az a,s egui ndo Ri usIT aul et ,par a1916.A i dei aconuma l ógi ca que cont empl a a as s i - cei t uales t udadas er i apoderut i l i z ar met r i a,ex al t aumacont r apos i çãoa des s a es cadar i a como el ement o s i met r i a does quema da Beaux Ar t s . queconect aoPavi l hãocom um el o ex t er no, que gui ar i a o Como pr i nci palex empl o,é pos s í vel ement andardeum pas s ant e. per ceberapos i çãodaes cada.


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PI L ARES O s egundo el ement o da obr a s ão os oi t o pi l ar es , al ém des t es t ambém s ãous adasvi gasmet ál i cas par aoapoi o.Ospi l ar es ,s ãoem f or mat o cr uci f or me f or madosa par t i r de de quat r o per f i sde aço i nox i dávelpol i do em L( na cons t r ução or i gi naler a apenasde aço) ,al ém di s s oel esnãos ãos ól i dos ,aspl acas de aço s er vem apenascomo um r eves t i ment o.Depoi s de i mper meabi l i z ada,a cober t ur a at i ngecer ca de21cm dees pes s ur aeos eupes o pr ópr i o,j unt o com as car gas de açõest empor ár i as ,s ão di s t r i buí das par aospi l ar es ,f az endocom queas par edesnão pos s uam a f unção de s us t ent ação da cober t ur a,que por s uavez ,i r át eraf unçãodedi vi di r em oses paços .J áacober t ur amenors e apoi a em par edes por t ant es de concr et o.

quant of i s i cament e.J áapar ede2é a que mai ss e apr ox i ma do ei x o t r ans ver s al da cober t ur a, é es s a par ede que pos s uio r eves t i ment o de pedr a ôni xt r az i dasda Áf r i ca,o r eves t i ment odasdemai spar edesdo pát i os ãoi guai saodapl at af or ma

PAREDESOPACAS O t er cei r o el ement oas erdes t acados ãoaspar edesopacasque s el ocal i z am nasar es t asdapl at af or ma,al ém des s asex i s t em duasout r as par edesl ocal i z adass obacober t ur a do vol ume pr i nci pal .A par ede 1l ocal i z as enoei x oda Gr anPl az a,el a i nt er r ompeoei x ot ant ovi s ual ment e,

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I magem 114:Mar caçãodospi l ar esnapl at af or madecons t r ução I magem 115 : Mar cação das par edes opacasnapl at af or madecons t r uçao I magem 116:f ot ogr af i adopi l arepar ededo Pavi l hãodaAl emanha

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PAREDESDEVI DRO Aspar edesdevi dr ocons t i t uem o quar t o el ement o, s ão el as as r es pons ávei sporpr opor ci onarasvi s t as do pát i o i nt er no, da es cada de aces s o,al ém doques ãoes s aspar edesquemai schegam per t odecons t i t uí r em por t asaoedi f í ci o.El ast r ans mi t em um cer t o as pect ol abi r í nt i co aoPavi l hão,cr i andoaces s osei nt er r upçõesnaci r cul ação,es s eas pect o l abi r í nt i co t ambém é per cebi do no pát i oondes ó pode s eres col hi do i r

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119 l hão,quepos s uem uma es t r ut ur a de açocr omadoeum es t of ament oem cour o. O mobi l i ár i o é conheci do como Cadei r a Bar cel ona a par t i r daquel e moment o, el as el as s e t or nam um mar co no des i gnmoder no,f az endo com que es s a cadei r a s ej apr oduz i daat éosdi asat uai s .Por I magem 117:par edesdevi dr o f i m,t emosum úl t i mo el ement o que I magem 118:cober t ur a ar r emat a o pr oj et o, a es cul t ur a I magem 119:vol umepr i nci pal dopavi l hão

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121

“Amanhecer ” ,deGeor gKol be,col ocada no menores pel ho d’ água em uma de s uasex t r emi dades ,é pos s í velverel a devár i aspar t esdo Pavi l hão, e s ua i magem acaba s empr er ef l et i da s ej a pel a água, pel aspedr as ,ou at é mes mo pel os vi dr osr ef l ex i vos . Af or ma f i nalda edi f i cação é dada a par t i r da compr eens ão des s esel ement os .Como r es ul t ado, t ems e um edi f í ci o mar cado por l i nhas ,pr edomi nant ement ehor i z ont ai s ,al goqueacont ecer át ambém anosmai st ar denar es i dênci aF r ans wor t h.Pormai squeoPavi l hãos i ga asf or masquadr adas

er et angul ar es ,em nenhum moment o ent endes e a cons t r ução como uma f or ma f echada, os gr andes pl anosde vi dr o “quebr am”a vol umet r i a,f az endocom quenãot enha uma s epar ação do i nt er i orcom o ex t er i or . “S ef os s e neces s ár i o es col her um t r abal hocomoomai sper f ei t o,es s a es col har ecai r i apr ovavel m e n te s obr eoPavi l hãoAl emão de Bar cel ona,de1929.Mi es pr ovouoqueosi ni mi gosdo novo es t i l os empr e negar am –que er a pos s í velat i ngi ra monu ment al i dade,não pormei o de f al s as col unas ,mass i m pormei odemat er i ai s es pl êndi doseum r i t mo es paci ali mponent e. ”( Pevs ner ,1982,p.433) .

I magem 120-cadei r abar cel ona I magem 121-es cul t ur a“amanhecer ”

114|115


PL ANT A Nãos et i nhaum pr ogr amadef i ni dopar a oPavi l hão,a obr a pr eci s ava t r ans mi t i rocar át erpr ogr es s i s t ae paci f i s t a da nova Repúbl i ca Al emã, ex pl or ando asnovaspr át i cast ecnol ógi case ci ent í f i cas .O j ogo de pl anosdo“vol ume”pr i nci pal conf i g ur am um es paço de es t ar , es s e es paço pode s erent endi do er r oneament e como um es paço s em f unção,cont udo mai sdo que um es paço l i vr e,es t el ocals er ve como um ambi ent edeadmi r açãodoPavi l hão,o qualpode s erent endi do como j ás endo um monument o.É t ambém nes t e “vol ume” pr i nci pal ques eencont r aum pát i oum pouco mai spr i vat i vo,ondes eencont r aum es pel hod’ águade30cm depr of undi dade,5met r osdel ar gur aeapr ox i madament e 13 met r osde compr i ment o.Al ém di s s o,nes t evol umeencont r as e uma par ede dupl a de vi dr o br anco t r ans l úci do,onde não s et em aces s o,cuj o obj et i vo er ao de bl oqueara vi s t a do ei x o que s e dá par a o pát i o, es s as par edes cont am ai nda com uma cl ar abói a ent r e el asque pr omove uma i l umi nação par a o ambi ent e,quando s em l uznat ur al ,s ãoaci onadosl uz es ar t i f i ci ai spar ar eal i z arai l umi nação. O out r o “vol ume” ,l ocal i z ado em

uma dasex t r emi dadesda obr a,é compos t o pordoi ses paçosf or madosapar t i rdeumadi vi s ãoporuma par ede de vi dr o.Acr edi t as e que es s eambi ent ef oi des t i nadopar as er um es cr i t ór i o,uma ár ea de s er vi ço da obr a, s endo as s i m o úni co es paçopr édef i ni do.Epar af i nal i z ar , t emoso gr ande pát i o,que cont a bas i cament ecom um gr andees pel hod’ águaquet ambém pos s ui 30cm de pr of undi dade, e apr ox i madament e 11 met r osde l ar gur a e 25 met r osdecompr i ment o. CI RCUL AÇÃO A ci r cul ação do edi f í ci os e dá, pr i mei r ament epel aes cadal ocal i z ada na par t ei nf er i orda pl at af or ma, aos ubi raes cadachegas eaoní vel que ocor r et oda a obr a,e s et em t r êsopçõesde per cur s o,a pr i mei r a s egue par a o ambi ent e dedi cado ao es cr i t ór i o,a s egunda ocor r e na par t epos t er i ordovol umepr i nci pal, e porf i m,a t er cei r a opção ocor r e ao adent r aro mai orvol ume e per cor r êl odur ant et oda s ua ex t ens ão. Pel of at odepos s ui rumapl ant al i vr e, a ci r cul ação acaba s endo mui t o l i vr e,nãos et em um per cur s opr i nci pal oqual oi ndi ví duopr eci s ar eal i z ar def or mar í gi da.


ANÁL I SEPROJ ET UALDO PAVI L HÃO

1 2

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3

7

5

4

9 6

11 10

1.Es cr i t ór i oanex o 2.Par ededet r aver t i no 3.Bancoex t er no 4.Es pel hod’ água 5.Par ededevi dr ol ei t os o 6.Par ededemár mor ever de 7.Par ededeôni xdour ado 8.Es t át ua 9.Es pel hod’ água 10.Es cadapr i nci pal 11.Pi l arcr uci f or me

122

123

I magem 122:pl ant a1 I magem 123:pl ant acom es quemadeci r cul ação

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MAT ERI AL I DADE Um dospr i nci pai smot i vospel o r econheci ment odoPavi l hãodaAl emanhaem Bar cel onaem s uaépoca como edi f í ci oi mpact ant ef oipr oduz i do pel as ur pr es ar el aci onada a moder ni dade de s eus mat er i ai s . Apes ardaspedr ass er em mat er i al ut i l i z ados hi s t or i cament e em cont r uçõesdar egi ão,Mi esex pr es s aum 124 s r i gorpel a geomet r i a,da ex at i dão doss euscor t es ,eacl ar i dadedes ua mont agem. Deacor docom i nf or maçõesdo pr oj et o,a bas e do edi f í ci oes uas par edespr i nci pai st er i am s i dor es ol vi das com pl acas de t r aver t i no r omano i mpor t ados da f i r ma de Ber l i m Kos t er nerund Got t as chal k.O Pavi ment oda pl at af or ma cor t ado anosquadr adosdeapr ox i maem pl e1, 1et r aver t i nover t i cal das 125 dament par edescom di mens ãodupl ade2, 2 x1, 10m f or mando aspar edescom bas eem umal aj edupl ade3cm de es pes s ur acom umaes t r ut ur amet ál i ca por t ant e em s ua par t ei nt er na. Es s es i s t ema t ambém s er i a par aa “f or mação” daspar edesem már mor ever de,doqualoPavi l hãout i l i z adoi st i pos ;Már mor ever dedeT i nos ( ent r ada) e Már mor e ver de dos Al pes( ut i l i z ado no ex t er i or ,cer can126 doomenores pel hod' água) .

Por ém,pormot i vosde cus t oo t r aver t i no e o már mor e dosAl pes nãocons egui r am s eradqui r i dos ,r es ul t ando em s i t uaçõese deci s ões des ubs t i t ui çãodes s esmat er i ai sao l ongo da obr a.F oicons t r uí do,por t ant o com par edesde t i j ol osque depoi sf or am r ebocadasepi nt adas em cor esver dese amar el asque apenasvagament es e as s emel havam aomat er i al r emovi do. Ent r e osmat er i ai sut i l i z ados ,é pos s í veldes t acaro Oni xDor é,que compõe a par ede cent r all i vr e no es paço cober t o do Pavi l hão.Mi es compr a es t e mat er i alem Hambur go,por ém s ua f or mação ocor r eu naÁf r i ca.

“L asf i gur asque elóni ce pr oducí a,s ucol or i dobr i l l ant eydi f us oys us gr andesdi mens i ones-235x135x3cm cadal os a,convi er t enes t er i comat er i al enunaver dader aj oyaquepr ovocaba, t alvezconmayorf uer z aquecual qui er es cul t ur a,un cent r o de i nt er ésen el f l ui do ci r cul arporeli nt er i ordeledi f i ci o” ( S ol àMor al es ,pg14)

Al ém das par edes de pedr a, Mi eses col he no Pavi l hão di ver s os mat er i ai squecaus am um ef ei t ode br i l hoer ef l et ânci apar t i cul arpar ao edi f í ci o. Dent r e es s es , ut i l i z ous e vi dr os de di s t i nt as cor es e de gr andesdi mens õesque f echavam aspar edesde vi dr o;t r ans par ent e, ver debot el l a,ci nz a ebr ancol ei t o-


127

I magem 124:é pos s í velvera par ede de már mor eàes quer da I magem 125:pedr ademár mor e I magem 126: par ede de vi dr o opaco br anco I magem 127:par ededeôni x

118|119


128


129 s o.O ar qui t et o,ápar t i rdes s esmat er i ai scompõe de j ogosde cont r as t e ent r eat r ans par ênci a,t r ans l uci deze opaci dadeem r el açãonãoapenas aspar edesde pedr a mast ambém ent r e o br i l ho e r ef l ex o caus ado t ant opel oses pel hosd' águaquant o pel oaçocr omadodospi l ar escr uci f or mes .

“( . . . ) podemos i magi nar que el ef ect o de moder ni dad y pul cr at ecnol ogí a noes t aba t ant oenl a novedad del osmat er i al escomoenl aaudaci ade s uens ambl aj e,yenl ar adi cal i dadt écni cades uus oengr andess uper f í ci esyen f or masgeomét r i cass i mpl esyel ement al es .“ ( S ol à,pg.14)

Ar el ação de mat er i al i dade s e es t ende par a ao mobi l i ár i o es col hi doporMi eseL i l l yRei chpar aopavi l hão.As Cadei r as bar cel onas s ão pos i ci onadasent r eapar ededeôni x e a cor t i na de s eda que pr ot ege o panode j anel asde vi dr o,e aci ma

deum car pet edecorpr et a,det al f or maquequem s er epous as s enas cadei r as s e embebe pel o br i l ho dour adodapedr aeover mel hoi nt ens o da cor t i na.Mi esdecompõe em t r êspl anosover mel ho,pr et oe amar el o;ascor esda bandei r a da Al emanha,que asaut or i dadesda ex pos i ção col ocar am t alr epr es ent ação como r equi s i t o do Pavi l hão decadapaí s . Épos s í velper cebera mat er i al i dade nes t e pr oj et o é de mui t ai mpor t ânci a,s ão poucososel ement osqueocons t i t uem,des s amanei r aMi espos s ui as ut i l ez adees col her mat er i ai s que agr egguem val or par a os ambi ent es , a ut i l i z ação des s esmat er i ai sex pr es s avaamoder ni dade pormei o da pr eci s ão do us o da geomet r i a et ambém l umi nos i dadeeaber t ur asqueoar qui t et obus cava.

I magem 128:a cor t i na e o t apet e r emet em as cor es da bandei r a al emã I magem 129:i magem com t odos osel ement osdovol umepr i nci pal 120|121


130

131

I magem 130,131,132 e 133:ví ni l br anco r eves t i ndo osmat er i ai sdo pavi l hão

Noanode2017,oes cr i t ór i oes panholAnna&EugeniBachr eal i z ou uma i nt er venção no pavi l hão que t i nhaonome“Mi esmi s s i ngmat er i al i t y” ,que vi s ava es condert odo os s eusmat er i ai saor eves t i rt odooedi f í ci o com uma mant a vi ní l i ca br anca.Aof az eri s s o,ai nt er venção quas e que t r ans f or ma o Pavi l hão em umamaquet e1: 1,umavezem que t oda a cons t r ução apar ent ement e é compos t a pel o mes mo mat er i al . O ar qui t et o es panhol Andr ésJ aque que f oiconvi dado par a vera i nt er venção di s s eos egui nt e:

“T r ans f or maroPavi l hãodeBar cel ona em uma homogênea s uper f í ci e br anca s i gni f i ca def i ni l o a par t i rde uma dascar act er í s t i casf undament ai s da hi s t or i ogr af i a moder na ( e não da moder ni dade) ,ai nda que ao mes mo t empo,s i gni f i cat ambém s ubt r ai rdoPavi l hão a s ua pr ópr i a mat er i al i dade e cons equent ement e, s uas car act er í s t i cas úni cas ; mai s es peci f i cament e aquel e que f oienal t eci do como o í conedomovi ment omoder no. ”

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DET AL HESPROJ ET UAI SECONCEPÇÃO Deacor docom umai nf or mação or al r eci t adadeS er gi usRues enber g, ospr i mei r ost r abal hosdo pr oj et os e pr oduz i r am em t or no de uma maquet ef ei t a com mat er i ai smóvei sa par t i rdo quals e ens ai ava pos i ções var i ávei s dos di s t i nt os pl anos que compunham osel ement osdi vi s ór i os e de vedação.De al gumasdes t as pos i çõesof er eci daspel a maquet e, Mi eshavi af ei t os ol uçõesmai si nt er es s ant escons i der ando per s pect i vas que mos t r am r epet i dospl anoscom r el ação de t r ans par ênci a e opaci dade.A pr es ença de pl anosver t i cai sdes l i z andos eent r eass uper f í ci es pl anasda cober t ur a e da pl at af or madoPavi l hão apar ecem des deo começodaconcepçãodoedi f í ci o,

as s i m como a pos i ção da es cada I magem 134:vi s t a pos t er i ordopapar aas ubi da na pl at af or ma;no vi l hão ei x o per pendi cul ar a pr aça da I magem 135:des enhodopavi l hão f ont e. Cons i der andooes t udoqueS ol à ea equi peda F undaçãoMi esr eal i z a em pl ant aseper s pect i vasdear qui vosmant i dospel oMOMA,épos s í vel per ceber al t er ações do da pos i ção do Pavi l hão no t er r eno, mant endoaes cadapos t er i orcomo r ef er ênci a par a a pos i ção dosel ement osdopavi l hão.A i dei aconcei t uales t udada s er i a poder ut i l i z ar des s a es cadar i a como el ement o queconect aoPavi l hãocom oambi ent eex t er no,quegui ar i a oandar deum pas s ant e.

I MAGEM 1-T RAL AL Á 1 3 5 ²-F UL ANO DET AL ,201 0 , PG.56 124|125


I magem 136:des enhodopavi l hão I magem 137:des enhodopavi l hão I magem 138:pl ant a

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A par t i rde des enhosde pl ant as t ambém f oi pos s í vel conf i r marqueo pr oj et o do es cr i t ór i o anex o pos s uí a el abor açõesde el evaçõese det al hes r el at i vos , não pens ados conf or me a decl i vi dade do t er r eno. Houver am mudançasnes s aár eado pr oj et oporcont adet al decl i vi dade, aoi ni ci araobr aem s i eper ceberas l i mi t açõesque o t er r eno em acl i ve pr opor ci ona.Como cons equênci a, a pl ant a des s e ni cho s er es ul t a em uma s i mpl i f i cação daqui l o pr oj et ado ant er i or ment e,s i gni f i cando uma r eduçãodr ás t i cades uasaber t ur as . Osar qui vosex i s t ent esnão per mi t em a concl us ão acer ca da et apaex at adopr oj et oem queMi es


deci dei ns er i robancodet r aver t i no. O banco é car act er i z ado poruma s i mpl i ci dadecons t r ut i va. Er gui dopor 8cubí cul oscom l adosdedi mens ões di f er ent es ,obancopos s uimat er i al i dade que o di f er enci at ant o das par edes quant o da pl at af or ma. Conf i r mas e com es t e el ement oa l i ber dade que cada mat er i al e cada el ement o es t abel ece com s ua pr ópr i al eidi mens i onal ,f ugi ndo compl et ament e de uma l eidi mens i onalr í gi daeuni ver s alqueuni f i car i at odasaspar t esdoedi f í ci or ef er i ndoasa um úni comódul ouni f or me. O pr oj et o,por t ant opr et endeex al t ar asl ei spar t i cul ar esdosmat er i ai sdi s t i nt os .

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I magem 139:des enhodosdet al hes cons t r ut i vos I magem 140:s eçãodopi l ar I magem 141:vi gasmet ál i gas I magem 142:f undação

140

ACober t ur adopi l arcom chapacr omada BCol una es t r ut ur al : chapas de aço em f or made“l ” Cchapadeaçocr omadapr es acom par af us os DReves t i ment o de már mor e:a pedr aéa mai sf i napos s í vel par aeconomi z ar , apar ede és ór eves t i da EPar ededet i j ol oouconcr et o F -Bat ent edevi dr onacorbr onz e,pr es opor mei odepar af us os GBas edamol dur adaj anel a,f abr i cadapor peçasde aço or t ogonai sr eves t i dascom chapasdebr onz e


EST RUT URA Acons t r uçãout i l i z oudet écni cas ances t r ai scat al ãsconheci da como “bóveda cat al ana”,ou abóbadas cat al ãs , par a a cons t r ução da pl at af or ma s obr e a qualo pavi l hão s eer gue.T alt écni cacons i s t enaut i l i z ação de t i j ol os r ej unt ados com ges s o,em s eul adomai ses t r ei t o,que per mi t econs t r ui rs uper f í ci esaut opor t ant ess em neces s i dade de f or mas oucof r agem. O concr et o,decompos i çãos i mpl escom poucosel ement os ,enche aval adeper í met r os obr eaqualr epous ava uma t r ama de vi gas de f er r ol ami nadodeper f i l nor mal s obr e asquai sasr ef er i das“bovedas ”r epous avam l ongi t udi nal ment e e s obr easquai sospi l ar escr uci f or mes es t avam ancor ados . Es t es ,pors uavez ,s ãoaes t r ut ur a ut i l i z adaspar apor t aracober t ur ado pavi l hão. Os oi t o pi l ar es s ão os úni cosque car r egam t alcar ga,j á que as par edes s ão ut i l i z adas apenascomodi vi s ór i aef echament o.Ospi l ar espos s uem es t r ut ur a bas eada em per f i sde aço l ami nados padr oni z ados ,angul adosf or mando uma cr uz ,des enhado anosdepoi s porBl as erem s eu l i vr o.S obr e ospi l ar es ,havi avi gasdeI PN de210mm de bor da que devem f or mar a camada de s upor t e hor i z ont aldo t et o.S ua cons t r ução f oir es ol vi da a

bas e de um r obl onado compl ex o que uni a asvi gasaospi l ar esmedi ant eumapl acaoct ogonal queagi a comoum capi t el . Ut i l i z ação de “cant i l ever ” par a par t esdaes t r ut ur adacober t ur aem bal ançode3m em r el açãoaopi l ar , por ém que t eve pr obl emas não apenasde es t r ut ur a mast ambém de dr enagem,acar r et ando em f or mação de f l echasper cept í vei spor obs er vador esecas osdei nf i l t r ação.

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142 128|129


DEST I J L Embor a Mi es não t enha f ei t o par t e do movi ment o De S t i j l , de cer t af or ma,el er ecebeugr andei nf l uênci a des s a cor r ent e pr i nci pal ment e devi do ao f at o da s ua r el ação com T heo Van Does bur g, queer aum dosex poent esdomovi ment o.No ano de 1924,VanDoes bur g es cr eve um mani f es t o chamado “Poruma ar qui t et ur a pl ás t i ca” , es s e es t udo bus cava compr eender mel horcomo oses paçoss ão vi s t os , mai sdo que i s s o bus cava des cons t r ui rasdef i ni çõesdoqueé pr ópr i o es paço. Em al gumaspar t esdomani f es t o s epodef az erconex õesdi r et ament e com o Pavi l hão de Bar cel ona,nos par ágr af os1 e 5,porex empl o,é f al ado s obr e a el i mi nação do concei t odef or maal ém depr omovera di s cus s ãodecomooes paçoédi vi di do.Van Does bur g di z ai nda no mani f es t o que o es paço f unci onal pr eci s as erdi vi di doem s uper f í ci esr et angul ar es ,al goper cebi donoPavi l hão, é per cebi do t ambém a ques t ãoda f or ma quena obr a não s et em ai dei adeum vol umef echa do, o us o, pr i nci pal ment e, de gr andespar edesde vi dr of azcom que s empr e s e t enha uma per cepçãodeum es paçoi nf i ni t o.

Ai nda no mani f es t o,Van Does bur g es cr eveu no t er cei r o par ágr af oa i mpor t ânci a de como anovaar qui t et ur apr eci s avat erum car át erel ement ar ,des s amanei r aa ar qui t et ur adeves edes envol verao ent or no dosel ement osque compõem asobr as .As s i m,t odososel ement osque f or mam a obr as ej aa f unção,oes paço,acor ,omat er i al eout r os ,s ãopl ás t i cos .Em um out r o moment o, Van Does bur g r eal ça que a ar qui t et ur a,aci ma de t udo, deve s er“f unci onal ,ent r et ant o na s ua concepção or i gi nal ,el e não t i nha uma f unção, el e s er i a um es paço r epr es ent at i vo Al emão, al gocont r ár i oaoquef oies cr i t ono mani f es t o. Por ém, ao anal i s ar a obr a de Mi es ,per cebes e que a compos i çãodosel ement osf i nalda mi t em que ocor r a uma obr a per conduçãodasex per i ênci asqueas pes s oaspos s uem does paço. ” Embor a não o t or nem ex at ament e “f unci onal ” ,es s ascar act er í s t i casdopr oj et odeMi esot or nam r eal , humano,ex i s t enci al ,f enomenol ógi co, na medi da em que el er ecebe e i ncor por a a pes s oa,a es cal a humana, amobi l i dade,oss ent i do,asemoções de um j ei t o que poder i as erdei x ado de l ado no f or mal i s mo abs t r at o.Não s er ái s s oqueVanDoes bur g qui sdi z er como “f unci onal ” ( UNWI N, S i mon, 2010,pg.37)


I NF L UÊNCI ASPROJ ET UAI S

143

I magem 143:t heovandoes bur g 130|131


THEO VANDOESBURG ,“ PorumaAr qui t et ur aPl ást i ca” ,1924

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145

É l evant ada t ambém nos par ágr af os8,9e11a ques t ãodas “aber t ur as ” , da r el ação ent r e o es paçoi nt er i oredoex t er i or .O Pavi l hão é compos t o pel asgr andes f achadasdevi dr o,a obr a pors is ó s empr er eaf i r ma os l i mi t es que a cons t r uçãoes t ái ns er i da,oi nt er noe o ex t er no s e di s s ol vem.Al ém di s s o, es s aspar edesde vi dr o,e a f or ma como el ases t ão di s pos t asf azcom que a obr a não pos s ua vol ume f echado,no mani f es t o,Van Does bur gaf i r ma quea “nova ar qui t et u r a” deve s erant icúbi ca,não s e devepr oj et ares paçosem um cubo f echado.

J ás eencami nhandopar aof i nal domani f es t o,nospar ágr af os12e13, éex pos t ot ambém ar ej ei çãoas i met r i aax i al ,pr i nci pal ment eporr emet er a ar qui t et ur a neocl ás s i ca.O Pavi l hãoéi mpl ant adodef or maqueel e não s egue uma s i met r i a,el e ai nda quebr aoei x oqueaGr anPl az acr i a com aobr adeMi esaocol ocaruma par edeopacanaár eadoei x o.Éex pos t ot ambém apr eocupaçãocom a core a or nament ação que s ó podem s er em empr egadass ef or em “or gâni cas ” ,noPavi l hão“or namen I magem 144:mani f es t o “poruma t ação”éf ei t aapenascom ast ex t ur - ar qui t et ur aneopl ás t ci a” aseascor esdaspedr as ,s al voacor I magem 145:compos i t i on VI I I( t he ver mel hadascor t i nas . cow) 132|133


I gnas ide S ol àMor al esex pl i ci t a em s eul i vr oMi esVanderRoheel pabel l óndeBar cel ona,queavont ade der econs t r ui roPavi l hãoAl emãona Ex pos i ção I nt er naci onaldeBar cel onade19291930,s edemons t r aj áant er i oras uar eal i z açãoem 1981. Apr i mei r aques t ãoacer cadar econs t r uçãos ebas eounadúvi dade qual l ocaldever i as eres col hi do par aar eal i z açãodoedi f í ci o.Osar qui t et os e es t udi os os r es pons ávei s , I gnas i deS ol áMor al es ,Cr i s t i anCi r i l i e F er nando Ramos s ob a coor de naçãodeOr i ol Bohi gas ,concl uí r am que o l ocala r econs t r ui ro Pavi l hão dever i as erex at ament e o mes mo em queMi esopr oj et ouem 1929,j á quevár i ospar t i dosdopr oj et opar t i r am da l ocal i dade em Bar cel ona, cons i der ando a r el ação de ei x os com oPal áci odeVi ct or i aEugeni aa Gr an Pl az a,a col i na do Puebl o Es pañol , a es cada pos t er i or ,e a t opogr af i a. Na r econs t r ução do Pavi l hão, S ol àapont aquenãohouveumar evi s ãoconcei t ualt opr oj et o,j áqueo obj et i vos er i aaf i del i dadeai dei ade Mi esvandeRohe.Por ém t endoem vi s t aal gumascons equênci asdeduI magem 146:f ot ogr af i adol ocalda r abi l i dade,malf unci onament oes e cons t r ução gur ança,par t es do pr oj et of or am I magem 147:cor t e modi f i cadas ,al t er ando no mí ni mo s uaapar ênci amodi f i cadas , I magem 148:pl ant adecober t ur a

al t er ando no mí ni mo s ua apar ênci a. O pr oj et o de 1981pos s i bi l i t oua i mpl ement ação de al gumasconcepçõesi deal i z adasporMi esna el abor ação do pr oj et o mas que pel o cus t oet empo r eduz i do da cons t r ução não f or am pos s í vei sde s er em r eal i z adasdur ant epar aaEx pos i ção.Dent r et ai sconcepções ,a r econs t r uçãodoPavi l hãos i gni f i cou umapos s i bi l i dadedemat er i al i dade do edi f í ci o não ex ecut ada em 1929:ot r aver t i nodopi s o,par edee banconasár easex t er nasdoPavi l hão.O t r aver t i no de cada uma des s as pos s ui uma compos i ção úni cadeacor docom s euus o,oda par ede,porex empl o,mai sl i s opar a af or maçãodepl acasnaver t i cal .

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RECONST RUÇÃO DEPAVI L HÃO DEBARCEL ONA

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PROJ ET OSSEL ECI ONADOS


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WEI SSENHOF SI EDL UNG de doi s apar t ament os com ci r cul açãover t i cal pr ópr i a.Osbl ocosdas ex t r emi dadess ão menor es ,pos s ui ndo 150m² ,enquant o osbl ocoscent r ai spos s uem 172m²cada. Com es t r ut ur a met ál i ca i ndependent edaspar edesi nt er nas ,aspl ant asdosapar t ament oss ãof l ex í vei sàs neces s i dadesdosus uár i osouàsdemandas do mer cado i mobi l i ár i o. Doi sdosapar t ament osdo edi f í ci o t i ver am s eui nt er i oracar godeMi es , quer es ol veadi s t r i bui çãodoscômodoscom nada al ém de pai néi sde madei r a,j ái ndi cando como vi r i aa ex pl or aroconcei t oes paci aldes envol vi do no Pavi l hão da Al emanha em Bar cel onaenaCas aT ugenhat . A ex pos i ção dur ou apenas t r ês mes es ,mast evegr andei mpact ona car r ei r a deMi es .A vi s i bi l i dadei nt er naci onalo col ocou como pi onei r o daar qui t et ur avanguar di s t a.

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I magem 149:F achado do j ar di m do bl oco deapar t ament osA I magem 150:Pl ant adauni dadet í pi cacom doi sapar t ament os

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CASAT UGENDHAT

I magem 151:Ár ea de es t arpr i nci pal ,com par ededeonyxàes quer da. I magem 152:Vi s t a da ár ea dees t arpr i nci pal apar t i rdoj ar di m. I magem 153:Vi s t a do j ar di m a par t i rda Ár eadees t arpr i nci pal .

A cas a T ugendhat ,cons t r uí da um anoapósacons t r uçãodoPavi l hão da Al emanha ( 1930) ,s er ve como ex empl o da adapt ação da ar qui t et ur a ut i l i z ada no Pavi l hão par a uma ar qui t et ur a do t i po r es i denci al .As s i m como na obr a em Bar cel ona,na cas a da f amí l i aT ugendhat f or am empr egados t ambém ospi l ar esde f or ma cr uci f or mer eves t i dosdeaço.Asgr andes f achadasde vi dr of or am out r o el ement o ut i l i z ado na par t e de convi vênci adaf amí l i a.S ãoes s asf acha dasqueper mi t em ar el açãoent r eo ex t er i orcom oi nt er i or ,al got ambém bus cadonoPavi l hão,f az endocom quea obr a nãos equal i f i quecomo um vol umef echado. É pos s í vel ai nda es t abel ecer 151 out r o par al el o que s er i at ant o da modul ação que Mi es bus cou enquadr art odososel ement osdes uas Em 1928, Mi es van der Rohe obr as ,quant odous odapl ant al i vr e. r ecebea encomenda deuma cas a Embor a es s a obr af os s er es i denci al , par aum cas al der i cosi ndus t r i ai s ,F r i t z o ar qui t et o cons egue pr omover e Gr et eT ugendhat ,na ci dade de uma i nt egr ação dos es paços Br nonaRepúbl i caCheca,enquant o comuns da f amí l i a,des af i ando a começavaospr epar at i vospar aaex - i dei a de “es paço”que s et i nha na pos i ção de Bar cel ona.A cas at em época,pr i nci pal ment e por ut i l i z ar es ,com o aces s o ao ní vel pr t r êsandar ecei t osdomovi ment oModer ni s t a. dar uapel opr i mei r oandar ,ondehá Par aor eves t i ment odeumapar ede um t er r aço.Not ér r eoes t ãoasár eas do pr oj et o da cas a f oiut i l i z ada s oci ai s ,dees t aredes er vi ço,com um r os pedr a de ôni x ,as s i m como out t er r aço menorvol t ado ao j ar di m no mat er i ai s ,r es s al t ando a i mpor t ânf undodapr opr i edade. ci adosmat er i ai seapr eocupação


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Mi es van der Rohe pr oj et a a Cas aF ar ns wor t hem 1945,por ém el a éapenascons t r í da em 1950.O pr oj et of oi r eal i z adopar aacl i ent eEdi t h F ar ns wor t h nasmar gensdo r i oF ox , per t odePl ano,umapequeaci dade em I l l i noi s .Dent r eospr oj et osdoMi es a cas a des t acas e como uma das mai sr adi cai s ,t ant opel as uas i mpl i ci dade,t ant opel al i nguagem ar qui t et oni caqueoaut orS i monUnwi ndes cr evecomoumas í nt es edas i mpl i ci dadeel ement ardeum abr i gopr i mi t i vo. “A i dei a ar qui t et ôni ca port r ás del a é de acomodara vi da no es paçoent r edoi spl anoshor i z ont ai s r et angul ar esde i dênt i co t amanho” UNWI N, ,pg63. Épós s i velent enderopr oj et opr i mei r ament e anal i s ando o pi s o,que éel evadoem r el açãoaochão,ea cober t ur a como um parde pl anos hor i z ont ai sr et angul ar esde mes mo t amanho,um ex at ament eaci mado out r o.Oi t opi l ar esdeaçoem f or mat o de I ,i gual ment e es paçados s ol dam ef i r mamopi s oeacober t ur a Mi esut i l i z a gr andespanosde vi dr o como vedação da cas a,f or mando umaf achadai nt ei r ament et r ans par ent e.Duaspar cel asda cas a per manecem s em es s a vedação;doi s s ét i mosdoes paçodapl ant aent r ea


CASAF ARNSWORT H19451951 cober t ur a e o pi s o,e a s egunda pl at af or ma,pos i ci onadanadi r eção dor i o,quecr i aumat r ans i çãoent r e acas aeot er r eno,cr i andoumahi er ar qui a de f or a par a dent r o. Es s e conj unt ocompõeumai dei ades epar ação com o mei o nat ur ala s ua vol t a,o homem habi t ando aci ma do ambi ent e nat ur al . Ao mes mo t empo osel ement osbr ancos ,ospi l ar es , a cober t ur a e o pi s o, enquadr am oambi ent eex t er no. Mi escr i a um bl oco i nt er no par a gar ant i rus osmai spr i vat i vos ,de ar maz enament o,et ambém des et or i z ação dos es paços . Es s e núcl eo cont em doi sbanhei r os ,a coz i nha, uma l ar ei r a,e ar már i os .A pos i ção do bl oco de f or ma as s i mét i ca per mi t eacr i açãodees paçosdi s t i nt os , com f unçõesi mpl í ci t as .Al ém di s s o,a mat er i al i dadedopi s oes col hi dopor pel oar qui t et ot ambém aux i l i anes s a s et or i z açãos em par edes ,j á quehá uma es col ha pel o us o de uma mal ha quadr i cul ada de t r aver t i no, capazdeor denardel i mi t arambi ent es .Podes ef az erum par al el oent r e o Pavi l hão de Bar cel ona e a Cas a F ar ns wor t h, pr i nci pal ment e em r el ação à mal ha de r eves t i ment o dospi s o.A Pr i ncí pi o,es s a mal ha é vi s t acomos endoaor gani z ador ade t odooes paço,nacas aF ar ns wor t h,

porex empl o,or eves t i ment odemár mor et r aver t i no é o or gani z adorde t odososel ement ospr i nci pai sque s ãoempr egadosnacas a.Cont udo, no Pavi l hão, ao anal i s ar mai sa f undo a pl ant a per cebes e que os pi l ar es ,porex empl o,embor a que s i gam umadi s t ânci ai gualent r eel es , nem t odoscoi nci dem com osr ej unt est r ans ver s ai se l ongi t udi nai sdo r eves t i ment odopi s o.Embor aqueos quat r o pi l ar esdasex t r emi dadeses t ar em no módul o do pi s o,osout r os quat r o do mei o apenascoi nci dem com osr ej unt est r ans ver s ai s . Ex i s t em t ambém out r aspar t esdo Pavi l hãoquenãocoi nci dem com a modul ação, apar ededevi dr opr óx i ma aomenores pel hod’ água coi nci dem com osr ej unt est r ans ver s ai s das ex t r emi dades ,por ém não s e al i nham no s ent i do t r ans ver s al ,o mes moocor r ecom apar eder eves t i da deôni x .Es s espequenos“er r os ” demons t r am um cer t o conf l i t o com oqueMi esempr egava,evei oaempr egarna cas aF ar ns wor t h,queer a abus capel aor dem di mens i onal dos mat er i ai secomoes s eser am mont a dos .

I magem 154:per s pect i vadacas af r ans wor t h I magem 155:per s pect i vadacas af r ans wor t h

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05

02

06 03

1.Pl at af or madeent r ada 2.Pl at af or madeaces s o 3.Ves t í bul o 4.S al adej ant arees t ar 5.Coz i nha 6.Dor mi t ór i o

04 01

157

158 I magem 156:i magem i nt er na I magem 157:Di s pos i çãodosambi ent es I magem 158:es quema de ci r cul ação 144|145



MAQUET EF Í SI CA

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150|151



CONCL USÃO Éi ndi s cut í vela geni al i dade de Mi ess ej anocampodaar qui t et ur a, como em s ua at uação no des i gn. Aci ma de t udo,f oium dos ex poent esdo movi ment o moder no, bus cou s ol uçõesi novador aspar a s uas cons t r uções e t or nous e um qui t et ur a moder par adi gma da ar na.Depoi s de f or mado,com o pas s ardosanos ,ecom s uasi nf l uênci asdosmovi ment osvanguar di s t as , Mi es cons egue cons ol i dar uma gr ande t r aj et ór i a pr of i s s i onal na Eur opa,mes mo com a Guer r a,s e vendo obr i gado a mudar s e par a os Es t ados Uni dos ,el e cons egue darcont i nui dadeat r aj et ór i a. Ao l ongo de s uasobr aso ar qui t et ocons eguecons t r ui rumal i nguagem ar qui t et ôni capr ópr i a,que qual i f i ca s uasobr as ,e gar ant e um pr es t í gi o par a el as at é os di as at uai s . Es s a l i nguagem pr ovém des de o pr i ncí pi o de s euspr oj et os aopr omoverauni ãodapar t epr oj et ualar qui t et ôni ca com a cons t r ução,al goqueel eapr endecom s eu pai ,e é a par t i rdes s es pr ecei t osqueMi escons egueex pr es s ar af or ma pur a de s uascons t r uções . Par a el e,a ar qui t et ur a er a a con cepção da ar t e de cons t r ui r ,que pr eci s ar i ar es ul t arem uma cl ar ez a es t r ut ur aeumapur ez af or mal .Van

derRoheai ndaf oidi r et ort ant oda Bauhausquant odoI ns t i t ut odeT ecnol ogi a de I l l i noi s ( I I T ) ,es col asonde el e cons egue t r ans mi t i r di r et ament epar aosal unososs eusi deai s , s ej a no campo da ar qui t et ur a,do des i gn ou do ar t í s t i co.S endo que noI I T ,Mi esocupouocar godedi r et ordoDepar t ament odeAr qui t et ur a,onde f oir es pons ávelpel ai mpl ant ação da campus da f acul dade. Énot ávela s i gni f i cat i va par t i ci pação de L i l l yRei ch com Mi esno campododes i gn.Embor aque,por mui t osanosL i l l yt enhas i does queci dapel ahi s t or i ogr af i a,at ual ment eé i mpos s í vel não f al ar s eu nome. Mui t as vez es as s oci ada apenas com onomedeMi esvanderRohe eem s uaat uaçãoconj unt aem al gumasobr as ,Rei ch mai sdo que i s s o,r epr es ent ou uma gr ande i nf l uênci a no ár ea do des i gn.El a t ambém pos s ui gr andeat uaçãono movi ment o moder no,no campo damodae,ér es pons ávelpel aex pos i çãodeDi eWohnungem S t ut t gar tno ano de1927,dent r evár i as out r asex pos i çõess egui nt es . L i l l y Rei ch ai nda cons egue s e des t acarcomo s endo a pr i mei r a mul hera apr es ent aruma l i nha de mobi l i ár i ost ubul ar esf abr i cadapel a I magem 1:Mi esvanderRohe 152|153


empr es a Bamber g Met al wer ks t at t en.Éi nevi t ável nãoes t abel ecerum par al el o des s a época com osdi as at uai s ,em um moment o onde os movi ment os f emi ni s t as e a ocupação dasmul her esganham cada vezmai ses paço e voznass oci e dades ,masaomes mot empo,par adox al ment e,os di r ei t os del as s ão pos t os em voga por s oci edades com enr ai z ament os pat r i ar cai s .A per s ever ança de L i l l yem uma r eal i dade ai nda machi s t a,é r ef er ênci a ai nda hoj e par a osmovi ment osde l ut aedeconqui s t asdasmul her esna s oci edade.

I magem 1:L i l l yRei ch


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