RESPOSTA TÉCNICA – O cultivo da couve-de-bruxelas
O cultivo da couve-debruxelas Apresentação de informações e orientações gerais sobre o cultivo da couve-de-bruxelas. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI-RS Departamento Regional
Janeiro/2007 Edição atualizada em: 11/03/2014
RESPOSTA TÉCNICA – O cultivo da couve-de-bruxelas
Resposta Técnica
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FETT, Mauro Sander O cultivo da couve-de-bruxelas Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI-RS Departamento Regional 5/1/2007 Apresentação de informações e orientações gerais sobre o cultivo da couve-de-bruxelas. Como funciona o cultivo da couve-de-bruxelas? Qual é a melhor época de plantio? Como deve ser o manuseio desta cultura para se obter melhor rendimento? Horticultura exceto morango Agricultura; cultivo; couve; couve-de-bruxelas; horta; hortaliça; hortaliça folhosa; horticultura; vegetal Em: 11/03/2014 Por: : Luciana Junges Stein
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Solução apresentada A couve-de-bruxelas (Brassica oleracea L. var. gemmifera Zenk) é originária da Costa do Mediterrâneo e surgiu próximo do ano 1750 na Bélgica após um trabalho de seleção e melhoramento da planta (EMBRAPA). É uma couve grande e folhosa, na qual se inserem diversas pequenas cabeças na forma de repolhos na base das folhas ao longo de seu caule central. As plantas apresentam uma altura de 50,0 cm a 90,0 cm. Já as pequenas cabeças têm o tamanho semelhante ao de uma noz, com diâmetro de 1,9 cm a 5,0 cm (STEPEHENS). As figuras da planta e dos pequenos repolhos são apresentadas a seguir (FIG. 1 e 2):
Figura 1: Couve-de-bruxelas Fonte: Stepehens
Figura 2 : Couve-de-bruxelas (repolhos) Fonte: Kovatch
A couve-de-bruxelas se desenvolve de forma semelhante às demais couves e ao repolho, necessitando de uma longa estação fria para o seu crescimento. Devido a sua exigência climática, em torno de 15°C a 19°C, nunca obteve uma disseminação muito grande na área produtiva. O solo para o cultivo deve ser bem drenado e com grande disponibilidade de matéria orgânica. Solos mais arenosos são aconselháveis para plantas precoces e recomenda-se ajustar o pH do solo para 6,5 ou um pouco mais quando se busca rendimentos maiores. A forma de propagação da cultura se dá por semente, entretanto a semeadura normalmente não é direta. Primeiramente é realizada a semeadura em sementeiras para, posteriormente, efetuar-se o transplante.
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Recomenda-se preparar bem o solo do canteiro “sementeira”, levantando-o em 15 cm de altura. Espalhar e misturar bem 30 g de adubo NPK de uma fórmula comercial indicada para hortaliças ou 150 g de esterco bem curtido para cada 1 m2 de canteiro (ISLA, [20--]). O solo dos canteiros definitivos também deve ser bem preparado, levantando-se os canteiros em 15 cm de altura. Para estes canteiros procura-se colocar 300 g de uma fórmula de adubo NPK recomendada para hortaliças ou 1,5 kg de esterco bem curtido para cada 10 m2 de canteiro. O adubo, tanto o químico quanto o orgânico devem estar bem incorporados ao solo (ISLA, [20--]). A época mais recomendada para a semeadura da couve-de-bruxelas é de fevereiro a junho, colocando-se em torno de 200 g de semente por ha, sendo que a germinação ocorre normalmente entre 5 a 7 dias (ISLA, [20--]). O transplante para o local definitivo deve ser realizado de preferência em dias nublados, quando as plantas atingirem em torno de 10 cm de altura. Recomenda-se utilizar o espaçamento de 80 cm entre linhas e 40 cm entre plantas, obtendo-se uma população de 31.000 plantas/há (ISLA, [20--]). A irrigação, tanto nos canteiros “sementeira”, quanto nos definitivos, deve ser realizada pelo menos uma vez ao dia, preferencialmente no início das manhãs ou no final da tarde. O desenvolvimento adequado e uma boa produção de couve-de-bruxelas estão diretamente relacionados com a época de semeadura, já que esta é uma cultura de clima frio e necessita de ao redor de 90 dias após a germinação com temperaturas adequadas até a colheita. Temperaturas frias durante o desenvolvimento dos pequenos repolhos são importantes para sua qualidade e forma compacta. Para cultivos de verão recomenda-se procurar variedades resistentes ao calor, já que os pequenos repolhos que amadurecem em condições de altas temperaturas e umidade estão mais suscetíveis a doenças (KOVATCH, 2003). A colheita deve ser realizada quando os pequenos repolhos apresentarem o tamanho adequado e consistência levemente firme, antes deles se tornarem muito resistentes e amarelos. Os primeiros repolhos próximos à base da planta ficam prontos para colheita, em torno de 3 meses após o transplante. Retiram-se as folhas abaixo dos repolhos maduros e, em seguida, é efetuada a colheita girando-se os repolhos até descolarem do caule. Os repolhos são colhidos à medida que amadurecem, usualmente a cada duas semanas de intervalo. A colheita se estende pelo período em que novos repolhos são formados e vão amadurecendo (STEPHENS). A conservação dos repolhos é realizada em câmaras frias a uma temperatura de 0,0 °C a 1,2°C e umidade relativa de 90% a 95% (STEPHENS). Conclusões e recomendações O cultivo da couve-de-bruxelas não é plenamente difundido pelos horticultores no país, sendo, da mesma forma, pouco pesquisada pelas instituições publicas e empresas do setor. No geral, no cultivo de olerícolas recomenda-se a rotação de culturas nos canteiros, alterando hortaliças de folhas, com as de raízes ou as de frutos, evitando-se repetir plantas da mesma família nos canteiros por em torno de dois anos. O plantio de uma mesma hortaliça, ou de plantas de uma mesma família, leva ao esgotamento de nutrientes específicos no solo, requeridos por plantas semelhantes. Isso resulta na redução progressiva na produtividade e qualidade dos produtos. Além disso, este cultivo contínuo de espécies da mesma família resulta no incremento da incidência de pragas e doenças, relacionadas a estas plantas, podendo inviabilizar o cultivo na área.
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Informações técnicas mais detalhadas, bem como sementes, podem ser solicitadas às seguintes organizações ou empresas: EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA – EMBRAPA HORTALIÇAS End.: Rodovia Brasília/Anápolis BR 060 km 09 – Gama CEP: 70359-970 Tel.: (61) 3385 9000 Brasília-DF Site: <http://www.cnph.embrapa.br/> ISLA SEMENTES LTDA End.: Av. Severo Dullius, 124 CEP: 90200-310 Tel.: (51) 2136 6600 Porto Alegre-RS E-mail: <islã@isla.com.br> Site: <http://www.isla.com.br/> Fontes consultadas EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA – EMBRAPA HORTALIÇAS. Couve-de-bruxelas. Disponível em: <http://www.cnph.embrapa.br/bib/saibaque/couve_bruxelas.htm>. Acesso em: 05 jan. 2007. ISLA SEMENTES LTDA. Couve-de-bruxelas. Aprenda a cultivar. Disponível em: <http://www.isla.com.br/cgi-bin/aprenda_dicas.cgi?id=110>. Acesso em: 11 mar. 2014. KOVATCH, J. T. Brussels sprouts. Master Gardeners Journal. Ozaukee County UWExtension. March, 2003. Disponível em: <http://www.co.ozaukee.wi.us/MasterGardener/Journal/BrusselsSprouts.PDF>. Acesso em: 05 jan. 2007. OREGON STATE UNIVERSITY. Brussels Sprouts. Commercial Vegetable. Production Guides. Disponível em: <http://oregonstate.edu/Dept/NWREC/brussprt.html>. Acesso em: 05 jan. 2007. SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS – SEBRAE/MG. Cultivo de hortaliças. Ponto de partida para início de negócio. Disponível em: <http://www.sebraemg.com.br/Geral/arquivo_get.aspx?cod_areasuperior=2&cod_areaconteudo=231&cod_past a=234&cod_conteudo=1511&cod_documento=113>. Acesso em: 05 jan. 2007. STEPHENS, J. M. Brussels sprouts. University of Florida. IFAS Extension. Disponível em: <http://edis.ifas.ufl.edu/MV034>. Acesso em: 11 mar. 2014. Identificação do Especialista Mauro Sander Fett – Eng. Agrônomo
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