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Revealers AMANDA MARRONE
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Você é uma bruxa boa... ou uma bruxa má?
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Sinopse Jules, Dani, Zahara, Margo e Sascha são cinco adolescentes típicas. Exceto pelo fato de que gastam suas noites capturando e eliminando vampiros, lobisomens, fantasmas e demônios, tudo em nome de sua seita. Tem sido uma responsabilidade transmitida de mãe para filha há gerações. Jules está tentando fazer mudanças no funcionamento das coisas, mas cada vez se sente um pouco cansada com as regras aparentemente excessivas e regulamentos que parecem não ter muita influência no trabalho duro. E se pergunta por que se tornou tão ocupada com a caça nos últimos meses. Suas suspeitas começam quando Margo se torna a primeira do grupo, que comemora seu décimo oitavo aniversário, tornando-se uma participante dos segredos do funcionamento interno do Coven1. Depois da cerimônia, Margo se converte em um Bossier que nunca se apega a cerimônia nem às tradições mais rigorosas. Mas ela não disse exatamente isso, e Jules não pode deixar de notar que ela, inclusive com sua aparência, dá medo. E quando Sascha quase chega a seu décimo oitavo aniversário, pouco antes de tornar-se dependente de álcool, ela sabe que há algo errado em andamento e está decidida a descobrir o segredo antes de seu aniversário.
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Coven é o nome dado a um grupo de bruxos(as), que se unem num laço mágico, físico e emocional, sob o objetivo de louvar a Deusa e o Deus, tendo em comum um juramento de fidelidade à Arte e ao grupo.
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Capitulo 1
Acordo e olho minha janela. A capa de bruxa batia contra o interior do vidro, brilhante por uma magia enredada em seu interior. Pergunto-me qual dos meus supostos amigos lançou uma maldição em meu caminho. Posso ver o feitiço dançar em volta do vidro fazendo-o girar, ouço o sibilar das vassouras voando e o agitar das capas. Um, dois, três suaves aterrissagens fazem as folhas farfalharem pela porta de trás. A quarta bate no chão com força, e eu sorrio, pensando que seria melhor se Dani parasse de comer bolinhos ou ela não será mais capaz de sair do chão por muito tempo. A bola estoura em pedaços e se ouve o estrondo de vidro quebrado contra o rodapé. Margo. Maldita seja, ela sempre os quebra. Terei que pedir à minha mãe para fazer o próximo mais forte. Levanto-me da cama e visto um moletom e jeans. Espero encontrar meu gorro, porque com este maldito frio é impossível voar sem um. A última vez que sugeri que pegássemos um carro, Zahara praticamente arrancou minha cabeça... ―Vamos por ar ou não vamos!‖ Como se ela fosse tão tradicionalista. Ah! Pergunto-me o que sua mãe vai dizer quando perceber o piercing de língua que ela está usando. Quando desço as escadas, elas já estão entrando na cozinha. Eu queria que minha mãe mantivesse a porta trancada ou colocasse um feitiço de "não entrar", para manter Margo lá fora, no frio, por alguns minutos. Dani acena com a mão para mim - Oi, Jules. Sascha se ajoelha e Nuisance salta em seus braços, torcendo seu queixo contra ela, ronronando como um louco. Eu examino seus rostos, apenas Margo e Zahara pareciam irritadas, suas bochechas estão vermelho vivo, e eu respiro o ar enfumaçado da noite que trouxeram com elas.
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―Oi, meninas.‖ Zahara raspa o piercing de sua língua com os dentes da frente, e passa as mãos por seu curto cabelo preto. ―Bonita cabeceira de cama. Aparentemente você não sabia que estávamos vindo.‖ Passo meus dedos por meus cachos, e olho para o caldeirão borbulhando fervorosamente sobre o maçarico do fogão, vapor roxo-avermelhado voava para a atmosfera. - ―Mamãe! Por que você não me acordou?‖ Minha mãe entra na sala arrumando as almofadas enquanto olha sobre o pote. – ―Outra vez? Vocês meninas não saíram há algumas noites atrás?‖ Margo rola seus olhos e bufa. – ―Hum, não é como se eles mantivessem uma agenda ou algo assim.‖ Minha mãe lhe direciona um meio sorriso e dá de ombros. Eu odeio que ela esteja pegando isso de Margo, mas eu não sou melhor. Quanto mais Margo e Zahara competem pela Abelha Rainha, mais o resto de nós parece encolher em seu rastro. Bem, não Sascha. Sascha parece flutuar fora do círculo, intervindo apenas quando as coisas estão prestes a romper. Mas quando isso aconteceu conosco? Quando surgiu a necessidade de disputar posição ficou tão forte? Minha mãe suspira enquanto se dirige para o fogão. – ―Tem havido muito mais do que o habitual.‖ - Ela pega uma garrafa e joga algumas ervas na água até que o vapor saia de cor clara. – ―Você sabe quem é?‖ - Ela pergunta. Sascha assente. – ―Sim, é o cara que destroçou a Sra. Wilikings na semana passada. Seguiram-no. Deve ser um trabalho fácil. A Sra. Keyes disse que ele está naquele bar junto ao rio, por isso devemos ir andando antes que ele beba demais e desmaie.‖ Minha mãe levanta a cabeça e aperta os lábios. – ―Desculpe, eu não estava prestando atenção nisso, meninas. Há um filme realmente bom, e bem, eu esperava que vocês tivessem um par de noites livres.‖ Dani pisca os olhos para Margo e Zahara, então dirige um leve sorriso para minha mãe. – ―Está tudo bem, Sra. Harris, minha mãe também não viu isso.‖
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―Mas ela viu isso.‖ - Disse Margo. - "Não tínhamos que vir buscar você.‖ ―Estamos todas juntas agora.‖ - Sascha disse calmamente. – ―Vamos lá.‖ ―Eu tenho que encontrar um gorro primeiro.‖ - Pego minha capa de lã do cabide e abro o armário. ―Pelo amor de Deus." - Diz Zahara. - "Não está tão frio!‖ Lanço a ela um olhar duro, mas fecho a porta. – ―Tudo bem.‖ Sascha aperta minha mão com os dedos frios, enquanto nos dirigimos para a sala de lama2. ―Você irá se arrepender de não ter um gorro, está muito frio.‖ Claro que Sascha não morreria por causa de um gorro, ela prendeu seu esvoaçante longo cabelo negro em um rabo de cavalo enquanto andávamos. Como se alguém estivesse olhando. Mas eu, prefiro estar quente em vez de vaidosa, e não é como se um gorro pudesse amarrotar meus cachos. ―Tchau, meninas.‖ - Minha mãe disse. – ―Tenham cuidado.‖ Apertei meu casaco, agarrei minha vassoura, e segui-as para fora. Sascha estava certa: estava absurdamente frio. O vento batia no meu rosto como um chicote sugando o ar quente. ―Só um minuto.‖ - Voltei para a casa sacudindo a vassoura em minha mão, pronta para voar, manejando bem a embreagem para evitar perder meu aperto. Vasculhei rapidamente as caixas no armário e peguei meu gorro roxo. Quando voltei para fora, o queixo de Zahara está apertado rigidamente, ouço o clique de seu piercing impaciente sobre seus dentes. Margo sorri satisfeita. – ―Isso é realmente elegante!‖ Puxo a lã para baixo sobre os meus ouvidos. – ―Obrigada!‖
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Uma sala de lama ou mudroom é uma sala que é construída em algumas casas para agir como uma barreira entre espaços interiores e exteriores.
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Montamos em nossas vassouras, e Sascha diz – ―Eu faço isso.‖ – Ela agita seus longos cabelos ao redor de seus ombros. - ―Voamos na escuridão para o bem de todos, deixe-nos passar despercebidas até aterrissarmos em terra novamente.” Uma névoa brilhante nos envolveu e ficamos invisíveis. Inclino minha vassoura para o céu e ela se eleva. O ar frio corta através do meu casaco e faço uma anotação mental para pegar meus grossos suéteres no sótão. Margo voa junto comigo. – ―Sua mãe tem que fazer isso junto. Helena não vai tolerar esta merda.‖ ―Sim, bem, eu me pergunto o que Helena pensaria se soubesse que você estava por aí dizendo o primeiro nome dela como se vocês fossem melhores amigas. Fiquei com a impressão de que deveríamos chamá-la de ‗Sra. Keyes‘. Você quebrou outra bola, por sinal. Que diabos você estava tentando fazer?‖ Margo olha para baixo com seu nariz fino e pontudo, e com os olhos bem abertos. – ―Era só uma piada, o pior que poderia ter acontecido era você ter recebido uma boa sacudida. E a partir deste fim de semana vou fazer parte do círculo íntimo, e estou certa de que a Sra. Keyes insistirá em que eu use seu primeiro nome.‖ - Ela sorri abertamente, apontando sua vassoura para baixo, indo rapidamente para o lado de Zahara. Olho para trás, e puxo minha vassoura para cair ao lado de Dani. – ―Hey.‖ - Eu digo. – ―Como você está?‖ Dani sacode a cabeça. – ―Tenho um estúpido exame de química no primeiro período amanhã. Eu realmente deveria estar estudando agora.‖ ―Sinto muito ter me atrasado. Varei a noite passada e desmoronei cedo esta noite.‖ ―Tudo bem, mas Margo ficou doida por termos que vir te buscar. Claro que a mãe dela está sempre olhando seu caldeirão, sempre beijando bunda.‖ Eu ri, feliz por ter Dani ao meu lado. Seguimos pelo caminho em silêncio e então, me virei em sua direção. – ―As coisas estão tão estranhas ultimamente. Estou sempre com medo de dizer algo errado e perturbar Margo ou Zahara.‖ Dani acena. – ―Devemos estar juntas nisso, mas...‖ - Ela dá de ombros e olha em frente para Margo e Zahara. – ―Minha mãe disse que isso também aconteceu com elas.
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Ela disse que isto sempre acontece, quero dizer, só ás vezes quando um grupo de meninas pode sair junto sem alterar os nervos umas das outras. Mas temos que tentar nos manter juntas, ainda não há ninguém para nos substituir.‖ ―Elas estão fazendo mais difícil de querer ficar juntas.‖ Dani sinaliza com seu queixo em direção ao céu. – ―Olhe a Sra. Priss.‖ Sascha voa mais alto do que o resto de nós, o cabelo liso estendido atrás dela. ―Uma boa rajada e ela vai conseguir sair disparada voando assim.‖ Dani se aproxima mais de mim. – ―Connor está na faxina hoje a noite.‖ ―Percebi.‖ - Digo, esperando que soasse como se eu não me importasse. No entanto, Dani sabe o quanto eu gosto de Connor. Claro, vendo que Connor e Michael são os únicos meninos da nossa idade no Coven, não há muito para escolher. Mas Connor e eu éramos inseparáveis até que chegamos à sétima série, e nossas mães deixaram claro que precisávamos de um pouco de distância. Comecei a sair com Dani, e Connor passava mais tempo com Michael, mas sempre que estamos juntos ele adere ao meu lado e eu espero que ele ainda pense em mim tanto quanto eu penso nele. ―Quem está ajudando?‖ – Eu pergunto, com a esperança de que não seja o pai de Zahara. Tudo que ele faz é reclamar sobre quão ruim está suas costas e como ele realmente não deveria estar fora a noite no frio. Dani coloca a língua para fora. – ―Michael. Vamos esperar que ele tenha colocado um pouco de desodorante hoje.‖ ―Vamos... Michael é um doce!.‖ ―Eu sei que é, mas porque seus pais não lhe dizem que ele fede? Eu diria, mas não quero ferir seus sentimentos.‖ Sascha reduz à nossa frente e aponta para o estacionamento. ―Lá estão eles.‖ Aceno enquanto circulamos o terreno e pousamos ao lado do furgão de Connor. O glamour nos escondendo desaparece assim que nossos pés tocam o chão. Connor baixa a janela. – ―Ei, por que demoraram tanto tempo?‖
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Margo rola seus olhos. – ―O que você acha? Espero que sua mãe não fique chateada com isso.‖ Connor piscou com um olho para mim, e meu estômago deu voltas. – ―Não se preocupe, Jules, tudo o que importa é que o trabalho seja feito. Vou ligar para Michael, ele foi comprar bebidas para os meninos lá dentro.‖ Olho para Margo, sua carranca está iluminada pelas luzes de néon do bar, e tento não rir. Connor aperta um botão em seu celular e espera. – ―Ei! Já estão aqui.‖ ―Por que não nos aproximamos do rio?‖ - Eu digo. Tanto quanto eu gostaria de ficar com Connor, eu precisava me concentrar no que estávamos fazendo. Zahara concorda e se volta para o som da água. - ―Eu o unirei.‖ – Ela diz a Margo. Margo busca entre sua capa e tira uma pequena bolsa. – ―Aqui vamos nós.‖ Ela se vira para mim enquanto nós caminhamos entre as árvores. – ―Já terminou suas perguntas sobre Beowulf 3?‖ ―Sim.‖ ―Eu posso copiá-las antes da aula? Estava muito ocupada fazendo Binders4 para a Sra. Keyes.‖ - Assim pensei. Dani puxou minha manga e revirou os olhos. Tenho certeza que estávamos pensando a mesma coisa, Margo é uma beija bunda como sua mãe. ―Obrigada.‖ - Margo disse. – ―Levei uma eternidade para fazer apenas uma dúzia. Esqueci como é difícil enrolar essas estúpidas coisas em uma bola, e o maldito papel é tão fino que continuava se rasgando quando eu tentava dobrar a ponta para fechá-la.‖ ―Tem que ser fino‖ - Dani diz - ―assim abrirá quando você o jogar.‖ Margo fulminou Dani com os olhos e eu sei que ela daria uma merda para seu hábito de exagerar o óbvio. – ―Como se não soubesse! Eu só estava dizendo que é um pé no saco fazê-los!‖ 3 4
Beowulf: poema épico anglo-saxão anônimo. Bolas que elas usam para prender os lobisomens.
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Dani franziu os lábios por um momento, parecendo embaraçada. – ―Desculpe‖ Sascha pôs suas mãos sobre os ombros de Margo. – ―Esse é um bom lugar.‖ Formamos um semicírculo e esperamos. O rio está cheio e barulhento esta noite. Espero que seja suficiente para mascarar o som. ―Lá vêm eles‖ - Dani sussurrou. ―Quero que você saiba que eu nunca fiz isso antes.‖ - Uma voz de homem disse no escuro. ―Nem eu.‖ - Diz Michael. Eles vieram em torno de uma árvore e ele nos vê. ―Que merd...?‖ ―Te atamos a terra!” - Grita Zahara, enquanto lança o papel enrolado à terra, aos pés do homem. A bola explode em um banho de luz azul. Sujeira, galhos e folhas podres se juntam no que pareciam serpentes envolvendo-se em torno de seus pés e retorcendo-se em suas pernas e ao redor de sua cintura para mantê-lo no lugar. Vejo-o cobrir seu rosto redondo, enquanto pisco para afastar os ecos de luz dos meus olhos. Aproximamo-nos mais dele, nossos braços esticados para os lados formando um círculo, energia saindo das pontas de nossos dedos mantendo o círculo forte para o caso de ele ser capaz de se libertar. ―Que diabos está acontecendo?‖ - Pergunta ele, nos olhando. – ―Mike?‖ ―Vou pegar o saco.‖- Disse Michael, virando-se para o furgão ―Ei, Mike!‖ - O homem esforça-se para mover os pés. - ―Aonde você vai? Não me deixe.‖ ―Ouvimos dizer que você é um menino muito danado quando a lua cheia surge.‖ - Margo ri. ―Só vamos fazer isso.‖- Sascha diz, parecendo entediada. ―Olha, não sei sobre o que você está falando. Eu só vim aqui para...‖
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Ele para de falar e me pergunto o que Michael tinha dito para vir com ele. Sopros de respiração deixam sua boca em rajadas curtas. Ele se puxa aos joelhos, mas o chão da floresta o mantém preso. ―Temos razões para acreditar que você é responsável pela recente atividade lobisomem.‖ - Diz Zahara, como se fosse uma policial. – ―O que você tem a dizer como defesa?‖ ―Merda.‖ - Ele diz.- ―Olha, eu nunca machuquei ninguém. Eu tomo precauções.‖ Zahara zomba. – ―Que engraçado, eu acho que Annie Wilkins e Steven Gardener não concordariam... se eles estivessem vivos, é claro.‖ ―Steven foi antes que eu conseguisse um observador. E, e... Annie, isso foi um acidente, eu juro. Eu... eu gostava de Annie... eu nunca teria lhe ferido de propósito. Alguma coisa saiu errada, mas nunca mais voltará a acontecer.‖ Margo acena sua cabeça. - ―Estou condenadamente segura que não vai acontecer novamente.‖ ―Vamos lá" - diz Sascha - "Vamos acabar com isso." ―Ele precisa mostrar algum remorso!‖ - Zahara interrompe. Margo olha para Z. - ―Quando é que eles mostraram remorso?‖ ―Oh, meu Deus, vocês são parte daquele grupo, né? Oh, Deus, não. Vou deixar a cidade, por favor. - Roga ele. - ―Apenas me deixe ir!‖ Lágrimas brilham em sua face. Odeio quando alongamos as coisas como agora, odeio como eu começo a sentir pena deles. Zahara suspira. - ―Tudo bem, tudo bem, vamos fazer isso.‖ O homem sorri, ele deve ter pensado que Z estava falando de deixá-lo ir. Todos nós estendemos nossas palmas para ele e gritamos: - ―Revele-se!‖ Redemoinhos de luzes amarelas em torno dele formam uma bola sobre sua cabeça. Ele olha para o céu com os olhos aterrorizados. Eu sei que ele está sentindo a vinda da mudança e instintivamente procurando pela lua redonda que não está lá.
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―O que me fizeram? Isto não deveria estar acontecendo... não é a hora!‖ – ele grita. - ―Por favor, me dê outra chance.‖ Eu queria desviar os olhos, mas eu nunca o faço. Preciso ver a mudança para me preparar para o que vem depois. Seu rosto se retorce e se estende em um longo focinho. Alegro-me de que a água correndo atrás de nós afoga o som dos ossos aumentando de tamanho a um grande ritmo. Suas roupas se rasgam e caem. Meu olhar navega entre suas pernas e sinto meu rosto corar. O escuro e grosso cabelo preto cresce, cobrindo-o, e ele está completo. Ele rosna para nós, apontando com seu focinho de uma pessoa para outra, rasgando o ar com garras afiadas como navalhas. Busco entre os bolsos de minha capa e puxo minha arma, recém carregada com balas de prata. Com os braços estendidos aponto diretamente em seu peito e disparo. Todas nos afastamos evitando o vapor enquanto ele cai. Eu não assisti seu corpo mudar mais uma vez, eu queria lembrá-lo como um lobo e não como um homem, assim é mais fácil para eu dormir a noite. Michael caminha até a frente com o saco para o corpo. - ―Bom trabalho.‖ ―Alguém quer sair um pouco depois disso?‖ - Pergunta Connor enquanto ajuda Michael a estender o saco. Margo sorri. – ―Eu adoraria!‖ Zahara levanta uma garrafa de sua capa, toma um gole e entrega a Margo. – ―Eu também. Poderíamos voltar para sua casa, Connor. Margo tem um monte de Binders para dar a sua mãe.‖ Connor olha para mim. – ―E você, Jules?‖ Encolho-me, sentindo-me esgotada. – ―Eu deveria ir para casa, estou cansada e já é muito tarde.‖ Ele faz cara feia encolhendo os lábios, e quase mudo de ideia, mas Zahara e Margo trocam olhares, e não quero agüentar mais da merda delas esta noite. ―Ei, Michael, o que você disse ao garoto para que ele viesse aqui?‖ - Eu pergunto, mudando de assunto. Michael olha para cima e pisca para mim. ―Sexo oral.‖
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Balançando minha cabeça, pego a garrafa de Margo. O frio do metal coça minha boca enquanto o conhaque desce queimando em minha garganta. Eu odeio o gosto que tem, mas Zahara se recusa a encher o frasco com vinho ou qualquer outra coisa porque ―o conhaque é a tradicional bebida após-uma-matança.‖ Claro que não ajuda ter Helena como responsável, fazendo com que as coisas sejam ridiculamente da velha escola. Dou a Dani, que toma um gole rápido. – ―Eu tenho prova de química.‖ Sascha estende sua mão e segura a garrafa. – ―Eu tenho que terminar uma tradução de francês.‖ – Ela toma um longo gole e coloca a garrafa em sua capa. – ―Não se importa de eu pegar emprestado, certo, Z? Minha mãe percebeu que estava faltando um pouco de sua bebida e encantou todos os frascos para que eles só se abram para ela. Mas vou precisar de um pequeno zumbido para me ajudar a interpretar Le Petite Prince, c'est tres difficile pour moil 5.‖ ―Está bem.‖ - Diz Zahara. – ―Mas não beba tudo, não quero a Sra. Keyes na minha bunda por gastar seu melhor brandy tão rápido!‖ Ela lança um olhar de desculpas para Connor, mas ele apenas sorri. Ele sabe o cão que sua mãe poderia se tornar. Sascha acaricia a garrafa em sua capa. – ―Não se preocupe, com apenas um pouco já tenho o suficiente.‖ - Ela monta em sua vassoura e se dirige em direção às árvores. – ―Nos vemos mais tarde.‖ Michael e Connor grunhem quando colocam o homem no saco. ―Qual era o nome dele?‖ - Pergunto. Michael passa sua manga na testa. – ―Uh... Jack.‖ Connor sobe o zíper do saco e para, esfregando as mãos em seus jeans. Olho para a brilhante lua crescente. – ―Descanse em paz, Jack.‖ Connor ri. – ―Você é tão suave, Jules! Tem certeza que não pode se juntar a nós?‖ ―Se ela está cansada, está cansada.‖ - Margo diz. 5
O Pequeno Príncipe, isto é muito difícil para mim.
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Dani suspira. Eu me pergunto se ela esperava que Connor pedisse a ela para ir também. Ela cruza os braços em seu estômago. – ―Bem, como eu disse, eu tenho que estudar.‖ - Ela se inclina e beija na bochecha de cada um, algo que costumamos fazer o tempo todo, mas agora parece estranho e forçado. ―Eu vou com você.‖ - Digo, enviando beijos pelo ar para Zahara e Margo. Aperto o ombro de Michael, e em seguida, coloco uma de minhas mãos no rosto de Connor e dou-lhe um longo, molhado, beijo em cheio na boca. Ele pressiona seus lábios contra os meus e eu me afasto. ―Tchau.‖ - Sussurro. Monto em minha vassoura, meu coração batendo contra meu peito mais forte do que a água sobre as rochas. Eu olho para Zahara e Margo e fortemente tento não rir de suas caras com os olhos arregalados. – ―Divirtam-se, rapazes.‖ Quando chegamos ao estacionamento, Dani explode em risada. – ―Oh, meu Deus, Jules... você é a melhor! Não posso acreditar que você fez isso. Viu a cara delas? Você viu? E ele totalmente devolveu o beijo!‖ Deixo um sorriso cruzar meu rosto e me pergunto se ele pode sentir o gosto do conhaque em seus lábios. Só espero que não haja um inferno a pagar amanhã.
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Capitulo 2
Caminho para a cozinha, e fico aliviada ao ver que o vapor da caldeira ainda está claro. É raro sermos chamadas duas vezes em uma noite, mas do jeito que as coisas estão ultimamente, eu não me surpreenderia. O ar da cozinha aquece minhas mãos, durar de pegar a vassoura. Verifico minha capa para ver se tem sangue, e depois a jogo na cadeira. ―Estou em casa.‖ Minha mãe arrasta os pés, envolta em um grosso roupão azul com Nuisance ondulando entre suas pernas. – ―Desculpe por antes, eu deveria ter prestado mais atenção.‖ ―Eles também podem ligar. É totalmente arcaico olhar este equipamento mudar de cor durante 24 / 7.‖ ―Você sabe que Helena gosta de manter a forma antiga de fazer as coisas, tanto quanto seja possível.‖ ―Bem, isso é estúpido.‖ - Afasto a cadeira da mesa e bato em meu colo até que Nuisance pule. ―As coisas correram bem?‖
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―Sim, mas ele sabia de nós.‖ - Tento apagar sua voz suplicante da minha cabeça. ―Palavras correm soltas. Aquelas coisas nos confundem, e avisar aos outros.‖ ―Então, você acha que ele deixou a cidade há muito tempo atrás.‖ Minha mãe sacode a cabeça. – ―Ninguém nunca disse que os lobos eram inteligentes.‖ Nuisance cheira minha capa, e salta para o chão. ―Ninguém nunca disse que cheiravam bem, também.‖ - Caminho até o cabideiro e penduro minha capa, depois abro o armário e pego uma pá e uma vassoura. – ―Margo lançou algum feitiço pelo caminho e quebrou minha bola. Você pode me fazer outra? Uma forte?‖ ―Você poderia fazer uma. Há séculos que você não tenta.‖ ―Uh, faz séculos porque odeio soprar o vidro, é muito quente e não consigo que o vidro forme uma bola, muito menos trabalhar em qualquer projeto dentro.‖ Minha mãe ri. – ―Isso é muito ruim. Eu planejava estar na fábrica amanhã, de qualquer maneira. Estou experimentando um novo estilo de bola para Helena. Vou fazer um par de paredes mais grossas e cordas extras para você.‖ ―Experimentando?‖ ―Temos algumas ideias sobre outras maneiras em que poderíamos usar as bolas. Se conseguir que funcionem, poderiam enviar o Coven em uma nova direção.‖ ―Se isso nos coloca no século XXI, então estou a bordo.‖ ―Nem todos pensam em seguir os velhos costumes.‖ ―Sim, mas nem todas beijam a bunda como Zahara e Margo.‖ ―Cuidado com essa linguagem!‖ ―Desculpe, mas às vezes eu simplesmente não consigo ver o ponto. O mundo ao nosso redor continua se movendo, e nós estamos presas caçando pesadelos da mesma forma que faziam há trezentos anos atrás.‖ ―É graças a nós que o mundo pode seguir em frente.‖
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―Sim, sim... sem nós o mundo estaria cheio de criaturas... blá, blá, blá. Do jeito que eu vejo isso, estamos apenas fazendo uma ligeira quebra na população de monstros em nosso pequeno cantinho de Connecticut.‖ Minha mãe me olha como se eu tivesse três anos, e estava prestes a explicar os detalhes do Coven, pela primeira vez. ―Eu sei que qualquer coisa que matemos faz uma diferença e salva vidas.‖ - Eu digo. ―Certo, e uma estaca no coração ao estilo antigo faz o trabalho. Então, o que precisa mudar?‖ Coloco a pá sobre a mesa e sento na frente dela. – ―Nada, suponho, mas quando você estava caçando, nunca quis sair e ter uma vida normal?‖ ―Isso é normal, para nós. Mas sim, às vezes é difícil ver as outras meninas na escola, sabendo que elas podem dormir tranquilamente à noite, sair com os rapazes e nunca se preocupar com a maneira correta de estacar um vampiro. Naturalmente, nada disso é tão duro como a primeira vez que eu tive que te enviar para sua primeira caçada.‖ ―Caramba, o quão difícil é o fato de mandar sua filha para caçar um vampiro? Não é como se você pudesse ter sabido que a coisa hipnotizaria Dani e Sascha na inutilidade, e nós quebramos quatro estacas antes que Zahara conseguisse cravar uma, certo? Mas, novamente, só tínhamos treze anos!‖ ―Você tinha prática.‖ ―Cravar uma estaca no feno não é o mesmo que fazer um vampiro com força sobre-humana virar pó.‖ Minha mãe esfrega os olhos e boceja. – ―Te dá resistência necessária, ainda que... agora você sabe quanta força é necessária para cravar uma estaca.‖ ―Suponho que eu deveria estar agradecida de que não tenha sido um lobisomem, ou eu teria sido caçada depois que eu me transformasse em um lobo durante a seguinte lua cheia!‖ ―Oh, deixe de se fazer a rainha do drama. Você nunca poderia fazer que um lobo se revelasse por si mesmo a menos que ele esteja ligado ao local e fora do ângulo para morder! Mas eu vou lhe dizer um pequeno segredo.‖ ―O quê?‖ - Pergunto, parecendo entediada.
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Minha mãe passeia ao redor da mesa e coloca uma mão sobre a minha. – ―No primeiro par de meses... estávamos observando vocês, e prontas para intervir se as coisas se descontrolassem.‖ Eu puxo minha mão e dou-lhe um olhar incrédulo. – ―Você não acha que as coisas ficaram um pouco fora de controle em nossa primeira caçada? Terminei com 15 pontos antes que pudéssemos estacar a Srta. Melissa!‖ Eu balanço a cabeça. Ainda me lembro vividamente da dor, quando a Srta. Melissa me cravou seus novos dentes no ombro depois da minha estaca ser cravada em seu esterno. Ainda me lembro da loucura em seus olhos quando nos atacou com os dedos como garras. E Dani literalmente mijou nas calças, algo que Margo ainda lhe enche. ―Se vocês soubessem que estávamos lá‖ - minha mãe continuou – ―talvez tivessem travado, pensando que nós interviríamos. Pelo que me lembro, vocês estavas muito feliz quando chegaram a casa de Helena.‖ ―Ficamos felizes porque estávamos vivas!‖ Bem, nós estávamos felizes até Helena fazer cada uma de nós tomarmos uma dose de conhaque. Sascha foi a única que não protestou, para não mencionar o quão errada ela estava dando álcool para meninas da oitava série, nós apenas entramos na coisa ―é apenas uma tradição.‖ - Falo novamente. ―De qualquer forma, estou certa de que isto não é o que eu quero fazer com a minha vida.‖ ―Só tem que fazer isso até que a próxima geração esteja pronta para assumir o controle.‖ ―Sim, essa é outra coisa: o que acontece se eu não quiser me casar e te um filho que terá de assumir a caça? Talvez eu goste de garotas, ou talvez eu queira fazer algo mais com a minha vida como ser uma veterinária ou algo assim. Sério, ajudar cachorros doentes soa muito melhor do que atirar em lobisomens à queima-roupa.‖ Minha mãe abre a boca e dirige-se a mim no território – ―Você entenderá tudo quando completar dezoito anos.‖ ―Querida, basta esperar um pouco mais. Falta apenas dois meses para seu aniversário, você fará parte do círculo íntimo, seu futuro e seu lugar no Coven estarão evidentes. Você terá que entender.‖ - Ela se levanta e apaga o fogo do fogão. – ―Olha, já é tarde, por que você não vai para a cama?‖
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Começo a subir as escadas,então me inclino sobre o corrimão. – ―Esta noite eu beijei Connor. E ele também me beijou!‖ Os olhos de minha mãe se arregalaram, e vejo o pânico em seu rosto durante uma fração de segundo antes dela apertar os olhos. Por que não posso manter a boca fechada? Ela toma uma respiração profunda, como se estivesse tentando manter a calma. ―Jules, basta continuar enfiando seu nariz nos seus livros e em nossa missão, e manter-se longe de Connor. Quando for a hora certa você encontrará alguém adequado. Talvez seja Connor, mas agora não é o momento.‖ ―Caso você não tenha notado, eu tenho uma mente própria, e quem diz que agora não é o momento?‖ - Piso fortemente nas escadas, avaliando se ela ia me tratar como uma criança de três anos, e também se eu poderia atuar como tal. Bato a porta, jogo a pá e a vassoura no chão, e fracassada me jogo na cama. Estou tão farta dos segredos, de tudo. Por que não nos dizem o que está acontecendo? Se já temos dezessete anos, por que é tão mágico ter dezoito? E onde entra o Coven dizendo quando eu posso estar com alguém? A idéia de que todas nós tenhamos a próxima geração de caçadoras ao mesmo tempo é uma loucura! Tenho a tentação de ignorar o vidro quebrado, mas então penso que Nuisance pode se machucar. Levanto e começo a varrer e recolher, e pulo de susto quando algo bate na minha janela. Desligo a luz e olho para janela. Connor está do lado de fora, acenando para mim. Coloco minha mão sobre a janela, meu coração batendo pelas palavras de minha mãe ecoando em minha cabeça. Aceno para ele... não certa se ele pode me ver, então passo os dedos por meus cabelos. Caminho de volta até minha porta e giro a maçaneta com a mão trêmula. Escuto no topo das escadas, e ouço vozes abafadas vindas da televisão. Umedeço os lábios e sussurro – Vôo no escuro para o bem de todos, deixe-me passar despercebida até que aterrisse de novo. - Minha sombra desaparece da parede quando o nevoeiro me envolve. Desço a escada, fazendo caretas com o ranger da madeira. Nuisance olha de sua cama de gato quando chego na parte de baixo, e me pergunto se também sou invisível para os animais.
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Deslizo pela porta dos fundos e ando ao lado da casa. Connor está olhando para a minha janela. – ―Jules? Você está aí? Jules?‖ – Ele me chama baixinho. Na ponta dos pés ando até ele, cubro seus olhos com minhas mãos, e sussurro – ―Buh!‖ Ele se vira e ri, estendendo a mão para mim, e eu passo para o lado quando seus dedos tocam no meu braço. Ele se lança em minha direção e bate na minha bunda com a mão. ―Ei, cuidado!‖ ―Se eu não posso te ver, não é minha culpa se agarro algo que não devo!" – Ele estende a mão e bate no ar polegadas na minha frente. - "Mas deve ser muito legal beijar uma menina invisível!‖ Dou um passo para trás e uma vareta estala sob meus pés. Connor salta para frente e envolve seus braços em volta da minha cintura. Inclina-se para mim e seus lábios escovam contra minha bochecha. Eu me revolto, e indiferente o empurro para longe. ―Quem falou alguma coisa sobre beijar? E o que você está fazendo aqui, de qualquer forma?‖ Connor me deixar ir e se afasta. O ar frio se precipita entre nós, e eu desejo ainda estar em seus braços. - ―Minha mãe dispensou Margo e Z porque é noite de escola e também porque ela está pesquisando algum feitiço.‖ – Ele me dá um sorriso torto e sinto minhas pernas bambas. – ―E quanto a parte do beijo... você começou isso. Só vim para ver se você queria continuar.‖ Dessa vez deixei ele me puxar para seus braços. Levanto meu queixo e seus lábios frescos pressionam os meus. Quantas vezes sonhei com isso? Quantas vezes disse a mim mesma que isso nunca poderia acontecer? ―Nós não deveríamos estar fazendo isso.‖ - Sussurro. ―Isso é parte da diversão.‖ ―E se a minha mãe nos pegar, ou sua mãe descobrir?‖
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Ele se inclina e me beija outra vez, sua boca insistindo em meu lábio inferior. – ―Desde quando você se preocupa com as regras?‖ Afasto-me dele e dou um passo para trás. – ―É por isso que você está aqui? Por que você acha que de todas nós, eu seria a que não se preocuparia em quebrar as regras?‖ Ele se aproxima e pega minha mão. – ―Jules, você sabe que eu sempre gostei de você, e depois do beijo desta noite, eu tinha bastante certeza que estávamos na mesma onda.‖ Quero acreditar nele, quero que seja verdade. – ―Mas a sua mãe...‖ ―Minha mãe precisa de um toque de atenção. Você e eu sabemos que as coisas não podem continuar iguais para sempre.‖ Uma forte rajada nos golpeou. - ―Vamos.‖-Conduzi Connor ao estúdio de minha mãe no pátio de trás. Levanto meu braço pela chave que está no parapeito e abro a porta. O ar interno está frio e cheira a fumaça velha. Levo-o para o sofá está em frente à janela com vista para a lagoa. Dezenas de bolas de vidro estão penduradas na cortina, brilhando na lua, e eu levanto minha mão para uma. – ―Luz.‖ - Sussurro. Meu feitiço pega os fios de vidro dentro da bola, banhando-nos em um suave brilho azul. – ―Tem certeza sobre isso?‖ – Pergunto. Connor estende a mão, me puxa para baixo, e me pega em seus braços. – ―Lutarei por você se tiver que fazê-lo.‖ Ele enterra seu rosto em meu pescoço e eu respiro sua colônia de sândalo. Nossas pernas se enrolam uma na outra, e cada centímetro da minha pele parece vivo pela primeira vez. Por que temos que deixá-los nos manter separados? Ele beija minha orelha, seu dente prolongando em meu lóbulo. Eu pressiono meus quadris nos dele pensando que o Coven está muito atrasado para uma mudança.
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Capitulo 3
Eu estou passando pelos armários cor de pêssego com um sorriso bobo em meu rosto. Eu normalmente lançava um feitiço para não chamar atenção no corredor, mas hoje eu quero que todos me vejam – para ver que estou diferente. As garotas que geralmente me ignoram, mesmo quando estou em público, estão lançando olhares na minha direção. Eu as encaro nos olhos e reprimo o impulso de dizer que eu estava com Connor Keyes ontem à noite! Um arrepio corre pela minha espinha só de pensar nisso – nele – e no que fizemos. Parte de mim está um pouco preocupada em encarar Margo e Zahara – como se elas pudessem perceber só de olhar para mim. Quando eu empurro a porta para o pátio e as vejo na nossa mesa no canto mais distante, faço uma nota mental para esquecer a sensação da pele nua de Connor na minha – parecer não me importar. Margo me localiza e acena. - ―Jules! Onde você esteve? A aula vai começar em quinze minutes.‖
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Me sento ao lado dela, e entrego minhas questões sobre Beowulf. - ―Eu suponho que você estava procurando por isto?‖ ―Sim!‖ Margo diz, arrancando minha lição de casa. Ela olha no meu rosto e sorri. ―Você parece acabada.‖ ―Eu adoro como você me bajula quando precisa copiar meu trabalho. Eu não dormi muito ontem à noite, tudo bem?‖ Por que eu estava ficando com Connor. ―Nem me fala,‖ Zahara diz, ―Eu nunca durmo bem depois de matar lobos – eu apenas deito na cama e fico imaginando seus rostos mudando – ugh.‖ ―Então, vocês se divertiram na casa do Connor?‖ eu perguntei, tentando não sorrir com satisfação. Margo levanta os olhos de seus papéis. ―Totalmente!‖ Zahara revira os olhos. ―A Sra. Keys nos expulsou depois de cinco minutos. Ela estava trabalhando em algum feitiço para usar com as bolas de bruxaria da sua mãe.‖ ―O que eu quis dizer,‖ Margo disse, ―é que nós nos divertimos muito antes de ir para casa dele. Connor estava arrumando a van e nós contando sobre a bruxa que visitou a mãe dele porque estava interessada em se juntar ao Coven – já sabe – uma total nós-podemos-fazer-feitiços-magicos-de-amor com jeito de perdedora e tudo. Aparentemente ela quase desmaiou quando a Sra. Keyes contou a ela o que fazemos! E se você pode acreditar, Michael não estava totalmente idiota. Ele estava, realmente, um pouco engraçado.‖ ―Ela está certa‖ Z adiciona. ―E eu acho que alguém alertou Michael sobre o problema do odor corporal. Eu pude ficar de pé perto dele sem ter que respirar pela boca.‖ Eu noto Margo observando alguém atrás de mim, e me viro. Dani estava andando com Evan Klein. Eu olho de volta para Margo, e vejo seu lábio superior desenhar uma posição de chacota. ―Você precisa falar com Dani,‖ ela diz. ―Ela provavelmente estava estudando para seu teste de química com ele. Nada para se ter a impressão errada.‖
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Zahara dá uma espiada rápida. - ―Não, ela está certa. Dani vem andando muito com ele, e todas nós sabemos que ela não tem força de vontade. Ela é tão necessitada e faminta por atenção – você pode imaginar ela dizendo não se ele a chamar para sair?‖ ―A questão que é,‖ eu digo, ―todas nós somos famintas por atenção.‖ Margo aperta os olhos. ―Mas Dani é fraca.‖ Ela apontou um dedo para Evan e assopra. ―Jesus, eu sinto um arrepio no ar. Eu espero que Evan não escorregue em um caminho de gelo.‖ Evan tropeça e se estatela no chão. O pátio se enche de risos enquanto um tremular de papéis chove sobre ele. ―Opps!‖ Margo diz. ―Isso foi necessário?‖ Pergunto. Margo suspira. ―Talvez não, mas foi divertido e conseguiu a atenção dela.‖ Dani estava olhando para nós enquanto ajudava Evan a se levantar. Eu me apoio no caso de ela decidir lançar um feitiço em nossa direção, mas ela apenas franze o cenho e começa a pegar os papéis. ―O que conseguiu a atenção de quem?‖ Sascha pergunta, colocando uma bandeja na mesa próxima a Margo. Ela joga o cabelo para trás e nos entrega cafés. Eu seguro o copo com ambas as mãos para aquecer meus dedos. ―Da Dani,‖ Margo disse. ―Ela está passando muito tempo com aquele idiota do Evan, e eu meio que o fiz tropeçar.‖ Sascha balança a cabeça, sacudindo seu cabelo em torno dos ombros. ―Guarde os feitiços para as detestáveis líderes de torcida. Dani sabe que garotos estão fora de questão, e vendo como a Sra. Keys a assusta completamente, eu não acho que ela iria fazer qualquer coisa que a mandasse para um passeio.‖ ―Ao contrário de algumas pessoas.‖ Zahara se vira para mim. ―O que?‖ Eu desejo que minhas bochechas não fiquem vermelhas, e encontro os olhos castanho escuro de Z,com o que eu espero que seja um olhar combinado de inocência e ignorância. ―Você e Connor estavam um pouco amistosos ontem à noite.‖ ―Eu perdi alguma coisa boa?‖ Sascha pergunta, se inclinando.
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Minhas bochechas coram, e eu estudo o topo do meu copo de café – se elas apenas soubessem a metade da historia. ―Não.‖ Zahara joga a cabeça para trás e ri. ―Sim! Jules deu a Connor um monstruoso beijo de boa noite – ela praticamente perdeu a língua na garganta dele.‖ ―Eu não perdi minha língua na garganta dele!‖ Que você saiba. ―Pela primeira vez, senti vergonha por você‖ Margo disse ―A não ser que você queira que os garotos no Coven pensem que você é fácil?‖ ―Todos os dois?‖ Sascha pergunta. ―Margo, querida, você apenas está nervosa por não ter tentando primeiro‖ Zahara diz. Os olhos de Margo se arregalam e eu fico tentada a cumprimentar Zahara. Eu odeio admitir, mas parte de mim adora totalmente quando essas duas se estranham – especialmente se isso tira a atenção de mim. ―Ao contrário de algumas pessoas,‖ Margo diz, ―eu não tenho qualquer desejo de quebrar as regras.‖ ―Você quer dizer as regras projetadas para sugar a diversão de nossas vidas?‖ Sascha pergunta. Ela se endireita e estreita os olhos. ―Uma boa caçadora mantêm sua distância de pessoas fora do coven,‖ ela diz com um toque de gelo em sua voz – fazendo uma imitação satisfatória da Sra. Keys. ―Um boa caçadora se mantêm casta‖ Z adiciona. ―Uma boa caçadora irá explodir pela falta de contato com o sexo oposto,‖ Sascha diz sem expressão. Margo balança sua cabeça em desgosto. ―Uma boa caçadora irá cortar o papo furado e fazer o que ela deveria fazer ―Deus, Margo,‖ Zahara diz. ―Alivia.‖
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―Você devia falar!‖ ela diz. ―O jeito que você estava atormentando aquele lobo ontem a noite foi um pouco demais.‖ ―Acalme-se‖ Sascha diz. ―Além disso, há maneiras de contornar as regras.‖ ―Como o quê?‖ Eu pergunto, esperando que o que quer que diga possa ajudar Connor e eu. ―Bem, nós não devemos nós envolver com caras do Coven, certo? Sabe, até o tempo que o grupo anormal que criou o Coven planejou – mas eles nunca disseram que não podíamos nós divertir com caras de outros Covens. Lembram da reunião do solstício junho passado?‖ Zahara sorri intencionalmente. Margo olha de uma para outra. - ―Oh, meu Deus! Você duas ficaram com alguém?‖ Os lábios de Sascha se curvam muito ligeiramente. ―Vamos apenas dizer que aquele gostoso do Coven de Massachusetts – Kyle, aquele com a camisa havaiana – sabia como se mover na escuridão.‖ ―O cara com os dreads negros,‖ Zahara disse. ―Dava beijos bem quentes, mas maldição,não consigo lembrar o nome dele.‖ Elas se viraram para mim e eu encolho. ―Uh, eu saí com Dani e Michael naquela noite – e vendo como estava, tipo, uns vinte sete graus do lado de fora,o fedor de Michael manteve quase todo mundo afastado.‖ ―Certo, qual de você fez Evan tropeçar?‖ Dani estava parada no fim da mesa – ela perguntou a todas nós, mas seus olhos estavam presos em Margo. ―Foi apenas uma brincadeira,‖ Margo diz. Me movi, assim Dani podia se sentar. Sascha entrega café a ela. ―Bem, não foi engraçado. Eu tenho que passar nesse teste e ele estava me ajudando até que caiu. Ele teve que ir até a enfermaria por um curativo e um saco de gelo.‖
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―Bebê,‖ Margo sussurra. ―Ele rasgou um buraco nas calças e tem sangue por todo lado!‖ Margo sacode a cabeça. ―Desculpe, eu não sabia que você dois eram tão próximos.‖ ―Nós não somos! Foi – uh, apenas pelo teste, sabe?‖ Dani fala confusamente. ―E – e você nunca pensou que nós podemos chamar mais atenção para nós mesmas, mantendo entre nós, em vez de realmente, tipo, falar para outras pessoas?‖ Zahara abre sua boca para falar, mas Sascha dá uma leve batida com um dedo em seu lábio – seu sinal quando ela pensa que tem algo importante a dizer. ―Sabe,‖ ela diz movendo seu dedo para apontar o restante do pátio, ―Dani não está totalmente errada nisso.‖ Dani se endireita, dando a Margo um sorriso de eu-lhe-disse. ―Se você pensar sobre isso,‖ ela continua, ―quanto mais ficamos afastadas, mais podemos provocar curiosidade entre alguns dos nossos mais curiosos colegas de classe.‖ ―Como o amigo finlandês de Evan,‖ Zahara diz. ―Ele está sempre reparando em nós. Eu fico imaginando se ele, de alguma forma, sabe o que somos.‖ Eu aceno com a cabeça, pensando em todas as vezes que me disfarcei no corredor – geralmente todo mundo passa a minha volta – como se eles tivessem consciência de alguma coisa se movendo no corredor, mas eles não pudessem realmente ver. Mas um par de vezes o finlandês tinha caminhado direitamente para mim, e eu tive que desviar no último segundo para evitar uma colisão. E eu já o peguei encarando Sascha antes. Ela é linda, tão normalmente que não seria muito estranho, exceto que a maioria das crianças aqui de fato nos ignora. ―E então no lado oposto do espectro,‖ Sascha diz, ―nós temos Brooke Brennan, que não notaria se nós voássemos para casa em nossas vassouras.‖ Ela toma um gole de café e dá a Margo um olhar inteligente. ―Vamos voltar aos garotos! Margo, você pode realmente nós dizer que nunca sentiu nada por um cara?‖ A boca de Margo caí por um segundo, então ela enruga seu nariz pontudo. ―Não!‖ Dani se vira para mim – sobrancelhas levantadas.
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―Nós estávamos discutindo a regra não aos garotos,‖ eu digo, ―e como você pode contorná-la.‖ Dani se ruboriza. - ―Uh.‖ ―Se expresse como sempre,‖ Margo diz. ―Mas eu tenho certeza que podemos colocar você na categoria joga-pelas-regras.‖ Dani parece como se não tivesse certeza se isto era uma coisa boa ou ruim. ―E para garantir que você permaneça aqui,‖ Margo adiciona, ―Eu sugiro que você evite o Evan. O cara parece tão desesperado quanto você – eu já posso imaginar as faíscas voando sobre a tabela periódica.‖ Margo devolve minha lição de casa e inclina sua cabeça na direção de Zahara. ―Vamos para a aula, Z.‖ ―Eu também vou,‖ Sascha diz. ―Eu quero ouvir mais sobre o garoto Dreadlock.‖ 6 Dani e eu damos um gole em nossos cafés e as assistimos entrar no prédio. ―Eu a odeio‖ Dani diz quando a porta fecha atrás delas. ―E nós estávamos apenas estudando.‖ ―Eu sei‖ eu digo, mesmo que fosse dolorosamente óbvio que Dani gostava de Evan. Me levanto e jogo minha mochila sobre o ombro, e sigo para porta. ―Connor apareceu ontem à noite.‖ Meu coração se agita enquanto eu deixo o grande sorriso retornar ao meu rosto. Dani se apressa ao meu lado. ―O quê? Por quê? Bem, eu posso adivinhar por que – mas o que aconteceu?‖ ―Ele queria me ver, e nós meio que – você sabe.‖ ―Oh, meu Deus, Jules, vocês não fizeram?‖ Eu balanço minha cabeça. - ―Nós não fizemos isso, se é o que você está pensando – mas nós – bem, você sabe. Coisas aconteceram.‖ Dani sorri de volta para mim, e estou muito aliviada por ela não ficar toda Margo-policial-do-Coven sobre mim. ―Coisas?‖ 6
Dreadlock = cabelo rastafari
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―É, você sabe – do tipo ‗eu não sei se vou ser capar de olhá-lo nos olhos hoje‘. Seriamente, eu não sei se posso. Meu estômago está se apertando de vontade de vê-lo. Nós não podemos ir a público ainda – você sabe com todas as regras estúpidas – mas a parte mais importante é que ele quer.‖ Dani puxa a minha manga e aponta para o banheiro. Nós abrimos a porta e ela se inclina para olhar debaixo dos cubículos. ―Apenas uma...‖ ela sussurra. ―Capa?‖ ela gesticula. Eu assinto e sussurro um feitiço de disfarce só para o caso de haver alguém realmente desagradável com quem nós não estamos a fim de lidar. A privada dá descarga e nós observamos um caloura tirar comida do dente em vez de lavar as mãos. Dani enruga o nariz, e põe a língua para fora. Quando a garota parte, eu rodo meu dedo em um espiral. - ―Por que os professores não podem monitorar os malditos banheiros – eu não suporto respirar isso! Desapareça,‖ eu digo, apontando em direção a pia. A fumaça de cigarro pairando no ar se junta em uma nuvem em funil e desaparece pelo ralo. Eu sorrio para o espelho e verifico meus dentes. ―Eu estou apaixonada pelo Evan‖ Dani deixa escapar. ―O quê?‖ eu pergunto, tentando soar surpresa. ―Eu sei, eu sei – mantenha-se longe de garotos, especialmente garotos fora do Coven – mas eu gosto tanto dele, e toda vez que estou com ele eu praticamente desmaio. E ontem ele pediu meu número de celular – e eu dei a ele. ―Ei, Helena não pode cair em cima de você só por dar a um cara seu telefone – especialmente se vocês estão se reunindo apenas para estudar.‖ Dani sorri e ruboriza - ―Oh, ele pode me ajudar a estudar a hora que quiser.‖ Ela olha no espelho e procura na bolsa por algum pó facial. ―Na verdade,‖ ela diz, passando pó no nariz, ―entre a caçada e ficar encarando meu telefone esperando que ele ligasse ontem a noite, eu deveria provavelmente perder a primeira aula e realmente estudar um pouco.‖ ―E dizem que o romance está morto.‖ ―Sério, minha mãe vai me matar se eu não for bem nesse teste.‖ Ela levantou a franja e bateu a escova pela testa, e então se partiu em um enorme sorriso. ―Oh, Deus,
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a quem estou enganando? Eu nem mesmo me importo mais. Tudo que posso pensar é o que vou fazer se ele ligar?‖ ―Não se... quando!‖ Dani me dá um olhar astuto. - ―Nós devíamos fugir – deixar o estúpido Coven e as estúpidas regras para trás. Nós saímos com nossos namorados proibidos de dia e seremos caçadoras à noite.‖ ―Quem disse que continuaríamos caçando?‖ eu pergunto. ―Você poderia viver consigo mesma sabendo que há vampiros e coisas do tipo por aí?‖ Eu balanço minha cabeça. - ―Eu acho que não, mas você já pensou sobre o que Evan iria pensar se soubesse que seu emprego de depois da escola envolve matar monstros em vez de virar hambúrgueres?‖ Dani joga sua mochila sobre um ombro e me olha nos olhos. ―Para dizer a verdade, eu pensei. Em meu mundo de fantasia, Evan é compreensivo e sempre tem rosquinhas esperando para uma festa depois das mortes. Ele amorosamente afia minhas estacas, e enrola ataduras para mim. Eu também o imagino surgindo com algumas maneiras legais e tecnológicas de rastrear os caras maus – quando nós não estamos praticando artes marciais juntos, é isto.‖ Nós duas rimos. ―No meu, Connor apenas fala para sua mãe aguentar e nos mudamos para o Canadá, onde não há tantos pesadelos.‖ ―Na verdade, há aquele sujo Coven de artes das trevas em Montreal – sem mencionar mais do que alguns bandos de lobisomens ao norte,‖ Dani diz. ―Tem aquele grupo inato em Alberta, e aquele ao norte em Manitova que sempre dilacera o mais novo macho alfa durante a lua cheia. Oh, e...‖ ―Eu sei! Eu sei! Eu posso fantasiar sobre um Canadá livre de lobisomens, não posso?‖ Dani suspira. ―Eu acho que se eu posso imaginar Evan me comprando rosquinhas, você pode ter um Canadá livre do sobrenatural.‖ O sinal toca, nós nos descobrimos e saímos. ―Ei, o que nós vamos dar a Margo de aniversário?‖ Eu pergunto. ―Eu sei o que eu quero dar a ela.‖
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―O quê?‖ Dani olha ao redor, e então sussurra no meu ouvido. ―Um feitiço para remover o bastão da bunda dela.‖ Eu sufoco uma risada – e olho ao redor, também – odiando que eu tema que Margo esteja nos espreitando. ―Eu estou temendo a reunião neste fim de semana. Simbolizará que Margo tem dezoito primeiro. Ela já é má o suficiente como é – uma vez que ela estiver no círculo interno, ela será insuportável.‖ ―Olhe,‖ Dani diz, apontando o final do corredor. ―Lá está Connor.‖ Eu sigo a mão dela e encontro os olhos de Connor. Arrepios correm pelo meu braço enquanto eu aceno para ele. Ele se vira e continua andando pelo corredor. ―Eu acho que ele não viu você‖ Dani diz suavemente. Meu estômago faz uma lenta e inquieta virada enquanto meu sangue fica gelado. ―É, eu acho que não,‖ eu disse, mas sabia que era uma mentira. Eu estou pensando que sou a maior idiota do mundo por ter escutado Connor noite passada – por fazer o que fizemos. Mas talvez eu esteja errada. Talvez ele não tenha me visto. ―Ei, Jules! Dani,espere!‖ Nos viramos e Michael vinha ofegante para nós. ―Qual o problema, senhoras? Vocês parecem como se não pudessem conjuram um par de chinelos de cristal com uma varinha de fada madrinha.‖ Eu reviro os olhos. - ―Isto é tão patético.‖ ―Desculpe,‖ Michael diz. ―Crescer protegido em um enclave de bruxas tem limitado minha exposição ao real humor. E deixe-me dizer a vocês, o vestiário masculino não é uma fonte muito melhor. Ao menos não em companhia mista.‖ ―Nós estávamos apenas pensando no que dar a Margo pelo seu aniversário,‖ eu digo, examinando o corredor para ver se Connor iria voltar. ―Ah, sim, a diaba chega a maior idade,‖ Michael diz, sacudindo as sobrancelhas. ―E sábado ela tem que ir onde nenhum membro homem do Coven jamais colocará o pé – o santuário íntimo da Sra. Keyes para aprender os segredos sombrios do Coven. Mwha-ha-ha!"
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―Eca, você garotos não tem respeito,‖ Dani diz. ―Malditamente certo que nós não temos! Nós rastreamos as assombrações, as embebedamos, prometemos a eles todo o tipo de coisas indescritíveis, e então nós temos que ser os homens lixeiros do Coven, limpando a bagunça depois que vocês as congelam.‖ Dani balança a cabeça. ―Não com os vampiros. Eles apenas viram pó, então não há realmente algo para limpar depois.‖ Michael e eu nos olhamos, e balançamos nossas cabeças. - ―Nós sabemos,‖ dissemos juntos. ―Sério,‖ Michel diz, ―Se eu fosse vocês, eu pularia os presentes para Margo e me armaria com repelente de vadia, porque depois de sábado ela vai tratar vocês como um cabo de vassoura durante um furacão.‖ Eu aceno com a cabeça. ―É disso que estamos com medo.‖ ―Ei, Connor queria que eu te desse isto,‖ Michael diz, procurando no bolso de seu casaco. Ele puxa um pedaço de papel dobrado em cinco centímetros quadrados. Eu pego e tento evitar que minhas mãos tremam. ―Uh, obrigado.‖ Eu deixo Dani e Michael andar na frente enquanto eu desdobro o bilhete.
Nós precisamos conversar – Connor Merda.
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Capitulo 4
Dani se estende na minha cama e se inclina sobre minha mesa de cabeceira, apanhando um punhado de pretzels 7. ―Então, alguma sorte em entrar em contanto com Connor?‖ ―Não. Para alguém que acha que nós precisamos conversar, ele está fazendo um bom trabalho me evitando.‖
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http://tinyurl.com/3ywwhzr - O pretzel (Brezel em alemão) é um pão tradicional alemão,em forma de nó, seco, estaladiço, habitualmente muito cozido e salgado.
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Me olho no espelho, e percebo que estou bem produzida demais para uma reunião do Coven, mesmo que nós estejamos ―celebrando‖ o aniversário e iniciação de Margo. ―Ele provavelmente só está assustado. Eu quero dizer, se mãe dele descobriu que vocês estavam ficando, quem sabe o que ela pode ter dito a ele? Você pode apenas imaginar – Helena olhando para ele com seus pequenos olhos lustrosos, ‗Querido, se você apenas tocar aquela garota de novo, eu vou magicamente encolher suas bolas até que elas se pareçam mais com uvas passas do que testículos.‘‖ ―Oh, meu Deus, Dani!‖ ―O quê?‖ ―O que você acabou de dizer!‖ Dani revira os olhos. ―Bem, talvez eu não seja a ingênua que todos pensam que eu sou! E me diga que você não pode imaginar Helena dizendo isto.‖ ―Tudo bem, realmente, eu posso, mas Connor disse que ele faria tudo o possível para garantir que ficássemos juntos. Disse que a enfrentaria se precisasse.‖ – Eu suspiro. - ―Claro, isso foi antes de eu ficar meio nua.‖ Eu tiro meus brincos de safira,puxo meu suéter de caxemira sobre minha cabeça e o penduro de volta.‖ - Eu não sei o que vestir.‖ ―Quem se importa?‖ Dani diz com a boca cheia de pretzels. ―Esta é a noite da Margo, ninguém vai estar olhando para nós.‖ Eu viro e dou a ela um olhar ―Eu preciso soletrar para você?‖ ―Oh, Connor,‖ ela diz assentindo. ―Com o que você está tão preocupada? Ele nunca se importou com a sua aparência antes.‖ Eu lhe dou outro olhar. ―Obrigado... não que eu ainda realmente me importe com o ele pensa.‖ ―Oh, você esteve agonizando sobre qual camisa vestir na última hora por minha causa?‖ Ela morde outro pretzel, e balança a cabeça. ―Mas você sabe o que eu quero dizer – Sascha tem a coisa do cabelo realmente deslumbrante e Z tem o visual de amazona durona – e eu não tenho idéia do que a Margo têm, além de um rosto
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pontudo e um caso grave de cachorra, mas Connor sempre tem sido antiquado e simples. Uh, não está claro.‖ ―Eu me sentia melhor antes de você tentar me animar.‖ Pego do chão meu casaco que usei duas noites atrás. Ao colocá-lo posso sentir a colônia pós-barba de Connor. ―Você não vai usar isso, não é? Estava no chão.‖ Eu jogo o moletom no meu cesto de roupa suja e pego meu suéter de lã roxo – não tão luxuoso, mas não tão casual. - ―E quanto a este?‖ Dani assente. ―Perfeito. Margo odeia roxo.‖ Coloco meu suéter e corro meus dedos pelos meus cachos para domá-los. ―Você acha que Margo vai gostar dos nossos presentes?‖ ―Eu ainda estou indecisa sobre o livro.‖ ―Como Margo gosta de dizer, ‗é só uma brincadeira‘. De qualquer maneira, vamos arrumar tudo e conseguir algo para comer antes da reunião.‖- Eu sento na minha mesa e abro o saco de presente preto que compramos, e o entrego para Dani. ―Uma barra de sabonete de lavanda, óleo de lavanda, e loção de lavanda – para melhorar o humor.‖ Dani pega cada um, os embrulha em papel de seda rosa, e os larga na bolsa. ―Um cópia de As bruxas de Salém.‖ Dani pega o livro e sorri. ―É meio engraçado,‖ ela diz, embrulhando-o. ―Pelo menos ela vai gostar do colar – eu acho.‖ ―Ela vai gostar dele,‖ eu digo, levantando o colar com uma estrela prateada. A opala no meio cintila com cor enquanto balança na minha mão. Dani e eu compramos um colar para cada uma de nós para comemorar aniversários que se aproximam, e eu tento recuperar algum tipo de coesão no grupo. Não que eu realmente ache que colares combinando vai nos transformar de volta no grupo unido que nós costumávamos ser, mas quem sabe? ―O que o cartão diz sobre opalas?‖ - Dani pergunta. Eu pego o pequeno cartão da caixa e o abro.
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―‗A opala, pedra de nascimento de Outubro, acredita-se conter o relâmpago capturado. Opalas trazem a quem usa beleza interior, sucesso, e facilita as habilidades de previsão e profecia.‘‖ ―Bem, Margo podia com certeza utilizar uma dose de beleza interior. O que a minha diz?‖ Eu tiro as caixas com os nomes de Dani e Zahara nelas. ―‘O topázio, pedra de nascimento de novembro, protege quem usa contra os inimigos, morte prematura, e é um símbolo de beleza e esplendor. ‘‖ Dani levanta e pega sua caixa. ―Sabe... com todas as chamadas noturnas em que temos estado ultimamente, eu acho que vou colocar o meu agora.‖ ―Deveria ser para o seu aniversário!‖ Dani coloca a língua para fora e apanha seu colar da caixa antes que eu pudesse afastá-la. Ela prende o fecho e se olha no espelho. ―Por que nós não damos todos eles esta noite?‖ ―Eu acho que poderíamos. Irá roubar um pouco dos holofotes de Margo.‖ Eu pego meu colar da caixa e esfrego meus dedos na pedra azul. ―O meu diz: ‗Turquesa, pedra de aniversário de Dezembro, protege quem usa do mal, e dos perigos que se aproximam.‘ Você realmente acha que as pedras fazem o que os cartões dizem?‖ ―Você acredita em bruxas?‖ Dani diz com uma risada. ―Ha-ha, mas sério – pedras e cristais são tão Wicca, e a maioria dessas coisas são tolices e sorte, certo?‖ Dani encolhe os ombros. ―Vamos perguntar para sua mãe.‖ ―Pedras preciosas por si mesmas são vasos de poder‖ Mamãe diz. ―Elas precisam ser ativadas para serem úteis.‖ ―Por que nós nunca as usamos, então?‖ Eu pergunto. Mamãe coloca os colares em suas caixas e os leva pela mesa da cozinha em direção a Dani e eu. ―Oh, é um incômodo. Você precisa de sangue para ativá-los, e a duração do poder é imprevisível. Uma pessoa pode se arriscar sem saber que seus vasos estão vazios – por assim dizer. Então elas confrontam alguém ou algo, pensando
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que estão protegidas e eu tenho certeza que vocês podem imaginar os resultados desagradáveis.‖ Nós duas assentimos. Mamãe se levanta e eu não posso evitar rolar meus olhos. Ela está usando sua imitação barata de vestes bordadas com luas e estrelas, e um cachecol de crochê prateado enrolado ao redor de seu pescoço. Depois que eu passar por minha iniciação, a primeira coisa que vou fazer é uma petição para acabar com os imbecis uniformes cerimoniais. ―Bem, melhor eu ir – eu disse a Helena que a ajudaria a arrumar as coisas,‖ Mamãe diz. ―Não espere acordada por mim depois que chegar em casa.‖ Ela tira sua capa do armário, e pega sua vassoura. ―Quanto tempo leva para dizer ‗Feliz aniversário, bem vinda ao clube?‘‖ Mamãe me olha como se eu tivesse três anos de novo. - ―É um pouco mais complicado que isso, embora eu tenha certeza que com Margo, as coisas vão correr tranquilamente.‖ ―Você está insinuando que minha iniciação não ocorrerá tranquilamente?‖ Mamãe pisca pra mim. - ―Isto depende de você.‖ ―Nós veremos você em breve, Sra. Harris,‖ Dani diz. ―Nós vamos pegar algo para comer, e então vamos voar para lá.‖ ―Não se atrasem, garotas.‖ Mamãe sai pela porta e eu olho os colares na mesa. ―Vamos fazer isso!‖ ―O que? Nachos?‖ ―Não! Vamos ativar as pedras.‖ Dani levanta um dos lados da boca e balança a cabeça. ―Uh, não. Eu não gosto de feitiços que precisam de sangue. É ruim o suficiente se aranhar ou ser mordida quando estamos caçando, mas extrair sangue de propósito? Eu passo.‖ ―Tudo bem, nós usamos meu sangue.‖
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―Nós nem mesmo sabemos como ativar as pedras.‖ ―É para isso que livros servem.‖ Dani olha para seu relógio. - ―Nós temos que estar na casa de reunião em, tipo, quarenta minutos e eu estou faminta.‖ Eu levanto e puxo um par de livros da prateleira na sala de estar e os levo para a cozinha, - ―Se não pudermos encontrar um feitiço logo, nós esquecemos isso, tudo bem?‖ Dani alcança um livro de couro vermelho intitulado Signos de Nascimento, Pedras, e Feitiços, o põe sobre a mesa e abre no índice. ―Eu acho.‖ Ela olha para as páginas e suspira. ―‘Capítulo sete, página quarenta e seis – ativação da pedra da sorte.‖ Ela dá uma passada pelo livro e encolhe seus ombros. ―Na verdade, isto não parece tão ruim. Nós precisamos escrever todos os nossos aniversários em folhas separadas de pergaminho, enrolar os colares nelas, colocá-los em uma vasilha com cinco gotas de sangue, e colocar fogo neles. Quando o papel terminar de queimar, as pedras estarão ativadas.‖ ―Legal! Eu vou pegar a vasilha de feitiços da Mamãe na despensa. Você corta um pouco de papel, e eu vou escrever nossos aniversários.‖ Eu pego o primeiro pedaço de papel. ―Margo – vinte e cinco de Outubro. Sascha – vinte e nove de Outubro. Dani – primeiro de novembro. Zahara – dez de novembro. Julia – três de novembro.‖ ―Eu quero embrulhar o meu,‖ Dani diz. Nós colocamos os colares embrulhados na vasilha, e Dani me entrega um alfinete. ―Você tem certeza disso?‖ Eu olho a ponta do meu dedo e o furo. ―Ow, sim.‖ Eu espremo cinco gotas de sangue, pousando uma em cada pacote. Dani acende um fósforo e o joga na vasilha. Nós pulamos para trás quando o fogo se lança a sessenta centímetros no ar. ―Puta merda!‖ Dani grita. ―Isto quase queimou minha franja!‖ Nós assistimos o fogo consumir o pergaminho, e então eu pesco os colares encaixando o alfinete nas correntes.
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Dani cuidadosamente cutuca o dela. - ―Wow, está frio.‖ Eu pego meu colar e esfrego a turquesa. ―Mal, se prepare,‖ eu digo, prendendo o fecho. Dani coloca o dela. ―Eu já me sinto mais segura.‖ ―Vamos arrumar os outros colares e seguir... se nos apressarmos podemos dálos para todas antes que a vela do aniversário de Margo esteja acessa.‖ ●●●
Dani me cutuca com o cotovelo, e revira os olhos quando Helena chama Margo para a frente da sala. Helena amontoou seu cabelo em algum tipo de estranho emaranhado – mais ninho de pássaros do que um coque, e com suas vestes prateadas e cachecol, ela parecia um fantasma a ponto de desaparecer em uma névoa cinza. Helena assente e a mãe de Margo se junta a elas na frente da sala, tomando a mão de Margo na dela. Seu pai acena de um lado da sala fazendo um olá, eu me lembro de como Margo costumava se gabar de que ela e Zahara eram as únicas cujos pais ainda estão por perto – como se isso as fizesse melhor que o resto de nós. Eu olho para Sascha ao meu outro lado brincando com a corrente de seu colar. Ela se vira e sorri para mim. - ―Obrigado de novo – é realmente legal,‖ ela sussurra. Zahara se inclina para frente e olha para nós. ―Shh!‖ Eu olho ao redor da sala, só uma cadeira das trinta e cinco está vazia. Todos estão aqui, exceto Connor. ―Esta noite,‖ Helena começa, ―nós acolhemos Margo em nosso circulo interno. Eu sei que falo por todas nós quando digo que nós não podíamos estar mais felizes por nossas garotas estar agora chegando à maioridade, e prontas para abraçar seus novos papéis no Coven.‖ Ela acena com a cabeça para Dani, Sascha, Zahara e eu. Eu forço um sorriso no meu rosto e desejo que ela apenas acabe com isso, assim eu posso seguir para casa e checar as mensagens do meu celular para ver se Connor ligou.
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―Vamos começar com a vela do aniversário de Margo.‖ Ela coloca uma pequena ponta de vela preta no tecido prateado cobrindo a mesa. Margo acende um fósforo e acende a vela. ―Por dezoitos anos nós estivemos acendendo essa vela como um símbolo da jornada de Margo em direção a se tornar um membro completo de nossa Irmandade Revealer. Esta noite, quando o pavio queimar o último pedaço de cera, Margo se juntará ao nosso círculo interno e finalmente conhecerá seu destino.‖ Nós todos aplaudimos, e Hattie Murphy, a contadora do Coven, se vira em seu acento e nos olha com lágrimas em seus olhos. ―Sem preocupações, garotas. Tudo ficará bem.‖ ―Hattie!‖ repreende a avó de Margo, Miranda, que está sentada ao lado dela. Ela se vira e sorri para nós. E acena uma mão tremendo desinteressadamente. Ela é tão magra e frágil, que eu acho difícil imaginar estas trêmulas mãos apunhalando um vampiro. Miranda sorri mais amplamente e seus olhos azuis claros se perdem nas rugas. ―Claro, tudo ficará bem. É uma época maravilhosa para vocês garotas.‖ Ela encara a frente de novo, mas eu não perco o fato de que ela chuta Hattie, mesmo que tão ligeiramente, com o lado de sua bota. ―Como a geração de Revealers que veio antes de nós,‖ Helena continua, ―Margo se tornará parte da mão guiadora do Coven que jurou proteger a humanidade dos monstros que nos caçam.‖ Helena enrola um feio cachecol prateado ao redor do pescoço de Margo, a beija nas bochechas, e nos encara sorrindo. Um arrepio corre para a minha nuca. Os sorrisos de Helena nunca pareceram certos para mim – como se ela estivesse sorrindo, mas realmente preferisse estar arrancando nossas cabeças. ―Nós assistimos Margo crescer de uma criança para uma forte e determinada jovem mulher que eu sei que continuará sendo um trunfo para o Coven. Margo demonstra atitudes além de sua idade, e eu estou confiante de que ela carregará bem o manto da responsabilidade.‖ Margo joga os ombros para trás e olha para nós. Tudo que eu posso pensar é que ela está levando isso muito a sério, mas então ela sempre esteve realmente interessada em toda a porcaria do Coven. Ela levanta a mão, passa os dedos em seu colar de
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estrela, e pisca duas vezes. Margo inala uma respiração penetrante e olha ao redor da sala, com olhos bem abertos. Eu juro que posso ver sua opala crepitar com luz – como se o ―relâmpago capturado‖ estivesse tentando escapar. Margo empalidece e larga o colar embaixo de suas vestes. Ela vira sua cabeça para Helena e então para sua mãe – sobrancelhas enrugadas. Sascha se inclina em direção a mim. ―Você viu isso?‖ ―O colar?‖ eu pergunto. ―Sim.‖ Sacha levanta sua estrela pela corrente – a opala está cintilando, mas não como a de Margo. Ela move suas sobrancelhas para cima e para baixo. ―Bizarro!‖ Eu tento lembrar o que o cartão dizia sobre opalas. Beleza interior? Previsão? Eu olho para a estrela repousando no meu peito. A pedra preciosa no meio está com um brilho azul e eu a cobro com minhas mãos. Eu estou sendo avisada de que o perigo está se aproximando, ou sendo protegida do mal? Eu examino a sala e olho para os rostos familiares com os quais cresci. Os olhos de todos estão em Margo, nada parece errado. A porta nos fundo se abre lentamente e Connor entra discretamente. Minhas bochechas coram e eu viro meu foco de volta para frente. Eu percebo que Helena pediu a todos para ir para frente e parabenizar Margo antes que elas a levassem para a parte privada da cerimônia. Eu entro na fila e quase desmaio quando Connor se esgueira atrás de mim e pressiona seu peito contra as minhas costas. Ele coloca uma mão no meu ombro e se inclina para mais perto – seu hálito quente queimando a minha nuca. ―Encontre-me no estúdio de sua mãe,‖ ele sussurra, mandando arrepios pelos meus braços. ―Assim nós podemos conversar.‖ ―Uh...‖ – Eu gaguejo, mas ele já tinha ido – serpenteando seu caminho pelo grupo até a porta. ―O que ele queria?‖ Dani pergunta. ―Encontrar-me na minha casa.‖ ―Isto é bom, certo?‖ Dani pergunta. Eu mordo meu lábio. ―Muito cedo para dizer.‖
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Dani aperta minha mão. ―Você sabe que vai dar certo, eu sei.‖ Eu chego a primeira fila, e dou um abraço fraco em Margo. ―Seu colar estava piscando – você viu?‖ Margo olha atrás de mim para Dani ―Foi – não foi nada.‖ Ela estende a mão para Dani – eu fui dispensada. Dani me encontra do lado de fora. ―Seu colar está fazendo alguma coisa?‖ Eu pergunto. ―Na verdade, estava meio que dando pequenos solavancos pouco antes.‖ Ela puxa a corrente de sua capa. ―Oh meu Deus.‖ A estrela está sacudindo – o interior do topázio rodopiando, como se estivesse preenchido com uma névoa amarela sendo sugada por uma tempestade. Eu levanto minha estrela. ―Olhe para a minha.‖ ―O que isto quer dizer?‖ ela pergunta. ―Talvez seja um sinal de que Connor vai terminar comigo.‖ ―Ou talvez seja um sinal de que algo ruim vai acontecer.‖ Eu largo a estrela debaixo da minha capa e balanço minha cabeça. - ―Eu aposto que vamos terminar esta noite numa caçada.‖ ―Sim.‖ Dani e eu nos levantamos em silêncio, e eu desejo que não eu estivesse cheia de uma profunda sensação de medo. - ―Bem, é melhor eu ir – não que eu esteja com pressa alguma de tomar um fora.‖ Dani aperta minha mão. - ―Ele não vai dar um fora em você, mas se ele der, eu vou pesquisar o feitiço para fazer com que suas bolas se reduzam a uva passas eu mesma!‖ ―Eu posso pensar em pelo menos uma outra coisa que possa precisar ser encolhida!‖ Dani sorri. ―Ligue para mim assim que puder.‖
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―Tudo bem.‖ - Eu monto minha vassoura e sigo para casa. O vento congela minhas bochechas e mãos – eu desejo que ele congele meu coração assim eu não serei capaz de sentir qualquer coisa se Connor decidir terminar comigo.
Capitulo 5
Eu tirei minha capa quando cheguei em meu jardim, e tropecei não muito graciosamente para parar. É difícil aterrissar suavemente quando seus pés estão dormentes. Eu tento andar calmamente por entre as folhas frias, deixando minha
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vassoura gentilmente em uma arvore próxima, e espio pela janela da frente do estúdio da minha mãe — A luz amarela pálida das velas no interior aquecendo o vidro. Meu interior aquece quando eu vejo três pequenas lanternas de abóbora brancas — Iluminadas — Alinhadas contra a janela mais afastada, perto da piscina. A luz das velas reflete contra os vidros e as bolas de bruxa. Um C estava esculpido na primeira abóbora, um coração na segunda, e um torto J cravado na terceira. Tinha uma pequena vela vermelha na mesa ao lado de uma rosa branca de haste longa, e Connor estava olhando nervosamente para a porta. Olho para ele e sorrio, sabendo que ele lembrou que em todo Halloween eu sempre escolho abóboras brancas ao invés das laranjas de sempre. Madeline Kline, que cultiva um pequeno campo perto da casa de reuniões do Coven, sempre planta uma linha especial de iluminadas Baby Boos8 para mim. Ela me disse um tempo atrás que as chuvas frias de primavera danificaram um monte de abóboras e minhas brancas não sobreviveram esse ano. Então isso significa que Connor saiu um pouco de seu caminho pra encontrar essas. Isso significa que ele ainda se importa. Ele pega a carteira e a coloca na mesa na frente. Nós não tínhamos preservativos na última vez - Ele comprou algum? Eles estão em sua carteira de couro? É por isso que ele disse que queria se encontrar? Então nós poderíamos terminar o que não fizemos da última vez? Eu franzi as sobrancelhas e senti uma onda de raiva borbulhando em mim, estourando qualquer esperança que eu tinha pra esta noite. Se Connor pensa que cravar nossas iniciais em algumas cabeças vai compensar o fato de que ele me dispensou depois da nossa primeira seção pesada de beijos - depois de todas as coisas que ele disse e prometeu - bem, ele vai receber outra coisa. Eu abri a porta e coloquei as mãos no quadril. - ―Então, você finalmente está pronto pra conversar?‖ Eu disse em minha voz mais fria. Eu não me movi na direção dele e quase sorri quando suas sobrancelhas levantaram. ―É, Jules.‖ Ele levantou. ―Me desculpe‖ ele disse com um olhar triste. ―Oh, sobre o quê?‖ ―Jules, você sabe.‖ 8
São um tipo de abóbora pequena: http://farm3.static.flickr.com/2452/3814892474_6b10ac4933.jpg
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Eu o encarei, esperando que ele continuasse — que me dissesse que ele tinha sido um idiota ou estava assustado ou alguma coisa pra compensar o fato de que eu confiei nele completamente, e então ele me ignorou. Quando ele não disse nada, eu rolei os olhos. ―Bem, eu acho que terminamos aqui — desculpas não aceitas.‖ Eu me virei pra sair e ele correu e agarrou meu braço. ―Espera, isso não é fácil para mim. Eu... Eu sei que eu devia ter ligado, e eu sei que você estava provavelmente se perguntando o que estava acontecendo e...‖ ―Demônios, é claro que eu estava me perguntando o que estava acontecendo!‖ Eu disse, puxando meu braço pra longe dele. ―Deus, Connor, você disse que me amava, quase estivemos juntos, e então você age como se eu não existisse. Eu sei que você me viu no corredor na escola. E então, pra piorar, você manda o Michael me entregar um bilhete como se nós tivéssemos dez anos ou alguma coisa assim. Não que você quisesse dizer algo com a sua estúpida nota de quatro palavras. Eu te liguei cinco vezes antes de decidir que eu estava me fazendo de completa idiota!‖ Ele pegou minhas mãos e me puxou mais pra perto. - ―Você não entende‖ ele disse. ―Minha mãe estava me esperando, ela sabia.‖ Ele ainda segura a minha mão, e parte de mim sabe que enfrentar sua mãe deveria ter sido... — Eu posso imaginar aqueles olhos de aço perfurando ele, mas ele disse que iria lutar por mim, e obviamente ele desistiu sem ao menos tentar. ―Você me disse que não importaria o que sua mãe pensasse.‖ Eu tentei me puxar para longe dele, mas ele segurou mais forte, então eu virei pra longe e olhei pras estúpidas abóboras. ―Eu sou muito idiota por acreditar em todas as suas besteiras!‖ Lágrimas queimaram meus olhos com o esforço que levou pra permanecer forte e fingir para Connor que não importava se esses últimos dois dias se dissolvessem. - ―Eu sou tão idiota‖ - Eu sufoquei, sentindo minhas pernas curvando. Ele veio por trás de mim e eu estava muito cansada pra lutar com ele. ―Jules, eu sou o idiota, não você. Me desculpe, eu coloquei você nisso. Por favor só me ouça, está bem?‖ Eu encarei o coração entalhado que ele fez no meio da abóbora. - ―Que seja.‖ Eu deixei ele me levar relutantemente ao sofá.
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―Minha mãe estava me esperando; ela sabia. Eu não sei como, talvez algum tipo de coisa de bruxaria, mas eu abri a porta e ela me estapeou. Minha própria mãe nenhum aviso, e então ela estava furiosa comigo, e ela pode não se parecer com um, mas foi como apanhar de um demônio.‖ ―Como se você soubesse a sensação.‖ Connor me encarou. ―Desculpe, eu não nasci com poderes especiais e não luto contra demônios em uma base regular.‖ Eu olhei para cima, para ele e vi medo e tristeza naqueles olhos azuis. Eu segurei minha mão em frente à face dele e sussurrei, ―Revele-se.‖ Uma pequena marca rosada em formato de uma mão estava na bochecha dele, e eu mordi meu lábio. ―Oh, Connor,‖ Eu disse, colocando uma mão mais perto para cobrir a marca. ―Eu devia ter adivinhado. Eu quero dizer, eu pensei que tudo isso poderia ter sido por causa da sua mãe, mas eu estava tão chateada e então eu fiquei com raiva. Mas você devia ter vindo até mim.‖ Ele cobriu minha mão com a dele, pressionando-a em sua face, e então a levou até seus lábios e a beijou, fazendo meu coração palpitar. - ―Você não sabe o quanto eu quis te contar, mas ela estava maluca. Ela disse todas aquelas coisas, e eu... eu não sabia o que fazer. Eu precisava de tempo pra descobrir as coisas, pra pensar como nós poderíamos ficar juntos quando você é uma caçadora com todas as regras e as estúpidas tradições que vem junto com isso.‖ Ele soltou minha mão e colocou o queixo no peito. ―E eu sou só um ninguém, cujo único objetivo na vida é limpar a sujeira das mortes.‖ ―Não, não é assim...‖ Connor sacudiu a cabeça. ―Jules, você praticamente disse isso a um minuto atrás. Você pode fingir o quanto quiser que eu sou destinado a algo maior, mas é o que é. Eu sou um cara andando na aba de um bando de bruxas caça-monstros.‖ Ele se levantou e andou até as bolas de bruxa penduradas na haste da cortina. Ele virou uma, enrolando apertado na corda, então soltou, mandando a bola em um frenético giro. ―Vocês mulheres tem mantido todo o poder desde 1600 quando o Coven foi abordado pela primeira vez, eu, uh...‖ Ele parou a bola com a mão. ―Eu quero dizer, foi formado, e nós caras temos estado junto para o passeio desde então.‖ Eu levantei e envolvi meus braços ao redor dele, pressionando o meu peito em suas costas. Descansei minha cabeça em seu ombro e suspirei. - ―Esse é o século vinte e um, você pode ser o que quiser... nós podemos ser o que quisermos.‖
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―Eu não sei mais,‖ ele disse calmamente. ―Mas nós dois estaremos mentindo se dissermos que fazer uma mudança no Coven será fácil. Você sabe contra o que estamos enfrentando, e por mais que eu queira pensar que seria fácil fazer todas as barreiras desaparecer, não vai acontecer. Minha mãe não vai deixar. Há muito em jogo.‖ Ele suspirou e eu o abracei mais forte. - ―Vamos só ficar juntos por agora.‖ Eu procurei pela sua mão e nos sentamos no sofá. ―Onde você arranjou as abóboras?‖ Connor sorriu. - ―Viu como eu sou tão mágico como uma caixa de minhocas, eu liguei pra várias fazendas até achar uma que estivesse cultivando as brancas. Eu lembrei o quanto você gosta delas, e a Sra. Kline disse que as dela não cresceram esse ano.‖ ―Isso foi realmente doce,‖ Eu disse, e então deixei um gentil beijo em seus lábios. ―Eu te trouxe outra coisa‖ ele disse, procurando pela carteira. Meu coração bateu mais rápido, me perguntando se essa noite seria a noite. Ele abre e tira um pequeno envelope, em vez de um pacote de preservativos, de trás de algumas contas. Alívio e uma pontada de desapontamento fluíram através de mim, mas eu imagino que depois do que aconteceu seja melhor as coisas irem devagar. Ele o balança na palma, e um anel ouro-e-prata escorrega e cai em sua mão aberta. ―Minha mãe tem uma sala na casa cheia com todo tipo de coisas antigas - eu acho que vocês ganham alguns depois da matança, e alguns estão lá a mais tempo das outras caçadoras, mas coloque.‖ ―Wow, esse deve ser o jeito do universo dizer que eu preciso de mais acessórios‖ Eu disse, me sentido tonta, Connor está me dando um anel! ―Eu ganhei um colar hoje, também.‖ Eu estava prestes a puxar meu colar pra mostrar a ele, mas ele pegou minha mão direita e deslizou o anel no meu dedo. ―É um Ouroboros 9‖ Ele disse. ―Você sabe... o símbolo de unidade e eternidade.‖ 9
http://tinyurl.com/39y7ycy - Ouroboros é um símbolo representado por uma serpente, ou um dragão,que morde a própria cauda.É um símbolo que representa a eternidade.Está relacionado com a alquimia,que é por vezes representado como dois animais míticos,mordendo o rabo um ao outro.
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Meu coração acelerou. ―Eu já vi isso antes,‖ Eu disse, olhando pra baixo para a cobra, com a cauda na boca, frouxamente enrolada em volta do meu dedo. A cabeça e a metade de cima do corpo eram de ouro,o restante prata com olhos de rubi que brilharam na luz das velas. ―Oh!‖ Minha mão direita começou a tremer de repente. ―Nós tiramos isso de um demônio que matamos na oitava serie! Sua mãe nos disse pra não voltar pra casa sem isso.‖ Eu comecei a tirar, mas a cobra soltou um assobio suave, e eu puxo minha mão pra longe como se tivesse sido mordida. A cabeça começa a se mover tragando a cauda pra baixo na garganta, até o anel ficar apertado no meu dedo. ―Oh, meu Deus, Connor!‖ Eu disse, sacudindo minha mão - tentando deslocar o anel. ―O que diabos está acontecendo?‖ Connor saltou, com os olhos arregalados. ―Eu não sei! Tinha um papel na caixa, não dizia que o anel se movia nem nada disso, só que os olhos eram pra brilhar se...‖ ―Se o quê?‖ ―Se a pessoa que o deu pra você estiver dizendo a verdade. Eu juro que eu não sabia que se movia ou nada disso.‖ ―Bem, ele faz! Essa porcaria de anel engoliu a própria cauda,‖ Eu disse, segurando minha mão tremendo longe do meu corpo. Eu segurei minha mão esquerda sobre a direita. ―Retirar!‖ Eu disse, o feitiço girou em torno da minha mão, mas a cobra apenas parou, tomou outro gole, e o anel cortou mais fundo o meu dedo. ―Ow!‖ Minhas pernas começaram a tremer, e eu caí no sofá. ―E se estiver amaldiçoada? Você pesquisou essa coisa? E se sua mãe descobrir que sumiu?‖ Connor levantou as mãos pra me acalmar. ―Não, não - não se preocupe. Está tudo bem. Pelo que eu li, o anel deixa você saber se a pessoa que te deu ele está dizendo a verdade. Só isso. Eu só queria que você pudesse confiar em mim. Eu só queria falar com você e então eu ia devolvê-lo.‖ Eu encarei a cabeça da cobra, meu coração batendo descontroladamente. ―O que mais dizia?‖ ―Não muito, só algo como se fosse.... uh, bem, demônio na origem, e...‖ ―Bem, isso não é surpresa,‖ Eu disse amargamente, ―Vendo como nós tiramos ele de um demônio! Nós tivemos que cortar o dedo pra pegar o anel, sabe.‖
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Eu estremeci pensando sobre o som da faca de Margo serrando através do osso o sangue azul escuro do demônio escorrendo no chão. Eu me lembro de Dani dizendo que viu o anel se mover, mas nós todas pensamos que ela estava maluca. Eu acho que devo a ela umas desculpas. Eu toquei o anel e quando não se moveu, tentei puxar para fora. Assoviou e eu soltei, não queria que estrangulasse o meu dedo de novo. ―Está preso e quando eu tendo tirar, só aperta mais forte!‖ Eu joguei minha cabeça pra trás no sofá me sentindo exausta. ―Para referências futuras, Connor, jóias forjadas no inferno não estão no top dez de presentes que estou esperando.‖ Eu respirei fundo e ordenei meus batimentos a voltar ao normal. ―Eu sinto muito mesmo, Jules, eu não pensei que importava da onde tinha vindo, e eu meio que estava esperando que você não perguntasse.‖ Ele fechou os olhos e suspirou. ―Eu acho que não pensei em outro fato além de que isso a deixaria saber que eu estava dizendo a verdade. Então você saberia que eu realmente sinto muito. Que eu realmente te amo.‖ Os olhos do Ouroboros brilharam mais forte, e a boca se moveu, liberando um pouco da calda e aliviando seu aperto. ―Olhe isso! Viu,‖ Ele disse, apontando pro anel. Eu coloquei minha mão na frente do meu rosto e balancei a cabeça. ―Oh, bem, eu acho que isso faz usar um anel demoníaco tudo bem, então. Quem liga se a cobra venha a vida e engula sua cauda para magicamente atacar minha mão, e a única maneira de removê-lo deve ser cortando fora? Eu tenho certeza de que Margo está louca para tentar amputar outro dedo.‖ ―Isto não está indo exatamente como eu planejei.‖ ―Você acha?‖ ―Jules, olhe para mim.‖ - Connor colocou a mão gentilmente em meu rosto e o virou pra ele. O toque dele enviou um choque de eletricidade que percorreu minha espinha. - ―Eu fiquei com medo depois de falar com a minha mãe - realmente assustado - e eu fui um completo idiota por não te dizer na hora, mas eu realmente sinto muito.‖
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Os olhos da cobra pulsaram com uma luz vermelha, e apesar do fato de que meu coração ainda está batendo a mil por hora, não pude fazer nada além de me sentir aliviada. ―Eu acho que provavelmente existe algum feitiço pra tirar anéis,‖ Eu disse. ―Eu posso procurar em algum dos livros da minha mãe.‖ Eu olhei pro Connor. ―Então, o que foi que sua mãe disse?‖ Eu perguntei, inclinando meu ombro no dele. ―As garotas precisam esperar até a hora certa — Tudo tem que ser coordenado — nós não podemos ter nenhuma gravidez inesperada, blah, blah, blah.‖ ―Sim,‖ Ele disse, ―As mesmas coisas de sempre, mas ela estava falando de novo e de novo sobre a missão do Coven, e como ficar brincando por aí com você poderia estragar isso e essas coisas.‖ Os olhos da cobra pulsaram. - ―Bem, isso não é nada para se assustar — nós temos devemos alimentar essa linha para sempre, certo?‖ Connor não disse nada, e nós nos sentamos em silêncio. A vela na abóbora do centro começa a crepitar e apagar. Eu assisto um rastro fino de fumaça saindo do coração. Eu aponto minha mão para o buraco. ―Reacenda.‖ Um novo pavio aparece e explode em uma chama alta que queima a parte superior da abóbora. Senti o cheiro de queimado e sussurrei, ―Diminua‖ A chama se estabelece em uma cintilação pequena e eu olho pra cima para Connor. ―Ela disse algo mais?‖ ―Ela estava realmente maluca por você não estar levando as coisas tão a serio como deveria,‖ Ele finalmente disse, ―e ela disse que namorar só faria as coisas piores.‖ ―Por que ela só reclama de mim? E quanto a Dani? E a Sascha? Não é como se elas estivessem todas entusiasticamente zelosas como Margo e Z.‖ ―Ela não estava me vendo com Dani ou com Sascha, eu estava com você. Olha, a parte importante é que minha mãe leva isso a sério demais.‖ ―Ha, e eu não sei?‖ ―E, de certo modo, ela está certa.‖ ―O quê?‖ Eu sento direito, sobrancelhas levantadas.
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―É só que as pessoas precisam de você, e do que você faz. Só pense em como o mundo seria se você não estivesse...‖ ―O quê? Cercada e cortada em pedaços por pesadelos? Deus, você soa como um cartão de boas vindas... ou uma das nossas mães!‖ ―Vamos lá, Jules, você não se sente nem um pouco, você sabe, orgulhosa do que você faz?‖ ―Eu não sei... talvez. Mas eu estou começando a me perguntar se sua mãe colocou um feitiço de lavagem cerebral em você, pra cair nas merdas do Coven.‖ Connor me puxou para perto e enterrou o rosto no meu pescoço, deixando uma trilha de beijos até minha boca. Ele parou lá, e eu o beijei de volta até ele se afastar. ―Eu estaria fazendo isso se tivesse caído em alguma coisa?‖ Ele sussurrou. ―Não.‖ Eu sorri e o beijei de novo. ―Mas onde isso nos deixa... Escapulindo?‖ Eu levantei e andei até as abóboras. Eu quero que ele me diga que ficou com medo, mas que agora está pronto pra lutar... mas eu sei que não é assim que as coisas vão acontecer. Ele não me traria o anel se estivesse pronto para a batalha. Esse anel é para me acalmar até o momento. ―Só por um tempo. Até as coisas se assentarem... até minha mãe se acalmar. Não acha que é a melhor alternativa?‖ ―Eu acho,‖ Eu menti, querendo que ele se levantasse contra a mãe dele por mim. Eu passei minha mão na frente das abóboras. ―Apague‖ Eu disse, e as se velas aparam ao mesmo tempo. Eu virei pra mesa e apontei pra pequena vela em cima. ―Você também.‖ Uma pequena onda de ar saiu, apagando a vela. Eu fiquei parada lá no escuro, minhas costas para Connor, respirando na fumaça. O que eu faço? Admitir que as coisas não são fáceis de mudar? Agora não é a hora certa de mudar a maneira como o Coven vem fazendo as coisas nos últimos cem anos? Mas se continuarmos... o que impedira a mãe dele, ou a minha mãe longe de descobrir? Tenho certeza de que Helena alertou minha mãe. ―Você está disposto a arriscar chatear sua mãe para estar comigo?‖ Eu segurei minha mão direita e esperei. ―Nós só precisamos ser espertos sobre isso, planejar as coisas. Como hoje a noite, ela estará muito ocupada na iniciação de Margo pra se preocupar comigo. E enquanto
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você continuar a ser a caçadora número um do Coven, ela não se preocupará com você também.‖ ―E se eu não quiser ser? E se eu quiser ficar junto com você onde todo mundo veja a gente?‖ Connor veio por trás de mim, colocou meu cabelo pro lado, e beijou a minha nuca. Ele pressionou seu quadril em mim, e meu coração acelerou. ―É só por um tempo, Jules, e depois do seu aniversário você terá mais a dizer sobre como as coisas funcionam.‖ Ele envolveu os braços ao meu redor, me puxando pra perto, e então deslizou uma mão dentro da minha camisa. A mão fria dele contra meu estômago, e então a desliza para baixo sobre a minha cintura, fazendo meus joelhos enfraquecerem. ―Eu prometo que nós iremos achar um jeito de fazer isso funcionar.‖ Os olhos vermelhos deram um brilho intenso e constante no escuro, e eu expirei. ―Certo, nós iremos fazer isso do seu jeito... por um tempo, mas somente porque eu não acho que aguento ficar longe de você outra vez. Me prometa que você vai vir falar comigo na próxima vez. Prometa que você não vai me deixar daquele jeito de novo.‖ Eu encarei Connor, suas feições suaves no escuro. ―Eu prometo,‖ Ele disse, abaixando pra me beijar. Eu levantei minha mão direita atrás da cabeça dele e assisti os olhos vermelhos brilharem, e então fechei meus próprios olhos e me deixei ir. Eu ergui minha cabeça ao som de ―Danse Macabre 10.‖ Dani e eu pensamos que seria um toque legal, mas agora é definitivamente assustador. ―Oh, merda, é melhor eu atender‖ Eu disse, me empurrando para longe de Connor. Sem ar, eu pesquei meu celular pra fora do bolso da capa. Eu olhei paro o número e estava prestes a morrer. ―É a sua mãe!‖ Eu peguei minha camisa da mesa e passei pela minha cabeça antes de responder. ―Oi, Sra. Keyes,‖ Eu disse, tentando ao máximo fazer minha voz soar normal. ―Vampiro? Certo. A reunião é onze e meia... sim, eu posso estar lá antes disso. Precisa que eu ligue pra alguém? Elas têm estacas? Tudo bem, eu estou indo!‖ 10
http://www.youtube.com/watch?v=csJJIp7jCYA
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Eu desliguei o telefone. ―Bem, aqui está a minha chance de ser a melhor matadora que esse Coven já viu. Você me ouviu perguntando sobre binders? Eu soei entusiasmada o suficiente?‖ Eu levantei minhas mãos pras bolas de bruxa. ―Luz.‖ Connor sentou no sofá e tirou o cabelo dos olhos. ―Eu disse que você deveria ser a caçadora número um do Coven?‖ Ele me alcançou e me puxou pra baixo, em cima dele. ―Eu mudei de ideia!‖ Eu ri quando ele começou a puxar minha camisa pra cima. ―Hey, tirar Margo e Z do posto foi sua idéia brilhante.‖ Eu dei a ele um beijo rápido, e então levantei e comecei a procurar meu sutiã pelo chão. ―Tudo bem,‖ ele disse, sentando. ―Mas quem sabe quando seremos capazes de fugir de novo?‖ ―Isso não é mais minha preocupação, porque até esse membro particular dos nãomortos provar o gosto da ira dos Reveladores, eu não tenho tempo para prazeres terrenos!‖ Eu tirei os braços da camisa e coloquei o sutiã. Connor riu. ―É, melhor fazer bem seu trabalho ou eles irão saber com certeza que alguma coisa está acontecendo. Mas desde que é um vampiro, estou fora da jogada esta noite.‖ Ele abotoou a camisa e suspirou. ―Embora, se eu estivesse limpando a sujeira eu poderia pelo menos roubar outro beijo de boa noite. Eu acho que vou ter que roubar um agora.‖ Ele me agarrou e me beijou forte. ―E deixe-me ajudar com isso.‖ Ele prendeu a parte de trás do meu sutiã enquanto mordiscava a base do meu pescoço. Eu corro minhas mãos em seus ombros nus, e estou tentada a cancelar toda a caçada, mas então eu penso sobre impressionar a mãe dele. ―Chega!‖ Eu disse, e o afastei para longe. ―Eu tenho que derrotar o mal!‖ Eu ri enquanto deslizava meus braços de volta nas mangas, e peguei minha capa no braço do sofá. Connor levantou as sobrancelhas e balançou a cabeça. ―É, eu sei... diminua um pouquinho.‖ Connor passou as mãos pelo cabelo de novo e então ajeitou as calças. ―Eu acho que vou pra casa tomar uma ducha fria. Se eu der sorte, vou pra cama antes da minha mãe chegar em casa.‖ Eu olhei para as desalinhadas almofadas no sofá, o pedaço de vela sobre a mesa, e as abóboras - odiando o que estou prestes a dizer. ―Hey, eu realmente não gosto da idéia de jogar as abóboras bonitinhas que você fez no esquecimento com um feitiço.
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Você acha que poderia limpar um pouquinho para minha mãe não descobrir que estávamos aqui? Eu faria isso, mas a nova eu não deveria ser a última a chegar.‖ ―Claro, limpar a sujeira é meu nome do meio.‖ Ele sorri, mas não pude deixar de me sentir culpada. ―Esqueça, eu farei isso quando voltar... vou ter tempo pra sair de manhã antes que ela comece a trabalhar... Ela sempre dorme.‖ Connor andou até mim e me beijou. ―Eu só estou brincando com você. Eu não me importo, e quanto menos evidencia nós deixarmos pra trás, melhor. Agora vai!‖ Ele me deu um tapa na bunda e eu sai. Eu pego minha vassoura e corro pra cozinha. Nuisance vem trotando e eu rapidamente esfrego sua cabeça. ―Tenho que ir, bebê‖ Eu murmuro, entrando. Vou até o velho baú e abro a tampa. Eu pego um par de estacas, de pinheiro, e coloco na minha capa. Eu pego uma de carvalho silvestre como reforço, e introduzo no ar enquanto corro de volta pra fora. ―Hasta la vista, vampiro.‖ Coloquei a estaca em meu outro bolso e montei na vassoura. ―Eu vôo na escuridão para o bem de todos, me deixe passar despercebida até aterrissar novamente.‖ A corrente elétrica do feitiço passou por mim e eu voei por cima das árvores em direção a escola, esperando que o vampiro morra rápido pra eu poder voltar pra casa e sonhar com Connor.
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Capítulo 6
Eu desci atrás do campo de baseball, e me perguntei se tinha sido a primeira. Tirando minha vassoura da lama, andei para frente e vi Zahara, Sascha, e Dani sentadas silenciosamente no banco, com uma pequena lâmpada fluorescente que estalou e apagou sobre elas. ―Margo ainda não chegou? Onde ela está?‖ Eu perguntei, contente por ela ser a última a chegar pra variar. ―Não tenho certeza. Ela estava na casa de reuniões quando eles receberam a ligação, então ela deveria estar aqui logo‖ Zahara disse silenciosamente. ―Bem, depois de toda a merda que ela disse sobre minha mãe não ver o estúpido caldeirão ela devia...‖ ―Jules,‖ Dani interrompeu, ―É a Kelsey DeFelice. É dela que estamos atrás essa noite.‖ Eu mordi meu lábio, me odiando por ter brincado sobre a caçada dessa noite com o Connor. Eu não pensei que seria alguém que eu conheço - alguém da minha idade. Nós não caçamos alguém que conhecemos a anos, e só o pensamento de estaquear Kelsey fez meu estômago revirar. — ―Eu pensei que ela só tinha largado a escola. Quando eles a pegaram?‖ ―Aparentemente ela quis levar a coisa gótica ao próximo nível e se transformou de propósito,‖ Zahara disse. ―Pelo menos foi isso que a Sra. Keyes disse pra minha mãe.‖ ―Por que alguém faria isso? Isso é loucura... isso é um...‖ ―Um desejo de morte,‖ Sascha disse. ―Deus, isso é uma merda... eu gosto da Kelsey. Ela era uma das poucas garotas da escola que realmente falava comigo. Ela era minha parceira na dissecação de porco na oitava serie. Nós chamamos o nosso porco de Lúcifer, e fiz todos os cortes porque, ironicamente, ela se sentia mal. Nós
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costumávamos beber peppermint schnapps11 no chuveiro do vestiário antes da aula de ginástica, ano passado.‖ Sascha riu suavemente. ―Ela sempre disse que precisávamos estar refrescadas e tontas para podermos lidar com as garotas atletas e o chão de hóquei.‖ Zahara baixou o queixo e sacudiu a cabeça. - ―Minha mãe disse que ela transformou um bando de garotos desde que foi mordida. Nós temos que fazer isso... ela é uma máquina de matar... como todos os outros. E se ela pediu pra se transformar, ela sabia dos riscos. Não é como se os vampiros pensassem que são intocáveis... eles sabem que têm pessoas por ai caçando eles. Nós precisamos tratar ela como qualquer outro vampiro... brinde!‖ ―Eu ouvi que é como crack,‖ Dani sussurrou. ―Crack?‖ Zahara perguntou. ―Do que diabos você está falando?‖ Dani começou a mexer no cabo da sua vassoura. ―Na Internet... tem esse, tipo de blog, e bem, eu não sei se as pessoas lá são realmente vampiros ou não, mas pelo que eles dizem, ser mordida é como ter um... orgasmo.‖ ―Oh, meu bom Deus!‖ Zahara disse. ―Pequena Senhora Inocência está entrando em blogs vampiros e lendo sobre orgasmos! Você não acreditou nessa merda, não é? Mesmo se são vampiros reais lá, eles só estão dando as pessoas o que elas querem ouvir, para eles poderem mergulhar as presas nelas. Crack!‖ Ela gargalhou. ―Espera até Margo ouvir isso.‖ ―Eu... eu, uh, só estava pesquisando,‖ Dani gaguejou. ―Eu sabia que era tudo invenção... eu só estava dizendo o que eu li. Mas nós não deveríamos estar nos aprontando para Kelsey?‖ ―É, ta quase na hora,‖ Eu disse, tentando ajudar Dani a mudar de assunto. Eu toquei a ponta da estaca no meu bolso com meu dedo. ―Quem vai prender ela?‖ ―Eu faço isso,‖ Sascha disse. ―Eu já tenho um Binder na minha mão, mas eu não quero estaquear ela.‖ Ninguém disse outra palavra, e eu sabia que estávamos todas esperando que outra se oferecesse para fazer isso, ou que Kelsey ficasse tão desagradável que uma de nós não se importasse de fazer isso. Eu puxei a corrente do meu colar e fiquei aliviada em ver que a pedra no centro estava escura. 11
Licor de Hortelã com pimenta de maior teor alcoólico e menos doce do que creme de menta, muitas vezes tomado com Coca ou Ice.
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―Talvez ela não apareça,‖ Eu disse. ―Troy?‖ uma voz chamou. ―É ela‖ Dani disse. ―Ela está vindo.‖ ―Andreeeew,‖ Kelsey chamou em uma voz monótona. Os passos dela chegaram mais perto e eu coloquei meu colar de volta em baixo da capa, então Kelsey não poderia ver quando começasse a brilhar. Eu percebi que a luz do campo ainda estava ligada e meu coração acelerou quando eu olhei para o interruptor. ―Apagar!‖ Dani disse, apontando para a lâmpada, me forçando a concentrar. Eu respirei um suspiro de alivio quando vi que as luzes do estacionamento não alcançavam todo o caminho até os bancos. ―Onde vocês estão se escondendo, gente?‖ Kelsey chamou. ―Maldição,‖ Sascha sussurrou. ―Isso é uma droga.‖ ―Vocês garotos estão prontos pra mim?‖ Kelsey disse enquanto virava a esquina. ―Vocês estão prontos para...‖ Ela nos viu e congelou. ―Wow, Sascha? É você? Julia Harris?‖ Ela acenou pra Dani e Z. ―Vocês estão festejando aqui fora, garotas?‖ Meus olhos se arregalaram enquanto eu esperava Sascha jogar o Binder. ―Hey, Kelsey,‖ Zahara disse. ―Há quanto tempo! O que você anda fazendo? Você ficou esperta e largou a escola, foi o que eu ouvi.‖ Estou contente que Z tenha o cérebro pra conversar. Eu cutuquei Sascha e acho que vi uma lágrima deslizar pra baixo de sua bochecha. ―Ha,é...‖ Kelsey disse. ―Alguma coisa assim‖ Ela passou os dedos pelo cabelo preto e levantou suas calças baggy. ―Vocês viram Troy Dillon e Andrew White? Eles se formaram ano passado, mas nós meio que temos um encontro.‖ Kelsey piscou e sua boca de batom preto torceu em um sorriso. ―Não os vi,‖ Zahara disse, ―mas nós estávamos prestes a ascender algo... quer se juntar a gente?‖
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Kelsey riu. ―Cara, to com o pressentimento de que aqueles dois vão me dispensar, mas e daí? Eu vou festejar com vocês garotas essa noite! Mostrar a eles, certo?‖ Ela andou pra dentro do campo e eu olhei para Sascha de novo. ―Vamos lá Sascha acenda.‖ A mão da Sascha veio hesitante na minha direção, e eu percebi que ela estava tentando me passar o Binder. ―Eu vejo que vocês garotas ficaram espertas e dispensaram aquela vadia, Margo. Eu nunca consegui descobrir o que vocês viram nela, Sascha, eu quero dizer, droga aquela garota...‖ Kelsey pausa e olha para cada uma de nós por um momento, sobrancelhas levantadas. ―O que há com todo o visual Chapeuzinho-Vermelho? Esta é, obviamente, alguma tendência de moda que eu perdi, e eu estou pensando que vocês deveriam ter perdido também!‖ Eu cerrei os dentes e odiei me sentir sem jeito por estar usando uma capa. Eu odiei que alguma regra de trezentos anos de idade dissesse que essa era a única coisa pra se usar numa caçada. Eu odiei que nós estivéssemos dando ouvidos a essa regra. Eu peguei o Binder, e arremessei aos pés de Kelsey - uns centímetros longe dela. ―Nós te ligamos a terra!‖ Eu gritei, mas tinha bastante certeza que o Binder não pegaria. ―Que diabos?‖ Kelsey girou a cabeça em volta enquanto a sujeira e terra do chão começaram a subir por suas pernas. Ela nos encarou por um segundo, e em seguida mostrou as presas. ―Bruxas!‖ Ela saltou, se transformando em um grande morcego marrom, e bate as asas em direção ao teto do campo, então se dirige para a larga abertura. Uma pequena tempestade de areia se levanta, tentando capturá-la antes de cair de volta no chão. ―Revele-se!‖ Nós gritamos juntas, nossos braços para cima, visando o morcego. O feitiço pegou, e Kelsey, humana de novo, caiu de costas no chão fora do campo. Sascha jogou outro binder nela. ―Nós te ligamos a terra!‖ Enquanto Kelsey luta para se levantar, a sujeira se levanta, engolindo ela, envolvendo seus braços, pernas e seu estômago, fixando-a no chão. Ela ergueu a cabeça, olhando para nós. ―O que diabos vocês estão fazendo comigo?‖ ―Me desculpe‖ Sascha disse. ―Eu não queria fazer isso.‖ Kelsey se esforça para se mover, mas o binder é muito forte. ―Você é uma puta de uma bruxa! Merda! Por que você não me disse?‖
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―Eu... Eu sinto muito‖ Sascha disse de novo. Ela olhou pra mim e seus ombros afundaram. ―Eu não posso fazer isso.‖ Ela correu de volta para os bancos e eu ouvi um choro. ―Eu não ia pegar você!‖ Kelsey disse. ―Eu só pensei que nós íamos fumar. Eu não ia nem mesmo te contar o que eu era, porque nós somos amigas. Certo, Sascha? Sascha! Nós somos amigas!‖ Ela se agita por alguns segundos e em seguida rosna de frustração. ―Me deixe ir, certo? Vocês nunca mais irão me ver de novo.‖ Bile subiu a minha garganta enquanto eu a via esparramada no chão lutando, sem defesa. Eu pensei em todos os vampiros que eu estaqueei sem pensar. Sem realmente, verdadeiramente ligar sobre quem eles costumavam ser. ―Nós não podemos te deixar ir‖ eu disse, mantendo minha voz firme. ―Você machucou muitas pessoas.‖ ―Oh, pelo amor de Deus! Eu não fiz ninguém que não quisesse. Diabos, Troy e Andrew sabem o que eu sou... nós só íamos nos divertir um pouco. Eu não ia transformar eles! Por favor.‖ A voz dela se quebrou e ela começou a chorar. ―Sascha? Sascha, não as deixe fazer isso, por favor!‖ ―Olha, nós todas sentimos muito, mas você escolheu isso... você sabia dos riscos,‖ Zahara disse, agindo como a durona de novo, mas eu notei que ela não tinha tirado nenhuma estaca da capa dela. ―Oh, cara, suas merdas hipócritas são demais. Mas mesmo se vocês, vadias, continuarem com isso, terá valido a pena. Sem arrependimentos!‖ Kelsey luta e levanta o pescoço do chão. O binder a puxa e a cabeça dela volta para o chão, ela suspira. ―Bem, o que diabos vocês estão esperando? Vocês sempre torturam suas vitimas antes de matarem elas? É assim que vocês aberrações sádicas gostam?‖ ―Não!‖ Eu disse. ―Nós não queremos fazer isso, mas...‖ ―Qual é o problema, Sascha, por que você ta se escondendo ai atrás? Você não quer me estaquear? Vai deixar sua amiga fresca, Zahara, fazer isso? Ou, e quanto a você Dani‖ ela rosnou. ―Me mostre o quão durona você é!‖ ―Alguém vai fazer isso logo?!‖ Sascha gritou. Dani olhou pra mim com olhos suplicantes, mas eu balancei minha cabeça. ―Z?‖ ―Por que eu?‖ Zahara murmura quando finalmente pega uma estaca do bolso. ―Eu queria que não tivesse que fazer isso, Kelsey, mas...‖
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―Oh, pelo amor de Deus,‖ Margo disse, aterrissando na ultima base. Ela andou na nossa direção com uma mão no quadril, trazendo a vassoura na outra. ―Ela ainda está viva?‖ Ela parou ao lado de Kelsey, encarando a todos nós. ―Vocês não conseguem lidar com um estúpido vampiro sem mim?‖ Margo largou a vassoura, puxou uma estaca pra fora, e ajoelhou ao lado da Kelsey. Os olhos de Kelsey se arregalaram, como se ela tivesse descoberto que nenhuma de nós realmente faria isso, mas agora ela soubesse que realmente ia acontecer. ―Margo,não!‖ Kelsey gritou, tentando sair do binder. Por favor! Vamos conversar... vamos...‖ Margo colocou uma mão na parte de cima do peito da Kelsey e então enfiou uma estaca no coração dela com a outra. Eu ouço a estaca lascar quando atravessa ela e acerta o chão. Margo vira a cabeça enquanto Kelsey implode... seu último apelo ecoando em nossos ouvidos. Margo levanta e escova a leve sujeira - últimos restos de Kelsey - da frente da camisa. ―Qual era o problema aqui? Vocês tinham ela presa, por que não a estaquearam?‖ Zahara deu um passo na direção dela. ―Era a Kelsey... e você sabe... nós conhecíamos ela e...‖ ―Eu não me lembro de ninguém reclamando quando estaqueamos aquela bibliotecária que costumava dar aula de história‖ Margo disse. ―Aquilo foi diferente!‖ Eu disse, assustada que Margo estivesse sendo tão fria sobre isso.―Aquela era nossa primeira caçada e a Srta. Melissa estava fora de controle... aquilo foi definitivamente uma situação de mate-ou-seja-morta naquela noite. Kelsey nem mesmo mostrou as presas até nós termos prendido ela!‖ Margo riu. ―Oh, por favor. Você realmente acha que Kelsey iria sair com vocês, sem presas envolvidas? É uma coisa clássica de vampiro. Ela só estava tentando chegar perto.‖ Zahara olhou pro resto de nós. ―Eu não sei... eu meio que acho que ela só queria festejar conosco.‖ Eu acenei. ―E não é como se ela pudesse ter tomado todas nós.‖ Margo rolou os olhos. ―Leva segundos... segundos, para um vampiro hipnotizar alguém... ou um grupo de alguéns. Ela obviamente iria tentar influenciar vocês, e
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então dar uma mordida. E o que teria impedido ela de chamar alguns amigos para ajudar a terminar o trabalho? Ela era um vampiro; nós matamos vampiros. Fim de discussão.‖ ―Mas eu não acho que ela estava atrás de nós... sério. Se você pudesse só ter visto ela.‖ Zahara chutou o chão. ―Onde você estava, afinal?‖ Margo virou a cabeça para Z. ―Eu... Eu estava... Eu só estou atrasada, tá?!‖ ―Tudo bem,‖ Z disse, ―mas não julgue nosso caso se você não estava aqui pra ver a coisa toda acontecer! E eu ainda digo que ela não ia se revelar.‖ ―E sabe o que mais?‖ Eu adicionei. ―Meu colar é supostamente feito para me avisar do perigo, e estava completamente negro segundos antes dela aparecer!‖ ―Na verdade,‖ Dani disse, ―poderia já ter parado de funcionar. Sua mãe disse que as pedras poderiam parar a qualquer momento.‖ Margo respirou fundo. ―O importante aqui é, esse é nosso trabalho. Nós não podemos personalizar isso.‖ ―Wow, parece que você ganhou alguns grandes ideais de caça durante sua pequena iniciação‖ Sascha disse, saindo dos bancos. Ela caminhou até Margo, e eu posso dizer que Margo não estava gostando da proximidade. Sascha inclinou a cabeça e olhou para Margo de cima a baixo. ―Aparentemente eles exorcizaram os últimos restos de sentimentos em você, também.‖ Margo abre a boca, e então estreita os olhos. — ―Bem, você vai descobrir cedo o suficiente, não vai? Mais quatro dias até o seu aniversario, e então você pode decidir por você mesma se vale a pena ou não chorar por um vampiro.‖ ―Eu estou fora daqui‖ Sascha disse, pegando a vassoura do canto. ―Parabéns, Margo.‖ Ela monta na vassoura e levanta vôo, e eu sufoco o desejo de lembrá-la de usar a magia de invisibilidade. ―Não se esqueça do feitiço!‖ Dani gritou. Eu sacudi minha cabeça, sabendo que Dani ia ouvir um montão de merda por isso.
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Margo gira para Dani imediatamente, zombando. ―Deus, você simplesmente não consegue manter a boca fechada por um minuto, não é? Você sempre tem que...‖ ―Deixa ela em paz,‖ Eu disse, parando entre elas. ―Eu teria pensado que você ficaria feliz por ela tentar ter certeza que todos estão fazendo a coisa certa... é o que você sempre está pregando. Ela apenas disse o que todas estávamos pensando!‖ Margo curvou os lábios. ―Foi o jeito que ela disse isso.‖ Ela vira a carranca para Dani. ―Você acha que é a única que sabe de tudo! Você nos trata como pré-escolares aprendendo toda essa merda pela primeira vez, e você nem ao menos sabe o que está realmente acontecendo!‖ ―Hey,‖ Zahara disse, colocando uma mão no braço da Margo. ―Relaxa... isso foi duro o suficiente sem toda a merda extra. Ok?‖ Margo dobrou as mãos sobre o peito e olhou pro chão. Ela respirou fundo algumas vezes e olhou Dani nos olhos. — ―É, me desculpe. E desculpe por me atrasar. Eu só tinha muito o que pensar.‖ — Ela pegou sua estaca, vendo a ponta quebrada, e a jogou na lata de lixo perto dela. Dani deu de ombros. - ―Tudo bem. Eu meio que sempre digo coisas que você já sabe,‖ ela disse silenciosamente. ―Ai está, tudo legal, certo?‖ Z disse. ―Vamos falar sobre outra coisa. Tipo,vamos ouvir alguns grandes e loucos detalhes da iniciação! Como foi?‖ Z perguntou. ―Você está se sentindo mais feminina? Ou mais bruxa?‖ ―Bem, Sascha provavelmente diria que eu estou me sentindo mais vadia12 que o normal, mas...‖ Margo parou, quando todos os nossos olhos se arregalaram. Eu acho que todas nós estávamos espantadas por Margo ser um pouco mais autoconsciente do que tínhamos pensado todo esse tempo. ―Mas,‖ ela continuou, ―vamos apenas dizer que vocês todas precisam jogar fora todas as suposições que tem sobre o que é que fazemos, e ir pra sua iniciação preparada pra ter o tapete puxado de baixo de seus pés.‖ ―Por quê? O que elas te disseram?‖ Dani sussurrou, seus olhos alargando. ―É‖ Z disse. ―Você não pode nos deixar esperando.‖
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Aqui ela faz um trocadilho com a palavra bruxa, que é Witch, e vadia, Bitch.
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Margo não disse nada e eu quase pude ouvir a mente dela trabalhando se a caçadora de estimação de Helena poderia quebrar as regras e espalhar segredos da iniciação. Eu acho que ela queria nos contar... ela não teria jogado a coisa do tapete na gente se não tivesse ao menos pensado nisso. ―Margo, você pode nos dizer,‖ Eu disse. ―Nós não vamos contar, certo?‖ Dani e Z confirmaram. ―Eu não posso,‖ Ela finalmente disse. Ela virou e pegou a vassoura do chão e tirou a sujeira do cabo. ―Nós apenas não podemos ficar rodando por ai com caças, tudo bem?‖ Um carro apareceu perto e todas nós congelamos. ―Esses são Troy e Andrew?‖ Eu perguntei. ―É melhor nos cobrirmos!‖ ―Não,‖ Zahara disse. ―Minha mãe disse que Michael iria ‗divertir eles‘ pra manter eles longe do encontro com a Kelsey.‖ ―Olha, é a van‖ Dani disse. ―É provavelmente Michael ou talvez Connor.‖ Ela enrugou a testa. ―Mas nós não precisamos de limpeza está noite porque foi um...‖ Margo colocou as mãos no quadril e encarou Dani. ―Bem, você sabe,‖ Dani disse, encolhendo os ombros. Meu coração acelerou, esperando ter a chance de ver Connor de novo. As luzes da van apagaram, mas foi Michael quem abriu a porta e saiu. Nós viramos para ele, e Michael colocou um braço ao redor dos ombros de Dani e Zahara. ―Eu estava dando uma de isca, quando minha mãe me contou o que estava acontecendo essa noite. Eu era meio que amigo da Kelsey,e eu sei que a Sascha também era.‖ Michael olhou em volta. ―Onde está Sascha... ela já foi?‖ ―É, ela levou isso um pouco difícil‖ Eu disse, olhando para Margo. Michael acenou, como se não estivesse surpreso. - ―Bem, eu não sabia como todas vocês estavam indo, e mesmo sendo contra as regras, eu pensei que vocês talvez pudessem gostar de uma carona pra casa em uma van quentinha em vez de voar na noite fria.‖
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Margo e Zahara olharam uma pra outra. Z dá uma pequena sacudida de cabeça, e eu sei que ela está seguindo a liderança de Margo e se colocando de volta no tradicional modo caçadora-fria. Eu não posso ajudar, mas me pergunto se ela seria capaz de fazer isso tão rapidamente se o corpo da Kelsey ainda estivesse deitado no chão. ―Obrigada,‖ Margo disse, ―mas eu acho que devemos voar para casa. Kelsey não será a ultima pessoa que conhecemos na lista de caças, e nós precisamos continuar com o programa. Certo, meninas?‖ ―É, certo,‖ Zahara disse, saindo do braço do Michael. Ela tira o frasco da capa e toma um gole longo, e então entrega pra Margo. ―Lista de caças?‖ Eu perguntei. Margo engasgou com o conhaque. ―Oh, meu Deus!‖ Eu disse. ―É assim que isso funciona... tem uma lista de coisas que vamos atrás?‖ ―O quê?‖ Margo cuspiu. ―Não! Bem, mais ou menos, mas...‖ ―Vamos lá, Margo!‖ Eu disse. ―Todas nós vamos descobrir em algumas semanas mesmo... então qual é o problema? Só nos diga como um monstro entra na lista. Como Kelsey acabou sendo a caça desta noite?‖ ―Olha!‖ Margo disse. ―É complicado e Helena me mataria se eu dissesse alguma coisa.‖ Margo de repente parecia aterrorizada. ―Não diga a ela que eu disse nada, tá? E se ela perguntar sobre hoje a noite, tenha certeza de dizer a ela que foi eu quem acabou com a Kelsey.‖ Ela fez uma pausa e olhou para cada um de nós com uma cara de aço. ―E eu não vou dizer a ela como eu encontrei vocês todas paradas em volta não fazendo seu trabalho.‖ Margo me entregou o conhaque e montou em sua vassoura. — ―Tem uma coisa que eu posso contar a você, Jules.‖ Ela colocou a mão dentro da capa e puxou o colar de estrela... a parte de dentro da pedra brilhou com uma forte luz. ―Não mostrar sua total lealdade pode colocar você ou sua família em um inferno de um monte de problemas.‖ Ela virou a cabeça na direção do Michael. ―Eu sugiro que você mantenha a boca fechada, também! Você vem, Z?‖ ―É! Ah, eu vejo vocês amanhã gente‖ ela disse devagar. Ela subiu na vassoura e olhou para trás pra mim. Ela encolheu os ombros e então as duas decolaram no brilho do feitiço de camuflagem.
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Elas desapareceram nas nuvens, e Michael limpou a garganta. - ―Wow. Eu achei que essa ia ser uma noite difícil... mas eu não pensei que iria ser tão ruim.‖ Eu tomei um gole e dei o frasco a Sascha enquanto o licor queimava o caminho pra baixo pela minha garganta. — ―Você sabe o que eu acho? Eu acho que eu vou pegar aquela carona, Michael.‖
Capítulo 7
“Então como você acha que alguém tem a lista?‖ Pergunto, agarrando o braço de Michael firme ao fazer uma curva muito rápida. ―Não temos certeza se realmente há uma lista.‖ Dani disse do banco traseiro. ―Você está brincando? Você viu como Margo estava assustada quando saiu? Há uma lista! Michael, o que te disseram quando você estava na equipe de limpeza?‖ ―Só que estão seguindo o rastro de alguém, e então nos dão a direção de onde está. Às vezes dão informações pessoais a Connor e eu, como esse último cara... o lobo... Minha mãe nos disse que ele poderia estar interessado em unir-se a mim na mata atrás do bar, se você sabe o que quero dizer. ―Mas como eles poderiam saber isso?‖ Perguntei. ―Uma bola de cristal?‖ Disse Michael. Dani se inclina para frente e assente. ―A senhora Keyes tem uma. Pode ser usada para rastrear e localizar pessoas, ou talvez ela use um feitiço para localizá-los.‖
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―Mas, o que acontece com Kelsey? Supunha-se que devia se encontrar com Troy e Andrew. De modo que, como eles sabiam que deviam te enviar lá e garantir que não presenciasse e testemunhasse o massacre? Se ela estava usando uma bola de cristal, teria que estar olhando para Kelsey 24 horas, 7 dias seguidos, para coletar essas informações.‖ ―Não sei. Apenas me disseram para ter um par de caixas de cerveja gelada na traseira do caminhão, estacionar perto da casa de Troy e soltar o cabo da bateria. Eu teria que convencê-los de que a festa seria melhor do que serem mordidos. Não que eu tenha mencionado Kelsey, mas sendo menor de idade e desempregados, eles estavam felizes em aceitar algumas bebidas alcoólicas gratuitamente em troca do conserto do cabo. Na verdade, Andrew parecia muito aliviado quando foi tomar a cerveja ás costas de Troy. Mas adivinhem? Troy foi mordido antes, eu podia ver as marcas.‖ ―Oh!‖ Diz Dani. ―Isso significa que Kelsey provavelmente, já sabe, o teve antes.‖ Eu aceno. ―Isso também significa que os vampiros não convertem sempre a sua presa... algo que nos foi dito que eles fazem.‖ Dani e eu trocamos olhares, e eu sei que o que ambas estamos pensando é se o que ela tinha lido neste fórum de mensagem era verdadeiro. ―E Kelsey poderia estar dizendo a verdade quando disse que não iria se revelar a nós.‖ Diz Dani. ―E talvez não tivéssemos que fazê-la virar pó― eu acrescento. Dani sacode a cabeça. ―O que importa é que ela não era humana. Talvez não fosse nos perseguir, mas era totalmente capaz de fazer.‖ ―Sim, e Z me disse que ela tinha se reunido com os outros, mas ainda não acredito que esse esforço conjunto é o que nós pensamos que era. Se existe uma lista, isso significa que alguém, talvez Helena... está tomando qualquer tipo de decisão sobre quem de nós vai depois e quando o fazemos.‖ Lhe digo. ―Uau, Jules.‖ Diz Dani, esmagando meu ombro. ―Você está fazendo parecer que há uma conspiração do mal. Eu apenas pensei que Helena fizesse uma lista de
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vilões, já que o Coven ouviu falar sobre eles, e então alguém tem essa pesquisa para tornar o nosso trabalho um pouco mais fácil.‖ Meus ombros caem. – ―Sim, eu suponho.‖ Eu posso ver as casas que estão perto do meu bairro. O que Dani diz faz sentido, eu acho, mas não explica por que Margo foi à loucura, ela está louca. ―Por todo o segredo, então? Por que não nos dizem exatamente o que está acontecendo em vez de esperar o lixo estúpido de aniversário de iniciação?‖ Michael ri – ―Porque as bruxas são totalmente cumpridoras das tradições! Margo e Z nem mesmo entram na van porque se supõem que devem voar para casa após matar. Raios, provavelmente você está quebrando todos os tipos de regras voltando para casa comigo.‖ ―Eu sei, é tão estúpido... O que importa como chegamos em casa?‖ Perguntei. ―Por que essas capas? Eu amei a merda que obtivemos hoje à noite por Kelsey. Ela perguntou sobre o nosso estilo ―Chapeuzinho vermelho‖. Michael ri quando ele freia a van na frente da minha casa. ―Sim, as capas são um pouco retro.‖ ―Ei, vá em frente‖. - Diz Dani. – ―Eu vi as luzes da cozinha acesas. Talvez devêssemos descer no final da rua, eu voarei para casa e farei como você fez também. Eu não quero que nenhuma de nós se meta em problemas.‖ Ele acelera e vai um pouco mais para baixo do bloco pela floresta. ―Viva a revolução!‖ - Eu digo. ―Estou sentindo um pouco de medo, ok? Quero dizer, toda essa conversa sobre as listas e tradições, além de recordar o momento quando a Sra. Keyes acusou-me porque eu não tinha feito as Binders bem apertadas e quebrou antes de tocarem o chão.‖ ―Ela estava louca porque a vampira escapou‖. - Digo. – ―Esta é apenas uma caminhada.‖ ―Bem, você nunca sabe o que vai fazer ela ficar louca.‖ - Diz Dani. – ―Ela se lançou sobre Z por chegar a uma caçada sem uma estaca, embora estivéssemos perseguindo um lobo!‖ ―Ok, ok‖ - eu disse, abrindo a porta. – ―Mas penso em perguntar à minha mãe
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um par de coisas, quando entrar. Obrigada pela carona, Michael. Foi bom não ter que voar para casa com este frio, mesmo se nos metermos em apuros!‖ Dani sai e balança a cabeça. – ―Eu não posso evitar, a Sra. Keyes me assusta muito!‖ ―A Sra. Keyes assusta a merda de todo mundo!‖ - Diz Michael. – ―Mas eu vou manter essa viagem ilícita de volta à casa em segredo. Se vocês não tiverem outra caçada até amanhã, eu as vejo na escola.‖ Michael se foi, e Dani se virou para mim. ―Você realmente vai perguntar à sua mãe sobre a lista?‖ – ela pergunta, sentando em sua vassoura. – ―Margo disse para não falar nada.‖ ―Claro que eu vou! Só porque vocês são covardes demais para quebrar a tradição, não significa que eu serei.‖ ―Muito covarde para quebrar a tradição? Oh, por favor. Estive no carro exatamente como você. Eu gosto de manter minha revolta sob o radar. Deixe-me saber se sua mãe disser algo interessante.‖ ―Eu farei.‖ Dani diz a magia de invisibilidade e vai. Eu ando para casa. Ao passar pelo jardim lateral, estou tentada a fugir para a oficina da mamãe para me certificar de que Connor a limpou, mas quero pegá-la antes que ela vá para a cama. Abro a porta da cozinha e inalo o cheiro do chocolate quente com hortelã. Eu vejo dois copos no balcão e uma panela de vapor no fogão próximo da caldeira. ―Estou em casa!‖ Mamãe veio amarrando o laço do manto azul. ―Cheguei em casa recentemente e pensei em esperar você no caso de que quisesse conversar. Eu sei que a menina era da escola de vocês. Você a conhecia bem?‖ ―Nós tivemos um par de aulas juntas e trabalhamos em um projeto de grupo uma vez, mas Sascha era a única que tinha uma espécie de amizade com ela.‖ - Eu decido não mencionar Michael. Eu jogo minha capa numa cadeira, e detecto o anel de Ouroboros. Minha mãe sabe a respeito? Levanto-me e vou ao aquecedor, e então
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puxou as mangas da minha jaqueta sobre minhas mãos, mostrando apenas a ponta dos dedos. ―Brrr, ainda tenho frio. Isso irá me aquecer, no entanto.‖ - Enchemos os copos e levamos para a mesa, perguntando quanto tempo eu posso esconder o anel estúpido. – ―No entanto, foi difícil de matar.‖ Mamãe abre a parte superior do leite. – ―Por acaso ela atacou antes de estacála?‖ ―Não! Isso é o que o tornou tão difícil. Ela só queria ficar conosco.‖ ―Bem‖ – disse mamãe com um sorriso – ―Não é provável, mas quem acabou por estacá-la?‖ Tomei um gole e queimou minha língua. – ―Ai! Margo. Ela chegou tarde, mas uma vez que viu Kelsey submetida, estacou-a sem pestanejar.‖ Os cantos da boca da minha mãe se ergueram e me pergunto por que essa notícia a fez sorrir. – ―Então, agora que já tomamos conta de Kelsey, quem é o próximo da lista? Alguém que eu conheça?‖ O sorriso da mamãe se dissolveu em um instante. – ―Do que você está falando?‖ ―Está bem, mamãe. Margo deixou escapar que há uma lista de criaturas que nós temos que caçar. Não que seja um grande negócio.‖ Ela sorri novamente, mas eu posso dizer que é forçado. Tomou um gole de chocolate, é claro, pensando em sua resposta cuidadosamente. – ―O que mais disse Margo?‖ ―Não muito, mas eu pensei que como eu já sabia, não teríamos que esperar até meu aniversário para me dizer os prós e contras da lista secreta.‖ Ela toma um gole e assente com a cabeça. ―Bem,‖ disse lentamente ―Há uma lista, no entanto, não tenho certeza se eu iria usar a palavra secreta.‖ Eu reprimi minha vontade de gritar. Eu sabia e tinha que manter minha fisionomia inexpressiva. - ―Era um segredo para mim, mas como alguém pode entrar na lista não-tão-secreta?‖
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―Nós simplesmente escrevemos os nomes das criaturas que estão fora do domínio. Quando tivermos mais informações e o local especificado, enviamos vocês meninas para eles. E fim...‖ ―Mas como se obtêm as informações?‖ - Pergunto, achando que ela está deliberadamente tentando soar muito casual a respeito. ―Vamos guardar algumas surpresas para sua iniciação, ok?‖ - Ela se levanta da mesa e derrama o resto do chocolate quente na pia. ―Como Kelsey chegou a se tornar a caça de hoje à noite?‖ - Eu pergunto, não a deixando ir. – ―Como vocês sabiam que tinham que enviar Michael depois de Troy e Andrew?‖ ―As noticias correm...‖ - diz ela com frieza. Eu levanto minhas sobrancelhas. ―O quê? Nós temos um número 800 para que as pessoas possam ligar e receber informações anônimas?‖ – Finjo abrir o meu celular. – ―Oi, eu ouvi que algumas pessoas planejam uma orgia de vampiros, vocês devem aparecer na casa de baseball ás onze.‖ Mamãe olha para mim com as sobrancelhas arqueadas – ―Estou um pouco surpreendida de que esteja sendo tão arrogante sobre isso, depois de uma caçada hoje a noite.‖ ―E eu acho que vocês está tentando mudar de assunto.‖ Mamãe olha para mim, então balança a cabeça com um exasperado Huff! – ―Querida, Hoje foi um longo dia.‖ ―Você sempre diz isso quando não quer falar!‖ ―Foi um longo dia! A iniciação foi esgotante, e eu tenho muito trabalho a fazer na loja amanhã. Vamos conversar a noite. Podemos conversar depois que eu receber essas novas bolas de bruxa.‖ - Ela forçou um novo sorriso, e começou a caminhar em direção à escada. Levanto-me e fico de pé na sua frente, bloqueando o caminho. – ―Você sabia que os vampiros não transformam todos que eles mordem? Kelsey mordeu Troy, mas ela não o transformou. E não nos atacou, nem sequer mostrou seus dentes até que fosse necessário.‖
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Mamãe aperta os olhos cerrados por alguns segundos e suspira. – ―Sim, de tempos em tempos um vampiro não transforma alguém e, talvez Kelsey estivesse sentindo a perda de sua antiga vida e queria se conectar falando com vocês. Mas no final do dia... digo, da noite... os vampiros são monstros sem alma, capazes de matar. E só porque Kelsey não transformou esse jovem, não significa que ela não faria isso. Você não sabe qual jogo retorcido ela estava jogando com ele.‖ ―Mas nos foi dito que eles sempre convertem suas vítimas...‖ ―Em novos vampiros. Sim, eu acho que não acharam necessário destacar que há sempre exceções, mas acho que com a idade de dezessete anos de idade, você pode ter se dado conta!‖ Mamãe olha para mim com os olhos abertos, e eu começo a sentir-me realmente estúpida. – Claro, eles manter uma lista... Como mais eles poderiam acompanhar as aparições? E eu posso realmente dizer que Kelsey não nos atacou?‖ Não. Mas por que Margo estava tão chateada, então? Ela estava apenas sendo ela mesma com seus costumes? ―Sinto muito,‖ digo eu, e passo para o lado. – ―Não sei por que eu coloquei na minha cabeça que há uma profunda e obscura conspiração. Mas se nos dissessem tudo antecipadamente, minha mente não enlouqueceria tentando preencher os espaços em branco.‖ Mamãe vem e aperta minha mão, mas seu rosto parece apurado e preocupado, não como se estivesse feliz por vencer esse argumento. – ―Talvez seja hora de olhar como nós estamos fazendo as coisas... o mundo está mudando tão rapidamente e, eventualmente, talvez haja a necessidade de abordar o fato de que vocês meninas não se parecem com as gerações passadas de caçadores.‖ ―Vou conversar com o círculo interior... incluindo Margo... e ver se podemos começar um diálogo para olhar para um futuro moderno. Conhecendo vocês, eu não posso imaginar que seus filhos sejam mais fáceis de lidar! Não posso prometer uma reforma rápida, mas vou ver o que posso fazer.‖ ―Obrigada,mãe‖ eu disse abraçando-a,não acreditando que finalmente convencia de falar com Helena e todos os outros. ―Vou limpar os pratos.‖ ―Ok, e depois vá para a cama.‖
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Levei meu copo até a pia e enchi-a com água morna e sabão. Derramei algumas gotas de sabão de lavar louça na minha mão e em meu dedo anelar. Tente arrancar o Ouroboros, mas ele assobia e puxa sua calda até eu sentir como se ele fosse cortar a circulação do dedo. – ―Muito bom!‖ - Sussurro baixinho novamente. Lavo o sabão e vejo a cobra relaxar e voltar ao seu metal duro. No meu quarto, vejo a abóbora branca com um coração esculpido na minha mesa de cabeceira que Connor colocou. Aponto a palma da minha mão para a vela – ―Luz‖ – Digo em voz baixa, pensando que é exatamente assim como eu me sinto... Iluminada e feliz... A luz das abóboras se ascende e adoro que Connor a tenha deixado aqui. E fico feliz que Connor e eu seremos livres em breve, e que eu vá ser capaz de escapar dos passeios de vassoura no inverno, e talvez até mesmo possamos queimar as capas estúpidas no fogo! Tiro meu suéter e atiro ao chão sobre o meu jeans. Eu suspiro e os recolho para por no cesto de roupa. Pego todas as roupas e jogo-as também. Isto irá mostrar a minha mãe que eu sou uma bruxa madura e responsável, eu acho. Pego a minha camisa de dormir da cama e a coloco... mas ela fica presa em um dos pontos do meu colar de estrelas. Eu alcanço, agarrando o centro de turquesa e puxo a ponta do tecido. O Ouroboros assobia, abre a boca, e cai do meu dedo. Eu salto para trás e vejo como ele torce e se move perto de meus pés... Pisando o ar com a boca com dentes pequenos. Finalmente, encontra o rabo, toma dois goles rápidos, e se torce em um círculo sólido. Eu fico olhando para o anel. Após alguns segundos, eu o empurro com o pé, e quando não se move, pego um lápis da minha mesa e o levanto para deixá-lo cair na gaveta da cômoda, e pego a vista do meu colar no espelho. A pedra está brilhando, e sorrio, sabendo que o colar dominou o anel. Alcanço o cartão que vem com o colar. Turquesa, a pedra da fortuna de dezembro, protege do mal a seu dono, e alerta para perigo iminente. Fecho a gaveta lentamente e a pedra se escurece. Bem, acho que se qualifica o anel como do mal... Mesmo se ele é bom. O colar provavelmente reaja igual a tudo que vem direto do inferno. Fui para a cama e puxei a coberta até o queixo. Eu sinto como meu coração desacelera e pára de bombear adrenalina. Pensamento bem, a noite não havia terminado tão mal. Eu havia removido o anel, mamãe vai falar com Helena... as coisas vão melhorar.
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Meu dedo palpitou onde estava o Ouroboros. Acaricio com suavidade o local, e me pergunto se Connor tem todos os detalhes sobre o anel. Deve haver mais informações sobre o anel em algum lugar, especialmente se Helena o quer tanto. Eu mal posso acreditar que ela quer usar o anel no dedo, um demônio de anel que corta o dedo e que só permite ao generoso dono saber se quem o presenteou diz a verdade. Uma coisa é certa... de que vou devolvê-lo para Connor e depois colocá-lo em seu pequeno tesouro no quarto de sua mãe onde eu nunca vou ter de vê-lo novamente! Lancei um feitiço para apagar a vela. Me pergunto quais outros dispositivos Helena possui? Amanhã vou pedir para Connor me mostrar.
Capítulo 8
“Bem, pelo menos você sabe que estive lutando na noite passada pelo anel.‖ Digo a Dani no dia seguinte. ―Ainda não posso acreditar no que você me disse‖ - Disse Dani, sentada na minha escrivaninha, cutucando o Ouroboros, com uma pena. ―Nada diz eu te amo como um anel cortador do demônio!‖ Dani estremece. ―Ainda posso ouvir seu sangue na minha cabeça.‖ ―Pelo menos as abóboras eram doces.‖ - Digo, tentando defender a honra de Connor. Passo uma e outra vez à luz da vela com a mão, então eu deito no meu travesseiro. - ―Além disso, ele estava mais preocupado em que eu confiasse nele do que na origem do anel.‖
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Ela tira o anel ao redor de um círculo na mesa com uma pluma e balança a cabeça. ―Sim, depois do que fez, acho que ele sabia que precisava de algo mais do que um par de abóboras.‖ - Ela se vira e olha para mim com as sobrancelhas levantadas. ―Ainda não vejo por que você não pode ir para a casa dele hoje, quero dizer, com a mãe dele vindo do trabalho com a sua mãe, o momento seria perfeito.‖ ―Mas não sabemos quanto tempo ela estará aqui, e já que a mãe dele vai estar fora da cidade por alguns dias na próxima semana após a iniciação de Sascha... Eu tenho um convite para visitá-lo então.‖ ―Oh, sim?‖ - Dani me dá um olhar 'o que você está planejando'. - ―Vai tomar-lhe a palavra?‖ ―Maldita mania de querer as coisas certas!‖ - Me coloco de joelhos e inclino o queixo sobre eles. - ―Pelo menos não estaremos escondidos por muito mais tempo.‖ ―Jules‖ - Dani diz, franzindo a testa. - ―Só porque sua mãe lhe disse que ia falar com a Sra. Keyes...‖ ―E não se esqueça de Margo!‖ ―Uh, você esquece que Margo está tão obcecada com as estúpidas tradições como a Sra. Keyes?‖ Dou-lhe um olhar. ―Ok, ninguém se aproxima de Helena, mas como eu estava tentando dizer, só porque sua mãe sugere que algumas pessoas falem de mudanças, não significa que vai acontecer.‖ ―Mas depois do nosso aniversário estaremos todas no círculo interno e poderemos forçar a questão, você sabe, com a idade, e coisas novas.‖ Dani morde o lábio. ―Talvez, mas não acho que você deva sair e queimar sua capa ainda.‖ - Encaixa o anel na pena, levanta-o e o encara, então se vira para mim, com os olhos bem abertos. – ―Coloque-o para que possa ver se mover,estava tão escura a noite em que o conseguimos que não consegui ver bem!‖
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―Sim, de nenhuma maldita maneira! Olha o meu dedo, ainda está todo vermelho.‖ ―Oh, vamos lá, apenas um segundo! Você pode usar o colar e tirá-lo novamente.‖ ―Não sabemos a quantidade de carga que resta no colar, mas se você quiser ver ele se mover, você pode colocá-lo. É muito lindo quando assobia e corta sua circulação.‖ ―Não importa.‖ - Dani coloca o anel para baixo e empurra a cadeira para trás e caminha em direção a minha cama. - ―Então, que tipo de coisas você acha que Keyes mantêm em sua sala secreta? Você acha que nós vamos começar a vê-las depois da nossa iniciação? Oh! Talvez a iniciação seja na sala secreta, o que seria ótimo.‖ ―Caramba!‖ - Eu disse. - ―Um quarto cheio de lixo, restos de pesadelo, soa ótimo. Talvez aquela roupa que tiramos no primeiro ano daquele lobo esteja lá. Talvez se você perguntar, Helena te permitirá usá-la.‖ ―Eca!‖ - Dani enruga seu nariz. - ―O que tinha olhos costurados? Você acha que ela o tem? Achei que tinha que queimá-lo ou algo parecido.‖ ―Vou ter que perguntar a Connor, mas esse foi sem dúvida o mais fodido acessório que eu já vi!‖ - Estremeço, imaginando os olhos rodando e pestanejando. E todos os tons azuis, e me lembro de pensar o quão feliz fiquei pelos meus serem castanhos. O telefone de Dani começou a tocar ―Genie in a Bottle‖ 13 e eu ri. ―Tom agradável! Se você estivesse usando o colete com todos os olhos, eles iriam rolar em direção ao teto.‖ Ela me mostra a língua e depois vai para a sua bolsa. Encontra o seu telefone e suspira. ―Oh, meu Deus! É ele, é Evan!‖ - Dani move freneticamente o telefone em seu rosto. - ―O que posso fazer?‖ ―Atenda!‖
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http://www.youtube.com/watch?v=JiOw0chwxTk - "Genie in a Bottle" (em inglês: "Gênio Numa Garrafa") é o primeiro single do álbum de debute de Christina Aguilera.
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―Muito bem!‖ - Pressiona o botão e toma uma respiração rápida. - ―Hey, Evan... Estou passando um tempo com Jules em sua casa... Sim, com certeza poderia usar alguma ajuda!‖ Os olhos de Dani brilham e movendo os lábios, ela diz as palavras biblioteca e estudo. ―Finn, também? Oh, claro que está bem.‖ - Dani move seus lábios em um sorriso brincalhão. – ―Só precisamos pegar minhas coisas em minha casa e estarei mais... Jules? Hum, eu terei que perguntar-lhe, mas talvez... Bem, te vejo em breve.‖ – Ela aperta o botão para terminar a chamada e move os pés de cima para baixo. ―Tenho um encontro!‖ – Grita. ―Shh! Minha mãe está lá embaixo, e a Sra. Keyes já pode estar aqui!‖ ―Tenho um encontro.‖ – Sussurra - ―E meu coração está batendo a mil por hora, e eu estou suando em bicas, e acho que tenho que por mais desodorante.‖ Eu ri. – ―O que ele disse?‖ ―Ele está indo á biblioteca para estudar para o próximo exame de química e queria saber se eu queria me encontrar com ele.‖ - Ela me olha com os olhos arregalados. – ―É um encontro, certo? Ou ele só quer estudar e estou sendo totalmente ‗A ridícula‘ nesse momento?‖ ―Eu...‖ ―Se realmente foi um convite‖ – ela interrompeu - ―ele não pediria que você fosse... Você não está tendo química!‖ ―É um encontro. E, provavelmente foi apenas por educação. Ele me convidou, porque você está na minha casa. Mas Finn está na sua classe, certo? Então, significa que Evan já tem alguém para estudar, e que não precisa que você vá, mas ele QUER que você vá.‖ ―Ele me quer‖ - Diz Dani, e morde o lábio. Agita seu punho no ar e, em seguida, pula da minha cama. - ―Temos que ir, e você irá!‖ Ela tenta me puxar de cima da cama, mas com um puxão solto minha mão para longe da dela. ―Não quer ficar sozinha com ele?‖
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―Sim, é por isso que você irá... você tem que se livrar de Finn.‖ ―Como faço isso?‖ ―Eu não ligo como você faz... Uma mágica ou alguma coisa. Apenas certifiquese de que Evan e eu tenhamos algum tempo sozinhos‖ - Pausa. - ―Não, talvez seja melhor um encontro de estudo em grupo... mas você ainda tem que vir caso eu venha a desmaiar.‖ ―Bem, eu vou, e se você achar que está pronta para ter algum tempo sozinha com ele, me dê um sinal e eu vou pensar em alguma maneira de me livrar de Finn. Eu vou dizer a minha mãe... supõe-se que ela estará trabalhando o dia todo, por isso deve estar bem.‖ Dani pega na minha mão e me puxa. ―Ok,vamos lá!‖ – Ela diz. - ―Espere! Você não deveria deixar isso queimando.‖ – Ela aponta para a abóbora. - ―Fora! ‖ Balanço a cabeça e então logo estamos as duas rindo ao descer as escadas. Paramos a meio caminho. Sra. Keyes está de pé na cozinha, olhando para nós. Tinha o cabelo branco em uma trança fazendo com que parecesse pior do que o habitual. ―Senhoritas.‖ - Ela disse friamente. - ―O que é engraçado?‖ Dani e eu olhamos uma para outra, e vejo uma cor subir rapidamente para suas bochechas. Lentamente ando o resto do caminho para baixo e me pergunto se Dani estava tão débil como eu. ―Olá, Sra. Keyes.‖ - Eu digo. Os olhos da Sra. Keyes estão fixos em mim e eu sei que ela está pensando em Connor e eu, ou talvez a minha mãe tenha falado de todas as coisas que quero mudar. Eu mantenho um falso sorriso feliz, embora minhas bochechas estejam queimando e as pernas estejam fracas. ―Olá.‖ - Dani sussurra. ―Só vamos correndo para a biblioteca. Dani tem um monte de trabalho de química para estudar, e eu quero alguns livros que eu preciso para comprovar um documento.‖
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Eu me recuso a aceitar a necessidade de me bater e continuo sorrindo, esperando que a Sra. Keyes não possa ver que eu estou mentindo. Ela inclina a cabeça e olha para nós com curiosidade. ―Estudar? Em um dia tão lindo?‖ Sua voz soa uma sinceridade falsa, e eu me pergunto como alguém como ela pode ser a mãe de Connor. Ficamos em silêncio e percebo que Dani está muito assustada para me ajudar. ―Sim, nós tentamos manter as coisas em dia no caso de que tenhamos que ir caçar à noite.‖ Dani deixa escapar um riso nervoso. - ―Sim.‖ - Disse olhando para trás e para frente, entre a Sra. Keyes e eu, com um olhar enlouquecido em seus olhos. - ―Tem sido uma loucura absoluta ultimamente, mas, você sabe porque está no comando de tudo. Haha.‖ Eu tenho que sair com Dani daqui rápido antes que ela exploda isso. Felizmente, minha mãe vem usando um velho par de macacões de trabalho. ―Olá, meninas. Estávamos prestes a sair para oficina. Helena vai me ajudar com as novas bolas.‖ O sorriso de serpente da Sra. Keyes se amplia... Quase espero que uma língua bífida saia fora para sentir o cheiro do nosso medo. 14
―As meninas só vão passar esse dia bonito na bi-blio-te-ca.‖ - Ela disse lentamente. ―Está bem.‖ - Minha mãe diz. - ―Espero que isso signifique que suas notas venham um pouco melhor desta vez.‖ ―Oh, eu sempre tiro As certeiros.‖ Diz Dani. Agarro Dani pelo ombro. Dani me faz gestos. ―Oh, o que ela quis dizer, bem, não é como se você tivesse suspensa.‖ ―Só tenho problemas em matemática. Tenho A e B em todo o resto!‖ 14
Língua bífida= Língua de cobra.
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Minha mãe põe as mãos nos quadris. ―Ok, às vezes eu tomo um C em algumas de minhas outras aulas.‖ - Eu digo com vergonha, a Sra. Keyes provavelmente pensa que sou uma idiota indigna de seu filho. Não que ela pense que eu sou pior, de qualquer jeito. Pego minha bolsa pendurada em uma cadeira na cozinha,e pego as chaves no balcão. - ―Vamos, posso usar o carro, certo?‖ ―Claro, docinho.‖ Dani e eu saímos caminhando,e a duas expiramos quando entramos no carro. ―Sabe, eu acho que prefiro mais uma volta com o anel de Ouroboros do que estar com Sra. Keyes.‖ - Eu digo. - ―Você ouviu o jeito de falar tão docemente ‗em um dia tão encantador‘?‖ ―Sim‖ - diz Dani. – ―Achou que estávamos mentindo ou algo assim.‖ ―Nós não estávamos mentindo.‖ ―Não, não realmente. Eu vou à biblioteca para estudar! Não posso evitar se Evan apenas vai estar lá.‖ ―Você está certa. Vamos atrás das suas coisas e te preparar para o encontro!‖ ●●● ―Tem certeza de que estou bem?‖ - Dani me pergunta pela enésima vez, quando abrimos a porta da biblioteca. ―Sim!‖ ―Talvez eu não devesse ter deixado o cabelo encaracolado, talvez eu devesse ter deixado liso. Geralmente venho para a escola com ele assim, não vai me reconhecer assim, ou talvez odeie cabelo encaracolado.‖ Eu olho os cachos castanhos emoldurados no rosto de Dani e sorrio. ―Você está linda.‖ Ela sorri por um segundo e então olha para suas calças.
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―Mas não estou gorda com essa calça? Talvez eu devesse ter usado uma saia. Não posso acreditar que não exista um feitiço para livrar-se da celulite, e acredite, eu procurei!‖ ―Dani, ele gosta de você. Relaxa.‖ Passamos pelo balcão de empréstimos, e Dani aponta para uma mesa perto da seção de biografia. ―Ali está... sozinho!‖ - Ela se vira para mim com os olhos determinados. ―Sente-se perto!‖ Eu rio quando ela corre para Evan. Ouço cumprimentá-lo de onde estou, feliz que Dani esteja pronta para enfrentar seu encontro sem a minha ajuda. Olho em volta atrás de Finn, mas talvez Evan tenha dado ordem para ele sair, também. Vejo Dani sentada ao lado dele, em vez de em frente, e lhe dou um silencioso vai, garota! Evan não somente sorriu timidamente, como logo abriu seu livro, ,mas percebo que moveu a cadeira mais perto dela, então sei que há esperança. Uma vez que não trago nenhum trabalho real para fazer para a reprovação da minha mãe, decido enfiar a cabeça na recentemente remodelada Sala de Adolescente. Subo a rampa de acesso para a parte antiga da biblioteca onde está a seção para adolescentes não perturbarem os outros usuários. Caminho sob os sinais de livros novos que pairam sobre a entrada, e me pergunto que bibliotecário permitiu que os adolescentes usassem tinta verde fluorescente nas paredes. Então me pergunto se a Sra. Melissa ainda estivesse viva ela teria sugerido uma cor melhor. Pelo menos eles têm alguns sofás. Eu rolo os meus olhos enquanto passo por um livro com uma vampira popular sentada na capa. Eu tentei ler uma vez, mas não posso superar todo o romantismo, e vampiros mal-entendidos. E há algo realmente macabro sobre um vampiro de mil anos seduzindo uma caloura da escola, falando do sebo da prisão. Estou tentada a escrever para o autor, mas sei que acabaria acreditando que sou louca por sugerir que não haja nada de romântico sobre vampiros reais. Claro, Dani leu todas as suas sequências, pelo menos seis vezes, e ela continua a insistir que eu leia. Passo através das prateleiras e escolho algo um pouco mais estressante para os adolescentes. Após caçar mais de quatro anos, o drama adolescente normal é mais o meu tipo de literatura de escape. Eu afundo no sofá, contente de que o ‗dia
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encantador‘, garanta que a maioria das crianças estejam fazendo algo e eu possa ficar sozinha. ―Eu sei o que você é.‖ Salto quando Finn senta-se na cadeira à minha frente. Seu rosto inexpressivo, seus olhos verdes fixos nos meus. ―Eu estou lendo?‖ - Eu disse, segurando meu livro, sem ter certeza sobre o que ele quis dizer. Queria olhar para longe, mas por algum motivo, sinto como se não pudesse. Como se isso fosse algum tipo de suspense. Ele corre os dedos pelos seus cabelos negros e cacheados e curva seus lábios me olhando como se eu fosse um pedaço de merda. ―Eu sei o que você é, e se você ou Dani fizer algo que machuque Evan terão que se ver comigo‖ ―Machucar Evan? Do que você está falando?‖ - Eu levanto minhas mãos e encolho os ombros. – ―Eles estão estudando. Você está preocupado que suas mentes possam sobrecarregar-se tanto?‖ Finn fareja o ar e parece estar relaxando um pouco. Ele atravessa a sala e, em seguida, olha para mim. ―Eu sei que você é uma bruxa.‖ Tomo algumas respirações irregulares, e um calafrio passa por cima de mim. Pensei em todas as vezes que tinha me aproximado de Finn, enquanto estava invisível e pensava que ele tinha me visto. A maneira como olhava para Sascha. – Como ele sabia?‖ Ele se inclina sobre mim e cheira novamente. Eu decido que ele tem algum tipo de coisa extrasensorial acontecendo e minha mente corre tentando descobrir o que posso dizer para convencê-lo que está errado. ―A pergunta é, você é uma bruxa boa ou uma bruxa má?” 15 ―Boa!‖ - Digo antes que possa me deter. 15
Esse é o ―lema‖ que vem na capa do livro: Are you a good witch... or a bad witch?
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Finn ri, e eu me sento boquiaberta, perguntando-me o que diabos tinha acontecido. ―Sim, é isso que eu esperava.‖ – ele Diz. Ele coloca as botas pretas em cima da mesa de café que nos separa e puxa os joelhos de sua calça jeans desbotada. - ―Evan sentiu o mesmo, mas eu queria ter certeza. Ele não é exatamente o tipo hábil socialmente. Eu não queria que as bruxas o usassem.‖ ―Como você sabe? Como Evan sabe?‖ Tão logo que as palavras deixaram minha boca eu pude censurar-me. Eu deveria ter negado a todo custo - chamá-lo de louco - proteger nosso segredo. "Digamos que posso cheirar uma bruxa a uma milha de distância, mas tinha que ter certeza de que você não era o tipo de bruxa ao qual anda sacrificando cachorros sob a lua cheia para que possa deixar seu amuleto em alguns pobres meninos." Agora fico louca. ―Você realmente acha que Dani ou eu iríamos sacrificar cachorros?‖ Finn abaixa as pernas e se inclina para mim. ―Relaxe. Margo é a única que eu poderia imaginar fazendo isso.‖ ―Margo pode ser uma cadela, mas ela não...‖ ―Meu Deus, você é tão fácil de te irritar! Tudo isto demorou muito menos tempo do que eu pensava. Eu esperava pelo menos que você negasse por um tempo.‖ Eu cubro meus olhos com as mãos e balanço a cabeça. Eu estou na mais profunda merda. O Coven só teve que se mudar duas vezes desde que foi formado, e a última coisa que eu quero, é ser a causa do êxodo massivo que virá. ―Bem, você sabe, e agora?‖ - Fixo minha cabeça e olho de cima para baixo, tentando fazer um grande esforço para canalizar Helena. - ―Posso apagar sua memória? Tornar-lhe um sapo? Fazer um boneco de vodu e levá-lo para baixo de um caminhão?‖ Finn ri, e eu acho que não fui muito convincente.
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―Vou tomar a segunda opção, mas só não me transforme em uma rã... são muito mais frias do que os sapos.‖ ―Ria o quanto quiser, mas há algumas bruxas que conheço que não hesitariam em ir atrás de você, se acreditarem que você pode falar.‖ ―Não se preocupe. Eu não sou um rato... e realmente, quem acreditaria se eu contasse? Meu objetivo hoje é apenas me certificar de que meu amigo, Evan, vai sair de sua primeira incursão ao romance ileso.‖ Olhei para ele, sorridente e relaxado em sua cadeira. Nós estudamos a linguagem corporal para nos ajudar saber quando é o momento certo para lançar os Binders, e tudo o que ele diz é que Finn está dizendo a verdade. ―Certo, mas você tem que me dizer como você sabe sobre nós.‖ ―Se eu lhe disser, acabaria com o ar de mistério que as bruxas adoram.‖ ―Oh, por favor!‖ ―Só estou te incomodando.‖ - Finn diz. Ele sorri abertamente e tira um pacote de gomas do bolso da frente da camisa de flanela. Parecia já ter um na boca e puxa outro e joga através da mesa para mim. - ―Talvez, se eu te conhecer melhor, eu diga a você meu pequeno segredo. Mas agora vou dar o sinal de que Evan está seguro com Dani.‖ ―O quê?‖ ―Desculpe, conversa de meninos. Citação segura. Mas acho que podemos ambos concordar que é seguro deixá-los sozinhos agora. Eu tenho que trocar o óleo do carro da minha avó e você pode ir para casa e, uh... Ferver fadas. Certo?‖ Eu ri e balancei a cabeça. ―Você sabe que a fervura até do menor dos Elfos traria a ira do tribunal de duendes tão rápido que você estaria disposto a se tornar um sapo, certo?‖ ―Bem, acho que seria melhor deixá-la sair do vidro de geléia vazio antes que termine a noite, antes que Tinker Bell16 e seus amigos comecem a chutar minha bunda, certo?‖ 16
Tinker Bell – Fada como a Fada Sininho da história de Peter Pan.
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Eu ri. ―Eu diria que seria uma boa ideia.‖ ―Obrigado pela dica!‖ – Ele se levanta e pega as chaves do carro no bolso. ―Espere aí, como eu sei que Dani está segura com Evan no encontro? Talvez eu deva avisá-la para ficar longe dele.‖ Finn inclina a cabeça para baixo e me dá um olhar de „você está totalmente desinformada‟. ―Ele levaria protetores em seu bolso se não acreditasse que receberia uma surra por isso. Ama a natureza, tem um pôster de Einstein na cabeceira, e nunca olhou pornografia. E não, antes que você pergunte, ele não é gay. É simplesmente o produto da super proteção de uns pais mega nerds. Eu diria a Dani, que se quiser algum tipo de ação deve fazer o primeira e, possivelmente, segundo e terceiro movimentos.‖ - Ele piscou e dirigiu-se para a rampa de acesso da biblioteca principal. - ―Nos veremos bruxinha!‖ Vejo-o sair todo vaidoso, botas chutando, e sei que eu devo dizer a minha mãe sobre isso. No entanto, haveria muitas questões que eu não gostaria de responder. Que Dani não ia querer responder, tampouco. E quem sabe, talvez Helena faça algo com Evan e Finn. Meu estômago pulsou nervoso. Ou a mim. O que ela faria se descobrisse que eu tinha acabado de falar de fadas com um mero mortal? Mastigo minha unha do polegar e acho que talvez ela decida que a idiota que não negou ser uma bruxa não pode ser namorada de Connor não importando as mudanças no Coven. Pego o livro que está do meu lado e bato suavemente na minha testa. ―Eu-sou-uma-idiota.‖ - Sussurro entre os golpes. Enquanto Finn permanecer em silêncio tudo deve ficar tudo bem. Eu acho. Levanto-me e caminho em direção as prateleiras. É melhor concentrar-me em mudar as coisas, e na casa de Connor na próxima semana, me digo.
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Apenas o pensamento de nós dois sozinhos em seu quarto, sem interrupção, me faz sentir calor por todas as partes. Um arrepio feliz na espinha corre por mim enquanto eu coloco o livro na prateleira. Eu lambo os lábios, e desejo que Connor estivesse comigo agora. Dirijo-me à parte principal da biblioteca e os olhos de Dani me capturam. Ela acena e eu aponto para a porta e aceno. Ela balança a cabeça e me pergunto como ela vai receber a notícia de que seu candidato a namorado sabe que ela é uma bruxa. Eu sorrio. Talvez o seu sonho não estivesse tão longe.
Capitulo 9
“Minha mãe comprou essa roupa íntima comprida ideal para voar. É muito quente, mas não é do tipo grossa e volumosa.‖ – Gritou Dani. Ela segue falando, mas o vento soprava tanto a nossa volta que era difícil ouvi-la, e realmente tudo em que eu podia pensar era no que Sascha nos contaria depois da cerimônia ultra-secreta desta noite, quando sua iniciação já tivesse terminado. ―Está escutando?‖ – Disse Dani. ―Quê?‖
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―Primeiro disse que estava louca... que o tecido volumoso só me faria parecer mais gorda, mas logo pensei que estava sendo paranóica e que ela provavelmente pensou que eu gostaria de algumas coisas novas, sabe?‖ Ia dizer a Dani que se concentrasse na vassoura, ao invés de ficar divagando sobre sua roupa íntima comprida, mas já estávamos nos dirigindo para baixo ao lugar da reunião, o vento acalmando. Inclino minha vassoura para baixo, com cuidado para esquivar dos altos pinheiros que rodeavam a abertura do bosque. ―Merda!‖ – Dani Grita. Olho para trás e vejo seu pé brevemente enroscado nos galhos de uma árvore. Tira o pé e sua vassoura cambaleia para frente. Contenho o riso enquanto seu sapato fica na árvore e ela aterrissa. ―Merda! Barro! Meu pé está empapado.‖ – Ela aponta com sua mão a base da árvore em que se enroscou. - ―Volte.‖ – ―Caramba!‖ – Diz ela quando seu sapato não voltou. Aponta mais para cima na árvore. – ―Volte!‖ – Disse mais forte. Ouvimos galhos rompendo-se, e logo o sapato vem voando até nós. Agachamos a cabeça antes que ele golpeasse o solo atrás de nós. ―Usando tamancos para montar na vassoura?‖ – Perguntei com incredulidade. O recolho com cuidado para evitar o barro que o cobre, e o dou a ela. ―Sinto muito, não estava pensando muito a uma da manhã, quando minha mãe me chamou, por isso apenas os peguei.‖ – Ela desliza o pé no sapato e caminha até uns bancos de pedra que rodeavam um incêndio em um galpão próximo. As garrafas de cerveja vazias cobriam o solo, e adivinho que as últimas pessoas que estiveram aqui estavam festejando ao invés de acampar. ―Somos as primeiras.‖ – Lhe digo olhando o céu. - ―Não vejo ninguém mais.‖ ―Espero que cheguem aqui logo, porque o clima parece de inverno.‖ – Disse Dani. – ―O que acha que será essa noite, vampiro ou lobo? Espero que não seja um demônio. E esse anel que Connor te deu? Isso foi muito estúpido, e eu não tenho vontade de lidar com eles essa noite.‖ ―Que tal um fantasma? Não temos visto nenhum já faz tempo.‖ – Dani olha ao redor do acampamento e balança a cabeça. – ―Duvido que haja algum fantasma por
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aqui, mas se for assim teremos que procurá-lo já que eles geralmente não matam pessoas. Acabamos de ir atrás deles quando...‖ ―Dani.‖ ―Estou fazendo outra vez, né?‖ Assinto com a cabeça. – ―Sim. Sei por que não costumamos ir atrás de fantasmas.‖ ―Ótimo, pensei que teríamos uma noite de caça. Olha...‖ – Dani pega seu colar e segura a estrela com redemoinhos de luz no centro. – ―Tudo começou pouco antes de chegar a casa de reunião para a iniciação de Sascha. Mas então nos fomos para casa, e minha mãe veio, então pensei que realmente poderia dormir uma noite decente antes da minha prova de amanhã.‖ – Dani junta suas mãos e as coloca debaixo de sua capa. – ―Estou começando a acreditar que nossos aniversários trazem má sorte.‖ – ela acrescenta. ―Talvez seja sua prova de química. Contudo, meu colar não fez nada esta noite, talvez necessite de uma recarga. Você já reparou? Margo não tem usado o dela. Acredito que seja por causa dos presentes de aniversário.‖ ―Sim.‖ – Disse Dani. – ―Não posso acreditar, pelo menos podia fingir que gostava da lavanda. Quero dizer, é totalmente grosseiro dizer às pessoas que seus presentes fedem a merda, ou a perfume de uma velha senhora.‖ ―Já sei.‖ – Digo eu. – ―Talvez ela tenha descoberto que só o demos porque ela é uma cadela, e supostamente a lavanda é para acalmar.‖ ―Talvez ela goste de ser uma cadela.‖ ―Olha, ali vem alguém.‖ – Digo apontando para cima, quando a figura se aproxima vejo que é Z. De repente, vem Margo como um raio junto a ela e aterrissa rapidamente em seus pés. – ―Ganhei.‖ Zahara caminha até nós. – ―Não estava apostando corrida, Margo.‖ – Disse irritada. A ouço ranger os dentes em um ritmo constante. Margo sorri. – ―Ainda assim ganhei.‖ – Ela sopra uma fina linha de ar que congela e logo se rompe perto de sua cabeça. – ―E onde está a aniversariante?‖
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―Estou aqui.‖ – Disse Sascha de trás de nós, ao que todas pulamos ao escutá-la. ―Deus.‖ – Disse Dani. – ―Esteve aí o tempo todo?‖ – Sascha se aproxima mais, tomando um gole da garrafa. ―Essa noite é um lobo.‖ – Disse ela. – ―Tem que ser rápido.‖ – Disse monotonamente. – ―Supõe-se que está aqui para receber um favor.‖ – Tomou outro grande gole. – ―Ooops!‖ – Disse rindo. – ―Acredito que não posso dizer isso às pessoas que não tenham passado pela iniciação.‖ – Dá um abraço em Margo e soluça. – ―Mas poderiam saber.‖ Margo a empurra e Sascha cai no chão. ―Hey.‖ – ela ri. – ―Isso não foi agradável. Com medo de que eu te coloque em...?‖ ―Cala a boca.‖ – Margo grita. – ―Está louca?‖ – Dani, Z. e eu trocamos olhares. ―Está bem?‖ – Lhe pergunto, olho Sascha para ajudá-la a levantar-se. ―Estou bem.‖ – Disse ela, sacudindo o barro e as folhas com as mãos. – ―Apenas sou uma caçadora feliz.‖ ―Alguém quer nos dizer o que está acontecendo aqui?‖ – Disse Z. – ―Toda essa merda enigmática ataca totalmente meus nervos.‖ Sascha ri. – ―Não é chato? Mas, adivinhem só... nossas mães não são apenas ferramentas nessa merda... realmente tem uma boa razão para esperar até nossos aniversários, e despejar um monte de merda sobre nós.‖ – Leva a garrafa a boca de novo e Margo a tira dela. ―Cala a boca, ok? Cala a boca e não direi a ninguém o que está fazendo.‖ ―Te disseram o que aconteceu com meu pai, Margo?‖ – Sussurrou Sascha. ―Apenas pare.‖ – Responde Margo. ―Por quê? Minha boca grande não te afetará.‖ ―Poderia! Você não sabe.‖ ―Meninas.‖ – As interrompi. – ―Cortem essa merda e nos digam o que está acontecendo.‖
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Sascha inclina a cabeça para Margo e cambaleia um pouco. – ―Podemos dizer algo cuidadosamente. Você acredita que realmente não podemos...‖ ―Olhem.‖ – Disse Dani. – ―Alguém se aproxima.‖ – Uns faróis refletiam através das árvores ao longo da estrada de terra. ―Merda.‖ – Digo. – ―Ela está aqui, o que faremos?‖ ―Maravilhoso, supõe-se que a bêbada têm todos os detalhes.‖ – Disse Margo a medida que lentamente se afastava até a beirada do bosque. Sascha ri de novo, e Z. pega sua capa. ―Se reúna e nos diga qual é o acordo com o lobo.‖ – ela Diz entre dentes. – ―É apenas um?‖ Sascha empurra Z. – ―Sim. É apenas um lobo solitário, que está esperando conhecer alguém para uma recompensa. Chegamos nele, e logo Connor limpa.‖ Meu coração dá um salto. ―O que aconteceu com Michael, não deveria estar aqui também?‖ – Dani pergunta. ―Essa noite está só o Connor.‖ – Sascha aponta para uma Van a alguns metros da estrada. – ―Já está aqui esperando.‖ Vejo a Van estacionada. O carro era de uma marca esportiva. Connor acende e apaga as luzes algumas vezes. Ele é a pessoa que ela está encontrando? ―Há algo mais que precisamos saber?‖ – Margo pergunta. Sascha dirige-se a Van. – ―Não... apenas alguns pequenos detalhes que eu preciso cuidar... estou certa de que eles estão me testando.‖ Ela olha para trás com um grande e curioso sorriso dirigido a Margo. – ―Não se preocupes Margo, vou fazer com que o círculo sinta orgulho.‖ Margo se adianta até Sascha. Me esforço para escutar o que diz, mas o vento sopra as palavras para longe. Sascha pega seu colar de estrela e o envolve ao redor de sua mão. Todo seu corpo fica rígido por uns segundos e logo começa a correr.
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―O que está acontecendo?‖ – Dani sussurra para mim e nos apressamos para alcançá-la. ―Não sei.‖ Connor sai da Van segurando um envelope branco. - ―Tudo pronto para você, Diane.‖ Uma mulher alta, com o cabelo comprido e branco abre a porta do carro. – ―Estupendo.‖ – Disse ela. – ―Diga a sua mãe que foi um prazer fazer...‖ ―Silêncio!‖ – Sascha grita, correndo até ela. Um raio de luz colorida saiu da palma de sua mão e golpeou a cabeça da mulher. – ―Nós te ligamos a terra.‖ – Sascha a lança ao solo, e o barro a imobiliza de baixo para cima, até subir por suas costas. ―Bom trabalho.‖ – Disse Connor. Espero que ele quisesse dizer aquilo. Eu, propositalmente, evito contato visual com Connor, e participo do círculo ao redor do nosso lobo. Sustento minhas mãos para ela e arquejo. A boca da mulher parece ter sido costurada com uma linha preta e grossa. Normalmente, um feitiço silenciador apenas manteria a pessoa sem falar, mas por alguma razão Sascha decidiu colocar mais esforço nesse. Os olhos da mulher sobressaiam e seu nariz ampliava-se enquanto lutava para abrir sua boca. Uma onda de náusea me golpeou, fazendo eco a voz de Kelsey em minha cabeça. Sempre tortura suas vítimas? Ouço a porta da Van fechando-se, e sei que Connor retirou-se de novo para fora da cena. Covarde! É a segunda coisa que surge em minha cabeça, e imediatamente me sinto culpada, mas a idéia permanece. ―Estamos prontas, gente?‖ – Margo grita. Assinto com a cabeça, perguntado-me se as outras estavam tão espantadas com o feitiço de Sascha como eu. ―Mostre-se!‖ – Gritamos todas. A bola de luz começou a tomar formas sobre a cabeça da mulher. Fixei meus olhos em seu rosto para ver se a transformação rompia sua boca fechada. Uma parte de mim esperava que rompesse. Seu rosto começou a tomar forma de um focinho de
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lobo, e vejo a mágica através de sua pele branca, e ainda assim continuava com a boca fechada. Viro de costas a medida que meu enjôo vai aumentando. ―Jules.‖ – Dani grita. Trago saliva e pego minha arma. Viro-me para o lobo, o objetivo era seu coração, e atiro. O corpo do lobo estremece uma vez, e as manchas de sangue mostram-se em sua pele branca. Começa a mudar novamente e sinto-me aliviada ao ver que a costura desfaz-se e cai de seu rosto. Connor sai da Van, cantando uma canção, e coloca a bolsa de plástico junto dela. ―Connor, chega!‖ – Digo. ―Quê?‖ – Ele pergunta, olhando-me desconcertado. ―A canção!‖ ―Oh, sinto muito, esqueci que tem uma fraqueza por lobos.‖ ―Não tenho fraqueza, é simplesmente... simplesmente uma falta de respeito!‖ – Levanto as mãos diante dele. ―Está bem, sinto muito.‖ ―Não importa.‖ – Disse Z. – ―Como você era a pessoa com que o lobo ia encontrar-se, e que diabos aconteceu com seu feitiço silenciador, Sascha?‖ ―Sim.‖ – Disse Dani em voz baixa. – ―Tinha em sua boca aquela...‖ – Dani leva os dedos aos lábios e não termina de dizer sua frase. Sascha nos olha, visivelmente comovida. ―Eu não queria fazer isso, sério. Estava assustada e saiu mais forte do que eu esperava.‖ – Ela agarra o pingente de seu colar com a mão tremendo. – ―Quando toquei a pedra tive uma visão. Foi horrível. Não queria que se tornasse realidade. Tive que deixar que a senhora...‖ – Ela se vira para Margo. – ―Você sabia que eu veria o centro de reuniões? Foi por isso que me disse para aguentar?‖ ―Eu não estava certa se seria capaz de ver algo, mas estava esperando que você...‖ – Disse Margo soando cansada. – ―Eu gostaria que parasse de falar o que não se tornou realidade. Todos nós temos que fazer exatamente o que se supõe que...‖
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―Porque se não fizermos,‖ – Disse Sascha, - ―uma de nós vai para o inferno.‖
Capítulo 10
Me Estremeço com o frio e desejo que o vento não absorva todo o calor do pequeno e ardente fogo que temos na chaminé do camping. Todos estamos olhando Sascha, esperando que fale, enquanto a madeira estala e salta tentando esquentar o ar noturno.
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―Tudo o que sei,‖ – Diz Sascha, - ―é que quando agarrei a pedra do colar vi um demônio no centro da sala de reuniões, bem diante de mim. E então tudo se acelerou e vi apenas fragmentos dos rostos. Nem sequer posso dizer exatamente quem estava ali, porque tudo terminou em um segundo ou dois. Mas havia um demônio e pegou alguém, isso tenho certeza. Escutei gritos e depois um sentimento de perda me invadiu.‖ – Ela mordeu o lábio inferior. – ―Podia inclusive sentir o cheiro de enxofre.‖ Olhei Connor do outro lado do fogo enquanto brincava com seus pés na terra. Quem dera pudesse pedir desculpas pelo que aconteceu antes. Gostaria que ele estivesse sentado comigo, com seus braços ao meu redor fazendo-me sentir segura, ao invés de fingir que não estamos juntos. ―Helena me disse que eu tinha que seguir falando com os lobos.‖ – Continuou Sascha. – ―Depois que tive a visão, tive medo de que se não fizesse o que tinha dito, pudesse se tornar realidade.‖ ―Foi isso que você viu, Margo?‖ – Perguntei. – ―O demônio?‖ Margo olhou o fogo e assentiu. – ―Sim.‖ – Disse tranquilamente. – ―Vi a mesma cena, durante a cerimônia do meu aniversário. Percebi que meu colar estava brilhando enquanto Helena estava falando. Agachei-me e quando meus dedos tocaram a pedra vi a mesma coisa. Tomou cada grama de energia que tinha, não gritei porque por um segundo pensei que estava acontecendo de verdade. Olhei Helena e minha mãe para ver se talvez houvessem visto algo, mas estavam como se nada tivesse acontecido. Não posso dizer a quantidade de vezes que segurei o colar esperando para ter uma boa visão... mas todos os flashes passam tão rápido. Finalmente tive que parar porque estava ficando louca. Margo se esticou, pegou a mão de Sascha e deu um apertão. Dani e eu nos olhamos. Estou certa que se sente tão culpada quanto eu pelo que havíamos dito antes sobre Margo. Z. estalou a língua nos dentes. – ―Então, o que significa?‖ ―Que a pedra de Margo e Sascha tem o poder da premonição.‖ – Disse. – ―Mas não sei se o que viram definitivamente se tornará realidade ou não.‖ ―Temos que nos assegurar que não.‖ – Disse Margo. ―Maldição!‖ – Disse Z. – ―As coisas estão cada vez mais estranhas, e ainda temos que nos preocupar se um demônio pegará uma de nós.‖
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―Estou com medo.‖ – Sussurrou Dani. Todos ficamos em silêncio. Enquanto olhávamos o fogo me perguntei se todos estavam pensando o mesmo que eu. Quem fez essa bagunça e quem o demônio levará? ―E você Connor?‖ – Disse Z. rompendo o silêncio. – ―Ainda não nos disse. Porque o lobo veio até aqui para se reunir com você?‖ ―Oh, bom, estava tentando chantagear a seita.‖ – Disse rapidamente coçando o nariz. – ―Ficou sabendo sobre a gente, e ameaçou contar aos caçadores o que afetaria nossa segurança. Ela nos ofereceu um preço por seu silêncio e fizemos um acordo.‖ – Cruza os braços sobre o peito e olha o chão enquanto chuta uma pedra. – ―Criamos a distração e vocês se encarregaram de nosso chantagista.‖ Meu coração começa a bater mais rápido do que estava. Connor está mentindo. Dani começa a dizer algo, mas não a escuto. E tudo o que sei é que em minha cabeça está a palavra: mentiroso. Quem dera ainda estivesse com o Ouroboros para demonstrar se estou errada, mas sua linguagem corporal está dizendo outra coisa. Mas por que ele mentiria sobre o lobo? ―O que acontece se um grupo de lobos decide nos caçar antes que a gente possa caçá-los?‖ ―Poderíamos pegá-los.‖ ―Nossa.‖ – Disse Dani. – ―Pensar que alguém nos caça, não posso nem sequer imaginar.‖ Ela pega a garrafa de Z, toma um gole e está a ponto de passar para Sascha, mas puxa a mão para trás. ―Só vou tomar um pouco.‖ – Disse Sascha. – ―... apenas para tirar o gosto ruim.‖ Dani lhe dá a garrafa e Sascha bebe um grande gole. Limpa a boca com a manga e entrega para Connor. ―Acredito que é certo dizer que todos temos que ser cuidadosos. Manter o nariz limpo é o mais inteligente, e na verdade é a única coisa que podemos fazer agora.‖ Z. balança a cabeça. – ―Mas isso é uma loucura!‖
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―Tem que haver algo mais que você possa nos dizer.‖ – Digo eu. – ―Sabe o quão estranho é tudo isso para o resto de nós?‖ ―Sim.‖ – Disse Z. – ―Com a forma que vocês duas estão agindo, tenho que dizer que já não tenho vontade de fazer aniversário. Tenho minha mãe insistindo um milhão de vezes sobre toda essa merda, mas não vou dizer nada. Estava certa que viria da língua de vocês.‖ Sascha suspirou. – ―Eu gostaria de dizer algumas coisas, mas depois disso, tive a visão... e estou de acordo com Margo nisso. Não posso.‖ Margo franze o cenho para ela. – ―Uma das pessoas que deveriam ter chegado a essa conclusão!‖ Sascha encolhe os ombros e seu longo cabelo cai para frente, ocultando seu rosto. – ―Eu sei. Eu sei.‖ – Disse ela. – ―Estou enlouquecendo. E então tomei um drinque ou dois.‖ – Sua voz quebra-se e seus ombros começam a chacoalhar. ―Era mais fácil fingir que não havia nada com que se preocupar, supor que não importava.‖ ―Bom, olha, apenas faltam algumas semanas até que todas tenhamos dezoito.‖ – Disse Margo. – ―E então poderemos decidir como um grupo, como manejar as coisas. Este Coven tem vivido embaixo de uma sombra há um grande tempo, e já está na hora que alguém faça algo a respeito. ―Mas meu aniversário é só no próximo mês!‖ – Digo eu. ―Fique feliz.‖ – Disse Sascha. ―Aguenta ai.‖ – Disse Connor, um pouco animado demais,e depois baixa um pouco seu tom de voz. – ―Isso se resolverá, tenho certeza.‖ – Fica de pé e brinca com as chaves em seu bolso. – ―Aliás, está muito tarde. Temos que ir, certo?‖ Dani olha seu relógio. – ―02:50 da manhã. Não vou poder estudar para minha prova.‖ – Pega sua vassoura e dá mais uma olhada no fogo. – ―Oh, é melhor não deixamos aceso... poderia espalhar ou algo assim.‖ ―Sempre somos garotas exploradoras.‖ – Murmura Margo. Dani suspira. – ―Bom, poderia!‖ – Aponta para o fogo. – ―Fora! ‖ – O fogo arde e desvanece, enquanto coloco a capa mais perto do meu corpo para capturar parte do
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calor desaparecendo. As demais pegam suas vassouras enquanto me aproximo de Connor. ―Eu te ajudo com o corpo se quiser.‖ – Digo, tentando manter minha voz sem emoção, fazendo parecer uma oferta informal. Percebo umas olhadas entre Z. e Margo. ―Isso é realmente um trabalho para duas pessoas.‖ – Acrescento. Dani sorri para mim. – ―Adeus.‖ Todos vão embora. E as vemos desaparecer de vista, após isso Connor pega minha mão. Meu primeiro impulso é me soltar, mas sua mão está quente e não quero ser má com ele. ―Obrigado por me ajudar.‖ – ele disse. – ―Eu gostaria que não fosse tão tarde, assim poderíamos nos divertir um pouco na Van.‖ O olho horrorizada. – ―Na Van? Em um carro com cadáveres? Depois de tudo o que acabou de acontecer?‖ Connor ri nervosamente. – ―Bom, na forma como está dizendo, isso não parece muito romântico.‖ ―Isso não é engraçado!‖ – Digo, e instantaneamente retiro minha mão da sua. – ―Não há nada engraçado em nada do que aconteceu essa noite.‖ - Minha respiração sai rapidamente como vapor, ao mesmo tempo que o olho com uma cara horrorizada. – ―Por que mentiu sobre o lobo?‖ Arregala os olhos e então olha para o outro lado. – ―Tive que fazê-lo.‖ ―Por quê?‖ – Pergunto, surpreendida e aliviada por ele ter admitido. Pega minha mão e me gira suavemente, agora estou de frente a ele. – ―Jules, há tanto que fazer, tanto. Há coisas que não poderia sequer imaginar nem em seus piores sonhos. Me ocorreu uma ideia de tentar arrumar as coisas, consertar as coisas pode trazer aquelas mudanças que conversamos.‖ – Ele deixa de falar e sorri abertamente para mim. – ―E minha mãe está envolvida. Bem, ela não sabe de tudo.‖ – Inclina-se e me beija rapidamente. Estudo seu rosto... e ele me olha emocionado e feliz.
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―Mas tem razão sobre o lobo, ela não estava chantageando o Coven. Ela queria saber sobre nós, e você sabe o quão perigoso poderia ser. Isso é tudo que posso dizer. Agora, pode confiar em mim? Um pouco mais?‖ ―Connor, minha cabeça está dando voltas com todos os segredos. Não sei mais o que pensar.‖ Claro, eu também estou guardando segredos. Por que eu não disse a Connor sobre Evan e Finn? O olho e ele me dá um sorriso torto. ―Apenas um pouco mais.‖ – Disse ele de novo. Inclina-se e me beija com força. Empurro todas minhas preocupações e lhe devolvo o beijo com vontade. ―Ainda quer vir amanhã depois da escola, certo?‖ ―Sim.‖ – Digo. ―Não se esqueça de levar o anel. Tenho que me assegurar de levá-lo de volta antes que o perca.‖ ―Onde estará sua mãe?‖ ―Falando com algumas pessoas sobre minha ideia... eles queriam falar cara a cara.‖ – Sorri. – ―Cruze os dedos, isso pode ser o que estamos esperando.‖ – Me envolve em seus braços e me gira no ar. ―Não me faça esperar demais.‖ – Rio, sem ar. ―Logo. Prometo.‖ – ele diz. Caminhamos até o corpo da mulher. A brisa fria de longe chega até mim. Pergunto-me se há alguém esperando-a em casa. Disse a um namorado ou marido que voltaria logo? Olho seu corpo... a roupa rasgada, o buraco da bala escorrendo sangue. Fecho os olhos e tento pensar de novo na Kelsey... em seu passado... a última vez que eu havia sentido culpa após tirar a vida de alguém. Minha mente está em branco. Quantos anos tenho sido imune em me preocupar de verdade?
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“Os lobos matam.” - Escutei minha mãe dizer, encolhida no sofá com uma bola na mão. Quando tinha cinco anos, celebrou-se com uma festa de bruxas. A parte inferior da bola estava coberta de manchas azuis e roxas de vidro fundido... minhas cores favoritas. Dentro da bola, as manchas rosa de vidro, onde conecta com a parte superior, pronta para segurar um feitiço. Minha mãe levantou a mão e sussurrou, encantando a bola. A luz amarela rodava de cima para baixo entre a fibra de vidro e, finalmente, uma lua redonda apareceu no cristal. “E se a vítima do lobo sobrevive, o ciclo de matança continua torturando a cada lua cheia.” Me aproximei mais dela, perguntando-me o que queria dizer com “a tortura da lua cheia”.Estava procurando a bola... com ela em minha pequena mão.A lua se dissolveu em estrelas.E cada uma delas tinha pequenas asas negras e tomaram a forma de morcegos. Os morcegos agitavam suas asas, mergulhando. Vampiros que matavam suas vítimas em becos, aquelas criaturas horrendas que se alimentam dos vivos com uma sede insaciável. Os morcegos desapareceram da bola quando esta ficou cinza. Dois olhos negros piscaram, com as pupilas soltando fogo no meio. Vislumbrei uma espécie de porco com o focinho largo e dentes encaracolados que sobressaiam. Minha mãe pegou a bola da minha mão justo quando estava prestes a cair. Os demônios cobiçam a alma humana mais do que qualquer riqueza do mundo. Eles não se detêm diante nada para negociar, ou enganar para conseguir o que temos de mais precioso. E é por isso que mamãe tem que sair novamente esta noite. Olho para a porta, onde Cady Tompkins, quem cuidaria de mim essa noite, está de pé. “E porque algum dia, você também...” – Fez uma pausa e sussurrou um feitiço. A bola vazia reflete apenas meu reflexo, um amplo e distorcido rosto no cristal aparece. Mantendo o mundo seguro. Sobressalto-me quando Connor faz barulho ao abrir a bolsa. Está de joelho no chão fazendo um buraco maior. ―A maneira mais fácil de fazer é abrir a tampa e puxar as extremidades.‖ ―Claro.‖ – Lhe digo, pensando que essa é a primeira vez que realmente toco um corpo morto.
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Pergunto-me se temos uma equipe de limpeza para as caçadoras, que possam limpar o que acabamos de fazer. ―Vou pegar a parte superior, e você pega a parte inferior. Pronta?‖ ―Suponho que sim.‖ – Me ajoelho, e me sujo de barro molhado nos joelhos. Levo minhas mãos até a cintura dela. Um calafrio passa por mim, como se sentisse sua pele fria. ―Não precisa fazer isso se não quiser.‖ – ele diz. – ―Pode ir para casa que eu me encarrego de tudo.‖ ―Não, quero ficar.‖ ―Está bem então. Um, dois, três!‖ Dou a volta com ela na bolsa e pulo longe quando ela aterrissa sobre a terra com um ruído surdo. Um grande e violento arrepio me golpeia, e me esforço para recuperar a respiração. Vejo Connor trabalhar no interior da bolsa e logo fechar o zíper. Ele me olha com olhos compreensivos. – ―Se te faz sentir melhor, acredito que esta seja a parte mais fácil do que tenho que fazer.‖ Olho a bolsa... com manchas de sangue dentro. ―Não. Isso não me faz sentir melhor.‖
Capitulo 11
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Dani fecha seu livro de ciências, e alcança através da minha mesa da cozinha, um punhado de pipocas da tigela. – ―Não consigo me concentrar nisto. Tudo no que posso pensar é em como vou molhar minhas calças quando me levarem para a sala de trás do centro de reuniões em uns poucos dias!‖ ―Bem,considerando o que tem estado acontecendo, acho que nem sequer Margo poderia criticá-la por isso‖ - eu digo. ―Sim, mas não sei se posso fingir estar toda emocionada por ir a iniciação, quando sei que estou prestes a aprender coisas tão espantosas, chutadoras de traseiros e alteradoras de vida. Sempre pensei que a iniciação seria mais como, - decida em que você quer trabalhar dentro do Coven, assim pode ser treinada até que se aposente de caçar. Agora espero que Helena diga algo como - Arruína isso e será comida pelos demônios! - Não é exatamente o aniversário feliz que imaginava.‖ ―Ainda não sabemos se essa visão se realizará, mas estou bastante certa de que sairemos da caça depois. Eles parecem estar testando diretamente as meninas que fazem aniversário depois da iniciação.‖ ―Sim‖ - disse Dani. – ―Me perguntava sobre isso. É como se eles lhe dessem a surra de sua vida e depois vejam se ainda está disposta a ir caçar. Não posso esperar para ver o que têm preparado para mim...‖ ―Não estará sozinha. Nós estaremos com você.‖ ―Bem, estou contente que recarregamos os colares hoje, faz-me sentir mais segura.‖ - Dani corre os dedos pela borda da bacia de feitiços de mamãe. – ―Ah! Eu disse a Evan que não posso sair para jantar no meu aniversário, e estive totalmente de acordo em fazer um almoço no lugar. Claro, preferiria muito mais ter um jantar romântico com ele, do que ouvir o discurso de 'sua vida vai feder agora' a Helena.‖ ―Você disse a Evan, porque não pode sair para jantar?‖ ―Eeee, não! Nem sequer mencionei o fato de que sou uma bruxa, por isso não vou lhe dizer que tenho uma cerimônia de iniciação no meu Coven para assistir, em vez de sair para jantar com ele.‖ ―Você não tem falado sobre isso? Pela maneira que Finn falava, pensei que todo o assunto estava totalmente falado.‖ ―Tem certeza de que Finn disse que Evan sabe?‖
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Assentiu com a cabeça. – ―Absolutamente certa.‖ ―Bem, ele não mencionou nem uma única vez, e eu não tenho encontrado um momento adequado para falar sobre isso. Ele é tímido, então não creio que me perguntará em nenhum futuro próximo de qualquer maneira. Finn, por outro lado, não deixa de me interrogar toda vez que estamos sozinhos.‖ ―Sobre ser uma bruxa?‖ ―Isso, e é totalmente obcecado sobre o que aconteceria se ele fervesse uma fada! O cara é além de estranho... como se pudesse ver uma fada, muito menos prender uma! Acho que a única razão pela qual ele e Evan são amigos é porque vivem na mesma rua, um em frente ao outro.‖ Eu ri, lembrando da conversa que tive com Finn. – ―Então, o que você lhe disse sobre as fadas?‖ ―Eu disse que até que ele me diga como soube que somos bruxas, eu não lhe direi nada, e especialmente nada sobre como as fadas punem alguém que ferve uma de sua espécie.‖ - Dani me olha e seu rosto cora. – ―Posso te perguntar uma coisa?‖ ―O que quiser.‖ Ela respira profundamente e agora todo seu rosto fica vermelho. – ―Sei que você e Connor não levaram as coisas lentamente, mas você tinha que... você sabe... fazer que as coisas cheguem a, você sabe... o que vem depois de...?‖ - O rosto inteiro fica vermelho. – ―... primeira base?‖ Eu balanço minha cabeça e sinto meu rosto corar também. – ―Uh, não. Nós não tivemos nenhum problema em nos mover além da primeira base.‖ Dani se joga na cadeira. – ―Provavelmente é porque estou gorda... ele não quer me tocar.‖ ―Você não está gorda! E Evan é apenas um daqueles caras, realmente tímido. Eu lhe disse o que Finn me falou sobre ele, provavelmente está com medo de dar o primeiro passo.‖ - Olhei-lhe maliciosamente. – ―Mas isso não significa que você não pode fazê-lo.‖ ―Eu não poderia!‖ - Dani diz com os olhos arregalados. - ―Ou poderia?‖ - Ambas rimos e, então Dani morde o lábio inferior. – ―Às vezes eu queria que fosse mais parecido com Finn.‖
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―O quê? Por quê?‖ ―Eu realmente gosto de Evan, mas quando estou sozinha com Finn eu rio muito, e posso falar sobre ser uma bruxa.‖ ―Você não deveria estar lhe dizendo coisas! E quando está sozinha com Finn?‖ Dani ergue a cabeça e levanta uma sobrancelha. – ―Sim, foi você quem disse coisas para Finn, não eu! Mas, quando estamos todos na biblioteca, Evan tem que ir assoar o nariz a cada vinte minutos... é algo muito chato... e como se envergonha de fazê-lo diante de nós, ele sempre vai ao banheiro. Logo que Evan está fora de vista, Finn começa com coisas como: 'Você prefere olho de salamandra ou asas de morcego seco em suas torradas?' ‗Quem jogou o feitiço que converteu Margo em uma prostituta?'...Esse tipo de coisas.‖ Eu ri. – ―Ele com certeza tem o número de Margo!‖ ―Sim.‖ - Dani sorri por um segundo e depois franze os lábios. – ―Mas é só quando estou sozinha com Evan, que falamos especialmente sobre a escola, e de seu clube de robótica, o que não é nem remotamente tão interessante quanto ele pensa.‖ Eu sorrio com um gesto de empatia. ―É só que sinto como que não posso ser eu mesma com ele.‖ ―Sabe, talvez não falar sobre ser uma bruxa com Evan é o problema‖ - Digo. – ―Ele sabe, se você apenas conseguir tirar o tema ao ar livre, então poderiam relaxar e se divertir.‖ - Movo as sobrancelhas para cima e para baixo e atiro uma pipoca em minha boca. ―Sim, tem razão, mas gostaria que ele mencionasse primeiro. Talvez depois que terminemos de almoçar, sentarei para que falemos sobre o assunto. Terei que dizer a minha mãe que vou para a biblioteca outra vez. Eu disse a ela que é mais fácil estudar lá, e ela acreditou. Mas é difícil ficar nos vendo às escondidas, sabe?‖ ―Sim, nem me diga.‖ Dani suspira. – ―Pelo menos seu namorado é no Coven.‖ - Inclina-se para mim e levanta as sobrancelhas. – ―Então, tem algum grande plano para hoje? A que horas vai para sua...?‖ Minha mãe entra, e Dani pára no meio da frase.
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―Olá, meninas.‖ - diz ela alegremente. Faço uma pausa antes de rolar os olhos. É cada vez mais e mais difícil tolerar sua atitude de Miss Simpatia, quando sei que estará descarregando algum segredo horrível encima de mim em umas poucas semanas. Mas quem sabe, tendo passado pelo mesmo quando tinha minha idade, acha que se ela passou, eu também passarei. ―Olá, Sra. Harris.‖ - disse Dani sem seu habitual entusiasmo. Minha mãe coloca uma caixa sobre a mesa diante de nós. – ―Querem ver em que tenho estado trabalhando?‖ - Ela pega duas esferas de vidro, e nos dá a cada uma de nós. Imediatamente vejo que são diferentes das esferas normais de bruxa. Em vez de vários fios finos de vidro que se elevam do fundo da esfera, há apenas dois nelas, quase de um centímetro de espessura. As paredes das órbitas são mais grossas também, e usou um maçante vidro marrom, muito diferente do brilhantemente colorido com que geralmente faz as esferas. ―Ah, odeio dizer isso, mas não é seu melhor trabalho.‖ - Eu digo. - ―São um pouco tristes.‖ Minha mãe põe as mãos nos quadris. – ―Têm que ser feitas assim. É uma configuração especial...‖ - Ela pára e irrompe em um grande sorriso. – ―Para capturar fantasmas!‖ Mamãe nos olha com esperança em seus olhos, mas Dani e eu trocamos olhares de interrogação. ―Por que iria querer capturar um fantasma?‖ - Pergunto. ―Sim‖ - Dani disse. - ―Pensei que todo o ponto de perseguir fantasmas era para ajudá-los a atravessar para o outro lado ou para exorcizá-los se estão sendo desagradáveis e precisam de um pequeno empurrão na direção certa.‖ Mamãe senta-se na ponta da mesa e estende uma mão para mim. Eu dou-lhe a esfera e ela a traz até a luz. – ―Não acham que seria interessante conter um fantasma em um desses?‖ ―Uh, interessante como?‖ ―Você pode realmente possuir um fantasma!‖ Olhei sorrindo para minha mãe, com seus olhos ainda muito abertos e entusiasmados, e balanço a cabeça. – ―Acho que estou perdendo algo, porque não encontro nada de interessante sobre prender a entidade espiritual de uma pessoa em
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uma bola. Além disso, o que faria qualquer uma de nós com um fantasma? E que diversão seria para o fantasma ter apenas uma pequena bola para assombrar?‖ ―Bem, não sei se um fantasma se diverte muito assombrando uma casa.‖ - disse mamãe. - ―Eles parecem bastante atormentados a respeito. Mas quem sabe seria um alívio para eles serem removidos de qualquer coisa que os mantenha entre os vivos.‖ ―Acho que estariam mais atormentados sendo trancados em uma pequena bola de vidro.‖ - respondi. ―Bem, posso ver como talvez pudesse nos ser útil.‖ - disse Dani. - ―Como se tivesse o fantasma de alguém famoso e pudesse se vangloriar nas festas.‖ ―O quê?‖ - Eu digo. Dani dá de ombros. – ―Bem, como seria um bom principio de conversa.‖ ―Exatamente!‖ - Disse mamãe. - ―Possuirá um fantasma, um único de seu tipo. E há muitas pessoas que adorariam adicionar um fantasma à sua lista de colecionáveis.‖ ―Claro, um fantasma em uma esfera de vidro seria genial ao lado da coleção de cabeças encolhidas de alguém.‖ - Digo. Mamãe sacode a cabeça e coloca a esfera de volta na caixa. – ―Tenho estado trabalhando nelas durante dois dias inteiros, e pensei que ficaria um pouco mais animada sobre isso.‖ Pego a outra esfera da mão de Dani e seguro na luz, como fez mamãe, na esperança de encontrar algo atraente. Balanço a cabeça. – ―Têm que ser marrom? Quero dizer, mesmo se quisesse ter um fantasma de estimação, a cor é como merda.‖ Dani me chuta por debaixo da mesa. – ―Eu acho que é uma ideia genial.‖ ―E o que você acha sobre a cor marrom?‖ - Mamãe lhe pergunta. Dani inclina a cabeça olhando a esfera em minha mão de um lado a outro. – ―Uh, tudo bem. Eu acho. Tem que ser marrom?‖ ―Na verdade...‖ - Mamãe disse parecendo derrotada. – ―Supunha-se serem azul, mas cada vez que combino o feitiço de revelar com o de recuperação, o vidro se torna lamacento.‖ - Ela pega a esfera de minha mão e a coloca na caixa com as outras. - ―Bem, acho que voltarei ao ateliê para ver se consigo fazer algumas esferas azuis.‖ Desta vez, chuto Dani, e ambas olhamos para outro lado, rindo bobamente.
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―Sabem,‖ - disse mamãe - ―Antes que faça muitas, seria bom ver se o desenho básico funciona. Vocês têm algo para fazer agora, meninas?‖ ―Mamãe‖ - gemi, pensando que Connor já me espera. - ―A última coisa que quero fazer é ir caçar fantasmas. Tenho que estudar. Vamos para a biblioteca porque não podemos nos concentrar aqui!‖ ―Não nos demoraremos muito tempo... apenas uma viagem rápida até a fronteira de Fayetteville. Onde ficam os restos da velha cervejaria...‖ ―A Cervejaria Torre Alta?‖ - Pergunta Dani. - ―Eu ouvi alguns meninos da escola falar que as pessoas vão e desafiam umas as outras a entrar nas ruínas à meia-noite. Rob Walsh disse que algo tentava arranhar seus olhos quando ele foi, mas todos pensaram que ele estava cheio de merd... uh, quero dizer, inventando.‖ Mamãe sorri e assente. Ela pode ver que Dani está interessada, então provavelmente acha que as acompanharei também. ―Bem, o jovem poderia não estar exagerando,‖ - disse. - ―A cervejaria perdeu mais de vinte pessoas em um incêndio iniciado por um funcionário descontente. Sabemos de uma boa fonte que algumas vítimas que continuam no lugar poderiam ser classificadas como espectros. Meninas podem ir e dar as esferas seu primeiro teste. Se a nova configuração dos fios e o feitiço que lhes coloquei funcionam, voltaram para casa com dois fantasmas!‖ ―Você quer dizer com dois antigos funcionários que sofreram uma morte horrível‖ - eu disse, cruzando os braços sobre o peito - ―Que provavelmente não querem tornar-se fantasma de estimação de alguém.‖ ―São espectros... e uns muito irritados. Estariam fazendo o lugar mais seguro para eles.‖ ―Se é tão perigoso, por que não o temos limpado antes?‖ Mamãe me dá um suspiro exasperado, o que ultimamente ouço cada vez mais. – ―Não tem sido uma prioridade absoluta porque preferimos usar nossos recursos nas criaturas que matam.‖ ―Sim.‖ - disse Dani. – ―Se vamos sair para caçar, é preferível perseguir algo que poderia perpetuar o ciclo, e também um espectro poderia te maltratar um pouco, mas não poderia...‖ - Ela me vê dando-lhe um olhar completamente entediado e pausa.– ―Bem,você sabe... Te matar.‖
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―Está bem!‖ - Digo, esticando uma mão para mamãe. Ela sorri e me dá uma das esferas novamente. - ―Se você quer tanto um fantasma, te conseguirei um. Considere isso um presente de Natal antecipado.‖ ―Essa é a minha menina. Tudo o que tem a fazer é segurar a esfera em uma mão e então quando usar o feitiço de revelar, em vez de aparecer o fantasma na sua frente para que o possa exorcizar, ele ficará preso na esfera. Bem, se isso funcionar.‖ ―Sim, seja como for.‖ - Digo. - ―Levarei alguns Binders e outras coisas para o caso de algo mais andar dando voltas, mas depois vamos à biblioteca, onde não continuará nos interrompendo!‖ Mamãe inclina a cabeça. – ―É curioso, quão estudiosa se tornou de repente.‖ Eu estava esperando que ela dissesse algo assim, mas estou preparada para isso. ―Bem, depois que me envergonhei totalmente na frente da Sra. Keyes, pensei que deveria trabalhar um pouco mais duro para conseguir melhorar minhas notas. Falando nela, devemos levar as esferas de fantasmas na casa da Sra. Keyes?‖ - Perguntei. Dani sorri disfarçadamente e lhe dou uma olhada de lado para fazer com que parasse. ―Não, as traga de volta aqui... Helena estará fora da cidade por um tempo.‖ ―Ah! eu não sabia. As traremos de volta aqui então, antes de irmos para a biblioteca.‖ Levanto-me e coloco minha capa. Cuidadosamente coloco a esfera no meu bolso, e Dani e eu pegamos nossas vassouras. - ―Bolas de fantasmas‖ - murmuro enquanto saímos para a tarde fria de sol. Que ideia tão estúpida! Saímos de casa em nossas vassouras e Dani ri alto. - ―Ah, eu não sabia!‖ - Ela diz, me imitando. - ―Você é uma profissional de engano.‖ ―Sim, pensei que seria um belo toque.‖ - Olhei para o chão. – ―Depois de chegarmos ao rio, quão longe é a cervejaria?‖ ―Um par de milhas.‖ Nós voamos em silêncio, e eu penso sobre como é estranho a sensação de voar de dia, mesmo se estamos encobertas.
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Fecho os olhos e sinto o leve calor do sol do final de outubro, no meu rosto. Mantenho minha vassoura estabilizada e imagino o sol entrando pela janela, no quarto de Connor. E me imagino no seu quarto... Em sua cama. ―Jules!‖ - Dani grita. Meus olhos se abrem. – ―O quê?‖ ―Estamos quase chegando.‖ - Ela aponta para baixo, para o esqueleto de um prédio de tijolos com uma velha alta e fina árvore que parece vermelho brilhante e folhas de laranja que brotam através de uma abertura no teto. Pego minha vassoura firmemente enquanto rodeamos o edifício e a terra ao longo da costa, fazendo voar um monte de folhas secas. Olho acima, para a velha torre, a única coisa que ainda está intacta e vejo as letras que marcam „Cervejaria Torre Altas‟, visíveis apenas depois de anos de negligência. Paramos ali, ouvindo e procurando qualquer sinal, de que alguma outra criatura tivesse se estabelecido ali. Algumas coisas preferem rondar por lugares assombrados para evitar o contato indesejado com humanos, sem contar os adolescentes bêbados que podem aparecer de vez em quando durante a noite, mas ao meio-dia eles provavelmente estariam descansando. Não ouvi nada mais do que os esquilos movendo-se pelas árvores que crescem dos lados do edifício, mas definitivamente há uma sensação elétrica no ar, típico da energia emitida pelos espectros. ―Bem, a sensação de algo assustador arrastando-se está alerta.‖ - digo. ―Sim‖ - Dani concorda. - ―Eu não acho que isso será como o último fantasma com que tivemos de lidar... a pequena menina, aquela que procurava por sua mãe.‖ ―Só que sua mãe tinha estado morta nos últimos cem anos! Ela não foi tão ruim... exceto a parte dos beliscões.‖ ―E os puxões de cabelo.‖ Eu ri. - ―Ei, de a menina fantasma alguns pontos por chutar a bunda de Margo, isso foi muito engraçado! Mas ainda assim, uma vez que começamos com o exorcismo, ela não colocou muita resistência.‖ - Cruzo meus braços sobre o peito quando a temperatura cai drasticamente. Embora eu tenha o pressentimento de que há
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definitivamente mais de um fantasminha aqui. Pego a esfera do meu bolso. – ―Terminemos com isto de uma vez. Tenho que estar na casa de Connor em breve.‖ Dani concorda e nos encaminhamos com cuidado evitando as raízes e as latas vazias de cerveja e refrigerante jogadas ao redor do prédio, até que encontramos uma porta aberta. A cruzamos e estremeço enquanto o arrepio cobre meus braços. Há bastante luz do sol entrando pelas janelas e buracos das paredes e do teto, mas a temperatura continua a cair. De repente, um tijolo é lançado diretamente em nossas cabeças. Dani e eu nos abaixamos, e passa sobre nós até chocar-se contra uma parede. Outro tijolo bate contra uma janela sobre nós. Corremos para o interior do quarto para evitar a chuva de vidros. ―Não acredito que os inquilinos estão felizes de nos ver.‖ - digo. ―Espero que eles não façam a cara disforme.‖ - disse Dani, enrolando-se mais firmemente em sua capa. - ―Odeio quando eles ficam todos estranhos e mostram aquelas presas afiadas e merdas como essa, me dá pesadelos. Quero dizer, porque eles têm que fazer isso de qualquer maneira?‖ Prendo dois dedos acima como dentes afiados. – ―Para te comer melhor, querida.‖ Dani me dá um soco no braço. ―Ah! por que você fez isso?‖ ―Está me deixando nervosa!‖ Um piso de cerâmica antiga levanta-se e voa direto para nossas cabeças. – ―Pare!‖ - Gritei segurando uma palma no alto. O mosaico se quebra antes de chegar a nós, mas então, os pedaços em redemoinho juntos vêem até nós como um enxame de abelhas. Voltamo-nos e mantivemos as capas para proteger o rosto. Respingou a medida que os pedaços batiam nas minhas costas e caiam no chão. - ―Façamos isto antes que saiamos machucadas!‖ - Grito. Dani concorda. Ela toma a esfera de bruxa do seu bolso, e nos colocamos de costas uma para a outra. A cervejaria fica incrivelmente tranquila, e me pergunto se os fantasmas pararam sua diversão para ver o que estávamos fazendo.
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―Revela-se!‖ - Ambas gritamos. Fico ofegante quando pelo menos uma dúzia de corpos escuros aparece em um círculo em torno de nós. Seus rostos carbonizados, cercados de fumaça e cobertos de bolhas, alguns queimados até os ossos de seus rostos espectrais, nos olham com grandes olhos vazios. Ficam em torno de nós por outro segundo e então a esfera de bruxa em minha mão começa a vibrar. Como se pressentissem uma mudança, todos começam a afastar-se em todas as direções, mas vejo um fantasma sendo puxado até a esfera. O fantasma se estende mais e mais à medida que tenta fugir, mas então, uma porção do espectro faz contato com a esfera. Em um instante de luz cegante, desaparece, e então vejo em seu interior uma luz pulsante rápida, verde e fraca, envolvendo-se em torno dos fios de vidro. ―Consegui um!‖ - Digo enquanto me viro para Dani. ―Eu também‖ - diz, segurando sua esfera. Notamos a luz verde acender e diminuir, e então uma boca queimada pressionouse contra o interior da esfera de Dani. Sua língua coberta de bolhas prova o vidro por um segundo antes de dissolver-se novamente na misteriosa luz verde. ―Eca!‖ - Diz ela. - ―Mudei de opinião sobre ter um fantasma de estimação!‖ Um forte ruído golpeia o quarto de um lado, e eu dou uma guinada de cabeça até a porta. – ―Vamos sair daqui!‖ Pego a mão de Dani e corremos pelo quarto. Ouço o som de vidros quebrando atrás de nós enquanto cruzamos o limite até a floresta. Mais batidas e barulhos estranhos ressoam fora, depois de tropeçarmos por entre as folhas e os emaranhados até que encontramos nossas vassouras. Corremos em direção ao rio e sentamos sobre a borda. ―Sabe, depois de tudo isso‖ - Respiro - ―Não me sinto tão mal sobre capturar uma dessas coisas!‖ - Pego uma pedra e jogo na água escura. Dani franze o cenho e guarda sua esfera dentro de sua capa. Ela me olha e suspira. – ―Evan e eu nunca ficaremos juntos, certo?‖ ―O quê? Claro que sim. Estão juntos agora.‖ Dani sacode a cabeça. - ―Não, não realmente.‖ - Ela suspira e enxuga uma lágrima de seu rosto. - ―Você disse que eu devo falar com ele sobre o que significa ser
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uma bruxa, certo? Bem, se eu disser o que acabamos de fazer, ele provavelmente vomitaria.‖ - Ela coloca um braço para trás em direção a cervejaria. - ―E isso é totalmente dócil em comparação com a maior parte das coisas que fazemos.‖ ―Dê-lhe uma oportunidade, Dani. Fale com ele quando saírem para almoçar.‖ ―Matamos duas pessoas esta semana, incluo isso na conversa antes ou após a sobremesa?‖ Olhamos uma para a outra, nossa respiração cobrindo-se com o gelado do ar. Eu sei que ela está certa, mas não quero admitir isso em voz alta. ―Não sei, mas não se de por vencida com Evan, sem ao menos tentar. Olha...‖ Digo, estendendo a mão para ela. - ―Vou levar as duas esferas. Volta para casa, coloca aquela saia que você gosta, e se prepare para encontrar-se com ele na biblioteca. Quando for o momento certo, pode lhe dizer tudo e lhe dar uma oportunidade de aceitá-la... a verdadeira você.‖ Os ombros de Dani desmoronam e então, pega sua vassoura. – ―Desejaria que a verdadeira eu não tivesse nada a dizer.‖ Vários tijolos vieram voando em nossa direção desde uma janela quebrada da cervejaria, produzindo um ruído surdo ao cair sobre as folhas mortas no chão a uns poucos metros atrás de nós. Dani sacode sua cabeça tristemente. – ―Acho que quero voar para casa sozinha. Você se importa?‖ ―Não, vai.‖ Pego sua esfera de bruxa e logo ela se afasta em sua vassoura. Me da um meio sorriso e sobe rapidamente. Um gemido forte sai da esfera em minha mão. Faço uma careta e a guardo em meu outro bolso. As esferas fazem um zumbido e se movem na capa, e um fantasma deixa sair um longo e triste rugido. Sim, capturar fantasmas é uma ideia estúpida. Como também é sair com pessoas de fora do Coven. Queria que não fosse verdade, mas sei que Dani tem razão. Evan não é o tipo de cara que aceitaria tudo isso. Montei em minha vassoura e vou para casa, agradecendo a Deus que Connor sim está.
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Capitulo 12
Dou voltas ao redor da casa de Connor para assegurar-me de que o carro de sua mãe não está. Não vendo nenhum sinal do Mercedes preto, desço para aterrissar em seu quintal. Meu corpo se esquenta ao imaginar-me em seus braços, sem ter que nos preocupar com nossas mães. Aterrisso perto da porta de trás e bato. Os passos do outro lado se tornam mais forte, e Connor puxa a cortina de renda que abrange a pequena janela da porta. Passo ao seu lado a toda velocidade para entrar em sua cozinha e tiro a capa. ―Pensei que não ia vir‖ - diz ele enquanto fecha a porta. Eu mergulho em seus braços e deixo que ele me beije fortemente. - ―Mmmmm.‖ - Lhe beijo outra vez. Deslizo fora do seu abraço e tiro meu casaco. Connor me olha de cima a baixo. - ―Mas valeu a pena esperar.‖ Sorrio e fico ruborizada. – ―Minha mãe me armou uma emboscada antes que eu pudesse sair. Tive que testar uma nova bola de bruxa para ela.‖ ―Prendeu um fantasma?‖ - Pergunta-me, com olhos bem abertos. ―Sim.‖ - Digo surpreendida. - ―Como você sabia?‖ ―Faz parte do meu plano.‖ - Connor faz uma careta e depois morde os lábios, como se estivesse tentando decidir algo. - ―Tenho que lhe dizer... já não posso agüentar mais.‖ - Pegou minha mão e nos dirigimos escada acima. ―Para onde vamos?‖ - Perguntei.
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―A esse quarto de que lhe falei.‖ Meu coração acelera-se um pouco. Não tinha certeza se ele iria me mostrar o quarto. No mínimo imaginei que ia ter que pedir-lhe um pouco! Dirigi-me para cima pela escada. Nunca tinha estado lá em cima antes, e balanço minha cabeça ante a pintura cor de ferrugem. Estou prestes a rolar os olhos, pensando que era típico de Helena escolher uma cor tão mórbida, mas talvez tivesse ficado do líder anterior do Coven. A casa de Connor é uma das casas originais do Coven, posteriores ao nosso terceiro movimento, e os corredores estreitos e tetos baixos começam a fazer-me sentir claustrofobia. Quando chegamos lá encima, olhei o corredor longo e estreito, perguntando-me qual seria seu quarto, e se, talvez, o quarto secreto estivesse escondido atrás de uma estante de livros ou algo assim. ―É bem no final‖-Ele disse. -―Não deveria te ensinar, mas tenho que compartilhar isso com alguém, e...‖ - Apertando minha mão - ―Você é minha 'alguém'.‖ Sigo-o a um grande quarto com paredes nuas. Uma cama de solteiro e uma escrivaninha acomodada sob o beiral. Um pequeno sino de prata encontra-se sobre a escrivaninha, mas, fora disso, o quarto está vazio. Connor se vira para mim com tanto entusiasmo em seus olhos, que lhe sorrio, apesar do fato de que não vejo nada interessante. Olho ao redor, tentando entender o que é que o excita tanto. - ―Eu pensei que haveria alguma coisa aqui dentro‖ - eu disse, meus olhos continuavam vasculhando ao redor para encontrar algo para me animar também. Connor ri. – ―Use a magia de revelar.‖ ―Ah!‖ - Disse finalmente, entendendo o que queria dizer. - ―O quarto não está escondido, são as coisas.‖ Ele assente, e segurando minhas mãos para fora, lentamente, ando em círculos. – “Revela-se!” O quarto brilha e resplandece, e então eu vejo tudo... Paredes cobertas com estantes, armários e caixas. Várias mesas estão cheias de todo tipo de esculturas e peças de roupa. Duas escrivaninhas grandes com pesados pés esculpidos, um com um computador e um scanner, que agora está onde a cama e a pequena escrivaninha estavam antes. Vejo que o sino de prata está agora junto ao descanso do mouse e o teclado.
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―Deve ter centenas de coisas aqui dentro‖ - eu disse, andando ao redor – ―Talvez milhares. O que é isso?‖ - Apontei para um par de chifres longos e torcidos montados em uma peça de madeira altamente polida. - ―Não pertencem à cabeça de nenhum animal que eu já tenha visto.‖ ―Ainda não consegui identificá-lo.‖-Disse Connor.-―Mas aposto que seguramente são de algum demônio.Enviei por e-mail uma fotografia a uma Demonóloga17 para ver se ela podia identificar a que tipo de demônio pertence, e de que reino do inferno é.‖ Connor prende suas mãos para o lado. - ―Então o que você acha?‖ Vejo um par de luvas de couro, e resisto ao desejo de pega-las. Depois do que aconteceu com o Ouroboros, sei que não é seguro examinar ao azar qualquer coisa aqui. – ―Honestamente, não sei o que pensar. São todas as coisas que temos reunido nas caçadas?‖ ―Sim, trezentos anos mais ou menos de coisas. Alguns dos quais são os únicos restos do Coven, após o grande incêndio do ano de 1800. Tudo aqui dentro está coberto por uma série de feitiços protetores para mantê-los a salvo. Mas aqui está o negócio... Estou no meio da catalogação de tudo, depois começaremos a leiloar algumas coisas. Minha mãe jogou um feitiço sobre o sino. Só tenho que fazê-lo soar, e o quarto se revela para mim, para que eu possa trabalhar quando ela não está aqui.‖ ―Seu grande plano é vender tudo isso?‖ - Pergunto, tentando entender como a venda de algumas coisas causará alguma grande mudança no Coven. ―Nem tudo... algumas coisas precisaram ser guardadas, mas uma vez que se tenha uma foto e descrição de tudo,o círculo interno, que te incluirá muito em breve...‖ - Ele sorri como se eu devesse estar totalmente animada sobre isso,e me pergunto se já esqueceu o que Margo e Sascha disseram ontem à noite - ―...Decidirá o que devemos manter e o que podemos vender. Mas, Jules, nós poderíamos fazer milhões de coisas aqui dentro.‖ Balanço a cabeça. - ―Você realmente acha que o típico comprador do eBay18 vai andar procurando coisas como chifres de demônio ou... ou coletes com olhos encantados?‖ ―Ah! O Colete da Donzela! Há realmente algumas pessoas muito interessadas nele. Tem uma grande história. Muito velha... originária do norte da Europa. Um grupo de jovens videntes foi colocado em um templo nas Montanhas Cárpatos, todos 17 18
Pessoa que estuda demônios. ebay (eBay) site de comércio online onde se pode comprar e vender produtos diversos (Internet)
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olhando em direções diferentes, e então foram unidos ao lugar. Algum tipo de cerimônia teve lugar, e seus olhos foram arrancados e costurados ao colete. Quem quer que leve o colete, pode ver o que eles vêem.‖ Meus olhos arregalam-se, perguntando-me o que era tão grandioso sobre essa história. ―Eu provei, e não apenas as montanhas circundantes que podem ver.‖- Ele sacode a cabeça e me olha como uma criança em uma loja de doces. - ―Você pode esticar a visão em tudo o que você quiser, em qualquer direção e ver qualquer coisa ao redor do mundo. Na verdade pude conseguir ver você!‖ A cara de Connor banhava-se com entusiasmo, mas uma estranha sensação de medo encheu-me. – ―Você realmente colocou essa coisa e me espiou?‖ ―Jules! Eu não estava te espiando, mas tinha que testar o colete para ver se ainda funcionava, e foi a primeira pessoa que me veio à mente! Mas a mulher que me ajudou a desenterrar a informação sobre o colete contatou algumas pessoas que estão dispostas a pagar muito dinheiro por ele. E nada disso passará por eBay... teremos várias empresas que lidam com artigos sobrenaturais e estão interessados em representar o Coven.‖ Olhei um pouco mais ao redor do quarto e concentrei minha atenção em alguns dos itens. Um escudo sustentava-se contra a parede, sobre uma mesa que emitia uma luz azulada, e estava ao lado de uma pequena cópia da Estátua da Liberdade. Inclineime para olhar mais de perto, e vi as presas na Sra. Liberdade. Notei que as luvas de couro tinham pequenas bocas, com pequeninos e muito afiados dentes que sobressaiam. Junto às luvas, um chapéu de lã azul e roxo, e imediatamente pensei em como seria quente levá-lo quando voltasse, voando para casa ao anoitecer. ―Isso não é nada incomum, certo?‖ - Perguntei, apontando para o chapéu. ―Parece tão macio, e eu me sinto carregada com o desejo de pega-lo e colocá-lo.‖ ―Peça que se revele.‖ – disse-me. Coloquei a palma da minha mão sobre o chapéu. - ―Revela-se.‖ - O chapéu de lã transforma-se em um chapéu de homem simples e marrom com forma de cogumelo. – ―É um feio chapéu de velho.‖ - Olho para Connor. - ―Aposto que você conseguirá um preço muito bom por ele!‖ ―O chapéu assume a forma de algo que o expectador gostaria de vestir. Para mim sempre se mostra como um boné dos Yankees. Mas se você colocá-lo, se prenderá à
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sua cabeça...‖-Connor pára- ―... Até que seu crânio seja esmagado‖ - disse calmamente. ―Encantador.‖ - Fechei os olhos uns poucos segundos tentando fazer com que a imagem horrível que acabo de conjurar saia da minha mente. Caminho até a escrivaninha e estou a ponto de puxar uma cadeira para me sentar, mas antes me viro para Connor. – ―Os braços da cadeira vão me alcançar e me estrangular se eu tentar sentar-me nela?‖ Connor franze a testa. Obviamente está chateado pelo fato de que estou mais perturbada do que entusiasmada com sua nova aventura. – ―Não.‖ Puxo a cadeira e me viro para encará-lo. – ―Você realmente acha que é uma boa idéia jogar algumas dessas coisas no mundo real?‖ ―Não são todas as coisas que são malévolas... há um anel que...‖ ―Morde seu próprio rabo. Já experimentei esse em primeira mão, lembra?‖ Connor fecha os olhos e suspira. ―Existe um anel‖ - Começa de novo - ―Que faz o usuário sentir-se mais seguro, e há uma pequena estátua de metal de um rouxinol que canta belas canções. Há muitas coisas aqui que não são ruins.‖ ―Mas planejava vender o muito charmoso Colete da Donzela, certo?‖ ―Só se você estivesse de acordo‖ - disse Connor, qualquer traço de entusiasmo perdeu-se completamente de sua voz. - ―Você está no comando. Apenas tentava encontrar uma maneira de contribuir... para deixar de ser um fardo por aqui.‖ Como cruzamos para esse território outra vez? – ―Você não é nenhum fardo! Olha, sei que está animado com essa coisa de leilão, mas só estou preocupada que algumas dessas coisas possam pôr em perigo as pessoas que tentamos proteger.‖ ―Bem, há umas poucas coisas para ajustar antes que estejamos seguros sobre o que podemos tentar vender de qualquer maneira, mas começaremos com as bolas de fantasmas.‖ ―Isso foi ideia sua?‖ - Perguntei, esperando que a resposta fosse “não”. Ele assentiu e enrugou a testa. Provavelmente está preocupado que lhe cortarei a garganta por isso. Acho que não posso culpá-lo realmente... Parece que tenho estado fazendo muito isso ultimamente.
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―Eu, ouvi minha mãe falando com a sua. Estavam tentando resolver algumas, você sabe... coisas, e começaram a falar sobre as bolas de bruxa. E perguntei em voz alta se podiam colocar um feitiço nelas, então por que não um fantasma? Elas fizeram algumas pesquisas e, como você pode vê-lo hoje... sim, podem.‖ ―Quanto você acha que alguém pagaria por um fantasma?‖ - Perguntei. Os cantos de sua boca elevaram-se ligeiramente. – ―Milhares de dólares. Nós já temos uma lista de espera de pessoas que manifestaram interesse nelas.‖ Imaginei algum velho rico e louco, pensando em um dos espíritos carbonizados que tinha prendido hoje. Ainda que, esses fantasmas estivessem do lado desagradável, me sentia mal, só de pensar em tratá-los como bens de algum tipo para serem vendidos pela melhor oferta. - ―Além do fato de que há algo distorcido sobre vender o fantasma de alguém...‖ - Eu disse - ―Realmente precisamos do dinheiro extra?‖ Connor afastou-se de mim e abriu uma pequena gaveta em um armário. - ―Você nunca quis mais?‖ - Perguntou-me suavemente. ―Não. Mas não... sinto algo diferente. Temos tudo o que precisamos vivendo dos interesses e das poupanças do Coven. Ninguém tem que trabalhar realmente, então, por que iria querer mais?‖ ―É um pouco mais complicado do que isso‖ - disse ele, abrindo e fechando diferentes gavetas. - ―Olha, que tal se fizermos algo mais?‖ - Virou-se para mim. ―Vamos guardar o Ouroboros e te mostrarei meu quarto.‖ - Baixou a cabeça ligeiramente e deu de ombros. - ―Isso é... Se você ainda quiser ver.‖ Meu estômago moveu-se desconfortavelmente ante o tom decepcionado de sua voz. Senti pena porque não consegui acompanhá-lo com entusiasmo em todo o assunto do leilão... Especialmente porque sei que esperava que esta aventura o tornasse em algo mais do que o típico ajudante do Coven. ―Sim, quero vê-lo‖ - eu disse, andando em direção a ele. Dei-lhe um meio sorriso. - ―Mas terá que encontrar o anel você mesmo.‖ - Parei em frente dele e coloquei meus braços em volta de seus ombros. - ―O embrulhei e escondi em algum lugar.‖ - Mordi meu lábio em forma de brincadeira. - ―Mas você terá que descobrir onde.‖ Connor sorri e me atrai para mais perto dele. - ―Eu te amo tanto, Jules.‖ Acaricia meu pescoço com seu nariz e alcança com suas mãos os bolsos de trás da minha calça.
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Abraço-lhe mais apertado. - ―Eu... Eu também te amo‖ - Lhe sussurro, enquanto meu coração se acelera. Mordisca o lóbulo de minha orelha e sobe as mãos pelas minhas costas por debaixo da minha blusa, até chegar a meu sutiã. Beijo-o suavemente. – ―Devagar.‖ – Retrocedo, e Connor me sorri ansiosamente Olha para baixo, para frente da minha blusa e desliza lentamente uma mão em meu decote. Estremeço quando ele passa seus dedos contra o pequeno anel gravado enrolado apertadamente em papel, tira-o para fora e ri. – ―Tenho certeza que o envolveu bem‖ - disse. ―Eu não queria que me mordesse... especialmente lá!‖ ―E eu tenho permissão para fazer isso?‖ - Ele pergunta, e me olha com olhos entrecerrados. Lambo meus lábios. – ―Talvez.‖ Connor coloca o anel em cima da mesa. - ―Vou lidar com isso mais tarde‖ - disse. - ―Acho que você vai gostar do meu quarto muito mais do que deste." - Pega minha mão... E estou certa de que esta noite será ―A Noite.‖ ●●●
Estou deitada ao lado de Connor, observando seu peito subir e descer à luz da lua. Seus olhos se movem de um lado a outro debaixo de suas pálpebras, e me pergunto se ele sonha sobre fazermos amor. Odeio que não o faça. Você sabe que não é seguro... Mesmo com proteção. Mas há outras coisas que podemos fazer. Deslizo os pés fora da cama e puxo lentamente minha calcinha e calças para colocá-las. Procuro no chão por meu sutiã, o visto e então coloco minha blusa por sobre a cabeça. Passa pouco mais de nove horas. A biblioteca fechou há meia hora. Espero que mamãe ainda esteja fora no ateliê tentando manter as bolas azuis, azuis. Olho para Connor e coloco os olhos em branco.
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Coloco meus sapatos e me encolho quando as tabuas do piso soam sob meus pés. Connor suspira com sono, e devagar fecho a porta. Quero dar outra olhada no quarto de leilões. Caminho suavemente pelo corredor e abro a porta. O encanto está novamente em seu lugar. "Revela-se" - Sussurro. O quarto muda novamente. Caminho pela parede distante, olhando uma fila de facas e espadas arrumadas ordenadamente em uma fileira sobre a mesa. Uma longa e fina espada se move, parecendo afiada e ameaçadora enquanto sua ponta me segue a medida que vou passando. Mantenho uma mão estendida, preparando-me para lançar um feitiço no caso de que decida voar da mesa para mim. Caminho à frente da mesa do computador. Estava limpo e livre, e considerando o estado do quarto de Connor, penso que Helena é a louca por limpeza. Olho o caderno espiral com a palavra "Notas‖ escrito na frente com a letra de Connor. Um grosso livro com capa de couro está por baixo dele. Afasto o caderno, e vejo "LIVRO DE CONTABILIDADE‖ gravada na capa preta. Sento-me na cadeira e abro o livro no início. 7 de Julho de 1895: Vampiro... Fêmea, cabelo loiro, membros ágeis. 10 de Julho de 1895: Lobo... Jovem macho, talvez dezoito anos, alto, cabelos ruivos, sardas. 25 de Julho de 1895: Troca formas... Macho mestiço, cão... Marrom e preto... 1.000 peças extras Muito obrigado a você... E para você em troca. Isso é estranho. Parece que duas pessoas escrevem no livro.Espero que a segunda pessoa use tinta marrom e não sangue para escrever nele. Viro para o centro do livro. 24 de dezembro de 1945: Três lobos, todos machos. 30 de dezembro de 1945: Lobo, pendente recuperado. Mantenha o pendente com o outro, 5.000 extras. Obrigado. 04 de janeiro de 1946: Vampiro, fêmea.
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Folheio página após página de datas e registros. Quem escreve os dados, obviamente tem mudado ao longo dos anos, bem como os detalhes que eles escolheram incluir com cada morte,mas a escrita marrom espalhada aqui e ali permanecia a mesma. Como isto é possível? Viro para o final. Vejamos o que Helena tem escrito aqui. "Jules! O que está fazendo?" Fecho o livro com um golpe e quase pulo fora da minha pele. - "Connor." - digo. - "Deus, você me assustou! Só queria dar outra olhada por aqui." Ele pára na porta, de boxers. - "Você não deveria estar aqui sozinha, e está tarde." "Este livro" - Digo, colocando uma mão sobre ele. - "Você sabia que há um registro de todas as inúmeras matanças jamais realizadas? Alguma vez o examinou?" "Não" - disse, esfregando os olhos. – ―Deixo essas coisas para minha mãe, mas como eu disse, é tarde. Você provavelmente deveria voltar para casa antes que sua mãe comece a se preocupar... e faça perguntas." "Sim" - Empurrei a cadeira para trás, e Connor estende uma mão para mim. Eu a pego,e enquanto saio, olho para trás ao quarto e vejo que já está escondendo seus tesouros secretos. "Eu poderia voltar amanhã? Queria realmente passar mais algum tempo examinando este livro outra vez." Sinto como Connor fica tenso. - "Não acho que isso seja uma boa ideia, não tenho certeza quando minha mãe voltará. Mas te avisarei da próxima vez que tenha certeza que ela estará fora." "Genial" - Digo, mas tenho o pressentimento de que ele não disse isso à sério. Balanço a cabeça para afastar esse pensamento. Ele me acompanha até a porta, e o vejo tremer enquanto envolvo a capa em volta de mim. - "Você deveria ter colocado alguma roupa, está congelando aqui." Ele me toma em seus braços e me abraça forte. - "Você é todo o calor que eu preciso."
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"Ah!" - Digo. Beijo-o e então inclino minha cabeça para a escada. - "Volte para a cama. Te vejo amanhã." ●●●
Enquanto me dirijo acima de sua casa em minha vassoura, vejo a luz acender-se no quarto do tesouro. Me lanço para trás e me aproximo da janela, no que eu espero, seja uma distância segura para que ele não me veja. O quarto é revelado, mas Connor está de costas para mim quando se senta em sua escrivaninha. O computador é ligado, e ele desenrola o Ouroboros e o deixa cair em uma pequena caixa de madeira. Pega um pedaço de papel e o desdobra. Só posso ver uma foto do anel na parte superior do papel. A página está cheia de escrita, e penso que há muito mais informação sobre o anel do que Connor me permitiu saber. Balanço minha cabeça. Por que continuo me preocupando tanto sobre as coisas? Não é com Connor que devo me preocupar. Ele continua me mostrando uma e outra vez que não deseja outra coisa além de que nós estejamos juntos... E mostrar-se a si mesmo. Inclino-me longe da janela e dirijo minha vassoura para casa. Se procuro alguma coisa para me preocupar, deveria ser sobre como posso ajudar Dani a passar por sua iniciação, seu aniversário será em dois dias. Ela já está completamente alterada com isso... E eu não posso imaginar que vá estar muito melhor depois que Helena lhe de as boas-vindas ao círculo interno.
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Capitulo 13
Acordo de um sonho em que sou perseguida em minha vassoura por tijolos com asas, e olho para meu relógio... 02:10 da manhã, imagino que a noite está tranquila, decido usar meus jeans para dormir, para estar pronta para caçar. Acho que minha teoria sobre como usar a caça como um teste de iniciação é um fracasso... nenhuma das outras caçadas de aniversário foi tão atrasada e a cerimônia da Dani deveria ter terminado horas atrás. A luz da cozinha que deixei para minha mãe continua brilhando debaixo da minha porta. Puxo as cobertas sobre meus ombros e me acomodo mais profundamente em meu travesseiro. Espero que minha mãe fique até tarde para falar sobre as bolas de fantasmas ou alguma coisa, e a casa de Dani e na cama também. Pobre Dani... Estava muito temerosa e tensa, enquanto Helena estava fazendo seu número de "agora você é uma mulher". E ela não podia deixar de olhar ao redor da sala com seus olhos esbugalhados, como se estivesse esperando que o diabo da visão de Margo e Sascha aparecesse a qualquer momento e a arrastasse para o inferno. Pelo menos levarei uma pá amanhã... Dani prometeu que ela me diria o que fosse que não contradissesse os absurdos que estavam mantendo Margo e Sascha enquanto falavam. Pensamos que sempre há uma maneira de contornar as regras, e ela continuaria sua rebelião debaixo-do-radar para me dizer o que me esperava.
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Não chegamos a falar sobre seu almoço com Evan. Sua mãe esteve colada ao seu lado durante toda a noite antes da cerimônia, e eu não poderia lhe perguntar como foi. Tenho ouvido sua mãe se vangloriar sobre as qualificações de Dani e a seriedade que ela está tendo na escola, estudando o tempo todo... Espero que ela e Evan tenham sido capazes de falar e estivessem atrás na pista. Quero dizer a Dani sobre a conexão de Connor com o fantasma, também. Não sei porque não lhe disse ontem na escola.Talvez eu não tenha dito porque ainda não estou certa de como me sinto a respeito. Posso ver porque Connor quer fazer alguma coisa para provar a si mesmo. E crescer em um Coven não é uma grande surpresa para ele, que pensava fazer dinheiro com o sobrenatural. Mas sempre tinha esperado que nós terminássemos e faríamos algo novo, não ficarmos e enfrentar os mesmos velhos pesadelos. Imagino o Colete da Donzela e o velho chapéu... não posso esperar ter mais que pesadelos com eles... Mesmo o Ouroboros é lindo em comparação. Soltei um profundo suspiro e rolei sobre meu estomago, pensando que tenho voltado a trabalhar muito até dormir de novo. Ouço a porta da cozinha se abrir. Minha mãe finalmente está em casa. "Jules?" Isso soou como Dani. Sento-me na cama, me perguntando se estava sonhando. "Jules." É ela. Tiro as cobertas e saio correndo do meu quarto. "Dani?" - Grito. Quando chego ao topo da escada, vejo Dani na cozinha. Seu rosto está vermelho e inchado de tanto chorar. "Oh, meu Deus, o que aconteceu?" - Pergunto, correndo para baixo. Dani corre mais e joga os braços em volta de mim.
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"Ela lançou um feitiço." - Soluça. - "Minha própria mãe lançou um feitiço..." Dani se afoga em suas palavras e me abraça com mais força. "O quê? Um feitiço?" Dani se inclina para trás e seu lábio inferior treme. "É horrível! Nós... uh..." "O quê? Diga-me o que aconteceu." Seu rosto enrugou-se. "Não posso." - Exclama. - "Minha mãe lançou um feitiço sobre mim! Ia dizer a você e Zahara, e Helena... uh, a obrigou a fazê-lo. "Elas lançaram um feitiço sobre você para que não nos diga o quê?" Dani sacode a cabeça. "Você não entende? Maldição,não posso te dizer nada!" - Seu rosto está avermelhado e seus olhos são selvagens. - "Mas temos que sair... temos que sair. Não podemos fazer isso... uh." - Dani sacode a cabeça como se estivesse tentando se livrar do feitiço. - "Malditas!" - Grita. Lido com ela sem saber o que fazer. Quero deixar para trás sua raiva, mas não sei o que a enfurece. "Ok, se acalme e me diga o que puder." Dani morde os lábios e se senta na mesa da cozinha. Sento em frente a ela e ofereço-lhe minha mão. Ela a segura e aperta com força. "É totalmente irreal o que elas fizeram... Nós sempre pensamos que estávamos... uh." - Dani olha para o teto e rosna em frustração. – ―Temos que encontrar Margo e Sascha e lhes dizer, temos que parar isso... uh." - Fecha o punho sobre a mesa. "Deus,odeio elas!" "Espere, se não pode me dizer o que aconteceu, talvez eu possa imaginá-lo. Você acha que poderia dizer sim ou não?" Dani sacode a cabeça.
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"Jules, você nunca adivinharia ao o que enfrentamos, nem em um milhão de anos." – Seu lábio inferior treme e as lágrimas rolam por seu rosto. "Tem a ver com o demônio?" Dani vira os olhos. "A ponta do iceberg." - Disse lentamente. Respiro fundo. Os demônios são a ponta do iceberg? Quanto mal será? "Bem, se alguém quebrar uma das regras, o demônio virá?" "Não tenho certeza... mas nós wuhhh... uhh por uh..." - Esconde o rosto com as mãos. - "Como puderam Sascha e Margo estarem de acordo com isso?‖ – Sussurra. "Não acho que elas estão, elas..." "Elas não lutam contra isso!" - Dani grita. - "Elas só aspiravam por ele. Mas sei que você estará do meu lado. Encontraremos uma maneira de pará-lo.Ou teremos que... sair... nos esconder... sair daqui." A porta da cozinha se abre e ambas saltamos. Nossas mães entram, com Helena atrás. "Querida, temos estado te procurando por toda parte." - Disse a Sra. Robbins, correndo em nossa direção. "Não me toque!" - Dani grita. A Sra. Robbins para a poucos metros de nós. Seu rosto está branco e pálido, e seus olhos são quase tão vermelhos e inchados como os de Dani. "Obrigada por cuidar dela, Julia."19 - Disse,forçando um muito grande sorriso no rosto. "Como pôde fazer isso com ela?" - Pergunto, olhando nos olhos da Sra. Robbins. A mão da Sra. Robbins vibra em seu peito nervosamente e olha para minha mãe por um segundo.
19
Julia é o verdadeiro nome da Jules. Jules é o apelido dela.
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"Eu... Não tinha escolha. Tinha, Catherine?" "Sempre há opção." - Eu digo. - "Você rendeu e silenciou sua própria filha com um feitiço." Minha mãe está ao lado da Sra. Robbins. "Julia!" "Oh,desculpe!" - Digo, me levantando e andando até Dani.Coloquei minhas mãos em seus ombros e senti sua agitação. - "Refiro-me a que só porque você tem mantido um enorme e terrível segredo de nós todos esses anos não significa que devemos ficar com raiva disso.Em que estávamos pensando?" "Mas ela não poderia ter dito a você." - A Sra. Robbins disse com os olhos arregalados. Ela se vira para Helena. - "Você me viu lançar o feitiço." "Sim, não se preocupe, seu feitiço funciona bem." - Eu digo. - "Mas não sou idiota, é óbvio que todas têm estado escondendo algo podre. Suponho que Dani foi apenas a primeira com coragem suficiente para dizer 'já basta'." "Sim, Julia. Já é o suficiente." - Disse Helena, sua voz calma, mas jorrando veneno. Caminha lentamente até a mesa, olhando em volta da cozinha com um olhar sereno em seu rosto. Seu olhar se volta para mim e seus olhos frios fixam-se nos meus. Sinto minguar minha confiança, mas não desvio o olhar. "É difícil para vocês, garotas, esperar a vossos aniversários." - Disse ela. - "E eu sei que você está ciente que tem algumas decisões adultas para tomar... as mesmas que sua mãe tomou, e todas as caçadoras que vieram antes dela tomaram também." Ela se aproxima de mim, e não posso deixar de me afastar de Dani. Dani não reage. Apenas olha suas mãos apoiadas sobre a mesa, mas sinto como se a tivesse abandonado. "Compreendo sua frustração, realmente o faço." - Helena continua. - "Mas não presuma nem por um segundo saber mais do que os mais velhos. E quanto a você..." Aproxima-se e acaricia o cabelo de Dani. Dani não se mexe ou se move, é como se estivesse congelada no lugar. - "Só precisa de um pouco de tempo para assimilar tudo." A mãe da Dani se apressa, pega sua mão e a puxa delicadamente em seus braços. Dani se move como um zumbi, rígido e sem emoção. A Sra. Robbins envolve seu braço ao redor dela, e saem sem dizer uma palavra.
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Helena me lança um sorriso malvado de vitória. "Sei que sua iniciação se executará muito mais suave. Você sabe o que quer... e acho que sabe o que fazer para consegui-lo." - Vira-se e sua echarpe prata cai de seus ombros e se arrasta pelo chão através do pêlo de gato que não varremos. Tenho a tentação de ignorar, mas sei que, o que ela disse era uma referência a Connor e a mim. Uma advertência de que, se quero ficar com ele, vou ter que beijar seu rabo e ser uma bruxa boa. Respiro fundo e expiro. "Sua echarpe está se arrastando." - Eu digo tão docemente quanto possível. Helena vira e me olha por cima do ombro. "Ora, obrigada, Julia." - Enrola a echarpe ao redor do pescoço e eu gostaria de saber um feitiço que o transformasse em uma serpente. - "Não se preocupe com Dani." - Diz Helena. - "Ela é um pouco mais sensível do que o resto das meninas, mas voltará. Na realidade não há outra opção." - Me sorri largamente e, logo, inclina a cabeça para minha mãe. - "Falaremos pela manhã, Catherine... Avise-me se aparecer alguma coisa." "Claro que sim." - Minha mãe diz, e a bile sobe por minha garganta. Helena fecha a porta e me dirijo até as escadas as escadas sem esperar ter outra conversa de "apenas espere". "Julia!" - Minha mãe me chama. - "Precisamos conversar." "A menos que tenha planejado me dizer o que o grande aniversário revela, vou para a cama." - Digo, enquanto sigo adiante. "Você não acha que te diria se pudesse?" - Minha mãe diz com sua voz embargada. Espero subir as escadas e me concentro em minha porta. "Você tem que me dizer por que devo ficar aqui em vez de sair correndo com Dani. Confio nela, e se você não tem algo bom para dizer, não tenho nenhum problema em começar o percurso antes do meu aniversário."
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"Vou lhe dizer o que posso." - Disse em voz baixa. Ouço ela puxar uma cadeira na cozinha. Range sob seu peso, eu viro e caminho para a mesa. Sento-me em frente a ela, mas mantenho os olhos na panela borbulhando sobre o fogão. "Há um pacto... um pacto mágico que nos une a alguns... protocolos." - Respira fundo. - "Mas nós já não temos o papel com os detalhes do acordo." Lanço-lhe um olhar incrédulo. - "Você perdeu um contrato mágico?" "Foi há muito tempo... uma das caçadoras decidiu que não queria viver sob a restrição do Pacto, então queimou o pergaminho, junto com algumas coisas da casa de reunião." "Devo entender que este não foi o fim do Pacto?" - Pergunto. "Não. A bruxa supôs erroneamente que simplesmente destruindo o documento da aliança em que foi escrito o anularia... Não pensou nas outras partes implicadas que ainda tinham sua cópia. A bruxa continuou com seu comportamento temerário, no entanto. Mas logo ela descobriu que o castigo por fazê-lo era a vida de um ente querido." Não posso deixar de me perguntar se, tratava-se de um demônio, mas não disse nada sobre a visão de Margo e Sascha ainda. "Por que não pedir a outra parte a cópia do Pacto?" "A outra parte não é exatamente o que se chama de confiável. Elas facilmente poderiam alterar o acordo, e estaríamos obrigadas a cumprir com qualquer coisa que pudessem achar interessante para acrescentar ao mesmo. Era mais seguro passar as regras do Pacto a cada geração de boca em boca. Embora tenhamos certeza sobre alguns artigos que foram escritos, há outras coisas que podem ser desnecessárias. Sabemos que quebrar as regras equivocadas pode ter conseqüências terríveis." "Então, estamos fazendo todas estas coisas estúpidas, porque alguma bruxa queimou a lista de regras há duzentos anos atrás?" Minha mãe concorda. - "Temo que sim." "E a Sra. Keyes sabe que você está me dizendo tudo isso?"
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"Depois da iniciação de Sascha, conversamos e depois da infeliz reação de Dani, foi acordado que você e Zahara receberiam informações básicas." "Bem, você pode cruzar galopando as varas para casa depois de uma matança da lista. Dani e eu demos um passeio para casa uma noite e estamos ainda aqui." Minha mãe enrijeceu. "Espero ter deixado claro o quão estúpida que fui..." "Talvez se você tivesse me dito deste estúpido pacto antes, eu teria sabido!" "Supomos que estava seguindo as regras!" "Sim, porque as crianças sempre fazem o que se supõe." Minha mãe abaixa os olhos e me pergunto se de verdade é tão ingênua. "Então." - Digo. - "Suponho que a grande revelação do feliz-aniversário-dedezoito-anos, é o Pacto?" "Sim, há informação que era considerada de natureza delicada, e quando o acordo foi feito, decidiu-se que só devia ser compartilhado quando fosse velha o suficiente..." - Minha mãe faz uma pausa para o que pareceu, encontrar as palavras certas. - "... Para entender completamente o que se espera de você. Por isso, era necessário impedir Dani de falar. Estava alterada e não pensava com clareza. Sem dúvida, você compreende que ela estava colocando sua vida em perigo." Levanto-me da mesa e respiro fundo. "Entendo que Dani conhecia os riscos e decidiu que eu tinha que saber o que estava acontecendo de qualquer maneira. E, ainda que eu te agradeço por me tirar um osso esta noite, não estou apaziguada,tranquila ou satisfeita para esperar até meu aniversário para descobrir o que diabos está acontecendo. Boa noite, mamãe." "Em 7 de julho de 1991,a mãe de Sascha se recusou a ir à caça." - Minha mãe diz, e eu congelei no meu lugar. - "Sascha estava com dois anos, era inquieta, e seu pai pediu a Sra. Ramirez que ficasse em casa. O resto de nós foi, completamos nossa caça com sucesso, e trouxemos um poderoso talismã. Mas isso não importava. Na manhã seguinte, Ramirez se havia ido." "Ele as deixou?" - Pergunto, mas já sei que isso não foi o que aconteceu.
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"Foi levado." - Diz minha mãe. - "Para punir a Sra. Ramirez por desafiar o Pacto. Graças a Deus, Sascha era muito jovem para se lembrar, mas aconteceu bem na frente dela." Volto-me para minha mãe e olho em seus olhos. "Quantas pessoas mais têm sido tomadas pelos demônios?" Espero ver seu olhar espantado, mas não o está. Apenas move sua cabeça. "Como você sabe?" "Quantas pessoas?" Minha mãe recolhe as mãos para seu colo, respira profundamente e expira lentamente. "Quinze, ainda que apenas dez pessoas fossem levadas diante de testemunhas, os outros cinco poderiam ter desaparecido por diferentes razões. Como você sabe?" "Dani e eu ativamos os colares de Pedra de Nascimento. Margo e Sascha tiveram uma visão ou uma premonição de um demônio na igreja e, aparentemente, alguém vai para o inferno." Minha mãe engasga. "Julia,você vê, temos que convencê-la a ficar e fazer o que precisa ser feito!" "Sua mente parecia bastante preparada." "Certifique-se de que mude! O que acontece se a Sra. Robbins for tomada... ou Dani?" "Nunca deixarei que isso aconteça!" - Minha mãe relaxou um pouco. "Ok, então você sabe o tem que fazer. E embora eu nunca tenha usado antes uma Pedra da Sorte, as premonições são muitas vezes apenas uma sombra do que poderia ser em realidade. Pode-se evitar que aconteça." Penso no Sr. Ramirez e recebo um pensamento horrível. "Meu pai foi tomado?" Minha mãe sacode a cabeça e as lágrimas enchem seus olhos.
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"Está realmente morto?" Balança a cabeça novamente. Olho para outro lado, e me concentro na bola de bruxas pendurada na haste da cortina em cima da pia. "Onde ele está?" Minha mãe não disse nada. "Onde ele está?" - Pergunto novamente. "Não sei. Depois da captura do Sr. Ramírez, seu pai e eu decidimos que, como ele nos amava muito, não podia ficar. Limpei sua memória com um feitiço e ele se foi para começar de novo. Não sei onde está agora, mas..." - A cara da minha mãe se enruga com as lágrimas. - "Tenho uma bola de bruxas em meu ateliê que brilha quando ele está feliz. Ele te amava, Julia, mas não podia deixar que fosse tomado!" "Então me permita recapitular isso." - Continuo, com lágrimas nos meus olhos. "Meu pai não está morto, apenas tem a memória apagada. Eu não existo em sua mente. Estamos presas por um Pacto em que não sabemos todas as regras, e que consegue estragar alguém arrastando-o para o inferno. Entendi tudo?" Minha mãe não disse nada. Seu queixo tremia enquanto assentia com a cabeça. "E isso é só o bom, certo? No meu aniversário jogarão algo muito pior em mim. Não posso esperar." "Eu gostaria que não fosse assim." - Sussurra. - "Eu gostaria de lhe ter dado uma vida diferente." "Sabe, mamãe... ? Apesar de tudo o que me disse, não estou convencida de que não pudesse tê-lo feito. Dani pode ter sido exagerada, mas não acho que foi. Acho que é apenas mais corajosa do que todas as demais aqui." Caminho para a escada. "Julia,espera." - Minha mãe se precipita junto a mim e pára na parte inferior da escada, bloqueando meu caminho. - "Não faça nada imprudente. Não vai demorar muito até seu aniversário... Espera até o momento, antes de decidir fazer alguma coisa."
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Olho em seus olhos assustados e não sinto nada. Não há medo, nem tristeza, apenas vazio. - "Não posso fazer nenhuma promessa." Caminho junto a ela até meu quarto. Sento-me em minha cama e olho para a negra janela, a nova bola violeta de bruxa que minha mãe me fez substituir pela que Margo quebrou ao balançar um pouco com sua cadeia. "Merda!" - Grito, apontando com minha mão para a bola. A bola se ilumina por um segundo e então, quebra. O cristal ressoa no chão e salta sobre meu edredom. Ouço a pausa de minha mãe fora do meu quarto e rezo para que não entre. Expiro enquanto a ouço mover-se pelo corredor até seu quarto. Realmente não há mais nada a dizer, não é?
Capitulo 14
Olhei fixamente a bola fantasma de mamãe colocar-se bem diante de mim. Uma luz azul transparente. Aqui, pensei, estava passando as últimas duas semanas em sua loja, então poderia evitar olhares mal humorados e os silêncios acusadores. Aparentemente, ela simplesmente encontrara a maneira de manter as bolas azuis. É difícil imaginar que estivera brincando sobre as bolas azuis, apenas alguns dias atrás. Já não parece tão engraçado. Todos estão mentindo em voz baixa, evitando a todos os demais em casa e na escola. Olho para minha mãe com o que esperava fosse um olhar de completo desprezo. "Parabéns, mamãe, você o fez. Estou tão orgulhosa de que não tenha deixado que a nova bola fantasma ficasse no caminho enquanto nós estamos no meio de uma crise aqui."
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Mamãe me dá o mesmo meio sorriso que tem estado estampado em seu rosto ultimamente, o mesmo sorriso de 'Sei que as coisas estão terrivelmente erradas, mas vou fingir o contrário, a vida continua.' "Sim, eu me pergunto como será a nova vida do papai?" "Julia!" "Eu sei." - Digo, segurando minhas mãos para cima, em frente a mim. - "Não comece, não teve escolha, e não, eu não iria querer que meu pai fosse arrastado para o inferno, tampouco." Ela me dá um pequeno sorriso outra vez, embora haja uma indireta frustração enlouquecida em seus olhos. Tenho que lhe elogiar por sua capacidade de o manter calmo quando lhe estou atormentando cada vez que me surge oportunidade. "Mas" - continuo. - "Seriamente, espera que Dani e eu saiamos e o testemos para você? Dani apenas pensa, apesar de toda sua garantia, que ela supere, sem mencionar que ela tem prova de química amanhã. Estou começando a pensar que há algum tipo de conspiração em marcha." Levanto minhas sobrancelhas para cima e para baixo, e seguro meu próprio sorriso quando vejo as de mamãe mais apertadas e forçadas. "Tivemos uma terrível e enorme quantidade de caçadas e esse tipo de coisa nas noites de terças-feiras e todas sabem que ela tem prova as quartas-feiras." "Ninguém está tentando sabotar o GPA20 de Dani. Apenas pensamos que poderia ser bom retirar-se da caça e essa seria uma tarefa mais fácil. É apenas um fantasma em uma velha fazenda." "O defunto foi queimado, despedaçado ou espancado até a morte? Seria muito legal se ele ou ela tivesse sido queimado. Então você poderia ter um trio de fantasmas sobre as brasas, e poderia vendê-los juntos!" "Não é um espírito chato, apenas uma sombra persistente." - Disse Mamãe, obviamente, tentando firmemente, manter sua voz tranquila. - "Mas espero que saiba que tua atitude não está fazendo as coisas mais fáceis aqui, e realmente não ajuda a Dani, também." 20
GPA - As classificações podem ser atribuídas em letras (por exemplo, A, B, C, D, E ou F), com um intervalo (por exemplo, 4,0-1,0), com descritores (excelente, ótimo, satisfatório, precisa melhorar), em porcentagens.
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"Não estou tentando ser útil." "Então, faça-o por Connor." Meus olhos se arregalaram, e senti meu peito sufocado. - "Qu... Por que eu iria querer ajudar Connor?" Minha mãe parecia satisfeita. - "Não somos idiotas tampouco." - diz ela devagar, entrecerrando seus olhos e olhando dentro dos meus. "Bem" - Digo, levantando e tirando a bola fantasma para fora da caixa. Lanço-a no ar e adoro seu olhar preocupado quando a agarro desajeitadamente. Pergunto-me se a única razão de mamãe falar de Connor, e não estar caindo sobre mim,é porque tenta manter-me feliz, então não farei nada que,em sua opinião,seria bobagem. - "Mas por que não podemos deixar Dani de fora disto? Irei sozinha ou levarei Sascha." Mamãe sacode a cabeça - "Você é a melhor amiga de Dani, será a melhor oportunidade que têm para falar. Ela precisa sair daqui. Apesar das dificuldades que temos tido, ajudar pessoas é nossa missão numero um e ela precisa como você diz; encarar seu jogo de regresso." Eu zombei. Me certificar de dizer-lhe... - Sem dúvida, são simplesmente palavras de sabedoria que, finalmente, quebrarão sua covardia!" "Estará aqui daqui a pouco. Ela e sua mãe estão reunindo-se com Helena na casa do Coven para conversar um pouco." - Diz mamãe, ignorando meu comentário. Rodo meus olhos quando alcanço a capa. - "Por que não mantêm sua conversa com uma cobra?" - Resmunguei para mim mesma. Quando Dani bate na porta, mamãe vai precipitadamente e a deixa entrar. "Estamos tão felizes que você possa dar uma mão a Jules! Este é uma fácil, e não é como da última vez. Basta entrar, sair e voltar para casa." Dani olha para mamãe por alguns segundos. - "Genial." - Disse sem entusiasmo. Dani vem arrastando os pés até mim e a abraço, mas não me devolve o abraço. "Estou do seu lado." - Sussurrei em seu ouvido. Em voz alta digo. - "Vamos pegar alguns curativos e algumas estacas."
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"Oh, não é necessário para isso," - diz mamãe. - "É apenas um velho fazendeiro que morreu quando tinha noventa anos." "Bem!" - Digo. Enrolo minha capa ao redor dos meus ombros e cheiro o ar. Um cheiro superior a dez ovos podres enche a sala. Viro-me e vejo o caldeirão, fumaça azul rugindo dele. Há tanta fumaça que a ventilação sobre ele não pode mantê-lo longe. - "O que está acontecendo?" - Digo, tossindo. "Meninas, vocês duas vão embora, me encarregarei disso." - disse mamãe, engasgando. - "Coloquei algumas ervas de limpeza na panela, mas talvez fossem apenas para caldeirões ao ar livre." Dani e eu saímos às pressas, tossindo, para o ar frio da noite. "Como faremos?" - Pergunto quando ambas respirávamos normalmente. Dani dá de ombros. - "Nós voamos as escuras..." - Ela pára quando mamãe abre uma janela para deixar sair a fumaça. - "Para o bem de todos." - disse ela com uma cara de morte, olhando para mamãe com ódio extremo. - "Vamos passar despercebidas até pousarmos novamente." A névoa nos absorve e voamos. Pousamos em um gramado coberto de ervas daninhas, depois de um passeio silencioso. Foco minha lanterna sobre uma velha fazenda com um alpendre danificado, e madeira de compensado cobrindo a maior parte das janelas do primeiro andar, uma mesa tinha sido derrubada, provavelmente por crianças procurando um lugar fora-docaminho para uma festa. Mamãe disse que esta era uma missão fácil, então me pergunto por que o cabelo da minha nuca esta arrepiando. Viro-me para Dani - "Bem, isto não parece uma casa assombrada." Imediatamente sei que disse alguma coisa estúpida. Deveríamos estar falando sobre outras coisas, mas uma parte de mim quer esperar que ela tome a iniciativa. "Fale-me sobre isso." - Ela disse com uma voz plana. Esfrega as mãos para cima e para baixo por seus braços. - "Estou arrepiada." Concordo e percebo que estou segurando minha vassoura fortemente, e relaxo minha mão. - "Sente-se algo aqui fora." - Puxo meu colar, e o deixo cair do lado de
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fora da minha capa. Fico aliviada que a pedra esteja escura. - "Até agora tudo vai bem, suponho." Dani pega a sua, a pedra também está escura. - "Sim,nenhum espírito perturbado esta noite." Caminho sobre o primeiro degrau da varanda e ouço atentamente, procurando algum ruído que viesse de dentro. Os ruidosos são o maior problema, então estou feliz que as coisas estejam silenciosas. Talvez só esteja tensa devido a tudo que está acontecendo. "Está preparada para isso?" - Pergunto-lhe. Dani estende a mão e agarra meu braço, apontando para o segundo andar. "Você viu alguma coisa passar por essa janela?" "Não, parecia um fantasma?" "Não tenho certeza. Parecia bastante sólido. Talvez devêssemos chamar e ver se alguém pode vir e ajudar." Dani pegou seu telefone. "Podemos fazer isto." - Digo, odiando o fato de que o sôo como minha mãe, tentando convencer Dani para que venha a esta caça. "Não tenho sinal de qualquer maneira." - Dani fecha seu telefone e desliza-o para dentro de sua capa. "Bem, vamos pegá-lo rápido, e voltar para casa." Comecei a subir os degraus, mas me viro quando sinto que Dani não me segue. Ela está olhando para a casa, sacudindo a cabeça. "Já não posso fazer isso." - Dani sussurrou. As lágrimas começam a correr por suas bochechas. Caminho de volta e estendo minha mão em busca da sua. Ela se afasta de mim. - "Não posso sair para caçar quando sei..." Dani sacode a cabeça e afasta-se mais alguns passos.
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"Dani, é realmente tão ruim quanto você pensa? Margo e Sascha não têm dito nada ultimamente, elas parecem bem." Dani zomba. - "Bom, Margo é uma cadela desalmada, e no caso de que você não tenha notado Sascha tem estado bebendo mais do que nunca e, se tudo está tão malditamente bem, por que diabos minha mãe me jogou um feitiço? Desde então não posso contar a mais ninguém o que está realmente acontecendo?" "Bom, há um Pacto e tudo, e não sei o que mais, mas..." "Isso mesmo! Você não sabe... mas eu sim, e isso faz meu estômago ficar doente só de pensar no vem depois. Minha mãe e Helena, e o resto delas pode ter certeza que não contarei a todo mundo tudo o que somos, mas não podem fazer com que eu fique." "Você vai embora? Pensei que pelo menos esperaria até que eu..." Dani me deu um olhar decepcionado. - "Pensei que lutaria por mim, mas você é como todos os outros." "Isso não é justo! Eu não sei tudo. Eu..." "Deixou que fizessem você desistir de discutir. Você poderia ter perguntado a Margo e Sascha o que estava acontecendo." "Elas não quiseram dizer nada!" "Você perguntou?" "Elas deixaram muito claro que não vão falar!" Sacode sua cabeça. - "Te ajudarei a prender esse estúpido fantasma, e poderá trazê-lo todo preso nesta bola estúpida, então Helena, sua mãe e Connor poderão te felicitar por sua nova maneira de foder pesadelos. Mas não vou voltar para casa com você." "Aonde você vai?" "Não tenho certeza e não iria te dizer, mas é minha melhor amiga e espero poder confiar em você. Posso confiar em você, certo?‖ "Sim. Mas Dani,pensei que nós enfrentaríamos o que fosse juntas. E Connor... ele nos ajudará."
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Dani olha para o céu e sorri. - "Jules, não vamos mudar as coisas e tenho que lhe dizer que eu não apostaria a longo prazo em você e Connor." "O quê?" Dani me olha como se estivesse louca. - "Abre seus olhos. Connor não está exatamente movendo céus e terra por você, ou está?" Agarro a bola em meu bolso e resisto ao impulso de atirá-la nela. - "Ele está tentando algumas coisas, quer que as coisas mudem." "Você dormiu com ele? Você o deixou fazer tudo, exceto aquilo?" "Deus, Dani!" "Não preciso da resposta. Sei que não, e também sei por que, porque Connor acata a autoridade. Inferno, ele provavelmente sabe de tudo." "Do que você está falando? Por que está agindo assim?" "Porque sei a verdade!" - Dani espreita pelos degraus da varanda e levanta sua mão em frente à porta. "Abra!" - Grita, e a porta sai de suas dobradiças e choca-se contra chão. Ela se vira para mim. - "Terminemos com esta maldita coisa de uma vez, assim posso sair como o inferno para fora daqui e longe de toda essa merda!" "Dani, vamos,fala comigo!" "Apenas me dê a maldita bola!" - Grita. Tiro-a do meu bolso e a lanço para ela. Apenas a pega e revira os olhos para mim. Caminha dentro da vazia sala até a porta da direita e chuta uma lata de refrigerante. - "Está pronta?" "Sim!" "Bom!" Segura a bola para fora, e logo estamos de pé, costas-com-costas. Coloco minhas palmas para fora, e grito, - "Revele-se!"
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Olho ao redor da sala, perguntando-me onde o fantasma se manifestará, e de repente, um morcego voa sob o telhado,e se transforma em um homem. Sorri, revelando duas afiadas e pontudas presas. "Vampiros!" - Grita Dani. Procuro dentro da minha capa. Meu coração começa a palpitar quando lembro que não tenho uma estaca ou um jogo de Binders. Viro minha cabeça, e vejo um segundo vampiro em frente a Dani. Começo a correr, mas o vampiro mais próximo salta,agarra meu ombro e me puxa, então minhas costas estão presas ao seu peito. Tento correr quando vejo Dani, presa nos braços do segundo vampiro, lutando e chutando. "Damas, é tão agradável de sua parte, vir aqui." - disse meu vampiro. "Não estamos atrás de vocês, estamos procurando um fantasma." - Dani soltou, afogada. Vejo o colar de Dani descansar sobre seu peito, o encanto que a teria protegido se tinha ido. Seu vampiro sorriu e fico agradecida que Dani não possa ver a fome que consome seu rosto quando descobre seus lábios e afunda seus dentes nela. Ela deixa sair uma surpreendida respiração. A bola cai de sua mão, rolando através do solo até um canto. Olho para longe e chuto com meu calcanhar as pernas do vampiro. "Não se preocupe, querida." - Sussurra, puxando-me mais perto. Passa uma mão por meu lado direito, permanecendo sobre meu peito, e contra minha vontade, toda a luta abandona meu corpo. Seus frescos lábios percorrem meu queixo até meu ouvido. "Não se preocupe." "Deixe-me ir." - Digo, mas não há força por trás das minhas palavras. Tento pensar em um feitiço para fazer com que me solte, mas minha cabeça está nublada. Fecho meus olhos e me concentro no gelado rastro que sua boca está deixando em minha pele, sua mão sob minha camiseta. Acho que nunca havia sentido algo tão maravilhoso. Inclino-me para trás e deixo cair a cabeça para o lado. Cada um de seus beijos envia um choque elétrico através do meu corpo. Meus olhos reviram abertos e vejo a boca do outro vampiro movendo-se vigorosamente sobre o pescoço de Dani. Oh, Deus, eu quero isso também. - "Por favor, por favor." - Sussurro. - "Faça-o, por favor."
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"O que você quiser." - diz. Estende uma mão sob minha camiseta, correndo levemente com seus frios dedos meu soutien. Minhas pernas se enfraquecem e ele me segura mais perto. Então, eu sinto. Seus dentes perfuram a fina pele do meu pescoço, bem abaixo da minha orelha, e estou no céu. A sala desaparece quando meu sangue flui para dentro dele. Minha boca se abre como um peixe ofegante fora d'água. Ele se retira e acaricia meu pescoço com o nariz. "Não, não pare." - Suplico. "Oh! Eu adoraria ter seu sangue e nos unir." - Sussurra. - "Seria tão fácil acabar isto, mas não será assim, pelo menos não esta noite." - Lambe e beija meu pescoço, e a fome brotando dentro de mim é insuportável. - "Mas te livrei de sua miséria." - Ele gira meus ombros, então posso afrontá-lo. Inclino minha cabeça para cima, e seus olhos escuros ardem dentro dos meus. Beija meu pescoço e depois minha boca. Avidamente lhe beijo de volta, provando o sabor de meu próprio sangue. Pressiono meus quadris nele, e ele enche meu pescoço com beijos. Ele arrasta a ponta de suas presas em mim novamente. "Faça, faça." - Sussurro. "O que você quiser amor." Sinto a aguda picada e a força de sua boca chupando avidamente meu pescoço e não queria que acabasse nunca. "Oh, Deus, sim." - Dou um gemido quando a sala torna-se negra. "Jules?" Sinto mãos me sacudindo, mas estou muito cansada para me mover. "Há sangue em seu pescoço." - Escuto alguém dizer. "Oh, meu Deus, ela está...?" Alguém agarra meu pulso. "Tem pulso." "Graças a Deus."
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"Jules!" Abro os olhos, e vejo Sascha inclinada sobre mim e viro minha cabeça para longe da bebida em seu hálito. Deus! Odeio conhaque! - "Deixe-me sozinha." - Meu pescoço doía e me sentia vazia e fraca. Uns dedos agarram meu queixo, e Zahara consegue ver meu rosto. - "Jules, o que aconteceu? Onde está Dani?" Tudo retorna. Os vampiros. As presas. Quanto eu tinha gostado. Tento me levantar com minhas mãos e procurar por Dani, mas meu cotovelo cede. "Vampiros." - Sussurro. - "Dois deles." "Como diabos as agarraram?" - Pergunta Zahara. "Nós não tínhamos nenhum Binder,tudo aconteceu tão rápido.Eles simplesmente nos agarraram e então..." Zahara olha para o teto e balança a cabeça. - "Como pôde ser tão estúpida? Nunca pode sair sem Binders!" "Só estávamos atrás de um fantasma. Não pensamos..." "Porra, certamente não pensou!" - Diz Zahara. - "Tem sorte de ainda ter pulso!" Sascha ajudou a me sentar. - "Procure ao redor por Dani, vou ficar com ela." Quando Margo e Zahara deixaram a sala, Sascha inclina-se mais perto de mim. "Eu tinha medo que algo assim acontecesse." - ela sussurra. "O quê?" "Pensei que elas estavam tentando assustar você e Dani."
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"Os vampiros?" "Não... nossas mães." "Só estávamos testando a nova bola. Minha mãe pensou que seria um trabalho fácil, ela não sabia que os vampiros andavam por aqui." Margo desce as escadas. - "O lugar está vazio, apenas um par de ratos mortos que os vampiros estavam sugando." - Ela me olha. - "Antes que chegasse o prato principal." "Isso não é engraçado." - diz Sascha. "Bem..." - Margo pára como se soubesse que ia dizer uma coisa de merda. Afasta o olhar. - "Foi só uma piada." - acrescentou calmamente, aparentemente incapaz de parar de usar sua frase habitual. "Dani tem que estar por aqui. Espere, sua vassoura está lá fora?" - Pergunto, esperando que ela tenha ido embora, simplesmente tenha ido voando em vez de morta. Z entra. - "Sim, as duas vassouras estão apoiadas na varanda, as vimos quando aterrissamos. Olha, não vejo nenhum sinal dela ou dos vampiros. Por que não nos dirigimos para casa e pedimos ajuda? Helena deve ser capaz de traçar algum feitiço. Você pode voar?" Minha cabeça lateja quando me levanto, e me sinto fraca. - "Sim, eu acho." "Huh." - Margo diz, caminhando pela sala. Ela se vira sobriamente e então segura no alto a bola para fantasma que eu tinha trazido. - "Parece que havia um fantasma depois de tudo." "Não." - Digo, tomando a bola da sua mão, mas quando as palavras saíram da minha boca, me perguntava se estava enganada. Uma abrasadora luz branca atinge ao redor furiosamente dentro da bola, tecendo para cima e para baixo os fios de vidro, como se estivesse tentando encontrar uma maneira de sair. - "Quando Revelamos não vi um fantasma, só os dois vampiros, mas talvez um tenha sido sugado, enquanto eu..." "Comida?" - Margo pergunta. Sascha vira-se para Margo. - "Qual é o seu problema? Dani está perdida depois de um maldito ataque de vampiros, e não pára de fazer piadas?"
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"Ela não quis dizer isso." - Disse Zahara. - "Certo?" Margo arranca a bola das minhas mãos. - "Sim, e acredito que nada tenha acontecido com Dani. Ela tem estado tão irritada com tudo, que provavelmente precise de algum tempo para ficar sozinha e pensar." "Não." - eu digo. - "Você não viu. Não acho que Dani tivesse conseguido ir embora daqui por si mesma!" Margo ergue suas sobrancelhas. - "Parece que você foi influenciada pelo bem. Mas nunca fui o bastante estúpida para deixar que um vampiro se aproximasse o suficiente para me morder, terei que tomar a palavra para isso." Olho para ela e digo a mim mesma que devo manter o controle. Mas não posso. Dou um tapa em seu rosto com toda a força que sou capaz e tropeço quando meus joelhos cedem sob meu peso. Sascha me pega, mas vacilo em seus braços. - "Jules!" Zahara agarra meu outro braço e puxa-nos para cima. - "Ei! Pára com isso!" "Que demo..." - Margo bufa, sustentando uma mão em seu rosto. - "Meu nariz está sangrando!" Rodeio com um braço o pescoço de Zahara para estabilizar-me. - "Apenas fique feliz por eu estar fraca desde que drenaram meu sangue, porque estava tentando quebrá-lo. Mas deixe-me ser a primeira a felicitá-la por finalmente transformar-se em uma hiper-cadela para o qual tem estado treinando. Pensava que talvez estivesse do nosso lado, mas é obvio que preferiria ser a mascote de caça de Helena." Margo aproxima-se de mim e empurra um dedo contra meu peito. - "Você sabe o que Jules? Melhor seria você se retratar, por que não sabe a metade disto! E não acho que Helena vá te deixar continuar revoando ao redor com Connor se não estiver cem por cento a favor do Coven! Não é que realmente tenha uma escolha. Nenhuma de nós a teve!" Todas nós olhamos para Margo. "O quê?" - Pergunta Zahara. Ela se vira para mim. - "Você e Connor estão como... juntos? E Helena sabe?" Margo sustenta uma lanterna sob o queixo, iluminando seu rosto. - "Deus, Z, pensei que Dani como se supunha era a nervosa. Mas sim, Helena sabe, e não está
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feliz com isso." - Ela apaga a luz e passa esbarrando em mim. - "Estarei na casa de reunião." - Ela grita para nós. - "Helena vai querer ver esta bola e ouvir o que aconteceu." Ela disse aos gritos descendo os degraus da varanda e ouço resmungar seu feitiço de ocultação. "Já não posso participar disto!" - Disse Zahara, suas mãos cerradas em punhos em seus lados. - "Sascha, tem algo para nos dizer!" Sascha tomba contra a parede. Fecha os olhos, Z e eu trocamos olhares, e me pergunto se Sascha desmaiou. "Sascha?" - Digo. Ela abre os olhos, pega a garrafa, e leva-o a seus lábios outra vez. Levanta e toma um longo gole e logo estende para as mãos de Zahara. - "Aqui, isto ajuda. Alguma coisa." Z balança a cabeça. - "Não quero uma maldita bebedeira. Quero respostas!" "Está bem." - disse Sascha. Ela se levanta e balança um pouco. - "Tenho estado no inferno, desde meu aniversário, em sentido figurativo, mas tenho mantido isto sob os cobertores com um pouco de ajuda." Ela sacode a garrafa e solta um riso calmo. - "Dani, por outro lado, abandona sua iniciação um pouco irritada, deixa sua boca solta, consegue que um poderoso feitiço caia sobre ela. Ela não mostra sinais de melhora, e as pessoas são muito cuidadosas sobre o que dizer ao redor dela, sem saber que a fará sair do caminho novamente." "Seu ponto?" - Pergunto. ―Meu ponto é que estava sendo a boa, uma silenciosa bruxa que desaparece no fundo tornando fácil esquecer que estou lá, fácil de falar em frente a mim." - Ela toma outro gole. - "E ouvi casualmente minha mãe ao telefone na noite passada, disse que não tinha certeza se assustá-las seria a melhor tática, mas se juntaria se a maioria mandasse." "E você acha que é isso o que aconteceu?" - Pergunto. - "Nossas mães o prepararam?" Zahara chuta uma velha lata de cerveja através do solo. - "Com vampiros?" Disse, revirando seus olhos para o teto rachado. - "Isso é loucura!"
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"Uma loucura, sim." - Diz Sascha. - "Mas pelo menos não muito surpreendente.‖ - Ela toma outro gole e coloca seus braços ao redor de Zahara e de mim. - "Nossas mães tem levado o termo ‗cachorras malvadas‘ a um completo novo maldito nível." Penso em minha mãe enfatizando a missão do Coven antes de sairmos esta noite. Quase poderia vê-la pensando que um ataque inesperado poderia me fazer sentir um pouco mais disposta a sair e me vingar no próximo grupo de meninos maus, fazer-me sentir mais vontade de matar. Estendo minha mão até meu colar. A pedra não se acendeu apesar do fato de que Dani e eu os reativamos apenas ontem. Claro, se há um feitiço para ativar as pedras, porque não há um para desativá-las? Pergunto-me se tal feitiço poderia implicar em um caldeirão e ervas que convertem a fumaça em uma densa, lamacenta, porcaria azul. Balanço minha cabeça. Ela não pode. Não poderia fazê-lo. "Você realmente acha que elas enviaram os vampiros para nós?" - Pergunto. Sascha assente. - "A pergunta é," - Disse, olhando em volta da sala vazia. - "Os vampiros não teriam levado as coisas longe demais?"
Capitulo 15
Eu olho pela janela da minha sala de estar e vejo a lua crescente e baixa no céu que se escurece. Está crescendo, e deve estar cheia dentro dos próximos dias. Passou só um pouco das vinte e quatro horas dês que Dani desapareceu. Gostaria de saber se ela pode vê-la também, de onde estiver. Esfrego o topo da cabeça de Fastidios e suspira adormecendo. ―Dani realmente foi raptada por vampiros?‖ Eu fiz essa pergunta um milhão de vezes hoje, com cuidado para não pensar muito sobre a próxima questão lógica. Se for esse o caso, teremos que caçá-la?
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Eu aperto os olhos fechados e eu ouço a voz de Dani na minha cabeça, me dizendo o óbvio, como ela sempre faz: - Bem, caçar vampiros e lobisomens é o que fazemos. Eu olho para o meu celular que repousa sobre a mesa e me forço para não ligar para Connor novamente. Não foi de muita ajuda de qualquer maneira. ―Não se preocupe, baby, eu tenho certeza que ela aparecerá. Você sabe como ela estava com raiva, ela provavelmente está apenas tentando limpar sua cabeça. Eu realmente não posso falar agora... minha mãe está por perto, e algo importante está acontecendo. Eu te ligo mais tarde!‖ O que poderia ser mais importante do que o desaparecimento da Dani? Mas talvez isso seja o que ele quis dizer, e não apenas falou certo. Mamãe entra no quarto vestindo sua capa. Eu continuo acariciando Fastidios, fingindo não vê-la. Ela se senta ao meu lado e se estende para passar seus dedos sobre a cabeça de Fastidios. – ―Eu tenho que sair por um tempo. Teremos uma reunião para tentar corrigir o que aconteceu e decidir o que fazer em seguida. E encontrar Dani...‖ Ela se detém, e me pergunto se dá conta que o seu ―Encontrar Dani‖ soava como uma interrogação. Eu olho fixamente para Fastidios,concentrando-me no ronronado profundo que sobe em sua garganta. ―Eu sei como é difícil para você‖ - disse - ―Se eu soubesse o que iria acontecer, eu nunca...‖ Ela respira fundo e tenta pensar em algo bom para dizer. Eu poderia perguntar como vão os negócio das esferas de fantasma, ou se ela poderia pensar em propor algo um pouco menos mortífero do que um ataque de vampiros para garantir que Dani tem um zero no seu exame... Mas decidiu jogar o modo Sascha e manter as coisas quieto. ―Sim, é difícil. É realmente difícil.‖ - O olho e vejo que ela não leva o sorriso debochado em seu rosto, que normalmente usa nos últimos tempos, seu rosto está manchado pelas lágrimas. Eu não chorei ainda. Eu pensei que se eu pudesse ter a força suficiente para ser forte, Dani voltaria para casa e poderíamos rir do susto que ela deu a todos nós. Eu estava preocupada que, se chorasse, significaria que Dani estava morta... ou algo pior. Deixo que mamãe me envolva em seus braços, e agora não posso mais conter
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as lágrimas. Ela me abraça forte, e eu tenho que acreditar que Sascha está equivocada. Nossas mães não poderiam colocar-nos em uma emboscada. ―Mamãe, eu tenho tanto medo. Eu pensei que certamente iria me ligar hoje. Mas...‖ Mama me abraça mais apertado, e depois alisa o cabelo com as mãos. – ―Eu sei, amor. Estamos todos com medo, mas nós temos saído às ruas para procurá-la.‖ - Mãe se levanta e enxuga os olhos com a borda de sua capa. - ―Eu posso ficar se quiser.‖ ―Não, tudo bem. Eu quero que você encontre Dani.‖ ―Eu ligo para você, se ouvir alguma coisa.‖ Há uma batida na porta da cozinha, e meu coração salta uma batida. – ―Dani?‖ Minha mãe sacode a cabeça. – ―Tenho certeza que se fosse Dani, ela iria voltar para casa primeiro. Vou ver quem é.‖ Acho que sua casa é provavelmente o último lugar que Dani iria.Eu puxo o cobertor até o queixo,esperando,se não Dani, seja Connor.Certamente,depois de tudo que aconteceu,ele poderia vir me ver... não é como se o nosso relacionamento seguisse sendo um segredo. Fastidios pula do meu colo e segue a mamãe para cozinha. Ouço a porta da cozinha se abrindo. ―Michael, que bom para veio.‖ Suspiro. ―Já estou saindo, mas Jules está na sala. Tenho certeza que ela iria amar alguém com quem conversar.‖ Eu adoraria conversar com Connor, mas acho que terei que me contentar com Michael. A porta se fecha, e eu me incorporo e corro os meus dedos pelo meu cabelo. – ―Ei‖ - digo quando ele entra na sala. ―Ei‖ - ele diz calmamente enquanto ele tira o seu casaco e senta ao meu lado -. Só pensei que eu poderia precisar de alguma companhia. - Pega minha mão, e uma
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lágrima escorre na minha bochecha -. Dani é forte, Jules, mais forte do que as pessoas pensam. Eu me inclino sobre ele e respirar o ar de novembro, que se aderiu à sua camisa de flanela. ―Eu não acho que voltará para casa.‖ - Não tenta dissuadir-me, e eu suponho que ele tenha chegado à mesma conclusão. ―E‖ - continuo – ―Eu não posso dizer que o sinto.‖ - Respire fundo e decido contar a outra coisa que eu tenho tentando não pensar – ―Tivemos uma briga pouco antes do que aconteceu‖ - sussurro - ―Pensou que não cuidava de sua volta... e realmente não o fez. Ela ficou tão transtornada após a sua introdução, e eu não me esforcei muito para ajudar. E permiti que o vampiro a pegasse. Eu não fiz nada para impedi-lo.‖ - Eu olho para cima, em seus olhos castanhos, querendo saber se ele está arrependido de ter vindo me visitar... arrependido para tentar aliviar alguém que deixou a sua melhor amiga ser sequestrado. ―Ouça‖ – Me disse, apertando a minha mão – ―Não foi culpa sua. Eles não são invulneráveis, e pelo que ouvi, os vampiros podem realmente afetar a cabeça.‖ ―Ah, sim.‖ – Suspiro, lembrando como me sentia drenada de poder. Afasta de mim e inclina o queixo para baixo. – ―E um monte de coisas estranhas tem acontecido, essa é outra razão pela qual vim para cá.‖ - Ele olha ao redor da sala, como se sabe se continua ou não. - ―Ouvi minha mãe falando com a Sra. Keyes na minha varanda de trás da minha casa‖ – me diz. Limpo a manga da minha camisa sobre os olhos e bochechas. – ―Estavam falando sobre Dani?‖ Michael concorda e franze a testa, como se não se tivesse seguro do que dizer o que vem a seguir. ―Michael! O que eles disseram?‖ Ele respira profundamente. – ―Sr. Keyes supõe que o vampiro que pegou não converteu porque então Dani falaria. Ela supõe que...‖ ―Conseguiria identificá-lo?‖ ―Não‖ - Michael sacode a cabeça – ―Pensa que Dani voltaria e falaria com você sobre o que realmente está acontecendo, e o vampiro sabe melhor do que deixar
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permitir que isso aconteça. Disse que Dani é convertida, não as enviam para vocês para que vá atrás dela... mas elas mesmas se enganaram. Uma raiva imensa quebrou toda a tristeza em mim. – ―Elas já erram! Elas não procuram, senão estão fazendo controle de danos.‖ ―Ouça, não significa que ela já foi... você sabe, virou, mas eu pensei que você deveria saber.‖ ―Mas espere, por que ela disse „o vampiro sabe melhor do que deixar permitir que isso aconteça‟?‖ ―Sim, eu não consegui entender isso tampouco... Era como se ela estivesse falando de alguém que ela conhecia.‖ Meu estômago afundou.Não. Não. Não. Por favor, não deixe que a minha mãe esteja envolvida neste processo. Por favor, deixe isso ser uma coisa de Helena. ―Disseram outra coisa?‖ Eu digo com mandíbulas cerradas. ―Não, na verdade, mas como eu disse, eu pensei que você deveria saber. Temos que cuidar um do outro, porque às vezes eu tenho um pressentimento de que mais ninguém faz.‖ - Michael olha para o teto – ―Não diga a Connor o que eu disse, ok?‖ Meu queixo treme. – ―Connor sabe?‖ - Eu,uh. - Gagueja Michael -. Eu, uh, eu disse a ele em primeiro lugar,ontem... você sabe, desde que estão juntos, e sua mãe está envolvida.‖ ―Por que não quis que eu soubesse?‖ ―Bem, talvez ele estivesse apenas tentando protegê-la.‖ Soltei um longo suspiro. – ―Ou talvez ele estivesse tentando me deixar no escuro.‖ Michael se inclina, cotovelos sobre os joelhos e enterra a cabeça nas mãos. – ―Talvez.‖ ―Você não vai fazer como os outros e vai tentar me convencer de que está tudo bem?‖
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Michael balança a cabeça. – ―Não. Eu como tenho um palpite de que Connor mudou, ou não sei o que, mas não do mesmo tipo que era antes... ainda na semana passada. Eu não quero machucá-la.‖ Eu quero dizer que Connor mudou por minha culpa, porque nós estamos juntos... mas eu sei que não é verdade.Alguma coisa aconteceu depois que sua mãe o pegou saindo de fininho da minha casa depois da nossa primeira noite juntos. E tanto quanto eu tentei, eu não conseguia parar todas as minhas dúvidas sobre que surgem constantemente na minha cabeça. Michael se vira para mim. – ―Tenho estado perguntando a minha mãe muitas coisas depois que eles lhe deram a você e a Dani esse passeio de volta para casa a outra noite. Cheguei pensar que eu faço tudo isso para se livrar dos corpos e essas bobagens para o Coven, mas eu sei como as coisas funcionam, certo? Mas minha mãe foi toda estranha comigo,e depois que eu terminei de embraveá-la com o assunto, me disse para me meter com os meus próprios assuntos. ―O quê?‖ Michael concorda. – ―Exatamente! Falando de um momento que-demôniosesta-passando. Ela não embala os corpos, eu sim, e acho que tenho o direito de saber o que acontece. Então eu vou falar com Connor, pensando que ele é meu melhor amigo, e quem sabe mais sobre o assunto do que o cara que mora na mesma casa que o líder do Coven? Mas Connor foi tudo estranho nisso também.Costumávamos brincar sobre que faziam parte do grupo de limpeza, e de repente ele endireitou as costas e me diz que tem coisas mais importantes para se preocupar. E quando lhe contei o que eu ouvi, ele explodiu e fez-me jurar que não lhe dizer nada. Eu olho pela janela para a lua, seu alaranjado perdendo-se à medida que sobe mais alto no céu. Lembro-me do pedacinho de lua aniversário Margo, e me faz pensar que eu estive sentado na minha bunda por muito tempo, esperando alguém para revelar a verdade... ou que as coisas vão melhorar magicamente. Eu fui deixar minhas dúvidas sobre Connor também alongar muito tempo. É hora de ficar um pouco mais ativa. Devo sair dessa sala e ver o que Connor e Helena estão realmente de planejamento. E devo saber se mamãe desativou as pedras que poderiam ter me avisado para Dani sobre os vampiros. Michael põe para o lado uma grande mexa loira. – ―Algo muito ruim está para acontecer, certo?‖
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―Sim, eu penso assim. Tenho que saber se minha mãe está envolvida.‖ ―Precisa de ajuda?‖ Me perguntei. ―Talvez, mas eu tenho que pensar um pouco primeiro sozinha, ok?‖ ―Tem certeza?‖ ―Sim‖ Michael acena e se levanta. Dou-lhe o casaco, e ele joga os braços dentro das mangas. – ―Sabe que se precisar de alguma coisa pode me ligar.‖ ―Eu sei... Obrigada.‖ Abraço Michael,e quando ele me abraça também,penso quanto é absolutamente maravilhoso se sente ao saber que ele está disposto a lutar. Eu me afasto e queria ter o mesmo sentimento sobre Connor. ―Nós vamos superar isso‖ – Disse. Ouvir dizer isso que me faz pensar que talvez nós façamos. Eu fechei a porta atrás de Michael e eu voltei para a sala, indo para as prateleiras. Meus olhos varrem as ligações de novo e de novo, procurando lombada de couro vermelho do livro "Sinais de Nascimento, Pedras e feitiços". É um livro grande... deve ser fácil de encontrar,mas eu não o vejo.Percebo que alguns livros parecem ter sido movido para disfarçar um enorme buraco. Por favor, deixe-me estar errada. Por favor, não deixe que minha mãe esteja envolvida. Traço um dedo das espinhas dorsais, mais uma vez eu li em voz alta cada título. Fico olhando fixamente as prateleiras e pensar a onde minha mãe iria colocar o livro. Poderia ser em seu quarto, raramente vou lá, ou na loja. Ela acha que eu nunca entro lá,mas tenho gastado muito tempo lá ultimamente. Eu corro para fora e pego a chave da porta. Abro a porta e toco no interruptor de luz. Minha mãe tinha estado ocupada. Há pelo menos duas dezenas de esferas azuis
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de fantasma que estavam penduras numa linha provisória. Eu vejo um balde cheio de vidro marrom feios onde ela jogou os ruins antes que começou a fazer bem o feitiço. Eu agacho para passar abaixo das linhas de esferas que pendem do teto e caminho para seus livros de consulta, e vejo imediatamente o que eu busco. Meu coração afunda enquanto pego o livro. - Maldição - Levo-o para o sofá, sustentando sobre os joelhos, e olho o índice de temas.Capítulo sete... ―Ativando Pedras De Aniversários‖. Pesquiso o índice de temas, mas não vejo nada sobre desativá-las,e um sentimento de alívio inundou-me. Me preparo para guardar o livro,mas uma voz me diz para que continue procurando. Me sento de novo e eu verifico o índice no final do livro. "Desativação pedras de aniversario" página 184. Respiro fundo e vou para a página 184. Se alguém quiser fazer a pedra deixar de estrelar e para evitar de ser descoberto,pode-se facilmente desabilitá-las ou pode desativá-las.Para desabilitar temporariamente uma pedra, queime uma vela branca junto com Salvia21, cuidado ao passar a pedra pela fumaça o para assegurar o efeito total. Para desativar permanentemente uma pedra, a Salvia deve ser fervida em uma panela pré-encantada,com pelo menos duas xícaras de sal do Mar Morto.Uma vez que a pedra está exposta à fumaça azul que vem, está definitivamente encerrada de ser reencantada. Bato o livro ao fechá-lo e pego o meu colar. Eu olho para baixo para a pedra turquesa. Ela o fez. Minha mãe, que não há muito tempo atrás me abraçou e disse que ela estava com medo também, nos enganou. Ela incapacitou a única coisa que poderia ter protegido Dani de uma morte precoce. Jogue o livro através da loja – ―Como você pôde?!‖ - Grito. Um pulso de luz para fora do meu corpo. Golpeia as esferas de bruxa pendurada no teto, e então a janela é quebrada. Pedaços de vidro voando em todas as direções e protejo meu rosto com os braços.
21
http://pt.wikipedia.org/wiki/Salvia_divinorum
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―Merda!‖ - Grito. Eu olho para fora através da janela quebrada, imaginando como explicarei para mamãe. ―Isso vai te ensinar!‖ – Uma voz disse de fora. Eu congelei no lugar enquanto ouço um estralo de cascas. Dani parece do outro lado da janela e acena para mim. ―Sentiu saudades de mim?‖
Capitulo 16
“Oh,meu Deus,Dani!‖ - Corro para a janela,mas ela nega com a cabeça e sinaliza para a porta.
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Viro-me e corro para a porta, meu coração enche-se de alívio quando agarro a maçaneta. Abro-a e começo a chorar, ao vê-la de pé em frente a mim, viva. "Você está bem!‖ - Solucei. - "Que bom te ver!‖ - Dani encolhe os ombros na porta escura. "Mmm, não vai perguntar se posso passar?" "Deus, deixe de brincadeiras e entre já!" - Digo, puxando sua capa e arrastando-a com um puxão. Lanço meus braços em torno dela e logo Dani fica dura como o gelo, tocando minha bochecha. "Não!" - Eu me afasto dela e olho ao redor, procurando algo para me defender. Dani dá um passo em minha direção e inclina a cabeça para um lado. "Temo que sim. Provavelmente deveria ter dito de imediato, mas minhas mãos estão um pouco amarradas quando se trata de entrar nos prédios, e pensei que não me convidaria para entrar se soubesse. Meu coração começou a bater forte, dou uns passos para trás, fazendo ranger os vidros debaixo dos meus pés. Bato no sofá e pude sentir a brisa fria em minhas costas, entrando pela janela. Olho-a e noto uma ligeira coloração azul que começava a colorir seu queixo. Inclina a cabeça e me dá um estranho olhar vazio. - "Se isso é verdade. A pomba branca que vivia dentro de mim, e que me ajudou ao longo do caminho a manter a justiça, foi-se." - Lança os ombros para trás e sorri. - "Tudo o que resta é uma coisa grande e negra descansando em meu interior, sussurrando-me." - Sorri, revelando dois dentes longos. - "Dizendo-me que ataque." Ela começou a rir,e meu corpo tencionou-se esperando que Dani fizesse um movimento em direção a mim, dou a volta e salto sobre o sofá tentando subir na janela, cortando a mão esquerda com o vidro, e Dani agarra o colarinho da minha camiseta e me puxa de volta, me joga no chão como se eu fosse uma boneca. "O que você está fazendo?" - Pergunta. - "Você vai machucar." Olho para ela, perguntando-me se vou ser capaz de fugir do ataque como da última vez. Meu estômago dando voltas dolorosamente, não queria pensar no que Dani ia me fazer.
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Dani coloca os olhos em branco. - "Pare de me olhar assim, Jules, não vou te morder. O que eu disse foi dos livros!" Continuo olhando-a, eu não tinha certeza do que estava falando, mas estava preparada a agir rapidamente se tivesse que fazê-lo. "Os livros do Vampiro Estacado?" - Olha-me com expectativa. - "Minha série favorita em todo o mundo. Você disse que já os tinha lido." - Olha para mim e balança a cabeça. Ela estende a mão para mim e ri novamente. "Livros?" - Pergunto. "Sim, é isso que o diabo disse a Simone depois de mil anos que se tornou o vampiro que desejava." - Dani me olha com olhos muito arregalados. - "Você me disse que os tinha lido." Meu coração palpitava a mil por hora, bombeando cargas de adrenalina através de meu corpo. - "Eu uh, nunca cheguei realmente a lê-lo." - Digo atordoada. Dani é vampira e está de pé em cima de mim, citando versos de um livro. Ela me estende sua mão novamente, e estudo seu rosto. Os vampiros são especialistas na arte de enganar, mas se quisesse me teria feito algo a primeira vez que entrou. Alcanço-a, e tremo quando sua mão fria fecha-se no meu pulso. Espero que não esteja cometendo um erro mortal. Ela puxa-me com facilidade e dou um passo longe dela pronta para tentar de novo com a janela se fizesse qualquer movimento brusco. "Desculpe-me por jogar-lhe no chão, mas ainda não posso controlar o poder de todos os músculos extras, mas você pode relaxar." - Estende sua mão como se fizesse um juramento. - "Juro que não tinha intenção de te morder, porque isso seria, assim, muito raro e grave, sanduíche de melhor amiga. Eu apreciaria se você pudesse cobrir sua mão com alguma coisa, pelo menos. É difícil me concentrar com você sangrando por todo lado." "Claro." - Sussurrei, não acreditando na mudança da conversa. Arrastei-me para mais perto do avental de minha mãe para tirá-lo do gancho da porta, sem tirar meus olhos de Dani. Enrolei o avental fortemente em volta da minha mão, desejando que isto fosse um sonho.
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"Obrigada!" - Dani sorri. Vejo seus novos dentes outra vez e rompo em lágrimas. - "Eu s... sinto muito que minha mãe ajudou a nos..." Dani aproxima-se e me abraça como se tudo estivesse bem. "Vamos, pare." - Diz. Ela se afasta e me dá um pequeno sorriso. - "Pelo menos, nossas mães não queriam que eu me convertesse, não estavam sendo totalmente ruins, bem... não nesta ocasião de qualquer maneira. E a vampira que foi levada e fez a escrita estava verdadeiramente arrependida. Então está tudo bem." Olhei-a fixamente em estado de choque. - "Como pode estar tão calma sobre tudo isso?" "Estar sem alma muda sua perspectiva." - Disse, caminhando até o sofá. - "Não digo que esta coisa sobre mortos-vivos não vá levar um tempo para me acostumar. E tinha considerado seriamente estacar ao vampiro que me fez isso, mas estava tão assustado em que Helena fosse mandar seus subordinados sobre ele, deu-me um pouco de pena. Além disso, ele tem me ensinado as cordas... Deus, que monte de merda que temos sido ensinadas sobre vampiros." Meus olhos arregalados. - "Merda?" "Sim, quero dizer, há alguns vampiros maus... e às vezes as pessoas não lidam bem com a transição e tornam-se um pouco loucos como a nossa primeira matança, Srta. Melissa,mas principalmente querem sobreviver.Hank,que é o vampiro que me converteu,ele tem me dito,quais são os bons lugares para dormir,e onde encontrar pessoas que não se importam em partilhar um pouco de sangue." - Ela pisca um olho. "Como já sabe, realmente é tão bom quanto dizem." Minhas bochechas ficam vermelhas enquanto minha mão involuntariamente alcança os cortes no meu pescoço. "De qualquer forma, não ter nenhuma alma tem criado em mim, uma paz que nunca havia sentido." - Sorri e tento com todas as minhas forças não ficar olhando para seus novos dentes. "Eu me sinto livre agora, e todas as coisas as quais costumava ser obcecada, minhas notas, dizer algo errado,perder cinco ou seis quilos, nada disso importa agora. Pela primeira vez, não poderia me importar menos se minhas coxas esfregam juntas quando ando. Você sabe o quanto libertador é?"
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Fico olhando-a, atônita. "Sinto que finalmente posso ser eu mesma porque já não me importa uma merda para o que as pessoas pensam." "Mas você está..." - Não pude terminar minha frase. "Morta, sim." - Dani olha pela janela e assente. - "Mas se olhar pelo lado bom, ainda tenho meus poderes, e o feitiço que minha mãe lançou em meu aniversário fez kapoof! no momento em que meu coração parou de bater. Agora posso dizer-lhe tudo, e podemos encontrar uma maneira de quebrar esse maldito pacto torto que nossos antepassados foram burros o suficiente para firmar com um grupo de demônios." "Hã?" Dani me olha nos olhos. - "Você pensou que estávamos trabalhando para os demônios, certo?" "Pensei que nós havíamos firmado o acordo com os demônios, para trabalhar para eles." "Não! Somos os empregados não-sindicalizados dos Demons Revealers do sexto nível do inferno. É um negocio realmente doce. Os demônios nos deram o feitiço de Revelar para usar, o que envia a alma de cada criatura que aspira diretamente para o reino Revealers.Aparentemente, as almas sobrenaturais são um produto quente lá embaixo, e os demônios prometeram manter os cofres do Coven sempre abastecidos, e nos velhos tempos, manter o forcado preso nas almas trabalhando na baia." Aproximo-me do sofá e com cuidado escovo para o lado alguns pedaços de vidro com minha mão enfaixada. Sinto, porque estou começando a tremer, mas não estou certa se é por causa do frio ou do que Dani acabara de me dizer. - "Não vale a pena trabalhar para os demônios pelo dinheiro. Por que o fazemos?" "Porque demônios são inteligentes! Bem, dependendo em que acordo esteja, mas resolveram-no de uma forma que fosse pouco provável que uma bruxa tentasse romper." - diz Dani. - "Cinco membros do Coven original firmaram o acordo para manter suas almas afastadas." "O quê?" "Elas concordaram em firmar suas almas até que suas filhas nasçam e recebam o feitiço de Revelação.Não vou para a cerimônia e trocar de sangue que nos submetem,
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ou o fato de que todos os outros membros do Coven são basicamente parasitas que vivem das caçadoras... Mas uma vez que a criança tenha o encanto, a alma da Mãe é livre e clara, já a próxima geração está presa no poço até que tenham filhos. E assim, e assim sucessivamente.‖ "Oh, vamos, nem minha mãe estaria de acordo com isso!" Dani joga as mãos ao ar. - "Mas sim, o fizeram! Podem inclusive usar feitiços para certificarem-se de que tenham meninas e engravidá-las na mesma época. Todo mundo estava agindo como se eu tivesse perdido a razão por estar assustada que as nossas mães conscientemente firmaram nossas almas! Eu disse-lhes que não havia nenhuma maneira de que fossem fazer isso com meu filho, mas que efetivamente, imediatamente, estava fora da caçada." "Claro que você tem que apreciar a ironia de me ver como sou, sem alma agora." Ela desliza sua língua por seus dentes afiados. - "Mas você não acreditaria quantas conversas tive que ter com Helena.Foi alucinante com seu desempenho, e „nós estamos fazendo pelo bem da humanidade‟, quando nem sequer têm o direito a sua alma! Finalmente eu pretendia ceder e disse ‗vou caçar‟ apenas para sair fora do inferno! No entanto, não tinha intenção de manter minha palavra, e é por isso que ia sair atrás do fantasma.‖ "Mas." - Dani continuou - "Imaginei-me a primeira bruxa boa, mal me virando, e naquele tempo em que as pessoas sempre estavam tentando queimá-las, e as tapeçarias, e tal. E talvez não tivessem uma grande quantidade de comida e os invernos eram rígidos, blá, blá, blá, blá, mas manter esse ritmo durante trezentos anos, bom. Não há desculpa." Estou pensando em perder a alma, ou conseguir ser arrastada pessoalmente para o inferno, assim poderia dar uma pausa para as pessoas, mas não quero falar disso, pois Dani recém ficou sem alma.Mas com alma ou sem alma,entregar seu filho aos demônios está errado. - "Então, se eu não tiver uma menina para pegar o feitiço de Revelação e cumprir o Pacto, perderei minha alma?" "Sim." - disse Dani. - "Claro, agora me sinto um pouco estranha em fazer tanto alarde sobre essa parte, já não é tão mau como eu pensava, mas ninguém tem direito de matar uma criança assim." Eu não sei nem o que dizer. Geração após geração, as mulheres do Coven tem trocado as almas de suas próprias filhas.E eu que pensava na desativação de nossos colares e enviarmos remodelados aos vampiros, eles eram tão baixos quanto você poderia entender. "Simplesmente não entendo como elas poderiam fazer." - Digo finalmente.
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"Não tenho ideia! Mas espere, isso é ainda melhor. Hank me disse algo que Helena não compartilhou comigo no dia do meu aniversário." - Dani morde os lábios e a ponta da sua boca prende um pouco menos do que o resto dos dentes. "Hank e algumas outras pessoas estão no Coven Bankroll!22 Estamos pagando aos vampiros e a outros lobisomens para obter nomes e localizações,no fundo são informantes.Provavelmente deveria ter estacado Hank só por trair a sua própria espécie, mas como eu disse,eles estão com tantos problemas de volta nesses dias, provavelmente enumerados para converter-me, de qualquer forma. Surreal, uh?" "Sim." - Digo-lhe em um sussurro. "Hank, disse que tem ido tão longe a ponto de atrair pessoas de fora do país para cumprir com suas quotas.‖ Olho para Dani, sentada em minha frente no sofá, desejando poder abrir e fechar os olhos e acordar deste pesadelo. A brisa que sopra na parte de trás da minha cabeça pela janela quebrada é a única coisa que me convence que isso não é um sonho. "Então." - Dani continuou. - "Temos que chamar Margo, Sascha, e Z e dizer-lhes que estou bem." Levanto minhas sobrancelhas. "Bem, bem o suficiente." - Ela disse. - "Mas é hora de descobrir como podemos encontrar com o Coven para dar-lhe alguns chutes que deveríamos ter dado há muito tempo..." "Humm." - Faço uma pausa,perguntando-me se todo mundo vai aceitar a nova Dani. - "Isso soa bem e tudo,mas você sabe,talvez devesse primeiro falar com elas,você sabe... sozinha." - Dou de ombros. - "Apenas para o caso." Dani ri. - "Você tem razão,posso ver totalmente Margo me fazendo perguntas depois de ter tenha brincado comigo. Quero dizer, olhe o que ela fez com Kelsey." Odeio admitir isso, mas acho que estava imaginando muito precisamente. Dani sorri novamente. - "Há algo que tenho que fazer de qualquer maneira." Meu estômago dá um nó. - "Você não vai atrás de Helena, com seu arco..." 22
Bankroll – Banco, finanças.
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"Bem,ela merece um bom derramamento de sangue, mas se é isso que te preocupa, não. Eu não o farei. Não planejo afundar meus novos dentes em quem não me quer e nem eu tampouco." "Você não pode recusar a qualquer pessoa que por sua vez queira, também!" "Eu sei! Eu sei! Só porque sou uma sem alma não significa que não saiba a diferença entre o certo e o errado." - Ela inclina a cabeça para um lado. - "Eu não acho que isso me incomodaria se, se eu fizesse algo errado, mas ainda assim, sei qual é a diferença. E, realmente, temos matado pessoas desde que tínhamos treze anos, você realmente acha que mandar Helena para o diabo é pior do que estacar a algum pobre vampiro?" "Há uma grande diferença, Helena é humana e esta viva." Dani levanta uma sobrancelha. "Desculpe, é insensível da minha parte, mas você falando e andando na minha frente, é difícil pensar que está morta." - Sacudo a cabeça. - "Ou não-morta?" - Suspiro e não quero pensar que os lobos e os vampiros que temos estado matando, provavelmente foram como Dani. "Bem, você não precisa se preocupar. Não estou pensando em fazer frente a ninguém ainda. Vou ser boa. Eu te prometo." - Dani me olha inocentemente. "Você ainda tem o seu telefone celular?" - Pergunto. "Sim, no entanto a bateria está fraca. Você deveria fazer uma lista de coisas que deveria levar para mim em casa, meu carregador, algumas roupas e talvez o Sr. Cuddle Bear." Dou-lhe um olhar. Ela ergue a cabeça. - "Se algum vampiro zomba dele, só terei que estacar 'um'." Balanço a cabeça. - "Está bem,vou chamar todo mundo,e uma vez que todos estejam a bordo,te ligo e juntas podemos resolver qual é o nosso plano de jogo." Dani pega minha mão na dela e aperta com força.As lágrimas transbordam de meus olhos novamente.
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Balanço a cabeça. - "Realmente sinto muito.Não posso acreditar que isto está acontecendo." Dani se aproxima e me abraça.Tento muito dificilmente não fraquejar ou sair de sua pele fria. - "O importante é colocar fim nesse Pacto." - diz. - "E se um demônio quer me arrastar para o inferno,que assim seja. Não é que não tenha nada a perder." Dani se levanta e aperta os lábios. - "Estou pensando que provavelmente você ainda não esteja pronta a me ver como um morcego?" "Sim, provavelmente não..." - Disse eu, perguntando-me quanto uma pessoa pode processar em um dia. "É totalmente impressionante,sem dúvida,porque quando me transformo de novo, ainda estou vestida!" - Dani sorri como se fosse a melhor coisa do mundo, e perguntome se alguma vez me acostumarei a vê-la com esses dentes. Forço-me a devolver-lhe o sorriso. - "Genial." "Muito bem." - disse Dani. - "Vou esperar seu telefonema,e espero ter boas notícias para você, oh, espera, meu cabelo está bom? Não posso ver meu reflexo, é uma espécie de charlatanismo." "Pensei que não se preocupavam com essas coisas nunca mais." Dani coloca os olhos em branco. - "Não me preocupo com as minhas coxas, mas não quero andar por aí, e parecer que já não tenho casa." - passa a mão pelo cabelo. "Então?" Estendo a mão e escovo seus cabelos para um lado. - "Está pronta para ir." "Ótimo." Ela salta para a noite, e eu fico no ateliê, tremendo. Dani é uma vampira. Meu pai não me conhece. Minha mãe vendeu minha alma. Meu namorado é provavelmente um unha-de-fome mentiroso.
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Respiro profundamente. Dirijo-me à corda do varal e recolho as bolas de fantasmas. Desengancho a primeira e a destruo em um canto do ateliê. Ao romper-se sai uma explosão da bola e sorrio, apesar das lágrimas em meu rosto. Escolho a próxima, e grito puxando-a de outro canto. Pego a terceira do arco da janela quebrada. A bola faz um ruído insatisfatório no viveiro, ou seja, no recipiente e pego o primeiro objeto, coloco o objeto em frente à janela, e o deixo cair. Rompe-se através do painel de fundo, e percebo que a bola corre muito antes que eu termine de gritar.
Capitulo 17
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Sascha, Z e Margo me olham fixamente. ―Então, não vão dizer nada? – Pergunto. E vislumbro meu reflexo que está refletido no espelho do aparador. E vejo que meus olhos ainda estão inchados e vermelhos. Dou uma olhada nas pequenas fotos de Dani e eu metidas em uma cabine fotográfica e compreendo a tristeza esmagadora que havia sentido há uma hora, que havia sido substituída por um desejo de fazer o Coven pagar pelo que fizeram e pelo que nos fizeram a todos nós. "E, Então?" - Repito. Zahara olha e brinca com os bichinhos de pelúcia na minha cama, enquanto Margo e Sascha trocam olhares. Soltei um suspiro. "Dani não é uma assassina a sangue frio." - Faço uma pausa. - "Na verdade isso descreveria melhor aos vampiros que temos estado atacando em oposição a sua existência." "Não poderia ser que..." - Disse Margo, finalmente. - "Dani estivesse mentindo para nós." "Olha, Dani poderia ter mentido para mim um milhão de vezes, mas não fez. E realmente, agora que sabemos sobre a seita e sobre o que disse Michael? Parece que realmente nossas mães mentiram para nós, para que estacássemos qualquer vampiro." Margo sacode sua cabeça. - "Ela é um vampiro. E eu sei que era sua melhor amiga, mas..." "Pensei que todas nós éramos." - Eu disse. - "Não posso acreditar que acharam que as colocaria em risco de perigo. Por acaso vão confiar mais em nossas mães do que em Dani?" Margo coloca uma mão no quadril. - "Embora não ache que isso seja certo, não acho que minha mãe esteja envolvida nisto, ela teria me dito!" "Ah, sim?" - Digo-lhe. - "Como te disse que trocou a alma dela pela tua, quando ainda andava com fraldas." "Ela me disse que era a momento certo, que não tinha outra opção." - Disse Margo gritando. - "E tudo isso tem sido calculado. Ninguém perdeu a alma em trezentos anos!"
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"Exceto Dani." - Zahara disse enquanto olhava para todos nós, com lágrimas em seu rosto. "Nossas mães poderiam ter parado isso.Poderiam ter sacrificado suas almas, assim estaríamos a salvo." "E Dani ainda estaria viva." - acrescentou. "Você vai sacrificar sua alma Z?" - Pergunta Margo - "Vai romper o ciclo?" Zahara abaixa sua cabeça de novo. - "Não sei. O que envolve a cerimônia?" Disse em voz baixa. Já que ela não tem certeza de querer saber sobre isso. - "O que é sobre os demônios?" "Dani não me disse muito sobre eles." - Disse-lhe. - "Talvez, ela tenha calculado que já tinha despejado o bastante sobre mim." Sascha olha para Margo, que franziu a testa e balançou a cabeça. Margo começa a tirar fiapos da minha flanela. "Bem." - disse Sascha - "Eu realmente acho que o que você nos disse vai conseguir levar alguém ao inferno." - Ela sacode o cabelo do ombro e suspira. "Quando a filha de uma caçadora completa um ano de idade, um demônio é convocado ao Reino Revealer. Em vez do tradicional bolo e sorvete, a mãe faz um corte no pé do bebê com uma faca cerimonial. Eles enchem uma taça com o sangue do bebê. Então o demônio faz um corte em sua mão e eles o..." "Oh, não." - Eu digo. Sascha assente. - "Sim, o dão ao bebê e com a troca de sangue, forma-se o feitiço Revelador que une-se a criança em um Pacto." Z e eu trocamos olhares horrorizados. Sascha se levanta e pega a capa que está encima da mesa. - "Aparentemente há um feitiço para que o bebê não sinta nada." - Ela pega do bolso uma garrafa e da na minha mão. - "Bem-vindas ao meu pesadelo." Devolvo-lhe a garrafa e digo - "Acho que devemos estar espertas desde agora mesmo." - Olho para ela - "Todas nós." Sascha assente e coloca a garrafa na minha mesa de cabeceira.
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"Então temos que descobrir o que vamos fazer."-Eu digo-"Teremos que descobrir como romper o Pacto." Margo aperta os lábios e nos olha. - "Se não fizermos nada,alguém poderia ser levado." Ela olha diretamente para mim. "Não estou disposta a arriscar minha família, só teremos que passar por lá. E sei que minha mãe pode ter passado por essa cerimônia,porque realmente estar lá não é uma escolha. Mas não vou entrar nessas bobagens sobre pagar aos vampiros e lobos para que trabalhem para nós." "Olha, acho que deveríamos fazer alguma investigação desse quarto na casa de Connor." - eu disse - "Lá há um livro de contabilidade que documentam matanças e pacotes de outros papéis e jornais que não tive a oportunidade de olhar. Há alguns que contêm registros." - Olho para Margo. - "Talvez os registros sejam de outros empregados." "Está bem." - disse Margo - "Acredita realmente que podemos ir à casa de Helena e que ela nos deixará entrar?" Suspiro. - "Com sorte, Helena continua reunindo-se com nossas mães, mas você sabe que não tenho certeza de que Connor nos deixe entrar." "Nós poderíamos nos ocultar." - Disse Sascha olhando-me com compressão. "Sim." - Digo. - "E podemos dizer a Michael que nos leve e assim distrair Connor enquanto nós tentamos entrar e ir direto para o quarto." "Boa ideia." - disse Z. Margo olha fixamente para Zahara como se a estivesse traindo. - "Você realmente não acha que encontraremos alguma coisa lá,certo?" "Eu adoraria mais que tudo, pelo menos, encontrar alguma coisa." - disse Z. "Está conosco Margo?" - Pergunto-lhe. "Ok, mas espero não encontrar nada." Pego meu celular para ligar para Michael,dou um pulo quando toca e vejo um número desconhecido.Faço click em responder. - "Olá?"
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"Hey, Jules. É o Finn." "Finn?" - Encolho os ombros e capto todos os olhares de todo mundo. "Como você está?" "Já estive melhor." - Lhe respondo. "Nada de bom está acontecendo em sua casa?" - Pergunta. "Mmmm... não." "Bem,Evan e eu estamos tendo uma espécie de noite interessante.Dani está aqui e como não a temos visto faz alguns dias,perdemos a grande mudança de imagem com os dentes.Embora eu não tenha necessariamente um grande problema com isso.Evan está um pouco assustado e gostaríamos que você pudesse vir e levá-la antes que ele se encontre em grandes problemas de incontinência." "Ah,merda." - Digo em voz baixa. ―Eu deveria ter sabido que ela iria falar com Evan. Olha, não a convide para entrar, tenho certeza que ela não atacará ninguém." Margo me fulmina com os olhos. - "Mas irei direto para aí." "Obrigado Jules." - Ele disse. - "Oh, espere um minuto. Sim eu a convidei.‖ - disse em voz abafada. - "Bom, ela não iria embora. Realmente existe uma grande diferença entre bruxas e vampiros." "Finn,coloque-a no telefone, certo?" - Digo-lhe em voz alta. "Huh?" - Pergunta, obviamente, colocando o telefone de volta em seu ouvido. "Apenas abre a porta e de o telefone para Dani." "Mas o que você está fazendo? Não, não abra." - Evan pede com um som agudo. "Deixa de ser tão covarde,ela não pode entrar a menos que a convide." - Ouvi Finn dizer a Evan. "Ela quer falar com você, Jules." "Olá Jules,não precisa vir me buscar. Já estava saindo." - disse com voz carinhosa.
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"Em primeiro lugar você não deveria ter ido aí, levando em conta que Evan não sabe. Não acha que ele poderia ficar um pouco assustado vendo você como vampira?" "Bem,eu esperava que meu namorado pudesse me entender um pouco mais." Grita. "Você ia colocar a magia de vampiro nele, não é?" Dani suspira – ―Ok, ok, talvez eu fosse, mas não ia mordê-lo. Só tinha a esperança de conseguir passar um tempo com ele. Ah, e Jules, Finn é um lobisomem." "Me da o telefone." - Grita Finn. Ouvi alguma briga. Até que falaram. "Eu não sou..." - Disse, mas antes que falasse lhe tirei a palavra. "Sabe Finn, já tive o bastante por hoje, então você poderia dizer que é um zumbi sem cérebro e eu não duvidaria. Pode dizer a Dani que nos encontre no parque, para ir a casa de Connor." E finalizei a ligação,me levantei, ignorei todos os olhares. - "Dani foi perturbar Evan,parece que vai dar-lhe uma espécie de despedida já que estar com um vampiro é uma espécie de ultimato.Então,ela vai reunir-se a nós para ir a Connor." - Digo, fazendo um som com minhas mãos. - "Já estou pronta para ir verificar o quarto secreto de Helena, quem prometer não estacar Dani pode se juntar a mim." Todas pareciam atordoadas e isso era uma resposta imediata, então disquei o número de Michael. "Hey, Jules." "Hey, estamos em minha casa, esperamos poder fazer uso de sua excelente habilidade de chamariz." "Sim, claro. O que quer que eu faça?" "Vamos canalizar nossa Nancy Drew interior e chegar a fundo em algumas coisas. Teremos que entrar as escondidas de Connor,por isso precisamos de você para distraílo." "Para quando precisa de mim?"
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"Para agora, mas não venha aqui,nos encontre no parque perto da casa de Connor." "Ok, estou a caminho." "Obrigada." - Eu disse e desliguei. - "Vamos." - E dirijo-me para a porta do meu quarto. - "Acham que Finn Dolan pode ser um lobisomem?" - Perguntei. Zahara ri - "Não sei que diabos pensar." "Provavelmente seja um lobo." - Disse Sascha. - "Já que sempre está cheirando a todos." Margo inclina a cabeça - "Sempre o faz, não é?" Concordo com a cabeça - "Isso explica muita coisa." Chegamos ao parque e nos sentamos de frente em diferentes direções, no pequeno carrossel. Onde havia pequenos jogos. Olhei para Margo que tinha um rosto preocupado. "Ela provavelmente não virá." - Disse Margo. - "Se fosse inteligente, ela não..." Adicionou. "Você poderia relaxar? As coisas já estão bastante tensas." - Eu digo. "Olha.‖ - Zahara disse, apontando para os balanços. "Dani estava lá parada. Estamos bem?" Sascha olha para mim e de repente começa a chorar. "Está tudo bem." - Digo. Sascha pára e corre em direção a ela, abraça-a com força. Ela pega sua mão e a trás para nós. Olho para Margo e pude ver que também estava chorando. "Ela está bem." - Digo-lhe. As quatro se juntaram em um grande abraço grupal. De repente Sascha afasta-se. "Vamos, deixe-me te ver."
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Dani sorri e mostra seus dentes novos, Margo retrocede ligeiramente e Z agarra o braço dela. "Vamos para a casa de Connor para ver se podemos encontrar algo que nos ajude a sair desse Pacto com nossas almas intactas." - Digo. - "Michael vai distraí-lo e entraremos escondidas." "Alguém tem que me convidar." - Dani disse um pouco embaraçada. Margo chega e lhe dá a mão. - "Eu o farei." Eu sorrio pensando que há uma esperança por parte de Margo, depois de tudo. "Ótimo,temos que examinar tudo antes que Helena chegue a casa, não toquem em nada, já que algumas coisas são letais." - Vemos que de repente uma caminhonete para no estacionamento. - "Estamos prontas?" "Oh, sim." - Disse Zahara.Ela põe uma mão no ar e, logo todas colocaram as mãos encima a dela.A mão fria da Dani que está acima da minha me fez sentir um calafrio por meu braço. - "Vamos fazê-lo." "Ainda pode usar a capa?" - Pergunto a Dani. "Sim, os outros vampiros não são ciumentos. Sei que posso me dissolver entre a névoa,mas isso não é tão engraçado como ser invisível.Se eu fosse má poderia aproximar-me de minhas vítimas,golpeá-las,e depois não saberiam o que lhes aconteceu." De repente, ela percebeu que todas nós a estavam olhando. - "Não é que eu goste de surpreender ninguém. Só o estava falando." Sacudo minha cabeça - "Vamos com Michael para poder dar na bunda do Coven."
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Capítulo 18
Esperamos escondidas ao lado da casa de Connor,e vimos Michael tocar a campainha. Depois de passar alguns minutos Connor abre a porta dianteira. ―Olá.‖ – Disse Michael. – ―Estava me perguntando se podíamos conversar.‖ Connor hesita. – ―Estou um pouco... no meio de algo.‖ Michael olha para onde dissemos que estaríamos e eu desejo que possa nos ver. Não quero que desista. ―Ahh, não será demorado, ok?‖ Connor olha seu relógio. – ―Suponho que sim.‖ Inclino minha cabeça para a parte de trás da casa, e todas nós escapulimos para o pátio traseiro. Lentamente giro o botão e fico agradecida quando se move. Empurro a porta só o suficiente para deslizarmos para dentro. Conforme entro na escura cozinha, escuto Margo sussurrar. – ―Te convido a entrar.‖ ―Obrigada.‖ – Dani responde sussurrando. Passamos pela sala. Olho dentro e vejo Connor sentado no sofá. ―Sim,sinto tudo isso.‖ – Diz a Michael. – ―Apenas está sendo muito duro ultimamente,com Dani desaparecida. Não queria que Jules se incomodasse mais do que provavelmente já está. E falei com minha mãe sobre isso... ela estava falando apenas hipoteticamente sobre Dani. Então não é um grande trato.‖ Dani aperta meu braço. Giro-me para ela e ela põe os olhos em branco. Nos dirigimos até as escadas e estremeço com cada rangido que as velhas escadas fazem. Escuto Michael falando em voz alta, e sei que está tentando disfarçar o ruído. Suspiro de alívio quando chegamos ao quarto.
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―As luzes estão acesas. Connor deve ter estado aqui em cima. Revele-se.‖ – Sussurro. ―Whoa.‖ – Diz Zahara silenciosamente. – ―Olha tudo isso!‖ ―Merda!‖ – Diz Sascha. ―Por ali.‖ – Assinalo o computador e mesa,e nos dirigimos até eles. A tela mostra o e-mail de Connor e Helena. – ―Procure todos os jornais.‖ Z. começa a procurar por alguns jornais enquanto Sascha abre um armário de arquivo cheio. – ―Margo, por que não examina o armário? Dani, você poderia ler alguns e-mails? Eu examinarei o livro.‖ Todo mundo assente. Viro-me para olhar as três bolas de fantasmas em cima da mesa dentro de recipientes abertos cheios de material de embalagem. Estremeço quando olhos queimados e partes do corpo entram e saem de foco em meio a luz verde dentro de duas das bolas. A brilhante luz branca na terceira bola assobia e gira ao redor dos fios de vidro dentro do cristal, e pergunto-me se é um tipo diferente de fantasma. ―Há apenas recibos e lixo aqui.‖ – Disse Sascha. Fecha o arquivo e pega um caderno.Começo a abrir o livro quando noto que a caixa onde Connor deixa o anela de Ouroboros está ainda no escritório. Levanto a tampa e pego o papel na parte de cima. Dani olha desde a cadeira para dentro da caixa. – ―Não é teu amigo!‖ ―Sim, claro. Olha, por que não procura o livro? Tem uma lista de mortes e isso.‖ – Deslizo-me para frente dela e começo a ler a descrição do anel. Meu estômago retorce quando chego ao terceiro parágrafo.
“O anel tem a única habilidade de convencer o usuário de que o doador do anel está sendo sincero... merecidamente ou não. Os olhos de rubi do Ouroboros acendem-se em resposta as palavras do doador, e o feitiço fundido com o anel influência o usuário a confiar no doador incondicionalmente.” Resisto a tentação de rasgar o papel em um milhão de pedaços. O dobro de volta, aturdida, o coloco na parte de cima do anel e fecho a tampa com a mão tremendo. Aperto meus lábios e tento conter as lágrimas transbordando dos meus olhos. Ele mentiu para mim e eu acreditei! Cada vez que tinha dúvidas, o deixei afugentá-las com um beijo.
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―Há milhares enumerados aqui.‖ – Me disse Dani. ―O que?‖ – Pergunto,fingindo não ter ouvido, para me permitir uns poucos segundos e desfazer-me da sensação de formigamento que tenho por todos os lados. Seco os olhos e fungo pelo nariz. Preciso concentrar-me no porque de estarmos aqui, porque dado tudo que está acontecendo,o filho da puta do meu namorado é o último dos meus problemas. ―Eu disse que há milhares de mortos registrados,e essa pessoa que fazia a monitoração em 1800 escreveu coisas como que eles mataram um lobo com uma lua com três pêlos crescendo, ou que alguns vampiros tinham sardas.‖ – Ela passa as páginas para trás. – ―E nós seguramente estamos caçando muito mais desde que estivemos a cargo do trabalho.‖ Dani baixa seu dedo para a página contando em voz baixa. – ―Olha o total depois que começamos a caçar. Dez aqui em março.‖ – Volta a página. – ―Abril tem, ehh, doze. E olha isso.‖ – Mostra a escritura em marrom embaixo dos comentários sobre as mortes. – ―Apreciamos vosso esforço adicional,e ajustaremos o pagamento correspondente.‖ ―Você vai adorar um livro que te permite conversar com demônios.‖ – Disse eu. Margo fecha uma porta do armário. – ―Nada fora do comum.‖ – Disse, dando-me um olhar de „não te disse?‟ – ―Há apenas um montão de papel chato e as velhas avaliações do Connor! Não está ficando com o mais inteligente do grupo, Jules. Sacudo minha cabeça. Ele era o suficientemente inteligente para me enganar. – ―Apenas siga procurando.‖ Dani passa as páginas até o início. – ―De todas as formas, se olhar a maioria dos outros anos, o Coven só tem uma média de 5 ou 6 caças nos meses mais cheios. Um montão de meses só tem 1 ou 2.‖ ―Talvez haja mais pesadelos para caçar agora.‖ – Sugiro. Dani fica olhando-me. Minhas bochechas ruborizam-se. – ―Sinto muito. Deixame tentar de novo. Talvez haja mais humanos infectados para perseguir.‖ ―Sim, mas parece que o aumento da caça ocorreu quando assumimos o cargo.‖ – Disse ela. ―Merda!‖ – Disse Sascha. – ―Olhem isso.‖
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Reunimo-nos ao redor de um caderno preto e grande que ela havia aberto. – ―Talvez isso tenha algo a ver com o aumento das caças.‖ – Ela aponta para o que parece ser algum tipo de contrato. – ―Nos pagaram para que estaqueássemos Kelsey!‖ ―Sabemos disso.‖ – Digo. – ―Os demônios nos pagam cada vez que estaqueamos alguém.‖ ―Não,olhe!‖ – Sascha golpeia o papel com o dedo. – ―Nos pagaram para estaquear Kelsey.‖ – Repete. – ―Alguém pagou o Coven para estaqueá-la especificamente.‖ ―Não.‖ – Sussurra Margo. Olho a página rapidamente e paro na assinatura na parte inferior. Oh não. ―Margo.‖ – Disse Zahara. – ―Tua mãe foi a representante do Coven nisso, ela firmou o contrato!‖ Aponto o outro nome. – ―E parece que os pais de Troy Dillon pagaram o Coven 5.000 dólares para encarregar-se disso‖ Dani ri. – ―Então, não apenas nossas mães cederam nossas almas, mas foram nossas exploradoras em assassinatos sobrenaturais.‖ ―Dani!‖ – Digo. ―Sinto muito. Golpear pessoas?‖ ―Não é engraçado!‖ – Digo com os dentes apertados, tentando manter minha voz calma. Dani nos dá um olhar indignado. – ―Por que Margo é a única que consegue livrarse de piadas inapropriadas?‖ Inclino minha cabeça para Margo, cujo lábio inferior está tremendo. Dani põe seus olhos em branco. ―Sinto muito, isso foi muito insensível da minha parte.‖ – Disse de forma casual, impassível. – ―Preciso recordar a vocês com alma que se incomodam com o fato de que nossas mães estão executando um Coven baseado na máfia.‖ ―Dani.‖ – Digo.
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Margo nega com a cabeça. Sua cara está pálida, e posso ver seus olhos movendose através da página enquanto lê o contrato. Estende uma mão e a corre pela assinatura de sua mãe. ―Sinto muito.‖ – Diz Dani. Olha-me e me diz com os lábios. – ―Era apenas uma piada. Vira a página. – ―Esse é o lobo que pegamos... o único que estava naquela bar, o contrato foi firmado por Helena.‖ – Viro outra página. – ―Aqui está o homem que pegamos no estacionamento do centro comercial. O Coven obteve 30.000 dólares por ele,negociado por minha mãe.‖ – Olho para o teto e sacudo minha cabeça. – ―Maldita seja!‖ Viro outra página. – ―Mil por um vampiro.‖ – Viro mais uma página e começo a ler. – ―6.000 dólares por uma Jenna Maloney.‖ – Olho mais embaixo na página. – ―Parece que essa mulher converteu um garoto em lobo, e seus pais estavam dispostos a pagar 15.000 para que alguma de nós disparasse uma bala de prata nela. Suponho que não se deram conta que teríamos feito por muito menos.‖ – Rapidamente viro as páginas e comprovo as assinaturas. – ―Parece que todas nossas mães estão nisso.‖ ―O que vamos fazer?‖ – Pergunta Margo. – ―Não podemos caçar mais... simplesmente não podemos. Mas se não... essa visão.‖ Ponho um braço ao redor dos ombros de Margo. – ―E se chamamos os demônios...? Pode ser que possamos resolver algo.‖ ―Oh Deus.‖ – Disse Zahara. – ―Isso é buscar problemas.‖ ―Mas não entendo. Por que fariam isso?‖ – Pergunta Margo, seu rosto vermelho e manchado com lágrimas. – ―Não precisamos de dinheiro... os fodidos demônios se encarregavam disso!‖ Sascha põe um dedo em seus lábios e respira profundamente. – ―Não precisamos do dinheiro,mas Connor está tentando vender coisas de caças passadas, e está no novo acordo com as esferas de fantasmas.Pergunto-me se é mais cobiça que necessidade. Ou talvez nossas mães, e Connor, queriam sentir-se mais poderosos, fazer algo por elas mesmas que não estivesse ligado a aliança. ―Se alguém estava buscando sentir-se útil.‖ – Digo. – ―Acreditam que poderiam ter achado algo mais convencional, como talvez conseguir um trabalho ajudando idosos, em lugar de converter suas filhas em assassinas de aluguel?‖ Dani levanta sua mão direita. – ―Bom, por mim estou disposta a ser arrastada ao inferno para parar com isso.Sacrificarei o que me resta para romper a aliança e mostrar a nossas mães que somos melhores e mais fortes do que elas são!‖
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―Não sabem quem será levado!‖ – Chia Margo. – ―Elas provavelmente nem sequer te querem desde que tua alma está flutuando por aí!‖ – Seu rosto contraiu-se. ―Tenho medo.Sei que minha mãe fez todas essas coisas horríveis, mas não quero que a levem por isso.‖ Zahara assente. Ninguém diz nada. ―Quem aqui pensa que não é certo trocar sangue de demônio por suas filhas?‖ – Pergunta Dani. – ―Quem pensa que nossas mães tiveram uma oportunidade, e foram mais além do mal de acordar pela alma de suas filhas? E quem diabos pensa que todo este Coven é muito mais fodido que as criaturas que estamos caçando?‖ Margo levantou sua mão. – ―Eu penso.‖ – Disse em voz baixa. O resto de nós levantou a mão. ―E quem disse que alguém tem que ser levado?‖ – Pergunto. – ―Já matamos mais que apenas alguns demônios antes.‖ Dani concorda. – ―Teremos que dizer a esse Coven estúpido que os dias de Trem da Alegria23 já terminaram, paramos com a caça, e se não investirem o dinheiro com prudência, eles podem conseguir um trabalho empacotando compras ou vendendo hambúrgueres. E se um demônio realmente ficar bravo, que pena!‖ ―Estamos falando de todo um reino de demônios!‖ – Margo disse. – ―Mesmo que a gente consiga matar um,quem os impede de enviar mais?‖ ―Nada os impede.‖ – Digo.Meu coração se acelera,perguntando-me se poderemos levar a cabo isto e de algum modo impedir que a visão se realize. – ―Tudo o que podemos fazer é tentar.Vamos passar pela reunião e ver se nossas mães ainda estão ali. Podemos dizer-lhes que acabou, e logo, se alguns demônios aparecerem, não vamos ser tomadas de surpresa.‖ Dou uma olhada em Sascha e espero que ela não pense em seu pai. A porta da rua fecha com um golpe e saltamos. – ―Connor!‖ Sascha fecha o caderno e o empurra para trás.
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―Trem da alegria‖ é uma expressão idiomática que é usada para se referir a qualquer empreendimento lucrativo.
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Os passos soam pela escada. Todas nós nos escondemos atrás de mesas. – ―Ele nos ouvirá se tentarmos nos mover para fora.‖ – Sussurro. ―E o que fazemos?‖ – Dani pergunta. – ―Nós podemos apenas nos mostrar e dizer que sua mãe é uma cachorra, e depois estaremos em nosso caminho.‖ ―Eu não quero falar com ele,ok?‖ – Digo enquanto volta a dor no meu estômago. – ―Realmente não penso em afrontá-lo ainda. – ―Vamos esperar e ver o que faz.Talvez não fique aqui muito tempo.‖ Sascha, Margo e Zahara concordam. ―Como se...‖ – Dani diz. Ouço Connor no corredor e ponho meu dedo nos lábios. – ―Shhh.‖ Quando ele está de pé na porta,olha ao redor do quarto com uma expressão perplexa em seu rosto.Compreendo que o quarto deveria estar disfarçado outra vez. Aperta os lábios e aproxima-se da mesa. Senta-se e faz soar um barulho. O protetor de tela desaparece e clica em um e-mail. – ―Oh meu Deus!‖ – Disse. Pega seu celular e tecla uns botões. Coloca o pé no chão e logo se senta com as costas retas na cadeira. – ―Mamãe! Acabo de atualizar o leilão. Tinha razão, os arremates estão loucos agora.‖ – Assente. – ―Bom, sei que está ocupada, mas pensei que gostaria de saber que as esferas de fantasmas estão em torno das cinco cifras. E, mamãe, escuta isso, a alma de Dani está em cerca de 1 milhão.Com 45 minutos faltando para o final, não me surpreenderia se tivéssemos o dobro. Mamãe, estaremos rolando nele!‖ ―Oh meu Deus!‖ – Ofego. Connor deixa cair o telefone em seu colo, e gira em sua cadeira ao redor da mesa. Seu rosto tão pálido como leite. ―Desligue.‖ – Digo silenciosamente enquanto todas as demais se mostram também. Ele empurra o telefone e o coloca sobre a mesa. – ―Jules, o que está fazendo?‖ – Ele vê Dani e geme. – ―Não!‖ O olho fixamente, com o sangue pulsando em meus ouvidos. Estreito meus olhos e lhe dou um cutucão. O empurro pelo peito, e a cadeira desliza para trás e bate na mesa. – ―Bastardo! Está na outra esfera de fantasma, não é? A alma da Dani está na outra esfera e você a leiloou!‖ Pego a bola na caixa sobre a mesa. Dani chega por ela, e no segundo em que a coloca em sua mão a luz branca se desacelera e concentra-se no centro do vidro entre os dois fios.
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Dani vira para Connor e mostra suas presas. – ―Teu leilão foi oficialmente cancelado, idiota.‖ Connor olha Dani fixamente e sacode sua cabeça. – ―Eu... não posso. As pessoas que o controla...‖ ―Uhh.‖ – Dani disse. – ―Penso que é seguro dizer que nenhuma de nós está nem aí para quem o controla.‖ – Ela enfia a esfera em seu bolso. – ―Isso me pertence.‖ ―E sabe o que?‖ – Pego uma das esferas de fantasma. – ―Eu sempre pensei que capturar fantasmas era uma ideia estúpida, por isso cancelo o leilão desse também.‖ Connor salta, medo em seus olhos. – ―Jules, sinto muito, eu não quero...‖ ―Te atamos a terra!‖ – Margo grita. Ela joga um binder em seus pés e as fibras do carpete e do tapete avançam lentamente para cima de suas pernas o sustentando no lugar. ―Vamos ver, você não queria que eu descobrisse que é uma merda mentirosa? Ou não queria que descobrisse o modo como o anel realmente funciona? Ou não queria que eu descobrisse que está leiloando a alma da minha melhor amiga?‖ Connor gagueja e estica uma mão. – ―O... olha, Jules, apenas utilizei o anel porque havia algumas coisas que não podia dizer-lhe.Eu queria,mas quando minha mãe me falou do pacto com os demônios, fiquei aterrorizado.‖ ―Então porque usar o estúpido anel?‖ ―Porque sabia que havia errado,e não queria te perder.Estava tentando te proteger.‖ Balanço a cabeça. – ―Mesmo se está dizendo a verdade agora... sobre vender a alma de Dani, bom, não há mais nada a dizer, não é?‖ – Balanço a esfera de esfera de fantasma que Sascha quase deixa cair. ―Jules,deixe-me explicar.‖ – Declara Connor, com os olhos brilhantes indo entre a esfera na mão de Sascha e eu. ―Isso deve ser bom.‖ – Dani diz. Sascha ri e lança a esfera a Zahara que a pega facilmente. – ―Sim, apenas tente explicar porque pensava que estava tudo bem leiloar a alma de Dani.‖
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―Ninguém sabia que a alma de Dani ia ser pega.‖ – Disse Connor, olhando cada uma de nós. – ―Foi tudo um acidente, e não é como se pudéssemos colocá-la de volta!‖ ―Você não sabe disso!‖ Z. grita. Connor,com olhos preocupados, segue a esfera quando Z. a joga para Margo. – ―Bem, quebrar a esfera não ajudaria, isso apenas a libertaria porque ela é...‖ ―Uma morta viva.‖ – Disse Dani. – ―E o vampiro que me mudou me contou tudo sobre a idéia de nos assustar com esses vampiros ter sido da sua mãe.‖ ―Poderia haver algum jeito.‖ – Digo. – ―Mas mesmo que não seja possível restaurar sua alma,é desumano que ainda pense em vendê-la!‖ ―Jules, não queria que soubesse.Eu sinto muito.‖ – Disse. – ―Sei que era estúpido, apenas fui levado. Te amo. Estava fazendo isso para poder ser alguma coisa mais para você. Olho-o nos olhos e penso em tudo que aconteceu desde a noite em que pela primeira vez lhe dei um beijo... e agora, quando o olho, tudo o que sinto é um vazio. Balanço a cabeça. – ―Não precisarei mais de você.‖ – Digo em voz baixa. – ―Realmente é o filho da sua mãe.‖ ―Não, Jules, não diga isso.‖ – Diz. – ―Errei, mas não sou como ela!‖ Dou a volta para Margo e aponto para o teto. Ela joga a esfera do fantasma para cima, e quando aproxima-se do teto, levanto minha mão para ela. ―Jules, não faça isso!‖ – Connor grita. ―Abra!‖ – Um pulso branco de energia me abandona e rompe a esfera. O cristal cai sobre Connor enquanto o poltergeist voa em círculos pelo quarto e golpeia coisas para Fora da mesa antes de ir escada abaixo pelo corredor. Ouço portas fechando-se com golpes e um choque barulhento vindo de baixo. – ―Caramba, acho que sua casa está sendo assombrada, Connor.‖ Pego outra esfera de fantasma. – ―Acredito que deveríamos soltar esse no templo de reuniões.‖ – A guardei no bolso da minha capa,e não me importei com as súplicas de Connor para ficar e conversar. – ―Já sabe, provavelmente temos que estar
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preparadas no caso de toparmos com um demônio.‖ – Me aproximo da mesa com as espadas. A do meio treme quando me aproximo. ―Connor, o que acontece com essas espadas?‖ – Pergunto. – ―Alguma delas corta a cabeça da pessoa que a pega ou algo assim?‖ ―Não digo nada até me desatar daqui e estar de acordo em falar comigo!‖ Me dirijo a ele com as mãos na cintura e rolo meus olhos. – ―Oh, meu Deus! Depois da manobra que fez com a alma de Dani, tem sorte de ainda estar respirando. Então a menos que queira que a gente arranque suas bolas com uma pinça, comece a falar!‖ Dani ri. – ―Oh, deixe-me fazer isso!‖ ―Eu te ajudarei.‖ – Acrescenta Sascha. ―Eu também.‖ – Diz Z. ―Ok, ok!‖ – Diz Connor em uma voz aguda antes que Margo possa agir. Ele coloca uma mão entre suas pernas. – ―Só a do meio está encantada... ela funciona sozinha,quem quer que a sustente realmente tem que saber manejar uma espada. Apenas faça o movimento correto. Todas as demais são apenas espadas.‖ ―Eu pegarei essa.‖ – Disse Dani. – ―Pode ser que seja mais forte, mas não sei se ser um vampiro melhorou minha coordenação.‖ Dani pega a espada e aponta em direção a Connor. Ele se sobressalta quando a espada se agita no ar. – ―Você deveria ter medo!‖ – Diz a ele. Pego uma espada com uma lâmina larga. A sustento na luz e examino a borda afiada. ―Ah, eu gosto dessa.‖ – Diz Margo pegando um machado incrustado de jóias. – ―É bonito.‖ ―Sim, é importante ter acessórios bonitos quando luta com um demônio.‖ – Dani sussurra para mim. ―Essa é minha!‖ – Diz Sascha, pegando uma com uma espécie de pêlo preto no ao redor da espada.
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Z. caminha e pega a espada mais perto dela. – ―Vamos fazer isso, e espero que sigamos caminhando pela terra quando tivermos acabado.‖ Suspiro e passo a mão por meus cachos.– ―Estamos prontas,damas?‖ – Pergunto. ―Ei, e quanto a mim? Não vão tirar o Binder pelo menos?‖ – Connor pergunta. Me aproximo dele e olho suas pernas. – ―O engraçado sobre os Binder é que, geralmente, só se desintegram depois de matarmos quem tinha sido pego. Como gostaria de ser livre?‖ Os olhos de Connor se arregalam. Posso ver manchas de suor embaixo de seus braços. – ―Jules!‖ ―Não se preocupe.A menos que esteja em uma situação de vida ou morte, não tenho planos de machucar alguém nunca mais. Ah, claro, em caso de não ter se dado conta, estou terminando com você.‖ Connor suspira. – ―Ok, como quiser! Mas realmente não pensa que eles apenas deitarão e as deixarão ir? E quando minha mãe vir que os leilões foram cancelados vai ficar louca! ―Ele tem razão, os demônios não são a única coisa que temos que nos preocupar.‖ – Disse Zahara. – ―E mesmo que a gente prenda nossas mães, elas poderiam começar a jogar feitiços em nós.‖ O fantasma em meu bolso solta um grande gemido, triste. ―É uma pena que não possamos recolher seus poderes em uma das esferas.‖ – Disse Margo. ―Talvez pudéssemos.‖ – Disse Dani. – ―Nós poderíamos nos concentrar em seus poderes e tentar um feitiço parecido com ‗tirar‘,ou algo assim,e tua mãe tem um montão de esferas em sua loja.‖ Reclamo. – ―Não, já não as tem. As ataquei depois que se foi,e as quebrei. Espera... eu joguei uma na lagoa. Poderíamos recuperá-la.‖ Z. nega com a cabeça. – ―Uma não é suficiente.‖ ―O que acontece se a usamos juntas?‖ – Sascha pergunta. – ―Se todas as tocamos, funcionará melhor.‖
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―Estão loucas?‖ – Connor disse. – ―Não podem roubar os poderes!‖ ―Nos observe!‖ – Digo eu. – ―Na verdade, essa é uma boa ideia, você pode vir e nos ver acabar com aquele Coven.Algo que me prometeu que me ajudaria a fazer, antes de que se convertesse em um estúpido, avarento, cagão!‖ Olhos os fios do Binder que envolvem sua perna. – ―Talvez a gente possa cortálas ou tentar um feitiço de liberação?‖ ―Vou tentar.‖ – Disse Dani, apontando a espada em suas pernas. ―Oh, não!‖ – Connor disse. – ―Eu fico aqui. Boa sorte com sua pequena batalha!‖ ―Cale a boca já!‖ – Te digo, apontando minha mão para sua cabeça enquanto examino suas ataduras. Olho para cima e vejo Connor fechar a boca,e fico feliz que não estava me concentrando o suficiente para fazer com que fechasse a boca permanentemente como com a boca do lobo.Olho para baixo os enlaces. – ―Um feitiço de liberação provavelmente as tirará, não parece?‖ Z. concorda. ―Dani, pode colocar uma compulsão vampírica em Connor antes que tentemos liberá-lo? – Peço. – ―Se funciona, então pode levá-lo contigo para a casa de reuniões.‖ Dani mostra a língua. – ―Só se tiver que fazê-lo!‖ ―Esqueçam!‖ – Protesta Connor, sacudindo a cabeça violentamente. Dani olha Connor de forma sonhadora e passa seus dedos pelo seu braço. – ―Quer dar um passeio comigo, bastardo?‖ O corpo de Connor relaxa visivelmente e seus olhos abrandam. Ele assente com a cabeça. – ―Uhmmm.‖ ―Esse é um poder genial!‖ – Z. disse. Ela aponta sua mão para as pernas de Connor. – ―Libera-te!‖ As ligas escapam de Connor,quem ainda está olhando Dani com um olhar de saudade. ―Ok, vou voltar para minha casa e ver se a esfera ainda está inteira. E as verei na casa de reunião em poucos minutos.‖
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Olho ao meu redor para o rosto de todas e me pergunto se eu pareço tão assustada e preocupada como elas. – ―Podemos fazer isso.‖ – Digo, mas me pergunto se esse momento marca um novo começo ou o final de tudo.
Capítulo 19
Paramos perto de uma janela na casa de reuniões,escutando a discussão lá de dentro. ―Você não parece estar escutando,então te direi outra vez.‖ – Gritou a Sra. Robbins. – ―Não me importa se ela foi convertida,e você sabe perfeitamente bem que ela pode sim voltar para casa.‖ ―Judy.‖ – Helena diz tranquilamente. – ―Sabe perfeitamente bem que eles poderiam ter-lhe dito sobre os contratos.Nós não podemos permitir que nossas meninas saibam disso ainda... é muito cedo.‖ ―Nós não estaríamos tendo essa conversa se não tivesse proposto essa ideia estúpida em primeiro lugar!‖ – A mãe de Dani deixa sair um soluço estrangulado. – ―Enviar vampiros atrás das meninas... não posso acreditar que te deixei me obrigar a aceitar isso.‖ ―Olha.‖ – Mamãe diz. – ―Nós não podemos desfazer o que aconteceu,mas seguramente não devemos deixar que Dani pague o preço por nosso pouco juízo... duas vezes! Se fosse de Connor de quem estivéssemos falando, você teria uma postura diferente dessa, Helena!‖ Olho para Dani, cujos olhos estão abertos com a surpresa.
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―Elas estão brigando por você!‖ – Lhe digo. Ela agita uma mão no ar. – ―Vai mamãe!‖ – Sussurra. Connor se inclina até ela e lhe dá um suspiro de saudade. Dani lhe dá uma cotovelada e lhe mostra a língua. – ―Está com a mão toda suando... e ele está, como, suspirando em mim.‖ ―Tendo em conta que Connor está consciente de nosso trato e não é um risco para a segurança...‖ – Diz Helena. – ―... certamente tomaria uma posição diferente.‖ ―Associar-se com vampiros.‖ – Diz a Sra. Robbins. – ―Utilizar homens lobo para espionar por nós. Qualquer coisa para ganhar dinheiro,e minha Dani paga o preço!‖ ―Ah,todas protestam agora, mas bem que estavam felizes vivendo sua perfeita vida que o dinheiro que aceitamos lhes deu.‖ ―Éramos perfeitamente felizes antes!‖ – A mãe de Zahara diz. – ―Realmente precisávamos comprar toda essa terra e construir uma casa de reuniões?‖ ―Realmente precisávamos carros melhores?‖ – A mãe de Margo diz. ―É suficiente mau que tenhamos que viver sob o maldito contrato.‖ – Diz a mãe de Sascha. – ―E,além disso,você nos manipula e ameaça para que sigamos com teus planos de utilizar as meninas como armas profissionais. Já tivemos o suficiente!‖ ―Eu digo quando é suficiente!‖ – Grita Helena. – ―Os demônios escolheram a mim como líder deste Coven, e como tal tenho a autoridade suprema sobre as atividades que esse Coven aceita.Está preparada para seguir seu marido até o inferno Rebecca? Apenas diga uma palavra e eu convocarei um demônio para você, e Sascha será uma órfã! Ou quem sabe eles levem a ti,Judy? Uma filha morta vale uma eternidade nos intestinos do Inferno? ―Sim!‖ – Grita Sra. Robbins. – ―Sim! Vale! Estou disposta a arriscar tudo para ter Dani de volta.‖ ―Então que assim seja!‖ – Grunhe Helena. ―Uhh, meninas.‖ – Digo. – ―Acho que é a hora de entrarmos ali com uma nova estratégia.‖ – Olho cada uma delas nos olhos e todas concordam. – ―Ok.‖ – Digo. – ―É hora de arrancar os poderes da vadia e arrumar um novo líder para o Coven.‖
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Pego a esfera de fantasma no meu bolso e subimos correndo as escadas. ―Abra!‖ – Gritamos. As portas se abrem e Helena está parada no meio do quarto... seus olhos perdidos em uma pequena luz púrpura,do tamanho de um ovo, pairando diante dela. – ―Te convoco aqui do lugar onde habitas para que venha e canalize minha ira!‖ Enquanto a luz púrpura gira e se expande, um vento pestilento sopra todo o quarto. Isso cheira a enxofre, penso aturdida. ―Olá mamãe.‖ – Connor diz sonhadoramente. – ―Por que abriu um portal?‖ Helena gira sua cabeça em nossa direção. Ela aperta os olhos e nos dá um sorriso de cobra. – ―Que agradável que se unam a nós, meninas. Chegaram justo a tempo de presenciar a primeira mão o que acontece com as bruxas ruins.‖ ―Dani!‖ – A Sra. Robbins grita, correndo até ela. ―Só um segundo, mamãe.‖ – Dani diz estendendo sua mão como um policial. – ―Temos um traseiro ossudo para chutar!‖ Seguro a esfera de fantasma apontada para Helena.Margo, Sascha, Zahara e Dani colocam a ponta de seus dedos nela, e mantemos nossas mãos livres apontadas para ela. ―Tira!‖ – Gritamos juntas,esperando haver escolhido a palavra correta... esperando que realmente possamos roubar os poderes de alguém. Uma nova explosão de luz branca sai de nossas mãos como um raio através do quarto, golpeando Helena e a tirando do chão. ―Não!‖ – Grita. Helena se recupera,com os olhos arregalados,porém sem poder, e coloca a mão no peito a medida que uma névoa negra começa a subir ao redor dela. – ―O que? O que fizeram? Connor as detenha!‖ Oh merda! Olho ao redor e me dou conta que Dani já não está tocando Connor, e ele se dirige até mim com a mão esticada e os olhos na esfera de vidro. ―Jules,não tem que fazer isso.Apenas me dê a esfera.Tem que haver outra maneira.‖ Diz. – ―Podemos falar com a minha mãe... podemos solucionar isso!‖ ―Apenas pegue a maldita esfera, Connor!‖ – Chia Helena.
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―Acredito que não!‖ – Diz minha mãe tirando jogando um binder nele. – ―Eu te prendo a terra!‖ Enquanto o binder se enrola nas pernas de Connor, mamãe balança a cabeça. – ―Você nunca foi bom o suficiente para minha filha.‖ ―Volte!‖ – Helena ordena, balançando a mão freneticamente pelo vapor negro que se acumula em cima dela,tentando recuperar seus poderes. ―Não funciona!‖ – Sascha grita. – ―Não chega até a esfera.‖ ―Rouba!‖ – Diz a mãe de Margo, correndo até nós.Ela põe sua mão sobre a de Margo. – ―Tente roubar!‖ Minha mãe, a Sra. Robbins e a Sra. Ramírez param a nosso redor, e colocam suas mãos na pilha. ―Rouba!‖ – Gritamos juntas. No momento que a palavra deixa nossos lábios, as espirais negras de névoa giram como um tornado louco até a esfera, e o portal se desfaz por si mesmo. Helena se recupera lentamente. Ela fica de pé, arquejando, com as mãos apertadas em pequenos punhos. O ódio intenso em seus olhos me diz que estaríamos todas mortas se o feitiço não tivesse funcionado. – ―O que fizeram comigo?‖ – Seus olhos param na esfera que seguro e grita. – ―Recupera!‖ Eu aperto minha mão ao redor da esfera, e então exalo de alívio quando ela fica na minha mão. Bato com um dedo nela suavemente enquanto um sorriso satisfeito aparece no meu rosto. – ―Já não pode nos machucar. Não pode machucar ninguém.‖ O rosto de Helena se retorce com a raiva. – ―Recupera!‖ – Grita outra vez. Quando nada acontece ela corre até mim. – ―Me dê essa esfera!‖ A Sra. Robbins bloqueia seu caminho. – ―Dê outro passo e eu chamarei um dos nossos amigos vampiros para que acabe contigo. Apostaria que eles fariam de graça.‖ A boca de Helena abre de surpresa. ―Olá!‖ – Connor grita. – ―Todos, apenas fiquemos calmos.‖ – Ele tenta andar até a Sra. Robbins, mas o binder o mantém em seu lugar.
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A Sra. Robbins se vira para Dani e abre seus braços para ela. Dani vai correndo e a abraça. – ―Algum dia poderá me perdoar?‖ ―Ah merda! Ah merda!‖ – Diz Zahara. – ―Outro portal!‖ No meio do quarto, uma pequena luz púrpura flutua no ar, crescendo lentamente. ―Há!‖ – Helena grita. – ―Há! Eles vieram! Acreditaram que podiam fazer isso comigo e não pagar?‖ Todas nós nos afastamos enquanto ela avançava furiosamente até o portal crescendo, com seu rosto brilhando de alegria. Coloco a esfera no bolso e pego minha espada. – ―Vamos precisar trabalhar todas juntas!‖ – Grito. – ―Temos que derrotar essa coisa antes que possa levar qualquer uma de nós.‖ – Meus olhos se encontram com os da minha mãe através do quarto. – ―E espero que todas as mães lembrem como se faz!‖ Minha mãe sorri e assente, mas vejo lágrimas em seus olhos. Formamos um círculo ao redor do portal com nossas mães. A bílis começa a subir através da minha garganta a medida que o asqueroso cheiro de enxofre queima meu nariz. O quarto esquenta enquanto uma forma grande começa a solidificar-se no centro dele, e eu levanto minha espada. Margo deixa sair um gemido quando uma cabeça larga com chifres vermelhos e arredondados fica a vista. Meus olhos quase saem de mim quando um muito grande e muito nu, demônio roxo põe o pé no templo... as pontas de seus chifres rasgando o teto.O asfixiante cheiro envolve o quarto, e eu agarro minha espada fortemente para que minha mãos suando não a deixe cair. ―Ele está sem calça.‖ – Dani ri. – ―Uau!‖ ―Dani!‖ – Sibilo. O demônio olha o quarto e ruge, soltando fogo pela boca. ―Vamos!‖ – Margo grita e se corre até ele segurando seu machado.
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Levanto minha espada, mas antes de poder atacar, o demônio gira para olhar Margo e ela cai no chão, seu machado voando para longe de suas mãos. A mãe de Margo corre até ela enquanto Helena ri. – ―Isso não é nenhum demônio menor que vaga pela terra. Não há nenhuma arma que possam utilizar!‖ – Helena olha fixamente para cima para o grande rosto do demônio, com as mãos apertadas fortemente juntas no peito. – ―Antes que as castigue.‖ – Diz. – ―Preciso de um objeto que está com essa menina.‖ – Ela aponta para mim e eu arquejo. – ―Tem uma esfera de vidro com meus poderes. Ela roubou meus poderes!‖ O demônio ignora Helena e crava seu olhar negro e sem pupilas nos meus olhos. ―Saudação, caçadoras!‖ – Sua voz forte faz vibrar as janelas. – ―Temos estado mais que agradecidos com seu trabalho.‖ – Ele dá uma olhada ao redor para todas nós e sorri, revelando fileiras de dentes como de um tubarão. Nós trocamos olhares perplexos, e eu vejo Sascha baixar sua espada um pouco. ―Infelizmente...‖ – Diz. ―Lá vem.‖ – Sussurra Dani. Eu fico tensa, preparando-me para um combate. ―O contrato foi quebrado irrevogavelmente, e escolhemos negociar um novo.‖ ―Quebrado?‖ – Pergunto com a voz débil. O demônio olha para mim outra vez,e estremeço. – ―Há seis segundos, um leilão pela alma de um vampiro foi concluído,e o dinheiro depositado na conta do Coven.Como está indicado no contrato,todas as almas reunidas por vocês são propriedade do reino de Revealer.‖ – O demônio continua. – ―Como tal,essa clara violação do contrato terminou com nosso acordo.Todos os artigos que vocês pegaram para nós serão tomados imediatamente.‖ ―Não!‖ – Connor diz. – ―Quero dizer,o leilão terminou,mas...‖ – Traga saliva nervosamente. – ―Mas elas não mataram o vampiro,então a alma não seria enviada para o seu reino, de qualquer forma, não pensei que contaria.‖ O demônio aperta os olhos. – ―O Coven aceitou dinheiro por uma alma. Isso conta.‖ Connor olha para Dani, e eu em silêncio lhe rogo para que deixe de falar para que ela possa conservar sua alma... mesmo que ainda esteja presa em uma esfera. – ―Eu já não a tenho... ela...‖ – Os olhos de Connor chegam aos meus e eu sacudo minha
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cabeça. Por favor... lhe digo em silenciosamente.Ele respira fundo e vira novamente para o demônio. – ―A perdi.‖ Dani coloca sua mão de forma protetora no bolso e morde o lábio. O demônio balança a cabeça. – ―Tendo perdido a alma ou não, esse Coven fez um trato por ela!‖ – Ruge. Connor estremece, e então o demônio inclina sua cabeça para o resto e nós e dá outro sorriso de tubarão. – ―Desfrutem o resto de sua tarde.‖ ―Espera!‖ – Dani grita. – ―Isso significa que podemos conservar nossas almas?‖ O demônio suspira. Fumaça quente sai de sua boca e nariz, e eu contenho a respiração enquanto espero sua resposta. ―Parece que você já perdeu a sua, mas quanto ao resto de vocês... não.‖ ―O que acontece se não as entregarmos?‖ – Digo,esperando que não me destrua em um segundo. ―Quando vocês morrerem, seja hoje ou dentro de cem anos, suas almas serão enviadas ao reino de Revealer. Não há nada que possam fazer.‖ – Ele responde calmamente. Pego as esferas que contêm os poderes de Helena o último fantasma. – ―Que tal se nós lhe dermos algo em troca de nossas almas?‖- Eu as seguro para cima para que ele possa vê-las. – ―Temos um fantasma e os poderes de uma bruxa,seguramente deve valer algo.‖ ―O que? Não!‖ – Helena diz. – ―Não as escute...‖ O demônio vira para Helena e ela se encolhe quando chamas vermelhas saem com força de sua boca e nariz até ela. – ―Silêncio!‖ Helena cai de joelhos gemendo e cobrindo a cabeça com os braços.O cheiro de cabelo queimado mescla-se com o cheiro do enxofre. Ele me olha outra vez com seus negros e ardentes olhos. – ―Suas almas são muito mais valiosas que os poderes de uma bruxa,e um fantasma não seria nada, mas...‖ – O fantasma chia nesse momento e arrasta seu rosto carbonizado pelo vidro. O demônio inclina sua cabeça e olha as esferas. Ele estica uma mão tão grande como minha cabeça. – ―Posso vê-las?‖ Helena geme e me olha com olhos suplicantes. – ―Não.‖
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Seu cabelo está queimado de um lado, e tenho um estremecimento quando vejo seu couro cabeludo queimado.Respiro fundo e lembro a mim mesma que o demônio poderia lançar chamas em mim a qualquer segundo. ―Mamãe.‖ – Connor sussurra. Olho para Dani e ela assente.Caminho até o demônio com pernas bambas, tentando não engasgar com o cheiro que está ao redor dele. Coloco as esferas em uma de suas enormes mãos, e as pontas dos meus dedos queimam quando roçam sua pele. Ele põe uma esfera perto da luz e olha os poderes de Helena, ainda em forma de tornado, girando dentro. Logo pega a esfera de fantasma na outra mão para examinála.O espectro grita e golpeia seus punhos vermelhos queimados no vidro, e o demônio sorri. ―De vez em quando.‖ – Diz. – ―Temos assuntos a tratar no reino da Terra, e vocês poderiam nos ajudar com eles. Se vocês estiverem disponíveis para nós em uma relação contratual, eu lhes oferecerei a oportunidade de recuperar suas almas. Se aceitam, conservarei isso...‖ – Diz enquanto gira as esferas entre seus dedos como se fosse um truque de magia. – ―Como uma amostra de boa fé entre nosso reino e seu Coven.‖ Olho para as outras meninas. Dani encolhe os ombros. – ―Farei qualquer coisa que você queira, Jules.‖ ―Eu não sei.‖ – Zahara diz. ―Eu tampouco.‖ – Sascha acrescenta. Margo ainda nos braços de sua mãe no chão,sacode a cabeça. – ―Nós não podemos fazer outra vez.‖ ―Uhh.‖ – Começo nervosamente. – ―Acredito que posso falar por todas vocês e dizer que, se esses ‗assuntos‘ implicam em pegar almas, vamos ter que recusar.‖ O demônio olha a todas. – ―Trata-se de reunir artefatos... algo que vocês fizeram para nós no passado. Os demônios menores roubam com freqüência artigos do nosso reino para negociar com os humanos e outras criaturas,e nós queremos recuperá-los.‖ ―Poderíamos fazer isso.‖ – Sascha diz.
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―Não podem estar seriamente considerando isso.‖ – Diz Helena. - ―Depois de todo seu sermão moral, vocês vão trabalhar de boa vontade para eles?‖ ―Para recuperar nossas almas? Sim, nós trabalharemos. Mas nós não firmaremos nada.‖ – Digo ao demônio. ―Feito então!‖ – O demônio atira as esferas pelo portal e nos dá uma inclinação de cabeça. ―Não!‖ – Helena geme. Ela se atira nos pés do demônio. Fui eu quem te serviu fielmente todos esses anos.Essas meninas não tiveram interesse em satisfazer suas vontades. Eu fiz tudo. Tem que restaurar meus poderes!‖ Ele suspira,e não posso tirar meus olhos dos rastros de fumaça que saem de suas fossas nasais. – ―Havia feito um acordo com você de forma mais particular. Mas como insiste em me atormentar com sua persistência de inseto, revelarei seu castigo agora.‖ – Ele olha para Helena e ela se dobra, gritando. ―Jules, alguém... ajudem-na!‖ – Connor implora. Parte de mim quer fazer algo, mas o medo de que o demônio dirija sua ira para mim, me mantêm congelada no lugar. Helena olha para cima para o demônio. – ―Eu lhe servi melhor que todos.‖ – Ela soluça. – ―Eu não mereço isso.‖ ―Como líder do Coven,sua responsabilidade era assegurar a entrega de todas as almas ao nosso reino.‖- Ele sustenta uma mão no ar,e um pedaço de pergaminho aparece. Ele aponta um parágrafo no final da página com letras largas. – ―A violação do contrato requer um pagamento.‖ – Ele olha Helena nos olhos e duas pequenas chamas saem de seu nariz. – ―Você.‖ ―Mas foi ideia do Connor!‖ – Ela grita. Viro rapidamente minha cabeça para Connor e vejo como sua boca abre de surpresa. ―Mamãe! O que está fazendo?‖ – Implora. Olha o demônio com olhos aterrorizados. – ―Eu não sabia que isso aconteceria!‖ – Diz. Aponto para as ataduras em suas pernas. – ―Libera-te!‖ – As ataduras caem e eu paro em frente a ele com minha espada levantada, protegendo-o do demônio. – ―Ele
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não é como ela. Muito no fundo, sei que não é. Por favor, nós trabalharemos extra para você, mas não o leve!‖ ―Se ela diz que o garoto é responsável,ele deve pagar também.‖ – Explode o demônio. – ―E se você nega-se a mover-se,eu simplesmente passarei através de ti para pegá-lo.‖ ―Jules, eu te amei de verdade.‖ – Sussurra Connor para mim antes de beijar minha bochecha. – ―Eu gostaria que pudéssemos começar de novo.‖ Ele dá um passo de trás de mim e se aproxima do demônio. ―Pare!‖ – Choro, mas em um instante de luz púrpura e fumaça, o demônio, Helena e Connor desaparecem. Os gritos de Helena ressoam pelo quarto enquanto nós ficamos paradas ali, mães e filhas, com uma combinação de choque e horror em nossos rostos. Lembro o que Sascha disse sobre sua visão,e sinto o profundo vazio que ela descreveu. ―Bem, diria que qualquer probabilidade de uma reconciliação é realmente nula agora, mas isso provavelmente estaria fora de lugar.‖ – Dani diz. Sascha a golpeia com uma cotovelada. – ―Cala a boca!‖ Deixo cair minha cabeça,e minha mãe me pega em seus braços. Inclino-me nela, cheiro seu perfume, e soluço a medida que um novo sentimento passa através de mim, culpa. Porque não posso evitar me perguntar se Connor ainda estaria aqui se eu não houvesse negociado por minha alma.
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Epílogo
Passo minha mão pelo cordão de formatura pendurado no espelho retrovisor. – ―Quantas horas acredita que demorará?‖ – Pergunto a Michael. ―Contando todas as paradas para ir ao banheiro que tivemos que fazer para localizar essas coisas dos demônios.‖ – Inclinou sua cabeça ligeiramente para Sascha. – ―Estou pensando em umas 10 horas para chegar ao Bar Harbor.‖ Sascha inclina-se até seu ouvido e toma um grande gole de sua garrafa de água. Ela a move dentro de sua boca ruidosamente,e Michael balança uma mão eu sua direção. – ―Ei, estou dirigindo!‖ – Diz. Sascha ri enquanto se acomoda em seu assento. Michael se estica e segura minha mão. Seu toque envia calafrios pela minha coluna. Sorrio, pensando que celebraremos nosso aniversário de um mês durante essa
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viagem.Gostaria que Margo e Z. tivessem vindo, mas estou feliz que estejam emocionadas por começar a faculdade antes. ―Olhe a lua.‖ – Digo enquanto viramos em uma rua. – ―Sabia que está quase cheia?‖ – Digo brincando para Finn. ―Todos os homens lobo monitoram a lua para não serem pegos de surpresa.‖ – Diz Dani. ―Já sabemos.‖ – Michael, Sascha e eu dizemos ao mesmo tempo. ―Ei, deixem de se meter com minha garota, ela não pode evitar ser a mestre do óbvio.‖ – Diz Finn. ―Ei!‖ – Dani diz. ―Auuu.‖- Grita Finn. Olho pelo espelho retrovisor e penso sobre quão irreal é ver Finn na terceira fila de assentos, incluindo Dani que também está ali.Claro que ela ainda não está acostumada a não ter reflexo,porque sempre nos está perguntando se seu cabelo está bom. Michael toma um gole de seu café, e eu penso que temos que fazer algo com a van para que o sol não possa alcançar a parte de trás e possamos continuar a viagem durante o dia. ―Que tal se apenas deixarmos de nos preocupar com a lua?‖ – Dani diz. – ―Eu lhes disse que há um quarto seguro na casa da praia de sua avó,mas ele fede e não vou poder ver meu bebê por uma noite nas férias.‖ ―É apenas uma noite.‖ – Digo. ―Bom,lembrando que só posso vê-lo de noite, fede!‖ Estou pensando que uma noite sem seus constantes amassos seria agradável. Fortes sons de beijos molhados vêm do assento traseiro,e eu estremeço.Eu havia notado uma ferida bastante fresca no pescoço de Finn antes que saíssemos. ―Por favor,diga-me que não está lanchando no carro, Dani.‖ – Lhe digo com irritação. ―Não, não estou!‖ – Diz. ―Nada de chupar a cara um do outro também!‖
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―Sim, consigam um quarto!‖ – Sascha grita. ―Vocês apenas estão com ciúmes.‖ – Dani diz. ―Claro que não.‖ – Sascha toma outro gole de sua garrafa de água. – ―Ei, escutaram que a mãe de Margo obteve sua licença de bens imobiliários? Vai ser surreal ver seu rosto nos anúncios de venda pela cidade.‖ Assenti. – ―Minha mãe me disse.‖ ―Ei, finalmente chequei a loja virtual de sua mãe.‖ – Diz Sascha. – ―Me apaixonei com a descrição das esferas de bruxas! Algo sobre como se remetem aos dias quando se acreditava que as bruxas e os maus espíritos vagavam.‖ ―Sim, tenho que protestar sobre isso,também.‖ – Digo. – ―Eles realmente estão vendendo muito bem,e ela lança um feitiço em cada um, então se há um mau espírito na casa de alguém, ficará preso na bola.‖ ―Falando nisso, já colocou sua esfera em uma caixa segura, Dani?‖ ―Me mãe o fez,ainda assim,não vejo qual era o problema de guardá-la na minha gaveta de calcinhas.‖ ―Talvez quando voltarmos para casa alguém possa ter encontrado um feitiço para restaurar sua alma.‖ – Digo. Dani ri. – ―Continuo dizendo que estou bem com as coisas do jeito que estão, e não quero que outros vampiros riam de mim. Além do mais, eu sou muito mais divertida agora, não é cachorrinho?‖ ―Você era divertida antes também.‖ Eles riem, e eu sacudo minha cabeça.Seria genial ter sua alma de volta no lugar, ainda que fosse só para devolver-lhe sua censura interior. ―Bom, espero que possamos localizar rapidamente o colar e levá-lo ao grande senhor vermelho e pelado, e depois começar algumas festas.‖ – Diz Sascha. ―Sim, estou de acordo. Todavia ainda estou ferrada nas provas finais.‖ ―Ao menos você pode fazê-las.‖ – Dani diz.
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Eu me viro e olho de volta para Dani. – ―Sério? Você sempre estava estressada e queixando-se por causa dos exames.‖ ―Mas eu gosto das notas depois.E obter um certificado pelo correio não é a mesma coisa que estar em um salão recebendo um diploma.‖ ―Confia em mim,não está perdendo nada.‖ – Michael disse. – ―Estávamos como em noventa graus no ginásio,e o discurso de Evan sobre barcos estava cheio de clichês.Eu estava esperando que alguma de vocês lhe lançasse um feitiço e acabasse com nosso martírio!‖ Finn ri. – ―Eu queria dizer-lhe que encurtasse, mas depois que lhe disse que Dani e eu estávamos juntos... não sou exatamente sua pessoa favorita.‖ ―Ele está sendo tão criança sobre isso.‖ – Dani diz. – ―Ele é que me largou... nem sequer deu a minha nova eu uma oportunidade.‖ Olho pela janela e me pergunto pela enésima vez sobre Connor. Eu haveria lhe dado uma segunda oportunidade? Balanço minha cabeça. Provavelmente não. Muitas coisas haviam passado, e ser capaz de confiar em alguém tão incondicionalmente como confio em Michael, me mostra o que eu perdi. Observo a lua passar sobre as árvores de um lado da rua. Passaram-se sete meses desde que Connor foi levado, e eu ainda tenho pesadelos todas as noites sobre o que deve estar acontecendo com ele. Não posso evitar de me sentir culpada, como se devesse haver feito mais para detê-lo. Especialmente já que foi o erro de Connor que libertou o resto de nós. Mais ou menos. Olho o pergaminho enrolado que o demônio, de tonalidade avermelhada, nos deu. O colar está com um humano, o que significa invadir uma casa. E com a habilidade de hipnose de Dani, deveria ser uma tarefa bastante fácil. Quem sabe quanto tempo estaremos trabalhando para o demônio, mas pelo menos há esperança de uma morte com alma, e isso é algo pelo que vale a pena viver.
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FIM
Créditos Tradução
Hay Nichole http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=4163518357463385049
Anna Martins http://www.orkut.com.br/Main#Profile?rl=tr&uid=16730659873480033585
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Josanias http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=14660443693311520301
Sacha http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=1511098396305604038
Thábata Papini http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=1224165313819057875
Revisão
Sacha http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=1511098396305604038
Tami S. http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=15014949637457093814
Rafa http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=2821954478852063405
A comunidade Traduções After Dark tem por objetivo a tradução de livros ainda não lançados no Brasil. Sem fins lucrativos é feita de fãs para fãs !!! A distribuição desse livro é permitida somente com os devidos créditos!!! http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=100455503
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Skoob http://www.skoob.com.br/usuario/mostrar/155912
Blog http://traducoesafterdark.blogspot.com/
U All Creatures of the night get together After dark V