Prefeitura Municipal de Poços de Caldas DIVISÃO DE PATRIMÔNIO CONSTRUÍDO E TOMBAMENTO
FICHA DE INVENTÁRIO (conforme modelo IEPHA)
ESTRUTURAS ARQUITETÔNICAS E URBANÍSTICAS – CONJUNTO PAISAGÍSTICO, TURÍSTICO E BALNEÁRIOS TERMAIS
Análise Entorno situação e ambiência:
Contextualização:
Designação: Edifício Seregy IPAC Nº 112 Rua Assis Figueiredo, 1162 lojas 01 e 02 / 1162 lojas 09 e 10 / 1186 terreo / 1174 sala 11 / 1174 sala 18 / 1174 sala 13 / 1174 sala 14 / 1174 sala 15 / 1174 sala 16 / 1174 sala 17 / 1174 sala 12 / 1174 sala 21 / 1174 sala 22 / 1174 sala 23 / 1174 sala 24 / 1174 sala 25 / 1174 sala 26 / 1174 sala 28 / 1174 sala 29 / 1174 sala 31 / 1174 sala 32 / Endereço: 1174 sala 33 / 1174 sala 33 / 1174 sala 34 / 1174 sala 35 / 1174 sala 36 / 1174 sala 37 / 1174 sala 38 / 1174 sala 39 / 1174 sala 27 / 1162 loja 03 / 1162 loja 04 / 1162 loja 05 / 1162 lojas 06 e 07 / 1162 loja 08 / 1162 loja 11 / 1162 loja 12 / 1162 loja 13 / 1162 loja 14 / 1162 loja 15 Coordenadas: Latitude -21.788710, Longitude -46.566503 Propriedade: Fátima Proença Nogueira da Silva Responsável: Fátima Proença Nogueira da Silva Situação de Ocupação: Alugado Uso antigo: Residencial e comercial Uso atual: Comercial ( )Registro de Bem Imaterial ( )Tombamento ( )Entorno de Bem Tombado Proteção Legal: ( )Regulação Urbana Outro: Inventário Instância: ( )Federal ( ) Estadual (X ) Municipal Tipo de Proteção: ( )Isolado ( )Conjunto ( ) Nenhum Decreto/homologação: Inscrição Livro de Tombo: Cadastro imobiliário 00.01.013.0003.0001 a 00.01.013.0003.0039 Nos anos 40, Poços de Caldas estava em seu auge, devido à era dos cassinos. Neste período, recebia a visita da aristocracia brasileira, que frequentava os salões do Palace Cassino e do Palace Hotel. Além disso, o presidente Getúlio Vargas tinha uma suíte especial no hotel, com a mesma decoração da que ele usava no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, então capital do país. Entre os artistas que passaram pelo Palace Casino naquela época grandiosa estiveram Silvio Caldas, Carmem Miranda, Orlando Silva e Carlos Galhardo. Entre os políticos, o interventor de Minas Gerais durante o Estado Novo, Benedito Valadares. No mesmo período foram construídos vários imóveis no município, em especial o Edifício Seregy (o imóvel em questão). O imóvel está inserido na Rua Assis Figueiredo, principal rua comercial da cidade, com intenso fluxo de veículos e pedestres. Os passeios são largos e não arborizados e a fiação elétrica nessa área da cidade é subterrânea, favorecendo a visibilidade da fachada. Próximo ao local no qual está inserido o imóvel, existem vários prédios residenciais e comerciais, com gabaritos entre três e quinze pavimentos. O Edifício Seregy está próximo a outros imóveis inventariados, como o Edifício Esther, o antigo Restaurante Fenícia, além do antigo Banco do Comércio e Indústria e do antigo Unibanco.
Histórico: Descrição: Fatores de Degradação Elementos para Preservação Medidas de Conservação Estado de Conservação: Análise do Estado de Conservação: Intervenções:
Construído por Camerino Togo Nogueira da Silva, por volta da década de 40, para fins residenciais, o edifício possui 4 pavimentos, sendo 2 apartamentos por andar. O andar térreo sempre foi destinado a fins comerciais. Por coincidência, todas as filhas de Camerino quando se casaram, moraram por um tempo no Edifício Seregy, até mudarem para outros imóveis. Camerino era proprietário de uma mercearia localizada dois imóveis ao lado do Edifício Seregy, chamada Casa Minerva. Para sair do aluguel, Camerino construiu o prédio Nogueira da Silva em 1954, conjugado ao Edifício Seregy, para que ambos tivessem a mesma forma de acesso, que é mantido até os dias de hoje. Por volta de 1998, o andar térreo foi transformado em Galeria Seregy. O imóvel foi construído inspirado no estilo art déco, possui 4 pavimentos, inicialmente sendo o térreo comercial e os superiores residencial, atualmente o edifício é de uso inteiramente comercial, no entanto, apesar da alteração do uso dos pavimentos superiores, os apartamentos ainda possuem o programa original. São 2 apartamentos por andar, 6 no total, além das lojas na galeria no térreo. Possui uma platibanda detalhada em massa e varandas que compõem a fachada, com portas de ferro e vitral coloridos de verde e amarelo. O fato do imóvel estar localizado no alinhamento predial de uma das ruas de maior fluxo da cidade, favorece sua degradação, sendo que o fluxo de automóveis prejudica o imóvel pela poluição de trepidação causada. Outro fator de degradação do imóvel é seu uso comercial, devido o fluxo intenso de pessoas ao longo do dia. O imóvel sofre ainda degradação pelo tempo e exposição às intempéries. → Volumetria geral da fachada; → Ritmo e dimensão das aberturas; → Platibanda e detalhes em massa; → Varandas e detalhes em massa.
→ →
Pintura e manutenção da fachada e de seus elementos de ornamentação; Manutenção periódica dos madeiramentos do telhado;
( )Excelente
(X )Bom
( )Regular
( )Ruim
( )Péssimo
( )Demolido
Suas características principais se mostram preservadas, como a platibanda, as varandas, os vitrais originais das janelas, o ritmo e dimensão das aberturas. O imóvel teve o andar térreo descaracterizado internamente devido à intervenção para se tornar uma galeria, no entanto, no geral o imóvel se mostra preservado.
Em 1954, foi construído o Edifício Nogueira da Silva, conjugado ao Edifício Seregy, para que ambos tivessem a mesma forma de acesso aos andares superiores, que é mantido até hoje. Por volta de 1998, o andar térreo foi transformado em Galeria Seregy.
Referências Bibliográficas:
Entrevista em 26/06/2018 com os proprietários Marco Antonio Sollia e Mariângela Nogueira da Silva Reis Acervo Divisão de Patrimônio Construído e Tombamento Acervo Museu Histórico e Geográfico Site Resgatando Cidades. Disponível em: < http://resgatandocidades.com/pocosdecaldas/comparacoes/variadas/risola-marcassa-e-cia-e-casa-tupy> Acesso em 23/07/2018
Ficha Técnica:
Elaboração da ficha em 2018: __________________________________________________ Arq. Letícia Siqueira Loiola Coord. da Divisão de Patrimônio Construído e Tombamento __________________________________________________ Arq. Lícia Perote de Almeida Divisão de Patrimônio Construído e Tombamento __________________________________________________ Bianca Gonzaga Rodrigues Estagiária de Arquitetura e Urbanismo Documentação Fotográfica:
Figura 1: Edificio Seregy década de 50. Foto: Site Resgatando Cidades
Figura 2: Vista aérea parcial de Poços de Caldas, 1950. Foto: Acervo Museu Histórico e Geográfico
Figura 3: Vista da Rua Assis Figueiredo durante a década de 50. Foto: Acervo Museu Histórico e Geográfico.
Figura 4: Vista parcial de Poços de Caldas no final da década de 70, com o Edifício Nogueira da Silva construído junto ao Edifício Seregy. Foto: Acervo do Museu Histórico e Geográfico de Poços de Caldas
Figura 5: Rua Assis Figueiredo durante um desfile marcial na década de 90. Foto: Acervo do Museu Histórico e Geográfico de Poços de Caldas.
Figura 6: Fachada do Edifício Seregy, Julho de 2013. Foto: Acervo da Divisão de Patrimônio Construído e Tombamento.
Figura 6: Fachada do Edifício Seregy. Foto: Letícia Siqueira Loiola 26/06/2018
Figura 7: Fachada do Edificio Seregy e Edificio Nogueira da Silva. Foto: Letícia Siqueira Loiola 26/06/2018
Figura 8: Vista superior do Edificio Seregy e Edificio Nogueira da Silva. Foto: Letícia Siqueira Loiola 28/06/2018
Figura 9: Vista inferior das varandas na fachada do Edifício Seregy. Foto: Lícia Perote de Almeida 09/07/2018.
Figura 10: Letreiro Galeria Seregy e detalhe do vitral colorido. Foto: Letícia Siqueira Loiola 26/06/2018
Figura 11: Vista interior da Galeria Seregy, sem data. Foto: Acervo da Divisão de Patrimônio Construído e Tombamento.
Figura 12: Edifício Seregy e Edifício Nogueira da Silva, Julho de 2013. Foto: Acervo da Divisão de Patrimônio Construído e Tombamento.
Figura 13: Fachada do Edifício Seregy, Setembro de 2018. Foto cedida pelo proprietário Marco Antonio Sollia
Figura 14: Fachada do Edifício Seregy, Setembro de 2018. Foto cedida pelo proprietário Marco Antonio Sollia