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Capa
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Tecnologia
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Emprego
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Ciência Ci ncia
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Viagem
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O que significa ser humano
Smart Fones
O primeiro curr’culo
A ci ncia contra a fome
Volta ao mundo de carona
Saúde Saœde
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Brasileiros na muscula ‹o
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Smart Fones Fones de ouvido espertos, que medem os seus batimentos cardíacos e calorias queimadas durante o dia, isolam os ruídos do ambiente, funcionam como viva-voz para o celular - e até dispensam tocador de MP3 na hora de fazer exercício Como funcionam Dentro dos fones há duas microlâmpadas, que emitem luz infravermelha de baixa intensidade nas células capilares do ouvido. Essa luz é refletida e analisada pelos fones - que, a partir disso, conseguem medir vários sinais vitais da pessoa, 50 vezes por segundo. O que fazem Os fones registram a temperatura corporal, os batimentos
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cardíacos, o nível de oxigênio no sangue, calorias queimadas e informações como distância percorrida, velocidade e quantidade de passos dados. As estatísticas ficam disponíveis num aplicativo (para iPhone). Perfeito para quem faz exercícios. Como tocam Eles são Bluetooth (sem fio) e têm ponteiras de silicone, que se ajustam perfeitamente a qualquer ouvido e bloqueiam praticamente todos os ruídos do ambiente. Quando você precisar ouvir o que está se passando (na hora de atravessar a rua, por exemplo), basta apertar um botão - e os fones deixam passar o som externo. Dash Smart, Headphones, Nos EUA: R$ 470
Outros recursos Os fones também têm 4 GB de memória própria, na qual cabem mil músicas. Ou seja: dá para sair para correr ou ir à academia sem precisar levar o celular. Para controlar a reprodução (ajustar o volume, pular músicas, etc), basta tocar nas laterais dos fones.
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Não tem experiência profissional?
Saiba o que colocar no currículo
O que um candidato sem experiência deve colocar no currículo? É preciso “enchê-lo” com as suas habilidades e dizer o que quer aprender? Essas são algumas das dúvidas de quem está em busca da primeira oportunidade no mercado de trabalho.
“Quando o recrutador vê a idade no currículo já imagina que o candidato não tem experiência, e isso não é visto como um problema. Ele deve sempre colocar em destaque o que tem de melhor: a formação escolar, um idioma, voluntariado e até uma experiência profissional fora do mercado formal”, orienta Flávia Mentone, gerente de diversidade e gestão de pessoas da Secretaria Municipal do Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo de São Paulo. Veja aqui um modelo de currículo para o primeiro emprego. Conhecimentos em idiomas, informática e cursos extracurriculares ou profissionalizantes ajudam a compor a lista de habilidades que podem ser apresentadas. De acordo com Dorileia Almeida, gerente da filial de Recife da Gi Group Brasil, empresa internacional de recursos humanos, o candidato pode destacar alguma característica que tenha relação com a vaga. “É interessante indicar se ele possui algum conhecimento específico do cargo para qual está concorrendo, assim como sinalizar se possui vivência em alguma atividade específica”, diz. ‘Bico’ é válido Flávia diz que os recrutadores valorizam os “bicos” já feitos por quem está começando. Vale citar no currículo trabalhos em uma empresa familiar, em organização de pequenos eventos e até um trabalho temporário.
Segundo as especialistas, candidatos que fizeram voluntariado e intercâmbio devem informar as experiências. Elas contam muitos pontos, porque mostram que o futuro funcionário gosta de aprender e de participar de diferentes projetos. Projeto de iniciação científica, trabalhos de conclusão de curso (TCC) e atuação em empresa júnior da faculdade também podem ser mencionados.
“Ele deve sempre colocar em destaque o que tem de melhor: a formação escolar, um idioma, voluntariado e até uma experiência profissional fora do mercado formal” Nota não precisa Por outro lado, notas obtidas na escola ou na faculdade não devem entrar no documento, a não ser que a vaga seja acadêmica. “Caso o candidato alcance algum mérito acadêmico e considere importante incluí-lo em seu currículo, não vejo problemas, mas é importante utilizar o bom senso e não ‘copiar’ o seu histórico escolar para o currículo”, afirma Dorileia, da Gi Group Brasil. O candidato deve sempre ficar atento ao tamanho do currículo e deve tomar cuidado para não colocar informações desnecessárias. “O recrutador tem uma pilha de currículos na mesa e os muito longos mal são vistos”, ressalta Flávia. O ideal é evitar escrever habilidades genéricas, como proatividade e criatividade, e destacar os conhecimentos técnicos e habilidades adquiridas em cursos. 7
Veja passo a passo para montar
o currículo do seu 1º emprego
1 Dados pessoais
Informações que devem constar no início do currículo: nome completo, idade, estado civil, endereço, cidade, região, telefone (celular, residencial ou para recados) e e-mail.
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Objetivo Candidato pode listar o cargo de interesse. Caso ele não tenha uma posição específica, pode citar a área de atuação, como logística, administrativa, entre outras.
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Formação acadêmica Deve ser informado o último grau de escolaridade, ou seja, quem não tem nível superior deve citar o nível médio, e assim por diante. A descrição deve ter o nome da instituição, curso e ano de conclusão ou previsão de término.
4 Idiomas, informática e outros cursos
Como o candidato não possui experiência, ele deve mostrar que tem outras habilidades que poderão ser utilizadas no emprego.
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Voluntariado e outras experiências As experiências no mercado informal são válidas e podem ser citadas. O voluntariado é muito valorizado pelas empresas.
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Objetivo Flávia, da Secretaria do Trabalho de São Paulo, lembra que mesmo sendo um currículo para o primeiro emprego, o candidato não deve ser muito genérico. Não vale, por exemplo, escrever que quer apenas uma colocação profissional ou um emprego. “É importante colocar o cargo ou o objetivo, pois quando o recrutador ler o currículo ele vai ver que a pessoa sabe o que quer. E na entrevista, o candidato pode falar que tem interesse em aprender e de se desenvolver.” “É primordial que o objetivo esteja explícito com o
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intuito de minimizar abordagens desnecessárias. É válido pontuar para quais cargos ou funções específicas o candidato tem interesse”, afirma Dorileia. É possível, por exemplo, dizer que quer atuar na área administrativa. Para os candidatos que querem falar o quanto desejam aprender, Flávia indica que isso seja informado no corpo do e-mail, quando o currículo é enviado pela internet, ou durante a entrevista. Segundo ela, não vale colocar essa informação junto com o objetivo ou como um parágrafo solto no meio do documento.
Fuja das gafes
Segundo Dorileia, erros gramaticais, informações incoerentes, como nível de inglês desatualizado, formação acadêmica com informações incorretas e omissão de dados que impossibilitam o contato com o candidato estão entre os principais erros cometidos por candidatos que estão em busca do primeiro emprego. Flávia também lembra que alguns candidatos “jogam contra”, informando as habilidades que não possuem em vez de valorizar seus pontos positivos. “Se ele não tiver determinada experiência não precisa colocar que não tem. Ele não deve falar mal de si mesmo.” Currículos com letras ou fundo coloridos e com desenhos não são considerados inovadores e não são bem vistos pelos recrutadores. A opção mais segura ainda é apostar no padrão tradicional.
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A ciência contra a
Não vai ser fácil alimentar 10 bilhões de pessoas. Mas, apertando um pouco e pesquisando muito, a gente pode chegar lá O mundo ainda não tinha um bilhão de habitantes quando Thomas Malthus disse que ia faltar comida. Em 1798, o economista britânico previu que a humanidade estava condenada. Felizmente, Malthus estava errado: má distribuição à parte, temos mais hoje do que podemos comer. Mas teremos o suficiente até 2050, quando passaremos de 7 para 10 bilhões de humanos dividindo o planeta? A questão não é só que a população vai aumentar, mas que as pessoas tendem a enriquecer, ou seja, devem comer (e desperdiçar) mais - a ONU calcula que, apesar 10
do aumento de 33% na população, a demanda por alimentos vai disparar em 60%. A OCDE calcula que o consumo anual de carne passe de 43 kg por terráqueo para 68 kg - o que também vale para legumes, verduras, frutas, raízes e outros vegetais. Dispomos dos mesmos recursos naturais (talvez até menos) de quando éramos apenas um bilhão de pessoas. Além de solo rico e água potável serem finitos, vale lembrar que fertilizantes, fundamentais para a produtividade, são limitados e não renováveis. Se o fósforo, talvez o mais importantes deles, não for usado com sabedoria, podemos esgotar as reservas mundiais em 60 anos. Some à equação a necessidade de preservação do ambiente e a disputa pelos mesmos recursos para a produção de tecidos e biocombustíveis. (Lembrando que, apesar de
simpática, a produção orgânica não resolve o problema. Uma lavoura de milho orgânico produz 25% menos que o plantio convencional e 64% menos que os transgênicos.) Será que, 250 anos depois, a previsão de Malthus vai se realizar? Calma.O apocalipse malthusiano pode ser evitado. Agradeça às ciências - agronomia, piscicultura, genética, até arquitetura. Lavouras hiperprodutivas, criação intensivíssima e edifícios-fazenda vão garantir o prato cheio. No limite, sempre podemos apelar para algas e insetos. Para alimentar mais alguns bilhões de terráqueos, o lema entre cientistas e empresas é: produzir mais com menos. Para começar, é possível verticalizar a produção. Estamos falando de pilhas de miniestufas, prédios-horta que ocupariam muito menos área
quilinos animais. Isso porque muitas pesquisas indicam que o gado e as aves se desenvolvem melhor quando suas “condições de vida” são mais confortáveis. O exemplo literal de mais com menos é a produção moderna de peixes. As tilápias em aquários chegam a ganhar 1 kg vivo com apenas 760 gramas de ração. A explicação é que elas também comem algas microscópicas que surgem espontaneamente nos reservatórios. Por falar em algas, seu potencial de crescimento impressiona: pesquisadores de uma empresa brasileira conseguiram gerar 20 toneladas de matéria seca a partir de apenas 150 ml da alga Chlorella em nove dias. Verdade
que, por enquanto, algas são mais usadas para produzir biocombustíveis, o que, de certa maneira, já é bom para liberar espaço para lavouras. Mas nada supera o aproveitamento do que a ONU classificou como “uma excelente alternativa para alimentação da humanidade”, “rica em nutrientes, barata, ecológica e deliciosa”: insetos. Com técnicas apropriadas, traças, besouros e gafanhotos poderiam ser produzidos em casa, em recipientes de até 1 kg, garantindo 10% da dieta. Antes de virar a cara, saiba que estamos falando só do filé, o 1% comestível do conjunto de 1,5 milhão de espécies.
Andares alimentares
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territorial para produzir muitas variedades de verduras e hortaliças. Em cada andar dessas estruturas poderia se criar um ambiente controlado, permitindo desenvolver todo o potencial genético das culturas e mais colheitas por ano. Com o clima e manejo perfeitos, é possível triplicar a produtividade de rúcula, quadruplicar a de pimentão. Com tomates, a performance vai de 9 kg/m² para 80 kg/m², 800% de aumento. Uma verdadeira “fábrica” de hortifrútis. A técnica é muito cara para culturas que exigem maior escala, como grãos; ainda assim, pesquisadores brasileiros colheram 15 toneladas de trigo em um hectare (10 mil m2) controlado, quando a média é de apenas duas toneladas. Outra solução nesse sentido é a hidroponia, em que o vegetal é “plantado” em uma solução nutritiva de água e sais minerais num ambiente fechado. (Quando a solução é vaporizada, chama-se aeroponia.) A absorção de nutrientes é facilitada, as plantas crescem 50% mais rápido e costumam ter o dobro de volume - 4 m² podem render 30 pés de alface por mês. No Japão, a técnica já é utilizada para produzir vegetais até no subsolo de restaurantes. No futuro, se cada condomínio tivesse uma horta hidropônica, além de legumes e verduras fresquinhos, reduziríamos o trânsito, a poluição e abriríamos “espaço” para outras culturas no campo. O prédio também pode ter in-
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Volta ao mundo de carona Mineira de 28 anos visitou os 5 continentes gastando até R$ 50 por dia. Ela conheceu orfanato, campo de refugiados e templo budista.
Quando a jornalista Kívia Costa saiu de sua cidade no interior de Minas Gerais para conhecer o mundo, não levou nem mochila. Os poucos pertences que separou para a viagem – algumas roupas, um livro, itens de higiene, câmera e laptop – foram colocados em uma sacola preta de supermercado. Só alguns dias depois, quando chegou por terra ao seu primeiro destino internacional, Buenos Aires, é que a brasileira de 28 anos se preocupou em comprar uma mochila para seguir em frente. E assim, “sem esquentar muito a cabeça”, ela seguiu por mais um ano e um mês, em uma jornada que a levou a conhecer 38 países nos cinco continentes, quase sempre de carona. Na viagem, que começou em maio de 2013 e terminou em junho deste ano, Kívia foi além
dos pontos turísticos tradicionais de cada lugar. Por exemplo: ela foi até um campo de refugiados na Jordânia e visitou um orfanato para meninas vítimas de mutilação genital no Quênia, passou oito dias morando em um monastério budista no Nepal e ficou em meio ao fogo cruzado na Palestina. “Viajo não só para curtir a vida, ir a praias, cachoeiras. Quero aprender, ver coisas diferentes, ter experiências diversas”, define. Entre os países que ela conheceu, estão Malásia, Austrália, Egito, Albânia, Laos, Guatemala, Honduras, Panamá, Bulgária e El Salvador. A jornalista reuniu suas histórias e algumas dicas no blog Kiviagem – um trocadilho com seu nome do qual ela ri, mas considera inevitável. Natural de Bom Despacho, Kívia abandonou um em-
prego estável e com bom salário em um banco de São Paulo para realizar o sonho antigo de viajar para muitos lugares. “Não conhecia ninguém que tivesse dado a volta ao mundo, mas fiz as contas e vi que era possível. Desde o meu primeiro emprego eu economizo dinheiro para viajar”, diz. Nos 13 meses que durou a viagem, ela se hospedou na casa de pessoas que conhecia pela rede Couchsurfing, de amigos ou de alguns motoristas que davam carona, por exemplo. Quando queria mais privacidade, ia para hotéis e hostels (albergues da juventude). Kívia está escrevendo um livro sobre a viagem. Quando voltar para casa, não pretende parar. A ideia é repetir a experiência e fazer uma viagem pelo Brasil. Também de carona.
Kívia pedindo carona durante a volta ao mundo
Kívia flutuando no Mar Morto
A brasileira em Atenas; ela conheceu um grego na viagem e os dois namoram
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Cresce número de brasileiros que praticam musculação Desde 2006, aumentou em 50% a parcela dos praticam musculação. Ao todo, 33,8% das pessoas se exercitam com frequência, segundo estudo Cada vez mais brasileiros estão praticando exercícios físicos, de acordo com uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira (24) pelo Ministério da Saúde. A pesquisa Vigitel 2013 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) mostrou que 33,8% dos brasileiros com mais de 18 anos relatam praticar atividade física regularmente. Isso representa um crescimento de 12,6% em relação aos últimos 5 anos. Desde que a pesquisa Vigitel começou a ser feita pelo Ministério da Saúde, em 2006, algumas atividades físicas tornaram-se mais populares. É o caso da musculação: houve um aumento de 50% no percentual de pessoas que relatam praticar essa atividade. Já a parcela dos que relatam jogar futebol caiu 28% no mesmo período.
“O Ministério da Saúde inter preta o aumento da popularidade das academias como um maior interesse da população em ter mais saúde.” Caminhada é atividade mais popular
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Levando em conta homens e mulheres, a atividade física mais popular continua sendo a
caminhada: entre os que responderam praticar alguma atividade física, 33,79% citaram a caminhada. A segunda mais popular foi a musculação, citada por 18,97% dos praticantes de atividades físicas. Em terceiro lugar, ficou o futebol, com 14,87% da preferência. De 2012 para 2013, a porcentagem das mulheres que fazem musculação superou a dos homens: a atividade é praticada por 19,56% das mulheres fisicamente ativas e por 18,46% dos homens. O Ministério da Saúde interpreta o aumento da popularidade das academias como um maior interesse da população em ter mais saúde. A diretora de Vigilância e Promoção da Saúde do ministério, Deborah Malta, observa que, enquanto a caminhada e o futebol são atividades menos compromissadas, a academia prevê um compromisso maior. “A musculação é uma atividade contratual, em que é necessário se matricular, buscar um estabelecimento e passa a ser um compromisso agendado na semana”, diz. A pesquisa foi realizada em parceria com o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (NUPENS/USP) e ouviu 53 mil pessoas nas 26 capitais e no Distrito Federal.
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Comer fora de casa deixa você gordo Duas horas para preparar um almoço (se não for um miojo ou um macarrão qualquer com molho pronto, hehe) que será devorado em uns 15 minutos. E some ainda ao trabalho o tempo para lavar a louça… É, bem mais fácil sair para comer na rua. Mas, querido leitor, sempre há um lado negativo: essa mania de comer fora de casa pode ser a culpada pelos quilinhos extras que você ganhou nos últimos anos. E não, não adianta sair em busca de restaurantes mais saudáveis. Entre os 8,3 mil americanosanalisados pela equipe da pesquisadora Ashima Kant, entre 2005 e 2010, aqueles que almoçavam na rua quase todos os dias da semana tendiam a ser mais gordos, com colesterol alto, e níveis mais baixos de vitaminas C e E. A tendência se mantinha mesmo entre os participantes que fugiam do fast food e procuravam opções mais saudáveis. Por dois motivos: você pode acabar devorando um prato bem maior (se for um PF, por exemplo, dá dó jogar metade fora…) e por não ter o controle dos ingredientes (vai saber se o cozinheiro usou dez colheres de manteiga pra fazer seu arroz delícia…). Isso sem falar dos refrigerantes e sucos que a gente sempre consome quando sai para comer.
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O que significa SER HUMANO?
Há séculos, enxergamos nossa espécie como o ápice da evolução. Mas a verdade está surgindo: somos vira-latas Por muito tempo, a história do homem na Terra foi contada de maneira linear. Começou com um ancestral macaco, tataravô tanto do homem quanto do chimpanzé, que vivia nas árvores africanas 10 milhões de anos atrás. Há 4 milhões de anos, nosso trisavô australopiteco pôs-se a caminhar sobre duas pernas e desceu das árvores. Um milhão e meio de anos depois, nosso bisavô Homo habilis passou a lascar pedras e usar como ferramenta - seu cérebro tinha o dobro do tamanho do dos australopitecos, e metade do nosso. Aí veio o Homo erectus, nosso avô, há 2 milhões de anos, mais alto, inteligente e desenvolto, senhor do fogo. E, há 1 milhão de anos, surgiu o Homo heidelbergensis, com cérebro quase do tamanho do meu e do seu, que acabaria dando origem a dois primos - o corpulento neandertal e nós, o Homo sapiens. Os dois primos brigaram entre si por recursos, os neandertais perderam, desa-
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pareceram há cerca de 20 mil anos, e sobramos nós. O ápice da evolução. O auge da vida inteligente no planeta Terra.
“Todos os humanos vivendo hoje, salvo aqueles nascidos na África, têm ancestrais neandertais.”
Claro, não é fácil reconstruir uma história como essa usando meros caquinhos fósseis (às vezes, eles se resumem a um ossinho de um dedo mindinho). Os antropólogos nunca chegaram a um consenso completo acerca dessa narrativa. Mas nada do que eles especularam podia nos preparar para as revelações que seriam feitas quando os geneticistas se intrometessem no assunto. Isso aconteceu para valer na última década e mostrou que essa linearidade precisa da árvore genealógica humana tem uma dificuldade
danada de parar em pé. O primeiro mito a cair foi o de que derrotamos os neandertais no tapa, levando-os à extinção. Isso era consenso até que geneticistas do Instituto Max Planck, na Alemanha, liderados pelo sueco Svante Pääbo, começaram a sequenciar o genoma dos neandertais, em 2006. Em 2010 veio a bomba: uma comparação do genoma neandertal com o do sapiens mostra que todos os humanos vivendo hoje, salvo aqueles nascidos na África, têm ancestrais neandertais. Portanto, somos um pouquinho neandertais. Quão pouquinho? Dois estudos publicados recentemente sugerem que nosso percentual genético neandertal é de 1% a 3%. Parece pouco, mas se torna mais significativo quando você vai ver o quanto de todo o genoma neandertal sobrevive hoje na população humana: coisa de 20%. Ou seja, um quinto da receita para fabricar um neandertal está espalhada
Homo floresiensis, apelidados de hobbits por seu tamanho diminuto? Fósseis encontrados na Indonésia sugerem que esses mini-humanos, com crânios bem menores que o nosso, mas ainda assim claramente inteligentes, pois usavam lanças de pedra lascada, estiveram por aí até meros 12 mil anos atrás. Haveria traços de seu DNA na composição genética dos sapiens da Oceania? Essas são algumas das cenas do próximo capítulo, na incrível história da evolução humana. Duas lições, contudo, já podemos tirar: a primeira diz respeito aos senões de nossa singularidade, na Terra e em outras partes do Universo. Ao que parece, o surgimento da inteligência humana não foi meramente um feliz acidente de percurso, mas representou uma vantagem evolutiva tão grande que aconteceu mais de uma vez, em diferentes pontos da Terra. Isso quer dizer que algo parecido pode perfeit-
amente acontecer em outros planetas, ou mesmo se repetir na história evolutiva da Terra em algum outro momento. (Há quem diga até que já se repetiu, e o resultado são os golfinhos, que, apesar de não terem a estrutura física adequada para o desenvolvimento de tecnologias, são extremamente inteligentes.) A segunda lição diz respeito à nossa própria natureza. Não importa quantas bobagens racistas ouçamos por aí, faz parte do espírito humano se espalhar por todos os locais habitáveis e se misturar às populações presentes nessas novas fronteiras. Somos todos, por definição, miscigenados. Somos todos vira-latas - não existe raça pura. E nos tornamos mais fortes como espécie por causa disso.
“A árvore genealógica humana tem uma dificuldade danada de parar em pé.”
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por aí, nas diversas populações humanas. A mesma coisa se aplica aos misteriosos denisovanos, uma outra espécie de humanos que habitava o leste asiático, sobre a qual se sabe pouquíssimo, porque os antropólogos só encontraram fragmentos de seus ossos. Estudos genéticos mostram que há ancestrais deles entre as populações da Oceania. É bem possível que nenhum desses nossos primos não-sapiens tenha se extinguido de fato. Na verdade, o fenômeno que provavelmente aconteceu foi uma diluição de sua herança genética, diante de um número bem maior de sapiens. Não dá para evitar um arrepio ainda maior na espinha quando lembramos que outros hominídeos conviveram com os sapiens modernos. Os erectus sumiram mais ou menos na mesma época que eles surgiram. Teriam também se misturado? E o que dizer dos
Você é bom motorista?
Quem vai ‘dizer’ isso é o seu carro
Durante anos trabalhando com manutenção, percebi que podemos dizer se um motorista é exemplar olhando a durabilidade de algumas peças do carro. Quer saber se você é um deles? Verifique a situação dos itens abaixo. E, antes de justificar que perdeu o jogo pois o "gramado estava ruim", lembre-se que as ruas são as mesmas para todos.
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Seu jogo de pastilhas originais dura mais de 30 mil km? Quem freia menos está mais atento ao trânsito que vem à frente e acaba evitando acelerações e frenagens desnecessárias. Quem reclama de consumo de combustível geralmente troca as pastilhas (foto ao lado) com frequência maior.
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A embreagem original do seu carro já ultrapassou os 70 mil km? Os bons motoristas possuem a sensibilidade de acelerar exatamente o necessário para fazer as trocas de marchas e, em hipótese alguma, seguram seu carro na ladeira controlando-o pela embreagem. Também não instalam qualquer tipo de reboque e, decididamente, não gostam de usar o veículo como "meio de transporte da comunidade".
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Os amortecedores originais (ao lado) superaram a marca dos 60
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mil km com bom funcionamento? Motoristas exemplares fogem de buracos e passam devagar em lombadas e valetas. Não é porque o carro é macio e confortável que não se deve mais olhar para o asfalto. Peso extra nem pensar: você não faz carreto nem "excursão".
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Seu carro atingiu os 100 mil km sem troca dos rolamentos de roda? Parabéns, suas rodas nunca se esfregaram nas guias e você não se mete a besta em alagamentos.
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Sua caixa de direção nunca sofreu nenhum tipo de reparo? Este é um indicador de que você evita girar o volante com o carro parado, mantém os pneus dianteiros calibrados e não esterça o volante com as rodas dianteiras coladas às guias.
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Passou dos 80 mil km sem substituir algum coxim do motor? Muito bem, o motor é um conjunto pesado e quem “sustenta” esse peso são os coxins. Você é, provavelmente, um daqueles motoristas que passa com muito cuidado em lombadas e não está muito preocupado com as arrancadas dos "velozes e furiosos".
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Você nunca trocou um jogo de pneus originais com menos de 40 mil km? Excelente: quem freia menos gasta menos pneu. Pelo jeito, você também é daqueles que calibra o pneu todas as vezes que abastece, foge das guias, não vira o volante parado e não carrega peso desnecessário.
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Seu carro nunca empenou o cabeçote (parte onde ficam as velas e válvulas do motor) por superaquecimento? Então, você está sempre atento ao nível de água do motor (ao lado) e vive de olho no ponteiro temperatura. Qualquer comportamento anormal é motivo de verificação.
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Seu motor nunca sofreu um calço hidráulico? É aquele travamento do motor que ocorre quando o motorista se aventura a passar em áreas alagadas sem saber a profundidade. É uma ótima decisão não se arriscar.
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Seus amigos adoram andar de carona com você porque não ficam enjoados? Que bom. Agora, se você tiver que parar a viagem inesperadamente... Melhor ler o texto outra vez.
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