Insight Design

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EDIÇÃO No 01 | ABRIL/MAIO/2015

R$ 21,00

IN S IGHT DESIGN

FALTA CRIATIVIDADE? Descubra qual o motivo e como lidar com o Bloqueio Criativo

DESIGN EDITORIAL Veja diversas matérias para se inspirar e aprender um pouco mais sobre essa área

LETTERING Conheça uma cafeteria onde suas paredes são decoradas com tipografia

ELLEN LUPTON Entrevista exclusiva com uma das melhores designers do Brasil


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Rafael Costa Designer gráfico, reside em Curitiba. Trabalha como freelancer nas áreas de design gráfico, web design e ilustração. Daniel Fabricio Idealizador e Co-fundador do blog Chocola Design; web designer, apaixonado por tecnologia

EDITORIAL

AUTORES

Já passou por aquele momento em que você achou que sua criatividade tivesse acabado? Como se você não fosse realmente uma pessoa criativa a ponto de trabalhar e fazer projetos de design? Todos os designers passam por momentos assim. É como se fosse um muro enorme que se levantou na sua frente. Descubra os motivos para este bloqueio que assombra os profissionais e estudantes, e confira algumas dicas para que esse muro quebre. Esta é a primeira edição da Insight Design, uma revista que aborda assuntos envolvendo o design gráfico e o mundo que o cerca. Com muita criatividade e sofisticação, iremos trazer assuntos que te inspire cada vez mais. Nesta edição, iremos falar basicamente sobre referências de livros e sobre o Bloqueio Criativo, que é um sério problema que cerca o mundo do designer. Confira aqui o projeto de Samuel Furtado, que redesenhou a capa do livro Crônicas de Nárnia; uma entrevista exclusiva com a designer Ellen Lupton, que fala sobre seu mais novo livro Tipos na Tela; alguns mitos editoriais que ouvimos falar durante nossa vida profissional; e mais um projeto da designer Cristina Pagnoncellim que usou o Lettering para a decoração de uma cafeteria. Esta edição está repleta de novidades que vai te surpreender e te inspirar para fazer seus futuros projetos

Amanda Brito Pós-graduanda em Marketing. gerente do Choco la Design e trabalha na agência de marketing esportivo W2G Michael Oliveira Recifense, graduado em Design Gráfico e técnico em Comunicação Visual. Um dos editores da revista Insight Design

EDIÇÃO No 01 | ABRIL / MAIO / 2015 | ISSN 1676-5656 Editor Leticia S. Matos Martins Diretor executivo Leticia S. Matos Martins Capa Leticia S. Matos Martins Designer Leticia S. Matos Martins

Textos Rafael Costa, Daniel Fabricio, Amanda Brito, Michael Oliveira Colaboradores Regina Wilke, Maria Helena, Imbraphel Ltda. Projeto e Coordenação gráfica Leticia Martins; Regina Wilke e Maria Helena

Gráfica Ibraphel Gráfica Ltda. Fontes utilizadas na edição Geogrotesque, Exo, Rockwell, Gobold Papeis utilizados e acabamento Capa: Couchê 300g/m Miolo: Couchê 150 g/m Encadernação: Grampeada


SUMÁRIO

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PROJETO GRÁFICO DESIGN COM FANTASIA E AVENTURA Por Daniel Fabricio

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CAPA

CRIATIVIDADE NO CENÁRIO MERCADOLÓGICO Por Amanda Brito

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08 PAPO DE DESIGNER TIPOS NA TELA Por Rafael Costa

ENSOPADO DE DESIGN GRÁFICO Por Rafael Costa

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O QUE DIZEM

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MITOS EDITORIAIS

Por Michael Oliveira

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NOTAS

INSPIRE-SE CAFÉ DE LETTERING Por Rafael Costa


PROJETO GRÁFICO

FANTASIA

E AVENTURA

DESIGN

COM

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Samuel Furtado redesenha a capa de As Crônicas de Nárnia Samuel Furtado, um conterrâneo, estudante de publicidade, desenvolveu um projeto final da cadeira de Direção de Arte da Universidade Federal do Ceará: o objetivo era fazer o redesign da capa de um livro que você gostasse muito, além uma série de outras peças promocionais de ponto de venda, um anúncio para revista e um pôster para colecionador. O livro escolhido pelo Samuel foi As Crônicas de Nárnia – Volume Único. O maior desafio era representar em uma capa a série dos sete livros escritos por Lewis. Era necessário que fosse transmitido o aspecto de um livro clássico e que pudesse representar elementos que estão

presentes nos sete livros. O elemento principal escolhido foi o próprio lugar onde se passam as crônicas: Nárnia. A solução encontrada para representála foi através de um mapa, que está presente no verso de uma capa externa, desenvolvida também com o propósito de proteger a capa do livro. Também era importante transmitir a ideia de que Nárnia possui um rei que tem papel determinante nas histórias, e que portanto existe um reino. Foi desenvolvido um brasão onde está representado Aslam, o rei de Nárnia, juntamente com um lettering desenhado exclusivamente para o projeto. Confira as fotos disponíveis no Behance:


PROJETO GRÁFICO

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“Eu descobri em mim mesmo desejos os quais nada nesta Terra pode satisfazer. A única explicação lógica é que eu fui feito para outro mundo.” C. S. Lewis

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PAPO DE DESIGNER

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ELLEN

LUPTON

Conheça mais um livro. Tipos na tela é um guia para designers, editores, tipógrafos, blogueiros e estudantes.

TELA

TIPOS NA

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Ellen Lupton é uma das maiores designers da atualidade, ela é designer gráfica, professora e curadora de design contemporâneo do Cooper-Hewitt National Design Museum, em Nova York. Além disso, é diretora do programa de pós graduação em Design Gráfico do Center for Design Thinking, um núcleo do Maryland Institute College of Art de Baltimore. É autora de uma numerosa coleção de obras de divulgação sobre design, e dentre seus livros mais recentes estão Intuição, ação, criação. Graphic Design Thinking, publicado pela Editora GG Brasil. A entrevista foi feita através da internet e ela nos falou um pouco sobre seu trabalho e a proposta do seu mais novo livro, o Tipos na Tela, o conteúdo dessa entrevista você confere agora:


PAPO DE DESIGNER Insight Design: Quando e por que você decidiu estudar e trabalhar com design? Ellen Lupton: Descobri o design quando eu era estudante de arte na Cooper Union em Nova York no início de 1980 . Eu vim para a escola de arte sem saber o que era design . Tipografia foi uma grande descoberta para mim pois combina escrita com arte e aí eu soube que era isso que queria fazer! Insight Design: Como surgiu a ideia de publicar um livro sobre a tipografia nos meios digitais? Ellen Lupton: Muitos designers atualmente estão trabalhando primeiro com mídia digital. Eles podem vir a projetar através das vias de desenvolvimento web ou motion graphics. Este livro expõe os designers aos fundamentos do tipo com ênfase em aplicativos baseados na tela. Ele também aponta para uma abordagem experimental, mostrando exemplos do que as pessoas estão fazendo com diversas ferramentas e meios de comunicação.

Insight Design: Alguns dos seus livros abordam o tema tipografia, esse pode ser considerado o seu foco como designer gráfica? Ellen Lupton: Sim, tipografia desempenha um papel em quase todas as formas de design gráfico, seja impresso ou na tela. Vemos a tipografia em branding, web design, ebooks e motion graphics. Tipografia é mais do que fontes é também o arranjo de texto e a criação de grelhas (grids), estruturas e hierarquias. Insight Design: Você acha que quando se trata de tipografia para web os designers ainda precisam melhorar muito ou é uma área em que estamos amadurecidos? Ellen Lupton: Há sempre espaço para um “tipo” melhor! Estamos vendo muito crescimento agora com fontes da web além da capacidade de criar-se uma tipografia mais variada na web.

Ellen Lupton, autora do livro Foto: Amanda Brito

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PAPO DE DESIGNER Insight Design: Qual é a sua relação hoje com a internet e as mídias sociais? Ellen Lupton: Gosto da mídia social como uma ferramenta para ficar por dentro do que está rolando com o design e para compartilhar o trabalho que estamos fazendo no Cooper Hewitt, Smithsonian Design Museum e MICA. A criação de gráficos para distribuir através da mídia social é um projeto bom de design para os alunos. É um meio totalmente novo com restrições muito pequenas. Insight Design: Existe um tema que você gostaria de abordar futuramente em uma próxima publicação? Ellen Lupton: Sim! Eu estou trabalhando em duas novas ideias de livro agora: “Como funciona a visão” sobre a ciência de ver e percepção e “Story-Telling para Designers “, um guia de estruturas e técnicas narrativas para designers em cada disciplina. Eu também tenho um novo livro saindo em maio pelo Cooper Hewitt, Smithsonian Design Museum “Como Funcionam Posters”. Espero que estes novos livros cheguem logo ao Brasil! Insight Design: Você é uma designer muito bem sucedida e é reconhecidamente uma referência no meio do design, qual seria o conselho que você daria aos designers que estão apenas começando a carreira e que pretendem trilhar um caminho de sucesso como o seu? Ellen Lupton: É muito importante descobrir no que você é bom e trabalhar duro para ser o melhor. O design envolve tantas habilidades e capacidades diferentes – edição de imagem, conteúdo de estruturação, fotografia, som/movimento, comunicação com clientes. A maioria de nós não é dotada em todas essas coisas, por isso é útil descobrir a sua área mais forte e se dedicar a ela.

SE INTERESSOU? Tipos na Tela está disponível para pré venda no site da editora GG Brasil e está com desconto especial para os que comprarem até o dia 7 de maio.

CASO TENHA GOSTADO DESSA AUTORA... NOVOS FUNDAMENTOS DO DESIGN Ellen Lupton, Jennifer Cole Phillips Cosac Naify As autoras revisitam o bê-a-bá do design, enfocando temas como: ponto, linha, plano, ritmo, equilíbrio, modularidade, tempo e movimento, à luz das mudanças tecnológicas e da sociedade global.

PENSAR COM TIPOS Ellen Lupton Cosac Naify A autora alia neste volume teoria contemporânea, prática informada, prosa clara e projeto visual inteligente preenchendo uma lacuna entre os livros tradicionais de design.

ABC DA BAUHAUS Ellen Lupton e outros autores Cosac Naify Com textos de profissionais de diferentes áreas, o volume se propõe a analisar a escola de design mais influente do século XX por vários pontos de vista: o da educação, da teoria do design, da política, da tipografia, da psicanálise, da física e da matemática.


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Bloq i t a i r c ueio CAPA


q tivo o Fatores que levam o empobrecimento criativo do profissional, com foco na tecnologia de massa

CAPA A necessidade que o homem possui em conseguir resultados é de fato uma pressão diária, capaz de inibir e prejudicar sua vida profissional (e pessoal). A base para as soluções de problemas esta diretamente envolvida com a tecnologia e a criatividade. Essas duas palavras quando executadas, fazem uma revolução no que se refere à mudança, pois a tecnologia é quem modifica e aperfeiçoa e ela jamais existiria se não fosse à criatividade. O sucesso profissional é resultado de dedicação, mas acima de tudo, de motivação criativa. O bom profissional é capaz de se destacar através de uma ideia simples, porém, extremamente inovadora. Essa inovação é movida pelo próprio ambiente de trabalho que, transparecendo confiança, reconhecimento e humanidade, faz gerar um clima favorável a expectativas do funcionário. Este por sua vez torna-se um dedicado profissional, que através de idéias criativas unidas a tecnologia faz das metas e dos problemas um desafio “atraente”. Infelizmente, na maioria das empresas (principalmente nas de grande porte) o ambiente de trabalho não é favorável à utilização de propostas criativas, para o melhoramento e crescimento tecnológico. A falta de humanização por parte dessas empresas faz modificar o ideal de um bom profissional, onde as idéias e desejos criativos tomam lugar para regras e autoritarismo. Essa desmotivação por parte das empresas faz surgir no mercado um novo “trabalhador”, que permanece no emprego devido a necessidades pessoais, pois ele pertence também ao mundo das exigências e obrigações financeiras.

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CAPA

OUTROS MOTIVOS Todos os designers e/ou profissionais ligados à criatividade, não acreditam muito no bloqueio da criatividade, até este surgir. Mas quando acontece, tem de ser combatido e a melhor forma é, analisar em primeiro lugar as razões que talvez tenham causado esse bloqueio. Motivos: Stress; Noites mal dormidas; Saúde e má alimentação; Preocupações financeiras; Ocupação com atividades não relacionadas ao trabalho; Falta de conhecimento de um assunto, e logo insegurança pessoal; Desorientação no trabalho a desenvolver.

Todo esse circulo vicioso, mostra que o homem modifica sua veia criativa no decorrer do tempo, devido justamente a essa falta de confiança e estímulo do mercado, e podemos ver bem de perto essa situação dentre os muitos trabalhos principalmente nos da área de mídia. O designer gráfico é sem dúvida o maior exemplo de profissional prejudicado pelo mercado e principalmente pela concorrência. As empresas exigem trabalhos com padrões já existentes (em muitos casos com base nos produtos de primeiro mundo). Pois eles além de não confiarem na capacidade do profissional ao qual incumbiu tal tarefa, também acreditam que o cliente final vai aceitar seu produto simplesmente pela semelhança com outros já existentes. Essa falta de confiança faz banalizar os métodos utilizados. E é justamente nesses fatores que a tecnologia de massa prejudica o bom profissional. Pois mesmo que este por ventura recuse as propostas, o empresário sem dúvida buscará um designer menos qualificado (ou apenas um curioso) para “manter” as suas idéias e ainda por preço inferior ao do mercado, e é na internet que essa busca inicia. Aplicação de idéias já existentes nos trabalhos desses profissionais é sem dúvida uma prova de desvalorização do bom profissional, tendo em vista que muitos passam anos estudando conceitos, métodos e teses com o intuito de adquirir uma bagagem cultural e curricular fundamental para a criação de materiais realmente atrativos e a credibilidade por parte dos empresários não acontece. A falta de confiança na capacidade de leitura simbólica do usuário e a desinformação unida ao medo do novo fazem da internet o baú das idéias prontas para o “curioso” contratado. Este, nada mais fará que unir matérias já conhecidos pelo público, dando vez a um falso produto novo. Logo, o profissional de fato, muda de acordo com o mercado, devido à necessidade, ele torna-se mais flexível e isso acaba por desmotivar sua capacidade de criação que antes era quase que instantânea, agora é inibida pelo simples fato do medo de não ser aceito. O bloqueio criativo ocorre e acaba por prejudicar esses profissionais dedicados e por mais que eles possuam meios tecnológicos, faltarão oportunidades justamente por parte do próprio patrão. Portanto, faz-se necessário um ambiente próprio, capaz de motivar o profissional de modo que este possa expandir seu potencial criativo, gerando uma


CAPA mudança nos resultados desejados pela própria empresa, e que a evolução tecnológica surja como auxilio na busca de soluções, saindo da visão de vilã banalizando para ferramenta de pesquisa e divulgação de grandes ideias. O comportamento criativo é uma atuação constante, independe de que tipo de decisão precisa ser tomada, o potencial criador é circunstancialmente onipresente, visto que o objetivo de algo novo é transformar alguma situação ou condição atual a fim de trazer harmonia, embora a acomodação faça com que a harmonia se torne algo convencional com o passar do tempo. Tendo em vista todos os fatores citados anteriormente, o bom profissional poderá encontrar no seu caminho dificuldades e em muitos casos falta de oportunidade real, porém este deve levar em consideração sua bagagem cultural e curricular, seu estilo pessoal e acima de tudo a autoconfiança, pois é justamente essa busca de conhecimento unida à motivação pessoal, que fará do seu trabalho não apenas algo banal, e sim uma ponte para o sucesso e a realização profissional. Logo, a tecnologia deixará de ser um mar de idéias prontas e se tornará um meio de pesquisa e divulgação para os verdadeiros trabalhos criativos.

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Criatividade consiste no total rearranjo do que sabemos com o objetivo de descobrir o que não sabemos George Kneller

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Dicas para aliviar o

BLOQUEIO

CRIATIVO ESCREVA

suas ideias em um papel, mesmo que elas sejam absurdas.

LEIA

muitos livros. Isso ajuda a ativar seu lado criativo, pois exercita a imaginação

RELAXE

As vezes, você só está precisando de descanso. Se não pode dormir, tire um tempo para fazer o que gosta

EVITE A PERFEIÇÃO

Somos cobrados por resultados, mas não se prenda por isso. Seja autêntico e não tente copiar

ERRE

Aprendemos muito com os erros. Eles nos ajudam a saber no que devemos melhorar. Não tenha medo de arriscar


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ESPECIAL

ENSO PADO DE DESIGN GRÁFICO

Quem nunca se viu diante de uma situação de total bloqueio criativo? E se houvesse um livro que nos ajudasse a encontrar várias fórmulas para o design gráfico?


ESPECIAL Uma das principais funções do designer é projetar e para isso ele precisa sempre realizar uma série de pesquisas e buscar muitas referências, em cada projeto o designer precisa tomar uma série de cuidados para não cometer erros comuns e também aplicar certas fórmulas que certamente serão eficientes dentro do projeto. Mas de quais fórmulas eu estou falando? Formulas matemáticas? Hummmm… não, mas é quase isso. Dentro do design existem muitas fórmulas que já são convencionalmente corretas como por exemplo dizer que tipos manuscritos (que simulam a escrita à mão) não são muito bons para textos longos pois tornam a leitura cansativa. Isso é um fato, assim como sistemas de proporções, sensações transmitidas pelas cores etc. Porém todos sabemos que existe uma grande quantidade dessas formulas, umas mais conhecidas, outras menos, umas mais utilizadas em projetos, outras menos etc. Não seria interessante ter todas essas formulas agrupadas em um único lugar? Pois é justamente essa a proposta do livro Ensopado de Design Gráfico que apresenta “Ingredientes visuais, técnicas e receitas de layout para designers gráficos”. Esse livro é mais uma publicação da editora Blucher e é sem dúvida um

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Um bom designer, assim como um bom chef, não só conhece bem cada ingrediente, como também sabe distinguir e combinar suas características para criar experiências harmoniosas” Citação retirada da contra capa do livro

dos livros que você deve ter em sua biblioteca pois é de extrema e constante utilidade para os designers gráficos que gostam de projetar utilizando as melhores técnicas e referências. O autor do livro é Timothy Samara que é designer gráfico residente em Nova Iorque, onde divide seu tempo entre lecionar, escrever e dar palestras e consultoria através do STIM Visual Comunication. Seus vinte anos de carreira em branding e design de informação englobam o trabalho em artes gráficas, embalagem, meio ambiente, design para usuário-interface e animação. Já foi diretor de arte da Ruder Finn, a maior empresa de relações públicas de Nova Iorque, e da Pettistudio, um pequeno escritório multidisciplinar em design; por sete anos foi diretor da Physiologic ao norte de Nova Iorque. Em 1990 se graduou na University of the Arts na Filadélfia. Vamos supor que você vai começar a desenvolver mais um dos seus projetos gráficos e chegou naquele momento chave de escolher a paleta de cores do projeto, seja a criação de um cartaz ou a diagramação de uma revista. No livro de receitas Ensopado de Design Gráfico você encontra 29 páginas com uma gama de paletas de cores e o que é melhor é que cada uma delas apresenta as sensações e conceitos que podem ser transmitidos com aquela paleta, não é excelente? Agora imagina que você precisa escolher qual a melhor família tipográfica para a sua peça de design, no livro de receitas você vai encontrar uma série de famílias tipográficas indicando onde ela fica melhor aplicada (título, texto longo, chamada etc.) e qual o principal conceito transmitido por ela (exótico, tecnológico, urbano etc).

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O QUE DIZEM

EDITORIAIS

Este é um livro de Design Editorial traz algumas dicas importantes para a carreira do designer editorial

MITOS

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Este livro é uma cartilha sobre design editorial na era digital, que oferece orientação teórica e conselhos práticos para traduzir as necessidades básicas do jornalismo diário para a composição da página impressa ou digital. Com este volume, você aprenderá a conciliar seu conhecimento de tipografia e imagem aos vários canais que oferecem tanto as técnicas de impressão modernas como as publicações digitais. Além disso, você encontrará informações detalhadas sobre os diferentes formatos de publicação, uma história do design editorial e inúmeros recursos e exemplos de jornalismo visual. Em suma, trata-se de um guia de referência básico para o novo design editorial. Confira agora, algumas dicas para se dar bem nesse mercado.


O QUE DIZEM

ESPAÇO EM BRANCO NÃO VENDE REVISTAS Se o espaço em branco agrega elegância à atmosfera e narrativa visual (tensão/ausência), então, ele tem valor. Se ele existe simplesmente para esticar o texto e preencher as páginas, então não tem valor editorial.

OS DESIGNERS SÓ EXISTEM PARA FAZER O QUE OS EDITORES DIZEM Os designers são parceiros e iguais no processo criativo. Eles colocam lenha na fogueira e podem fazer com que um conteúdo editorial chato pareça bom. A melhor equipe editor/ designer é a que tem respeito mútuo e parceria.

TODA IMAGEM PRECISA DE UMA LEGENDA Se você quer que os leitores sigam o significado de uma fotorreportagem, então cada imagem precisa de uma legenda. Se as imagems forem utilizadas como elementos decorativos, então isso não será necessário. As imagens sempre precisam ser creditadas ao fotógrafo ou à agência que as forneceu. A violação de direitos autorais não é uma boa prática de design e deve ser evitada.

O DINHEIRO GASTO EM FOTOGRAFIA OU ILUSTRAÇÃO ORIGINAIS VALE CADA CENTAVO Criar algo original é o que motiva os designers. Se o orçamento permite um novo material, então, vale a pena criar algo único para a revista. Além disso, os direitos de usar de novo a imagem podem ser incluídos na taxa original. Um editor pode, assim, começar a construir uma biblioteca de imagens que podem ser reutilizadas. Revistas de moda e estilo de vida lucram vendendo imagens dessa forma.

USAR IMAGENS GRATUITAS DA INTERNET É O CAMINHO DO FUTURO Visar um produto exclusivo deve ser a grande prioridade. A produção de imagens originais não pode ser ignorada, mas isso pode ser caro. Lembrese de que as imagens disponíveis gratuitamente na internet podem aparecer em qualquer lugar. Se usar imagens da web, as fontes devem receber os devidos créditos e cuidados devem ser tomados para verificar a permissão de uso.

A CAPA É A PÁGINA MAIS IMPORTANTE EM QUALQUER REVISTA Cada vez mais verdade. Se a capa não atrair a atenção do leitor, então, todo o trabalho interno será desperdiçado. Para as revistas digitais, a capa é um ponto de entrada, é uma home page que reforça a marca. Na web, as revistas são representadas em miniaturas como ícones e as capas, portanto, têm de fazer o possível para serem memoráveis, mesmo em tamanho minúsculo.

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INSPIRE-SE

CAFÉ DE Foto: Rafael Costa

LETTERING

Foto: Rafael Costa

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O lettering é uma das áreas do design gráfico que permite uma série de aplicações muito criativas e interessantes. Uma delas são os grandes murais com giz. Quem nunca gostou de riscar com giz no quadro da sala de aula enquanto o professor não chegava? Porém existem profissionais do design que transformam isso em coisa séria e utilizam as paredes para criarem grandes painéis com lettering. É o caso da designer curitibana Cristina Pagnoncelli que se tornou uma grande especialista em trabalhar com lettering utilizando giz sobre painéis. Ela é uma designer muito criativa, experiente e já deu muitas dicas sobre lettering. Ela é uma das melhores no assunto, especialmente quando se trata de grandes painéis. Ela faz parte da equipe do Criatipos, um grupo de designers especialistas em tipografia que se juntaram para realizar trabalhos espetaculares com tipografia e lettering. Confira a seguir alguns dos trabalhos da Cris Pagnoncelli e como ela utiliza as técnicas de design, ilustração e lettering para compor os painéis com giz e que resultaram em trabalhos de encher os olhos:


Foto: Rafael Costa

Foto: Rafael Costa

Foto: Rafael Costa

INSPIRE-SE

Fotos do projeto gráfico realizado por Cris Pagnoncelli nas paredes da cafeteria Demoiselle. Elas possuem todo o cardápio disponível, além de ilustrações criativas feitas com giz de lousa.

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NOTAS

NOTAS

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BIBLIOTECA

OBRIGA

TÓRIA DESIGN PARA UM MUNDO COMPLEXO

Autor: Rafael Cardoso Esta obra discute o papel do design em nossa época, caracterizada ao mesmo tempo pelo excesso de informação e imaterialidade. O autor ressalta que, para que o design seja efetivo no mundo atual, deve-se considerar sua complexidade como “um sistema composto de muitos elementos, camadas e estruturas”. E cita a internet como maior exemplo: uma rede complexa a ponto de não ser inteligível. Seu livro é o oposto: expõe os dilemas dessa complexidade de maneira clara e acessível, tanto para o leigo quanto para o estudioso.

PLAYLIST VE M !

Lista de músicas para ouvir enquanto cria seus projetos. Sugerida pelo designer gráfico e ilustrador Christopher Dina, de Nova York. Dica: escolha o tipo de música com base no projeto que está fazendo. 1. Yoshimi Battles The Pink Robots 2. Photograph, Air 3. Carrion, British Sea Power 4. The Origin of Love, Mika 5. Fake Plastic Trees, Radiohead 6. Hoppipolla, Sigur Ros 7. Girls, Death In Vegas 8. History Chimes, Echo And The Bunnyman 9. You Don’t See Me, Keane 10. The Wanderer, Johnny Cash 11. Home And Dry, Pet Shop Boys

Bienal Brasileira de Design Quando: Dia 15/Mai à 20/Jul Onde: Florianópolis SC Sobre: A Bienal Brasileira de Design 2015 Floripa é um evento cultural que contempla exposições, seminário internacional, ações educativas e ações paralelas. Custo: Gratuito


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