PROJETO CAPIVARI-MIRIM
Uma metodologia para desenvolvimento de projetos urbanos em รกreas de fragilidade sรณcio ambiental
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INTRODUÇÃO O projeto da Extensão Universitária “Capivari Mirim - uma metodologia para o desenvolvimento de projetos urbanos em áreas de fragilidade sócio ambiental” inicia-se com o convênio da Universidade com a Secretaria do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, com o objetivo de orientar os gestores do poder público na metodologia de desenvolvimento de intervenções urbanas em parques lineares. Considerando a necessidade de espaços públicos comuns, o cuidado com áreas verdes e a sustentabilidade ambiental, a SVDS consolida o Plano Municipal do Verde. O plano define as Áreas Verdes com Função Social, as quais parques públicos, áreas de lazer, bosques e praças são incluídos. A partir disso, indica a situação atual do município, analisada através do Índice de Áreas Verdes Sociais, identificando os principais estruturadores e as regiões com maior déficit. Para escolha na área do projeto da Extensão, foram considerados os parques com alto grau de prioridade, onde o IAVS é nulo, elegendo o trecho 31 – Parque Linear do Ribeirão Viracopos – Trecho 1. O parque apresenta uma área de 33,87 hectares
e está localizado na região Sul de Campinas. Sua extensão faz limite com diversos bairros da região, sendo Jardim São Domingos, Jardim Marisa, Vila Palmeiras I e II, Jardim Campo Belo e Jardim São João, além da proximidade com o Aeroporto Viracopos. O projeto, que possui duração de dois anos, tem como objetivos específicos o levantamento de dados territoriais (bases cartográficas, sistema viário, recursos hídricos, áreas verdes) e fatores antrópicos (uso e ocupação do solo, regularização fundiária, remoções, IDH), o qual embasa o desenvolvimento da proposta para tal parque. A metodologia para realização do projeto consiste em visitas de campo, registro fotográficos, análises de demanda social e propostas urbanísticas, associada a eventuais reuniões com membros da comunidade e agentes da SVDS. Este projeto explicita a importância dos convênios que englobam a universidade e a Prefeitura Municipal, uma vez que a troca de informações e contribuições de ambos favorece tanto o aprendizado e experiências vivenciadas na academia, quanto as intervenções necessárias e coerentes na cidade, realizadas pelo poder público. 3
ANÁLISE E LEVANTAMENTO abril/2016
dezembro/2017 período de realização da etapa: abril/2016 - outubro/2016 equipe: Daniela Taricano Helder Ferrari Gabriel Barzon Giovanna Federico Letícia Papa
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A partir da escolha da área de intervenção no Ribeirão Viracopos, um levantamento de dados, características e especificidades do território atual foi feito, a fim de elaborar um diagnóstico completo da área. Esse diagnóstico aponta aspectos geográficos, territoriais e urbanísticos, todos eles extremamente relevantes para que o projeto do parque resolva qualificadamente as dificuldades e necessidades enfrentadas no local. Primeiramente, a geomorfologia do território foi analisada, portanto aspectos como a topografia, vegetação e hidrografia foram mapeados. Concluindo-se então que há 3 pontos de nascentes no parque, a vegetação é relativamente mais densa próxima às margens do rio, onde também há maior declive. Em seguida, as ocupações e usos atuais da área e sua vizinhança foram mapeadas e categorizadas de modo a entender melhor a dinâmica do bairro. Nota-se a predominância de uso residencial, alguns usos comerciais ligados ao uso residencial e também usos institucionais de demanda local. É importante destacar também a presença de ocupações irregulares, principalmente no perímetro do parque, mostrando assim uma demanda por habitação no lugar.
Além disso, os principais equipamentos da área foram também mapeados, para compreender melhor as carências da população e as distâncias pré-estabelecidas do bairro. Com isso, foi possível notar a presença de alguns equipamentos de pequeno porte, dentre eles de saúde, educacional e esportivos, que atualmente não atendem a toda a demanda da população. E também, a mobilidade foi um aspecto muito determinante na leitura do território. Por isso, a hierarquia de vias foi analisada, de modo que se nota uma grande via estruturadora (Rodovia Lix da Cunha), em que dela se desdobram algumas poucas vias arteriais, e a maioria das vias locais, atendendo apenas a demanda do bairro e não o conectando com o restante da cidade. Ao mesmo tempo, as linhas de ônibus foram estudadas, e os pontos foram marcados de acordo com a quantidade de linhas que passam no lugar, e assim percebe-se que há uma concentração de pontos e linhas de ônibus do lado sudeste do lugar. Enfim, é possível concluir que o território possui grandes carências, como a escassez de moradia, os insuficientes equipamentos, e as deficiências de mobilidade. Portanto se justifica a necessidade de intervenção no local. 5
Nascentes
Leitura e compreensão da geomorfologia do território, através da localização de nascentes, cursos d’água, topografia natural, áreas de preservação permanente, áreas suscetíveis a inundação e vegetação nativa. A análise permite pontuar as regiões de maior viabilidade de intervenção e as áreas de maior preservação. 6
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USO E OCUPAÇÃO Institucional Residencial Garagens Ocupações Irregulares Áreas Livres
Leitura e compreensão do real uso do solo urbano e comparação com a previsão na legislação vigente. Esta caracterização permite identificação de pontenciais localidades que geram concentração de atividades socializadoras, que interferem nas futuras decisões projetuais. 8
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EQUIPAMENTOS Saúde Esportivo Ensino Fundamental/ Médio Ensino Infantil Religioso Religioso
Identificação dos equipamentos existentes próximos aos limites do parque. Essa análise permite a compreensão das centralidades já existentes nos bairros próximos, das centralidades que são demandadas e fomentam a distribuição de programas no projeto do parque. 10
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Análise do sistema de mobilidade, hierarquização dos modais, indentificação de pontos de concentração de tráfego, fragilidades do sistema e pontos com maior potencialidade de intersecção entre modais, que influenciam na tomada de decisão dos projetos dos equipamentos públicos.
SISTEMA VIÁRIO Rodovia Arterial Coletora LINHAS ÔNIBUS Linha Viracopos 2 Linhas 3 Linhas
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SETORIZAÇÃO A área de intervenção no trecho Ribeirão Viracopos estrutura-se em meio a uma diversidade de aspectos que definem diretamente e indiretamente a composição do desenho urbano existente. Assim sendo, com o objetivo de viabilizar o projeto frente a meios de influência como a prefeitura, propôs-se uma reorganização do espaço a partir de uma metodologia abordando traços significativos de cada posição. Resultou-se então em uma setorização do conjunto, onde os limites conferem-se do fim de um misto de atributos particulares de cada setor, classificando-se em: Setor A, setor B, setor C, setor D e setor E. Como forma de uma setorização geral, considerando questões físicas e de demanda social, justaposto à densidade populacional, levantouse cinco importantes pontos feitos responsáveis pela realização desse processo, conferindo-se em: Sistema Viário/Mobilidade Urbana; Demanda Popular/Densidade populacional; Geomorfologia Urbana; Equipamentos e Ocupação. Frente a esta situação, cada tópico se encaixa de uma maneira no setor, sendo uns mais e outros menos significativos, estando presentes ou não na região e organizandose, portando, um conjunto de particularidades.
ambientais. Tal análise do território, identifica também questões geomorfológicas, como um estreitamento do leito do rio em uma de suas extremidades, implicando em uma requalificação do ambiente articulada a um espaço comunitário, de acordo com a demanda da população. Outro dado a se considerar é a Rua Luis Gemin como um importante sistema de mobilidade urbana presente no local, configurando-se em um limite do setor.
Setor C e D No setor C, a ocupação ainda aparece como principal elemento na determinação da área, caracterizada por uma apropriação irregular, sobre à linha férrea, e a presença de uma gleba desocupada prevista como ZEIS (Zona Especial de Interesse Social), ou seja, além da demanda existente hoje, a região receberá um novo loteamento. A extensão ainda abriga uma vasta área de alagamento tornando-se ponto característico do setor e a necessidade de um espaço público comunitário ainda manifesta-se a partir de sua ausência em grande parte da área, implicandose também em uma possível proposta de centro comunitário. Já o setor D, configura-se como uma extensão Setor A do setor C, e se diferenciam pela presença de Na área categorizada como A, predomina- ocupações irregulares mais consolidadas e não se principalmente a questão do Sistema Viário, previstas como remoção no Plano de Habitação, destacando-se a presença da Rodovia Lix da além de sua separação física pela via que une os Cunha como responsável por um dos principais dois extremos do parque. fluxos, articulando o plano cicloviário e ligando o centro da cidade com áreas periféricas. Não menos Setor E importante, envolve-se a questão dos equipamentos No setor E, o critério de Ocupação novamente considerando a existência destes no local, como o aparece como um dos elementos mais relevantes Centro Esportivo, o Centro de Saúde e a Escola para definição de um novo setor, apresentandoOdila Maia. Ressalta-se também as características se ocupações irregulares em APP. Além disso, geomorfológicas da área, levando em consideração a demanda social de um espaço comunitário o amplo desnível presente em sua topografia e a reaparece nesse setor associadas à características existência de uma nascente no rio. Concluindo os geomorfológicas a partir da presença de uma atributos característicos desse setor, levantou-se nascente. O limite do setor é determinado por também a importância da demanda social referente características físicas, como uma via local, a a um espaço comunitário para a área, resultando- nascente e os limites dos bairros já consolidados se em uma proposta de um Centro Comunitário. do entorno. Setor B O setor denominado como B, expõe principalmente a existência de ocupações irregulares em APP, gerando uma má qualidade do espaço e interferindo diretamente em questões 14
Cruzamento de dados e análises anteriores que compõe um mapa síntese de compreensão do território, embasando a sua setorizaçã para próximas etapas.
EQUIPAMENTOS Saúde Esportivo Ensino Fundamental/ Médio Ensino Infantil Religioso Religioso SISTEMA VIÁRIO Rodovia Arterial Coletora LINHAS ÔNIBUS Linha Viracopos 2 Linhas 3 Linhas
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PROPOSTA GERAL abril/2016
dezembro/2017 período de realização da etapa: agosto/2016 - dezembro/2016 equipe: Daniela Taricano Helder Ferrari Gabriel Barzon Giovanna Federico Letícia Papa
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PROPOSTA GERAL A partir da análise de setorização, que permite a compreensão das peculiaridades e diferentes fatores e agentes envolvidos em cada trecho do parque, é possível partir para um estudo de proposta geral, com base no Plano Diretor e Lei de Uso e Ocupação do município, que tem como base a recuperação da salubridade e segurança do território, infraestrutura necessária e proposta de novos equipamentos, levantados através da própria população da região. Na análise do território, observa-se o envolvimento de diferentes secretarias da Prefeitura Municipal, uma vez que os mapas temáticos de levantamento apontam a presença de equipamentos educacionais e esportivos diretamente ligados ao parque, além de habitações consolidadas irregulares, tanto em área de proteção do rio, quanto sobre a linha férrea existente. Em um primeiro momento, analisa-se a relação do rio com o território, e quais medidas serão necessárias para recuperação do curso d’água e seu entorno imediato. Assim, propõe-se a recuperação da mata ciliar, desassoreamento e remoção de moradias irregulares, previstos em legislação, estudos acadêmicos e planos das secretarias da Prefeitura, além de programas que incentivem a vivência da população com o rio, criando uma nova relação de harmonia. Além do rio como uma rede que interligam todos os setores, independentemente de suas características, surge a proposta de pistas de caminhada e ciclovias, que garantem tanto a conexão do parque como um todo e criam um sistema fechado interno, quando a ligação com o sistema viário da cidade. A próxima etapa estuda a distribuição de programas e equipamentos emergenciais, devido a demanda existente da população e a necessidade de centralidades que organizem e preservem os espaços coletivos. A partir dessa ideia, cria-se um centro comunitário, que abriga um espaço livre coletivo, além de administração, banheiros e cozinha públicos, se adequando aos espaços de acordo com suas demandas. Como programas complementarem, porém não menos importantes, são articulados aos centros quadras poliesportivas, praças, bancos, áreas de permanência e contemplação, 18
distribuídos de acordo com os critérios que definem os setores e a relação com o entorno. Fundamentado nesses estudos, o trecho definido como A recebe um centro comunitário, quadras poliesportivas, recuperação de uma horta coletiva, praças, academia para idosos e playground, devido ao seu vínculo com os equipamentos existentes. O trecho B, apresenta o menor módulo do centro, apenas com banheiros, uma praça molhada e pista de skate, demandadas pela população. Já os trechos C e D, se comportam como setores de transição do parque, que englobam apenas a continuação da rede de percursos e recuperação do rio e mata, devido as suas complicações envolvendo outras secretarias e um entorno ainda não previsto na área de ZEIS (Zona Especial de Interesse Social). Desse modo, foi proposto uma possibilidade de loteamento que interliga áreas livres e coletivas do futuro loteamento com o parque, contrapondo o que é praticado na cidade atualmente. Para finalizar, o trecho E recebe um módulo intermediário do centro que articula quadras e playground, já que está numa distância considerável do trecho A, ou seja, os raios de abrangência dos equipamentos propostos no primeiro trecho não envolvem o último setor do parque. Logo após esse estudo de distribuição dos programas e da viabilidade de implantação, foi possível prever uma hierarquia dos trechos, a qual é necessária devido a disponibilização de recursos para realização do projeto. Assim, define-se o trecho com maior prioridade, o trecho A, para desenvolvimento na escala de arquitetura e maior detalhamento dos elementos que o compõe.
PROJETO CAPIVARI MIRIM
Centro Comunitário - módulo intermediário
1:2500
E Playground Quadras poliesportivas
D
C
ZEIS - proposta de loteamento
B
Praça molhada
A
Skate
Mirante
Área de recreação infantil/ equipamento de idosos
Horta Comunitária Quadras poliesportivas
Centro comunitário módulo completo
Centro Comunitário módulo menor
Proposta geral - Parque Ribeirão Viracopos escala 1:5000 19
TRECHO A abril/2016
dezembro/2017 período de realização da etapa: janeiro/2017 - dezembro/2017 equipe: Igor Chagas Letícia Papa Pamela Castro Sophia Luz
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TRECHO A O recorte estabelecido como trecho A, foi escolhido como prioritário para o início do desenvolvimento de projeto em escala de equipamentos urbanos, uma vez que já apresenta uma concentração de equipamentos públicos (como, escola de ensino fundamental, posto de saúde, centro esportivo), está conectada diretamente no sistema viário e de mobilidade da cidade e apresenta maior viabilidade para desenvolvimento de novos programas e infraestrutura. O trecho é dividido em quatro principais setores, interligados por pistas de caminhada e ciclovia. Cada setor foi definido com seus usos e potencialidades, desenvolvidos a partir da proximidade aos equipamentos existentes, demanda popular levantada através da própria comunidade, usos (regularizados ou não) da área pública vazia, viabilidade da topografia e relação com seu entorno imediato. As pistas de caminhada e ciclovia, demandadas pela população tanto para lazer como para transposição do parque, foram implantadas no sentido das curvas de nível, de forma a garantir menor movimentação de terra. Estas fecham um percurso interno no parque, junto a segmentos que as ligam no sistema ciclo viário previsto para essa região do município. O trecho A1, localizado na extremidade direita do parque, une a facilidade de acesso, tanto pela topografia quanto a conexão com a cidade, com a necessidade de um equipamento social coletivo, tornando-se o principal acesso do parque. Nesse trecho, após identificação de uso de um gramado adaptado a um campo de futebol, define-se uma área de quadras poliesportivas, associadas a um centro comunitário, além da requalificação do gramado, deixando-o livre para apropriação da própria população. O trecho, que possui diferentes cotas de nível, possui acessos tanto em níveis, quanto através de escadas e rampas. Mesmo com a diferença de níveis, todos os percursos são pensados garantindo acessibilidade a todos. As quadras, implantadas de forma a proporcionar menor movimentação de terra possível, recebem degraus inseridos na própria topografia, que exercem função de arquibancada e acesso direto ao nível dos equipamentos. 22
Todos esses elementos são articulados a partir do centro comunitário, inserido no trecho para proporcionar um espaço de lazer, manifestações, reuniões de bairro, armazenamento e manutenção de equipamentos. Seu programa consiste em uma varanda de transição da praça para seu interior, um salão amplo livre (o qual poderá ser apropriado pela população de acordo com a necessidade), escritório, depósito e banheiros públicos. A lógica do processo de criação do centro comunitário é dada em módulos, os quais recebem diferentes funções dentro do seu programa. Desta forma, é possível sua ampliação ou redução de acordo com a demanda e o lugar de implantação de cada trecho, possibilitando maior racionalização no processo e uma identidade ao parque. Seu processo construtivo é desenvolvido a partir do bloco, onde o mesmo elemento exerce funções estruturais e vedação. Desta maneira, é possível um método racional e simples, reduzindo tempo de construção, a probabilidade de erros e a frequência de manutenção do edifício. O trecho A2 está localizado próximo ao centro de saúde e recebe um espaço para permanência e contemplação e uma academia ao ar livre para terceira idade, demandada pelos idosos do bairro. O acesso de bicicletas e pedestres é realizado por rampas e escadas, conectando ao percurso do parque. O trecho A3 está associado diretamente com a lagoa e o Complexo Esportivo já existente no setor do parque. Seu programa consiste em uma praça para permanência, uma caixa de areia para playground e uma possibilidade de conexão com o equipamento existente. O trecho A4 surge a partir de uma topografia extremamente acidentada, o maior potencial paisagístico do parque e uma demanda da população para espaços de manifestações culturais e artísticas. Desta forma, cria-se o acesso da rua ligado diretamente a transposição do lago, e sua extensão dá forma a um mirante. Este, quando associado ao trecho A3, cria um espaço de caráter palco-plateia.
TRECHO A3 E A4
EQUIPAMENTOS EXISTENTES
TRECHO A1
TRECHO A2
Implantação trecho A escala 1|100 23
24
TRECHO A1
B
C
A
D
B
C
A
D
IMPLANTAÇÃO escala 1|200 25
CORTE AA
CORTE BB
CORTE CC
CORTE DD
27
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PRAÇA CENTRO COMUNITÁRIO
PLANTA NÍVEL 664,0 escala 1|100 29
A
1
A
2 3.15
3 3.15
B
4
A
5
3.15
6
3.15
3.15
7 1.50
ELEV. 02
1.79
3.01
0.14
3.01
0.14
3.01
0.75 0.14
0.91
0.14
0.91
salão comunitário banheiros
0.14
0.91
0.14
1.31
6.61
3.59
C
salão comunitário salão comunitário escritório / depósito 0.14
3.01
0.14
0.29
0.89
9.45
0.75
0.91
2.86
3.15
3.60
664,05
2.71
664,00
varanda de acesso
D 1.19
1.96
3.01
0.14
3.01
3.29
1.36
ELEV. 01
centro comunitário PLANTA . 1|50
A
30
3.29
A
B
A
0.14
7.19
1.65
3.01
4.19
2.70
0.91
1.31
0.91
B
0.89
0.89
0.75
0.29
A
A
1
2 3.15
3 3.15
B
4
5
3.15
6
3.15
3.15
7 1.50
ELEV. 02 0.75
A
2.70
B
3.60
C
D 1.19
centro comunitรกrio PLANTA . 1|50
1.96
ELEV. 01 A
B
31
DETALHE 1
DETALHE 1
664,00 centro comunitรกrio CORTE BB . 1|50
3.45
3.60
A
D
C
DETALHE 2
664,00 centro comunitรกrio
0.75
CORTE AA . 1|50
A
32
2.70 B
3.60 C
D
DETALHE 1
DETALHE 1
664,00 3.60
centro comunitรกrio
3.45
D
CORTE BB . 1|50
A
C
DETALHE 2
664,00 centro comunitรกrio
0.75
CORTE AA . 1|50
A
2.70 B
3.60 C
D
33
3.15 1
centro comunitário
3.15
3.15
3.15
3.15
1.50
2
3
4
5
6
3.15
3.15
3.15
3.15
3.15
7
ELEVAÇÃO 01 . 1|50
1.50
7
6
centro comunitário ELEVAÇÃO 02 . 1|50
34
5
4
3
2
1
35
TRECHO A2
E
F
F
E
PLANTA NÍVEL 662,0 escala 1|100 36
6.0000
3.1500
14.0000
0.1500
8.8500
CORTE EE escala 1|50
2.5000
2.0000
13.6500
1.0000
12.1500
6.0000
37
CORTE FF escala 1|50
6.0000
14.0000
3.1500
0.1500
8.8500 39
POSTE SOLAR PISO INTERTRAVADO
BASE POSTE 0.05
CIMENTO USINADO
0.05
BRITA
0.4000 SEPARAÇÃO DOS PISOS: DRENAGEM E ALINHAMENTO DE POSTES SOLARES
Detalhe pisos e transição
POSTE SOLAR PISO INTERTRAVADO 0.05
CONCRETO USINADO
0.1400 0.0400
BASE POSTE 0.05
ARMADURA
TOPOGRAFIA NATURAL DRENAGEM TERRENO
0.4000
SEPARAÇÃO DOS PISOS: DRENA E ALINHAMENTO DE POSTES SO
BRITA 1
Detalhe banco com talude com quedra perpendicular ao seu sentido
PISO CIMENTADO
PISO INTERTRAVADO
0.1000
0.4000 0.3000 0.2000
CONCRETO USINADO
0.1400 0.0400
ARMADURA
Detalhe pisos e drenagem - caminhada e ciclovia
Detalhe banco com talude com quedra paralela ao seu sentido
43 TERRENO
BRITA 1
TRECHO A3 E A4 G
0
40
10
15
20m
G
CORTE GG escala 1|75
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ETAPA Serviços preliminares
Fundações
Estacas:
Radier:
PROCEDIMENTOS -Limpeza: corte da vegetação – quando necessária a retirada de lixo, pedras e outros objetos que interfiram no processo de movimentação de terra. -Movimentação de Terra: realização de cortes e aterro – conforme projeto de terraplanagem. Observar e comparar o volume de aterro pode ser compensado pelo volume de corte. -Compactação: Prever, em média, redução de 20% do volume após compactação. Obs.: Para correta aferição do volume será necessário uma analise técnica no terreno. -Preparo do canteiro de obras: instalações hidráulicas e elétricas de apoio aos funcionários e armazenamento dos materiais. As Ligações à rede de energia e esgoto sanitário deverão seguir orientação técnica das concessionarias. -Gabarito para locação: Deverá ser realizados de maneira manual ou através de estação geral por topografo.
ETAPA Arrimos:
-Realização da fundação conforme descrição da etapa Fundações Estacas (pág. ?) -Prever arranques para grauteamento dos muros de arrimo – conforme projeto arquitetônico e estrutural. -Alvenaria: Observar a amarração entre elementos de alvenaria e cintas de reforço conforme projeto arquitetônico e estrutural.
Alvenaria Estrutural
(após realização da etapa Fundações) -Locação dos arranques para correta modulação da alvenaria – Observar procedimentos da etapa Fundações. -Observar e respeitar o projeto de arquitetura quanto a: modulação e amarração das alvenarias. -Primeira etapa de assentamento da alvenaria até altura de 1,50m, prevendo instalações hidráulicas e elétricas – conforme projeto de arquitetura e instalações. -Primeira etapa de concretagem do graute. -Assentamento de canaletas de aberturas, com armação e concretagem das mesmas. -Segunda etapa de assentamento da alvenaria até altura de 3m ou conforme projeto arquitetônico. Prever para esta etapa andaimes e correto Equipamento de Proteção Individual (EPI). -Segunda etapa de concretagem do graute. -Assentamento da canaleta de respaldo: para finalizar a alvenaria e preparar para recebimento da laje. -Limpeza e rejunte quando necessário.
Lajes
-Assentamento de canaleta J ou U conforme projeto arquitetônico e estrutural para correta conexão entre lajes e alvenaria estrutural. -Montagem do escoramento e painéis para preparo para concretagem da laje. -Armadura da laje conforme projeto estrutural – Observar a correta solidarização com armadura de grautes e caneletas. -Concretagem: prever correta resistência e especificação conforme projeto estrutural
Instalações elétricas e hidráulicas
-Passagem de conduítes, conforme projeto de instalações prediais e projeto arquitetônico. Observar modulação e amarração das alvenarias para evitar corte e retrabalho da mesma. -Instalação dos pontos de luz e força, conforme projeto de instalações. -Locação da rede de esgoto e abastecimento de água fria e quente conforme projeto de instalações. -Prever ramal de ventilação de esgoto sanitário. -Instalação dos metais sanitários. -Observar modulação e amarração das alvenarias para evitar corte e retrabalho da mesma na realização das instalações elétricas e hidráulicas.
Drenagem superficial
-Conforme projeto de drenagem superficial de Agua de Chuva, prever canaletas, caimentos de pisos acabados e correta ligação com sistema de Drenagem Urbana.
Prever necessariamente sondagem do terreno para correta aferição do tipo de fundação. Para efeito de previsão de custos e procedimentos, foram ensaiados um tipo de fundação profunda – estaca escavada e outro tipo “rasa” – radier. (após correta locação dos pontos conforme projeto estrutural) -Perfuração das estacas: através de uma perfuratriz mecânica respeitando profundidade e especificidades do solo através de sondagem previamente executada. -Armação: inserção da armadura, conforme cálculo estrutural específico. Prever locação dos grautes, para receber a alvenaria estrutural e concretagem. -Concretagem das estacas: Observar no projeto de calculo estrutural a resistência especifica do concreto usinado. -Vigas baldrames: abertura da vala manualmente ou mecanicamente conforme dimensionamento de projeto arquitetônico e estrutural. Prever fôrma de madeira com desmoldante nas laterais e base em brita 1 para correto isolamento do concreto em relação ao solo e dimensionamento dos elementos estruturais. -Armação das vigas: conforme projeto estrutural – Prever, se necessário, arranques para grautemaneto da alvenaria estrutural. -Concretagem das vigas: Prever vibrador mecânico para correta distribuição do concreto entre fôrma e armadura. -Embasamento: realizado para receber instalações elétricas e hidráulicas sem comprometer os elementos estruturais, com altura variável entre 20 a 40cm. -Impermeabilização: em geral, realizado com pintura tipo neutrolin, aplicada nas faces laterais e superior do baldrame e embasamento. -Reaterro das valas das vigas baldrames. -Contra piso: em concreto, realizado para melhor trabalhabilidade no canteiro de obras. -Preparo da base de radier: nivelamento do terreno e compactação. -Formas: aplicação de formas em todo perímetro do radier, de maneira que fiquem em esquadro ao terreno. -Inserção de camada de Brita 1, de forma a evitar o contato direto do concreto com a terra e possibilitar a redução de sua resistência com a umidade. -Impermeabilização: aplicação de manta plástica sobre a camada de brita para impermeabilizar e evitar contato com umidade. -Armação: conforme projeto estrutural – inserção da tela de armadura. -Concretagem do radier.
PROCEDIMENTOS
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Tabela demonstrativa de estimativas orçamentárias do trecho A do Parque Ribeirão Viracopos, baseadas nos desenhos propostos, que permitem a mensuração das áreas e suas especificações, associadas as informações fornecidas pelo Indicador dos custos da Construção Civil do Custo Unitário Básico (CUB) da Câmara Brasileira de Indústria da Construção (CBIC). A tabela é organizada a partir dos setores pré estabelecidos, iniciando por aspectos gerais que englobam todo o setor, até as particularidades de cada trecho, onde:
TRECHO Geral
- Trecho: definição de qual trecho está sendo quantificado. - Especificação: definidos quatro grupos gerais de estruturação dos trechos, sendo Percursos (caminhada e ciclovia), Pisos (definidos nas praças e euqipamentos específicos como quadras), Forrações (definidos dois tipos) e Construção Civil (que engloba edificações e muros de arrimo).
ÁREA (m)
VALOR POR M² (R$)
VALOR (R$)
% DO VALOR TOTAL
Caminhada
2864,69
50
143234,5
37%
Forração - tipo 1
15884,8
6
95308,8
Forração - tipo 2
9009,73
7
63068,11
42%
Ciclovia
1566
50
78300
21%
379911,41 Trecho A1
- Área: dimensão em metro quadrado de cada especificação analisada. - Valor por m²: valor estimado, em reais, por metro quadrado de cada especificação, definido pelo CUB. - Valor: valor total de cada especificação por trecho, em reais. - % do Valor Total: porcentagem do custo da especificação em relação ao custo total do trecho, com o intuíto de analisar os aspectos que possuem maior gasto e como o desenho pode influenciar em intervenções urbanas. Trecho A2
Trecho A3
Trecho A4
46
ESPECIFICAÇÃO
Piso - praças
1185,35
50
59267,5
Piso - quadras
960
Forração - tipo 1
2169,4
8
17355,2
Forração tipo 2
199,48
10
1994,8
6%
Construção Civil arrimos
52,92
80
4233,6
2%
Construção Civil centro comunitario
125
1000
125000
41%
Construção Civil arquibancada
180
150
27000
8%
Piso - praças
224,65
50
11232,5
Forração - tipo 1
50,36
8
402,88
Forração - tipo 2
176,5
10
1765
5%
Construção Civil - arrimos
35
80
2800
7%
Construção Civil - academia
150
133
20000
56%
Piso - praças
602
50
30100
86%
Forração - tipo 2
247
10
2470
7%
Construção Civil - arrimos
28,62
80
2289,6
7%
Piso - praças
427,79
50
21389,5
85%
Construção Civil - arrimos
48,68
80
3894,4
15%
68850
43%
303701,1 32%
36200,38
34859,6
25283,9
47