Black is the new Black

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BLACK IS THE NEW BLACK PROJETO BARBIE COM INSPIRAÇÃO NA COR PRETA



BLACK IS THE NEW BLACK pág. 02

HISTÓRIA DA BARBIE pág. 04

PRETO TUDO SOBRE A COR pág. 06

SOBRE A INSPIRAÇÃO pág. 07

PAINEL DE INSPIRAÇÃO pág. 08

FOTOS DO PROJETO pág. 10

Feito por: Letícia Faria Ferreira l RA: 540055 l 3ºC Manhã


BLACK IS THE NEW BLACK

Letícia Faria, 19 anos, faz parte da nova safra de jovens talentosos do mercado. Cursando o segundo ano da faculdade de moda, Letícia a define como meio de expressão e estilo de vida. Foi descoberta pelo FFW através de um projeto em que a proposta era vestir uma boneca barbie com a inspiração na cor preta.


FFW: Como você foi parar na área da moda? Quando cheguei no terceiro ano do colégio, precisava tomar uma decisão para entrar na faculdade, e a minha primeira opção era Biologia, eu amava a parte de botânica, mas os meus pais não queriam de jeito nenhum. Então tive que ir atrás de outra opção, na época eu adorava revista e blogs de moda, mas não sabia que isso podia virar uma profissão, então meus pais me enconrajaram para procurar sobre a área, procurei e simplesmente me apaixonei. FFW: Qual o diferencial do seu trabalho? Quando eu penso na criação de uma roupa, sempre me vem na cabeça algo que pode ser usado, dificilmente faço uma moda conceitual, acho que isso me restringe a um estilo mais clássico e minimalista e considero o diferencial do meu trabalho uma moda usavel e que dificilmente impacta as pessoas. FFW: Em qual área da moda você mais se identifica? Me identifico com a área de gestão e sou apaixonada pela parte de jornalismo,. O emprego dos sonhos seria trabalhar como jornalista em uma revista ou um veículo online. FFW: Conta um pouco das suas principais inspirações do projeto da Barbie Antes de começar o projeto, respondi mentalmente um pequeno questionário, como se fosse um stop, e tinha que colocar a primeira palavra que vinha na minha cabeça quando eu pensava no tópico relacionando-o com a cor preta. Os tópicos eram: lugar,pessoa,sensação,filme e música. Depois de responder, começei a parte do croqui, e usei duas daquelas informações do questionário para usar como inpiração,lugar e a pessoa. Como inspiração de lugar, escolhi Finlândia, pela caracteristica do frio e pessoa a consultora de moda Costanza Pascolato. Montei um painel de referências de tecidos pesados e usei três caracteristicas básicas que a Costanza sempre usa para compor seus looks: calça, a cor preta e uma terceira peça. FFW: Descreva seu trabalho O destaque principal do meu trabalho é a capa feita em malha, ela representa o frio e a terceira peça que Costanza sempre usa, depois escolhi usar o couro na calça reta porque toda vez que penso em frio automaticamente vem jaqueta de couro na minha cabeça, e para fugir do óbvio escolhi usa-lo na calça,

e por último a renda que foi usada em uma cae por último a renda que foi usada em uma camiseta de manga comprida e de gola canoa, uma modelagem extremamente simples mas que representa toda a feminilidade que a Barbie e a mulher representa. FFW: Como foi desvincular a figura da Barbie da cor rosa e da leveza dos figurinos? A propósta do trabalho era trabalhar apenas com a cor preta, então não tinha como usar a cor rosa, mas a minha inspiração era fazer um figurino para o frio então teria que ser algo mais pesado, desde a modelagem até os tecidos usados. Desvinculei a cor rosa, mas ainda deixei o look feminino para trás, porque a Barbie para mim representa essa feminilidade que toda mulher tem, independente se é representada na roupa ou no modo de se comportar. FFW: Quais tecidos você escolheu para a confecção da roupa? Escolhi usar couro, malha e renda. FFW: Você pretende continuar nessa área de criação? Para ser sincera eu acho que não, eu adoro a cadeia produtiva, porém não me identifco totalmente com a área. No meu curso existe duas opções de segmento, no terceiro semestre temos a opção de escolher entre o curso de criação, que é voltado para a área de estilismo, e o curso de gestão, que tem aulas de marketing, jornalismo, custos. E até no momento, irei escolher a parte de gestão, acho que abrange mais áreas que provavelmente me identifico. FFW: Você usou a Costanza como inspiração, você imagina essa roupa nela? Sem margem de dúvidas! FFW: E o seu estilo pessoal? Você se imagina usando esse look completo? Novamente sem margem de dúvidas, eu fiquei simplesmente apaixonada pela capa e já estou providenciando uma igualzinha porém no meu tamanho, tudo bem que não tem que ser muito maior [risos]. FFW: Se você tivesse que definir seu trabalho em algumas palavras qual seria? Definiria em simplicidade e companherismo, porque quem me ajudou nesse projeto foi a minha vó e ela recebe o crédito também. Obrigada Vó!


A HISTÓRIA DA

Foi Ruth Handler, esposa de Elliot Handler (fundador da empresa norte-americana Mattel) quem teve a idéia de fabricar uma boneca adulta, que até então só existia em papel (na verdade, a boneca alemã Lili, feita de celulóide, é anterior à Barbie e pode ter inspirado Ruth Handler). Mãe de três filhos, Ken, Skipper e Barbara, ela não teve dúvida quanto ao nome da nova boneca: Barbie, o diminutivo de Barbara. Mais tarde, Ken viria ser seu namorado e Skipper sua irmã-boneca. Encomendada ao designer Jack Ryan, em 1958, ela foi lançada oficialmente na Feira Anual de Brinquedos de Nova York, em 9 de março de 1959. Barbie foi apresentada como uma modelo teenager vestida na última moda. Aliás, a imagem da boneca sempre foi a de uma top model, símbolo de sucesso, beleza e juventude. Loura e vestida com um maiô listrado em preto e branco, a boneca nasceu com o corpo de manequim, longas pernas e cintura fina, as medidas perfeitas para os seus 29 cm de altura. Ela já trazia modelos de roupas e acessórios que podiam ser trocados, ou seja, tudo o que pudesse identificar o universo jovem dos final dos anos 50: vestidos rodados, calças cigarrete, luvas e até um modelito para ir ao trabalho como designer de moda (1960). A moda dos últimos 40 anos pode ser contada através da Barbie e sua coleção de estilos e modelos. Sempre na última moda, ela reflete as mudanças do mundo feminino. Em 1961, ela ganhou um namorado, o Ken, que tinha o tipo do ator de cinema Troy Donahue. Ken também sempre acompanhou a moda da época, munido de vários modelos e acessórios, além de variar o corte do cabelo de acordo com o último estilo jovem. Os anos 60 corriam e a Barbie era a típica garota americana, com seu twinset de lã e faixas no cabelo [perucas que vinham em três cores: loura, castanha e ruiva]. Em 1962, se vestiu de Jacqueline Kennedy, exemplo de elegância e bom gosto, com o famoso tailleur cor-de-rosa. O desenvolvimento de uma cultura genuinamente jovem, as mudanças na moda, música e estilo de vida chegaram até ela. Surgiu Twiggy, em 1967, vestida de tubinho mini [claro] e botas amarelas, no melhor estilo londrino da época, moderna e divertida. Em 1965, ela ganhou pernas flexíveis e, em 1968, seu rosto ganhou um aspecto ainda mais jovem, com longos cílios e olhos azuis. Fechando a década, roupas floridas, estampas psicodélicas, grandes óculos e uma nova amiga, a primeira boneca negra, Christie (1969). Durante os anos 70, assim como a juventude da época, Barbie acreditava na paz universal, fazendo música e explorando formas alternativas de viver. As minis, viraram midis e maxis. Os cabelos cresceram e o visual se tornou hippie. Em 72, ela ganhou um trailer, passaporte para uma vida mais próxima à natureza, com suas saias de retalhos e vestidos românticos estilo Laura Ashley.


Também havia o estilo Malibu (71), de pele bronzeada, cabelos louros bem claros e pronta para surfar. Com o sucesso da onda disco, Ken ganhou uma versão John Travolta (no filme “Embalos de Sábado à Noite”). O casal encarnou várias celebridades da época, sempre com muito brilho e sucesso, a bordo de seu novo carro - um modelo rosa-choque esportivo. Os anos 80 foram marcados pelo glamour e mistura de proporções das roupas. Barbie apareceu em versão seriado Dallas, com cabelo estilo Farrah Fawcet, tudo com muito glitter e lábios vermelhos. Mangas bufantes e blusas transparentes faziam parte do figurino. Em 1982, a maquiagem virou item obrigatório e já fazia parte dos acessórios da boneca. A mania fitness da década, o estilo alegre das roupas, a mulher de negócios, o glamour dos modelos de festa, os símbolos pop da época, como Madona e Whitney Houston, tudo isso fazia parte do mundo Barbie dos anos 80. Barbie chegou aos 90 dirigindo uma Ferrari, se divertindo, cantando e dançando. Seus cabelos estavam mais compridos que nunca e suas roupas cada vez mais sofisticadas. Em 1992, sempre politicamente correta, ela se candidatou à presidência dos Estados Unidos. Entre os diversos estilos adotados por ela, estavam a Barbie rap, roqueira, salva-vidas, médica, dentista, ginasta e uma super-Barbie, com capa cor-de-rosa. Em 1996, ela ganhou uma amiga paraplégica, Becky, que vinha com uma cadeira de rodas. Ken, o eterno namorado, não ficou para trás, ganhou uma versão Brad Pitt em 1999. Nesse mesmo ano, as tops Claudia Shiffer e Naomi Campbel também ganharam suas versões da boneca. Dotada de um corpo mais flexível, Barbie chegou ao ano 2000 como uma mulher moderna, que trabalha, e por isso precisa de vários novos acessórios, como computador e celular. Um modelo comemorativo foi lançado para comemorar os 40 anos da boneca, que vem usando um vestido longo preto com detalhes em prata e um buquê com 40 rosas vermelhas. Um luxo!!! A Barbie de hoje reflete o comportamento e os desejos das garotas de todo lugar. Ela pode ser o que quiser, sempre com estilo e claro, na última moda.


ELEGÂNCIA CONFIANÇA LUTO RENASCIMENTO MORTE

A cor preta consiste na cor mais escura de todo o espectro das cores, e normalmente simboliza respeito, morte, isolamento, medo ou solidão. A cor pode ser obtida através da mistura das três cores primárias: vermelho (magenta), amarelo e azul (ciano). Para algumas pessoas, a cor preta é classiicada como a ausência de cor, enquanto para outras é a ausência de luz. A cor existe graças à luz, e uma substância é preta porque absorve todos os comprimentos de onda do espectro solar. A cor preta também significa tristeza e reverência e por esse motivo pessoas que estão em luto muitas vezes vestem roupa preta, sendo uma cor preponderante em muitos funerais ocidentais. Além disso, também pode significar elegância, dignidade, luxo e sofisticação. É bastante comum ver pessoas vestidas de preto em eventos de gala, porque pode ser um sinal de classe. As cores podem despertar diferentes sensações, o que é usado muitas vezes no âmbito da publicidade. Neste caso, quando a cor preta está associada a uma empresa ou marca, ela indica nobreza e transmite uma sensação de seriedade. A coloração preta significa que existe a absorção de todas as cores da radiação

luminosa. Assim, a coloração preta absorve a radiação solar. Por esse motivo, se usarmos roupa preta em um dia de sol e de calor, a sensação de calor será maior. Existem também preconceitos e crendices relacionados com a cor preta, como por exemplo, que o gato preto é um sinal de azar. A palavra preto tem origem no termo em latim pressus, que remete para o ato da compressão. Isto significa que na cor preta existem vários pigmentos estão comprimidos. Para cada cultura a cor pode representar diferentes significados, nas culturas ocidentais (américa do norte e europa) a cor preta é uma cor pesada, representado o luto, morte e funerais., ela também pode significar formalidade. Na Tailândia e no Tibet representa o mal e a má sorte, já na china assume um significado de confiança e alta qualidade. Para os países da América Latina a cor representa o luto, nos países africanos como na Etiópia, a cor está relacionada à ideia de impureza e o desagradável, na Nigéria significa algo ameaçador. Enquanto os Iranianos usam o preto para o luto, os egípcios relacionam a cor com o renascimento, para os australianos , é considerado a cor das pessoas, representando os aborígenes e já na Nova Zelândia o preto é a cor oficial do país.

“As cores podem despertar diferentes sensações, o que é usado muitas vezes no âmbito da publicidade.”

SOBRE O PRETO//


Nascida na Itália, numa família da aristocracia italiana, Costanza chegou ao Brasil aos cinco anos, acompanhada pelos pais, Michele e Gabriella Pascolato, que em 1948 fundaram a Tecelagem Santa Constância. No colégio Dante Alighieri (1950), Costanza ficava de castigo por mudar o uniforme. Achava que ele não ficava bem. Subia a barra da saia, usava o casaquinho ao contrário para esconder os botões dourados e inventava novos nós para a gravata. Com a morte do pai, Costanza assumiu a tecelagem e a transformou numa das maiores empresas brasileiras do ramo têxtil. Em 1971, também começa a trabalhar para a Editora Abril. “Comecei a trabalhar na Claudia e Claudia Moda nos anos 70. Foi quando apareceram as primeiras marcas de pronta entre-

ga aqui no Brasil. Eu tive a sorte e o privilégio de trabalhar na moda numa época em que tudo mudou” Em 1988 Costanza sai da editora Abril, volta a trabalhar na Santa Costância e abre sua empresa de consultoria. Autodidata, quebrava a cabeça e a cara, mas aprendia. Hoje assina uma coluna mensal na Vogue. Lança seu primeiro livro “O Essencial” em 1999, e em 2009 lança o “Confidencial. Segredos de moda, estilo e bem-viver”. Figura sempre presente na mídia, Costanza é reconhecida como uma autoridade em moda no Brasil. E em 2013 Costanza se arrisca no mundo digital, e lança a sua plataforma online, “Se a liberdade é absoluta, é o uso dessa liberdade que vai ditar as regras e é por isso que estou com vontade de fazer internet”

PASCOLATO

COSTANZA








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