As aranhas O Natal já vinha perto E, em casa, que confusão Toda a gente atarefada Com a vassoura na mão. E as aranhas perseguidas Fugiam a oito patas. E iam esconder-se no sótão Com os ratos e as baratas. Lá em cima, muito tristes, Lamentavam o seu mal:
As aranhas, uma a uma Saíram lá do seu canto. E foram ver o pinheiro Que estava mesmo um encanto. Mas, ao andarem pelos ramos, As pobres aranhas feias Deixavam atrás de si Os fios cinzentos das teias! O Deus Menino, porém Estendeu sua mão bendita. Transformando em fios de prata Os sinais dessa visita.
- Ai, se ao menos nos deixassem
Ver a árvore de Natal! Mas, o Menino Jesus Mandou-lhes este recado, Por uma estrela que brilhava Entre as frestas do telhado:
Dizem que foi desde então, Que se tornou habitual Enfeitar com fios brilhantes As árvores de Natal. Maria Isabel Mendonça Soares
«Quando a gente desta casa Estiver toda deitada, Aranhas, tendes licença De ir ver a árvore enfeitada.»
Publicado em: http://www.escolovar.org