Monografia 100 sem linha de corte

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Trabalho Final de Graduação

Arquitetura Religiosa para cidades contemporâneas

Universidade São Judas Tadeu

Levy de Lima Vitorino

Orientadora: Ms. Luciana Brasil

São Paulo 17 11 2014


Sumário

O redesenho do solo 7 O tema 11 O lugar 15 Conclusões 18 Histórico do Bairro de Heliopolis 21 Tipologias religiosas 27 Estudos de caso 31 Programa 42 Aproximação do Terreno 48 Ampliação A5 89 BIBLIOGRAFIA 91


Partido urbano - Templo em Heliópolis 51 Estudo esquemático de implantação 52 Planta de Cobertura 53 PLANTA DE ACESSO 56 Cruz Simbólica 58 Ampliação 1 60 CORTE AA 63 Planta SUBTERRÂNEO 01 64 Via Sacra 70 Ampliação 2 72 Ampliação 3 73 Planta SUBTERRÂNEO 02 74 CORTE Perspectivado 82 CORTE CC 83 Ampliação 4 84 CORTE BB 87 Ampliação 5 88 BIBLIOGRAFIA 91



Introdução:

Tema, Justificativa, objetivos e método

O trabalho mostrará a necessidade de se repensar a arquitetura religiosa contemporânea na periferia, uma vez que a partir da década de 60 há maior vontade da igreja católica de aproximação à essas regiões fragilizadas socialmente, e essa vontade deve se refletir na arquitetura, deve ser projetada para o novo contexto urbano, para a sociedade atual, pois as necessidades da cidade mudaram, os templos não possuem o mesmo significado que sempre tiveram para o meio urbano. O aumento populacional gerado a partir dos anos 60, devido a industrialização principalmente fez com que a cidade tomasse novos rumos, gerou um crescimento desenfreado, com o crescimento e formações de favelas, novos empreendimentos imobiliários de alto gabarito, vias elevadas, que acabaram poluindo visualmente a cidade. O projeto pretende propor um templo que estabeleça outra linguagem com a cidade, um templo que seja mais próximo das pessoas e que crie barreiras físicas ou virtuais como é de costume nesse tipo de edificação. Por estar situado no contexto de uma cidade com um grau elevado de informações distintas, o projeto deve trazer um respiro para a cidade. Isso será feito a partir do estudo de casos de projetos que discutem e colocam em evidência o redesenho do solo, podendo trabalhar o projeto na cota negativa da cidade, com cheios e vazios, com suaves mudanças de cotas de forma não agressiva visualmente. Criando áreas livres de acesso sobre o edifício, dando espaço para a cidade repleta de muros. Primeiramente, este trabalho vai mostrar do que se trata o redesenho da topografia, para que se possa introduzir as justificativas do tema e do lugar já com a imagem do que essa arquitetura topográfica é capaz de atender em um lugar e o que ela pode proporcionar ao tema. Após justificar o tema e o lugar a partir de teoria, dados e pesquisas, inicia-se a busca de elementos da região, para que ela possa ser compreendida da máxima forma possível, de modo que isso garanta um projeto de maior qualidade para atender as necessidades urbanas e sociais. Posteriormente serão analisadas referencias de projetos, para que seja possível projetar um templo completo, que respeite as tradições do catolicismo, e que também tenha uma nova linguagem, necessária para atender as necessidades do lugar a partir dos conceitos de arquitetura contemporânea.

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6

ITEM 01


O redesenho do solo:

A aproximação da arquitetura à cidade.

7

Este trabalho vai discutir o redesenho do solo na arquitetura com base em conceitos contemporâneos onde se busca o reencontro da arquitetura com o solo na pós modernidade, tendo como legado na cidade “a liberação do solo” proclamada por Le Corbusier a partir de 1926 ¹, onde se eleva o edifício para dar ao térreo passagem ou lazer. A questão agora é tornar a arquitetura mais próxima – da cidade e das pessoas - , criando percursos e áreas de lazer, quebrando barreiras físicas, virtuais e visuais. O objetivo é dar continuidade à cidade criando percursos e áreas de lazer qualificados, projetando no negativo da cidade, redesenhando o solo, não criando mais um barreira visual para a cidade que polui-se com grandes empreendimentos imobiliários e construções de vias elevadas, ambos gerados pelo aumento populacional das grandes cidades.

ITEM 07

Ewha Womans, a Universidade para Mulheres de Dominique Perrault na Coréia cria uma nova topografia, através de dois grandes blocos divididos por um percurso negativo ao solo e faz uma ligação urbana entre um espaço público e uma universidade.

¹ Ilka & Andreas Ruby,

Em suas coberturas acontecem diversas atividades esportivas do dia-a-dia, além de servirem de área de descanso, encontro e passagem, qualificando visualmente a cidade com seus jardins.

ITEM 01

“A arquitetura se apropria do território e desaparece. Ao integrar a construção ao solo, a topografia do lugar se modifica e a geografia se transforma em diversos níveis.” – memorial do projeto, traduzido pelo site concurso de projeto.

Dominique Perrault Architecture

A arquitetura se funde com a malha urbana e a malha topográfica, fazendo do edifício um equipamento e não um poluidor visual. O edifício da “espaço” à cidade, como se fosse um respiro entre tantos edifícios altos.

ITEM 7 Fonte: concursosdeprojeto.files.wordpress.com/ Visitada em: 23 05 2014 Dominique Perrault Architecture Universidade Ewha Womans Coreia do Sul.

Sua função também é ligar momentos arquitetônicos diferentes na cidade, de forma suave, a ligação é feita entre o campus histórico com um outro lado de edifícios e equipamentos mais recentes.

El reencuentro con el suelo em la arquitectura contemporânea pp.09.

Fonte: perraultarchitecte.com Visitada em: 12 04 2014

Universidade Ewha Womans Coreia do Sul


8

Segundo Carlos Alberto Maciel há três fundamentos para os arquitetos trabalharem com a reinvenção da topografia: “1. A utilização de geometrias complexas para reforçar o caráter público e aberto do edifício com maior continuidade com o espaço urbano adjacente; 2. A interpretação ou reinvenção da topografia pré-existente como fato gerador do projeto, definindo com isso construções menos geométricas e mais topológicas; ¹Carlos Alberto Maciel; Revista MDC pp.02

ITENS 02, 03 E 04 Fonte: Flickr / Scott Norsworthy Visitada em: 01 05 2014 Foreign Office Architect’s Universidade Terminal Marítimo de Yokohama, 95/2002 Japão.

3. A síntese – de uso, construção e forma – entre edifício e paisagem, reduzindo – e em alguns casos eliminando quase completamente – a diferenciação entre ambos.” ¹

O Terminal Marítimo de Yokohama no Japão, concluído em 2002, projetado pelos arquitetos Farshid Moussavi e Alejandro Zaera-Polo, cria percursos por meio de desníveis topográficos que liberam o edifício de escadas ou elevadores em sua circulação interna¹ (ITEM 01). O projeto cria uma continuidade urbana por praças em sua cobertura e percursos que direcionam a circulação para o interior do terminal marítimo (ITEM 02). e assim segue esse direcionamento de percurso fluído para os andares inferiores, como mostra novamente o ITEM 01.


9

ITEM 02

ITEM 03

ITEM 04


10

ITEM 12


O tema:

Edifício religioso como catalizador urbano, social e cultural focado na periferia.

11

Esta pesquisa vai discutir o papel do edifício religioso católico no meio urbano contemporâneo. Com o objetivo de projetar um edifício religioso que atenda a cidade de forma integral. Será argumentada a relevância do tema na cidade e a importância de discuti-lo atualmente, partindo de pensamentos filosóficos e pesquisas, mostrando a necessidade dessa discussão tanto para a arquitetura quanto para a igreja e para a periferia. E ainda, esse texto fará uma ligação entre a discussão arquitetônica mostrada no texto anterior e o tema escolhido.

ITEM 12 Fonte: archdaily.com Visitada em: 17 05 2014 Vinces + Ramos Parish Church of Solace, 2011 Escultura de Javier Margarit Espanha, Cordoba.


12 A necessidade da fé na Periferia: Segundo Carlos Alberto Maciel há três fundamentos para os arquitetos trabalharem com a reinvenção da topografia: “A miséria religiosa constitui ao mesmo tempo a expressão da miséria real e o protesto contra a miséria real. a religião é o suspiro da criatura oprimida, o ânimo de um mundo sem coração, assim como o espírito de estados de coisas embrutecidos. Ela é o ópio do povo.”¹

Na citação a cima, Karl Marx, ateu, faz uma crítica à igreja por, segundo ele, se tratar de uma instituição de burgueses. Para Karl Marx a população miserável busca a igreja com a finalidade de amenizar os sofrimentos de suas vidas de miséria e sofrimento através da crença de algo maior, algo que seja capaz de conforta-los de forma milagrosa e rápida. Nessa frase, Marx mesmo não crendo nesse poder divino, reconhece a importância da fé para o povo carente, e mesmo que para ele a fé seja algo que cega a pessoa e a aliene, com o objetivo de vender tranquilidade espiritual, ele compara a igreja ao ópio usado como válvula de escape para os problemas da vida de lutas e dificuldades. Porém para quem crê, a religião funciona como apoio onde se encontra a tranquilidade espiritual e se escape dos problemas da vida dando-a um sentido.

¹ Karl Marx, Crítica da filosofia do direito de Hegel, 1843, pp. 145

² João Décio Passos, A fé na metrópole, desafios e olhares múltiplos, pps. 24-25.

“... Desde os primórdios da humanidade, a criação cultural pode ser vista como o esforço criativo do espírito humano em oferecer saídas concretas e simbólicas para as precariedades da vida... Porém ... As criações culturais não contribuem necessariamente, de modo direto e eficaz para as soluções dos problemas humanos... A religião torna-se subsidiária do desejo de felicidade...”²

João Décio Passos, doutor em ciências sociais e teólogo formado pela PUC-SP, diz que equipamentos culturais são inseridos na periferia com o objetivo de suprir as precariedades da vida, porém somente a cultura nem sempre é capaz de preencher o vazio gerado pela carência social. A igreja é peça fundamental para preencher esse espaço, dando esperança de algo maior para a vida miserável que necessita de felicidade.


13

A importância para a igreja católica de repensar a arquitetura religiosa como algo mais próximo da realidade urbana: Uma pesquisa realizada pelo IBGE em 2010 aponta que o numero de fiéis católicos está diminuindo desde 1872, e que esse número entra cada vez mais em queda acelerada, e segundo o jornalista Reginaldo Azevedo, em uma matéria do site da revista Veja da editora Abril, em no máximo 30 anos os católicos estarão em minoria.

Distribuição religiosa da população brasileira, desde 1872

ITEM 13 Constata-se que o motivo pelo o qual isso tem ocorrido é o afastamento da igreja católica das regiões periféricas. Desde a década de 60 religiões evangélicas e afro-brasileiras conquistavam rapidamente fiéis devido a sua aproximação às periferias.³ É latente a necessidade de mudança da igreja católica desde a década de 60, e ela vem mudando seu comportamento perante a sociedade, porém essa aproximação deve se refletir na arquitetura de seu templo, deve ser uma arquitetura que se aproxima da cidade e de seus habitantes. O edifício religioso não deve ter barreiras, deve ser convidativo e acolher, principalmente, a população carente de todas as formas possíveis. A Discussão arquitetônica de redesenho do solo introduzida no texto anterior é ideal para propor uma mudança na arquitetura religiosa, pois ela é capaz de aproximar e quebrar todos os tipos de barreiras, tendo potencial acolhedor e trazendo diversos outros benefícios para o lugar periférico de suprir as precariedades da vida, porém somente a cultura nem sempre é

capaz de preencher o vazio gerado pela carência social. A igreja é peça fundamental para preencher esse espaço, dando esperança de algo maior para a vida miserável que necessita de felicidade. .

ITEM 13 IBGE/Censo 2010


14

ITEM 14


O lugar:

Região do Ipiranga, Cidade Nova Heliópolis 15

O próximo texto mostrará o motivo da escolha do lugar por meio de levantamentos, pesquisas históricas e mostrará o potencial desse lugar para atender as questões que esse trabalho pretende discutir. Neste capítulo será mostrada a necessidade de aplicar no lugar escolhido os conceitos contemporâneos de arquitetura e o tema introduzidos até agora nas pesquisas anteriores.

Distrito de Ipiranga: Bairro Cidade Nova Heliópolis A busca é por um lugar onde o projeto seja implantado e possa alterar sua dinâmica urbana, no aspecto de permeabilidade e no aspecto visual, onde haja contrastes urbanos, fácil acesso, tanto para a comunidade carente, quanto para habitantes de outras regiões, onde o edifício possa servir, não somente como um templo, mas também como um condensador urbano social e cultural. A mobilidade urbana de uso coletivo é fundamental para a implantação desse projeto, pois com a oferta de transporte público, torna-se possível o estímulo de uso dos espaços públicos, modificando, de forma positiva, a dinâmica das vias e áreas verdes. A região do bairro Cidade Nova Heliópolis representa tudo isso, pois está situada no sudeste da cidade de são Paulo, próxima a estação de metrô, ao grande terminal de ônibus Sacomã e ao metrô Ipiranga. De acordo com o IBGE (2010), Heliópolis possuí o segundo maior aglomerado subnormal de São Paulo com 41,118 habitantes. ¹

¹ FONTE: IBGE

ITEM 14 Fonte: SEHAB São Paulo Vista aérea do Bairro Cidade Nova Heliópolis.


16

O lugar é marcado pela desigualdade social, Barreiras urbanas, precariedade de áreas coletivas de lazer, barreiras visuais, entre outros desestímulos do uso urbano que serão aprofundados nos próximos estudos. A arquidiocese de São Paulo busca dar maior apoio a este lugar para atender mais e de melhor forma as pessoas, Existe a paróquia Santa Paulina, que ainda não possuí um templo, localizada provisoriamente na Comunidade São José Operário em Heliópolis, o projeto englobará essa futura sede da paróquia, dando-a a possibilidade de melhor atender a comunidade, e ainda maior dinâmica urbana podendo atender outras regiões também, pela proximidade do sistema de transportes. A população será adensada quando o plano urbanístico da PMSP for completamente implantado. O discurso em Heliópolis é sobre a formação de seus habitantes, Heliópolis deseja ser “O bairro que educa”. Seus habitantes lutam por equipamentos que educam, dão acesso à cultura e que os assistem socialmente.

6 Site oficial da paróquia Santa paulina: regiaoipiranga.com.br/tag/paroquia-santa-paulina

² Documentário: “Um lugar ao Sol Heliópolis”, patrocinado pelo projeto Fomento Cinema da PMSP

ITEM 15 Fonte: paroquiasantaritascp.com.br Visualizada em 02 05 2014 Imagem de Santa Paulina.

“...Nos anos 90 a gente percebe que o morar não é só a casa, que o morar ele vem casado com a questão da cultura, do teatro que é um grande transformador, a educação, é um período que as mulheres precisam ir trabalhar fora, então na verdade as crianças ficam na rua e aí agente vai buscar creche e aí é quando agente começa a buscar esses projetos voltados para a educação, pra cultura. A partir dos anos 2000 agente tem batido nessa tecla, nesse sentido agente quer se incluído, por isso trabalhamos na questão de ser um bairro educador, a arte transforma...” – Cleide, moradora de Heliópolis e participante da UNAS.² Este trecho do depoimento de Cleide, em síntese, mostra as necessidades do lugar e os desafios que o projeto deverá atender, qualificando o espaço urbano para se tornar um melhor lugar para se morar.


17

Catolicismo em Heliópolis:

Em 1971, quando houve a primeira ocupação em Heliópolis, a igreja católica já estava presente, sendo representada pelas Pastoral de Favelas da Região (1976-1987) e pelas Paróquias Santa Edwiges e São João Clímaco, pela Pastoral de Moradia da Região (1988-1990) e pela Área Pastoral Heliópolis (19912002).¹ Desde a primeira ocupação da favela, a igreja apoia os moradores em momentos de lutas em manifestações contra a desapropriação por parte de grileiros e militares.7 Nessa época já estavam presentes a sede da Igreja Santa Edwiges e a Paróquia São Vicente de Paula. Após a operação periferia já foram criadas diversas Comunidades Eclesiais de Base distribuídas por Heliópolis, e a partir de 2002 inicia-se uma discussão em prol da criação de uma nova paróquia. “Os objetivos eram atender uma área necessitada e de grande extensão populacional, o maior bolsão de pobreza da cidade de São Paulo; ampliar o trabalho de evangelização junto às famílias, ruas e núcleos de moradia; favorecer a população através de atendimento paroquial e de projetos sociais.“¹ A padroeira escolhida é a Santa Paulina, primeira santa brasileira a ser canonizada, foi escolhida por sua dedicação aos mais necessitados e por sua vida ter sido, em boa parte, no Ipiranga.

ITEM 15

¹ Site oficial da paróquia Santa paulina:

No final de 2003 a paróquia foi fundada, porém ainda não possui sede, há arrecadações para a realização da obra, e a sede provisória localiza-se na rua A, 71, no Bairro Vila Nova Heliópolis onde acontecem as missas.²

regiaoipiranga.com.br/tag/paroquia-santa-paulina.

A proposta deste trabalho é atender a essa necessidade e implantar a sede oficial da Paroquia Santa Paulina. O projeto irá englobar a Paróquia e ainda envolverá outras necessidades ligadas à arquitetura e ao lugar.

² Documentário: “Um lugar ao Sol Heliópolis”, patrocinado pelo projeto Fomento Cinema da PMSP


Conclusões:

Catolicismo na região episcopal de Ipiranga e conclusões das justificativas 18

Região Episcopal* Ipiranga

Numero de habitantes¹ Percentual de fieis católicos² Quantidade de templos católicos³** Número católicos Número católicos por templo**

Lapa Brasilândia Belém Santana

463,8 431,1 359,7

990,9

1569,6 815,8

58,2

52,0

61,0

44,9

55,56

63,3

62

112

75

194

213

122

444,6

871,6

516,6

2,2

4,0

4,2

269,9 224,3 219,52 4,3

2,0

2,9

* Cada região episcopal pode representar mais de um distrito de São Paulo **inclui: comunidades, paróquias, igrejas e catedrais. ¹ Fonte: IBGE 2010 ² Fonte: folhaspdados.blogfolha.uol.com.br/2012/10/02/folhacoptero-religiao/ ³ Fonte: Arquidiocese de São Paulo

A Tabela mostra, a partir do numero de habitantes , percentual de fiéis e quantidade de templos católicos, o numero de católicos habitantes de cada região episcopal e o numero de fieis católicos por templo em cada uma das regiões episcopais. O intuito do estudo é analisar onde necessita-se de um novo templo.


19 A tabela utilizou a pesquisa do IBGE de 2010, onde se quantifica o numero de habitantes por região, o percentual de fieis católicos levantado pela Folha de São Paulo, a quantidade de templos católicos. Informação cedida pelos sites de cada região episcopal da arquidiocese de São Paulo para se localizar a região onde mais se faria necessário um novo templo católico. Concluiu-se que as regiões de Ipiranga e Belém são as regiões com menor percentual de fieis por templo - Incluindo comunidades, paróquias, igrejas e catedrais. Essa pesquisa direcionou o trabalho para a região de Ipiranga. E a partir da análise dos objetivos da igreja (paginas 08 e 09 deste caderno) e das necessidades do bairro Cidade Nova Heliópolis (paginas 18 - 21 deste caderno) a região ficou ainda mais restrita. O conceito de arquitetura: o redesenho do solo (paginas de 02 à 05 deste caderno) que este trabalho pretende tratar aproximou ainda mais do lugar, sendo que se percebeu a necessidade de um equipamento que não fosse agressivo visualmente com diversos elementos como se tem apresentado nessa região (paginas 22 á 24 deste caderno). Além disso, a aproximação de duas estações do metrô, Ipiranga e Sacomã e ainda do terminal Sacomã, ligado ao expresso Tiradentes, possibilitará o fácil acesso de quem não mora na região periférica onde o projeto está inserido. O que contribuirá para a dinâmica do lugar, estimulando e proporcionando ainda mais a movimentação de pessoas, que é um desafio que o projeto também enfrenta: dar vida a um espaço livre de lazer (pagina 24 deste caderno). Outro fator importante para a escolha do lugar, que mostra a necessidade de mais uma igreja nessa região, é a intenção já existente que se tem por parte da arquidiocese de São Paulo de construir um novo templo no bairro Cidade Nova Heliópolis (pagina 11 e 12 deste caderno). Incluir Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) na contabilidade de templos da tabela se fez necessário pelo apelo sociocultural do edifício que se pretendia desde o início, uma vez que esse é um assunto atual que a Igreja discute, assunto que se estende desda década de 60, mas que ainda não foi visto refletido na arquitetura, existe apenas internamente nas igrejas que ainda são construídas com a mesma tipologia vinda do passado (paginas 14 à 16 deste caderno).


20

ITEM 21


Histórico do Bairro de Helopilis:

Passado, presente, futuro, características e dados. 21

Cidade de São Paulo

Heliópolis

Distrito de Ipiranga

As análises a seguir enfocam o bairro Cidade Nova Heliópolis, o terreno do projeto está localizado na divisa do bairro, e é implantado neste lugar pela proximidade de Heliópolis e pela proximidade das duas estações do metro e terminal urbano. As análises mostrarão a história do bairro, dados, pesquisas, levantamentos, projetos que já estão sendo feitos e projetos futuros. O objetivo dessas análises é conhecer a região periférica por ser o foco do projeto que será proposto nesse trabalho.

ITEM 21: Plano Urbanístico para Heliopolis - SEHAB


Terreno 1 822 7

2 3 9

4

5

6


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1 - HIS – EM OBRA HIS terá 420 unidades habitacionais de 50m² cada, totalizando cerca de 31 mil m² de construção. Um projeto de Mario Biselli e Arthur Katchborian 2 - PARÓQUIA SANTUÁRIO STA. EDWIRGES – até 1960 Não se sabe ao certo sobre a data de construção. No Santuário Santa Edwirges acontecem missas e assistência social. Está ligada a luta por moradia no inicio de Heliópolis. 3 - HOSPITAL DE HELIÓPOLIS – 1969 O IAPAS constroi o Hospital de Heliópolis e o Posto de Assistência Médica (PAM) 4 - PARÓQUIA SANTA PAULINA – EM PROJETO A Paróquia Santa Paulina tem uma sede provisória, mas levanta custos para construção de seu templo. 5 - UNAS – 1970 (União de Núcleos, Associações e Sociedade) Busca a qualidade de vida em Heliópolis e promove a organização dos moradores da região local. 6 - INSTITUTO BACCARELLI – 2005 O Instituto Baccarelli é uma associação civil sem fins lucrativos, que atende cerca de 1200 crianças e jovens em programas socioculturais que visam oferecer formação musical e artística de excelência, proporcionando desenvolvimento pessoal e oportunidade profissionalização na música. 7 - ESTAÇÃO SACOMÃ – 2010 Pertence à linha verde linga a Vila Madalena à Vila Prudente. Integra-se à linha azul do metrô 8 - TERMINAL SACOMÃ – 2002 Um dos maiores terminais da cidade, o Terminal Sacomã forma o Expresso Tiradentes 9 - ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO DO ABC – SABESP – 1969 Construída em 1969, a Estação de tratamento de esgoto começa a funcionar apenas em 1989.

LEGENDA: HIS Aglomerados subnormais Equipamentos Templos Católicos Cultura Assistência Social/ Comunitários Transporte Educação Aglomerado urbano Entorno Área verde privada


4

24

Terreno

2

1

3

5

1

Vias elevadas


Neste lugar há uma grande variedade de barreiras visuais, seja elas pela grandiosidade dos edifícios ou pela linguagem visual empregada. A sensação que esse lugar passa é de uma grande cidade onde diversos elementos pesados movimentam a cidade no alto, enquanto o solo esta em boa parte abandonado e sem muitas vezes sem uso. Um novo plano urbanístico para a região da Cidade Nova Heliópolis conta com uma série de novos empreendimentos de gabarito elevado, que irão contribuir ainda mais com a agravação da poluição visual da cidade. A arquitetura empregada aqui deve ser o oposto do que se tem visto até agora, deve chegar dando um respiro à cidade.

2 Terminal Sacomã

Aproximação do25 lugar: POLUÍÇÃO VISUAL

3

Gabarito elevado/ Contraste de gabaritos

4

Linha férrea elevada Fonte das imagens: Dos itens 1 e 2: Fonte: Google StreetView Visitado em 06 04 2014

Linha elétrica 5

Item3 e 5: paisagemheliopolis.wordpress. com Visitado em 06 04 2014 Item 4: saopaulo.sp.gov.br Visitado em 06 04 2014


26

ITEM 16


Tipologias religiosas:

O edifício católico e o meio urbano Esta parte da pesquisa tem o intuito de analisar o comportamento dos edifícios católicos da cidade de São Paulo em relação ao contexto urbano de cada época.

27

Será feito um levantamento cronológico da arquitetura católica em São Paulo, elencando edifícios datados de diversas épocas para a compreensão de cada linguagem. O objetivo é buscar respostas para a arquitetura na história, para que se possa compreender a forma de se projetar de acordo com os acontecimentos da cidade. Por fim chegar a uma diretriz para se projetar de forma ideal, de forma que atenda as necessidades da cidade e sociedade contemporâneas.

Barreira

Barreira

Público

Arquivo pessoal: Relação dos ed. Religiosos e a cidade

O espaço religioso e fronteiras urbanas O esquema acima mostra a relação que os edifícios religiosos em São Paulo com o espaço público e a permeabilidade urbana, a partir do histórico ilustrado por templos católicos pontuados na historia da cidade de São Paulo desde o século de XV até novos templos. Nota-se presente a típica tipologia de fachada imediata ao passeio público, esse tipo de edifício apresenta um considerável gabarito devido a sua intenção monumental e grandiosa. Esse tipo de fachada marca a importância do edifício na cidade desde sua formação, porém com a evolução da cidade, e com a inserção de novos elementos grandiosos no contexto atual como viadutos, linhas de rede elétrica, altos empreendimentos imobiliários entre outros, o que deveria ter sido imponente e grandioso para marcar presença na cidade deve ser repensado com o intuito de despoluir o visual da cidade e de não criar mais uma barreira urbana, onde a partir de um certo ponto (a fachada) delimita-se o passeio público e o interno do edifício.

ITEM 16: Fonte: archdaily.com.br - Visitada em: 23 05 2014 Nova Igreja de Valer, 2011 - OOiiIIO Arquitectura -Suécia


28

Igreja do Colégio

1556

Igreja Santo Antônio

1592

Catedral da Sé

1616

Igreja conv. São Franisco de Assis

1647

Como mostrado no croqui e na breve linha do tempo acima, podemos ver que a arquitetura religiosa propõe barreiras visuais, virtuais e físicas, como mostra a foto abaixo, em um passeio pela rua lateral (sem nome) da praça da Sé, ao lado esquerdo se vê barreiras impostas por elevados gabaritos e ao lado direito se vê a grandiosidade da catedral Metropolitana de São Paulo. Uma via nessas condições gera insegurança, desestimulando o percurso do pedestre, no caso da Sé esse percurso é necessário para milhares de pessoas devido ao grande movimento da região estimulada por comércios, serviços, entre outros fatores. Porém, em uma zona periférica, sem todos esses estímulos o percurso pelo espaço público torna-se algo não desejável. Desde a primeira igreja de São Paulo, no pátio do colégio, até o início do modernismo temos essa mesma relação entre fachada e via pública. O modernismo, a partir de 1922, promove uma outra forma de relação do edifício religioso com a cidade, como pode ser visto nos exemplos selecionados na linha do tempo, em 1958 e 1965, dois projetos, o primeiro da paróquia da Cruz Torta cria um amplo recuo, dando ao projeto um percurso até a paróquia. O segundo de 1965, é a igreja São Bonifácio, projetada pro Hans Broos, que agrega a arquitetura religiosa o conceito modernista de térreo livre, criando um grande vão usado como local de eventos. Porém em ambos casos o edifício é isolado por grades, criando outro tipo de barreira, os muros. ITENS 17 E 18: Fonte: archdaily.com.br - Visitada em: 23 05 2014 Nova Igreja de Valer, 2011 - OOiiIIO Arquitectura -Suécia.

A partir dessa breve análise, podemos chegar a uma possível tipologia de edifício religioso que pode servir para atender as necessidades do lugar, e do tema, utilizando dos conceitos contemporâneos de redesenho topográfico apontados no início deste trabalho:


29

Mosteiro da Luz

1674

Mosteiro de São Bento

1922

Igreja São Bonifácio

Paróquia - Cruz Torta

1958

1965

ITEM 18

A Nova Igreja de Valer de OOIIO Arquitectura, na Suécia foi projetada em 2011 e é vencedora de um concurso que buscava o projeto de um novo templo para a centenária igreja destruída em um incêndio. Esse templo não apresenta o típico padrão de outras igrejas com uma fachada principal beirando a via pública, ou uma área que distância o templo do espaço urbano e o isola por barreiras físicas. Nele há uma continuidade urbana que culmina em uma área de lazer, como mostra o esquema ao lado direito. A proposta é atender duas demandas da cidade, uma delas é a falta da igreja destruída, e a outra é a necessidade de um ponto de encontro e lazer para os habitantes da região. Esse templo atende outras funções além de templo, é também um espaço de vivência social. ITEM 17


30

ITEM 22


31

Estudos de caso:

Iluminação natural e simbologia.

A igreja do Santíssimo Redentor, de Fernando Menis é inspiradora quando se trata de iluminação. Ele utiliza nesse projeto a luz de forma extremamente poética, tanto para quem é leigo em religião, quanto para quem é capaz de ver religiosidade em suas intenções de projetar a luz por suas aberturas projetadas para passar sensações de divindade. Ao decorrer do dia a igreja se transforma de acordo com a posição solar, em cada momento do dia um conceito religioso é passado por Menis nesse projeto.

ITEM 22: Fonte: openbuildings.com Visitada em: 20 04 2014 Menis Arquitectos Igreja do santíssimo Redentor - 2010 Las Chumberas. San Cristóbal de la Laguna. Tenerife


32

6

9

8

Segundo andar: +8m

7

N

Implantação

4

N

6 10

7

LEGENDA Templo 1 Altar 2 Confessionário 3 Loja 4 Aposentos 5 WCs 6 Escadas 7 Centro Cultural 8 Rampas 9 Entrada 10

Fonte das imagens: Archdaily.com

9 3

1

5

2

Térreo

N


33 6 6

8 8

2

1

6 6

8 8

2

1

6 6

8 8

2

1

~7:30h © Simona Rota

6 6

8 8 1

2

Imagem: Por volta das 7:30h - Luz entrando pela fenda em cruz no altar simboliza a abertura de onde Jesus foi sepultado. Essa luz ilumina a pia baptismal que representa a primeira luz do cristão. Entre 12h e 13h todo o teto acende, A luz sobre o altar representa a confirmação de eucaristia¹; e a luz sobre o confessionário marca a iluminação do mundo do pecador, também representa a transição das trevas para a luz, o renascimento de Cristo. A igreja é implantada de forma a utilizar as diferentes posições do sol durante o dia, deixando sua extensão longitudinal e suas aberturas perpendiculares ao norte. Fonte: Mines Arquitectos.

¹ Eucaristia: o próprio sacrifício do Corpo e do Sangue do Senhor Jesus, que Ele instituiu para perpetuar o sacrifício da cruz no decorrer dos séculos até ao seu regresso, confiando assim à sua Igreja o memorial da sua Morte e Ressurreição. É o sinal da unidade, o vínculo da caridade, o banquete pascal, em que se recebe Cristo, a alma se enche de graça e nos é dado o penhor da vida eterna.


34

ITEM 23


35

Linguagem religiosa: Imagens sacras Tradições e liberdade de linguagem visual

Esse estudo vai mostrar a forma que tradicionais elementos religiosos são representados na arquitetura contemporânea. O objetivo é mostrar que a arquitetura contemporânea tem liberdade para representar de outra forma elementos que durante a historia religiosa, pouco se alterou. Muitas vezes elementos tradicionais são substituídos por outros elementos, muitas vezes abstratos, ou ainda outros elementos tradicionais não se fazem mais necessários no mundo contemporâneo.

ITEM 23: Fonte: archdaily.com Visitada em: 17 05 2014 Vinces + Ramos Parish Church of Solace, 2011 Pintura de Pablo e Jaime Ramos Espanha, Cordoba.


36

ITEM 24

Apenas nesta imagem da Parish Church of Solace, de 2011, projeto de Vinces+Ramos, na Espanha, percebe-se diversos elementos incomuns, que chamam a atenção de qualquer pessoa, mesmo que não frequente uma igreja católica. Na imagem a baixo vê-se que alguns elementos estão fora do padrão, porém é perceptível a busca desses elementos no passado. O teto não possuí cúpula, mas segue o que há nas mais tradicionais catedrais: A imagem; entretanto, não se foi utilizada como no tradicional, a pintura à óleo. Os artistas Pablo e Jaime Ramos utilizaram outra técnica de pintura de pessoas, como se estivessem voando e com uma das mãos para o alto, como se estivessem tentando tocar o divino, pose inspirada nas pinturas tradicionais. É muito comum encontrar bancos de madeira maciça envernizados, não é o caso nessa igreja. Ao entrar, a pessoa depara-se com bancos brancos, que estão visualmente em harmonia, seja por analogia de cores com as paredes laterais ou por cores complementares com o teto. Outra mudança que pode chocar é a proporcionalidade da cruz, está totalmente distorcida do tradicional e a imagem de Jesus é uma peça contemporânea, possuindo uma linguagem quase abstrata.


37

ITEM 25

Ainda sobre a Parish Church of Solace, mais uma vez vemos a cruz fora das proporções, logo na fachada, se vê uma cruz feita a partir de um quadrado, ao invés da tradicional cruz feita a partir de um retângulo. Embora o campanário esteja presente na Parish Church of Solace, este elemento não está presente nem na igreja Paroquial, também de Vinces+Ramos e nem na igreja do Santíssimo Redentor de Fernando Menis. Em uma visita ao escritório Figueroa Arquitetos, pude constatar que era a intenção dos arquitetos retirarem o campanário do projeto da igreja do Santíssimo Ressuscitado, pela mudança de signo que houve no decorrer do tempo à esse elemento, as pessoas não necessitam mais das badaladas dos sinos para se localizarem no tempo. Porém devido a um pedido do padre a igreja teve o campanário, uma vez que no terreno do projeto já havia uma pré-existência de outra igreja e se fazia necessária a presença desse símbolo, sendo uma tradição do lugar. A via sacra, são doze imagens que mostram o percurso de Jesus Cristo da condenação, crucificação, até a ressureição e sua subida aos céus, está presente tradicionalmente nos templos com normalmente gravuras em alto relevo no percurso de entrada ou nas laterais da nave. Figueroa Arquitetos abstrai esse símbolo da via sacra tradicional e adiciona doze pontos vermelhos no chão criando um caminho em frente à igreja.

ITEM 26

ITEM 24: Fonte: archdaily.com Visitada em: 17 05 2014 Vinces + Ramos Parish Church of Solace, 2011 Espanha, Cordoba ITEM 25: Fonte: archdaily.com Visitada em: 17 05 2014 Parish Church of Solace, 2011 ITEM 26: imagem cedidas pelo escritório Figueroa.arq Igreja Cristo Ressuscitado, Maringá – 2013 Figueroa.arq Via Sacra livremente representada


38

ITEM 27


39

Programa/ estudo de caso: Catedral de roma Richad Meier

ITEM 27:

Jubilee Church, a Cateral de Roma, de Richard Meyer, foi escolhida para estudo de programa por apresentar, além das funções religiosas que um templo deve ter, também possuir um bloco anexo com atividades socioculturais, compreendendo, por isso, todo o programa necessário para o posterior desenvolvimento programático do projeto objetivo deste trabalho. Sendo possível a compatibilização desse programa com as necessidades e demanda do lugar escolhido.

Fonte: com/

static.panoramio.

Visitada em: 12 04 2014 Richard meyer Catedral de Roma Roma, Itália


40 8

8

7

9

4

2

3

5

7

9

10

1

6

Pavimento 1

richardmeier.com

Pavimento 2

richardmeier.com

7 7 5

2/3

7

8

11 Corte Longitudinal

richardmeier.com


41

2

architectureassociate.blogspot.com.br

5

3

Local: Roma, Italia Data: 1996 – 2003 Área construída: 803m² (Catedral) 1671m² quial)

(complexo

Paro-

Lotação: 300 lugares

richardmeier.com

architectureassociate.blogspot.com.br

1 – Adro/Atrio: 78m²; h= 3,5m 2 – Nave: 303m²; h=17m 3 – Presbitério: 73m²; h= 16m 4 – Salão Paroquial: 36m² 5 – Capela: 94m²; h=11m 6 – Confessionários

A catedral de Roma projetada por Richard Meyer possui um complexo multifuncional que abriga atividades culturais e sociais setorizadas em quatro andares com salas multiuso, de aulas e um auditório. Esse estudo mostra as dimensões tridimensionais de um espaço religioso, onde a altura da Nave e Presbitério da Igreja devem ser elevados para mostrar a grandiosidade de Deus.

7 – Salas Multiuso/ Centro comunitário 114m²x3 8 – Área externa 9 – WCs 10 – Orgão – 13m² 11 – Auditório e salas de aula.


Programa:

Processo de criação programática.

42

Templo Adro Nave Presbitério Sacristia Capela

725 m² 350 m² 250 m² 30 m² 40 m² 55 m²

Bloco cultural Salas de aula Anfiteatro Percurso de exposições ADM Apoio Biblioteca Leitura Lazer Multiuso

1149 m² 200 m² 140 m² 400 m² 51 m² 45 m² 135 m² 80 m² 98 m²

Bloco Assistencial Brinquedoteca ADM/ Atend. ao público Apoio para eventos Depósito para doações Cozinha

397 m² 81 m² 106 m² 55 m² 120 m² 35 m²

Espaço para eventos

360 m²

Demais espaços: circulação, WC, apoio, etc.

507 m² Exigida:

Terreno Área construída Área Permeável Projeção da construção TO CA

5511 m² 3138 m² 515 m²

370,65 m²

2471 m² 0,4484 m² 1,7562 m²

2500 m² 0,5 2

A partir do estudo feito anteriormente, e da demanda e necessidades do lugar do projeto a ser executado, o programa será gerado, de forma a atender integralmente o que se pretende para o lugar. Será feita a compatibilização das informações que são parte dessa pesquisa para cada ambiente, com o intuito de chegar nas dimensões ideais. Por se tratar de um assunto específico de temática religiosa, é de extrema importância para a setorização e entendimento de cada ambiente que se tenha uma breve descrição física e simbológica para ter maior domínio e mais diretrizes ao projetar.

Adro: 350m² É o salão de entrada do Templo, nele ocorre a primeira gradação do espaço¹, da cidade com o interno; representa a passagem da luz do dia para a luz poética do templo, do barulho mundano para o silêncio divino.²


Normalmente esse espaço pode mostrar passagens bíblicas por vitrais ou imagens, tanto a via sacra quanto outra passagem.

43

No caso da Paróquia Santa Paulina o adro vai criar um percurso mostrando 11 pontos marcantes da vida da Santa, para aproximar os fiéis de sua história de vida. Na Catedral de Roma, o Adro possui 78m², porém esse espaço é apenas para gradação espacial, a paróquia em projeto, necessita de mais espaço para criar o percurso com a Historia da Santa, esse percurso necessita de algo por volta dos 350m².

Presbitério : 30m²

É uma espécie de palco onde fica quem (padre) celebra a missa². Deve haver espaço para circulação em torno do altar e ainda abrigar seus equipamentos necessários para a missa. Na Catedral de Richard Meyer, o Presbitério é amplo (73m²), abrigando além dos equipamentos necessários, a pia batismal e o coro. No Projeto, o coro será na parte posterior da nave, podendo haver uma considerável redução dessa dimensão, chegando à 30m² . Nave: 250 lugares; 250m² A Catedral de Roma possuí uma nave de 303m² e aproximadamente 300 lugares, por ser uma catedral, e o objeto de estudo ser uma paróquia, esse número deve ser menor, além disso , a intenção para Cidade Nova Heliópolis é de uma igreja menor, pois a demanda está por volta dos 130 lugares na nave com aproximadamente 130m² devido às dimensões do terreno na rua 28 de Outubro, numero 7, local onde hoje se pretende construir a nova paróquia. Como o projeto desse trabalho busca englobar a necessidade da Paróquia

Santa Paulina e ainda ir além, com um projeto catalizador, que busque a aproximação de fieis por meios socioculturais, acredito que a demanda será maior do que se espera no projeto real da paróquia Santa Paulina, algo em torno de 250 lugares.

Salão Paroquial ou Sacristia 40m²:

É uma sala de apoio para guardar o material da celebração, e é o local onde o celebrante, ministros e outras pessoas se preparam para as funções litúrgicas. É necessário uma pia e, se possível, um banheiro.² Na catedral de Richard Meyer, esse espaço possuí por volta dos 40m², essa dimensão pode ser adotada, sendo que não há fatores externos que interferem nesse espaço.

¹ Hertzberger, Herman - Lições de arquitetura

² MILANI, ELVIRA MENEZES – Arquitetura, luz e liturgia: um estudo da iluminação nas igrejas católicas – Dissertação de mestrado em arquitetura, UFRJ, 2006. pps. 41 – 47


44

Batistério Onde localiza-se a pia de batismo. Pode ser uma pia que permite o baptismo por aspersão ou uma fonte que permite o baptismo por imersão. Corte Longitudinal

Após o Concílio Vaticano II, deu-se preferência à localização na frente da assembleia ou no meio porque facilita a participação dos fiéis na acolhida dos novos membros. Capela do santíssimo: 50m² Capela ligada à nave, possuí um numero menor de lugares, nela acontece a confissão e é guardado o tabernáculo, com a Santíssima Eucaristia³. No projeto de Richard Meyer essa capela possuí 94m². Para a Paroquia Santa Paulina esse espaço pode ser menor devido ao fato de o projeto de Richard Meyer ser uma catedral. Acredito que 50m² seja suficiente.

Perspectiva 47

Fonte: archdaily.com.br Visitada em: 24 06 2014 Hans Broos Igreja São Bonifácio Vila Mariana, São Paulo ³ Santíssima Eucaristia é o corpo de cristo representado pelo pão sagrado. A Santíssima Eucaristia deve ser guardada dentro do tabernáculo, e quando ela está la, uma luz deve ser acesa representando a presença sagrada do corpo de Jesus Cristo.²

² MILANI, ELVIRA MENEZES – Arquitetura, luz e liturgia: um estudo da iluminação nas igrejas católicas – Dissertação de mestrado em arquitetura, UFRJ, 2006. pps. 41 – 47

Bloco cultural: 700m² Na Jubilee, catedral de Richard Meyer, o espaço cultural e assistencial se mesclam em um bloco, o andar inferior, referente à aproximadamente, 300m² possui um auditório e salas de aulas, os três andares superiores com 114m² cada possuem também salas destinadas à atividades culturais. Sendo assim acredito que o bloco cultural da paróquia Santa Paulina deverá compreender um área de 700m² pois além de salas, o bloco vai propor um percurso de exposições, que serão distribuídos da seguinte forma: - Salas de aula: 150m² - Pequeno auditório ou anfiteatro: 150m² - Administração, recepção: 25m² - Apoio: 45m² - Percurso de exposições: 230m² - Circulação e WCs: 100m²

Bloco assistencial: 300m² No Projeto da Catedral de Roma, esse espaço possui diversas salas divididas em 3 andares com 114m² cada, são denominadas de salas multiusos. Parte dessa área está ligada à funções culturais, portanto o espaço destinado à atividades assistencialistas deverá ser de 300m². distribuídos em: - Salas multiuso: 55m² - Sala administrativa: 30m² - Espaço para crianças:40m² - Depósitos para doações:50m² - Cozinha: 35m² - WCs: 35m²


Percurso de acesso

WC

Elementos que compõem os espaços do programa religioso

C – Tabernáculo

Pode ficar próximo ao presbitério ou na capela do santíssimo. A Santíssima Eucaristia deve ser guardada dentro do tabernáculo, e quando ela está la, uma luz deve ser acesa representando a presença sagrada do corpo de Jesus Cristo.²

D – Imagens

O Adro e circulações laterais podem ter imagens de passagens bíblicas ou de santos.

No Presbitério: 1 - Altar

O altar é a mesa da eucaristia, é a peça mais importante na igreja. de um espaço de eventos na paróquia Santa Paulina.

Acesso secundário: elevador/ saída de emergência.

Adro/ Átrio

B d

d

C

Capela do santíssimo

3 5

1 Presbitério 2

Circulação lateral

Nave

Circulação lateral

B - Coro

É recomendado que seja inserido na assembleia, na nave, na lateral ou no fundo, e num nível mais baixo que o presbitério, mas nunca sobre o presbitério. ²

d

A

A- Órgão Localizado normalmente no lado oposto ao presbitério

45

Área externa

Espaço para eventos: 460m² A igreja São Bonifácio de Hans Broos, localizada na Vila Mariana em São Paulo, é elevada (marcação em amarelo), dando espaço à uma área para eventos, esse espaço possuí 360m² e essa dimensão pode ser adotada para a criação de um espaço de eventos na paróquia Santa Paulina.

4 5

2- Cruz Elemento obrigatório para a celebração. recomenda uma cruz sobre ou perto do altar e que permaneça também fora das celebrações. ²

3- Ambão

Local de onde se lê a palavra², deve acomodar uma bíblia.

4 – Sedia ou Cátedral

É a cadeira de quem preside a assembleia Liturgica.²

5 - Imagens

A imagem central no presbitério é o Cristo. Apresenta-se em forma de escultura, pintura ou ainda em mosaico.² A imagem da virgem Maria também pode estar presente e a imagem da santa padroeira² que da o nome da paróquia.

² MILANI, ELVIRA MENEZES – Arquitetura, luz e liturgia: um estudo da iluminação nas igrejas católicas – Dissertação de mestrado em arquitetura, UFRJ, 2006. pps. 41 – 47


46

Organograma:

Estudo de relações entre ambientes do programa e coerência na gradação espacial.

Legenda: Atividades de lazer/ percurso Atividades assistenciais Atividades culturais Atividades religiosas Ligação entre ambientes Gradação espacial: público, coletivo, privado. Uso público Uso coletivo

Uso coletivo regulado

Uso Privado


47 Espaço público

Praça interna ao lote

Depósito de doações

WC

Salas assistenciais

Salas ADM

Apoio Rece pção

Percurso de exposições de imagens santas

Percurso de acesso

Sala das crianças

Anfiteatro Adro/ Átrio

Capela do Santíssimo

Nave

Presbitério Salão paroquial / Sacristia WC

Corredor lateral

Apoio

Pátio interno organizador (fenda)

Local de eventos

Corredor lateral

Cozinha

W C

WC

Sala de Apoio

Salas de aula/ atividades


48

Aproxímação do Terreno

Cidade de São Paulo

Distrito de Ipiranga Estação Tamanduateí

Localização do terreno: São Paulo, distrito de Ipiranga; Divisa com o bairro Cidade Nova Heliópolis;

Terreno

O terreno localiza-se entre as Ruas: do Grito; Álvaro Vale; Das Juntas Provisórias; e Maciel Parente. Pontos de referência: Estação Tamanduateí, Sacomã e Terminal Sacomã Área total do terreno: 5511m²

Estação Sacomã Terminal Sacomã

Cidade Nova Heliópolis

Fonte: Google Maps Visitado em 06 04 2014 Vista aérea do lugar


49


50

Problemáticas encontradas no entorno imediato

Terreno

Terreno

Arquivo pessoal Muros no entorno

Terreno

Arquivo pessoal Linha de Alta tenção

Terreno

Arquivo pessoal Novos edifícios com maiores gabaritos

Arquivo pessoal Vias elevadas

Linha de alta tensão Novos edifícios altos em construção Viadutos

Terreno

Fonte:Google Maps–

Visitado em 21 04o2014 Os esquemas a seguir mostram as principais questões problemáticas que trabalho busca amenizar, que já foram localizadas em uma escala maior, porém agora são indicadas no entorno imediato ao terreno:

Linha de alta tenção, é um problema tanto visual quanto de segurança, pois o solo dessa linha é utilizado como área de lazer. O plano urbanístico de Heliópolis prevê o enterramento dessa linha. Via elevadas com uma linguagem cheia de cores e informações, e edifícios com altos gabaritos estão presentes, segregam o espaço, os viadutos por formarem um corte na cidade e os edifícios por criarem muros.


Partido urbano - Templo em Heliópolis 51

A implantação do projeto para a Igreja católica em Heliópolis parte da intenção de não criar uma barreira urbana e visual (a) ou um conjunto impermeavel e blocos aglomerados (b), porém também a intenção não é esconder totalmente o templo (c), a proposta é inclinar as coberturas (d) mostrando seus jardins e áreas de lazer, dando ainda mais um clima convidativo, para que o pedestre ou morador não se sinta distante e sim perceba que ele pertence ao lugar e pode acessá-lo.

a b

?

c d

O esquema a cima ilustra situações indesejáveis para o projeto e a partir desses estudos, mostra como se chega ao primeiro estudo do partido adotado.


PROJETO: Esquemas volumétricos a partir dos vazios e partidos de implantação.

N= XXX,X

4,0 4,0

733,3 5,0

Estudo esque-

N= 733,3

N= 733,3

N= 729,3 N= 728,3

N= 729,3

N= 733,3 N= 729,3

N

733,3

N

733,3 N

2

1 Memorial Memorial O projeto é elaborado a partir de uma fenda O projeto é elaborado a partir de uma fenda (1) (1) no no solo que se implanta de acordo com a direção do Sol. Cada uma de suas solo que se implanta de acordo com a direção do Sol. Cada uma de suas duas duas extremidades apontam apontam para para oo Leste Leste ou ou Oeste. Oeste. Essa Essa implantação implantação busca busca aa melhor extremidades melhor iluminação para os ambientes internos, que localizam-se, em sua maioria, quatro iluminação para os ambientes internos, que localizam-se, em sua maioria, quatro metrosabaixo abaixodo donível nívelda darua. rua. metros Simbolicamente, essa essa fenda fenda representa representa as Simbolicamente, as chagas chagas decristo, cristo, chagas chagas que que são são feitas feitas durante durante aa Via Via Sacra¹. Sacra¹. Inclusive Inclusive o o percurso percurso interno de interno quecria criaessa essafenda fendaéédemarcado demarcado pela pela representação representação dos dos doze doze pontos pontos da que da Via Via Sacra Sacra (6). (6).

733,3

O O bloco bloco assistencial assistencial (2) é implantado na extremidade extremidade oeste oeste da da fenda fenda organizadora organizadora do projeto. Dois rasgos em suas laterais(a1 laterais(a1 ee a2), a2), permitem permitem aa passagem passagem de de forma indireta da luz, iluminando de forma poética o local de eventos (b) e as forma poética o local de eventos (b) e as salas salas assistenciais(c) que o rodeiam. A inclinação inclinação da da cobertura cobertura desse desse bloco bloco redesenha redesenha o solo, criando um relevo serene na topografia topografia atual, atual, dando dando ao ao lugar lugar uma uma área área de de lazer. O O espaço espaço de de eventos é uma continuidade da fenda organizadora, organizadora, não não possuí possuí barreiras barreiras físicas, físicas, sua gradação espacial² é feita pelo desnível desnível de de um um metro metro em em relação relação ao ao percurso percurso criado pela fenda.

3 O bloco cultural (3) abriga salas de aula e atividades, um anfiteatro e um percurso com exposições de imagens santas, que são também usadas nas missas temáticas. É possível acessar esse bloco pela cota 733,3 (d1) e pela cota 729,3 (d2). Sua cobertura recria a topografia natural do solo e dá ao espaço um percurso opcional (e) e áreas de lazer, sua inclinação facilita a prática de esportes como o uso de skate, essa dinâmica da área dá ao projeto diversas opções de usos, estimulando as áreas livres.

a1

Leste Norte a2

e

b

d1 d2 Oeste

¹ Caminho de Jesus Cristo, de sua condenação até sua subida aos céus. ¹ Caminho de Jesus Cristo, de sua condenação até sua subida aos céus.

c

²²Hertzberger, Hertzberger,Herman Herman––Lições Lições de de arquitetura. arquitetura.


Rampa Leste N= 733,3 N= 729,3

N= 729,3

Fluxo das ruas Ainda e Amadis N= 729,3

N= 733,3

N= 724,5

N= 729,3

N= 733,3

N= 725,3 N= 733,3 N= 729,3

Rampa Oeste

N

733,3

5

O bloco que abriga o templo católico (4) é implantado e modelado com o objetivo de dar um tratamento poético à luz natural do dia e os raios solares, e criar a visão de uma área verde inclinada para quem vem das ruas Aída e Amadis. O templo é ligado ao bloco cultural por uma caixa de circulação vertical, a ligação desses dois blocos representa a ligação da fé com o conhecimento. Essa circulação criada funciona como uma entrada secundária do templo, facilitando o acesso para as pessoas que precisam.

Os acessos ao pátio interno (fenda organizadora) são implantados de acordo com o fluxo de pedestres (ver esquema). A rampa leste pretende criar passagem para o fluxo do Metro Tamanduateí; A rampa Oeste da acesso para o fluxo do terminal e metrô Sacomã; A escadaria é catalizadora do fluxo vindo do bairro Cidade Nova Heliópolis e atende o fluxo gerado pelas praças inclinadas, e ainda é projetada para ser um ponto e encontro, podendo também ser utilizada de diversas formas, como anfiteatro a céu aberto, área de descanso e etc. Trasporte (Sacomã)

Rampa Oeste

Bloco Assisten cialista

blocos do projeto

Templo

Croqui: Vista da rua Aída.

Eixo articulador Ligação entre blocos e eixo Fluxo de pessoas Limite do terreno

Escadas

Zona Periférica

Rua Álvaro vale

4

Via interna - HIS

733,3

Pontos geradores de fluxo Pontos de acessos ao edifício

Transporte (Tamanduateí)

Bloco Cultural Rampa Leste

Rua Comandante Taylor

N

IMPLANTAÇÃO 10

50

100

Escala Gráfica (m)

53


i rov

as

óri

tas un J s

vis Pro

732

,0

a ad

Ru

54

732,2

4

732,4

Ru

10

5

ad

% ,33 i=8

13 733

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6

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aA

1

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i=5

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732,3 7

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i=12

9

2

12 732,0

i=5,8%

733,0 0 Rua Comandante Taylor

8

Ru

i=8,3

733,3

3%

735,1

% ,33 i=8

33%

i=8,

11 3

733,0

ída

aA

i=5,8%

736,9 i=5,0%

731,9

Rua Alvoro do Vale

das

i=8,33%

ua

o: R vad

P tas Jun


LEGENDA HIS - Mario Biselli - 0 Área de lazer - cob. bloco assistêncial - 1 Área de lazer - cob. templo- 2 Área de lazer - cob. bloco cultural - 3 Vaga de carga - 4 Plataforma elevadora de carga - 5 Vagas PNE e moto- 6 Bicicletário com emprestimo e bicicletas -7 Praça sacra - 8 Escadaria de acesso Sudoeste - 9 Rampa de acesso Oeste - 10 Rampa de acesso Leste - 11 Fenda articuladora/ Via sacra - 12 Ciclovia -13

55

PLANTA DE COBERTURA:

O projeto sede seu espaço aéreo ao meio urbano, deixando livre toda sua cobertura, e criando espaços de lazer com distintos equipamentos e mobiliários para uso coletivo. A cobertura é a extensão do espaço público, necessária nesse lugar, por ser escasso de áreas com essa característica de lazer e convívio coletivo em um espaço qualificado, além de ser um lugar escasso de área verde de uso livre.

Marco religioso Cubo que marca a presença da igreja

Planta COBERTURA/TÉRREO N=733,0 1 Escala gráfica da planta

5

10 mts


56

LEGENDA Espaço com mesas - 1 Loja/lanchonete - 2 Área de lazer - cob. templo- 3

Esta planta mostra o único acesso direto ao interior do edifício pelo nível da rua [732,8]. É uma das entradas do bloco cultural, e dá acesso diretamente á loja/ lanchonete e espaço com as mesas de refeição. O uso de loja ligada diretamente á rua é uma estratégia para facilitar o contato do pedestre com a parte comercial do programa. 729,3

3

i=8,3

,33 %

33%

i=8,

2 1 732

,6

i=8

Rua Alvoro do Vale

3%

733,3

i=8

i=5,0%

,33

Localização da planta

Planta de acesso pelo nível da rua bloco cultural N=731,9

5

10

escala gráfica

1

mts

%

731,9


Perspectiva das praças do térreo, em destaque a Praça Sacra, com o Cubo que marca a presença da igreja.


58

jan/dez 9h

fev 9h

mar 9h

abr 9h

maio/junho/julho 9h

Cruz Simbólica Implantado na Praça Sacra, no Pavimento Terreo [Cota 733,3], o cubo de cimento translúcido é o marco da presença da igreja no lugar. A cruz física presente tradicionalmente nas igrejas teve, para este projeto, sua ideia simbológica abstraída e no projeto em Heliópolis ela está representada pela luz solar no decorrer dos meses. O sinal da cruz surge entre os diferentes rasgos do cubo ao longo dos meses às 9h da manhã e novamente às 15h da tarde, horários em que jesus foi colocado na cruz e em que morreu crucificado, respectivamente. Por ser um elemento de cimento translúcido, o cubo possui iluminação artificial para acender a noite, sendo utilizado também como iluminação da praça. Esse elemento foi projetado em software 3d e geolocalizado no terreno do projeto em Heliópolis. Seus rasgos foram feitos de acordo com a iluminação do software, por isso representa a realidade.

dez/jan 15h

fev/mar 15h

abr/mai 15h

junh/jul 15h

ago 15h


59

15h

ago/set 9h

set/out 9h

Cubo em planta

nov 9h

Passagem de luz solar

9h

1

2 mts

Peça de cimento tranlúcido Fixador metálico

Peça estrutural metálica

mar 9h

Interior da peça de cimento translúcido

set 15h

out 15h

nov15h

Ampliação do encaixe e fixação das peças de cimento trnalúcido:

3

6 10 mm


CORRIMÃO METÁLICO JD. SOBRE LAJE

60

DUTO PARA TUBULAÇÕES VIDRO FIXO PISO - CHAPAS DE CONCRETO VIGAS DE CONCRETO 735,8

1

3

4

5

2 Ampliação 1 0,5

1,0

2,0 mts

ENCAIXE MACHO/FÊMEA

VIGA DE ARREMATE DAS LAJES - CONCRETO

MANTA IMPERMEABILIZADORA TERRA ESCOAMENTO VIDRO FIXO/ CAIXILHO METÁLICO

1

2 0,1

0,25

0,5 mts

Interior do bloco cultural


Ampliação 1

Variações das vigas de concreto da laje e caixilharia.

3 A1

PEÇA METÁLICA

Planta - Ampliação 1 Sem escala

PISO DE CONCRETO VIGA DE CONCRETO DUTO

CAIXILHO METÁLICO OCULTO

JD. SOBRE LAJE

VIDRO FIXO

VIGA DE CONCRETO PEÇA METÁLICA DUTO

CAIXILHO METÁLICO OCULTO

VIGA DE CONCRETO - ARREMATE INTERNO

5

4 0,1

0,25

0,5 mts

61


62


Planta de cobertura: Localização do corte

CORTE AA

Bloco cultural com entorno 1

5

escala gráfica

10 mts


6

64

5 7 4

9 8

3 1 2

729,3 10

14a 729,3

725,2 14

13

725,7

12

15

11

729,3 17

i=8,33

%

15

16

19 20 725,7

9

18


LEGENDA Pátio para eventos - 1 Apoio à eventos - 2 Dep. de doações - Brinquedos - 3 Dep. de doações - Agasalhos - 4 Cozinha - 5 Dep. de doações - Alimentos - 6 Binquedotéca -7 ADM/ Atendimento ao público - 8 WCs - 9 Rampa de acesso Oeste - 10 Rampa de acesso Leste - 11 Fenda articuladora/ Via sacra - 12 Escadaria Sul -13 Templo - 14 Rampa de acesso ao templo - 14a Exposição sacra - 15 Anfiteatro - 16 Espaço de convívio - 17 Bibliotéca religiosa - 18 Secretaría - 19 Rampa de acesso - 20

65

MEMORIAL

O primeiro pavimento subterrâneo, tem sua circulação horizontal articulada pela fenda [12] , ela liga os três blocos e cria um percurso com os quatorze pontos da via sacra [ver Ampliações 2 e 3]. A forma da fenda está ligada ao percurso solar, captando a maior insolação possível. E simbolicamente representa as chagas de cristo, marcada por seu percurso de cruxificação.

Planta SUBTERRÂNEO 01

N=729,3 5

10

escala gráfica

1

mts


6

5a

5

P1

V

66

7 729,3 0 4 9 9

8

3 9 1 8a

2 G. Corpo Metรกlico

10 ,33 %

729,3 i=8

14 Tirantes

ร rea descoberta, piso de concreto poroso escuro - 70% permeรกvel.

G. Corpo Metรกlico

12

G. Corpo Metรกlico

i=8,33% 13

725,2


LEGENDA Plataforma elevatória de carga - 0 Pátio para eventos - 1 Apoio à eventos - 2 Dep. de doações - Brinquedos - 3 Dep. de doações - Agasalhos - 4 Cozinha - 5 Despensa - 5a Dep. de doações - Alimentos - 6 Binquedotéca -7 ADM/ Atendimento ao público - 8 Sala de segurança - 8a WCs - 9 Rampa de acesso Oeste - 10 Rampa de acesso Leste - 11 Fenda articuladora/ Via sacra - 12 Escadaria Sul -13 Templo - 14 Rampa de acesso ao templo - 14a

MEMORIAL O espaço de eventos é utilizado para festas de casamento, reuniões religiosas, espaço coberto para eventos infantis, almoço coletivo para os mais carentes, entre outros. Esteé uma extensão direta do piso da fenda articuladora, não possuíndo barreiras entre os dois espaços, apenas a troca de piso demarca essa passagem, dando maior amplitude ao local de eventos. Os WCs são divididos em 2 blocos, possibilidando um que um feixo de luz chegue ao fundo do espaço, ou a noite, para determinados eventos, esses blocos podem ser iluminados artificialmente instigando sensorialmente os usuários.

Planta - localização

Planta do sub 01 Ampliação BLOCO ASSISTENCIAL N=729,3

1 escala gráfica

5

10 mts

P1 - Mostra um feixo de luz gerados pelo posicionamento dos blocos do WC

67


10 725,7 14a

68

725,2 13

14

12

729,3

V P2

15 11

22

15

G. corpo Metรกlico

23

729,3 17

16

19 21 20

18 725,7

9


LEGENDA Pátio para eventos - 1 Apoio à eventos - 2 Dep. de doações - Brinquedos - 3 Dep. de doações - Agasalhos - 4 Cozinha - 5 Despensa - 5a Dep. de doações - Alimentos - 6 Binquedotéca -7 ADM/ Atendimento ao público - 8 Sala de segurança - 8a

WCs - 9 Rampa de acesso Oeste - 10 Rampa de acesso Leste - 11 Fenda articuladora/ Via sacra - 12 Escadaria Sul -13 Templo - 14 Rampa de acesso ao templo - 14a Exposição sacra - 15 Anfiteatro - 16 Espaço de convívio - 17 Bibliotéca religiosa - 18 Secretaría - 19 Rampa de acesso ao bloco cultural- 20 Maquinário/ Climatização/Reservatório - 21 Entrada principal pelo nível 729,3 - 22 Entrada secundária - 23

MEMORIAL O acervo do Bloco Cultural é fixo, trata-se de imagens desantos, artefatos sagrados e obras doadas,que na maioria das igrejas ficam guardados em depósitos para serem usados nas missas, o espaço de exposição permite ao visitante apreciar essas obras. O espaço possuí diversas alturas para abrigar obras de tamanhos distintos, também possuí variações de iluminação, o que pode ser visto em planta Além do espaço de esposição, fica disponível, um acervo de literatura religiosa para leitura [17] e emprestimo.

Planta do sub 01 Ampliação BLOCO CULTURAL N=729,3

Planta - localização 1 escala gráfica

5

10 mts

P2 - Mostra a área de penumbra para exposição.

69


Via Sacra 70

A via sacra difunde-se em catorze estações representantes da paixão e morte de Jesus Cristo. Tradicionalmente encontra-se as catorze imagens nas naves laterais¹, como na Igreja São Bonifácio de Hans Broos. A representação pode ser feita em auto ou baixo relevo, esculturas, pinturas, quadros entre outros. Como visto anteriormente, na igreja do Santíssimo Ressuscitado de Figueiroa Arquitetos a via sacra é representadas por pontos vermelhos no piso externo. Para o projeto da paróquia Santa Paulina, a via sacra foi projetada no percurso gerado pela fenda articuladora do projeto que representa as chagas de cristo. A ideia é mostrar, através da chaga de Cristo, as catorze estações que representam sua paixão e morte. Durante o percurso da fenda, haverá catorze pontos, que representam cada estação e serão elaborados a partir da abstração de seus significados, que estão expostos a seguir a partir de imagens feitas pelo ilustrador Luc Freymanc. Além da via Sacra representar as estações da cruz, na paróquia Santa Paulina será um elemento articulador de iluminação natural e artificial. Cada estação tratará a luz natural de uma forma diferente. Algumas a refletirão para o interior dos blocos a partir de ângulos [ampliação 3], criando o desvio da iluminação para garantir maior eficácia na luz que adentra o edifício. Outra criara um fecho de luz [ampliação 2] que desce difusa sobre o sacrário na Capéla do Santíssimo Sacramento. Esse gesto do projeto mostra que a paixão e morte de Jesus, representada pela via sacra, ilumina levando a luz divina ao lugar e marca a presença da fé a partir do sofrimento de Cristo pelas pessoas, trás a partir da luz a lembrança de que ele se sacrificou por todos e que ainda está presente olhando por nós.


Fonte: archdaily.com/ Visitada em: 25 05 2014 Via sacra – Igreja São Bonifácio, Hans Broos

14

13

Significado de cada estação: 1. Jesus é condenado à morte. 12

11

10

71

2. Jesus carrega a cruz. 9

3. Jesus cai pela primeira vez.

8

4. Jesus encontra sua Mãe.

7

5. Simão ajuda a carregar a cruz. 6. Veronica limpa a face de Jesus.

6

7. Jesus cai pela segunda vez.

5 4

8. As mulheres de Jerusalém choram por Jesus.

3 2

9. Jesus cai pela terceira vez. 1

10. Jesus é despojado de suas vestes. 11. Jesus é pregado na cruz. [9h] 12. Jesus morre na cruz. [15h] 13. Corpo dele é retirado da cruz. 14. Seu corpo é posto no sepulcro.

N

¹ MILANI, ELVIRA MENEZES – Arquitetura, luz e liturgia: um estudo da iluminação nas igrejas católicas – Dissertação de mestrado em arquitetura, UFRJ, 2006. pps. 41 – 47.

733,3

Stations Of The Cross (abaixo) Todos os direitos de imagem reservados à LUC FREYMANC

6

Fonte: stations-of-the-cross.blogspot.com.br Visitada em 25 05 2014


Ampliação 2

72

PLACA DE CIMENTO BRANCO TRANSLÚCDO

Via Sacra: Estação 06 e Capela do Santíssimo Sacramento

PEÇA ARTICULADA METÁLICA PEÇA METÁLICA VIDRO CURVO ESPECIAL: IOR=2,42 VIDRO PLANO ESPECIAL: IOR=2,42

A2

1 A3 Planta - Ampliação A2 Sem escala

Templo

1

2

Escala gráfica mts

PISADA E ESPELHO COM CHAPAS DE CONCRETO

PISO DE CONCRETO POROSO PEÇAS RETÂNGULARES DE TAMANHOS DISTINTOS Fenda articuladora

729,3

1 IMPERMEABILIZAÇÃO PAREDE DE CONCRETO

Capela do Santíssimo Sacramento

SACRÁRIO DE CIMENTO TRANSLÚCIDO 725,2

AMPLIAÇÃO 2


G. corpo Metálico

Ampliação 3

Via Sacra: Estação 05 [esta-

73

ções de 1 à 5 e de 7 á 14 seguem mesmo padrão]

Luz S

olar

viga de concreto

viga de concreto Praça Sacra

G. corpo Metálico

Templo

da

Parede de concreto

z Lu

Lu Bloco cultura Exposição

zS

So

la

eti efl R r

PAREDE DE CONCRETO PISO DE CONCRETO POROSO PEÇAS RETÂNGULARES DE TAMANHOS DISTINTOS

ola

rR efl eti d

PÓ DE BRITA

a

729,3

Via Sacra estação 5 Concreto branco

1

2 mts


Pr

oj

o

te

rre

no

Proj. do terreno

74

.d

1

6 4 725,2

10 9

2

3

7

725,7

5 8 6

20

19 19

17 18

11

15 21 725,7

16

14

14

22 23

13

12


LEGENDA Rampa de acesso ao templo - 1 Adro - 2 Nave - 3 Espaço para os músicos - 4 Espaço para o coral - 5 Naves laterais - 6 Presbitério -7 Capela do santíssimo Sacramento - 8 Sacristia - 9 Sala de Apoio à missa - 10 Espaço de transição entre os blocos - 11 Secretaría - 12 Maquinário/ Climatização/Reservatório -13 Salas Multiuso - 14 Depósito - 15 WCs - 16 Acesso - Circulação vertical - 17 Sala de aula teórica - 18 Salas de música - 19 Sala de Informática - 20 Anfiteatro - 21 Apoio ao palco - 22 Área de lazer externa - 23

75

MEMORIAL

O subterrâneo 2 abriga, no Bloco Cultural, salas de aulas e um anfiteatro para apresentações,. O templo e o Bloco Cultural possuêm uma ligação e compartilham da mesma circulação vertical, com elevador e saída de emergência, além de possuírem, cada um deles, outro percurso de entrada. E ainda uma área externa se abre para o bloco cultural, e salas multiuso e administrativa.

Planta SUBTERRÂNEO 02

N=725,7

1 Escala gráfica da planta

5

10 mts


76

,33

%

3 i=8

i=8

,33

%

4

1

1

6

33%

2 i=8,

5 4

A 10

6

725,2 B

725,7 F

9

i=5,0%

E 7

3

G

8

7

2

5 D

C

10

9

8 6

11

17


LEGENDA Rampa de acesso ao templo - 1 Adro - 2 Nave - 3 Espaço para os músicos - 4 Espaço para o coral - 5 Naves laterais - 6 Presbitério -7 Capela do santíssimo Sacramento - 8 Sacristia - 9 Sala de Apoio à missa - 10 Espaço de transição entre os blocos - 11 Acesso - Circulação vertical - 17 Imagem de Santa Maria - A Imagem da Cruz - B Imagem de Jesus - C Retábulo / Sacrário - D Altar - E Ambão - F Pia Baptismal - G Imagens da Santa Paulina .

Planta do sub 02 Ampliação TEMPLO N=725,7

Planta - localização

1

5

Escala gráfica da planta

10 mts

MEMORIAL

O acesso do templo pode ser feito pela rampa [1] ou pela caixa de circulação vertical encontrada entre o bloco cultural e o templo[17]. A forma da Rampa de acesso divide os espaços para as obras, deixando a exposição mais dinâmica. A lateral da rampa de acesso possuí os Tirantes que estruturam a rampa, e vedam parcialmente a visão da nave. [ampliação 5] Na capela do santíssimo Sacramento, o sacrário, considerado o elemento mais divino do templo, por guardar a ostia, representande do corpo de cristo, recebe dois feixos de luz, um pela fenda entre dois modulos estruturais [ver em planta] e outro pela estação 6 da via sacra [ampliação2]. O Sacrário guarda a óstia, ele deve acender para mostrar a presença do corpo de jesus. Uma luz em seu interior acende, iluminando toda a peça que é de cimento translúcido. A santa padroeira do templo, Santa Paulina, tem sua história contada em um percurso com imagens de sua vida que começa na rampa de acesso e termina no final do Adro. Ao todo são onze estatuas que contam sua história¹ [lacalização das estátuas nos circulos verdes em planta]

77

1 - 12 de Julho de 1890 – Amábile funda a Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, em Vígolo, Nova Trento (SC).

2 - 07 de dezembro de 1895 – Amábile faz seus votos religiosos e passa a ser conhecida como Irmã Paulina do Coração Agonizante de Jesus, a Madre Paulina. 3 - 02 de fevereiro de 1903 – Madre Paulina transfere-se para São Paulo, onde inicia a obra da “Sagrada Família”, ajudando filhos de ex-escravos e idosos no bairro Ipiranga. 4 - Setembro de 1909 – Em Bragança Paulista, a Madre Paulina trabalha como lavadeira, faxineira e enfermeira, cuidando de doentes e inválidos. 5 - 19 de maio de 1933 – Recebe o Decreto de louvor de sua obra, concedido pelo Papa Pio XI. 6 - 18 de março de 1938 – O braço direito da Madre, que era diabética, é amputado.

7 - 09 de julho de 1942 – Madre Paulina morre, aos 77 anos.

8 - 23 de setembro de 1966 – Eluíza Rosa de Souza (Imbituba-SC) sobrevive a uma hemorragia interna e choque irreversível. Em seu peito foi colocado um pedaço de roupa de Madre Paulina e ela foi curada. 9 - 18 de outubro de 1991 – Madre Paulina é Beatificada, em Florianópolis, por João Paulo II. 10 - 5 de junho de 1992 – Iza Bruna Vieira de Souza nasce com um tumor da cabeça. Operada, sofre convulsões cerebrais e, aparentemente, sem chance de sobreviver. A avó coloca um retrato de Madre Paulina perto da menina. Em 24 horas, depois de ser batizada, a menina recupera a saúde. 11 - 19 de maio de 2002 – Madre Paulina é Canonizada, na Praça de São Pedro, e passa a ser chamada de Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus.²

²Fonte: Portal do santuário Santa Paulina.


733,3 724,5 Presbitério

78

725,3 Adro

Módulo de entrada; corredor lateral Oeste

Capela do Santíssimo Sacristia Apoio Tirantes, estruturam a rampa e peneiram a luz

Possibilidade de Campanário (H)

Módulo moldado para melhor aproveitamento da luz do Sol.

Rampa de acesso estruturada por tirantes: Inicio do percurso Santa Paulina

ado

nto da

Cada modulo se estrutura individualmente

Adro Cada modulo se estrutura individualmente

Corredor Lateral Leste

Eixo vertical: Liga ao bloco cultural


79

Templo Em esquemas

O templo é formado por seis módulos estruturados individualmente. Entre cada módulo há uma peça metálica vedada com vidro opaco para a passagem de luz. O material utilizado na construção dos módulos é o concreto armado [a cima], o acabamento é rústico, possuem marcas de forma que ganham textura com a presença da iluminação natural.

Planta - localização

Esse distanciamento entre os módulos é feito para se obter luz natural em diferentes pontos do templo durante o dia, como mostra o corte esquemático a baixo:

733,3

729,3

725,3

Corte esquemático - Percurso solar no templo.

Rua do Grito


80

09

725,7

20

19a

19a

19 19

17 18

11

15 13 21

14 10

16

14

725,7

22 23

12


LEGENDA Templo - 09 Esposição - 10 Espaço de transição entre os blocos - 11 Secretaría - 12 Maquinário/ Climatização/Reservatório -13 Salas Multiuso - 14 Depósito - 15 WCs - 16 Acesso - Circulação vertical - 17 Sala de aula teórica - 18 Salas de música - 19 Sala de apoio - 19a Sala de Informática - 20 Anfiteatro - 21 Apoio ao palco( N=724,2) - 22 Área de lazer externa - 23

Planta do sub 02 Ampliação BLOCO CULTURAL N=725,7

Planta - localização

1 5 Escala gráfica da planta

10 mts

MEMORIAL

O percurso de exposição se prolonga até o segundo subterrâneo, neste pavimento é possível expor peças maiores devido à sua elevada altura, que cria uma boa visão de quem da rampa desce [do nível 732,6, ao nível 729,3]. A transição entre o bloco cultural e o templo acontece por uma passagem [11] com iluminação perene, feita por fachos de luz que são formados devido à implantação das salas multiuso, administartiva e WCs [P3]

81


CORTE Perspectivado

Longitudinal: Templo e bloco cultural

1

5

escala gráfica

10 mts

Planta de cobertura: Localização do corte


3

CORTE CC

Templo transversal

1

5

escala gráfica

10 mts

Planta de cobertura: Localização do corte


Praça superior do templo

84 2

VIDRO DUPLO PISOTEÁVEL

1

PEçA METÁLICA

3

1 Fenda articuladora 729,3

5

4

Interior do templo

VIDRO DUPLO PISOTEÁVEL

VIDRO

2

PEÇA METÁLICA

PAREDE DE CONCRETO MOLDADO EM LOCO PISO VINÍLICO BRANCO COM TRATAMENTO FOSCO - EM TODO O PISO DO SUBTERRÂNEO 2 - BLOCOS CULTURAL E TEMPLO.

VIDRO

725,2

Ampliação A4 0,5

1,0

3

2,0 mts

0,1

0,25

0,5 mts


85

Ampliação A4

1 à 4 - Caixilhos do templo 5 - Piso permeável VIDRO PEÇA METÁLICA

A4

CONCRETO MOLDADO EM LOCO

MANTA IMPERMEABILIZADORA

Planta - Ampliação A4 Sem escala

4 0,1

0,25

0,5 mts

CONCRETO POROSO - PERMEABILIDADE 70% - PEÇAS RETÂNGULARES DE TAMANHOS DISTINTOS

AREIA

SOLO

5 0,25

0,5 mts



87

CORTE BB

Bloco assistencial e templo com entorno

1

5

10

escala gráfica

mts

Planta de cobertura: Localização do corte


G. CORPO METÁLICO PISO - CHAPAS DE CONCRETO VIGAS DE CONCRETO

88

734,7

1

3

TIRANTE METÁLICO G. CORPO METÁLICO Interior do templo

A5

729

CHAPAS DE CONCRETO

PAREDE DE CONCRETO MOLDADO EM LOCO

PERFIL METÁLICO EM I

PERFIL METÁLICO EM C

2

4

DUTO ELÉTRICO Planta - Ampliação A5 Sem escala

ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL

Ampliação A2 0,5

1,0

2,0 mts


Ampliação A589

1 à 4 - Tirantes da rampa de acesso ao templo

2

1 PEÇA METÁLICA SEPARADORA

TIRANTE METÁLICO DUPLO BARRA METÁLICA

TIRANTE METÁLICO DUPLO PERFIL METÁLICO H

BARRA METÁLICA 2X PERFIL METÁLICO C

TIRANTE METÁLICO

TIRANTE METÁLICO

3

4 0,1

0,25

0,5 mts


90


91

BIBLIOGRAFIA

– RUBY, ANDREAS/ ILKA - Land&scapeSeries: Groundscapes, El reenquentro com el suelo em la arquitectura contemporânea. – GG, 2006 – SOARES, AFONSO MARIA LIGORIO/ PASSOS, JOÃO DÉCIO (orgs.)- A fé na metrópole: Desafios e olhares múltiplos – Educ/ Paulinas editora, 2009. - MARX, KARL – Crítica da Filosofia do Direito de Hegel – Boitempo editorial, 2005. – SOARES, CLAUDIA – A História de Heliópolis (anotações de pesquisa de mestrado), FAU-USP, 2009. – Plano Urbanístico Para Heliópolis - 2010/2024 – HABISP, Prefeitura de São Paulo – 2010. - CALDEIRA, TEREZA PIRES DO RIO – Cidade de muros: crime, segregação e cidadania em São Paulo – ed.34/ Edusp, 2000. - HERTZBERGER, HERMAN – Lições de Arquitetura, Editora Martins Fontes, 1999.


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