ARENA PALMA TRAVASSOS
LEONARDO LATTARO FERNANDES
LEONARDO LATTARO FERNANDES
ARENA PALMA TRAVASSOS
Trabalho final de curso apresentado ao Centro Universitário Moura Lacerda para a obtenção do título de Arquiteto e Urbanista. Orientador: André Avezzum
RIBEIRÃO PRETO 2018
SUMÁRIO AGRADECIMENTOS ..............................6 APRESENTAÇÃO ................................8 INTRODUÇÃO .................................10 1. REVITALIZAÇÃO DO ESTÁDIO E DE SEU ENTORNO ....................................14 2. ESTÁDIO PALMA TRAVASSOS .................20 3. PROGRAMA DE NECESSIDADES ................32 4. LEITURA DA ÁREA .........................40 5. LEITURAS PROJETUAIS .....................52 6. PARTIDO E DIRETRIZES PROJETUAIS .........76 7. PROPOSTA ................................80 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............90
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AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente aos meus pais, que lutaram para me oferecer a melhor educação possível desde o início de minha vida escolar, e mantiveram seus esforços até o fim da minha graduação, sem eles não seria possível concluir esse curso. Agradeço também ao meu irmão, que iluminou minha visão para a área da construção civil, e me apresentou uma profissão que eu não imaginava ter tanta afinidade e acabei desenvolvendo uma verdadeira paixão. Foi ele também quem me inseriu no mercado de trabalho, e sempre me dá incentivos para me aperfeiçoar mais na profissão. Não poderia deixar de agradecer também à equipe do Palacete Jorge Lobato, Ecolar empreendimentos imobiliários,
Tendence Construções, e ao escritório Sérgio Coelho Arquitetura, empresas que tenho orgulho em ter feito parte e total reconhecimento por toda paciência que tiveram comigo e agradeço por toda a experiência adquirida em cada uma delas. Finalmente agradeço ao Centro Universitário Moura Lacerda, que me apresentou excelentes professores, em especial meu orientador do TFG André Avezzum, minha orientadora de iniciação científica Maria de Fátima Mattos, e à professora Varlete Benevente, por me mostrar que um projeto nunca tem fim e sempre pode ser aperfeiçoado. Agradeço também a todos os amigos que este centro universitário me proporcionou ao longo desses cinco anos.
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APRESENTAÇÃO
Este trabalho tem como objetivo apresentar a proposta de um projeto de intervenção no Estádio Dr. Francisco de Palma Travassos, localizado na cidade de Ribeirão Preto - SP. Já há algum tempo que o conceito de estádios de futebol deixou de ser algo com o uso unicamente esportivo e passou-se, a pensar também em outros serviços que atenda a população em geral mesmo em dias que não há jogos. A proposta do projeto é intervir no estádio buscando transformá-lo em uma arena multiuso, para que este grande equipamento
seja utilizado com maior frequência, pela população. Dentre as propostas de projeto estão: aumento da capacidade de público do estádio, garantia de estacionamento privado aos usuários da nova arena, implantação de áreas comerciais no interior da edificação, e criação de praças em seu entorno. O projeto não se restringe apenas ao estádio de futebol, mas também de todo o seu entorno. Então a proposta é de uma revitalização do estádio e também do trecho urbano que está no entorno.
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INTRODUÇÃO
O tema a ser abordado neste trabalho final de graduação foi escolhido pelo interesse de estudar uma maneira de intervir em um estádio de futebol, fazendo com que ele se revitalize, e faça com que ocorra o mesmo com o seu entorno. Para isso, é necessário conhecer as novas arenas multiuso, as formas de revitalização de equipamentos e espaços urbanos, e as consequências dessas intervenções. O futebol é o principal esporte da cultura brasileira, fazendo com que os estádios sejam locais de referência para uma cidade. Ir à uma arena esportiva, é sinônimo de alegria, descontração, acompanhar o clube seus ídolos de perto. A arquibancada lotada, é sinal de boa fase do clube, mas também é sinal de risco, por conta da rivalidade entre torcidas. Após vários casos de violência em estádios, a segurança desses locais foi intensificada, buscando um melhor acolhimento para os torcedores dentro das instalações do clube, e isso fez com que o público frequentador desses equipamentos se alterasse. Agora, além dos torcedores fanáticos, frequentam também crianças e famílias completas. Durante muitos anos, os estádios eram utilizados apenas em dias de
competições esportivas. Porém, após perceber que o público desse grande equipamento havia se alterado, os clubes perceberam que suas instalações poderiam ir muito além de partidas de futebol, passando a abrigar novos serviços, onde esses equipamentos não funcionariam apenas alguns dias por semana, e em alguns períodos do ano, mas sim todos os dias da semana, e durante o ano todo. Pensando nisso, os estádios passaram a sofrer novas reformas, a fim de se transformarem em arenas multiuso, para que possam ser aproveitados para negócios que vão além do futebol. Segundo Rufino (2010), existem dois motivos principais que incentivam os clubes a construírem suas arenas multiuso. O primeiro é que quando o torcedor vai até um estádio, além de assistir à partida de futebol, ele se alimenta, compra adereços do clube, utilizam estacionamentos, visita a sala de troféus se disponível, etc. O segundo motivo é que o ano possui 365, e um time de primeira divisão joga no máximo 50 vezes por ano em seu estádio. Então o que fazer com esse grande equipamento nos outros 315 dias do ano? A resposta para esse questio-
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namento é a multifuncionalidade, e é precisociso criar estratégias diferenciadas para se utilizar um ambiente esportivo. Com o espaço disponível dos estádios, podem-se colocar diversos serviços à disposição dos torcedores. Serviços esses que não precisam estar necessariamente vinculados ao futebol, como por exemplo, restaurantes, teatros, salas comerciais, cinema, e que podem funcionar de maneira independente das partidas de futebol, são capazes de permanecerem à disposição da população todos os dias da semana. Para executar as reformar necessárias para transformar seus estádios em arenas multiuso, muitas equipes buscam renda no produto esportivo. Um estádio oferece produtos para satisfazer o torcedor e seu momento de lazer, basicamente troca-se dinheiro por diversão. Dentro desse ambiente descontraído, as pessoas estão mais abertas a propagandas e ofertas de produtos. Surge então a oportunidade de grandes empresas promoverem o marketing de seus produtos nas partidas de futebol, atingindo os milhares de pessoas que estão naquele local. Segundo Brunoro (2008) quando o consumidor é atingido em seus momentos
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de lazer, ele aceita facilmente asideias divulgadas. Como o esporte é algo que muitos se identificam, os consumidores valorizam o que é anunciado nos estádios. Por isso muitas empresas divulgam seus produtos e serviços nesse ambiente, para serem lembrados positivamente pelos seus clientes. Outro ponto interessante é que as arenas atuais se transformaram em pontos turísticos, com visitas a vestiários, salas de troféus, museu do clube e novas instalações. A arquitetura transforma a arena em uma obra de arte, um verdadeiro cartão postal. Porém, um processo de revitalização desse porte, não pode-se pensar exclusivamente do edifício, deve-se considerar todo o seu entorno levando em conta também a população que ali habita, para que ocorra um melhoramento urbano para essa população. O objetivo geral da pesquisa é intervir no Estádio Dr. Francisco de Palma Travassos, a fim de gerar maior renda ao clube proprietário desta edificação, gerar maior conforto aos torcedores, atrair o público para as atividades que ocorrerão neste equipamento, e revitalizar o espaço urbano ao seu redor.
Objetivos específicos: • Fazer com que o estádio atenda a população todos os dias da semana; • Criar espaços corporativos no interior do estádio; • Inserir um espaço dedicado a um museu do clube; • Cobrir o estádio, protegendo os usuários da chuva e do sol; • Aglutinar o terreno do estádio, com alguns terrenos vizinhos, com a finalidade de locar um estacionamento no interior do complexo da arena; • Alargar as vias necessárias para um melhor deslocamento da população para a nova arena; • Arborizar as vias do entorno; • Não causar conflitos com a po-
A pesquisa está sendo realizada, na intenção de revitalizar um equipamento urbano, onde os benefícios serão sentidos tanto para o público, como para o setor privado. O Estádio Dr. Francisco de Palma Travassos, é um equipamento de grande porte e se localiza em uma área privilegiada na cidade de Ribeirão Preto. Então, deve-se estudar formas de atrair a população para esse equipamento, e gerar maior renda ao clube. O estádio é utilizado para competição por aproximadamente apenas seis meses por ano, sendo que nesse período os jogos acontecem somente uma vez por semana. Então, é necessário criar novos usos para esse local, fazendo com que ele funcione plenamente durante toda a semana, e o evento esportivo seja apenas mais um uso desse equipamento. Com esse aumento de usuários visitando o estádio, o seu entorno também será alterado, diminuindo vários problemas urbanos.
pulação local.
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1. REVITALIZAÇÃO DO ESTÁDIO E SEU ENTORNO
Para que o estádio Dr. Francisco de Palma Travassos se transforme em uma arena multiuso, se faz necessária uma revitalização no estádio, para que a estrutura pré-existente sofra as intervenções necessárias para abrigar os novos usos. Revitalização é termo utilizado para designar o processo de reabilitação de espaços abandonados, subutilizados, ou degradados através da recuperação de seu antigo uso, ou criação de novos usos. Esse processo tem como objetivo aumentar a densidade de usuários de determinado local, a fim de promover a reutilização da infraestrutura de equipamentos urbanos já existentes. No caso do estádio Dr. Francisco de Palma Travassos, os usos ali praticados não condizem com as necessidades das novas arenas, tornando necessária a revitalização. FERREIRA, LUCAS, e GATO (1999, citado por SILVA, 2011) consideram que a “requalificação urbana é um processo social e político de intervenção no território que visa essencialmente (re)criar qualidade de vida urbana, através de uma maior equidade nas formas de produção (urbana), de um acentuado equilíbrio no uso e ocupação dos espaços e na própria capacidade criativa e de inovação dos agentes envolvidos nesses processos”.
No entanto, o processo de revitalização também gera um impacto significativo no custo de vida na região que foi revitalizada, expulsando alguns antigos usuários do local, gerando a gentrificação. Gentrificação é o termo utilizado para de definir a estratégia de revitalizar áreas e equipamentos urbanos, para recuperar e requalificar os imóveis existentes ou criação de novos edifícios com a intenção de atrair usuários com o poder aquisitivo mais elevado para essas localidades. No caso da instalação de uma arena multiuso focada em espaços comerciais e corporativos, no bairro Jardim Paulista, pode ocorrer o êxodo de algumas empresas que estão instaladas na região há muito tempo, devido à concentração de serviços nesse novo equipamento urbano. Levando isso em consideração, a FIFA (2011, p. 44) deixa claro que: “São vitais o contato prévio e consulta junto aos representantes das comunidades, grupos ambientais e autoridades locais e nacionais do futebol durante a escolha do local e o projeto de um estádio.
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Com comunicação adequada, a expectativa de um novo estádio no ambiente deve ser uma experiência positiva. Os benefícios locais de um novo estádio são consideráveis. Eles incluem: - acesso conveniente a esportes e eventos de entretenimento de qualidade; - empregos durante a construção e na operação das instalações; - novos visitantes, os quais aumentarão a viabilidade financeira da economia local, incluindo visitantes a lojas, restaurantes e hotéis; - frequentemente o estádio inclui instalações como ginásio, salas de preparo físico, piscina, creche, salas de atividades, salas de reuniões, lojas e outros centros culturais e sociais, as quais são primariamente utilizadas pelos habitantes da região; - caso o campo seja de grama sintética,
Seguindo os itens acima citados, os riscos de ocorrer a gentrificação são reduzidos, fazendo com que
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ele poderá ser disponibilizado para programas de recreação local; - a promoção de eventos nos estádios melhora significamente a exposição e perfil da comunidade; - estádios aumentam a auto-estima da comunidade devido à natureza especial de sua estrutura e de seus eventos. Todos os fatores acima devem aumentar a qualidade de vida dos habitantes da área, assegurando que o estádio permaneça integrado ao cotidiano da comunidade e proporcione ao estádio maior estabilidade financeira. Devido à natureza especial dos estádios, eles frequentemente são objetos de rumores negativos e receios na mídia. Por esta razão é essencial que seja mantida uma comunicação direta com a comunidade local e com a imprensa durante o período de desenvolvimento e toda a vida operacional do estádio.”
a arena seja vista com bons olhos pelos usuários deste equipamento, e de seu entorno.
Após a preocupação com os usuários locais, é necessário pensar em como deve ser a arena multiuso ideal. Para isso, Faust (2009) criou uma lista com as características necessárias para uma boa arena, são elas: Arquitetura multiuso, com layouts práticos e facilmente adaptáveis, atendendo diversos públicos; Arquibancadas sem pontos cegos, com assentos individuais e estendidos até a beira do gramado; Cobertura retrátil, cobrindo parcialmente ou totalmente o gramado e o público, protegendo da chuva ou da neve; Estruturas removíveis que facilitem a adaptação do local para outros eventos e são uma boa alternativa para lugares com pouco público, mas que podem receber grandes eventos esporadicamente; Iluminação homogênea e com alto controle do consumo de energia, evitando desperdícios; Segurança com um centro de controle operacional, equipado com a mais moderna tecnologia, possibilitando ajustes de som e iluminação,
e rápida comunição, prevenindo acidentes e furtos; Ingressos com sensores e selos que previnam a falsificação e agilizam a entrada no local do evento; Telões, painéis digitais para publicidade, conexão à internet, transmissão de rádio e TV de alta tecnologia para ampliar o conforto; Gramado adequado ao clima e a peculiaridades da região, com sistemas de manutenção modernos para evitar a degradação precoce; Uma diversidade de serviços para complementar as receitas nos dias de jogo e se possível nos outros seis dias da semana, ampliando a renda e os lucros do local. Sistemas hidráulicos e elétricos que garantam economia de energia bem como a reciclagem de água e demais materiais. Para uma arena ser considerada arena multiuso, ela deve desempenhar mais de uma função, como função de lazer, comercial, econômica, cultural e social. A seguir segue uma lista com as funções mais comuns nas arenas multiuso da atualidade.
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• Esporte: o número de torcedores que frequentam as arenas em dias de competição é muito grande, e acaba sendo a maior fonte de renda para os clubes. • Comércio: a venda de produtos do time dentro destes grandes equipamentos também é vista com bons olhos pelos administradores, visto que os torcedores tendem a consumir produtos do time, como um novo modelo do uniforme ou souvenirs. • Alimentação: espaços como bares e restaurantes devem estar presentes nas novas arenas, funcionando todos os dias da semana, a fim de atender os torcedores nos dias de eventos esportivos, e toda a população nos outros dias da semana. • Entretenimento: a realização de grandes eventos de música, circo, teatro, e outros esportes em arenas multiuso são uma boa saída para os dias em que não ocorrem partidas, e levam um grande público ao local. • Turismo: museu do clube, visita à sala de troféus, vestiários, gramado e outras áreas da arena são bem vindas, pois muitas pessoas buscam conhecer a história do clube, ver de perto os
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títulos conquistados, e conhecer os bastidores da equipe antes das partidas. • Estacionamento: A FIFA aconselha que um estádio de 60 mil lugares tenha no mínimo 10 mil vagas para carros e 500 para ônibus, podendo estar localizadas em um raio de até 1,5km. Porém, se a arena tiver um local em seu interior para abrigar esses veículos, pode-se cobrar uma taxa para assegurar os automóveis durante a partida, e essa renda pode ser significativa para o orçamento da equipe. • Educação: o local pode ser aproveitado para cursos de graduação como educação física, fisioterapia e nutrição. Outra boa opção para agradar crianças e adolescentes são as escolinhas de futebol. Há também, o conceito de “gol verde”, lançado pela FIFA, onde as principais metas do programa são: reduzir o consumo de água potável, evitar e reduzir a emissão de resíduos, criar sistemas de abastecimento de energia mais eficientes e aumentar o uso do transporte público nos eventos esportivos (FIFA, 2011).
Porém, para que essa lista seja colocada em prática, é necessário um alto investimento de capital, e é muito comum que os clubes não possuam essa renda. Surgem então, as parcerias com empresas privadas. Onde essas empresas financiam a reforma do estádio, e em troca lucram com determinados serviços oferecidos no equipamento. Geralmente as empresas que financiam a reforma fazem um contrato de alguns anos, onde tem os direitos da maior porcentagem de lucros sobre os shows e eventos que acontecem na arena, áreas de alimentação, venda de camarotes, aluguel da arena para outros clubes, e publicidade no interior da arena. Integralmente para o clube fica apenas a bilheteria dos jogos. Dessa forma, a empresa financiadora lucra ao longo do tempo com o investimento da obra, e o clube fica com um estádio novo, onde será proprietário de todos os lucros após o encerramento do contrato com os financiadores da reforma. Um bom exemplo dessa parceria é o Allianz Parque, estádio que foi construído através da parceria entre a Sociedade Esportiva Palmeiras, e a construtora WTorre. No contrato com duração de 30 anos, a empresa possui os direitos
sobre o aluguel do estádio, direito de nome, venda de camarotes, cadeiras especiais, shows e eventos que ocorrem na arena, e também sobre os lucros do restaurante e das lanchonetes. Resta ao clube, a renda vinda a partir da bilheteria das partidas (Estadão, 2013).
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2. O ESTÁDIO PALMA TRAVASSOS
Imagem 1: Localização do estádio. Fonte: Google Maps, 2018.
O estádio Dr. Francisco de Palma Travassos é um estádio de futebol, que pertence ao Comercial Futebol Clube e se localiza na Avenida Plínio de Castro Prado, bairro Jardim Paulista, na cidade de Ribeirão Preto – SP. O projeto do estádio surgiu após o clube conquistar o acesso à primeira divisão do campeonato paulista no ano de 1958.
Porém as obras foram iniciadas somente em 1961, quando o engenheiro e fazendeiro local Francisco de Palma Travassos fez a doação de um de seus terrenos para o clube. O estádio Dr. Francisco de Palma Travassos foi a terceira casa do Comercial Futebol Clube. Em 1911, quando o clube foi inaugurado, os jogos eram
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Imagem 2: Projeto do Estádio Dr. Francisco de Palma Travassos. Fonte: Comercial Futebol Clube, 1961.
recebidos no Estádio da Rua Tibirçá, onde hoje se localiza a sede social da Sociedade Recreativa de Esportes. O estádio foi utilizado até 1936, quando o Comercial Futebol Clube teve que pausar suas atividades devido à
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crise econômica do café que atingiu a cidade de Ribeirão Preto. Em 1954, o Comercial Futebol Clube retomou as atividades, e mandava os jogos no Estádio Costa Celho, localizado na Avenida Primeiro de Maio.
Foi neste estádio que o time de futebol conquistou o acesso à primeira divisão do Campeonato Paulista, e deu inicia ao projeto de construção do atual estádio, o Estádio Dr. Francisco de Palma Travassos. O projeto do estádio surgiu após o clube conquistar o acesso à primeira divisão do campeonato paulista no ano de 1958, porém as obras foram iniciadas somente em 1961, quando o engenheiro e fazendeiro local Francisco de Palma Travassos fez a doação de um de seus terrenos para o clube.
E para homenagear o engenheiro, o Comercial batizou o estádio com o mesmo nome do doador das terras. Em 2010, o estádio sofreu uma pequena reforma, onde o alambrado que tinha uma distância de 19,40 metros da linha lateral, passou a ter apenas 6 metros de distância da linha. A alteração foi feita com a intenção de implantar quadras poliesportivas entre as arquibancadas e o alambrado. O projeto foi realizado pelo engenheiro Jesus Agnon de Assis, da AFAG Engenharia.
Imagem 3: Projeto de reposicionamento do alambrado. Fonte: AFAG Engenharia,2010
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Imagem 4: Planta humanizada do projeto final. Fonte: AFAG Engenharia,2010
Atualmente, o estádio possui os seguintes dados: Capacidade de pessoas sentadas: 17940 pessoas; Capacidade Oficial: 34400 pessoas; Cadeiras cativa: 8000 cadeiras; Camarotes: 160 lugares; Cabines de imprensa: 14 cabines; Dimensões do gramado: 105 x 68 metros; Vestiários: 3; Túneis de acesso ao gramado: 3.
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Para que o estádio Dr. Francisco de Palma Travassos atenda às necessidades de uma arena multiuso, é necessária a instalação de um estacionamento.
Para isso, será utilizada uma gleba que se localiza no entorno do estádio, possibilitando a implantação de vagas para automóveis.
Imagem 5: Estádio e gleba do estacionamento. Fonte: Google Maps, 2018.
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LEGENDA Pilar 25 x 25 cm Pilar 25 x 50 cm Viga 25 x 40 cm Pilar 50 x 80 cm
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CAM. 04
CAM. 46
+11,25 CAM. 03
CAM. 02
CAM. 01
CABINE 10
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+12,85
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CAM. 48
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CAM. 51
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CAM. 52
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CAM. 63 CAM. 62
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CAM. 56
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PLANTA COBERTURA ESC 1:750
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+ 11,15
+ 0,24
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CORTE ESTÁDIO E ÁREA DE ESTACIONAMENTO ESC 1:1500
3. PROGRAMAS DE NECESSIDADES
O programa de necessidades da nova arena será mais amplo do que atual do estádio. Este novo programa supre as necessidades da manutenção do estádio, administração, setor de imprensa, área para atletas, espaço de cultura e lazer, comércio e serviços, e
atende também a demanda do público nos dias de jogos e grandes eventos. O novo programa pode ser observado nas seguintes tabela, onde estão separados por setores específicos, acompanhados do pré-dimensionamento, fluxograma e organograma.
Atletas
Comércio e Serviços
33
Cultura e Lazer
PĂşblico Esportivo
Imprensa
34
Administração
Manutenção
35
Organograma dos setores
36
Fluxograma do setor de atletas
Fluxograma do setor de comĂŠrcio
37
Fluxograma do setor de cultura e lazer
Fluxograma do setor de pĂşblico esportivo
Fluxograma do setor de imprensa
38
Fluxograma do setor administração
Fluxograma do setor manutenção
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4. LEITURA DA ÁREA
O Estádio Dr. Francisco de Palma Travassos localiza-se no Jardim Paulista, localizado no subsetor Leste – 2. De acordo com o mapa de
macrozoneamento, a área encontra-se em uma zona de urbanização preferencial (ZUP). E não está próxima a nenhuma área de preservação permanente (APP).
Imagem 6: Macrozoneamento Fonte: Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, 2018.
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Analisando os levantamentos topográficos de elevações e inclinações, pode-se observar que há um grande desnível na área de
estudos. O ponto mais alto da área se localiza na Avenida Treze de Maio, e o mais baixo encontra-se na Rua Arnaldo Victaliano.
Imagem 7: Inclinações Fonte: Leonardo Lattaro Fernandes, 2018
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Imagem 8: Inclinaçþes Fonte: Leonardo Lattaro Fernandes, 2018
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Na รกrea encontram-se poucos equipamentos urbanos. Hรก apenas uma escola infantil na Rua Arnaldo Victaliano,
um centro comunitรกrio nas margens da Avenida Castelo Branco, e o Estรกdio Dr. Francisco e Palma Travassos.
Imagem 9: Equipamentos Urbanos. Fonte: Prefeitura Municipal de Ribeirรฃo Preto, 2018.
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Imagem 10: Equipamentos Urbanos. Fonte: Prefeitura Municipal de RibeirĂŁo Preto, 2018.
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Analisando a hierarquia viária física, podemos observar que a maioria das vias da área são coletoras, e algumas locais. Há também vias principais, como a Avenida Maria de Jesus Condeixa, Avenida Plínio de Castro Prado, Avenida 13 de Maio,
e Avenida Clóvis Bevilacqua, e também uma via expressa, que é a Avenida Castelo Branco. Observando a hierarquia viária funcional da área, podemos observar que as vias de maior fluxo são: Rua Henrique
Imagem 11: Hierarquia Viária Física. Fonte: Leonardo Fernandes, 2018.
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Dumont, Rua Marisa, Rua Arnaldo Victaliano,Avenida Maria de Jesus Condeixa, Avenida Plínio de Castro Prado, Avenida 13 de Maio, e Avenida Clóvis Bevilacqua e Avenida Castelo Branco. Sintetizando as duas hierarquias, ob-
serva-se que há um conflito entre fluxo e dimensionamento na Rua Henrique Dumont, Rua Marisa e na Rua Arnaldo Victaliano, pois elas recebem um fluxo intenso, e tem dimensionamento de vias de fluxo médio.
Imagem 12: Hierarquia Viária Funcional. Fonte: Leonardo Fernandes, 2018.
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Analisando o número de edificações no entorno do estádio, observa-se que é uma área bem adensada. As únicas áreas
onde há ausência de edificações são na gleba que será anexada ao estádio, na rotatória e em alguns terrenos ao lado da gleba.
Imagem 13: Figura Fundo. Fonte: Leonardo Fernandes, 2018.
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Na área de estudos há a predominância de edificações térreas ou de dois pavimentos, entretanto, a presença de edifícios é bem constante. Esses edifícios normalmente não ultrapassam os 7 pavimentos, porém, há
edificações que chegam até os 19 pavimentos. O Conjunto Habitacional Jardim das Pedras causa um grande impacto na paisagem da área, pois lá estão implantadas 13 torres com 12 pavimentos.
Imagem 14: Gabarito. Fonte: Leonardo Fernandes, 2018.
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Imagem 15: Uso do solo. Fonte: Leonardo Fernandes, 2018.
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Com base no levantamento de uso do solo, pode-se observar que os lotes com uso habitacional predominam na área. Porém, quando se analisa os lotes das vias de alto fluxo, nota-se a predominância de comércio e serviço. Na área existem poucos lotes lotes vazios. O maior deles é o que margeia o Estádio Palma Travassos. Existem também algumas áreas verdes. Essas se encontram com maior intensidade no encontro das avenidas Treze de Maio, Maria de Jesus Condeixa, Presidente Castelo Branco, e Clóvis Bevilacqua.
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5. LEITURAS PROJETUAIS
5.1. MINEIRÃO
Imagem 16: Mineirão. Fonte: ArchDaily, 2013.
5.1.1. LOCALIZAÇÃO
5.1.2. FICHA TÉCNICA Arquiteto: BCMF Arquitetos Ano: 2012 Área: 348900 m² Tipo de projeto: Esportivo Status: Concluído
Imagem 17: Localização Fonte: Google Maps, 2018.
Localização: Belo Horizonte, Brasil 53
5.1.3. O PROJETO O projeto de reforma foi concebido para que o estádio Mineirão atendesse às normas da FIFA para receber a copa do mundo de 2014. O projeto de remodelação do Mineirão da BCMF Arquitetos inclui uma plataforma de serviços e comércio que funciona fora do horário dos jogos como uma grande praça aberta ao público. A esplanada é esculpida e moldada ao terreno, configurando diversos espaços e programas de necessidades escalonados em desníveis. Essas praças são integradas com o entorno imediato e percebidas como uma continuação do solo da cidade. Com a escolha do Brasil para sediar a Copa do Mundo de 2014 e a escalação do Mineirão para abrigar jogos do torneio, veio a oportunidade de transformar o Gigante da Pampulha em um complexo esportivo multifuncional, tendência dos estádios contemporâneos: oferecer variedade de serviços que virem foco de atração para a vizinhança e para a cidade inteira, possibilitando a sustentabilidade econômica do complexo. O instrumento escolhido para viabilizar esse modelo de operação foi a parceria público-privada (PPP),
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na qual se definiu que a remodelação do estádio seria assumida por uma empresa que receberia, em troca, a concessão de uso do empreendimento por 25 anos. As inovações foram desde a adequação a novos requerimentos da Fifa, da Lei Geral da Copa e da nova IT do Corpo de Bombeiros, a novos conceitos para integrar o complexo ao seu contexto imediato e potencializar a exploração comercial do complexo, passando pela reconfiguração da arquitetura externa (“esplanada”) e da nova extensão da cobertura - tudo isso levando em conta um prazo enxuto. As alterações dentro do estádio respondem basicamente às exigências da Fifa: acessos, segurança, capacidade, visibilidade, áreas de imprensa, instalações dos atletas, logística. O destaque é a extensão da cobertura, fundamental para o conforto do público dentro do estádio. Externamente, foi necessário reconfigurar o uso do terreno, antes utilizado quase em sua totalidade como estacionamento, para dar condições de acesso e apoio ao estádio e possibilitar a operação comercial característica do modelo de PPP. Toda a topografia artificial do térreo é, assim, destinada ao fluxo de
pedestres - ou de multidões. Já o subsolo aloca uma intrincada rede
de fluxos operacionais e áreas de serviços.
Imagem 18: Entorno. Fonte: BCMF Arquitetos, 2013.
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Imagem 19: Intervenção Fonte: BCMF Arquitetos, 2013.
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Imagem 20: Corte esquemático. Fonte: BCMF Arquitetos, 2013.
Com a reforma, novos níveis foram adicionados ao estádio, ampliando os anéis de arquibancada,
arquibancada, e criando também um estacionamento no subsolo da plataforma da arena.
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Imagem 21: Implantação. Fonte: BCMF Arquitetos, 2013.
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Imagem 22: Nível 1 (esplanada). Fonte: BCMF Arquitetos, 2013.
Imagem 23: Nível -1 (estacionamento). Fonte: BCMF Arquitetos, 2013.
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5.2. ALLIANZ PARQUE
Imagem 24: Allianz Parque
5.2.1. LOCALIZAÇÃO
Fonte: Allianz Parque, 2018
5.2.2. FICHA TÉCNICA Arquiteto: Edo Rocha Construtora: WTorre Ano: 2010 Área construída: 93.284 m² Área do terreno: 90.227 m²
Imagem 25: Localização Fonte: Google Maps, 2018.
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Tipo de projeto: Esportivo Localização: São Paulo, Brasil
5.2.3. O PROJETO A arena Allianz Parque é uma arena multiuso da Sociedade Esportiva Palmeiras, projetada para receber eventos esportivos, corporativos, shows, espetáculos, concertos e outros eventos. A arena foi construída a partir de uma grande intervenção no Estádio Palestra Itália, antigo estádio do clube. Da antiga estrutura do Palestra Itália sobrou apenas o terreno com a mesma metragem, o formato de ferradura, que foi mantido mesmo com o fechamento da volumetria do estádio, e algumas edificações destinadas ao
Imagem 26: Estádio Palestra Itália
setor administrativo e a práticas esportivas. O estádio foi todo modernizado em termos de estrutura, fachadas, arquibancadas, cobertura, layout e múltiplas funções. A nova arena, além de acomodar 45 mil pessoas durante os jogos de futebol, estará preparada para receber shows. O espaço projetado para ser flexível permitirá a montagem do palco para eventos mesmo durante uma partida de futebol e poderá receber entre 10 mil e 60 mil pessoas, quando o gramado também será utilizado. Há uma tecnologia que beneficia o acesso e a saída das pessoas durante
Fonte: Sociedade Esportiva Palmeiras, 1996
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durante grandes eventos, são as arquibancadas retráteis. Ao ser acionado, o sistema retrátil faz desaparecer aproximadamente cento e cinquenta assentos, liberando o fluxo de entrada e saída dos usuários. O sistema estrutural foi feito através de pilares pré-moldados, por conta da facilidade e rapidez de montagem e por quatro vigas mestras,
possibilitando a instalação de escadas rolante, saídas de emergência, e caixas d’água. A cobertura foi realizada com vigas metálicas treliçadas. As vedações verticais da arena foram executadas com chapas onduladas de inox, conforme exibidas na imagem XX. Essas chapas são perfuradas, favorecendo a ventilação natural, e a acústica do local.
Imagem 27: Vedações em inox. Fonte: IG, 2018
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A arena está dividida em oito níveis. No nível térreo se encontram
os pontos de alimentação, e os banheiros.
Imagem 28: Pavimento térreo. Fonte: WTorre, 2018
No primeiro pavimento encontram-se pontos de alimentação,
banheiros, acessos ao estádio, auditórios e foyer.
Imagem 29: Primeiro Pavimento. Fonte: WTorre, 2018
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No segundo pavimento, se localizam a ĂĄrea tĂŠcnica, os banheiros, o lounge e o foyer.
Imagem 30: Segundo Pavimento. Fonte: WTorre, 2018
No terceiro pavimento, foram implantados camarotes, Bussiness Club, Premium Lounge, concierge, foyer, e banheiros.
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Imagem 31: Terceiro Pavimento. Fonte: WTorre, 2018
No quarto pavimento encontram-se camarotes, longe, concierge, e banheiros.
Imagem 32: Quarto Pavimento. Fonte: WTorre, 2018
No quinto pavimento se localiza os banheiros e åreas de alimentação, logo a cima vem a arquibancada superior, e posteriormente a cobertura da arena.
Imagem 33: Quinto Pavimento. Fonte: WTorre, 2018
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Imagem 34: Arquibancada superior. Fonte: WTorre, 2018
Imagem 35: Cobertura. Fonte: WTorre, 2018
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5.3. ARENA CASTELÃO
Imagem 36: Arena Castelão
5.3.1. LOCALIZAÇÃO
Fonte: Leonardo Finotti, 2014.
5.3.2. FICHA TÉCNICA Arquiteto: Vigliecca & Associados Ano: 2012 Área: 162600 m² Tipo de projeto: Esportivo Localização: Fortaleza, Brasil
Imagem 37: Localização Fonte: Google Maps, 2018.
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5.3.3. O PROJETO A Arena Castelão e fruto de uma intervenção no antigo Estádio Castelão, a fim de inseri-lo nos padrões exigidos pela FIFA, e transformá-lo em uma arena multiuso autossustentável. Foi o primeiro estádio da Copa do Mundo de 2014 a ficar pronto, e foi também o estádio mais econômicos dos quatros mundiais anteriores. A arquitetura se destaca por fazer uma ligação muito harmoniosa entre o pré-existente e a nova estrutura. A arena foi planejada para ser utilizada para vários tipos de eventos urbano. Por esse motivo, os estacionamentos foram substituídos por uma grande esplanada que serve de hall de
acesso para o estádio, e também como uma área para instalações provisórias. A intervenção realizada buscou manter as características do projeto original do estádio. Foi acrescentada à fachada do edifício, uma pele translúcida, mas acessar o seu interior, é possível observar a fachada pré-existente do local. Os pilares metálicos possuem a função de sustentar a cobertura, e também atenuar as vibrações da arquibancada. A cobertura foi feita com peças independentes, a fim de acelerar o processo de instalação da mesma. Ela contempla todo o estádio e possui tratamento térmico e qualidade acústica. Além disso, ela coleta água pluvial que é utilizada na limpeza dos sanitários, e na manutenção das áreas verdes.
Imagem 38: Esquema de montagem da cobertura. Fonte: Vigliecca e Associados, 2012.
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Para reforçar o conceito de arena, o campo de jogo foi rebaixado, e a arquibancada ficou mais próxima do gramado. Os assentos utilizados na Arena Castelão
são retráteis e antivandalismo, assim como os utilizados em vários estádios ao redor do mundo. Nesse projeto, 70% das arquibancadas originais foram mantidas.
Imagem 39: Corte arquibancada. Fonte: Vigliecca e Associados, 2012.
Durante a obra, foram adotadas várias medidas para reduzir os danos ao ambiente, como reaproveitamento de estruturas já existentes, usina de reciclagem para reutilização do concreto, lavador de rodas de caminhão para evitar sujeiras no entorno da obra, e envio de vários materiais para a reciclagem. Ainda reforçando essa
redução de danos e de custos, os matérias em bom estado do antigo Estádio Castelão como placar, cadeiras, gramado, e banco de reservas, foram doados para estádios menores da região. O processo construtivo foi o mais industrializado possível, fazendo com que a Arena fosse a única obra do mundial a promover corte de gastos e de prazo.
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A uma que leva em média 36 meses para ficar pronta, foi concluída em apenas 20 meses. Com a revitalização do antigo Estádio
Castelão, Fortaleza não ganha apenas uma arena multiuso autossustentável, mas sim um equipamento urbano que atrai a população, revitalizando todo o seu entorno.
Imagem 40: Implantação. Fonte: Vigliecca e Associados, 2012.
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Imagem 41: NĂvel 1 Fonte: Vigliecca e Associados, 2012.
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Imagem 42: NĂvel 2 Fonte: Vigliecca e Associados, 2012.
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Imagem 43: NĂvel 3 Fonte: Vigliecca e Associados, 2012.
Imagem 44: NĂvel 4 Fonte: Vigliecca e Associados, 2012.
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Imagem 45: NĂvel 5 Fonte: Vigliecca e Associados, 2012.
Imagem 46: NĂvel 6 Fonte: Vigliecca e Associados, 2012.
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Imagem 47: Cobertura Fonte: Vigliecca e Associados, 2012.
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6. PARTIDO E DIRETRIZES PROJETUAIS
6.1. PARTIDO O partido arquitetônico do projeto, foi a localização dos dois principais acessos da nova arena, que possibilita a organização simétrica da mesma.
Um desses pontos de acessos, se localiza de frente à Avenida Plínio de Castro Prado, que possui um fluxo intenso e um aclive em direção ao estádio, o que possibilita uma visão privilegiada da arena por todos os transeuntes desta via.
Imagem 48: Cobertura Fonte: Leonardo Lattaro Fernandes, 2018.
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6.2. DIRETRIZES PROJETUAIS As diretrizes projetuais tomadas como base para o projeto, são: • Rebaixar o gramado, criando novos lanços de arquibancada com a finalidade de aumentar a capacidade de público do estádio; • Promover maior acessibilidade ao público, criando aceso em um nível mais privilegiado da arquibancada; • Utilizar a gleba que margeia o estádio para a instalação de estacionamentos; • Cobrir toda a arquibancada, buscando acolher melhor os; • Criar uma praça cívica, para uso dos torcedores e da população em geral;
78
• Criar um espaço multiuso, onde seja possível receber atrações esportivas e culturais; • Aumentar as massas de vegetação no entorno da arena, gerando mais comodidade às pessoas que por ali transitam; • Projetar uma fachada que faça referência ao clube, e que contraste com a arquitetura local; • Criar áreas para uso comercial, fazendo com que a arena seja utilizada todos os dias da semana, e em vários horários; • Dar suporte aos atletas, projetando um espaço para a instalação de alojamentos e também um centro médico e de preparação física no interior da arena.
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7. PROPOSTA
7.1. MEMORIAL JUSTIFICATIVO O ponto de partida para a elaboração do projeto da Arena Palma Travassos, foi criar dois pontos principais de acesso, onde não houvesse a comunicação entre eles. Para isso, ficou definido manter o acesso pela Avenida Plínio de Castro Prado, e a criação de um novo acesso, às margens da Avenida Maria de Jesus Condeixa, onde existe uma gleba que margeia parte do estádio. Esta gleba foi anexada ao estádio, e é utilizada como uma praça cívica, onde pode ocorrer a concentração de torcedores até a entrada na arena. No subsolo desta gleba e também em uma parte de sua superfície, se localiza um estacionamento para gerar mais segurança aos torcedores. A partir dessa gleba é possível acessar as catracas que levam até o estádio, e também uma passarela que dá acesso
às instalações na face externa da arena. No interior da arena, o gramado foi rebaixado nove metros, o que possibilitou a implantação de um novo lanço de arquibancadas. Com essa ampliação, foram criados 19500 novos lugares, então o estádio que tinha a capacidade de 17940 pessoas sentadas, passa a ter uma capacidade de 37440 pessoas sentadas. A cobertura do estádio, foi feita através de uma estrutura metálica independente, que cobre toda a arquibancada. Essa cobertura foi feita com telhas de policarbonato, que são mais leves que telhas de vidro, mais resistentes, e são translúcidas. O fechamento do estádio foi executado com vidro espelhado, contrastando fortemente com a arquitetura do entorno.
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ESTACIONAMENTO IMPRENSA E DELEGAÇÕES
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ACESSO PRAÇA 01 SAÍDA AV MARIA DE JESUS CONDEIXA
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3 - ACESSO AO ESTÁDIO 4 - W.C. MASCULINO 5 - W.C. FEMININO 6 - SALA MASSAGEM VISITANTE 7 - SALA AQUECIMENTO VISITANTE 8 - VESTIÁRIO VISITANTE 9 - ZONA MISTA 10 - VESTIÁRIO IMPRENSA 11 - LOUNGE 12 - SALA ENTREVISTAS 13 - VESTIÁRIO GANDULAS 14 - VESTIÁRIO ÁRBITROS 15 - AQUECIMENTO MANDANTE 16 - VESTIÁRIO MANDANTE 17 - BAR 18 - MASSAGEM MANDANTE 19 - ACADEMIA 20 - SALA DE EXAMES 21 - CONSULTÓRIO 22 - ALOJAMENTO
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23 - SALA DE AULA 24 - REFEITÓRIO
+ 0,00
R . MA
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ND S CO
25 - LAZER ATLETAS 26 - COZINHA INDUSTRIAL 27 - SETOR COMERCIAL 28 - SALA DE REUNIÃO 29 - PRESIDÊNCIA 30 - DIRETORIA 31 - MARKETING 32 - ALMOXARIFADO 33 - RECEPÇÃO 34 - ESTAÇÃO DE TRABALHO 35 - COPA 36 - ÁREA DESCANSO 37 - DEPÓSITO 38 - CASA DE MÁQUINAS 39 - CARGA/DESCARGA 40 - D.M.L. 41 - LAVANDERIA 42 - PORTARIA 43 - LOJA DO CLUBE 44 - MUSEU 45 - SALA TROFÉUS 46 - FOYER CATRACAS 47 - ESTACIONAMENTO COBERTO 01
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ACESSO FOYER CATRACAS 50
ACESSO ESTACIONAMENTO COBERTO 02 ACESSO ESTACIONAMENTO COBERTO 01
48 - PRAÇA 01 50 - ESTACIONAMENTO DESCOBERTO 51 - PRAÇA 02 52 - CABINE DE TV 53 - CABINE DE RÁDIO 54 - CAMAROTE
+ 4,00
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50 ACESSO FOYER CATRACAS ACESSO ESTACIONAMENTO COBERTO 02 ACESSO ESTACIONAMENTO COBERTO 01
48 - PRAÇA 01 50 - ESTACIONAMENTO DESCOBERTO 51 - PRAÇA 02
+ 4,00
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COBERTURA ESC 1:1000
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Praça 02 Foyer catracas
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CORTE ESC 1:1000
ELEVAÇÃO 01 ESC 1:1000
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8.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRONZATI, A. Allianz fecha acordo de naming rights da Arena Palestra. Disponível em < http://esportes.estadao.com.br/noticias/futebol,allianz-fecha-acordo-de-naming-rights-da-arena-palestra,1024970> Acesso em: 21 de março de 2018. BRUNORO, J. C. Ambiente Esportivo. São Paulo, 16 de junho de 2008, palestra proferida a turma sete de Gestão e Marketing Esportivo da Trevisan Escola Superior de Negócios. COSTA, P. H. V. et al. Parceria público privada para investimento em Arenas Multiuso – Estudo de caso Arena Pernambuco. In: Conferência de LARES, 13, 2013. São Paulo. JANOT, L. F. Gentrification ou gentrificação?. Disponível em < http://www.vitruvius. com.br/revistas/read/drops/14.076/5005> Acesso em: 16 de março de 2018. RUFINO, A. Arena multiuso. Um novo campo de negócios. São Paulo: Trevisan,2010. FAUST, A. O estádio do século 21. Revista Exame. Edição 958, Nº 24, ano 43. 16 de dezembro de 2009. São Paulo: Abril, 2009.
FIFA. Estádios de Futebol, recomendações e requisitos técnicos. 5 ed. Zurique, 2011. HELM, J. Arena Castelão/ Vigliecca & associados. Disponível em: < https://www. archdaily.com.br/br/601347/arena-castelao-slash-vigliecca-and-associados>. Acesso em: 25 de abril de 2018. MELLO, T. Allianz Parque. Disponível em: < https://www.galeriadaarquitetura.com.br/ projeto/edo-rocha-arquitetura_/allianz-parque/395>. Acesso em: 06 de abril de 2018. NOBRE, E. A. C. Intervenções urbanas em Salvador: turismo e “gentrificação” no processo de renovação urbana do Pelourinho. In: Encontro Nacional da Anpur, 10, 2013. Belo Horizonte. SILVA, A. M. R. Requalificação urbana: o exemplo da intervenção Polis em Leiria. 2011. 154f. Dissertação de mestrado – Universidade de Coimbra, Coimbra, 2011. SIQUEIRA, M. Mineirão / BCMF Arquitetos. Disponível em: < https://www.archdaily.com. br/br/01-117752/mineirao-slash-bcmf-arquitetos >. Acesso em 10 de setembro de 2018.
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Este trabalho tem como objetivo apresentar a proposta de um projeto de intervenção no Estádio Dr. Francisco de Palma Travassos, localizado na cidade de Ribeirão Preto - SP. Já há algum tempo que o conceito de estádios de futebol deixou de ser algo com o uso unicamente esportivo e passou-se, a pensar também em outros serviços que atenda a população em geral mesmo em dias que não há jogos. A proposta do projeto é intervir no estádio buscando transformá-lo em uma arena multiuso, para que este grande equipamento seja utilizado com maior frequência, pela população.