Basque edição# gênero

Page 1


Antes de comeรงar:


Identidade de Gênero É como a pessoa se vê e se sente. Tem a ver com identificação. Ela pode se enxergar mulher cisgênero, homem cisgênero, transgênero, entre outres, e até não se identificar com nenhum deles.

Sexo

Orientação

Sexual

É o que a pessoa sente por outra. Também está ligada à atração. Uma pessoa pode ser homossexual, heterossexual, bissexual, pansexual etc.

É uma característica biológica. Pode ser masculino, feminino ou intersexo.

Retirado do site Dicionário de Gênero: http://dicionariodegeneros.com.br/


“Quando não fico irritada, eu rio ao ter de preencher a opção “masculino” ou “feminino”. Se você pensar bem, é um jeito esquisito de dividir o mundo. Por que essa é a primeira questão que é feita e respondida quando uma criança nasce? Talvez nos transformemos em nosso gênero, ou nos livramos dele? Não dizemos quando uma criança nasce: ‘É um heterossexual!’.”


SUMÁRIO EDI·TO·RIAL

4

AR·TI·GO

6

EN·TRE·VIS·TA

8

DI·CI·O·NÁ·RIO

16

DI·CAS

20


EDI·TO·RIAL

“O

binômio

homem-mulher

se

amplia em uma multiplicidade de possibilidades. A cada dia, mais pessoas estão dispostas a empurrar as barreiras pré-estabelecidas cada vez mais longe. TRANScenGENDER é um estudo que busca compreender como estamos evoluindo da normatividade para uma maior liberdade de escolhas. O gênero passou a ser encarado como algo perfomático, em desenvolvimento


4

cons-

E com esse trecho retirado

tante e aberto a

do manifesto TRANSCEN-

transformações e liberdades

GENDER da box 1824 inicia-

individuais, ampliando as

mos esta edição especial

possibilidades de convivên-

dae BASQUE o catálogo bi-

cia com as diferenças. Ques-

mestral da editora Guerni-

tões de gênero estão na

ca, que aborda algum tema

pauta popular e a discussão

específico através da abor-

não tende a decrescer.

dagem autoral da editora.

Mercados que movimentam

Nessa edição será abordada

trilhões estão atentos a isso,

Gênero, textos, entrevista e

ampliando a discussão e in-

dicionário de termos sobre

fluenciando diretamente a

essa temática que tanto

maneira como as empresas

ficou evidente no ano de

irão posicionar seus produ-

2016. Esperamos uma boa

tos e se comunicar daqui

leitura e nos vemos na pró-

pra frente.”

xima edição.

“O gênero passou a ser encarado como algo perfomático, em desenvolvimento constante e aberto a transformações e liberdades individuais.”


AR·TI·GO

Ser um

Ho m e m Feminino Por Clayton Nobre

Mundo queer. Sebastião, o santo ícone da homossexualidade

masculina,

ganha nessa imagem (recriada) de Gregório Lopes, o contorno caricato e colorido que somente a experiência afetiva do leitor de outrora poderia averiguar por trás do

símbolo sagrado. A fêmea que sorri diante da morte. O santo flechado pela ferocidade da razão e injustiça, patriarcal e machista. Mas o faz de forma sensual e bela, como a delicadeza de seu corpo. A questão feminina não é uma disputa somente das mulheres. É o cerne que está nessas estratégias – antigas e contemporâneas – de resistência

homossexual,

por exemplo. O controle


6

que se faz sobre o corpo

tratégias ganharam am-

do homem(!) macho é o

plitude, e foram às ruas

mesmo inimigo daquele

– ainda que, na minha

que desenhava a mulher

percepção feminina, o

morta, como as falecidas

apelo ao afetivo sempre

românticas do século 19.

tenha sido a mais bela

A Ofélia que se mata de

e potente ação de resis-

amor por seu Hamlet,

tência política.

hoje nos ombros e na

Enxergar o perfil do ini-

mira do bullying de Va-

migo, por mais manique-

lesca Popozuda.

ísta que isto que possa

O masculino está crise.

parecer, talvez seja o

O feminino, se o enxer-

exercício

gamos como este con-

pra complexa compre-

traponto

civilização

ensão do “novo mundo

masculina do poder e

possível” que queremos.

da virilidade, se esforça

Ele é justo, democrático,

contra o próprio recal-

laico, coletivo, anti-ho-

que. Com sua “feminiza-

mofóbico,

ção”, o homem se soma

Mas, mais explicitamen-

ao protesto das mulhe-

te a meu ver, é solidário

res pela humilhação do

(nasce do sentimento co-

pai freudiano. A experi-

mum) e é feminino e que-

ência sensível e o femi-

er – na acepção mais di-

nino – não o machismo

versa que se pode achar

como algumas e alguns

sobre essa palavra: dos

feministas insistem em

esquisitos e estranhos,

adotar – tornam potente

gays ou lésbicas, bisse-

a tática diária de sobre-

xuais ou transgêneros.

vivência dos homossexu-

#ELLAVemAi

à

mais

prático

antirracista.

ais e mulheres em suas relações sociais e políticas.

Publicado em 2 de maio

No tempo de Gregório

de 2014

Lopes e de outros artistas, restava apelar para a

http://foradoeixo.org.

experiência homoafetiva

br/2014/05/02/ser-um-

de seus leitores. As es-

-homem-feminino/

“O controle que se faz sobre o corpo do homem(!) macho é o mesmo inimigo daquele que desenhava a mulher morta, como as falecidas românticas do século 19. “


EN·TRE·VIS·TA

entrevista:

Judith Butler

Como remodelar nossa noção do que é o humano? Acho que o humano está sendo remodelado o tempo todo pelas tecnologias, pelas guerras, pela mudança climática. Nossa capacidade de remodelar o humano emerge em meio a um processo histórico ao qual nós não demos origem. Acredito que agora se ache que a distinção humano/ animal não é mais útil. E nossa dependência da tecnologia também está sendo amplamente compreendida como parte da condição humana. O humano não pode ser humano sem o mundo objetivo e sem os suportes que tornam possível sua continuidade. Em

minha opinião, a implicação do humano nos mundos objetivo e animal oferece uma maneira de pensar políticas do meio ambiente para além da presunção do antropocentrismo. Como as novas lutas e conquistas de transgêneros e intersexuais têm influenciado seu trabalho? Tenho tido discussões interessantes com ambos os grupos. Ativistas intersexuais têm visões variadas, e alguns estão furiosos com uma versão da teoria queer que questiona o binarismo homem-mulher. Acham importante ter uma designação clara de gênero, especialmente para crianças intersexuais que querem poder se identificar e serem reconhecidas entre seus pares. Da mesma forma, algumas pessoas transexuais argumentam que a teoria


8

queer faz do gênero algo volitivo, e ao menos alguns dizem que seu sentimento de gênero pode ser tão profundamente consolidado a ponto de merecer ser chamado “inato”. Para aqueles que argumentam nesse sentido, a teoria queer é orientada demais para uma escolha livre e uma construção social. Essas visões são importantes. Claro que há pessoas trans que con-

testam o binarismo homem-mulher. E existem intersexuais que pedem um terceiro gênero ou uma maneira de marcar seu status intersticial. Então não há visões únicas em nenhuma das comunidades. Um ponto para o qual venho chamando atenção é que designação de gênero é algo que nos acontece. É uma interpelação a contragosto. E, nesse sentido, a construção social do gênero

“Um ponto para o qual venho chamando atenção é que designação de gênero é algo que nos acontece.”


EN·TRE·VIS·TA

“Eu aceito que algumas pessoas tenham um

sentimento profundo de seu gênero e que isso deva ser respeitado.”

sempre começa de modo radicalmente involuntário. Pode-se debater quais aspectos do gênero são inatos ou adquiridos, mas é mais importante reconhecer o efeito involuntário da designação de gênero e a resistência profundamente consolidada [de alguns] a tal designação. Essa resistência pode ser crucial para a sobrevivência e conformar um preceito básico da identidade de alguém. Eu aceito que algumas pessoas tenham um sentimento profundo de seu gênero e que isso deva ser respeitado. Eu não sei explicar esse sentimento profundo, mas ele existe para muitos. Pode ser uma limitação para minha análise eu pessoalmente não ter esse sentimento profundo de gênero. Pode ser que essa ausência seja o que motivou minha teoria. Que fronteiras há entre feminismo, estudos de gênero e estudos queer?

Às vezes há tensões claras entre esses campos, mas em outras há formas tocantes de solidariedade. Sou a favor de produzir formas de solidariedade que prescindam de acordo. Não podemos ter um feminismo dedicado à justiça social sem comprometimento com a justiça social para pessoas trans. E não podemos ter estudos de gênero que não sejam baseados em feminismo e em perspectivas emergidas de estudos gays, lésbicos, intersex, bissexuais e trans. Essas pontes têm de ser construídas.

Como entender a construção de identidades trans e queer dentro da ideia de performatividade? Às vezes ela funciona como teoria, às vezes não. Ela nunca quis explicar tudo. Acho, porém, que toda vez que colocamos reivindicações por direitos, ou insistimos em estar em público


10

sem sermos molestados, feridos ou presos, usamos da performatividade. Não só dizemos quem somos mas “fazemos” quem somos e pedimos ao mundo que aceite. Eu diria que isso é performatividade.

Em sua conferência em São Paulo, você disse saber da exclusão do termo “gênero” e das discussões em torno dele no Plano Municipal de Educação. Também viu alguns manifestantes com cartazes contra a chamada “ideologia de gênero”. Por que temer gênero? Meu entendimento é de que algumas pessoas temam que “gênero” signifique que não haja leis naturais que regulem a divisão entre sexos. Elas querem leis naturais para estabelecer a questão de gênero para elas. Se você nasce com um conjunto de características, você é uma garota, e você vai se tornar

heterossexual e vai casar e não vai ter empregos que adequadamente pertencem aos homens. Se essa sequência é culturalmente variável, então você pode nascer com um conjunto de características e vir a adquirir outros conjuntos. Ou pode ter seu gênero redesignado e se tornar homem, e pode ser hétero, gay, bi ou assexuado. Pode casar ou não, com alguém do mesmo gênero ou não. Você pode se divorciar, até diversas vezes. Você pode ser poliamoroso e ter vários parceiros. Enquanto alguns entendem que vidas podem ter várias trajetórias de gênero e sexuais, os que temem gênero querem que haja só uma vida. E querem que ela seja fixada por Deus ou por lei natural. Todo o resto é caos amedrontador, e com frequência escolhem o ódio como forma de lidar com seus medos.

“Enquanto alguns entendem que vidas podem ter várias

trajetórias de gênero e sexuais, os que

temem gênero querem que haja só uma vida. “


EN·TRE·VIS·TA

Como professores de crianças e adolescentes podem tratar a teoria e os estudos queer nas escolas? A teoria queer sugere uma série de reflexões importantes aos jovens. Eis algumas: Como você sabe de que gênero você é? E como você se imagina no futuro? O gênero está ali desde o começo ou se estabelece com o tempo? Existem mais que dois gêneros? O que é gênero e como funciona? Pode deixar de funcionar? Por que algumas pessoas se inquietam tanto sobre gênero, sobretudo quando outra pessoa não tem a aparência que se esperaria?


12

Por que crianças às vezes são intimidadas por causa de seu gênero? E se seu corpo não aparenta o gênero que você sente ter? Como é olhar-se no espelho e não ver seu eu do jeito que o sente? Qual a diferença entre sexo e gênero? Por que existem tantas ideias diferentes de gênero de acordo com o lugar de onde se vem? E há algumas questões relacionadas à sexualidade: Como sei se sou hétero ou gay? São as únicas duas opções? Como aprendo o que quero? Como testo o que eu quero? Se eu me sinto atraído por alguém do mesmo sexo, sou gay? Por que às vezes ficamos nervosos com pessoas pelas quais somos atraídos? Por que às vezes é mais fácil ficar sozinho

“Por que algumas pessoas se inquie-

tam tanto sobre gênero, sobretudo quando outra pessoa não tem a aparência que se esperaria?”


EN·TRE·VIS·TA

lendo ficção científica? Como lésbicas fazem sexo? O que é coito anal? Os bissexuais são só “indecisos”? Por que às vezes temos vergonha do que desejamos, de nossas fantasias? Por que às vezes temos vergonha ou ficamos inquietos quanto a desenvolver novas características sexuais ao crescermos? Por que algumas pessoas odeiam gays e lésbicas? Por que às vezes é tão assustador não se encaixar? O que as crianças podem fazer por um mundo em que ninguém sofra por causa de seu gênero ou sexualidade?

“Podemos recusar e mudar gêneros, tentar

viver fora das normas, mas

lidamos com um

mundo social que vai desafiar isso. .”

Você escreveu em “Problemas de Gênero” que “rir de categorias sérias é indispensável para o feminismo”. Quais são essas categorias e por que ser feminista hoje? Talvez gênero seja uma dessas categorias. Quando não fico irritada, eu rio ao ter de preencher a opção “masculino” ou “feminino”. Se você pensar bem, é um jeito esquisito de dividir o mundo. Por que essa é a primeira questão que é

feita e respondida quando uma criança nasce? Talvez nos transformemos em nosso gênero, ou nos livramos dele? Não dizemos quando uma criança nasce: “É um heterossexual!”. Pode-se escapar do gênero? Na verdade, não. Mesmo que às vezes possamos e que por vezes nos vejamos fora de suas normas, sempre nos relacionamos com aquilo pelo qual somos chamados, interpelados. Podemos recusar e mudar gêneros, tentar viver fora das normas, mas lidamos com um mundo social que vai desafiar isso. Mesmo a quebra mais radical de gênero tem de lidar com instituições, discursos e autoridades que buscarão designações pelo gênero. É uma luta.

(trecho da entrevista de à redatora ÚRSULA PASSOS , da “Ilustríssima”, do jornal FOLHA DE SÃO PAULO.


14


DI·CI·O·NÁ·RIO

Nossa sociedade é muito mais do que esses padrões impostos, e precisamos mostrar a diversidade para conseguirmos quebrá-los. Daí, surge a necessidade de dar nomes às nuances de diversidade e empoderá-las. Função do “e” Nossa língua portuguesa é marcada pela binariedade, reconhecendo apenas o masculino, com o artigo “o” e o feminino, com o artigo “a”. E essa é mais uma barreira enfrentada pelos gêneros não normativos, que há anos vêm lutando pela neutralidade, usando “@”, “x” e, mais recentemente, a letra “e” como indicador de qualquer gênero, abraçando todes, não só mulheres e homens cisgêneros, mas transgêneros, pangêneros, gêneros-fluidos, agêneros, entre muites outres, para que possamos enxergar a diversidade na nossa língua.


16

Bi·na·ri·e·da·de Sistema no qual a sociedade divide as pessoas exclusivamente entre homens e mulheres, associando gênero diretamente ao sexo de nascimento (cisgênero) e predeterminando a elas papéis sociais, identidades de gênero e atributos, que podem variar de cultura para cultura.

Cis·gê·ne·ro É quando o seu gênero está de acordo com o determinado no seu nascimento, que, conforme os padrões sociais normativos, é associado ao fator biológico, ou seja, ao sexo.

Cis·gê·ne·ro

Trans·gê·ne·ro

É tudo o que se encaixa dentro dos padrões sociais impostos até hoje. São as regras de comportamento intrínsecas na nossa cultura. Cisgeneridade e heterossexualidade, por exemplo, fazem parte do que é chamado “normativo”.

É quando o seu gênero não está de acordo com o determinado no seu nascimento, quebrando a normatividade e desassociando gênero de sexo. Uma pessoa trans não necessariamente irá realizar uma cirurgia e modificar seus órgãos sexuais, pois gênero está ligado a como a pessoa se sente, e não ao seu corpo.

Bi

Nor·ma·ti·vi·da·d

Cis·gê·ne·ro Trans·gê·ne·ro


DI·CI·O·NÁ·RIO

a·gê·ne·ro

masculino [Não neceste ETIM bi- + sariamente, fazem uso gênero de hormônios ou pro adj.s.2g. cedimentos cirúrgicos.] ; homem trans Que ou pessoa que não gê·ne·ro flui·do se identifica com ne- loc. subst. nhum gênero existente nem se comporta socialmente como tal, mantendo a identidade dentro do espectro não binário da generidade ETIM do gr. a(n), pref. negativo + gênero do lat. g{e}nus,{e}ris “nascimento, descendência, origem”

an·dró·gi·no adj.s.m.

Que ou pessoa que não se identifica apenas com os gêneros binários (homem e mulher), mas que em sua identidade carrega características e comportamentos desses gêneros ETIM andr(o) “homem” + {-´}gino “mulher”;

bi·gê·ne·ro adj.s.m.

Que ou pessoa que se identifica com ambos os gêneros, feminino e masculino, alternada e/ou simultaneamen-

Pessoa que flui entre os gêneros masculino, neutro e feminino, conforme se sinta em cada dia e em cada momento, m. cis loc. subst. inclusive, algumas vezes no mesmo dia.

mu·lher

mulher cisgênero m. cisgênero

ho·mem h. cis loc.subst.

homem cisgênero h. cisgênero loc. subst. Pessoa em constante reconstrução social, que tem o sexo de nascimento conectado com o gênero masculino, enxergando-se biológica e socialmente como homem; homem cis. h. trans loc. subst.

homem transgênero

h. transgênero loc. subst. Pessoa que não se sente de acordo com o gênero relacionado a seu sexo biológico e, por isso, transitou para o gênero

loc. Subst. Pessoa em constante reconstrução social, que tem o sexo de nascimento conectado com o gênero feminino, enxergando-se biológica e socialmente como mulher; mulher cis m. trans loc. subst. m. transgênero

mulher transgênero loc. subst.

Pessoa que não se sente de acordo com o gênero relacionado a seu sexo biológico e, por isso, transitou para o gênero feminino [Não necessariamente, fazem uso de hormônios ou procedimentos cirúrgicos.] ; mulher trans


18

pan·gê·ne·ro

adj.2g.2n.s.2g.

Que ou quem possui uma identidade de gênero não normativa e adota papéis sociais de diversos gêneros na sua própria construção, podendo identificar-se tanto com o feminino, quanto com o masculino, alternadamente ou simultaneamente, e até com nenhum dos dois, assim como com todas as possibilidades de identificação pessoal

trans·gê·ne·ro adj.2g.2n.s.2g

“id.”

t. não binário loc.

subst. Quem não é exclusivamente homem ou mulher; quem se recusa a ter que necessária e/ou unicamente entrar na binariedade de gênero ou deixar que ela o restrinja [Alguns podem identificar-se como gender-queer, termo que abrange várias identidades diferentes dentro de si.

tran·se·xu·al adj.2g.s.2g.

1 Que ou pessoa que possui identidade de gênero diferente da designada ao nascimento e realiza ou não uma transição para se redesignar socialmente quanto ao modo como se vê e sente.

1 Que ou pessoa que possui identidade de gênero diferente da designada ao nascimento e realiza ou não uma transição para se redesignar socialmente quanto ao modo como se vê e sen- 2 Que ou pessoa que pode optar por realizar te. a redesignação sexual 2 Que ou pessoa que por meio de intervenção pode optar por realizar médica [terapia de repoa redesignação sexual sição por meio de interven- hormonal e cirurgia de sexual ção médica [terapia de redesignação reposição hormonal e (CRS)]; transgênero ETIM cirurgia de redesignação trans- + sexual sexual (CRS); transexual ETIM trans- + gênero, por t. não binário loc. subst. infl. do ing. trangender quem não é exclusiva-

mente homem ou mulher; quem se recusa a ter que necessária e/ou unicamente entrar na binariedade de gênero ou deixar que ela o restrinja [Alguns podem identificar-se como gender- queer, termo que abrange várias identidades diferentes dentro de si. transexualidade s.f. qualidade ou característica do que é transexual ETIM transexual + -i -+ -dade

tra·ves·ti

adj.2g.s.f. Que ou pessoa que, designado como do gênero masculino no nascimento, objetiva a construção do feminino, podendo incluir ou não procedimentos estéticos e cirúrgicos ETIM fr. travesti “disfarçado”


DI·CAS

DICAS

Dicas culturais para ir além sobre o tema:

website: Dicionário de Gêneros organização AfroReggae e agência Artplan http://dicionariodegeneros.com.br/ Este é um espaço colaborativo que busca a inclusão da diversidade de gêneros através da língua. O nosso dicionário reúne representantes de diversos gêneros e as interpretações de cada um sobre a própria identidade.

HQ: Fun Home Alison Bechdel Este álbum é um livro de memórias, onde a quadrinista Alison Bechdel revisita a sua infância e adolescência - especialmente a descoberta de sua homossexualidade e a difícil relação com seu pai Bruce Bechdel, homossexual não-assumido. Alison conduz a história fazendo referências a inúmeros clássicos da literatura.


20

evento cultural: O QUE É GÊNERO? DES/CONSTRUÇÃO, CULTURA E SOCIEDADE

Perestroika POA

O que exatamente significa essa palavrinha que parece, de repente, ter tomado conta de tantos assuntos? O que podemos apren-

der nessa era tão questionadora? Joanna Burigo vai desmistificar essa expressão a partir de conceitos teóricos que definem e questionam construções culturais de masculinidades e feminilidades.

→Dia 28 de Junho. → R$ 110,00

Documentário: Precisamos Falar com os Homens?

ONU Mulheres Brasil https://www.youtube.com/ watch?v=jyKxmACaS5Q

vídeo: Judith Butler - Seu comportamento cria seu gênero (legendado) https://www. youtube.com/ watch?v=9MlqEoCFtPM Judith Butler para o BigThink sobre gênero e performatividade, com legendas em português.

No âmbito do movimento #ElesPorElas (HeForShe), o documentário “Precisamos falar com os homens? Uma jornada pela igualdade de gênero” procurará aproximar os homens desse tema tão importante. O objetivo é mostrar que a igualdade de gênero é uma questão que afeta a todos e todas e que, portanto, é benéfica a homens e mulheres. Nele investigamos como se formam, se sustentam e de que modo podemos desconstruir os estereótipos de gênero nocivos, que perpetuam o nosso cenário atual. O documentário é resultado de uma pesquisa qualitativa que rodou o Brasil



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.