Lider Interiores - nº 23

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Performance que impressiona. Design que inspira.

Jardins • NOVA LOJA CONCEITO Al Gabriel Monteiro da Silva, 370 Jardins • São Paulo, SP 11 3062 5261

Shopping D&D • Loja Av. das Nações Unidas, 12.555 Piso Térreo • Loja 237 Itaim Bibi • São Paulo, SP 11 3043 6031

Moema • Loja e Showroom Rua Canário, 1.253 Moema • São Paulo, SP 11 5042 9555 11 5042 9552

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Q UA K E R | P E R F O R M A N C E

Diferenciais do acabamento Easy LivingÂŽ, presente nos tecidos da linha Performance:




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editorial

evolução Lider de Ambientes Decorados. Outra fonte de inspiração para o seu décor é sem dúvida a Casa Cor. Mostramos alguns dos ambientes em que marcamos presença – somos o maior fornecedor de mobiliário da mostra no país – e, como afirma o diretor de Conteúdo e Relacionamento Pedro Ariel – também temos um bom faro para descobrir novos talentos. Talentos esses que você pode conferir por toda essa edição e principalmente na nossa seção de bate-papo (página 38), feita com profissionais de todo o Brasil.

Foi-se o tempo em que o que vinha de fora era sempre melhor. Quando se fala em um design feito para viver, o Brasil é referência, com profissionais altamente qualificados, matérias -primas de ótima qualidade e parques fabris construídos para atender as mais diversas demandas. Pensando nisso, homenageamos o design brasileiro na coleção Mestres do Brasil. André Bastos e Guilherme Leite Ribeiro, do Estúdio Nada Se Leva, diretores criativos da Lider, Glauciene Duarte, à frente do Estúdio Lider de Design, além da Lattoog, Plataforma 4, Alva Design, Bruno Faucz, emDoïsdesign, Isabela Vecci, Ana Vaz, e Suite Arquitetos criaram peças inspiradas nas formas modernistas de Aida Boal, Joaquim Tenreiro, Carlo e Ernesto Hauner, Branco & Preto, Burle Marx, Lina Bo Bardi, Oscar Niemeyer e Bernardo Figueiredo. Em meio a peças das mais diversas, garantimos que pelo menos uma delas será perfeita para a sua casa.

Também abrimos um pouco dos nossos bastidores, mostrando a nova linha de tapetes assinados Lider, com parceiros de peso como Alva Design, Adolini+Simonini e Vanessa Martins. E nem só de design se faz a indústria de móveis. Para garantir a qualidade e pontualidade na entrega de toda a produção, a Lider agora produz os seus próprios vidros. Um detalhe que faz toda a diferença.

Falando em casa, inspiração é o que não vai faltar quando você visitar as Decora Lider de Belo Horizonte, Salvador e Vitória, que mostramos nessa edição. Não é de nenhuma dessas cidades? Não tem problema. Com o nosso tour virtual, que você acessa pelo site www.liderinteriores.com.br, é possível dar um passeio pelas mostras sem sair de casa. Também quer dicas para decorar a casa? Na matéria “Tendências à mostra”, na página 92, abordamos algumas soluções inteligentes e dinâmicas criadas pelos profissionais participantes das mostras

Por fim, relaxe e dê um pulinho na Flórida, com o nosso roteiro arquitetônico especial. Você sabia que o Estado americano é o que mais reúne obras de Frank Lloyd Wright? Curta nossas dicas de filmes, livros e gastronomia, de preferência acompanhado do nosso design feito para viver. Boa leitura!

Tiago Nogueira, gerente de Marketing

expediente lider INTERIORES Diretor Executivo Cláudio Nogueira Diretora Financeira Célia Nogueira Diretor

Industrial Célio Nogueira Diretora de Decoração Augusta Nogueira Diretor Comercial Aurélio Nogueira CEO

Júlio César Silveira Gerente de Marketing Tiago Nogueira Especialista de Marketing Marcelo Firmino Analista de Relacionamento Luciana Lima Relações Públicas Mariana Sobreira | capa Cadeira Lina, da Suíte Arquitetos, fotografada por Ruy Teixeira. expediente Trendfeelings Editora de Jornalismo Ana Helena Miranda Jornalismo Sabrina Dutra e Norma Santos

Diagramação Rafael Maia Tratamento de Imagem Márcio Martins Revisão Sabrina Dutra. A revista Lider Interiores é uma publicação Trendfeelings www.trendfeelings.com.br ana@trendfeelings.com.br Mais Publicidade e Editoração CNPJ: 27.856.530/0001-92 Rua Correias 181 / 201 Bairro Sion | 30315-340 | BH | MG | 31 98442-1288

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ÍNDICE

N a Red e

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Coz inh a

Me st r es d o B r as i l

12

Tapetes

100

B at e- pa po

38

In ovação

102

D ecor a L i d e r

56

In iciativas

1 04

C a sa Cor

75

Viagem

1 06

Loja Ri o

83

Cultura

110

DW ! e H i g h D e s i g n

88

So cial

116

Dicas

92

Endereços

123

22

96

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na rede

liderinteriores.com.br

Tour virtual Decora Lider

Cozinha de Estar

Quer saber como aplicar um mix de cores, texturas e estampas na decoração da sua casa? Baixe nosso e-book e confira todas as nossas dicas em bit.ly/ebookmix

Conheça mais sobre essa tendência que está transformando o modo como utilizamos a cozinha. Acesse bit.ly/cozinhadeestarlider

Como usar?

Combinação ideal

Não sabe como escolher ou posicionar o tapete no quarto? Acesse nossas dicas em bit.ly/tapetelider

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na rede

Décor afetivo

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mestres do brasil

Design modernista brasileiro ganha leitura contemporânea __ Texto Sabrina Dutra Fotos Jomar Bragança e Ruy Teixeira

Design, além dos designers da Lattoog, Plataforma 4, Alva Design, Bruno Faucz, emDoïsdesign, Ana Vaz, Isabela Vecci e Suite Arquitetos, viraram solo ainda mais fértil, somados à inspiração de clássicos do modernismo brasileiro, em que se destacam nomes como Oscar Niemeyer, Bernardo Figueiredo, Joaquim Tenreiro, Aida Boal, Sergio Rodrigues, Ernesto e Carlo Hauner, Branco & Preto e Lina Bo Bardi.

Enriquecendo sua linha de design autoral, a Lider Interiores apresenta nova coleção. Desta vez, aos designers convidados foi proposto um desafio a mais: os móveis deveriam homenagear os grandes mestres do design brasileiro. Assim, os talentos de André Bastos e Guilherme Leite Ribeiro (Estúdio Nada Se Leva), diretores criativos da Lider, e da prata da casa, Glauciene Duarte, à frente do Estúdio Lider de

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quando os móveis brasileiros entraram na modernidade __ Por Ethel Leon

É

muito difícil para nós, moradores dessas primeiras décadas do século XXI, imaginar o que foi o conjunto cultural que se estabeleceu no Brasil poucos anos depois da II Guerra Mundial. Acostumados com o cenário multifacetado em que narrativas culturais múltiplas se atravessam e disputam espaços artísticos, acadêmicos, institucionais, perdemos a referência da polaridade antigos x novos; antiquados x contemporâneos; passadistas x modernos. Ser moderno, no começo dos anos 1950, era aceitar as formas não figurativas na arte. Era rejeitar o bolero e suas vozes grandiloquentes e preferir os sussurros quase atonais da bossa nova. Era morar em residências verticalizadas, mostrar o corpo com mais desenvoltura nas praias. Cultivar a velocidade e seus objetos de culto, os automóveis, cuja produção chegava a nossas terras. Era ler os jornais que se rediagramavam, como o Jornal do Brasil, repaginado pelo artista plástico Amílcar de Castro. Era entreter-se não mais com poemas de versos rimados, mas passar os olhos pelas crônicas, redigidas por grandes escritores, como Rubem Braga e Carlos Drummond de Andrade, que se dedicavam a essa prosa do cotidiano. Nossas capitais apresentavam, cada uma, suas marcas de modernidade. O Rio de Janeiro duplicava o espaço territorial à beira-mar, construindo um dos mais belos jardins urbanos do mundo, o Aterro do Flamengo, desenhado por Roberto Burle Marx, exemplo de como a cidade poderia exibir uma faceta humana e generosa, aberta e linda, sinuosa, como as curvas das calçadas de Copacabana e também como a cintura das mulheres brasileiras cantada em verso e prosa. São Paulo já se configurava como a terra do dinheiro e das mudanças vertiginosas. Entrara declaradamente na modernidade a partir da comemoração do IV Centenário, em 1954,com a construção do majestoso e convidativo Parque do Ibirapuera, compromisso entre ar livre, vegetação e a arquitetura, naquele momento espantosa, de Oscar Niemeyer.


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As cidades cresciam, o país se industrializava, museus recém-inaugurados deixavam de ser monumentos de fruição à distância para se tornarem espaços de aprendizado e convivência, de experimentação, abertura para o novo e não mais conservação do passado. Esse foi o caso do Museu de Arte de São Paulo (MASP) e dos Museus de Arte Moderna do Rio de Janeiro – com a belíssima arquitetura de Afonso Reidy – e de São Paulo.

“ Nossos arquitetos

e designers modernos souberam traduzir todas estas mudanças para os prosaicos

móveis, esses objetos

No lugar de comemorações realizadas em espaços fechados e privados, a socialização nos bares, os vernissages frequentes, as rodas de conversa informais que tomavam calçadas. Conversava-se muito, bebia-se e fumava-se. Os penteados se renovavam, as roupas fugiam da formalidade anterior em que se estabeleciam padrões muito rigorosos de estar em casa e de sair à rua.

silenciosos que

A monumentalidade institucional não mais podia ser representada em palacetes ecléticos e arcaicos. A exemplo do lendário Ministério da Educação e da Saúde, erigido na Capital Federal, (projeto de 1936) era preciso recriar a representação espacial do poder. Os brasileiros, nos anos 1950, viram acontecer o milagre de Brasília, a nova capital que se afastava da faixa litorânea e era edificada de acordo com os princípios da Carta de Atenas1, redigida nos anos do entre guerras.

nosso cotidiano

O sonho moderno, futurista, das cidades verticais de Sant’Elia2, do culto à velocidade, tornava-se concreto, presente, embora ainda distante da maioria. Até a comida mudava. Em 1951, o Rio de Janeiro conheceria o cachorro-quente, o hambúrguer, o milkshake e o sundae, trazidos dos Estados Unidos para as terras do sul por empresário brasileiro. As receitas culinárias se diversificavam e as novas conselheiras do lar, que escreviam em jornais e revistas, procuravam atualizar as mulheres para os novos equipamentos domésticos e para um repertório mais internacional de receitas, que passava a incluir nomes estranhos como stroganov (ou estrogonofe), fricassé de frango, salada russa ou cocktail de camarão. Novos ídolos das telas hollywoodianas e do showbusiness se faziam presentes no cotidiano das classes médias, que incorporaram o cinema como programa de lazer frequente. Em vez de calmas serestas, o barulho ensurdecedor do rock and roll. Em vez dos gestos contidos de um Silvio Caldas, de cabelos bem aparados, a agitação frenética de um Elvis Presley e seu imitado topete. Todas estas mudanças se refletiam na intimidade doméstica. E foram, muitas vezes, os artistas e arquitetos que, guiados pelo ideário da Gesamtkunstwerk3 ou obra de arte total , fizeram as vezes de designers de mobiliário. Afinal, era preciso compatibilizar a nova arquitetura, as novas cidades, o desejo modernizante, a arte e a poesia concreta, a música atonal, o culto à juventude, o sabor do fast-

nos acompanham e que possibilitam o exercício de quase todas as atividades de


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food às maneiras de sentar, conviver à mesa, relaxar nas varandas, cultivar a leitura e a audição musical realizada nos modernos aparelhos estereofônicos. É só traçando esse quadro, de muito mais complexidade do que aqui esboçado, que podemos entender as mudanças do mobiliário moderno brasileiro, esse conjunto cultural que, nos últimos anos, vem ganhando grande repercussão, locais específicos de venda, exportação e prestígio internacional. Nossos arquitetos e designers modernos souberam traduzir todas estas mudanças para os prosaicos móveis, esses objetos silenciosos que nos acompanham e que possibilitam o exercício de quase todas as atividades de nosso cotidiano. Logo da inauguração do Ministério da Educação e da Saúde no Rio de Janeiro foram encomendados móveis que tentavam replicar o mobiliário tubular do arquiteto Mies van der Rohe e cujo resultado foi desastroso. Proporções, acabamentos, tudo estava errado. Algum tempo depois, ao projetar a residência de Francisco Inácio Peixoto, em Cataguases, Niemeyer encomendou a Joaquim Tenreiro os móveis da casa e o marceneiro/artista português teve nessa encomenda a oportunidade de experimentar os traços modernos que admirava na arquitetura, libertando-se das réplicas dos chamados móveis de estilo. Para Cataguases, Tenreiro desenhou, entre outros itens, uma chaise longue de madeira maciça muito próxima do que havia feito o arquiteto finlandês Alvar Aalto em madeira laminada. Tomou gosto pelos móveis de linhagem moderna e manteve a proximidade com os escandinavos, mas também trilhou o redesenho de peças como a cadeira Windsor e, do mesmo modo que muitos arquitetos modernos brasileiros, reinterpretou as peças coloniais, simplificando-as e modernizando-as, sempre utilizando as madeiras brasileiras, que seus projetos procuraram valorizar. Raramente, no entanto, deixou que a madeira pesasse. Talvez a exceção seja a poltrona de três pés, projetada com fitas de cinco tipos de madeiras, cada uma de uma cor, construindo jogo ótico e exercitando grande engenhosidade na

colagem curva das lâminas que exorbitava na proeza técnica do momento. Na maioria das peças – e o exemplo máximo é a poltrona Leve – como já indica o nome – não havia a intenção do discurso da monumentalidade da madeira. A marcenaria falava mais alto do que a matéria-prima, o saber fazer era mais enaltecido que a natureza. Oscar Niemeyer, por sua vez, só se aventuraria decisivamente no desenho de móveis anos depois de Brasília pronta, nos anos 1970. Mesmo assim, suas peças foram concebidas para espaços monumentais próprios de representação do poder. Aí as técnicas de curvatura de lâminas de madeira se prestaram a desenho escultórico, cuja presença no espaço, no entanto, seria atenuada pela fina espessura das chapas, pela sutileza das curvaturas e pelas estruturas em balanço. Também ele retrabalhou as formas de móveis coloniais, ecoando o que fazia a arquitetura moderna de sua lavra. Sergio Rodrigues nunca escondeu seu apreço por designers dinamarqueses, especialmente Finn Juhl, que projetou o mobiliário da sede das Nações Unidas em Nova York. Sua produção trilhou alguns caminhos, entre o restrito e gracioso das cadeira e poltrona Lucio e Oscar até os exageros do conforto estofado do sofá e da poltrona Mole; da cenografia da Chifruda e outros. Em alguns casos, fez da rusticidade um caminho da simplicidade, caso da poltrona Kilin, que trabalha o solado de couro – outra de nossas heranças coloniais – de maneira a suavizar assento e encosto, curvando-os e retirando do couro qualquer menção à austeridade dos tradicionais móveis de sola. Os arquitetos da Branco e Preto, Miguel Forte, Jacob Ruchti , Roberto Aflalo, Plinio Croce, Carlos Millan e Chen Y Hwa, muitos deles formados na escola de arquitetura da Universidade Mackenzie, procuraram acompanhar as linhas dos muitos projetos residenciais que desenvolveram na cidade de São Paulo. Seus móveis têm grandes formatos, mas não são volumosos, denotam a elegância das proporções áureas, dos vazios. Em suas peças, a madeira não pesa, sempre entrelaçada por camadas de ar. Bernardo Figueiredo (1934-2012), formado na Faculdade Nacional de Arquitetura do Rio de Janeiro (1957), como


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Sergio Rodrigues, Aída Boal e Michel Arnoult, viu no design de móveis uma extensão de sua atividade profissional. Trabalhou com Sergio Rodrigues no começo dos anos 1960. Seus móveis foram incorporados, como de tantos arquitetos e designers brasileiros do período ao Palácio do Itamaraty, em Brasília. Segundo José Airton Costa Júnior: “Destaca-se {na produção do arquiteto} a cadeira Bahia, em madeira maciça de jacarandá e estofamento de veludo, criada em 1965 para o salão de banquetes.”4 A produção dos irmãos Carlo e Ernesto Hauner têm fases bastante diversas. Da Artesanal passando pela Forma e Mobilinea, houve sempre um esforço de atualização para as condições brasileiras e os novos gostos do público, sem perder a perspectiva da qualidade e do emprego da madeira como matéria-prima. A própria associação de Ernesto com Martin Eisler acabou rendendo a vinda para o Brasil da Knoll International, mais uma das provas de que o modernismo brasileiro sempre se conectou aos projetos internacionais. Prova disso é a ocupação dos palácios de Brasília. Neles convivem os itens de madeira (ou latão, caso das cadeiras de Joaquim Tenreiro para a sala de jantar do Itamaraty) com peças de aço inox de Marcel Breuer ou de Charlotte Perriand/ Le Corbusier e Pierre Jeannneret. As mulheres compareciam pouco no design de móveis naquele período. Duas delas têm o papel de precursoras: Lina Bo Bardi e Aida Boal, ambas arquitetas. Movida pela necessidade de encontrar itens modernos e relativamente acessíveis, a italiana Lina Bo Bardi se formou na Universidade de Roma. Foi no Brasil que começou a desenhar móveis. Sua primeira peça foi a cadeira dobrável, projetada para compor o auditório do Museu de Arte de São Paulo. Lina Bo não se restringiu a um material, passando do compensado ao ferro. A Concha (ou poltrona nova, Tigela, Bowl, são vários os nomes de seu item talvez mais conhecido), foi apresentada ao público pela própria autora, que posou de costas para a câmera fotográfica, mas também foi promovida pela atriz Odete Lara, símbolo de sex-symbol, fazendo da peça um elemento ao qual o corpo se incorpora, mantendo suas possibilidades de movimento. Muito posterior, a cadeira Girafa, outra de suas peças muito conhecidas, talvez remeta ao sgabello Strozzi, peça renascentista italiana. Lina Bo desenvolveu outros móveis, boa parte deles específicos para projetos de arquitetura de sua lavra como no SESC Pompeia em São Paulo e a Casa do Benim em Salvador. Aida Boal se formou na Faculdade Nacional de Arquitetura. Projetou poucos móveis, todos delicados, apesar do uso da madeira maciça. Desenhou os vazios com extrema atenção, adocicou-os com curvaturas sutis. Apostou em contrastes dos tecidos claros dos estofados com as madeiras mais escuras. Suas luminárias,

“ Nos palácios de

Brasília convivem os itens de madeira com peças de aço inox de Marcel Breuer ou de Charlotte Perriand/ Le Corbusier e Pierre Jeannneret


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“ A arquitetura e o design de móveis

faziam parte de um projeto otimista que trouxe à tona o que havia de melhor da produção internacional

menos conhecidas, parecem flutuar, difícil ver como se apoiam. Contém a sutileza do chiaro/scuro, da madeira e da luz que brilha, projetando sombras de grande leveza. Os arquitetos homenageados pela nova coleção Lider não esgotam o conjunto cultural do desenho de móveis do período, que contém ainda os nomes de Flávio de Carvalho, Zanine Caldas, Michel Arnoult, Julio Katinsky, Geraldo de Barros (na cooperativa Unilabor e na Hobjeto), Martin Eisler, Paulo Mendes da Rocha, Elvin Dubugras, João Filgueiras Lima (Lelé), Acácio Gil Borsoi, além dos precursores Gregori Warchavchik e John Graz, entre outros. Sem contar os arquitetos que desenharam móveis específicos para alguns de seus projetos residenciais. Esta seleção deixa entrever a extraordinária riqueza de um período em que se acreditava no Brasil, na sua modernização e naquilo que João Manuel Cardoso de Mello e Fernando Novais sintetizam: “Na década de 50, alguns imaginavam até que estaríamos assistindo ao nascimento de uma nova civilização nos trópicos, que combinava a incorporação das conquistas materiais do capitalismo com a persistência dos traços de caráter que nos singularizavam como povo: a cordialidade, a criatividade, a tolerância.”5 A arquitetura e o design de móveis, assim como todas as demais artes, faziam parte desse projeto otimista que trouxe à tona o que havia de melhor da produção internacional do período aliado àquilo que nossas capacidades produtivas permitiam. A retomada desses discursos projetuais nos projetos da Lider tentam atualizar os mestres, referenciando-se neles, sem procurar imitá-los. Além disso, celebram esse período de nossa história, nos fazem refletir sobre o presente e sobre o que desejamos, não só em nossa vida privada, mas para o país que gostaríamos de construir.

Ethel Leon é Doutora pela Faculdade de Arquitetura da Universidade de São Paulo. Foi editora da revista eletrônica de design Agitprop (2008-2015). É autora dos livros Design Brasileiro quem fez quem faz (SENAC RJ, 2005); do livro João Baptista da Costa Aguiar, Desenho Gráfico (SENAC SP, 2008). É co-autora, com Marcello Montore do capítulo ‘Brasil’ do livro Historia del Diseño en América Latina y el Caribe, editado por Gui Bonsiepe e Silvia Fernández (Blucher, 2008) Memórias do Design Brasileiro, (SENAC SP, 2009); IAC, primeira escola de design do Brasil (Blucher, 2014), Canasvieiras, um laboratório para o design brasileiro (UDESC/FAPESC, 2015), organizadora e coautora do livro Michel Arnoult, design e utopia (Sesc, Projeto Rumos Itaú Cultural, 2016) e coautora do livro Marcenaria Baraúna (Olhares, 2017). Sua tese de doutorado e os livros IAC, Michel Arnoult e Marcenaria Baraúna foram premiados no Prêmio Museu da Casa Brasileira.

1 A Carta de Atenas foi o documento que saiu do CIAM (Congresso Internacional de Arquitetura Moderna, 1933) e que previu novo ordenamento das cidades, ao separar as áreas residencial, de trabalho e de diversão. Os princípios da Carta de Atenas foram fundamentais para o desenvolvimento do plano de Brasília. 2 Antonio Sant’Elia(1888-1916) foi um arquiteto italiano, que se vinculou aos artistas futuristas e desenhou a ‘cidade nova’ (Città Nuova) do futuro, baseada em edifícios verticais, com espaços específicos para a circulação em alta velocidade. 3 Esta é uma noção que decorre da ópera de Richard Wagner no século XIX. A obra de arte total reuniria todas as artes numa mesma produção artística: música, dança, literatura, artes visuais. A arquitetura moderna acabou por se apropriar da ideia, substituindo a ópera pelos edifícios ou cidades projetadas, nas quais todas as artes estariam presentes de forma integrada. 4 COSTA JÚNIOR, J.A. Arquitetos-designers: o mobiliário moderno da Universidade de Brasília. Dissertação de mestrado. Brasília: UNB, 2014, p.70. 5 CARDOSO DE Mello, JM e NOVAIs, F.A. “Capitalismo tardio e sociabilidade moderna.”. In: SCHWARCZ, L.M História da vida privada no Brasil, vol 4. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, ps. 558-658.


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A

alva design

o olhar para a história do mobiliário brasileiro e as razões que o fizeram tão forte e relevante ainda hoje, a Alva Design ressalta a genialidade de Oscar Niemeyer. Sua obra parte de conceitos e técnicas modernistas, ao mesmo tempo em que se apropria de tensões e complexidades do universo barroco, o que fica ainda mais evidente no mobiliário. Os designers Susana Bastos e Marcelo Alvarenga desenvolveram um banco com proporções de recamier, o que por si só faz referência ao mestre, tocando em certa monumentalidade tão clara em suas obras. A proposta ainda foi norteada pela ideia de fôrma e forma – proveniente do uso do concreto armado para a construção de lajes e pilares curvos, pertinentes na arquitetura de Niemeyer. Por fim, o emprego do compensado moldado, também presente em sua produção e comum a toda uma época.

banco moça

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qual O móvel mais incrível assinado por oscar Niemeyer?

A cadeira de balanço Rio, mas não podemos deixar de mencionar a Marquesa, por expressar fortemente as características modernistas e barrocas que marcam sua obra.

Qual foi o maior desafio desta criação?

Desenhar um móvel que o homenageasse, que tivesse alguns traços recorrentes nas peças dele, mas que, ao mesmo tempo, não se parecesse com uma desenhada por ele. Além da ideia de fôrma e forma, partimos da tecnologia do compensado moldado, que a Lider consegue fazer bem, e que foi muito usada por Niemeyer.

Que qualidades do banco Moça refletem a artista plástica (Susana) e o arquiteto (Marcelo)?

Nosso processo criativo é bem dinâmico, com um dando seguimento e interferindo na ideia do outro. Em geral, eu (Marcelo) parto do desenho e o lapido até chegar numa proporção bonita e num equilíbrio; a Susana enxerga as potencialidades plásticas das coisas, seja de um desenho, da junção de dois materiais ou de um detalhe. Neste banco, o processo foi bem à quatro mãos.

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A

ana vaz

linguagem orgânica da designer Ana Vaz, norteada por técnicas como o crochê e o tricô manual, sorveu um pouco da geometria característica da rica e extensa obra de Burle Marx, tanto nas artes plásticas quanto no paisagismo. Configurada a partir de uma malha em fio de cobre tramada com paetês artesanais, a forma tridimensional se apoia em estrutura vazada de madeira e metal (podendo ser produzida somente em um desses materiais). A intenção foi construir um elemento escultórico inspirado no universo formal e cromático dos temas naturais próprios das criações do mestre. Mesmo pensada sem o compromisso de ter uma função, a peça é capaz de contribuir para a demarcação de ambientes internos, assumindo o papel de “parede móvel” ou biombo, e até ser recriada em tamanhos diferentes para uma melhor adequação ao espaço.

escultura limo E painel enredo

P

artindo das composições abstratas experimentadas por Burle Marx em seus trabalhos de superfície, sejam eles mosaicos ou pinturas, a designer Ana Vaz criou o painel Enredo, com técnicas e materiais de seu próprio repertório. Embora o exercício tenha nascido de uma intenção de bidimensionalidade, o material tramado em corda de algodão com pintura manual acaba por revelar formas que se insinuam para a terceira dimensão. A peça se apoia em estrutura vazada de madeira e metal, podendo ser produzida somente em um desses materiais. Mesmo pensado sem o compromisso de ter uma função, o painel é capaz de contribuir para a demarcação de ambientes internos, assumindo o papel de “parede móvel” ou biombo, e até ser recriado em tamanhos diferentes para uma melhor adequação ao espaço.

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A escultura e o painel não foram planejados, necessariamente, para cumprir uma função. Como chegou na ideia de “parede móvel”/biombo?

Na maioria das vezes, o que produzo apresenta um caráter que permite diferentes possibilidades de uso. Neste caso, mesmo que a estrutura para as tramas seja um suporte de madeira rígido, a condição do trabalho permite que seu uso ou apropriação sejam diversos.

Você trabalhou com técnicas e materiais de seu próprio repertório. Que elemento incorporou do DNA da Lider?

As estruturas de madeira que dão suporte para as tramas.

Qual a melhor recordação você guarda do trabalho com a equipe da Lider?

Em primeiro lugar, a liberdade e a confiança que me ofereceram. E também o comprometimento, a responsabilidade e a gentileza de todos.

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A

bruno faucz

influência de Bernardo Figueiredo na história do design brasileiro guiou Bruno Faucz na criação da cadeira Dora. O nome é em memória à avó do designer catarinense, que procurou levar sua identidade para o desenho da peça. Basicamente feita de madeira e tecido, com detalhes em latão, a cadeira Dora se inspira nas linhas e formas de Figueiredo, que teve seu auge nos anos 1960.

CADEIRA DORA E SOFÁ 50

E

lementos modernistas dos anos 1950 – linhas retas, sem excessos e uma pequena mescla de materiais (estrutura de madeira, estofado com tecido e metal nos pés) – foram o ponto de partida desse sofá. Após esboçar algumas alternativas, o traço final de Bruno Faucz resultou num sofá com grande volume de almofadas, perfeito para um bom momento de descanso. A ideia inspirada no conceito das formas de Figueiredo busca a mesma sensação de conforto de um produto em que a madeira é predominante.

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Homenagear também sua avó teve um sabor singular?

Sim, ela é minha avó de coração, tia da minha mãe que a criou. É uma pessoa que deixa saudades, já partiu há quase uma década. Queria homenageá-la com um produto que fosse especial pra mim, como é a cadeira Dora.

As peças possuem um design sem excessos. “Limpar” o desenho é mais complexo do que parece?

Sou muito crítico com meus desenhos, às vezes até exigente demais. Sou meu próprio cliente chato (risos), então procuro lapidar muito o meu desenho até chegar na solução ideal.

“Menos é mais” ou o uso de poucos materiais foi pautado pelas características da obra de Bernardo Figueiredo?

Na verdade, busquei ter uma visão geral do homenageado, para não correr o risco de excesso de proximidade com a obra dele, queria ser original com o meu desenho. Misturei madeira, metal e estofaria nas duas peças, que são materiais que me agradam muito quando bem combinados.

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U

emDoïsdesign

ma peça que nasceu de forma prática, pois seu desenho privilegia a construção otimizada e o bom uso da madeira. A dupla de designers Mariana Betting e Roberto Hercowitz da emDoïsdesign, através do know -how adquirido em anos de história de sua marcenaria, criou a mesa Cruzeta. Com perfume retrô e influência de Joaquim Tenreiro, a peça também faz uso de traços atuais. O diferencial se encontra na escolha do tampo, que pode ser em madeira, como os pés, ou em vidro, deixando a “carcaça” em evidência.

MESA CRUZETA

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O que mais amam na madeira, tão presente no design de Tenreiro, da Lider e de vocês?

Por sua vasta presença e diversidade, é principalmente nela que nos apoiamos ao desenvolver um novo projeto. O Brasil possui um grande know-how, tem muita mão de obra e tradição na confecção desses móveis. Além disso, a madeira traz calor, aconchego, seu toque é suave e agradável. Também permite muitos processos construtivos diferentes, formas e traços.

Como foi desenvolver um mobiliário em parceria com a Lider?

Um grande privilégio. A capacidade fabril, a presença de todos os processos internamente e a entrega com que os profissionais da marca trabalham os móveis são garantia de sucesso. A Lider vem se renovando a cada ano, acompanhando inovações e tendências de mercado, mas, por trás, tem tradição e história.

Versatilidade foi palavra de ordem durante a criação?

Versatilidade e funcionalidade sempre são pontos de partida em nossos projetos. O mundo moderno exige que tenhamos essa preocupação para que os móveis se tornem essenciais e perenes.

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A

glauciene duarte

s formas arredondadas e abauladas das obras da arquiteta Aida Boal, bem como o uso da madeira e do aço carbono, inspiraram o desenvolvimento do criado e do cabideiro. Como a mestra costumava batizar suas criações com nomes de familiares, amigos e funcionários, a designer Glauciene Duarte presta homenagem à designer que tanto a inspirou. Pequeno e aerado (composto por dois porta-trecos articuláveis e espelho, que pode ser independente), o móvel ladeia a cama, simplesmente como criado-mudo; serve a espaços reduzidos, fazendo as vezes de penteadeira, ou ainda como estrutura fixa na parede. O cabideiro possui espelho, cabides e “umbrella holder”, ambientando quartos e halls de entrada. As peças guardam a leveza e a feminilidade dos projetos de Aida Boal.

cabideiro e criado aida

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Você comanda o Estúdio Lider de Design. Como foi a experiência de desenvolver produtos com sua própria assinatura?

Muito feliz. É extremamente prazeroso ver concretizado um projeto próprio e fiquei lisonjeada por ter sido convidada pela curadoria para fazer parte deste time de designers tão reconhecidos.

Que aspectos, notáveis no criado e no cabideiro, você costuma perseguir em seu design para a Lider?

Inovação, atemporalidade, funcionalidade, versatilidade e estética, além de durabilidade, custo, capacidade fabril e preservação ambiental. Tudo para conseguir um bom design.

Participar deste projeto homenageando outra mulher foi ainda mais especial?

Além de ser mulher, senti grande empatia pelos trabalhos da Aida, em relação à madeira, às formas, ao metal. Isso resultou em peças leves, receptivas e poéticas.

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O

latToog

s designers Leonardo Lattavo e Pedro Moog utilizam o conceito de design-fusão desde 2008, quando iniciaram uma linha carregada de referências às raízes e cultura brasileira: miscigenação, sincretismo e “viralatismo”. Chamada carinhosamente de Família Vira-lata, a série se define pela mistura dos traços de dois conhecidos móveis, gerando terceiras criações. Esta peça nasce da articulação formal da ousada e iconográfica poltrona Chifruda, criada por Sergio Rodrigues em 1962, com a cadeira Abraço, desenhada em 2016 pela própria Lattoog para a Lider. Mesclando materiais presentes em ambas (madeira, couro e palhinha), a poltrona também brinca com o conceito de fusão em seu nome: Abraço + Chifruda = Abrachi. Pensada para espaços leves e despojados e para um público que espera de seus móveis e objetos: valor cultural, além do conforto e da praticidade.

POLTRONA ABRACHI

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Por que elegeram a Chifruda para homenagear Sergio Rodrigues?

É realmente iconográfica, traz todos os exageros e riscos que um designer pode tomar ao projetar – e que poucos têm coragem de assumir. Mas com o Sergio nunca dava errado. Por essas razões, é uma peça que nos incomoda, no bom sentido. O projeto para a Lider nos permitiu debruçar mais sobre o trabalho dele – uma tarefa, sem dúvida, muito prazerosa.

Qual o maior desafio em criar com o conceito de design-fusão?

Esse conceito continua pertinente em nossa busca por expressar a cultura nacional através do design. Fazer uma interpretação de outros desenhos e transformá-lo num terceiro produto com características próprias é divertido e desafiador, sobretudo pela abdicação de nossos “maneirismos” ou “vícios” para dar uma resposta projetual coerente com o desenhos de terceiros.

Agregar valor cultural é essencial?

Acreditamos que a vertente mais rica do trabalho da Lattoog seja justamente essa: a busca de uma forte narrativa conceitualcultural para cada móvel que não seja dependente de suas características visuais, sua morfologia. É um atributo que intitulamos “Quarta Dimensão do Objeto” – algo que se deva enxergar, mas não com os olhos. Preferimos ser reconhecidos mais por isso do que por traços estilísticos e formais.

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A

nada se leva

ndré Bastos e Guilherme Leite Ribeiro rendem homenagem aos irmãos Ernesto e Carlo Hauner, italianos radicados no Brasil, ao criar a poltrona Branca, móvel que fala um pouco de cada designer, já que eles também tiveram carreiras independentes. O tubo de madeira que forma a estrutura da peça faz referência a Ernesto, que tinha amor por esse material; já o detalhe no encosto reflete Carlo, que, junto com o austríaco Martin Eisler, elaborava poltronas com “asas” ou “orelhas”. O extremo conforto é garantido por percintas, espuma com pouca densidade, manta e couro ou tecido solto, dando um toque macio. O resultado é uma poltrona despojada, ideal para ambientes de estar ou quartos, mas que não se fixa no historicismo, apresentando uma visualidade contemporânea.

POLTRONA BRANCA

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Desde 2014, vocês são diretores criativos da Lider. Criar para a marca tem se tornado mais fácil ou o desafio de inovar é ainda maior?

Sempre buscamos inovar e desafiar a fábrica. Temos uma linha com personalidade, porém harmônica, que segue a identidade e atributos da marca. Isso facilita muito na hora da criação por que o traço precisa entrar em sintonia com a coleção. Não vemos isso como um limitador, mas mais como um norte.

Qual foi o ponto de partida deste projeto, que homenageia mestres do design nacional?

Queríamos falar deste movimento do design moderno brasileiro, que inspira e alimenta todos nós até hoje. Existe um carinho enorme por essa história, que está sendo valorizada como nunca, grande motivo para comemorar.

Que diferenciais a fábrica da Lider proporciona, especialmente em um projeto deste porte?

Hoje, através da tecnologia, conseguimos outra escala de produção e o processo ficou muito mais ágil. Porém, é incrível ver a complexidade construtiva do mobiliário daquela época, que ainda é surpreendente. Isso evidencia como o feito à mão carrega muita força.

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plataforma 4 BUFFET AERO

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estética do mobiliário do movimento Branco & Preto foi traduzida para um desenho contemporâneo pelas mãos das designers da Plataforma4. Amélia Tarozzo, Camila Fix, Flávia Pagotti Silva e Rejane Carvalho Leite pesquisaram profundamente as técnicas construtivas, materiais utilizados e linguagem do B&P para criar o buffet Aero. A peça tem estrutura delgada em madeira maciça torneada, sistema construtivo aparente com volume principal suspenso e fechamento em palhinha, o que garante sua leveza. Um móvel atemporal, brasileiro e de presença marcante, planejado para quem busca qualidade e design diferenciado.

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Que características da obra dos homenageados vocês decidiram ressaltar, desde o início do projeto?

A matéria-prima (madeira e palhinha); a forma construtiva inspirada no que era usado na época, tanto na arquitetura como no mobiliário, pés palitos tornados, elementos estruturais com funções muito bem estabelecidas e desenho contemporâneo.

Quatro mentes, um design. Como organizam o processo criativo?

Nosso processo se dá com a participação das quatro designers em uma reunião virtual, onde vamos montando o desenho a oito mãos, em uma tela compartilhada. No caso do Aero, pesquisamos profundamente o B&P, para então partir para o nosso produto.

No desenvolvimento do trabalho, vocês costumam ter “trilha sonora”?

Como nosso ambiente de trabalho é o Skype, brincamos que nossa trilha são os sons do ambiente em que cada uma está: a máquina de café, o cachorro, o filho brincando ao lado, o burburinho de um café ou das ruas de São Paulo, Madrid, Porto Alegre ou qualquer lugar.

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suite arquitetos POLTRONA LINA

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esultado do olhar dos designers Carolina Mauro, Daniela Frugiuele e Filipe Troncon para o mobiliário modernista, a poltrona traz a estrutura metálica das peças de Lina Bo Bardi, as formas delicadas e bastante femininas criadas por Oscar Niemeyer, além do conforto e ergonomia de produtos contemporâneos da Lider. O trio reforça a homenagem a Lina Bo “coroando” a poltrona com uma bola de madeira que a sustenta. A peça é mais seca e de proporções menores do que as comumente encontradas no mercado, o que garante maior versatilidade no uso e leveza visual. Ao mesmo tempo, sua ergonomia foi estudada para garantir o máximo conforto, a fim de ambientar longas conversas na sala de estar ou uma boa leitura no quarto.

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O que Lina Bo Bardi representa para vocês?

Referência fortíssima de uma arquiteta e designer que andou sempre à frente do seu tempo, construindo sofisticação através da simplicidade, do mínimo, valorizando sempre a geometria e pureza das formas.

De que modo as facetas como arquitetos e designers colaboram na criação de mobiliário?

Elas fundem-se. Muitas vezes, pensamos os dois juntos, pois se potencializam e trazem mais identidade para o nosso trabalho. No nosso time, alguns têm o olhar mais apurado para a escala de projeto e outros, para o mobiliário, o detalhe – são absolutamente complementares.

O que marcou esta primeira parceria da Suite Arquitetos com a Lider?

Uma surpresa positiva atrás da outra. A história da Lider e a reinvenção da empresa são surpreendentes. A visita à fabrica foi extremamente estimulante, vendo todo o processo, possibilidades, controle de qualidade e pessoas tão motivadas. O resultado só nos estimula a desenhar mais: é muito bom ver nosso projeto executado com maestria.

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isabela vecci

conceito do modernismo e suas composições geométricas guiam a coleção de mesas modularizadas VBox assinada pela arquiteta e designer Isabela Vecci. Com caixas de MDF laqueado acopladas, que podem ser customizadas de acordo com o gosto do cliente, elas aliam funcionalidade e uma interessante dinâmica de uso. Composta por uma mesa de centro retangular e uma quadrada, uma mesa lateral quadrada e um aparador, a linha funciona bem tanto em ambientes amplos quanto mais compactos.

linha vbox

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Que predicados mais te atraem no mobiliário modernista brasileiro?

O pensamento arquitetônico dos móveis, sempre em diálogo com o local onde estavam inseridos, fazendo parte de todo um pensamento do morar moderno. Na criação da linha VBox, qual foi seu ponto de partida?

Essa linha foi inspirada por ideias de composição. Gosto muito de pesquisar outras áreas que não sejam do campo do mobiliário para traçar procedimentos de projeto. As artes gráficas de revistas, livros e cartazes me inspiraram para fazer as composições abstratas das mesas. Sua premiada coleção Canguru, desenvolvida anteriormente para a Lider, também é versátil e privilegia a funcionalidade...

Em ambas, há uma pesquisa em torno de sobreposições e acoplamentos. Na Canguru, são as bolsas de couro que acompanham os móveis; na Vbox, as caixinhas soltas, sempre tendo em vista o uso do móvel e sua funcionalidade. Mas a questão da flexibilidade também é importante – um mesmo móvel pode servir como criado mudo ou como apoio numa sala.

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BATE-PAPO

PARÂMETRO NACIONAL Se design é a nossa praia, natural que a Lider fique de olho no que andam fazendo arquitetos e designers de destaque pelo país. Mas o que os inspira? Quais são suas referências? E seus grandes mestres? Descubra a seguir!

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BATE-PAPO

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SEMPRE EM FAMÍLIA

FILHA DE ARQUITETO, JOHANNA ANASTASIA TRABALHOU AO LADO DO PAI, EM BELO HORIZONTE, E TAMBÉM NO ESCRITÓRIO DE PAOLO VASINO, EM MILÃO. MAS É COM O MARIDO E SÓCIO, TOMÁS ANASTASIA REBELO HORTA, QUE DIVIDE SUA EXPERIÊNCIA E COMANDA O PREMIADO ANASTASIA ARQUITETOS, DESDE 2001.

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VOCÊ SEMPRE QUIS SER ARQUITETA?

Meu pai, Marco Antônio Anastasia, era arquiteto e cresci visitando obras, mas só pensei no que iria fazer na hora do vestibular. Comecei a estagiar em seu escritório logo no início da faculdade. À época, o AutoCAD estava chegando e meu pai queria implantá-lo no escritório. Procuramos alguém para isso: no caso, essa pessoa foi o Tomás, hoje meu marido e sócio.

“ A satisfação do cliente é o melhor retorno, depois de tanto trabalho ”

E COMO INICIARAM A SOCIEDADE?

Depois de formada, fiz pós-graduação na Itália por um ano e meio. Quando voltei a trabalhar no escritório do meu pai, Tomás era seu braço direito. Um tempo depois, Tomás foi trabalhar nos Estados Unidos. Mesmo assim, começamos a trabalhar juntos e montamos nossa empresa, Anastasia Arquitetos. Nos damos muito bem pois nos complementamos: minha área é a de detalhamentos e interiores, na qual me especializei, em Milão. Um casamento perfeito! NO DESENVOLVIMENTO DE UM PROJETO, QUAL É O SEU MOMENTO PREFERIDO?

Na verdade, é a obra ou a decoração pronta, não o projeto. A satisfação do cliente é o melhor retorno, depois de tanto trabalho. SEU ESCRITÓRIO LEVOU O PRÊMIO IAB-MG DE GENTILEZA URBANA, EM 2013. O QUE CONSIDERA GENTILEZA URBANA?

No nosso caso, poder usar a formação de arquiteto para melhorar a cidade. Entre os designers homenageados da Coleção Mestres do Brasil, qual mais te inspira?

Adoro o trabalho do Sérgio Rodrigues!

AO LADO Detalhe da Cadeira Abrachi, homenagem da Lattog Design a Sergio Rodrigues

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parceria IDEAL

UM PROJETO “BEM AMARRADO” DESDE O INÍCIO, PARA QUE O CLIENTE REALIZE PLENAMENTE SEU SONHO, É UM DOS CAMINHOS QUE LEVAM AO SUCESSO O DECORADOR MICHEL LEBEDKA, SÓCIO DO ARQUITETO MARCELO DIAS NO ESCRITÓRIO CONTEMPORARE, EM CAMPINAS. A DUPLA AINDA ARRASA NA CENOGRAFIA.

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MICHEL, O QUE GUARDA DE MAIS PRECIOSO DOS TEMPOS DA POLITÉCNICA DE MILÃO?

A oportunidade de estudar em um dos berços da decoração fez muita diferença em minha vida. A maior lição do italiano é que você só aprende fazendo. É um grande diferencial em relação às escolas brasileiras. COMO FOI A EXPERIÊNCIA DE REFORMULAR

“ a maior lição do italiano é que você só aprende fazendo. é um grande diferencial em relação às escolas brasileiras ”

ESPAÇOS DE BELEZA, NO PROGRAMA “SOS SALVEM O SALÃO” (2015-2017) DO GNT?

Nosso grande desafio foi fundir decoração e cenografia. A verba por episódio era muito baixa, mas não podíamos fazer algo apenas cenográfico, uma vez que aquele salão seria usado e teria que durar. O mais incrível era sentir a energia de uma pessoa vivendo um novo marco, através da decoração. Foi tão legal que acabei fazendo pósgraduação em Direção de Arte para TV e Cinema, o que abriu nosso escritório para outra vertente: assinamos a cenografia do show da Família Lima, a direção de arte da websérie da Sandy, “Nós, Vós, Eles”, algumas vinhetas pra Globo... JUNTOS, JÁ GANHARAM UMA COMPETIÇÃO CULINÁRIA ENTRE ARQUITETOS E DECORADORES. COZINHAR É UMA PAIXÃO?

Cozinhar sempre foi uma coisa muito presente na minha casa. Por meu pai ser russo e minha mãe, goiana, sempre tivemos um mix muito grande de gastronomia. Cada vez mais, as pessoas querem comer bem e saber o que comem, por isso cozinham em casa, se reúnem em volta da mesa, investem mais no gourmet do que em outros ambientes da casa. UM QUERIDINHO DA NOVA COLEÇÃO MESTRES DO BRASIL?

O buffet Aero, da Plataforma4, que, além de imprimir o legado do Branco & Preto, traz uma referência aconchegante e até bucólica. Todos nós temos uma boa lembrança de uma cadeira em palhinha da casa dos avós ou de uma de balanço, onde recebemos cafuné, na infância. Esse móvel enche o coração. AO LADO Buffet Aero, da Plataforma 4. Homenagem ao estúdio Branco & Preto

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VOCAÇÃO PLURAL

Há mais de 30 anos no mercado paulista, DENISE BARRETTO SOMA À BEM-SUCEDIDA CARREIRA, INCLUSIVE COMO PROFESSORA DE PAISAGISMO NA FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO DA UNIVERSIDADE DE BELAS ARTES, EM SÃO PAULO, O PAPEL DE MÃE E AVÓ DE OITO NETOS.

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“ A palavra mágica é integração ”

NOS ÚLTIMOS TEMPOS, QUAIS FORAM AS MAIORES TRANSFORMAÇÕES NO JEITO DE MORAR DO BRASILEIRO?

Sem dúvida, a qualificação dos espaços. Antes, tínhamos sala de jantar, copa, escritório, sala disto e daquilo, todos fechadinhos em seus objetivos. Agora, temos zonas dentro da casa. A principal é a da confraternização, convivência da família, living, home teather, etc.; juntamente com jantar, gourmet e cozinha. Já a introspecção são as áreas íntimas – quartos, estudo, trabalho, banhos. A palavra mágica é integração. Os espaços se conectam de acordo com seus usos, as divisões deixaram de ser claras e elementos arquitetônicos são cada vez mais adotados apenas como filtros entre um e outro, permitindo diversos modos de apropriação desses ambientes. QUE LEMBRANÇA GUARDA DOS TEMPOS DE PROFESSORA de paisagismo?

Tenho uma saudade enorme. As aulas mais interessantes eram de projetação de espaços abertos: os alunos levavam uma base em madeira, areia e outros itens de maquete; moldavam um relevo e propunham um parque ou uma praça. Em horas, surgiam as mais diversas formas de abordagem para um mesmo terreno e a discussão tornava-se riquíssima! EM SÃO PAULO, QUAL O PROGRAMA PREFERIDO COM SEUS NETOS?

Estar em casa com eles significa boa comida, inclusive muito diversificada, mas na cozinha ainda penso com minha cabeça “mezzo goiana, mezzo italiana”. Como boa parte deles já está grandinha, adoramos ir a exposições e museus, numa excursão cultural e sempre gastronômica. QUAL HOMENAGEADO DA COLEÇÃO MESTRES DO BRASIL MAIS TE INSPIRA?

Branco & Preto. Nasci em um prédio projetado por Roberto Aflalo e Plínio Croce. Ganhador de uma Bienal de Arquitetura, o local se tornou reduto de arquitetos e designers da época, com apartamentos supermodernos, anos 1960, repletos deste mobiliário apaixonante. Crocce e Carlos Millan moravam lá!

Buffet Aero, da Plataforma 4, inspirado na história de Branco &Preto.

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UM LUGAR MELHOR

LAÍS GALVÃO FORMOU-SE EM ARQUITETURA PELA UFBA, PASSOU PELA UNIVERSIDAD POLITECNICA DE VALENCIA (ESPANHA) E, DESDE 2010, COMANDA ESCRITÓRIO PRÓPRIO, EM SALVADOR. APAIXONADA PELA PROFISSÃO, GOSTA DE TRABALHAR COM SONHOS, TORNAR CONCRETO UM PENSAMENTO, UM DESENHO, MUDAR UM LUGAR PARA MELHOR.

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“ Gosto sempre de

O QUE NÃO PODE FALTAR EM SEUS PROJETOS para RESIDENCIAS?

A história de cada um dentro da própria casa, seja por algum elemento arquitetônico que carregue referências pessoais ou objetos que contenham parte de suas vidas. Isso torna os projetos particulares e originais. QUAL SUA ÚLTIMA OUSADIA EM UM PROJETO?

trabalhar com o verde e trazê-lo para os projetos de diferentes maneiras ”

Gosto sempre de trabalhar com o verde e trazê-lo de diferentes maneiras. O jardim interno foi o coração de uma casa de praia – em função dele, a residência se desenvolveu, com toda sua estrutura, cobertura e pergolados. Na decoração de uma sala, cavamos o piso para plantar uma oliveira e complementamos as estantes com vários vasos de aspargos. O verde humaniza e deixa o local mais acolhedor. FUGINDO DA TRADICIONAL (E MARAVILHOSA) CULINÁRIA BAIANA, EM QUE LUGAR DE SALVADOR VOCÊ ADORA COMER?

No japonês Soho, pois além de a comida ser deliciosa, a vista é incrível. O restaurante fica debruçado no mar e ainda dá para ver a parte histórica da cidade. SEUS TRABALHOS, SEMPRE TÃO “SOLARES”, REFLETEM SUA BAIANIDADE?

Este clima maravilhoso da Bahia permite que desfrutemos o sol o ano inteiro! A iluminação natural é sempre bem-vinda em meus projetos, porém utilizo artifícios para conseguir controlá-la, como o uso de paletões nas esquadrias de madeira. Assim, garantimos o conforto térmico. QUAL PRODUTO INSPIRADO PELOS GRANDES MESTRES MAIS TE ATRAIU NESTA COLEÇÃO?

Gosto muito da poltrona Lina, da Suite Arquitetos, pelo design simples, leve confortável e ergonômico. É uma peça atemporal – como as obras da homenageada, Lina Bo Bardi – que se adequa facilmente em diferentes estilos de decoração.

AO LADO Cadeira Lina, da Suíte Arquitetos, homenageia Lina Bo Bardi

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PARA SEMPRE ARQUITETO

REQUISITADO EM VITÓRIA – COMO ATESTA A PROFUSÃO DE TRABALHOS EXIBIDOS EM SEU INSTAGRAM – VITOR CIPRIANO TAMBÉM SE DESTACA PELAS PARTICIPAÇÕES EM MOSTRAS COMO A DECORA LIDER E A CASACOR ESPÍRITO SANTO. APRECIADOR DAS ARTES, PARA ELE A ARQUITETURA SURGIU INTUITIVAMENTE.

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HÁ POUCO, VOCÊ ESTEVE NA ITÁLIA. EM TERMOS DE ARQUITETURA E DESIGN, O QUE MAIS TE MARCOU NESSA VIAGEM?

O que sempre me impressiona é como os italianos lidam com a chegada da modernidade, respeitando o antigo. A inserção harmônica de arquitetura e design ultramodernos e contemporâneos em cidades muito antigas é admirável.

“ Sempre procuro imprimir um pouco do meu gosto pessoal nos projetos que desenvolvo ”

JÁ TEVE DIFICULDADE EM DESAPEGAR – OU MESMO VONTADE DE “SE MUDAR” – AO FINAL DE ALGUM PROJETO?

Sim, vários (risos). Cada projeto possui uma individualidade, seja no visual, em uma marcenaria detalhada ou em uma obra de arte. Sempre procuro imprimir um pouco do meu gosto pessoal nos projetos que desenvolvo e, quando vejo a obra tomando forma, a vontade é de viver ali. COMO ERA (OU É) A CASA EM QUE MAIS GOSTOU DE MORAR?

Já morei no interior do Brasil e até no exterior, mas amo mesmo o meu cantinho atual, que foi pensado para me dar conforto e receber os amigos. JÁ SE IMAGINOU EM OUTRA PROFISSÃO? SE NÃO FOSSE ARQUITETO, SERIA...

Arquiteto (risos)... Desde novo, sempre me vi admirando as artes em geral; a arquitetura veio de forma intuitiva. Não me imagino fazendo outra coisa. NA LISTA DE HOMENAGEADOS PELA COLEÇÃO MESTRES DO BRASIL, ESTÃO BERNARDO FIGUEIREDO, JOAQUIM TENREIRO, AÍDA BOAL, SERGIO RODRIGUES, ERNESTO E CARLO HAUNER, BRANCO & PRETO, LINA BO BARDI, BURLE MARX E OSCAR NIEMEYER. QUE GRANDE NOME DO DESIGN TE FASCINA?

Oscar Niemeyer e Sergio Rodrigues são sempre referências. Seus projetos atemporais e globais me encantam e inspiram.

AO LADO Banco Moça, da Alva Design, homenageia Oscar Niemeyer.

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O VALOR DE CADA UM

PÓS-GRADUADA EM LIGHTING DESIGN, A ARQUITETA ROBERTA NICOLAU, DO RIO DE JANEIRO, DEFENDE QUE TODO PROJETO É ÚNICO, POR ISSO BUSCA CONCRETIZAR O SONHO DE CADA CLIENTE DE FORMA PERSONALIZADA. PONTOS ESSENCIAIS? ILUMINAÇÃO, ACONCHEGO E FUNCIONALIDADE.

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NO RIO, QUAL O SEU BAIRRO PREFERIDO?

Curto muito a Barra da Tijuca, especialmente o Jardim Oceânico. Primeiramente, nasci lá! Vivi a evolução do bairro, sua urbanização.... Ruas calmas e arborizadas, por onde as pessoas andam a pé, comércio de rua e a praia.

“ Peter Gasper defendia que o estudo das sombras é tão importante quanto o da luz, assim como

QUE profissional MAIS TE IMPACTOU NO LIGHTING DESIGN?

a pausa é importante

O primeiro lighting designer que me chamou a atenção foi Peter Gasper, quando ainda era estagiária e ele realizava certos projetos do escritório. Responsável pelo luminotécnico de algumas obras assinadas por Oscar Niemeyer, ele defendia que o estudo das sombras é tão importante quanto o da luz, assim como a pausa é importante para a música. Arquitetura é uma matéria muito subjetiva, precisa ter emoção. Hoje, o Maneco Quinderé é o meu preferido!

para a música ”

NA HORA DO DESCANSO, PRAIA OU MONTANHA?

Praia, sombra e água fresca! Não costumo repetir muito os destinos, mas a praia está sempre como tema principal. VOCÊ INTEGROU DIVERSAS EDIÇÕES DA DECORA LIDER. QUE AFINIDADES HÁ ENTRE A MARCA E O SEU TRABALHO?

Participei de seis mostras Decora Lider, então na loja me sinto em casa, conheço bem os produtos e, com isso, facilmente os aplico aos meus projetos. A versatilidade das peças, aliada à qualidade, faz a marca estar sempre presente nos meus trabalhos. QUAL PEÇA VOCÊ ELEGERIA NA MESTRES DO BRASIL?

Com certeza, a poltrona Abrachi, desenhada pela Lattoog, pelo fato de Leonardo Lattavo e Pedro Moog usarem seu conceito de design-fusão, mesclando traços da poltrona Chifruda (1962), de Sergio Rodrigues, com a cadeira Abraço (2016), criada pela mesma dupla de designers para a Lider.

AO LADO Cadeira Abrachi, da Lattoog Design, homenageia

Sergio Rodrigues

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FASCÍNIO PELA CRIAÇÃO

FILHA E IRMÃ CAÇULA DE ENGENHEIROS, JULIANA CHODRAUI SEMPRE TEVE CONTATO COM OBRAS, MAS FOI NA ADOLESCÊNCIA, EM RIBEIRÃO PRETO, QUE SE ENCANTOU POR SEU OFÍCIO, AO VER UM ARQUITETO CARREGANDO CROQUIS E DESENHANDO ATÉ NO CHÃO.

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COMO FOI SEDUZIDA PELA ARQUITETURA?

Na hípica de Ribeirão, me encantei ao observar um arquiteto trabalhar. Logo no segundo ano da faculdade, estava no escritório dele. Formada, em 2006 fui para Barcelona fazer mestrado e trabalhar. Lá, minha paixão pela arquitetura cresceu ainda mais. Criar, misturar cores e formas, projetar na vida das pessoas, pensando como vão vivenciar os espaços, me fascina.

“ Criar, misturar cores e formas, projetar na vida das pessoas, pensando como vão vivenciar os espaços, me fascina ”

QUE LUGAR REPRESENTA BEM O ESPÍRITO DE RIBEIRÃO preto?

Sou suspeita, pois tem uma obra minha que faz parte do meu dia a dia e acho a cara da cidade. É o empório, restaurante e bar Casa Damasco. SER MÃE MUDOU SUA VISÃO COMO PROFISSIONAL de arquitetura?

Depois que meus filhos nasceram, com certeza, fiquei ainda mais atenta aos detalhes, passei a enxergar a arquitetura com outros olhos, a projetar brinquedotecas e quartos infantis. JÁ RECEBEU ALGUM PEDIDO INUSITADO?

Um jardim de inverno dentro do closet do casal! Mas conseguimos não levar adiante, justificando a falta de funcionalidade e os pontos negativos que essa ideia traria ao longo do tempo, uma vez que a luz constante e o pó poderiam danificar as roupas, perdendo todo o sentido do closet. Muitas vezes, precisamos orientar o cliente: um sonho pode virar um pesadelo, se mal acompanhado. VOCÊ DISSE QUE SE ENCANTOU PELA coleção MESTRES DO BRASIL...

Sou muito fã da Lider, consigo trabalhar o mobiliário em vários projetos e, em cada um, dar cara e acabamento exclusivos. Também sou fã da Lina Bo Bardi, assim passei a seguir e admirar a Suite Arquitetos, que a homenageou. Como diria Lina: “A arquitetura é criada, ‘inventada de novo’, por cada homem que anda nela, que percorre o espaço...”. Isso é muito empolgante. AO LADO Poltrona Lina, da Suíte Arquitetos, homenageia

Lina Bo Bardi

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NOTÁVEL TALENTO

RODRIGO BIAVATI É DA PRIMEIRA GERAÇÃO NASCIDA EM BRASÍLIA. NA FACULDADE DE ARQUITETURA, FOI PREMIADO EM CONCURSOS E ESTAGIOU EM PARIS. FORMADO EM 2004, NO ANO SEGUINTE JÁ INTEGRAVA A EQUIPE DO ESCRITÓRIO SÉRGIO ROBERTO PARADA, DO QUAL LOGO VIROU SÓCIO.

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“ A vivência em um

COMO FOI ESTAGIAR NO RENZO PIANO BUILDING WORKSHOP, EM PARIS?

Incrível! Aprendi a me virar para acompanhar os projetos e, principalmente, os termos em francês e inglês. Foi fantástico participar das equipes dos edifícios The Shard e Central St. Giles Court, em Londres, e da ampliação da Columbia University, em Nova York. A vivência em um escritório internacional com o porte do RPBW abriu minha mente em relação à arquitetura.

escritório internacional com o porte do RPBW abriu minha mente em relação à arquitetura ”

DÁ PARA COMPARAR SEU TRABALHO ATUAL À EXPERIÊNCIA INTERNACIONAL?

A principal diferença é a importância que se dá à arquitetura fora de nosso país, em termos culturais, políticos e financeiros. Dentro dos escritórios, ambos são muito rigorosos com a qualidade do projeto, filosofia e trabalho em equipe; mas, claro, a estrutura do RPBW é bem maior, com várias especialidades e dinheiro para se investir, principalmente em protótipos e maquetes físicas. UM FILME, UM LIVRO E UMA MÚSICA QUE TE INSPIREM COMO ARQUITETO.

O francês “Mon Oncle”, de 1958, que faz uma crítica à vida moderna. “Morte e Vida de Grandes Cidades”, de Jane Jacobs. Uma música? São várias... SUA FILHA NASCEU EM 2018. QUE CIDADE GOSTARIA DE DEIXAR PARA ELA?

Felizmente, tive a oportunidade de viver em uma cidade europeia e viajei bastante por cidades em que a pessoa, cada vez mais, torna-se o principal elemento dentro dela; principalmente do ponto de vista do uso e da qualidade dos espaço públicos, sejam praças, calçadas, ruas... UM GRANDE MESTRE?

Citaria vários, mas difícil não escolher Oscar Niemeyer, tanto pela qualidade inegável de sua arquitetura quanto por ter conseguido elevar o nome do nosso país internacionalmente. Uma proeza para poucos!

AO LADO Banco Moça, da Alva Design, inspirado em Oscar

Niemeyer

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decora lider belo horizonte

novo morar

Conforto, praticidade, cozinhas que são verdadeiras salas de estar e ambientes mais coloridos são apenas algumas das tendências do décor apresentado por um seleto grupo de arquitetos e designers pa r a a s D eco r a L i d e r d e B H , S a lva d o r e Vitória. Quer visitar a Decora Lider sem s a i r d e c a sa ? Faç a N OSS o to u r v i rt ua l !

| Estar e Jantar por Marina Dolabella Dubal

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Quarto do casal com armário por Cristina Morethson, Ângelo Nunes Coelho e Ângelo Nunes Coelho Filho

Varanda Gourmet por Renata Basques e Fernanda Basques

Apartamento do Jovem Casal por Daniele Gade

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Estar com Adega por Ana Lívia Werdine

Quarto da Moça por Mariana Borges e Thaysa Godoy

Estar e Jantar por Laís Albergaria

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Quarto do Casal por Manuela Senna

Quarto do Casal com Closet por Fernanda Villefort Parreiras

Loft por Piacesi Arquitetos

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Estar e Jantar por Estela Netto

Estar com Leitura por Raquel e Laura Brum

Cozinha Funcional por Érika Steckelberg, Graziela Costa, Kívia Costa e Zuleica Lombardi

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| Home Office por Felipe Barros

Estar com TV por Mariana Rizzotti Giovanardi

Espaรงo Identidade por Nada Se Leva

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decora lider salvador

| Living por Adriana Varandas e Adriana Lorenzo

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Living por Adriana Sales e MĂŠrcia Sales

Home por Bianca Moreno e Matheus Brazileiro

Quarto de Casal por Dinah Lins

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Living por Luciana Villas-BĂ´as Bittencourt

Home Theater por MM8 Arquitetura e Interiores

Quarto de Casal por Rafael Souza

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Varanda Gourmet por Roberta Rennรณ

Home Office por Rocha e Rodrigues Arquitetos Associados

Sala de Jantar por T3 Arquitetura

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Espaรงo Identidade por Thiago Manarelli e Ana Paula Guimarรฃes

Sala de Jantar por Vanja Maia Arq Interiores

Cozinha por Vitor e Luciana Dauster

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decora lider vitória

| Espaço Identidade por Guilherme Ribeiro, André Bastos e Raquel Nogueira

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Espaรงo Kids por Fernanda Cecotti

Sala de Estar por Giuliana Nahssen

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Loft do Casal Moderno por Igor Gonรงalves e Gil Nunes

Social Point por Itala Monti e Solana Marianelli

Living Gourmet por Junior Torezani e Victor Sarcinelli

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Ambiente Multiuso por LĂŠa Braun

Banheiro Cosmopolita por Lidiane Costa e Aressa Carneiro

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Quarto Cosmopolita Feminino por Lúcio Rossi

Espaço Sommelier por Martha Gomes

Suíte Bem Estar por Max Mello

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Suíte da Mulher por Milena Ferrari e Rita Gumiero

Espaço Café por Monica Cupertino

Sala Integrada Estar e Jantar por Monica Demoner

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Lounge por Rose Rezende

Living por SĂŠrgio Caus e RĂ´mulo Pegoretti

Living com Jantar por Sergio Palmeira

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Espaço Integrado Varanda e Sala por Tatiana Espíndula

Living por Thaís Zocatelli Fiorete e Thaíse Arpini Gaburro

Estar do Pesquisador por Vinícius A. Morais

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Um passo à frente

De olho nos talentos proeminentes do mercado de arquitetura e design, a Lider se firma como a maior fornecedora de mobiliário da Casa Cor Brasil. __ Texto Norma Santos Fotos Jomar Bragança, Daniel Mansur e Divulgação

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so trabalho na Veja Rio e na revista Living. Nogueira lembra da premiação de 2013 pela Casa Claudia que elegeu o ambiente do arquiteto mineiro Pedro Lázaro como o melhor da Casa Cor Brasil. "Nosso público é exigente e conhecedor do que é bom na arte de viver bem, modernamente", complementa.

costumada a surpreender o mercado da alta decoração, a Lider Interiores alavancou ainda mais a sua marca ao tornar-se a maior fornecedora de mobiliário para a Casa Cor Brasil, mostra de arquitetura, design e paisagismo que referenda nomes, estilos e produtos de primeira linha. Exibindo uma pegada moderna, contemporânea e ao mesmo tempo afetiva, a empresa superou metas anteriores ambientando este ano 40 espaços com 250 peças de impacto inovador, muitas delas de design autoral, como o sofá Gomos, da Suíte Arquitetos e a linha de cozinhas, da Triart Arquitetura. Outro grande destaque foi a coleção Mestres do Brasil, lançada em agosto com a poltrona Lina, da Suíte Arquitetos; o sofá 50 e a cadeira Dora, de Bruno Faucz; e a poltrona Branca, do Estúdio Nada se Leva.

A parceria entre a indústria moveleira e o evento de maior referência em decoração e arquitetura consolida as crescentes exigências do alto padrão do segmento, como afirma Pedro Ariel, diretor de Conteúdo e Relacionamento da Casa Cor. Segundo ele, a Lider Interiores é de “grandíssima importância" para quem busca uma identidade própria, além de "enobrecer" qualquer evento. Isto sem falar na expertise da empresa para encontrar talentos, a exemplo da Triart Arquitetura, um grupo jovem com tendências contemporâneas, que marcou a Casa Cor São Paulo ao projetar uma linha de cozinha em parceria com a Lider. Entre os outros espaços que levaram a assinatura da empresa, Ariel cita a linguagem chique e elegante de Gisele Taranto, arquiteta que escolheu o tema Suíte da Mulher na Casa Cor Rio e as soluções visuais e exclusivas mostradas em Salvador, Ribeirão Preto, Espírito Santo, Vitória e Brasília. A seguir, confira alguns desses espaços.

Embora Lider e Casa Cor sejam velhas amigas, foi na edição de 2018 que a parceria revelou-se de maior importância para a empresa. Um sucesso que puxa o outro e que é comemorado pelo gerente de marketing, Tiago Nogueira. Ele acredita que a maioria dos clientes que procuram suas lojas se inspiram nas peças ambientadas da Casa Cor ou nas suas redes sociais. “Este ano fomos capa da revista Casa Cor Brasília com o sofá assinado pela arquiteta capixaba Solana Marianeli, ano passado estampamos a capa de Casa Claudia e publicamos nos-

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A Casa da Árvore Renault foi o espaço assinado pela Suíte Arquitetos, de Filipe Troncon, Carolina Mauro e Daniela Frugiuele. O destaque foi o sofá Gomos, desenvolvido em parceria com os arquitetos. Mas outros móveis como a poltrona Viki, as mesas Slender com tampos de mármore e a cadeira Delgada também marcaram presença.

O jovem trio formado por André Bacalov, Kika Mattos e Marcela Penteado, apostou em uma cozinha transformada em espaço de convivência, que serve como ponto central de todo o projeto desenvolvido para a Casa Cor São Paulo. Nos 40m2, os arquitetos buscaram um conceito muito presente na Europa, em que antigos casarões e galpões são transformados. Na composição mesa Queen, de Bruno Faucz; mesa Eixo com tampo de cerâmica, mesa Balanço e sofá Mark, do Estúdio Nada Se Leva.

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dos designers brasileiros como o sofá 050, de Bruno Faucz, poltrona Lina, do Suíte Arquitetos, cadeira New metal com braço, do Nada se Leva e ainda cama Blok, mini cômoda Ws, Mesa Alt especial, colchão, puff Clik, escrivaninha Cimo e prateleira Seta, além de cinco vasos.

No Rio, chamou atenção a Suíte da Mulher, ambiente da Casa Cor criado por Gisele Taranto, alusivo a uma mulher que escolheu preservar seu próprio espaço, compartilhando com o companheiro somente as áreas sociais e de serviço. No projeto da arquiteta, as peças do mobiliário são de consagra-

A inspiração na decoração escandinava definiu o quarto para uma correspondente de TV norueguesa no projeto de Roberta Nicolau. O ambiente é acolhedor, predominantemente branco com textura nos tijolinhos na parede. No lugar da cabeceira de cama, uma sobreposição de espelho com painel vazado de madeira, com círculos que deixam entrar a luz natural. O projeto ganha cama Block, mesa Mari, escrivainha Slim, poltrona Neo Giratoria e colchão Lider.

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Na Casa Cor Bahia, o Loft Origens, da arquiteta Dinah Lins, é um estar com varanda que tem a natureza, a Amazônia e os índios do Xingu como referência. Através dos tons verdes, de objetos em madeira e design brasileiro, a arquiteta procurou deixar o espaço aconchegante, valorizando a brasilidade com o uso de técnicas manuais como o macramê e colocando na parede um cocar original. Peça como a cadeira Tiras foi usada na varanda, enquanto o sofá e a poltrona ficaram na sala de estar onde também se encontra a mesa de centro.

A arquiteta Bethania Tejo criou para Casa Cor Paraíba o Loft Ocean da Lider, ambiente de 80 m 2 com living gourmet, studio, quarto, banheiro e closet integrados. Projetado para um casal com estilo de vida saudável e que vive à beira mar, o espaço é detalhado nas cores pasteis que lembram o outono e revelam modernos tons profundos. No mobiliário, todas as peças foram compostas pela Lider, algumas em destaque como o sofá Move, sem braço; poltrona Areia, em carvalho Kernel e couro havana; banco Musset, em carvalho estanho; mesa lateral Pallina, em laca e haste de latão; mesa de jantar Bend, em carvalho estanho acompanhada pelas cadeiras Delgada, com acabamento em metal e braço carvalho estanho; mesa de centro Arezzo redonda, em laca fosca e espelho Lip prata, em carvalho Kernel, além de outras peças que expressaram brasilidade, com o uso da madeira, couro e tecidos de algodão. "Um espaço urbano de praia, aconchegante e automatizado" como define a autora do projeto.

foto na página ao lado

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aos marrons. O sofá Way tem proposta contemporânea, revestido em veludo, tendência forte na decoração. A mesa de trabalho Miss em madeira Carvalho Siena faz uma referência ao universo feminino e seu glamour. As curvilíneas poltronas Lilly, em roxo intenso, arrematam a composição.

Na Casa Cor Minas, o Home Office de Roziane Faleiro foi criado para a personagem Alice. Laboratório de Ideias, o lugar é também seu lar que mescla na decoração o contemporâneo e o vintage, propondo um ambiente feminino, delicado e com referencias de sua memória afetiva. A paleta vai dos rosados

Na mesma edição, a arquiteta Janaina Naves assina a Sala de Banho, projetada para transmitir aos visitantes sensações de equilíbrio e restauração. A motivação principal veio dos Alpes Suíços na primavera, com o contraste do branco da neve com o céu azul, a presença da água e vegetação, que revitalizam os ânimos e o uso do ultra violeta, a cor do ano, própria para os espaços de meditação. Como mobiliário, o sofá Hug, lançado em 2018, cujo próprio conceito da peça promove sensação de conforto. O trio de mesas Pallina, em dourado, remete à nobreza e ao luxo.

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estudo do design biofílico de Robertson Cooper, que comprova a introdução de plantas, lagos e fontes em ambientes comerciais para aumentar a produtividade da equipe e fazer os clientes se sentirem mais calmos e relaxados. Destaque para os sofás Arch, da Lider Interiores.

O espaço de Gabriela Gontijo feito para a grife Tiffany & Co. na Casa Cor Brasília foi desenvolvido em moderna harmonização com as cores emblemáticas da joalheria. Os elementos básicos da natureza, como a água e madeira, mostraram a integração deles com o vidro. Tudo inspirado no

Pedras e madeiras naturais destacam o projeto de Miguel Gustavo em sua 16º participação da Casa Cor Brasília. Ao projetar o loft de 120m2, inspirado em uma casa de campo, o arquiteto fez questão de ressaltar o verde até mesmo na escolha do mobiliário, como no sofá e nas gavetas do armário da cozinha. Uma horta que garante insumos frescos para o morador se contrapõe a alta tecnologia dos eletrodomésticos modernos e funcionais. No mobiliário, sofá Hug, estantes e mesas de centro Slim, mesa lateral Pallina e cadeiras Abraço.

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Cozinhar, Conviver, Receber

As mostras Decora Lider pelo Brasil não nos deixam mentir: as cozinhas da linha Átrio estão cada vez mais lindas. Natural, então, que esses ambientes, para além de integrados, sejam transformados em verdadeiras salas de estar. __ Texto Sabrina Dutra Fotos Jomar Bragança

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Antigamente,

havia resistência na integração desses ambientes também por causa da manutenção. Hoje, a tecnologia se encarregou de criar tecidos que além de duráveis, são confortáveis

Vitor Dauster, arquiteto

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á algum tempo, as cozinhas vêm ganhando um “upgrade” – antes isoladas, como espaço secundário e de serviço, começaram um namoro com a sala de jantar, foram invadindo outras áreas destinadas às visitas e ganhando um ar gourmet. Lançado em 2012, “Cozinha de estar: receitas práticas para receber” (Ed. Panelinha), da chef e apresentadora Rita Lobo, já corroborava a ideia. Mais do que um premiado livro de receitas, é um guia para cozinhar e receber nesse ambiente aconchegante e de onde ninguém quer sair. Afinal, seu clima informal é perfeito para acolher familiares e amigos em torno da mesa, inclusive com todo o capricho. Mas como tornar a cozinha, além de funcional, bonita e agradável a ponto de ser alçada a sala de estar? Profissionais de arquitetura e interiores dão dicas preciosas, a partir de seus projetos para mostras Decora Lider 2018. Na Decora Lider Salvador, Luciana e Vitor Dauster fortaleceram o papel da Cozinha como ambiente de estar, ampliando o espaço de convivência. Tudo foi pensado para promover esse encontro: desde o layout, que permite a interação de quem cozinha com as pessoas à mesa, até o sofá, grande diferencial, que oferece muitos lugares. A escolha de materiais cumpre o mesmo propósito – a madeira traz aconchego, o tapete em sisal sintético pode ser lavado e os tecidos são de alta performance, lindos e duráveis. “Antigamente, havia resistência na integração desses ambientes também por causa da manutenção. O cliente não queria um estofado na cozinha que pudesse sujar e estragar. Os mais resistentes eram meio plastificados, com cara de área externa. Hoje, graças à tecnologia, há tecidos confortáveis e com aspecto de tecido normal. Valem o investimento”, explica Vitor. Os armários com iluminação embutida e acessórios ocultos (escorredor de pratos, lixeira etc.) agregam beleza ao espaço e comodidade ao usuário. Já o verde – que nas cozinhas atuais vai muito além dos vasinhos de temperos – aparece na forma de jardim vertical, trazendo frescor e bem-estar. O arquiteto ressalta que a cozinha como extensão do estar é um desejo cada vez mais comum, até pela mudança de hábitos em nossa sociedade: são menos funcionários dentro de casa, seja pelo custo ou por adaptação da família; há uma preocupação com alimentação mais saudável e também com segurança. “As pessoas acabam saindo menos (inclusive por causa da lei seca), tomam em casa seu vinho, sua cerveja... Então, cozinhar tem se tornado parte central na vida delas. Os apartamentos ainda estão menores. Assim, melhor é transformar a cozinha em estar, integrando-as, do que ter dois ambientes pequenos”, completa. Outro espaço da Decora Lider Salvador que emprega esse conceito é a Varanda Gourmet, de Roberta Rennó. Remetendo à cozinha, a arquiteta se inspirou na alegria, na natureza e nas cores baianas para criar o projeto. Não à

O clima litorâneo inspirou Junior Torezani e Victor Sarcinelli a criar esse Living Gourmet.

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Vitor e Luciana Dauster apostaram na cozinha como extensão do Estar na Decora Lider Salvador 2018.

Mesmo sendo um

espaço pequeno, é multifuncional, servindo como estar, bar, jantar e cozinha, sem ficar poluído

Roberta Rennó, arquiteta

toa, positividade têm tudo a ver com um local pensado para reunir, receber. Aconchego também é essencial, segundo Roberta, já que hoje a vida é muito agitada, corrida e cercada por tecnologia. A parede de tijolinho, que está em voga e alude ao barro, à rusticidade; e a madeira, usada no painel, no brise, em parte da bancada e do mobiliário, ajudam a “esquentar”, proporcionando uma sensação gostosa ao ambiente. “A fluidez da água (representada nas fotografias de Bruno Ferrucio) também traz uma energia boa, lembra natureza, praia”, destaca a profissional. Sofisticação é outro atributo importante para criar a impressão de sala de estar, conquistada aqui com bancada e armários brancos, bem minimalistas; além do pilar revestido em espelho, que ainda garante amplitude. A iluminação permite diferentes cenas, dependendo do impacto desejado. E não pode faltar versatilidade, inclusive na escolha do mobiliário, como mesas de centro em tons bem explorados, cadeiras de personalidade, tapete e adornos. “Mesmo sendo um espaço relativamente pequeno, é multifuncional, servindo como cozinha, bar, jantar e estar, sem ficar poluído”, resume Roberta. Na Cozinha Funcional, obra de Érika Steckelberg, Graziela Costa, Kívia Costa e Zuleica Lombardi, da CLS Arquitetura, para a Decora Lider Belo Horizonte, a

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A Varanda Gourmet da arquiteta Roberta Rennó apostou em um clima alegre e natural para garantir o conforto de seus moradores e convidados.

ideia de unir as pessoas para compartilhar bons momentos foi primordial. Uma mesa quadrada poderia otimizar o espaço, mas não integraria tanto os comensais, por isso o modelo redondo foi eleito. “Buscamos criar um ambiente que conectasse as pessoas, deixando de lado o tablete o celular”, salienta Érika. Se armários totalmente fechados são mais comuns na cozinha, neste projeto as arquitetas optaram por partes abertas, incluindo uma estante para exibir louças, taças e panelas mais bonitas. “Quem é ligado em cozinha gourmet adora expor livros de receita, uma canequinha de estimação ou objetos de significado para a família. Tudo isso propicia a integração, cria um ar de sala”, reforça Érika. A iluminação é outro ponto alto: as profissionais desenharam uma composição inusitada de trilhos no teto para deixar o ambiente menos austero, mais divertido. Os spots permitem direcionar a luz, criando áreas de destaque, o que gera aconchego e convida a um bom papo.

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CLS Arquitetura. Loren doloren sit amet lipsum doloren lorem lipsum amet.

Promover um convívio maior entre família e convidados também foi a sacada de Junior Torezani e Victor Sarcinelli, em seu Living Gourmet para a Decora Lider Vitória. “Composto por cozinha integrada à sala, o espaço realça tons neutros e claros (como nos estofados acinzentados), além da madeira, aplicada nos móveis, painéis e prateleiras”, aponta a dupla. Tudo inspirado nas praias capixabas, remetendo a nuances de areia, inclusive no tapete, e um toque de verde em uma das poltronas. Mas o clima litorâneo não poupa traços de requinte: o acabamento em vidro nos armários da cozinha e os equipamentos embutidos na marcenaria deixam o ambiente mais elegante.

os eletrodomésticos

estão com um design cada vez mais apurado, disponíveis em vários modelos, cores e acabamentos, além de alta tecnologia

Aliás, um dos diferenciais do Living Gourmet está na escolha de peças funcionais, como o refrigerador e a coifa. Ah! Mas se na sua casa a intenção for deixá-las expostas, não se preocupe: os eletrodomésticos estão com um design cada vez mais apurado, disponíveis em vários modelos, cores e acabamentos, além de alta tecnologia para evitar fumaça e odores indesejados na sua cozinha de estar.

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RIO DE JANEIRO AINDA MAIS SOLAR COM PROJETO ARQUITETÔNICO DE GISELE TARANTO, LUMINOTÉCNICO DE WIDIMAR LIGEIRO E PAISAGISMO DE SANDRO WARD, A LIDER INTERIORES REINAUGURA SUA LOJA DO CASASHOPPING, NO RIO DE JANEIRO, UMA VITRINE DA ATUAL IDENTIDADE DA MARCA, QUE EXPLORA O DESIGN FEITO PARA VIVER. __ Texto Sabrina Dutra Fotos MCA Estúdio

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resente no CasaShopping desde 2007, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, o showroom da Lider Interiores foi ampliado e reformado, em sintonia com o novo conceito da marca. Seu bom desempenho, na contramão da crise, estimulou a direção da empresa a apostar na expansão, de 900 para 1.400 m 2, incorporando a loja vizinha. Para esta ambiciosa empreitada, a Lider convidou a carioca Gisele Taranto, que assinou o projeto arquitetônico, apresentado ao público no coquetel de reinauguração, em outubro de 2018. O projeto de Gisele enfatiza o momento da Lider, mais leve, solar e brasileira, como afirma o gerente de Marketing, Tiago Nogueira: “Partimos das referências da Gabriel Monteiro (em SP) para desenvolver o projeto no Rio e buscamos um profissional que tivesse uma linha de trabalho em harmonia com a identidade que a marca está implantando. Gisele tem uma assinatura delicada,

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“ O projeto de Gisele

enfatiza o momento da Lider, mais leve, solar e brasileira

Tiago Nogueira


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“ Produzimos o

verde de uma forma diferente, não como jardineiras, mas através de vasos, também pela facilidade de manutenção, o que era essencial

Gisele Taranto

além de ser reconhecida e respeitada nacionalmente”. O gerente Comercial do Rio, Clóvis Alvarenga, corrobora a escolha: “Precisávamos de um nome de expressão. Por sua simplicidade e forma como trabalha, Gisele é admirada por diferentes gerações, de profissionais iniciantes a colegas de renome”, salienta. O potencial do mercado do Rio de Janeiro, aliado ao competente trabalho de Clóvis, motivou a empresa a se posicionar de forma mais expressiva e investir no ponto de venda. Traduzindo a essência da marca, o projeto no CasaShopping convida o visitante à experiência sensorial da Lider, menos austera e mais calorosa, com a atmosfera de um lar. Quando visitou a flagship em São Paulo, Gisele se encantou pelas claraboias e pelos jardins que percorrem todo o interior. Esses elementos precisavam, então, ser adaptados para dentro de um shopping.

VERDE DESDE A ENTRADA Em vez de dividir o espaço com marcenaria, que já é um dos pontos fortes do mobiliário da Lider, Gisele demarcou o layout com plantas, evitando o aspecto de “supergalpão”, para humanizar a loja: “Produzimos o verde de uma forma diferente, não como jardineiras, mas através de vasos, também pela facilidade de manutenção, o que era essencial. Distribuímos esses vasos dentro da loja, inclusive em prateleiras, como um amplo jardim. Quando se tem uma área grande, muitas vezes um ambiente se sobrepõe ao outro e o visitante pode não absorver as peças isoladamente”, explica a arquiteta. Coube ao paisagista Sandro Ward definir o tipo de planta para cumprir esse importante papel no projeto. “O Clóvis e o Guilherme Leite Ribeiro (um dos diretores criativos da Lider) me deixaram bem à vontade. Escolhi a pleomele fita, disposta em cachepôs de fibra desenvolvidos pela Lider, com acabamento em casca de pinus tratado, uma referência à madeira do mobiliário”, revela. Além da pleomele, espécie resistente e de fácil cultivo, utilizada em todo o paisagismo interno criado por Sandro, um jardim vertical de aspargos foi executado por outro profissional, Guilherme Portugal.

MORADA DE LUZ O projeto luminotécnico de Widimar Ligeiro entrou para valorizar a arquitetura, ajudando a criar a sensação de se estar em casa. A partir do conceito de uma luz natural e, ao mesmo tempo, sofisticada, foram criadas falsas claraboias, feitas de telas tensionadas, com iluminação artificial por trás. “As lâmpadas têm efeito de luz do dia, sem perder o aconchego, inundando a loja como um todo e não privilegiando um ambiente específico. Também aproveitamos

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uma tonalidade pálida de cinza –, fundamental para que os produtos realmente sejam protagonistas, saltem aos olhos. Para Clóvis, as soluções do projeto, à primeira vista simples, são justamente o que mais chama a atenção. O resultado? “Uma loja solar, que respeita muito o mobiliário da Lider e sabe ‘se vestir’, permitindo que a ambientação dos móveis se sobressaia em qualquer aspecto”, resume o gerente.

o pé direito alto para gerar uma luz mais lavada, vinda de cima. Criamos ainda uma iluminação pontual e dramática, através de trilhos, mas sem interferir tanto na arquitetura, para valorizar os produtos”, descreve o lighting designer. Nas mesas dos vendedores, segundo Widimar, a intenção foi iluminar de modo a não afetar a aparência de acabamentos, cores e texturas, para que possam ser visualizados em sua forma fiel. Mais um ponto relevante: todas as lâmpadas são de baixo consumo, fácil manutenção e grande durabilidade. E como em toda a fachada da loja há forte incidência de sol, Gisele modulou a claridade com painéis em malha metálica, que se movem sobre trilhos, na parte externa, evitando o aquecimento do vidro.

Quanto à repercussão, após o evento de reinauguração do showroom, Clóvis afirma que foi superpositiva: “O profissional do Rio dá valor a essa interação, aprecia nosso trabalho e reconhece nossa parceria. Foi uma reforma muito grande, que deixou a loja leve e diferenciada dentro do shopping”. Tiago Nogueira ressalta outra questão importante: “Já percebemos que a expansão no Rio fará com que melhoremos os resultados, ampliando os negócios e ofertando novos postos de trabalho”. Sucesso garantido!

A base do projeto é bem neutra – paredes claras e um piso de material reciclado e pedras naturais, como o mármore, em

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Palco para a maestria

A NOVA COLEÇÃO DA LIDER INTERIORES, MESTRES DO BRASIL, FOI APRESENTADA COM REVERÊNCIA, DURANTE A DW! SÃO PAULO DESIGN WEEKEND, TENDO COMO BASE UMA INSTALAÇÃO ITINERANTE CRIADA PELO ESCRITÓRIO BLOCO ARQUITETOS, QUE PERCORREU MAIS SETE CIDADES ONDE A MARCA ESTÁ PRESENTE. __ Texto Sabrina Dutra Fotos Ruy Teixeira

A instalação itinerante criada pelo Bloco Arquitetos explora a ideia de fundo infinito

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deira, aço, vidro; porém, de alguma maneira, há conexão”, analisa. A tradução para a cenografia? Um tabuleiro com partes que se tocam, mas de forma sutil, representando também a conexão entre os designers contemporâneos.

ma coleção singular como a Mestres do Brasil – na qual designers foram convidados pela Lider a elaborar peças que olhassem, de forma contemporânea, para o legado de Oscar Niemeyer, Bernardo Figueiredo, Joaquim Tenreiro, Aída Boal, Sergio Rodrigues, Ernesto e Carlo Hauner, Branco & Preto, Lina Bo Bardi e Burle Marx – só poderia ganhar um lançamento à altura. De 29 de agosto a 3 de setembro de 2018, a loja da Alameda Gabriel Monteiro, em São Paulo, recebeu uma série de eventos para celebrar os móveis assinados por Nada Se Leva (também curadores do projeto), Glauciene Duarte, Lattoog, Plataforma4, Alva Design, Bruno Faucz, emDoïsdesign, Ana Vaz, Suite Arquitetos e Isabela Vecci.

Segundo Matheus, no processo colaborativo de criação, sua equipe reflete bastante sobre o projeto, antes de executá-lo: “Começamos com uma ideia abstrata e passamos para a realidade, neste caso, com o desafio de adaptar a instalação para várias lojas, já que a exposição seria itinerante”. O prático grid desenvolvido pelos arquitetos, além de acomodar uma ou várias peças, dependendo do tamanho do local que recebesse a cenografia, foi pensado como um fundo neutro, para que não se sobrepusesse ao mobiliário. Em preto e branco, ele dá a ideia de fundo infinito, em função do carpete preto, e cria profundidade com placas de MDF branco, pintadas em preto nas laterais para garantir leveza.

A escolha da flagship da Lider como palco de estreia da coleção não foi à toa. “O DW! é o principal evento de lançamentos de mobiliário do país, uma vitrine diferenciada, que atrai os maiores formadores de opinião para São Paulo. Além disso, o segundo piso da loja oferece um espaço bastante adequado à exposição”, explica Tiago Nogueira, gerente de Marketing da Lider. Para a criação da cenografia foi convocado o Bloco Arquitetos, de Brasília, escritório que por incorporar conteúdo de peso, é superafinado com a marca. Formado por Matheus Seco, Daniel Mangabeira e Henrique Coutinho, o Bloco Arquitetos projetou um grande mosaico para exibir as peças.

RECONHECIMENTO VALIOSO A recepção em São Paulo foi excelente, como conta Ana Damous, gerente Comercial Regional: “O impacto é sempre positivo. A cada lançamento que fazemos aqui, o visitante se surpreende pelos nomes que têm desenhado para a Lider e pela qualidade dos produtos. Isso pontua muito bem o posicionamento da empresa”. Para Ana, todo o cuidado na apresentação da linha, com foco na brasilidade, colabora para o encantamento: desde a curadoria dos designers, passando pela cenografia que destaca as peças (contextualizadas em espaço diferente do resto do mobiliário ambientado) ao menu inspirado na obra de Burle Marx, criado pela chef Helena Rizzo, do restaurante Maní Manioca. “A atmosfera foi toda coerente, inclusive a playlist do evento e a essência de cumaru borrifada na loja”, enfatiza Ana.

“Desde o início, nos atraiu esta ideia de buscar referências em trabalhos anteriores para homenagear mestres do design genuinamente nacional. Procuramos levar um pouco desse conceito para a cenografia. Quando entramos no projeto, a coleção já estava quase toda desenvolvida, com a análise da Ethel Leon (uma das maiores especialistas do país no assunto)”, ressalta Matheus. O Bloco Arquitetos viu na própria origem do mobiliário moderno brasileiro um cruzamento de influências, através de diferentes abordagens. “Há uma diversidade no uso de materiais, como ma-

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Paralelamente a DW!, o projeto do Bloco ganhou uma versão para a High Design – Home & Office Expo, feira de alto padrão, hoje consolidada. “Adaptamos a cenografia para o estande, triplicando sua superfície até a parede e o teto, sem deixar os móveis apinhados, mas com um respiro. Pensamos em metro cúbico ao invés de metro quadrado”, explica Matheus. Para ele, essa itinerância foi outro ponto atraente. “A arquitetura está conectada a um determinado local, a maioria das nossas obras têm relação com Brasília, com o terreno onde está inserida. Já a cenografia é temporária, não tem ligação específica com o clima, o lugar; é uma transposição interessante. Levamos a reflexão para outras regiões e trocamos ideias com arquitetos e designers locais, o que é muito gratificante”, completa.

“ O impacto é sempre

Até o final de 2018, várias lojas Lider pelo Brasil recebem a exposição. Em 2017, a marca promoveu seu lançamento anual apenas em São Paulo, mas gerentes regionais pediram que acontecesse também em suas praças. Assim, Mestres do Brasil é apresentada quase simultaneamente em mais sete cidades: nas lojas próprias de Belo Horizonte (MG), Salvador (BA), Vitória (ES), Campinas (SP), Brasília (DF) e Rio de Janeiro (RJ), na franquia de Ribeirão Preto (SP) e nas revendas de Balneário Camboriú (SC) e Campos dos Goytacazes (RJ). Os eventos são coroados por uma aula sobre história do design com a professora Ethel Leon.

pontua muito bem o

“A Ethel não foi curadora, mas seu livro ‘Design Brasileiro: Quem Fez, Quem Faz’ inspirou os diretores criativos da Lider, Guilherme Leite Ribeiro e André Bastos (do Nada Se Leva), a desenvolver uma linha de móveis – incluindo designers convidados – que remetesse aos grandes mestres. A Ethel adorou a ideia e assinou o texto que contextualiza a coleção. Pensamos que seria bacana levar esse conhecimento tanto para os vendedores quanto para decoradores e arquitetos de diversas cidades”, relata Tiago Nogueira, reforçando o propósito da Lider em agregar conteúdo aos profissionais. Outra importante parceira nesta coleção é a Quaker Decor, que há anos fornece tecidos para a Lider. Guilherme e André entenderam que a empresa dispunha de uma gama de cores e texturas que se encaixariam muito bem no mobiliário do período de ouro que inspirou a Mestres do Brasil, as décadas de 1950 e 1960. Assim, todos os tecidos são da Quaker. “Os próprios designers escolheram os tecidos. Deixamos os profissionais bem livres. Nossa parceria com a Lider é de grande sucesso. A cada ano, lançamos coleções que acabam compondo muito bem com os novos projetos da marca”, afirma Ana Paula Abdalla, gerente de Marketing da Quaker.

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positivo. A cada

lançamento que fazemos aqui, o visitante se surpreende pelos nomes que têm desenhado para a Lider e pela qualidade dos produtos. Isso posicionamento da empresa

Os esforços em torno da Mestres do Brasil já vêm colhendo frutos preciosos. Para a segunda fase da 32ª edição do Prêmio Design Museu da Casa Brasileira, o mais tradicional do segmento no país, duas peças foram selecionadas: o buffet Aero, desenhado pela Plataforma4 - que ganhou menção honrosa – e a escultura Limo, por Ana Vaz. Um reconhecimento e tanto!


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DW! e High Design

O estande da Lider na High Design – Home & Office Expo pensou em metros cúbicos ao invés de metros quadrados

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Tendências à mostra

Quem não adora visitar mostras de design e interiores, ficar por dentro das últimas novidades ou de olho naquela ideia perfeita para a sua casa? O design feito para viver da Lider marca significativa presença em grandes exibi-

__ Texto Sabrina Dutra Fotos Jomar Bragança

ções nacionais, além da própria Decora Lider, que acontece em diversas cidades do país, e também nas mostras paralelas, em Minas Gerais. A seguir, highlights de ambientes decorados nas lojas do Minascasa e da Catalão, em Belo Horizonte, e das cidades de Divinópolis e Sete Lagoas.

CONVITE A UM BOM PAPO

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sofá curvo se destaca como uma das grandes apostas do décor, imprimindo um ar de sofisticação ou mesmo um perfume retrô ao ambiente. À primeira vista, pode não parecer, mas é uma peça versátil, que favorece a circulação – sobretudo quando complementada por mesas de centro circulares ou ovais – e a integração das pessoas. No Espaço Identidade da mostra em Divinópolis, os diretores criativos da Lider, Guilherme Leite Ribeiro e André Bastos (Estúdio Nada Se Leva), elegeram o modelo Arc, em nobre tom de verde, sobre o tapete Parquet, um padrão que harmoniza muito bem com esse estilo de sofá.

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CABECEIRA EM FOCO

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m um quarto idealizado para um jovem casal, como o assinado pelo arquiteto Sandro de Bernardi para a mostra na loja do shopping Minascasa, soluções charmosas e cheias de personalidade não podem faltar. A cabeceira da cama estofada – simples, porém imponente – tem como pano de fundo um painel com revestimento que remete ao concreto, elemento

que está super em voga e faz bonito em um ambiente mais arrojado. Para quebrar a frieza dos cinzas, complementos decorativos e funcionais, como a fotografia emoldurada, as luminárias direcionadas (ótimas para aquela leitura na cama) e a palavra “imagine” em néon (uma inspiração divertida) dão o toque final.

REFÚGIO MONOCROMÁTICO

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branco total estabelece a atmosfera deste quarto de casal em Sete Lagoas, assinado por Fernanda Villefort e Ana Flávia Padovani. A monocromia colabora para a sensação de acolhimento e tranquilidade que o ambiente pede, já que o branco – bem como outros tons claros e neutros – é imediatamente associado ao relaxamento; um antiestresse poderoso. Amarelada e pontual, a iluminação também ajuda a “desacelerar” os ânimos, propiciando conforto. E a escolha de poucos elementos, como a poltrona Búzio (uma concha que abraça o usuário) e o banco Grid, ambos estofados, reforça o conceito do espaço. Um quarto primoroso para recarregar as energias!

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EQUILÍBRIO PERFEITO

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á quem torça o nariz para ambientes “mergulhados” em tons escuros, como se, invariavelmente, ficassem sombrios ou enclausurados. Em seu Flat Contemporâneo para a Mostra de Ambientes Decorados da loja Lider Catalão, a designer de interiores Izabela Sanches atesta o contrário. A área da cozinha, que costuma privilegiar a claridade da paleta, foi pincelada por nuances mais densas de cinza, inclusive na bancada e nos armários planejados. A sobriedade foi balanceada pela riqueza de texturas – como as básculas superiores espelhadas e o revestimento cimentício, que ganhou profundidade com a iluminação sobre os relevos –, além da opção por mesa, cadeiras e piso em tonalidades bem claras. PURO GEOMETRISMO

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uadrados, círculos, triângulos, retângulos... As formas geométricas saltam aos olhos neste Quarto do Adolescente, que integra a Mostra de Ambientes Decorados na loja da Catalão. Constantemente exploradas no décor, elas podem influenciar não só o estilo do ambiente, mas a percepção que se tem do espaço, já que são capazes de criar

profundidade e até ilusão de ótica. A designer de interiores Ludmila Wilson lançou mão do impacto das formas geométricas em vários pontos: desde a inusitada pintura da parede, passando pela costura do painel atrás da cama, aos complementos, como o tapete e os nichos sobre a mesa de estudo. O resultado é alegre e descolado.

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Dicas

BANHO RELUZENTE

A

área íntima da casa também merece brilhar. Se a proposta é tirar o banheiro ou lavabo do lugar comum, nada como investir em acabamentos nobres, dignos de sala de estar. O resultado pode ser supermoderno e estiloso, como neste banho pensado para a Suíte da Menina, na mostra em Divinópolis. A designer de interiores Aline Goulart revestiu a bancada em MDF com espelho bronze, sobreposta por cuba em marrom fosco, e arrematou a composição com o espelho Tri. Ponto para a sofisticação! A delicadeza da parede em porcelanato rosado faz o contraponto ideal para “adocicar” a atmosfera. QUATRO EM UM

O

Quarto do Casal com Closet, projetado pelo arquiteto Edgar Rezende para a mostra Quartos, na loja do shopping Minascasa, prova como esse ambiente pode se tornar multifuncional, sem abrir mão de elegância e aconchego. A área da cama é separada do closet por um painel vazado, elemento escultural que permite uma sutil integração. Garantindo certa privacidade, a própria cabeceira serve como painel de apoio para a mesa do pequeno home office. E mais: o sucinto espaço ao lado do closet abriga uma penteadeira espelhada. Funcionalidade máxima!

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tapetes

Aos seus pés

Apostando na colaboração com designers talentosos, a Lider investe no processo criativo de seus tapetes para criar peças com um autêntico design feito para viver __ Texto Norma Santos Fotos Jomar Bragança

Q

mercado e perpassa por setores de móveis, iluminação e arte têxtil. Nylon e pele de boi abriram os lançamentos. Com o nome Parquet, o estúdio Nada Se Leva estreou suas formas de assoalhos em mais de 30 opções de cores e combinações montadas por um conjunto de madeiras dispostas em padrões de mosaicos, sugerindo a extensão de um piso. A inovação abriu portas para outras mãos criativas, como as da mineira Alva Design e da Adolini+ Simonini, dupla ítalo-brasileiro parceira da Lider.

uem entra na Lider Interiores logo repara que tem o mundo aos seus pés. Alinhados aos novos conceitos da loja, tapetes em estilo clássico e contemporâneo, com fragmentos monocromáticos e tons contrastantes explorados nos detalhes, emolduram o mobiliário, delimitam espaços e elevam objetos coadjuvantes. Mesmo assim, não estão satisfeitos. Desejosos, querem traços pessoais e identidade própria. Tanta evidência pelo exclusivo levou a empresa a buscar o design autoral de quem desponta no

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tapetes

Página ao lado Criado pela Alva Design, o tapete Pierrot faz alusão ao palhaço da Commedia dell'Arte.

Acima, o tapete Cabochon, do estúdio Nada Se leva, se inspira em pedras preciosas polidas sem arestas, em formato circular, usadas como decorativo na coroa de alguns relógios.

De olho no design autoral cuidadosamente escolhidas pelos designers combina o azul com o terra, samambaia, cardeal e bronze, sempre mesclado aos tons neutros.

De lá para cá, o trabalho não para de se desdobrar. Em meio à produção feita com fornecedores como Maiori Casa, Salvatore Tapetes, Tapetah, Tapis, Via Star, entre outros, estão os Persas, Indianos, Turcos, as peças de teares nacionais, em nylon, couro e impressões digitais e ainda as opções dos customizados em projetos únicos. Uma mistura nitidamente bem vinda para Gabriel Grossi, gerente de tapeçaria e móveis complementares da Lider. Ele lembra que há 20 anos a empresa comercializa o produto, mas que embora fossem atentos à beleza, qualidade e boas marcas, sequer pensaram em algo mais ousado como o design autoral. “Passamos a investir em tapetes com a cara de nosso mobiliário, como as peças geométricas e modernas do estúdio Nada se Leva". Para o catálogo de 2019, Grossi revela o lançamento de três novos modelos. O primeiro em couro de boi, com desenho exclusivo feito pela marca Salvatore e outros dois em nylon. Em seguida vem o tapete Pierrot, desenhado pela Alva Design e executado para a Lider pela fornecedora Tapis. Feito em nylon e em alto relevo, com três variações de altura e irreverentes pontas laterais, a peça faz alusão ao palhaço Pierrot, personagem da Commedia dell'Arte. Sua paleta com nuances

Outro modelo lançado pela Lider é o tapete Cabochon, do estúdio Nada se Leva. Seu nome faz referência às pedras preciosas polidas sem arestas, em formato circular, usadas como decorativo na coroa de alguns relógios. Em nylon duas alturas e esculpida à mão, ela mantém o visual em duas cores, sendo uma mais clara e outra mais escura, além de outras 80 opções. Muito procurados por serem de pele, o Saara, tapete de desenho exclusivo em duas cores com curvas tipo Chevron é resultado da parceria da Lider com a Salvatore Tapetes. Também a Tapetah, conhecida pelas assinaturas de grandes nomes do design brasileiro fez parte da coleção. Entre suas peças destacam-se o Prime Design Star e o Prime Processing Map, da Adolini+Simonini, ambientados na Decora Lider de Salvador e Vitória, assim como os feito em impressão digital e os de linhas modernas. Uma abertura para um despojamento sem compromisso de rigidez que valoriza o design autoral e as colaborações.

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Inovação

Lider ganha linha de montagens de vidros Com fabricação própria do material, o cumprimento de metas de entrega e a qualidade dos produtos fabricados na empresa é cada vez maior __ Texto Norma Santos Fotos Jomar Bragança

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ão bastasse o design autoral, o acabamento primoroso e a matéria-prima de altíssima qualidade, a Lider Interiores quer ainda mais reconhecimento para sua marca. Dona de uma vasta e experiente bagagem, a empresa protagonista de uma história que concentra seu potencial de trabalho e sua força criativa numa área de 100 mil m2, em Carmo do Cajuru, Centro-Oeste de Minas Gerais, onde transforma madeiras, fibras e tecidos em verdadeiras artes. Por trás deste esmero, um parque industrial ocupado por uma marcenaria de vanguarda divide espaço com um novo aliado. As chapas, até então fornecidas por parceiros da empresa, são as mais modernas linha de montagem de vidros usadas para combinação do mobiliário, das peças nobres, dos acabamentos em laca e dos tampos transparentes e tonalizados. Com isso, moveleiros e vidraceiros desempenham juntos suas tarefas sem depender de terceiros, cumprindo metas de entrega e qualificando produtos que surpreendem ao primeiro olhar.

Com os tampos sendo produzidos na própria fábrica, a pontualidade na entrega é 100% garantida.

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A atitude da Lider em promover inovações constantes, tanto em produtos quanto em equipamentos, é ponto de honra. Isso explica porque desde o ano passado a empresa vem pesquisando a aquisição de máquinas, compradas em maio deste ano. Hales Fonseca, gerente industrial, lembra que desde a inauguração da loja,


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Inovação

Além da fabricação própria de vidros para a porta de estantes, por exemplo, há também a possibilidade de pintá-los com uma das 180 cores disponíveis.

ção diária nas oficinas é de 22 unidades de portas (armário, cozinha e modulado; 24 unidades de vidros avulsos (frentes de gavetas espelhos e outros); 20 unidades de tampos de mesa. Todo o serviço de espelhos e vidros é feito por mão de obra especializada. Alguns funcionários foram treinados para a operação de equipamentos e outras pessoas com experiência em vidraçaria foram contratadas. As chapas compradas são de 3200mmX2400mm e 3200mmX2240mm. No galpão onde divide o espaço com a marcenaria, estão a ponte rolante para carga e descarga de vidros; mesa automática para cortes, lapidadoras, lavadora de vidros e cabine de pinturas. Os equipamentos podem cortar e lapidar espessuras variantes de 3mm a 30mm em vidros retangulares, circulares, elípticos ou de forma específica do móvel. A Lider trabalha com vidros de 4mm, 6mm, 8mm e 10mm. As outras espessuras, por serem em pequena escalas de consumo, ainda são terceirizadas, embora o galpão tenha espaço e máquinas de cortes e lapidação com capacidade para dobrar a produção diária. "Nossa ideia é aumentar os turnos e criar revezamentos de horários na equipe", declara Fonseca.

nos anos 50, em Mateus Leme, os vidros compunham os móveis. Ele ressalta que vez ou outra alguns cortes eram feitos internamente, porém sem acabamento e sem lapidadoras, o que representava um percentual abaixo do esperado pela empresa. “Era possível trabalhar nos espelhos e vidros de 4mm translúcidos enquanto que os tampos de mesa em maiores espessuras iam para as vidraçarias”. Estes contratempos, como relata o gerente, quase sempre traziam transtornos em função do atraso dos fornecedores, o que impedia o cumprimento das suas metas de entrega. Além disso, as poucas opções de cores era outra queixa do cliente, o quê, aliás, foi solucionado com a nova cartela de 180 tons disponíveis para pintar os vidros. especializaÇÃO e pontualidade Com a chegada das chapas é possível acertar os contratempos, como já comemora o gerente. “Hoje 100 % do que é beneficiado na Lider está com 100 % de entrega em dia" De acordo com seus dados, a média de produ-

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Iniciativas

Foco e crescimento

Com participações em mostras como Modernos Eternos e Campinas Décor, além do investimento na produção de complementos e no desenvolvimento tecnológico de seus colchões, a Lider expande cada vez mais suas ações nesse ano de 2018. __ Texto Ana Helena Miranda Fotos Gustavo Xavier, Jomar Bragança e Divulgação

Modernos Eternos BH

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terceira edição da mostra, conhecida pelo interessante mix entre o design do passado e do presente, aconteceu no Clube dos Caçadores, no bairro Mangabeiras. Comandada em Belo Horizonte por Josette Davis, a Modernos Eternos teve vários ambientes com móveis Lider. Márcia Carvalhaes, Lena Pinheiro, Aline Castello Branco e Mariana Jardim foram algumas das profissionais que escolheram a Lider para fazer parte do seu ambiente.

As poltronas Ana Petit da Alva Design foram a escolha da arquiteta Lena Pinheiro.

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Iniciativas

produtos feitos à mão

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e olho em um autêntico design feito para viver, o Ateliê Lider produz cada vez mais peças como mantas, roletes, capas para almofadas, colchas e cobertas, a maioria delas feitas à mão. Artesãs de Carmo do Cajuru, onde a fábrica está localizada, produzem peças que primam pela qualidade dos tecidos e pelo fino acabamento. Além da pronta-entrega, o ateliê também trabalha com produtos feitos sob medida, criando verdadeiras joias para a sua casa. O Ateliê Lider é conhecido pelo seu trabalho artesanal

Lider Colchões no app

Q

uer saber qual o colchão ideal para o seu biotipo? Baixe o aplicativo Lider Colchões, responda às perguntas que servirão como guia para a identificação do melhor modelo para você e tenha também acesso a todos os colchões com fotos em 3D, que mostram, inclusive, o interior do produto, além de todas as especificações técnicas de cada peça. Mais uma inovação Lider à sua disposição.

Trio inova na Campinas Décor

C

om sistema construtivo inovador - o chamado steel frame - mais sustentável e prático, Gustavo Pigatto, Daniele Antunes e Eduardo Costa criaram o Café da mostra Campinas Décor 2018. O estilo clean se adaptou bem aos móveis Lider, como as mesas laterais Havana e Pallina e o sofá Fofo, algumas das escolhas do trio.

O Café da Campinas Décor 2018 recebeu móveis Lider em seu espaço

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Viagem

Sob um novo ponto de vista Quem visita a Flórida deve ficar de olho em um patrimônio arquitetônico que reúne nomes como Frank Lloyd Wright, Zaha Hadid, Herzog & de Meuron e Foster + Partners, além de descobrir novos talentos da arquitetura mundial __ Texto Ana Helena Miranda Fotos Divulgação

F

amosa por ser a terra do Walt Disney World, a Flórida é sinônimo de sol e clima tropical. Possui uma grande comunidade latina e também é um local perfeito para relaxar e morar. Mas antes de agendar suas férias, saiba que o Estado americano vai muito além do entretenimento. Berço de construções arquitetônicas faraônicas – os projetos de Zaha

Hadid que o digam – a Flórida também surpreende com cidades como Lakeland, que abriga obras do inesquecível Frank Lloyd Wright. Para te ajudar a enxergar o local sob um novo ponto de vista, fizemos um roteiro arquitetônico com o melhor da Flórida para você curtir suas férias com muito conteúdo. Boa viagem!

As “garras” arquitetônicas de Calatrava estão presentes no edifício do Campus de Ciência, Inovação e Tecnologia da Universidade Politécnica da Flórida

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Viagem

Lakeland Localizada no Condado de Polk, Lakeland é conhecida como a cidade dos Cisnes. Além de paisagens bucólicas, ela possui um grande tesouro arquitetônico. Na universidade Florida Southern está o maior acervo do mundo do arquiteto Frank Lloyd Wright. Famoso por frases de impacto, como “não há nada mais incomum do que o bom senso” e “a única coisa errada com a arquitetura são os arquitetos”, Lloyd trabalhou entre 1941 e 1968 no conjunto arquitetônico da universidade. A primeira cons-

trução a ficar pronta foi a capela Anne Pfeiffer, seguida do edifício Seminário até chegar ao Polk Science. No local, também batizado de “Filho do Sol”, há um museu com objetos, projetos e outros materiais relativos à vida e obras do arquiteto. Bem próximo a Florida Southern também é possível encontrar outra obra marcante da arquitetura mundial. A Universidade Politécnica da Flórida possui projeto de Santiago Calatrava, arquiteto espanhol que imprime a sua marca registrada no edifício.

A capela Anne Pfeiffer foi a primeira obra do complexo educativo da universidade Florida Southern assinado pelo arquiteto Frank Lloyd Wright na Flórida.

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Viagem

miami

Miami A cidade é o hotspot da arquitetura de vanguarda americana. Na cidade estão as criações de nome famosos da arquitetura mundial, como Zaha Hadid, Herzog & de Meuron e Foster + Partners. O design também é ponto forte de Miami, de preferência bem acompanhado de uma boa arquitetura. É assim a cobertura da marca automotiva Aston Martin. No valor de US$ 50 milhões, ela possui mais de I.770 m2 e ainda vem com o veículo Vulcan de presente. O chamado “efeito dominó” da construção civil, com um edifício tentando superar o outro em termos de luxo e design é marca registrada da cidade. Por isso, cada vez mais ela se torna polo de uma arquitetura por muitas vezes definida como faraônica. Outro edifício cuja finalização é muito esperada é o Eighty Seven Park, primeira obra residencial do arquiteto Renzo Piano nos Estados Unidos. Localizado na badalada Collins Avenue, ele possui 70 apartamentos com vista para o Atlântico. É também nessa avenida que morou Zaha Hadid, até falecer de um ataque cardíaco em março de 2016. Fotos do interior do seu apartamento foram divulgadas assim que o imóvel foi posto à venda. Outro projeto também muito esperado é o Miami Produce Center, de autoria do escritório de arquitetura BIG. Com estruturas suspensas, o complexo prevê a construção de residências, escritórios, escolas e uma fazenda urbana.

Primeiro projeto residencial de Renzo Piano nos EUA, o Eighty Seven Park está instalado na Collins Avenue

Fotos da residência de Zaha Hadid em Miami foram reveladas assim que o local foi posto à venda em 2017

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Viagem

Projeto inovador, o Miami Producer Center prevê até uma fazenda urbana.

Saint Saint Petersburg Petersburg A cidade abriga o museu Salvador Dali, atração com três estrelas no guia Michelin. A coleção de Reynolds e Eleanor Morse está instalada por toda a construção projetada pelo arqtuteto Yann Weymouth, do escritório HOK. Um cubo de vidro chamado Enigma chama atenção no edifício, inspirado na cultura espanhola e norte africana.

O Museu Salvador Dali abriga toda a coleção de propriedade de Reynolds e Eleanor Morse

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Cultura

Filmes

“ A única forma de me livrar de meus medos é fazer filmes sobre eles ” A. Hitchcock

__ Texto Ana Helena Miranda Fotos Jomar Bragança e Divulgação

Home Theater da MM8 Arquitetura e Interiores para Decora Lider Salvador 2018.

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Cultura

T

Green Book

Suprema

Bem-vindo à Marwen

Estreia prevista para 3 de janeiro de 2019

Estreia prevista para 3 de janeiro de 2019

Estreia prevista para 14 de março de 2019

ony Lip é um dos maiores fanfarrões de Nova York e vê sua vida desmoronar após o fechamento de sua discoteca Copacabana. O filme aborda a amizade criada entre ele e o pianista Don Shirley, para quem começa a trabalhar como motorista. Além de tocar nas questões interraciais, o filme também faz um belo retrato das relações humanas.

O

empoderamento feminino entra em cena nesse filme que conta a história de Ruth Bader Ginsburg, a segunda juíza mulher da Suprema Corte americana. Grande ativista da igualdade de gêneros e dos direitos civis, foi ela quem decidiu que o estado da Virgínia, nos Estados Unidos, não poderia mais recusar a admissão de mulheres em sua base militar.

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R

obert Zemeckis, famoso pela direção do filme Forest Gump, mais uma vez promete mostrar uma história de superação nesse filme, que tem Steve Carell como protagonista. Ele é Mark Hogancamp, homem que perde a memória depois de ser agredido em um bar. Para recuperá-la, resolve criar uma maquete com bonecos representando a família e os amigos.


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Cultura

livros A palavra é meu domínio “ sobre o mundo ”

Clarice Lispector

__ Texto Ana Helena Miranda Fotos Jomar Bragança e Divulgação Viva o fim

André Carvalhal Companhia das Letras

S

Living Gourmet de Junior Torezani e Victor Sarcinelli para Decora Lider Vitória 2018.

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ofrendo pelo excesso – seja ele de poluição, informação ou trabalho – nos esquecemos de perceber o que podemos aprender com isso. O publicitário, conhecido por seu trabalho desenvolvido no marketing da marca de moda Farm, mapeia os novos movimentos das diversas áreas humanas e como eles podem nos ajudar a criar um caminho mais sustentável e solidário.


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Cultura

C

a idade do serrote

A memória do mar

A Monja e o professor

Murilo Mendes Companhia das Letras

Khaled Hosseini Globo Livros

Monja Coen e Clóvis de Barros Filho Best Seller

om narração que não deixa de ser autobiográfica, o poeta Murilo Mendes reelabora suas memórias nesse livro originalmente lançado em 1968. A vida em Juiz de Fora, a paixão pela poesia e o desejo de “ir do Brasil à China a cavalo” são alguns dos relatos feitos pelo escritor. O livro ainda inclui posfácios de Carlos Drummond de Andrade, Paulo Rónai e Reinaldo Moraes.

O

autor do aclamado “O caçador de pipas” aborda mais uma vez a questão dos refugiados, nessa história sobre um pai que conta ao filho sírio como era sua vida e seu país antes da guerra. O livro é inspirado em Alan Kurdi, o refugiado de três anos de idade que se afogou no mar Mediterrâneo enquanto tentava chegar à Europa.

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D

ois pensadores brasileiros, a budista Monja Coen e o advogado, jornalista e professor Clóvis de Barros Filho dialogam nesse livro, levantando questões como ética e felicidade, a necessidade de um propósito e a importância de ser feliz no presente, a partir da capacidade de se adequar à realidade, não se limitar a crenças e sempre estar disposto a mudar.


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Cultura

Gastronomia

Você aprende

muito sobre uma pessoa quando divide uma refeição com ela

Anthony Bourdain

__ Texto Ana Helena Miranda Fotos Jomar Bragança e Divulgação

Reinado francês

A

culinária francesa, que vinha perdendo espaço para chefs espanhóis com um ar avant-garde, mostra que não perdeu a majestade. Isso porque o restaurante Mirazur, em Menton, na França, próximo da cidade de Nice e na fronteira com a Itália, conquistou o terceiro lugar na premiação The World’s 50 Best Restaurants, que acontece anualmente e serve de referência para quem trabalha ou simplesmente aprecia a alta gastronomia. Além da localização idílica, com vista para o mar mediterrâneo, o Mirazur chama atenção pelos pratos que celebram o lifestyle da Côte D’A zur, com ingredientes franceses e italianos. mirazur.fr

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Charme londrino

C

om decoração assinada por ninguém menos do que Tom Dixon, o bar Dandelyan, localizado em Southbank, Londres, é o hotspot da capital inglesa. A visita vale não só pela glamour e pela badalação, mas também pelo décor, que mistura o vintage e contemporâneo. No menu, drinks inspirados na “vida moderna das plantas”, e também um espaço para o tradicional chá das cinco. Tudo com um toque supermoderno, claro. dandelyanbar.com

Confidências do chef Anthony Bourdain

O

nômico, com dicas preciosas. Segundo Bourdain, chefs não apreciam muito quando você pede um prato com frango em um restaurante. Acham falta de criatividade. Anthony também aconselha a não frequentar as casas nas segunda-feiras, pois, segundo ele, você corre o risco de comer as sobras do fim de semana. Essas e outras questões levantadas por ele são distribuídas em capítulos que também contam a sua trajetória na gastronomia. Leitura imperdível para os amantes de uma boa culinária.

chef conhecido por viajar o mundo em busca de novos sabores nos deixou no dia 8 de junho desse ano, mas seu legado permanece por meio do livro “Cozinha Confidencial”, da editora Companhia da Mesa. Irreverente como Bourdain, a publicação é dividida em partes como Entrada, Primeiro Prato, Segundo Prato e Sobremesa, além do tradicional Café e um Cigarro. Mas se engana quem acha que encontrará um compilado de receitas e ingredientes que o chef encontrou em suas andanças. O livro é muito mais um relato e crítica do universo gastro-

companhiadasletras.com.br

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social

Lançamento Decora Lider BH

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01 João Flávio, Tiago, Augusta, José Flávio e Célia Nogueira 02 Ângela Saraiva, Leonardo Fernandes e Mariana Sobreira 03 André, Débora e Aurélio Nogueira 04 Lucas Durães, Rafael Yanni e Isabela Vecci 05 Camila Ferreira, Júnior Piacesi, Aline Castro e Camila Medrado 06 Raquel e Laura Brum 07 Fernanda Villefort 08 Ana Lívia Werdine 09 Natália Dornellas e Thiago Romano

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SOCIAL

Lançamento Decora Lider Salvador

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01 Augusta Andrade, Luciana Bittencourt, Júlio Silveira e Marcos Flávio Nogueira 02 Vitor Dauster e Luciana Dauster 03 Klênia Cunha, Thiago Manarelli e Ana Paula Guimarães 04 Mila Caramelo, Antônio Caramelo e Mila Saraiva 05 Michele Luedy, Marcos Rolim e Maly Requião 06 Rafael Souza e Lorena Landim 07 Matheus Brazileiro e Bianca Moreno 08 Paula Almeida e Mirella Oliveira 09 Vanja Maia 10 Rodrigo Rodrigues e Marcelo Borges

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social

Lançamento Mestres do Brasil na DW

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01 Tiago Nogueira e Andrezza Alencar 02 Carolina Mauro 03 Cybele Barbosa, Mariana Sobreira e Sergio Zobaran 04 Vicente Parmigiani, Ana Lúcia Siciliano, Tiago Nogueira e Leonardo Junqueira 05 Andrea Bugarib e Bettina Barcellos 06 Renata e Patrícia Gaia 07 Olívia Messa e Kuciana Penna

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SOCIAL

Lançamento Mestres do Brasil na DW

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08 Fernando Forte 09 Vivi Cirello 10 Renata Costa e Lívia Dalmaso 11 Fernando Piva 12 Laura Rocha 13 Ana Paula Veirano 14 Fernanda ABS e Fred Benedetti 15 Maria Fernanda Piti 16 Monica Barbosa e Gustavo Jansen

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social

Lançamento Decora Lider Vitória

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01 Junior Torezani, Augusta Nogueira, Victor Sarcinelli e Júlio César Silveira 02 Júlio César Silveira, Rita Tristão, Celia Nogueira e Marcos Flávio Nogueira 03 Dulce Lage, Sergio Palmeira e Magda Nogueira 04 Carol Daros e Graziela Dadalto 05 Guilherme Ribeiro e Solana Marianelli 06 Marcela Grasselli e Cássio Fontoura 07 Sergio e Patrícia Palmeira 08 Thais Fiorete, Thaise Arpini e Daniela Bressan 09 Equipe Lider Interiores Vitória

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SOCIAL

Lançamento Mestres do Brasil Ribeirão Preto

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01 Thiago Ribeiro,Celia Nogueira, Jussara Ribeiro, Amelia Tarozzo, Glauciene Duarte, Ethel Leon, Flavia Oliveira, Augusta Nogueira, Kleison Ribeiro e Filipe Troncon 02 Cris Bovi, Carlos Bocchi Neto, Renata Buischi , Vinicius de Mello Fonseca e Jaqueline Abreu 03 Glauciene Duarte 04 Amelia Tarozzo 05 Filipe Troncon 06 Ethel Leon 07 Renata Pedreschi, Antonio Bettarello, Matheus Passaglia, Sarita Àvila, Luciano Esteves e Andrea Nogueira 08 Mariana Ciciarelli, Fabricio Frezza, Mariana Orsi, Jaqueline Abreu e Juliana Chodraui

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social

Lanรงamento Mestres do Brasil Sรฃo Paulo

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01 Ricardo Gaioso e Andre Bastos 02 Camila Dall_oca, Victoria Chaves e Raissa Furlan 03 Consuelo Jorge, Camila Fix e Flavia Pagotti Silva 04 Daniele Okuhara, Paola Serra ,Livia Dalmaso e Gabriela Terni 05 Evaristo Rodrigues e Andrea Lagrota 06 Iza Araujo e Kika Tiengo 07 Iza Araujo, Ana Paula Briza e Ricardo Pessuto

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contatos

Lojas

SP

São Paulo

Al. Gabriel Monteiro da Silva

11 2368 73 71

Lar Center

11 2221 40 75

Pinheiros (Outlet)

11 3081 63 81

Campinas

19 3254 29 38

Ribeirão Preto

16 3442 90 02

RJ

Rio de Janeiro

CasaShopping 21 2499 75 37 MG

Belo Horizonte

Ponteio 31 3286 45 77 Sion 31 3261 38 28

Minascasa

31 3426 34 42

Catalão 31 3462 07 06

Silviano Brandão / Outlet

31 3481 49 09

Mateus Leme / Outlet

31 3535 17 98

Sete Lagoas

31 3776 53 53

Divinópolis

37 3221 94 66

Itaúna 37 3242 26 75

Juiz de Fora

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Brasí lia

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CasaPark 61 3361 95 30

Shopping ID

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Salvador 71 3272-02 10

ES

Vitória 27 3345 26 94

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Campina Grande 83 3065 20 20

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parceiros

Patrocínio nacional

apoio nacional

apoio REGIONAL

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I N I M A G I N Á V E L

apoio local

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parceiros

CASA COR SP

Suite Arquitetos, Triart Arquitetura, Júlio César Dantès

CASA COR RJ

Gisele Taranto, Chico Viana, Jacira Pinheiro, Roberta Nicolau, Studio Ro+Ca

CASA COR PB

Bethania Tejo

CASA COR MG

Ana Bahia, Eduarda Corrêa, Situar Projetos, Fabíola Constantino, Janaína Naves, Luis Fábio Rezende de Araújo, Luis Gustavo Vieira e João Lucas Pontes, Pedro Félix, Play Arquitetura, Renata Rocha, José Ricardo Fois e Rafael Yanni, Rodrigo Aguiar, Roziane Faleiro

CASA COR ES

Cristiane Locatelli, Larissa Cabral, Sergio Palmeira, Leticia Costa, Vanessa Xavier e Carol Ferrari, Igor Gonçalves e Gil Nunes, Amanda Lira, Leticia Gilbert e Natusa Croce, Eliane Fernandes e Solange Sisquini

CASA COR DF

Elder Galvão, Gui Rodrigues, Miguel Gustavo, Priscila Geradi e Luma Moroshima, Quadra 15, Studio Gontijo Arquitetura

CASA COR BA

Marcelo Rocha e Rodrigo Rodrigues, Marcus Lima e Luiz Claudio Motta, Dinah Lins, Augusto Sena

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LIDER INTERIORES

clássico

livre, leve e solta __ Texto Ana Helena Miranda Foto Jomar Bragança

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om linhas que remetem ao histórico design escandinavo, a cadeira Dittta assinada pelo estúdio Nada Se Leva é uma peça delicada, onde a riqueza dos detalhes e a sinuosidade de suas linhas são responsáveis por levar o design a um novo patamar. Seu processo de fabricação também inova ao usar a máquina de CNC de cinco braços, capaz de usinar tais formas. Outro ponto que faz da cadeira Ditta um

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sucesso é a sua versatilidade. Pode ser usada na sala de estar – há também a sua versão poltrona – ou na mesa da sala de jantar. Quem gosta de ousar pode revesti-la com diferentes tecidos: couro e algodão costumam fazer uma parceria de sucesso. Já os mais minimalistas podem optar pelo modelo sem estofado e investir na tonalidade da madeira que mais combina com seu espaço. Liberdade total.


Decore. Mude. Brinque. Ouse. Mude de novo. Essa ĂŠ a ordem. Essa ĂŠ a tendĂŞncia do novo. Do moderno. E a linha de tapetes Salvatore sabe muito bem como deixar a sua casa mais bonita e elegante.

@salvatoredecor


COZINHAS LIDER. P L A N E JA DAS PA R A VO C Ê

DESIGN FEITO PARA VIVER SP | RJ | PB | MG | ES | DF | BA Revendas em todo o Brasil

liderinteriores.com.br


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