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O QUE FAZER EM CASO DE...
from LIFESAVING 28
by LIFESAVING
Terramoto
Na presente edição da LIFESAVING iremos abordar como deverá agir em caso de terramoto, focando as ações a ter durante e após o terramoto. Um terramoto é um acontecimento assustador que pode levar ao pânico, principalmente se for experienciado pela primeira vez. Neste sentido é essencial manter a calma e executar gestos simples que podem fazer a diferença. Assegure as condições de segurança, vá para um local seguro. Ajoelhe-se e proteja a cabeça com os braços.
Lembre-se: BAIXAR > PROTEGER > AGUARDAR.
DURANTE O TERRAMOTO
BAIXAR > PROTEGER > AGUARDAR
DENTRO DE UM EDIFÍCIO OU EM CASA
VÁ para um LOCAL SEGURO como:
• Vãos da porta (de preferência em paredes mestras);
• Debaixo de uma mesa ou cama;
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• Cantos de uma sala
Ajoelhe-se e proteja a cabeça com os braços
BAIXAR > PROTEGER > AGUARDAR
Fora De Casa
> Vá para um local “aberto”;
> Afaste-se dos edifícios, postes de eletricidade, antenas, muros, árvores, etc.;
BAIXAR > PROTEGER > AGUARDAR
SE estiver na PRAIA ou perto do MAR procure um local mais elevado, pois pode suceder um Tsunami;
CUIDADO! Locais a evitar
ASSEGURAR CONDIÇÕES DE SEGURANÇA
DEPOIS DO TERRAMOTO
MANTENHA A CALMA! ESTEJA ALERTA!
Pode haver réplicas do terramoto!
SE estiver a conduzir permaneça dentro do carro, não fuja e pare o carro longe de edifícios, postes, muros, árvores, etc.
NÃO “FUJA de CARRO” pois pode ficar bloqueado, obstruindo o trânsito e condicionando a circulação dos meios de socorro e salvamento.
• CASA ou em Edifícios: Elevadores, estar junto de prateleiras, janelas, varandas, debaixo de candeeiros ou chaminés...
• Fora de Casa: edifícios, estações, postes de eletricidade e de iluminação, antenas, muros, árvores, etc.
BIBLIOGRAFIA
1. https://https://www.aterratreme.pt/
![](https://assets.isu.pub/document-structure/230523230832-4e5d1b4ce9745384ddc7fa4eb248960f/v1/7e6753b0cc426a6bd7372c7e3992141a.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
2. https://www.cruzvermelha.pt/images/pdf/ folhetosismos2016.pdf
3. https://www.cdc.gov/disasters/earthquakes/ during.html
4. https://www.getprepared.gc.ca/cnt/rsrcs/pblctns/ rthqks-wtd/index-en.aspx
5. https://www.redcross.org/get-help/how-toprepare-for-emergencies/types-of-emergencies/ earthquake.html
6. Programa de edição de fotos: Painnt®
CUIDADO!
• Não utilize o elevador, utilize antes as escadas de forma ordeira e encostado à parede;
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• Não corra para as saídas;
• NUNCA acenda fósforos, nem isqueiros ou ligue interruptores da eletricidade devido ao RISCO de FUGA de GÁS;
• Cuidado com os vidros partidos e cabos da eletricidade;
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• Solte os animais;
• Se está na rua não regresse a casa até autorização das autoridades competentes;
• Em caso de feridos graves ou incêndios assegure primeiro as condições de segurança antes de Ligar 112.
EDITOR
Mais, poderíamos parafrasear Freud1 e dizer mesmo o óbvio: que a morte é natural, inegável e inevitável. Algo de que não nos restam quaisquer dúvidas. À partida…
No entanto, constatamos hoje, que a morte é quase um conceito abstrato que temos dificuldade em elaborar, porque a sentimos cada vez mais distante – vivemos vidas mais longas, a morte é cada vez mais vivida em silêncio e o mais “invisível” possível. O fim da vida deixou de acontecer no seio da família. Tempos houve, que os mortos se velavam em casa, no seu próprio quarto, e a família era acompanhada no seu espaço por outros familiares, pelos vizinhos, conhecidos. O sofrimento da perda era vivido publicamente, partilhado pelas diferentes gerações, desde as crianças até aos mais idosos.
Aprendia-se a conviver com a morte. Essa aprendizagem perdeu-se. Mas esta dificuldade em falar abertamente sobre o fim da vida é completamente transversal, os próprios profissionais de saúde, aqueles que na grande maioria das vezes acompanham os indivíduos neste processo final, também têm dificuldade em gerir este momento. Provavelmente a limitação para abordar esta temática tem o seu início na formação destas profissões, constatando-se que a ênfase continua a ser preferencialmente colocada na manutenção da vida (muitas vezes a qualquer custo) sem se preparar o profissional para o acompanhamento da pessoa no processo de morrer. Mas acompanhar significa aceitar o fim. O fim daquela vida e claro, aceitar e imaginar o nosso próprio fim. A este propósito dizia também Freud 1 que parece ser-nos impossível imaginar a própria morte e quando o tentamos, percebemos que continuamos presentes, como espectadores. Esta dificuldade poderá residir no desafio de atribuir um sentido à morte, dar-lhe um significado, todas as culturas o tentaram fazer ao longo da história 2 Mas como dar um significado à morte numa sociedade profundamente hedonista? Como atribuir um significado ao fim? De facto, como refere Ana Cláudia
Quintana Arantes 3 , muitas vezes a morte “tira-nos as palavras”, e acrescenta que, há tempos na nossa vida onde as palavras não chegam e que o tempo de morrer é um desses momentos, parecendo ser que a melhor expressão de vivenciar a morte será o indizível. Podemos concordar que muitas vezes o não saber o que fazer ou dizer, o medo desse momento final, nos prende num silêncio de onde não conseguimos emergir. É também verdade que o silêncio pode ter outro significado: o silêncio empático também acompanha. No entanto, é urgente desvelar a morte para que possa ser vivida e para isso temos de a normalizar, falar sobre ela, quebrar a conspiração de silêncio que habitualmente a envolve. Precisamos de aprender a falar sobre o fim da vida.
Quando vivemos de forma próxima o processo final, na primeira ou segunda pessoa, o desafio será conseguir construir momentos de encontro, ainda que seja uma despedida. O repto será encontrar o espaço para encerrar um ciclo de vida, um espaço de gratidão, de perdão, de reconciliação com o passado, de dizer o que não foi dito, de celebrar uma vida, as memórias, as aprendizagens, o legado que será deixado. Para conseguir construir estes momentos é fundamental saber o que vai acontecer, o que esperar em cada fase do processo e para que isso seja possível, o direito à informação é inalienável.
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Neste contexto, o profissional de saúde, em cenário institucional ou domiciliário, é pedra basilar. É ponte. É seu dever e sua responsabilidade criar os espaços para que estes encontros sejam possíveis. Cabe-lhe gerar todas as oportunidades para informar a pessoa em fim de vida e pessoas significativas e apoiar suas decisões – e que privilégio é estar perante o outro num momento tão importante da sua vida! Espera-se que o profissional seja capaz de reconhecer a diversidade de biografias e de formas de viver o processo final e que permita, sempre, que o ciclo da vida se encerre de forma digna e acompanhada. O caminho pode começar, como nos sugere Miguel Julião 4 , por formular a pergunta da dignidade: “o que preciso de saber sobre si, enquanto pessoa, para lhe poder dar o melhor cuidado possível?”
Bibliografia
1. Freud, S 1957, Thoughts for the times of war and death. In J. Strachey (Trans. & Ed.), Standard Edition of the complete psychological works of Sigmund Freud (Vol. XIV). London, The Hogarth Press, pp. 275-301.
2. Millás, J, J, & Arsuaga, J, L 2022, La muerte contada por un sapiens a un neandertal, Alfaguara, Madrid
3. Arantes, A, C, Q, 2021, A morte é um dia que vale a pena viver, Oficina do livro, Alfragide
4. Julião, M, Courelas, C., Costa, M. J., Correia Santos, N., Fareleira, F., Antunes, B., Magalhães, S., Faria De Sousa, P., & Chochinov, H. M, 2018, `The Portuguese versions of the This Is ME Questionnaire and the Patient Dignity Question: tools for understanding and supporting personhood in clinical care` Annals of Palliative Medicine, 7(S3), S187–S195. https://doi. org/10.21037/apm.2018.04.04
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Tert Lia Vmerista
"Sem dúvida que uma equipa Multidisciplinar no pré-hospitalar, é uma mais valia para o socorro às vítimas. No meu caso específico que sou da área Pediátrica e Neonatal e que trabalho apenas com médicos da área dos adultos, estamos sempre em equipa multidisciplinar. Isto transmite habitualmente uma segurança acrescida durante o turno. Aprendemos mutuamente e crescemos enquanto profissionais do pré-hospitalar. Pessoalmente gosto muito de trabalhar com médicos das diferentes áreas e analisar e discutir os protocolos em vigor e a atuação em situações semelhantes."
Pedro Rodrigues Silva
“Se a importância da equipa multidisciplinar e a interdisciplinaridade na saúde é determinante em qualquer contexto de cuidados de saúde com benefício para os que precisam de cuidados, no contexto extra hospitalar
NOTA DO EDITOR ainda se exacerba mais, uma vez que os recursos humanos são muito menos disponíveis. Neste contexto encaro a multidisciplinaridade para além do médico e enfermeiro que constituem a equipa de cuidados de saúde diferenciados e englobo todos os restantes atores no teatro de operações que é a atividade extra hospitalar e que a torna tão diversa e desafiante”
As respostas obtidas à questão colocada na Tertúlia VMERista são da exclusiva responsabilidade dos intervenientes no "inquérito", e que são opiniões estritamente pessoais, das quais a LIFESAVING necessariamente se demarca...
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Catarina Tavares
“O trabalho em equipa é fundamental, sobretudo em ambiente “hostil” como é o caso do enquantopré-hospitalar, ambiente que não nos é habitual e sem todos os recursos necessários!”
Ana Isabel Agostinho
“Tão Importantes e Grandiosos os conhecimentos de todos, todos com o mesmo foco e objetivo, Salvar Vidas "
Sílvia Labiza
Editor
Tesourinho Vmerista
Chega a uma altura em que todos nos abrimos para o amor, podendo a sua procura ser facilitada por várias APPs para o efeito. A VMER de Faro não é imune nem ao amor nem ao uso dessa tecnologia.
Era uma bela manhã de primavera quando seriamos ativados para jovem adulta, na casa dos 50, com dor torácica com sensação de dispneia, após a sua chegada ao aeroporto de Faro.
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No local, a jovem revelou que veio a Portugal ao encontro de um parceiro com quem fez match e após a sua chegada, não o conseguindo contactar, iniciou a sintomatologia descrita anteriormente.
À avaliação, doente hemodinamicamente estável, sem alterações no ECG, mas sem sinal do seu amado, a sintomatologia continuava. Sendo assim, restou apenas uma solução à equipa de emergência, ajudar na procura do “TINDER perdido”.
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A procura terminou com a realização de troca de números de contacto nacionais vs estrangeiros, uma mera questão de indicativos e assim, o cavaleiro andante foi contactado sobre o seu par, em estado de ansiedade.
Um final feliz, assim desejamos, ao feliz casal, e quanto à VMER, vamos continuando a selecionar direita em todas ocorrências ☺