FOLDER - Exposição AG2M

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RENASCIMENTO ITALIANO

MASP - MUSEU DE ARTE DE SÃO PAULO UFFIZI MUSEU FIRENZE

Sobre a exposição: MASP

Na exposição “Renascimento Italiano”, o MASP exibe 12 obras de pintores renascentistas italianos que marcaram o movimento artístico durante o século XIV ao XVI, período de transição entre a idade média e a idade moderna.

A Renascença italiana foi um período de mudanças culturais, com grandes realizações artísticas e arquitetônicas na Europa. A inauguração da mostra reforça a valorização de técnicas clássicas do renascimento que possibilitaram novos avanços na arte global ao longo dos séculos.

SERVIÇO

Exposição "Renascimento italiano"

De 01/10 à 01/12

MASP - Museu de Arte de São Paulo

TRECENTO (pré-renascença) 1300d.C -1400d.C

Madonna Rucella é uma grande obra do Trecento, período também conhecido como pré renascença, e foi produzida por Duccio di Buoninsegna, provavelmente o mais influente artista de Siena no seu tempo, ressaltando sua relevância e importância, começando a aparecer características do futuro renascimento Nela, é possível perceber inúmeras características do movimento, como a cor chapada, uso de auréolas e do dourado. Apesar disso, ela foi pintada com têmpera de ovo sobre um painel de madeira, e não a óleo sobre tela, que foi o mais comum nesse movimento artístico

Ademais, nesse período de transição começa se a aparecer volumetria e sobreposição nas obras, mesmo que de forma sútil e ainda não tão realista. Ao observar o trono em que Maria está sentada isso fica mais perceptível, dando a impressão de profundidade que antes ainda não existia. Isso é quebrado ao observar os anjos, que não mantém a terceira dimensão dada pelo trono, o que mostra que isso ainda era algo que estava sendo desenvolvido e estudado

Quanto à própria Maria, está vestindo o manto azul, muito comum nas obras com a figura, que representa sua obediência a Deus, honra e autoridade. Já menino jesus, ainda é representado como um homem em miniatura, estando junto a sua mãe no centro do quadro

Madonna Rucella Duccio di Buoninsegna (Siena, documentado 1278 1311)

Madonna com Menino no trono e Anjo Tadeo Gaddi (Firenze

A tradução da obra se dá por “Madonna e criança entronizada com anjos e Santos” e foi escolhida por ser de Tadeo Gaddi, pintor e arquiteto italiano, ativo durante o Renascimento. Tadeo foi reconhecido nessa fase por ter sido aluno e seguidor de Giotto e sua obra mais famosa é a série de afrescos representando as vidas da Virgem e de Cristo na Basílica de Santa Cruz, sendo grandes características da fase Trecento do Renascimento a prevalência de temas religiosos cristãos e o uso constante de afrescos como fundo decorativo Essa obra em específico traz do Trecento o uso de azul, das folhas de ouro para representar o caráter de Deus e também o rompimento com modelos estéticos, artísticos e culturais do período medieval

c 1290/1300 1366)

VirgemcomoMeninoJesus

Maestro di San Martino alla Palma (1310 20)

O quadro Virgem com o Menino Jesus, criado entre 1310 a 1320, é de autoria do pintor anônimo italiano Maestro di San Martino alla Palma, ativo em Florença desde o primeiro decênio do século XIV

Essa obra foi idealizada em um período de mudanças nos quadros de adoração, pois as emoções das figuras passaram a ser mais aparentes nos quadros É possível observar uma troca de olhares afetuosos entre a Virgem Maria e o Menino Jesus, mostrando que a obra não se trata apenas de uma simples representação religiosa, mas sim de uma cena entre mãe e filho. A ausência de auréolas nas figuras demonstra uma humanidade dos personagens, que estão à parte de sua divindade. A dimensão da estrutura presente na obra também mostra outro aspecto deste período, quando os quadros passaram a fazer parte da parte interna das residências

A obra foi produzida na técnica têmpera sobre madeira As rachaduras do quadro indicam que essa técnica não foi executada da melhor maneira possível, assim como a têmpera da pintura não foi bem produzida Observando as demais características da pintura, chama a atenção a ausência do padrão bizantino no formato dos rostos, podendo trazer uma perspectiva mais realista à imagem, assim como uma noção maior de volumetria e o panorama dos personagens A vestimenta de Virgem Maria, em azul marinho, é ornado com detalhes dourados Enquanto isso, o pequeno Menino Jesus veste um manto amarelo de tom frio O enquadramento dos personagens e o fundo neutro da pintura faz com que ambos sejam o foco do quadro

Durante o período do século XIV, os artistas viviam uma fase de experienciar novas técnicas de pintura e permitiam uma maior liberdade para suas criações artísticas Isso auxiliou o progresso das teorias ópticas nos quadros, com uma utilização maior de luz e sombra em suas obras, embora pouco utilizada nessa pintura.

A obra “Virgin and Child enthroned, surrounded by angels and saints” foi produzida em Florença por Giotto, um pintor e arquiteto italiano, muito reconhecido no período Trecento, a era pré renascentista. A principal característica artística de Giotto era poder identificar em suas obras figuras de santos com aparência de seres humanos comuns da sociedade. Desse modo, a obra foi escolhida pois traz consigo uma visão humanista do mundo, característica que irá perpetuar até o Renascimento.

Em vista disso, é possível perceber na obra essa visão por meio da forma como o artista quis representar a Maestá (A Virgem) e a Criança com alturas realistas, diferente dos demais. Além disso, nota-se que a Virgem segura uma Criança que com a mão direita, abençoa a todos em sua volta e com a mão esquerda, segura uma espécie de pergaminho, simbolizando sabedoria e conhecimento. Os anjos em volta, mesmo que sejam muitos, apresentam faces parecidas e estão divididos em duas partes: os que estão embaixo ajoelhados seguram em suas mãos rosas e lírios, simbolizando a inocência, pureza e caridade. Já os anjos que estão de pé, seguram uma coroa e um item religioso que representa a paixão de Cristo, simbolizando grandeza e poder, traços da Arte Gótica, resquícios do período Bizantino.

Outro ponto que pode ser observado é o local em que as figuras se encontram. Em volta delas há um grande altar, coberto a ouro, resultando em uma referência à Igreja, visto que a obra foi produzida para a Igreja Ognissanti em Florença. Ademais, a arquitetura junto com os corpos presentes expressa a forma como Giotto gostaria de representar a obra, com certo volume, moldando os elementos com luz e sombra. Dessa forma, a obra “Virgin and Child enthroned, surrounded by angels and saints” foi uma verdadeira inspiração para muitos pintores que estavam começando na época. Giotto foi um grande inovador e contribuidor para o Renascimento, introduzindo também o conceito de espaço tridimensional para a pintura europeia.

Madona e Menino em Majestade, cercados por anjos e santos Giotto (Vespignano, Vicchio di Mugello 1267 Firenze 1337)
QUATTROCENTO (renascença) 1400d.C -1500d.C

Madona e criança com dois anjos Filippo Lippi (Florença 1406 Spoleto 1469)

“Madona e criança com dois anjos”, chamada também de “Lippina”, é uma obra de têmpera sobre madeira, datada de cerca de 1465, sendo a obra mais famosa de Filippo Lippi O artista teve a maioria de suas produções financiadas por Médici, uma família da dinastia política italiana muito influente da época

A composição de “Lippina” e o uso da cor são extremamente inovadores e à frente de seu tempo Em vez das cores tradicionais, o pintor utilizou uma iluminação clara e nítida, com um efeito de unidade atmosférica que somente Leonardo Da Vinci, décadas depois, pôde retomar

Madona, na obra, está sentada em um trono do qual só se vislumbra a suave almofada bordada e o braço esculpido, com a intenção de contemplar o filho a quem dirige um gesto de oração A expressão é doce e indulgente, mas quase melancólica, como se a mãe prenunciasse o destino doloroso do filho O pequeno Jesus, coberto apenas por faixas, responde ao olhar de Maria e estende os braços para ela, apoiado por dois anjos O que está em primeiro plano olha para fora, para envolver o espectador, com um rosto sorridente O corte rente, com as figuras pouco mais de meio comprimento reunidas no pequeno espaço delimitado pela moldura da pietra serena, torna a composição semelhante a inúmeros relevos escultóricos feitos pelos escultores florentinos contemporâneos de Filippo Lippi.

A janela se abre diante de uma vasta e variada paisagem com vista para o mar, com rochas, vegetação e construções A imagem sagrada é traduzida com profunda humanidade, conferida tanto pela expressão dos afetos quanto pela escolha de roupas e penteados, inspirados na moda contemporânea, a muito refinada da Virgem, com uma coroa de pérolas e véus entrelaçados nos cabelos, como as nobres florentinas da segunda metade do século XV Os halos são apenas insinuados, círculos finos e raios de luz que não cobrem a paisagem atrás A composição teve imediatamente grande sucesso e foi tomada como modelo por muitos artistas, incluindo o jovem Botticelli, aluno do pintor

Filippo Lippi foi um conhecido pintor Florentino do Renascimento e marcou o movimento no período Quattrocento Nasceu em Florença, em 1406 A data de seu falecimento não é certa, algo em

10 de outubro de 1469, em Spoleto, Itália

torno de 8 a

A tradução da obra se dá por “Caridade” e tem a aparência de uma jovem amamentando um filho, indicando misericórdia com o próximo. Carrega uma chama entre os dedos, emblema do amor de Deus A obra faz parte de um ciclo pictórico dedicado às Virtudes encomendado a Piero del Pollaiolo em 1469 e destinado à Sala de Audiências do Tribunal de Mercadorias da Piazza della Signoria, em Florença. A Caridade foi a primeira das sete Virtudes a ser executada e, provavelmente, para submeter o projeto à aprovação dos clientes, Pollaiolo preparou o desenho da Virtude O Tribunal de Mercadorias, comissário do ciclo de pinturas, era o órgão que tratava das disputas comerciais dos mercadores florentinos e administrava a justiça entre os membros das Artes

Essa obra traz da fase Quattrocento o rompimento com os principais aspectos das artes plásticas e literatura da Idade média, a busca da perfeição estética (realismo) nas esculturas e o uso de elementos culturais e estéticos da cultura greco romana Nessa fase do Renascimento, as representações da figura humana adquiriram solidez, majestade e poder, refletindo o sentimento de autoconfiança de uma sociedade que se tornava muito rica e complexa Os trabalhos de Piero Del Pollaiuolo mostram clássicas influências e um interesse na anatomia humana Diz se que ele realizava dissecações para melhorar seu conhecimento sobre o assunto

Caritá Piero del Pollaiolo o Pollaiuolo (Firenze 1441 Roma 1496)

A obra é datada do ano de 1483 e foi realizada no retorno de Sandro Botticelli de Roma, onde ele esteve envolvido na execução de alguns afrescos na Capela Sistina.

Coroada por anjos, a Virgem é representada sentada em um trono, no ato de escrever em um livro o cântico "Magnificat anima mea Dominum" (Minha alma engrandece o Senhor). Pode-se notar que O Menino Jesus acompanha o braço de Maria como se Ele estivesse guiando as mãos de sua Mãe no ato de escrever. Este gesto simboliza a perfeição do pacto feito entre Maria e Deus.

Ainda no colo de sua mãe, o Menino Jesus toca uma romã, uma fruta cujos grãos vermelhos lembram o sangue derramado por Jesus para a salvação da humanidade, além de representar a força e a unidade da igreja com os seus grãos todos juntos sob a casca. A cena se passa em frente a uma janela que se abre para uma paisagem clara e passa um tom de serenidade; no topo pode-se perceber um cenário típico do Quattrocento, onde se tem uma divisão entre o reino celestial e o mundo terreno.

O interessante é notar como o tema sagrado assume significados que podem até passar despercebidos, como na elegância do penteado de Maria e dos anjos que são representados sem asas e com vestimentas típicas da moda seguida pelos jovens filhos das famosas famílias florentinas do final do século XV. A originalidade da invenção, a elegância sofisticada das roupas e penteados, a graça do rosto absorto de Maria, tornaram famosa a invenção de Botticelli ao longo dos séculos, cujas figuras encarnavam um ideal de beleza muito apreciado no Renascimento.

Madona com Menino e anjo (Madona del Magnificat)
Sandro Botticelli (Firenze 1445 1510)

Virgem com o Menino e São João Batista Criança Sandro Botticelli (1490 1500)

O quadro Virgem com o Menino e São João Batista Criança, criado entre 1490 a 1500, é de autoria do pintor italiano Sandro Botticelli, um dos grandes nomes do início do Renascimento na segunda metade do século XV

Essa obra é de um período onde muitas das pinturas dos artistas da época eram dedicadas a figuras religiosas Nessa em específico, o autor trabalhou com autonomia para alcançar um contorno gracioso dos personagens. A figura do Menino se desprende em relação ao padrão simétrico, é possível observar que sua cabeça do está contorcida de maneira desproporcional Já a Virgem está inclinada de uma maneira harmoniosa É possível observar o carinho pelo laço afetivo entre a Virgem e o Menino, algo não muito comum nas madonas retratadas pelo artista em sua juventude, enquanto São João Batista está ao lado esquerdo com as mãos juntas em forma de oração, trazendo mais emoção a pintura

A obra foi produzida na técnica têmpera sobre madeira. O artista utilizou um painel redondo no qual criou formas usando têmpera de ovo, método utilizado com frequência pelos artistas do início do renascimento italiano As vestimentas encontradas nas figuras são ricas em detalhes com tecidos dobrados, amarrados, ondulados, e até mesmo pele de animal, no caso de São João Batista No fundo do quadro, é possível observar uma paisagem de campo em segundo plano, com vegetação verde e árvores cálidas

O quadro é apontado como parte do último decênio do século XV, baseado nas semelhanças de outras obras da época, em que é notável uma mudança no estilo do artista. Como por exemplo a estrutura da composição em que as imagens da Virgem e do Menino aparecem no interior do tondo, de uma maneira mais livre em relação à suave simetria que marcaram as obras do início da carreira de Botticelli

CINQUECENTO (pós-renascença) 1500d.C -1600d.C

Ressurreição de Cristo Rafael Sanzio (1499 1502)

Selecionada para compor a exposição principalmente pela relevância de seu autor, a obra “Ressurreição de Cristo”, pintura a óleo sobre madeira, é uma das primeiras pinturas conhecidas do artista, executada entre 1499 e 1502

A obra é uma das primeiras conservadas de Rafael em que já se prenuncia a natureza dramática de seu estilo compositivo. A composição, extremamente racional, é regida por uma complexa geometrização, com rigorosa divisão dos eixos vertical e horizontal A articulação simétrica entre os elementos centrais e periféricos das cenas era uma característica de Rafael que procurava alcançar um ideal de beleza harmônico, derivado dos valores da antiguidade clássica Os pés de Cristo marcam o centro do quadro, sobre o retângulo formado pelos quatro guardas, que gesticulam em diferentes direções A tampa entreaberta do sarcófago, no centro dessa área, sugere volume e profundidade, assim como as colinas e os montes ao fundo. Os anjos ao lado de Cristo reiteram o gesto que aponta para cima, aludindo à crença em uma existência divina

É perceptível a preocupação com o movimento e com a orquestração compositiva, o que parece indicar o conhecimento de elementos da arte florentina A obra parece ser efetivamente uma das primeiras em que se notam duas das tendências que acompanharão Rafael ao longo de sua produção: a prática de incorporar e reinterpretar a estética de outros mestres e a preocupação com o equilíbrio e com a animação rítmica de suas composições características que o afastarão gradualmente da influência de seu mestre, Perugino

Rafael Sanzio, ou somente Rafael, como era conhecido, foi um dos nomes mais importantes do período Cinquecento do Renascimento Italiano Celebrado e reconhecido pela perfeição e suavidade de suas obras, o artista nasceu em Urbino, Itália, em 6 de abril de 1483 e faleceu em Roma, Itália, em 6 de abril de 1520.

do ós de p q p p ç p ra muitos historiadores a primeira obra do em que se é possível perceber a influência do Leonardo da Vinci,principalmente na reprodução da técnica do Sfumato, que é usada para gerar suaves gradientes entre as tonalidades, de uma maneira mais volumétrica.

Nela , podemos perceber inúmeras características do período, e uma grande evolução técnica quando comparado as fases anteriores O que se sobressai é a qualidade da reprodução estética As figuras estão muito mais realistas e o menino está muito mais próximo de uma criança, deixando de parecer um adulto pequeno, como era comum no Trecento. Isso tudo foi resultado de um estudo do corpo humano ao longo dos anos anteriores, que proporcionaram a esses artistas maiores conhecimentos técnicos para pintar suas obras Somado a isso, temos uma maior complexidade de cores e tons, por meio de uma pintura modulada A partir dela, e de um jogo de sombras, são construídas imperfeições, exatidão e profundidade no corpo humano, o que torna a obra muito mais realista e fiel.

Madona com Menino Pietro Bonaccorsi, detto Perin del Vaga (Firenze 1501 Roma 1547)

A obra foi produzida com o estilo de pintura a óleo sobre tela um estilo muito marcante do cinquecento por Perino del Vaga ou Perin del Vaga que é o apelido de Piero Buonaccorsi, pintor conhecido por ser um dos alunos mais talentosos de Ghirlandaio e por finalizar alguns trabalhos de Rafael no Vaticano O estilo de Del Vaga é reconhecido pela vitalidade e elegância e suas obras são consideradas intermediárias entre a tradição das pinturas de Rafael em Roma e o Maneirismo de Florença.

Sobre a imagem, é possível perceber que não existe uma paisagem significativa O fundo escuro destaca as figuras centrais de uma maneira muito marcante, tal como se fossem estátuas. A jovem virgem está segurando seu Filho, que está realizando bênçãos, como é possível perceber pelo modo como sua mão está posicionada Ambos os sujeitos estão olhando diretamente para o espectador, um ato que Del Vaga quis representar como se eles envolvessem o telespectador em uma visão sagrada

As vestimentas das figuras são retratadas com detalhes únicos e muito marcantes, como por exemplo, como véu transparente no peito de Cristo, o objeto de pérola e pedra na cabeça da Madonna e o manto azul que representa a obediência a Deus

Sagrada Família com os jovens São João e Santa Catarina Paolo Caliari, conhecido como Veronese (Verona 1528 c. Venezia 1588)

Paolo Caliari, foi um grande pintor renascentista italiano, conhecido como Veronese por ter nascido em Verona. Ele valorizava muito as cores em suas obras, além de enfatizar a solidez e regularizar o volume, com contrastes entre cor e luz

Diante disso, é possível notar na obra “Holy Family with Young St John and St Catherine”, pintada em Roma, no período Cinquecento, a presença dessas características, além de outros significados religiosos Na pintura, Maria segura Jesus ainda recém nascido, ao lado de São José, Santa Catarina e do jovem São Batista. Todos olham em direção ao menino Jesus, menos sua mãe que apresenta uma expressão de remorso em seu rosto.

Em volta da obra, pode se observar anjos cupidos segurando flechas, chicotes e lanças, significando a representação do destino que Jesus enfrentaria no futuro, como uma espécie de predestinação Ao lado, Santa Catarina segura a “Palma do Martírio”, retratado como uma folha de tamareira, que significa no Cristianismo a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, celebrada no Domingo de Ramos.

Além disso, como o artista apresentava em suas obras uma rigorosa perspectiva em relação com a forma, percebe se um pequeno surgimento de ilusão de profundidade na obra, uma das principais características do Renascimento

Por fim, a obra em si foi escolhida por todos os símbolos religiosos que ela carrega com si, levando a muitas interpretações diferentes. Além disso, Paolo foi muito importante para o período por expressar sua criatividade por meio de um estilo dramático que se misturava com cores.

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