R l mathewson pyte sentinel 05 fated (rev pl)

Page 1



Tradutoras: Arlequina, Dara Dohner, Hitzugen, Macy Souza, Bellrev, Babidi Lima, Rosa H Revisão Inicial: ANG Bohrer e Lih

Mantoani Revisão Final: Silvia Helena Leitura Final: Anna Azulzinha Formatação: Lola Verificação: Silvie P.



O primeiro Shifter na Série Pyte / Sentinela: Como o primeiro macho Alfa de Boston, é o trabalho de Drew manter a Matilha segura,

impedir

que

os

seres

humanos

descubram sua existência, tentar fingir que estava tudo bem com a forma como sua vida estava indo e o mais importante, não sentir o desejo de matar Kara, a pedra em seu sapato por muito tempo. Quando o destino entra em uma noite e destrói o seu mundo, ele contra-ataca, mas sua nova companheira é mais do que ele pode lidar...




Boston, MA —Vamos! — A mulher gritou claramente frustrada. Não que Kara pudesse culpá-la. Ela realmente não poderia, já que a mulher provavelmente passou as últimas três horas na fila de espera, apenas para lhe dizerem que ela não podia entrar. Mick, o segurança de dois metros de altura e membro da Matilha Laymon fez um movimento quase imperceptível de cabeça. Aquele movimento era a única coisa que provava que ele não era uma estátua. Não era bom em movimentos bruscos, mas se o contrariasse ou tentasse passar por ele no clube Luna, o clube de dança mais quente para shifters e humanos em Boston, sem sua permissão, ficaria feliz se lembrasse do seu próprio nome no dia seguinte e como andar. —Você sabe quem eu sou? —A mulher de repente exigiu, provavelmente decidindo que precisava mudar suas estratégias patéticas para cadela total se quisesse alguma chance de entrar no clube. Mick soltou um suspiro cansado e empurrou de leve o queixo, fazendo um gesto para ela se afastar. —Está congelando aqui fora. —Maggie reclamou uma


vez mais à medida que observava a cena se desenrolar em segurança do outro lado da rua. —Bem, você não iria congelar se tivesse se apressado. — Kara apontou quando Maggie inclinou-se para fixar as tiras sobre o par de saltos vermelhos prostituta que finalmente decidiu colocar mais de uma hora atrás. A resposta de Maggie, claro, foi mostrar a língua para ela, mesmo quando Kara piscou e sorriu. Kara realmente não tinha pressa. Graças ao seu sangue shifter, estava realmente quente agora. O fato de poder usar um bonito vestido de cocktail preto que terminava pouco acima dos joelhos e saltos pretos, dois dias depois de uma grande

tempestade

de

neve

era

definitivamente

uma

vantagem. Odiava tentar combinar um casaco com sua roupa e também não precisava se preocupar em pagar o guardavolumes e em não perder o maldito ticket. Era a maneira menos incomoda para uma noite de garotas. Ela ajustou as duas travessas que estava segurando para que não caísse nada em seu vestido enquanto esperava que sua boa amiga — talvez conhecida fosse um termo melhor — fechasse a tira em seus sapatos. Uma vez que Maggie fez isso, Kara sem cerimônia entregou-lhe a travessa de doce de maçã caseiro e começou a atravessar a rua. Maggie pegou a travessa com um grunhido e cara feia. —Eu ainda não posso acreditar que você acha que trazer o jantar para um segurança vai nos levar a qualquer


lugar mais rápido. — Maggie murmurou, claramente ainda não vendo como este plano podia ser brilhante. Kara suspirou. Humanos. Eles realmente não sabiam como este mundo realmente funcionava. Tanto quanto Kara gostaria de explicar à amiga as regras sobre shifters, não podia. Colocaria Maggie em risco. Para não mencionar que Kara não sentia vontade de tirar dois dias de folga do trabalho para que pudesse se curar após as Matilhas mais próximas a punirem com um bom e velho chute na bunda, especialmente desde que acabou de ganhar uma promoção no trabalho, por isso saiu para a noite de garotas para comemorar. —Confie em mim. — Disse Kara enquanto se dirigia para o outro lado da rua. Ela nem sequer se preocupou com a fila. Já sabia que iria entrar. A mulher irritante ainda estava tentando entrar, mas desta vez, oferecendo a Mick um suborno de cinquenta dólares, enquanto ele simplesmente se esqueceu de que ela ainda existia e acenou para o casal de shifters atrás dela entrar. Kara ignorou enquanto se concentrava em Mick. Ela levantou a tampa de vidro do frango com arroz cozido que carregava e esperou por ele. Não demorou muito antes de Mick inclinar a cabeça para o lado olhando-a. Suas narinas e seus olhos se concentraram na grande travessa em suas mãos. Kara estava a quase três metros longe dele, quando duas grandes mãos dispararam e a aliviou da travessa pesada.


Mick levou o prato até o rosto e respirou fundo com um olhar de êxtase absoluto. Mick era um homem de poucas palavras, assim manteve sua pergunta simples. —Amy? Kara sorriu para seu primo quando ele fechou a tampa da travessa quase com reverência. O homem grande era loucamente apaixonado por apenas duas coisas neste mundo. A primeira era sua companheira de quase 1,52m de altura, Amy. A segunda era comida e sua comida favorita era a culinária de sua companheira. Não que Kara pudesse culpá-lo. Antes que aparecesse ali esta noite, comeu três porções de uma deliciosa travessa e tinha mais duas esperando por ela em seu apartamento quando estivesse pronta para encerrar a noite. —Sim, e.... — Kara disse quando puxou a travessa que Maggie segurava e mal conseguiu se virar antes que Mick a tomasse de suas mãos. Mick olhou para o prato e ela poderia jurar que ele gemeu. —Sorvete? —Ele murmurou soando esperançoso. Será que o lábio acabou de tremer? Ah, lobos e sua comida. Ela colocou uma mão reconfortante em seu braço só porque era um macho acasalado, pois ela não teria que temer receber uma cantada ou qualquer outra pequena surpresa que iria totalmente destruir sua noite e, claro, ele era seu primo, assim a última parte nem sequer importa, porque sério, ew.


—O sorvete teria derretido. — Ressaltou tão gentilmente quanto pode. Ele parecia estar prestes a discutir esse ponto quando ela tirou a pequena lata de chantilly de sua igualmente pequena bolsa e colocou-a no bolso de sua jaqueta de couro. Isso pareceu agradar-lhe, muito. Ela também sabia que ele estava à espera de ouvir alguma coisa reconfortante para ajudá-lo a passar o resto de seu turno de trabalho. —Amy fez uma bandeja extra de frango e doce de maçã apenas para você. Ela também disse que há sorvete de baunilha para você no congelador e promete que terá tudo pronto no momento em que você chegar em casa hoje à noite. Ele lhe deu um leve aceno de cabeça. O que, na linguagem de Mick significava que você o deixou muito feliz. Levou anos para aprender a decifrar os gestos de seu primo. Ele lhe deu outro leve aceno, este na direção do clube. Ela lhe lançou uma piscadela e começou a pisar ao redor da cadela irritadiça, que ainda estava tentando argumentar sua entrada com outro grande segurança, que provavelmente apareceu porque cheirou a travessa e sabia que Mick estaria tirando seu intervalo agora ou mataria alguém. Kara agarrou o braço de Maggie e levou-a para o clube, sabendo que Mick estava bem atrás delas. Assim que chegaram dentro, ela olhou por cima do ombro para Mick a tempo de pegar o leve aceno de cabeça que significava obrigado, bem como o sinal para chamá-lo se alguém a incomodasse.


—Uau, este lugar é realmente incrível! — Maggie engasgou quando foram para uma pequena mesa perto da pista de dança. Kara tinha que concordar que este era o melhor clube shifter em Boston. Ele tinha a melhor decoração, a melhor música, os melhores DJs, melhores bebidas; no geral, o melhor

dos

melhores.

Então,

novamente,

ela

poderia

facilmente pensar em uma centena de coisas para torná-lo melhor, o que iria fazer uma vez que ela finalmente tivesse seu próprio clube. Mas por agora este era o lugar perfeito para deixar seu cabelo solto depois de um dia cansativo no trabalho. A única desvantagem, claro, era o proprietário, Drew McNeil, também conhecido como — O Cretino. Ele era um pequeno sapo irritante em quem teria o prazer de bater, mas não podia permitir-se esse prazer, porque o bastardo ainda não era acasalado. Ela não tinha contato físico com qualquer shifter macho fora de sua família, a menos que ele estivesse acasalado. Isto era uma grande regra para ela e muitos outros shifters que não estavam prontos para se amarrarem a um companheiro. Em sua opinião, havia algo de errado quando um simples aperto de mão poderia arruinar sua vida. Shifters não podiam escolher reprodutiva

seus fazia

companheiros. esta

escolha

Sua por

compatibilidade eles.

Não

havia

absolutamente nada pior do que ficar preso a alguém que você odiava, apenas porque seus hormônios combinavam


perfeitamente para a reprodução. Assim, este era o motivo de ainda não ter o prazer de bater em Drew, mas oh, o dia em que ele encontrasse sua companheira ela iria esbofeteá-lo por alguns minutos, horas ou o tempo que fosse possível. Ela sorriu com a ideia de Drew ficar preso a uma mulher que se recusasse a aceitá-lo. Não era um destino que normalmente gostaria para qualquer homem... que não fosse ele. Uma vez que um homem encontra sua companheira, ele não pode ter relações sexuais com qualquer pessoa além dela. Não que ficasse subitamente e desesperadamente apaixonado por sua companheira ou algo assim. Não era assim. Mas sim, seria um pouco possessivo com ela, no entanto, se acasalar não era o mesmo que encontrar o amor de sua vida. Shifters

apenas

podiam

se

reproduzir

com

seus

companheiros, esta era a razão pela qual a escolha era forçada sobre eles. Significava que eles eram perfeitamente compatíveis para ter um filho que seria forte o suficiente para sobreviver à infância, para que um dia pudessem fazer a transição para a imortalidade. Nada mais. Infelizmente para os machos também significava que o seu equipamento nunca iria responder a outra mulher, exceto sua companheira. Um macho poderia viver por mil anos com uma frustração sexual inacreditável, simplesmente porque a companheira que o destino lhe deu não o queria. As fêmeas não tinham tais problemas. Elas ainda podiam ter relações sexuais com outras pessoas e até mesmo se


divertir. Era a única razão pela qual muitos machos não acasalados gostavam de transar com um ser humano, porque nenhum shifter em sã consciência estaria disposto a se sujeitar a esse tipo de vida. Pessoalmente, Kara tratava unicamente com machos humanos. Em setenta e dois anos de idade, sentia que ainda era muito jovem para lidar com um companheiro. —Quem é aquele pedaço? — Maggie perguntou quando ela apontou para o meio da pista de dança. Kara colocou a mão sobre a de Maggie e para baixo antes que alguém pudesse ver o gesto, uma vez que deixava os shifters um pouco nervosos quando os seres humanos apontavam para eles. Provavelmente tinha algo a ver com séculos de serem perseguidos e massacrados. Quem iria entender? Ela seguiu o olhar de Maggie a um homem alto, de cabelo preto curto e um corpo que normalmente levava homens a malhar por horas e várias centenas de dólares para conseguir. Ele tinha olhos azuis assassinos, um rosto bonito com uma expressão que deixava todos saberem que ele tinha consciência do quão gostoso era e não dava a mínima sobre isso. Tinha uma bela constituição, o corpo coberto com roupas de grife e também tinha três mulheres, todas humanas, se esfregando nele. —Bem? Quem é ele? — Maggie perguntou, mesmo enquanto freneticamente retocava a maquiagem.


Por que homens como ele tinham este efeito em uma mulher normalmente inteligente? Kara precisava saber com um bufo de desgosto. Suspirando pesado, Kara apontou preguiçosamente em direção ao homem em questão. —O Cretino. — Ela anunciou em um tom aborrecido. Como se tivesse gritado seu apelido favorito no sistema de som em vez de apenas ter murmurado, a cabeça de Drew girou em sua direção. Seu olhar frio se prendeu nos seu antes de sua expressão — eu não dou a mínima para você — mudasse para algo que apenas poderia ser descrito como pura raiva. Não havia nenhuma dúvida em sua mente que ele desejava poder fazer uma série de coisas desagradáveis com ela como expulsá-la do seu clube, mas infelizmente para ele, iria perder Mick, o melhor segurança shifter na cidade, se tentasse. Deveria realmente incomodá-lo ser forçado a deixála entrar em seu clube, especialmente desde que não pagava para entrar. Então novamente, provavelmente não ajudava que ela também não pagasse por suas bebidas desde que Mick garantiu que fossem por conta da casa anos atrás. Era adulta e agiria como uma, mesmo sabendo que provavelmente o incomodava o fato de ser forçado a tolerar sua presença. Apesar de querer esfregar em seu rosto o fato de não poder fazer nada sobre ela estar em seu clube precioso. Ela realmente queria. Era quase um dever cívico.


Com uma piscadela atrevida, ela soprou-lhe um beijo. Seus olhos brilharam como prata ao mesmo tempo em que os lábios se levantaram em um rosnado. Ela riu quando as garotas ao redor dele cambalearam para trás, assustadas. Ele ignorou-as quando voltaram a se esfregar contra ele, enquanto saia de sua boca uma frase muito bonita para ela com a palavra puta e matar usada várias vezes em várias combinações que realmente a deixaram impressionada. A única coisa madura a fazer era a única que sabia que ele odiava. Moveu os dois dedos juntos no sinal universal que indicava o tamanho do pau de um homem. E claro que ela sentiu que estava sendo bastante generosa, indicando que ele tinha

pelo

menos

doze

centímetros.

Infantil?

Sim.

Gratificante? Porra, sim era, especialmente desde que parecia que ele estava prestes a ir e rasgar sua garganta. Segurando um sorriso, levantou-se e decidiu que era provavelmente o melhor momento para se juntar à multidão na pista de dança e dar-lhe um pouco de espaço para se refrescar antes de agir sobre seus problemas de raiva.


Ele iria matá-la, não se importava se isso lhe custasse o melhor segurança que já teve. Essa merda era muito foda de aturar. Quase toda semana pelos últimos cinco anos, foi forçado a suportar esta cadela. Ela vinha e fazia o que queria, bebia sua bebida e balançava o traseiro para todos os machos humanos durante todo o tempo insultando-o no seu próprio clube! Era uma merda! Nenhum outro homem, especialmente um Alfa iria aturar esta merda. Por que aguentava isto durante todos esses anos estava além dele. Já passou da hora dela aprender a submeter-se a seus superiores. Normalmente daria a Mick uma dica sobre o que ele estava prestes a fazer, mas esta noite não tinha escolha. Vários membros de Matilhas inimigas estavam ali e cada um deles acabou de testemunhar sua besteira. Se isso não fosse ruim o suficiente, sua Matilha estava começando a questionar sua liderança. Eles estavam ficando gananciosos e queriam assumir completamente Boston e ele não via a necessidade de fazer isso, não com a forma como as coisas

estavam

nos

dias

atuais.

O

mundo

mudou,

proporcionando-lhes mais oportunidades e mais da metade de sua Matilha ainda estava presa à porra da Idade das Trevas, exigindo mais do que precisavam e arriscando sua própria existência cada vez que o desafiavam. Ele também tinha outras Matilhas tentando tomar seu território e expulsá-lo de Boston, com medo de sua posição


e a possibilidade de que um fosse usar essa posição para tomar tudo para si mesmo. Sabia que vários de seus inimigos presenciaram o desafio de Kara e eram estúpidos o suficiente para pensar que porque ela jogava esta merda sobre ele, era fraco e iriam tentar usá-la como uma desculpa para fazer um movimento contra ele. Qualquer sinal de fraqueza poderia desencadear outra guerra e agora ele não tinha certeza se sua Matilha iria apoiálo ou usar isso como uma desculpa para sair. Não tinha escolha agora. Teria que fazê-la curvar-se e não tentar aproveitar cada porra de minuto, ele percebeu quando a antecipação correu em suas veias. —Ei, onde você está indo? — Uma das mulheres com quem ele estava dançando de repente exigiu. Ele não conseguia lembrar o nome dela. Não era importante depois de tudo. Era apenas um aperitivo e, provavelmente, um péssimo. Apenas sua espécie poderia lidar com suas demandas na cama e dar o que eles precisavam. Os seres humanos eram uma substituição pobre, tinha que admitir, mas era isso ou o risco de ficar preso a uma cadela que poderia tentar usar seu pau para controlá-lo. Se acasalar não era definitivamente para ele. —Irei voltar. — Disse ele firmemente quando foi em direção a sua presa. Ele sentiu a humana segui-lo quando se virou e fez um gesto em direção à mesa onde seus amigos estavam

tentando

fingir

que

observavam,

fazendo

um

trabalho horrível. Sua parceira escolhida para a noite


visivelmente engoliu em seco, mas moveu sua pequena bunda empinada e saiu como uma boa pequena humana e finalmente desapontado, porque odiava as mulheres tímidas. Balançou a cabeça em desgosto e voltou sua atenção para Kara, a amargura de sua existência. Ela estava na pista de dança por alguns minutos, mas já viu vários seres humanos e um demônio tentando chamar sua atenção. Rindo, Kara dançava com a humana que estava com ela. Ela também dançava com os homens disputando sua atenção, obviamente não se importando em enganar a todos. Ele já sabia que ela não pensava em ir para casa com qualquer um deles. Para ela, eram apenas uma distração, algo para passar o tempo. Em todos os anos que esteve ali, nunca ficou com qualquer um dos homens que provocava e flertava com ela. Ele sabia, porque sempre garantiu que ela chegasse a casa com segurança... e sozinha. Não que realmente se importasse se ela fodesse todos os homens da cidade, porque não se importava, simplesmente precisava ter certeza de que não iria fazer nada que poderia causar problemas para seu clube, sua Matilha ou o mais importante, a ele. Isso apenas confirmou sua suspeita de que ela ia ali apenas para irritá-lo e fazia um grande trabalho com relação a isso. Indicando que o pau dele tinha menos de doze centímetros. Se ele não a odiasse muito ou não sentisse medo de ficar com a cadela pela eternidade, iria mostrar a ela. Não seria uma dificuldade levá-la para cama. Longe disso. Ela


era absolutamente linda com camadas douradas e loiras ao longo do seu cabelo cor de bronze. A parte que o matava, era que tudo nela era real. Não havia tinta ou uma única porra falsa naquele corpo. Ele até gostava da altura dela. Ela era baixa quando ele normalmente ia para mulheres altas. Por alguma razão, gostava do fato dela ter apenas um metro e sessenta. Isso o fazia pensar em todas as maneiras que seu corpo grande poderia se envolver ao redor dela. Ele normalmente gostava de seios pequenos, porque podiam caber em sua boca, já os seios dela eram grandes e o fazia pensar em amamentação, que levava a pensar em bebês e ele não estava interessado em ter os seus próprios filhotes ainda, mas não se importaria em passar a língua sobre seus belos seios quando ela finalmente se submetesse a ele. Não era gorda, mas não era uma vara fina como a maioria das mulheres com quem dormiu. Era o oposto de tudo o que ele gostava e por qualquer motivo se viu intrigado com ela. Se ela não fosse uma dor tão miserável na bunda e não acasalada, poderia considerar fodê-la por uma noite, rasgando sua calcinha com suas presas e transando com ela até tirá-la de seu sistema, mas novamente, apenas poderia matá-la sem ter feito a coisa toda. —Merda. — Ele rosnou enquanto observava Ryan, seu Beta, andar atrás de Kara. Ele o fez parar ali por um momento, tentando decidir o que deveria fazer. Ryan não precisava se preocupar em ficar preso com a dor na bunda,


porque ele já estava infelizmente acasalado. Talvez ele não tivesse que fazer nada, afinal de contas, Drew decidiu enquanto pensava sobre isso. Ryan era seu Beta e também o gerente do seu clube. Ele poderia lidar lançando-a para fora em sua bunda, sem preocupação e ao mesmo tempo enviar uma mensagem para os seus inimigos que não levavam desaforo de ninguém. Parecia não ser necessário aqui depois de tudo, pensou com um encolher de ombros, começando a virar-se bem quando Ryan agarrou Kara pelo braço e tentou levá-la calmamente para fora da pista sem causar uma cena. O que os dois homens não esperavam era Kara agarrar a mão de Ryan e com um toque muito simples, ele caiu de joelhos. A maioria das pessoas ao seu redor estavam muito felizes para realmente se importarem. Os seres humanos que dançavam ao redor dela que notaram estavam torcendo por Kara, pensando que ela estava lidando com algum idiota que não aceitava um não como resposta. Sentiu seu estômago dar uma guinada quando viu os tão belos olhos cor de esmeralda de Kara brilharem em prata em sinal de advertência. Ah merda… Os olhos de Ryan se arregalaram de surpresa, antes que ele desviasse o olhar para longe e inclinasse a cabeça para o lado, oferecendo sua garganta em submissão. Kara era uma maldita fêmea Alfa. Como ele podia ter perdido isto? Ele a conhecia durante anos e nunca teve uma vez em que


suspeitasse que ela fosse algo mais do que uma dor no seu traseiro shifter. Ela escondia bem seu status. Deuses, porra, caramba! Ela sorriu doce para o Ryan antes de bater-lhe condescendente na cabeça. Poderia dizer que Ryan estava fazendo tudo o que podia para evitar ser humilhado por Kara. Furioso, Drew moveu-se com um grunhido para defender seu Beta quando um dos tolos machos humanos com quem ela estava dançando, tropeçou em seus próprios pés caindo sobre ela, derrubando-a. Por puro

instinto e

não

para protegê-la, porque

realmente não queria, ele estendeu a mão e a pegou antes que ela batesse no chão. Assim quando estava colocando-a de volta em seus pés ele sentiu. A dor alucinante rasgando seu pulso. —Não! — Ele gritou quando a empurrou para longe, não se importando que tivesse tropeçando em outro ser humano. Ele puxou para trás a manga da camisa e olhou entorpecido a nova tatuagem preta no pulso, uma marca de trindade.

Esta

marca

era

original.

Cada

marca

de

acasalamento era única para cada casal e isto queria dizer... Isto significava... Merda. Ele quase vomitou. Os olhos esmeralda irritados que conhecia o olhavam


quando ele finalmente conseguiu tirar os olhos da marca que acabou de destruir tudo. Ambos se encararam por um longo momento, ignorando as multidões de dançarinos girando ao redor deles, pois ambos chegaram a um acordo com o que isto significava para os dois. Seus olhos se estreitaram perigosamente. —Seu imbecil! — Kara finalmente explodiu ao mesmo tempo em que Drew disse. —Você me deixou impotente, porra! Com esse anúncio, toda a raiva na expressão de Kara foi de repente desaparecendo e foi substituída por um pequeno manhoso sorriso que tinha as mãos apertando em punhos enquanto lutava contra o desejo de estrangulá-la. Ela se inclinou quase de forma conspiratória deixando-o com nenhuma outra escolha a não ser fazer o mesmo com cautela. —É uma merda ser você agora mesmo, não é? — Ela perguntou com uma piscadela antes de girar sobre os calcanhares e se afastar dele. Fez uma pausa três metros longe dele, girou de volta ao redor e apontou um dedo para apenas deixar de repente o dedo ficar completamente mole, fazendo sua mandíbula se apertar quando ela pronunciou a palavra. —Mole.


Kara passou a longa fila de mulheres esperando para o banheiro, ignorando as zombarias e as exigências que ela colocasse a sua bunda gorda na parte de trás da fila. Este não era o tempo para jogar. Ela abriu caminho dentro do banheiro, agarrou o par de mulheres fofocando por seus braços e empurrou-as para fora, fazendo o mesmo com a mulher, aplicando maquiagem e perfume de forma excessiva. As duas mulheres que saíram do banheiro eram felizmente shifters e sentiram seu humor e mais importante, seu status e fizeram uma corrida para fora. Uma vez que ficou sozinha, ela trancou a porta atrás. —Ei,

precisamos

usar

o

banheiro!

Alguém,

provavelmente um ser humano, gritou. —Use o banheiro dos homens! — Ela rosnou de volta. —Cadela! Com as mãos trêmulas, ela virou a torneira e colocou seu pulso sob a água fria. Lentamente, ela exalou quando a água fria acalmou a queimadura da sua nova marca. Isso não estava acontecendo. Isso realmente não poderia estar acontecendo com ela. Nenhuma maneira que... que... que o homem prostituto era para ela! Isso era apenas


nojento! Ele, o pai de seus filhos? Ah, porra não. Isso não estava acontecendo. Ela tinha escolhas. Ela realmente tinha. Uma coisa era certa, não iria aceitá-lo como seu companheiro. Deixaria o bastardo flácido pela eternidade. Estaria fazendo um favor a sociedade. —Você e eu precisamos conversar. — Uma voz profunda e baixa anunciou, assustando-a e fazendo-a saltar da pia. Como diabos ele chegou ali sem ela ouvir? Era uma Alfa, deveria ter percebido o minuto em que ele passou pela porta do banheiro. Ela observou enquanto ele encostava-se à porta do banheiro com os braços casualmente cruzados sobre o peito. —Não temos nada para conversar. — Ela disse com uma naturalidade que não estava sentindo no momento quando terminou de secar as mãos e se dirigiu para a porta. Ele levantou a mão, parando-a. —Eu diria que temos uma porrada de muito que conversar. Você não acha? —Ele perguntou, perecendo irritado. —Não. —Bem. — Ele falou enquanto claramente olhava para a sua marca. —Esta pequena marca diz outra coisa. —Não me importa o que ela diz. Estou indo embora. —Não, eu acho que você não está. — Disse ele casualmente. —Acabou de me foder, querida.


—Eu nunca irei fodê-lo em qualquer sentido da palavra, Drew, então recue. — Disse ela com os dentes fechados. —Sério? — Ele perguntou, parecendo se divertir, o que realmente apenas a irritou mais. —Sério. —Então eu acho que você não quer ter seus próprios filhotes

algum dia.

O

bastardo

manipulador

disse

casualmente como se não estivesse golpeando-lhe onde doía mais. Ela encolheu os ombros como se não importasse para ela. —Eu sempre posso adotar quando eu estiver pronta. Alguns lances de sua fachada começaram a escapar a esse anúncio. —Oh, e sobre sexo? Desta vez, foi a sua vez de sorrir. —Na verdade Drew, eu acredito que isso. — Ela levantou seu pulso. — Apenas abriu um novo mundo para mim. Eu já não tenho que me contentar com apenas machos humanos. E posso ir para os shifters não acasalados tudo graças a você e ter uma droga de um tempo fazendo isso. Ele olhou para ela. —Você não faria isso. Ela riu.


—Claro que eu iria. — Sua expressão lhe deixou preocupado quando ela lhe lançou um olhar de pena. —Não se preocupe. Tenho certeza que você não vai sentir falta de sexo. Basta pensar. — O tom de voz e expressão tornou-se brilhante e alegre. —Com todo o novo tempo livre que terá porque você não pode ter sexo nunca mais! Oh meu deus, você pode ter um hobby! Talvez bingo? Seu bastardo sortudo! Drew parecia que queria matá-la, o que provavelmente era verdade. Todo mundo sabia que o homem adorava sexo. Assim, este acasalamento entre eles foi provavelmente a coisa mais cruel que o destino podia ter lhe dado. Oh bem, ela pensou com um encolher de ombros. —Agora, se você me der licença, um de nós tem que se dar bem esta noite. — Com isso, ela saiu do banheiro. Menos de vinte segundos depois ela ouviu o vidro se quebrar seguido por um rugido apavorante. Não deveria sorrir. Realmente, ela não deveria, mas não se conteve.

Cinco horas mais tarde, ela estava arrastando a bunda esgotada em seu pequeno apartamento. Estava tão cansada.


Por que ficou lá por tanto tempo? Oh, isso é certo, para mexer com a cabeça de Drew. Ela realmente não se lembrava de ter rido tanto em sua vida

como

riu

assistindo

as

mulheres

pedindo

para

compartilhar a cama de Drew esta noite. Ele olhava para ela cada vez que uma mulher deixava óbvio o quanto queria passar a noite em sua cama e cada vez que ele teve que mandá-las embora. Era isso ou deixá-las descobrir que seu equipamento não funcionava adequadamente. Pelo menos não para qualquer um, menos ela. Talvez não devesse ter sido tão evidente dançando com todos aqueles homens como fez. Poderia ter passado por cima de uma linha ou duas, quando se esfregou em dois machos da Matilha de Drew bem na frente dele, mas foi divertido vê-lo sendo arrastado para fora de seu próprio clube antes que pudesse matar um deles. A cereja no topo de tudo foi fazê-lo pensar que estava indo para casa com um demônio muito sexy enquanto ele tinha que ir para casa e falar sobre todo o sexo que ele nunca teria novamente. Ah, se ele não tivesse sido um idiota com ela longo dos anos, ela poderia se sentir mal por ele. Poderia, mas não se sentia. Além disso, nunca aceitaria um companheiro ou abriria as pernas simplesmente porque se sentia mal por ele. Ela sempre esperou por um companheiro que poderia amar verdadeiramente. Algo que seus pais nunca tiveram, mas algo


que sempre quis para si mesma. Oh bem, ele não era grande coisa. Pelo menos agora sabia quem seu companheiro era para que pudesse se concentrar em sua vida e seguir em frente. O cheiro dessa deliciosa travessa em que ela estava pensando durante toda a noite bateu com força quando fechou a porta atrás dela. Ela cheirava tão bem. Espere, ela cheirou novamente. Cheirava quente. Isso estava errado, uma vez que ela colocou a tigela na geladeira a mais de sete horas. Ela soltou suas garras e presas, enquanto se movia em direção a sua pequena cozinha. Outra fungada ela soube que não estava sozinha. Havia outro shifter em seu apartamento. Antes que ela pudesse descobrir qualquer outra coisa, a porta de sua pequena cozinha se abriu e o maior idiota que ela já teve a infelicidade de conhecer passeou em sua sala de estar carregando um prato de frango e arroz em uma mão e uma Coca-Cola na outra. Sem uma palavra, ele passou por ela, sentou-se em seu sofá, colocou o prato e bebida em sua pequena mesa de café antes de ligar a televisão para o canal de esportes. Ele puxou a pequena mesa de café mais próxima para que pudesse comer sem fazer bagunça. Isso era algo, ela teve que admitir. Odiaria ter que limpar a travessa e sangue de seu tapete tudo na mesma noite. —O que... Ele a cortou.


—Apenas deixe-me terminar de comer e então estarei com você. — Ele disse distraidamente, enquanto todo o seu foco estava no jogo. Ela estava tão atordoada que tudo o que pode fazer foi ficar ali em choque por alguns minutos enquanto ele devorava a comida. A cada poucos minutos ele amaldiçoava

sob

sua

respiração

quando

ouvia

uma

pontuação que não gostava, fazendo-a revirar os olhos, porque os homens eram apenas patéticos. —Ah, Olá? — Ela finalmente disse, decidindo que já era o suficiente e necessário acabar com este jogo antes que ela fosse forçada a rasgar a garganta dele. —Aguente. Vou precisar da minha energia, então me deixe terminar de comer. —Energia para que? —Ela perguntou quando finalmente caiu em si e deu um passo em frente da televisão. —E o que diabos você está fazendo aqui? Ele terminou o jantar com um suspiro exagerado. —Para a noite toda de maratona de sexo que você e eu vamos ter. — Ele simplesmente disse, soando um pouco irritado por ela não ter captado o seu plano ainda. Ela piscou. Então ela piscou novamente com a esperança de que entendeu mal, mas então percebeu que não tinha. Em poucos segundos ela estava rindo tanto que foi forçada a se encostar contra a parede a usando de suporte ou correr o risco de cair de cara no chão. Finalmente, depois


de alguns minutos foi capaz de enxugar as lágrimas de seus olhos e concentrar sua atenção de volta para ele. —Hei! — Ela explodiu quando ele começou a comer sua maçã crocante com uma grande bola de sorvete no topo. Quando no cacete ele se levantou? Droga, ela precisava começar a prestar atenção ao bastardo sorrateiro. —Isso é meu! —Você vai ficar feliz em pouco tempo quando eu tiver a energia extra para fodê-la a noite toda. — Disse ele distraído com um encolher de ombros como se estivesse oferecendo um favor. O bastardo. Ela pressionou os dedos na testa. —Oh meu deus, você precisa sair agora antes que eu te machuque. —Eu não estou a fim de sexo violento, me desculpe. —Uau... — Ela disse, porque de verdade, o que mais havia a dizer? Outro encolher de ombros. —Não, de verdade, wow. Você realmente precisa para sair.


Terminou a última mordida da maçã crocante e orou para que ela cozinhasse refeições como esta antes e depois de cada vez que ele transasse com ela pelo resto de suas vidas muito longas. Só isso já faria esta pequena armadilha valer a pena. Bem, quase. Ele ainda iria perder a variedade. Nunca dormiu com a mesma fêmea duas vezes. Levaria algum tempo para se acostumar a não ter sua abundância de mulheres. Inclinou para trás e a estudou por um longo momento. Oh sim, ela estava se preparando para arrancar seus olhos. Isso era realmente muito ruim. Estavam presos nesta situação e se ele iria sofrer então ela iria sofrer junto com ele. —Talvez devêssemos falar sobre algumas coisas? — Sugeriu. Desde que ele estava se sentindo um pouco mais calmo agora que sabia que ela não dormiu com essa porra de demônio, poderia ser generoso e conversar por alguns minutos antes que transasse com ela. —O que você quer discutir que não tenhamos falado? Ele encolheu os ombros casualmente. —Oh, não muito. Apenas isso e aquilo. —Isso e aquilo? Drew assentiu. —Para começar, na próxima vez que qualquer outro lobo, especialmente de minha própria Matilha, colocar um


dedo em você, eu vou rasgar sua garganta. — Disse ele com uma calma que definitivamente não estava sentindo. Já manipulou filhotes ansiosos demais que a tocaram antes de ir ali esta noite, preparado para matar o demônio que pensava estar ali com os chifres em carne viva. Ela revirou os olhos. —Próxima. —Em seguida, e esta é a parte mais importante para ouvir. — Disse ele, sabendo que estava saindo do tom. Bem. Ele já estava bem e verdadeiramente irritado, para que ela pudesse muito bem se juntar a ele. —Você não irá e repito, fazer sexo com ninguém além de mim. Ela riu, porra! Então, assim de repente ela ficou séria. —Oh, você estava falando sério. — Seu rosto se enrugou adoravelmente antes de acrescentar. —Isto é triste. —O que? —Ele perguntou com cautela. —Bem, para começar nós dois sabemos que, se você ainda pudesse conseguir levantar isso. — Ela disse com um suspiro entediado, gesticulando em direção a sua virilha. — Que estaria neste momento entre as pernas de alguma puta no seu clube. Ele sorriu. Realmente não pode evitar. —Andou me observando? —Não! — Ela disse rapidamente, um pouco rápido


demais. Seu sorriso se alargou. —Você sabe qual a minha preferência de costume. Ela cruzou os braços sobre seus generosos seios, fazendo-o babar. Já estava excitado antes no clube e agora estava chegando perto do desespero. Não sabia quanto tempo mais poderia durar, mas rezava para que pudessem acabar com isso rapidamente e chegar à parte sexual de seu relacionamento. Em breve. —Não é realmente tão difícil descobrir quando eu vejo uma longa fila de mulheres esperando por uma chance de entrar em sua cama. — Disse ela encolhendo os ombros de forma inocente e suspirando. Ele sorriu presunçosamente ao ouvir este anúncio. Realmente, que homem não iria sorria ao ouvir algo assim? —E as mesmas mulheres na manhã seguinte do lado de fora da clínica rindo e fazendo isso. — Ela continuou levantando esses dois dedos malditos novamente e ele poderia jurar que era menos do que doze centímetros desta vez! Seu sorriso de satisfação desapareceu imediatamente. —Ei! Estou limpo! —Ele retrucou, embora ambos soubessem que shifters não podia pegar doenças humanas. Espere, estava esquecendo algo... algo importante. Oh


sim. — E meu pau não é pequeno! Então, pare de fazer isso! Ela bocejou. —Sim, o que você disser. Ouça, cupcake, terá que sair. Eu tenho que ir para a cama cedo. Tenho trabalho amanhã. —Kara murmurou parecendo entediada enquanto fazia um gesto com sua mão para ele sair. Ele balançou sua cabeça. Precisavam chegar a um acordo rapidamente ou ele tinha certeza que iria morrer com as bolas azuis, uma condição médica apavorante para os homens como ele, que nunca foram feitos para ficar um dia sem sexo. —Não, nós precisamos chegar a algum tipo de acordo que irá funcionar para nós dois. — Explicou, esperando para cacete que ela não pudesse ouvir o desespero em sua voz. Ela riu sem humor. —Vamos, Drew. Nós dois sabemos que, se a situação se invertesse você estaria rindo de mim de tudo isso enquanto você estivesse transando com tudo que se movia. Bem, isso era verdade, mas ainda assim ... —Não, nós dois estamos nesta situação. Não irei permanecer castrado — porra — pelo resto da minha vida e você vai querer bebês. Além disso, irá precisar de mim em breve, quando entrar em calor. —Ele apontou triunfante, tentando

não

lamber

os

lábios

enquanto

estava

ali

fantasiando sobre o momento em que ela iria ficar em suas


mãos e joelhos e implorar-lhe que a tirasse de sua miséria, transando com ela para acabar com o que era supostamente uma das piores coisas que um shifter feminino poderia passar. O primeiro calor de acasalamento.

Kara levantou a mão para impedi-lo antes que pudesse irritá-la ainda mais. Merda! Ela não pensou sobre esse pequeno problema que esta marca de acasalamento maldita em seu pulso criou. Em uma hora, alguns dias ou semanas, ela iria entrar em calor. Ao contrário de seu calor fértil regular, que estava a seis meses de distância e exigia que ela se isolasse durante nove dias, este seria um calor de acasalamento, o primeiro calor de acasalamento. Pelo que ela ouviu e viu, era intenso. Onde um de calor normal poderia deixar uma mulher desesperada, um calor de acasalamento poderia transformar uma puritana em uma ninfomaníaca. Seu plano de jogo habitual de tomar um


tempo fora do trabalho para se trancar afastada em seu apartamento com um vibrador e uma caixa cheia de baterias não iria funcionar desta vez. Usar um macho humano como fez quando era mais nova, não serviria desde que ela acabou matando-o de exaustão e ficou ainda mais frustrada. Poderia usar um demônio, mas eles tendiam a ser pegajosos, se tivesse relações sexuais com eles mais de uma vez. Ter relações sexuais com um homem-lobo macho não acasalado era sua única escolha. Infelizmente, desde que não queria ser responsável pela morte de algum pobre bastardo porque estar no cio e presa ao idiota, isso já não era uma opção. Bem, parecia que sua única opção era tomar algum tempo

fora

do

trabalho

quando

batesse

o

calor.

Esperançosamente, seu chefe não iria demitir seu traseiro. Ela teria que alugar uma cabana em algum lugar isolado como tantas outras mulheres fizeram e esperar que o primeiro e verdadeiro calor não fosse tão mau como todos diziam que era. Não havia como ficar na cidade onde estaria vulnerável quando acontecesse. Seu olhar passou sobre o homem prostituto arrogante novamente e ela interiormente bufou. Realmente não se via tão desesperada que voluntariamente abrisse as pernas para ele. Além disso, não tinha planos de ficar perto dele quando finalmente entrasse em seu primeiro calor de acasalamento. Uma fêmea no cio geralmente tinha a capacidade de transformar os homens ao seu redor em idiotas babando.


Uma fêmea acasalada no cio tinha a capacidade de deixar seu companheiro cheio de desejo e raiva. Ele faria qualquer coisa para tê-la. Se eles não se acasalassem até o primeiro calor este seria intenso, muito intenso. Era também quando um número muito pequeno de companheiros marcava entre si,

totalmente

aceitando

uns

aos

outros

como

seus

companheiros escolhidos. Não que ela jamais teria que se preocupar com isso, com Drew ela jamais ficaria desesperada o suficiente para aquecer sua cama. Apenas casais acasalados de acordo com a escolha do destino, alegremente faziam isso. Isso significava amor, fidelidade e devoção e desde que não havia muitos casais acasalados lá fora, felizes com a decisão do destino, não havia muitos casais marcados.

—Você precisa de mim, Kara. —Não, você está sozinho nesta situação. Eu ainda posso ter relações sexuais com quem eu quiser. —Não, você não pode! — Ele praticamente rosnou.


—Por que você se importa? Nós não gostamos um do outro e você certamente não me ama então por que se importa se eu dormir com outra pessoa? —Porque você é minha. — Ele rosnou antes que pudesse se conter. Ela bufou. —Eu não sou sua. — Ela ergueu a mão, mostrando-lhe a marca correspondente que de repente ele queria lamber. — Isto apenas significa que você só pode transar comigo e eu só pode ter seus filhotes. Nada mais. —Veremos sobre isso, mas por agora você e eu precisamos chegar a um acordo. Ela fez um gesto impaciente para ele chegar ao ponto antes de perder mais um precioso segundo de sua vida tendo essa conversa inútil. —Eu vou te acomodar em algum lugar. — Disse ele enquanto olhava em volta do apartamento pequeno e quase zombou. Se ele iria passar tempo com ela, então precisaria estar em um lugar muito melhor do que isso, em algum lugar onde ele poderia assistir a um jogo, de preferência, em uma enorme TV de tela plana em vez de uma de vinte e quatro polegadas preto e branco. —Tenho uma casa extra a poucos quarteirões de distância a partir daqui. Você pode ficar lá. —Ah, e por que eu faria isso? —Para ser minha amante, é claro.


Kara apenas podia olhar. Ele não acabou de dizer o que pensava que ele disse, o fez? A julgar pelo sorriso satisfeito, ele realmente o fez. O pequeno bastardo a insultou! —Então, meu principal trabalho será, o que? Ir trabalhar, manter a cobertura limpa e abrir as pernas cada vez que você sentir vontade de foder? Parecendo pensativo, ele balançou a cabeça. —Não, você terá que sair do seu trabalho. Quando ouviu sua última resposta, olhou para ele, dizendo a si mesma que realmente não podia esperar que ela seguisse esse ultraje, ele continuou. —Eu gosto de sexo. — Disse ele com um sorriso tímido e um encolher de ombros. —Se você estiver trabalhando, então terei que esperar. Assim, sairá do seu trabalho e não irá precisar se preocupar com a limpeza. Apenas terá que se preocupar comigo e fazer uma refeição ocasional e me satisfazer a cada duas horas. Se puder fazer isso, então terei a certeza de que tenha o que precisa e quando os nossos filhotes vierem eles irão naturalmente ficar comigo. Ela levantou a mão para pará-lo, definitivamente precisando que esclarecesse essa última afirmação. —Whoa,


amigo! O que é isso agora? Ele olhou para ela como se fosse uma tonta. —Não posso dar a chance de que você foda com o futuro da minha Matilha. Wow, sério, wow... —E você acha que eu iria criar meus filhos de forma errada? — Ela perguntou, desafiando-o a dizer, para que tivesse uma desculpa para chutar o traseiro desse prostituto para fora de seu apartamento que, de repente parecia sujo por causa de sua presença. Ele encolheu os ombros. —Não errado. Apenas não certo. Kara sufocou uma risada. Ela realmente não pode evitar. —Então deixe-me ver se entendi. Neste cenário que você descreveu, eu seria uma prostituta para você usar em seu lazer, bem como uma égua de cria para lhe fornecer filhotes para preencher a sua Matilha e nada mais? Será que eu ainda seria autorizada a ver os meus filhos? Ou isso seria muito arriscado para o futuro da sua Matilha? — Ela perguntou, colocando uma grossa pitada de sarcasmo. Ele franziu os lábios pensativamente, tendo a coragem de pensar sobre isso, até que finalmente ele concordou. —Sim, eu acho que sim. Sob supervisão, é claro. — Disse ele com um suspiro pesado quando esfregou a parte de


trás do seu pescoço, soando como se não estivesse muito feliz permitindo isso. —Deixe-me adivinhar, sob a sua supervisão? —Ela perguntou seca. —Claro. —Ele bufou como se isso fosse mais do que óbvio. —Entendo... —Disse ela pensando enquanto lambia os lábios, pensando em tudo o que ele disse e fazendo o seu melhor para processar este novo nível de besteira. —Bem, acho que devemos acabar com isso então. — Disse ela com um suspiro pesado, como se realmente não tivesse outra maneira de contornar isso. Ele sorriu triunfante. Obviamente pensou que o dinheiro iria conseguir o que queria dela como tudo em sua vida. —Mas você se importa se formos para um hotel ou algo assim? Meu apartamento é muito pequeno. — Ela explicou com um encolher de ombros envergonhado. —Não é um problema. — Disse ele, soando quase tonto quando ele se levantou e foi para a porta. —Oh, a propósito, como é que você entrou aqui? — Ela perguntou casualmente enquanto pegava sua bolsa. Ele fez um gesto em direção a janela da sala. —Você se esqueceu

de

trancar

sua

janela.

Não

é

inteligente,

considerando que está localizada logo acima da escada de incêndio e qualquer idiota poderia entrar.


—Verdade.

—Ela

murmurou,

completamente

concordando com ele. Ele saiu para o corredor e virou-se para esperar por ela. —Oh, droga eu esqueci uma coisa. — Disse ela com um suspiro irritado. —O que? — Ele perguntou, realmente não soando ou olhando como se realmente se importasse, o que ela sabia que não fazia. Ele apenas queria ficar com alguém e, aparentemente em sua mente, ela foi colocada nesta terra apenas para atender suas necessidades. Ela encolheu os ombros. —Isto. — Ela disse quando ela bateu a porta na cara atordoada dele e trancou-a, rindo todo o caminho até seu quarto enquanto ele xingava do lado de fora e exigia que ela abrisse a porta. Rapidamente, ela trancou todas suas janelas. O homem fez um excelente ponto depois de tudo.

—Você seu traidor bastardo. — Drew murmurou com raiva para sua virilha.


—O que diabos você está fazendo? — Ryan perguntou para ele quando entrou na cozinha, olhando alegre como sempre. —Você está falando com seu pau? Drew suspirou profundamente. —Minha vida acabou. Ryan riu. Cretino. —Que diabos é que eu vou fazer agora? — Perguntou Drew, parecendo patético e não se importou. Ryan pegou uma caixa de Lucky Charms, leite e uma tigela e sentou-se à mesa. —Eu não sei por que você está reclamando. Pelo menos sua companheira é quente. Eu iria felizmente transar com ela pelo resto da minha vida. Uma onda de raiva explodiu dentro dele, fazendo-o querer rasgar a garganta de seu Beta. O conhecimento do que ele queria fazer o assustou muito. Enquanto Ryan sentava-se alheio a quão perto ele chegou a uma morte certa, Drew se convenceu de que sua raiva estava sobre o bastardo tocando seus encantos afortunados. Estes eram os seus deliciosos marshmallows droga! —Hei! — Ryan explodiu quando Drew pegou a taça e afastou-se. —Meu! Ryan apenas riu quando ele se levantou e pegou outra


tigela. —É bom ver a fase de raiva começar mais cedo. —Que diabos você está falando? — Drew perguntou com a boca cheia de cereal. —Oh, porra, você sabe exatamente do que eu estou falando. — Disse Ryan enquanto olhava para ele fixamente e se servia de outra taça. —Você está acasalado. —E seu ponto é? Você não passou por quaisquer outras fases a não ser de aborrecimento quando a cadela faz você saltar para transar pela primeira vez. —Bem, isso é porque Marissa e eu não gostamos um do outro. O nosso acasalamento é baseado em genética. Ela pode ter meus filhotes, apenas isto. Drew parecia um pouco confuso. —Isso é geralmente o que um acasalamento indica, se você tem um ponto chegue a ele rapidamente, porque está interrompendo meu tempo de auto piedade. —Não posso acreditar que tenho que explicar isso para você. Você é trinta anos mais velho que eu. Deve ter notado a diferença entre acasalamentos ao longo dos anos. Drew bufou. —A única coisa que importava era ter certeza que eu não ficaria amarrado a uma cadela. Nada mais importava. Então, basta cortar a merda e me dizer sobre essa porra de


fase. O que mais eu terei que enfrentar além de um pau mole? Ryan ficou pensativo quando comeu uma colher grande de cereal. —Vamos ver, se a memória não me falha, há raiva, inveja, estupidez, aquela que é realmente divertida, a que eu busco. — Disse Ryan com um grande sorriso. Drew fez uma careta. —Então há aquele onde você chuta seu orgulho para a calçada e implora. O que se pode revelar bastante divertido também. — Disse Ryan em um tom divertido. —Que

diabos

você

está

falando?

Eu

vi

muitos

acasalamentos ao longo dos anos e nunca vi nada parecido com o que você está descrevendo. — Forçando uma mordida nesses magicamente deliciosos marshmallows. —Oh,

realmente?

Ryan

perguntou

parecendo

pensativo. —Isso provavelmente porque é o que acontece em casos especiais. —Casos especiais? — Drew repetiu lentamente com uma careta, porque nunca ouviu nada sobre isso antes e como Alfa de um Matilha, deveria saber de tudo para que pudesse proteger seu povo. —Oh, sim, muito especial. — Ryan concordou comendo mais cereal. —Bem? — Drew exigiu quando Ryan não lhe respondeu


rápido o suficiente. Ryan levantou uma mão, enquanto terminava seu cereal. Uma vez que terminou, levou a tigela vazia até a pia, enxaguou-a e colocou-a na máquina de lavar. O tempo todo Drew lutava por paciência. —Sim. —Ryan disse, caminhando em direção à porta. — Os pares acasalados que passam por essas fases geralmente tem uma coisa em comum. —O que é isso? — Perguntou Drew, quebrando seu cérebro enquanto tentava descobrir que merda Ryan estava falando. —Eles se amam! — Ryan anunciou em uma voz doce com um

sorriso

triunfante

que

estava

definitivamente

pedindo para ter seu traseiro chutado. —Seu filho da puta! — Drew rugiu, lançando a mesa de lado para que pudesse ir atrás do pequeno bastardo. Ryan correu para fora da cozinha, rindo. —Eu a odeio! — Drew gritou enquanto seguia seu Beta com toda a intenção de bater nele para caralho. —Você a ama! —Odeio! Eu a odeio! —Você ama-ah! Não no rosto! Não no rosto! Eu sou bonito demais, porra! Não no rosto!


—Você está fazendo uma dança feliz? Kara imediatamente parou seu pequeno balanço e virouse para enfrentar o homem cujo traseiro ela chutou para se tornar a mais nova consultora de supervisão, o que significava que ele era agora sua cadela, er, empregado. —Não. — Ela mentiu quando alisou a frente de sua saia. Limpou a garganta. —Eu estava arrumando minha saia. Tom arqueou uma sobrancelha incrédulo. —Ao agitar seu traseiro? — Ele perguntou seco. Irritada por ele tê-la pego balançando seu quadril ou melhor, fazendo uma dança feliz em seu novo escritório, ela perguntou-lhe em tom firme. —Existe algo em que eu possa ajudá-lo? Ele simplesmente encolheu os ombros enquanto olhava por cima das duas caixas de papelão que colocou sobre a mesa com tampo de vidro. Ela viu quando ele rapidamente examinou o vazio escritório. Não tinha como perder sua expressão infeliz. Era muito ruim e tão triste, porque era claramente o melhor homem, er, mulher para o trabalho. —O Sr. Walters gostaria de vê-la em seu escritório. — Ele anunciou abruptamente antes de se virar e ir embora. Bem, era bom saber que ela fez um amigo, pensou seca quando alisou a saia uma última vez e deixou seu escritório, mas não antes que olhasse ansiosamente para seu novo


escritório uma última vez. Tinha cerca de quarenta anos de ideias de decoração para seu novo escritório. Embora esta não fosse sua primeira posição em um escritório, era a primeira vez que tinha sua própria sala. As poucas vezes em que trabalhou em escritórios antes foi como secretária, em geral compartilhando o espaço com cerca de vinte outras pessoas. Sempre teve medo de tentar algo mais alto, porque suas credenciais não eram exatamente boas. Desde que foi expulsa com apenas uma mochila quando tinha quatorze anos, a única ajuda que teve veio de seu primo Mick, o que não foi de grande ajuda uma vez que todos os seus postos de trabalho ao longo dos anos envolveram seus músculos. Tinha tanto medo da exposição que manteve a cabeça baixa e tentou encaixar no plano de fundo, passando despercebida. Cerca de cinco anos atrás tudo mudou quando outro de seus chefes, mais uma vez, agarrou a bunda dela e sussurrou uma proposta indecente em seu ouvido que iria garantir-lhe um extra de cinquenta dólares por hora. Não era a primeira vez que um de seus chefes agarravam sua bunda ao longo dos anos, mas naquele dia ela decidiu que seria a última vez que deixaria isto acontecer novamente.

Recusava

a

passar

a

imortalidade

sendo

manuseada por cretinos apenas pela oportunidade de um bom salário. Então, fez o que qualquer shifter que se preze faria.


Pagou a outra shifter uma bolada para forjar algumas credenciais foda para ela. Isso ajudou a abrir muito mais portas. Pegou um trabalho de nível mais alto com Jacobson, uma empresa de assessoria empresarial profissional como uma colaboradora júnior. Aprendeu as puxar as cordas de como ajudar as empresas a cortar custos, filtrar seus empregados e melhorar suas operações na metade do custo. Os últimos cinco anos foram cansativos, mas eles valeram a pena, porque agora ela tinha seu próprio escritório, seu próprio pessoal, um salário aceitável e sem chefes tentando dobrá-la sobre suas mesas para passar o tempo até que tivessem que ir para casa com suas esposas. Uma única vez precisou ir para o campo, agora estava em nível de supervisão e não lidava com os proprietários infelizes que faziam de sua vida uma droga com sua lamentação constante vinte e quatro horas. Agora ela apenas tinha que sentar seu traseiro em um escritório, passar por cima da papelada e enviar seus assessores para fora em seu nome. Poderia sua vida ficar melhor? Primeiro uma promoção e em seguida, basicamente castrou Drew, fazendo um favor a todo o sexo feminino. Não, a vida realmente não poderia ficar melhor do que isso. Antes que ela chegasse a mesa da secretária do Sr. Walters, ele fez um gesto dizendo que ela podia entrar. Entrou no grande escritório para encontrar o Sr. Walters, um homem de cinquenta e poucos anos com o cabelo tingido de preto dando-lhe um aspecto um pouco assustador, sentado


atrás de uma grande mesa de mármore, parecendo sentir dor. —Por favor, sente-se, senhorita Sands. — O Sr. Walters fez um gesto com um sorriso tenso. Kara não se ofendeu desde que sabia que o homem recentemente fez Botox. Estava apenas surpresa por ele conseguir sorrir para todos. —Você queria me ver, senhor? — Ela perguntou agradavelmente. Ele cruzou as mãos na frente enquanto limpava a garganta. —Sim, temo que temos um problema. — Ele anunciou. Um problema? Será que Tom reclamou sobre sua promoção? Não seria surpresa para ela. —Nós tivemos uma queixa. — Anunciou. Ela reprimiu um suspiro. Seu primeiro dia no trabalho e já tinha um dos seus empregados fazendo asneira. Não era como imaginava seu primeiro dia, mas lidaria com isso. Olharia sobre o problema e descobriria como resolvê-lo sem favorecer qualquer que seja o empregado... —Você está demitida.


—Sr. McNeil? — Mary sussurrou nervosa enquanto trocava com ansiedade de pé na frente da mesa onde ele estava lidando com seus papéis. Lentamente, ele

levantou

os olhos

do

inventário.

Quando não falou nada, ela se moveu novamente quando deu um passo para trás. Menina esperta. Ele não estava com absolutamente nenhuma disposição para qualquer besteira hoje. Aparentemente, sua equipe tinha de alguma forma percebido seu humor. Claro que eles podem ter descoberto que estava chateado quando bateu com o punho através de uma das mesas quebrando-a ao meio, quando Jeff, o barman, informou-lhe que não havia nenhum café fresco. Então, novamente, poderia ter sido o incidente da mancha de água ou sinal de desgaste na pista de dança. Era realmente difícil dizer qual destas coisas. —Ângela e Diane não apareceram para o trabalho. — Ela anunciou, dando mais um passo para trás. Sua mandíbula se apertou quando voltou sua atenção para a escala de empregados na frente dele. Havia apenas dez garçonetes programadas para trabalhar esta noite, quando deveria ter, pelo menos, quinze garçonetes programadas para o trabalho. Estavam a duas noites antes da lua cheia, o que


significava que estava prestes a ter uma casa cheia de shifters querendo queimar energia. Era o momento mais rentável do mês para seu clube e definitivamente não era momento para falta de pessoal. Shifters não eram exatamente conhecidos por sua paciência durante a semana que antecedia a lua cheia. Se não pudesse fornecer-lhes um serviço rápido e confiável para mantê-los calmos e felizes, iriam a outro lugar e ele teria que servir apenas seres humanos. Nem fodendo isso aconteceria. Este era o melhor clube de shifter na cidade e não estava disposto a deixar essa mudança. —Chamem todos e digam para estarem aqui hoje à noite. — Disse ele, jogando o cronograma para o lado. —Eu-eu tentei. Drew lentamente olhou para a mulher assustada. —E? —Ele perguntou em voz baixa. Ela fez um gesto impotente com as mãos no sentido de sala de descanso dos empregados. —Eu não consegui que atendessem ao telefone. — Ela murmurou pateticamente, parecendo perto das lágrimas. —Bem, chame-os novamente! — Ele explodiu com as garras sobre a mesa. Ela abriu a boca, provavelmente para discutir, mas apenas conseguiu sair um gemido quando ele grunhiu uma


advertência, um aviso de que ela sabia que não deveria ignorar. —S-sim,

senhor.

Ela

sussurrou,

virando-se

e

praticamente correndo para sua sala em segurança. Ele olhou para a mesa e suspirou. Parecia que teriam que substituir esta mesa antes desta noite também. Com um pequeno movimento de seus pulsos, tirou as garras fora da mesa, fazendo uma careta quando vários pedaços de madeira vieram com elas. Ótimo. Apenas o que ele precisava hoje. —Tire suas patas de mim, Mick! Juro por deus que eu vou chutar o seu traseiro se não me colocar para baixo para que eu possa matar o filho da puta! Mesmo sobre os gritos, Drew conseguiu distinguir a resposta quando ouviu o grunhido de Mick. Ele olhou para cima a tempo de ver Mick andando em seu clube levando Kara sobre seu largo ombro. A julgar por suas promessas de danos corporais a seu primo, Drew adivinhou que ela estava muito irritada. Bom, porque ele estava em um humor de merda também e ficaria mais do que feliz em jogá-lo sobre a pessoa que causou isto. Com um grunhido, Mick desceu sua carga em frente à mesa de Drew. Kara levou um momento para enviar a seu primo um olhar assassino antes de voltar sua atenção sobre ele. Drew a ignorou por um momento, enquanto passava os olhos sobre ela, tomando seu tempo para apreciar o que o destino lhe deu.


Ele sentiu as sobrancelhas se arquearem quando notou sua aparência desgrenhada. Seu cabelo normalmente bonito cor de bronze era um emaranhado. Havia manchas de sujeira no rosto e pescoço, bem como em sua saia social. Ele se levantou e inclinou sobre a mesa para obter um melhor olhar das pernas, ignorando o grunhido baixo de advertência. —Você passou do limite, desta vez. —Ela disse, fazendoo franzir o cenho. Desta vez? Ele deve ter checado suas pernas mil vezes antes. Claro, nunca olhou abertamente, mas, novamente ele não sabia que ela era sua antes. Agora via como seu direito e responsabilidade. Então, depois de uma longa leitura dessas belezas douradas cobertas de sujeira e algumas escoriações ele tomou seu tempo sentando-se para trás, certificando-se de olhar os seios antes de encontrar os olhos muito irritados. —O que posso fazer por você, Kara? Veio para pegar as chaves da cobertura?

Ele perguntou em um tom

aborrecido. —Não, eu vim para exigir que você conserte tudo o que fez! — Ela retrucou, ganhando uma expressão confusa dele. —O que exatamente você acha que eu fiz? — Ele perguntou, tomando um gole de sua água, apenas para irritála. —Você sabe exatamente o que você fez! — Ela retrucou com uma voz que estava se tornando mais animal do que humana a cada segundo.


Ele não ficou surpreso quando viu duas pequenas presas deslizarem para baixo de suas gengivas ou a prata de seus olhos brilhando. Bem, na verdade estava. Ele ainda estava um pouco em choque ao descobrir que Kara era uma Alfa após todos estes anos, não que não tivesse sentido um imenso poder vindo dela, mas apenas assumiu que ela era uma mulher um pouco mais forte. Nunca em um milhão de anos teria adivinhado o que ela era, uma vez que era muito raro ter uma fêmea Alfa sem Matilha. Droga, era raro para qualquer macho Alfa ou fêmea não ter uma Matilha, mas ali estava ela irritada e parecendo pronta para matar alguém sem ter uma Matilha para apoiála. Ele mentalmente se desligou dela e voltou sua atenção para sua papelada. —Eu realmente não sei o que te deixou frustrada hoje, Kara. Então, a não ser que esteja aqui para foder ou pegar as chaves do apartamento, terei que pedir para sair. — Disse ele no mesmo tom aborrecido que sabia que a deixava mais irritada, mesmo enquanto tentava descobrir uma maneira de contornar o problema de empregados. —Eu não vou embora até que você corrigir o que fez. — Ela disse com raiva. Infelizmente para ela, ele não tinha paciência para esta besteira. Não fodeu em mais de três meses, por causa de suas obrigações com a Matilha e negócios e agora não haveria nenhum alívio no futuro previsível.


Adicione isto a merda com a Matilha e a guerra que estava se formando entre os Mestres e os Sentinelas, além de ter falta de pessoal, então ele realmente estava irritado. —Que diabos você acha que eu fiz agora? — Perguntou ele com um suspiro pesado, deixando cair o lápis sobre a mesa quando se sentou e esperou por ela para enchê-lo de qualquer besteira que estava deixando a seus pés. —Você sabe exatamente

o que você fez. —

Ela

resmungou. —Temo que não. Assim, pode querer me esclarecer. — Disse ele, tomando um gole de sua bebida enquanto gesticulava para ela ir em frente. Ela abriu e fechou suas mãos enquanto olhava para ele e não havia nenhuma dúvida em sua mente de que ela mal estava se controlando antes de pular em sua garganta. Isso na verdade o divertia, que ela até mesmo considerasse e pelo brilho assassino nos olhos que ele conhecia muito bem, que estava pensando em fazê-lo. Mas se conteve, porque sabia que Alfa ou não, ela não era páreo para ele. Se fizesse um movimento ele a derrubaria no chão e iria fodê-la para colocála em seu lugar. Os seres humanos podiam chamar isso de estupro, o que iria concordar cem por cento e até mesmo matar qualquer bastardo que viesse a fazê-lo, mas em seu mundo como um Alfa com uma Matilha para liderar e com sua companheira, era seu dever mantê-la em seu lugar. Havia


muitas vidas em jogo agora e não podia arriscar ser visto como fraco. —Você. — Disse ela com tanta veemência que não pode evitar arquear uma sobrancelha em questionamento. — Fez com que fosse demitida. Teve minhas contas bancárias drenadas,

meu

apartamento

roubado

e

minha

bunda

expulsa! Meu carro foi roubado e quando liguei para minha companhia de seguros, fui informada de que eu nunca tive uma conta com eles. Na verdade, você realmente passou dos limites para se certificar de que eu nunca existisse! —Eu acho que eu teria me lembrado de fazer algo assim. — Ele pensou calculando todas as novas possibilidades com que ela lhe presenteava. —Provavelmente teve um de seus empregados fazendo isso por você. — Ela retrucou. —Eu quero você consertando tudo e eu quero agora! —Isso tudo aconteceu hoje? — Ele perguntou, já sabendo que tudo tinha a ver com seu acasalamento. Alguém queria levá-la para fora da cidade na esperança de que ele a seguisse? Interiormente bufou. Ela era apenas a cadela a quem ele ficou preso. Se ela queria ir poderia ir e ele não daria a mínima para isso. Bem, isso não era inteiramente verdade. Ele queria ter relações sexuais novamente, mas neste

ponto

realmente

considerou

uma

compensação

interessante se nunca tivesse que lidar com ela novamente. —Você sabe o que fez! Eu também não aprecio enviar machos humanos para me atacar. Se quer se livrar de


mim, então sugiro que cresça um par de bolas e faça-o sozinho. — Ela zombou, aproximando-se da mesa e, mais uma vez olhando como se estivesse lutando contra o desejo de rasgar lhe ao meio. —Você foi atacada? — Ele perguntou, olhando-a mais uma vez. Bem, isso explicaria sua aparência desgrenhada, ele supôs. Seus olhos se estreitaram sobre ele mais uma vez. —Pare de fingir que você não fez isso, Drew. Apenas conserte e fique fora da minha vida! — Ela respondeu, mas ele não estava ouvindo. Estava muito ocupado se perguntando por que alguém iria usar seres humanos para ir atrás da companheira de um Alfa. Realmente não fazia sentido, mas novamente nem estar acasalado à maldição de sua existência. —Você ficará na cidade? — Ele perguntou quando voltou sua atenção para assuntos mais importantes. Como diabos iria gerir o clube quando estava tão estressado? —Você ao menos ouviu uma palavra que eu disse? — Kara exigiu com um rosnado bonitinho. —Não, não realmente. — Ele murmurou, perguntando se deveria se arriscar e entrar em contato com uma das agências de pessoal temporário, mas não gostava da ideia de muitos seres humanos trabalharem em seu clube. Havia muito em jogo para arriscar que um humano visse algo que nunca deveriam ver e eles definitivamente o fariam esta


noite.

Talvez

se

os

mantivessem

longe

da

sala

dos

funcionários, da área privativa e as áreas VIP, manteria apenas para shifters, vampiros e demônios que pudesse usálos, mas isso significava usar sua equipe já pequena, enquanto a equipe humana lidaria com o próprio clube o que não iria funcionar. Eles não saberiam como lidar com a clientela ou com um shifter insistente. Porra. O que diabos deveria fazer agora? —Irei explicar isso novamente, lentamente, desta vez para que você possa entender. — Kara disse com força. — Você

me

fez

ser

demitida,

minhas

contas

bancárias

esvaziadas, eu fui despejada do meu apartamento e tudo ou foi roubado ou destruído. Graças a você, eu não tenho um centavo no meu nome e estou usando tudo o que eu possuo agora. Ele olhou para cima e franziu a testa para a mulher puta de pé na frente dele. —Você não tem nada? —Sim! — Ela praticamente assobiou. —Você tem certeza? —Sim! Oh, isso era perfeito, pensou, sem se importar em segurar o sorriso perverso que ele sabia, sem dúvida, que iria irritá-la.


—Do que você está rindo? — Ela perguntou, parecendo perto de se lançar em sua garganta novamente. A mulher definitivamente tinha problemas de raiva, ele pensou com um suspiro interior. Isso era perfeito, quase perfeito demais. Claro, teriam que trabalhar em suas mudanças de humor, mas, pelo menos, parecia que um de seus problemas estava prestes a ser resolvido e nem um pouco cedo demais. Ele realmente não tinha certeza de que seria capaz de sobreviver mais uma noite sem sexo, mas graças a situação de sua companheira, não precisaria. Tê-la disponível vinte e quatro horas, sete dias da semana, iria ajudá-lo a lidar com algum desse estresse. Não sabia a quem tinha que agradecer por este dilema dela, mas estava seriamente pensando em enviar-lhes uma nota de agradecimento e uma caixa de bifes uma vez que isto funcionou perfeitamente para ele. Ela poderia ir para uma de suas coberturas, onde ele apenas teria que lidar com ela quando quisesse sexo e, em seguida, o resto do tempo poderia viver uma existência sem Kara. Isso era perfeito demais. —Vá ver Ryan ao sair. Ele vai dar-lhe as chaves, código e endereço de uma das coberturas. — Disse ele, franzindo os lábios em pensamento quando a olhou. Tão feliz como ele estava por finalmente tê-la, ele sempre a imaginou um pouco... oh, qual era a palavra?


Mais limpa? O estilo grunge não era para ele. Inclusive ficou surpreso por perceber que tinha padrões. Gostava de sexo sujo, tanto quanto qualquer cara, mas com a ênfase no sexo. Ela iria poder se limpar e ele teria que fazer algumas ligações para ter algumas roupas enviadas para ela desde que não confiava nela para escolher algo que lhe agradasse. Uma vez que ela tivesse aprendido seu gosto, ele iria abrir algumas linhas de crédito para ela em uma loja de lingerie ou duas para que pudesse começar a surpreendê-lo. Ele não se incomodaria de fornecer a ela roupas reais, uma vez

que

ela

não

teria

qualquer

razão

para

sair

do

apartamento, ele decidiu, sentindo o prazer mais uma vez com a forma como as coisas estavam ficando. Havia apenas algo sobre ter Kara à sua mercê que fez com que colocasse um sorriso no rosto. Ela cruzou os braços teimosa sobre aqueles seios grandes que ele passaria horas conhecendo um pouco melhor e olhou para ele. —Eu não vou me mudar para uma de suas coberturas e me tornar sua escrava sexual, pode esquecer isso. —Claro que irá. — Disse ele com ar satisfeito, porque, na verdade, o que mais ela iria fazer? Ambos sabiam que ela não tinha outras opções. Era um shifter sem uma Matilha, ligações, dinheiro ou até mesmo uma identidade. Precisava dele e iria recompensá-lo muito


bem por sua bondade. —Não, eu não vou! Basta corrigir tudo o que você fez para que eu possa ter minha vida de volta! — Ela retrucou. Ele encolheu os ombros quando se encostou à cadeira almofadada. —Não é possível corrigir o que eu não fiz, querida. Suas únicas opções estão em viver na rua ou ir a uma das minhas coberturas e conhecer cada uma das minhas necessidades. Por um momento, ela apenas olhou para ele. Ele sabia que ela era uma mulher inteligente e estava provavelmente pensando em todas suas opções. Como não havia quaisquer outras opções que ele soubesse, não tinha dúvidas de que ela chegaria rapidamente à conclusão óbvia e perceberia que ele estava dando uma grande honra a ela. Não havia dúvida de que ela iria colocar alguma resistência antes de aceitar seu destino. Esta era Kara depois de tudo, mas quando percebesse o quão fácil a sua vida poderia ser graças a ele, iria começar a se comportar como uma boa companheira e abriria as pernas sempre que ele estivesse de bom humor. Levaria tempo, mas sabia que a teria treinada em um mês, dois no máximo. —Você não vai consertar isso? — Ela perguntou, parecendo irritada novamente, o que estava começando a ficar chato. E eles estavam de volta a isto? Perguntou-se com um suspiro pesado. Ela realmente precisava seguir em frente e


deixar as coisas para que eles pudessem chegar ao sexo. —Não, eu não vou. Você precisa de uma carona para a cobertura? — Ele perguntou casualmente, decidindo que o sexo era exatamente o que era necessário para limpar a sua cabeça. —Não, eu tenho certeza que posso ir para um beco sem uma carona. —Disse ela, lançando lhe um olhar de puro desgosto, deixando-o um pouco confuso e seriamente puto. Ela preferia viver em um beco a aceitar sua oferta generosa? Que diabos havia de errado com ela? —Hum,

Sr.

McNeil?

Mary

disse

timidamente

enquanto se aproximava dele, tomando o lugar que Kara ocupava e arrastou toda sua raiva em direção a ela. —O que? — Ele retrucou, sentindo seus olhos mudarem. Ela abaixou a cabeça em um ato de submissão enquanto visivelmente engolia. —Eu... hum, é que... — Ela respirou fundo antes de continuar. —Outra garçonete simplesmente se demitiu. —O QUE? — Ele rugiu, levantando-se. Ela soltou um grito estridente contra seus ouvidos quando fugiu, sem dúvida, para se esconder debaixo da mesa na sala. Seus olhos se deslocaram para Kara enquanto ela andava para fora do clube, elevando sua ira a um nível muito perigoso. Ótimo.


Ela queria jogar este jogo, então ele iria jogar junto. Obviamente, precisaria ser um pouco mais convincente. Teria que fazer algo para mantê-la por perto enquanto se certificava de que ela bateria no fundo do poço e uma vez que ela o fizesse, aceitaria sua oferta. Ela provavelmente ainda o agradeceria, ele decidiu quando foi atrás de sua companheira indesejada.


—Eu entendo. — Disse Kara em um suspiro quando franziu a testa para o que quer que este material preto fosse e se afastou alguns centímetros no beco à direita, imaginando o que ela ia fazer agora. Grunhido. —Não, eu não estou brava com você. — Ela tranquilizou Mick enquanto observava seu grande primo se mover nervoso na frente dela. Houve outro grunhido, seguido por um longo suspiro pesado que lhe disse o quão ruim ele se sentia sobre a coisa toda. —Não há nada a perdoar. — Disse ela, forçando um pequeno sorriso. Mick realmente era um homem muito doce, mas não podia aceitar o convite para ficar com ele e sua companheira e ambos sabiam disso. Ele fazia parte de uma Matilha e ela não. Não importava como o destino foi cruel e ela agora estava acasalada ao Alfa da sua Matilha. Drew não previu isso ou a apresentou para a Matilha de modo que ela ainda era tecnicamente uma viralata, uma Alfa sem uma Matilha. Eles apenas toleravam a presença dela porque o pai de Drew a permitiu em seu santuário, desde que ela seguisse as regras do Alfa. Enquanto não fizesse qualquer movimento contra eles ou tentasse


forçar sua presença na Matilha, eles a tolerariam, mas no momento em que ela tentasse se mover com um membro da Matilha seria visto como um convite para levá-la para fora de Boston. Embora Mick possuísse sua própria casa, ele ainda era considerado propriedade da Matilha. Ela podia visitá-lo, mas não tinha permissão para ficar. Se ela tentasse, Mick teria que lidar com o resto do sua Matilha e ela não queria levar para seu primo mais problemas do que já tinha. Além disso, tosse, Drew, tosse provavelmente, estava fazendo isso, apontando seus pequenos acessos de raiva na direção de Mick e ela não aceitaria isto. Lidaria com isso sozinha. Se não pudesse ter o dinheiro de volta, então, tinha apenas que ganhá-lo à moda antiga. Claro, caso ela quisesse fazer isso, então teria que deixar a costa leste se quisesse um novo começo e esperar que os seus problemas não a seguissem. Melhor que eles não a seguissem. Depois que saísse, nunca mais queria colocar seus olhos em Drew ou seu outro problema. Com certeza não quis vê-lo novamente desde a primeira vez que o conheceu, mas este não era o ponto. Era melhor que estivesse mais feliz do que antes. Se ela não fosse pobre e sem-teto, provavelmente ficaria por ali e faria de sua vida um inferno, mas já que isto não era uma opção... Perdeu tudo e sabia por experiência que iria precisar de muito trabalho, paciência e tempo para criar uma nova


identidade e ela preferiria apenas resolver isso logo. Primeiro, tinha que descobrir uma maneira de conseguir dinheiro o suficiente para deixar o estado, comprar uma identidade falsa e o que precisava para sobreviver, enquanto procurasse um trabalho. Sentiu-se tentada a aceitar de Mick sua oferta de um empréstimo, mas não tinha certeza de quando seria capaz de pagar de volta. E também não gostava de dever nada a ninguém. Maldito orgulho, mas não iria aceitar esmola. Se ficar muito ruim, então consideraria, mas por agora teria que encontrar um lugar para ficar e pensar em uma maneira de fazer algum dinheiro, mantendo o que restava de seu orgulho intacto. —Belo lugar que você tem aqui. — Disse uma voz arrastada enquanto caminhava em direção a eles. Ela encarou enquanto ele se inclinou contra a parede de tijolos em frente a ela. —Você consertou tudo? — Ela perguntou, na esperança de que sim. Realmente não queria começar tudo novamente. —Não é possível consertar o que não fiz, querida. — Disse Drew, olhando ao redor do beco. —O caralho de uma visão que você tem aqui. — Ele disse, apontando para uma prostituta dando a um homem de meia-idade um boquete perto das lixeiras. Ela encolheu os ombros. —Mais barato do que TV a cabo.


—Entendo. —Disse ele, voltando sua atenção para ela. —Interessada na cobertura ainda? —Não, obrigada. Eu não estou tão desesperada ainda. — Disse, esperando irritá-lo. Ele simplesmente encolheu os ombros como se não tivesse

importância,

quando

ambos

sabiam

que

isso

importava muito a ele. O homem era um prostituto e ela duvidava que ele fosse sobreviver a mais uma semana sem sexo. Na verdade, esperava ele vir de quatro implorando em um dia ou dois. E claro, recusaria, mas realmente estava ansiosa para torturá-lo antes de executar seu plano. —Ok, então sobre isso. — Ele pensou, cruzando os braços sobre o peito enquanto a observava. — Virá trabalhar para mim e eu vou arrumar um lugar para você ficar e eu mesmo vou ajudá-la a conseguir uma nova identidade, mas terá que ficar até que eu possa encontrar alguém para substituí-la. —Fazendo o que? — Ela perguntou com cautela. Não confiava nele, nunca confiou. Ele estava tramando algo, ela apenas não sabia o que era ainda, mas estava totalmente planejando descobrir. —Eu preciso de uma secretaria. Estou com falta de pessoal e não sei quanto tempo vai levar antes que eu possa conseguir ter algumas shifters interessadas no trabalho. — Ele admitiu com um encolher de ombros. Seus olhos dispararam de volta para Mick para


encontrá-lo balançando a cabeça em concordância. Então, ele estava tendo problemas de pessoal. Isso era interessante, mas não explicava por que ele ferrou seu cargo. Também sabia que ele não poderia simplesmente contratar seres humanos para trabalhar para ele. Era muito arriscado e, como Alfa ele não podia expor seu mundo para os seres humanos. Então novamente, ele poderia contratar demônios para trabalhar no clube, mas traria um novo mundo de outras questões que ninguém em sã consciência iria querer lidar. Poderia haver algumas vampiras interessadas, mas Mestres

pagavam

mais

e

queriam

evitar

que

elas

trabalhassem para um shifter. Ela

pensou

por

um

minuto

antes

que

teimosa

balançasse a cabeça. Não importava quão desesperada estivesse, não podia confiar nele. Por tudo que sabia isso era parte de seu plano. Ele a levaria para trabalhar para ele e depois? Será que esqueceria tudo novamente e tornaria sua vida um inferno, até ela aceitar sua oferta da cobertura? Provavelmente isso e muito mais. —Obrigada, mas irei recusar. — Disse, perguntando se alguém reivindicou a velha caixa de geladeira perto do lixo. Provavelmente não seria uma experiência agradável, mas pelo menos ela ficaria seca e fora do vento da noite. —Eu acho que está tudo certo, então. — Disse Drew, se empurrando para longe da parede. Com um aceno de cabeça, ele fez um gesto para Mick voltar ao trabalho. Com um grunhido, Mick deixou saber que ela sempre poderia ir a


ele se precisasse de ajuda, quando retornou ao clube deixando-a com o homem que destruiu sua vida. —Se você mudar de ideia, estou oferecendo-lhe um quarto e um emprego, mas acho que dormir com ratos está muito bom. Deixe-me saber se algo mudar. — Disse ele se afastando, assobiando uma irritante alegre melodia. Ela olhou ao redor do beco e mordeu o lábio inferior, não queria ficar ali, mas por um minuto passou por sua mente passar a noite ali. Ela estava realmente pensando em fazer isso? Sim, mas sabia que não poderia fazer isso, não podia confiar nele para não transar com ela. Apenas iria ter que ficar ali esta noite e tentar descobrir uma maneira de se salvar dessa bagunça e ir embora de Boston por conta própria, decidiu segundos antes de o céu se abrir e derramarse sobre ela.

—Aquele pacote que você estava esperando está em seu escritório, Sr. McNeil. — Troy, um de seus melhores garçons, disse quando Drew passou pelo bar para verificar a fachada,


mas logo que as palavras do homem foram registradas em sua cabeça, ele se virou e se dirigiu para seu escritório, tentando tirar o sorriso triunfante de seu rosto. Quando ele abriu a porta de seu escritório, perdeu essa guerra e sorriu muito quando olhou para sua indesejada e molhada pequena companheira. Aquele olhar que ela estava enviando perdeu seu efeito, pois ela estava lá, tremendo incontrolavelmente. —O que posso fazer por você, Kara? — Ele perguntou casualmente enquanto caminhava ao redor de sua mesa e se sentava. Ele se inclinou para trás em sua cadeira enquanto observava sua luta com a necessidade de contar com ele e pedir ajuda. —O trabalho ainda está disponível? — Ela disse com força através dos dentes barulhentos. Ele fez um show de refletir sobre isto. —Pode ser. Por quê? Conhece alguém interessado? Seus olhos se estreitaram perigosamente sobre ele e tinha que saber que era errado sentir tanta alegria em fazer da sua vida um inferno, quando ela já estava por baixo. Provavelmente, mas ele não se importava. Estava desfrutando tanto quanto estava preocupado com o que ela tinha a caminho. Depois de todos os anos de besteira, insultando-o e provocando até o ponto onde não sabia se queria transar


com ela ou estrangulá-la, ela estava ali. Mesmo que isso não a levasse a ser sua amante deveria, pelo menos, lhe ensinar uma lição de humildade. —Chega de merda, Drew. Quanto, quantas horas, quando eu começo e onde está este quarto que você me prometeu? — Ela perguntou em seu típico tom sem besteiras. —Bem, eu normalmente pagaria dez dólares por hora, mas vendo como você precisa de espaço apenas posso oferecer-lhe metade disso. —O que? Isso é besteira! — Ela retrucou. —Você mantém suas gorjetas é claro. — Explicou ele, o que pareceu agradá-la se aquele brilho nos olhos significasse alguma coisa. Então novamente, talvez deveria dizer a ela que iria lhe atribuir servir os seres humanos e os vampiros que notoriamente davam gorjetas ruins, não, ele deixaria ela descobrir por conta própria. —Você vai me pagar por baixo dos panos. — Ela o informou, não pediu, observou ele. —Claro. — Podia não ser legal, mas ele precisou fazer isso por vários dos shifters que trabalharam para ele, uma vez que nenhum deles queria que suas antigas Matilhas os encontrassem. —Vou precisar de um adiantamento. — Disse ela, tentando soar firme, mas não conseguiu. —Não vai acontecer. — Disse ele, perguntando se ela


realmente achava que era tão estúpido. Ela pegaria o dinheiro e fugiria e ambos sabiam disso. Ela zombou quando apontou para as roupas em ruínas. —Preciso comprar roupas. Eu não posso sair por aí nua. —Você poderia se você aceitasse minha oferta do apartamento. — Disse ele, fazendo uma nota mental para deixá-la nua nas terças, quintas e sábados, quando ela finalmente aceitasse sua oferta. Com um leve aceno de cabeça, ela se dirigiu para a porta. —Esqueça. Esta foi uma ideia estúpida de qualquer maneira. —Oh, então você tem um lugar para ficar uma vez que entrar no calor? Se o que ouvi for verdade, poderia ser amanhã ou daqui a um mês? Você sabe o que irá enfrentar se você não tiver um lugar seguro para se esconder quando te atingir. — Disse ele, sabendo muito bem que teria sua bunda na cobertura antes de seu primeiro período de calor de acasalamento. Ele não iria permitir de nenhuma maneira qualquer outro homem ter acesso ao que era dele e com certeza não iria perder o primeiro calor do acasalamento, não depois de tudo o que ouviu. Ele também iria fazer tudo, claro, para ser o único do sexo masculino ao redor dela quando chegasse a hora e iria fazê-la implorar pelo seu pau antes de dar a ela.


Ele quase riu quando sentiu a agitação de seu pau para a vida em sua calça. Deveria deixá-lo feliz em saber que a maldita coisa funcionava, mas isso não aconteceu. Em vez disso, o lembrou da séria fodida situação que estava. Se ela não tivesse mostrado seu lado Alfa a esses malditos humanos na noite passada eles nem sequer estariam nessa confusão. Eles provavelmente nunca teriam percebido que foram feitos para se acasalar. Ele poderia ter continuado a foder qualquer coisa que se movesse e além disso gostava de sua vida, mas ela tinha que ter estragado tudo na noite passada. Desde que atingiu sua maturidade sexual ele fez de tudo para ficar longe de todas as fêmeas virgens. Nunca quis ficar preso a uma mulher e sempre fez questão de manter uma distância saudável entre ele e Kara. Se ela fosse parte de sua Matilha ele poderia tê-la forçado a fazer um juramento de sangue para que pudesse tocá-la e puni-la quando ela precisasse dele e sabia muito bem que ela precisaria muitas vezes. Seu acasalamento teria permanecido escondido até que eles tivessem relações sexuais e ele sabia que nunca teria acontecido. Eles se odiavam, sempre se odiaram. Embora não teria se importado em ter alguma ação entre as pernas dela, sabia que a maldita mulher teimosa negaria sua atração por ele até seu último suspiro. —Onde está meu quarto? — Ela perguntou quando passou as mãos sobre o rosto, provavelmente desejando que este dia acabasse logo. Sem dúvida, ela queria tomar um


banho, rastejar na cama e dormir pelo resto do dia. Isso era realmente muito ruim, porque seu dia mal começou. Ela ainda tinha nove horas à frente para ralar sua bunda por cinco dólares por hora. —Você ficará com o trabalho? — Ele perguntou casualmente, tentando não a deixar saber o quanto isso lhe agradava. Dava a ela uma semana antes de ficar cheia dessa besteira, iria castigá-la antes de vir rastejando para ele de quatro, implorando por uma chance de ser sua amante. Como um cavalheiro, ele é claro iria aliviar seu sofrimento e colocá-la em seu apartamento, mas apenas dela provar que poderia pedir da forma correta. —Apenas para você saber. — Disse ela, abrindo a porta. —Não irei dormir com você. —Claro que não. — Ele concordou. Não tinha planos de dormir com ela, mas estava mais do que disposto a transar com ela.


—Onde está o resto do meu uniforme? — Kara perguntou quando olhou para a camiseta preta apertada com as palavras —Clube Luna— escritas em amarelo sobre os seios e terminava pouco acima do umbigo. Sua saia curta era apenas isso, curta. Ela começava ao redor dos quadris e terminava alguns centímetros mais curta do que ela estava acostumada. Sandy, a garçonete chefe, empurrou um par de saltos altos pretos em seus braços. —Você

sabe

como

servir

bebidas,

certo?

Ela

perguntou, suspirando pesado, como se duvidasse de que Kara pudesse fazer até mesmo isso. Lembrando-se de que precisava desse trabalho e não queria ficar encarregada de limpar as lixeiras, algo que provavelmente teria que fazer de qualquer maneira uma vez que pensou sobre isso, comprimiu sua mandíbula fechada e simplesmente assentiu. —Bom. — Sandy disse com um suspiro aliviado. — Basta seguir as regras e você ficará bem. —Quais são as regras? — Kara perguntou quando a mulher se virou para sair da sala. —Não beber, sem drogas e sem transar enquanto você estiver no horário. —Sandy disse, sem quebrar seu passo


enquanto saía da sala de descanso e fechava a porta atrás dela, deixando Kara de pé lá mais uma vez se questionando como terminou nesta situação. Ela se guardou e se preparou toda sua vida para algo assim, mas aparentemente não foi o suficiente. Então novamente, nunca pensou que estaria acasalada a um idiota ou teria toda a sua existência dizimada em um dia. Depois de todo esse planejamento, levando a vida para sobreviver e continuar em frente sem ter certeza de que poderia cuidar de si mesma, ali estava ela sem nada para mostrar para ele. Ela não tinha sequer um dólar em sua bolsa. Não que isso importasse desde que sua bolsa foi roubada. Pior de tudo, era agora completamente dependente do homem a que, prometeu uma joelhada nas bolas no dia em que ele encontrou sua companheira apenas para descobrir que ela era a puta pobre que acabou com ele. As coisas poderiam ficar piores? Perguntou-se quando apertou os dedos nos saltos pretos que eram pequenos demais e amaldiçoou Drew mentalmente. —Por que está demorando tanto tempo? Temos clientes sedentos por aqui. Mova seu traseiro. — Sandy disse quando bateu na porta da sala de descanso para ver o que estava tomando tanto tempo de Kara. Com um suspiro irritado, Kara reajustou seus seios no muito pequeno sutiã que foi forçada a pedir desde que o dela molhou, e seguiu a mulher amarga para fora da sala, esperando que esta noite acabasse rapidamente.


É claro que isso não aconteceu. Assim que seus pés tocaram o chão de madeira do lado de fora da sala de descanso, ela foi jogada no inferno. Todo mundo queria uma bebida e eles queriam agora. Não se importavam que ela tivesse cerca de uma centena de outros clientes para cuidar ou que estava carregando uma bandeja transbordando com bebidas, todo mundo que passava fazia tudo o que podia para conseguir a sua atenção e se ela não anotasse imediatamente seu pedido ficavam realmente irritados. Pelas primeiras duas horas, ela mordeu a língua e tomou sua lamentação, mãos bobas e atitude com sorriso — me foda. Ela até se forçou a ignorar os presunçosos sorrisos que atraiu enquanto andava e parou antes de fazer um gesto grosseiro que provavelmente a faria ser demitida, mas em alguns segundos ela sentiu uma mão sob sua saia e na bunda dela e teve o suficiente. Lentamente, muito lentamente, ela se virou para olhar para baixo, para o macho humano que ainda tinha a mão na parte de trás da saia e tinha um punhado de seu traseiro. Ela olhou diretamente para seu braço onde ele desaparecia sob sua saia, para o rosto do bastardo arrogante que realmente teve a coragem de dar a bunda dela um aperto que fez seus amigos rirem e aplaudir. —Remova a sua mão. — Disse ela alto, lutando contra o desejo de se transformar e rasgar a garganta dele. —Aw, relaxe, querida. — Disse ele, rindo junto com seus amigos quando ele deu a sua bunda outro aperto.


—Não se preocupe, nós vamos fazer valer o seu tempo. — Um de seus amigos disse, jogando uma nota de dólar amassado para ela, fazendo a decisão ser tão fácil. Suspirando, porque se tivesse sido capaz de aguentar por algumas semanas, provavelmente teria feito dinheiro suficiente para pegar um ônibus para algum lugar ao norte, juntamente com uma nova identidade. Oh, bem, ela pensou com um suspiro quando permitiu que suas unhas se transformassem em garras afiadas. Parecia que teria que arrumar um plano B, por que: —Tira a porra da mão de sua bunda. — Drew disse encantadoramente quando parou ao lado dela, parecendo como se ele realmente não se importasse com o que estava acontecendo em seu clube, mas seus olhos... seus olhos contavam uma história diferente, mais aterrorizante. —Nós apenas estamos tendo um pouco de-Ow! — O pequeno bastardo que decidiu que sua bunda era muito quente, terminou com um grito horripilante que foi facilmente coberto pela música alta ecoando através do clube ocupado. Quando sua mão foi repentinamente removida do seu traseiro, Kara foi forçada a agarrar a beira da mesa enquanto sua cabeça girava a partir do cheiro de todo aquele sangue, os gritos e o fato de que todos os homens sentados à mesa estavam agora dando o fora, e o delicioso aroma de medo, não que ela comesse os humanos, porque isso era apenas nojento, mas ainda era um perfume inebriante difícil de ignorar para um Alfa, que tinha a capacidade de se


transformar à vontade e entrar em seu outro lado, sempre que queria. Agora, porém, o que ela realmente teria gostado era uma cadeira, um saco de papel marrom para seu mundo parar de girar. Isso teria sido muito agradável, de fato, pensou enquanto seus pensamentos borrados registravam uma leve picada

no

braço,

provavelmente

tarde

demais

pensou

preguiçosamente, com suas pernas ficando mole. Felizmente, o shifter de pé atrás dela interrompeu sua queda, assim como ela registrou uma segunda picada na parte de trás do pescoço. Uma vez que percebeu que estava prestes a morrer, seu último pensamento foi lamentar não ter chutado Drew nas suas bolas quando teve a chance.

—Minha mão! — O humano poderia ter gritado, mas toda a atenção de Drew estava na pequena mulher curvilínea que foi apressadamente abaixada para o chão por um shifter que ele nunca viu antes. Sentia-se entorpecido enquanto ficava ali, olhando para baixo para ela enquanto multidões de dançarinos se moviam ao redor dela, mal evitando pisar nela,


enquanto observava o início verde esmeralda revelador destacando suas veias, deixando saber que ela estaria morta pela manhã. Ele devia ir embora e deixá-la ao seu destino, mas não podia se mover. Apenas ficou ali enquanto a porra do humano que colocou a mão na bunda dela e seus amigos decidiram dar o fora o mais rápido possível enquanto estava distraído. Não que isso importasse desde que Mick seria capaz de cheirá-los a uma milha de distância e terminar o trabalho para ele. O pedaço de merda não tinha apenas marcado sua mão com o cheiro de Kara, mas Drew fez muita questão que Mick não deixasse de punir o humano. Ele iria cuidar dela, certificar-se de que os rapazes mantivessem suas bocas fechadas e nunca chegassem perto de seu clube novamente e ele... Ele teria sua vida de volta pela manhã, distraidamente olhou para o shifter que a desceu para o chão, mas ele estava muito longe assim Drew voltou sua atenção para Kara com a prata se espalhando por todo seu corpo, dizendo a si mesmo que

todos

os

seus

problemas

pela

manhã

teriam

desaparecido. Deveria deixá-lo feliz, fazê-lo feliz, ele disse a si mesmo, mas também o irritava, porque alguém entrou em seu clube com o único propósito de prejudicar sua companheira e ele permitiu. Vingaria sua morte, dor na bunda ou não, porque


ela era sua e ninguém tinha o direito de prejudicar um fio de cabelo da sua cabeça, sem medo de ser morto. Com isso em mente, ele deu um passo em direção a ela, colocou um joelho ao lado dela e pegou-a em seus braços enquanto a prata continuava colorindo suas veias, marcando sua passagem para o seu coração com o intenso verde esmeralda que ele teria pensado ser bonito em qualquer outra circunstância. Agora, era sentido como mais um capítulo na sua vida que estava terminando e ele precisava vê-lo passar. —Feche o clube agora. — Disse ele, enquanto carregava seu corpo flácido atrás do bar, sabendo que sua equipe esvaziaria e fecharia o clube em menos de dez minutos. Ele não disse nada enquanto a levava de volta para o elevador privado e qualquer um que viu suas veias verdes sabia que era melhor não fazer perguntas. Shifter, demônio ou vampiro, todos sabiam o que significava. Ele sabia que seria investigado pelo seu Conselho por sua morte, mas também sabia que seria liberado sem punição já que ainda estaria vivo e shifters que matam seus companheiros morrem junto com eles. Era uma proteção dada aos casais acasalados para garantir que eles não matassem um ao outro. Usando sua impressão digital, ele bateu o botão de chamada para o elevador e esperou pacientemente o elevador finalmente chegar. Não havia pressa, nenhuma razão para perder a cabeça com preocupação ou até mesmo entrar em pânico, porque ela já estava morta e ele estava livre. Em questão de horas estaria livre da pequena cadela e


rastejando entre as pernas de qualquer mulher que chamasse sua atenção. Tudo voltaria à maneira que deveria ser, ele percebeu entorpecido quando entrou no elevador, apertou o botão para seu apartamento de cobertura e simplesmente esperou que o elevador os levasse para cima. Pensou em ligar para Mick e dar ao grande shifter a chance de dizer adeus, mas, em seguida, rapidamente descartou a ideia, uma vez que era desnecessário. Kara nunca saberia que seu primo foi prestar seus últimos respeitos e Mick nunca perdoaria Drew por colocar um fim a sua vingança. Como o único parente do sexo masculino vivo de Kara, era seu direito de caçar o shifter que fez isso e cortá-lo em pedaços. Pelas suas leis, isso deveria realmente ser direito de Drew, mas ele não tiraria isto por respeito a Mick. Então, sabendo que não havia mais nada que pudesse fazer, apenas esperar, saiu do elevador, se dirigiu para seu quarto e continuou andando até chegar ao quarto de hóspedes, no final do corredor. Depois de uma pequena pausa, ele abriu a porta, entrou e deitou-a na cama Queen size. Por um momento, ele simplesmente olhou para ela, perguntando-se o que teria sido ter filhos com ela, com quem teriam parecido, se eles teriam seu sorriso travesso ou o seu charme juvenil. Depois de um minuto, ele percebeu que não havia nenhum ponto para qualquer uma dessas perguntas.


Ela finalmente foi embora e isso era tudo o que importava, ele percebeu quando se virou e foi embora, fechando a porta atrĂĄs dele com um clique ensurdecedor, marcando o final deste capĂ­tulo em sua vida. Agora era hora de seguir em frente...


Oh, Deus... por favor faça parar! Tudo doía MUITO e ela não tinha certeza de quanto mais poderia aguentar. Ela apenas queria voltar para o vazio onde a dor era um pouco suportável, mas sabia que seria em breve. Isso era... Isso era... Um grito saiu através de seus lábios enquanto sentia mais de sua carne sendo rasgada. Ela tentou se afastar, para rastejar e poder voltar para aquele vazio negro que prometia um fim a seu sofrimento, mas não importava o quanto tentasse se mover, ela não podia. Nenhum som além de um gemido patético passou de seus lábios. Seus braços e pernas a traíram, recusando-se a se mover enquanto ela estava lá gritando dentro de sua cabeça, pedindo para ele parar, mas não parou. Nem mesmo um pouco. A dor, oh deus, a dor era demais para suportar. Ela tentou balançar a cabeça, tentou implorar por misericórdia, mas não podia se mover, não podia falar, não podia fazer nada, apenas ficar ali enquanto mais de sua pele era rasgada, enviando uma dor lancinante por seu pescoço e pelas costas


até que jurou que suas costas estava prestes a explodir em duas, pela pressão. Ela tentou implorar, tentou deixar ir, mas algo ou alguém não a deixava. Não importava o quanto quisesse que acabasse, ele não iria deixar. Ela daria qualquer coisa, absolutamente qualquer coisa para fazer isso parar. Um grito ecoou por toda sua cabeça quando sentiu sua pele rasgando do lado dela. Ela tentou lutar contra o que quer que estivesse atacando-a, mas ela ainda estava presa em algum lugar entre esse vazio e essa dor preenchendo a existência da qual queria escapar. Incapaz de fazer qualquer coisa, mas sofrendo, continuou ali e o processo continuou, sentia laminas afiadas, lagrimas dentro dela antes de uma dilacerante

nova

seção

percorrer

seu

corpo

deitado,

impotente, nada podendo fazer para impedir que isso acontecesse. O único pensamento coerente que atravessou sua cabeça estava condenando Drew ao inferno por fazer isso com ela. Ele não a deixou morrer em paz, mas literalmente atirou ela para os lobos. Perguntou se ele simplesmente jogou seu corpo no beco de volta e ela estava sendo devorada entre o lixo enquanto prostitutas faziam o que podiam para ganhar dinheiro suficiente para passar o dia. Ou talvez ele jogou seu corpo para uma das Matilhas da qual estava tentando se livrar. Nada iria agradá-los mais do que ter um pouco de diversão com a companheira indesejada de Drew. Isso


estaria certamente bem claro para ele, ela disse a si mesma quando percebeu o calor morno, molhado caindo sobre ela e o frio azulejo implacável por baixo de seu corpo. Um minuto houve dor intensa como nunca sentiu antes e depois... Não havia absolutamente nada, apenas ela, o pavimento em mosaico frio debaixo dela e a água quente caindo sobre seu corpo tremendo. Lentamente, ela começou a sentir seus braços e pernas e depois de alguns minutos ela foi ainda capaz de puxar essas extremidades tremendo mais contra seu corpo fraco. O som do chuveiro funcionando lentamente entrou em foco assim como fizeram os sons de alguém ficando doente. Já lamentando a ação, ela forçou seus olhos a se abrir e quase chorou quando viu tudo vermelho carmesim sendo lavado e escorrendo pelo ralo, fora de seu corpo. Por um minuto tudo o que ela pode fazer foi olhar como a água continuava lavando o sangue dela e ia para o ralo. —Porra. — Ela ouviu o gemido familiar e forçou a olhar para cima a tempo de ver Drew, nu e coberto de sangue de sua boca para o estômago, de pé sobre o vaso sanitário com uma

mão

igualmente

sangrenta

sobre

seu

estômago

enquanto ele se inclinava e vomitava uma mistura de sangue e o que parecia ser prata. Incapaz de fazer qualquer outra coisa, simplesmente o assistiu, decidindo que era melhor do que assistir todo do seu próprio sangue ir pelo ralo. Quando ele foi capaz de recuperar


o fôlego, ele deu descarga no vaso e disse simplesmente. — Transforme-se. Na esperança de que ele estivesse falando com alguém, ela simplesmente ficou ali, olhando para ele quando ele tropeçou em direção a ela. —Transforme-se. — Ele rosnou quando suas presas desceram. Transforme-se? Ela mal conseguia se mover. Balançou a cabeça, porque tanto quanto gostaria de se transformar e curar suas feridas, não podia. Ela estava muito fraca, cansada demais para se transformar, nesse momento, ela desejou que fosse capaz de usar seu poder sem se transformar para que pudesse simplesmente curar suas feridas sem passar pela agonia de tentar se transformar estando tão perto da morte. —Transforme-se! — Ele rosnou através de um focinho que era mais de lobo que humano enquanto continuava em sua direção, seu corpo em expansão, músculo grosso, duro cobrindo seus membros, enquanto ele continuava crescendo, tornando-se mais animal que homem a cada segundo, até que teve um lobisomem de 2,70m se juntando a ela no chuveiro. Quando ele rosnou, ela soube exatamente o que ele esperava dela. —Não. — Ela disse, fracamente, balançando a cabeça. —Eu não consigo me transformar.


Outro rosnado, este mais cruel do que o último, mas não a assustou. Nada faria agora, não com tudo ficando dormente e a dor finalmente desaparecendo. Ela não tentou lutar contra isso, não tentou segurar, simplesmente fechou os olhos, sentiu seu corpo deixar ir e.... Gritou quando ela sentiu a grande mandíbula com dentes nítidos envolver ao redor de seu pescoço. Outro rosnado, este mais exigente, mas ela não podia fazer nada, sobretudo não desejava isso, então ela tentou balançar a cabeça apenas para parar imediatamente quando sentiu os dentes afiados rasgar além da sua pele. Era um ato para ensinar seu lugar, para colocá-la em submissão, mas acima de tudo, para irritá-la e ele fazia um ótimo trabalho.

Bem, esta foi uma volta maravilhosa de eventos, ele pensou seco enquanto se deitava sobre o azulejo frio, ofegante e desejando poder alcançar e colocar a temperatura da água mais alta para aquecer seu corpo humano do congelamento, mas graças ao lanche bem tarde da noite que ele decidiu ter e o fato de ter usado sua última gota de


energia para se transformar de modo que pudesse forçá-la a fazer o mesmo, ele mal conseguia se mover. O que podia fazer era apenas observar a realmente puta lobisomem de 2 metros espreitar o normalmente grande chuveiro enquanto ela rosnava e rosnava para ele quando a água continuou a encharcar a sua bela pele preta. Ele olhou de volta para ela, fazendo um último esforço para se transformar em uma última tentativa de salvar a si mesmo, mas estava muito cansado e com frio para algo mais do que fechar os olhos e rezar para ela não rasgasse suas bolas enquanto ele estivesse desmaiado.

—Ei, Drew. — Ryan disse, entrando no grande banheiro quando ele olhou a lista muito promissora em suas mãos. — Eu acho que o nosso problema de pessoal é uma coisa do... oh, merda. — Ele terminou em um gemido quando avistou o grande e realmente chateado lobisomem dar um passo ameaçador em direção a ele ao mesmo tempo em que mantinha o seu corpo grande protetoramente sobre um pálido e inconsciente Drew. —Boa noite, Kara. — Disse ele, limpando a garganta


desconfortavelmente, porque pensou

realmente que ela

estaria morta agora, não mudando seu corpo para que pudesse se lançar sobre ele e arrancar sua garganta se ele dissesse a porra errada. —Como você está se sentindo hoje? — Ele perguntou em seu tom mais jovial, realmente esperando que ela não continuasse com esse brilho assassino nos olhos, porque ele realmente não gostaria de ser rasgado em pedaços pela companheira indesejada do Alfa, de manhã cedo. Correção, ele não seria dilacerado pela companheira marcada do Alfa no início da manhã, pensou quando pegou o perfume da marca do seu melhor amigo sobre a lobisomem furiosa diante dele. O que diabos aconteceu? A última vez que viu Drew ele estava sentado na escada, tomando um copo de uísque e olhando para o relógio, contando os minutos até que estivesse finalmente livre desta cadela e agora... Ryan estava realmente sem palavras, mesmo quando o rosnado ameaçador de Kara o fez lentamente ir em direção à porta. Inclinando a cabeça em submissão, porque realmente não fazia mal lembrar para um Alfa que ele não iria fazer nada estúpido para arriscar o próprio rabo, ele recuou novamente apenas para perceber que o rosnado parou e sentiu as sobrancelhas subirem em direção ao seu couro cabeludo.


—Bem, estou ferrado. — Ele murmurou enquanto parava sua retirada para ficar de boca aberta ao ver como a grande fêmea se deitava para trás da forma nua de Drew e colocava a cabeça grande nas costas, mantendo-o quente e deixando Ryan saber que ela estava protegendo o que era dela. Quando ela mostrou os dentes como um lembrete silencioso que ele estava além do seu limite de ser bem-vindo, ele balançou a cabeça em silêncio e moveu seu traseiro, colocando o máximo de espaço entre ele e sua nova Alfa tão rápido quanto humanamente possível e quando isso não foi rápido o suficiente, ele bateu em seu poder e se moveu muito mais rápido.


—Pare de olhar para mim. — Drew falou quando olhou para seu café intocado. —Eu não posso evitar. — Disse Ryan com uma expressão

sonhadora

aparentemente

o

exagerada em seu

pequeno

bastardo

rosto,

queria

que

porque Drew

desabafasse. —Tente. — Ele soltou, sentado ali, sentindo-se como uma merda e se perguntando o que diabos estava errado com ele. Ele deveria tê-la deixado morrer. Por que diabos apenas não a deixou morrer? Ele poderia ter se salvado de uma eternidade de dor e sofrimento e agora estar consolando-se entre as pernas de uma mulher disposta ou duas, mas não... Por alguma razão realmente fodida, ele não tinha apenas a salvado, o que ainda o chocava era que funcionou, mas arriscou a própria vida para fazê-lo. Oh e claro, não vamos esquecer que ele a marcou como sua, porra! Basicamente, ele apenas se declarou o lobisomem mais submisso a uma boceta na costa leste. Marcar uma mulher, especialmente sua companheira era o último sinal de compromisso. Isto significava que estava mais do que feliz


com o que o destino lhe deu e que ele iria matar qualquer um e qualquer coisa que a tocasse. Isso significava que ele a amava, respeitava e a colocava acima de todos os outros. Também significava que ele acabou de colocar um grande alvo na porra da sua cabeça, com o que ele deveria estar bem, mas… Ela era a porra de sua companheira e quando o aceitou, não pode deixá-la morrer. Ela era a mãe de seus futuros filhos e sem ela, ele apenas iria... Ele simplesmente não podia aguentar vê-la sofrendo assim. Havia apenas algumas maneiras de matá-los, pelo menos desde que os dois eram Alfas e poderiam convocar suas habilidades a qualquer momento, ao contrário da Matilha regular para se curar, mas a prata era provavelmente a forma mais dolorosa para eles morrerem. Quem quer que fez isso era um desgraçado doente. Não apenas a alvejaram, por causa dele, mas também tiveram a certeza de que ela morresse dolorosamente. Eles injetaram nitrato de prata três vezes em seu corpo, certificando-se que ela morresse lenta e dolorosamente. O nitrato de prata no seu sistema era equivalente a ter injetado ácido na artéria de um ser humano. Iria matá-los de dentro para fora, mas ao contrário dos humanos, que provavelmente morreriam dentro de minutos depois de ser injetado com ácido, um shifter iria se curar continuamente à medida que o veneno corresse através do seu sistema apenas para ser corroído e segundos mais


tarde com o nitrato de prata agindo até que o shifter não pudesse se manter passando em seu sistema até atingir o coração e o cérebro, deixando-o plenamente consciente do momento de sua morte, incapaz de se mover ou fazer um som enquanto acontecia. Não era algo que desejava nem para seu pior inimigo e alguém fez isto a Kara, sua companheira e ele fodeu tudo quando a marcou deixando as coisas ainda piores. —Você a marcou. — Ryan disse com um grande sorriso de merda, fazendo-o querer socá-lo, mas não precisava, não com a grande shifter fêmea que estava com os pelos em pé, expondo suas belas presas para seu Beta em advertência. Suspirando com irritação, Ryan moveu a cabeça para o lado em submissão até mesmo quando gesticulou com impaciência para Kara, a realmente puta mulher que se recusava a se transformar de volta para humano. —Você a marcou várias vezes. — Ryan apontou com alegria. Outro rosnado, o que naturalmente lhe agradava, então pegou um pedaço de bacon que estava muito desanimado para comer do seu prato e jogou para ela. Com um olhar que ele reconheceria em qualquer lugar, ela seguiu o bacon quando ele voou pelo ar e caiu no chão na frente das suas grandes garras antes que ela lhe lançasse um olhar. —Sério? Balançando a cabeça, porque não era realmente uma


mulher agradável, ele voltou sua atenção para seu Beta e esperou por mais besteira. Seu Beta não o fez esperar muito antes de apontar para Drew e felizmente dizer. —Mas ela não o marcou! —Eu não tinha a porra da prata correndo pelo meu sangue! — Ele rebateu, perguntando por que seu Beta gostava muito de apertar seus botões, especialmente no início da manhã antes que ele tivesse tempo de terminar o café. —Ainda assim! — Disse Ryan, praticamente pulando em sua cadeira de excitação quando apontou o óbvio. Ambos sabiam que ele não teve a intenção de marcá-la, mas foi forçado a mordê-la, a fim de extrair a prata enquanto corria através do seu sistema. Não tinha escolha, mas ninguém mais saberia ou realmente importava, porque parecia que ele ficou louco e a marcou como sua e desde que ela não deu à luz a sua marca, ele parecia um psicopata desesperado, porra. Era só o que ele precisava que a Matilha acreditasse, que ele perdeu a cabeça, o que naturalmente um indicativo de que era instável e algo para sua Matilha temer, o que não iria exatamente ajudar a tornar sua vida mais fácil. Isso era apenas perfeito, porra, pensou enquanto observava seu Beta finalmente perder o controle e começar a rir histericamente. Pensou em ir para o rosto do pequeno bastardo e deixá-lo com uma cicatriz desagradável, mas aparentemente, era um dos bônus de ter uma companheira


indesejada. Com Kara ao redor, ele não precisava se preocupar com as pequenas coisas. —Não no rosto!

Ela se sentia como o lixo. —Meu pobre rosto! — O pequeno bastardo irritante reclamou do banheiro onde ele estava, provavelmente, ainda olhando no espelho, chorando sobre o pequeno corte que ela lhe fez. Ela bufou, enquanto lambia o focinho e mexia a cabeça para o lado de modo que estivesse usando suas grandes patas como travesseiro enquanto suspirava, ignorando os gritos de dor vindo do banheiro e concentrou sua atenção no homem sentado na grande cadeira de couro, olhando para ela. Deus, o que ela não daria para ser capaz de virá-lo, mas se quisesse fazer isso, então teria que se transformar de volta para forma humana e ela realmente não tinha vontade de fazer isso agora. Além disso, no momento em que voltasse a forma humana, provavelmente iria ficar doente o que realmente não era incentivo suficiente para fazê-la querer


se transformar. Então é claro, se ela se transformasse de volta, o idiota que salvou sua vida e a marcou como sua esperaria que ela falasse, agradecesse por tê-la salvo, mas, em seguida, mais uma vez, realmente não estava com vontade de rastejar para o bastardo e em forma de lobisomem ela ficou. —Transforme de volta. —O bastardo mandão exigiu com um suspiro entediado enquanto continuava com a cara feia para ela, mas simplesmente não estava no humor para lidar com isso agora. Assim, em vez disso ela simplesmente suspirou novamente, fechou os olhos e se preparou para dormir. —Isso não é parte do nosso acordo, Kara. — Disse Drew, interrompendo o que prometia ser uma agradável soneca. —Oh Deus! Meu rosto! — Veio outro grito patético que ambos simplesmente ignoraram. —Kara, eu não estou de brincadeira. Transforme-se. De volta. Agora. — Ele exigiu, parecendo incrivelmente irritado. Não que ela se importasse, porque realmente não o fazia. Ele poderia sentar lá, lamentando, irritado e gritando com ela durante todo o dia e ela não se importaria. Apenas queria se deitar ali e se sentir mal por si mesma por um tempo até que fosse forçada a se transformar de volta e lidar com o pesadelo que estava sua vida. Talvez devesse ir embora agora, enquanto a Matilha


estava na cidade e encontrar uma caverna ou algo onde poderia se esconder pelos próximos trinta ou quarenta anos ou até que encontrasse um plano melhor. Desde que era improvável, provavelmente estava olhando para uma vida inteira de captura de peixes com suas presas e caçar um veado

ocasionalmente

quando

a

oportunidade

se

apresentasse. Então novamente, uma vez que estava pensando e sentindo pena de si mesma, pelo menos, na primeira década, ela provavelmente apenas viveria de peixe por um tempo ou o que quer que rastejasse dentro de sua caverna. Talvez pelo tempo que ela estivesse pronta para ressurgir e voltar a civilização novamente quando todos que a queriam morta estivessem muito longe. Era possível, pensou com um gemido quando se moveu para seu outro lado. A cada vinte anos mais ou menos, eles eram forçados a se mover antes que os humanos começassem a fazer perguntas e apontando o fato de que eles não estavam envelhecendo. Ficar em qualquer área por muito tempo chamaria a atenção desnecessária que sua espécie não precisava e colocá-los em risco. Eles iam embora, assumindo uma nova vida em algum lugar e ela poderia recuperar sua antiga vida, ou pelo menos, poderia criar uma vida melhor do que esta. Era algo para olhar para frente, pensou com um leve suspiro deprimido quando lambeu suas feridas e se ajeitou para uma longa soneca agradável.


—Alguém chame um cirurgião plástico maldito antes que isso se cure! — Disse o Beta gemendo histericamente, fazendo-a rolar os olhos com um gemido quando se virou, rezando para que parasse e assim ela pudesse dormir um pouco. —Fodido bebê. — Drew murmurou, e pela primeira vez eles estavam em completo acordo sobre alguma coisa.


—Você não pode estar falando sério. — Disse ele, suspirando pesado enquanto beliscava a ponte de seu nariz, porque de verdade, isso não poderia estar acontecendo porra. Para responder a ele, a grande mulher lobisomem expondo sua marca decidiu mostrar os dentes com um grunhido de advertência. Aparentemente porra, ela não estava se movendo o que era um problema, já que era noite de lua cheia e ele precisava colocar sua Matilha para fora da cidade antes de começarem a crescer peles e uivar para a lua maldita. —Kara. — Ele disse apenas para conseguir um grunhido em resposta. —Precisamos dar o fora da cidade. — Ele rosnou, deixando os olhos se transformar para prata e suas presas deslizarem para baixo em um único aviso de que ela iria... —Você acabou de revirar os olhos para mim? — Ele exigiu em afronta pura. Ele era seu companheiro porra, o Alfa mais poderosos das Matilha em Boston e ela teve a coragem de... —Nem mesmo pense nisso porra. — Ele rosnou quando ela se movimentou para subir a escada e voltar para o seu loft. Ele pulou na frente dela, um patamar acima dela e rosnou o último aviso que ela iria conseguir.


Ela rosnou de volta e não havia dúvida de seu significado, mover-se ou ela iria passar por ele. Como se ele fosse deixar que acontecesse, especialmente depois de todas as besteiras que o fez passar nos últimos dois dias. Permitindo que suas presas humanas se alongassem ainda mais, ele desceu a escada até que ficou olhos nos olhos com a grande fera que estava se tornando uma grande dor no saco. Eles poderiam controlar suas mudanças e por isso estavam sempre cem por cento no controle, mas sua Matilha não estava. Eles se curavam mais rapidamente do que um humano e tecnicamente poderiam viver para sempre, enquanto fossem extremamente cuidadosos, mas ele não poderia ser fraco agora, pois isto significaria que não estava no controle de seu deslocamento, o que era um problema sério quando vivia em Boston. Ele precisava levar a sua Matilha e essa dor na bunda para fora da cidade antes do anoitecer ou ele acabaria passando as próximas cinco horas jogando baralho e acorrentando sua Matilha no porão. Isso manteria os humanos seguros, mas uma vez que um membro da Matilha só poderia se transformar três dias por mês, eles precisavam ser capazes de extravasar essa energia, caçando e deixando seu animal em total liberdade. Colocá-los em correntes no porão faria sua ansiedade aumentar e a próxima vez que eles mudassem estariam voláteis, porque a fera dentro ficou completamente presa. Não ser capaz de correr durante as três noites por mês para um


shifter era uma tortura. Literalmente. Os Mestres gostavam de fazer isso com os shifters que foram capazes de chegar a suas mãos ao longo dos anos. Eles os forçavam a agir como cães de ataque, os mantinham acorrentados nos trezentos e sessenta e cinco dias por ano, porque depois de perder duas luas, um lobisomem perderia a porra da cabeça e ficaria selvagem. É por isso que Mestres amavam prendê-los e por isso ele precisava proteger sua Matilha e levá-los para fora da cidade que antes fosse tarde demais e se transformassem. Ele era o Alfa e era seu trabalho protegê-los e manter sua existência em segredo. Se ele não os levasse em segurança para sua propriedade em New Hampshire esta noite para que pudessem se transformar livremente, ele teria que trancá-los e isto os faria odiá-lo ainda mais do que já faziam agora. Eles precisavam sair... Agora. —Transforme-se volta para humana e coloque a porra da sua bunda na minha caminhonete. — Ele rosnou chegando mais perto, até que ficaram nariz com focinho e os dentes afiados estavam extremamente perto de sua jugular para seu desconforto. —Agora. Seu focinho se enrugou quando ela mostrou suas presas e rosnou para ele, deixando-o saber exatamente o que ela


achava de seu plano. Ela não queria se transformar, e para ser honesto, ele não poderia culpá-la, porque uma vez que ela fizesse, iria levar em um caralho de um tempo ruim com seu lado humano processando a sobra do nitrato de prata. Ele estava fora de seu sistema, mas ainda deixou um veneno para trás que seu corpo humano mais frágil iria ter de lidar. Seria tortura pura e até agora ele não se importava. Ele tinha um trabalho a fazer e não iria deixá-la ou qualquer outra pessoa o impedir de fazê-lo.

—Sinto muito, Mick. — Kara disse enquanto seu primo andava por sua cela com sua companheira. —Eu realmente sinto muito sobre... Ele resmungou, deixando-a saber que entendeu, o que era uma coisa boa, uma vez que ela não foi capaz de terminar esse pedido de desculpas. Quando se ajoelhou sobre a grelha de drenagem da cela que o bastardo mandão atribuiu a ela quando ele teve que trancar toda sua Matilha em Boston, ela não pode deixar de sorrir. Isto é, até que ficou doente novamente alguns segundos depois. Então, ela não estava mais sorrindo, mas por


dentro... Certo, ela não estava sorrindo também desde que se sentia como se estivesse morrendo, mas pelo menos levou o bastardo para baixo com ela. No mínimo, ela levou suas roupas para baixo com ela quando se moveu na escada para dizer-lhe para ir para o inferno, mas tudo o que ela conseguiu fazer foi começar uma maratona de vômitos que sinceramente esperava ser capaz de esquecer um dia. Ele amaldiçoou, envolveu-a em um cobertor e a levou meio caminho até sua caminhonete até que ele começou a xingar novamente, voltou-se e levou-a de volta para dentro, indo direto para o porão e emitiu ordens para toda a Matilha ao redor e tê-los presos antes do anoitecer. Assim que chegaram à cela comum ele a colocou no chão, pegou o cobertor em ruínas dela e prontamente o retirou antes de ligar o chuveiro e lavá-los, bem como o chão de metal que ela decorou segundos antes. Uma vez que isso foi feito, ele olhou para ela, deixou a cela para pegar um cobertor para envolver ao redor de sua cintura, voltou a encará-la um pouco mais, saiu novamente, e periodicamente voltava para encará-la, deixando saber que era sua forma especial de dizer que estava irritado com ela. Toda vez que ela tentava lembrar que lhe disse para ir em frente e levar sua Matilha para New Hampshire, que poderia cuidar de si mesma, o idiota simplesmente a ignorou. Certo, certo, ela estava ajoelhada no chão, engasgando e tossindo, mas ele ainda deveria ter sido capaz de fazer o


que estava tentando dizer. Ele não deveria ter se importado por ela não ir com eles desde que normalmente ficava puto quando ela ia para lá e usava a terras de sua Matilha para se transformar. Queixava-se, dizia para sair, mas ela sempre o ignorou, porque ambos sabiam que era melhor para todos se ela se transformasse na terra da Matilha. Não que ele tivesse se importado se fosse baleada por um caçador, mas como o maior Alfa em Boston era seu trabalho continuar se certificando de que a sua existência permanecesse em segredo e se isso significava deixá-la correr em seus bosques, então ele engolia e deixava isto acontecer. Assim como permitiu que ela tivesse uma cela quando não podia sair da cidade para se transformar. —Você precisa se transformar de volta. — O bastardo mandão que teve um chilique para fazer com que ela voltasse a sua forma humana em primeiro lugar exigiu enquanto andava com seu celular. —Eu estou bem. — Disse ela, sem absolutamente nenhuma vontade de se transformar novamente, ela apertou o cobertor ao redor de si mesma, apoiando-se no canto e fechando os olhos, dizendo a si mesma que a náusea teria que parar em algum ponto. —Transforme-se. — Disse bruscamente como se ele sendo um completo idiota iria fazê-la fazer o que ele queria. —Deixe-me sozinha. — Ela murmurou pateticamente quando levou as pernas mais perto de seu corpo e tentou


dormir, na esperança de acordar se sentindo melhor. —Você precisa se transformar para curar. — Ele rosnou, soando extremamente irritado, que quando pensava, era praticamente normal para ele. —Muito

doente.

Morrendo.

embora.

Ela

murmurou, movendo-se para ficar mais confortável no seu canto, mas o chão de metal estava realmente machucando sua bunda e as costas. Esta era uma cela básica da Matilha, quatro paredes feitas de metal grosso com um piso para corresponder, uma grelha de drenagem no meio do chão, chuveiros colocados estrategicamente no teto para limpar qualquer merda feita durante a noite e claro, o sangue de qualquer carne que foi lançada na cela para apaziguar a necessidade do animal por carne crua e uma adorável porta de metal reforçada com uma pequena janela com barras. Estes quartos não foram criados para Alfas que poderiam se transformar a vontade e estavam no controle total. O quarto de um Alfa normalmente tinha um colchão de couro muito grande e muito agradável no chão para que eles pudessem se enroscar e dormir, uma televisão protegida atrás de um vidro à prova de balas, um mini frigorífico na parede, um verdadeiro banheiro e as portas não eram bloqueadas uma vez que o sol se punha. Alfas eram livres para ir e vir como quisessem. Eles poderiam patrulhar os corredores e se certificar que ninguém na Matilha conseguiu escapar de suas celas.


—Você vai ficar doente novamente? — Resmungou depois de um silêncio constrangedor em que ela esperava que ele tivesse tomado a dica e a deixado em paz, mas aparentemente isso não iria acontecer até que ele tivesse satisfeito em interrogá-la. —Eu estou bem. — Disse ela miserável, sem se preocupar em apontar que não havia mais nada no estômago e que tudo o que ela estava fazendo era vomitando a seco neste momento. —Bom. — Disse ele com firmeza, parecendo satisfeito quando ela de repente se encontrou de volta nos braços do grande bastardo e sendo levada para fora da sua cela. Ela teria argumentado ou pelo menos, rosnado para ele, mas se sentia muito bem em seus braços e em poucos segundos, se encontrou dormindo.


—Oh, Deus, sim! Mais forte! Oh Deus! —Porra! —É isso aí, bebê, mais forte! —Oh, cale a boca! — Drew gritou enquanto caminhava pelo corredor, passando por todas as celas que atualmente continham

os

membros

da

Matilha

que

estavam

extravasando sua energia restante do turno da noite anterior. Cada. Maldita. Cela. Porra. Parecia que toda sua Matilha precisava extravasar esta manhã, ele percebeu quando andou em direção ao seu quarto, tentando bloquear os sons e aromas de sexo e ficando mais agitado a cada segundo. Esfregou as mãos pelo rosto, tentando

bloquear

tudo,

desejando

que

pudesse

se

transformar e correr pela floresta e ficar bem longe dali, mas não podia mais fazer o que queria. Ele era o Alfa e tinha responsabilidades, tantas responsabilidades, porra, pensou amargo pela primeira vez em muito tempo enquanto apressava o passo para que pudesse verificar sua mais nova responsabilidade. Deus, como ele a odiou antes, mas agora... agora, ele amaldiçoava o dia em que Mick foi até seu pai e pediu santuário para a cadela.


Seu pai deveria tê-la proibido de entrar em seu território em vez de apenas se recusar a permitir que ela entrasse para a Matilha. Que porra seu pai estava pensando? Ele se perguntou quando passou os dedos pelo cabelo. Sua própria porra de Matilha a jogou para fora quando ela era apenas uma criança. O que deveria ter sido a porra de um indício, porque Matilhas normalmente protegiam seus filhotes e respeitavam suas fêmeas. As fêmeas são a chave para a sobrevivência da Matilha. Quanto mais mulheres tinham,

melhores

as

chances

de

encontrar

seus

companheiros e ter mais filhotes para aumentar a Matilha. Era extremamente incomum chutar um filhote para fora, nunca uma fêmea e seu pai deveria ter considerado isso, antes que lhe concedesse anistia e permitisse que ficasse em Boston. Sua vida teria sido muito melhor se seu pai tivesse... isso teria feito mais sentido se seu pai a tivesse levado para a Matilha simplesmente porque eles cobiçavam fêmeas, mas recusar-lhe a fazer parte e lhe permitir ficar, nunca fez sentido para ele. Perguntou ao seu pai várias vezes sobre ela, porque sua Matilha a chutou, porque ele não permitiu que ela se juntasse a eles e a única resposta que recebeu foi para se certificar de que ela nunca fosse autorizada a participar do seu grupo. Bem, agora ele fodeu a sério essa parte, pensou com um grunhido quando entrou na cela e encontrou a mulher que fez sua vida um inferno desde o dia em que apareceu em


sua porta, deitada em sua cama. Ele inclinou a cabeça para o lado enquanto a observava, bonitas curvas e agora fazia parte de sua Matilha, se ele quisesse que ela fosse ou não, o que significava que falhou com seu pai. Então novamente… Talvez fosse a hora de descobrir exatamente porque seu pai não a baniu quando teve a chance. —Por que o meu pai não te mandou embora?

—Eu sei que você está acordada. — Disse o bastardo persistente, destruindo as suas esperanças e sonhos que fosse embora. —Bem, eu acho que você ganharia o Prêmio Nobel. — Ela disse sarcasticamente, na esperança de comprar uma briga

com

ele

questionamento

para e

ela

que

esquecesse

pudesse

fazer

essa uma

linha fuga

de bem

cronometrada. —Corte a merda, Kara. — Drew disse, aparentemente a conhecendo bem demais.


Suspirando, ela abriu os olhos e rolou para que pudesse encará-lo. Ele estava encostado contra a parede de metal, completamente nu e indiferente, o que não era realmente surpreendente, dado que eles eram shifters. A nudez não era grande coisa para eles. Normalmente, mas ela tinha que admitir que sempre se surpreendia com a visão de Drew sem suas roupas. Não era algo que ela jamais admitiria, especialmente não a ele. Então, uma vez que não seria realmente de ajuda ir embora, ela olhou um pouco para a esquerda tentado não deixar os olhos correr sobre ele, em todos os músculos bronzeados, deliciosos e... oh, merda era realmente necessário sair dali, ela percebeu, balançando a cabeça em desgosto para si mesma quando se levantou e se dirigiu para a porta, mas o grande bastardo, aparentemente, não ficaria sem respostas. —Por que meu pai não a mandou embora, Kara? — Drew perguntou quando ele suavemente entrou na frente dela, bloqueando sua única saída. —Porque ele me achou absolutamente encantadora. — Disse ela ríspida, se abaixando debaixo do braço e fazendo sua fuga enquanto tentava bloquear ainda outra lembrança indesejada. Nem mesmo um século de idade e ela já tinha muito pesar em sua vida. Aquele dia foi um dos muitos que ainda a perseguia e não era algo sobre o qual conversaria com ele. —Por que sua Matilha a baniu, Kara? — O idiota que


tinha poder demais sobre sua vida exigiu. —Não é assunto seu, Cretino. — Disse ela, usando seu apelido favorito para ele quando foi para a saída, decidindo que sim, ela correria o risco de ser presa por atentado ao pudor. Ele apenas riu quando a seguiu. —Oh, querida, você sabe me irritar melhor do que ninguém. — Foi a única advertência que ela teve antes de se ver agarrada e levada de volta para a cela na qual passou a última noite, só que desta vez ele não a colocou no colchão de couro, mas simplesmente a soltou. —Que diabos você está fazendo? — Ela exigiu ainda que fosse mais do que óbvio o que ele estava fazendo quando caminhou para fora da porta e fechou de repente atrás dele. Os

sons de

trancas

imediatamente

que

se

seguiram,

confirmaram suas suspeitas. —Vamos conversar mais tarde. — Ele falou lentamente enquanto ia embora, deixando-a sentada ali muito irritada, não porque ele a trancou, o que a deixava muito chateada, mas porque ela deixou escapar uma oportunidade de ouro para chutá-lo nas bolas passar por ela novamente.


—Olhe suas costas, cadela. — Sua linda companheira disse quando empurrou passando por ele. Ele parou de andar e suspirou profundamente, fodidas habilidades de Alfa, pensou com desgosto quando olhou sua bela bunda em forma de coração quando saiu. Se ao menos ele tivesse sido abençoado com uma companheira regular da Matilha. Se apenas… —Você não tem para onde ir. — Ele desnecessariamente lembrou a ela desde que ela era sem-teto, sem dinheiro e Matilha... Merda! Ela agora era a fêmea Alfa de sua Matilha, o que significava que agora poderia ir a qualquer lugar que quisesse, incluindo a casa de seu primo Mick, que ficaria feliz em vê-la. Bem, ele poderia não ficar tão feliz, especialmente estando marcada. Depois, havia também o problema de que alguém estava tentando matá-la. Suspirando pesadamente, ele passou por ela, decidido que já era hora que ele tivesse algumas das vantagens de ser seu companheiro e bateu na sua bunda enquanto passava por ela. —Que diabos? — Ela gritou com indignação quando os


lábios puxaram para cima em um sorriso satisfeito. Havia definitivamente algumas vantagens em ser seu companheiro, ele pensou enquanto pegava uma calça de moletom da prateleira no vestiário e rapidamente se vestia. —Cretino. — Sua adorável companheira rosnou quando passou por ele, agarrou a última camiseta e vestiu ao mesmo tempo, olhando para ele como se quisesse ir por suas bolas. Ele não estava com medo, principalmente porque o bom senso iria impedi-la de ferir os seus meninos e colocar em risco suas chances de ter filhos. Ela poderia estar lutando agora, mas mais cedo ou mais tarde, iria querer ter filhos e iria se lembrar que precisava dele. Até então... —Oh, filha da puta! — Ele disse, cobrindo as pobres bolas feridas quando a pirralha suspirou de prazer. —Isso fez definitivamente valer a pena esperar. — Disse ela com um sorriso satisfeito enquanto ele gemia e caia de joelhos, ofegando por ar enquanto amaldiçoava seu pai por não chutar a pirralha de Boston quando ele teve a chance.


—Bem. — Tossiu. — Feito. — Mais tosse de dor seguida por um gemido. — Para você. —Drew se arrastou para tentar sair enquanto ela continuava deitada no chão, abraçando o braço contra o peito tentando respirar através da dor. Talvez ela devesse ter resolvido apenas dar-lhe o dedo e o chamado de prostituto novamente? Não havia dúvida nenhuma ou um — talvez — nisso. Ela realmente fodeu tudo desta vez. Enquanto estava imaginando como seria bom finalmente chutar o bastardo nas bolas por todas as besteiras que ele a fez passar depois que a tornou sua companheira, esqueceu um pequeno detalhe... Companheiros não podiam machucar uns aos outros sem sofrimento. Então, quando decidiu que era uma boa ideia ceder à tentação e finalmente, dar ao bastardo o que ele merecia, foi atingida de forma instantânea. A marca em seu pulso, que a declarava sua companheira e a única pessoa na terra que não poderia machucá-lo, ficou vermelha em punição e uma dor agonizante e afiada explodiu através de seu braço, deixando-a em sua bunda e trazendo à tona uma coisa do passado. Toda vez que tentou dizer a si mesma que valeu a pena, a dor que irradiava pelo seu braço provava que ela estava


errada. Parecia que lava derretida estava nadando através de sua marca, a marcando e castigando, certificando-se de que ela soubesse o que iria acontecer com ela se ela o ferisse novamente. Ela tentou se transformar, esperando que parasse o ardor antes que ficasse louca, mas não conseguiu se concentrar em meio a dor por tempo suficiente. Parecia que a cada vez que ela tentava se transformar para se curar a dor piorava até que finalmente desistiu de tentar e focou em apenas respirar. —Karma é uma cadela, não é? — Drew conseguiu falar em um gemido aflito enquanto ele tentava, sem sucesso, se sentar e voltar à seus pés. —Cale a boca. — Ela sussurrou fraca, tentando não vomitar pela dor uma vez que ela já fez isso muitas vezes ao longo dos últimos dois dias. —Eu acho que você não fará isso novamente. — Drew disse presunçosamente quando desistiu de tentar se levantar e se sentou com as costas contra a parede, fazendo uma careta quando o movimento causou desconforto em suas bolas machucadas. —Eu não teria tanta certeza disso. — Disse ela, embora estivesse completamente convencida de nunca mais fazê-lo. A satisfação momentânea que surgiu em cada fibra do seu ser, quando ela finalmente cedeu a tentação e bateu em suas bolas simplesmente não valia a pena por tanta dor.


Nenhum pouco e doía admitir isso.

Suas pobres bolas, pensou miserável, mesmo quando ele sorriu para a mulher encolhida, abraçando seu braço contra o peito, pálida como um fantasma e olhando acusadora para ele como se isso fosse de alguma forma culpa dele. Tudo bem por ele. A deixaria culpá-lo por essa merda contanto que ela aprendesse a lição e percebesse o que isso significava, ela era sua. Ela não podia machucá-lo sem sofrer junto com ele, o que reconhecidamente o faria dormir melhor à noite. Falando em dormir... Uma vez que a pequena pé no saco arruinou tudo, ele não foi capaz de ter uma boa noite de sono. Ryan estava supervisionando o clube pelas próximas duas noites como planejado. Então, Drew decidiu que iria aproveitar e dormir um pouco. Segurando um grunhido, ele se forçou a seus pés, fechou os olhos e se transformou. Ele ignorou os sons de seus ossos se alongando e estalando, juntas se deslocando, seus ossos reformulados e focou em suas bolas que


enquanto ele se transformava, foram instantaneamente curadas. Uma queimadura agradável surgiu através de seu corpo enquanto ele se expandia, triplicava em tamanho e o resto de seu corpo se transformou até que ele estava com bem mais de 2,75m de altura e mais do que pronto para dormir da forma como tanto sonhava. Sem uma palavra, ele passou por cima de sua companheira gemendo, certificando-se de — acidentalmente — bater no seu rosto com sua grande cauda enquanto caminhava em direção à entrada dos fundos que o levaria à sua escadaria privada e, eventualmente, ao seu loft onde planejava passar o resto do dia dormindo em sua muito confortável cama, algo que ele não conseguiu fazer muito nestes dias. Já imaginando o quão bom seria a sensação do edredom sobre seu corpo, ele duplicou o seu ritmo e subiu os degraus cinco de cada vez até que chegou ao patamar de cima e se transformou

de volta para humano. Sabendo

o quão

rapidamente uma parada poderia se transformar em um ímã para encrenca e catástrofes, ele não perdeu tempo para chegar a seu quarto, empurrando a porta aberta e.... —Saia. — Sua adorável companheira disse enquanto ela se enrolava debaixo de seu cobertor, fechava os olhos e soltava um suspiro de paz, que por algum motivo fez um músculo abaixo do queixo dele pulsar.


—Você gostou tanto de ser chutado nas bolas e quer um replay instantâneo? — Ela perguntou doce quando o grande bastardo subiu na cama atrás dela. —Vá em frente. — Ele a desafiou e teve a coragem não só de ficar sob a mesma coberta que ela, mas também curvou o corpo grande ao redor dela e quando tentou se mover, porque aparentemente não venceria a batalha entre eles, pelo menos não esta noite, ele passou o braço ao redor de sua cintura e a puxou de volta deslizando contra seu próprio corpo, muito nu. Esta foi uma ideia estúpida, ela silenciosamente se repreendeu, perguntando o que diabos havia de errado com ela. Deveria ter voltado para sua cela ou para o quarto no qual a colocou na outra noite, mas algo sobre sua atitude arrogante e a presunçosa reação a seu castigo desencadeou essa necessidade de ameaçá-lo e irritar. Então, é claro que ela tinha que fazer algo incrivelmente estúpido como tentar reivindicar o refúgio dele como seu. Deveria ter percebido que não iria deixá-la sair por qualquer coisa, especialmente agora, quando ela tinha sua marca, a mesma que a declarava agora como a fêmea Alfa desta Matilha. Ambos sabiam que ele não fez isso para reclamá-la, mas não importava para a Matilha. Para eles, ele a marcou como sua, reivindicando-a para si e deixando todos saberem que morreria por ela. Ser marcado tinha um significado


especial, significava que você era o bem mais precioso do seu companheiro. Em contrapartida... O fato dela não o ter marcado de volta dizia muito. Dizia a todos que ele era indigno dela, e que não o considerava seu companheiro, seu macho ou seu Alfa. Foi o insulto final e estava a caminho de tornar sua vida um inferno, se já não fosse. Outros Alfas usariam a desculpa para tentar roubá-la dele, pensando que por direito a Matilha era dela e poderia ser tomada junto a ela, o que era possível. O outro problema, a Matilha provavelmente aceitaria sem reclamar neste momento. Eles já não iriam respeitá-lo e iriam começar a testá-lo, desafiá-lo nas noites de lua cheia e algum idiota estúpido tentaria cortar sua garganta e roubar o seu sangue, esperando roubar o título de Alfa de Drew matando-o e bebendo sua essência. Pelo que ela ouviu falar, havia provavelmente alguns membros da Matilha que já estavam alegremente planejando fazer isso. Ao

salvar

sua

vida,

ele

arriscou

sua

própria

e

provavelmente não percebeu isso ainda. Sua Matilha já estava o observando para encontrar alguma fraqueza, procurando motivos para correr à outras Matilhas, para desafiá-lo e derrubá-lo e graças a ela, poderia lhes dar a desculpa perfeita, mas surpreendentemente não poderia viver com isso.


Ele ainda a irritava muito e ela não estava feliz que agora tinha sua marca, mas o arrogante, bastardo mandão salvou sua vida e ela estava em dívida com ele. Isso simplesmente não funcionava para ela, porque não gostava de dever nada a ninguém. Não podia suportar a ideia de que, por causa dela, ele estivesse em perigo e poderia perder tudo. Ela não deixaria o bastardo morrer como um mártir por ela, porque isso iria realmente irritá-la. Nunca em um milhão de anos pensou que iria sequer considerar fazer isso por um companheiro que ela não amasse, mas agora ele já tomou a decisão de suas mãos, não tinha? O amaldiçoando silenciosamente ao inferno e de volta, ela suspirou profundamente, afastou as cobertas, empurrou seu braço dela e permitiu que suas presas deslizassem para baixo, antes que ele pudesse descobrir o que ela estava fazendo e realmente não se importava se ele quisesse isso, porque se recusava a lhe dever algo, então se inclinou sobre ele e afundou suas presas no lado do pescoço, onde todo mundo veria. —Filha da puta! — O bastardo ingrato disse enquanto ela fazia o que era preciso, a fim de salvar a sua vida e sua Matilha. Dando um toque especial, ela balançou a cabeça um pouco, fazendo com que a mordida desse a entender que estava louca de paixão por ele e afastando qualquer


possibilidade que alguém olhá-lo como nada mais do que aquele controlador dor na bunda que ele sempre foi. Assim que ela terminou, retraiu suas presas, limpou o sangue da boca com as costas da mão e desceu da cama enquanto ele ficava ali, apertando a mão no pescoço e a olhando como se ela fosse psicótica. Estava tudo bem por ela, porque agora os dois eram. —Por nada. — Ela disse seca, enquanto saia de seu quarto e se dirigiu para a cozinha, precisando de algo para lavar o gosto de sangue shifter em sua boca.


—Obrigado. —Ele finalmente conseguiu dizer depois de vinte minutos de pé, resistindo à vontade de torcer o pescoço da pequena encrenqueira pelo que ela o obrigou a fazer. Ele odiava dever a ela e sabia muito bem agora que devia. Ambos sabiam disso. Por mais que adorasse dizer que eles estavam transando mesmo, sabia que nunca seria o caso. Ela salvou sua Matilha e sua bunda e ele não tinha absolutamente

nenhuma

ideia

do

por

que,

o

que

sinceramente o aterrorizava. Ela poderia tê-lo deixado à sua sorte e ninguém a teria culpado, mas não o fez. Ela não o fez perguntar, pedir ou suplicar a marca para dar-lhe uma chance. Ela simplesmente empurrou-o, deslizou suas presas e rasgou seu pescoço. Uma mordida grosseira, se você perguntasse a ele, mas ninguém iria questionar se a marca fosse real o que só faria sua posição como Alfa mais forte. Um forte acoplamento entre Alfas era ideal para uma Matilha. Isso significava que eles cuidariam das costas uns dos outros, seriam devotados um ao outro e à sobrevivência da Matilha para que seus filhos fossem protegidos. Um devotado casal Alfa iria fazer tudo ao seu alcance para garantir a sobrevivência e crescimento da Matilha e o bem de seus filhos. Um macho alfa também faria sua Matilha forte, porque ele iria querer sua companheira


bem protegida. —Sem problemas. — A mulher que fez de sua vida um inferno, disse com um encolher de ombros descuidado enquanto ela dava outra mordida no sorvete. —Bela marca. — Ryan disse, sem sequer se preocupar em olhar para cima quando ele estendeu a mão com a colher e pegou uma grande colherada do meio-galão de sorvete que estava compartilhando com Kara. Os olhos de Drew se estreitaram para a cena acolhedora diante dele, sua companheira e seu Beta, sentados um de frente para o outro, tranquilamente compartilhando um pote de sorvete de menta com gotas de chocolate. Mesmo sabendo que seu Beta estava acasalado e não representava ameaça, ainda não gostou. Ele não gostava do fato de que ela ainda bateu em suas bolas, mas agora, parecia tolerar Ryan, o bastardo e traiçoeiro Beta. Então ele estendeu a mão e agarrou Ryan por trás de seu pescoço e o jogou através da cozinha, realmente não se importando onde pousaria e disse a si mesmo que não estava com ciúmes. Nenhum pouco. Então, quando ele assumiu a cadeira recém desocupada, pegou a colher e deu uma grande mordida insatisfatória de sorvete enquanto encarava os olhos de sua companheira, que parecia não poder se importar menos e ele disse a si mesmo que estava ali para obter respostas e não porque queria ser o único a compartilhar da porra de um momento intimo com ela.


—Eu-eu não consigo sentir minhas pernas. — O Beta de Drew, Ryan, um homem inofensivo, mas divertido, disse de algum lugar da cozinha. Kara não se incomodou em olhar para cima ou até mesmo perguntar se ele estava bem desde que ainda estava tentando entender algumas coisas. Ela pensou que comer algo iria ajudar, mas até agora tudo o que fez foi atrair a atenção de dois lobisomens irritantes. Certo, para ser justo, Ryan não era irritante. Ele simplesmente entrou na cozinha, pegou uma colher, sentouse de frente para ela e começou a comer. Foi isso. Ele não se preocupava com ela, não perguntou o que estava em sua mente ou mais importante, não disse nada sobre Drew. Por isso, ela permitiu-lhe viver quando ele monopolizou a parte abundante de gotas de chocolate. Em seguida, ele apareceu e ela percebeu que seu tempo de reflexão acabou, mas mais uma vez, Drew a pegou de surpresa quando simplesmente removeu Ryan violentamente, sentou-se e se juntou a ela no sorvete. Nos primeiros minutos ela ficou na beirada de sua cadeira, esperando que ele


dissesse ou fizesse algo para irritá-la, destruir o momento e tornar a decisão de deixar a cidade e tentar viver por conta própria, mais fácil, mas para sua surpresa, ele não disse ou fez nada para irritá-la. Ainda. Mas ele o faria. Ela o conhecia bem o suficiente para saber que ele estava esperando o momento perfeito para irritá-la. Seus nervos estavam no limite, fazendo cada segundo

pior

aumentava

e

que se

o

anterior

preparava

quando

para

vários

sua

ansiedade

retornos

bem

merecidos por qualquer besteira que estava prestes a sair de sua boca para irritá-la. Tudo o que tinha que fazer era esperar por ele decidiu, estreitando os olhos no bastardo sentado à sua frente, tomando sorvete como se não fosse grande coisa. —Oh, deus... minha pobre bunda... — Ryan gemeu, deixando-a saber que recuperou a consciência em algum momento. Em vez de perguntar-lhe se ele estava bem, porque para ser honesta, ela realmente não se importava e concentrou toda sua atenção no homem que estava sentado em frente a ela, mostrando sua marca, esperando o interrogatório começar novamente ou outra versão de suas regras idiotas. Então, de repente ele comeu o sorvete, levantou-se e jogou a colher na pia antes de sair da cozinha sem dizer uma palavra, então percebeu que o bastardo desonesto estava tramando


algo, o que infelizmente para ela, aumentou ainda mais sua curiosidade. Merda de curiosidade lobisomem, ela pensou com um suspiro pesado quando se afastou da ilha da cozinha e decidiu descobrir exatamente o que o bastardo estava fazendo. —Eu acho que meu braço não deveria estar torto dessa forma. Pessoal? Revirando os olhos, porque o homem era mole demais para ser o Beta de alguém, ela caminhou até ele, que estava em um emaranhado no chão, agarrou seu braço, obviamente deslocado e com alguns empurrões cuidadosos, teve o braço encaixado de volta no lugar. Odiava admitir isso, mas ficou aliviada quando ele finalmente desmaiou, porque toda a gritaria e suplicas por misericórdia realmente começou a dar-lhe dor de cabeça.

Ela estava tramando algo, ele pensou pela centésima vez naquele dia, enquanto distraidamente brincava com o cartãochave em sua mão. Ele apenas não conseguia descobrir o que era e agora ele não tinha tempo para descobrir.


Não apenas ele precisa levar sua Matilha até New Hampshire esta noite, mas também precisava descobrir quem tentou se movimentar contra ele na primeira vez que foram atrás de Kara, causando tudo isso. Agora que estavam acasalados, ela estava em um perigo ainda maior. Então significava que a primeira coisa que precisava fazer era remover Kara da equação. Uma vez que a trancasse em um lugar seguro, poderia se concentrar em sua Matilha. Precisava eliminar os desordeiros e enviar um aviso para quem estava tentando derrubá-lo, mas não seria capaz de fazer isso com Kara em cena. Ele precisava dela escondida de forma segura e tão longe do clube e da sua Matilha quanto era humanamente possível. Ela não iria gostar do que ele planejou para ela mas, novamente, ele realmente não se importava. Ela era sua companheira gostasse ou não e seu dever era mantê-la segura. Era para seu próprio bem e mais cedo ou mais tarde ela iria entender isso e simplesmente aceitar que ele tinha as melhores intenções em mente. Ele não estava feliz por estar acasalado, especialmente porque havia uma boa chance de viver o resto de sua vida como a porra de um monge, mas ela era sua companheira,


sua responsabilidade e se lhe desse ou não filhotes, ela ainda era dele e era por isso que iria fazer tudo que tivesse que fazer para mantê-la segura.

—Sinto muito, mas gosta de sentir suas bolas no fundo da sua garganta? — Ela precisou perguntar a ele, porque realmente não conseguia descobrir por que Drew faria algo tão estúpido. Ele abriu a porta para o triplex e passou por ela. —Não é o que você está pensando. — Disse ele, soando entediado enquanto ela estava na varanda da frente, olhando para ele através dos olhos prateados e seu pé se contraiu com a necessidade de reviver seu sonho, mas por causa da dor em sua marca, parou de alimentar esse sonho particular. —Isso não vai acontecer, Drew. — Ela disse com firmeza, com absolutamente nenhuma vontade de jogar este jogo com ele. —Veja. — Disse ele, voltando a se juntar a ela na varanda da frente. —Eu não tenho tempo para esse jogo estúpido

hoje.

Preciso

levar

minha

Matilha

até

New

Hampshire e preciso saber que estará segura enquanto estiver fora e esta é a única maneira de garantir isso. Quando ela tentou discutir com ele e dizer que estaria perfeitamente bem indo para New Hampshire e que ficaria fora do caminho da Matilha dele, ele disse a única palavra que ela nunca esperou sair de sua boca.


—Por favor, Kara. Apenas fique aqui para que eu possa ir e cuidar da minha Matilha, sem ter que me preocupar com você. — Disse, de repente, parecendo absolutamente exausto. Normalmente teria discutido com ele, o mandando à merda e simplesmente sair andando, mas foi o tom de súplica em sua voz que a fez aceitar. Balançando a cabeça, porque realmente não podia acreditar que faria isso, entrou em sua nova prisão com seus próprios pés e apenas fechou os olhos em derrota quando ouviu a porta bater e ser trancada atrás dela. Era realmente uma idiota, decidiu enquanto olhava ao redor do grande triplex antigo que agora chamaria de casa, porque sabia, sem dúvida que acabou de cair na merda dele.


New Hampshire Terras da Matilha Laymon

—Onde está sua companheira? — Travis, um jovem filhote de vinte anos perguntou com um sorriso zombeteiro enquanto jogava sua camisa na pilha junto com o resto das roupas da Matilha. —Provavelmente lá fora derrubando algum demônio. — Craig, outro jovem filhote disse rindo junto com os outros. Ryan suspirou profundamente quando pegou Drew pelo braço. —Por favor, não os mate por serem idiotas. Ele retirou a mão do Beta de seu braço e foi atrás do pequeno grupo de idiotas que realmente precisava saber seu lugar. —Vou machucá-los apenas um pouco. — Ele rosnou enquanto seus olhos ficavam prata, suas presas saíram e ele permitiu que suas mãos se transformassem em garras. —Oh, merda! — Um dos filhotes guinchou com uma expressão de pânico nos olhos quando cambaleou para trás.


Ainda rindo, seus amigos seguiram seu olhar de pânico e quando viram o que estava vindo para eles, correram, empurrando uns aos outros para fora do caminho, mais do que dispostos a sacrificar um ao outro, se isso significasse viver para ver outro dia. Eles enfrentaram seu Alfa e sabiam que ele faria deles um exemplo e considerando seu estado de espírito, poderia passar o resto da noite caçando cada um deles os derrubando e os fazendo se submeter pelas merdas e risadas.

Boston, MA... Dois dias adoráveis e repletos de diversão mais tarde... No triplex abandonado de Boston sem eletricidade ou água corrente.

Ela definitivamente iria matá-lo, decidiu enquanto tomava um grande gole do copo de uísque falsificado que


foi forçada a conseguir sozinha na 7-Eleven, onde todos os viciados e prostitutas encantadores, que não conseguiam encontrar trabalho gostavam de se reunir. Não que sua última viagem até a loja tenha sido tão ruim assim. Lhe ofereceram um boquete e um saco de um centavo em troca dos seus dois sacos de sanduíches. Ela não tinha certeza de qual era o preço de um boquete nos dias de hoje, mas algo lhe dizia que dois sacos de batatas fritas, dez barras de chocolate, uma caixa de Twinkies snow-ball, e um cheeseburger de micro-ondas deveria valer mais que um boquete e o saco de um centavo. Ela considerou dizer isso, mas algo sobre esse adorável grupo que a encurralou, verificando se poderiam a derrubar e cortar sua garganta sem ela dar um pio, a impediu de dizer qualquer coisa. Ela apenas deixou seus olhos piscarem em um flash prateado e mostrou um pouco suas presas quando a prostituta

cinquentona,

que

inicialmente

ofereceu

um

boquete, começou a caminhar em sua direção com um estilete. Tudo bem, ela provavelmente poderia ter lidado com essa situação de outra forma, talvez ter simplesmente fugido depois de jogar um saco de batatas fritas para a mulher e distraí-la, mas ela realmente não era do tipo que fugia. Assim, em vez disso garantiu que nenhuma dessas pessoas a incomodaria novamente e também que ela nunca mais poderia voltar a essa 7-Eleven.


Então novamente, se algum deles tivesse problemas psicológicos, ela provavelmente poderia contar com um ou dois tentando encontrá-la para que pudessem vender suas almas à ela. Não que ela fosse do tipo que tiraria proveito de algo assim, mas se a oferta fosse boa, ela teria pelo menos considerado brincar com eles. Para o bem deles, é claro... Não porque seria divertido ter humanos a adorando ou tê-los para chamar em alguma necessidade, apenas porque eles achavam que ela era um deus ou um demônio ou algo assim e estava muito entediada. Isto seria errado, muito errado, disse a si mesma enquanto enviava um olhar melancólico para a porta da frente, esperando que um de seus supostos agressores batesse na porta oferecendo amor eterno e fidelidade. Ela é claro, iria esclarecer quaisquer mal-entendido de quando mostrou as presas e os olhos de prata. Bem, iria depois que a ajudassem a encontrar uma cama confortável, um iPad e um carregador solar. Em seguida, com certeza gostaria de lhes dizer a verdade ou pelo menos a versão da verdade que não os deixaria em apuros. Deus, estava tão incrivelmente entediada. Nasceu após a invenção da eletricidade de modo que este lance de voltar às suas raízes simplesmente não estava funcionando para ela, pensou de braços cruzados enquanto terminava de tomar um gole de sua bebida e soprava um enorme embolado de poeira dos muitos formados nas


estantes que cobriam as paredes de cada quarto neste andar. Por um segundo, pensou em fazer outra tentativa de leitura de um dos milhares de livros cobertos de poeira que podiam ser encontrados em toda esta grande casa, mas desde que ela inadvertidamente

arruinou

aquela

primeira

edição

do

Huckleberry Finn no outro dia, ela estava um pouco receosa em tocar qualquer um dos livros. Na maior parte do dia anterior, ela entreteve-se andando ao redor do antigo triplex, verificando os velhos retratos da família de Drew até mesmo de quando ele era apenas uma criança. Depois disso, ela procurou por passagens secretas, coisas interessantes no sótão, mas infelizmente, tudo o que descobriu foram mais livros antigos, retratos e mais rolos de poeira. Depois da decepcionante aventura, desceu e checou as antigas celas da Matilha que antes foram utilizadas para manter seus membros seguros durante a lua cheia, quando eles não tinham escolha a não ser se trancarem. A maioria das celas que eram usadas para impedir que a Matilha fizesse qualquer coisa estúpida, agora estavam cobertas de poeira. Os tijolos que cobriam as paredes e pisos das celas provavam que shifters entediados arranhavam as paredes e pisos, desesperados para sair. A maioria dos tijolos não eram nada além rachaduras, manchas de urina velha, poeira e mais poeira. Ela ficou ali por cinco minutos antes de ter o suficiente e subiu as escadas, indo até a cama que arrumou com os


lençóis empoeirados e comido por traças que cobriam o mobiliário antigo e passou o resto da noite lá. Por volta de meia-noite decidiu mandar tudo para o inferno e se transformou para que a poeira não irritasse a pele humana. Agora ela estava de volta tentando matar o tempo e se perguntando por que simplesmente não ia embora. Deveria definitivamente, disse a si mesma enquanto abria um saco de Cheetos e empurrava um dos alaranjados de sabor artificial em sua boca com um suspiro. Devia sair definitivamente, ela dizia a si mesma, mas havia apenas um problema. Ela realmente não tinha para onde ir. Bem, isso não era exatamente verdade. Agora, graças ao seu acasalamento com Drew e as marcas que ele deixou em todo seu corpo, ela era bem-vinda em qualquer uma das propriedades que a Matilha tivesse, incluindo a casa de seu primo, mas isso significaria colocar Mick e sua família em risco, algo que ela nunca faria. O que, naturalmente, exigiu a pergunta, o que deveria fazer agora? Ela devia ficar em Boston e ser forçada a se esconder em velhos depósitos de lixo que a Matilha esqueceu há muito tempo, pegar para si uma das coberturas de luxo ou casas que a Matilha possuía ou apenas mandar tudo para o inferno, diminuir suas perdas e partir? Bem, uma coisa era certa,

não

importava

o

que

ela

decidisse

fazer,

ela

definitivamente não ficaria ali por mais uma noite. Apenas porque ela se transformava em um grande lobisomem sempre que seu humor explodia não significava


que estava bem vivendo sem as comodidades básicas da vida. Com isso em mente, recolheu seus lanches, empurrou-os de volta aos sacos de plástico de supermercado e se dirigiu para a porta da frente, decidindo que se ela estava saindo, não havia nenhum ganho em esperar. Tomando um gole de refrigerante, abriu a porta e quando não foi atacada, agarrada ou tinha água benta atirada nela junto com as palavras demônio, diabo ou bruxa, ela desceu os degraus de pedra, tomou outro gole de refrigerante enquanto olhava para a esquerda e para a direita tentando decidir a melhor direção. Decidindo que provavelmente não era uma boa ideia voltar ao 7-Eleven, ela foi para a esquerda e ver onde a noite a levaria. Cadeia. Isto é para onde a noite a levou e cinco horas depois, ali sentada no canto ignorando uma grande mulher apelidada de Princesa Sheila que gritava as regras que devia seguir na cela que Kara estava se não quisesse irritá-la. Kara não podia evitar, mas se perguntou por que coisas ruins continuavam acontecendo com ela, mas já sabia a resposta para isso. Drew. Tudo em sua vida era um inferno desde a noite em que ela descobriu a verdade terrível de que era a companheira de Drew. Assim que mostrou o dedo para a princesa Sheila, não pode deixar de se perguntar se seu pai planejou isto o tempo


todo.


Doze horas infernais depois...

Ryan fechou os olhos em resignação enquanto deixava o rosto cair em suas mãos. —Por favor, me diga que você realmente não a colocou em um dos antigos edifícios. — Disse ele em um tom que Drew não gostou, nenhum pouco, mas gostou ainda menos dos olhares que os riquinhos de Boston estavam dando a ele. —Era o lugar mais seguro para ela. — Ele grunhiu se perguntando por que estava sequer se preocupando em explicar ao seu Beta de todas as pessoas. O triplex era perfeito, além de perfeito, porra. Bem era, até um grupo de vagabundos atearem fogo gritando: Morra, prostituta demônio! Morra! Ele ainda não tinha certeza sobre o que era isso tudo, exceto claro, por sua companheira. Ele apenas não tinha certeza se queria saber como Kara conseguiu transformar quarenta vagabundos, prostitutas e traficantes de drogas em um grupo de linchamento. Sim, ele estaria provavelmente melhor se essa conversa nunca acontecesse, decidiu enquanto estava ali, olhando para o policial que se recusava a dar qualquer informação sobre Kara.


—Eu apenas posso liberar informações ao seu advogado ou família. — Disse o grande homem com um encolher de ombros, não realmente parecendo que se importava. —Ela é minha esposa. — Drew rosnou, de alguma forma, resistindo à vontade de rasgar o edifício em partes até que ele a encontrasse. Na verdade, isto foi provavelmente, graças a Ryan, que ameaçou cortar suas bolas fora com uma faca revestida de prata se ele fizesse alguma coisa que os tirasse da cidade. Eles estavam com sua companheira e se recusavam a trazê-la ou a dar qualquer informação. Não demoraria muito antes da ameaça de castração não ser suficiente para mantê-lo calmo. Eles tiraram algo dele, a coisa mais preciosa para um shifter e ele não estava disposto a ficar ali por muito mais tempo. —Não faça isso. — Disse Ryan, sem se preocupar em deixar cair as mãos, muito provavelmente porque podia sentir o temperamento de Drew subindo. —Ela disse ao policial que a prendeu que era solteira. — O humano disse, enquanto derrubava sua bunda na cadeira. —Não. — Drew disse, olhando para a careca brilhante do oficial. — Ela não disse. Ela sabia que não deveria falar com oficiais, deixá-los tomar suas impressões ou seu DNA na prisão, sem se importar

com

as

consequências.

Ela

nunca

deveria

pronunciar uma única sílaba, uma vez que eles começassem


o interrogatório. Ela conhecia as regras melhor que ninguém. Apostava tudo que tinha que sua pequena companheira os encarou por todo o caminho e fez de suas vidas um inferno, porque Kara era esse tipo diabólico. Ela nunca permitiria que seres humanos recolhessem informações sobre ela que pudessem ser usadas para localizá-la ou chamar a atenção para o mundo deles. —Você não tem nada contra ela. — Disse permitindo seus olhos piscassem prateado quando olhou para o homem bem menor. —Precisam soltá-la. Agora. —Eu... — O oficial gaguejou, tropeçando para trás e visivelmente engolindo enquanto olhava ao redor para ver se alguém viu o mesmo que ele. —Agora! — Drew resmungou, cansado de jogar pelas regras humanas. —Calma. — Ryan sussurrou quando finalmente deixou cair as mãos e olhou ao redor da delegacia, se certificando de que eles não estavam atraindo plateia. —E-ela foi presa por resistir à prisão. — O oficial tropeçou em transe, recusando-se a tirar os olhos de Drew, mesmo quando sua mão distraidamente descansasse na coronha da sua arma. —Solte-a. —Drew disse uniformemente antes de insistir. —Agora! — Uma última vez, já sabendo que seria de fato a


última chance que daria a este oficial antes de quebrar este lugar tijolo por tijolo. O

oficial

gemeu

quando

sua

boca

trabalhou

silenciosamente, mas Drew não reparou mais nele quando o mais atraente perfume chegou à ele. Ele desviou o olhar para a direita, apenas a tempo de ver sua companheira pé no hall sendo escoltada para ele. —Você está realmente me chutando para fora? — Ela perguntou,

não

soando

particularmente

irritada

ou

preocupada por ter sido presa por acusações de merda, mas ela simplesmente parecia curiosa. Em resposta, os dois policiais que a escoltavam apenas olharam para ela. —O que? — Perguntou ela inocente encolhendo os ombros. —Ela já estava assim quando eu cheguei lá. Nesse ponto, um dos oficiais parou para que pudesse agarrá-la. —Você fez uma policial disfarçada ter um colapso psicótico! Kara simplesmente piscou para o homem. —Você tem certeza que ela já não era assim antes? —Hey! Davis, para trás! — O outro oficial gritou, soltando seu aperto sobre Kara para que pudesse pegar o outro oficial antes que este pudesse torcer o pescoço dela, um desejo com o qual ele lutou muitas vezes ao longo dos anos


para reconhecer os sinais. —O

que?

A

mulher

demoníaca

perguntou,

simplesmente para foder com os humanos, porque era isso que Kara fazia quando está entediada. Ela fodia com a pessoa até que perdesse a cabeça, porra, o que mais uma vez significava que realmente não queria saber o que ela fez para fazer um policial enlouquecer. Sim,

provavelmente

não,

ele

decidiu

quando

passou

empurrando Ryan e foi recuperar sua companheira, que estava ali, piscando inocente enquanto cinco oficiais foram forçados a lutar para manter Davis no chão. —Eu sei que você fez isso! — Davis gritou, um pouco histérico enquanto Kara ficava ali olhando para as unhas, ficando rapidamente entediada com a coisa toda. —Uh huh. — Disse ela distraída, enquanto outro policial foi forçado a se juntar ao grupo tentando impedir Davis de pegar sua arma. Kara não parecia muito preocupada com a ameaça iminente, mas que provavelmente tinha algo a ver com o fato de que apenas agora ela finalmente o notou ali e quando o fez, ela soltou. —Uh oh. — Perdendo seu tom de tédio e sua expressão ficou um pouco preocupada. Engolindo em seco, ela freneticamente olhou em volta da confusão caótica ao redor dela, pegou um copo de café da Dunkin Donuts, arrancou a tampa e jogou o conteúdo sobre


o

oficial

mais

próximo,

encharcando

a

camisa

cuidadosamente com um pequeno sorriso nervoso. —Brutalidade policial? — Ela perguntou, parecendo esperançosa quando Drew finalmente chegou a ela, a agarrou e jogou em cima do ombro enquanto o oficial simplesmente ficava ali balançando a cabeça em desgosto olhando para sua camisa arruinada. —Tire-a daqui agora. — Disse o oficial suspirando pesado enquanto Kara fazia o seu melhor para sair das costas de Drew e voltar a uma vida de carcerária, mas o braço ao redor dela era implacável e com cada pequeno contorcer e tentativa de escapar, ficava ainda mais apertado. Ela não iria a lugar nenhum. Quando finalmente aceitou esse fato, parou de tentar fugir e perguntou. —Então, como foi sua viagem? — Com o que pareceu um leve sorriso esperançoso que iria salvar seu traseiro. Quando ele não respondeu, suspirou forte contra suas costas e murmurou. —Oh, merda. Oh, merda estava correto, porque ele iria torcer a porra do seu pescoço e desta vez nada o impediria de fazê-lo.


—Talvez devêssemos ter um minuto para pensar sobre isso. — Ryan, sua nova pessoa favorita no mundo disse, enquanto Kara movia seu traseiro para trás de outra mesa quando a última foi arremessada do outro lado do clube. —Isso soa como uma grande ideia. — Ela respondeu antes de um grito indignado escapar dela e ser forçada a mergulhar para fora do caminho, quando a mesa, a única coisa que estava entre ela e seu de verdade irritado companheiro, de repente saiu voando para o outro lado da sala, juntando-se ao resto da mobília quebrada contra a parede e caia com o resto dos detritos no chão do clube. —Você. — Disse Drew se aproximando enquanto ela freneticamente tentava fugir e rastejar para baixo de outra mesa, esperando que ele se entediasse com a destruição de seu clube. — Desobedeceu-me. —Umm, você não é meu chefe. —Ela apontou enquanto tentava lembrar a si mesma que era uma Alfa e deveria ficar de pé, firme até que o grande bastardo se ajoelhasse, implorando por misericórdia, mas um olhar por cima do ombro classificou seus planos como o mais estúpido pensamento que já teve. Ela o irritou muito ao longo dos anos, mas nada como isso. E diferente das outras vezes, ele podia realmente colocar suas mãos nela sem se preocupar com as consequências. Basicamente, estava com certeza ferrada.


Era apenas uma questão de tempo, provavelmente segundos, antes dele a pegar e finalmente concretizar seus anos de fantasias violentas. Então, desistiu de tentar rastejar para a segurança e apenas se levantou e fugiu dele. O rugido antinatural que a seguiu e sacudiu todo o prédio, de alguma forma deu-lhe coragem para correr mais rápido. Queria alcançar a escada e bater a porta atrás de si trancando-a, pensando que assim poderia relaxar e ficar a salvo. Isso foi antes de um muito irritado lobisomem de 2,75m derrubar tudo e avançar por ela.


—Seu filho da puta! — Kara gritou quando ele afundou suas presas em seu traseiro em forma de coração. Ele esperou que a marca em seu braço queimasse em retaliação pelo que acabou de fazer. Assim, quando nada veio, nem mesmo um formigamento ficou um pouco confuso, mas não o suficiente para parar o que estava fazendo. Mantendo seu domínio sobre a cintura da calça jeans que puxou para baixo para que pudesse cravar os dentes em sua carne, ele lambeu a nova marca que fez, incapaz de deixar de sorrir quando fez isso, porque sabia, sem dúvida nenhuma que ela gostava. O leve gemido que ela tentou segurar quando ele passou a língua sobre seu traseiro dizia o suficiente, mas o cheiro que

estava

exalando

desde

que

a

pegou

estava

consideravelmente mais forte, mais atraente na última hora. Reagindo, ela bateu nele sem sequer ver, mas não forte o suficiente para machucá-lo, o que foi a próxima pista de que não era tão imune ao seu charme como gostaria que ele pensasse. Deixando-a ir, observou-a correr até a escada, parando no patamar seguinte para colocar sua calça jeans de volta e lançar lhe um olhar que poderia matá-lo. Ele ficou ali, sorrindo enquanto lambia os lábios, saboreando o gosto doce


das pequenas gotas de sangue que confirmaram suas suspeitas. Parecia que sua companheira estava entrando no primeiro calor de acasalamento muito mais cedo do que ele esperava. Isso quase o fez esquecer o fato de que ela o desobedeceu, quase. Suspirando, porque as coisas estavam prestes a ficar mais interessantes, ele subiu a escada seguindo atrás dela. Ele não correu atrás dela. Simplesmente foi atrás dela, suspirando com satisfação, não dando a mínima para seu pau que estava saltando a cada passo, ansioso para deslizar em sua companheira. —Paciência. — Disse ele a seu pau com uma risada, porque não havia necessidade de apressar nada, não agora que sabia que mais cedo ou mais tarde ela iria até ele implorando para lhe dar alívio. Ele iria fazê-lo, mas apenas depois que ela lhe pedisse suavemente e tinha certeza de que a faria implorar. Cristo, apenas o pensamento de Kara em suas mãos e joelhos com as pernas abertas e o traseiro no ar, esperando que ele a fodesse o fez distraidamente acariciar seu pau enquanto continuava subindo a escada. Ele não podia gozar apenas com isso, mas era muito bom. Sabia que provavelmente iria apenas piorar as coisas e deixá-lo ainda mais frustrado que antes, mas não se importava, não agora que sabia que a teria


implorando por seu pau em breve.

Algo estava muito errado, ela percebeu quando tirou as roupas, mas em vez de sentir algum alívio, apenas sentiu-se mais quente. Deus, ela estava queimando. Sua pele parecia estar pegando fogo. Olhou para seu corpo, esperando ver bolhas se formando sobre a pele, mas não havia nada além de um simples rubor se espalhando por ela. Ela estava em chamas, pensou delirante quando tropeçou saindo da cama no quarto em que entrou a poucos minutos na tentativa de fugir do bastardo psicótico que mordeu seu traseiro. A cabeça girou enquanto sua respiração ficava mais rápida e mais rasa, mas continuou forçando as pernas a se mover mesmo quando a dor passou através de seus ossos, exigindo que ela parasse e também de respirar, mas nada diminuiu a dor. Tudo doía, seus ossos, sua pele, as articulações, os dentes, as gengivas e até mesmo seu cabelo. Sua cabeça girou mais rápido, fazendo-a tropeçar para frente e bater em um móvel. Não tinha certeza se era uma cômoda ou mesa


desde que sua visão ficou borrada no segundo em que a dor começou. Por que isso estava acontecendo? A parte racional de seu cérebro sabia exatamente o que estava acontecendo, mas não conseguia fazer nada ter sentido agora. Apenas queria que isso parasse, tudo isso, o fogo, a dor atravessando seu corpo e a sensação de estar sendo dilacerada de dentro para fora. Ela apenas... apenas... apenas precisava fazer isso parar, pensou, aumentando o aperto mortal no que quer que fosse que estava segurando e caiu, agarrando sua cabeça com força quando a dor disparou através de sua cabeça, fazendo-a gritar. Ela não iria aguentar, não podia aguentar tudo isso por mais um segundo, precisava que isso parasse... apenas precisava... precisava... —Eu tenho você. — Ela mal ouviu Drew dizer quando sentiu seu corpo deixar o chão. Em todos os lugares em que a tocava sentia como se estivesse sendo esfaqueada com cacos de vidro, rasgando seu corpo antes que ácido deslizasse lentamente por cada centímetro dela enquanto sons de gritos eram vagamente registrados em sua mente. Quando ela sentiu seu corpo se mover através do sótão, orou para que a dor a deixasse inconsciente, a tirando de sua miséria, mas a dor se recusava a ir. A dor a manteve consciente, certificando-se que sentisse


cada momento agonizante como se estivesse rasgando-a, atormentando-a e provando a ela que o inferno de fato existia.

—Você ficará bem. — Prometeu-lhe enquanto ela continuava chorando silenciosamente em seus braços. — Ficará bem, Kara. Eu juro por deus que ficará bem. — Prometeu a ela enquanto lutava contra a vontade de entrar em pânico. Mais uma vez. Assim que ela começou a gritar e ele percebeu que não iria parar, chamou Ryan, exigindo que ele levasse todos os malditos médicos que haviam na Matilha para ajudá-la. Cristo, estava tão desesperado que ele mesmo ordenou a seu Beta entrar em contato com o Composto Sentinela e levá-los até ali para ajudá-la. Foi quando Ryan deu a notícia para ele. Algumas fêmeas quando tinham seu primeiro calor de acasalamento passavam por um verdadeiro inferno. Era uma porcentagem

extremamente

pequena

de

mulheres

que


passavam por isso, mas mais da metade delas morriam. Era algo que a Matilha normalmente não falava por medo disso fazer com que as fêmeas evitassem os acasalamentos a todo custo. Isto fez o seu Beta, Mick e cerca de dez outros membros da Matilha enfrentá-lo e derrubá-lo quando ele perdeu a cabeça. Em seguida quando se transformou todos eles ficaram fora do caminho. Ficou em sua forma Shifter, andando de um lado para outro na frente de Kara até que sua voz ficou rouca e a única coisa que podia fazer era gemer. Foi quando ele se transformou de volta para humano, incapaz de aguentar mais e levou-a para seu quarto e direto para o banheiro. Ligou o chuveiro, deixou na água fria e entrou com ela em seus braços onde a segurou desde então. Ele parou de tremer a muito tempo e estava dormente, mas infelizmente para Kara, ela não. Ainda sentia dor, gemia e chorava enquanto ela se segurava nele, desesperada para ficar em seus braços enquanto a dor rasgava através de seu corpo. O restante dos homens da Matilha, incluindo seu primo foi forçado a sair horas atrás e cuidar do clube. Mick inicialmente se recusou, grunhindo e balançando a cabeça enquanto mantinha o olhar fixo em sua prima mais nova. Drew nunca viu o grande homem demonstrar tanta emoção antes, mas esta noite parecia que seu coração estava sendo arrancado do peito e dividido em dois. Drew sabia que Kara era próxima de seu primo, mas nunca percebeu até esta noite o quanto realmente significava para o normalmente


estoico shifter. Isso explicava por que Mick arriscou sua posição na Matilha todos aqueles anos atrás quando trouxe Kara, minúscula, trêmula e cheia de cuspe e fogo diante de seu pai. Ele sempre quis saber o que Mick faria se o pai de Drew recusasse a Kara anistia e agora tinha sua resposta. O shifter teria abandonado a Matilha e arriscado tudo por ela. Isso o deixou ainda mais curioso sobre os mistérios de sua companheira e sabia que ela tinha uma porra de segredo. Quando tudo isso tivesse acabado e ela estivesse melhor e ela com certeza estava cada vez melhor, ele teria a maldita certeza de que finalmente conversariam. —Drew. — Ela sussurrou em um soluço quando escondeu o rosto com mais força contra seu peito que segurava levemente, seu pequeno corpo sacudindo com a dor por horas, o que tornava impossível fazer muito mais do que se deitar inerte em seus braços. —Calma. Tudo ficará bem. —Assegurou beijando sua testa fria. —Dói. — Ele gemeu, tentando aumentar seu aperto ao redor dele, mas em vez disso os braços caíram moles ao seu lado, como se sua última energia finalmente fosse drenada. —Você apenas está sendo um bebê. — Disse na esperança de irritá-la o suficiente para que pudesse mandá-lo se foder, o chamar de idiota ou qualquer coisa para ele saber que ficaria bem.


Em vez disso, seus olhos se fecharam, sua cabeça caiu sobre seu ombro e ela deu seu último suspiro.


—Nem sequer pense nisso, Kara. — Disse enquanto continuava fazendo massagem cardíaca. —Você não sairá dessa tão fácil, é a porra de um pé no saco! Ele parou de bombear seu peito por um minuto, se inclinou e colocou a boca sobre a dela, respirando por ela até que sua pequena pé no saco parasse de brincar e fizesse isso por si mesma. —Vamos lá! — Ele disse, dando mais duas respirações, sem absolutamente nenhuma pista do que estava fazendo, mas se recusando a apenas se sentar e aceitar ela ir. Não, isso não iria acontecer. Não era assim que sua história iria acabar. De maneira nenhuma. Ele bombeou seu coração várias vezes antes de se inclinar para trás e.... —Porra!

Gritou

como

uma

garotinha

quando

percebeu que os olhos de Kara estavam não apenas abertos, mas em prata pura e estava olhando para ele. Se ele fosse capaz de ter um ataque cardíaco, com certeza teria um. Quando ela não disse nada, mas continuou olhando-o, teve que admitir, apenas para si mesmo é claro, que aquilo o assustou muito.


Respirando com dificuldade ele sentou, esperando que ela dissesse ou fizesse algo para que soubesse que estava bem, irritada, com dor, qualquer coisa, mas ela apenas fechou os olhos, virou-se para o lado e prontamente adormeceu,

deixando-o

ali

sentado,

ofegante

e

se

perguntando que merda aconteceu.

—Mmmmm. — Ela soltou um leve gemido sonolento quando se virou e suspirou com um sorriso sonhador. Deus, ela se sentia tão descansada, como nunca antes na vida. Durante anos ela sobreviveu com muito pouco sono, trabalhando longas horas durante o dia e aprendendo tudo que podia durante a noite para que não tivesse que se preocupar em trabalhar em sucatas e ter seu traseiro chutado por algum idiota que pudesse demiti-la. Ser subestimada, ferida e se sentir como uma idiota barata foi a pior coisa, mas não teve escolha. Precisava ficar em Boston, escondida na Matilha de Drew e infelizmente, tinha que fazer isso sozinha, o que significava ter que pegar qualquer trabalho de merda que conseguisse e na maioria das vezes foi forçada a trabalhar em dois empregos para


sobreviver. Por quê? Porque viver em Boston era muito caro. Seu minúsculo apartamento do qual recentemente foi despejada, ficava em um bom bairro com o índice de crimes moderado, sem elevador e localizado no quinto andar o que lhe custava adoráveis trezentos e vinte dólares por mês. Se ela se mudasse para New Hampshire ou apenas fora da cidade, poderia ter pago metade disso em uma hipoteca de uma casa com um quintal e sem vizinhos acordando-a às três da

manhã,

explodindo

sua

televisão

porque

estavam

entediados. Boston era uma das cidades com o custo de vida mais elevado e estava presa ali, o que significava longas horas de trabalho e pouco sono. Ela não conseguia se lembrar da última vez que conseguiu dormir mais de seis horas por noite. Desde o tempo em que foi forçada a seguir a Matilha de Drew até New Hampshire ou ficar em uma das celas, nunca foi capaz de dormir bem. Na verdade, sempre dormia pior quando deixava Boston, com o medo constante em sua mente de ser descoberta ou que a Matilha não a quisesse por perto e a mutilasse como aviso para ficar longe. Ela nunca descansava, não desde que estava ali, nem mesmo antes disso, quando era uma criança e percebeu que estava em perigo. Mas por alguma razão, pela primeira vez em sua vida sentiu-se descansada, como se tivesse dormido durante dias. Deus,

sentia-se

tão

bem,

tão

descansada,

quente

e

confortável. Ela não queria abrir os olhos e acabar com


esse sentimento de simplesmente estar ali, saboreando essa sensação que poderia nunca mais experimentar novamente. Não queria deixar esse sentimento ir, nunca mais. Então, decidiu se virar, manter os olhos fechados e voltar a dormir. Nunca sairia desta cama, decidiu. Se fosse possível ficaria nesta cama para sempre. Era uma shifter e, portanto, tecnicamente poderia viver para sempre. Enquanto não bebesse ou comesse qualquer coisa, ela poderia... —Já era hora! — Uma voz muito irritada disse, destruindo completamente o momento mais perfeito de sua vida. Isto significava que o bastardo mal-humorado estragou tudo,

pensou,

com

um

suspiro

pesado

quando

relutantemente abriu os olhos e se obrigou a aceitar o fato de que isso foi provavelmente uma experiência única em sua vida. Oh bem, pelo menos se sentia melhor do que em muito tempo. Ela abriu os olhos, rolou de costas e se esticou como um gato bem descansado. Deus, ela se sentia tão... O som da porta batendo a assustou, fazendo-a se sentar e franzir a testa para a porta fechada que ainda chacoalhava em suas dobradiças, fazendo-a se perguntar qual era o problema dele. Encolhendo os ombros pelo que parecia ser uma forma de TPM do sexo masculino, ela caiu para trás sobre a cama, fechou os olhos e decidiu voltar para o mundo maravilhoso,


onde ela não estava sendo caçada por sua antiga Matilha, era odiada por sua nova Matilha e acasalada a um homem que, obviamente, não era uma pessoa bem-humorada pela manhã.

Uma semana de puro inferno mais tarde...

Bem, uma semana de puro inferno depois que Drew ganhou oficialmente o apelido de — O Cretino — dos funcionários do clube e membros da Matilha que cometeram o erro de ficar a quinze metros dele. No meio da semana, a maioria

dos

trabalhadores

descobriram

que,

se

eles

quisessem ouvir gritos ou que os fizesse chorar deveriam levar seus problemas para Ryan enquanto o resto da Matilha simplesmente mantinha distância. Kara, por outro lado ficou mais leve, pela primeira vez em sua vida. Ela ainda trabalhava em turnos no clube para ajudar, especialmente desde que a equipe de garçons estava com alguma doença ou pulavam fora e apenas desistiam, mas agora que um pouco da pressão a deixou, ela podia lentamente relaxar e fazer coisas da qual não foi capaz de


fazer nos últimos anos. Começou a ler de novo, seu passatempo favorito quando era criança antes de tudo se transformar em um inferno. Durante a semana anterior foi à biblioteca, ao cinema e simplesmente aproveitou para fazer longas caminhadas ao redor de Boston. Não sozinha claro, porque o idiota que aparentemente não estava conversando com ela, olhando-a ou até mesmo reconhecendo sua presença de qualquer forma, colocou Mick como seu guarda-costas pessoal. Se ela deixasse o clube, Mick estava ao seu lado, olhando para qualquer um que invadisse seu espaço pessoal, o que ficou um pouco estranho quando o bibliotecário se aproximou dez passos dentro do espaço pessoal que Mick insistia em manter, para entregar seu cartão da biblioteca, com um Shifter de 2,15m enviando ao pobre velhinho um grunhido de advertência. Desde que foi banida da biblioteca, ela expandiu sua busca na cidade e encontrou algumas livrarias realmente adoráveis para desgosto de Mick. O homem não gostava de livrarias, não confiava nos pequenos seres humanos que desviavam nervosos dele e em pânico quando encontravam seu rosto sério direcionado a eles, o que naturalmente significava que teria que começar a se esgueirar para fora do clube sem ele ou corria o risco de ser banida de todas as livrarias em Boston. Um rugido sacudiu o clube, fazendo-a suspirar e balançar a cabeça em aborrecimento quando virou a


página do livro que estava lendo e se perguntou por quanto tempo continuariam aturando as birras do grande bastardo. Olhou par o relógio na parede da sala de descanso e decidiu que iria começar seu turno uma hora mais cedo, desde que Drew provavelmente enviou a maior parte da equipe de garçons a correr por suas vidas. Ela não podia fazer muito, mas pelo menos poderia manter os clientes mais agressivos calmos e relaxados, garantindo que não tivessem que esperar muito tempo por suas bebidas. Não era muito, mas devia ajudar a reduzir as brigas esta noite. Relutante, vestiu a camiseta preta do Luna Moon que os seguranças e os atendentes tinham que usar e seu jeans, porque se recusava a vestir o uniforme degradante que as garçonetes usavam. E se recusava a dar a algum idiota uma oportunidade para chegar debaixo de sua saia e tentar contato mais íntimo com ela novamente. Teve uma centena de empregos medíocres em sua vida para saber como funcionava o comércio e sabia exatamente como parar um idiota antes de transformar seu turno em um pesadelo. Sabia como lidar com os bêbados, com os flertes, as vadias baratas e aqueles que queriam descontar seu dia ruim em alguém que acreditavam que teria que engolir tudo para conseguir manter um trabalho que mal pagava as contas. Kara estava além de aceitar qualquer besteira. Recusava a permitir que os clientes ou a equipe a provocassem. Não que tentaram mais, não desde que perceberam que ela


tinha a marca de Drew. Agora simplesmente ficaram longe dela, olhando de longe e nunca lhe viravam as costas, com medo do que faria a eles. Ela era a fêmea Alfa agora, eles quisessem ou não e a julgar pelas expressões em seus rostos sempre que se aproximava dez metros de qualquer um deles, estavam menos do que satisfeitos com sua nova situação. Isso era bom para ela porque, tanto quanto lhe dizia respeito, eles não eram sua Matilha, sua responsabilidade ou qualquer coisa, além de um grupo de shifters à espera do momento certo para avançar sobre ela. Quando esse momento chegasse... Planejava estar muito longe dali.


—Drew, eu senti sua falta! — Uma loira que não se lembrava quem era disse em um grito animado quando veio correndo para sua mesa privada, mas com apenas um grunhido, Mick se deslocou para o lado a bloqueando. —Drew? Bebê sou eu, Angel! — Ela disse, dando-lhe um enorme sorriso enquanto arqueava as costas levemente para mostrar seu enorme decote que não chamou absolutamente sua atenção. —Não me importo. — Disse sem se preocupar em desviar o olhar da pequena e curvilínea coisa usando jeans e carregando uma bandeja cheia de bebidas servindo uma mesa cheia de seres humanos. Quando os bastardos excitados a saudaram com sorrisos masculinos apreciativos, seus olhos se estreitaram enquanto observava todos e cada um deles olhando seus seios e bunda. Seu olhar foi para a mulher sorrindo calorosamente para os humanos enquanto cuidadosamente e eficientemente colocou suas bebidas na mesa. Seus olhos se estreitaram ainda mais quando sua companheira continuou conversando com os humanos em vez de passar para a próxima mesa. —Mick. — Foi tudo o que precisou dizer para ter o


shifter de cento e trinta quilos sinalizando com um leve aceno de cabeça na direção de Kara. Em poucos segundos, Jennie, um baixo membro de sua Matilha, que sempre se ressentiu de Kara e fez de tudo para tornar a vida dela um inferno quando era uma menina, estava lá, pronta para assumir. Andou até a mesa com um sorriso tímido e um sutiã enorme para ajudar a dar alguma atenção a seus atrativos e disse a Kara que ela era necessária em outro lugar. O sorriso dela era forçado, Kara ofereceu aos humanos um boa noite, mas não antes de todos eles começassem a pegar suas carteiras e lhe entregar quantias insanamente enormes de gorjetas e.... Seus malditos números de telefone, ele percebeu com um rosnado. —Quero ela fora daqui. — Ele rosnou, mantendo os olhos fixos na mulher que tinha um controle enorme sobre a vida dele. Com outro leve aceno de cabeça, dois membros masculinos da Matilha de Drew caminharam até ela e começaram a gesticular na direção de sua mesa até que ele acabou com o erro deles, deixando seus olhos brilharem prateado. Depois do que aconteceu na outra noite, ele não queria ter nada a ver com a pequena cadela. Planejou mandá-la para fora de Boston e dizer a sua Matilha para ir se foder e ver até quando conseguiriam ficar


sem ele, mas toda vez que permitia que a raiva crescesse depois daquela noite, se lembrava da sensação que o atingiu, quando percebeu que ela iria sobreviver. Lembrou-se do alívio avassalador que o atingiu, quase caiu de joelhos e tornou impossível respirar. Ele percebeu que a amava, porra ele a adorava e sentia como se sua maldita alma o tivesse traído. Não gostou de saber que a amava, que a queria e que provavelmente sempre quis desde que ela atingiu a maturidade. Ela certamente sempre o intrigou, especialmente na primeira vez que a viu. Nunca viu uma menina com mais medo em sua vida, mas ela recusou-se a deixar que alguém soubesse o quão aterrorizada estava. Em vez disso, tinha atitude o suficiente para garantir que todos à cinco metros dela quisessem colocar a pirralha sobre seus joelhos e bater nela. Pelo menos, foi o que quis fazer quando a conheceu, mas agora ela era sua, carregava sua marca e isso não significava porra nenhuma para ela.

—Você me chamou, meu Senhor. — Ela falou devagar, dando o seu melhor para não o deixar saber o quanto sentiu


sua falta durante a semana passada. Não que se permitiu pensar nele, porque não o fez. Manteve-se ocupada, dizendo a si mesma que não a incomodava que ele a estava evitando. Foi bom. Estava acostumada a estar sozinha e não teria feito isso de outra maneira. —Volte lá para cima. — Drew disse friamente enquanto olhava ao redor do clube, parecendo entediado. —E fazer o que, exatamente? — Perguntou ela, amando ser mandada tanto quanto amava ser ignorada. —Não me importo. Basta sair do meu clube. — Disse ele suspirando pesado enquanto distraidamente fazia um gesto para ela ir para qualquer lugar que fosse fora de sua vista. —Você precisa de ajuda. — Ela apontou e dane-se se iria deixá-lo saber o quanto sua demissão a feriu. —Não de você. — Disse ele movendo seu olhar frio para ela e a deixando saber exatamente o quanto não podia suportá-la,

uma

expressão

com

a

qual

estava

muito

familiarizada e que não aguentava ver em seu rosto. Então, fez o que sempre fazia quando alguém a deixava saber exatamente o quão pouco significava para eles, fingiu que não a incomodava mesmo enquanto decidia que era hora de mostrar a ele o quão pouco ela se importava.


—Algo está errado. — Disse Ryan com uma expressão perplexa quando se sentou ao lado de Drew em sua cabine privada. —Não me importo. — Disse Drew se perguntando por que

seu

Beta

o

estava

incomodando

quando

deixou

perfeitamente claro na semana passada que ele iria acabar com qualquer um que sequer olhasse em sua direção. Ele honestamente não sabia como poderia ter sido mais claro. Sua Matilha recebeu a mensagem bem rápido, uma vez que explicou em poucas e simples palavras o que faria se algum

deles

o

incomodasse

por

qualquer

besteira,

mencionassem o nome de Kara ou estivessem simplesmente ao alcance se estivesse de mau humor. Desde aquele dia, sua Matilha tinha a certeza de manter o seu drama e besteiras para si, assim como pelo menos cinco metros entre eles e Drew. Para todos os outros problemas relacionados a Matilha ou ao clube, eles procuraram Ryan, que em sua própria maneira especial dizia para irem se foder e lidar com sua merda como adultos. Drew suspirou. Seu Beta tinha uma maneira especial com as palavras. Durante a semana anterior, os relatórios foram discretamente entregues a ele, as programações

diárias

foram

colocadas

a

sua

frente,

juntamente com um raro bife médio, uma dose de uísque e


sem uma única palavra. Do jeito que ele gostava. Ryan na maior parte do tempo desfrutou em atormentálo na semana anterior, inocentemente falando sobre Kara em todas as oportunidades, o que lhe rendeu algumas novas cicatrizes e o ódio eterno de Drew. Ele apenas queria ser deixado em paz enquanto descobria algumas coisas, mas seu Beta parecia não se importar. Estava praticamente obcecado com esta nova linha de tortura e não conseguia parar, não importava o quanto Drew batesse nele. —Você sabe o que não consigo entender? — Perguntou Ryan, mais uma vez tentando irritá-lo o suficiente para entrar na conversa, mas ele se recusou a ser atraído pelo pequeno bastardo que parecia ter tanta diversão ao vê-lo perder a cabeça. —Muitas coisas. — Drew disse lentamente, esperando que o pequeno bastardo entendesse a dica e calasse a boca. —Ela começou a entrar no calor na semana passada. — Ryan continuou, obviamente, com a intenção de ignorar seus desejos, como de costume. —E? — Drew explodiu, esperando que o tom de sua voz fosse suficiente para calar o Beta, mas outra parte dele, a parte que desejava poder bater violentamente nele, estava esperando que Ryan ignorasse a advertência em seu tom e continuasse falando. Não importava o quanto odiasse admitir isso, era


realmente muito curioso. Felizmente, o seu Beta ignorou o aviso, como de costume e continuou para que ele não fosse forçado a pedir ao pequeno bastardo informações mais tarde. —Você não está curioso de por que ela entrou e depois parou de repente? — Seu Beta perguntou com um sorriso presunçoso que fez a mão de Drew se contorcer com a necessidade de estapeá-lo para cortar direto o papo furado e forçar o merdinha a lhe dizer o que queria saber. Ele estava mais que curioso, mas nunca iria admitir isso para Ryan. Ele conhecia bem Ryan para dar qualquer tipo de poder sobre ele e esse conhecimento era definitivamente poder, porque estava morrendo de vontade de saber como sua companheira não apenas sobreviveu ao ataque, mas também fez isso sem entrar no calor. Era como se tudo tivesse parado junto com seu coração. Não fazia sentido. Então, novamente alguma coisa disso realmente fazia algum sentido? —Eu tenho uma teoria, se quiser ouvir. — Ryan disse sem cerimônia, aparentemente decidindo que a melhor maneira de agravar a merda era prolongando isso. —Não. Me. Importo. — Disse, conhecendo seu Beta bem o suficientemente para saber que, se ele o ignorasse completamente, em cinco minutos, em uma hora ou duas no máximo, Ryan não seria capaz de resistir e dizer tudo o que


ele queria. — Que porra é essa? — Murmurou com uma careta quando se levantou lentamente, certo de que estava enganado, mas depois que cheirou o ar pela segunda vez não havia absolutamente nenhuma dúvida em sua mente que ele estava farejando sangue shifter. Não era apenas sangue shifter, ele percebeu com um rosnado feroz quanto os olhos brilharam prateado e suas presas surgiram. Era o sangue de Kara.


Oh, meu deus, não olhe, disse mais e mais em sua cabeça enquanto ficava ali, segurando sua mão sobre a pia da cozinha, enquanto esperava que o sangramento parasse e sua mão se curasse. Era apenas uma questão de tempo, recordou-se, grata por ser uma Alfa em vez de um shifter comum da Matilha, desde que era capaz de aproveitar sua força e habilidade de cura para limpar a mão para que não tivesse que suportar a visão do sangue ou fazer uma viagem ao hospital, ela travou, cortando um pouco antes do pensamento de agulha e linha sendo puxada através de sua pele, o que fez sua cabeça girar e seu estômago dar cambalhotas. Apertando com força os olhos fechados, ela lentamente respirou para dentro e para fora, empurrando as imagens de agulhas passando por sua carne para longe e tentando se concentrar em praticamente qualquer outra coisa. Ela era uma shifter patética. Sabia e aceitava isso como um fato e agora realmente não poderia dar a mínima enquanto sentia a água fria caindo sobre a mão e sua pele se curava. Apenas mais alguns minutos, ela disse a si mesma, tomando uma respiração profunda e começando a contar até cem lentamente em sua cabeça, dizendo a si mesma que sua mão iria se curar, todo o sangue seria lavado e poderia fingir


que isso nunca aconteceu. —Drew! Pare! — Ouviu Ryan gritar assim como o som da porta da cozinha explodindo fora de suas dobradiças interrompeu sua contagem e a fez abrir os olhos a tempo de ver Drew, em toda a sua glória shifter de 2,75m ali, rosnando enquanto procurava na cozinha, procurando por alguém que ele claramente queria matar. Franzindo a testa, Kara seguiu seu olhar, com cuidado evitando olhar para a faca ensanguentada em cima do balcão, a mão ainda com sangue derramando e simplesmente focou no que irritou Drew. Quando ela não pode encontrar uma razão para seu colapso mental óbvio, olhou de volta para a porta para encontrar Ryan ali de pé e pela primeira vez desde que conheceu o idiota, ele parecia abalado. —Quem fez isso com você? — A voz fria e raivosa exigiu, chamando sua atenção longe de Ryan, que ainda estava de pé ali, olhando aterrorizado o homem muito grande, nu de pé ao lado dela, olhando para ela com olhos de prata. Quando ela não respondeu, principalmente porque avistou o corte através de seus dedos e teve que lutar para não desmaiar ou pior, vomitar, foi forçada a fechar os olhos, respirar fundo e ir para seu lugar feliz, o que, infelizmente para ela, não tinha nenhum. —Quem fez isso porra? — Drew rosnou, agarrando-lhe a mão para fora da água fria para que pudesse inspecionar e


tornou quase impossível para ela não surtar, porque agora podia sentir o sangue quente escorrendo por sua mão e braço. Oh deus… —Diga-me quem fez isso porra! — Ele retrucou, dandolhe a distração que ela precisava desesperadamente, mas absolutamente se recusou a abrir os olhos, com medo de ter outro vislumbre do osso se o fizesse. Recusando-se a abrir os olhos ou a boca, ela balançou a cabeça uma vez, porque isso era tudo que seu estômago poderia segurar enquanto o grande bastardo começava a cutucar sua ferida. Ela tentou puxar a mão, mas o bastardo teimoso não a soltou. —Kara. — Ele rosnou. — Diga-me quem fez isso com você porra! Cega e estendendo a mão boa, ela agarrou a beirada da ilha da cozinha, precisando do apoio quando abriu a boca, cuidando para não respirar o cheiro de seu próprio sangue e admitiu. —Ninguém. —Besteira! — Disse bruscamente. —Diga-me quem fez isso com você porra! Se ela pensasse que conseguiria abrir os olhos sem desmaiar, teria revirado os olhos. Em vez disso, se contentou em suspirar pesado até que sentiu o cheiro de seu próprio sangue e seu estômago revirou em protesto. Em seguida, ela simplesmente respondeu ao homem, na esperança de que


seria o suficiente para fazê-lo parar de falar e liberar a mão para que ela pudesse continuar ali, fingindo que não estava sangrando até a morte. —Foi

um

acidente.

Conseguiu

falar

surpreendentemente, sem engasgos, o que ela tomou como um sinal positivo. —Um acidente? — Drew rosnou, realmente não soando como se acreditasse nela, o que era uma espécie de insulto. —A faca escorregou. — Ela disse puxando com cuidado para soltar sua mão enquanto mantinha os olhos bem fechados e cegamente procurou até que conseguiu colocar a mão ferida debaixo da água gelada. Houve uma longa pausa antes de Drew lentamente repetir atrás dela. —A faca escorregou? — Em um tom que realmente não apreciou. Então, simplesmente ficou ali, o ignorando quando voltou a contar até cem em sua cabeça. —A faca escorregou? — Ele repetiu, parecendo muito menos irritado e muito mais curioso. —Sim! — Ela sussurrou, perguntando por que o grande idiota estava tendo tanta dificuldade em entender o conceito. —Entendo. — Ele murmurou pensativo quando ela chegava a sessenta em sua cabeça. Pensou em abrir os olhos para ver se a mão se curou, mas ainda podia sentir o tecido se juntando, que para ser honesta, não era uma experiência muito agradável.


—E

ela

escorregou

enquanto

você

estava...

Perguntou, tornando-se óbvio que não iria deixar passar até que soubesse toda a história sórdida. —Eu estava fazendo um sanduíche! — Ela retrucou, embora devesse ter sido mais do que óbvio uma vez que todos os ingredientes para fazer o sanduíche ainda estavam na ilha da cozinha, provavelmente, cobertos com sangue dela, percebeu, apertando a mão na ilha da cozinha quando seu estômago mais uma vez ameaçou traí-la. —Um sanduíche? — Ele disse. —Sim! — Ela rebateu, perguntando-se por que era tão difícil entender que simplesmente se cortou ao tentar fazer um maldito sanduíche de presunto!

—Você é uma shifter. — Ele se sentiu obrigado a assinalar, enquanto observava a estranha mulher a quem estava acasalado ficar em um tom interessante de branco enquanto ficava ali segurando a ilha da cozinha por sua vida enquanto mantinha sua mão ferida sob a água fria. —Eu sei disso! — Ela retrucou, sem se preocupar em abrir seus olhos quando sua respiração ficou um pouco mais


rápida e ela parecia perto de desmaiar ou prestes a vomitar. Ele preferia que ela simplesmente apagasse, porque a ideia dela vomitando revirava seu estômago. Não que ele realmente quisesse que desmaiasse, mas honestamente, era a melhor escolha. Colocou a mão sobre a curva de seu quadril, pronto para puxá-la de volta contra ele se ela desmaiasse e olhou para a mão dela. Era um corte bem desagradável, mas também estava se curando muito rápido. Em um minuto ou dois o corte estaria completamente curado, o que levava a pergunta, por que parecia estar prestes a desmaiar? Ela era uma shifter, uma Alfa e obviamente viu coisa pior. Cacete, ele a viu derrubar um urso enorme e o despedaçar, com sangue esguichando para todos os lugares, enquanto aproveitava sua refeição em nenhum momento parecendo nauseada. Além disso, ficou muito irritada quando alguém em sua Matilha tentou ajudar em sua matança. Era difícil pensar que essa pequena e curvilínea mulher, era capaz de derrubar um grande urso pardo sozinha, não se importando em estapear cada cadela que chegasse a dez metros de sua matança. Esta mulher, que estava em sua cozinha, resmungando para si mesma o que soava como números enquanto ficava ali esperando que o pequeno embora profundo corte, se curasse, era a porra de uma shifter. Deus, ela era tão adorável, pensou enquanto se


inclinava e roçava os lábios contra os dela, incapaz de evitar. Era o mais doce, mais perigoso beijo de sua vida e no instante em que seus lábios se tocaram, ele se arrependeu e aparentemente, ela também.

—Que merda você está fazendo? — Ela retrucou, abrindo os olhos para encarar o grande homem-puta, apenas para acabar engasgada quando avistou o corte em sua mão e foi obrigada a inclinar-se pesado contra a ilha da cozinha quando sua cabeça girava, ameaçando deixá-la cair de bunda. Suspirando pesado de uma maneira que merecia outro chute nas bolas, ele teve a audácia de agarrá-la e colocar sua bunda na ilha da cozinha quando tudo o que queria fazer era se encolher em posição fetal no chão até que sua cabeça parasse de girar. Sentar-se no alto fez sua cabeça girar mais rápido e seu estômago fazer essa coisa que não era exatamente promissora. —Oh, deus. — Ela murmurou quando sentiu Drew andar para o meio de suas pernas e se aproximar.


Graças a deus ela pensou, ele finalmente enlouqueceu e iria

rasgar

sua

garganta.

Surpreendentemente

naquele

momento estava mais que bem com isso, ela decidiu quando percebeu seu corpo caindo para frente até que sua testa descansou no ombro largo de Drew. Isso ajudou um pouco, mas não o suficiente para tirar a lembrança daquela corte e todo o sangue de sua cabeça. Certo, talvez aquele beijo também a tenha pego de surpresa e bateu-lhe no traseiro, porque tanto quanto gostaria de dizer que odiou, não podia. Nada em sua vida nunca a fez se sentir tão bem antes, o que era definitivamente sua pista de que chegou o momento de partir.


Por que as mulheres são tão previsíveis? Drew se perguntou com um suspiro, o que soou mais como um grunhido, como um shifter ele conseguia perceber que a mulher embaixo dele, tentava se mexer como se quisesse respirar ou talvez fugir. O que quer que fosse. O ponto era que, a mulher irritante tentou fugir forçando o seu lado predador ser ativado e fazendo o seu lobo vir, assim antes que ela pudesse alcançar a porta, ele a alcançou e forçou seu corpo sobre ela. Conseguiu mantê-la embaixo dele se contorcendo. Com certeza, isto poderia ter acontecido há poucas horas, mas era realmente culpa dele que os seios grandes dela pareceriam travesseiros perfeitos e gostosos? Deus, eles eram tão confortáveis, pensou com um suspiro, que infelizmente saiu novamente mais como outro grunhido, mas realmente não se importava, apenas tinha o melhor cochilo de sua vida. Além disso, ele estava tão confortável que nada, nem ninguém poderia arruinar este momento para ele. Assim divagou. —Não posso... respirar… — A mulher egoísta sob ele reclamou, mais uma vez, enquanto tentava tão rudemente empurrá-lo de cima dela. Nesse ponto, ele decidiu que talvez alguma intimidação


seria necessária para fazê-la calar a boca para que pudesse saborear o uso de seu corpo em paz. Desta forma, ele rugiu novamente para ela, em vez de dar atenção a sua advertência, ela simplesmente estendeu a mão, agarrou-o por uma de suas orelhas e puxou. Ele simplesmente ignorou suas tentativas patéticas para se livrar dele, fechou os olhos e se colocou de forma mais confortável em seus seios. Deus, eles eram como nuvens celestiais firmes e feitos apenas para sua cabeça, assim ele decidiu. Curvou o corpo grande de lobo ao redor dela, colocou sua pata traseira sobre as pernas para colocar um fim ao seu ataque de chutar para que ele pudesse enfim, dormir um pouco. —Drew! — Ela retrucou, desistindo de seu ataque nas orelhas e simplesmente tentando empurrar sua cabeça de seus seios, mas ele não iria deixá-la fazer isso, não quando ele estava tão confortável. Ele rosnou até que ela finalmente entendeu, suspirou e parou de tentar afastá-lo. Se ele não estivesse tão ansioso para voltar a dormir, provavelmente teria percebido que ela desistiu fácil demais e estaria pronto para o ataque, o que deveria ter visto vindo a uma milha de distância, mas os seios malditos dela foi sua ruína. Definitivamente a culpa era de seus seios, ele decidiu com um grunhido quando a pequena mulher curvilínea


debaixo dele, de repente se transformou e virou o jogo sobre ele. Cristo, ela era uma coisinha insistente, ele pensou com um grunhido de dor quando ela colocou sua pata apenas acima de um lugar muito precioso de sua anatomia e deixou suas garras o cutucarem como um aviso. Pena que ele tomou isso como um desafio e não como um aviso, o que obviamente era o que deveria ter sido, pois uma vez que a pegou e jogou-a, enviando-a através do quarto e fazendo-a bater no Beta que apareceu em algum momento com um pacote de refrigerante, um saco de batatas fritas e puxou uma cadeira para assistir ao show. —Filho da puta! — O pequeno bastardo gritou quando foi jogado ao chão com a shifter fêmea muito irritada sobre ele. Felizmente toda sua atenção estava sobre ele e não no Beta gemendo debaixo dela, o que provavelmente salvou a vida do pequeno bastardo.

—Vamos! — Ela disse assim que ela desistiu e voltou para forma humana.


—Não. — O bastardo arrogante que se transformou de volta em humano e conseguiu prendê-la ao chão disse com um bocejo, soando realmente entediado e olhando para ela como se fosse tentar usar seu corpo para dormir novamente. —Sério,

Drew.

Ela

disse

tentando

empurrá-lo

novamente, mas dessa vez, fazendo o seu melhor para ignorar o fato de que ela tinha um shifter muito grande e nu deitado sobre dela, que parecia muito feliz por estar ali. —Saia! —Não, aqui está muito confortável. — Ele murmurou sonolento enquanto o bastardo mais uma vez curvou o corpo ao redor dela e se preparou para dormir, mas desta vez, em sua forma humana muito nua, a qual, infelizmente, se sentia bem demais. —Estou falando sério, Drew. — Disse ela com firmeza, tentando afastá-lo. Certo, ela não estava tentando afastá-lo tanto como deveria, na verdade estava até aproveitando a chance

e

usando

seus

empurrões

ineficazes

para

se

aproximar dele. Apenas para que pudesse manter um olho nele, claro! Quanto mais cedo ele caísse no sono, melhor. Uma vez que isso ocorresse ela se soltaria e ele que encontrasse outro lugar confortável para ficar, que não fosse sobre ela e iria aproveitar a oportunidade e dar o fora daquele lugar, ela iria... Deus, ela poderia ser tão estúpida às vezes, porque sempre

soube

desde

o

dia

em

que

descobriu

seu


companheiro, que ela nunca seria capaz de ir a qualquer outro lugar. Estava presa a um companheiro que não a queria, mas que parecia ter uma obsessão séria com seus seios. —Tão confortável. — Ele murmurou sonolento quando… Ele beijou seus seios? Sim, sim ele o fez, percebeu com um rolar de olhos quando mais uma vez se forçou a aceitar o fato de que não tinha outro lugar para ir, não se quisesse viver.

—Vocês não têm um quarto? — Perguntou Ryan, suspirando pesado enquanto passava por eles enquanto ia para a cozinha. —Saia. — Disse Drew, sem se preocupar em tirar os olhos da mulher bonita dormindo debaixo dele. Ele estendeu a mão e gentilmente brincou com uma mecha de seu cabelo, com cuidado para não a acordar, sentindo os fios suaves entre os dedos, amando a forma como caia entre seus dedos. Fechando os olhos, ele inalou seu aroma e quase gemeu com satisfação quando invadiu seus sentidos. O seu cheiro


destruiu o cheiro de toda a mulher que veio antes dela, deixando-os ainda mais insignificante. —Isto é patético! — Disse seu Beta com um olhar de desgosto enquanto abraçava uma caixa de Lucky Charms em um braço, uma tigela e uma garrafa de leite com o outro braço enquanto se dirigia para a porta. —Deixe a caixa deliciosa de Lucky Charms e dê o fora. — Disse Drew, sem tirar os olhos da recompensa que estava debaixo dele. —Bastardo egoísta. — Ryan murmurou, deixando a caixa de cereais em cima da mesa saindo pela porta e a deixando bater, com um eco de risada ainda soando no ambiente. Com um suspiro, Drew percebeu enquanto segurava a mecha do cabelo de Kara que tinha que se preparar para ela e a sua persistência em querer ir embora. Ela não iria a lugar nenhum, não importava a bateria de besteiras que usasse como desculpa para partir. Ela estava em perigo e até que soubesse quem estava por trás disso, ela não iria deixar a porra de sua vista nem por um segundo. Ela se mexeu um pouco, ele então, se preparou para outra discussão que iria acabar com ele transformado e deitado sobre ela até que a maldita mulher encontrasse a razão, mas em vez disso ela o surpreendeu ao gemer em aborrecimento quando rolou e enrolou seu lindo corpo contra o dele, ávida por seu calor e sem ter absolutamente nenhum


problema em tomar o que queria. Rindo, porque esse jeito era típico de Kara. Ele passou o braço em volta dela e a puxou para mais perto até que seus seios grandes e firmes ficaram pressionados contra seu lado. Fechando os olhos com um suspiro, ele se perguntou que merda iria fazer com essa mulher. Enquanto sentia seu corpo, sua pequena companheira lhe acertou as bolas ao passar a perna sobre seu quadril. Ele aguentou a dor apenas pelo prazer que seu corpo registrou com a sensação dos pelos macios e quente entre as pernas pressionando contra sua pele. Decidiu que preferia morrer pelo chute a correr o risco de perder contato com o lugar que seu corpo ansiava. Assim, ele suportou a dor e permaneceu imóvel. Deus, ele realmente era um bastardo deformado, pensou enquanto fechava os olhos e lentamente respirava através da dor que sentia em suas bolas. Definitivamente valia a pena, ele continuou dizendo a si mesmo enquanto concentrava toda sua atenção no local apertado contra ele. O que não daria para ser capaz de virá-la, abrir suas pernas e deslizar profundamente dentro dela, mas sabia que se tentasse, ela iria transformá-lo em um eunuco antes de descobrir o quão bom seria tê-la ao redor de seu pau.


Certo, ela não podia negar por mais tempo. Algo estava de verdade errado com ela. Em um segundo, sentia como se estivesse queimando e no seguinte, sentia como se estivesse para morrer de frio. Foi então que considerou se transformar para sua forma shifter para ver se corrigia essa situação. Também não tinha certeza se estava com fome, cansada, dolorida, com raiva, feliz ou um milhão de outras coisas, porque parecia que seu corpo e mente estavam em uma montanha-russa maldita e ela daria qualquer coisa para sair dessa porra de situação. A única coisa que tinha certeza era que queria sexo. Muito sexo, precisava disso mais do que respirar. Queria sentir uma língua lambendo todo seu corpo, dedos a acariciando e um grande pau enchendo-a. Ela sabia que apenas sexo poderia resolver isso, porque não importava o que seu corpo fizesse e que sinais desse sexo era tudo que estava em seu pensamento. Queria ter um grande pau em sua boca para lamber e chupar enquanto o seguraria com as mãos e acariciaria seu saco. Ela queria um pau na sua vagina, na sua boca, no seu ânus... em todo lugar contanto que estivesse sendo fodida Ela

finalmente

começou

a

entrar

no

calor

do

acasalamento e realmente gostaria muito de subir em Drew e


esfregar sua boceta contra seu pau e apenas ao pensar nisso fazia sua vagina ficar toda molhada. Ela passou por cinquenta e quatro estações de calor em sua vida e enquanto poderia dizer honestamente que não era sua parte favorita sobre ser um shifter, nunca sentiu um calor tão forte quanto o que estava sentindo agora. Pelo menos agora sabia que todos os rumores sobre a excitação no calor estando acasalada era verdade, o que a fazia querer gritar e pedir para alguém tirá-la de sua porra de miséria. A pior parte sobre isso, claro, era que este era apenas o começo. O que estava sentindo agora não era nada comparado ao que sentiria no dia seguinte, em uma semana ou até mesmo em um mês se ela não conseguisse alívio em breve. Sentia-se doente, ela pensou, grata pela mudança de humor, ao qual conseguiu se afastar de Drew antes que fizesse algo que iria se arrepender. Colocando a mão sobre a barriga nua, ela conseguiu se levantar e tropeçar em direção ao corredor de volta aos quartos. Na verdade, não importando para onde estava indo, ela tropeçou para a primeira porta à sua esquerda, abriu e suspirou de alívio quando viu o enorme chuveiro, grande o suficiente que caberia tranquilamente vinte pessoas. Rezando para conseguir chegar ao chuveiro antes que fizesse algo estúpido como cair de joelhos e gritar para Drew transar com ela até que toda a dor e sofrimento fosse embora de seu corpo, ela tropeçou até o chuveiro, ligando-o e


optando por uma água bem gelada, ela quase gritou de frustração quando a água fria se transformou em vapor, logo que tocou sua pele. Isso era demais, tudo por causa desse calor maldito e o pior é que sabia ser apenas o começo. Ela não tinha certeza se iria querer sobreviver até o fim para ver. —Por favor... não. — Kara pediu enquanto se deitava encolhida no chão, emitindo o mais delicioso som ao sentir o perfume do pau de Drew, fazendo-a lamber os lábios, imaginando como seria bom seu gosto em sua língua.

Ela estava finalmente pronta e oh deus, era inebriante sentir o cheiro de sua boceta. Ele mal podia pensar no quão bem se sentiria quando estivesse com seu pau todo enterrado nela. Ele gemeu pensando em como ficaria ao redor de seu pau, quente, molhada, apertada e ele iria... —Drew. — Ela disse olhando para ele com olhos verdes parecendo aterrorizada. —Por favor, não. Ela nunca lhe pediu nada antes, mas que deus o


ajudasse

que

ela

nunca

fizesse

de

novo,

porque

honestamente não tinha certeza de que poderia lidar ao vê-la desse jeito novamente. Fechando os olhos, lentamente exalou, balançou a cabeça tentando clarear sua mente e se livrar do maldito cheiro intoxicante. Quando se tornou evidente que nada iria ajudar, ele desistiu de tentar combatê-lo. Ela era sua companheira. E ele tinha seus direitos, ela estava em seu primeiro calor de acasalamento e os outros nunca seriam como este, nunca mais... e graças a deus por isso.

—Eu estou morrendo. — Kara disse dramaticamente enquanto ficava deitada ali, se perguntando por que ainda estava viva quando cada músculo dolorido em seu corpo lhe dizia que deveria estar morta. —Não, você está estragando o filme. — Drew disse enquanto distraidamente a silenciava. Franzindo a testa, porque isso era realmente tudo o que ela parecia capaz de fazer no momento, tentou levantar a cabeça e falhou. Então, simplesmente virou a cabeça e


falou. —Você está assistindo Harry Potter? — Ela perguntou se sentindo terrivelmente confusa, já que o mais poderoso Alfa na Nova Inglaterra se encontrava deitado na cama com as pernas esticadas sobre seu corpo nu de bruços e comendo umas porcarias enquanto assistia a um filme de Harry Potter. Seria possível que já estivesse morta, se perguntou enquanto fazia mais uma tentativa para sair da cama, mas aparentemente, as pernas não obedeciam ao comando de sua mente. Bastardo! Sem se incomodar em fazê-la se calar desta vez, ele simplesmente

colocou

um

punhado

grande

de

pipoca

caramelada em sua própria boca quando se aproximou e colocou a mão sobre sua boca. —Shhh, esta é a parte boa. — Disse ele, com o olhar fixo na tela, fazendo-a revirar os olhos enquanto tentava tirar a mão da boca, mas ou ela era incrivelmente fraca ou ele era realmente um idiota hábil, porque não conseguia encontrar a força para mover a mão para que pudesse chamá-lo simplesmente de… —Filha da puta! — Ele falou ao sentir a mordida dela quando tirou a mão, mas não gritou com ela ou tentou retaliar de forma alguma. Ele simplesmente pegou outro punhado de pipoca e comeu-o quando balançava a mão mordida. —Por que exatamente você está me usando como apoio


para os pés? — Ela perguntou enquanto prestava atenção ao filme

e

silenciosamente,

concordando

que

aquela

era

definitivamente a melhor parte do filme. —Você estava se debatendo. — Ele simplesmente disse ao pegar uma Coca-Cola e tomar um gole. —Eu estava me debatendo? — Ela repetiu tentando lembrar o que aconteceu no chuveiro, mas tudo o que conseguia se lembrar era de estar sentindo dor no estômago. —E gritando meu nome. — Disse ele, lançando-lhe uma piscadela quando lhe entregou o resto de sua Coca-Cola. Ela decidiu que ele era um bastardo mentiroso, pelo menos sobre ela ter gritado seu nome, ela voltou sua atenção para o filme e terminou de tomar a Coca-Cola. Após tomar tudo, ele lhe entregou outra e depois outra, aparentemente percebendo que o açúcar ajudava durante um ciclo de calor regular. Pelo menos ela não teria que se preocupar com o tamanho de seu traseiro triplicando depois disso, pensou ao aceitar uma fatia de pizza de queijo e se perdeu no filme. No momento em que o filme acabou, ela mal conseguia manter os olhos abertos. Lutou, mas no final estava exausta demais para fazer qualquer coisa. Sentiu mais do que estava ali quando Drew vestindo apenas uma cueca boxer preta, pegou-a e prontamente colocou-a sob as cobertas. Ela teria exigido que a deixasse sozinha para morrer em paz, mas o bastardo insistente nem a teria escutado.


Quando ele desligou a televisão junto com as luzes, ela suspirou de alívio, fechou os olhos e decidiu que talvez mais algumas horas de sono não poderia machucar. Não que realmente tivesse muita escolha no assunto desde que seu corpo estava aparentemente em greve e se recusava a fazer qualquer outra coisa. Isso era realmente uma vergonha, decidiu poucos minutos mais tarde, quando sentiu a presença do grande bastardo na cama atrás dela. Cansada demais para dizer-lhe onde ele poderia ir, ela simplesmente disse. —Fique longe. —Nem sonhando! — Disse ele e ainda teve a audácia de beijar o seu ombro nu e envolver seu corpo quente ao redor dela. O calor que irradia de seu corpo a fazia se sentir tão bem. Pensou ela, perguntando se deveria protestar nessa situação, não querendo que ele ficasse todo convencido achando que estava com a guarda baixa. Mas estava tão gostoso que não queria se arriscar a afastá-lo e perder o calor de seu corpo, que estava lhe permitindo descansar os músculos para finalmente começar a relaxar. —Você quer tomar um banho? — Ele sussurrou enquanto pressionava outro beijo em seu ombro. Ela

realmente

queria,

mas

agora

estava

muito

confortável para se mover, mas não era apenas isso. Sentiase segura. Ela realmente sentia-se segura pela primeira vez


em sua vida e apenas por isso iria manter a boca fechada e saborear este momento, porque nĂŁo tinha ideia de quando teria a oportunidade de se sentir assim novamente.


—Certo. — Ele disse lentamente, mantendo as mãos onde a grande lobisomem que estava rosnando para ele pudesse ver e de modo que ela soubesse que não faria nada de estúpido. Como tentar lhe tirar o último pedaço de pizza fria, novamente. —É todo seu. — Disse ele, apontando para a fatia de pizza

a

qual

companheira

ele

deu

tivesse

se

uma

mordida,

transformado

antes em

que

uma

sua

cadela

psicótica. Literalmente. Ele ficaria com marcas de garras em sua bunda por dias, pensou, tentando não estremecer quando a lembrança do que aconteceu causou uma leve picada em sua bunda. Ele iria matar Ryan assim que tivesse uma oportunidade, pois o filho da puta apenas encolheu os ombros e disse que deveria ficar atento às mudanças de humor da sua companheira, visto que era seu primeiro calor de acasalamento. Ele não fez parecer que teriam mudanças drásticas no humor e agora estava com o traseiro ardendo por conta disso. Ah se ele pegasse o bastardo! Ele não chamaria isso de uma mudança de humor do caralho, mas um estado de pura fúria. Ele teria a sorte em sair da sala com suas bolas intactas. Podia se transformar e


dominá-la, mas algo lhe dizia que ela provavelmente não iria apreciar isso e provavelmente iria transmitir-lhe com um golpe de suas garras afiadas em suas bolas. —Eu posso pedir mais pizza, você gostaria? — Ele ofereceu, decidindo que talvez uma abordagem mais amigável fosse o melhor, mas quando foi em direção à porta do quarto, Kara que aparentemente estava louca, decidiu que não iria deixar e rosnou, mostrando seu descontentamento, fazendo-o suspirar e se manter onde estava. Suspirando pesado porque realmente não tinha tempo para esta merda, ele perguntou, de forma um pouco insensível. —Então, o que você quer? E oh, porra… Ele nunca em um milhão de anos iria esquecer aquele momento, o momento em que ele viu uma fêmea Alfa de pé, em todo seu esplendor. Com um gemido patético e um olhar triste, ela fungou quando se virou, dando-lhe as costas e se dirigiu para o banheiro, de alguma forma, fazendo-o se sentir como um idiota. Esfregando a parte de trás de seu pescoço, ele percebeu que nunca se sentiu tão inútil em sua vida antes. Por um momento pensou em ir atrás dela para tentar confortá-la, mas havia um grande problema com isso. Ele não tinha absolutamente nenhum conhecimento de merda, de como fazer para confortar uma mulher irritada.


Normalmente, se uma mulher lhe tratasse desta forma, ele simplesmente lhe mostraria a porta, mas não podia fazer isso com Kara... Ou poderia? Ele suspirou pesado enquanto esfregava as mãos pelo rosto, porque sabia que não podia expulsá-la, não se quisesse viver. Ele também não poderia dar-lhe o conforto que tanto precisava, por isso, amaldiçoando a si mesmo, ele pegou suas roupas, foi para a porta e esperava ansioso que ela estivesse com um humor melhor quando voltasse.

—Whoa, não podemos falar sobre isso? — Ryan perguntou logo que ele voltou. —Não.

Ela

retrucou,

passando

por

cima

da

programação daquela noite. —Drew não vai ficar feliz com isso. — Ryan murmurou com voz derrotada, quando finalmente desistiu de tentar parar Kara e simplesmente se deixou cair sentado no banco ao lado dela, que estava sentada na mesa do escritório de Drew.


—Quantos já chamaram hoje à noite? — Perguntou ela com uma expressão no rosto que lhe dizia que ela queria conversar sobre os negócios. —Nove deles. — Ele finalmente admitiu depois de uma pausa, já percebendo que era um homem morto de qualquer maneira, uma vez de Drew percebesse que permitiu que Kara saísse dos limites do apartamento do andar de cima. Ela ainda estaria lá se não fosse por causa de suas malditas unhas e sua incrível capacidade de acertar todos os pontos do rosto de uma pessoa de uma só vez, deixando-o terrivelmente desfigurado por um dia ou dois. Ele pensou que sua companheira fosse uma cadela, mas Kara... —Eu não terminaria esse pensamento, se eu fosse você. — A mulher psicótica em questão disse calmamente, assustando-o, ainda mais. —Quantos dos nove já ligaram essa semana? — Perguntou ela, espalhando as folhas na mesa enquanto examinava as escalas, chamadas, faltas e atrasos. —Todos os nove. — Ele respondeu, se perguntando por que estava mesmo respondendo as suas perguntas. Todos eles sabiam que havia um sério problema de pessoal acontecendo agora, mas estavam lidando com isso. Bem, pelo menos ele estava. Além de tudo, Drew ainda teria sempre que manter um olho no pequeno demônio com quem estava acasalado ou aparentemente sair do clube sem uma palavra. Se isso continuasse acontecendo, eles seriam


forçados a fechar em breve e sem garantia de que seriam capazes de se recuperar depois disso. —Quantos funcionários no total saíram? — Perguntou ela, organizando os papeis em um sistema que só fazia sentido

para

ela

quando

ele

se

sentou,

contando

mentalmente quantos funcionários foderam com eles durante os últimos dois meses. —Dezesseis. — Disse ele, sentindo uma dor de cabeça chegando quando percebeu o quão grande era o problema realmente. Eles estariam realmente em dificuldades se isso continuasse. —Que áreas estão sendo atingidas com a maioria das saídas? — Ela perguntou como se o negócio fosse dela, uma vez que Drew não estava ali para lhe dizer outra coisa, Ryan decidiu responder. —A equipe de garçonetes, atendentes do bar e o pessoal da cozinha. — Admitiu ele, de alguma forma ouvir as palavras ditas em voz alta tornava tudo pior, pois aquelas eram as áreas cruciais e precisavam estar cobertas se quisessem permanecer no negócio. —Segurança? — Ela perguntou, olhando para ele com uma sobrancelha alta enquanto esperava por ele confirmar alguma coisa. —Atendimento perfeito. — Disse ele, o que agradecia a deus todas as noites por isso, porra. Ela assentiu com a cabeça murmurou a palavra Mick e


voltou sua atenção para a pilha de arquivos de funcionários que pediu. Sentado ali, sentindo-se mal do estômago, ele sinalizou para uma das poucas garçonetes que realmente apareceu para o trabalho naquele dia, mas ela simplesmente o ignorou e continuou reclamando e lamentando com as outras duas garçonetes. Suspirando

pesado,

Kara

olhou

para

cima

e

simplesmente olhou na direção do trio até que elas ficaram nervosas. Os olhos de Kara estavam piscando prata e enviavam uma mensagem como se dissessem exatamente o que aconteceria se elas não movessem seus traseiros. Em poucos segundos, todas as três garçonetes estavam de pé na frente de sua mesa, parecendo mais do que felizes em fazer o que era dito. Kara simplesmente olhou para elas antes de voltar sua atenção para os arquivos espalhados na frente dela por um longo momento, o que fez todas as três mulheres ficarem pálidas e começarem a tremer. No momento em que ela olhou para cima, as três mulheres abaixaram seus olhos em um ato de submissão. —Quem é que vai me dizer o que está acontecendo? — Kara pediu calma e quando nenhuma delas fez menção de responder, ela adicionou um simples. —Agora. — O que pareceu realmente assustar as mulheres. Linsy, a líder do trio, engoliu em seco antes de encontrar a coragem de olhar para cima e encontrar expressão furiosa


de Kara. —A Matilha assumindo o controle. — Admitiu ela, fazendo um frio descer pela coluna de Ryan enquanto ouvia Kara rindo. —Sério? — Ela perguntou, olhando muito divertida. Quando

as

três

mulheres

balançaram

a

cabeça

lentamente pareceu diverti-la ainda mais. —Então o plano de vocês era forçar o clube a fechar e o que? Tirar Drew da posição dele ou usar o clube vazio e sem testemunhas como uma oportunidade para tentar tirar seu sangue e sua posição? Quando elas ficaram ainda mais pálidas, Ryan percebeu o quão séria esta situação era, mas isso não parecia incomodar Kara. Não, ela parecia divertida com toda a coisa quando se levantou calmamente e andou até Linsy. —E quem vocês vão escolher como Alfa? — Perguntou Kara, parecendo claramente não compreender o conceito de espaço pessoal, visto que ficou a centímetros do rosto da mulher muito mais velha, parecendo divertida e um pouco perigosa enquanto ela esperava sua resposta. —N-ninguém. — Linsy admitiu, olhando para o lado em busca de apoio de uma das suas amigas, mas não havia nenhuma já que as duas amigas estavam tremendo de medo e recusando-se a olhar para cima, com o olhar grudado no chão.


—Então,

a

Matilha

estava

pensando

em

que?

Compartilhar o Clube? Cuidar dele juntos? — Kara disse fazendo Ryan perceber o quão estúpido e perigoso este jogo deles realmente era. Uma Matilha sem liderança e cuidando das coisas em uma pequena cidade sem importância seria deixada sozinha, mas uma Matilha sem um Alfa em Boston não seria tolerado. Eles teriam feito a si mesmos como alvos para cada Alfa e Mestre dentro de cem milhas. Não havia um Alfa ou um Mestre vivo que teria tolerado tamanha traição mesmo que a traição tenha lhes dado o que eles queriam. Teriam matado todos e cada membro da Matilha antes de assumir o Clube. —E de quem foi a ideia brilhante? — Perguntou Kara, forçando Linsy a levantar a cabeça e olhar para os seus olhos prata. Quando as duas mulheres do seu lado se afastaram, Linsy, tremeu ainda mais forte. Kara teve sua resposta. Com um aceno de compreensão, ela agarrou Linsy pela parte de trás do pescoço, puxou-a para baixo e em menos de um segundo rasgou a garganta da outra mulher antes de seu corpo cair sem vida no chão. —Puta merda! — Disse Ryan, chegando a seus pés quando percebeu a cena diante dele. Linsy estava deitada no chão, morta em uma poça de seu próprio sangue, Kara estava de pé olhando para as outras duas mulheres que estavam apavoradas demais para fazer qualquer coisa a não ser soluçar e olhar para o chão e


depois de volta para Kara, que estava coberta de sangue e olhava a cena sem a menor expressão em sua face. —Este

pequeno

golpe

acabou. Estou

me

fazendo

entender? — Kara perguntou, permitindo a sua voz um tom grave para que todas soubessem que ela estava no limite e pronta para matar cada uma delas. —S-sim. — As mulheres assustadas disseram em uníssono. —Bom. — Kara disse com um aceno de cabeça firme. — Então sugiro que vocês transmitam essa mensagem para o resto da Matilha e diga o que vai acontecer se eles não aparecem para trabalhar esta noite. Uma das meninas fez uma pausa, arriscando um olhar para Kara, ela perguntou. —V- você irá contar para Drew? —Contar a Drew que vocês estavam planejando foder com seu negócio de forma que pudessem matá-lo e assumir o seu clube? — Ela perguntou com um sorriso irônico. —Não há necessidade de dizer-lhe qualquer coisa. —P-por

que?

A

mulher

assustada

perguntou,

parecendo aterrorizada enquanto ficava ali, perguntando-se o que iriam fazer com ela. —Porque ele já sabe. — Disse Ryan apontando para trás da mulher, que naquele momento escolheu olhar por sobre o amontoado no chão que era sua amiga morta.


Ryan viu quando Kara percebeu o olhar furioso nos olhos de Drew e percebeu que tudo o que se passou entre eles naquele momento pareceu mudar tudo. Drew finalmente encontrou uma mulher digna dele e Kara simplesmente não iria tolerar qualquer um ameaçando seu protetor. Foi nesse momento que Ryan percebeu que estava olhando para o casal acasalado mais perigoso do planeta.


Quando Drew manteve os olhos fixos nela, ela não se moveu e com certeza não desviou o olhar. Manter seus olhos presos aos dele foi uma das coisas mais difíceis que ela já fez, mas sabia que se olhasse para longe agora, após o que acabou de fazer, ele nunca seria capaz de vê-la como qualquer coisa, a não ser como uma companheira fraca, o que era algo que ela nunca iria permitir. Então, quando ele passou por cima da mulher morta no chão entre eles, sem um segundo olhar, ela soube que teria que ficar firme. Quando ele estendeu a mão e segurou seu rosto em sua mão muito maior, ela ficou ali esperando para ver o que ele faria em seguida. Por direito, ele poderia quebrar seu pescoço em dois sem se preocupar com qualquer repercussão porque ela matou um de seus companheiros da Matilha. Ele era o responsável por proteger sua Matilha e era seu direito punir aqueles que feriam um de seus próprios. Então, ela ficou ali esperando, sabendo que ele tinha o direito de rasgar sua garganta e se isto fosse o que ele precisava fazer, ela compreenderia. Não iria cair sem uma luta, mas com certeza entenderia. Era assim que as coisas funcionavam nesse mundo. A Matilha em primeiro lugar, o tempo todo.


Assim, quando ele se inclinou para baixo e ela disse a si mesma que estava pronta para qualquer coisa, era tudo uma mentira. Não estava pronta para o sorriso terno que ele concedeu a ela ou a maneira que roçou seus lábios nos dela, tirou a mão de seu rosto e segurou a mão dela, tomando uma posição

e

deixando

todos

saberem

que

ela

era

sua

companheira, sua escolhida e nesse instante, os membros da Matilha perceberam que agora tinham um casal acasalado, unidos e vigiando-os. —Vamos para cima comigo. — Disse Drew, dando-lhe um aperto de mão suave, enquanto ajustava os grandes sacos de supermercado que ela só agora percebeu que ele estava carregando em sua outra mão. Sabendo que ela realmente não tinha muita escolha e precisava ficar longe de todos os shifters assistindo todos seus movimentos, com medo deles os pegarem e fazê-los como exemplos, ela devolveu o aperto em sua mão e seguiu Drew ao andar de cima. Ele não disse nada durante o seu caminho até o elevador, ou mesmo durante a viagem ao andar de cima. Uma vez que ele a tinha na

grande

cobertura,

simplesmente levou-a para seu quarto, passou pela cama e puxou-a para dentro do banheiro. Uma vez que estavam lá dentro, ele soltou sua mão, colocou as sacolas no balcão e tirou a roupa, gesticulando para ela fazer o mesmo. Precisando lavar esse sangue dela antes que ela fizesse algo tolo como começar a chorar, tirou suas roupas e se


juntou a ele no chuveiro. Ele ainda não disse nada, pelo qual ela seria sempre grata. Mesmo quando não conseguiu mais segurar as lágrimas e seu corpo começou a tremer enquanto soluçava, ele ainda não disse nada. Ele simplesmente passou os braços em volta dela e segurou-a debaixo do chuveiro enquanto a água lavava a evidência do que ela foi forçada a fazer a fim de protegê-lo. Ela odiou cada segundo, mas ficou tão irritada quando percebeu o que planejaram fazer com ele. Sabia que não tinha escolha, mesmo se isso significasse que teria mais uma vez que enfrentar o exílio ou pior. Ela não podia deixar sua Matilha machucá-lo e destruir tudo pelo qual ele trabalhou tão duro. Ela não podia deixá-los machucá-lo. —Shhh, está tudo bem. — Disse ele, beijando o topo de sua cabeça enquanto ele a segurava, recusando-se a deixá-la se afastar. Ela balançou a cabeça, tentando dizer que não estava bem, que nunca estaria bem, mas a única coisa que poderia fazer era afogar-se em soluços e com o conhecimento do que foi forçada a fazer para mantê-lo seguro. Pela segunda vez em sua vida, ela foi forçada a matar alguém e se odiava por isso. Não importava não ter uma escolha ou que em última instância, salvou a vida de Drew, fazendo a traidora filha da puta como exemplo. —Oh, meu deus. — Ela suspirou entre soluços quando


a realidade bateu e percebeu o que eles estavam planejando. Eles iriam matar Drew. Durante anos ela quis chutar sua bunda em uma variedade de formas diferentes, o que a teria mantido entretida e faria seu mundo parecer correto, mas nunca o teria matado. Odiava matar. No entanto, hoje matou pela segunda vez em sua vida, por um homem que uma vez jurou odiar mais do que tudo, ele e sua antiga Matilha. Quando percebeu o que eles planejavam fazer, todo pensamento racional saiu de sua cabeça e simplesmente reagiu. Ela desejava e rezava para que essa parte dela, esse instinto que sempre ficava adormecido, não tomasse parte dela novamente. Matou esta mulher para fazer dela um exemplo, para que todos da Matilha soubessem o que faria, caso eles sequer pensassem em prejudicar um único fio de cabelo na cabeça de Drew e o fez absolutamente sem nenhum remorso. Ela era realmente o animal que seu pai uma vez alegou ser e desejava poder dizer que odiava isso, mas não podia, não quando isso significava que Drew estava vivo e a segurava como se ela fosse a coisa mais preciosa no mundo. Então novamente, o homem era um macho-prostituto, assim provavelmente tinha muita experiência em cuidar de mulheres, algo com o qual estava realmente feliz hoje, porque ele estava dando a ela exatamente o que precisava.


Ele não tinha ideia do que estava fazendo. Há um minuto estava carregando para casa todo tipo de comida que Kara parecia amar tanto, na esperança de apaziguar a fera hormonal dentro dela e no próximo estava de pé em uma poça de sangue que pertencia a um de seus companheiros da Matilha. No começo, ele ficou atordoado demais para agir, mas um olhar para sua bela companheira parecia fazer tudo ter sentido. Ela lidou com a situação de uma forma que cortou o mal pela raiz e provavelmente salvou o clube. Se ele tivesse sido

o

único

a

descobrir

o

que

estava

acontecendo,

provavelmente teria abatido a cada um deles, sem um segundo pensamento, algo que teria custado muito ao clube. Teria talvez lhe custado tudo, embora às vezes, ele pensasse que perder tudo poderia ser a coisa mais libertadora no mundo, sem responsabilidades, ninguém para depender dele, ninguém tentando matá-lo para tomar tudo o que ele tinha. Não haveria nada e ninguém para ficar em seu caminho e poderia finalmente descansar um pouco e parar de olhar por cima do ombro a cada dois minutos para ver quem


estava atrás dele. Poderia ver o mundo, começar tudo novamente e colocar em primeiro lugar suas necessidades, mas quando viu Kara ali, tremendo de raiva sobre o que ela foi forçada a fazer, seu coração se partiu por ela. Sua

Matilha

sempre

a

odiou,

desconfiava

dela,

ressentiam-se dela e depois que ele a marcou esses sentimentos apenas se intensificaram, fazendo-os odiá-la ainda mais. Mas se ele a aceitou, eles teriam que aceitá-la também. Não poderiam dizer uma palavra ou levantar um dedo contra ela, ainda mais depois de hoje, uma vez que era mais do que óbvio que ela era sua. Não apenas ela o protegeu, mas tentou proteger todos os membros da Matilha que eram inocentes e que teriam sido punidos por causa da ganância e estupidez de alguns e ela provavelmente salvou sua própria vida. Ela fez o que precisava ser feito e ele sabia que ela se odiava por isso. Poderia dizer isso pela maneira como ela olhou para ele depois que fez aquilo, com um brilho rebelde em sua expressão, mas que não conseguia cobrir a miséria absoluta que a estava rasgando por dentro. Ela não queria matar essa cadela, mas fez isso e agora estava sofrendo. Ele sentiu muito orgulho por ela, ele pensou enquanto a segurava e ela continuava chorando, suas pequenas unhas na forma humana cravadas em seus ombros enquanto ela se perdia. Esta era a primeira vez em que ela demonstrava qualquer tipo de vulnerabilidade, o que significava mais para ele do que qualquer outra coisa. Isso significava que no


fundo, ela confiava nele e nunca faria nada que pudesse fazêla se arrepender disso. Então, enquanto ela se agarrava a ele e chorava por uma cadela que não merecia nenhuma dessas lágrimas que rolavam por suas bochechas, ele a segurou, sussurrando bobagens para ela e dizendo como estava orgulhoso dela. Ele prometeu que tudo ficaria bem, embora ele duvidasse que as cadelas traiçoeiras deixassem por isso mesmo. Agora que ele conhecia pelo menos um de seus planos, porque com certeza sabia que não era o único plano, ele iria manter um olhar severo sobre o grupo e se precisasse faria deles um exemplo de forma tão dura que ninguém jamais se esqueceria.

—Os shifters que não pertencem a sua Matilha não faziam parte do plano. — Disse ela, olhando para a colcha enquanto os dedos brincavam com ela, sentindo-se ainda humilhada além das palavras. —Imaginei isso. — Ele falou suavemente enquanto tirava as sacolas de supermercado que ele esqueceu na cama ao lado dela.


—Eu ainda acho que você deve manter um olho neles. — Disse ela, odiando apontar o óbvio, mas precisava dizer alguma coisa, fazer alguma coisa em vez de ficar sentada em sua cama, envolta em uma toalha macia que a fazia se sentir ainda vulnerável e com vontade de chorar, algo que odiava fazer e nunca iria fazê-lo na frente dele novamente. —Concordo. — Disse ele, distraído enquanto abria o saco e retirava a comida para ela. —Oh, meu deus! — Ela engasgou quando ele tirou HoHos,

Twinkies

cobertos

de

chocolate,

tortinhas

de

manteiga de amendoim, um pote de geleia de morango e um pote de manteiga de amendoim seguido por um pedaço de pão e um grande saco de batatinha chips. —O que é tudo isso? — Perguntou ela, enquanto lambia os lábios avidamente. Como a maioria dos shifters, ela tinha uma queda por doces, não tanto quanto a maioria, mas quando estava tendo um dia particularmente difícil tudo o que queria era um sanduíche de manteiga de amendoim e uma caixa de Twinkies. Rindo como um garoto mau, como apenas Drew sabia fazer, ele pegou dois pratos, algumas facas e fez o melhor sanduíche de manteiga de amendoim e geleia que ela já teve o prazer de devorar. Meu deus, não achava que era possível obter tanta manteiga de amendoim e geleia entre duas fatias de pão, mas


de alguma forma Drew conseguiu. —Melhor? — Perguntou ele, devorando seu sanduíche em duas mordidas antes de pegar mais pão e fazer mais sanduíches, que ela nunca seria capaz de recusar. Sorrindo timidamente, porque nunca pensou que Drew poderia

ser

capaz

de

fazer

algo

tão

simples

e

tão

incrivelmente doce, o que tornava esse momento intimo tão bom, então aceitou outro sanduíche dele, que estava absolutamente perfeito.


—Que merda você está fazendo? — Ryan perguntou mesmo quando pegou o segundo prato e empurrou em direção a Drew que trabalhava concentrado. —Eu estou fazendo um — Especial Drew. — Disse Drew incapaz de parar de sorrir quando pensava no leve sorriso diabólico que Kara tinha quando descaradamente exigiu que ele fizesse mais dois — Especiais Drew — e sim, isto era exatamente do que ela os chamou. Aparentemente, ninguém nunca fez um sanduíche de manteiga de amendoim e geleia melhor que ele e sua companheira era uma mulher gananciosa. Ela provavelmente exigiria o — Especial Drew — de manhã, tarde e noite e surpreendentemente, ele não se importaria em fazer. Gostava de fazer algo tão simples e que deixava sua companheira feliz, pois a maioria das fêmeas acasaladas usava de suas posições para conseguir o que queriam, como dinheiro, carros, imóveis, férias, joias, tudo e qualquer coisa, mas sua companheira não era como nenhuma delas. Ela era única e ficava feliz com as pequenas coisas da vida. Não era o tipo de mulher mimada e estragada, que esperava ter todos seus caprichos atendidos sem dúvida. A única

coisa

que

ela

esperava

dele

era

mais

alguns

sanduíches, alguns Cookies e Twinkies para ajudá-la a


superar os momentos difíceis, como o que ela foi forçada a fazer mais cedo. —Faça-me um. — Ryan exigiu, lambendo os lábios com avidez enquanto observava como Drew habilmente enchia ambas as fatias de pão com manteiga de amendoim antes de colocar a quantidade insana de geleia de uva no meio que agradaria sua companheira. —Faça

seu

próprio

sanduíche.

Disse

Drew,

perguntando por que o bastardo de repente pensou que iria se tornar sua cadela. —Bem! Eu vou! — Ryan explodiu com uma expressão que lhe dizia que ele não estava feliz em ter que fazer seu próprio sanduíche. Drew não tinha certeza de onde essa atitude veio, considerando o fato de que o homem estava por conta própria se ele quisesse comer. Visto que sua companheira não fazia sua comida e ela com certeza não lhe oferecia qualquer alimento, mesmo se houvesse muito ao redor. Ryan apenas era permitido em casa quando sua companheira queria algo, assim ele tinha que pagá-la para fodê-la ou quando ele queria ver seus filhos. Era isso. Drew

realmente

nunca

prestou

muita

atenção

a

situação de seu melhor amigo antes e quão deprimente era a porra de sua vida. Essa cadela o tinha completamente pelas bolas e ele era impotente para fazer qualquer coisa sobre isso. Ryan não era nem amigo de sua companheira, não podia ficar


perto da cadela e ela fazia muita questão que Ryan soubesse exatamente o que sentia por ele. Era uma situação péssima e infelizmente, era o modo de vida de muitos dos membros de sua Matilha. Ele não estava se oferecendo para bancar o conselheiro matrimonial, muito pelo contrário, mas agora sabia que alguns aspectos da vida da Matilha não eram para ele. Ele não iria tolerar um único segundo em ser maltratado por Kara e sabia, sem dúvida, que ela iria por suas bolas novamente se ele a tratasse com nada menos do que o respeito que ela merecia. —Oh, que merda? — Ryan reclamou quando foi pegar seu sanduíche e toda geleia e metade da manteiga de amendoim saiu deslizando para fora e caiu em seu prato com um ploft alto. Que porra de amador, pensou Drew com um suspiro de pena quando pegou uma bandeja e colocou nela; um punhado de uvas, dois refrigerantes, outra caixa de Twinkies e um prato com os — Especiais Drew. —Ela começou a listar suas exigências? — Ryan perguntou com um olhar chateado para a grande gosma de geleia que caiu em seu prato. —Não. — Disse Drew, ignorando o olhar surpreso que seu Beta enviou para ele enquanto voltava até a geladeira e pegava meio galão de leite com chocolate para ir junto a sua festa da meia-noite. —Não? — Perguntou Ryan, parecendo confuso. —Ela


não te falou ainda sua lista de exigências? Ela está no início de seu ciclo de calor. — Disse ele a última parte quase para si mesmo, como se não pudesse acreditar. —Eu não estou negociando o nosso acasalamento. — Drew disse com firmeza, recusando-se a mendigar e implorar a Kara por seu tempo e atenção, quando ela já estava dandolhe de graça, ele pensou distraidamente, enquanto observava a mulher em questão marchar para cozinha, vestindo a camisa dele e olhando como se quisesse matar alguém. Quando ela foi até a bandeja, agarrou dois dos especiais, prendeu seu olhar e se virou sem uma palavra, ele percebeu que levou muito tempo para fazer seu lanche para sua pequena companheira hormonal.

—Puta merda, Kara, você está queimando. — Disse Drew quando estendeu a mão a partir do local que ele estava sentado no sofá e lhe tocou a testa. —Eu não me sinto bem. — Ela admitiu, quando normalmente teria dito a ele que estava muito bem e se isso não surtisse efeito ela teria educadamente lhe dito para se foder e se preocupar com sua própria vida, mas em algum ponto ao longo da última semana ou duas ou foram três? Sua


mente um pouco delirante se perguntou, se eles construíram uma amizade entre eles. Além disso, ela estava muito cansada para pensar em lhe dizer algum tipo de besteira que o faria deixá-la sozinha. A pele e os ossos estavam doloridos, sentindo-se como se tivessem se passado anos em vez de dias desde seu último ciclo. Deus, ela sentia como se estivesse prestes a explodir para fora de seu corpo se não se transformasse e tivesse uma corrida decente em breve. Ela precisava sair dali, precisava do ar fresco da floresta e precisava sair logo, porque quanto mais tempo que tentasse lutar contra ele, pior seria para ela. Não podia levar isso por muito mais tempo, mas sabia que não teria escolha, não sentia ser capaz de ser rápida, não quando a fraqueza se estabeleceu em seu corpo e o fato era que Drew não podia deixar sua Matilha para ajudá-la, especialmente agora. A posição dele era muito vulnerável e ela jamais pediria a ele para se arriscar por ela, porque sabia muito bem o quão rápido a Matilha poderia se colocar contra ele.


—Aonde você vai? — Ryan perguntou quando ele passou através do clube de forma rápida e abriu a porta traseira para Drew. —New Hampshire. — Drew disse, carregando sua companheira de forma cuidadosa em seus braços, para que ela não batesse a cabeça acidentalmente na porta ao passar. —Agora? — Perguntou Ryan, erguendo as sobrancelhas, surpreso. —Você está louco, porra? —A Matilha pode sobreviver sem mim por alguns dias. — Ele disse com firmeza, deixando seu Beta saber que sua decisão era definitiva. Era também um aviso e ambos sabiam disso. Se a Matilha tentasse algo em sua ausência, ele iria lidar com isso pessoalmente e eles definitivamente não iriam gostar dos resultados. Ryan abriu a boca para argumentar, mas o que ele viu no rosto de Drew o fez relutantemente fechar a boca e acenar com a cabeça quando saiu do caminho e entregou a Drew as chaves da SUV preto. Assentindo em agradecimento, bem como dando a Ryan um olhar que lhe dizia que era melhor não haver nenhuma porra errada enquanto eles estivessem fora, ele pegou as chaves e levou sua pequena companheira para a SUV. Depois de colocá-la cuidadosamente no banco de trás, verificar se tinha combustível suficiente e dinheiro, ele subiu no assento do motorista e foi para o trânsito louco de Boston em uma sexta-feira à noite.


Kara não disse muito antes de desmaiar, mas ele já viu essa expressão em shifters antes. Ela precisava sair da cidade e se transformar o mais rápido possível ou ficaria mais doente e mais fraca e com toda a merda que estava acontecendo, essa era a última maldita coisa que eles precisavam no momento. Além disso, ele precisava ser honesto e admitir que após a

traição

de

sua

Matilha

também

precisava

desesperadamente sair da cidade antes que ele acabasse matando todos os bastardos egoístas a quem dedicou sua vida à proteger. Quando ele voltasse, provavelmente teria que matar alguns deles, apenas para fazer seu ponto, mas também teria que fazê-lo para punir os idiotas que estavam por trás dos ataques de Kara. Havia algumas coisas na vida que podia ignorar, especialmente quando se tratava de sua Matilha, mas as ameaças contra sua companheira não era um deles. Ele nunca iria tolerar qualquer desrespeito novamente. Então novamente, nunca permitiria que alguém a desrespeitasse em primeiro lugar, porque sempre sentiu que ela era sua por direito, apenas sua desde aquele primeiro dia em que ela apareceu na casa de seu pai. Ela estava suja, coberta de arranhões e parecia que foi ao inferno e voltou, tão cheia de atitude que ele não pode deixar de respeitar aquela moleca irritante, mesmo depois que ela o chutou na canela e tentou atacá-lo.


Felizmente, ela era muito jovem para aceitar uma marca de acasalamento, de outra forma teria tido um caralho de uma situação em suas mãos. Às vezes, ele se perguntava se não deveria apenas tê-la fodido e a deixado pelas ruas movimentadas de Boston, assim, ele não teria mais que lidar com ela, mas depois percebeu que sem ela preenchendo sua vida todos os dias, ele nunca teria muito pelo que lutar no futuro. Sua vida seria vazia e sem sentido. Ele não podia tolerar a ideia de viver sua vida sem Kara deixando-o maluco todos os dias.


—Algo está errado? Poderia dizer isso, ela pensou miseravelmente enquanto olhava ao redor do bosque familiar e sentia seu estômago dar um

mergulho

quando

Drew

pegava

sua

mochila

de

caminhada amarela favorita e jogava-a por cima do ombro. Em vez de dizer-lhe apenas como muitas coisas pareciam erradas com esta imagem, em vez disso ela casualmente perguntou. —O que exatamente estamos fazendo aqui? —Você precisava ir para uma corrida e para ser honesto. — Disse ele, fazendo uma pausa longa o suficiente para fechar o porta malas da SUV. —Eu também. Oh,

graças

a

deus,

ela

pensou,

tentando

não

demonstrar seu alívio. Por um minuto ela pensou que eles iriam acampar. Ela odiava camping e sim, estava ciente de que era uma shifter muito estranha. Também estava ciente de seus planos anteriores de viver os próximos dez ou vinte anos em uma caverna, mas em sua defesa, a caverna seria enfeitada com todos os luxos modernos e em qualquer momento que precisasse fazer qualquer coisa como caçar ou usar o penico ela planejou fazer isso em sua forma shifter. Agora, não a entenda mal. Ela adorava estar na floresta e a sensação de correr de forma selvagem e livre por entre


as árvores, pegando sua própria presa e devorando-a, isto era a parte que ela mais gostava da natureza, no entanto, odiava insetos, cobras, ratos, camundongos, aranhas, basicamente tudo o que todos os outros shifter na terra teriam ignorado e aceito como parte da vida. Se ela pudesse aceitar uma cobra deslizando em seu saco

de

dormir

como

algo

normal...

pensou

melancolicamente. Enquanto estava em forma shifter, todas essas criaturas encantadoras que odiava sempre sumiam e por isso ela sempre apreciou os pequenos bastardos, mas uma vez que ela estava em forma humana, todos eles poderiam aparecer. Essa era uma das muitas razões pelas quais ela nunca acampava com a Matilha quando tinham este propósito. Bem, isto e o fato de que a Matilha apenas toleraria a sua presença para manter a existência deles em segredo mas, não a queriam perto deles. O que sempre foi muito bom para ela, desde que sempre pensou que a Matilha de Drew estava cheia de idiotas, que apenas deveriam ser tolerados em doses pequenas. Ela não incluía Mick e sua família nesse grupo, é claro, mas eles não tiveram a opção de permitir que ela ficasse com eles. Não que teria ficado, porque honestamente

não

precisava

Isso

testemunhar

Mick

tendo

relações.

definitivamente não era coisa sua. Além disso, não se importava com o saco de dormir, especialmente desde que sua definição de saco de dormir


fosse o Hotel Marriott uns oito quilômetros ao norte a partir do local do camping. Ela sempre manteve uma reserva lá para as três noites de lua cheia e caso esquecesse de fazer uma reserva, estava tudo bem, porque eles geralmente poderiam acomodá-la. O que estava contando para esta noite, porque não havia nenhuma maneira dela dormir fora apenas com a proteção de uma tenda de nylon para combater carrapatos, insetos e todas as coisas em forma de serpente. Não se importava se suas fobias fossem estranhas, uma vez que era tudo o que ela já era. Em vez disso, abraçava a necessidade de lençóis limpos e lavados, água quente, serviço de quarto e TV a cabo. —Por que não montamos um acampamento para que, pela manhã, não tenhamos que nos preocupar com nada a não ser dormir? — Drew sugeriu, o que naturalmente fazia sentido se ela estivesse pensando em dormir ali. Em vez de lhe responder ou deixá-lo continuar com seus planos para o dia seguinte, visto que eles iriam acabar discutindo e ela teria que resistir a vontade de chutá-lo nas bolas, ela simplesmente começou a tirar a roupa e jogá-las de lado. Quando viu Drew observando-a com os olhos prateados e lambendo os lábios faminto, precisou se virar para esconder o sorriso. Desde que a nudez não era um grande negócio entre shifters, que mal tomavam conhecimento dos corpos uns dos outros antes de uma transformação, o olhar que Drew


estava dando a ela era algo que definitivamente a fez corar. Decidindo que ele tinha que ganhar uma recompensa por todos aqueles maravilhosos sanduíches que fez para ela, decidiu dar-lhe um show ao tirar sua roupa. Ela desabotoou a calça e lentamente, muito lentamente, empurrou-a junto com a calcinha enquanto se inclinava, certificando-se de dar a ele uma bela visão. Quando ele rosnou faminto, ela deixou aquele sorriso assumir, tirou completamente a calça e calcinha e chutou-as de lado antes de começar a se transformar, não tendo absolutamente nenhuma dúvida de que ele estaria bem atrás dela e totalmente transformado antes que ela colocasse suas garras

para fora.

Ele não podia mais aceitar isso, percebeu enquanto corria através das madeiras, atrás do pequeno pé no saco que estava se divertindo muito ao provocá-lo e o deixando louco. Ele lambeu seu focinho enquanto observava seu traseiro coberto de pelos, correr ao redor de outro conjunto de árvores e depois outro, enquanto fantasias de virar a esquina e encontrar ela inclinando-se com essa bela bunda para cima


e a cauda deslocando-se para o lado, como se ela estivesse esperando por ele. Ela estava levando-o a loucura e mal estava fazendo alguma coisa. Pensava nela o tempo todo quando estavam separados e quando estava com ela, era forçado a lutar para esconder o quão satisfeito estava. Reprimia sorrisos, obrigava seu olhar a não permanecer nela por muito tempo e desde que ela era a única mulher que poderia obter algo dele, estava constantemente de pau duro, era apenas pensar nela que seu pau balançava e se levantava para dizer olá. O que ele já admitiu, isto acontecia muito. Ele tomava banhos frios desde que percebeu o quanto a queria, mas todos os chuveiros frios que faziam congelar suas bolas deixavam seu pau ainda mais desesperado para deslizar em sua bainha quente, molhada para aquecê-lo de volta. Nada ajudava, absolutamente nada. Não importava onde ele estava, o que estava fazendo ou tentando pensar, uma vez que tudo o que podia pensar era nela. Falando da dor em seu pau… Onde diabos ela estava? Abrindo os sentidos, ele procurou por ela até que a encontrou a quinze metros da estrada, casualmente subindo em uma árvore em toda sua glória shifter e recuperando uma mochila de camuflagem com os dentes. Curioso demais para fazer qualquer coisa mais do que apenas se sentar lá, viu como sua companheira cuidadosamente descia da árvore, sem fazer muito dano à casca, o que em si era realmente


muito impressionante, considerando a nitidez de suas garras. Finalmente, quando ela chegou ao chão, soltou o saco, fechou os olhos e voltou a sua forma humana. Ele admitia que demorou alguns minutos para entender o que estava acontecendo, uma vez que viu seus belos seios grandes e o divino local entre as pernas, com o qual estava ficando um pouco obcecado, mas quando ela calçou um par de tênis, ele despertou do seu transe e decidiu que era hora de descobrir o que ela estava fazendo. Sem tirar os olhos dela, porque não confiava nela para estar lá quando ele abrisse os olhos novamente, ele voltou para forma humana quando ela começou a subir a pequena inclinação em direção à estrada. —Vejo você amanhã à tarde. — Ela disse alegremente com um grande sorriso e atravessou a estrada, deixando-o ali de pé, nu e se perguntando onde ele errou. Oh, certo, ele pegaria a garota em vez de deixá-la sair rebolando com aquela bunda gostosa dela, ao atravessar a estrada, assobiando uma canção de Justin Bieber, assim começou a segui-la apenas para se lembrar que ele estava completamente nu e sem condições de andar atrás dela agora, caso algum humano o visse poderia ter a ideia errada e acabaria chamando a polícia para prendê-lo. Forçado a observá-la das sombras da floresta, ele seguiu cada movimento dela, observando-a enquanto ela andava. No final da rua, ela parou em um restaurante Krispy Kreme, saiu com um sorriso, uma xícara de café e um donut que


mordiscou até que subiu a longa entrada que levava ao Hotel Marriott. Os olhos estreitaram-se perigosamente, quando viu como ela foi recebida por todos os funcionários, desde o jardineiro até o porteiro, que não conseguia abrir a porta rápido o suficiente para ela. Quando ela agradeceu com mais um daqueles enormes sorrisos e o bastado olhou para sua bunda ao passar, Drew apertou a mandíbula. Ah, isso explicava

muito, ele pensou

consigo

mesmo

enquanto

recuava para a floresta. Ele sempre se perguntou aonde ela ia durante as noites em que precisava se juntar a eles. Em mais de uma ocasião, procurou por ela nas árvores para ver onde ela estava e com quem, mas ele nunca podia encontrá-la. A única coisa que encontrava era o cheiro dela levando a esta árvore e agora, ele sabia o porquê. Drew olhou para o hotel mais uma vez, se virou e correu de volta para seu acampamento, tentando não sorrir enquanto corria, mas era difícil pois ele finalmente tinha sua companheira por direito onde queria.


—Isso que é vida. — Disse ela com um sorriso de satisfação quando fechou os olhos e encostou-se na grande banheira. Não havia realmente nada como acampar com todas as comodidades de uma casa, ela concluiu quando abriu um olho e estendeu a mão para pegar uma batata frita fora do encantador prato que o serviço de quarto entregou para ela apenas para acabar engolindo em seco quando percebeu que a maravilhosa solidão que ela acalentou por todos esses anos agora estava acabada. Oh, isso e Drew que estava comendo todas suas malditas batatas fritas ao olhar para ela de forma que não conseguia descrever como ofuscante, mas era definitivamente hostil. Engolindo nervosa, ela passou os braços pelos joelhos e os puxou de encontro ao peito como se isso fosse de alguma forma dar-lhe alguma proteção. Não iria, mas era bom fingir que sim enquanto Drew ficava sentado ali no banco com a bandeja transbordando de comida no colo dele, estudando-a enquanto lentamente consumia seu lanche da noite. Ela iria definitivamente ter que pedir uma segunda bandeja, decidiu quando tentou mergulhar mais na banheira, mas, infelizmente não havia para onde ir.


—Então. — Disse Drew, parando para mergulhar uma batata frita na grande poça de ketchup ocupando uma boa parte do seu prato antes que colocasse as fritas em sua boca. — Parece que a senhorita Smith tem vindo aqui por mais de dez anos, uma vez por mês, permanece por três dias e dá excelentes gorjetas. —Eles têm um grande serviço de quarto? — Ela ofereceu como desculpa. Ele balançou a cabeça, aceitando isso como um fato quando pegou seu hambúrguer e serviu-se de uma grande mordida. Sim, definitivamente teria que pedir uma segunda bandeja, ela decidiu distraidamente sentada ali, nua na banheira que estava rapidamente ficando fria, enquanto Drew se sentava em um pequeno banco bloqueando todas as saídas, o que era certo, havia apenas uma e era a porta do banheiro que ele parecia ter fechado e trancado sem ela perceber. —E a razão por que você vem aqui todos os meses durante a lua cheia é.... — Disse ele, levando-a a admitir o que ambos já sabiam. Que ela era uma desculpa patética para um lobisomem? Que a ideia de passar a noite dormindo no chão duro, coberta por galhos era o suficiente para fazê-la querer chorar? Que era incapaz de realmente dormir fora, porque


sabia que no momento em que ela fechasse os olhos todos os insetos na floresta iriam atacá-la, tomando seu corpo humano como seu novo hospedeiro e profanando-a com suas peludas pequenas pernas pontudas? Sim, admitir isso a qualquer um provavelmente não era uma boa ideia, a não ser que fosse forçada a vigiar seu entorno pelo resto da vida, querendo saber quando seria a próxima vez que o bastardo iria tentar assustá-la com um inseto. Assim, em vez disso simplesmente olhou para baixo e encolheu os ombros, fazendo o seu melhor para parecer tão patética quanto humanamente possível, para que ele se sentisse mal por ela e apenas deixasse isso de lado. Então, quando ele disse. —É por causa da minha Matilha? Eles... eles tentaram machucá-la? — Ele perguntou com a voz rouca. Ela rapidamente o olhou a tempo de vê-lo com cuidado colocar a bandeja agora vazia no chão e esfregar as mãos pelo seu rosto, parecendo estar comprando isso. Quando ela apenas ficou lá, olhando para a água, porque não havia realmente nenhuma boa maneira de responder a essa pergunta, especialmente desde que sua Matilha, ou melhor, a Matilha do pai dele, passou os primeiros cinco anos de sua vida em Boston brincando de — assustar Kara — quando eles tinham de ir a floresta para se transformar, ele suspirou pesado. Ela não apontou que eles pararam de assediá-la depois que ela pode ter acidentalmente mudado para a forma humana, subiu em uma árvore e atirou pedras nos idiotas que foram atrás dela, até que finalmente


ficaram cansados de fazer a vida dela miserável e a deixaram em paz. Mas então, as ameaças e dicas sutis de que eles a odiavam e queriam que ela saísse e nunca mais voltasse não tinham exatamente a feito se sentir bem-vinda, mas nunca mencionou isso antes e com certeza não iria mencionar agora. A única coisa que estava disposta a fazer era continuar olhando para a água, parecendo patética e esperando que ele não continuasse questionando-a até que descobrisse a verdadeira razão e zombasse dela até o fim dos tempos. —Sinto muito, Kara. — Disse ele, na verdade, fazendo-a sentir-se mal até que recordou o fato de que sua Matilha deu um jeito de deixá-la saber que se eles alguma vez tivessem a chance de matá-la, eles fariam em um piscar de olhos. Então sim, ela iria deixá-lo pensar o que quer que fosse que

estava

pensando

se

isso

significasse

encobrir

a

verdadeira razão pela qual ela se recusava a dormir na floresta como um ser humano. Claro, poderia ter dormido na floresta em sua forma shifter, mas isso teria revelado seu segredo e a tornado o troféu final para caçadores, não era exatamente a maneira que queria passar a eternidade, empalhada e pendurada na parede de algum cara. —Não se preocupe com isso. — Ela disse, esperando que ele fosse deixar o assunto de lado e pedir para ela uma segunda bandeja de comida, porque estava morrendo de fome.


Quando ele não disse mais nada, ela ficou esperançosa e

arriscou

um

olhar

para

cima

e

se

arrependeu

imediatamente quando viu a expressão em seu rosto bonito. Determinação. —Kara, diga-me o que aconteceu com sua Matilha. —Ele perguntou, fazendo seu sangue gelar, porque ela sabia, sem dúvida que ele não iria deixá-la sair deste banheiro sem que ela dissesse a ele tudo o que queria saber. —Não há nada para dizer. — Kara disse suavemente enquanto mantinha um braço ao redor de seus joelhos dobrados e estendia a mão, ligando a água quente com força total. Suspirando, ele estendeu a mão e fechou a torneira, recusando-se a deixá-la adiar isso por mais um dia. Levantou-se, esvaziou a banheira e estendeu a mão para ela, deixando-a saber que era hora de começar a falar. Ignorando

sua

mão,

Kara

levantou-se,

mantendo

a

mandíbula apertada e evitando seu olhar, cuidadosamente saiu da banheira, pegou uma toalha e a enrolou ao redor de si enquanto se dirigia para o quarto. Ele seguiu atrás dela, recusando-se a deixá-la fora de sua vista. —Kara, é hora de falar. —Não sobre isso. — Disse ela com um aceno firme de sua cabeça quando foi direto para sua bolsa.


—Nós vamos definitivamente ter esta conversa, Kara. — Ele disse com firmeza enquanto caminhava até ela e pegava a bolsa de sua mão. —Não. — Ela disse, pegando de volta a bolsa. —Nós não vamos! —Sim. — Disse ele, pegando sua bolsa e lançando-a pelo quarto. —Nós realmente vamos. Eu quero saber por que sua Matilha a chutou e eu quero saber porque meu pai apenas lhe deu abrigo, quando a maioria dos Alfas a teria admitido na Matilha. Ela se afastou dele, balançando a cabeça enquanto ia até sua bolsa e pegava-a do chão. —Você não quer saber o que aconteceu então apenas deixe isso para lá, Drew. É uma história antiga. —Eu não posso deixar para lá, Kara, não até saber o que aconteceu com você e porque tem se escondido atrás da minha Matilha por quase seis décadas. —Eu não estava me escondendo atrás de sua Matilha. — Ela rosnou, batendo a bolsa para baixo na cama. —Sério? — Ele perguntou, caminhando até ela e agarrando seu braço, forçando-a a se virar e encará-lo. — Então de que merda você chamaria isso? —Eu diria que não é assunto seu. — Ela disse calmamente, mas a maneira que seus belos olhos esmeralda ficaram prata o deixou saber que ele estava no caminho certo.


—Você tem se escondido em Boston por quase seis décadas Kara, em uma cidade onde é mais do que óbvio que não gosta de estar. Quem em sã consciência faria isso a menos que estivesse se escondendo? — Ele perguntou, puxando-a

para

mais

perto

quando

olhou

para

ela,

desafiando-a a tentar enganá-lo mais uma vez. —Isto não tem nada a ver com você. — Ela disse com os dentes apertados quando tentou puxar o braço livre, mas ele não iria deixá-la ir a qualquer lugar. —Eu sou seu companheiro. — Disse ele friamente. — Tem tudo a ver comigo. —Não por escolha! — Ela respondeu, tentando começar uma briga e distraí-lo, mas não iria acontecer, porra. Não essa noite. Alguém estava atrás dela. Sua própria Matilha estava rebelando-se contra ele e sentia que estava enlouquecendo toda vez que tentava descobrir por que alguém queria feri-lo através dela. Ele precisava de respostas e ele iria obtê-las esta noite. Esperava ter isso resolvido com ela depois de sua corrida quando ela estivesse mais relaxada e provado que poderia confiar nele, mas as coisas mudaram. Ela fugiu, forçando-o a ir atrás dela e ter essa discussão agora, porque não havia maneira nenhuma de voltar para Boston sem algumas respostas.


—Esqueça isso, Drew. — Disse ela, fechando os olhos em derrota, porque sabia, sem dúvida que tudo estava acabado. Se ela não lhe contasse, sabia que ele não pensava em levá-la de volta para Boston até que o fizesse ou iria começar a fazer perguntas, perguntas que poderiam matar a ambos. Ou pior… E no seu mundo, havia coisas que poderiam ser muito piores que a morte e uma vez que ela já experimentou um gosto do que era o inferno na terra, não estava ansiosa para passar por isso novamente. —Não, é hora de falar, Kara. — Disse ele, usando seu poder sobre ela para puxá-la para baixo na cama ao lado dele. Quando ela foi se mover com a necessidade de colocar algum espaço entre eles, ele fez o inesperado. Tomou-lhe a mão e entrelaçou os dedos juntos, enviando a mensagem silenciosa que ela não iria a lugar nenhum. Era a segunda vez desde aquela noite em que tudo foi para o inferno que alguém lhe demonstrou um pouco de compaixão humana. Mick tentou seu melhor, mas todos seus grunhidos e


gemidos simplesmente não eram o mesmo, não importava o quanto soubesse que ele se importava. Mick foi aquele que tomou a decisão conflituosa de arriscar sua posição na Matilha e colocar sua vida em linha quando ele a encontrou. Ele foi o único que o pai de Drew castigou, certificando-se de que nunca se levantasse por ela novamente, e mais importante, que mantivesse sua boca fechada sobre seu paradeiro. Se Drew estava ciente disso ou não, a principal responsabilidade de Mick para a Matilha não era trabalhar para Drew e mantê-lo protegido. O trabalho de Mick era manter a existência de Kara um segredo e se ela fosse descoberta, era também seu trabalho se livrar dela. Ele recusou o trabalho no início, mas uma vez que o pai de Drew garantiu que ele não tivesse escolha, simplesmente mataria Kara

se

Mick

recusasse

a

fazer

seu

trabalho,

Mick

relutantemente aceitou as condições de sua estadia. Chorando, com dor, com fome e com medo por estar prestes a ser expulsa ou pior, rapidamente concordou em fazer qualquer coisa que o pai de Drew exigisse, não importava quão terrível as palavras que saíram de sua boca foram, ela rapidamente concordou com tudo o que ele disse, implorando para que Mick apenas dissesse sim! Ele tinha que dizer sim, ela implorou, prometendo-lhe que seria boa, que faria qualquer coisa que eles pedissem enquanto a deixassem ficar em Boston. Ela não se importava com as restrições ou a punição se ela fosse encontrada, apenas queria ficar ali,


queria saber que estava a salvo pela primeira vez em sua vida. Ele concedeu isso a ela, mas com tantas restrições que aos quatorze anos de idade, ela não tinha absolutamente nenhuma ideia do que ela estava concordando, mas como um adulto, sabia exatamente o quão perigoso era sua situação e agora, para Drew. Então, ela fez o que tinha que fazer, a fim de mantê-lo

seguro.

Bem, era provavelmente uma aposta segura dizer que eles não iriam recebê-la de volta no próximo mês para seu habitual três dias de estadia, ela pensou um pouco histericamente enquanto mantinha a mão pressionada em sua marca que parecia estar sendo aberta por um arame farpado e ácido enquanto corria pela floresta, tolamente tentando superar o lobisomem de 2,75m que queria matá-la. Então, chutando-o nas bolas para distraí-lo de sua linha de questionamento para que ela pudesse fugir e começar essa nova vida que a esmo planejou há algumas semanas, provavelmente não era a coisa mais inteligente que já fez,


mas estava desesperada. Então novamente, provavelmente não estava tão desesperada quando chegou a esse plano estúpido de chutá-lo nas bolas para que pudesse fazer uma corrida longe dele quanto agora enquanto realmente tentava fugir de um Alfa lobisomem de 2,75m que queria fazê-la pagar pelos danos que causou em suas bolas. O rosnado alto que veio por trás dela e um pouco perto demais para seu conforto apenas confirmou essa suspeita enquanto ela tentava não pensar sobre o que ele iria fazer uma vez que a pegasse e apenas continuou correndo. Não importava para ela que não houvesse nenhuma maneira dela poder fugir dele presa em sua forma humana ou que iria muito provavelmente acabar tendo o seu último suspiro esta noite, tudo o que importava era que continuasse mantendo sua grande boca fechada, o mantendo em segurança e... —Oh, graças a deus! — Ela engasgou dolorosamente quando viu a superfície ondulante do lago e mudou de direção, esperando que a água ajudasse a cobrir o cheiro dela e dar-lhe um pouco mais de tempo para pensar em um plano melhor. No mínimo, isso deveria fazer sua marca se sentir melhor, ela tentou enganar a si mesma enquanto se dirigia para o lago, tropeçou em um ramo, saiu voando, pousou sobre suas mãos e joelhos na margem do flexível frio cascalho e continuou se movendo até que entrou no lago frio. Quando mergulhou na água congelante, empurrando grandes pedaços de gelo fora de seu caminho um pensamento lhe ocorreu.


Ele deveria tê-la pegado antes que ela tivesse a chance de fazer sua fuga, o que significava... Rezando para que ela estivesse errada, ela saiu à superfície da água, levantou-se na extremamente congelante água e quase gemeu quando viu Drew de volta em forma humana, vestido e dando os toques finais no que parecia ser uma muito boa e muito quente fogueira. Quando o primeiro tremor a atravessou ele enviou a ela o que apenas poderia ser descrito como um sorriso predatório e ela percebeu que poderia ter superestimado a esperteza de seu companheiro de manter sua bunda ingrata fora da confusão que seu pai causou.

—Como está a água? — Ele perguntou com um sorriso satisfeito enquanto aquecia suas mãos sobre a fogueira, na qual acrescentou um pequeno toque agradável para o dia frio de inverno. Em vez de responder, Kara simplesmente ficou ali cercada por pedaços de gelo enquanto seus lábios ficavam de


um tom interessante de azul e colocava os braços ao redor de si mesma em uma tentativa patética de aquecer-se. Não daria certo, mas ele não tinha vontade de apontar o óbvio agora, não quando eles tinham outras coisas para discutir. —Então, você está pronta para falar agora? — Ele perguntou,

sabendo

exatamente

o

quão

teimosa

sua

companheira era e que ela iria fazer tudo em seu poder para evitar essa conversa. Assim, chute no saco. Ele

realmente

deveria

ter

visto

aquilo

chegando,

encurralou-a e tentou fazê-la falar sem ter um plano e pagou por isso. Transformar-se ajudou suas pobres bolas. Também lhe deu um tempo para limpar sua cabeça e chegar a um plano para fazê-la falar. Claro, ela deixou tudo mais fácil para ele quando fez esse desvio para o lago e mergulhou. Não era algo que ele teria feito, entretanto não tinha um segredo que estava disposto a congelar suas bolas para manter. Ela aparentemente sim, o que lhe dava uma vantagem. Ela não sairia daquele lago até que respondesse a cada uma de suas perguntas. A julgar pelo olhar em seu rosto, ela sabia disso também. Quando ela tentou lançar casualmente um olhar por cima do ombro, tentando avaliar a distância para o outro lado do lago, ele não poderia evitar suspirar. Era o auge do inverno. A água estava congelada e mais do que coberta com uma

fina

camada

de

gelo.

Se

ela

fosse

humana,

provavelmente estaria congelada agora, mas graças a seus


genes Alfa, ela seria capaz de ficar no lago por algumas horas antes que eles tivessem que começar a se preocupar. —Você nunca vai conseguir fazer isso. — Disse ele, tomando a decisão de apontar o óbvio, quando ela ficou olhando ansiosamente para a outra margem. —Você não sabe disso. — A mulher teimosa que o deixava louco disse, soando como se estivesse disposta a tentar atravessar a nado o lago congelado apenas para provar que ele estava errado. —Vá em frente. — Disse ele com um encolher de ombros, não vendo problema nenhum em matar algumas horas em frente à fogueira. Além disso, ele ainda tinha que montar sua tenda. Com isso em mente, ele agarrou sua mochila e barraca e começou a trabalhar, o tempo todo sentindo seu irritante olhar homicida em suas costas. Isso era bom para ele, porque quanto mais tempo ela ficasse lá, mais rápido ele iria receber suas respostas, uma vez que o interrogatório começasse. —Sexo. — De repente ela disse quando ele terminou de colocar uma estaca no chão, o que era ótimo, já que ele teria provavelmente arrancado sua mão se ela tivesse dito alguns segundos antes. —O que? — Perguntou ele enquanto continuava olhando cegamente para a estaca que ele acabou de empurrar no chão, pensando que certamente ouviu mal, porque não havia nenhuma maneira dela simplesmente ter se oferecido para ter


relações sexuais se.... —Se você prometer nunca mais perguntar sobre a minha antiga Matilha ou o que estou fazendo em Boston. — Ela disse com os dentes batendo. — Então farei sexo com você.


—Não. — Foi a resposta firme a qual ela não esperava. —Não? — Ela disse, tentando esconder sua surpresa e falhando miseravelmente, porque honestamente pensou que ele iria mergulhar na água, arrancar suas roupas com os dentes, incliná-la e fodê-la sem questionamentos, mas aparentemente subestimou sua teimosia. Mais uma vez, ele balançou a cabeça, não realmente parecendo pensar muito em sua proposta ou impressionado com a oferta, o que era realmente muito insultante uma vez que em certo ponto ele praticamente implorou para ela ser sua amante e agora estava agindo como se o pensamento de sexo com ela o aborrecesse. Insultada, ficou tentada a sair furiosamente do lago gelado e ir para um terceiro chute no saco, mas desde que seu braço ainda estava em chamas e a água fria estava entorpecendo um pouco a dor, um pouco sendo a palavra operativa, ela decidiu ficar exatamente onde estava e tentar descobrir como sairia dessa. A resposta veio muito rapidamente, ela não sairia, não desta vez e ambos sabiam disso. Ficando ali, congelando sua bunda, ela o observava enquanto tentava descobrir o que dizer. Após mais alguns segundos, era óbvio que não havia nenhuma maneira certa


de explicar isso, não havia maneira de defender o que ela fez, por isso não disse nada. —Eu posso fazer isso a noite toda. — Disse ele, reprimindo um bocejo quando jogou mais lenha na fogueira. Infelizmente, ela não podia. Sabendo que ficar na água por muito mais tempo era impossível e que ele não iria deixar isso ir para o bem de ambos, ela lentamente voltou, arrastando os pés enquanto mantinha um olhar abatido, não próximo a submissão, mas sim de medo, porque não tinha absolutamente nenhuma ideia de como explicar isso para ele ou o que iria fazer uma vez que ele soubesse a verdade. Ele não disse nada quando ela se juntou a ele perto do fogo e apreciou isso. Quando um vento frio passou através dela, ela decidiu tirar a roupa. Espremeu a água de suas roupas e jogou-as sobre um tronco caído perto do fogo com um

ruído

molhado

de

esguicho.

Uma

vez

que

ficou

completamente nua, ficou ali permitindo que o calor do fogo aquecesse

seus

ossos, enquanto

tentava

encontrar

as

palavras certas. Mas elas não vinham até ela. Não tinha certeza de quanto tempo eles ficaram em silencio, mas em algum momento Drew se aproximou por trás dela, passou os braços

ao

seu

redor

e

a

puxou

para

mais

perto,

compartilhando seu calor com ela. Ele colocou seu queixo no ombro dela, deu um beijo em seu pescoço e segurou-a. —Você não está pronta para falar sobre isso ainda, não


é? Com medo de que ele estivesse apenas brincando com ela e realmente sem a certeza de que poderia confiar em si mesma para não deixar escapar para fora tudo de uma vez, ela mordeu o lábio e balançou a cabeça enquanto continuava olhando para as chamas quase alcançando o topo de sua cabeça. —Então vamos falar sobre isso quando você estiver pronta. — Disse ele, pressionando os lábios contra seu pescoço quando tomou suas mãos entre as dele e as aqueceu tomando cuidado com a marca em seu braço que ainda doía. Grata pela trégua, ela permitiu que a levasse para a tenda, algo contra o qual normalmente teria lutado devido ao fato de que havia provavelmente insetos e roedores dentro, esperando para devorar seu rosto com suas minúsculas pequenas garras, a atacando enquanto centenas de pequenas pernas correriam por todo o seu corpo. Oh deus… Ela não podia fazer isso. Ela

realmente

não

poderia

fazer

isso,

pensou

desesperadamente enquanto tentava se afastar da tenda, mas o bastardo persistente se movia por trás dela e não lhe permitia escapar. Tentando não gemer ou deixá-lo saber o quanto ela não queria comungar com a natureza, fechou os olhos, engoliu em seco e rigidamente lhe permitiu levá-la para dentro da tenda que parecia muito menor agora que ela


estava lá dentro com um shifter de 2 m pressionando suas costas. Quando ela viu o grande saco de dormir colocado no chão, praticamente mergulhou nele ao mesmo tempo em que rezava para que não fosse comida viva por formigas ou infestada com carrapatos. Decidindo que, deixar-se exposta aos

elementos

como

estava

não

era

uma

boa

ideia,

rapidamente puxou o zíper do saco de dormir para baixo, fez uma verificação rápida e praticamente mergulhou dentro dele, enquanto o excêntrico bastardo que a forçava a ficar na natureza tirava suas roupas. Sem uma palavra, ele se juntou a ela no saco de dormir, puxou o zíper para cima, colocando-os no pequeno espaço, o que teria normalmente a irritado e a levado a pensar de darlhe um chute no saco, mas desde que ele era quente e os insetos provavelmente o atacariam primeiro, ela decidiu apenas ir com ele. Fechando os olhos, lentamente exalou e rezou para que insetos fossem repelidos pelo sangue de shifters com um dente doce. Ela colocou seus braços sobre os de Drew onde ele a abraçou fortemente e disse a si mesma que tudo iria acabar em questão de minutos. Apenas precisava fechar os olhos e agradecer a Drew, isso era exatamente o que era capaz de fazer.


Pare. De se mover. Porra, ele implorou ao pequeno bastardo, mas ele não o ouvia. Estava muito focado no fato de que estar tão perto do céu. A maldita coisa estava ficando cada vez mais dura, saltando em vão tentando encontrar uma maneira de se aproximar dela, mas Drew com os dentes apertados e o quadril puxado para trás tanto quanto o saco de dormir permitiria, deixou bastante claro que o pequeno bastardo com tesão não iria mais causar problemas para eles esta noite. Sexo! Seu pênis praticamente gritava para ele, sem entender o problema. Ele precisava de sexo, ela poderia darlhes sexo, sexo com ela seria incrivelmente fantástico. Ele já tentou discutir com seu pênis, explicando que eles não podiam simplesmente transar com ela, mas seu pobre pau condicionado apenas entendia sexo. Seu pênis sonhou com ela durante anos, imaginou-se deslizando dentro dela tarde da noite por anos, quando as mulheres que ele tinha em sua cama não foram o suficiente para dar-lhe o que precisava. Ele sempre pensou que estivesse louco, pois só de pensar em Kara enquanto se masturbava sempre foi imensamente mais gratificante do que realmente foder alguma mulher que ele mal conhecia. Agora que ele sabia que era sua companheira e seu pau


apenas iria responder a ela, era mil vezes pior, porque agora não podia nem se masturbar para tirá-la do seu sistema. Ele a queria muito. Quando ela se ofereceu para suborná-lo com sexo, realmente considerou dizer sim, pensando que deveria apenas ficar feliz por finalmente descobrir qual era a sensação de deslizar dentro dela, mas quase tão rapidamente percebeu que nunca seria suficiente para ele. Ele a queria por mais do que apenas seu corpo. Ele a queria em sua vida, em sua cama, em seus braços e nunca realmente teria isso se ela não pudesse confiar nele o suficiente para dizer-lhe porque estava ali como uma pária. Quando ele tomou Boston do seu pai, deveria ter forçado o velho bastardo a lhe contar a história, mas ele apenas ficou tão aliviado por ter sobrevivido à luta que tirou a Matilha das mãos brutais de seu pai que sequer se preocupou em perguntar sobre a situação de Kara antes de que seu pai saísse de Massachusetts com o rabo entre as pernas. Então se fosse honesto, o que realmente o empurrou ao limite foi um comentário que o Beta de seu pai fez a respeito de Kara, sobre fazê-la se prostituir para conseguir o que eles queriam. Era uma tática brutal que alguns Alfas usavam com suas fêmeas indesejadas para obter favores, novas fêmeas e liquidar dívidas antigas. Assim que ele ouviu o que eles planejavam para ela, tomou sua decisão. Durante anos contemplou sair e criar sua própria Matilha, acolhendo quem quisesse deixar seu pai louco e governar com ele, mas uma vez que ouviu seu pai e


seu fodido Beta rindo sobre o que poderiam fazer com Kara, ele mudou seus planos em uma fração de segundo e foi para a garganta de seu pai. O velho nunca viu isso chegando. Em um minuto ele estava rindo e falando sobre testar as habilidades de Kara para si mesmo antes de entregá-la ao próximo que quisesse, Drew tinha o velho preso ao chão, sua mandíbula travada ao redor de sua garganta e sua garra acima de seu coração, pronto para rasgá-lo. Apenas assim, Drew assumiu a Matilha Boston e enviou seu pai embora junto com todos os seus babacas leais seguidores. Uma vez que ninguém jamais ousou perguntar o porquê dele ter desafiado seu pai e assumido a Matilha, nunca disse a uma alma nem mesmo a Ryan à verdadeira razão de ter feito isso. Não que teria dito a verdade, porque não era assunto de ninguém o porquê ter arriscado sua pele para assumir a Matilha. A única coisa que a Matilha precisava se preocupar era que ele faria um trabalho muito melhor em mantê-los seguros do que seu pai fez. Mas nada disso alguma vez o preocupou, percebeu quando passou os braços ao redor de Kara e a puxou para mais perto, porque em algum nível ele deveria ter reconhecido que ela era sua e ele sempre faria o que tivesse que fazer a fim de protegê-la.


Oh, deus, não aqui... Não agora, ela interiormente implorou quando seu corpo ficou quente, fazendo com que cada nervo de seu corpo ficasse acesso e começasse a formigar com uma dor prazerosa. Apertando os olhos bem fechados, ela fez seu melhor para respirar através disso, lentamente para dentro e para fora, rezando para que isso não estivesse acontecendo. Lambendo os lábios, ela fez o seu melhor para não se contorcer e empurrar de volta contra Drew e pegar o que seu corpo queria desesperadamente. Ela o queria, precisava dele tanto que pensou que iria morrer se não o sentisse deslizando dentro dela em breve. Isto não estava acontecendo, ela tentou se convencer, mas sabia que estava mentindo para si mesma. Os acessos do calor estavam chegando cada vez mais rápido, a deixando saber, que mais cedo ou mais tarde, estaria completamente no calor e não haveria nenhuma fuga em provavelmente duas semanas, a menos que ela cedesse e tomasse o que precisava. Ela não podia fazer isso... não deveria fazer isso, pensou alguns segundos depois quando sentiu o grande braço de Drew ao redor dela por trás puxando-a para mais perto.


Quando ela sentiu a pele quente de seu largo peito contra as costas, quase se perdeu. Deus, ele era tão bom. Ela não deveria se sentir bem, porque este era Drew, o homem que esteve provocando-a desde que ela tinha quatorze anos de idade, mas não importava quantas vezes dissesse a si mesma, não podia esquecer o jeito como ele cuidava dela e a protegia de tudo e todos, incluindo ela mesma. Ele poderia ter se aproveitado dela, exigido seu direito como Alfa e seu companheiro para levá-la para cama depois da sua marca. Havia tantas coisas que ele poderia ter feito, mas não fez. O idiota que ele era a faria acreditar que não era tão bastardo assim e que toda essa pose foi uma farsa. Bem, isso realmente não era completamente verdade. Ele era um prostituto irritante e provavelmente ainda seria um se não tivessem descoberto que estavam acasalados, mas de alguma forma ao longo das últimas semanas, ele mudou. Pelo menos era o que dizia a si mesma enquanto lambia os lábios com avidez e empurrava seu traseiro contra seu grande pênis, deslocando-se contra ele e desejando que ele estivesse dentro dela. —Oh, porra. — Drew gemeu a segurando mais apertado, mas ele não se mexeu. Ele

ficou

ali,

mantendo-se

completamente

imóvel

enquanto ela movia seu traseiro contra sua ereção, tentando dizer a si mesma para parar, mas parecia bom demais para parar. Drew gemeu alto e longo no ouvido dela enquanto ela continuava esfregando-se contra ele, seu corpo ficando


mais quente a cada segundo, seus pensamentos tornando-se incoerentes e desesperados quando chegou para trás e agarrou seu firme quadril, tentando puxá-lo mais perto, precisando dele mais perto. Ofegante e lambendo os lábios, ela empurrou de volta com mais força contra ele, tentando mover seu quadril para que ela ficasse alinhada com a grande ponta do seu pênis para que pudesse sair de sua miséria, mas não conseguia parar de esfregar-se contra ele. —Drew! — Ela gritou desesperada, esperando que ele entendesse o que ela precisava e assumisse. Ele gemeu quando deslizou a mão sobre sua barriga macia e recompensou seu ombro nu com um beijo, enquanto ela continuava se esfregando contra sua ereção. Estava tão perto de conseguir o que queria, mas no fundo de sua mente, não tinha certeza de que era isso o que precisava. Este era Drew, seu companheiro, ele estava diferente agora, mas parte dela se perguntava, se ele realmente estava diferente ou se isso era uma linha de pensamento idiota que estava alimentando para que fizesse com que o que estava fazendo parecesse certo. Ela não conseguia pensar direito, não podia raciocinar entre o que queria e o que estava fazendo. Ela apenas... apenas precisava que isso parasse, precisava descobrir o que estava acontecendo e se certificar de que isso era algo que realmente queria rapidamente, não


podia fazer muito mais do que implorar a Drew para acabar com isso e sabia que ele iria parar assim que dissesse as palavras. Então, ela respirou fundo, abriu a boca e disse exatamente o que estava em sua mente. —Drew. — Ela suspirou. —Por favor, foda-me.

Oh deus, ela estava tentando matá-lo, ele percebeu enquanto lutava para tomar sua próxima respiração. Ele queria tanto transar com ela, tanto que estava com medo de que se não se afastasse iria empurrar dentro dela ou poderia realmente morrer. Ele fechou os olhos e respirou enquanto ela continuava se esfregando contra ele. Essa porra do perfume que ela estava liberando era mais incrível e intenso do que da última vez. Isto estava perto de ser intoxicante, fazendo-o ficar louco com a necessidade de transar com ela. —Por favor, Drew! — Ela gritou, soando como se estivesse com dor quando empurrou de volta com mais força, desesperada para levá-lo dentro dela. De tudo o que ele ouviu ao longo dos anos sobre o primeiro calor de acasalamento, isso deveria ser um


verdadeiro inferno para a mulher, a menos que ela tivesse algum alívio. Quanto mais tempo ela ficasse sem alívio, pior isso iria ficar e ele não podia imaginar nada pior do que ter que implorar ao homem que odiava para que a fodesse. Sonhou

com

este

momento,

até

sorriu

quando

imaginou-a em suas mãos e joelhos, implorando para fodê-la e tirá-la de sua miséria, mas agora o pensamento de fazer isso o fez querer vomitar. Apertando sua mandíbula bem fechada e rezando por forças, ele deixou que sua mão em sua barriga deslizasse para baixo até chegar entre suas pernas. Então, respirando um suspiro trêmulo, ele deslizou um dedo dentro de sua vagina incrivelmente molhada e pensou que definitivamente morreu e este era o inferno, porque nada deveria se sentir tão bom. Manteve seu quadril parado, ignorou a dor crescendo em suas bolas e continuou tocando-a, acrescentando um segundo dedo quando ela gemeu por mais. Ela gemeu seu nome e ele não pode deixar de beijá-la na nuca como um agradecimento, porque nunca ouviu o nome dele pronunciado de forma tão doce antes ou com tanto prazer. Quando ela levantou a perna para dar-lhe mais acesso, ele aumentou o ritmo, bateu os dedos dentro dela e continuou beijando seu pescoço. Ele gemeu contra sua pele, acelerando seus golpes e rezando a deus e todos os outros santos para que isso terminasse antes dele perder o controle e tomar o que queria.


Ela não iria impedi-lo. Ele sabia pela maneira que ela estava se movendo contra ele, montando seus dedos e gemendo seu nome e se isso não fosse suficiente, o cheiro doce que ela estava liberando lhe dizia que ela queria isso, queria muito. —Porra! — Ele rosnou enquanto ela se esfregou contra seu pênis, fazendo com que seu quadril empurrasse para frente de uma forma não intencional. Rangendo os dentes com força, obrigou-se a permanecer imóvel. Ela precisava disso, precisava dele e ele faria o que fosse necessário para mantê-la segura e feliz mesmo que isso significasse negar suas próprias necessidades. Quando sentiu sua vagina se apertar ao redor de seus dedos e uma onda de excitação molhou seus dedos, ele beijou sua nuca. —Assim mesmo, Kara. Desse jeito. — Ele sussurrou a encorajando, morrendo de vontade senti-la gozar em seus dedos. Se ele não podia senti-la gozar ao redor de seu pênis, então definitivamente iria se certificar de senti-la ao redor dele de alguma fodida forma. Cristo, desejava poder deitá-la de costas primeiro, para que pudesse fodê-la com ela com seus dedos enquanto ele lambia e chupava seus grandes seios, testando o quanto daqueles seios generosos ele poderia levar dentro de sua boca. Da próxima vez, prometeu a si mesmo, tentando ignorar


a forma como sua parte inferior se esfregava contra seu pênis, dando-lhe a única atenção que ele se permitiria ter. Era muito bom, ele pensou quando beijou e lambeu seu pescoço, saboreando a sensação de sua apertada vagina molhada agarrando seus dedos avidamente e o fazendo imaginar como seria bom se fosse o seu pênis no lugar de seus dedos. Lambendo os lábios, ele imaginou isso, sabendo o quão bom seria a sensação de tê-la espremendo seu pênis até ele ficar seco. Cristo, ele não podia esperar até que fosse capaz de transar com ela sem culpa. Ele não queria que ela precisasse dele assim. Ele queria que ela o quisesse porque não podia suportar a ideia de ficar mais um segundo sem tocá-lo. Ele não iria aceitá-la de outra maneira e o surpreendeu muito que quisesse esperar. Ele nunca foi romântico em toda sua vida, e para ser honesto, não achava que seria agora. Sexo sempre foi sexo, natural, uma liberação, algo que fazia para liberar o excesso de energia ou simplesmente esquecer suas responsabilidades por pouco tempo. Certificar-se de que não fosse uma fêmea shifter não acasalada que estava prestes a foder era a única coisa que importava para ele antes. Mas agora não. Agora ele se importava. Não podia suportar a ideia de Kara usando-o apenas


para coçar uma coceira e sim, ele percebeu o quanto isto o tornava um hipócrita, mas não se importava. O dia em que a tomasse, seria o dia em que ela perceberia que não podia viver sem ele. Enquanto ela gritava seu nome e sua vagina molhada apertava seus dedos, ele rezou para que não precisasse esperar muito tempo, porque honestamente não achava que iria sobreviver.


Respirando com dificuldade, Kara lambeu os lábios enquanto ficava deitada ali, fraca demais para se mover, ofegando enquanto ouvia Drew correndo para fora e... —Filho da puta! — Foi seu grito do lado de fora acompanhado por um som alto de respingos de água, o que a surpreendeu ainda mais. Ela odiava admitir, mas isso também aumentava sua humilhação. Ela mordeu o lábio, tentando não chorar enquanto continuava ali deitada no mesmo lugar onde teve um prazer como nada que já experimentou antes passando através de seu corpo, lembrando-lhe o que aconteceu. Ela implorou para que ele transasse com ela, se esfregou contra ele, gritou para ele e teria feito qualquer coisa e tudo o que tivesse pedido desde que transasse com ela. Em vez disso, ele permitiu que ela se esfregasse contra ele e a tocou quando sabia que ele queria mais. Ela era a única mulher com a qual ele poderia ter relações sexuais e ele a rejeitou. Agora, ele estava pulando em um lago gelado apenas para se certificar de que não fizesse algo tolo como ceder e fazer sexo com ela. O homem que nunca se recusou a fazer sexo com ninguém acabou de rejeitá-la e deus isso doía. Fechando os olhos, se forçou a virar para o lado e fingir que estava dormindo, rezando para que ele a deixasse


sozinha para que não soubesse o quanto sua rejeição a machucou. Então, quando ouviu-o sair água, amaldiçoandose fortemente, fechou os olhos e disse a si mesma para parar de chorar e tentou adormecer. Infelizmente para ela, ainda estava bem acordada e chorando como uma tola quando ele finalmente voltou e se juntou a ela. Ela apenas ficou ali, fingindo dormir, enquanto ele voltava ao saco de dormir e envolvia um braço frio como gelo ao redor dela, puxando-a de volta contra seu corpo igualmente frio. —Eu acordei você? Ele sussurrou, pressionando um beijo doce em sua mandíbula o que apenas fez com que ela ficasse mais confusa. Que merda estava errado com ele? Ou talvez deveria estar se perguntando que merda estava errado com ela? Talvez não fosse atraente o suficiente para

ele

ou

talvez

a

via

como

apenas

mais

uma

responsabilidade e uau, isso fazia com que se sentisse um lixo. O homem com o qual estava acasalada não a queria, porque não era nada além de uma... —Pare. — Ele disse com firmeza, suavizando seu tom de voz com mais um daqueles beijos que apenas estava confundindo-a mais. —Parar o que? — Ela perguntou, parecendo patética e instável e querendo ter mantido a maldita boca fechada e fingido estar dormindo.


—Pare o que quer que esteja passando por sua cabeça e perturbando-a, Kara. — Disse ele com outro beijo que ela estava realmente começando a gostar. —Apenas me diga por que está tão chateada. Admitir que estava humilhada, porque ele preferia dar um mergulho em um lago gelado do que fazer sexo com ela? Não, ela estava bem. Como se ele estivesse lendo sua mente, disse. —Não pense por um segundo que eu não desejo você, Kara. Ela se recusou a abrir a boca e dizer qualquer outra coisa que fosse envergonhá-la. Então, agradeceu quando ele cuidou da conversa. —Eu quero você Kara, sempre quis, mesmo quando me irritava muito. Quero que você tanto que não posso pensar em linha reta quando está por perto ou quando simplesmente ouço seu nome. Você está me deixando louco porra e eu faria qualquer coisa para estar com você, mas não quero que seja assim. Quero que você me deseje Kara. Eu não quero que você me queira apenas porque está no calor. Quando ela não disse nada, porque realmente não sabia como responder a isso, ele parou por um momento antes de continuar. —Eu vou cuidar de você, Kara. — Disse ele com mais um daqueles beijos doces que ela tanto gostava. —Mas não irei tomá-la, não assim quando não está pensando direito. Quando chegar a hora. — Ele continuou. — Você irá me


dizer. Até então, farei o que puder para me certificar de que não sofra. Dia ou noite, se precisar de mim estarei ali para você, Kara. Eu prometo. Mesmo se isso o matasse, pairava no ar e somente assim, ela começou a se apaixonar um pouco pelo grande idiota, porque nenhum outro homem, Alfa ou de outra forma teria sido tão generoso, permitindo-se sofrer, mas tendo certeza de que ela não estivesse. Foi inesperado e algo que nunca teria pensado em um milhão de anos que Drew fosse capaz, colocar outra pessoa que não as necessidades de sua Matilha em primeiro lugar. Era definitivamente um lado diferente dele e isso a fez tomar uma decisão que esperava não viver para se arrepender. Abrindo os olhos, ela tomou uma respiração lenta, prometeu a si mesma que tudo iria ficar bem e se virou.

—Kara?

Disse

ele,

sem

saber

o

que

estava

acontecendo quando de repente ela se virou em seus braços, empurrou-o de costas e montou seu colo.


—Shhh. — Ela sussurrou enquanto se inclinava e beijava-o suavemente, o que foi provavelmente o beijo mais doce de sua vida, mas fez seu sangue ferver e seu pênis endurecer além do ponto de dor, desesperado para chegar dentro dela, mas ele não se permitiria fazer isso. Ele fez uma promessa e queria mantê-la. Isto não era uma farsa para tomá-la e dar-lhe o que ele queria. Queria que ela o quisesse da forma como ele o fazia. Desesperadamente. —Kara. — Disse ele, puxando-a para si e segurando seu rosto para que ela pudesse olhar para ele quando lhe explicou. —Você não precisa fazer isso. Quando ela lhe deu aquele sorriso travesso que costumava enlouquecê-lo enquanto se estabelecia mais firmemente em seu colo e o deixava sentir o quanto estava molhada para ele, ele jurava que ficaria louco. Mas, quando ela se inclinou e sussurrou em seu ouvido. —Eu preciso disso, Drew. Eu preciso de você. — Ele definitivamente ficou louco. Ele puxou seu bonito e sorridente rosto para levar sua boca a dele. Ela não hesitou em beijá-lo de volta. Abriu a boca e beijou-o de uma forma que deveria ser um pecado. Ela acariciou sua pequena língua contra a sua enquanto rebolava sobre ele, cobrindo seu pênis com sua excitação e deixando-o saber o quanto o queria. —Irá me fazer implorar para foder-me novamente,


Drew? —Perguntou ela contra seus lábios, provocando-o com a ponta da língua enquanto pressionava sua boceta contra ele. Quando tudo o que ele pode fazer foi gemer em resposta porque ela simplesmente roubou sua capacidade de falar, ela se moveu para frente e em seguida, com um rebolado forte de seu quadril, empurrou para trás até que a ponta de seu pênis empurrou contra sua entrada. —Você quer que eu pare Drew? — Ela perguntou enquanto lentamente balançava para frente e para trás sobre ele, montando a ponta de seu pênis e fazendo o resto ficar com ciúmes. Ele normalmente odiava ser provocado, não suportava brincar com as mulheres com quem ele dormia. Isto significava fazer uma conexão com elas ou realmente se importar se elas estavam se divertindo. Ele nunca deu à mínima, porque não se preocupava com elas. Apenas queria gozar e em seguida, tirá-las de sua vida. Ele nunca teve problema em encontrar uma mulher disposta a compartilhar sua cama para a noite, mas se não estava tentando transar com elas, não se preocupava com elas. Ter uma mulher para foder sempre foi fácil para ele. Poderia basicamente ter qualquer mulher a sua escolha, tendo o orgulho de afirmar o fato de que poderia foder qualquer mulher que quisesse, mas a única que ele realmente quis era a única sobre ele, deixando-o louco.


—Você

quer

que

eu

pare

Drew?

A

pequena

provocadora perguntou, parando com apenas a ponta do seu pênis dentro dela. —Hmm? Rindo levemente, porque ele deveria saber que ela acabaria deixando-o louco na cama, balançou a cabeça, deslocando o quadril e tentou deslizar mais de seu pênis dentro dela, porém a pequena provocadora se deslocou de forma que não pudesse ter mais daquilo que queria. —Você. Quer. Que. Eu. Pare? — Perguntou ela, lentamente, acentuando cada palavra enquanto apertava sua vagina ao redor da parte de seu membro que ainda estava dentro dela. —Não. — Ele disse enquanto seus olhos ficavam prata e sua força shifter passou através dele, exigindo que ele a virasse e fodesse com ela, mas não faria isso, não com ela. Seu bebê queria brincar então ele iria deixá-la brincar.


—Pegue o que quiser. — Disse Drew, pegando-a de surpresa, porém ela fez exatamente isso. Ela brincou com ele, tomando apenas a ponta do seu pênis e amando a maneira como as pontas de suas presas apareceram

em

sua

boca

enquanto

ele

lutava

para

permanecer no controle e deixá-la comandar esta noite. Era definitivamente uma novidade ter o controle completo sobre um homem como Drew. Ele resmungou, resmungou e gemeu, mas fiel à sua palavra, não se mexeu. Ele permitiu que ela tivesse controle total e tanto quanto amava

ter

este

controle

sobre

ele,

ela

queria

mais.

Inclinando-se, beijou-o profundamente, amando o jeito como podia sentir seu pênis saltar ansiosamente a cada golpe de sua língua. Abrindo mais suas pernas, ela empurrou para trás lentamente, tomando seu pênis dentro dela centímetro a centímetro, amando o jeito como ele gemia contra sua boca enquanto

continuava

empurrando

para

trás

até

que

finalmente ele não pode ir mais longe. Ofegante, ela lambeu os lábios enquanto tentava se acostumar com ele. Ele era grande e grosso, então ela não se importou de beijá-lo e desfrutar de suas mãos sobre seus seios enquanto se acostumava ao seu tamanho. Cristo, ela nem sequer pensou quando ele os mudou de posição e


assumiu. Não. Mesmo. Ou ele estava ciente de que ela não estava acostumada ao seu tamanho ou queria saborear isso também, porque a tomou lentamente. Toda vez que ele deslizava para dentro dela até que suas bolas balançavam suavemente contra seu traseiro, soltava o gemido mais sexy que ela já ouviu. Isto a deixou louca e a fez sentir-se absolutamente incrível. —Você gosta disso? —Ele sussurrou com voz rouca contra seus lábios quando deslizou dentro dela. —Mmm. — Foi sua resposta quando passou os dedos por seu cabelo e puxou-o para um beijo mais profundo. —Sinto você muito incrível. — Disse ele enquanto continuava deslizando dentro dela, deslocando seu peso para um braço para que pudesse segurar seu peito, o apertando suave ao mesmo tempo que usava o polegar para provocar seu mamilo. Ela nunca gostou que brincassem com seus seios antes, principalmente porque os homens pareciam apenas agarrálos e espremê-los sem qualquer delicadeza, mas não Drew. Ele parecia ter grande prazer em descobrir como ela gostava de ser tocada e acariciada. Aproveitou sua distração para envolver os braços ao redor dele e permitir que suas mãos o tocassem a vontade, adorando a curva dos músculos nas costas e a forma como sua bunda se movia quando empurrava dentro dela.


Fechando os olhos, ela permitiu sua cabeça cair para trás enquanto lambia os lábios, apreciando o quão bom era ser preenchida por Drew. Deus, isso era incrível. Parecia tão certo, tão perfeito, que a chocou. Ela nunca ouviu falar que sexo com seu companheiro fosse muito melhor, mas definitivamente poderia dizer que era. Não era virgem, longe disso e teve sua cota de erros, amantes e homens que deixaram suas pernas tremendo por horas depois de terem tido relações sexuais decentes, mas nunca em sua vida fez sexo assim antes. Ouviu rumores sobre a capacidade de Drew na cama e de que ele gostava rápido e áspero, mas não era assim que estava agindo com ela no momento. Isso não era como ela descreveria o que ele estava fazendo. Parecia como se estivesse fazendo amor com ela, como se estivesse tentando lembrar cada toque, cada sensação, suspiro, gemido e tremor. Sentia-se intenso, intenso demais e isso a aterrorizava, então concentrou-se nele, na forma como ela se sentia, como ele a enchia, a fazia chorar por mais, em vez de quão assustada a deixava neste momento. Isto era apenas sexo... ficaria bem, desde que se lembrasse disso. Estavam acasalados e marcados e se odiaram desde o momento em que puseram os olhos um no outro. Durante anos os dois tinham contemplaram matar um ao outro inúmeras e milhares de vezes, mas de alguma forma resistiram ao impulso de cometer violência. Agora estavam


ligados por toda a vida e matar um ao outro não era uma opção. De forma alguma estava se apaixonando pelo homem que estava fazendo amor devagar com ela enquanto deixava um rastro de beijos da sua mandíbula para sua boca. Ela tinha que se lembrar de seu propósito em Boston e este não era para se apaixonar por um homem no qual nunca poderia confiar o suficiente para lhe dizer a verdade, não importava o quão ternamente ele a beijava ou como seu mundo explodia, como a fazia gritar seu nome muito depois de sua voz ficar rouca. Ela nunca poderia correr o risco de lhe dizer a verdade.

—Você tem alguma ideia do quanto é bom senti-la ao redor do meu pau? — Ele perguntou enquanto empurrava dentro dela por trás, enquanto acariciava seus seios, incapaz de ter o suficiente deles. Ele nunca foi um homem de seios, mas agora era um confesso. Ela riu levemente quando moveu seu braço e colocou a


mão em sua bunda, encorajando-o a continuar. —Eu tenho uma boa ideia, pois você continua me perguntando isso. — Disse ela com um gemido abafado que o levou a lamber os lábios e empurrar mais fundo dentro dela, parando por alguns segundos para saborear a sensação de suas molhadas paredes de seda acariciando seu pênis. —Muito bom. —Ele rosnou, simplesmente porque isso precisava ser dito quando deixou um beijo na parte de trás de seu pescoço. —Foi por isso que você me acordou? —Ela perguntou, empurrando sua bunda para trás contra ele enquanto ele continuava se movendo. —Porque eu não consigo ter o suficiente de você. — Ele admitiu, entretanto não havia nenhuma maneira dele poder esconder o quanto a queria ou o quanto ela o afetava. Não importa quantas vezes ele a tomasse nesta noite e ele realmente perdeu a conta, não parecia ser suficiente. Ele a queria cada vez mais. Estava se tornando um vício estar dentro dela, um que ele nunca de bom grado se livraria. Ele já sabia que não tinha nada a ver com o fato dela ainda estar nos estágios iniciais de seu primeiro calor de acasalamento.

A

cada

lançamento,

o

aroma

de

sua

necessidade começou a desvanecer-se. Ele sabia que isso iria bater nela novamente, mais forte na próxima vez, mas estava bem para ele. Estava mais do que à altura do desafio, assegurou isso para si mesmo quando empurrou de volta


para dentro dela, amando o jeito que sentia suas curvas suaves contra seu corpo. Ele poderia felizmente transar com ela pelo resto de sua vida e desde que ela era sua companheira, ele planejava fazer isso. Sabia que deveria gastar esse tempo interrogando e finalmente conseguindo as respostas que esteve esperando por anos, mas também sabia que ela não estava pronta para lhe dizer, porque ela não confiava nele ainda. Depois de todos os anos que passaram ferrando um ao outro, seria difícil para ela confiar nele com algo que se recusou a dizer até mesmo para Mick e sim, ele questionou o grande segurança. Como Alfa era seu direito e se ele tivesse pensado por um segundo que o segurança estava mentindo para ele ou escondendo alguma coisa, também teria o direito de rasgar a garganta de Mick. Infelizmente, ou melhor, felizmente para Mick, ele não sabia nada sobre o que enviou Kara para sua Matilha. A única coisa que seu primo sabia era que ela estava em perigo e precisava de um lugar seguro para se esconder. Isso era tudo. Mick sendo Mick nunca fazia muitas perguntas, porque tudo o que ele queria era ter certeza de que a menina que apareceu em sua porta, suja, coberta da cabeça aos pés com riscos e arranhões, desnutrida e aterrorizada estava sendo cuidada. Mick perguntou a sua prima o que aconteceu, mas ela desligou-se, recusando-se a falar e Mick sendo Mick, não


fez mais perguntas. Quando Mick abordou seu pai e pediu abrigo para sua prima, esteve disposto a arriscar a expulsão da Matilha apenas para mantê-la segura. As únicas pessoas que sabiam o que realmente aconteceu eram Kara, que não estava pronta para confiar nele ainda e o pai de Drew, que ele não viu em quase sessenta anos, desde que o perseguiu para fora da cidade. Isto significava que teria que ganhar a confiança dela, se quisesse

saber

seu

segredo.

Desde

que

não

tinha

absolutamente nenhuma pista de como agir para ganhar a confiança dela, teria que ser paciente e seguir sua liderança. Como Alfa, não estava acostumado a ser paciente, mas por ela, faria o que fosse preciso, a fim de ganhar sua confiança. —Drew. — Ela gemeu seu nome quando ele deixou suas estocadas menos profundas, certificando-se de bater esse ponto bem atrás de seu clitóris da forma como ela gostava. — Sinto você absolutamente incrível porra. — Ele repetiu incapaz de evitar. —Por favor, não pare. — Implorou em um gemido quando bateu seu generoso traseiro de volta contra ele, desesperada por mais e dizendo-lhe exatamente o quanto precisava ser fodida. Pressionando um último beijo em sua nuca, ele se moveu até que a tinha em seu estômago, colocando todo seu peso em suas mãos, arqueou as costas e bateu nela, amando


os leves gemidos e grunhidos que ela fazia com cada impulso. Lambendo os lábios faminto, ele arqueou as costas ainda mais para que pudesse deslizar seu pênis mais fundo dentro dela. Com seu orgasmo sendo construído em sua espinha, suas presas saíram e seus olhos mudaram para prata. Inclinando-se, ele pressionou um beijo na parte de trás de seu pescoço antes que abrisse boca, virou a cabeça e afundou suas presas no lado do pescoço dela, observando-a enquanto suas paredes se apertavam ao redor de seu pênis e ameaçava quebrá-lo em dois enquanto ela gritava através de outro orgasmo.


—Mate-o! — Kara gritou quando ela se encolheu na grande pedra, abraçando-se enquanto balançava para frente e para trás, rezando para que Drew fosse capaz de matá-lo antes que tivesse a chance de atacá-la. Em vez de fazer como ela implorava, Drew apenas ficou lá, piscando e olhando um pouco confuso para ela e para o enorme louva-deus posicionado uns bons quinze metros longe dela, esperando o momento certo para atacá-la. Quando o inseto contraiu sua perna da frente, Kara gritou e se moveu ao máximo para trás, tentando ficar longe dele quanto a pedra permitia o que infelizmente não era distante o suficiente. Em vez de Drew mover sua bunda e matar a criatura maligna antes que pudesse matá-los, ele piscou novamente, olhou do inseto que a observava com uma terrível intensidade e em seguida de volta para ela antes de dizer. —Você é um shifter. Quando o inseto moveu sua cabecinha e a estudou, tentando decidir a melhor maneira de levá-la para baixo e comê-la, ela gritou novamente, o que mais uma vez ganhou outro olhar confuso de Drew enquanto gesticulava impotente em relação a ela.


—Mas, você é um shifter. — Disse ele, como se de alguma forma fosse fazer a diferença. —E daí? — Ela explodiu, querendo saber qual era o seu maldito ponto, mas o mais importante por qual motivo ele não estava matando o desgraçado antes que ele pudesse atacá-los. Erguendo as mãos e deixando-as cair como se ele não sabia mais o que dizer, mais uma vez ele a lembrou de algo que ela já sabia. —Você é um shifter. —Seu ponto? — Ela perguntou, querendo saber se deveria se transformar agora e tentar fazer uma corrida para longe do inseto ou procurar uma arma para se defender antes que ele fizesse o seu movimento e não havia nenhuma dúvida em sua mente que o pequeno bastardo doente estava apenas esperando o momento perfeito para atacar. —Meu

ponto

é

que

você

é

um

shifter!

Ele

impacientemente falou passando os dedos pelos cabelos e olhou para ela como se ele não conseguisse entender qual era o seu problema. —E eu ainda posso morrer por causa de um ataque! — Ela desnecessariamente salientou, porque realmente, o homem era quase trinta anos mais velho que ela e deveria saber isso. Franzindo a testa de uma maneira que ela se recusava a achar adorável, ele olhou para o pequeno bastardo sorrateiro o qual ela poderia jurar que moveu cinco centímetros mais


perto e depois de volta para ela antes de mais uma vez, apontar o óbvio. —Mas

você

é

um

shifter.

Ele

disse,

como

simplesmente não conseguisse entender qual era o problema. —Nós já passamos por isso! — Ela virou-se para ele, perguntando com que tipo de bastardo doente que estava ligada que podia ficar ali zombando dela enquanto deveria estar fazendo tudo em seu poder para matar o bastardo desonesto que tomava vantagem de sua distração e chegava outro centímetro mais perto. —É apenas um inseto. — Disse ele, apontando para o bastardo vicioso que ficou mais uma vez olhando para ela de uma forma que lhe dizia exatamente o que tinha em mente. Ele iria matá-la e usar seu corpo para alimentar sua família! —Drew! — Ela chorou quando o bastardo vicioso com a intenção de matá-la chegou ainda mais perto. Ele esfregou as mãos pelo seu rosto e ela jurou que ouviu uma risada abafada que estaria o fazendo ter seu traseiro chutado mais tarde, mas agora ela tinha problemas maiores para lidar. O feroz inseto chegou ainda mais perto e estava olhando para ela, tentando decidir por onde começar. —Por favor! — Ela implorou, odiando o fato de estar deixando-o ter o conhecimento de sua maior fraqueza, mas realmente, qual escolha tinha quando o pequeno bastardo, na verdade, teve a audácia de passar por cima de seu pé


descalço? —Ele não vai te machucar. — Ele disse com um encolher de ombros como se isso de alguma forma fosse capaz de convencê-la de que ela estava exagerando. Ela não estava exagerando! —Você não sabe disso! Ele olhou para o inseto, que agora estava olhando ao redor da floresta, parecendo enganosamente entediado, tentando atraí-la para uma falsa sensação de segurança para que pudesse sair da grande rocha e chegar mais perto, fazendo-a uma presa fácil. Isso não aconteceria. De jeito nenhum. Suspirando pesado de uma forma que ela realmente não gostava, Drew se aproximou do grande inseto, inclinou-se, o pegou e afastou-se, fazendo seu coração bater rapidamente com medo, porque o inseto tinha agora uma nova vítima. Ela começou a se mover para que pudesse descer e salvar o filho da puta idiota, mas ele tomou sua decisão. Drew era um homem adulto e se queria arriscar sua vida e corpo para fazer seu ponto então, este era seu direito. Assim, enquanto ele caminhava trinta metros de distância, com mais um daqueles pesados suspiros, movendo o perigoso inseto com um galho de árvore e voltava, ela decidiu olhar feio para o bastardo quando ela saiu correndo da pedra e correu para a barraca onde suas roupas estavam e....


Gritou histericamente quando uma grande aranha escolheu aquele momento para rastejar para fora da barraca e anunciar sua presença. Em poucos segundos ela se virou e correu de volta para a pedra, tropeçando em seus pés algumas vezes antes de finalmente chegar a segurança, apenas quando Drew voltou olhando para ela e para a aranha e em seguida de volta para ela. Suspirando pesado, ele murmurou. —Eu definitivamente desisto. — E foi até a pedra, agarrou-a e jogou-a sobre o ombro. Normalmente ela teria reclamado e pedido para ser colocada de volta no chão, mas Drew era alto o que significava que os insetos demorariam um bom tempo até chegar a ela. Isso estava bom para ela, mais do que bom.

—Mova-se! — Sua bela companheira rosnou para Ryan, o pobre coitado mudo, que cometeu o erro de entrar em seu caminho. Ryan, que enlouquecia quando via uma mulher irritada, saltou pressionando-se contra a parede do clube, tendo a


maldita certeza que não fizesse nenhum movimento brusco para não atrair a atenção de Kara. Drew, como um bobo apaixonado simplesmente riu quando seguiu sua extremamente irritada companheira, que estava disposta a matar qualquer um que ficasse entre ela e um demorado banho quente para lavar o — cheiro do mal — como ela se referiu à sujeira e o sentimento assustador do ataque do inseto. Quando Ryan se moveu para longe da parede com um suspiro e cometeu o erro de ficar entre Drew e Kara, Drew simplesmente agarrou seu Beta pela parte de trás do pescoço e jogou-o por todo o clube. —Ai! Seu filho da puta! — Ryan explodiu quando ia se levantar apenas para cair de volta no chão com um gemido. Suspirando de prazer, agora que tinha uma visão desobstruída de sua companheira andando rapidamente para cima vestindo apenas sua camisa, ele seguiu atrás dela. Qualquer um que tentasse chamar sua atenção rapidamente percebeu que ele não estava interessado em qualquer coisa que não fosse sua companheira. Uma vez que receberam a mensagem, ele rapidamente subiu a escada seguindo Kara para sua cobertura para assim seguir a trilha de roupas espalhadas pelo chão no caminho para seu banheiro. Quando

seguiu

os

sons

do

chuveiro

e

Kara

resmungando sobre insetos serem antinaturais, ele tirou suas próprias roupas e jogou-as de lado. Até o momento que chegou ao banheiro, estava nu, duro como uma rocha e


mais do que ansioso para ajudar sua companheira a lavar as más recordações de seu encontro com os insetos. Um shifter com medo de insetos, ele pensou rindo, porque nunca pensou que veria o dia em que um lobisomem estivesse aterrorizado com alguns insetos. O que deixava pior era que Kara era um Alfa e tinha a capacidade de se transformar sempre que quisesse e poderia facilmente ter destruído os insetos, mas aparentemente, Kara não estava disposta a arriscar um ataque de qualquer forma. Em seu caminho para o chuveiro, onde Kara estava esfregando cada centímetro de sua pele nua, ele fechou a porta de vidro atrás dele. Lambendo os lábios em antecipação se aproximou de Kara, que mal registrou sua presença e caiu de joelhos na frente dela. Quando enterrou a cabeça entre suas pernas e correu a ponta de sua língua através de sua fenda, ela deixou cair a barra de sabão com a qual estava esfregando rudemente seu corpo, agarrou seus ombros e gemeu. Sim, ele definitivamente poderia se acostumar a ter uma companheira, pensou quando passou a língua sobre seu clitóris, ganhando outro gemido de prazer que iria levá-la à parede em questão de segundos e a foderia forte enquanto fazia o seu melhor para ajudá-la a esquecer de tudo sobre os bichos rastejantes e lembrar o quão bom ele foi naquela barraca antes que a aranha tivesse aparecido. Provavelmente foi o melhor não mencionar que viu a


aranha na barraca na noite anterior, enquanto ela estava montando-o. —Drew. — Ela gemeu, abrindo as pernas para lhe dar melhor acesso. Sim, definitivamente não era algo que ele deveria mencionar, decidiu quando se levantou e a agarrou pelos ombros virando-a e a inclinou contra a parede. Ele apenas iria arruinar seu humor e deus sabia que não queria fazer isso.


Três semanas depois…

—Devemos chamar o Dr. Phil para ajudá-la a superar o trauma de modo que você possa se transformar esta noite? — Perguntou Drew, parecendo preocupado quando estendeu o telefone para ela. —Eu não quero que você tenha que viver com medo. — O bastardo acrescentou com um leve beicinho que a tinha estreitando os olhos para grande bastardo, mesmo quando foi forçada a segurar um sorriso. —Não me faça te machucar. — Disse com um sorriso maroto quando tirou a blusa e jogou para ele, fazendo-o rir enquanto o resto da Matilha os assistia, não parecendo particularmente felizes de ver seu Alfa tão envolvido por sua companheira, especialmente por quem era ela. A maneira como eles sempre a trataram e agiram ao redor dela sempre a fez se perguntar se eles sabiam alguma coisa, mas isso não era possível, porque se soubessem a verdade, então não haveria nenhuma maneira de estarem no mesmo lugar que ela. Eles definitivamente teriam exigido que ela fosse expulsa de Boston e se o Alfa recusasse, iriam deixar a Matilha e se juntariam a outra. Não que ela teria os culpados por isso. Afinal de


contas, foi o que sua própria Matilha fez. Então, por que esperaria algo diferente de uma Matilha rival? Ela não tinha muita esperança, mas, novamente, não teve qualquer escolha real no assunto. Recusando-se a pensar sobre o passado e como facilmente isso poderia destruir seu futuro, ela deslizou para fora da calça jeans, jogou-a em seu companheiro e riu quando ele rosnou, permitindo que seus belos olhos azuis mudassem para prata enquanto pegava a alça do sutiã. Segundos depois, estava nua e pronta para se transformar junto com o resto da Matilha que ainda mantinham distância dela, mas agora faziam isso de uma maneira que não iria levá-los a ter suas gargantas arrancadas. —Transformem-se. — Ele ordenou a sua Matilha, sua voz caindo várias oitavas e se tornando mais animalesca, enquanto a observava. Jogando um último olhar cansado, a Matilha correu para a floresta juntos e começaram a se transformar enquanto ela esperava seu companheiro tirar seus jeans e se transformar. Quando ele levantou uma sobrancelha em claro desafio, ela riu, sorrindo mais livremente nos dias de hoje, virou-se e correu para a floresta escura, passando pela matilha se transformando em feras, tentando usar seus cheiros para cobrir o seu enquanto se dirigia para o lugar onde conseguiria despistá-lo. O uivo que ecoou por toda a floresta a fez rir. Oh, ela totalmente iria ganhar, disse a si mesma, imaginando sua


recompensa no dia seguinte de manhã, quando entrasse no acampamento, subisse em sua nova barraca, deitando com as pernas bem abertas e esperando por seu companheiro recompensá-la por ser mais inteligente que ele. Seria tão fácil, pensou presunçosamente. Ela correu para sua caverna e sim, ela tinha muitos lugares secretos nesta floresta. Quando era um forasteiro se juntando a uma Matilha para uma transformação sem esperar por um convite, tornava-se necessário ser discreta. Enquanto estava em sua caverna, desfrutando de todos os confortos de casa, Drew estaria ocupado guardando sua Matilha, certificando-se de que não houvesse humanos ao redor, de que ninguém estivesse tentando conseguir uma revanche durante uma transformação, e que as fêmeas estavam sendo tratadas com respeito. Um trabalho importante e que Drew levava muito a sério, o que, infelizmente para ele, significava que ela estava prestes a ganhar sua aposta. Ela apostou que ele nunca a encontraria esta noite e ele disse que, não apenas a encontraria, mas que a foderia antes da meia noite. Essas eram grandes palavras para um homem que, basicamente, teria que ser babá de uma Matilha de lobisomens pelas próximas dez horas. Ela estava determinada. Também

estava

prestes

a

entrar

em

hipotermia,

percebeu enquanto corria descalça pela lama fria, que era mais água gelada do que neve neste ponto. Isso era bom


porque tornaria mais difícil para Drew encontrá-la. Sem pegadas e seu cheiro coberto pela aquosa bagunça congelada praticamente garantia que ela venceria. Sorrindo mais do que fez em anos, ignorou a mordida fria da lama e continuou correndo. Enquanto corria para o que prometia ser uma noite muito relaxante, ela não pode evitar se perguntar se lembrou de levar um saco de dormir extra da última vez que usou a caverna. Ela tinha vários é claro, em seus diferentes esconderijos. Bem, esconderijos podia não ser a palavra certa, já que poderia indicar que ela se escondia porque estava com medo. Não estava. Mas ainda não significava que queria passar três noites por mês tendo que lutar contra algum Shifter imbecil que queria ter um pouco de diversão torturando a banida. Em mais de uma ocasião, ela foi forçada a lidar com grupos de pequenos shifter tentando ensinar-lhe uma lição e se divertir um pouco às custas dela. Ela nunca os deixou ganhar, não importava o quanto eles a machucassem, se recusava a permitir que a humilhassem e a colocassem para baixo, a fazendo parecer fraca. Isso era uma coisa que nunca iria permitir que ninguém fizesse com ela novamente. Fazê-la parecer fraca. Ela não era fraca. Ela não era.


Ela também não era tola. Assim, quando se tornou óbvio que as Matilhas de Boston não tinham qualquer originalidade em entreter-se, ela decidiu apenas poupar um pouco de tempo e problema e encontrar alguns bons esconderijos onde poderia ler comédias românticas, se entupir de comida ruim e fingir que ficou acordada a noite toda porque amava parecer exausta no dia seguinte. Porque realmente não havia nada mais divertido do que tentar ficar acordada durante setenta e duas horas seguidas, assim ela não acordaria coberta de hematomas, sangrando e se perguntando onde estava, porque arrastaram seu corpo uma centena de milhas de distância depois de terem zombado e batido muito nela. O que a lembrou, ainda havia algumas cadelas nesta Matilha com as quais ela precisaria lidar, mas faria isso depois, porque agora precisava de... —Olá,

Kara.

A

enganosamente

bela

mulher

bloqueando seu caminho, disse com aquele sorriso gelado que ela nunca iria esquecer, enquanto ela vivesse. —Você não está feliz em me ver? — Perguntou ela com aquele sorriso se tornando mais frio do que a lama sob os pés de Kara no segundo em que chegou a um impasse e ao mesmo tempo em que percebeu que estava ali por muito tempo. —Não, vovó. Eu não estou.


Esta era a última coisa que ele precisava esta noite pensou

quando

ele

saltou

entre

os

dois

shifters

desconhecidos e os membros da sua Matilha que foram atacados. Ele rosnou quando se transformou, enviando a mensagem de que estavam lidando com o Alfa e que, se fizessem um movimento errado iria rasgar suas fodidas gargantas. Antes que ele terminasse a transformação, os dois grandes lobisomens se separaram então... —Kara? — Ele perguntou piscando, afastando sua confusão,

enquanto

observava

Kara,

enrolada

em

um

cobertor, descalça e parecendo mais pálida do que ele viu antes, sendo levada em direção a ele por um grupo de vinte grandes lobos vermelhos e uma incrivelmente bela mulher usando um dos mais frios sorrisos que ele já teve o desprazer de ver. —Boa noite, Drew. — A mulher que ele imediatamente apelidou de cadela de gelo disse quando parou dez metros de distância, juntamente com o resto de sua Matilha. E sua companheira. —Que diabos está acontecendo aqui? — Perguntou à cadela de gelo, mas seu foco era sua companheira, que não conseguia encontrar seu olhar quando a primeira lágrima escorreu pelo seu rosto, deixando-o saber exatamente o


quanto estava ferida. Isso era tudo o que ele precisava saber. Mantendo o olhar fixo na cadela de gelo, ele caminhou casualmente para sua companheira, segurou a parte de trás do seu pescoço e com um leve puxão, levou-a para ele, dando a cadela de gelo o único aviso do que teria se ela tentasse tocar o que era seu, mas para sua imensa surpresa, seu sorriso simplesmente tornou-se ainda mais frio ao vê-lo colocar sua companheira ferida atrás dele. Ele não tinha certeza do que estava acontecendo, mas honestamente nunca a viu assim antes. Ela estava pálida, chorando e tremendo, os sinais de que sua companheira iria acabar matando alguém. O que normalmente teria feito suas bolas retraírem, mas algo lhe dizia que sua pequena companheira daria qualquer coisa no mundo para colocar as mãos ao redor da garganta da cadela de gelo.


Não. Diga. Uma. Fodida. Palavra, ela interiormente gritou para si mesma enquanto aquele velho e familiar gosto amargo subia pela sua garganta e ameaçava destruir o que muito provavelmente era o último fio de controle que ela tinha. —Dê o fora das minhas terras. —Drew ordenou, ignorando a besteira educada e indo direto ao ponto, que, claro, era uma das coisas que ela realmente gostava sobre ele. Ele não fazia jogos quando se tratava da segurança de sua Matilha, ele faria o que fosse necessário para mantê-los seguros. Não que ela se sentisse confortada por esse fato agora, considerando que suas obrigações para com sua Matilha provavelmente acabariam por causar sua ruína. Ela fechou os olhos em resignação. Ela realmente não queria voltar para sua Matilha, ao seu modo de vida, a uma vida onde ela era forçada a lutar por cada pequena coisa e se ela perdesse, apenas deus poderia ajudá-la, porque ninguém mais o faria. Recusando-se a soltar mais uma lágrima, especialmente na frente deles, ela respirou fundo, usou as costas de suas mãos para limpar rapidamente suas bochechas molhadas


antes de tomar outro fôlego, abrindo os olhos, olhou para frente como se nada e ninguém importasse para ela. Ela levou os primeiros cinco anos de sua vida para aperfeiçoar esta atitude — eu não dou a mínima — e foi algo que sempre a manteve segura, não importava o que fizessem com ela. Pelos aromas agressivos que os machos atrás de sua avó estavam liberando, ela sabia que a vingança era uma cadela melhor servida fria e se eles tivessem sua chance, iriam empurrá-la para baixo em sua garganta. Ela respirou fundo, sacudiu-o e disse a si mesma que não importava. Ela lidaria com qualquer coisa que fizessem com ela como nos velhos tempos, esperaria até que achassem que destruíram sua vontade de viver novamente e quando finalmente

abaixassem

a

guarda,

ela

iria

fazer

seu

movimento. Apenas que desta vez ela não poderia ir correndo para Boston, não agora que eles sabiam que tudo o que significava algo para ela estava ali. Drew. Deus, ela sentia vontade de chorar, mas não faria isso novamente. Já cometeu o erro de deixar sua avó vê-la chorar uma vez e não cometeria esse erro novamente. Fez sua avó muito feliz e isso era a única coisa na vida que ela se recusava a fazer. —Infelizmente, eu não posso fazer isso sem minha propriedade. — Disse sua avó naquele tom mordaz, usando o apelido que gostava de usar para Kara. Antes que Kara


pudesse impedir, se encolheu com a maldade do golpe. Ela odiava quando sua avó era capaz de conseguir uma reação dela, principalmente porque isso significava que deu a sua avó algo para sorrir. —Não temos a sua propriedade. — Ela ouviu vagamente Drew dizer, mas era difícil fazer qualquer coisa sobre o bater do seu coração e suas respirações superficiais. —Oh, mas eu tenho certeza que você tem. — Disse sua avó com um suspiro nítido como se isso doesse quando provavelmente

estava

animada

com

a

perspectiva

de

finalmente conseguir por suas mãos em Kara uma última vez. Os ombros de Drew endureceram quando ele enfrentou sua avó e falou. —Sai da minha floresta antes que eu corte sua garganta. —Não sem minha cadela. — Disse sua avó, marcando outro ponto enquanto Kara ficava ali, rezando para que isso fosse um sonho, mais como um pesadelo, mas um sonho, no entanto. Drew riu sem humor enquanto chegava para trás e gentilmente empurrava Kara a distância. —Comece a correr. —Ele ordenou, sua voz mais animal do que humano no momento em que ele começou a se transformar e, tanto quanto gostaria de finalmente ver sua avó conseguir o que ela merecia, não podia suportar a ideia de Drew se machucar.


Quando ela deu a volta em Drew com as pernas trêmulas, percebeu algo engraçado, ela realmente amava o filho da puta. É claro que iria perceber que amava o bastardo irritante logo agora que estava prestes a morrer.

Mal resistindo à vontade de revirar os olhos, ele estendeu uma grande mão em garras e enrolou-a ao redor da cintura de sua companheira teimosa e a puxou contra o seu grande corpo, soltando um grunhido para aqueles ao redor dele em aviso, e também para a pequena dor na bunda, porque se ela sequer movesse um dedo do pé, em seguida, ele iria... —Você a marcou. — Disse a cadela de gelo em um tom que, literalmente deu-lhe arrepios na espinha. Definitivamente não havia nenhuma dúvida de que essa mulher era uma Alfa. Então, ele se perguntou, como no mundo Kara escondeu seu status tão bem e por tanto tempo sem qualquer um deles descobrir? Era apenas mais uma coisa que eles precisavam discutir, mas mais tarde, muito


mais tarde, agora precisava ter certeza de que todos soubessem sua posição. Basicamente, ele estava totalmente preparado para matar até o último deles se tentassem tocá-la. Então novamente, ele estava de verdade considerando arrancar o braço da cadela de gelo e bater nela com ele, se ela se referisse a Kara como sua cadela novamente. Isso claro, trouxe outra questão interessante, mas mais uma vez, era algo que teria que esperar até mais tarde. Mantendo o braço travado ao redor de sua companheira, Drew se transformou em humano, certificando-se de manter os olhos prateados e suas presas afiadas como um lembrete de com quem eles estavam ferrando ali. —Saia.

distraidamente

Ele cheirou

rosnou o

quando

pescoço

se

inclinou

perfumado

de

e

Kara

notando a raiva, mas havia também medo, tanto medo que o fez rosnar violentamente, não gostando que uma cadela qualquer que não tinha nada em suas terras pudesse assustar sua companheira assim. Ele não gostava nenhum pouco. —Não sem ela. — A cadela de gelo disse friamente, sem olhar para Kara, como se ela fosse indigna de ser notada. —Ela não vai a lugar nenhum. — Disse ele, mantendo os olhos focados sobre a cadela de gelo. Um movimento errado e ele iria rasgar sua garganta. Sua Matilha provavelmente iria atacar, tentar protegê-la,


porque contavam com ela para sua sobrevivência, mas isto não o incomodava. Ele iria rasgá-los também e sabiam disso. Ele mataria mais da metade deles antes de caçar a outra metade, enquanto sua Matilha ajudasse a matar os feridos. No momento que ele se juntasse ao resto da Matilha, teria certeza que qualquer um que sobrevivesse sempre se lembraria do que aconteceu quando tentaram se colocar entre ele e sua companheira. Seria um mal necessário para manter Kara, sua Matilha e todos os filhos que pudessem existir a salvo de retaliação futura. Também não doía que ele provavelmente colocaria um sorriso em seu rosto durante meses apenas pensando sobre o quão divertido foi despedaçála. —Ela é minha. — A cadela de gelo rosnou, dando um passo ameaçador em direção a ele e ganhando grunhidos de advertência do resto de sua Matilha. Não porque se preocupavam com Kara, mas porque se não o apoiassem, seguissem suas ordens e ajudassem a proteger o que era seu, ele iria matá-los ou deixá-los por conta própria. Para um shifter normal, poderia significar a morte, escravidão ou algo pior, muito pior. —Eu sou dele. —Kara disse, o deixando surpreso e aparentemente, irritando a cadela de gelo ainda mais. —Ninguém lhe deu permissão para falar, vira lata. — Ela rosnou, usando o nome depreciativo para um Alfa sem Matilha, o irritando, mas também o deixando saber que a


mulher sabia exatamente o que Kara era, o que deixava a pergunta, por que ela estava ali por ela agora? —Ela não precisa de permissão para falar em suas próprias terras, cadela. — Disse Drew, lembrando a cadela de gelo que eles estavam em suas terras, sem permissão e ele estava dentro de seus direitos de matar cada um deles sem ter que se preocupar sobre a retaliação de outras Matilhas ou os Sentinelas que os exterminava por romper suas leis. Não que ele permitisse aos Sentinelas ditar sua vida e da Matilha, porque ele não o fazia, mas se ele eliminasse uma Matilha da face da terra, sem um motivo muito bom, logo iriam enxergar a ele e sua Matilha como um perigo para os humanos e matá-los um por um. —Estas não são terras dela. — Disse a cadela de gelo, nivelando o olhar frio sobre ele. Inclinando-se, ele entrelaçou seus dedos com Kara e ergueu suas mãos, certificando-se de que a cadela de gelo pudesse ver claramente que ela era sua. —Esta marca diz o contrário. —Ela não tem permissão para acasalar. — A cadela de gelo explodiu, perdendo um pouco da compostura fria a cada segundo. —Ela não precisa. — Ressaltou ele, levando a mão fria e trêmula de Kara aos lábios para que ele pudesse pressionar um beijo contra o dorso da mão, para confortá-la e também para irritar a cadela de gelo ainda mais, na esperança de


que fizesse algo incrivelmente estúpido e por isso ter uma desculpa para arrancar sua cabeça. —Oh, sim, ela precisa. — A cadela de gelo disse quando finalmente olhou para Kara. —Por que exatamente? — Ele perguntou, mas em vez de lhe responder a cadela de gelo simplesmente sorriu enquanto a mulher tremendo em seus braços sussurrava. —Porque eu sou uma impura. — Tomando-o de surpresa e destruindo todo seu mundo, com cinco palavras simples.


—Ela não tem lugar no nosso mundo. — Sua avó apontou enquanto ficava ali, de pé nos braços de Drew se perguntando quando ele iria começar a respirar novamente. Quando ele continuou parado ali, Kara respirou fundo, rezando para ele provar seu erro, mas quando caminhou para sair de seu abraço ele apenas deixou cair os braços ao lado do corpo. Ele nem sequer tentou impedi-la ou pegou o cobertor enrolado em seu corpo para mantê-la com ele. Ele simplesmente a deixou ir, porque sabia a verdade e finalmente foi suficiente para destruir esta nuvem de sonho em que ela esteve andando nas últimas semanas. Podia sentir os olhares de repulsa seguindo-a enquanto ela se forçava a dar um passo e depois outro, parando apenas brevemente para dar a ele uma última chance de dizer a sua Matilha e sua avó cadela que ele não se importava. Mas, ele não disse nada e ela não fingiu não entender. Andou até sua avó, que estava ali para que pudesse matá-la por vingança ou tentar puxá-la de volta para a vida de um escravo da Matilha. Nenhum dos dois estava acontecendo, pelo menos não sem uma luta, porque agora ela tinha uma escolha graças à marca em seu pulso. Estreitando seus olhos em sua avó, ela continuou segurando o cobertor enrolado em seu corpo com uma das


mãos para que pudesse mostrar a marca, certificando-se que não houvesse dúvidas sobre o que era e o que significava. —De acordo com isso, eu não sou mais sua, se ele tinha sua permissão ou não, fui libertada. — Disse ela com firmeza, incapaz de evitar a maneira como sua voz tremia. —Então agora, eu sou intocável e ambos sabemos, por isso. — Ela disse, indo direto para o rosto de sua avó e dizendo a única coisa que sonhou em dizer desde que era uma menina, com fome, sangrando e com medo de que se fechasse os olhos nunca seria capaz de abri-los novamente. —Foda-se você. Quando os olhos de sua avó brilharam prateados, ela fez questão de piscar o seu próprio, lembrando sua avó que ela não era apenas livre, mas que ela era seu próprio mestre. Ela era uma Alfa e sua avó a teria matado assim que nasceu se soubesse. Houve um pequeno suspiro de surpresa da puta velha, mas isso era tudo o que ela ouviu, porque acabou. Não iria ficar ali por uma surra, outro ataque de humilhação para entreter a Matilha de sua avó ou deixar Drew saber o quanto sua rejeição a feriu. Quando sua avó rosnou e estendeu a mão para agarrála pelo pescoço, usando um movimento antigo que ela costumava amar tanto quando Kara era uma criança, Kara pegou sua mão, apertou-a até que ela ouviu ossos quebrando e em seguida, continuou mesmo depois que sua avó soltou um grito de dor. A cadela mal caiu de joelhos quando o sangue começou a escorrer de sua mão e sua Matilha


começou a rosnar para ela. Kara ainda manteve seu domínio sobre a mão mutilada, recusando-se a soltar, incapaz de deixá-la

ir

enquanto

imagens

de

sua

infância

a

bombardearam, quase a levando ao chão, lembranças de dor, tanta dor. Foi apenas a lembrança de que Drew estava parado ali, observando-a ficar louca que a fez soltar a mão da sua avó. Sem uma palavra, ela passou por sua avó, quase desafiandoa a tentar fazer alguma coisa para que tivesse a desculpa que precisava para rasgar sua garganta e continuou andando até que passou por todos os lobisomens rosnando, desesperados para despedaçá-la por sua Alfa. Ela não se importou. Deixe-os fazer o seu melhor, ela decidiu enquanto continuava andando através da floresta escura, não tendo absolutamente nenhuma ideia de onde estava indo e não realmente

se

importando,

porque

depois

desta

noite

realmente não importava, verdade? Não desde que sua avó provavelmente rasgaria sua garganta antes do amanhecer.


—Drew? Drew! — Ouviu seu nome ser gritado, mas não ouvia nada além de um eco distante enquanto ficava ali, olhando para a frente e sem realmente ver os restos do massacre que começou na noite passada. —Pelo amor de deus, Drew, a faça parar de ir para as minhas bolas! — Ryan gritou um pouco histericamente, mas não conseguia se concentrar em nada, não sobre o cheiro esmagador de sangue, o cheiro de medula óssea quebrada ou o cheiro de vômito, sujeira e morte. Tudo em que podia pensar era no que Kara disse. Impura. Ela era uma impura. Algo que ele nunca teria imaginado, nem se tivesse vivido um milhão de anos e algo que ele nunca iria esquecer, porque isso significava... Seus olhos ficaram prateados quando suas presas ameaçaram cortar através de sua mandíbula apertada. Ele tentou não pensar sobre o que significava, mas não podia impedir sua memória de voltar no dia em que conheceu a pequena dor na bunda. Ela estava irritada, mal alimentada... danificada. Ele sempre assumiu que seus pais foram assassinados e sua Matilha não quis manter a menina mimada, com a boca dura e inteligente, mas deus, como estava errado.


—Meu deus! Que diabos está errado com você? Ouch! — O suspiro de dor de Kara conseguiu romper o choque que o paralisou desde que ele ouviu as palavras que mudaram seu mundo. Com um rosnado vicioso, ele virou a cabeça na direção da pequena luta acontecendo a vinte metros de distância em um dos únicos pontos que não estava coberto de sangue e entranhas. Seus olhos se estreitaram sobre os homens que tocavam sua companheira, tentando imobilizá-la no chão e sentiu o mesmo nível de raiva que o rasgou na noite passada e o fez partir a cadela de gelo ao meio por tudo o que ela fez com Kara. Ela morreu muito cedo. Ele estava cheio de raiva, tanta raiva que quando a Matilha da cadela de gelo se voltou para ele, ele congratulouse com seus esforços, ele matou cada um mais violentamente do que o último, com pensamentos do que eles poderiam ter feito para Kara percorrendo sua cabeça. Alguns de sua Matilha juntaram-se a ele e ajudaram, alguns deles foram feridos, mas nenhum dos seus morreu, simplesmente porque a maioria deles se afastou. A partir de cinco horas atrás, ele tornou-se oficialmente o mais poderoso Alfa da menor Matilha em Boston. Isso significava que ele fodeu e que mais iriam sair, mas não dava a mínima porque a sua primeira responsabilidade não era com sua Matilha que drenava cada fodido centímetro de


energia que ele tinha, mas sua companheira, que o irritava para caralho e exigia — Especial Drew— todas as noite. Ela era a razão pela qual ele foi colocado nesta terra e agora, ela estava sendo tocada por outros machos... Sem aviso, ele atacou os homens que tocavam sua companheira, sem se importar com quem eles eram ou que estivessem tentando impedi-la de deixá-lo. A única coisa que ele queria era tirar suas mãos dela. Ouviu um grunhido e um. —Oh, que porra! — Antes de todas as mãos que a agarraram sumirem de repente e ele a tinha em seus braços. Ela estava com frio, tremendo e sangrando e se ele não saísse dali antes que pudesse se conter, provavelmente iria matar o que restou de sua Matilha por tocá-la. Sabendo que não poderia matá-los, não se ele quisesse ter qualquer ajuda em manter Kara segura, resistiu à vontade de rasgar suas gargantas. Mantendo os braços fechados ao redor dela, ele virou-se e dirigiu-se para sua SUV com a necessidade de levá-la de volta para casa, onde ele poderia limpá-la, alimentá-la e mantê-la protegida em seus braços onde ela pertencia. Sabia que era um erro, que deveria colocá-la no carro, deixar a cidade e levá-la para um lugar seguro, mas estava tão extremamente focado em levá-la para casa que não estava pensando direito. Porque o clube não era mais seguro e sabia que não teria muito tempo antes de virem por ele, outras Matilhas


alegando vingança pelo que fez com a cadela de gelo, mas que realmente apenas queriam uma desculpa para derrubá-lo e tomar o que era dele. Mestres iriam saltar sobre a chance de expulsar shifters para fora de Boston e tomar seu território. Por último, mas não menos importante, os Sentinelas, que iriam executá-lo rapidamente para colocar fim a uma guerra que poderia atrair muita atenção dos humanos. Seu clube era definitivamente o último lugar ao qual deveria levá-la, mas sabia que mais cedo ou mais tarde o encontrariam. Preferia acabar com isso agora, em vez de olhar por cima do ombro pelo resto de sua vida, perguntando quando seu momento iria chegar. Pelo menos desta maneira teria a chance de lutar, para proteger o que era dele e esperançosamente, garantir a segurança de Kara antes que outra Matilha tentasse fazer dela um exemplo, porque o pensamento dela passando por esse tipo de vida novamente era insuportável. Faria qualquer coisa para se certificar de que ela não acabasse como a cadela de outra Matilha ou escrava de algum Mestre. Faria absolutamente tudo para impedir que isso acontecesse, mesmo que significasse desistir de tudo, inclusive sua própria vida.


—Desça. — Disse Drew com um suspiro de resignação, que apenas confirmava suas suspeitas anteriores. Drew ficou louco. Não que tivesse descoberto isso sozinha, quando vários membros de sua Matilha, incluindo Mick o bastardo traidor, a caçaram, agarraram e arrastaram de volta para o local do maior massacre shifter que ela já viu. Não que ela tivesse visto muitos, exceto talvez aquela vez... Quando ela viu Drew, ainda de pé no mesmo local onde ele a deixou ir embora na noite anterior, coberto de sangue da cabeça aos pés e parecendo como se tivesse alguns problemas para solucionar, não soube o que pensar. Nesse ponto, decidiu que provavelmente seria melhor escapar de seus captores e mais uma vez ir em direção a seu futuro desconhecido, já que aparentemente Drew enlouqueceu. Seus captores, por outro lado não estavam dispostos a deixá-la ir, até que Drew, no meio de outro colapso psicótico, foi até ela. Nesse ponto ela tentou fazer sua fuga com um pouco mais de urgência, mas Drew, completamente louco, a agarrou e levou para seu carro, jogou-a dentro e começou a dirigir. Quando ela finalmente conseguiu soltar o cobertor ao redor de suas pernas e sentar-se, abriu a boca para perguntar-


lhe o que estava acontecendo, mas então com todo aquele sangue que o cobria da cabeça aos pés e a expressão um pouco irritada em seu rosto lembrou-lhe que talvez este não fosse o melhor momento para ter essa conversa. Ela percebeu que, desde que ele sabia a verdade, provavelmente iria levá-la tão longe de sua preciosa Boston quanto seu carro pudesse levá-los. O que não esperava realmente, depois que o viu coberto da cabeça aos pés de sangue, mas deveria ter esperado qualquer coisa, incluindo o fato de que ele definitivamente ficou louco já que a levava de volta para seu clube. Ele estava dirigindo de volta para Boston e estava determinado a levá-la com ele, se quisesse ir ou não. Se fosse honesta consigo mesma sobre isto, definitivamente não queria voltar para Boston com um homem que dilacerou uma Matilha inteira com as próprias mãos. Chame-a de louca, mas isso simplesmente não soava como um plano razoável, especialmente porque ele tinha celas no subsolo e o poder de fazer o que quisesse com ela agora que sabia a verdade. Então, tomou sua decisão, talvez fosse melhor se eles seguissem caminhos separados. Quando ela explicou isso, ele simplesmente continuou olhando para frente, parecendo não ouvir uma única palavra do que ela disse. Foi nesse momento que percebeu que se quisesse voltar a ver a luz do dia precisava testar suas habilidades de acrobacias e descobrir exatamente o quanto doía saltar de um carro em alta velocidade.


Bem, desde que ele a agarrou antes que pudesse testar completamente essa teoria, iria basear sua resposta no acidente fatal na estrada que viu brevemente antes de Drew conseguir arrastá-la de volta para o carro e trancar as portas para impedi-la de fazer outra tentativa de fuga. Isso provavelmente

teria

funcionado

se

ela

não

tivesse

imediatamente mudado sua atenção para a janela de trás. Em poucos segundos, estava mergulhando para fora da janela aberta, pronta para viver uma vida em fuga, mas, infelizmente para ela, o tamanho de sua bunda causou alguns problemas em seu plano de fuga. Drew não viu isto como um problema. Na verdade, parecia bastante satisfeito sabendo que estava presa e sem nenhuma chance de escapar, a menos que se transformasse, mas desde que poderia se machucar, realmente não queria saber o que era ser cortada em duas por vidro e metal. Então, decidiu não se transformar. Drew, por outro lado, decidiu que sua situação atual era a mais benéfica, já que isso significava que suas tentativas de fuga foram momentaneamente suspensas e sua bunda redonda lhe ofereceu um apoio de braço confortável. Quando ele puxou seu cobertor para fora do caminho para que pudesse casualmente esfregar seu traseiro nu enquanto caminhoneiros passavam buzinando sua aprovação, ela não achou divertido. Sua

diversão

acabou

quando

ela

renovou

suas

tentativas de fuga e de alguma forma conseguiu empurrar


os seios grandes livre de seu cobertor que ainda cobria aquela parte de seu corpo, que ganhou muitos comentários elogiosos e buzinadas o que por algum motivo não pareceu agradar Drew. Foi quando ele parou no acostamento, olhou para todos estacionados ali até que entenderam e partiram. Para ser honesta, quando um grande e musculoso homem completamente coberto de sangue seco, com olhos de prata e presas, rosna para tudo e todos até correrem gritando por suas vidas, não era exatamente uma surpresa ele conseguir o acostamento em menos de um minuto. Então novamente, não a surpreendeu quando a polícia estadual apareceu alguns minutos mais tarde. Desde que realmente não havia forma de explicar aos policiais armados sobre a nudez, sangue, presas e toda a coisa de rosnar, Drew tomou uma decisão de jogar seu traseiro por cima do ombro e a levou através dos bosques congelados, enquanto ela tomava sua própria decisão, uma que a teve se agarrando ao primeiro galho de árvore de tamanho decente acima dela e puxando-se para cima para a liberdade. Infelizmente para ela, a liberdade chegou a um custo para sua pele nua. Aparentemente casca de arvore congelada não era muito suave na pele humana. Agora, se tivesse se transformado como qualquer Alfa sã faria, então poderia ter fugido, sem quaisquer problemas, mas desde que tinha a parte superior pesada, seu cobertor caiu e ela agora entendia o termo — queimadura de tapete — pelo menos quanto aos


seios, agora estava presa no ramo, apertando seus braços firmemente ao redor de seus seios e de alguma forma encontrando coragem para não chorar ou murmurar alguns palavrões que provavelmente transmitiriam o que estava sentindo no momento.

—Eu não tenho o dia todo para isso, mulher. — Forçouse a dizer com firmeza quando tudo que queria fazer era escalar essa árvore, pegar sua companheira e ver o dano que ela causou naqueles belos seios que ele amava muito. —Então vá embora. —Ela disse, tentando parecer valente, tentando soar como se não estivesse a ponto de chorar, o que o deixaria satisfeito, mas após as últimas vinte e quatro horas, tinha que admitir que sua paciência estava morta e ele realmente não queria jogar mais malditos jogos. —Certo. — Disse ele com um suspiro pesado quando pulou e agarrou o ramo áspero, se levantou, pegou Kara quando ela tentou fugir, arrancou o cobertor dela e com um suspiro, porque era apenas parte do trabalho, ele se inclinou e começou a limpar cuidadosamente os cortes e abrasões com a língua.


Várias vezes precisou dizer ao seu pênis para cuidar de sua vida de merda e focar no trabalho a mão, mas a maldita coisa não queria ouvi-lo. Então, ele simplesmente ignorou e continuou a limpeza dos seios de Kara com a língua, suspirando

forte

quando

chegou

a

um

arranhão

particularmente ruim no lado de seus seios. Este negócio de companheira era realmente uma tarefa tediosa, disse a si mesmo quando se perdeu naqueles seios grandes nos quais pensou muito ao longo dos anos. Todos esses anos que perdeu, percebeu com um suspiro enquanto movia a língua sobre seu mamilo. O suspiro pesado que ela soltou não foi muito apreciado então tentou ignorar e se concentrou no outro mamilo, na esperança de que um pouco de atenção pudesse ser o suficiente para ter sua companheira focada no que estava fazendo por ela. Atender às suas necessidades e garantir que ela não morresse de uma infecção era seu trabalho, e ele com certeza faria o seu maldito trabalho não importava o quanto sua companheira não apreciasse. —De verdade? — Ela perguntou, não soando tão afetada quanto deveria estar e ganhando um olhar enquanto tomava o mamilo entre os dentes e suavemente chupava. —Nós temos que ir. — Ela gemeu, fazendo-o parar, enquanto tentava descobrir se era um gemido: Oh deus, Drew, por favor, continue chupando meus seios. Ou um: eu vou rasgar suas bolas se você não parar.


Decidido a arriscar suas bolas, ele continuou chupando seus seios, fechando os olhos de prazer enquanto fazia isto, porque eles eram muito bons contra sua boca, e o cheiro que estava saindo de sua pele era tão intoxicante que não podia pensar direito. Então novamente, o que havia para pensar quando tinha sua companheira, nua, excitada, sob ele... —Filho da puta! Torcendo sua orelha para puxar a boca longe de seus belos seios, ela engasgou com dor e imediatamente soltou sua orelha, provavelmente pensando que ele tomaria o aviso e pararia, mas havia algo fascinante no cheiro dela e ele não conseguia se concentrar em nada. Ele estendeu a mão para passar a ponta do dedo através de

sua

fenda

molhada,

lambendo

o

mamilo

como

recompensa. Enquanto deslizava seu dedo dentro dela e a encontrava encharcada ele gentilmente chupou seu mamilo mais forte, incapaz de se lembrar de ter sentido uma mulher tão molhada assim antes ou isso... Ele fez uma pausa quando um novo perfume, que ele nunca sentiu antes chegou a ele, parando-o enquanto rezava para que estivesse errado. Sua ereção de repente era uma coisa do passado, ele soltou seu mamilo devagar, muito lentamente, tentando tomar fôlego enquanto ele se sentava, mantendo os olhos focados nos seus assustados e ergueu a mão entre eles, sentindo seu estômago se contorcer com


medo. —Oh... deus... — Kara disse ao mesmo tempo em que se sentia como se tivesse acabado de ser socado, porque a última coisa que ele esperava ver quando puxou sua mão era sangue fresco revestindo seus dedos.


—Que merda você está fazendo? — Drew exigiu quando ela parou no meio de tomar um gole de água para lançar lhe um olhar que o deixou saber que precisava se acalmar ou ela iria matá-lo. Ele ignorou o olhar de aviso, como fez durante as últimas duas horas desde que descobriu o sangue, teve sua pequena crise, correu para um lago para limpar rapidamente o sangue, a fez fazer o mesmo, voltou para o carro, vestiu-se, dirigiu a cento e sessenta quilômetros por hora para a próxima farmácia, comprou duas centenas de dólares do que ele considerou como — material necessário — assustando a moça do caixa e, em seguida, a levou imediatamente a um hotel nos arredores de Boston, onde foi para o banheiro, entregou-lhe um copo e exigiu que — ela o enchesse. Assim, para resumir a forma como as coisas estavam indo até agora... Sua antiga Matilha, a que a evitou por causa de seu status, a torturou, a deixou passar fome e bateu nela, finalmente a encontrou depois de seis décadas, pegando-a de surpresa e também a forçando a contar para Drew a bela verdade sobre sua existência. Depois ela fugiu, determinada a colocar o máximo de distância que conseguisse entre ela e


Drew para que, quando a cadela mais maldosa da Terra viesse atrás dela para matá-la, torturá-la ou qualquer coisa que quisesse, Drew não estaria lá para ver sua humilhação. Depois disso, as coisas ficaram um pouco confusas, com o massacre da Matilha de sua avó e Drew perdendo a cabeça e tudo. Em seguida, houve as tentativas de fuga fracassadas, todos na estrada vendo seus seios e depois, claro, Drew teve outra crise... ou ainda era a mesma? Ela

interiormente

estremeceu

com

o

pensamento,

porque quando pensava em tudo, realmente não importava. A única coisa que importava era que Drew finalmente ficou louco. Era algo que ela esperou acontecer durante anos e algo que secretamente esperava ser a causa, mas agora que aconteceu, realmente desejava poder voltar no tempo e fazer um desejo diferente, porque esse era realmente muito assustador. —Que merda você está fazendo, Kara? — O shifter insano formalmente conhecido como Drew, exigiu mais uma vez. —Estou

bebendo

água.

Explicou

enquanto

lentamente inclinava para trás a garrafa plástica de água e tomava um gole para mostrar-lhe exatamente o que estava fazendo. —Tem certeza que você deveria estar fazendo isso? — Ele perguntou com uma careta quando olhou para aquele livro maldito que ela teria que queimar na primeira chance


que tivesse. —Sim, sim, eu tenho certeza que é perfeitamente bom beber

água.

temperamento

Disse

sob

ela,

lutando

controle,

porque

para se

manter

isso

seu

estivesse

acontecendo a qualquer outra pessoa, ela estaria rindo e brincando com Drew dizendo-lhe o quão fofo estava sendo sobre isso. Mas isto não estava acontecendo com outra pessoa. Isso estava acontecendo com ela. —Mas isso não tem nenhum valor nutricional. — Drew apontou desesperadamente enquanto procurava na parte de trás do livro por uma referência sobre água enquanto ela se sentava na cama, sim sentou-se, porque ele não queria que ela se movesse até que tivesse certeza que o sangramento parou. Ela pensou em mover o cobertor de lado para que pudesse verificar por si mesma, mas iria apenas irritar o bastardo e ganhar outro sermão sobre interferir em suas responsabilidades, algo que ele parecia levar muito a sério. Então, ela simplesmente sentou-se ali, suspirando enquanto tomava outro gole de água e observava Drew, em um pânico que nunca viu antes, andando pelo grande quarto de hotel, pesquisando os benefícios de beber água durante a gravidez. Ela poderia apontar que era senso comum precisar se manter hidratada, mas a menos que fosse um livro ou escrito por um médico, ele não iria ouvir. Também não queria


conversar agora, o que eles realmente deveriam fazer, porque de acordo com ele, precisava estar preparado. Eles tinham pelo menos seis meses antes do bebê nascer e ele estava fazendo o seu melhor para se preparar para esses seis meses e ao julgar pela pilha de livros sobre a mesa, os primeiros cinco anos de vida do seu bebê. Este definitivamente seria um tempo interessante, pensou enquanto tomava outro gole, ignorando o olhar questionador que ele continuava lançando a ela até que finalmente, ela não pode aguentar mais. —O que? — Ela retrucou, irritada com o bastardo super protetor. Ele limpou a garganta desconfortável quando olhou para longe de seu estômago, até a grande protuberância natural de seu pênis e depois de volta para seu estômago novamente. —Como sabemos se o bebê não precisa beber sangue? —

Ele

finalmente

perguntou,

parecendo

um

pouco

embaraçado por não saber o que ela precisava. Franzindo a testa, ela perguntou. —Por que você assumiu que eu preciso beber sangue como uma sanguessuga? Limpando

a

garganta

enquanto

desconfortável, admitiu em um murmúrio. —Porque você é uma impura.

ele

se

movia


Quando ela não disse nada durante um minuto inteiro, ele percebeu que poderia ter cometido um erro, o que o fez desesperadamente voltar atrás. Lindos olhos de prata se estreitaram sobre ele enquanto Kara lentamente saia da cama e caminhava em direção a ele, tomando goles lentos de sua água, o que por algum motivo desconhecido fez suas bolas se contorcerem de medo. Mantendo aqueles belos olhos fixos nele, ela disse. —Basta fazer a maldita pergunta, Drew. Bem, considerando que ele tinha tantas perguntas para fazer, era um pouco difícil limitar-se a apenas uma, mas desde que o olhar que ela estava dando a ele dizia para cortar a merda e apenas fazer a maldita pergunta que estava obviamente morrendo para fazer, fez exatamente isso. —O que é você? — Ele perguntou e talvez estivesse errado sobre essa expressão em seu rosto, porque de repente ela pareceu muito séria e.... Ah merda…


—O que eu sou? — Perguntou ela enquanto as lágrimas começavam a fluir por seu belo rosto. —O que eu sou? — Ela exigiu vazia, balançando a cabeça em descrença quando colocou os braços ao redor de si, virou-se e rastejou de volta para a cama, onde se deitou longe dele enquanto se enrolava em uma bola, fungando um pouco, apenas no caso dele não já se sentir como um idiota. Esfregando o rosto com as mãos e se sentindo um pouco mal do estômago, ele não pode evitar se perguntar o que fez de errado. Isto é, até que a pequena fingida se entregou. —V-você acha que poderia pedir algo para comer? Estou ficando com um pouco de fome. —Claro. — Disse ele lentamente enquanto estreitava os olhos de forma suspeita em sua companheira. —O que você quer? —Carne podre com um lado de vermes e um grande copo de O negativo seria realmente maravilhoso. — Ela sussurrou, adicionando outra fungada quando ele deixou cair as mãos para que pudesse olhar para ela. —Isso é sério, mulher! — Ele retrucou, sentindo-se instantaneamente como um idiota por ter gritado com a mulher carregando seu bebê, mas não conseguia evitar. Ela tinha uma maneira de empurrar todos seus botões e o fazer querer colocá-la sobre o joelho e bater na sua bela bunda... Espere.


Ele poderia bater em sua bunda enquanto ela estava grávida? Deus, esperava que sim. Ele adorava quando a tomava por trás e dava um tapa na bela bunda dela, ouvindoa gemer enquanto ela recompensava seu pênis com um aperto de sua vagina. Adorava bater nela, mas se tivesse que esperar até depois que o bebê nascesse, então ele teria apenas que aguentar. —Por que você está suspirando forte? — Ela perguntou, fazendo-o perceber que esqueceu completamente o que eles estavam falando, mas em vez de admitir isso, entrou na defensiva. —Você sabe por quê! — Ele respondeu, certificando-se de soar completamente justificado, o que mais uma vez causou uma reação desagradável ao fazê-lo se sentir como um babaca completo por levantar a voz para ela. Nem mesmo cinco meses atrás, ele teria gritado com ela, chamando-a de todos os nomes que conhecia, exceto aqueles que mesmo não dizendo a uma mulher o faria rir quando ela o xingasse de volta, mas agora, ele era uma porra de bagunça e era tudo culpa dela. —Se você quer saber o que eu sou, então é só perguntar! — Ela respondeu, na verdade parecendo um pouco malintencionada. Tendo estado ao redor de shifters grávidas o suficiente em sua Matilha ao longo dos anos, ele decidiu que poderia ser melhor para a segurança de todos, se ele colocasse um pouco de comida em seu estômago antes que tivessem essa


discussĂŁo, especialmente se quisesse manter suas bolas do lado de fora de seu corpo, onde elas pertenciam.


—Então, o que você é exatamente? — Perguntou Drew surpreendendo-a, não porque perguntou, mas porque ela fez uma aposta pessoal consigo mesma de que ele não seria capaz de parar de bombardeá-la com perguntas uma vez que a comida chegasse, mas ele a pegou de surpresa e conseguiu se segurar até depois de ter certeza de que ela estivesse bem alimentada, de banho tomado, seca e abrigada na cama confortável. Talvez ele estivesse esperando que mimá-la fosse deixála mais maleável? Provavelmente, mas ela estava cansada de jogos. Não tinha certeza se era porque confiava nele ou se estava apenas cansada de viver uma mentira. Estava tão cansada de fugir, de olhar por cima do ombro, querendo saber quando viria o dia que sua Matilha finalmente chegaria para tomar a sua propriedade de volta. Ela sempre achou que quando esse dia chegasse e sempre soube que viria, que Drew ficaria feliz em entregá-la sem pensar duas vezes. O que realmente não esperava era que ele surtaria e mataria metade da Matilha de sua avó no que poderia facilmente ter passado por uma cena de massacre em um filme de terror.


—Isso realmente importa? — Ela perguntou com um encolher de ombros descuidado, tentando fingir que não estava com medo de sua resposta. —Não

realmente.

Disse

ele,

soando

como

se

honestamente não se importasse, mas ela sabia que sim. Ele tinha que se importar. Não havia um shifter vivo, especialmente um Alfa, que não se preocupava com suas linhagens continuarem puras e poderosas. A maioria das Matilhas, como a que sua avó comandava — que a velha cadela ficasse em paz em muitos pedaços e apodrecesse pela eternidade — teria decidido interromper o acasalamento a matando para se certificar de que as linhagens não fossem arruinadas. Desde que a velha cadela fez exatamente isso com sua mãe uma vez que descobriu a verdade juntamente com a ajuda de seu pai, não era realmente tão difícil descobrir o que seu destino seria, uma vez que conseguissem levá-la para casa. Então novamente, poderia estar errada. Talvez eles planejassem deixar sua criança órfã como fizeram com ela e a tratassem como um cão indesejado, a deixando passar fome, humilhando-a e fazendo a criança servi-los em suas mãos e joelhos até que ficasse adolescente. Uma vez que os sinais da puberdade aparecessem, eles simplesmente matariam seu filho antes que ele ou ela pudesse entrar em sua imortalidade e causar problemas para eles. Como tentaram matá-la quando perceberam que estava começando com ela. Se ela não tivesse... fechou os olhos e


sentiu a dor que normalmente atravessava seu coração quando pensava no que precisou fazer naquele dia para impedi-los antes que tivessem a oportunidade de derrubá-la e mantê-la lá quando ele cruzasse a linha. —Olhe para mim, Kara. — Drew disse quando sentiu suas mãos grandes e quentes delicadamente embalarem sua mandíbula. —Eu não dou uma merda sobre o que você seja. A única coisa que me importa é que você é minha. Decidiu não prolongar isso, sabendo que ele não queria dizer isso. Sua Matilha era muito importante para ele aceitar tudo isto. Querendo acabar com isso, ela abriu os olhos e encontrou o olhar dele quando disse. —Humana. Minha mãe era humana antes de meu pai e sua Matilha a sequestrarem de sua casa uma noite. Usaramna em todos os sentidos possíveis, fizeram dela uma escrava e quando teve idade suficiente para ser de alguma utilidade para eles, a transformaram. A expressão de Drew ficou fria, mas diferente disso ele não disse uma palavra ou a interrompeu. Apenas esperou que ela terminasse de contar sobre seu passado, o qual lutou tanto tempo para esconder. —Quando minha mãe chegou a sua imortalidade, foi decidido que tinham mulheres suficientes e meu pai tomou para si a tarefa de matá-la. Mas quando ele a tocou, a sua marca de acasalamento apareceu. — Disse ela, olhando para suas mãos em seu colo enquanto se esforçava para continuar


falando. —Ele não ficou feliz em se acasalar com uma impura, uma escrava, alguém que estava ali apenas para servi-los até que se tornasse inútil. — Ela disse, não mencionando o espancamento que sua mãe sofreu nas mãos de sua avó, porque seu pai não conseguia atacar sua companheira sem sentir dor. Ela também não mencionou que eles trancaram sua mãe com correntes e jogaram-na em um porão, deixando-a ali, sem comida ou água por três semanas seguidas, obrigando-a a passar pela transformação três vezes trancada assim e pelo tempo em que ficou em liberdade, não era nada mais do que uma bagunça de soluços que estava disposta a fazer absolutamente tudo para se certificar de que nunca terminasse naquele porão novamente. —Meu pai decidiu mantê-la, porque ele queria filhos. Ele escondeu as verdadeiras origens da minha mãe e começou a forçá-la a se reproduzir. — Disse ela, forçando-se a dizer as palavras e tentando não pensar no que sua mãe foi forçada a passar por todas e cada vez que ela não conseguia dar à luz a um shifter. —Por mais de cem anos, ela lhe proporcionou criança após criança. — Ela fez uma pausa para engolir em seco. — Mas eram todas humanas. —Que merda. — Drew falou de forma áspera, já sabendo onde ela estava indo com isso, então ela não precisou se esforçar para dizer as palavras.


—Quando minha mãe finalmente conseguiu ter-me, meu pai decidiu que eu teria que servir. Ele não sentiu nenhuma força em mim então eu tive permissão para viver, só que ele não podia suportar a ideia de uma criança impura e fraca ser dele então empurrou minha mãe e eu de volta para o grupo de escravos, apenas indo até minha mãe quando precisava dela. —Que filho da puta. — Drew rosnou, sem dúvida facilmente percebendo exatamente que tipo de vida que ela teve. —Minha mãe não durou muito tempo, ela sofria de depressão e como um ser humano transformado ela já era fraca — mas não tão fraca como ficou após levar todos aqueles bebês e, em seguida, ser forçada a vê-los serem mortos na sua frente. —Quando

eu

estava

prestes

a

atingir

minha

imortalidade, meu pai decidiu que eu era muito problema para manter ao redor de modo que veio até mim. — Disse ela, esforçando-se para tomar a próxima respiração. —O que ele fez para você, Kara? — Drew exigiu. Quando ela não respondeu, porque não conseguia fazer as palavras saírem de sua boca, ele a agarrou pelos braços e apertou apenas o suficiente para chamar sua atenção enquanto dava uma leve sacudida. —Que porra ele fez com você, Kara? —Ele não fez nada. — Disse ela, respirando um pouco forte e se esforçando a levantar a cabeça olhar para Drew e


admitir. —Eu o matei antes que tivesse a chance de cortar

minha garganta.

Ele nunca quis tanto matar alguém em sua vida como agora. Queria uivar para a lua, rasgar tudo em seu caminho e causar dor, tanto quanto estava passando no momento. Nunca em um milhão de anos ele pensou que pudesse odiar tanto alguém que nunca conheceu ou até mesmo ser capaz de sentir tanta dor antes. Se ele soubesse a extensão dos danos, teria tomado seu tempo matando a cadela de gelo ao invés de rasgá-la ao meio, dando-lhe o caminho mais fácil. Ela merecia mais, muito mais pelo o que fez com Kara e sua mãe e ele deixou-a morrer fácil. Nunca se perdoaria por isso. Se soubesse o que aquela menina suja com raiva de pé no foyer do seu pai passou, teria ido atrás da porra da Matilha naquele dia, não dando a mínima por ser ainda muito jovem para assumir uma Matilha ele mesmo. Pelo menos isso explicava por que seu pai a permitiu ficar em Boston, mas se recusou a deixar que ela tivesse algo a ver com o sua Matilha. Ele queria manter a Matilha pura.


Seu pai pedaço de merda não queria correr o risco de Kara se acasalando com alguém em sua Matilha e sujar as linhagens com sangue humano. Aquele pedaço de merda, Drew pensou enquanto se sentava ali, olhando para a escuridão e vigiando sua companheira. Ele daria qualquer coisa para colocar as mãos em seu pai novamente. Aquele idiota teve a oportunidade de corrigir um erro e proteger uma criança inocente, mas em vez disso a tratou como lixo, sempre se certificando de que ela soubesse que não pertencia ali e Drew seguiu seu rastro como um idiota. Ele nunca soube a razão pela qual ela não tinha autorização para fazer parte de sua Matilha e para ser honesto, não tinha realmente se importado, porque ela sempre conseguia irritá-lo. Primeiro como uma menina que simplesmente vivia para encará-lo sempre que a via andando na rua ou quando ela relutantemente se juntava a eles nas terras da Matilha para se transformar. A pirralha o irritava a tal ponto que disse a si mesmo que não dava à mínima se ela estava bem ou sendo cuidada. Ela não foi. Desde que ela não tinha permissão para se juntar a Matilha significava que viveu o resto de sua infância sem proteção da Matilha. Esteve vivendo nas ruas e não muito bem, até que um dia um oficial de evasão escolar encontrou-a e jogou-a em um orfanato. Eles não a trataram muito bem, não tiveram certeza de que ela tivesse o suficiente para


comer, roupas boas o suficiente para mantê-la aquecida ou certificando-se que as outras crianças não brigariam com ela, o que acontecia toda a porra do dia. Na segunda vez que ele a viu andando na rua, usando aqueles malditos trapos e com outro olho roxo maldito, ele finalmente teve o suficiente. Foi atrás da Matilha de seu pai, pagou para tê-la movida para uma escola de meninas que cuidaria dela e lhe ofereceria o acesso para floresta. O mais importante, ela não foi autorizada a vaguear pelas ruas de Boston sozinha à noite e isso era tudo o que realmente importava para ele. Na época ele disse a si mesmo que apenas fez isto para que a pirralha não os entregasse, mas logo ficou óbvio que ela tinha uma influência especial sobre ele. Algo nela o intrigava, sempre o fez, mas quando ela ficou mais velha e entrou em sua imortalidade apenas piorou. Ela estava fora dos limites, uma dor na bunda e ele nunca conseguiu não manter o olho sobre ela. Sempre tinha a certeza que soubesse onde ela estava trabalhando, vivendo e

se

ela

estava

sendo

tratada

corretamente.

Aqueles

momentos em que ele descobriu que ela foi tocada, insultada e demitida por não deixar seu chefe dobrá-la sobre a mesa e transar com ela, bem, nestes momentos ele fez visitas especiais aos idiotas, certificando-se que eles não fizessem nada estúpido como dar-lhe uma referência ruim. Ele

também

bateu

em

todos

e

cada

um

deles,

certificando-se de enviá-los para o hospital, simplesmente


porque foderam por aí com um convidado em seu território. Pelo menos, era o que sempre dizia para si mesmo, mas agora que eles estavam acasalados, finalmente percebeu o quanto a amava e não podia deixar de se perguntar se houve algo mais que o fez sair de seu caminho para protegê-la mesmo quando a pirralha irritante estava ocupada fazendo da sua vida um inferno.


—O bebê poderia ser humano. — Disse ela para o quarto escuro do hotel enquanto Drew distraidamente esfregava a mão sobre a barriga — achatada — claramente satisfeito consigo mesmo por engravidá-la tão rapidamente. Às vezes, levava vários calores de acasalamento para um casal conceber e ali estavam eles, apenas no primeiro calor de acasalamento, grávidos. Deveria ter algo a ver com seu lado humano, ela percebeu enquanto esperava pelo decreto que tantos Alfas estariam estabelecendo agora. Seria o mesmo que a teria o afastando e fugindo dele, porque humano ou não, ela se recusava a deixar alguém machucar seu bebê. A maioria dos shifters recusavam-se a manter um bebê humano, porque era visto como uma fraqueza. A criança poderia ser transformada mais tarde na vida, mas nem sempre sobreviviam à transformação, razão pela qual a maioria dos shifters temia a ideia de acasalar a um humano ou um impuro. Em questão de semanas o cheiro do bebê iria deixá-los saber o destino de seu filho e se ele era humano, Drew estaria dentro de seus direitos em terminar a gravidez ou se ele fosse cruel como seu pai foi, esperaria até a criança nascer para confirmar que a criança era humana antes que a matasse.


Isto foi o que seu pai fez com todos os noventa e nove bebês nascidos antes dela. Não se passava um dia sem ela lamentar os irmãos e irmãs que perdeu por causa daquele bastardo doente. Sempre jurou que se tivesse a sorte de encontrar seu companheiro e ter um bebê, iria amá-lo e protegê-lo, não importaria o que fosse. Se Drew não quisesse isso, então ela iria levar o bebê embora e criá-lo sozinha entre os humanos. Iria matá-la deixar Drew, ela percebeu chocada com o conhecimento, mas o bebê... —Eu vou escolher o nome dela. — Disse ele, pontuando suas palavras com um beijo em seu ombro nu. Ela esperou por ele acrescentar alguma coisa, para lhe dizer que eles apenas manteriam a criança se fosse um shifter, mas ele simplesmente continuou pressionando beijos leves no ombro dela, enquanto gentilmente esfregava círculos em seu estômago. —Por que você acha que será uma menina? — Ela perguntou, ainda tentando superar o choque dele não dizer nada sobre a possibilidade do bebê ser humano. —Porque. — Disse ele, beijando seu ombro. —Espero que nosso primeiro filho me deixe louco assim como sua mãe e que melhor maneira de fazer isso do que ter uma menina mandona com tranças olhando para mim do outro lado da mesa do café a cada manhã? — Perguntou ele com uma risada que fez seus lábios se contraírem com diversão, porque ela podia realmente ver isso acontecendo.


—Você adoraria cada minuto. — Ela disse confiante, porque para ser honesta, era incrível e qualquer filho dela seria também. —Sim, iria adorar. — Disse ele beijando sua nuca enquanto a mão acariciando seu estômago foi para o norte e segurou o seio grande em sua mão, dando-lhe um aperto que a fez lamber os lábios. —Você

está

dolorida?

Perguntou

ele

quando

pressionou a grande ereção na qual ela estava começando a se viciar, contra a sua parte inferior. —Um pouco. — Ela relutantemente admitiu, porque ele estava a excitando com todos seus beijos e esfregando-se contra sua bunda, mas quando uma shifter sangrava anunciando uma gravidez doía um pouco. Quanto mais cedo no calor de acasalamento uma shifter ficasse grávida, o mais doloroso seria, porque seu corpo teria que encerrar o processo de aquecimento rapidamente para proteger o bebê. Então o sangramento acontecia, sinalizando o crescimento do tecido ao redor do útero de modo que ninguém e nada pudesse prejudicar a criança, especialmente durante uma transformação. A única coisa que poderia prejudicar a criança era um aborto enquanto a mãe estivesse em forma humana. Isto não significava que o bebê estaria sempre protegido. Muitas shifters, especialmente durante os primeiros meses de gravidez perdia o bebê, porque seus corpos não estavam acostumados com os hormônios, o que poderia causar


alguns danos em seus corpos. Se elas estivessem carregando uma criança humana, corriam um risco maior de perder o bebê. Mais de noventa por cento das primeiras gravidezes terminavam em lágrimas, razão pela qual a maioria dos shifters não fazia um grande negócio sobre a primeira gravidez. Era tratado como um ensaio de palco para futuras gestações. O corpo da fêmea iria levar a criança até onde podia e enquanto ele fazia isso, absorveria tanto dos hormônios da gravidez, como do bebê frágil quanto pudesse para que o corpo fosse preparado para proteger a criança seguinte. Se a próxima criança não sobrevivesse, então seu corpo ficaria ainda mais forte para a próxima criança depois disso. Custava muito sobreviver no seu mundo então perder um filho para uma shifter ou até mesmo perder uma dúzia não era um grande negócio. Para sua mãe, que nasceu humana, ela sentiu cada uma dessas perdas. Kara não era humana como sua mãe, mas sabia que se perdesse esta criança nunca iria sobreviver à dor. Ela queria esse bebê. Não se importava se fosse humano ou um shifter. Ela a queria e faria tudo em seu poder para mantê-la segura e se isso significasse partir e esconder-se mais uma vez... —Sobre. A. Porra. Do. Meu. Corpo. Morto. — Drew sussurrou asperamente, como se pudesse ler sua mente e


para ser honesta, realmente não havia muito que Drew não conseguisse descobrir quando se tratava dela graças ao seu acasalamento ou o fato de que, de todos neste mundo, ele provavelmente a conhecia melhor do que ninguém, o que se realmente pensasse sobre isso, era um pouco deprimente.

—Você não vai a lugar nenhum. — Disse Drew, rezando para que nunca tivesse que ver essa expressão de pânico no rosto dela novamente. Ele a conhecia bem o suficiente para saber que iria fugir se isso significasse manter sua criança segura e tanto quanto odiava admitir, ele entendia. Não apenas Kara era impura, mas ficou grávida antes de seu primeiro calor acabar, o que lhe dizia que as chances do bebê nascer humano eram muito altas. A maioria dos companheiros ficariam furiosos com a perspectiva de ter uma criança humana, especialmente um Alfa, mas ele não. Ele queria esse bebê.


Ele não se importava, desde que fosse saudável. Este era seu filho e ele não iria desistir dele por nada no mundo. Sabia que seus filhos iriam acabar como alvos para outras Matilhas e também de membros de sua própria Matilha. O medo de ser liderado por um humano um dia ou ter um de seus filhos acasalados a um impuro iria aterrorizá-los e leválos a fazer algo estúpido. Ele contrataria cada demônio e shifter sem Matilha que pudesse encontrar, que apenas se preocupava com dinheiro e faria o que fosse necessário para manter sua família segura. Sua Matilha poderia ir se foder, porque sua companheira e criança vinham primeiro. Sempre viriam. Então novamente… Ele provavelmente não tinha muito mais de uma Matilha, não depois da declaração da avó de Kara e o fato de que ele pode ter massacrado uma Matilha inteira com as próprias mãos provavelmente os fizeram fugir para outras Matilhas, procurando proteção e se eles encontrassem, bom para eles. Os que fossem rejeitados provavelmente voltariam, pedindo-lhe proteção, mas ele não iria dar, não sem ter a certeza de que soubessem exatamente o que se esperava deles, agora que tinha um filho a caminho. Deste ponto em diante, qualquer pessoa que quisesse sua proteção teria que pagar um preço. Ele os faria refazer seu juramento de lealdade a ele e entender que a proteção de

sua


companheira

e

criança

era

agora

sua

exclusiva

responsabilidade. Ele continuaria protegendo aqueles que precisavam dele, mas não seria um passeio livre. Todos as Matilhas tinham um propósito e o seu ficou mais flexível tempo atrás. Isso era culpa dele, mas iria cuidar de tudo. Iria se certificar que soubessem que a partir deste ponto tinham que ganhar o seu lugar em sua Matilha. Qualquer um que falhasse seria punido, severamente. Ele os mimou por muito tempo, mas isso terminava agora. Agora tinham um propósito, proteger seu território e proteger sua família. Era o trabalho da Matilha proteger seu Alfa e sua família e ele iria se certificar de que começassem a puxar o seu próprio peso ou iria tratá-los como um peso morto e os cortaria fora. —Você

não

vai

me

deixar,

Kara.

Ele

disse

suavemente, mas seu tom dizia a ela que iria caçá-la até os confins deste mundo se ela tentasse deixá-lo, porque neste momento não tinha certeza de que poderia viver sem ela fazendo de sua vida um inferno e não estava pronto para descobrir.


Boston, MA

—Posso perguntar por que você não deixa Kara sair de seu colo? — Ryan perguntou com uma careta quando se sentaram na sala de estar. —Não.

Drew

disse

firmemente,

enquanto

ela

continuava se contorcendo selvagem em uma tentativa de sair de seu colo, mas assim como ele fez durante os últimos dez minutos, ele a ignorou e simplesmente beijou sua nuca como se ela não tivesse ameaçado chutar suas bolas. —Umm. — Ryan disse, fazendo uma pausa para limpar a garganta enquanto gesticulava impotente em relação a ela. —Porque parece que ela quer sair. —Ela está feliz onde está. — Drew, o grande bastardo, disse condescendente e lhe afagou na cabeça. Ela nunca sequer teve a chance de dizer que fugiria para salvar o bebê e o bastardo estava punindo-a por isso! Apenas porque ele adivinhou corretamente que ela faria exatamente isso, a fim de manter seu bebê seguro não significava que ele tinha o direito de puni-la. Ela nem sequer teve a chance de cometer o crime!


Desde aquele momento no hotel ele se recusou a sair do seu lado ou melhor se recusava a deixá-la fora de sua vista ou mais do que um centímetro fora de seu alcance. Mandão, bastardo

manipulador,

ela

pensou

quando

finalmente

desistiu de tentar contorcer-se fora de seu controle, cruzou os braços sobre o peito e recostou-se contra ele, certificando-se de parecer enfaticamente desligada em sua própria forma de retaliação. Era triste, mas realmente tudo o que tinha no momento. Isso e ela estava realmente muito cansada. Assim, enquanto se sentava nos braços de seu companheiro contra sua vontade, decidiu utilizar o grande bastardo como um colchão e recuperar o atraso tirando alguns minutos de sono antes de acordar e ser obrigada a chutar a bunda dele pelo direito de

usar o banheiro sem o idiota tentar segui-la.

—Disse-lhe que ela estava feliz onde estava. — Drew disse presunçosamente, mantendo os olhos fixos no seu Beta enquanto ele recompensava sua companheira com alguns beijos contra a parte superior da cabeça, uma vez que o agradou imensamente que ela parou de se contorcer em cima dele.


Não que ele sempre quisesse dissuadi-la de se contorcer no colo dele, porque deus, ele adorava quando ela se contorcia em seu colo. Era tão bom ter sua generosa bunda esfregando-se contra seu membro necessitado, mas não quando seu Beta estava no quarto, observando-os com curiosidade demais. Normalmente ele iria mandar seu Beta se foder para que sua companheira pudesse começar a se contorcer com raiva novamente, mas, infelizmente, ele precisava saber o quão ruim o dano foi. —Quantos desertaram? — Ele perguntou, decidindo que não havia necessidade de jogar todos os jogos e decidiu chegar direto ao ponto. Ele precisava saber quantos membros da Matilha teria que proteger, mas principalmente, ele precisava saber quantos shifters tinha à sua disposição para ajudar a manter a sua companheira e criança protegida. Ryan sorriu imensamente quando ele disse. —Nenhum. Drew se acalmou. —Nenhum? — Ele repetiu novamente não tendo certeza de que ouviu corretamente. —Nenhum. — Ryan disse de volta, parecendo muito satisfeito consigo mesmo. —Como diabos isso é possível? — Perguntou Drew sabendo que não havia nenhuma maneira de que isso fosse verdade. Não apenas eles deveriam ter fugido quando


descobriram que estava acasalado com uma impura, mas ele também matou uma Matilha inteira, o que em seu mundo significava que declarou guerra a todos os aliados da cadela de gelo. E ele não tinha ideia do caralho de quem seus aliados eram, o que deveria ter enviado sua Matilha para o mais longe possível, mas por alguma razão eles ficaram. Ele não tinha certeza de que se sentiriam da mesma forma, uma vez que percebessem que a carona acabou. Se quisessem sua proteção, então iriam ganhá-la arriscando suas bundas por uma mulher que odiavam. Ryan riu. —Eles se sentem mais seguros sabendo que seu Alfa pode rasgar seus inimigos e enviá-los para o além. — Explicou seu Beta, que quase o fez apontar que a segurança de sua Matilha era a última fodida coisa em sua mente na outra noite. Mas, uma vez que trabalhou a seu favor eles acreditarem que ele iria lutar daquele jeito por causa da Matilha, ele decidiu apenas ir com isso. —Sabemos quem são seus aliados? — Perguntou ele, tomando a decisão de ir direto ao ponto, de modo a saber o que esperar. Ryan balançou a cabeça enquanto alcançava sua bebida. —Não temos certeza ainda, mas sabemos que ela não era muito popular por causa de seus métodos brutais.


O que, naturalmente significa que cada Matilha e Mestre que apoiava as velhas formas iria automaticamente vir atrás deles apenas para proteger seu modo de vida. Isso era do caralho...

—Talvez devêssemos cutucá-la? — Ryan sugeriu, o que imediatamente lhe rendeu um suspiro pesado e um tapa na parte de trás de sua cabeça. —Ai! —Pare de dizer coisas estúpidas. — Disse Drew, embora estivesse pensando a mesma coisa, não que ele fosse admitir isso. Com um olhar de indignação, Ryan apontou para Kara, que

estava

felizmente

enrolada

na

cama

de

Drew,

aconchegada a seu travesseiro favorito e fazendo sons sonolentos e felizes a cada poucos segundos. —Ela está dormindo desde a semana passada! Drew voltou seu olhar para seu Beta. —Eu. Sei. — Ele


respondeu. —Isso não é normal! —Eu sei disso também, idiota. — Ele disse firmemente, voltando sua atenção para a mulher que não abriu um olho na última semana. Ele sabia que as mulheres grávidas tendiam a precisar de mais sono, mas uma semana era ridículo! Ele tentou acordá-la, tentou falar com ela, se ofereceu para fazê-la tantos — Especiais Drew — quanto ela pudesse lidar, mas nada do que ele dizia ou fazia era o suficiente para fazê-la abrir os olhos e dizer-lhe para ir para o inferno. —O que vamos fazer? —Ryan perguntou como se isso fosse o seu problema também e não apenas de Drew, o que tinha que admitir dava-lhe um pouco de conforto. Não havia realmente muito que pudessem fazer. Eles não podiam levá-la para o

hospital, porque não era

exatamente humana. A Matilha tinha alguns médicos, mas eles nunca lidaram com um impuro antes e além disso, ele não confiava em qualquer um dos bastardos para colocar suas mãos em sua companheira. Sua Matilha podia estar ansiosa para ficar em seu lado bom agora, mas isso não mudava o fato de que havia traidores em sua Matilha esperando o momento certo para atacar e que melhor maneira de contra-atacar matando sua companheira e filho por nascer? Não, poderia estar disposto a correr o risco da Matilha


olhar a sua volta e proteger sua companheira, mas a distância. Ele não queria ninguém que pudesse se beneficiar de sua queda em qualquer lugar perto de Kara. O que o deixava com apenas uma escolha, e não era uma que ele faria de ânimo leve. —Ligue para o Complexo Sentinela e veja se eles podem nos ajudar. — Disse ele, desejando que houvesse outra maneira de fazer isso, mas não podia arriscar Kara ou seu bebê. Ryan soltou uma maldição. —Tem certeza de que deseja fazer isso? Ele sabia o que seu Beta queria dizer. Quaisquer laços com os Sentinelas poderiam ser vistos como uma traição à sua espécie. Também significava que ele deveria aos Sentinelas e sabia que não hesitariam em cobrar o favor. Não importava se fosse amanhã ou trezentos anos a partir de agora, eles nunca iriam esquecer a dívida. —Eu acho que não tenho outra escolha. — Disse ele, olhando para seu Beta. — Verdade? —Alguns de nós estamos tentando dormir! — A mulher extremamente mal-humorada em sua cama anunciou de repente com um leve rosnado vicioso de aviso que fez seu Beta recuar e Drew suspirar de alívio. —Graças a deus. —Drew sussurrou com voz rouca, percebendo algo muito importante.


Sua companheira estava muito exausta e se eles não saíssem do quarto nos próximos minutos, ela provavelmente iria para suas bolas. Decidindo que deixar sua companheira em seu sono era provavelmente o mais inteligente, ele empurrou Ryan para fora quando saiu e silenciosamente fechou a porta atrás deles. Agarrando Ryan pela parte de trás do pescoço, arrastouo para a escada. —Por que merda você está me arrastando? — Seu Beta exigiu, lutando para manter-se com ele. —Porque você é um bastardo que fala alto e minha companheira está tentando dormir! — Ele explicou enquanto continuava arrastando seu Beta atrás dele e descia a escada, decidindo que talvez fosse uma boa ideia se certificar de que sua cozinha estivesse abastecida com muitos alimentos a espera de sua companheira para quando ela finalmente acordasse. Se havia uma coisa que ele aprendeu sobre shifters grávidas ao longo dos anos, era que elas podiam ficar um pouco mal-humoradas depois de um cochilo e a única coisa que parecia acalmá-las era comida, muita comida.


—Você quer alguma coisa? — Drew, uma vez conhecido como — O Cretino — e um autocentrado homem-prostituto perguntou com um sorriso gentil quando colocou outro prato na frente dela, este empilhado com panquecas grossas. Limpando a garganta, porque ela estava honestamente com um pouco de medo de toda a atenção que ele estava dando a ela, murmurou. —Não, eu estou bem. — E continuou tomando um gole do leite de soja de chocolate, a única coisa que ela parecia ser capaz de manter agora. Seu sorriso agradável se transformou em uma careta quando ele olhou para toda a comida intocada empilhada na frente dela. —Talvez eu devesse ter feito o almoço em vez disso. — Ele murmurou para si mesmo, confirmando sua decisão com um aceno firme quando ela estendeu a mão e agarrou seu braço, implorando-lhe para não cozinhar outra coisa. Os deliciosos aromas eram demais para ela processar agora e se acrescentasse algo mais a mistura, tinha medo de acabar abraçando o vaso sanitário pelos próximos meses. — Eu não estou com fome. — Disse a ele, o que só fez sua careta se aprofundar.


—Mas você dormiu por uma semana inteira. Deve estar morrendo de fome. — Disse ele, mais para si mesmo do que para ela, o que não era exatamente reconfortante no momento, desde que tudo o que ela queria fazer era sair desta cozinha e deixar todos os aromas que lutavam por sua atenção para trás, mas o bastardo estava determinado a cuidar dela. —Eu estou bem. — Ela disse, tentando não fazer uma careta quando o aroma de bacon entrou em confronto com o cheiro de xarope de bordo e ameaçou mandá-la correndo para a lixeira da cozinha. —Você tem que comer alguma coisa. — Disse Drew, olhando adoravelmente preocupado quando ele fez um gesto impotente para todos os alimentos que fez para ela. —Eu posso ligar para a cozinha e tê-los fazendo algo para você. Quando essa última oferta realmente a fez engasgar, ele veio rapidamente com outro plano. —Certo, tudo bem, então podemos encomendar fora. Em qualquer lugar em Boston. Diga apenas o nome do lugar e nós vamos pedir a comida. — Disse ele com um suspiro de alívio, como se tivesse finalmente tropeçado em um plano que iria resolver tudo, quando na realidade... Ela mal alcançou o lixo da cozinha a tempo. —Merda! — Drew gemeu com um longo e sofrido suspiro quando se aproximou e se juntou a ela. Ele começou a esfregar suas costas. —Talvez devesse ter ficado com Jell-O ou matado um veado e o arrastado até aqui para você. —


Sugeriu ele, parecendo realmente pensativo, o que era doce, mas infelizmente para ele, o visual que ele acabou de criar deu ao seu estômago a mão amiga que precisava para terminar o trabalho. Quando ela finalmente acabou de vomitar, infelizmente levou algum tempo real, graças aos restos de alimentos na lixeira da cozinha e ao fato de Drew não parar de pensar em voz alta sobre o que iria ajudá-la a se sentir melhor, ela sentou-se contra os armários de cozinha, fechou os olhos e deixou cair sua cabeça contra os joelhos, rezando para que ela não ouvisse a palavra — comida — nunca mais.

—Dê a ela! — Drew ordenou ao seu Beta, mas ele não era estúpido o suficiente para tirar os olhos de sua companheira, novamente. Chame-o de louco, mas realmente aprendeu a lição na primeira vez em que sua companheira foi por suas bolas por causa de uma caixa de Lucky Charms e não era algo que ele iria esquecer, agora sabia que durante os seus momentos — loucos — era melhor ficar o mais longe possível da mulher


psicótica. —É a minha barra de chocolate! — Ryan respondeu de volta, mesmo enquanto continuava se escondendo no canto, abraçando o alimento em questão contra seu peito como se isso fosse de alguma forma salvá-lo ou a barra de chocolate. —Pelo amor de deus, dê-lhe a barra de chocolate, porra! — Drew explodiu sem absolutamente nenhum humor para treinar outro Beta neste momento. —Não! — Ryan, o bastardo idiota que realmente não compreendia as mulheres, disse quando freneticamente rasgou a barra de chocolate, levou-a aos lábios e.... Soltou a barra de chocolate no chão e chutou-a mais longe dele quanto podia, o que, considerando ele ser um shifter, não dizia muito. Kara simplesmente ficou parada no meio da cozinha e olhou para a barra de chocolate em ruínas, que agora estava coberta de germes, sujeira e qualquer outra coisa que conseguiram transportar em seus pés. Drew engoliu em seco enquanto tentava respirar através do pânico, mas uma vez que a viu tremer o lábio inferior, ele sabia que era uma causa perdida. Então se forçou a sentar ali e esperar, sabendo que ela iria provavelmente destruí-lo ou enviá-la em uma fúria assassina, qualquer um estava bem para ele. Ela surpreendeu-o quando não se rompeu em lágrimas imediatamente, algo que ele odiava admitir, mas que estava esperando nos últimos cinco minutos. Mas mais uma vez,


sua companheira, que ele tinha noventa e nove por cento de certeza ter ficado louca, simplesmente colocou os braços ao redor de si e com um aceno patético deixou a cozinha, liberando um pequeno soluço quando ela saiu e fazendo-o voltar toda sua raiva ao Beta ainda encolhido no canto. —Não no rosto!

Poderia um shifter morrer de tédio? Ela tinha medo de descobrir em breve se ela não saísse dali. Por duas semanas seguidas ficou presa no apartamento de Drew, deitada em sua cama, porque o homem estava com medo dela perder o bebê se levantasse um dedo. Não tinha permissão para sair da cama para ir ao banheiro sem alguém ao seu lado e se ela passasse de três minutos, o que Drew decidiu que era tudo que precisava no banheiro, ele se intrometia, mostrando as presas e pronto para matar alguém. As primeiras cinco vezes a assustaram muito. A sexta vez terminou com um frasco de xampu sendo jogado em sua cabeça e ela gritando de dor por uma boa hora e meia, porque o frasco estúpido fez contato com a cabeça grande e gorda de seu companheiro e a marca tomou como


violência. Ele não se machucou, mas isso não importava para a marca. Tudo o que importava era que estava com raiva quando ela jogou o frasco e muito feliz quando fez contato com a cabeça e boom, karma instantâneo. Ela tinha que dar crédito a Drew, porque o velho Drew teria se regozijado e levado grande alegria em sua dor, mas o novo Drew, o que ela gostava muito, amaldiçoou quando sua marca se inflamou. Ela poderia dizer que cada segundo de sua miséria era um verdadeiro inferno para ele. Ele fazia o seu melhor para que ela ficasse bem e nada menos do que cortar seu braço se fosse preciso. Uma vez que a dor diminuiu e ela conseguiu respirar sem lágrimas nos olhos, ela olhou para Drew até que ele entendeu e apareceu com um prato do — Especial Drew —e leite de soja de chocolate. Ela claro, sentiu a necessidade de olhar para ele o tempo todo enquanto comia, decidindo que a coisa toda foi sua culpa por não se abaixar quando viu o frasco voando em seu rosto. Ele era um shifter e deveria ter reagido conforme. Suspirando, ela rolou para o lado e olhou fixamente para o filme passando na televisão, com absolutamente nenhuma ideia do que estava passando e sem vontade de desperdiçar energia para pegar o controle remoto para que pudesse descobrir. Deus, ela estava tão entediada. Talvez devesse dormir novamente? Não, mesmo isso soava chato para ela.


A única coisa que tinha vontade de fazer era descer e ajudar a administrar o clube, mas o Sr. Super protetor a proibiu de colocar um único dedo em seu clube. Ela deveria manter o traseiro no andar de cima e longe do clube, onde qualquer coisa poderia acontecer com ela. Super protetor, bastardo mandão, ela pensou amarga com um gemido quando se transformou mais uma vez para se sentir confortável. Esta era sua primeira gravidez, o que seria bastante difícil, mas acrescentar o fato de que ela também era uma impura com sangue humano correndo por suas veias, não havia maneira de saber o que esperar desta gravidez. As chances dela perder o bebê eram muito mais elevadas graças ao seu status e Drew se recusava a deixá-la fazer qualquer coisa que pudesse trazer danos ao seu filho. Então, ele a mantinha trancada em seu quarto como uma prisioneira. Uma prisioneira mimada, ela retificou alguns segundos mais tarde, quando olhou ao redor do quarto para todas as coisas que exigiu e simplesmente suspirava, porque nenhuma delas trazia alegria. Ela estava tão extremamente entediada e deus sabia que quando estava entediada fazia merda realmente estúpida, o que acabaria voltando e mordendo em sua bunda e esta noite não seria exceção, decidiu quando se levantou sem gritar por ajuda, o que era uma das regras de Drew e foi para o banheiro.


—Você não pode fazer isso! —Disse Ryan com uma expressão grave quando Drew dispensou duas mulheres interessadas em compartilhar sua cama. Quando elas tentaram se sentar em sua mesa e subir em seu colo, ele orgulhosamente apontou para a aliança de casamento que começou a usar uma semana atrás e basicamente deu-lhes uma expressão que lhes dizia para se foder. Como se ele fosse querer duas mulheres fodendo em sua cama esta noite, quando ele tinha uma companheira que sabia como irritá-lo. Espere, ele não deveria pensar em ter relações sexuais com Kara agora. Tomou esta decisão esta manhã depois que assistiu a um documentário no Discovery Channel sobre as atividades que poderiam ser perigosas durante a gravidez. Não importava o quanto quisesse deslizar dentro de sua companheira e só deus sabia como ele queria, mas não iria fazer. Apenas depois que Kara desse a luz e estivesse totalmente curada. O bebê e Kara eram as duas coisas mais importantes na sua vida, então faria qualquer coisa para mantê-los seguros, mesmo que isso significasse manter seu pau, que amava Kara mais do que ele próprio, bem longe dela.


Auto celibato, pensou com um suspiro relutante, porque realmente nunca pensou que veria o dia em que ficaria feliz por não ter sexo. Não que ele estivesse realmente feliz sobre isso, mas se manter seu pênis trancado em sua calça significava manter sua companheira e seu filho vivos, então por deus, ele nunca iria deixar o bastardo ter as rédeas novamente. —Por que você parece estar prestes a ter um colapso psicótico e matar todos aqui com as mãos? — Ryan perguntou com uma careta curiosa enquanto inclinava a cabeça, e discretamente empurrava sua cadeira para trás alguns centímetros fora do alcance de Drew. Não que isso o impedisse de matá-lo se quisesse, mas tinha coragem, isto precisava admitir. Seria algo para matar o tempo, ele pensou distraidamente. Talvez o ajudaria a colocar para fora um pouco dessa tensão extra que estava sentindo. Com uma expressão pensativa no rosto, Ryan empurrou seu banco mais alguns centímetros. —Então, um, há alguma coisa que você queira falar? — Perguntou

Ryan,

limpando

a

garganta

desconfortável,

provavelmente tentando adivinhar exatamente o quanto Drew estava de saltar sobre a mesa e arrebentar seu rosto de menino bonito. —Não. — Drew disse firmemente, olhando para Ryan e contemplando as chances de envolver as mãos em volta do pescoço dele antes do bastardo conseguir saltar para fora do


caminho e correr dele. As chances eram provavelmente de meio a meio, nem sequer valia a pena tentar, ele decidiu com um suspiro entediado enquanto olhava em volta do clube lotado, notando quem estava ali, quem estava faltando e que um dos membros de sua Matilha estava passando muito tempo com os membros de outras Matilhas, como vampiros, demônios e até seres humanos. Ele sabia que a maior parte da Matilha buscava algum parceiro nesta noite, dependendo do humor que eles estava, mas Drew sabia que esta noite haveria, provavelmente, muito mais do que apenas trabalhar o excesso de energia sexual. Então ele observou e esperou pelo menor sinal que iria lhe dizer quem estava tentando foder com sua vida. Ele tinha algumas suspeitas, mas até que fizessem o seu movimento, manteria seus pensamentos para si mesmo. Até que fizessem algo para confirmar suas suspeitas ou olhassem para sua companheira do jeito errado, ele iria se sentar e assistir. —Uh oh. — Ryan resmungou, praticamente pulando fora de sua cadeira quando se levantou e cambaleou para trás fora do alcance de Drew. Ele queria perguntar o que estava errado, mas graças ao perfume irresistível que sua companheira usava, ele não precisou perguntar para saber que sua companheira o desobedeceu, colocando ela e seu bebê em risco. Quando ele se afastou da mesa, tentou se decidir entre bater em sua bela bunda ou prendê-la na cama. Ambos os


pensamentos não estavam ajudando com sua decisão de celibato auto imposto. Então, ele decidiu estrangulá-la quando se levantou, empurrou seus joelhos em direção ao bar esperando compartilhar sua cama esta noite e foi atrás dela antes que algum idiota fizesse seu movimento.

—Lembra-se de mim? — Uma voz suave e sedosa, também praticada para ser natural disse e uma grande mão pousou em seu quadril e o cheiro de colônia barata, tinta industrial

e

odor

corporal

bombardeou

seus

sentidos,

tornando-se imperativo para ela encontrar um banheiro, lixo, barril ou qualquer recipiente neste momento para ajudar a combater a reação que estava tendo ao odor corporal. —Não, desculpe-me. — Disse ela enquanto colocava a mão sobre o estômago, então virou-se e decidiu que isto realmente não era algo que ela queria fazer no meio do clube. Enquanto se dirigia para a porta traseira que levava para a escada onde poderia voltar ao apartamento de Drew, disse a si mesma que isto não era uma fuga, mas uma mudança estratégica. Iria para o andar de cima e esperava não perder seu almoço, enquanto saboreava um pouco de


refrigerante de gengibre por uma hora, enquanto ficava na posição fetal, respirando devagar para acabar com a náusea. Uma vez que tivesse certeza de que poderia sobreviver a viagem de volta para baixo, tolerar a música pesada, aromas pesados de suor, sexo, perfume, água de colônia, álcool e odor corporal, logo iria encontrar uma mesa longe de todos os seres humanos, pedir um leite de soja de chocolate, sentar e apreciar a música. O que provavelmente iria demorar mais do que apenas alguns minutos, pois apenas a ideia de voltar para baixo para uma segunda rodada do odor de corpos estava lhe dando uma dor de cabeça. Estava parecendo que teria que evitar descer para o clube, enquanto estivesse grávida. Com esse pensamento realmente deprimente em mente, ela dobrou seus esforços para escapar dos cheiros de sujeira, mais perfumes de corpos e aceitou seu destino de passar os próximos meses no sofá, assistindo televisão e esta seria sua horrível realidade. —Ei, espere! — O homem que aparentemente não aceitava uma rejeição tão facilmente, disse quando a alcançou e colocou seu braço ao redor dela. —Qual é a pressa? —Mãe Natureza. — Ela disse sabendo que esta era a única coisa que aterrorizava a maioria dos homens e esperava que ele a deixasse ir, mas esse cara, aparentemente, não estava interessado em deixá-la ir.


—Por que não vem dançar comigo? — Sugeriu ele com aquela voz suave e sedosa que estava realmente começando a irritá-la. Exausta demais para chutá-lo nas bolas e não querendo desperdiçar nem mais um segundo com ele ou com sua má escolha, suspirou profundamente, levantou a mão e esperou Mick aparecer em seu resgate. Antes de sua mão chegar no alto, o ser humano detestável foi removido de sua presença e seu companheiro, parecendo incrivelmente irritado por alguma razão, estava ali de pé, olhando para ela através dos olhos sexy prata e visivelmente se esforçava para não a estrangular. Muito cansada e enjoada, ela murmurou um — obrigada — virou-se e mais uma vez se dirigiu para a porta que a levaria ao seu apartamento, mas não foi muito longe antes que fosse atingida por outra onda de perfume, odor corporal e álcool. Batendo a mão sobre sua boca, ela tropeçou para o sinal de saída, empurrou a porta e cambaleou desajeitadamente para fora. Antes que a porta grande de metal estivesse fechada, ela estava batendo a mão dela contra a parede antiga de tijolo para se segurar, se inclinou e perdeu tudo o que comeu no último dia ou algo assim. Desde que não queria ver o que estava chegando para que ela pudesse confirmar suas suspeitas, fechou os olhos e continuou cedendo à reação de seu estômago. Demorou


alguns minutos, mas seu estômago finalmente se acalmou. Mantendo os olhos fechados, porque realmente não queria olhar para toda a comida que conseguiu comer nas últimas vinte e quatro horas, se afastou da parede, deu um passo para trás e percebeu tarde demais que provavelmente não deveria ter feito isso, pois sua cabeça começou a girar e seu corpo começou a ter essa sensação de entorpecimento, do tipo que acontece pouco antes de desmaiar. Sim, ela estava definitivamente prestes a desmaiar, pensou vagamente quando sentiu as pernas mole. Ela jogou os braços para frente para não se machucar, mas naquele momento parecia muito esforço e foi quando o esquecimento assumiu e mandou-a para um mundo encantador de escuridão e dor, porque ela tinha certeza que não apenas conseguiu bater a cabeça no caminho para baixo, mas que o seu generoso traseiro conseguiu pousar no que parecia ser uma bela matriz de vidro quebrado. Isso definitivamente iria deixar uma marca, ela pensou entorpecida com uma careta quando sentiu que estava sendo levantada sem a menor cerimônia, jogada sobre um grande ombro, desconhecido. Quando foi empurrada e levantada, acabou por perder o restante de comida no estômago sobre o bastardo que a raptou. Depois ela o ouviu murmurar algumas palavras de maldição que eram estranhamente divertidas para ela e por algum motivo, ela se permitiu relaxar, tirar uma soneca


rĂĄpida e se recuperar para que quando chegasse a hora estivesse completamente descansada e mais do que capaz de chutar o traseiro de alguĂŠm. Ela apenas precisava dormir primeiro e em seguida, lidaria com isso.


Drew beliscou a ponta de seu nariz, ainda tentando descobrir como tudo aconteceu tão rapidamente. Em um minuto ele estava — explicando — a um ser humano sobre o que acontece quando se toca a companheira de alguém e no próximo estava se perguntando onde Kara foi. Ele apenas levou uma fração de segundo para encontrar o cheiro dela e segui-la até a porta de trás. Foi quando as coisas ficaram um pouco complicadas. Quando empurrou a porta de segurança pode dizer honestamente que não esperava encontrar mais de vinte Sentinelas esperando por ele no beco. Então novamente, não esperava encontrar sua mulher pendurada nos ombros de um dos Sentinelas, desmaiada e roncando suavemente. Ele viu muitas coisas estranhas em sua vida, mas isso... Esta era definitivamente para o topo da lista de merdas. —Você se importaria de me dizer o que está acontecendo aqui? — Ele perguntou ao grupo de Sentinelas naquele sotaque aborrecido que aperfeiçoou ao longo dos anos, enquanto olhava em volta como se ele não se importasse que os bastardos tivessem como alvo seu clube e estivessem também com sua companheira.


Eles eram a porra de um aborrecimento, um com o qual teria que lidar, gostando ou não e como o Alfa da maior e mais antiga Matilha de Boston, ele definitivamente não gostava de lidar com eles. Se alguém colocasse as mãos sobre sua companheira, ele não teria hesitado em rasgar suas gargantas, mas eram Sentinelas, o que significava que teria que seguir as regras ou sua Matilha sofreria. Não que desse uma merda se sua Matilha sofresse, não quando algum idiota tinha sua companheira. Eles poderiam levar

cada

um

de

sua

Matilha

agora

e

podia

dizer

honestamente que, pela primeira vez em sua vida que não dava a mínima. A única coisa que importava para ele agora era ter sua companheira de volta e com segurança em seus braços. —Ela não lhe diz respeito, Drew. — O Sentinela segurando Kara disse quando ele fez um gesto para o resto deles se afastarem. —O fato de que você tem a minha companheira sobre seu ombro diz uma coisa totalmente diferente. — Disse Drew, bem consciente do restante dos Sentinelas saindo um a um, enquanto ele mantinha os olhos sobre o que segurava Kara. —Ela é nossa. — O Sentinela disse com firmeza enquanto nivelava os olhos verdes frios — que estavam curiosamente cercado por rugas — sobre ele em advertência. Mantendo os olhos fixos no Sentinela que estava louco


se realmente achava que Drew iria deixá-lo sair dali com sua companheira, ele levantou o braço mostrando o seu sinal de acasalamento. —De acordo com isso, ela é minha. A mandíbula do Sentinela se fechou, uma vez, duas vezes e uma vez mais quando ele olhou para Drew. —É um erro. —Não. —Drew disse confiante, porque se havia uma coisa neste mundo que ele sabia, era que seu acasalamento não era um erro. Ele foi colocado nesta terra para cuidar dela e isso era exatamente o que faria. —Não é. Ela é minha companheira, minha por destino e.... — Disse ele, puxando para baixo o colarinho da sua camisa para mostrar sua outra marca. — Por sua escolha. O Sentinela continuou encarando-o, seu olhar nada feliz e definitivamente não como se fosse colocar Kara no chão tão rápido. —Eu não me importo. — O Sentinela finalmente disse, ganhando algumas maldições murmuradas dos Sentinelas que permaneciam ao seu lado. —Não me interessa se você se importa. Está rompendo a lei shifter Sentinela e sabe exatamente o que isso significa. — Disse Drew, deixando cair sua voz, passando de humano para algo mais aterrorizante. —Não me importo. — O bastardo segurando sua companheira respondeu, apertando seu abraço ao redor de


uma adormecida Kara enquanto ela continuava roncando levemente, deixando-o saber que estava completamente alheia ao que estava acontecendo, o que provavelmente era uma benção no momento. —John. — Um dos Sentinelas guardando suas costas disse com um suspiro pesado. John, também conhecido como — O Bastardo ainda segurando Kara — jogou para o Sentinela um olhar. —Eu disse que eu não me importo! Inclinando a cabeça para o lado com um sorriso predatório, Drew disse. —Eu tenho o direito de rasgar sua garganta por tocá-la e ambos sabemos disso, mas o mais importante, nós dois sabemos que farei isto. —Não me importo. — Disse John, apertando seu abraço ao redor de Kara. —John. — Outro Sentinela disse com um suspiro pesado enquanto tocava a ponte de seu nariz. —Não faça isso porra. —Se ela fosse sua neta, você não se importaria também! — John virou-se para seu amigo, Drew foi pego de surpresa e seu estômago deu um nó, porque agora ele sabia o quão fodida foi a infância de Kara e que ela já não pertencia ao seu mundo.


—O que você está fazendo? — Ryan perguntou vendo todo o sangue em seu rosto, enquanto ele caminhava ao lado de Drew, olhando como se ele fosse ficar doente a qualquer momento. Drew não lhe respondeu, também com medo que seu melhor amigo tomasse a sua raiva. Assim, ele manteve sua mandíbula apertada bem fechada, ajustando o corpo mole de Kara em seus braços e continuou andando ignorando todos os olhares horrorizados de pedestres que saiam do caminho, deixando-os para trás em um silêncio atordoado enquanto eles simplesmente ficavam ali, olhando para a trilha de sangue que ele estava deixando para trás. —Você precisa se olhar, Drew! Por favor, não faça isso porra! — Ryan pediu, olhando aterrorizado enquanto ele agarrava o braço de Drew, mas um leve rosnado dele parou seu Beta. O rosnado constante que o seguiu foi estranhamente reconfortante, deixando-o saber que Mick tinha suas costas. Então

novamente,

Mick

que

adorava

sua

prima,

provavelmente iria caçar o idiota que fez isso com Kara e sua mãe. E logo ele planejava começar o trabalho em primeiro lugar. Mas ainda não.


Primeiro, queria ter certeza de que ela estivesse segura antes de terminar o que foi iniciado há muito tempo. Ele estava prestes a vender sua maldita alma para se certificar de que tivesse sua oportunidade de matar o pedaço de merda que fez isso com ela. Estava fazendo a única coisa neste mundo que faria dele um traidor de sua espécie. Sua Matilha iria odiá-lo, zombar dele e temê-lo, porque qualquer shifter disposto a mudar de lado não era alguém com quem eles quisessem contato. —Por favor, não faça isso, Drew. — Ryan pediu, adivinhando exatamente o que Drew estava prestes a fazer. —Já está feito. —Drew falou quando se virou no beco e foi em direção a linha de pedras imaculadas, ignorando a bala que estava empurrando para fora da sua perna cortesia do bastardo teimoso que

se recusou a entregar sua

companheira. —Por favor, Drew. Estou implorando-lhe para não fazer isso! — Disse Ryan, estendendo a mão para ele, mas ele ignorou e continuou andando em direção a única coisa que poderia garantir a sua companheira um futuro. —Você

será

evitado,

Drew!

Ryan

o

agarrou

desesperadamente. —Você será um vira-lata, porra, uma porra de brincadeira e perderá tudo! Cada coisa, porra! —Não enquanto eu a tiver. — Ele disse calmamente, virando-se e caminhando até o curto lance da escada de tijolos.


—Por favor, Drew. — Ryan implorou, ficando ao lado de Mick, que pela primeira vez em sua vida parecia ter realmente algo a dizer. Virando as costas para seu Beta e Mick, ele enfrentou a grande porta sólida e esperou. Não precisou esperar muito antes da porta se abrir e ele foi levado para dentro por um grupo de homens fortemente armados, esperando a menor desculpa para estourar a cabeça dele. Ele deixou os homens com quem lutou pelo direito de Kara e em silêncio mancou para dentro do prédio atrás deles, lançando um olhar entediado ao resto dos Sentinelas que o observavam. Eles não queriam ele ali, não confiavam nele, mas desde que o ajudassem a proteger Kara, ele não dava a mínima. Ele aceitaria seus olhares, sua merda e tudo o que quisessem para provar sua lealdade. Poderia jurar lealdade ao Conselho, ser seu garoto de recados, a sua cadela e tudo o que precisassem dele para que ajudassem a proteger sua companheira e filho. Ele faria qualquer merda que quisessem. Mas primeiro os negócios... Ele tinha algo para resolver.


Ela já acordou em alguns lugares estranhos antes, mas realmente poderia dizer que esta era a primeira vez que acordava em um quarto que parecia como se alguém tivesse detonado uma bomba de tinta rosa. Tudo, desde os adornos que revestiam as paredes até os lençóis sobre a cama de solteiro na qual ela estava deitada era rosa. Não, eram vários tons de rosa. Estavam em todos os lugares. As únicas coisas no quarto

que

não

eram

rosa

fora

ela,

eram

as

fotos

emolduradas na parede e a cômoda antiga, que era branca e onde estavam suas roupas dobradas. Rezando para que ela não estivesse vestida de rosa, assim olhou para baixo e suspirou de alívio. Estava vestindo uma das camisas de Drew, o que a fez franzir a testa, porque ele não deveria estar ali, zombando desse quarto rosa com ela? Empurrando o edredom rosa, ela saiu da cama e foi até a porta rosa na frente dela. Querendo saber se o resto do lugar era rosa e realmente esperando que não, porque estava realmente começando a doer os olhos, ela abriu a porta e fez uma careta. Enquanto o quarto em que estava, parecia ter sido preservado desde o início de 1800, o apartamento em que


ela se encontrava parecia moderno. Franzindo a testa, olhou por cima do ombro para o quarto atrás dela e depois de volta para o apartamento que definitivamente não combinava. Ela não tinha absolutamente nenhuma ideia de onde estava, mas sabia que onde quer que estivesse, alguém tinha algumas questões que precisavam extravasar. Dando uma olhada rápida ao redor da grande sala de estar aberta para se certificar que estivesse sozinha, decidiu que era hora de acabar com sua visita e voltar a entrar no mundo dos sãos. Bem, pelo menos voltar a sua vida normal, retificou alguns segundos mais tarde, quando decidiu que realmente não poderia se referir a sua vida como —sã — não com Matilhas tentando matá-la e não ter absolutamente nenhum propósito na vida. Uau, isso era deprimente. Não, ela teria o bebê e Drew, ela tentou dizer a si mesma, mas, tanto quanto queria uma família própria, não podia ver-se dedicando cada segundo de sua vida a perseguir os bebês para limpá-los ou contando os minutos até que seu companheiro chegasse em casa. Ela precisava de uma vida própria, seguir seus próprios sonhos, mas agora... Agora iria chorar, o que era inútil no momento. Recusando-se a chorar, principalmente porque sabia que eram seus hormônios surgindo através de seu corpo, furiosa limpou as lágrimas escorrendo pelo rosto e se dirigiu para o que esperava ser a saída.


Ela abriu a porta lentamente, olhou para fora, reprimiu um gemido e lentamente, fechou a porta e trancou-a. Certo, então estava em um Complexo Sentinela. Ela não tinha certeza de como chegou ali, mas sabia que este definitivamente não era o lugar para ela. Como uma shifter, encontrar-se dormindo em um quarto assustador em um Complexo Sentinela não era um bom sinal. Não tinha ideia de como chegou ali ou o que eles queriam fazer com ela, mas sabia o suficiente para saber que era hora de sair. Mordendo o lábio inferior, cuidadosamente atravessou o tapete felpudo que a fazia sentir como céu na parte inferior de seus pés e se dirigiu para o grupo de janelas, do outro lado da sala. Quando chegou lá, lançou outro olhar nervoso por cima do ombro para se certificar de que ainda não foi descoberta,

estendeu

a

mão,

abriu

a

fechadura

e

silenciosamente abriu a janela, o que naturalmente fez soar um alarme muito alto. Enquanto corria de volta para aquele quarto assustador, silenciosamente se repreendeu por não ter pensado sobre a possibilidade de as janelas terem alarme. Este era um complexo Sentinela pelo amor de deus, o que significava que sair não seria fácil, mas ela estava determinada a fazê-lo. Enquanto se aproximava da porta do quarto assustador, percebeu que realmente não podia obrigar-se a voltar para o quarto e decidiu tentar a chance com todos os encantadores Sentinelas armados percorrendo o corredor. Endireitando a grande camisa que praticamente engolia seu corpo todo,


ela marchou de volta para a porta, abriu-a e entrou no corredor entre os Sentinelas, agindo como pertencesse ao lugar. Certo, então era óbvio que eles não estavam a vigiando, mas com cuidado acharia a saída, seria capaz de parar um táxi e convencer o taxista a levá-la de volta ao clube com a promessa de que alguém ali o pagaria, isso seria bom. Agindo como se ela não estivesse nem aí para o mundo, caminhou pelo corredor em direção ao que esperava ser um elevador ou um conjunto de escadas que a levaria para fora dali. O fato de que o alarme ainda estivesse soando realmente não estava ajudando sua situação uma vez que cada Sentinela

pelo

qual

passava

lançava

lhe

um

olhar

interrogativo. Isso era bom para ela, porque significava que eles não estavam tentando capturá-la e trancá-la de volta. Na verdade, agora que pensava nisso, não pode evitar se perguntar por que estavam deixando que caminhasse livremente pelo corredor, vestindo apenas uma camisa de grandes dimensões, enquanto um alarme estava soando. Era claro que ela não pertencia ao lugar e que não era um deles, então por que não estavam tentando levá-la para baixo e jogá-la em uma de suas celas infames? Ela fez uma pausa, uma pergunta vinda no momento, porque estava usando a camisa de Drew? E onde ele estava? Oh deus…


Eles o pegaram! Engolindo em seco, ela olhou pelo longo corredor, na esperança de localizá-lo entre os Sentinelas, mas ele não estava ali. Fechando os olhos, ela cheirou o ar, em busca de seu cheiro, mas não pode detectá-lo sobre o perfume excessivamente doce de sangue Sentinela ao redor dela. Tentando não entrar em pânico, ela acelerou o passo até que estava praticamente correndo. Passou por Sentinelas, sem se importar que estava definitivamente indo embora e continuou correndo até encontrar uma escada. Empurrando a porta aberta, desceu a escada correndo, procurando por seu cheiro, mas ele não estava lá. As celas. Ele tinha que estar nas celas, ela percebeu quando desceu a escada, rezando para que os rumores fossem verdadeiros e encontrasse as celas no porão. Sabia que as chances de conseguir sair do porão viva era praticamente impossível, mas não podia suportar a ideia de deixá-lo aqui. Ela não podia viver sem Drew, percebeu quando tropeçou para baixo alguns passos e quase não se conteve antes de descer a escada. Ela tinha que chegar até ele antes que fosse tarde demais. Então, iria chutar a sua bunda por assustá-la assim, porque não tinha ideia do que estavam fazendo com ele no momento. Quando desceu mais um lance de escada, rezou


para que eles não estivessem torturando-o para obter informações. Ela sabia que o filho da mãe teimoso iria manter a boca fechada e pegar o que fizessem com ele e isso a assustava muito, porque Sentinelas podiam ser cruéis quando precisavam ser. Ela apenas rezava para que fosse capaz de chegar até ele antes que fosse tarde demais.

—Cuidado com a porra de suas costas, cadela! — O Sentinela ao lado dele disparou, ganhando outro suspiro, porque isso era apenas triste. Com alguns golpes rápidos e um movimento para a direita, ele fez seu adversário cair do edifício indo direto para o chão para a horda de zumbis famintos devorar. Ele ainda não teve uma tarefa difícil, mas o pequeno bastardo o desafiou e quem era ele para recusar uma chance de chutar a bunda de um Sentinela? —Você... puta! — O mau perdedor sentado ao lado dele no sofá engasgou com um olhar que dizia tudo.


Ele iria exigir outra revanche, mas o que Drew realmente queria era ir lá para cima, subir na cama rosa assustadora e ficar com sua companheira, mas seu avô e os médicos Sentinelas insistiram que ela precisava descansar. Assim, durante as últimas quinze horas ele ficou na sala de jogo, chutando a bunda do Sentinela burro e no refeitório devorando alguns dos melhores bifes que ele já teve e verificando o lugar. Precisava admitir que ficou chocado ao encontrar o lugar tão... Normal. Não tinha certeza do que esperava, mas com certeza não era isso. O grande complexo de Boston era uma comunidade que funcionava mais como família. Mesmo os shifters, demônios e vampiros que aderiram às suas fileiras cuidavam das costas uns dos outros. Todos ali eram tranquilos, mas ainda levavam seu trabalho a sério. Ele sabia que estavam curiosos sobre ele e estavam de olho, mas desde que eles não ameaçaram colocá-lo em uma de suas celas, estava bem com o que diabos quisessem fazer. Eles poderiam olhar para ele, interrogá-lo e tentar revanches depois que chutasse suas bundas por tanto tempo e até agora, não falaram: Você precisa se juntar a nós — um discurso que ele definitivamente apreciava. Ele não tinha ideia do que faria agora, mas não tinha certeza que a união deles era sequer uma opção. Tinha uma companheira e uma criança a caminho que precisava de


sua proteção e eles eram tudo o que importava para ele. Assim, por agora iria engolir e.... —Ei. — Ele ouviu o suave sussurro vindo de trás do sofá ao mesmo tempo em que sentia seu perfume. — Não se preocupe. Eu vou te tirar daqui. — Disse sua companheira, ganhando um revirar de olhos do Sentinela sentado ao lado dele e Drew teve que sorrir, porque sua companheira era tão bonitinha, às vezes. Mesmo naqueles momentos como agora, quando queria bater em sua bela bunda por deixar a cama antes que tivesse sido clinicamente liberada. Com isso em mente, ele jogou o controle do jogo para o Sentinela balançando a cabeça em desgosto, levantou-se, estendeu a mão no sofá e agarrou sua companheira, que lançou um pequeno grito adorável quando ele a jogou por cima do ombro e começou a levá-la de volta para o quarto que lhe lembrava a laxante. —Ai! Você seu bastardo ingrato! — Ela engasgou quando ele deu um tapa na sua bunda, deixando-a claramente saber que ele estava irritado com ela. —Esta é a última vez que eu tento salvar sua pele! Ai! Quer parar de fazer isso? — Ela perguntou quando ele deu outro tapa, notando que sua companheira não queria se vingar, o que naturalmente significava que ela gostava dos tapas. Isso era algo para se lembrar mais tarde, mas por agora precisava levar a sua bela bunda de volta para aquele quarto horrível para descansar antes de dar a má notícia a ela.


—Juro por deus que eu vou rasgar suas bolas se você me colocar de volta naquele quarto fodido de algodão doce da porra! — Prometeu ela, porque não havia nenhuma maneira de voltar para o quarto. Havia apenas algo inquietante sobre aquele quarto e não apenas porque era rosa. Quando estava nele, ela se sentia como se estivesse em um memorial vivo. As imagens que revestiam a parede tinham o efeito ainda mais inquietante. Apenas o pensamento de voltar ao quarto fazia sua pele se arrepiar. —Kara. — O bastardo ingrato disse, suspirando seu nome forte de uma maneira que ela não apreciava no momento. Não depois que literalmente arriscou sua vida para salvá-lo. Bastardo ingrato! Da próxima vez iria se preocupar em salvar a sua própria bunda e iria deixá-lo à mercê dos Sentinelas viciosos determinados a limpar a sua espécie da face da terra. Quando pensava que ele iria mostrar um pouco de gratidão, não. Ele simplesmente agiu como se não importasse que ela quase foi morta tentando salvá-lo! —Por que ela está em seus ombros? — Perguntou uma


voz amável, parecendo preocupada, o que ela teve que admitir era um pouco enervante. —Porque ela é uma dor na bunda. — Drew disse como se fosse um fardo na vida ter que suportá-la. —Coloque-me no chão! — Ela exigiu apenas para ser ignorado por Drew que a levava para... Bem, ela não tinha absolutamente nenhuma ideia de onde ele estava a levando desde que foi lançada sobre seu ombro e estava olhando para a sua parte inferior das costas, o que perturbou seu estômago. —Drew? — Ela disse fechando os olhos e segurando a respiração, porque estava preste a começar a ter náuseas. Seu tom deve tê-lo alertado para o fato de que algo estava errado, porque imediatamente parou de andar, gentilmente tirou-a de seu ombro e colocou-a em uma cadeira contra a parede. Ajoelhando-se na frente dela, ele levou as mãos para seu rosto quando ela olhou para o chão e lentamente respirou dentro e fora lutando contra a tentação de ceder ao enjoo matinal exigindo que ela encontrasse um banheiro ou uma lata de lixo e deixasse que estes Sentinelas soubessem que ela tinha uma fraqueza. Ela sabia que não devia mostrar fraqueza. Aprendeu há muito tempo que era sempre melhor fingir que algo não estava incomodando, não importava quão assustada estivesse, quisesse chorar ou gritar por ajuda,


porque as coisas poderiam ser sempre pior. Assim, em vez de deixar esses Sentinelas descobrirem que estava fraca por causa da gravidez, apenas ficou ali, respirando pelo nariz, abrindo os olhos e olhando para suas mãos como se nada estivesse errado. —Kara querida, você está bem? — O homem com a voz gentil perguntou, sentando ao lado dela, mas ela se recusou a olhar para cima de suas mãos, porque sabia que se o fizesse, poderia perder a batalha. —Vá embora. —Ela disse calmamente, sem se importar ter soado como uma cadela, porque simplesmente não conseguia lidar com isso agora. Ela precisava sair dali, ficar a sós com Drew e deixá-lo segurá-la, porque sabia que ele iria fazer tudo ficar melhor. Em vez de ir embora, duas mãos grandes e bronzeadas lentamente seguraram seu rosto. Essas grandes mãos delicadamente levantaram seu rosto para que ela olhasse para os mais amáveis olhos verdes que já viu. —Sua avó costumava chupar cubos de açúcar para combater a náusea. — Disse ele com um sorriso amável que lhe roubou a capacidade de pensar. —Eu posso pegar um pouco se quiser. Acenando com a cabeça atordoada, ela não pode deixar de olhar para ele, notando as características que combinavam com ela própria. —Avó? — Ouviu-se perguntar, tentando entender o que


estava vendo... Ele parecia tanto com ela, mas ele parecia mais com sua mãe, exceto que os olhos de sua mãe eram frios e ocos, mas estes estavam cheios de calor e vida. Deus, parecia tão errado querer ver os olhos de sua mãe cheios de amor. Isso era errado. Tão errado, porque sua mãe nunca lhe deu um motivo para sorrir, mas este homem a fazia querer sorrir todos os dias. —Mmmhmm. — Disse o homem. —Ela tinha um tempo ruim de manhã, quando estava grávida de sua mãe, mas felizmente nós aprendemos desde cedo que doces podem acalmar o estômago. Rangendo os dentes, ela balançou a cabeça e se afastou do toque do homem, porque o que ele estava dizendo era impossível. Ela puxou suas mãos longe de Drew, tropeçou em seus pés e se afastou dele, ainda balançando a cabeça, porque não queria que isso fosse verdade. Porque isso significava... —Oh, deus. — Disse ela quando se virou, batendo a mão contra a parede e perdendo a batalha mais uma vez.


—Ela não estava pronta. — Disse Drew, esfregando suavemente as costas de Kara enquanto a colocava na cama de casal no quarto que ele exigiu em vez daquele fodido memorial que John mantinha por sua filha. —Ela nunca estaria pronta. — John apontou e Drew teria adorado discutir com o homem, mas ele estava certo. —Você deveria ter me deixado explicar tudo para ela. — Disse ele em seu lugar. —Você realmente quer ser o único a explicar por que cada Matilha fodida no mundo estava procurando por ela? — John perguntou, olhando-a aflito e que deus os ajudasse, mas Drew não conseguia entender exatamente o que estava sentindo, porque não tinha certeza de que ele iria sobreviver sabendo o que esses fodidos doentes queriam fazer com ela. Ela era uma fêmea Alfa descendente de Sentinelas, o que significava que as regras não se aplicavam a ela. Sua mãe nasceu de uma humana e um Sentinela, que acasalaram e em seguida, teve ela, uma Alfa que poderia esconder seu status. Embora as regras de acasalamento se aplicassem a ele e todos os outros shifters, elas não se aplicavam a ela. Seres humanos, demônios e vampiros nunca teriam sido capazes de engravidá-la, mas qualquer shifter macho com quem ela tivesse dormido poderia tê-lo feito e praticamente


garantido que todos da sua descendência fossem Alfas também. Eles seriam alfas que poderiam esconder seu status e se reproduzirem sem ser acasalado, o que significaria mais alfas. Ela era uma em um bilhão, desde que sua mãe era a criança humana de um Sentinela. Sua mãe teria sido capaz de ter filhos humanos fora de um acasalamento, mas as chances de ela ter um Alfa eram muito pequenas. Isso fazia com que Kara fosse incrivelmente rara. Ela também tinha cada porra de Matilha atrás dela para preencher suas fileiras com Alfas que poderiam se transformar à vontade, esconder seu status e acabar com outras Matilhas, vampiros e demônios. Toda criança que Kara tivesse seria com certeza um Alfa e havia uma chance muito pequena dela também poder dar à luz um Sentinela, o que a fazia ainda mais especial. Havia tantas Matilhas lá fora, que iriam matá-la para ter um Sentinela sob seu controle. Cristo, isto explicava por que seu pai permitiu que ela ficasse, mas não se juntasse a Matilha, porque ele tinha planos de merda para ela. Ela valia muito e poderia fazer alianças, ter propriedades e qualquer outra coisa que ele quisesse. Poderia tê-la amarrado a uma cama e a fodido muito, fazendo vários filhos Alfas que poderia controlar. Matilhas regulares eram fracas, porque os membros regulares apenas podiam se transformar durante três noites do mês. Eles podiam viver para sempre, mas eram


basicamente inúteis vinte e sete dias do mês. Um membro com shifters que poderiam se transformar à vontade, seria perfeito. Ele não tinha ideia de como as Matilhas a descobriram, mas sabia que ela não estava mais segura em seu mundo. Estaria em perigo pelo resto de sua vida. O que quer que tivessem feito a ela quando era uma criança seria pálido em comparação com o que eles fariam agora. Apenas o pensamento do que fariam com ela e seu filho tinha o seu coração batendo furiosamente em seu peito. Não seriam

gentis,

não

se

importariam

em

machucá-la,

humilhando ou transformando-a em uma escrava. A única coisa com as quais se preocupavam era com o que ela poderia dar-lhes. Um exército implacável que poderia desafiar até mesmo os Sentinelas.


—Eu não posso ficar aqui. — Ela murmurou patética mesmo quando se forçou a não dizer o que realmente significava. Ele não podia ficar ali e se ele não estivesse ali, ela não queria estar ali. Queria estar com ele de volta ao clube, mas mais uma vez parecia que não importava o que ela queria. Não podia sair, porque isso seria colocar todos em perigo. Quando escapou com vida pela primeira vez, contou apenas consigo mesma e com a sorte e jurou que nunca iriam encontrá-la. Ela se recusava a viver assim novamente. Sempre dizia a si mesma que, se eles conseguissem capturála

iria

se

matar

antes

de

lhes

permitir

escravizá-la

novamente. Não que realmente pensasse que iriam deixá-la viver tempo suficiente para se arrepender de ser pega, não depois do que ela fez. Descobriu que eles queriam arrastá-la de volta, torturando-a por todo o caminho, deixando-a saber exatamente o que iriam fazer com ela, como eles iriam infligir dor apenas o suficiente para mantê-la aterrorizada. Uma vez que estivesse com a Matilha eles estenderiam a tortura para estabelecer um exemplo para o resto da Matilha. Quando se entediassem com ela, a matariam da maneira mais violenta que pudessem pensar, depois eles teriam seu corpo amarrado


até apodrecer como um lembrete constante para o resto dos membros, do que acontece quando você desobedece a Matilha. Agora ela não podia evitar se perguntar como seria quando eles descobrissem exatamente o que ela era e o que ela podia fazer por eles. Eles, obviamente, não sabiam quando escapou da primeira vez, porque teriam rasgado este mundo procurando por ela. Então, a pergunta voltou e quando eles descobrissem isso e quem mais sabia? Cristo, ela nem sequer sabia que era capaz de ter filhos fora de um acasalamento. Ela sempre pensou que fosse apenas uma cadela de sorte ter sido capaz de fugir. Ela não tinha ideia de que um dia teria que se preocupar com mais do que apenas sua avó vindo atrás dela. Deus, que merda iria fazer agora? Ela pensou miserável enquanto

Drew

continuava

sentado

ali,

ao

seu

lado,

esfregando suas costas e sem dizer nada, assim como ele esteve durante as últimas duas horas. Ela realmente não esperava que ele lhe respondesse, porque não havia nada que pudesse dizer. Ele tinha que ir embora. Ele tinha uma Matilha que dependia dele, precisava dele e tinha o seu clube, o seu bebê e.... Oh deus… Ela teria que deixar seus filhos com ele, porque nunca seria capaz de proteger seu bebê. Ela não podia forçar outra


criança a viver a vida que ela viveu. Nunca iria querer seu filho vivendo com medo, sempre se perguntando quando iriam encontrá-lo e ela com certeza não queria seu filho sendo usado ou ferido. Drew nunca iria deixar nada acontecer com seu filho. Ele sempre manteria sua criança segura, mas isso não seria possível se ela ficasse. Eles iriam encontrá-la, assim como a seu filho e ela não podia... —Sinto muito, Kara. — Disse Drew, movendo a mão para longe dela e de volta para que ele pudesse segurar sua mão e dar-lhe um pequeno aperto, tranquilizando-a que provavelmente tudo ficaria bem. Ela não disse nada, simplesmente porque era muito doloroso dizer as palavras em voz alta. Ela se apaixonou pelo idiota só para ter seu coração partido em mais maneiras do que jamais poderia imaginar. Estava prestes a perder o seu companheiro e seu filho e tudo em que poderia pensar era que isto era o melhor. Isso era o melhor, disse a si mesma, acreditando que se ela falasse bastante vezes em sua cabeça iria acreditar. —Durma um pouco, querida. — Drew disse assim que ela percebeu o quanto estava cansada. —Tudo ficará bem quando você acordar. —Não. — Ela disse com um bocejo. — Não vai.


—Nós podemos protegê-la. —John prometeu enquanto ficava ali, olhando pela grande janela que ia do chão ao teto, que dava para Boston Common. —Eu sei. — Drew disse, olhando cegamente para fora do lugar que ele chamou de lar por toda sua vida, o lugar que ele jurou proteger, mas agora tudo o que via era a única coisa que o impedia de ter o que ele mais queria. Kara. Ela não podia ficar em Boston, nem mesmo neste Complexo e esperar permanecer segura e ele com certeza não poderia permitir que seu filho permanecesse em Boston. Se as Matilhas soubessem que ela estava ali e ele apostaria sua maldita vida que descobririam, então iriam destruir esta cidade até que a encontrasse. —E sobre sua Matilha? — Perguntou John, o que era engraçado porque como Alfa sua primeira preocupação deveria ser sempre a segurança de sua Matilha, mas suas prioridades mudaram. —Já mandei mensagem para os outros Alfas. Eles juraram cuidar de tudo como puderem. — Disse ele, sabendo que não iria resolver tudo. Agora que estava saindo, os Alfas restantes iriam estar nas gargantas uns dos outros, tentando reivindicar a posição Alfa de Boston. Ele não queria isso, não queria que sua


saída causasse uma guerra, porque sua decisão já foi tomada. Ele estava deixando o clube para Ryan e colocando-o sob os cuidados do segundo Alfa mais poderoso de Boston. Isso garantia que seu clube ficaria aberto para aqueles que precisassem de sua proteção e que não haveria nenhuma guerra, porque a maior parte de sua Matilha ficaria com Ryan. Eles confiavam nele e o mais importante, Drew confiava em Ryan para cuidar deles. Deus, ele iria perder Ryan. O pequeno bastardo foi seu melhor amigo durante as últimas quatro décadas e agora estava virando as costas para tudo o que ele já conheceu e indo até algum complexo do caralho em Nova York para viver com Pytes. Malditos Pytes, pensou com desgosto, mesmo quando agradeceu a deus pela oportunidade, porque se havia uma coisa que tinha certeza, era que estar cercado por Pytes era a única coisa nesta porra de terra que seria capaz de manter sua companheira e criança seguras. Kara podia ser o sonho molhado de cada Alfa, mas colocar as mãos em um Pyte era o sonho de toda porra de qualquer ser. A linhagem de Kara poderia produzir um exército de shifters que poderiam se transformar à vontade e passar despercebido. Eles fariam a porra da Matilha perfeita para qualquer Alfa que quisesse assumir territórios, buscar vingança ou derrubar os Sentinelas, que eram a única coisa impedindo-os de ir sobre a raça humana. Pytes, por outro lado...


Eles podiam criar um exército de vampiros fortes, mais rápidos, criar mais Pytes e causar um verdadeiro inferno ao resto do mundo. Era definitivamente um risco viver com eles, mas

que

escolha

tinha?

Ele

precisava

proteger

sua

companheira e filhos e os Pytes trabalhando com os Sentinelas eram sua melhor esperança. John não disse nada por um momento, pois ambos olhavam cegamente para fora da janela até que finalmente ele disse. —Eu preciso explicar algumas coisas para Kara antes de irem. Drew relutante concordou. Ele imaginava isso. Apenas não tinha certeza de que o que John tivesse a dizer era algo que ela precisava ouvir agora, mas, infelizmente eles precisavam de respostas e John era o único que poderia fornecer-lhes informações que poderiam salvá-los. Houve uma pequena pausa antes de acrescentar. —E eu vou com você. —Não. —Drew disse sem hesitar, porque não queria que Kara tivesse que lidar com a constante lembrança de quão fodida sua vida foi uma vez e ainda poderia vir a ser. —Eu não vou deixá-la ir agora que a encontrei Drew. — John disse suavemente, mas o significado era claro, ele iria matar qualquer um que ficasse entre ele e sua neta novamente. Drew não estava com vontade de lutar com ele, mas


precisava fazê-lo saber. —Como exatamente você descobriu sobre ela? —É uma longa história. —Eu tenho muito tempo. — Drew apontou desde que a cavalaria chegaria somente no dia seguinte. —Provavelmente seria o melhor se nós esperássemos por Kara de modo que eu apenas tivesse que contar essa história uma vez. — John explicou e Drew não perdeu a dor na voz do homem. Esta provavelmente seria uma história que nunca o atrairia, em primeiro lugar, mas por Kara e seu filho, ele iria ouvir. —Falar comigo o que? — Sua companheira disse quando entrou na sala, tentando parecer como se não desse a mínima,

mas

ele

a

conhecia muito

bem.

Ela estava

absolutamente aterrorizada e não havia uma maldita coisa que ele pudesse fazer para protegê-la da verdade.


—Nós não temos que fazer isso agora. — Drew disse quando passou o braço em volta dela e puxou-a para seu colo. Movimento que fez os olhos de John, ou melhor seu avô se estreitar sobre eles. Ela estava prestes a lembrá-lo de que eles já estavam acasalados, mas quando ela sentiu o rosto queimar de vergonha,

decidiu

apenas

manter

a

boca

fechada

e

silenciosamente saiu do colo de Drew e sentou-se ao seu lado. Felizmente Drew não discutiu com ela, mas suspirou forte, deixando-a saber que a mudança lhe desagradou, mas mesmo assim ele jogou o braço em volta dos ombros e puxoua para perto. Para ser honesta, ela queria voltar para seu colo e deixálo segurá-la, sabendo que iria precisar dele. Na verdade, não, o que ela realmente queria fazer era sair do sofá, correr para a porta, colocar sua bunda lá embaixo o mais rápido possível e fugir antes que seu avô pudesse abrir a boca e dizer-lhe algo que ela não estava pronta para ouvir. Então novamente, algo lhe dizia que provavelmente era algo que nunca estaria pronta para ouvir. —Sua mãe era a alegria na minha vida. — Disse o avô com um leve sorriso que foi preenchido com tanta dor que ela sentiu seu coração doer por ele. Ela queria ir até ele e


colocar os braços ao seu redor, mas ela não o conhecia. Então ficou onde estava, colocou a mão no joelho de Drew e pensou que de repente, ela não estava certa se queria ouvir isso. —Os tempos eram diferentes naquela época. Sua avó e eu tivemos a sorte de encontrar um ao outro e quando fizemos dezesseis anos, fomos autorizados a nos casar. Nossas famílias apoiaram nossa decisão e em seguida mudamos para Boston, onde nos foi atribuído. Naquela época, Boston estava sob um cerco com shifters e Mestres que tentavam controlar a cidade ao seu próprio modo, por isso precisavam de muitos Sentinelas como nós para cobrir a cidade. Nós éramos jovens, mas pensávamos que estávamos prontos para tudo. — Disse John com um sorriso triste. —Nós não queríamos começar uma família tão cedo, mas quando a pequena Mary nasceu, eu me apaixonei por ela. Sua avó se apaixonou por ela também. Ela foi o nosso pequeno anjo e provavelmente, a única coisa que nos manteve de pé na maioria dos dias. As coisas eram tão diferentes nesta cidade naquela época. Era mais violento e cheio

de

tanto

ódio

que

a

maioria

dos

dias

nos

questionávamos se estávamos fazendo a diferença ou não, mas Mary fazia tudo valer a pena. Ver seu rostinho bonito, depois de uma longa noite de patrulha fazia o nosso trabalho tolerável. Enquanto soubéssemos que a veríamos no final do dia, isto fazia diferença para nós. — Admitiu suavemente quando desviou o olhar por um momento.


—No momento em que descobri que eles invadiram o complexo,

era

tarde

demais.

Em

uma

noite,

eles

destruíram meu mundo inteiro. Mataram sua avó e levaram Mary. — Explicou firme quando todos os músculos do seu corpo se apertaram com raiva não resolvida. —Eu a procurei tanto. Nunca parei de procurá-la, mas todas as pistas apenas me levavam a outra Matilha, e depois para outra, até que finalmente chegou à última, que a compraram mas eles a perderam quando foram atacados. Eles não tinham ideia de onde minha pequena Mary estava. — Disse ele, fazendo-a sentir uma torção no estômago pelo medo, porque se tivesse alguma ideia de onde sua mãe estava ele provavelmente estaria completamente perdido até agora. Ela não podia sequer pensar em sua antiga vida na Matilha sem romper em um suor e lutar para não gritar apenas com as lembranças. As coisas que eles fizeram com sua mãe enquanto a faziam olhar, enquanto a torturavam e ameaçavam, fazendo-a saber o que aconteceria com ela um dia. Ela vivia com medo do dia em que chegaria a imortalidade, principalmente porque isso significava que iria viver através do inferno para sempre, no momento que eles a transformassem. Ouvir sua mãe pedir para morrer foi... Não, ela não iria pensar nisso agora ou nunca iria sobreviver. Não que realmente achasse que seria a mesma depois de finalmente ouvir como sua mãe era antes.


Ela não podia imaginar sua mãe sorrindo ou ser a razão para alguém sorrir. Sempre que via sua mãe, sabia que acabaria chorando, se enrolando em uma bola e colocando as mãos sobre os ouvidos para bloquear os gritos. Sua mãe odiava sua vida, odiava o que eles fizeram dela e odiava que toda vez que via Kara, ela se lembrava de todos os bebês que foram tirados dela. Ela a odiava, mas Kara a adorava e por isso sempre rezava para que sua mãe um dia envolvesse os braços ao redor dela e dissesse que tudo ficaria bem, que iria se certificar de que ninguém ferisse Kara nunca mais, mas isso não aconteceu, as coisas não funcionaram dessa maneira. Sempre que iam por Kara, sua mãe apenas ficava deitada, em silêncio, parecendo aliviada enquanto arrastavam Kara para longe, chutando e gritando. Kara quis escapar por tanto tempo, tentou fugir duas vezes. A primeira vez que tentou escapar, eles a pegaram, então arrastaram-na e bateram nela. Continuaram ainda por muito tempo mesmo depois que ela desmaiou. Então, porque estava entediado e apenas então, seu pai fez a promessa de matar sua mãe na próxima vez que Kara tentasse escapar. Desde que ela foi forçada a matar seu pai para poder fugir, sabia que ele não continuou com sua ameaça, mas sabia que sua avó sim. Ela sabia, porque por cinco dias ficou presa escondida entre as rochas e árvores caídas, onde o corpo de sua mãe foi jogado depois que a mataram. Então, era compreensível


que ela não conseguisse olhar para seu avô, sabendo que ela era a razão pela qual ele nunca veria sua preciosa Mary novamente.

Algo estava errado, realmente muito errado. Ele podia sentir a dor de Kara saindo dela em ondas, mas não podia fazer nada para impedir. Tudo o que podia fazer era sentar-se ali, segurando-a e rezando para que tudo aquilo que John tivesse a dizer não a destruísse. —Eu nunca parei de procurar por ela. — Disse John, parecendo perdido. —Como você ficou sabendo sobre mim? — Kara cortou e por algum motivo ele teve a sensação de que ela não queria falar sobre sua mãe. John balançou a cabeça. —Eu não descobri sobre você até um mês atrás, quando falaram que havia um shifter feminino descendente de sangue Sentinela. Eu não tinha ideia que era você até que a Matilha de sua avó chegou à cidade procurando-a. Ela não conseguia

encontrá-la

sem

procurar

ajuda

e

isso


significava dar informações. Ela contou com a ajuda de outras Matilhas, demônios e Mestres. —Ela

provavelmente

não

teria

ido

muito

longe,

considerando a reputação de brutalidade de sua Matilha, mas a

quantidade

de

dinheiro

que

oferecia

por

você

era

impressionante. Ela conseguiu que todos a procurassem, o que naturalmente, nos alertou de que algo não estava certo. — Seu avô explicou enquanto Drew olhava para Kara, notando que ela estava ficando mais pálida a cada segundo. —Nós rapidamente descobrimos por que estavam atrás de

você, assim como

alguns também descobriram. A

recompensa era enorme e eles não estavam dispostos a arriscar o que sua avó tinha em mente assim houve várias tentativas para sequestrá-la. — Disse John. —Há algumas Matilhas que querem se certificar de que você nunca tenha a chance de realizar os planos de sua avó, mas há outras Matilhas que desejam você para si mesmos. Kara assentiu, mas ele realmente não achava que ela estava ouvindo. Ela parecia perdida e um pouco doente. Deulhe um leve aperto no ombro, para deixá-la saber que nunca iria deixar nada acontecer com ela ou seus filhos. —Você não está segura Kara, razão pela qual não pode ficar em Boston. — John anunciou enquanto esfregava as mãos pelo rosto, de repente, parecendo exausto. —Eu não estava pensando em ficar. — Disse ela se sentindo vazia.


—Precisa voltar a se esconder Kara, e desta vez, não poderá sair. — Disse John, não parecendo muito feliz com o futuro de sua neta. —Ela não viverá mais assim. —Drew encontrou-se dizendo. —Não há escolha. — John disse com firmeza, olhando para cima e encontrando seu olhar com uma expressão atormentada que, sem dúvida combinava com o seu próprio. —Há sempre uma porra de escolha. — Disse Drew, decidindo que já era o suficiente. Ele não iria fazê-la se esconder por mais tempo, não iria fazer seus filhos viverem dessa maneira, porque faria qualquer merda que a deixasse segura e iria dar-lhe de volta sua vida. A vida que ela merecia.


—Isso não vai funcionar, Drew. — Disse ela, tentando fingir que seu coração não estava partido, para que pudesse fazer o que precisava para salvá-lo. —Claro que vai. — Disse ele apertando sua mão e puxando-a de volta para o clube que agora estava sendo vigiado por cada Matilha, Alpha e demônio que queria a recompensa ou queria vê-la morta. —Drew. — Ela disse, tentando puxar a mão livre. — Isso realmente não vai funcionar. —Por que não iria funcionar? — Ele perguntou, quando a puxou pela porta da frente para o clube vazio. —Além de todos ao redor do lugar estarem prontos para me matar? — Ela perguntou, porque realmente nunca pensou que Drew fosse tão ingênuo. Ela estaria morta antes do amanhecer e se ele não fugisse se juntaria a ela. As outras Matilhas que não queriam fodê-la como a de sua avó nunca iriam deixá-la viver. Era o mesmo para os Mestres. Eles nunca permitiriam que uma Matilha se tornasse tão poderosa a ponto de viverem com medo constante. Gostavam de saber que apenas tinham que se preocupar com os shifters atrás deles três dias de cada mês. Tinham servos que poderiam matar o Alpha, mas toda


uma Matilha de shifters que poderia se transformar a vontade mudaria tudo completamente. Era o mesmo para os demônios e Sentinelas. Ninguém queria uma Matilha cheia de shifters poderosos e fariam qualquer coisa para impedir que isso acontecesse. Então, ela realmente não tinha certeza de como Drew pensava que iria impedir que todos ali tentassem matá-los. —Está feito? — Ele perguntou quando Ryan entrou na sala escura. Suspirando forte e parecendo irritado, Ryan assentiu. —Você é agora oficialmente um vira-lata e todos sabem disso. —Bom.

—Drew

disse

enquanto

ela

ficava

ali

se

perguntando sobre que merda eles estavam falando. —E sobre aquela outra notícia? — Drew perguntou quando soltou sua mão e colocou o braço em volta dela. —Todo mundo sabe. — Ryan disse mais uma vez, parecendo irritado. —E a propósito, espero um aumento. — Ele

disse

enquanto

caminhava

para

fora

do

lugar,

balançando a cabeça em desgosto e adicionando mais um daqueles suspiros chatos que o fazia ganhar um chute nas bolas. —Todo mundo sabe o que? — Ela perguntou afastandose dele. Drew simplesmente encolheu os ombros quando a tomou pela mão e levou-a para sua mesa privada no canto.


Antes que ele se sentasse, a pegou e colocou-a sobre a mesa. Uma vez que se sentou, teve a certeza de ficar sentado entre as pernas dela enquanto se acomodava. —Que agora eu sou cadela de Sentinela. — Admitiu ele com um encolher de ombros quando colocou as mãos sobre suas pernas cruzadas e gentilmente as esfregava. Embora a fricção fosse uma distração, sentia-se muito bem, mas tentou se concentrar no que ele acabou de dizer. — Sinto muito, o que isso significa? —Eu estou na folha de pagamento dos Sentinelas. — Disse ele com um suspiro pesado enquanto continuava acariciando

suas

pernas,

permitindo

que

as

mãos

escorregassem para o lado, para que suas mãos deslizassem para frente, assim gentilmente segurou sua bunda antes de retornar para suas pernas. —E por que isso exatamente? — Ela perguntou com uma leve careta quando ele se abaixou e puxou seu tênis, jogando-os de lado antes de puxar as meias e jogá-las de lado também. —Você não vai mais fugir querida. — Ele disse quando estendeu a mão e abriu o botão da calça jeans. Quando tirou a roupa, simplesmente levantou-a por seu jeans e puxou-o, o que ela teve que admitir foi um movimento bastante impressionante desde que ele mal teve que movê-la a fim de fazê-lo. —Como exatamente vai me impedir de fugir? — Ela


conseguiu perguntar enquanto observava com espanto ele rasgar sua calcinha sem ela sentir nada. —Shhh, não enquanto estiver comendo. —Disse ele e antes que ela pudesse perguntar o que ele estava falando, ele puxou seu traseiro para a beirada da mesa, os joelhos sobre seus ombros e a boca em sua fenda. —Oh... oh deus. — Ela disse quando sua cabeça caiu para trás e os olhos se fecharam de prazer. Eles não deveriam estar fazendo isso ali, especialmente desde que seus empregados poderiam aparecer a qualquer momento, mas ela decidiu apenas ir com ele quando sentiu sua língua deslizar dentro dela. Sim, eles poderiam conversar mais tarde, ela decidiu quando se deitou sobre a mesa e permitiu-lhe melhor acesso. Muito mais tarde.

Provavelmente era errado usar o sexo para distraí-la, mas quando ele colocou a língua dentro dela, decidiu que realmente não dava a mínima sobre certo ou errado, não quando ela tinha um gosto tão bom.


—Drew. — Ela gemeu seu nome, fazendo-o se mover desconfortavelmente quando seu pau empurrou dentro de sua calça. Seus leves gemidos doces eram uma tortura e logo o teria descendo para libertar seu pau dos limites de sua calça antes que ficasse mais doloroso. Uma vez que seu pênis ficou livre, ele envolveu sua mão ao redor dele e lentamente esfregou, gemendo de prazer quando seu membro cooperou. Pelo resto de suas vidas ele iria precisar desta ligação com ela para sentir prazer. Ressentiu-se disso antes, mas agora enquanto deslizava sua língua dentro dela e sentia um inimaginável prazer propagando-se através de suas bolas e pau, ele não queria isso de nenhuma outra maneira. Ela tinha um sabor incrível e mal podia esperar até senti-la ao redor de seu pênis. Ele

provavelmente

deveria

ter

esperado

até

que

conseguisse levá-la para cima, mas há anos que ele fantasiava sobre fazer isso com ela, assim desde que sabia que ninguém iria aparecer esta noite, ele decidiu que era hora de viver uma das muitas fantasias que teve ao longo dos anos. Pelo menos uma centena delas aconteciam no clube, outras cem em seu apartamento e várias centenas mais ao redor da cidade de Boston e em suas terras em New Hampshire e ele planejava viver cada uma delas. Eles tinham o resto de suas vidas e mais privacidade do que ele já teve em sua vida agora, então não havia nada a impedi-lo de desfrutar de sua vida. Iria desfrutar de cuidar


do seu clube em vez de olhar para ele como outra porra de tarefa que precisava concluir a fim de dar a sua Matilha uma cobertura. Verdade fosse dita, amava seu clube, mas perdeu o entusiasmo por ele há muito tempo, quando se tornou parte de seu dever. Também iria desfrutar de sua companheira. Iria mimála, deixá-la louca e aproveitar cada minuto com ela. Não podia expressar como estava animado por ser pai. Iria estragar seus filhos, protegê-los e desfrutar de criá-los. Eles não seriam parte da sua obrigação de garantir que sua Matilha sobrevivesse. Não precisariam ser treinados para assumir

a

Matilha

um

dia,

suas

vidas

não

seriam

preenchidas com o conhecimento constante de que um dia teriam que garantir a segurança da Matilha. Seus filhos seriam livres. Cristo, ele nunca pensou que iria querer isso. Sempre olhou para vira-latas, pensando que eram muito fracos e egoístas, mas agora percebia o quão realmente perigoso era estar em uma Matilha e sentia-se aliviado. Não estava mais sozinho, porque agora trabalhava para os Sentinelas e em troca eles iriam proteger sua companheira e filhos. Nunca permitiriam que sua companheira ou filhos fossem

usados

para

criar

um

exército

de

shifters

sanguinários determinados a agradar seu Alpha. Seus filhos iriam crescer com a escolha de formar sua própria Matilha, levar suas próprias vidas ou trabalhar para os Sentinelas.


Ele não se importava com o que eles fizessem desde que fosse sua escolha, algo que ele nunca teve antes e pelo que entendia, nem Kara. Poderiam ser o que quisessem, amar quem quisessem e mal podia esperar para ver como seriam. —Drew, por favor! — Kara engasgou enquanto passava os dedos pelos cabelos dele e segurava sua boca contra sua vagina. Coisinha gananciosa, ele pensou com um sorriso quando voltou sua atenção para seu clitóris, soltou seu pau e deslizando um dedo dentro dela. Amava seus gemidos, o jeito como ela movia o traseiro para que pudesse montar seu dedo e sua língua. Ela não tinha absolutamente nenhum problema em ter o que queria dele, não tinha vergonha de dizer-lhe o que queria e sempre retribuía tão bem como conseguia, mas melhor, tão melhor. —Drew! — Ela engasgou seu nome quando sentiu sua vagina se apertar ao redor de seu dedo. Ele rosnou com prazer quando ela gozou, revestindo o dedo em seus sucos e tornando muito mais fácil para ele realizar sua próxima fantasia. Antes que ela terminasse de gritar seu nome, ele a virou sobre seu estômago, sua bunda na beirada da mesa e empurrou seu pênis dentro de sua molhada e acolhedora boceta. Quando ele viu suas garras saírem e cravar em sua mesa, lambeu os lábios e fodeu mais forte, determinado a estragar a mesa antes que a noite terminasse. No mínimo, sempre seria capaz de olhar para esses riscos com boas


lembranças, pensou enquanto continuava batendo dentro dela, amando o jeito como ela exigia mais. Até onde ele se importava, ela era a companheira perfeita e planejava fazer o que fosse necessário para mantêla ao seu lado, mesmo que agora fosse considerado um traidor de merda por sua própria espécie. Nada disso importava, não enquanto a tivesse.


—Que horas são? — Kara murmurou, lutando para abrir os olhos, mas estava muito cansada para abri-los, então simplesmente ficou esperando Drew se juntar a ela na cama e colocar os braços ao seu redor. —Não se preocupe com isso querida, apenas volte a dormir. —Drew sussurrou enquanto se inclinava e dava um beijo contra seu ombro nu. —O clube ainda está aberto? — Ela perguntou, com um palpite de que ele estava ali apenas para ver como ela estava. —Mmmhmm. — Ele murmurou enquanto pressionava mais beijos contra o ombro dela, incapaz de evitar. —Volte a dormir, querida. —Certo.

—Ela

murmurou

sonolenta

antes

de

acrescentar. — Eu te amo. Sentiu-o puxar o ar antes de perguntar. —O que? Abrindo os olhos apenas para que ela pudesse rolá-los, olhou por cima do ombro, sorriu e disse. —E você é loucamente apaixonado por mim. Ele visivelmente engoliu em seco quando olhou para ela como se todos absolutamente todos os sonhos que ele já teve tornaram-se realidade.


—E o que te faz pensar isso? — Ele sussurrou com voz rouca. Com um enorme sorriso, ela se inclinou e roçou os lábios contra os dele. —Porque você realmente não pode evitar. Eu sou tão adorável. Rindo, ele roçou os lábios contra os dela em um movimento

suave

que

fez

seu

corpo

tremer

quando

concordou. —Sim, você é. Virando de costas, ela colocou os braços ao redor de seus ombros largos, amando a forma como o tecido de sua jaqueta ficava contra sua pele nua e ela o puxou para um beijo. Ele gemeu contra sua boca enquanto puxava as cobertas para cima de seu corpo. Desde que ela era uma shifter, sempre dormia nua, principalmente porque odiava acordar depois de ter um sonho e encontrar seu pijama favorito desfiado porque acidentalmente o rasgou. —Você vai dizer? — Ela perguntou quando interrompeu o beijo com um gemido desde que ele decidiu manter os lábios ocupados fazendo uma trilha de beijos do queixo e pescoço. —Não preciso. — Ele fez uma pausa longa o suficiente para falar. —Oh. — Disse ela em um leve gemido quando inclinou a


cabeça para trás para lhe dar melhor acesso a esse ponto logo abaixo da orelha. —E por que isso? —Porque. — Disse ele enquanto ficava entre suas pernas. —Você já sabe o quanto eu te amo. — Ele gemeu enquanto deslizava dentro dela, ganhando um suspiro de prazer dela. —Ainda é bom ouvir. — Disse ela, tentando se concentrar quando abriu as pernas um pouco mais, o que lhe permitiu deslizar mais profundo dentro dela. —Você quer ouvir o quanto eu te amo? — Ele perguntou em um sotaque sexy enquanto tomava o lóbulo da orelha entre os lábios e gentilmente chupava. —Mmmhmmm. — Ela conseguiu falar enquanto sua grande ereção se empurrava dentro dela, atingindo cada um de seus lugares favoritos e sua calça roçando sua pele, criando uma combinação erótica que fazia os dedos dos pés se enrolarem. —Eu. Amo. Você. —Drew sussurrou em seu ouvido, pontuando cada palavra com um impulso de seus quadris. Sorrindo como uma boba, ela segurou seu queixo e levou sua boca de volta para a dela. Ela beijou-o, deixando-o saber exatamente o quanto ela o amava. Ele devolveu o beijo com paixão, movendo os quadris lentamente enquanto a tomava. Ela nunca sentiu tanto prazer como sentia com Drew. Ele era seu companheiro, o amor de sua vida e seu melhor


amigo. Ele era tudo e mais um pouco do que ela esperava de um companheiro e ainda ficava atordoada que mesmo depois de todos esses anos juntos, Drew ainda era tudo o que ela sempre quis em um homem.

Ele parou junto à porta do quarto, dizendo a si mesmo que era inútil descer. Os dias do Clube Luna se foram e ele tinha que aceitar esse fato, mais cedo ou mais tarde. Provavelmente seria mais cedo, considerando que em algum momento Kara iria descobrir. Ele podia muito bem acabar com isso e dizer-lhe que tudo estava arruinado, mas de alguma forma não conseguia encontrar as palavras. Ele tentou dizer a ela várias vezes, mas cada vez que tentava, não conseguia encontrar as palavras. Tinha a intenção de dizer-lhe esta noite, mas uma vez que ele a tocou, não conseguiu pronunciar as palavras. Então ela disse que o amava e ele não queria que ela soubesse. Sabia que ela amava o clube, tanto quanto ele, sempre foi um sonho ter seu próprio clube e se o Clube Luna não ficasse completamente destruído no momento em que a notícia de que ele era a porra de um vira-lata se espalhasse, teria dado


o clube a ela. Decidindo que esta não era a noite para contar-lhe a má notícia, ele se afastou e desceu a escada para o clube grande e vazio que foi seu sonho. Agora era apenas um espaço vazio, um lembrete de tudo que ele desistiu para que pudesse ter um futuro com sua companheira. Esfregando a parte de trás do seu pescoço, ele chegou ao patamar inferior, cruzou a porta e… —Não no rosto! ...suspirou fortemente quando encontrou Ryan preso ao chão com um braço dobrado atrás das costas e um grande Sentinela segurando-o nessa posição, colocando o joelho no meio das suas costas. O Sentinela com a cicatriz rosa em seu pescoço não se incomodou de olhar para cima quando disse. —Seu amigo é muito fraco. Bufando, porque ele já percebeu isso por si mesmo, passou pelo Sentinela divertindo-se com seu Beta e foi para o bar, certificando-se de encontrar a porra do vira-lata que ele não viu em quase trinta anos e estava alcançando atrás do bar para uma cerveja. O bastardo que ele não queria ver, se levantou e se aproximou do bar e serviu-se de uma CocaCola. —Idiota. — Disse ele enquanto passava pelo vira-lata. —Idiota. —Kale Quinn, a maior dor na bunda que ele já


conheceu, devolveu quando bateu a parte de cima da CocaCola e tomou um gole. —Chris. — O Pyte sentado à sua mesa privada disse com um suspiro pesado que fez com que Drew ficasse sério porque era o som de um pai chamando atenção da criança por alguma coisa. —Solte-o. Suspirando forte, o Sentinela aparentemente chamado Chris soltou Ryan, levantou-se e juntou-se ao Pyte. Com um suspiro, ele decidiu que poderia muito bem sentar-se com seus novos aliados, agora que era a porra de um vira-lata também. Tomando um gole de sua cerveja, ele se sentou e olhou ao redor do clube vazio que costumava estar lotado todas as noites da semana e tomou outro gole de cerveja. Que porra iria fazer agora? —Você sabe que não pode ficar aqui, certo? — Perguntou o Pyte, rompendo o silêncio e dizendo as palavras que não queria ouvir. —Eu não posso sair. — Disse ele sabendo que era besteira. —Não há nada para você aqui, idiota. — Kale disse quando se juntou a eles. Olhando para o vira-lata e de alguma forma resistindo à vontade de chamá-lo de grande bastardo, respondeu. —Esta é a minha casa. —Foi a sua casa. — Kale afirmou simplesmente porque


era um idiota. Estreitando os olhos sobre o bastardo, Drew tomou outro gole de sua cerveja. — Que merda você está fazendo no meu clube? — Ele perguntou, decidindo que não estava com disposição de jogar nenhum jogo maldito esta noite. —Viemos para levá-lo para casa. —Chris disse enquanto se encostava na cadeira e observava-o com um olhar de pena que o fazia querer arrancar a garganta do Sentinela. —Estou em casa. — Ele teimoso falou, furioso que seus planos para dar a Kara e a seu filho a vida que eles mereciam estivesse desmoronando ao seu redor. Pela primeira vez em sua vida não tinha absolutamente nenhum indício da merda que deveria fazer. Antes disso era simples. Proteger sua Matilha. Era isso. Ele protegia sua gente e todo o resto ficava em segundo lugar, mas agora... Porra, ele não sabia o que fazer e odiava admitir isso. Passando os dedos pelos cabelos com uma das mãos, ele tomou um longo gole de cerveja, enquanto tentava dizer a si mesmo que tudo daria certo. Iria manter Kara protegida, descobrir uma maneira de reabrir seu clube e fazer esta nova vida dar certo para eles, mas sabia que era tudo uma porra de mentira. Não havia saída. Ou os idiotas que cercavam a parte externa do seu clube iriam ficar cansados de esperar e quebrá-lo para fazer o


que vieram fazer ou eles iriam esperar até que baixasse a guarda e fazer o movimento. Se era esta noite ou amanhã, não sabia, mas o que sabia era que os idiotas nunca iriam deixá-los em paz. —Porra. — Ele murmurou para si mesmo, porque realmente não havia mais nada a dizer. Eles eram bons para caralho. Drew apenas queria dar a sua família a vida que eles mereciam. —Ela não está segura. — O Pyte disse suavemente. —Eu posso mantê-la segura. — Disse ele, tentando se convencer de que era possível. —Não. — Kale, o idiota disse. —Você não pode. —Sim. — Ele rosnou, deixando que seus olhos prata e presas aparecessem, enquanto olhava o bastardo. —Eu posso. O Pyte balançou a cabeça enquanto olhava para ele e fez a pergunta que ele não estava esperando. —Como

é

que

supostamente

irá

proteger

companheira quando ela está carregando um Sentinela?

sua


—Bom dia, luz do dia. — Uma voz irritantemente suave disse quando ela se virou de bruços e tentou voltar a dormir. O doce aroma irresistível de sangue de Sentinela fez seu estomago se irritar, então teve que saltar para fora da cama, batendo a mão sobre a boca e correndo para o banheiro, onde começou o dia com um lindo encontro com o vaso sanitário. —Não se preocupe comigo. — O Sentinela disse de dentro do quarto enquanto ela abraçava o vaso, ganhando o tipo de olhar que costumava lançar para Drew. —Eu vou me distrair! Ela não tinha ideia de quem era este homem, mas algo nele lhe dizia que iria chutar sua bunda logo. Ela terminou seu novo ritual da manhã que era conhecer o banheiro melhor, tomou um banho rápido, escovou os dentes e pegou o robe de Drew na parte de trás da porta e vestiu-se enquanto o bastardo no outro quarto estava aparentemente passando pelos canais de TV, achando algo para assistir. Uma vez que seu cabelo estava escovado e ela não pensou que teria de dizer bom dia ao banheiro novamente, abriu a porta e viu um grande Sentinela com uma cicatriz desagradável em seu pescoço, sentado em sua cama, olhando a TV.


—Teve tempo suficiente? —Ele perguntou enquanto ficava mais confortável na cama. —Um, o que exatamente você está fazendo? — Ela perguntou, decidindo que era a coisa educada a fazer antes que rasgasse a sua garganta por ser chato. —Protegendo você. — Disse ele dando um bocejo. —Certo. — Disse com uma careta, se perguntando por que ele pensava que ela precisava de sua proteção quando podia se transformar a qualquer momento e rasgar qualquer um que... —Oh meu deus! — Ela gritou, saltando para trás até que suas costas bateram na parede e ela colocou as mãos sobre o rosto para se proteger. Ela pode ter continuado a gritar. Não que estivesse exagerando, porque não estava. Gritar e pular com o perigo era uma resposta perfeitamente natural para um shifter. Era autopreservação. —Por favor, me diga que você realmente não fez isso por causa de uma aranha. — Disse o bastardo irritante, parecendo se divertir enquanto ela estava ali, encolhida contra a parede esperando o bastardo anunciar que iria matar o inseto vicioso. —Kara? — Veio o rugido de Drew quando chegou correndo no quarto e ela podia dizer pelos sons que ele não estava sozinho.


Bom. Isso era bom, porque isso significava que ele teria ajuda na caça a aranha e matá-la. Sabendo que a ajuda estava a caminho, ela ficou onde estava, mantendo os olhos fechados e esperando o momento em que seu companheiro lhe dissesse que tudo ficaria bem. Em vez da garantia que ela tanto precisava, ouviu um suspiro quando de repente ela se viu nos braços do Sentinela irritante. Um grito rasgou através dela, enquanto via a sala girar. Houve um leve grunhido quando Drew a pegou e segurou-a firme. Mantendo os olhos fechados, porque sabia que se ela abrisse os olhos agora precisaria de uma segunda visita ao banheiro, ela segurou com força em Drew. —Não jogue minha companheira porra! — Ela ouviu de Drew um grunhido e ela não podia deixar de acenar com a cabeça em concordância, porque definitivamente não queria a experiência nunca mais. —Sim, porque eu vou segurá-la quando a porra de um shifter vem para mim com olhos de prata e presas prontas para ter minha garganta aberta. —Chris. — Alguém disse com um suspiro pesado, obrigando-a a fazer uma careta, porque não conseguia dizer o que ele era. —Ele teria me matado se eu não a entregasse. — O idiota, aparentemente chamado Chris, disse. —Eu não tive escolha.


Ouviu outro suspiro, seguido por. —Você não pode jogar mulheres grávidas para cima. —Oh vamos lá! Esta foi a primeira vez! Ela queria abrir os olhos e dizer-lhe que era melhor que fosse a última vez maldita quando seu corpo tomou a decisão, e sim, ela definitivamente perdeu a batalha e quis voltar ao banheiro imediatamente. Tudo o que Drew fez foi levá-la para lá rapidamente com um leve gemido pois ele já estava ficando muito familiarizado com isso. Mas pelo menos ele a salvou de ter que explicar do porque precisava do banheiro, ela pensou quando ele gentilmente a colocou de joelhos e fez uma saída estratégica, sabendo muito bem que uma das regras era que iria matá-lo se ele ficasse para assistir, então ele saiu. Além disso, tinha uma aranha para matar, então era melhor correr, falou para si mesma enquanto se reencontrava

com o vaso sanitário.


—Por que exatamente você está me olhando? — Kara perguntou a ele, o que realmente era uma boa pergunta. Infelizmente para ele, não tinha certeza de como dar a notícia de que ela estava carregando um... —Porque você está grávida de um Sentinela. — Chris, o bastardo insensível que ela tinha a imensa vontade de arrancar a garganta depois de ter dito que uma aranha estava caindo do teto em cima dela apenas para ferrar com sua cabeça, anunciou. Lentamente,

muito

lentamente,

porque

realmente

esperava que ele estivesse brincando, ela virou a cabeça para olhar para o bastardo até que ele dissesse a ela que era uma piada. Por alguma razão seu olhar não parecia incomodá-lo. Ele simplesmente a ignorou enquanto se servia de outra tigela de cereal. Quando o silêncio se tornou doloroso, ela voltou sua atenção para Ephraim, aparentemente, o pai adotivo de Chris e um Pyte, encontrando o homem olhando para o teto, balançando a cabeça e murmurando alguma coisa sobre suspender o pequeno bastardo pelos pés quando chegassem em casa. —Izzy iria matá-lo. — Disse Chris entre colheradas de cereais, não parecendo muito preocupado com as ameaças de danos corporais, ela então moveu sua atenção de volta para Drew e encontrou-o olhando impotente para as mãos sobre a mesa.


Percebendo que ele não seria de muita ajuda, ela suspirou e voltou sua atenção para o infame Kale Quinn, um shifter que ela deveria odiar, mas desde que foi um vira-lata grande parte de sua vida, ela realmente não o considerava um traidor. Parando no meio da tarefa de engolir seu cereal, ele encolheu os ombros e acrescentou. —E também um Alfa. Seu queixo caiu, porque isso realmente não estava acontecendo, ela voltou sua atenção para Drew encontrandoo tentando dar-lhe um sorriso forçado, o que realmente era um pouco assustador por isso ela voltou a atenção para o prato que Drew fez para ela e começou a brincar com a comida enquanto tentava digerir tudo. —Além

disso,

precisamos

mover

nossos

traseiros

porque, aparentemente, minha irmã fez algo incrivelmente estúpido e precisamos socorrer sua bunda. — Disse Chris com um encolher de ombros despreocupado. —Certo. — Ela disse devagar, porque ela realmente não tinha ideia de como responder a nada disso. —Bom. —Chris disse, levantando-se e colocando a tigela vazia na pia. — Então nós provavelmente devemos mover nossos traseiros antes que ela irrite qualquer outra pessoa. Ouviu outro suspiro de Ephraim, fazendo ela mais uma vez voltar sua atenção para Drew. —Há algo que você queira me dizer?


Engolindo em seco, Drew deu-lhe mais um daqueles sorrisos forçados assustadores e disse. —É um menino? —Certo...

Disse

ela,

porque

isso

era

tão

extremamente útil no momento. Então, ela mais uma vez encontrou-se olhando para Kale, sentindo uma ligação instantânea com o Alfa muito provavelmente

porque

ambos

foram

rejeitados

pela

comunidade shifter. Murmurando alguma coisa em gaélico, ele apontou preguiçosamente em direção a ela e Drew. —Precisamos levá-lo até a casa em Nova York antes que todos os demônios, shifters e vampiros ao redor do complexo fiquem sabendo que você não está apenas carregando um Alfa, mas um Sentinela e podem tentar entrar, matar o seu companheiro e sequestrar você. — Disse ele, parecendo incrivelmente aborrecido com a coisa toda, enquanto ela ficou ali tentando dar sentido ao que ele estava dizendo. Depois de um minuto, ela decidiu que isso era muito para lidar no momento. Então, pegou o sanduíche Especial Drew e deu uma mordida, sendo forçada a dar um tapa na mão de Kale que tentou roubar um de seus sanduíches. —Droga, mulher! — Kale rosnou, sacudindo sua mão enquanto fazia uma careta para ela. Ela teria pedido desculpas, mas algo lhe dizia que ele respeitava o fato de que estivesse disposta a matá-lo por um sanduíche. Olhando para Drew encontrou-o com um sorriso assustador congelado no


rosto, ela suspirou bem forte, levantou-se, pegou seu prato e foi para o quarto apenas para se lembrar da aranha, então virou-se e foi para a sala onde decidiu que um pouco de TV seria bom para limpar a cabeça e se isso não funcionasse, então iria tirar um cochilo e provavelmente ter outra rodada de sanduíches Especiais do Drew.


Uma semana depois… Mansão William

—Filho da puta! — Drew rosnou quando o bastardo conseguiu jogá-lo para trás apenas com um movimento das mãos. Os íons de merda! Drew pensou com um gemido quando bateu na parede acolchoada e caiu mole no chão, ofegante, enquanto sua companheira e o amor de sua vida estava sentada do outro lado da sala, apreciando o prato de sanduíches que ela exigiu antes que ele começasse seu treinamento diário. Cristo, se soubesse que haveria tanta tortura para trabalhar com os Sentinelas teria mantido sua bunda em Boston. Olhou aborrecido para Christofer, o mais poderoso Pyte na residência, caminhou até ele, pegou-o e colocou-o sobre seus pés. Apenas para enviá-lo voando para a parede oposta alguns segundos depois, mas felizmente para Drew conseguiu pousar ao lado de sua companheira, que ainda estava mordendo seus sanduíches.


—Você parece bem, querido. — Disse ela sem sequer olhar para ele, oferecer-lhe a atenção médica ou mesmo uma mordida em seu sanduíche. —Eu acho que estou morrendo. — Admitiu ele, não se importando em soar como um maldito covarde, porque estava realmente

preocupado

com

lesões

internas

devido

ao

bastardo tê-lo jogado tantas vezes nesta manhã. —Não, não, você está bem. Está indo muito bem, querido. — Kara disse distraída enquanto estendia a mão, tomando uma de suas mãos e lhe dando um aperto reconfortante que só o fez segurar um grito de gelar o sangue, porque tinha certeza que o bastardo quebrou a sua mão uma hora atrás. —Morrendo. — Ele gemeu perguntando por que ela não estava ligando para o 911 ainda. —Você quer ir novamente? — Christofer perguntou, pelo menos, tendo a decência de perceber que estava morrendo. —Não. —Drew disse, tossindo enquanto rolava de costas. —Eu acho que estou bem. —Bom. — Christofer disse afastando-se apenas para fazer uma pausa para pegar o seu bloco de desenho então foi para fora da sala de treinamento. —Kara? — Disse Drew depois de alguns segundos. —Hmm?

Ela

murmurou

continuava comendo seu sanduíche.

distraída

enquanto


—Pode me matar? — Ele implorou, rezando para que ela o amasse o suficiente para tirá-lo de sua miséria. —Claro que sim. — Disse ela distraída enquanto continuava saboreando seu sanduíche. Ele considerou pedir ajuda com a esperança de que ajudasse no processo de cura, mas realmente não tinha vontade de arriscar sua mão. Então, em vez disso, ele fechou os olhos, acalmou sua respiração e forçou seu corpo a se transformar à medida que ele corajosamente reprimia um grito de agonia enquanto seu corpo se curava. Uma vez que se curou, deixou escapar um suspiro, colocou sua grande cabeça no colo de sua companheira e decidiu descansar um pouco. Quando ela decidiu usar a sua cabeça como uma bandeja para seu prato, ele simplesmente disse a si mesmo que era como sua companheira expressava seu amor eterno e devoção a ele. Enquanto ela tivesse suas bolas, ele podia acreditar que tinha tudo o que queria e decidiu que adorava quando Kara passava os dedos distraída através da sua pele, porra ele adorava e era uma excelente qualidade para se ter em um companheiro.



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.