Universidade Federal do Rio de Janeiro Escola de Belas Artes Autora: Lívia Yohana Barcellos Macedo DRE: 120057785 Design Básico 1- Seminário de Design Professores: Jeanine e Pedro Desenho Industrial 2020.1
-SUMÁRIOIntrodução.....................................................................................................................2 QUE MASSA!.............................................................................................................3 Massas...........................................................................................................................5 Mão na massa!..........................................................................................................10 Alimente-se rápido!................................................................................................12 Crescimento na angústia....................................................................................13 Espere e cresça.........................................................................................................15 Crescimento e seus frutos.................................................................................22 Pãozinho unido vence...........................................................................................32 Conclusão deliciosa...............................................................................................57
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V ! e a j h a l o c es
QUE MASSA! Sabe aquele alimento que, de longe, com todos os seus sentidos, você já consegue dizer e mensurar? Não importa o tamanho ou até mesmo de onde ele vem, mas só de sentir o cheiro e a sua maciez, além do seu gosto, já sente até vontade de dançar junto com o pão. Sim! É ele mesmo! Essa palavra é tão rápida de pronunciar, assim como a velocidade de comê-lo também. Mas calma! Vamos voltar no tempo um pouco para ver o que a gente pode tirar do pão, além de gosto e textura.
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experim ente!
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Feche os olhos e imagine... Exatamente isso que estou dizendo: imagine você criança com a sua avó dentro de uma padaria cheia de gente e ainda por cima fazendo fila pra comprar aquele café da manhã quentinho. Não precisa ser nada 5 estrelas, mas só de sentir aquele cheirinho do pão saindo do fornão, com o padeiro grandão que tem um coração humano, aí até as últimas migalhas valem a pena, mesmo se muita gente daquela padaria cheia achar que sua alma é pequena.
nho aí... h m ! i r i e h c o u
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Mão na m a
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força na peruca!
Mas já pensou que até esse pão sair quentinho do forno, teve que ser moído, amassado, sovado e moldado, até chegar a sua própria forma e alimentar uma multidão? Respira fundo e vejamos desde o início. Bom, primeiro, o grão de trigo precisa ser muito bem plantado, arado e irrigado. E o interessante ao observar só nesse início, o grão possui um certa rigidez e é relativamente seco.
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alim e n te-se rápi d o !
coma-o!
Não é esse grão que ninguém dá muito crédito que vai alimentar uma multidão mesmo? Exatamente! Ele que vai dar conta de acabar com a fome, a secura, a solidão, a carência, entre outras coisas mais. Mas precisa crescer e abrir mão do seu próprio tamanho para garantir que vai conseguir alimentar muitos e muitos, salvando a sociedade. E, para isso acontecer, ele precisa morrer. Ele mesmo, o grão que poucos ligam. Ou seja, para o ato de amar através do alimento ser bem espalhado, alguém precisa sofrer para que esse sentimento seja completamente divulgado.
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ra a vid a p a. rte
ESPERE... E CRESÇA!!! Gil e Caetano colocam isso com total propriedade, dizendo que o amor é como um grão que precisa morrer para fazer com que esse alimento e seu processo sejam compartilhados. Todo esse contexto acaba realmente sendo um poema. Só o fato de saber que existe um processo biológico relacionado ao sentimental e, ao mesmo tempo, ao crescimento constante, para que o pão vire pão de fato, é saber o quão complexo é esse momento da vida desse alimento. Depois do grão morto, cresce o trigo e vive, carregando toda a experiência de morte e dor, mas também de uma conquista que é ter cumprido seu papel, transformando-se em trigo.
O Ã R D O Ã R D
... O Ã DR
R O D OR D R DO
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QUE DEMORA! 16
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Com muito amor e carinho, eu digo com todas as letras para você que está lendo este humilde texto, que até as dores precisam ser valorizadas para que haja crescimento. Quando o trigo é colhido, ele se sente livre, mas, não mais que de repente, ele mais uma vez passa por um processo muito difícil e completamente doloroso que é ser moído.
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Sim, nesse caso, sua missão está sendo cumprida constantemente. Que dor é essa?
O castigo de passar por uma máquina de moagem com todas as engrenagens e fios elétricos, atuando como um arame farpado moendo rapidamente todo aquele trigo em vários pedaços. Já é um sofrimento e tanto.
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No entanto, existe uma vitória no final. Essa vitória é saber que, no final de toda a tortura, esse trigo que nasceu, se encarnando como o componente propriamente dito, concede vida ao pão para salvar a humanidade da fome e da miséria total de corpo e alma. Afinal, o que é pão para você?
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Bom, para mim, o pão tem vários significados e praticamente todos são universais, não importando de qual país eu esteja me referindo. Na França, por exemplo, pão significa classe.
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Sim! Sabe o croissant ou até mesmo aquele clássico e crocante pão francês que você vê em filmes com cenas de cafeterias perto de grandes centros movimentados?
. . . . . LAL A
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Então, são tipos de pães todos tão ornamentados em curvas e silhuetas que só de observá-los, eles se tornam bastante esbeltos aos meus olhos.
Você vê que o processo de confecção de ambos é bastante similar e os dois são de formatos diferentes entre si.
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“Poxa, mas me dê um outro exemplo?”. Tudo bem, dou sim. Vamos para Índia, que tal? Boa ideia, não acha? Sinceramente, nunca fui para lá, mas ao observar dentre muitos pães, tem um que, particularmente, me chamou bastante atenção que foi o Chapati.
Ele é magrinho, fininho, mas é tão versátil que não tem vez. Logo, nesse caso, o pão significa simplicidade e criatividade. Pode um tipo de pão ter isso tudo?
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Sim! Por mais que, muitas vezes, as pessoas enxerguem a simplicidade como uma coisa relativamente negativa nesse pão, essa própria qualidade faz com o que se valorize ainda mais ainda
o quão importante ele é para aquela população, seja em sua crença até especialmente a sua sobrevivência, dentro de uma sociedade tão desigual como a que vivemos hoje, onde existe aquela sede sem tamanho de querer um simples pedaço de pão.
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Mas… e aqui no Brasil? O que seria pão para você? Bom, na minha humilde opinião, esse alimento no Brasil significa união e solidariedade.
Não importando o formato do pão, por mais que a gente veja por aqui pães de diversas nacionalidades, o pão brasileiro também precisa receber um certo destaque.
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Ele possui uma criatividade singular, que vai desde o seu preparo até a chegada na mesa. Sim, pode ser aquela mesa reunida que, mesmo diante das lutas em momentos de medo e angústia, ela permanece unida sempre.
Sinceramente, por experiência própria, o pão em qualquer lugar do mundo significa crescimento. E eu digo crescimento não somente no sentido biológico que há em toda reação do fermento na massa, todo o sovar entre outros trabalhos mecânicos, no seu descanso,
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mas, principalmente, no ensinamento de que, muitas vezes, precisamos passar por momentos difíceis de dor ou qualquer tipo de sofrimento quase que constante para chegar onde queremos.
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Porém, acredite se quiser, meu caríssimo leitor, toda dor vai ser recompensada no final. Há uma semana atrás, compartilhei um pouco desse significado com a minha família.
Eu e minha mãe fizemos um pão simples, porém com um gosto realmente deslumbrante e que nunca tinha feito até o momento, o que me fez ainda mais ter curiosidade de querer crescer ainda mais na minha criatividade, até mesmo no design.
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Sim, no design também, desde os recipientes até no modo de confecção do pão.Mas, voltemos para a receita, certo? Se chama pão de frigideira.
Sério isso? Sim! Existe um pão que pode ser feito sem precisar sovar e nem nenhum ingrediente muito complexo demais.
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Colocar aqueles ingredientes tradicionais de sempre (farinha, ovos, fermento), mas colocando um toque de amor, união que faz a força, até esses elementos dançam com a gente. Então, é só colocar o melhor recheio que tiver na sua casa e come com toda a vontade do mundo. Aquela vontade que como se você estivesse comendo o melhor pão que você já tinha visto e feito na sua vida.
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Parece meio bobo falar de uma receita de pão por aqui, não é? Mas todo ensinamento é válido, como forma de atribuir cada vez mais uma espécie de combustível para o nosso crescimento, não só físico, mas mental também. Com tantos significados, seja o partir do pão que existem dentro de um alimento tão básico e antigo, feito na Mesopotâmia há séculos atrás, mas, ao mesmo tempo tão rico, amado e até desejado por muitos.
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Desejado pelo rico, devido ao desejo de empoderar-se, como também pelo pobre que sedenta todos os dias pelo pão, dispersando qualquer tipo de categoria ou restrição a ele.
De qualquer forma, o pão é uma escolha de alimento mais básico e variado possível. Esse crescimento do pão, tão falado por tantos chefes que acabou se transformando em poesias sobre amor pelo cozinhar
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, pelo fazer e satisfazer outros com esse sentimento dado por esse ato tão desgastante, sim, porém vale bastante a pena.
Nem só sobre amor pelo cozinhar, mas também falando da forma mais pura e sofrida que o amor em si pode causar na vida das pessoas.
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O pão também pode dar vida, prazer, diversão e tantas coisas mais. Contudo, acima de qualquer forma de prazer interligado no simples ato de comer pão, é a sua importância como alimento de sobrevivência, já citado em algum momento anterior. Sim, o pão que é nosso de cada dia, que nos dá um fôlego e ânimo o suficiente para levantarmos de onde estamos e seguir em frente, não importando as circunstâncias que possam ocorrer.
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Precisamos ser gratos por esse pão que, muitas vezes, não damos o crédito devido a ele, pois ou esquecemos ou até porque nunca conhecemos o verdadeiro valor que o processo que esse pão passou tem.
Esse pão é um pão que abraça e acolhe com sua massa e seu cheiro de café da manhã de interior. Ou pode ser até aquele em forma de torrada tostadinha bem crocante que até com manteiga serve.
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Enfim, são tantos momentos de paz, crescimento e fortalecimento, que, se eu pudesse, falaria horas, sem medo de ser feliz. Porém, eu preciso ir.
Mas já? Pois é… Foi muito bom estar com você, brincar com você, caro leitor e avaliador, mas preciso urgentemente ir. Quem sabe nós não nos encontramos para tomar um chocolate quente e comer aquele pãozinho maroto? Vou preparando e pesquisando outras receitas de pão e espero que, brevemente, a gente consiga trocar ideias sobre a vida em geral. 74
ATÉ BREVE!
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