Desenho universal

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Desenho Universal PROF.ª KELLY LIMA (KELLYLIMARQUITETURA@GMAIL.COM)


DESENHO UNIVERSAL  Concepção de projeto seguindo princípios que tornem os

espaços,

instalações

e

mobiliários

adequados

e

confortáveis para qualquer pessoa (portador de alguma necessidade especial ou não); tornando possível o uso destes na realização de todas as ações necessárias à vida cotidiana.

(CAMBIAGHI, 2007)


DESENHO UNIVERSAL PRINCÍPIOS DO DESENHO UNIVERSAL 1.

2. 3. 4. 5. 6.

7.

Uso equitativo Uso flexível Uso simples e intuitivo Informação de fácil percepção Tolerância ao erro Baixo esforço físico Dimensão e espaço para aproximação e uso (NBR 9050:2015; CAMBIAGHI, 2007)


DESENHO UNIVERSAL 1. Uso equitativo

“é a característica do ambiente ou elemento espacial que faz com que ele possa ser usado por diversas pessoas, independentemente de idade ou habilidade. Para ter o uso equitativo deve-se: - Propiciar o mesmo significado de uso para todos; - Eliminar uma possível segregação e estigmatização; - Promover o uso com privacidade, segurança e conforto, sem deixar de ser um ambiente atraente ao usuário.”

(NBR 9050:2015)


- Portas automáticas, com sensores, que se abrem sem exigir força física ou alcance das mãos; - Rampa adjacente a uma escada, que impede a segregação de pessoas com restrições de mobilidade; - Barras de apoio no sanitário, que permitem que a pessoa faça a transferência da cadeira de rodas para o vaso sanitário de forma independente e segura. (SCHWARZ e HABER, 2009)

Exemplos de aplicação


DESENHO UNIVERSAL 2. Uso flexível

“é a característica que faz com que o ambiente ou elemento espacial atenda a uma grande parte das preferências e habilidades das pessoas. Para tal, devem-se oferecer: - Diferentes maneiras de uso, possibilitar o uso para destros e canhotos; - Facilitar a precisão e destreza do usuário - Possibilitar o uso de pessoas com diferentes tempos de reação a estímulos.”

(NBR 9050:2015)


- Computador com teclado e mouse possibilitando a escolha entre os dois recursos, e com softwares de sintetização de voz e leitura de texto; - Possibilidade de acesso à utilização para destros e canhotos (por exemplo, no caso de tesouras e abridores de lata); - Escadas rolantes devem oferecer um patamar horizontal antes da subida, para que haja tempo de adaptação à mudança de velocidade no deslocamento do usuário. (SCHWARZ e HABER, 2009)

Exemplos de aplicação


DESENHO UNIVERSAL 3. Uso equitativo “é a característica do ambiente ou elemento espacial que possibilita que seu uso seja de fácil compreensão, dispensando, para tal, experiência, conhecimento, habilidades linguísticas ou grande nível de concentração por parte das pessoas” - Eliminar as complexidades desnecessárias, ser coerente

com as expectativas e intuição do usuário; - Acomodar ampla gama de capacidades de leitura e habilidades linguísticas do usuário; - Disponibilizar as informações facilmente perceptíveis em ordem de importância. (NBR 9050:2015)


- Utilização de simbologia de identificação fácil e intuitiva (com desenhos, sem texto); - Mapas e placas informativas devem ficar em locais próximos aos acessos; - Hierarquização das informações, através da utilização de placas maiores e menores, priorizando a informação essencial; - Sinalização sonora e luminosa em elevadores. (SCHWARZ e HABER, 2009)

Exemplos de aplicação


DESENHO UNIVERSAL 4. Informação de fácil percepção “Essa característica do ambiente ou elemento espacial faz com que seja redundante e legível quanto a apresentações de informações vitais. Essas informações devem se apresentar em diferentes modos (visuais, verbais, táteis), fazendo com que a legibilidade da informação seja maximizada, sendo percebida por pessoas com diferentes habilidades (cegos, surdos, analfabetos, entre outros);” - Diferentes tipos de comunicação – símbolos, informações

sonoras, táteis, etc.; - Disponibilizar contraste adequado.

(NBR 9050:2015)


- Mapas táteis, em relevo, permitem que as pessoas com restrições visuais identifiquem o ambiente em que se encontram; - Utilização de contrastes de cor que despertem com mais ênfase a atenção do usuário; - Utilização de mais de uma forma de linguagem (texto e Braille, ou som e imagem) nos avisos dirigidos ao público em aeroportos, estações de trem, shopping centers etc.; - Demarcação do piso com a utilização de recursos táteis para orientação de pessoas com deficiência visual. (SCHWARZ e HABER, 2009)

Exemplos de aplicação


DESENHO UNIVERSAL 5. Tolerância ao erro

“É uma característica que possibilita que se minimizem os riscos e consequências adversas de ações acidentais ou não intencionais na utilização do ambiente ou elemento espacial. Para tal, devem-se: - Agrupar os elementos que apresentam risco; - Isolando-os ou eliminando-os; - Empregar avisos de risco ou erro; - Fornecer opções de minimizar as falhas; - Evitar ações inconscientes em tarefas que requeiram vigilância.” (NBR 9050:2015)


- Escadas e rampas com corrimão e piso antiderrapante; - Instalação de sensores, em alturas diversas, que impeçam o fechamento de portas de elevadores; - Sinalização sonora e luminosa nos semáforos de pedestres e saídas de garagem. (SCHWARZ e HABER, 2009)

Exemplos de aplicação


DESENHO UNIVERSAL 6. Baixo esforço físico

“Nesse princípio, o ambiente ou elemento espacial deve oferecer condições de ser usado de maneira eficiente e confortável, com o mínimo de fadiga muscular do usuário. Para alcançar esse princípio deve-se: - Possibilitar que os usuários mantenham o corpo em posição neutra; - Usar força de operação razoável - Minimizar ações repetidas; - Minimizar a sustentação do esforço físico.”

(NBR 9050:2015)


- Utilização de maçanetas de porta do tipo alavanca (de uso mais fácil por pessoas com deficiência nos membros superiores do que maçanetas do tipo bola); - Utilização de torneiras com sensor de movimento ou monocomando. - Uso de escadas e esteiras rolantes para possibilitar a mudança de um nível para o outro. (SCHWARZ e HABER, 2009)

Exemplos de aplicação


DESENHO UNIVERSAL 7. Dimensão e espaço para aproximação e uso “Essa característica diz que o ambiente ou elemento espacial deve ter dimensão e espaço apropriado para aproximação, alcance, manipulação e uso, independentemente de tamanho de corpo, postura e mobilidade do usuário. Desta forma, deve-se: - Implantar sinalização em elementos importantes e tornar confortavelmente alcançáveis todos os componentes para usuários sentados ou em pé; - Acomodar variações de mãos e empunhadura; - Implantar espaços adequados para uso de tecnologias assistivas ou assistentes pessoais.” (NBR 9050:2015)


- Os assentos devem ser mais largos para comportar confortavelmente pessoas obesas; - Os balcões, caixas eletrônicos e aparelhos de telefone devem ser rebaixados para o uso de cadeirantes e anões; - As portas e catracas devem ter largura adequada para a passagem de pessoas obesas e cadeirantes. (SCHWARZ e HABER, 2009)

Exemplos de aplicação


REFERÊNCIAS  CAMBIAGHI, Silvana. Desenho Universal – Métodos e técnicas

para arquitetos e urbanistas. 2 ed. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2007.  ABNT. NBR 9050 – Acessibilidade a edificações, mobiliário,

espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro: ABNT, 2015.  SCHWARZ, Andrea; HABER, Jaques. Guia Brasil por todos.

Desenho Universal. 2009. Disponível em: <http://www.brasilparatodos.com.br/desenhouniversal.php> Acesso em mai./2016.


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