TCC Arquitetura - Complexo Gastronômico e Cultural de Juiz de Fora (apresentação final)

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mercado complexo gastronômico e cultural de Juiz de fora

mercado complexo gastronômico e cultural de Juiz de Fora Juiz de Fora, 26 de novembro de 2020 Universidade Federal de Juiz de Fora | Faculdade de Arquitetura e Urbanismo | Trabalho de Conclusão de Curso II Orientando: Ríchard José de Lima | Orientadora: Mariane Garcia Unanue | Professoras convidadas: Elvira Mancini e Aline Cruz

01 introdução

Oprojetodocomplexogastronômicoeculturalpossuiafinalidade de abordar um tema em ascensão na atualidade: a tendência da gastronomia atrelada à cultura e ao lazer. Tema este que dá introduçãoesefazbaseparaasolidificaçãodestetrabalho.

+ representatividade da diversidade gastronômica + vida noturna + usos e formas de lazer + socialização e trocas introdução + justificativas

O município serviu como porta de entrada para os imigrantes no País, principalmente os , , e , queAlemães Italianos Sírios Libaneses contribuíramparaaformaçãosocioculturaldaregião.Dentrodesse contexto o projeto traz como uma das diretrizes: a gastronomia e cultura quatro principais etnias, marcadas pelas influências das quecolonizaramacidade. Juiz de Fora é uma cidade multicultural, o segundo município mineiro em número de residentes estrangeiros, segundo o IBGE (2012). Esse fator é de grande importância para a gastronomia local, prova disso são os diversos restaurantes, bares, feiras gastronômicas, eventos de food truck e apresentações artísticas que atraem várias pessoas. Essas diferentes formas de lazer colocam em questão a vontade de um espaço completamente destinadoaestesusos. comportamentos intrínsecos -forma que a alimentação é produzida/vendida - socialização - evolução sofrida pela sociedade - raízes culinárias de uma certa época/etnia - identidade de uma população representa:

06 | introdução -

A intenção geral do novo espaço é unir diversos tipos de atividades em um único local, a fim de atingir e englobar o maior número de pessoas possíveis, tanto habitantes, quanto turistas através da venda e troca de produtos, consumoinlocodosalimentoscomestandes,bares,cafése restaurantes, com aulas de culinária ou somente com o intuito de participar e de visitar alguma exposição ou apresentação cultural. Para que essas premissas se concretizem, faz se necessário abordar os seguintes conceitosapresentadosnoquadroaolado. integração com o entorno permeabilidade e Visibilidade público e privado espaços polivalentes fachada ativa

conceitos + intenções 07 | introdução

referências projetuais primeiro lugar no concurso para o centro gastronômico e cultural - Valorização do entorno e unificação de pontos turísticos Bellavista - Santiago, Chile 08 | introdução Imagens concurso para o centro gastronômico e cultural bellavista, disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/01-138615/ acesso em: 27/10/2020, adaptado pelo autor

referências projetuais Markthal - Rotterdam, Holanda Empreendimento multiuso de maiores proporções que possui como princípio básico impulsionar o mercado ao ar livre na região e contribuir para a economia urbana. Imagens Markthal disponível em: https://www viajoteca.com/markthal-em-rotterdam acesso em: 27/10/2020, adaptado pelo autor Mercado Da Boca - Nova Lima MG Valorização da experiência do usuário através de detalhes pensados no interior, trazendo um ar de vila da comida 09 | introdução Imagens Mercado da Boca disponível em: https://mercadodaboca.com.br/ acesso em: 27/10/2020, adaptado pelo autor

02 o lugar

Por exercer um importante papel estruturador na cidade, selecionou-se na região central, bairro Mariano Procópio, o terreno do antigo pátio da Companhia Ferroviária União e Indústria, em frente ao Museu Mariano Procópio (MAPRO).

Atualmente o pátio faz parte do entorno de tombamento para preservação do patrimônio histórico e encontra-se em uma concessão de uso pela Polícia Federal, onde a única construção remanescente é utilizada para seus fins. O bairro funciona como uma importante ligação entre o Centro e parte da Zona Norte de Juiz de Fora, abrigando tanto grandes comércios como o Shopping Jardim Norte, a Havan e uma fábrica da Coca-Cola quanto núcleos residenciais de pequeno porte com comércio local.

12 | o lugar

MINASJUIZ

DE FORA Z. DAMATA MAPRO morro da glóriademocrata Avenida Brasil

contexto - que lugar?

por que o mariano procópio? 13 | o lugarRua Mariano Procópio no passado, disponível em: http://mauricioresgatandoopassado.blogspot.com acesso em: 20/10/2020 posição estratégica no sistema viário mobilidade urbana / acessibilidade proximidade com o centro ecônomico vocação do lugarberço da ocupação de imigrantes

contexto histórico 14 | o lugar 1852 - Mariano Procópio possuía os recursos necessários e a autorização do Império para a construção da Estrada União e Indústria Petrópolis - RJ Juiz de Fora produção cafeeira da região na época não especialmão-de-obrhaviaaizadanoBrasilparaaconstruçãodarodovia vinda de trabalhadorescapacitadose colonos alemães para o País criação da colônia D. Pedro II, que era dividida em duas: colônia agrícolaatual bairro São Pedro colônia industrialatual bairro Mariano Procópio

o terreno 01 02 03 04 05 06 08 07 15 | o lugar

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O Terreno de aproximadamente 26.860m², por se encontrar parcialmente desocupado e possuir apenas uma edificação de pequeno porte de apoio à polícia federal, muitas das vezes passa despercebido aos olhares de transeuntes. O espaço que antigamente compunha a quinta do Comendador Mariano Procópio, fora ocupado por algumas edificações até meados dos anos 2000, onde provavelmente foram demolidasporestarememavançadograudeabandonoedeterioração. 03 04 05 06 07

08 02

hierarquia viária e mobilidade 16 | o lugar 0 50 100 250 500 1000N errompido pela passagem nasviasdebairro; nas principais de conexão ,Av.BrasileZ.Norte; em análise possui uma ampla viária com as demais regiões da a de calçada em alguns aixasdepedestres; a na travessia da linha em servido de transporte culando mais de 50 linhas de .dosAndradas; AvenidaAndradasdos RuaProcópioMariano Av. Cel VidalAv. Rui Barbosa Rua Violeta Santos Rua Eng. José Carlos de Morais Sarmento RioParaíbuna RuaGuimarãesBenjamin AvenidaTTVVBrasiliaArterialiaColetoraransportePúblicoerrenoLinhaFérreaViasdeAcessoaoTerreno

uso do solo 17 | o lugar Posto Gás CenterSpazio Jardim Real TERRENO Centro Cultural Dnar Rocha UniversitárioHospital ColégioCatarinaSantaMAPRO RioParaíbuna Casa Colméiasdas ComercialMistoResidencial PatrimônioTInstitucionalemplosSERVIR 0 50 100 250 500 1000N -ColégioSantaCatarina; - Algumas poucas edificações com mais de 10pavimentos; -CentroCulturalDnarRocha; - Casas nas Ruas Mariano P. e Benjamin Guimarães; Benstombadosnoentorno: -MAPRO;Presença forte de usos residenciais, mesclando-se com usos mistos e -comerciais;BrigadadeInfantariaLeve; Diretrizes especiais para o uso e ocupação do solo, devido ao grande interessedeproteçãoculturaleambiental; - Predominância de edificações de 2 a 4 pavimentos; -FábricadaatualServir;

N LS O ideco solstíverão solstíciodeinverno condicionantes físicas e climáticas mapa orientação solar, ventos e ruídos no, 8r :0ve 0in amdesolstício o, 1n 6r :0ve 0n pi mdesolstício , 8o :ã 0r 0ve amdesolstício , 16o :0rã 0e pv mdesolstício maior frequência de ventos - sudeste maior velocidade de ventos - sul - Aberturas no sentido norte-sul para melhor ventilaçãocruzada; - Ferrovia é o elemento que mais gera poluiçãosonoranaárea; -Maciço vegetal contíguo ao córrego São-Pedro;Testada noroeste recebe maior quantidade desolpormaistempoduranteoano Proteção solar nas fachadas norte e noroeste; insolação no terreno 18 | o lugar Intensidade dos ruídos Velocidade predominante dos ventos TerrenoTrajetória solar aparente inverno Trajetória solar aparente verão 0 50 100 250 500 1000N

N O terreno apresenta topografia regular em grande parte de sua extensão, porém, nas testadas das ruas Violeta Santos e Benjamin Guimarães apresenta um grande desnível em aclive em relação ao terreno. Atualmente nesse desnível fora construído um muro de contenção de aproximadamente 7 metros de altura que contorna boa parte das ruas mencionadas.

19 | o lugar

R. Benjamin Guimarães R. Violeta Santos

condicionantes físicas e climáticas mapa topográfico

A linha férrea e o córrego São Pedro trazem duas faixas de área non aedificandi, para ferrovias de acordo com a Lei de Parcelamento do Solo Urbano (Lei 6.766/79), no seu art. 4º, uma faixamínimadequinzemetros,eparacursosd'águanaLeiFederal 12.651/2012 (Código Florestal) uma faixa de vinte metros, que podevariardeacordocomleismunicipaisespecíficas. - Macroárea de Requalificação, Consolidação e Expansão Urbana (MA-1), 20 | o lugar Em relação a questões construtivas

A análise da legislação tem como intuito entender as diretrizes de ação e planejamento determinadas para a área de projeto, buscandosaberoslimitesdeatuaçãodentrododeterminadopela leiurbana.Aregiãoemquestãoencontra-seinseridanas: -MacrozonadeConsolidaçãoeQualificaçãourbana(MZQ)

análise - legislação

para o terreno, a Legislação UrbanadeJuizdeForaestabelece: Modelodeocupaçãopermitido: AtéM3 CoeficientedeAproveitamentoMáximo: 2,4 TaxadeOcupaçãoMáxima:65% Afastamento lateral mínimo: uma divisa = 0, demais = 1,5 m Afastamentofrontalmínimo:3m linhaférrea MAPRO córregosãopedro afastamentos terreno Mercado>1500m²-1vaga/25m²AE(73vagas) VagasdeGaragemparaoComplexo: EspaçoCultural≤300lugares-1vaga/40a200m²AE(5vagas) Escola de gastronomia 1000 m² < AE ≤ 2000 m² - 1 vaga/ 25 a 75 m² AE(22vagas) Lojas≤1500m²-1vaga/25a100m²AE(2vagas) Auditório≤300lugares-1vaga/40a200m²AE(2vagas) Total:278vagas Restaurantes>300m²-1vaga/20m²AE(174vagas)

intervenções Novas faixas Trecho com nova pavimentação Passagem Subterrânea Edificação a ser demolida 21 | o lugar novas elevadasfaixas nova ProcópioR.parapavimentaçãotrechodaMariano nova humanizadasubterrâneapassagem demolição de urbanasemedifíciofunção

04 o projeto

esquema 01 Continuidade do Museu em direção ao bairro esquema 04 Praça como elemento unificador do entorno urbano e da paisagem; linhaférrea MAPRO terreno córregosãopedroantigotraçado

conceito e partido

GASTRONOMIAECULTURA HISTÓRIA daocupaçãoárea culturdiversidadeal CONTEXTO museu experiência do usuário paisagem

24 | o projeto

A ideia principal do projeto concentra-se na experiência do usuário a partir da autenticidade da paisagem e sensações proporcionadas pelaferrovia.Comissobusca-serecuperarelementosqueremetamo histórico de ocupação da área, a formação do bairro e sua influência direta com o Museu Mariano Procópio (MAPRO), aliando-os a concepção do projeto. Elementos estes como por exemplo, o antigo traçado da linha férrea que passava pelo terreno selecionado e alguns aspectos construtivos da arquitetura industrial de Juiz de Fora. A seguir seguem alguns parâmetros em forma de esquemas evolutivosquecaracterizamopartidoarquitetônico: ferroviaimigrantes

25 | o projeto

esquema 05 Acessibilidade: Conexão do edifício com a rua; esquema 06 O programa da edificação disposto sobre uma grande cobertura, relembrando os grandes mercadospúblicos;

esquema 02 Relação topográfica de alturas e vistas que se podem alcançar com a nova edificação; esquema 03 Antigo traçado da ferrovia dá origem à volumetria do projeto; Considerações normativas de uso e ocupação do solo; afastamentos

conceito e partido 26 | o projeto

programa de necessidades + setorização deckb)docasstandsRestaurantes 01 - Setor Gastronômico a) Mercado Regional móduloslojasanitáriosde serviço praça de alimentação sanitários 2 - Setor Educacional apobibliotecaiopara professores e funcionários área de exposições e apresentações área administrativa b) Espaço Cultural a)slaborsauditlojasórioanitáriosatóriosalasparaoficinasEscoladeGastronomiaespaçopúblico gargaragensagens mercado restaurantes escola área de exposições lojas adm. rioauditó- wc’s vcirc.ert. casdo- dep táreaéc. rcobertura+15,50estaurantes+07,20mercado0,00subsolo1-4,50 subsolo 2 7,90 27 | o projeto

foto inserção 28 | o projeto

29 | o projeto o projeto

0 25 5010 100 N 01 02 03 04 04 04 04 04 05 05 05 06 07 07 07 08 09 10 11 12 12 12 13 16 16 18 03- Mercado Regional 02- Carga e Descarga 07- Sanitários 01- Hall de Entrada 05- Circulação vertical 04- Lojas 06- Depósito | DML 08- Espaço de exibições e apres. 11115-109-12-10-AuditórioFoyerDeckAdministração3-PraçaArenaverde7-Vagãodeapoio arena 16- Acessos passagem sub.1118-Docas9-Áreatécnica4-Pergolado masterplan - térreo A B C cirmercadoáreadeexpos.lojasadm.auditó-riowc’sc.vert.docasdepósitoáreatéc.30 | o projeto

A B C 31 | o projeto

restaurantes escola adm. wc’s circ.vert. dep. 0 25 5010 100 h- cozinha b- gerência e- copa f- estoque seco 01, 02, 03 e 04 - Restaurantes a- carga e descarga dg-estDMLoque refrigerado c- vestiários i- bar jk-caixadepósito de lixo ba c d e c f g h j k planta-baixa nível 01 06- recepção 07- sanitários 09- apoio oficinas 11 - laboratório digital 05- circulação 10- sala multiuso 12- bibliote 13- apoio professores 14- recepção adm. 15 - administração, logística, contabilidade, secretaria, s. reuniões 16- diretoria 1708-dmlsalas oficinas 01 02 03 04 05 05 05 07 07 07 07 07 08 12 12 06 0908 10 11 12 13 16 14 15 18 17 A B C N32 | o projeto

A B C 33 | o projeto

0 25 5010 100 N subsolo - garagens 34 | o projeto 01 02 02 05 03 04 01 02 02 06 07 02- Circulação Vertical 04- Central de ar condicionado 05- Acesso garagem e passagem 06subterrânea-Salasistema de ventilação mecânica garagens 07- Casa de bombas 01- Estacionamento 03- Sala técnica 03 subsolo 01 subsolo 02

corte esquemático A 0 25 5010 100 35 | o projeto

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Obrigado!"A gastronomia define nossa identidade tanto quanto os sons do samba, a arquitetura barroca ou a modernista."

Carlos Alberto Dória

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