TCC Arquitetura - Complexo Gastronômico e Cultural de Juiz de Fora (pré-banca)

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mercado complexo gastronômico e cultural de Juiz de fora

mercado complexo gastronômico e cultural de Juiz de Fora Juiz de Fora, 28 de outubro de 2020 Orientando: Ríchard José de Lima | Orientador: Mariane Garcia Unanue | Professora convidada: Elvira Mancini Universidade Federal de Juiz de Fora | Faculdade de Arquitetura e Urbanismo | Trabalho de Conclusão de Curso II

01 introdução

O projeto do complexo gastronômico e cultural possui a finalidade de abordar um tema em ascensão na atualidade: a tendência da gastronomia atrelada à cultura e ao lazer Temaestequedáintroduçãoesefazbaseparaasolidificaçãodestetrabalho.

06 | introdução

A alimentação envolve uma gama de valores abarcados na maneira de ser de cada povo, segundo a sua formação. Essas particularidades devem ser respeitadas por denotarem comportamentos intrínsecos que vão desde as memórias da infância, identidade culturaleanecessidadedesocializar-se. Juiz de Fora é uma cidade multicultural. É o segundo município mineiro em número de residentes estrangeiros, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (2012). Esse fator é de grande importância para a gastronomia local, prova disso são os diversos restaurantes, bares, feiras gastronômicas, eventos de food truck e apresentações artísticas que atraem várias pessoas. Essas diferentes formas de lazer colocam em questão a vontade de um espaço completamente destinado a estes usos. Concentrar todas essas atividades em um mesmo espaço seria um bom meio de representar a , além de trazer ainda , ediversidade gastronômica mais vidausosformas delazerparaacidade. Segundo Corner (2008), a gastronomia é um elemento fundamental para representar a cultura, a identidade de uma população, a evolução sofrida pela sociedade, a forma que a alimentação é produzida e vendida, possibilitando identificar as raízes culinárias de umadeterminadaépocaouetnia. Como dito, o município possui um patrimônio cultural muito diversificado. Em sua historiografia serviu como porta de entrada para os imigrantes no País, principalmente os Alemães, Italianos, Sírios e Libaneses, que contribuíram para a formação sociocultural da região. Diante disso se faz necessário resgatar para a memória das pessoas, o valor histórico e cultural que esses povos agregaram ao município. Dentro desse contexto o projeto traz como uma das diretrizes: a gastronomia e cultura, marcadaspelas influênciasdasquatroprincipaisetniasquecolonizaramacidade.

Espera-se que a proposta projetual desse trabalho, seja o ponto de partida e estimule, efetivamente, o setor público ou privado adotá-la. É um projeto arquitetônico e urbanístico inovador, com ampla estrutura de serviços regionais para que Juiz de Fora seja evidenciada segundo suas origens, costumes e culinária sem que nenhum pormenor seja esquecido, o que possivelmente potenciará e atrairá vários segmentos do turismo, enriquecendoaagendadeopçõesdelazernacidade. O empreendimento que terá como temática a gastronomia, poderá ser uma verdadeira vitrinerepresentativa das potencialidades culturais e turísticas do País. Também, tem-se como expectativa que seja despertado no visitante o desejo de conhecer outras localidades, afim de assegurar a cultura nacional e confirmar a combinação de usos e costumesdasdiversasregiõesqueconstituemasociedadebrasileira.

introdução + justificativas

Na monografia elaborada para o TCC I , de formas gerais, foi realizada uma revisão bibliográficacomafinalidadedeexternalizarumabrevecontextualizaçãodagastronomia no Mundo, no Brasil, em Minas Gerais e em Juiz de Fora, associada à historiografia, à identidade cultural, à culinária como forma de expressão cultural, às relações do comércio com o espaço público. Também se aprofundou no entendimento dos espaços gastronômicos atuais, especificamente em relação à arquitetura gastronômica. Para compreender como os espaços estão sendo solucionados para atender às demandas da Gastronomia contemporânea, foram apresentados três estudos de caso, distintos, porém conectadosaoâmbitodaalimentação.

conceitos + intenções 07 | introdução

A intenção geral do novo espaço é unir diversos tipos de atividades em um único local, a fim de atingir e englobar o maior número de pessoas possíveis, tanto habitantes, quanto turistas através da venda e troca de produtos, consumo in loco dos alimentos com estandes, bares, cafés e restaurantes, com aulas de culinária ou somente com o intuito de participar e de visitar alguma exposição ou apresentação cultural. Para que essas premissas se concretizem, faz-se necessário abordar os seguintes conceitos apresentados no quadro ao lado.

Uma edificação visível e acessível, que instiga a atenção de transeuntes, convidando-os a visitar o Complexo. Deve permitir a passagem, porém estimular a permanência do público, seja consumindo produtos ou apenas vivenciando o espaço. Uma edificação de iniciativa público-privada, que seja de acesso livre ao público. Com o intuito de receber eventos efêmeros culturais (festivais, feiras, eventos de lazer), aulas de gastronomia e Workshops. Público e Privado Espaços Polivalentes Espaços que possam abrigar diversos usos sem que a arquitetura mude, tendo uma capacidade de se adaptar à diversidade e à mudança, conservando sua identidade. Fachada ocupada com comércio, serviços ou equipamentos com abertura direta para a rua, que humaniza o passeio público pelo contato do térreo da edificação. Fachada Ativa

Tem-se como premissas para o projeto do Complexo Gastronômico e Cultural, ressaltar a identidade cultural juiz-forana, através de espaços polivalentes que permitam relacionar a Gastronomia ao contexto sociocultural e histórico do lugar, trazendo mais opções de lazer, de encontrosetrocas, e vidanoturna à área.Essevemcatalisaressaspremissasapartirdapropostadenãoserapenas um equipamento pontual, mas que se insira no espaço urbano de forma a valorizar o seu entorno, sua vocação e história, consolidando-se como um objetodinamizadordoespaçopúblico.

Uma edificação que dialoga com arquitetura pré-existente, e se adequa à condicionantes físico-territoriais e que sirva de incentivo para revitalização e reavivamento do seu entorno. Integração com o entorno Permeabilidade e Visibilidade

referências projetuais

O projeto foi concebido pelo escritório de Arquitetura BMA, que possui sede no Chile e Argentina, foi vencedor de um Concurso para a construção de um Centro Gastronômico e Cultural no bairro Bellavista, em Santiago no Chile. O concurso exigia um programa arquitetônico que contasse com 10 restaurantes, mercados, comércio local de artesanatosejoias,entreoutros. Os arquitetos usaram como ponto de partida, a relação do terreno (um vazio dentro de uma zona homogênea, consolidada e de grande valor cultural) com seu entorno, com o desejodeunificarospontosturísticosemsuavolta.Criou-seassimumanovaviacentral no terreno, exclusiva para pedestres, que vincula visual e fisicamente o Museu Neruda comoacessoprincipaldocomplexopelaruaConstituición(figura24)

08 | introdução

Imagens concurso para o centro gastronômico e cultural bellavista, disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/01-138615/ acesso em: 27/10/2020, adaptado pelo autor

primeirolugarnoconcursoparaocentrogastronômicoecultural

Bellavista-Santiago,Chile

Markthal-Rotterdam,Holanda O Markthal Rotterdam localiza-se no centro de Roterdã na Rua Binnenrotte, situado em uma área histórica, junto com a igreja medieval Laurenskerk. A rua, atualmente possuí características de uma grande praça, onde acontece duas vezes por semana, um mercado ao ar livre. É um empreendimento de maiores proporções que possui como princípio básico impulsionar o mercado ao ar livre na região e contribuir para a economia urbana Resumidamente, o projeto trata-se de um enorme espaço comercial no nível da rua, que consta com mercado de alimentos frescos com praça de alimentação, lojas, supermercado e um estacionamento subterrâneo. Esse espaço é coberto por um edifício residencial em forma de arco,fatorqueotornaumaarquiteturasingularmundialmente.

MercadoDaBoca-NovaLimaMG O projeto em questão trata-se de um mercado gastronômico, mas especificamenteumfoodhall,trazendoum ardequermesse,debarraquinha,aprópria vila da comida. O espaço oferece uma experiência única aos visitantes com várias opções de comidas, bebidas e produtos em um ambiente confortável e descomplicado. O Mercado situa-se na Avenida Toronto, paralela à Rodovia BR –040, no bairro Jardim Canadá em Nova Lima – Minas Gerais, a menos de 10 minutos do BH Shopping na capital Osmineira.arquitetos

Imagens Mercado da Boca disponível em: https://mercadodaboca.com.br/ acesso em: 27/10/2020, adaptado pelo autor Imagens Markthal disponível em: https://www.viajoteca.com/markthal-em-rotterdam acesso em: 27/10/2020, adaptado pelo autor

referências projetuais 09 | introdução

tiveram como inspiração as comidas típicas de Minas e a forma de convívio dos mineiros para pensar os detalhes no interior da edificação, como a torre de panelas no centro do salão, estandes com chaminés, luzes e arquibancadacomhortas.

02 o lugar

contexto - que lugar?

Por exercer um importante papel estruturador na cidade, selecionou-se na região central, bairro Mariano Procópio, o terreno do antigo pátio da Companhia Ferroviária UniãoeIndústria,emfrenteaoMuseuMarianoProcópio(MAPRO).Atualmenteopátio faz parte do entorno de tombamento para preservação do patrimônio histórico e encontra-se em uma concessão de uso pela Polícia Federal, onde a única construção remanescente é utilizada para seus fins. O bairro funciona como uma importante ligação entre o Centro e parte da Zona Norte de Juiz de Fora, abrigando tanto grandes comércios como o Shopping Jardim Norte, a Havan e uma fábrica da Coca-Cola quanto núcleosresidenciaisdepequenoportecomcomérciolocal. DE FORA Z. DAMATA MAPRO morro da glória democrata Avenida Brasil

12 | o lugar MINAS G. JUIZ

por que o mariano procópio?

acesso

Considerando que a relação com vias de grande fluxo e a articulaçãoentremunicípios se tornam importantes para um equipamento comercial, pode-se delimitar as áreas próximas à Avenida Brasil, por possuir posição estratégica no sistema viário de Juiz de Fora e características físicas favoráveis para absorver maiores fluxos de veículos. Outros fatores como mobilidadeurbana,acessibilidade,proximidadecomocentro econômico da cidade, aspectos climáticos, e vocação do lugar, foram decisivos para a escolha do bairro. Além disso houve a intenção de fazer uma relação direta do cenário da pesquisa realizada no TCC 1 com o terreno a ser implantado o projeto do TCC 2, dessa forma o Bairro Mariano Procópio se encaixaria nesse propósito por ter sido berço da ocupação de imigrantes na cidade, articulada por Mariano Procópio em busca de mão-de-obra especializada para a construção da EstradaUniãoeIndústria.

antiga ocupação do terreno anos 2000, disponível em: http://mauricioresgatandoopassado.blogspot.com em: 20/10/2020

13 | o lugar

O Governo Brasileiro, incentivava a imigração prometendo terras para os estrangeiros. Dessa forma, a existência desse incentivo influenciou a Companhia União e Indústria a trazerem além de mão-de-obra capacitada, colonos alemães que passariam a viver no Brasil após a construção da estrada. Para receber os alemães a Companhia criou a Colônia D. Pedro II, nas proximidades do povoado ainda chamado Santo Antonio do Paraibuna, atual Juiz de Fora. A colônia era dividida em duas: a "colônia agrícola", que mais tarde se transformou no Bairro São Pedro e a "colônia industrial" que era conhecida como "Villagem" ou "Fábrica" e hoje é o bairro Mariano Procópio A construção da Estrada União e Indústria alterou a organização urbana préexistente na cidade, uma vez que levou o traçado da rodovia para além do perímetro urbano, concentrado, a época, na Rua Direita (atual Av. Rio Branco), originando um novo vetor de ocupação na cidade. O então distrito começa a se desenvolver a partir de chácaras e do crescente comércio ao longo da Rua Gratidão (atual Av. dos Andradas), que ligava o centro original à entrada da chácara do comendador. Esta região, portanto, se desenvolve a partir da imigração e dos novos espaços ocupados emdecorrênciadaconstruçãodaRodovia.

contexto histórico

14 | o lugar

SãoBrasil.Paulo

JuizdeForasitua-senaZonadaMataMineirapróximaaoestadodoRiodeJaneiro, Em 1852, Mariano Procópio possuía recursos e aprovação do Império para a construção da Estrada União e Indústria, que conectaria Juiz de Fora, sede da Companhia União e Indústria aPetrópoliscomointuitodeescoaraproduçãocafeeiradaregião.Porém,noBrasilnãohavia mão-de-obra especializada em números suficientes para a execução das obras rodoviárias. Enquanto isso, na Alemanha, as guerras napoleônicas haviam arrasado o País, as indústrias estavam paradas, a população endividada e muitos operários talentosos estavam desempregados. Surgiu então a idéia de trazer artífices alemães para construir a estrada no e Belo Horizonte é reconhecida como uma das cidades mais amistosas do Brasil, graças aos serviços, à gastronomia, à hospitalidade e à cultura de seus povos. A cidade despontou a primeira usina hidrelétrica de grande porte da América do Sul e mais tarde ganhouotítulodeManchesterMineiradevidoseufortedesenvolvimentonosetorindustrial. Hoje, a cidade possui mais de meio milhão de habitantes, e concilia a tradicional vocação industrial à novas necessidades de uma cidade contemporânea, tornando-se destaque no campodahistória,cultura,esporte,saúde,negócios,eventos,gastronomia,dentreoutros.

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o terreno 04030201 08070605 15 | o lugar O Terreno por se encontrar parcialmente desocupado e possuir apenas uma edificação de pequeno porte de apoio à polícia militar, muitas das vezes passa despercebido aos olhares de transeuntes. O espaço que antigamente compunha a quinta do Comendador Mariano Procópio, fora ocupado por algumas edificações até meados dos anos 2000, onde provavelmente foram demolidas por estarem em avançado grau de abandono e deterioração. 08 02 03 04 05 06 07 01 antiga ocupação do terreno anos 2000, disponível em: http://mauricioresgatandoopassado.blogspot.com acesso em: 20/10/2020

AvenidaAndradasdos RuaProcópioMariano

Av. Cel VidalAv. Rui Barbosa Rua Violeta Santos Rua Eng. José Carlos de Morais Sarmento RioParaíbuna RuaGuimarãesBenjamin AvenidaTerrenoTransporteViaViaBrasilArterialColetoraPúblicoLinhaFérreaViasdeAcessoaoTerreno

O ponto de partida pra entender a dinâmica de mobilidade dentro do recorte selecionado é a linha férrea. A área analisada apresenta um dos pontos em que a ferrovia cruza uma avenida da cidade, no caso no encontro entre a Av. dos Andradas e a Rua Mariano Procópio.

Comumente o trânsito é interrompido várias vezes ao dia pela passagem do trem, e os impactos são bastante sentidos na região. O recorte apresenta uma hierarquia de vias bem delimitada, apresentando fluxo baixo nas vias de bairro e fluxo mais intenso nas principaisdeconexãocomocentroecomaAvenidaBrasil. pedestres, especialmente no cruzamento que leva à Av. dos Andradas.

Uma tentativa de mitigar alguns dos empecilhos do tráfego de pedestres foi a instalação de um semáforo com acionamento automático, o que tornou o acesso ao Centro Cultural Dnar Rocha mais simplificadoeeficiente. Quanto ao fluxo de pedestres, a Rua Mariano Procópio apresenta dificuldades de mobilidade, com a inexistência de calçada em um trechodamargemcontíguaàferroviaepoucasfaixasde Os acessos ao terreno selecionado também são complicados, primeiramentedevidoalinhaférreaqueéumagrandebarreirafísicae impossibilita o fluxo livre pelas margens da Rua Mariano Procópio, outro empecilho é o grande desnível existente no vértice de encontro das Ruas Benjamin Guimarães e Violeta Santos. Observações essas quedevemserlevadasemconsideraçãoparaaelaboraçãodoprojeto.

hierarquia viária e mobilidade

16 | o lugar 0 50 100 250 500 1000N

0 50 100 250 500 1000N

17 | o lugar Posto Gás CenterSpazio Jardim Real TERRENO Centro Cultural Dnar Rocha UniversitárioHospital ColégioCatarinaSantaMAPRO RioParaíbuna Casa Colméiasdas ComercialMistoResidencial

uso do solo

PatrimônioTemplosInstitucionalSERVIR

Outro ponto de complexidade são as diretrizes especiais existentes paraoespaço,devidoaograndeinteressedeproteçãoculturale ambiental da área, bem como os desafios que a ferrovia apresentam uso e ocupação do solo como quanto elemento de bloqueio e fontederuídoetrepidação. Um leitura do recorte escolhido nos permite averiguar que existe uma presença forte de usos mistos, evidenciando o caráter comercial bastante forte do bairro, mesclando-se com as residências. Quanto às alturas, observa-se uma predominância de edificações de dois a quatro pavimentos, o que cria uma malha uniforme em sua maior extensão, porém, com algumas edificações acima de dez pavimentos espalhadas pontualmente em meio a malha notoriamente baixa, o que tornaaleituradaregiãomaisfragmentada. Oentornoimediatoapresentaalgunsexemplaresdebensdeinteresse histórico cultural, para além do já citado Museu Mariano Procópio. No mapaaoladopode-sedestacarespecialmenteas instalações do Centro Cultural Dnar Rocha e da Brigada de Infantaria Leve, duas casas, uma na Rua Mariano Procópio e outra na Rua Benjamin Guimarães, a Fábrica da atual Servir, na Av. dos Andradas e o Colégio Santa Catarina. É possível perceber com esses exemplos os diferentes tipos e tempos de ocupação da região estudada, destacando-se assim mais uma vez a importância de se preservar as camadashistóricasdobairro.

condicionantes físicas e climáticas mapa orientação solar, ventos e ruídos no, 8r :0ve 0in amdesolstício o, 1n 6r :0ve 0n pi mdesolstício , 8o :ã 0r 0ve amdesolstício , 16o :0rã 0e pv mdesolstício

Com a análise de insolação e ventilação, foi possível tecer considerações para as aberturas e fechamentos das fachadas do Complexo. Nota-se que a testada do terreno é a mais crítica por receber a maior quantidade de sol por mais tempo durante o ano, contudo, nessa mesma porção há um maciço quemargeiaocórregoeseráincorporadoaoprojetocomoproteçãoda insolaçãodireta.Dessaformaoidealéqueseprotejaasfachadasnorteeoeste e que haja aberturas na fachadas norte e sul para uma melhor ventilação cruzadanaedificaçãoeotimizaçãodegastoscomventilaçãomecânica.

O maior elemento gerador de poluição sonora na área fica a cargo do tráfego trens de carga em atividade até os dias atuais. As demais ruas que contornamoterrenogeramruídosemmenorquantidade.

maior frequência de ventos - sudeste maior velocidade de ventos - sul

insolação no terreno 18 | o lugar N LS O decio ví est rl ão os solstíciodeinverno Intensidade dos ruídos Velocidade predominante dos ventos TerrenoTrajetória solar aparente inverno Trajetória solar aparente verão 0 50 100 250 500 1000N

N

19 | o lugar

O terreno apresenta topografia regular em grande parte de sua extensão, porém, nas testadas das ruas Violeta Santos e Benjamin Guimarães apresenta um grande desnível em aclive em relação ao terreno. Atualmente nesse desnível fora construído um muro de contenção de aproximadamente 7 metros de altura que contorna boa parte das ruas mencionadas.

condicionantes físicas e climáticas mapa topográfico 0 50 100 250 500 1000

análise - legislação

A análise da legislação tem como intuito entender as diretrizes de ação e planejamento determinadas para a área de projeto, buscando saber os limites de atuação dentro do determinado pela lei urbana. A região em questão encontra-se inserida na Macrozona de Consolidação e Qualificação urbana (MZQ) que prevê a integração da malha viária existente com modais não motorizados,otimizarainfraestruturajáinstalada,qualificaraofertade transporte coletivo e a construção e aplicação do plano de reabilitação da área central,quevisa,especialmente,umamaiorvalorizaçãodospedestreseáreas de convívio público, sendo essa uma diretriz chave para o espaço, que é por si só um espaço público que deve ter seu uso estimulado, mas também pela proximidade com uma grande área da cidade de mesmo cunho, o Museu Mariano Procópio, buscando sempre a integração entre as atividades dos dois Encontra-seespaços. inserido, também, na Macroárea de Requalificação, Consolidação e Expansão Urbana (MA-1), confirmando a ocupação antiga e consolidada da região, com uma malha urbana estável e consistente, reforçando a relação íntima da Estação com o bairro Mariano Procópio. O parque ainda se trata de um parque urbano delimitado e uma Unidade de Proteção e Incremento Ambiental 1, reforçando a importância de integrar as ações de projeto ao espaço, bem como destacando os contrastes entre a malha urbana circundanteeosjardinshistóricos. A linha férrea e o córrego São Pedro trazem duas faixas de área non aedificandi, para ferrovias de acordo com a Lei de Parcelamento do Solo Urbano (Lei 6.766/79), no seu art. 4º, uma faixa mínima de quinze metros, e para cursos d'água na Lei Federal 12.651/2012 (Código Florestal) uma faixa de vintemetros,quepodevariardeacordocomleismunicipaisespecíficas. 20 | o lugar Afastamentofrontalmínimo:3m Taxa de Ocupação Máxima: 65% Em relação a questões construtivas para o terreno, a Legislação Urbana de Juiz de Fora estabelece: Coeficiente de Aproveitamento Máximo: 2,4 Modelo de ocupação permitido: Até M3 Afastamento lateral mínimo:

uma divisa = 0, demais = 1,5 m linhaférrea MAPRO córregosãopedro afastamentos terreno VagasdeGaragemparaoComplexo: Mercado>1500m²-1vaga/25m²AE(73vagas) Restaurantes>300m²-1vaga/20m²AE(174vagas) Lojas≤1500m²-1vaga/25a100m²AE(2vagas) EspaçoCultural≤300lugares-1vaga/40a200m²AE(5vagas) Auditório≤300lugares-1vaga/40a200m²AE(2vagas) Escoladegastronomia1000m²<AE≤2000m²-1vaga/25a75m²AE(22vagas) Total:278vagas

Outra intervenção importante trata-se da demolição de uma edificação existente no terreno, por estar completamente descaraterizada daquilo que havia ali e por não comportar a função de continuidade urbana no bairro, sendo apenas um elemento pontual, que não contribuí para a interação das pessoas comoespaçoe acidade. Com os apontamentos realizados na análise da legislação, no que tange uma maior valorização dos pedestres propôs-se a instalação de faixaselevadas em alguns ruas com o propósito de melhorar a mobilidade na área. Outro elementochaveparamelhoriadofluxoesegurançadaspessoasfoiaproposta de uma passagemsubterrânea conectando a Rua Mariano Procópio ao terreno escolhido, dessa forma as pessoas podem atravessar a linha férrea com mais segurança e experimentar uma circulação humanizada com painéis expositoresquecontamumpoucodahistóriadobairro.

21 | o lugar

Apesar de se tratar de uma área com grande interesse de preservação cultural e histórica, observa-se que há pouca gentileza urbana principalmente em relação a Estação Mariano Procópio (Centro Cultural Dnar Rocha) que fica escondida e espremida entre uma via movimentada e a própria linha férrea. Com isso surge a ideia de trocar a pavimentação asfáltica de parte da Rua Mariano Procópio, por bloquetes cimentícios, contribuindo na percepção de que se trata de um trecho importante na cidade, criando um respiro visual e consequentementereduzindoavelocidadedotráfegodeveículosnaárea. Novas Trechofaixascomnova pavimentação Passagem Subterrânea Edificação a ser demolida

consequências e intervenções

04 o projeto

A ideia principal do projeto concentra-se na experiência do usuário a partir da autenticidade da paisagem e sensações proporcionadas pela ferrovia.

CONTEXTO museu experiência do usuário ferrovia

Com isso busca-se recuperar elementos que remetam o histórico de ocupação da área, a formação do bairro e sua influência direta com o Museu Mariano Procópio (MAPRO), aliando-os a concepção do projeto. Elementos estes como por exemplo, o antigo traçado da linha férrea que passava pelo terreno selecionado e alguns aspectos construtivos da arquitetura industrial de Juiz de Fora.

esquema 01 Continuidade do Museu em direção ao bairro esquema 04 Praça como elemento unificador do entorno urbano e da paisagem; linhaférrea MAPRO terreno córregosãopedroantigotraçado

24 | o projeto

GASTRONOMIAECULTURA HISTÓRIA daocupaçãoárea culturaldiversidade

A seguir seguem alguns parâmetros em forma de esquemas evolutivos que caracterizam o partido arquitetônico:

conceito e partido

ferroviaimigrantes

25 | o projeto

esquema 02 Relação topográfica de alturas e vistas que se podem alcançar com a nova edificação; Considerações normativas de uso e ocupação do solo; esquema 03 Antigo traçado da ferrovia dá origem à volumetriaprojeto;do afastamentos Acessibilidade: Conexão do edifício com a rua; esquema 05 O programa da edificação disposto sobre uma grande cobertura, relembrando os grandes mercadospúblicos; esquema 06

conceito e partido 26 | o projeto

programa de necessidades 27 | o projeto a)praçadecksanitáriosdealimentaçãoMercadoRegional 01 - Setor Gastronômico a) Escola de Gastronomia 2 - Setor Educacionaláreasanitáriosdocasmódulob)lojasstandsRestaurantesdeserviçodeexposições e apresentações salas para oficinas apoioauditóriosanitáriosbibliotecapara professores e funcionárioslaboratóriosb)árealojasadministrativaEspaçoCulturalespaçopúblico garagensgaragens mercado restaurantes escola área exposiçõesde lojas adm. rioauditó- wc’s vert.circ. casdo- dep. téc.área cobertura+15,50restaurantes+07,20mercado0,00subsolo1-4,50 subsolo 2 -7,90

N 28 | o projeto 0 25 1050 100 Masterplan 05- Circulação vertical 10- Foyer 16- Acessos passagem sub. 18 08-04-09-01-06-02-03-12-14-07--DocasSanitáriosPergoladoDeckMercadoRegionalCargaeDescargaDepósito|DMLHalldeEntradaAdministraçãoLojasEspaçodeexibições e apres. 1117-15-13-AuditórioPraçaArenaverdeVagãodeapoio arena 18

29 | o projeto N 0 5 10 50 25 pavimento térreo

N 0 5 10 50 25 primeiro pavimento 30 | o projeto

N corte esquemático A 31 | o projeto 0 25 1050 100

N 0 5 10 50 25 primeiro subsolo 32 | o projeto

N 0 5 10 50 25 segundo subsolo 33 | o projeto

34 | o projeto

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40 | o projeto

41 | o projeto

42 | o projeto

43 | o projeto

Obrigado, até a banca final! ;D

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