Revista Cyclomagazine Edicao 166

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Evento

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12º Encontro Cyclomagazine proporciona negócios, lazer e cultura em São Luís - MA p.16

Edição 166

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Sumário Capa

48 Festa, tristeza e superação no 94º Giro de Itália

Evento

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Tradicional Encontro Cyclomagazine desembarca no Maranhão

Mercado

Competição

Empresa

Ciclismo mobiliza Lagoa da Prata

Marca internacional monta escritório no Brasil

34

14

Produto

40

Novidade e tecnologia em produtos já consagrados no mercado

SEÇÕES Editorial........... 05 Tendência...........38 Correio............. 06 Internacionais.. 44 Notas...................10


Editorial

cyclomagazine

Edição 166 / Junho 2011

Editor Osmar Silva

osmar@luanda.com.br

Diretor José Haroldo G. Santos haroldo@luanda.com.br

Redação Hylario Guerrero (MTB 13468) Renato F.V. dos Santos Filho (MTB 59161) Rosangela Hilário (MTB 46219) redacao@luanda.com.br Arte e Diagramação Bruno R. Mello dos Santos Diego Igor de Oliveira midia@luanda.com.br arte@luanda.com.br Publicidade: Luanda Brasil Serviços de publicidade Ana Paula Lima Edmar Santos José Ricardo Gomes Raphael Garcia vendas@luanda.com.br Assessoria gráfica Pavagraph Impressão ?? Administração Juici Monteiro Fernanda Oliveira luanda@luanda.com.br R. Joaquim de Almeida Moraes, 273 Jd. Magali - CEP 02844-000 - São Paulo/SP Tel.: +55 (11) 3461-8400 / 3461-8401 Fax + 55 (11) 3923-5374 A cyclomagazine aceita matérias técnicas como colaboração. Os artigos deverão vir acompanhados de fotos ilustrativas com as respectivas legendas e curriculum do autor. A revista não se reponsabiliza por opiniões e artigos assinados que podem ou não expressar a mesma opinião do editor. As opiniões emitidas em artigos assinados são de responsabilidade do autor. A revista não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios veiculados, nem por aquisições em função destes. Todos os direitos reservados, sendo proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio, sob pena de procedimentos legais. A revista cyclomagazine é uma publicação mensal da Luanda Editores Associados LTDA., e tem sua marca registrada no INPI sob o número 820.332.593

H

á males que vem para bem!A frase é antiga e frequentemente lembrada para justificar tragédias que, em sua maioria, poderiam ser evitadas se houvesse, por parte dos poderes públicos, efetiva atuação preventiva. A morte de um empresário que utilizava a bike como meio diário de transporte reacendeu a polêmica da necessidade de vias para o trânsito de ciclistas na cidade de São Paulo. Enquanto morreram simples anônimos, operários, estudantes pobres e outros de classes sociais de menor poder aquisitivo, a repercussão ficou no rodapé das páginas internas e dedicadas às misérias da sociedade em jornais sensacionalistas. Nem nos programas diários de fim de tarde, que enfocam com absurdas repetições as mazelas da cidade, há comentários sobre estas vítimas da incompetência dos administradores da cidade. Porém, quando, infelizmente, a vítima é um empresário, por acaso ativista dos movimentos em prol das bikes e seus usuários, o problema cicloviario ganhou as manchetes dos principais jornais e espaço nos telejornais e programas de apresentadores milionários das redes nacionais de TV. A situação do trânsito nesta mega metrópole é vista apenas como problema viário e de circulação dos veículos motorizados. E quem não possui automóvel, moto ou não utiliza os transportes públicos são sumariamente desconsiderados. O pedestre, desrespeitado em seus direitos de caminhar sobre as calçadas, invadidas até por veículos daqueles que deveriam fiscalizar e lhes dar segurança. E quando necessitam atravessar as vias, correm o risco de atropelamento, mesmo quando fazem uso das faixas de segurança. Os ciclistas, então, que, para economizar alguns Reais, pedalam de casa até as estações de Metrô ou trens ou ainda, aos terminais de ônibus, sequer são citados nas pesquisas, sejam elas de uso de transporte alternativo ou de estatísticas de vítimas da violência urbana. Assim, cremos que não temos apenas um problema de circulação. Temos um problema social que precisa de solução urgente. Ou será que estes parcos 35 km de ciclovias da cidade, mais aqueles trechos liberados aos finais de semana, são suficientes? Segundo nota divulgada por um instituto de pesquisa, algumas empresas preocupadas com os possíveis contratempos que os seus funcionários poderão enfrentar nos horários de pico por ocasião dos eventos Copa do Mundo e Olimpíadas, que serão realizados no País, já analisam possibilidades de flexibilização de horários em suas atividades, utilização de fretados e estímulo ao uso de bikes, com a criação de estacionamentos específicos. Sem a implementação de qualquer uma destas opções, a atual situação tende a se agravar. Hoje, muitos passam de 2 a 3 horas diárias reféns do trânsito diariamente. Enquanto isto, provando o interesse das autoridades municipais, um vereador anuncia que a Comissão de Constituição de Justiça da CMSP votou, em 15 de junho de 2010, pela Legalidade constitucional do PL 655/2009 que altera e insere melhorias na Lei 14.266 (lei das ciclovias) e que agora o projeto segue para Comissão de Política Urbana, aonde será alvo de uma audiência pública com ciclistas urbanos para melhorar ainda mais esta importante lei. A ideia da necessidade de revisão da Lei 14.266 surgiu durante o "Simpósio Bicicleta + São Paulo", realizado no mês de Maio de 2008. Neste evento foi feita uma avaliação do primeiro ano de aplicação da Lei 14.266 que Cria o Sistema Cicloviário do Município de São Paulo. Que maravilha! Agora vai!

Todos nós

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Diretoria Osmar Silva José Haroldo G. Santos

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Foto divulgação: Gazzetta dello Sport


Correio

Email: redacao@luanda.com.br Site: www.luanda.com.br Endereço: R. Joaquim de Almeida Morais, 273 - CEP: 02844-040, São Paulo - SP

Interaja com a redação

muitos clientes desejam ler. Gilberto Freire Gilberto Bicicleta Campina Grande – PB (Por e-mail)

HOMENAGEM

No mês de maio, completou 1 ano da morte de Harald Hartmann, que criou vários projetos de bicicleta, entre eles a Quattro. Gostaria de prestar uma pequena homenagem na Cyclomagazine a este que foi nosso amigo, irmão e camarada, parafraseando o cantor Roberto Carlos. Como não tenho prática em redigir textos desse gênero, pediria esse favor. Fernão Porto Engenheiro mecânico especialista em bicicletas São Paulo – SP (Por e-mail)

Resp.: Caro Fernão, não existe texto que possa ser fiel ao homenagear este amigo saudoso. Cultor da bicicleta e suas várias utilizações, foi uma perda não apenas para aqueles que puderam com ele conviver. A bicicleta ficou sem um dos seus maiores defensores como meio de transporte eficiente, ecológico e saudável.

PEDIDO DE EXEMPLARES

Poderiam enviar, para a divulgação em nossas lojas, 120 revistas onde foi publicada matéria sobre o 2° Encontro do Mercado de Bicipeças, em Campina Grande? A matéria ficou ótima e

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Resp.: Atenderemos sua solicitação, e em breve receberá os exemplares em suas lojas.

DICAS DE FORNECEDORES

Quero parabenizar o trabalho de toda equipe Cyclomagazine e pedir uma dica. Tenho o interesse de abrir uma bicicletaria, mas estou em dúvida sobre como detectar os melhores preços e distribuidores. Onde posso conseguir essas informações? Renato Rondon Mogi das Cruzes – SP (Por e-mail)

Resp.: A lista com o contato de distribuidores existentes no mercado pode ser acessada em www.guiacyclomagazine. com.br. Pelo Guia poderá entrar em contato com cada um e verificar quais aqueles que podem atender as suas necessidades.

FILME SOBRE BICICLETAS

Foi lançado o filme "As Bicicletas de Joinville", através do edital de cultura "Elisabete Anderle" do Governo do Estado de Santa Catarina, única produção desse gênero feita no Brasil e que trata, especificamente, de acervo de museus. Caso queira conhecer acesse: www.asbicicletasdejoinville.com.br , onde é possível ver

MUDANÇA DE SEDE Informo-lhes que em breve estaremos em nosso novo escritório, localizado no seguinte endereço: Av.. Presidente Altino n° 1925 – Galpão B – Entrada 01 - Jaguaré / São Paulo – SP – CEP: 05323-002 Por favor, alterem o endereço no mailling, para que possamos continuar recebendo as revistas. Anderson Santos Oblue São Paulo – SP (Por e-mail)

Resp.: Alteração feita. Desejamoslhe sorte no novo local.

o "making-of" do filme ou fazer um "download" completo. Valter F. Bustos Coordenador do Museu da Bicicleta (MUBI), e membro da Diretoria do Movimento Pedala Joinville Joinville – SC (por e-mail)

Resp.: É sempre importante que a bicicleta seja inserida em atividades culturais. Aos interessados, assistam.

OPORTUNIDADE PARA MECÂNICO DE BIKE

Sou diretor comercial de uma loja de bicicletas na Zona Leste de São Paulo, a Ciclo Moraes. Trabalhamos com bicicletas comuns e de competições, e necessitamos de mecânico com experiência. O salário e os benefícios são bons. Estamos há 32 anos no mercado e em constante aprimoramento. Caso saibam de alguém que queira trabalhar nesse ramo e preencha os requisitos, por favor, nos contatem pelo e-mail info@ciclomoraes.com.br Humberto Feijó de Moraes Jr. São Paulo – SP (Por e-mail)

Resp.: Eis uma boa oportunidade àqueles que preenchem os requisitos anunciados.

OPORTUNIDADE PROFISSIONAL

Estamos admitindo, em caráter urgente, profissionais representantes de vendas para atuar nas seguintes regiões: Minas Gerais,



Correio São Paulo, Santa Catarina, Bahia e Rio Grande do Sul. Os interessados devem enviar currículo para contato@gtsm1.com.br Bruno V. Servilha GTSM1 Itu – SP (Por e-mail)

Resp.: Esperamos que bons profissionais se candidatem e tirem proveito desta oportunidade.

UM EDITORIAL QUE NOS FAZ REFLETIR Gostaria de parabenizar toda equipe da Cyclomagazine. Sem dúvidas uma revista séria, com conteúdo editorial que nos faz refletir sobre o mercado e tomar atitudes positivas, nos incetivando a ler mais e aprender como funciona o marketing e os negócios do nosso setor.

ERRATA

Na edição 164, na matéria de cobertura do 2° Encontro de Negócios do Mercado de Bicipeças, em Campina Grande, foi publicado na página 50 que os raios importados da Vzan são de carbono. Entretanto, tratam-se de raios importados, porém, de inox preto. Outro erro foi da não inserção de duas tabelas no artigo técnico elaborado pelo engenheiro Fernão Porto. Segue abaixo as informações:

Claudemir S, Almeida Speed bike - fortaleza - CE (Por e-mail)

Resp.: Nós agradecemos por sua consideração e isso faz com que nos empenhamos ainda mais em nosso editorial.

Tabela 1 • Câmbio de 10 Marchas 52-42 x 14-17-20-24-28 pesa 1.400 g tem Amplitude = 247% (52/14 ÷ 42/28) x 100; tem 7 Marchas Produtivas (2 não podem ser engatadas e a 3ª marcha é sobreposta e repetida) com Distribuição Relativa (%) Não Uniforme: Ex {(1,75/1,50) – 1} x 100 = 16,6 %

1ª 42/28

16,6 %

2ª 42/24

20 %

3ª 42/20

17,6 %

4ª 42/17

5,26 %

5ª 52/20

17,3 %

6º 21,6 % 7ª 52/17 52/14

52/24 1,50

1,75

~2,10

2,47

2,60

3,05

3,71

Tabela 2 Shimano Nexus Inter-7 SG-7R46 (1.465 g) - 7 velocidades - Amplitude = 244% OLD 130 mm (OLD do cubo contrapedal: 127 mm) Uniformidade Percentual entre Marchas Tabela de Equivalência de Pinhões

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Marcha Relação 18 Dentes 19 Dentes 20 Dentes 21 Dentes 22 Dentes 7ª (1:1,545) 12 12 13 14 14 6ª (1:1,335) 13 14 15 16 17 5ª (1:1,145) 16 17 18 18 19 4ª (1:0,989) 18 19 20 21 22 3ª (1:0,843) 21 23 24 25 26 2ª (1:0,741) 24 26 27 28 30 1ª (1:0,632) 29 30 32 33 35 Um Shimano Nexus Inter-7 com pinhão de 18 dentes - mantida a coroa - terá 7ª marcha equivalente à de um câmbio desviador em um pinhão de 12 dentes (11,7 dentes).



Notas

Vzan na primeira página de jornal

O nome Vzan está associado ao esporte. Sempre com lançamentos de novos produtos e patrocínios em eventos esportivos. Com isso ganha destaque na primeira página

Seleção Brasileira de Mountain Bike

mil certificações emitidas em todo o Brasil. São empresas que contribuem para o A CBMTB, após a divulgação fomento de qualidade, bens do protocolo de intenções criado entre as confederações e serviços ambientais. Foi a partir da implementação da nacionais, filiou mais de 200 ISO 14001 que o conceito de ciclistas. A entidade vem renovando a cada dia confiança sustentabilidade ganhou resna modalidade. Novas parce- paldo no País e proporcionou rias também foram fechadas. a realização de iniciativas que A entidade acredita que ainda priorizaram, não só a questão da qualidade das empresas, há muito por vir e que, em breve, o Brasil será uma nova mas também se integraram ao contexto da responsabireferência no mountain bike lidade social corporativa. mundial, esporte olímpico desde 1996, em Atlanta.

Evento retorna às Cinco mil certificações origens na versão 2011 em conformidade com A Adventure Sports Fair organiza sua 13ª edição na Bienal a Norma ISO 14001 As empresas que foram certificadas em conformidade com a norma ISO 14001, serão homenageadas comemorando a marca histórica de cinco

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do Ibirapuera com novidades. O evento de esportes e turismo de aventura deverá movimentar São Paulo entre os dias 11 e 14 de agosto. Dessa

do jornal Folha de Londrina, fazendo com que mais aficionados por bike tenham incentivo ao esporte, notícias e entrosamento com as magrelas, além das novidades.

vez, as atividades que promovem a cultura da vida ao ar livre estarão no evento simultâneo ao Brazil Sports Show.

peças teatrais, atividades de recreação e lazer para a criançada e muitas outras atividades para jovens e adultos.

Dia Mundial do Meio Ambiente

Prova de triathlon reúne 2 mil atletas

Realizado pela FPMTB - Federação Paulista de Mountain Bike - em parceria com a Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade e pela loja Sport Bike, o passeio ciclístico comemorando o Dia Mundial do Meio Ambiente, reuniu mais de 100 ciclistas em frente a Floresta para saírem rumo às trilhas e estradas da unidade de conservação que abriga a segunda maior floresta de eucaliptos do mundo. A atividade foi gratuita. Houve ainda shows musicais, exposição de artes, flores e produtos naturais,

A 11ª edição do Ironman Brasil, promoveu impacto econômico na cidade de Florianópolis, comparado ao de alta temporada. Representou no turismo da cidade, ocupação maior que a do feriado de Carnaval, com um faturamento na ordem de R$ 10 milhões. Contou com público de espectadores na casa de 25 mil pessoas. O evento bateu o recorde de inscrições em apenas três dias depois da abertura, com 2 mil atletas, entre homens e mulheres de 18 a 75 anos, provenientes de 34 países.


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Durobike.com

MOUNTAIN.ROAD.CITY.BMX Photo: Tufino

Geritt Beytagh - Team Moorewood Racing MOUNTAIN.ROAD.CITY.BMX

Made for the Best Part of your Bicycle - You.

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Duro Tires

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Notas

Biker Hannah no Miss São Paulo Hanna Hebling Cecchetto, eleita a Miss Rio Claro 2011, capa e matéria da edição 163 da cyclomagazine, representa o mountain bike paulista na disputa que vai eleger a Miss do Estado de São Paulo deste ano. Indicada pelo Sest/Senat e pela FPMTB , é uma forte candidata representando a beleza feminina da Cidade Azul.

Lançamento do Guia de Cicloturismo Paraná I em São Paulo Após a chegada de viagem de bicicleta pelo Peru. Por quase três meses, quando Olinto Ferreira e Rafaela Ferreira percorreram mais de 3.000 km entre a Serra e o altiplano do País, a dupla lançou o Guia de Cicloturismo - Paraná I, no SESC Ipiranga, que é grande parceiro e apoiador do Projeto de Cicloturismo no Brasil.

Várias da Houston Teresina será cenário de novela A Record dará início às gravações da novela Rebelde em Teresina, PI. A Houston fechou contrato milionário com a rede Record de

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televisão e terá as primeiras cenas gravadas na fábrica.

Prêmio ‘Profissionais de Marketing’ A Houston, destaque em vendas de bicicletas no Brasil em 2010, foi homenageada com o prêmio ‘Profissionais de Marketing’, em São Paulo. O prêmio cedido pela Revista Marketing consagrou os mais importantes incentivadores do desenvolvimento e avanço do marketing no Brasil. O presidente da companhia, João Claudino Junior foi o profissional escolhido como representante do Estado do Piauí e a distinção foi recebida pelo gerente de marketing da companhia, Paulo Rubens Fontenelle.

Ano da Holanda no Brasil

205 mil bikes para estudantes

A Houston que terminou 2010 com 15% da fatia do mercado e recorde de bicicletas produzidas na fábrica em Teresina, PI, fechou parceria para comemorar o ‘Ano da Holanda no Brasil’. A empresa piauiense, a Embaixadal e o Consulado da Holanda no Brasil se uniram para fechar calendário de atividades em comemoração às relações entre Brasil e Holanda, considerado internacionalmente o País das duas rodas. Para se ter idéia, 84% dos neerlandeses possuem uma bicicleta, e muitos têm mais de uma bike, de forma que, há 18 milhões de bicicletas para 16,5 milhões de habitantes.

Estudantes da área rural do Nordeste contam agora com mais um incentivo para não abandonar a escola: a Houston em parceria com o Governo Federal fornecerá 205 mil bicicletas para o Programa ‘Caminho da Escola’. O projeto do Ministério da Educação conta com a participação das prefeituras. O intuito do projeto é diminuir a evasão escolar por falta de locomoção, além de incentivar a cultura de um meio de transporte mais saudável, já que segundo dados do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), muitos estudantes percorrem a pé de dois a 12 km de casa até a escola.



Competição // Minas Gerais Super Bike LM tem recorde de inscritos e cai no gosto de competidores de todo Brasil

Ciclismo mobiliz Texto: Renato Vasques Fotos: Divulgação

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distribuidora mineira LM Bike, mostrando sempre sua preocupação em investir na bicicleta como esporte, promoveu em Lagoa da Prata - cidade onde está sediada - a sétima edição do Super Bike LM, organizada por Silas Vidal e apoiada por várias entidades. A competição, realizada no dia 26 de junho, teve recorde de inscritos, com um total de 260, vindos de

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várias regiões do Brasil. A estrutura foi montada no Complexo Turístico da cidade, e proporcionou ao público, além de uma competição de alto nível, um show ao vivo com a cantora local de MPB, Thalita Silva. Ao todo, a prova teve um percurso completo de 65 Km, e um reduzido de 45 Km. Os atletas demonstraram muita satisfação com o caminho, uma verdadeira combinação de terrenos. Eles percorreram trilhas, estradas de terra, subidas, decidas, um tra-

dicional túnel construído a mais de 150 anos, e trecho dentro de um riacho. “Foi a primeira prova que fiz em percurso deste tipo. Peladar sobre um córrego foi uma experiência única”, afirmou o campeão da categoria Elite Masculina, Douglas José Luiz Neto, o ‘Arara’.Com apenas 19 anos e acostumado a competir pela categoria sub-23, apostou em correr pela Elite e colheu bons frutos. “Arrisquei esperando ter poucos atletas, o que não ocorreu. Foi uma prova muito acirrada, com competidores


za Lagoa da Prata de alto nível”, disse o vencedor, que traz no currículo resultados respeitáveis, como: o Campeonato Brasileiro Contrarrelógio 2009 e o vice-campeonato do Brasileiro de Ciclismo de Pista 2009. ‘Arara’ também é o atual líder da Copa Interestadual de MTB e da Taça Brasil, e, como prêmio, recebeu brindes e o valor de R$ 800,00. “No momento, não tenho patrocínio e corri com uma bike emprestada. É a primeira vez que participo dessa prova, e a premiação é excelente. Com o dinheiro, investirei em uma

bicicleta nova”, disse. Parcerias fazem da competição uma das mais importantes do calendário A edição 2011 contou com diversas novidades, entre elas, a presença da Neutral Support Shimano, que ofereceu duas estruturas de apoio – uma durante a largada e chegada, e outra no meio do percurso – que permitiram que os atletas fizessem ajustes gratuitos nas bicicletas. Outra marca que contribuiu com essa festa foi a Vzan, que patro-

cinou o ponto de água. Os atletas que passaram pelo ponto de água ganharam uma caramanhola personalizada da marca, além de chaveiros e adesivos, dados no momento da inscrição. Na parte estrutural, o evento teve o apoio das marcas RST, CST, WG Sport e High One, que possibilitaram a distribuição de mais de R$ 7.500,00 em prêmios, divididos entre os vencedores das 14 categorias. Os resultados podem ser baixados pelo endereço http:// www.sendspace.com/file/i7ra1u

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Evento _12Âş Encontro Cyclomagazine

Tradicional Encontro Cyclomagazine desemba no MaranhĂŁo

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arca

São Luis, que, de acordo com o IBGE, possui o 12° maior parque industrial entre as 27 capitais do Brasil, reuniu a nata do setor de bicipeças do País, oferecendo oportunidades de negócios, lazer e cultura Texto: Renato Vasques Fotos: Equipe Luanda

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ela primeira vez, o Estado do Maranhão recebeu o tradicional Encontro Cyclomagazine, que reúne fabricantes, representantes, lojistas e distribuidores para a realização de negócios de uma maneira mais intimista e informal. O hotel Brisamar, em São Luis, foi o palco do evento, que contou com a participação de expositores e convidados. Em quatro dias de evento, os participantes, além de fazerem negócios na conhecida ‘feirinha’, puderam conhecer a cidade e as belezas naturais da capital maranhense nos momentos livres, como na manhã de sábado, quando os interessados puderam participar de um city tour. Passaram por pequenas dunas da Praia da Raposa e conheceram o município de São José de Ribamar, onde está localizado um dos maiores monumentos do Brasil, o Monumento a São José do Ribamar, comparado ao Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. No mesmo dia, durante a festa de encerramento, conheceram um pouco da cultura local com o grupo Mocidade Axixaense, que fizeram uma apresentação especial do Bumba-Boi no espaço de lazer do hotel. Vestidos a caráter, dançarinas, músicos e personagens típicos da tradicional festividade maranhense animaram a todos os presentes, fechando o Encontro em grande estilo.

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Evento _12º Encontro Cyclomagazine

(01) Economia global é assunto na abertura O início do 12º Encontro Cyclomagazine aconteceu na sexta-feira pela manhã, com a palestra do professor do departamento de economia da Universidade Federal do Maranhão (EFMA) e Consultor Vice-Presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon-MA), Felipe de Holanda (01). O palestrante esclareceu pontos importantes das mudanças econômicas e cambiais que ocorreram nos últimos anos no Brasil e no Mundo, e como as empresas nacionais estão sendo afetadas com esse novo cenário. Foram abordados assuntos relevantes, como o controle da inflação, o estimulo ao consumo após a Crise Mundial de 2009, e a baixa do Dólar, que abriu caminho para as importações, principalmente vindas da China. “A economia mundial teve a maior queda desde 1930, quando houve a queda da Bolsa de Nova Iorque.

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O que salvou foram as economias emergentes, principalmente a China, que, em dez anos será potência global. Os Estados Unidos injetaram Dólar no mercado, o que aumentou a circulação no mundo dessa moeda, principalmente nos países emergentes. Isso foi um dos fatores que gerou a desvalorização da Moeda americana, e consequentemente, a facilidade em importar. O problema é que o boom das importações gera insegurança quanto ao futuro da indústria nacional”, explicou o professor. Segundo Felipe de Holanda, está sobrando dinheiro no mundo, que está indo para os países emergentes, o que causa inflação. “Com a alta circulação de dinheiro nos países em desenvolvimento, a principal preocupação é o superaquecimento dessas economias, gerando inflação. Isso acontece no Brasil, onde a população está consumindo mais”, reiterou. O economista também falou

sobre outros pontos, como o endividamento da população com as facilidades de créditos, e uma falta de política efetiva que regule a economia. Porém, um assunto que gerou debate entre os presentes foi o crescimento do mercado de bicicletas, que, apesar dos números oficiais não mostrarem números significativos, todos do setor garantem que está em crescimento. Esta questão foi esclarecida pelo diretor da Luanda/Case Osmar Silva: “Os dados oficiais de produção anual de bikes, que fica em torno dos 5,3 milhões de unidades, é um pouco enganoso. Os pesquisadores levam em consideração a produção de fabricantes associados da Abraciclo e outras entidades, esquecendo os pequenos montadores e a informalidade”. Entretanto, o representante Marcos Maia mostrou-se de acordo com os dados oficiais. “Acho que são números verdadeiros, pois, na verdade, cresce o consumo de



Evento _12º Encontro Cyclomagazine

Cláudio de Lira Marculino - Lojista Este tipo de Encontro é muito bom. Tive a oportunidade de participar outras vezes, e São Luis estava precisando receber um evento como este. É sempre um incentivo a mais para o segmento.

Raimundo Silveira - Representante Represento a LM Bike e trabalho no Maranhão (capital e algumas cidades) e Macapá. São Luis necessitava de um evento desse porte , porém, acho que vieram poucos visitantes. Estive no de Campina Grande, que é outro formato, e gostei do resultado. Este também tinha tudo para ser bom. Deveria haver mais divulgação.

peças e não de bicicletas”, opinou. Já Carlos Zogahib, da Eninco, acredita que a produção é bem maior do que a divulgada. “Os dados fornecidos creio que representam 75% da produção. Os restantes são pequenos montadores”. Após debate acalorado e do encerramento da palestra, José Haroldo, também diretor da Luanda/ Case, apresentou o local do 3° Encontro do Mercado de Bicipeças, que acontece na cidade mineira de Caeté. Aproveitou a ocasião para esclarecer as dúvidas dos fabricantes e abrir inscrição para os interessados. As opiniões do setor sobre o contexto econômico atual No decorrer da Feira, que teve início no final da tarde, expositores e visitantes opinaram sobre diferentes assuntos, com destaque para os

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Luiz C. de Brito - Representante Atuo no Maranhão e Pará, e acho esse Encontro uma excelente oportunidade para os clientes da região conhecerem as novidades oferecidas pelos fabricantes e distribuidores. Foi muito proveitoso.

Raimundo S. Lima – Lojista Este Encontro proporciona conhecer as novidades do mercado, que são expostas pelas marcas que os usuários de bicicleta estão pedindo. Passamos a conhecer novos itens e escolhemos em qual investir.

efeitos das medidas ‘anti-inflação por parte do Governo Federal, o crescimento das importações e o caminho que o setor seguirá no restante do ano. Para Mario Mori, da Vzan, o setor de bicicletas e bicipeças não sofreu efeitos com as medidas de restrição ao crédito. “A bicicleta é o meio de transporte mais popular que existe, principalmente para pessoas de baixa renda que precisam se locomover com certa velocidade. Em determinadas regiões, cresce também o uso da bike como meio de lazer, de maior valor agregado, o que mostra o crescimento do nosso mercado”. Eli Emílio, da Nek, partilha da mesma opinião: “Costumo fazer uma brincadeira de que, quanto menos dinheiro no bolso, mais cresce o consumo de pinga e bicicleta. Isso porque terão que

Tárcio P. de Medeiros – Distribuidor Somos de Parnamirim, Grande Natal (RN), e lá o mercado tem dois rumos: as bikes populares, que se encontra estável, e o de alto valor agregado, que está em crescimento. Quanto ao evento, é algo muito interessante para o setor, porém está virando rotina, o que atrapalha a presença de público. Há muitos Encontros. Isso faz com que o lojista que não pode deixar a empresa, selecione melhor em qual ir.

restringir o consumo de cerveja e automotores. Conforme o Governo restringe os créditos, mais a população terá que fazer uso de meios de transporte barato, como a bicicleta”, finalizou. Em contrapartida, Ari Espeiorim, da Technik, afirma que já houve prejuízo ao segmento. “Um dos primeiros produtos a sofrer foi a bicicleta. O consumidor não parou de comprar, porém, a procura diminuiu bastante. O reaquecimento só ocorrerá a partir de julho e agosto. Parece que as pessoas estão com receio de gastar o dinheiro”, opinou, acrescentando um outro problema que pode vir a acontecer. “No segundo semestre, o mercado irá crescer e vai faltar mercadoria. Como o movimento está sendo fraco, muitos diminuíram a produção. Quando aumentar a demanda, o mercado não terá



Evento _12º Encontro Cyclomagazine

Félix M. Vieira - Representante Minha região de atuação é no Maranhão e algumas cidades do Piauí. Esses eventos agregam mais conhecimento, pois há a exposição de lançamentos e produtos novos.O mercado se inova a cada dia, e, com isso, o representante necessita – por mais tempo que tenha de viagem – conhecer os produtos disponíveis, bem como as especificações e aplicações.

Michel S. Gatti - Imagem e Impressão Este Encontro representa a união dos integrantes do setor. Acontece todo ano, porém, causou estranheza a pouca participação do público. A organização poderia tentar descobrir o que cada um deseja do Encontro, para reunir mais pessoas do ramo. Entretanto, o importante é prestigiarmos.

condições de cumprir de forma imediata”, alertou. Para Bruno Vicencio Servilha, da GTSM1, o problema é outro. “O que está atrapalhando muito o ramo de bicicletas, no âmbito das indústrias nacionais, é a importação. Os produtos vindos da China estão dificultando para quem fabrica no Brasil. Não tem como competir, pois há produtos até 50% mais baratos, e o imposto cobrado no País é muito alto. Importar acaba saindo mais barato, dependendo da finalidade da empresa. Se o lojista é muito grande, quase um atacadista, acaba compensando mais buscar produtos no exterior do que no mercado interno, o que precisa ser mudado”, disse. Reinaldo Martins, da Samy, é enfático: “Temos que prestigiar a indústria nacional, que está morrendo aos poucos. É hora de

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Emerson Nunes - Representante O Encontro deveria ser mais prestigiado. Foi uma boa intenção da organização realizá-lo em São Luis. O Maranhão tem um público diferente, e facilita a vinda de pessoas do Norte e da ponta do Nordeste. Este evento feito aqui é muito válido.

Antônio Oliveira Sá – Consultor de Vendas A cidade é maravilhosa. O que me deixou apreensivo é que pessoas que poderiam representar bem Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará não prestigiaram. Porém, o pessoal do Pará veio em peso para essa reunião. Em contrapartida, fiquei contente pelo fato de que um menor número de pessoas possibilitou um congraçamento maior. Houve menos gente, porém, as que vieram abraçaram a causa.

reverter, porque, na primeira subida do Dólar, o produto nacional será o único viável, porém, haverá poucos fabricantes vivos. Depois não adianta medicar o moribundo. Hoje, vi na palestra que a coisa é bem mais complicada do que se pensa. Não dependemos apenas de uma ação isolada. A solução é muito mais complexa e depende de alguém com coragem para mudar”. Delvino Coser, da Coser, complementou: “Acredito que a situação para o mercado de bicicletas melhorará para os fabricantes nacionais. Pelo que vejo, creio que antes de janeiro o Dólar irá ultrapassar o valor dos R$ 2,00. Haverá aquecimento das indústrias, que irão gerar mais empregos. Consequentemente, teremos mais capacidade de concorrer com os produtos estrangeiros. A economia não pode ficar como está, pois as

Teófilo Inácio Filho – Distribuidor Somos de Teresina (PI), e, ao meu ver, o evento é muito bom para agregar o setor. Deve continuar sempre, pois dessa forma, unidos, conseguiremos conquistar mais espaço.

Josélio L. de Sousa – Lojista Estar aqui é a oportunidade para todo o segmento no Estado. Uma oportunidade de negócios que nos deixa muito prestigiado, principalmente por ser em nosso Estado, o Maranhão. Esperamos que seja o primeiro de muitos.

importações exageradas causam desemprego. É claro que deve haver importação. Eu também importo, mas dentro do que necessitamos, não de forma exagerada. Costumo dizer que o atacadista esperto é aquele que importa de 50% a 60% e compra, pelo menos, 40% da indústria nacional. O consumidor do importado é o mesmo que trabalha nas indústrias brasileiras. Se as indústrias não derem emprego, para quem os importadores irão vender? Então, deve haver equilíbrio”. Quem também opinou sobre o assunto foi Antônio Mesquita, ex-fabricante de quadros que está afastado do setor há alguns anos. “Me afastei totalmente do ramo de bikes. Com a invasão chinesa, fiquei sem poder de competição. A concorrência com a China está muito forte e muitos já fecharam


> Isento de contatos mecânicos (reles) gerando real economia de tinta; > Proteção dupla contra surtos de tensão e corrente; > Circuito eletrônico de proteção individual para o operador; > Compatível com várias configurações de pistolas; > Captação da tinta em pó diretamente da embalagem do fornecedor; > Ideal para a troca de cores com agilidade; > Regulagens de vibração, vazão e equalização gerenciada por manômetros; > Conta com sistema de filtragem do ar e regulagem de pressão já incorporados; > Possui a maior garantia fixa do mercado; > Adaptável para rack de automação compatível com o sistema; > Estrutura desmontável.

> Pensando em atender suas necessidades a Cetec lançou a Peneira Manual Rotortec; > Sistema indicador para recuperação do pó direto do reservatório. > Peneira Rotortec é prática e tem excelente performance no manuseio em limpeza; > Com o compromisso de fornecer soluções que permitam a sua empresa reduzir custos e aumentar a qualidade.

> Robusto e de fácil manuseio; > Isento de contatos mecânicos (relé) gerando real economia de pó; > Com controle individual e indicação de leitura digital de tensão e corrente; > Possui o atenuador de “Gaiola”; > Protegido contra picos de corrente/raios, gerando maior segurança ao operador e menor manutenção; >Possui regulador de ar para vazão e equalização.


Evento _12º Encontro Cyclomagazine

José Soares de Amorim - Representante Há muito tempo o Encontro já deveria ter sido feito em São Luis. Creio que o Maranhão, apesar de ser Nordeste, atrai muitos profissionais do Norte. A ideia foi excelente.

Hélio Marculino – Distribuidor O Encontro está maravilhoso. Era isso que esperávamos há um bom tempo. O que me deixou surpreso foi a pouca divulgação. Tem muitos lojistas que gostariam de ter vindo, mas não puderam confirmar, porque, até então, não tivemos contato de confirmação do evento. Esse é um momento que fortalece o comércio, e a bicicleta necessita de ações como esta.

as portas por esse motivo. Sou vítima desse contexto e muitos ainda serão. A carga tributária no Brasil é outro fator de risco que dificulta a vida de qualquer empresário. Já Tárcio Pereira de Medeiros, da Ciclipeças Distribuidora, acredita que importar é uma necessidade. “Alguns produtos não são produzidos pelo mercado Nacional, então temos que importar. Quanto aos demais produtos, temos mensurado bem o custo x benefício do produto brasileiro com os que vem de fora. Temos a Ciclipeças Distribuidora, que distribui produtos da maioria das fábricas nacionais, e a Meros Importadora, responsável pelas importações. Fazemos bem a medida custo x benefício e não deixamos de comprar do mercado interno. O que acontece é que o importado deixa lucratividade maior e ajuda nas vendas, fazendo com

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Samuel Adams - Representante Temos escritório sediado em Teresina (PI), e atuamos também no Maranhão, Tocantins, Pará e Amapá. Pelo que vivencio, o mercado no Maranhão e Região é crescente. Temos um mercado que não entra nas estatísticas, que está baseada na produção de fabricantes de grande porte. Somos um mercado em crescimento, e um evento como esse só vem a agregar.

que a empresa se desenvolva mais rápido que os concorrentes que só trabalham com o que é disponibilizado no mercado interno”, explicou. Maranhão: região promissora para os bicicleteiros, porém, que ainda oferece algumas resistências ao crescimento Segundo o lojista Cláudio de Lira Marculino, que reside no Estado desde 1990, o setor tem se desenvolvido muito na região e a população local tem utilizado mais a bicicleta. Ele explicou que a maioria ainda utiliza a bike para trabalho, mas vem crescendo muito o número de ciclistas que faz uso para o esporte. Entretanto, fez uma ressalva: “infelizmente, o Estado ainda não oferece estrutura aos que querem pedalar. Não há investimentos nessa

Carlos H. Praia – Distribuidor Não vieram muitos compradores, mas as pessoas que vieram agregaram qualidade. Particularmente, estou vindo não com a intenção de compra, mas para estreitar relação com os parceiros. Quero mudar um pouco o jeito da minha empresa, passando a ter apenas um fornecedor para cada tipo de produto. O objetivo é selecionar melhor os fornecedores, e, para isso, esse é o momento ideal.

Francisco M.da Silveira – Representante Sou representante da Zummi e trabalho em São Luis e em algumas cidades do Maranhão. Vim com o intuito de conseguir mais empresas para representar. Tem um rapaz de confiança que trabalha comigo, e ele fará a parte do interior e eu ficaria apenas com São Luis. O evento foi muito bom, e espero abrir novas portas.

área por parte do poder público, o que, de certa forma prejudica um crescimento maior”. Na opinião de Teófilo Inácio Filho, da TM Distribuidora, o crescimento do número de motocicletas tem prejudicado o setor no Estado. “Estamos no momento em que as pessoas têm um poder aquisitivo maior e preferem adquirir uma moto. Optam em pagar em três ou quatro prestações ao invés de comprar uma bicicleta”, disse. Em contrapartida, conforme Josélio Lourenço de Sousa, da Bodim, o aumento do poder aquisitivo da população contribuiu para a evolução de um novo nicho dentro do ramo de bicicletas. “Ganharam força as bikes de maior valor agregado. As lojas segmentadas em produtos de maior valor são tendência no Maranhão e as empresas estão atentas a esses mercados”.



Evento _12º Encontro Cyclomagazine

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01_ Aesa – José Benedito Ferreira Filho

02_ Bike New – Augusto César Viana

03_ Coex – Marcos Maia

04_ Coser – Delvino Coser

Trouxemos a tradicional linha de expanders, já bem conceituada pela qualidade e industrialização de primeira linha. Focamos muito na qualidade do produto e temos alinha completa: desde expanders suéco, para Monark, até expanders Allen, para Monaco. Também, alguns eixos de roda que iremos fazer o lançamento durante o ano. Começamos a fabricar, mas ainda não lançamos.

Nossa novidade são: os pedais em alumínio com rolamento, tipo rolimã; aros aero com ilhós; e até o mês de julho estaremos com outros lançamentos. São eles: Kits para montagem de bicicleta aro 16”, e mais alguns itens.

Temos aqui dois modelos de pneus: o Misto e o Street, sendo os dois da mesma medida, tanto para o dianteiro quanto para o traseiro (9090/18). Um pneu desenvolvido pela engenharia de produtos da 3R. A Coex é uma empresa que está fazendo um trabalho para alinha da 3R. Ela é também uma trade, que importa produtos. Nossas câmaras de ar são importadas por meio da Coex.

Para o segmento bike, apresentamos o canote do assento, reforçado com parede 1,5; o salva-quadro 34.7 e 45 mm; e o cubo contrapedal tradicional. Somos a única fábrica da América Latina que ainda fabrica esse item. Como sabemos que muitos lojistas da região também trabalham com peças de moto, trouxemos algumas novidades para este setor.

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Evento _12º Encontro Cyclomagazine

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05_ DNZ – Ilson Morais

06_ Eninco – Carlos Zogahib

07_ Grupo Cintya –Milena Ferreira

08_ GTSM1 - Bruno V. Servilha

09_ Nek – Eli Emílio

Expomos: nosso tradicional quadro freestyle, com qualidade e melhor visual; o quadro de suspensão, que é diferencial no mercado; e os bagageiros que já fabricamos há muito tempo e são conhecidos pela qualidade.

Os visitantes puderam conhecer nossos aros aeros, entre eles o aero Turbo (mais largo). Outros produtos expostos foram: o ilhós; os aros normais, que o pessoal conhece pela qualidade; o aro de aço, que é soldado e não prensado, resistente e não enferruja com facilidade; os raios preto, inox, cromado e zincado; e a roda montada aero, que estamos disponibilizando.

Demonstramos toda nossa linha. Temos produtos para bicicletas utilizadas no dia-a-dia. Trabalhamos com importação para a linha básica da bicicleta, denominada ‘arroz com feijão’. São os produtos mais simples e de grande qualidade. Os produtos de maior saída são: cubo, roda livre, freios e aros. A maioria de procedência chinesa.

Trouxemos novos quadros com cores e tendências do ano de 2011. Tratam-se das cores neon: violeta neon, pink neon, laranja neon e amarelo neon, entre outras. São as cores que os clientes estão comprando bastante.

Expomos nossas linhas básicas, apenas para simbolizar o Encontro. Hoje, temos 125 itens em nossa tabela e apresentamos os mais importantes. Entre eles, alguns lançamentos, com cores e tonalidades diferentes.

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10_ Samy – Reinaldo Martins

11_ Technik – Ari Espeiorim

12_ Viper – Marcelo Maurício Jr.

13_ Vzan – Mario Mori

Nossos produtos aqui foram os tradicionais quadros e garfos. Porém, fizemos um trabalho diferenciado em cima de raios. O raio é nossa ‘menina dos olhos’. Foram lançados já há algum tempo, mas lançamos dentro de um preço razoável no mercado para sermos competitivos. Fizemos um remanejamento, no qual abaixamos o preço do raio com o intuito de nos tornarmos conhecidos também pela fabricação deste item. Com disse em outra ocasião, queremos nos tornar em curto prazo o maior fabricante de raios do Brasil.

Lançamos o canote-selim e a roda lateral. Os demais produtos foram: pedais, manoplas e maçanetas de freio, nossa linha normal.

Divulgamos a linha de engrenagens, guidões, cubos, e, principalmente, nossas cores. São 16 cores, tanto as normais, quanto as neon. Outra novidade é o aro Predador com adesivo refletivo, que dá segurança ao ciclista que pedala em período noturno. É um produto que facilita a visualização do ciclista por parte dos motoristas. O bem estar e a segurança dos clientes são nossa maior preocupação.

Os clientes puderam ver nossos aros da linha comum, mais popular, além da linha aero, com o Escape Aero, aro de parede dupla que é tendência no mercado. Quanto aos aros especiais, apresentamos os aros para downhill, MTB, ciclismo de estrada, BMX...É um mix muito grande de produtos.

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Nós incrementamos negócios

Há 20 anos nascia na cidade de São Paulo uma empresa. Com certeza, não se imaginava a importância que faria para o nosso setor. Hoje, 20 anos depois, podemos falar do empenho, da honestidade e da doação pessoal com que este grupo se apresenta no mercado. A Cyclomagazine para o setor de bike, e hoje também de motos, é de extrema importância para o mercado. Só eles neste país organizam eventos regionais do setor, como as feiras, os Encontros, as propagandas na

revista, procurando sempre organizar em cidades e Estados diferentes, se importando com a opinião dos clientes e respeitando-as, convivendo com a diferença de cada um, sempre com respeito, equilíbrio e muita educação. Parabéns toda equipe Cyclomagazine. Queremos dedicar todo nosso carinho e admiração, especialmente na pessoa de Osmar e Haroldo, que souberam formar e conduzir tão bem esta Equipe. Elí Emilio e toda equipe NEK

Eli Emilio

www.nek.com.br


Parabenizamos a editora Luanda e a revista Cyclomagazine, bem como a todos aqueles que a fazem, pela garra, união e colaboração com que trabalham em beneficio do nosso mercado de bicicletas. Desde o princípio, sempre estivemos com a Cyclomagazine divulgando nossos resultados, conquistas, nossas impressões de mercado e lançamentos de produtos. Sempre tivemos em retorno o reconhecimento do segmento nacional de bicicletas e informações sobre o mercado em geral. Inclu-

sive, participamos de uma matéria especial na edição 109. Nós acreditamos que, quando um trabalho é feito com dedicação e amor, a equipe tornase uma família e o trabalho torna-se resultado. Parabéns família Luanda e Cyclomagazine pelos resultados alcançados nesses 21 anos de história.

tércio caparrós

www.kalf.com.br


Mural // 12ยบ Encontro Cyclomagazine

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Confira todas as fotos no site www.luanda.com.br/encontrocyclomagazine

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Empresa // Specialized

Marca internacional monta escritório no Brasil A Specialized, marca norte americana renomada, com sede na Califórnia, EUA, abre escritório no Uruguai para controlar a América Latina. Brasil é a primeira subsidiária da marca na região. Com a fixação de sua primeira sede funcional, substitui a importadora e distribuidora Proparts Texto e fotos: Hylario Guerrero

A

rgentina e Colômbia são os próximos países sul-americanos que deverão ter escritórios operacionais da Specialized. Mas, por enquanto, é no Brasil que a marca montou seu centro operacional. Segundo Daniel Aliperti, diretor de produto da empresa em nosso País, nos mercados mais importantes do mundo,a Specialized já está atuando com sua própria operação, e são poucos os países que ainda trabalham com distribuidoras. Daniel comenta que a separação com a Proparts, no Brasil, foi totalmente amigável. “Há casos em que a separação da fábrica com o distribuidor acontece de forma litigiosa. Mas, neste caso, especificamente, tudo ocorreu de forma pacífica e harmoniosa, de comum acordo. Houve inclusive a transferência

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Daniel Aliperti, diretor de produto da Specialized

de alguns profissionais que antes serviam na Proparts, e passaram a integrar o quadro de funcionários da Specialized. Somos um grupo de mais ou menos 20 colaboradores. O ocorrido foi um acordo para que toda esta negociação não sofresse uma ruptura e não recomeçasse do zero. A empresa herdou também a carteira de clientes que possuía no País, através da Proparts. Daniel conta que, para marcar o início da operação em território nacional foi realizado em agosto do exercício anterior, um evento para o qual foram convidados cerca de 110 lojistas, no Estado da Bahia. “Ali se deu a real transmissão entre uma operadora e outra no mercado. Instituímos nova política comercial e novo programa de vendas. Foram apresentadas ideias de como a empresa irá operar no País e vimos que o pessoal saiu muito animado de lá. Isso refletiu diretamente nas

vendas, tanto é que a Specialized já está vendendo e entregando neste ano de operação, mais que dobro que vendia através da Proparts. Em menos de um ano, a expectativa do mercado foi muito grande e os clientes acreditaram que, com a entrada da marca no País, fosse ter muitos produtos. Acreditavam que haveria de tudo em abundância... E na prática, não foi o que ocorreu. Muitos lojistas, aproveitando a ocasião (da apresentação da empresa) buscaram comprar para fazer estoques, e fizeram muitos pedidos. Mas, nossa reserva e estocagem é lenta, porque o itens com os quais trabalhamos são todos importados. Desta forma, tivemos bastante problema na entrega dos pedidos devido a demanda, que foi muito maior do que esperávamos”. Daniel comenta que o mercado respondeu de forma muito positiva, agressiva, até. E não conse-


guiram entregar na velocidade que os clientes aguardavam. “Por mais que tivéssemos uma base formada de clientes, e parte de nossa equipe já estava sintonizada com estes clientes, e experientes com o mercado, montar uma nova operação requereu grandes desafios. Entre o período em que a Specialized estava negociando com a Proparts, a distribuidora começou a comprar menos da fabricante, pois sabia que dentro de pouco tempo não mais distribuiria seus produtos. Por mais que fosse amigável o acordo, a transferência dos trâmites, no início, sempre é meio estressante. É preciso ajustar vários pontos, e foi nesse período que isso refletiu na disponibilidade de estoque depois da transição. Antes, a Proparts fazia o pedido. Tínhamos o produto em estoque, desta forma, o atendimento era relativamente rápido. Após o evento (na Bahia), tivemos

problemas com a falta de produtos. Isso se deveu porque o mercado também mudou rapidamente de 2010 para 2011. Houve grande salto de crescimento de mercado e, melhora da situação econômica, a bicicleta está em alta, devido os fatores de saúde e esporte, além do que, a marca Specialized é muito forte. Ou seja, a demanda triplicou e as entregas dobraram, e ainda estamos nos adequando. Ficamos devendo produtos no mercado, entregamos o possível, mas foi difícil de atender a tantos pedidos. Creio que 2011 está sendo um ano de aprendizado, de construção de equipe, ajuste de toda a operação e o sistema”. Acrescenta o diretor de produto: “como disse, foi estabelecido um programa de vendas muito interessante, bastante atraente, e, a nossa reação foi lenta, porque o trânsito é lento, como a entrada de produtos no Brasil. A importação no País é

desafiadora, volta e meia se coloca uma dificuldade a mais. Somada, nossa carga tributária ultrapassa a marca de 60% a mais do valor do produto. Temos o ICM, IPI, PIS, Cofins..., e os impostos vêm em cascata, não é um pós o outro, é sim, um sobre o outro..., dizer que os impostos de importação somam entre 18% e 25% é uma ilusão..., é preciso considerar todos os impostos e o montante vai subindo, mais os custos de importação, frete, e o preço do produto vai lá pra cima... Quando participamos de reuniões com outros países e falamos quanto custam as coisas aqui, as pessoas se assustam, perguntam como conseguimos vender com tantos impostos..., e não são só sobre os produtos importados, os nacionais também são caros. A verdade é que nós brasileiros estamos bancando a ineficiência do governo, e somos reféns..., o empresariado não para

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Empresa // Specialized

Daniel Aliperti e equipe Specialized em São Paulo

de falar nisso, mas o governo infelizmente não faz nada”, declara. “Enfim, o tempo de fabricação, o prazo de entrega, o mais rápido de reação que tínhamos era de seis meses, considerando que trazemos nossos produtos de navio..., para trazê-los de avião, os valores praticados que já são caros, devido à carga tributária, se torna inviável. Todo o processo marítimo é lento. A recepção, liberação, toda a tramitação é demorada, e até exaustiva”, explica. “Cada bike tem um núcleo de composição diferente” O armazenamento, estoque, expedição e faturamento dos produtos Specialized é todo feito em Vitória, ES. É através do porto de Vitória que os produtos da marca entram no Brasil. Em São Paulo está o atendimento, marketing, administração, importação e logística da empresa. Aqui, são efetuadas as

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Marcos Maciel, diretor geral da empresa

vendas, e o centro de treinamento, onde um professor já treinou mais de 75 funcionários, de 60 lojas diferentes. As bikes da Specialized tem seus quadros projetados pela matriz especificamente para cada experiência possível sobre uma bicicleta. Os componentes, conforme as tendências mundiais, vêm de marcas renomadas como Shimano, SRAM, Fulcrum, Mavic r DT Swiss". Nosso marketing é totalmente voltado para o lojista. Não pretendemos abrir muitos outros postos de vendas e sim intensificar a marca nos pontos de vendas onde já somos parceiros. Em seu marketing de divulgação, a marca apóia as principais equipes do ProTour, de mountain bike, downhill, extreme, dirt, jumping, street, triátlon. Todos atletas apoiados pela marca são expoentes em suas modalidades. Também no Brasil apoiamos o atleta através de parceria com

os lojistas, não temos nenhuma equipe própria da marca”, afirma Daniel, lembrando que a empresa possui também vendas on line onde os lojistas podem comprar via internet. “Estamos trabalhando muito para que, em 2012 seja diferente, e possamos atender bem o mercado, certamente, vamos deixar de entregar alguma coisa, porque infelizmente é impossível atender a tantos pedidos em um ano e meio de operação, num mercado que está em constante evolução, seja culturalmente, seja economicamente, e, até aprendermos a entrar nesta cadência do mercado, ainda vai demorar um tempo. E é para acelerar esse processo que estamos reforçando nossa equipe com profissionais em várias áreas, para que a operação funcione de acordo com a importância da marca e para atender as demandas do mercado adequadamente”, conclui Daniel Aliperti.



Tendência // Bikes para o uso diário

A e-bike mais leve do mercado Panasonic desenvolve a Lithium Bibi, que, apesar de ter design tradicional, pesa apenas 19,9 Kg

Texto: Renato Vasques Fotos: Divulgação

O setor de alto valor agregado ganhou mais uma novidade, agora, desenvolvida pela fabricante japonesa Panasonic. É a e-bike denominada Lithium Bibi, que é equipada com motor elétrico e baterias, que funcionam como auxílio para o ciclista pedalar grandes distâncias sem muito esforço. Apesar de apresentar um design tradicional, sem muitas inovações estéticas e com uma cesta na dianteira, o modelo se diferencia pelo seu peso. Apenas 19,9 Kg, o que a titula como a bike elétrica mais leve do mercado segundo a montadora. Porém, qual o milagre para isso? Essa pergunta foi respondida pelos criadores. Segundo a Panasonic, o segredo é o uso de liga de alumínio na estrutura da bicicleta, e a utilização de uma bateria de lítio pequena. Como autonomia, na opção de Assistência à Pedalada pode rodar até 20 Km. Quando está no automático, sem pedalar, a autonomia cai para 15 Km. No modo Power, utilizado para ter maior velocidade, o ciclista pode utilizá-la por 11 Km. O produto será lançado em breve no Japão e irá chegar às lojas pelo preço de US$ 1200,00, equivalente a R$ 1980,00.

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Tecnologia de ponta para bike de alta performance Outro lançamento é direcionado para aqueles que sempre sonharam em ter um BMW série M. Como os automóveis ainda são utopia para muitos, a montadora alemã criou uma opção bem mais acessível: a bicicleta Carbon M Racer. É equipada com quadro de carbono – especialmente desenvolvido pelo departamento de engenharia da marca, que tem 60 anos de experiências com quadros de motocicletas - para proporcionar leveza e rigidez. Também tem pintura anti-ferrugem e rodas e guidões com detalhes em vermelho, além da assinatura M, fatores que associam a bike à linha de automóveis. A bicicleta de alta performance estará disponível nas concessionárias BMW a partir de julho, e ainda não tem preço definido.



Produto // Shimano Com as rodas que estrearão em 2012, a Shimano completa um catálogo para todos os gostos. É possível conhecer as novas rodas XT em versões para cross country e mountain bike, e a tecnologia que a marca utiliza para construílas artesanalmente

Novidade e tecnologia em produtos já consagrados no mercado Texto: Hylario Guerrero Fotos: Divulgação

A

empresa está se consolidando cada vez mais no mercado das rodas, e tudo indica que a intenção é de expandir o seu domínio, não somente pela variedade de produtos novos que irá oferecer, mas também pela relação preço x qualidade de sua extensa linha. Para a temporada 2012 que se aproxima, a linha de rodas da Shimano incluirá variantes em cores, para diferentes terrenos e propostas, o que promete adequar cada roda para cada tipo de necessidade e usuário. Rolamento de contato angular Uma das perguntas mais frequentes que surgem quando se fala em

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rodas Shimano é: -Por quê a empresa não utiliza um sistema de rolamentos industriais (ou selados) como muitos outros fabricantes de rodas? A resposta é simples. A empresa não somente domina a utilização de rolamentos industriais, como os utiliza em outros componentes de bicicleta, e principalmente em bobinas e carretilhas de pesca, as quais a marca japonesa é líder mundial. A utilização dos rolamentos industriais selados é recomendada para estruturas fixas, que não suportam forças laterais, mas verticais, e que se encontram montadas sobre um eixo fixo. Este não é o caso das rodas de uma bicicleta, onde o aro flexiona ao receber todas as forças exercidas pelo pedal

e a força que o ciclista exerce no quadro. Além disso, uma roda em funcionamento passa muito pouco tempo em uma posição completamente vertical, que é o ponto no qual o rolamento selado industrial funciona melhor. Em grande parte do tempo de pedalar, a roda da bicicleta se encontra em constante pêndulo e sob permanentes forças transversais. É nesta situação que as esferas soltas do sistema de copo e cone cumprem uma função inigualável para atingir o melhor rolamento. A Shimano denomina este sistema de ‘rolamento de contato angular’, em contraposição aos rolamentos industriais selados. Pois, estes rolamentos possuem maior capacidade de deslocamento de car-


gas (forças) laterais e verticais, e pela maneira como os cones estão construídos, os pontos de contato das esferas são menores e ocorre menor fricção de materiais. Maior durabilidade Adicionando a pressão entre dois materiais de rigidez diferentes, a consequência, cedo ou tarde, será a deformação do material de menor rigidez. No caso das rodas com rolamentos industriais selados, estes são de aço e estão inseridos no cubo da roda, que geralmente é de alumínio. Ao tirar e pôr este rolamento de aço na estrutura de alumínio, em médio prazo ela cederá, fazendo com que o rolamento fique com jogo nesta cavidade. Este é outro ponto fundamen-

tal para explicar a conveniência em optar por rodas com esferas soltas, sem contar que no caso da Shimano é possível comprar as esferas e os cones originais, caso seja necessário fazer um reparo. É por isso também que, por exemplo, nos adaptadores do movimento central de tipo “Press Fit Shimano”, é utilizado um material composto de nylon. O objetivo é fazer com que este adaptador se deforme e não o quadro da bicicleta. Feitas à mão A empresa fabrica todas as suas rodas em um processo totalmente artesanal, e também fabrica 100% das partes utilizadas para armar as rodas, ou seja, ela produz os raios, niples, aros, cubos e até as esferas,

sem terceirizar nenhum desses processos. As rodas são montadas manualmente para garantir que estejam corretamente alinhadas, para aumentar sua vida útil, e, para que não seja necessária manutenção alguma. E na linha superior, até o alinhamento é feito manualmente, com o apoio de sistema de medição computadorizado. Eixo E-Thru de 12 mm Este tipo de eixo, de 12 mm de diâmetro é utilizado para quadros com uma separação das gancheiras traseiras de 142 mm, quando o comum é que esta distância seja de 135 mm, fornecendo assim, uma maior rigidez que os eixos convencionais de 10 mm, sem praticamente algum peso adicional.

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Produto // Shimano RODAS

_____________________________________ M785

fica para o uso mais agressivo ou extremo. São modelos para all mountain (M788) com aro de 21 x 559 mm, o que permite calçar pneus para o uso mais extremo. A diferença da versão para XC é que estas rodas vêm somente para eixo dianteiro de 15 mm e existem opções para eixo traseiro convencional de 10mm ou eixo E-Thru 12 x 142 mm. _____________________________________ MT-55

Entre as principais novidades da Shimano para 2012 está o lançamento das novas rodas XT, que acompanham também a reestilização de todo o grupo XT. Construídas com a mesma tecnologia das rodas XTR, as novas XT não possuem adesivos, o que impede que a estética das mesmas se deteriore com passar do tempo. Existem várias versões das rodas XT, como para cross (foto) e para mountain bike. Os modelos de cross-country (M785) possuem eixo dianteiro de 9mm ou de 15 mm e traseiro de 10 mm. Todos com aro de 19 x 559 mm. _____________________________________ M788

Outra novidade são as novas MT-55 que se posicionam como opção para competição, devido o seu baixo peso e rigidez, além de sua relação preço x qualidade. Estas rodas representam a melhor opção de roda não-tubeless, ficando abaixo apenas das MT-65. Outra novidade atraente neste modelo é a incorporação da versão na

cor branca, inclusive para a venda em bicicletarias. Estas rodas têm 24 raios e aros de 19 mm, e são adequadas para cross-country, maratona ou mountain bike recreativo. A roda dianteira poderá ser encontrada em versão convencional com blocagem rápida ou para eixo de 15 mm (MT55 - F-15). ______________________________________ MT-15

As MT-15 são as rodas mais utilizadas por ciclistas amadores e de recreação, especialmente nos últimos anos, quando o freio à disco avançou além do v-brake. Estas rodas são exclusivas para freios à disco. Melhoraram esteticamente e possuem visual mais agressivo e moderno. Existem 28 raios e aros de 19 mm.

Rodas XT 2012

Assim como as XTR, as rodas XT têm uma configuração especí-

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Uso

Diâmetro do eixo

Roda

Aro

XC

Dianteiro 09 mm Traseiro 10 mm

WH-M785-F WH-M785-R

19 mm 19 mm

XC

Dianteiro 15 mm Traseiro 10 mm

WH-M785-F15 WH-M785-R

19 mm 19 mm

AM

Dianteiro 15 mm Traseiro 10 mm

WH-M788-F15 WH-M788-R

AM

Dianteiro 15 mm Traseiro 12 mm

WH-M788-F12 WH-M788-12

21 mm 21 mm 21 mm 21 mm



Rápidas Internacionais Arte para Volta à Espanha é divulgada Foi apresentado em Madri, na Espanha, o troféu que será entregue ao vencedor da Volta à Espanha, que terá início em agosto. Segundo a criadora da peça, a designer Ágatha Ruiz de la Prada, a ideia é expressar movimento, circulação e rodas. É confeccionado em cristal, com uma série de círculos vermelhos que diminuem de tamanho até chegar ao núcleo de um coração.

Justiça espanhola fecha o cerco contra o tráfico de substâncias dopantes

Open de España XC Os espanhóis Carlos Coloma (WildWolf Trak) e Sandra Santanyes (Bicis Esteves) foram os vencedores do Open de España XC. Coloma conquistou o título da Elite Masculina ao cruzar a linha de chegada na primeira colocação. Já Santanyes foi campeã na Elite Feminina ao manter o segundo lugar na prova final.

Em uma megaoperação de combate a substâncias dopantes e ao tráfico de medicamentos, hormônios de crescimento, entre outras drogas, realizada na Espanha, foram feitas 26 detenções, entre elas de sete ingleses. Também foram apreendidas 700 mil doses de produtos farmacêuticos ilegais e 10 mil ampolas contendo hormônios de crescimento.

Copa do Mundo de Triatlo A cidade de Madri foi palco da Copa do Mundo de Triatlo, que teve a vitória de Alistair Brownlee. O inglês concluiu a prova em 1h51min06s, seguido por seu compatriota e irmão Jonathan Brownlee e do espanhol Javier Gomez.

Landis pode ser punido por declarações

Maratona de Manteigas A Maratona de Manteigas, válida pela terceira prova da Taça de Portugal XCM, teve como vencedores José Silva (Aktive BTT Team) e Mônica Magro (Maxugym). A competição aconteceu na região da Serra da Estrela, e foi considerada como uma das mais exigentes do calendário local. José Silva percorreu 89,7 Km no tempo de 4h18min44s. No Feminino, Mônica pedalou um percurso de 60 Km em 3h59min52s.

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O norte-americano Floyd Landis, que teve a vitória no Tour de France de 2006 anulada pelo uso de doping, terá que responder judicialmente pelas acusações que fez a União Ciclística Internacional (UCI). A organização entrou oficialmente com processo na justiça da Suíça devido a ataques graves e repetidos por parte do atleta, que afirmou que a UCI manipulava os resultados e criava estrelas.



Rápidas Internacionais Copa do Mundo de Ciclismo Adaptado A Itália levou a melhor na Copa do Mundo de Ciclismo Adaptado, que aconteceu em Segovia, na Espanha. Ao todo, os italianos conquistaram 16 medalhas, sendo quatro de ouro, seis de prata e o restante de bronze. Os donos da casa ficaram na segunda posição com 14 medalhas: sete de ouro, seis de prata e uma de bronze, destaque para Maurice Eckhard, no Masculino, e Raquel Acinas (foto), no Feminino. Os dois atletas espanhóis conquistaram a categoria C2.

Freire abandona competição Oscar Freire, ciclista espanhol da equipe Rabobank, decidiu abandonar a Volta à Suíça nas vésperas do início para fazer uma cirurgia no nariz, com o objetivo de tratar problemas de sinusite. O problema já exigiu uma cirurgia em 2010, porém, o procedimento terá que ser feito novamente.

Tour do Rio Oito equipes estrangeiras já confirmaram presença para o Tour do Rio, que acontecerá na capital carioca e em cidades do interior. Participarão equipes italianas, norte-americanas, espanholas e africanas, que percorrerão 800 Km por montanhas, praias e reservas naturais. O Brasil será representado pelas 10 equipes mais bem colocadas no ranking nacional.

Belga bate recorde de velocidade O recorde mundial de velocidade em bicicleta foi batido pelo belga Markus Stoeckl, de 36 anos, que conseguiu alcançar a velocidade de 164,95 km/h. A façanha foi conquistada em uma descida no Vulcão Cerro Negro, na Nicarágua.

Prova de ciclismo de estrada é cancelada

Ciclista inglês dá declarações polêmicas O inglês Brandley Winggins (Sky), um dos favoritos para a conquista do Tour de France, que começa em julho, criticou a confirmação do vencedor do Giro D’Itália, Alberto Contador, na competição. Segundo Winggins, a participação do espanhol, que teve quatro exames antidopagens positivos, prejudica equipes que brigam de ‘cara limpa’.

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Devido a falta de verba para o pagamento de policiamento, o Grande Prêmio de Minho, que aconteceria em Portugal, foi suspenso. De acordo com a Associação de Ciclismo do Minho, o orçamento oferecido pelo policiamento foi muito superior ao pago pela prova de sub-23, sendo que o Grande Prêmio seria realizado no mesmo número de dias, quilômetros e percurso.



Capa _Giro D'Itália 2011

Festa, tristeza e superação no 94º Giro D’Itália Transmitido para 167 países, a edição 2011 de uma das Voltas mais tradicionais da Europa foi uma mistura de sentimentos. Se por um lado marcou a superação de Alberto Contador, por outro deixou o mundo do ciclismo em luto com a morte do belga Wouter Weilandt

Texto: Renato Vasques / Fotos: La Gazetta dello Sport

A

edição 94 do Giro D’Itália, que aconteceu entre 7 e 29 de maio, foi especial em todos os sentidos. Além de ter sido uma edição comemorativa, na qual os italianos celebraram os 150 anos de unificação do país, marcou a volta por cima do ciclista espanhol Alberto Contador (Saxo Bank), absolvido das acusações de doping no início do ano. Ao todo, participaram da competição 23 equipes com 10 ciclistas cada, totalizando 230 atletas. Apesar da festa que tradicionalmente fica guardada na memória de todos os envolvidos com esse evento mundial, o Giro 2011 também foi cenário de uma tragédia: a morte do ciclista Wouter Weilandt (Leopard Trek), de 26 anos. O belga, que completava sua quinta temporada no ciclismo profissional, sofreu uma grave queda durante uma decida da 3ª etapa, que ligava Reggio Emilia a Rapallo. Apesar da tentativa de socorro, segundo os médicos, Weilandt morreu ainda no local. Foi o quarto óbito na história da competição. Após o incidente, a equipe luxemburguesa decidiu abandonar a disputa, assim como

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o capitão da Germin-Cervélo, o norte-americano Tyler Farrar, amigo pessoal da vítima. Alegria, tristeza e superação. Esses são os fatores que definiram mais uma edição da tradicional volta ao ‘país da bota’. A grande celebração do Giro começa em Turim A seara dos ciclistas teve início em Turim, próxima a Reggia de Venaria Reale. Em pomposa cerimônia, a presença do exército italiano e do Corpo de Bombeiros de Alpine deu o ar patriótico que a ocasião necessitava. Cerca de 167 países transmitiram passo a passo da busca pela Maglia Rosa, que tinha como principais candidatos o espanhol Alberto Contador (Saxo Bank), os italianos Michele Scarponi (Lampre) e Vicenzo Nibali (Liquigas), e o norte-americano Tyler Farrar (Germim-Cérvelo), além de outros nomes de peso. O italiano Ivan Basso (Acqua & Sapone), atual campeão, decidiu não defender seu título este ano, alegando estar fora de forma e em processo de preparação para o Tour de France.



Capa _Giro D'Itália 2011

- 1ª ETAPA -

- 3ª ETAPA -

É dada a largada para a 1ª etapa O primeiro desafio foi um percurso de 19,3 Km, de Reggia de Vernaria Reale a Piazza Vittorio Veneto, em Turim. A equipe norte-americana HTC Highroad levou a melhor ao completar o circuito em um tempo de 20min59s. O primeiro corredor a cruzar a linha de chegada foi o italiano Marco Pinotti, que conquistou a primeira Maglia Rosa do Giro 2011.

Classificação 1º PINOTTI Marco 2º Alessandro Petacchi 3º Juan Jose Haedo

ITA DEN BLR

20:59 20:59 20:59

- 2ª ETAPA O percurso entre Alba – próxima a Piemonte – e a cidade de Parma era muito mais longo, e exigiu muito dos bikers. Tratava-se de um percurso de 244 Km, que alterou a classificação e a posse da Maglia Rosa. Marco Pinotti chegou apenas em 64ª lugar, cedendo a liderança da classificação geral para o britânico Mark Cavendish (HTC Highroad), que terminou a etapa em segundo, seguido pelo italiano Manuel Belletti. O vencedor da prova foi o também italiano Alessandro Petacchi (Lampre), que fez o tempo de 5h45min40s. Após a prova, Petacchi e Cavendish ‘trocaram farpas’ publicamente pelo fato de, segundo o então dono da Maglia Rosa, Patacchi ter mudado de trajetória durante o Sprint para evitar uma ultrapassagem, o que é proibido. Por sua vez, o vencedor –veterano de 37 anos - pediu desculpas e disse não ter percebida mudança de direção. Classificação da etapa 1º PETACCHI Alessandro 2º CAVENDISH Mark 3º BELLETTI Manuel

ITA GBR ITA

05:45 05:45 05:45

0:00 20" 0:00 12" 0:00 8"

Classificação geral 1º CAVENDISH Mark 2º SIVTSOV Kanstantsin 3º LEWIS Craig

GBR BLR USA

06:06 06:06 06:06

00:00 00:12 00:12

50 cyclomagazine

Os ciclistas tiveram pela frente um percurso de 173 Km entre as cidades de Reggio Emília e Rapallo. A grave queda do belga Wouter Weylandt deixou um clima de apreensão entre todos os participantes. Um helicóptero de resgate sobrevoou o local por 40 min sem conseguir pousar. A aterrisagem foi feita a 100 m do local e o ciclista entrou em óbito durante o caminho para o hospital. A competição foi realizada até o fim, com a vitória do espanhol Angel Vicioso (Androni Giocattoli), que fez o tempo de 3h57min38s, seguido pelo inglês David Millar (Garmin-Cervélo). A terceira colocação ficou com o espanhol Garcia Lastras (Movistar Team). A colocação conquistada e o péssimo resultado de Mark Cavendish, que chegou em 142º, deu a Millar a posse temporária da Maglia Rosa. Devido ao fato ocorrido com Weyland, a cerimônia de pódio foi suspensa pela organização, o que indicava notícias nada animadoras. A morte oficial foi anunciada pelo diretor da competição, Angelo Zomegnan.

Classificação da etapa 1º VICIOSO ARCOS Angel 2º MILLAR David 3º LASTRAS GARCIA Pablo

ESP GBR ESP

03:57:38 03:57:38 03:57:38

0:00 20" 0:00 12" 0:00 8"

Classificação Geral 1º MILLAR David 2º VICIOSO ARCOS Angel 3º SIVTSOV Kanstantsin

GBR ESP BLR

10:04:29 10:04:36 10:04:38

00:00 00:07 00:09

- 4ª ETAPA: Emoção e despedida Depois de uma reunião noturna, a equipe Leopard Trek decidiu abandonar a competição. Foi uma decisão unanime da equipe e de seus dirigentes, que alegaram não terem condições de competir. Ao invés da disputa, as equipes pedalaram em pelotão conjunto pelos 216 Km entre Genova Quarto dei Mille e Livorno, com a Leopard Trek cruzando em primeiro com seus nove ciclistas em uma imagem emocionante.


- 5ª ETAPA Mais uma vez a segurança da competição foi colocada em dúvida pelos próprios ciclistas, que, ao término reclamaram publicamente. Segundo o italiano Danilo di Luca, é um absurdo colocarem trechos de Mountain Bike em uma prova de ciclismo. Muitas quedas, principalmente nos trechos não asfaltados, marcaram o percurso entre Piombino e Orvieto, que totalizou 191 Km. Entre quedas e derrapagens, o holandês Pieter Weening (Rabobank Cycling Team) sagrou-se o vencedor com o tempo de 4h54min29s. O resultado deu a Weening o primeiro posto na classificação geral, e o direito à Maglia Rosa, já que David Millar terminou em 49º. Classificação da etapa 1º WEENING Pieter 2º DUANTE Fabio Andres 3º SERPA Jose

NED COL COL

04:54:49 04:54:57 04:54:57

0:00 20" 0:00 12" 0:00 8"

Classificação geral 1º WEENING Pieter 2º PINOTTI Marco 3º SIVTSOV Kanstantsin

NED ITA BLR

14:59:33 14:59:35 14:59:35

00:00 00:02 00:02

- 7ª ETAPA -

Um dia ensolarado e céu azul marcou os 216 Km entre Orvieto e Fiuggi. Por se tratar de caminho com subidas e descidas, os ciclistas lideres da classificação geral diminuíram o ritmo para guardarem energia para a etapa 7, que exigiria muito mais. Quem aproveitou a situação foi o espanhol Francisco Ventoso Alberdi (Movistar Team), que fez o tempo de 5h15min39s. O holandês Pieter Weening terminou em 27º, porém, continuou a liderar a classificação geral, permanecendo com a Maglia Rosa.

O ponto de partida foi a cidade de Maddaloni, onde, em outubro de 1860, aconteceu a Batalha do Ponti di Valle di Madaloni, última luta dos Garibaldinos antes do histórico encontro entre Giuseppe Garibaldi e Vittorio Emanuele II. Destino: 110 Km até Montevergine di Mercogliano, distância considerada curta para grandes Voltas. Do total, 30 Km eram subidas, algo em torno de 5%. Quem se saiu melhor foi o belga Bart De Clercq (Omega Pharma – Lotto), que completou a rota em 2h54min47s. Um dos favoritos ao título, o italiano Michele Scarponi, chegou pela primeira vez entre os três primeiros, ocupando a 2ª colocação, à frente do tcheco Roman Kreuziger (Pro Team Astana). Mesmo chegando em 19°, Weening ainda manteve a Maglia Rosa.

Classificação da etapa 1º VENTOSO Francisco J. 2º PETACCHI Alessandro 3º FERRARI Roberto

ESP ITA ITA

05:15:39 05:15:39 05:15:39

0:00 20" 00:00 12" 00:00 8"

Classificação da etapa 1º DE CLERCQ Bart 2º SCARPONI Michele 3º KREUZIGER Roman

BEL ITA CZE

02:54:47 02:54:47 02:54:47

00:00 20" 0:00 12" 00:00 8"

Classificação Geral 1º WEENING Pieter 2º SIVTSOV Kanstantsin 3º PINOTTI Marco

NED BLR ITA

20:15:12 20:15:14 20:15:14

00:00 00:02 00:02

Classificação Geral 1ºWEENING Pieter 2º SIVTSOV Kanstantsin 3º PINOTTI Marco

NED BLR ITA

23:09:59 23:10:01 23:10:01

00:00 00:02 00:02

- 6ª ETAPA -

cyclomagazine 51


Encontro CaetĂŠ


luanda.com.br/encontrocyclomagazine


Capa _Giro D'Itália 2011 - 8ª ETAPA -

- 10ª ETAPA -

Emoção e qualidade técnica não faltaram nos 217 Km entre Sapro e Tropea. A ordem dos ciclistas mudaram radicalmente a 2 km do fim, em uma ascensão de 700 metros com 8% de inclinação. Aproveitando-se da situação, o italiano Oscar Gatto (Farnese Vini – Neri Sottoli) conquistou uma boa vantagem e cruzou na primeira colocação em 4h59min45s, à frente do espanhol Alberto Contador (Saxo Bank), que começava a entrar de vez na briga pelo título, passando a ocupar a 5ª posição da classificação geral. Alessandro Petacchi (Lampre) completou o pódio. Weening cruzou em 29°, mas mesmo assim permaneceu firme na liderança do Giro. Classificação da etapa 1º GATTO Oscar 2º CONTADOR Alberto 3º PETACHI Alessandro Classificação Geral 1º WEENING Pieter 2º SIVTSOV Kanstantsin 3º PINOTTI Marco

ITA ESP ITA

NED BLR ITA

04:59:45 04:59:45 04:59:50

28:09:49 28:09:51 28:09:51

0:00 20" 0:00 12" 0:05 8"

00:00 00:02 00:02

Os ciclistas tiveram que percorrer 169 Km, partindo de Messina, e escalaram 30% de trechos de 6% de inclinação pelo Etna, nas imediações do Vulcão que, semana antes, havia entrado em erupção. Nesse contexto, Contador mostrou seu talento e venceu a prova com o tempo de 4h54min09s, superando o venezuelano José Rujano Guillen (Androni Giocattoli) e o italiano Stefano Garzelli (Acqua & Sapone), segundo e terceiro respectivamente. A vitória deu ao espanhol o direito à Maglia Rosa. O então líder Pieter Weening, que terminou na 45ª colocação, caiu para 32°.

Classificação Geral 1º CONTADOR Alberto 2º SIVTSOV Kanstantsin 3º LE MEVEL Christophe

54 cyclomagazine

ESP VE N BLR

ESP BLR FRA

04:54:09 04:54:12 04:54:59

33:03:51 33:04:50 33:05:50

Classificação da etapa 1º CAVENDISH Mark 2º VENTOSO Francisco J. 3º PENTACHI Alessandro

GBR ESP ITA

04:00:49 04:00:49 04:00:49

0:00 20" 00:00 12" 00:00 8"

Classificação Geral 1º CONTADOR ALBERTO 2º SIVTSOV Kanstantsin 3º LE MEVEL Christophe

ESP BLR FFRA

37:04:40 37:05:39 37:05:59

00:00 00:59 01:19

- 11ª ETAPA -

- 9ª ETAPA -

Classificação da etapa 1º CONTADOR Alberto 2º RUJANO Jose 3º GARZELLI Stefano

Foi a jornada em que os ciclistas começaram a subir para o norte , em um caminho pela costa Adriática, partindo de Termoli a Terano, totalizando 159 Km. Em terreno quase plano, a prova foi decidida nos quilômetros finais. Vantagem para o britânico Mark Cavendish (HTC-Highroad), que venceu com o tempo de 4h. A segunda posição ficou com o espanhol Francisco Ventoso (Movistar Team), seguido por Alessandro Petacchi (Lampre). Alberto Contador, mesmo chegando em 29º, manteve a liderança geral por 59s.

00:00 20" 00:02 12" 00:50 8"

00:00 00:59 01:19

Os 144 Km de Tortoreto Lido a Castelfidardo foi marcado por momentos de emoção durante o um minuto de silêncio dedicado ao belga Wouter Weylandt. Na prova propriamente dita, o francês John Gadret (AG2R La Mondiale) surpreendeu a todos e cruzou na primeira posição em 3h33min11s, seguido pelo espanhol Joaquin Rodriguez (Katusha Team) e pelo italiano Giovanni Visconti (Farnese Vini). O dono da Maglia Rosa, Alberto Contador, fez uso da experiência para manter a 5ª posição e não perder a liderança. Classificação da etapa 1º GADRET John 2º RODRIGUEZ Joaquim 3º VISCONTI Giovanni

FRA ESP ITA

03:33:11 03:33:11 03:33:11

00:00:20" 00:00 12" 00:00 8"

Classificação Geral 1º CONTADOR Alberto 2º SIVTSOV Kantantsin 3º NIBALLI Vincenzo

ESP BLR ITA

40:37:51 40:38:50 40:39:50

00:00 00:59 01:21


- 14ª ETAPA O Giro entrou em seu momento decisivo. A apreensão dos competidores ficou por conta do Monte Crostis, que seria percorrido durante o trajeto de 172 Km entre Liez e Monte Zoncolan. Eles teriam 14 Km de subida pela frente. Toda essa odisseia foi superada com perfeição pelo espanhol Igor Anton Hernandez (Euskatel –Euskadi), que completou o caminho em 5h04min26s. Alberto Contador também fez o ‘dever de casa’, chegando na segunda colocação e mantendo a Maglia Rosa.

- 12ª ETAPA A prova ligou Castelfidardo a Ravenna – 184 Km. O forte ritmo inicial fez com que Cavendish chegasse ao final em condições de superar os adversários – os italianos Davide Appollonio (Sky Procycling) e Alessandro Petacchi (Lampre) - no Sprint. O britânico venceu com o tempo de 4h17min25s, porém, permaneceu em uma classificação geral irrisória, sendo apenas o 170º, decidindo abandonar a competição. Enquanto isso, Contador, que terminou em 22º, permaneceu em primeiro lugar, com a posse da Maglia Rosa. Classificação da etapa 1º CAVENDISH Mark 2º APPOLLONIO Davide 3º PETACCHI Alessadro

GBR ITA ITA

04:17:25 04:17:25 04:17:25

00:00 20" 0:00 12" 00:00 8"

Classificação Geral 1º CONTADOR Alberto 2º SIVTSOV Kanstantsin 3º NIBALLI Vincenzo

ESP BLR ITA

44:55:16 44:56:15 44:56:37

00:00 00:59 01:21

Classificação da etapa 1º ANTON Igor 2º NIBALI Vincenzo SCARPONI Michele

ESP ESP ITA

05:04:26 05:04:59 05:05:06

00:00 20" 00:33 12" 00:40 8"

Classificação Geral 1º CONTADOR Alberto 2º NIBALI Vincenzo 3º ANTON Igor

ESP ITA ESP

54:45:45 54:49:05 54:49:06

00:00 03:20 03:21

- 15ª ETAPA -

- 13ª ETAPA Os ciclistas partiram de Spilimbergo a Grossglockner em um percurso de 167 km. Na rota que levava a Peonis, a corrida serviu como homenagem a Ottavio Bottecchia, ciclista italiano que foi encontrado inconsciente em 3 de junho de 1927 e morreu depois de 12 dias no hospital de Gemona del Friuli. Todo esse contexto animou o venezuelano José Rujano (Androni Giocattoli), que venceu com o tempo de 4h45min54s. A segunda colocação ficou com o espanhol Alberto Contador, que consolidou a liderança da classificação geral abrindo 3min9s sobre o italiano Vicenzo Nibali (Liquigas). Michele Scarponi (Lampre) completou o pódio. Classificação da etapa 1º RUJANO Jose 2º CONTADOR Alberto 3º GADRET John Classificação Geral 1º CONTADOR Alberto 2º NIBALI Vincenzo 3º SCARPONI Michele

VE N ESP FRA

ESP ITA ITA

04:45:54 04:45:54 05:47:21

49:40:58 49:44:07 49:44:14

0:00 20" 00:00 12" 01:27 8"

00:00 03:09 03:16

Conegliano a Grardeccia foi mais um estágio que comprovou a dificuldade que é participar do Giro. Frio, chuva, cinco subidas fortes e muitas curvas se transformaram em desafios a serem enfrentados. No topo do pódio, mais um espanhol marcou presença: Mikel Nieve Ituralde (Euskatel- Euskadi) cruzou a linha de chegada em 7h27min14s, seguido pelo italiano Stefano Garzelli (Acqua & Sapone) e Alberto Contador, que abriu mais 1min de vantagem sobre o segundo colocado na classificação geral. Classificação da etapa 1º NIEVE Mikel 2º GARZELLI Stefano 3º CONTADOR Alberto

ESP ITA ESP

07:27:14 07:28:55 07:29:05

00:00 22" 01:41 18" 01:51 8"

Classificação Geral 1º CONTADOR Alberto 2º SCARPONI Michele 3º NIBALLI Vincenzo

ESP ITA ITA

62:14:42 62:19:02 62:19:53

00:00 04:20 05:11

cyclomagazine 55


Capa _Giro D'Itália 2011

- 18ª ETAPA - 16ª ETAPA Após um dia de folga para os competidores, começou o estágio 16, um contrarrelógio de 12,7 Km de Belluno a Nevegal. Alberto Contador, venceu com certa folga ao realizar uma prova quase perfeita, alcançando a marca de 28min55s, seguido por Vicenzo Nibali (Liquigas) e Michele Scarponi (Lampre).

A jornada de 151 Km começou em Morbegno e terminou em San Pellegrino Terme. Como ocorreu na etapa anterior, jovens bikers aproveitaram o ritmo mais contido dos líderes para escreverem seus nomes na competição. Quem se beneficiou e aplicou forte ritmo foi o italiano Eros Capecchi (Liquigas), que terminou em primeiro lugar com o tempo de 3h20min38s. Completaram o pódio o também italiano Marco Pinotti (HTC-Highroad) e o belga Kevin Seeldrayers (Quickstep Cycling Team). Na briga pelo título, Alberto Contador manteve 4min58s de vantagem sobre Michele Scarponi ao chegar em 41º.

Classificação da etapa 1º CONTADOR Alberto 2º NIBALLI Vincenzo 3º SCARPONI Michele

ESP ITA ITA

28:55:00 29:29:00 29:33:00

00:00 00:34 00:38

Classificação da etapa 1º CAPECCHI Eros 2º PINOTTI Marco 3º SEELDRAYERS Kevin

ITA ITA BEL

03:20:38 03:20:38 03:20:38

00:00 20" 00:00 14" 00:00 8"

Classificação Geral 1º CONTADOR Alberto 2º SCARPONI Michele 3º NIBALLI Vincenzo

ESP ITA ITA

62:43:37 62:48:35 62:49:22

00:00 04:58 05:45

Classificação Geral 1º CONTADOR Alberto 2º Scarponi Michele 3º NIBALLI Vincenzo

ESP ITA ITA

71:45:09 71:50:07 71:50:54

00:00 04:58 05:45

- 17ª ETAPA -

- 19ª ETAPA -

O sol acompanhou o pelotão por quase todo percurso que ligava Feltre a Tirano, que totalizou 230 Km. Mesmo sendo uma etapa longa, com escalada de duas montanhas, muitos ciclistas diminuíram o ritmo, menos o italiano Diego Ulisses (Lampre), que começou o ataque nos últimos 700 metros de prova. A tática começou a dar resultado quando restavam apenas 150 metros, quando partiu para um Sprint. Ulisses cruzou na primeira posição com o tempo de 5h31min51s. Na briga pela classificação geral, Contador terminou em 29º, e manteve a Maglia Rosa com 4min58s de vantagem.

Chuva e garoa acompanharam os atletas no caminho de 209 Km de Bergamo a Macugnaga. O destaque da prova, mais uma vez, foi Alberto Contador, que mostrou tanta superioridade ao ponto de ceder o primeiro lugar nos últimos 200 metros para o italiano Paolo Tiralongo (Astana), seu ex-companheiro de equipe. Tiralongo terminou com o tempo de 5h26min27s e Contador passou a ter 5min18s de diferença em relação ao segundo colocado, Michele Scarponi, na classificação geral.

Classificação da etapa 1º ULISSI Diego 2º SCARPONI Michele 3º NIBALLI Vincenzo

00:00 20" 00:00 14" 00:00 8"

Classificação da etapa 1º TIRALONGO Paolo 2º CONTADOR Alberto 3º NIBALLI Vincenzo

ITA FRA ESP

05:26:30 05:26:33 05:26:33

00:00 20" 00:00 12" 00:03 8"

00:00 20" 00:00 14" 00:00 8"

Classificação Geral 1º CONTADOR Alberto 2º SCARPONI Michele 3º NIBALLI

ESP ITA ITA

77:11:24 77:16:42 77:17:16

00:00 05:18 05:52

Classificação Geral 1º CONTADOR Alberto 2º SCARPONI Michele 3º NIBALLI Vincenzo

56 cyclomagazine

ESP ITA ITA

ITA ESP ITA

05:31:51 05:31:51 05:31:51

05:31:51 05:31:51 05:31:51


- 20ª ETAPA -

- 21ª ETAPA -

Sol e céu azul fizeram parte da rota de 242 Km entre Verbania e Sestriere. Quando a disputa começou, o belga Vasil Kiryenka (Movistar Team) adquiriu uma bela vantagem após escapada iniciada no quilômetro 20. A vantagem foi tanta, que chegou a se isolar no Colle dele Finestre, uma montanha localizada a 30 km da chegada. Kiryenka manteve o ritmo até o final, conquistando a primeira posição com 6h17min03s. Alberto Contador estava em contagem regressiva para comemorar a conquista do Giro D’Itália 2011. O espanhol terminou na 8ª posição, apenas administrando a liderança.

A última e decisiva prova foi um contrarrelógio individual entre Fiera Milano e o centro de Milão, um total de 26 Km. Contador administrou a vantagem que tinha sobre Scarponi e terminou na 3ª colocação, atrás do dinamarquês Alex Rasmussen (HTC-Highroad) e do britânico David Millar, vencedor da prova. Contador chegou de forma emocionante, aclamado pelos fãs que lotaram as ruas para vê-lo. “Como não ficar com lágrimas nos olhos? O ambiente nas ruas é fantástico e realizei um sonho que poucas vezes imaginei”, declarou o bicampeão do Giro D’Itália. Contador não só ficou em definitivo com a Maglia Rosa, como igualou o feito de seu compatriota Miguel Indurain, que venceu a competição por duas vezes: em 1992 e 1993.

Classificação de etapa 1ºKIRYIENKA Vasili 2º RUJANO Jose RODRIGUEZ Joaquim Classificação Geral 1º CONTADOR Alberto 2º SCARPONI Michele 3º NIBALLI Vincenzo

BLR ESP

06:17:03 06:21:46 06:21:53

0:00 20" 4:43 12" 4:50 8"

ESP ITA ITA

83:34:25 83:39:43 83:40:39

00:00 05:18 06:14

VEN

Classificação de etapa 1º MILLAR David 2º RASMUSSEN Alex 3º CONTADOR Alberto

GBR DEN ESP

Classificação Geral (FINAL) 1º CONTADOR Alberto ESP 2º SCARPONI Michele ITA 3º NIBALLI Vincenzo ITA

30:13:00 30:20:00 30:49:00

84:05:14 84:11:24 84:12:10

00:00 00:07 00:36

00:00 06:10 06:56

cyclomagazine 57


Mobilidade // Cycles Superhighways

A revolução das bicicletas Texto: Juliana Hasse de Rezende / NQM Comunicação Foto: Divulgação

A

mobilidade no trânsito é, cada vez mais, pauta para discussão, não somente entre órgãos responsáveis pelo seu funcionamento, mas também na sociedade. Acompanhando os conceitos de sustentabilidade e fluxo eficaz, Londres inaugurou na última semana mais algumas Cycles Superhighways - vias exclusivas para o trânsito de bicicletas. O projeto, considerado inovador, é uma otimização das vias para ciclistas já existentes há bastante tempo na Europa, especialmente por oferecer rotas contínuas que comutam regiões da periferia da cidade ao centro. O objetivo é agilizar o deslocamento, oferecendo a bicicleta como meio efetivo de transporte: seja para trabalhar, lazer ou qualquer outro intuito. O projeto ainda é novo em Londres e os usuários estão experimentando a novidade e avaliando

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seus benefícios. As "vias azuis" contam com grande apoio dos seus usuários, que formaram grupos de discussão e representação perante a prefeitura. Além disso, entidades da sociedade civil organizada trabalham insistentemente em campanhas de educação dos condutores, ciclistas e pedestres. Exemplo dessas organizações é a London Cycling Campaign (LCC), que atua angariando membros e reivindicando melhorias. As superhighways de bicicletas estão invadindo Londres. São previstas mais dez rotas até 2015. E, ao contrário do que pode parecer, a medida veio por necessidade extrema, já que a cidade enfrentava congestionamentos absurdos. Além disso, o advento do congestion charging (conhecido como pedágio urbano) tornou a circulação na parte central da cidade custosa e, diante isso, os londrinos precisaram buscar alternativas para o transporte. Esse conceito de mobilidade sustentável ganha espaço e inicia sua discussão também no Brasil. A questão intrínseca aqui é: seria este modelo viável em terras nacionais? Para Hartmut Günther, especialista em psicologia do trânsito e professor da Universidade de Brasília, ainda não. O professor pondera que há muitos passos a serem dados antes da implantação da cultura da bicicleta

como meio de transporte oficial no Brasil. "Precisamos analisar vários aspectos: o clima no país não favorece. Por exemplo, é difícil alguém se locomover até o trabalho de bicicleta sem chegar suado. Outra questão é a falta de estrutura, de vias específicas para os ciclistas: a maioria delas começa do nada e leva a lugar algum. É preciso que, acima de tudo, isso seja eficiente, o que ainda não acontece", avalia. O psicólogo com formação internacional afirma que o modelo, para ser consolidado, precisa também de um trabalho muito forte em cima de campanhas de educação e conscientização: "No trânsito, sempre quem tem mais proteção, é maior e mais potente, acaba vencendo. O comportamento intolerante do motorista sobre o ciclista e do ciclista sobre o pedestre é evidente e precisa ser trabalhado por meio de exemplos. Em Munique, na Alemanha, o próprio prefeito se locomove de bicicleta", exemplifica. Günther conclui falando sobre o status da bicicleta hoje, no Brasil: "A bicicleta ainda é vista como brinquedo de criança com poder aquisitivo alto e transporte para pobres. Paralelo a isso, há falta de segurança - não existe uma via dedicada ao veículo. Para completar o debate, há a violência: uma falta de respeito para com o outro e isso não se estende apenas ao motorista", encerra.



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