Comuna Bela Vista - Trabalho de conclusão de curso - Liscarla Duarte

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COMUNA BELA VISTA hospedagens agroecológicas

Universidade Federal de Viçosa Centro de Ciências Exatas e Tecnológica Departamento de Arquitetura e UrbanismoTrabalhodeconclusãodecursoIl Liscarla Duarte Teixeira Orientador: Ítalo Stephan Viçosa - MG Agosto 2022 ARQ399

Como a vida é a arte do encontro, agradeço pelas amizades e amores que tornaram esses anos os mais incríveis. Obrigada por toda a ajuda durante a graduação, por todas as conversas de desabafo, por todos os cafés, por todos os rolês, vocês que passaram (e que estão) na mi nha vida são responsáveis pela pessoa que estou me tornando.

AGRADECIMENTOS

Inicialmente agradeço à mãe natureza e à toda magia da vida que nos circunda, por permitir que todas essas pessoas mencionadas nes se texto coexistissem junto à mim durante a caminhada da vida. Aos meus pais, Carla e Delton, sou grata por todo amor, dedicação e apoio não apenas durante a graduação, mas durante toda a vida. Ao meu pai, principalmente, pelo abraço mais acolhedor do mundo, repleto de ca rinho e compreensão. À minha mãe, por todos os dias que precisei de colo e de conversas difíceis, com você do meu lado sou mais forte. Ao meu irmão, Breno, pela parceria e cumplicidade que sempre tivemos um com o outro.

A todos os professores que tive, em especial aos do DAU, obrigada por sempre se dedicarem e lutarem por um ensino público de qualidade. Ao Roberto e ao Ítalo, agradeço pelos ensinamentos e orientações duran te toda a graduação e em especial nessa etapa final. Durante minha jornada pela UFV abracei dois projetos em especial, o Formigas e o Contamina. Ao Formigas agradeço por me ensinar a im portância social do arquiteto, mostrando a realidade de Viçosa para mim e para todos e por ter me permitido levar nossas conquistas para congressos pelo Brasil. Ao Contamina por ter me ensinado a potência de ser uma mulher líder de mim e dos lugares que ocupo. Agradeço ao Arch Studio, em especial à Ana Cláudia, por proporcionar minha primeira experiência como arquiteta e me ensinar tanto! Agradeço também à Marina, do Cajá Manga, que me recebeu em Belo Horizonte de braços abertos para alçar novos voos. Sou extremamente grata ao Estúdio Shakti, principalmente à Babi, que me estendeu a mão e auxiliou nos maiores momentos de ansiedade, mostrando o caminho da yoga e de toda a minha potencialidade, proporcionando que eu me conhecesse fora da arquitetura.

20 43 ESQUEMADAS ÁREAS CONSTRUÍDAS E DEMOLIRPLANTAILUSTRAÇÕESQUADROISOMÉTRICAMAPAMAPAMAPACONSTRUÍDOMAPANÃO-CONSTRUÍDASIMPLANTAÇÃO-XNÃO-CONSTRUÍDOIMPLANTAÇÃOIMPLANTAÇÃO-COBERTURAIMPLANTAÇÃO-FLUXOGRAMACOMUNABELAVISTADEÁREAÚTILDASEDEXCONSTRUIR PLANTA DE COBERTURA SEDE PLANTA DA SEDE - LAYOUT PLANTA DO PORÃO DA SEDECORTELAYOUTAA’ILUSTRAÇÕESSEDEISOMÉTRICAS - SEDE ESQUEMA DA FORMA DAS HOSP. PLANTA DA HOSP. - LAYOUT PLANTA DA HOSP. ACESSÍVELPLANTALAYOUT DA HOSP. - COBERTURA CORTE BB’ILUSTRAÇÕESISOMÉTRICASHOSP.HOSP.INTERNAS362726262524232221 404040403938373736 424140 ANTEPROJETO BIBLIOGRAFIA INTRODUÇÃO 5 616O ENTORNO A FAZENDA O ENTORNO A FAZENDA 0907 PROGRAMADIRETRIZESATIVIDADESCONCEITOEPARTIDOPROGRAMA NECESSIDADESDE 1918171717 10 AGROECOLOGIADECOLONIALISMOACONEXÃOARQUITETÔNICOPATRIMÔNIOCOMNATUREZA 15131211 TEÓRICOEMBASAMENTO APROPOSTA 4

A comuna oferecerá ativida des integrativas focadas em ide ais decoloniais, reconectando as pessoas com a natureza, com a comunidade e consigo mesmo.

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Desde o primeiro momento em que a coroa portuguesa e aventu reiros começaram a se fixar nas co marcas de Vila Rica (Ouro Preto),

Rio das Mortes (São João del-Rei), Rio das Velhas (Sabará) e arredores, houve-se grande demanda de ali mentos graças ao aumento da po pulação. Por isso temos, até hoje, fazendas de agropecuária na região do sul de Minas, pois, na época au rífera, as fazendas complementa vam e coexistiam com as minerado ras, dando-as suporte necessário.

Nos dois primeiros séculos de ocupação portuguesa no territó rio brasileiro, segundo Sérgio Buar que de Holanda (1995), a explora ção restringiu-se à faixa litorânea. Entretanto com a descoberta do ouro e metais preciosos, por vol ta de 1693, nas terras da atual Mi nas Gerais, criou-se diversas rotas para os sertões. Com essa des coberta houve uma revolução po lítica, econômica e sociocultural.

O barulho do andar no piso de tábua corrida, o cheiro do almoço feito no fogão a lenha, o brilho das noites frias de lua cheia, tudo isso com põem as minhas memórias afetivas.

A fazenda estudada nesse pre sente trabalho, Fazenda Bela Vista (São João del-Rei), faz parte des sas fazendas, tendo sido construída provavelmente no início do séc. XX.

Este trabalho é de grande cunho afetivo e emocional, pois a fazenda em questão hoje pertence ao meu avô paterno, Maurício. Muitas lem branças da minha infância e adoles cência foram construídas com esse cenário: tomar banho na bica d’água, raspar o tacho de doce de leite, tirar o meu leite matinal direto da vaca, andar a cavalo com a minha família, entre outras memórias sensoriais.

Foto 01 - Fazenda Bela Vista arquivo pessoal

O intuito principal desse projeto é requalificar a fazenda, criando-se hospedagens que se ca racterizam como uma comuna, co munidade urbana ou rural com rela tiva autonomia administrativa para propor uma sociedade mais hori zontal, tratando as pessoas com equidade, levando em consideração as necessidades individuais.

Fonte:

INTRODUÇÃO

O ENTORNO A FAZENDA 6

São João del-Rei

estrada fazenda/Barbacena: 45km

É o início da serra da Mantiqueira, na qual a paisagem é repleta de mares de morros, por isso o relevo é planalto e a fazenda está a +1100m acima do nível do mar.Nessaregiãonascemecorremfluen temente muitos rios pertencentes a três bacias importantes: Paraíba do Sul, São Francisco e Paraná.

fazenda Bela vista

ESQUEMA SOLAR SEM ESCALA

CLIMA: TROPICAL DE ALTITUDE verão quente e einvernoumidofrioseco

VEGETAÇÃO: ENCONTRO DA MATA ATLÂNTICA COM O CERRADO campo plantaçõeslimpo:epastagens campo cursosmata:cerradosujo:próximoaosd’água

estrada fazenda/São João del-Rei: 41km

Barbacena

LEGENDA

fazenda Bela Vista

As cidades de Barbacena e São João del-Rei pertencem à mesorregião do Campo das Vertentes em Minas Gerais.

oeste LEGENDA trajetoventossolar leste

O ENTORNO

A ECONOMIA NO CAMPO DAS VERTENTES:

Na maioria dos municípios a agropecuária é a atividade principal sendo o leite o maior produto exportador. Devido às técnicas inadequadas de uso do solo para as pastagens, atualmente muitos solos são pobres em nutrientes, necessitando urgentemente de estímulo para o reflorestamento como meio de preservação dos solos e como atividade produtiva.

N 7

Fonte: Google Earth N

MAPA DE DISTÂNCIA DA FAZENDA COM AS PRINCIPAIS CIDADES DO ENTORNO SEM ESCALA

Foto 02 - Fazenda Bela Vista Fonte: arquivo pessoal

N

Foto 03 - Fazenda Bela Vista Fonte: arquivo pessoal 04 - Fazenda Bela Vista Fonte: google earth

O ENTORNO As especificações anteriores sobre fotosapaisagempodemserobservadasnasaseguir: Caminhos existentes LEGENDA Cursos d’água 8

Foto

EMBASAMENTO TEÓRICO

No Brasil, foi criado em 1934 o primeiro órgão federal de proteção ao patrimônio no país, para acompanhar os trabalhos de restauração na cidade de Ouro Preto. Entretanto, somente em 1967 que foi criado o IPHAN, passando por uma reestruturação, incorporando bens patrimoniais de todo o Brasil (não somente o barroco).

Fonte: arquivo pessoal

Foto 11 - Fazenda Bela Vista

Como comentado anteriormente, as propriedades rurais próximas à estrada real mantêm na memória a formação do território no período de colonização do interior do país em busca do ouro das Minas.

Durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, houve uma administração com viés liberal em relação a cultura, estimulando o investimento privado, isentando o estado da responsabilidade da preservação. A consequência foi o aumento do turismo em patrimônios arquitetônicos. Essa exploração comercial do edifício histórico, foi apontada como a opção mais assegurada para a preservação e requalificação. Porém o patrimônio passa a ser tratado apenas de forma mercantil, deixando de ser pensado por sua importância coletiva enquanto memória.

Para Bastos (2004), a comunidade tem dificuldades em reconhecer o seu patrimônio cultural, mas é sempre ela que deve indicá-lo. Visando manter essa identificação com os moradores, deve-se incluir o edifício nas atividades locais, por meio da requalificação. Esse envolvimento pode se estabelecer na medida em que ele for incorporado ao cotidiano de uma forma compreensível, usando a educação patrimonial.

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PATRIMÔNIO ARQUITETÔNICO

Segundo Lyra (2016), a diferença entre uma construção e um patrimônio edificado é a forma que o espaço colabora diretamente nas relações humanas, criando-se um sentimento de afetividade, pertencimento e identidade.

Para perdurar a preservação, é imprescindível requalificar o espaço. Pois, trazendo uma nova classificação de o uso para o local, temos novos sentimentos de afetividade, pertencimento e identidade. Essa preservação é importante pois assim mantemos viva a história de um local, resgatando as origens.

CONEXÃO

COM A NATUREZA

Para Krenak (2019), quando nós nos retiramos do todo que chamamos de natureza. Automaticamente retiramos dela seu sentido de ser vivo, atribuindo-a como provedora de recursos para a vida humana na Terra.

Apesar do, aparente, grande avanço científico e tecnológico, não con seguimos sequer ter qualidade de vida e viver de fato como uma sociedade saudável, igualitária e justa.

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A apropriação da terra, a crescente produção de excedentes, má distribuição, o consumo exagerado e o desperdício geram efeitos avassaladores ao modo de vida da sociedade.

Como catalizador desse processo, tivemos a revolução industrial. Transformaram os cidadãos em consumidores e clientes, criando-se as relações exploratórias de trabalho. Toda essa dinâmica do capitalismo, juntamente com o patriarcado, nos alienou desse organismo que somos parte, a Terra. Passamos a pensar que existem duas coisas distintas, a humanidade e a natureza.

Para entender a importância a reconexão humana com a natureza é preciso fazer um resgate histórico: desde quando os europeus começaram a invadir as américas, a Ásia e África, começamos a experimentar o início da globalização. Chegaram com o objetivo de impor sua cultura, dita como superior, aos povos originários. Esse fato, como sabemos, resultou em guerras, na escravidão e no extermínio de povos em todo o globo.

É importante essa reconexão com a natureza pois é um ato de reencontro com a nossa essência, com a nossa ancestralidade. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ter saúde é um “estado completo de bem-estar físico, mental e social”, não apenas o estado de ausência de doenças. Assim é observado muitos estudos recentes que acumulam evidências científicas de que o contato/conexão com a natureza traz be nefícios em graus variados à nossa saúde.

Além disso, a sociedade moderna representa esse modelo de segregação não somente com a natureza, mas também, entre a própria humanidade.

O resultado é o que chamamos de humanidade, uma tentativa de homogeneizar todos os seres humanos, impondo as crenças, os valores, os costumes e consequentemente, a implementação do capitalismo.

Desta ótica, subverter hegemonias significa farejar soluções, cenários e condições para agir e pensar em direção a mundos mais igualitários, modelos civilizatórios mais sustentáveis, configurações estruturais menos ado ecidas e adoecedoras para a saúde da diversidade ecossistêmica essencial para a perpetuação da vida – entre humanos e não humanos; mediante a saúde fisiológica e a saúde mental e emocional (Escobar, 2014; Capra, 1982).

Através da busca por referências plurais que foram encobertas e silenciadas, valoriza-se vozes indígenas e quilombolas, que nessa região são os índios puri e o quilombo de candedes como fontes representativas de sábias e importantes epistemologias e ontologias para a realidade latino-americana. Para esse projeto focaremos nos saberes do povo puri.

Os países da América Latina sofreram invasão e colonização de seu território e de suas formas de vida. Apesar de seus processos de independência formal e política, o pensamento e o imaginário da colonização perpetuou-se ao longo dos anos através das estruturas sociais, simbólicas, culturais e econômicas. A ideologia que fundamentou e justificou a co lonização remonta às origens do capitalismo e do pensamento moderno de mundo em que a ocidentalidade globalizada está imersa hoje (Dussel, 1992)Nodesenvolvimento da cultura ocidental e da globalização cunhou-se um imaginário de que essa visão de mundo – capitalista, colonizadora, moderna, androcêntrica - é a única visão correta e coerente de mundo. Segundo Quijano (2005), os estudos decoloniais surgem como resposta aos múltiplos projetos e cosmovisões que foram e ainda são oprimidas e encobertas. Ou seja, estudos decoloniais é todo aquele estudo que analisa sem a visão europeia dos fatos. Estes estudos se orientam, por um lado, para apresentar alternativas viáveis para o discurso e práticas deste mundo e, por outro lado, para trazer à tona múltiplos projetos e vozes.

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DECOLONIALISMO

“Entramos numa época de ilimitação e é nisso que temos o desejo de infinito (...). a sociedade capitalista é uma sociedade que caminha para o abismo, sob todos os pontos de vista, por não saber se autolimitar. E uma sociedade realmente livre, uma sociedade autônoma, deve saber se autolimitar, saber que há coisas que não se pode fazer, que não se deve nem tentar fazer, ou que não se deve desejar. Vivemos neste planeta que estamos destruindo (...). tantas maravilhas em vias de extinção. Penso que deveríamos ser os jardineiros deste planeta. Teríamos que cultivá-lo. Cultivá-lo como ele é e pelo que é (...). a tarefa é enorme. Só que isso está muito longe não só do atual sistema quanto da imaginação dominante. O imaginário de nossa época é o da expansão ilimitada (...). isso é que é preciso destruir. É esse imaginário que o sistema se apoia.”

CASTORIADIS, 1999. 14

Otimização do agroecossistema, interpretando as complexas interações entre as pessoas, os cultivos, os solos e animais. Não se preocupa com a maximização da produção

Nesse projeto iremos utilizar os conceitos da agroecologia para toda a concepção, dos materiais usados às fontes de energia.

Padrão de desenvolvimento agrícola mediante o manejo ecológico adequado dos recursos naturais e da correta seleção de tecnologias

Processo de construção social, usando metodologias de intervenções democráticas

A agroecologia preserva o patrimônio arquitetônico e cultural pois requalificar as pré-existencias, colabora diretamente na convervação das construções.

A agroecologia traz a conexão com a natureza pois busca o desenvolvimento humano em conjunto com os agroecossistemas visando sempre a sustentabilidade a médio e longo prazo.

AGROECOLOGIA

O ponto de encontro entre os três segmentos teóricos, patrimônio arquitetônico, conexão com a natureza e decolonialismo, é a agroecologia. A agroecologia é decolonialista pois acredita-se em um desenvolvimento integral, não visando a maximização dos lucros, colocando as comunidades como agentes ativos no processo de construção social diminuindo assim a segregação e exclusão social.

Afinal, o que é agroecologia?

Ciência que apresenta princípios, conceitos e metodologias para estudar, analisar, dirigir, desenhar e avaliar agroecossistemas, com o propósito de permitir a implantação e o desenvolvimento de um estilo de agricultura com maior nível de sustentabilidade

Sustentabilidade econômica, socioambiental e cultural

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A PROPOSTA

•Cuidar dos animais da fazenda

Hospedagens agroecológicas

•Aprender e fazer cerâmica

•Andar a cavalo

•Entre outros

criar um agroecossistema sustentável por meio da agroecologia, o que engloba o uso fontes de energia sustentável, preservação das construções já existentes, bioconstruções, uso consciente da água, sistemas agroflorestais, produção alimentar ecológica e uma participação social democrática. Sendo o mais autossuficiente possível dependendo cada vez menos de energia externa.

Decolonialismo: propor uma arquitetura que se conecte com o patrimônio arquitetônico da fazenda, porém resgatando as memórias dos índios, dando voz àqueles que foram por muito tempo apagados. Também propor atividades educativas com o mesmo propósito.

As atividades oferecidas na Comuna Bela Vista têm como objetivo integrar a comunidade com a natureza e entre si:

atividades flutuantes:

atividades fixas:

•••••AyurvedaFitoterapiaBioconstruçõesTerapiasholísticas Sistemas agroflorestais

Conexão com a natureza: potencializar o contato humano com a natureza, com atividades integrativas: contemplativas e ativas em meio a paisagem rural.

•A arte do pio (saber Puri)

•Aprender e fazer tapeçaria

•Trilhas ecológicas

Área de intervenção estimada: 20.000m²

Preservar o patrimônio: visar requalifi car todas as estruturas pré-existentes, conservando a memória do espaço e causando menos impacto ambiental.

Capacidade: 60 pessoas

•Cuidar da horta e pomar

Agroecologia: obter um agroecossistema sustentável, com um planejamento democrático em todos os âmbitos: agropecuária, atividades propostas, bioconstruções, energia sustentável, entre outros.

Foto 12 - Fazenda Bela Vista Fonte: arquivo pessoal 17

DIRETRIZES PROGRAMA ATIVIDADES

•Saberes das ervas medicinais

Materiais naturais locais: priorizar a utilização de materiais naturais locais no projeto arquitetônico, visando resgatar a cultura da comunidade e conectando com a ancestralidade.

Este é um projeto rural de hospedagens agroecológicas, oferecendo uma estadia repleta de atividades para reconectar as pessoas com a natureza e com a própria comunidade.Oobjetivoé

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Além de ser a figura geométrica considerada mais estável pelos estudiosos, o triângulo (e o número três) significa, na sociedade puri, a cole tividade. É usada para identificar que pertence ao

ESQUEMA CONCEITO E PARTIDO N

LEGENDA complexo da fazenda Bela hospedagenscaminhosVista

do campo das vertentes, a topografia impede que essa tipologia seja utilizada, por causa dos mares de morros. Segundo Eschwege, o povo Puri são os sobreviventes dos Goitacázes, que viveram no litoral do Brasil, dessa forma foi preciso adaptar o sistema das aldeias diante da topografia acidentada.

O TRIÂNGULO

O complexo é facilmente identificado princi palmente pela construção sede, uma fazenda do início do século XX. as outras partes do complexo foram idealizadas de forma a não ofuscar a paisagem natural, misturando-se com o entorno.

O CIRCULO

esquema de circulação entre as casas

A utilização de formas circulares em aldeias indigenas é de conhecimento popular, a explicação se baseia na filosofia de vida da comunidade: os indivíduos ocupam uma mesma posição no processo produtivo, ao nível de produção todos podem ser os mesmos, todos são equivalentes e substituíveis uns pelos outros. O que equivale dizer que, nessas sociedades, as relações sociais não se estabelecem entre grupos que desempenham papéis diferentes no processo produtivo - como no capitalismo.

Da mesma forma adaptamos a implantação utilizando da topografia: foram criados três nú cleos de hospedagens, cada um com cinco hospedagens; cada núcleo tem um pátio central pequeno no qual as edificações estão dispostas numa mesma distância; esses núcleos foram dispostos de forma a se beneficiar da topografia para as instalações e para os caminhos; o pátio central segue a forma circular tradicional, enquanto o pátio segundário foi criado baseado na união de vários triângulos mas sempre se benefi ciando da topografia.

CONCEITO E PARTIDO

As casas são unidades iguais (equivalentes e substituíveis umas pelas outras) e elas se distanciam igualmente uma das outras, e também do centro do pátio. Ter a mesma distância de cada casa até o pátio central significa ter “o mesmo peso social” em todas as decisões da aldeia.

A Comuna Bela Vista é um complexo rural com o objetivo de convidar os hóspedes a se relacionar consigo mesmo, com a comunidade e com a natureza. Essa relação é construída pois criamos um agroecossistema sustentável utilizando do espaço (edificado e natural).

A TOPOGRAFIA

Napovo.região

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PROGRAMA DE NECESSIDADES

Os espaços exteriores compõem áreas de circulação descoberta, além de espaços livres para atividades educativas e de lazer. A proposta é um espaço multifuncional que possibilite o contato com a natureza rural.

ATIVIDADES:

A diversidade do programa de necessidades possibilita atenter um público alvo de diferentes idades e proveniente de outras cidades da região. A partir de estudos de implantação o complexo foi estruturado restaurando todas as estruturas existentes, fazendo apenas modificações necessárias para suas funcionalidades, de maneira a garantir uma circulação fluida, aproveitamento dos aspectos naturais e harmonia compositiva.

•estábulo•paiol •curral coberto •curral descoberto •sala de armazenamento de laticínios •sala multiuso 01, 02 e 03 •pátio 01 e 02 •banheiros externos RESTAURANTE: ••halllouge •banheiros•deck •salão do restaurante ••cozinhadispensa •área de serviços SERVIÇOS: •dml •lavanderia •dispensa porão •almoxarifado •sala de ferramentas HOSPEDAGENS: ••chaléspátio03

ADMINISTRATIVO: •recepção •sala administrativa•copa

O levantamento de atividades da Comuna Bela Vista foi realizada na primeira etapa do Trabalho de Conclusão de Curso, a partir do cruzamento das informações do estudo teórico, na análise de projetos arquitetônicos de tipologia similar e nas estruturas pré-existentes no local.

ANTE PROJETO

ESQUEMADAS ÁREAS CONSTRUÍDAS E NÃO-CONSTRUÍDAS SEM ESCALA Área para a construção das hospedagens (9800m²*) Área destinada para a vila dos trabalhores da comuna (63000m²*) EXISTENTENÃO EXISTENTE Área ocupada pelo complexo da fazenda Bela Vista (4700m²*) Estradas de terra Cursos d’água * Áreas aproximadas N LEGENDA Foto 13 - Fazenda Bela Vista Fonte: google earth 21

CAMINHOS caminhos existentes caminhos novos CONSTRUÇÕES construções existentes, apenas restauradas construções existentes, mantendo a estrutura do telhado e modificando algumas paredes, janelas, portas, entre outros. construções totalmente novas LEGENDA MAPA IMPLANTAÇÃOCONSTRUÍDO X NÃO-CONSTRUÍDO 104,4m² 160m² 360m² 54,8m² 325m² 348m² 91m² 121m² 25,85m² 71m² 112m² 16m² 220m² N COMUNA BELA VISTA DESENHO: IMPLANTAÇÃO ESCALA: 1:300 FOLHA: A1 22

3 4 5 10 15 16 17 18 19 20 21 37 37 22 23 24 25 26 27 32 33 28 29 30 31 11 12 13 14 2 34 35 35 35 35 35 34 35 35 35 3535 34 35 35 35 35 35 NMAPA IMPLANTAÇÃO AMBIENTES 1 - estacionamento 2 - recepção 3 - adm 4 - banheiro adm 5 - estábulo 6 - paiol 7 - jardim 8 - pátio fogueira 9 - alpendre 10 - hall 11 - louge 12 - banheiro 01 13 - banheiro 02 14 - banheiro acessível 15 - salão do restaurante 16 - deck 17 - cozinha 18 - dispensa 19 - área de serviço 20 - banheiro funcionários 21 - lixo e gás 22 - lavanderia 23 - sala multiuso 01 24 - dml 25 - banheiros externos 26 - sala multiuso 02 27 - sala multiuso 03 28 - curral descoberto 01 29 - sala de armazenamento e manutenção dos laticínios 30 - curral coberto 31 - curral descoberto 02 32 - pátio 01 33 - pátio 02 (circular) 34 - pátio 03 35 - chalés 36 - chalés acessíveis 37 - agrofloresta piso de cimento queimado vegetaçãodeck LEGENDA bloquete permeável cinza bloquete permeável laranja terra batida piso de tábuas de madeira COMUNA BELA VISTA DESENHO: IMPLANTAÇÃO ESCALA: 1:300 FOLHA: A1 23

detalhe esccobertura 1:25 NMAPA IMPLANTAÇÃO - COBERTURA telha colonial cerâmica i = telha26%metálica saduíche i = telhado5% de sapê i = 50% PAINEIS (1x1,65mFOTOVOLTAICOScada) telha colonial i = 26% calha LEGENDA bloquete permeável cinza bloquete permeável laranja terra vegetaçãobatida cobertura de policarbonato com estrutura em metal COMUNA BELA VISTA DESENHO: IMPLANTAÇÃO ESCALA: 1:300 FOLHA: A1 24

COMUNA BELA VISTA DESENHO: IMPLANTAÇÃO ESCALA: 1:300 FOLHA: A1 25

3 4 5 7 7 8 9 10 15 16 17 18 19 20 21 37 37 22 23 24 25 26 27 32 33 28 29 30 31 11 12 13 14 34 35 35 35 35 35 34 36 35 36 3535 34 35 35 35 35 35 NMAPA IMPLANTAÇÃO - FLUXOGRAMA AMBIENTES 1 - estacionamento 2 - recepção 3 - adm 4 - banheiro adm 5 - estábulo 6 - paiol 7 - jardim 8 - pátio fogueira 9 - alpendre 10 - hall 11 - louge 12 - banheiro 01 13 - banheiro 02 14 - banheiro acessível 15 - salão do restaurante 16 - deck 17 - cozinha 18 - dispensa 19 - área de serviço 20 - banheiro funcionários 21 - lixo e gás 22 - lavanderia 23 - sala multiuso 01 24 - dml 25 - banheiros externos 26 - sala multiuso 02 27 - sala multiuso 03 28 - curral descoberto 01 29 - sala de armazenamento e manutenção dos laticínios 30 - curral coberto 31 - curral descoberto 02 32 - pátio 01 33 - pátio 02 (circular) 34 - pátio 03 35 - chalés 36 - chalés acessíveis 37 - agrofloresta

LEGENDA circulação de veículos dos hóspedes circulação de veículos para serviços e manutenção circulação dos funcionários e apoiadores circulação dos hóspedes

DOJACARANDÁCERRADO PINHEIROPARANÁDO ACESSO IPÊ AMARELO CEDRO MACAÚBA NúmeroAmbienteSetorÁrea 2RecepçãoAdiministração(m²) 334,3 Sala de 4admAdiministração30 Banheiro PCDAdiministração3,4 5EstábuloAtividades140 6PaiolAtividades13,7 9AlpendreAtividades5,7 10 HallAtividades9,25 11 LougeAtividades30,75 12 Banheiro 1301Atividades1,5 Banheiro 1402Atividades1,5 Banheiro 15PCDAtividades4,3 Salão 17restauranteAtividades86,75 CozinhaServiços33,8 18 DispensaServiços5,45 19 Área de 20serviçosServiços11,2 Banheiros 21funcionáriosServiços6,45 LixoServiços2,5 21 GásServiços2,5 22 LavanderiaServiços21,6 23 Sala Multiuso 2401Atividades79 DMLServiços14,5 25 Banheiros 26externosAtividades17 Sala Multiuso 2702Atividades40,5 Sala Multiuso 2903Atividades41,5 Sala de armazenamento e manutenção de 30laticíniosAtividades103,3 Curral 35cobertoAtividades316,7 Chalé x15Atividades480 ÁREA1537,15ÁreaÚTIL útil total ISOMÉTRICA COMUNA BELA VISTA N COMUNA BELA VISTA DESENHO: IMPLANTAÇÃO ESCALA: SEM ESCALA FOLHA: A1 26

BELA VISTA DESENHO: IMPLANTAÇÃO SEM FOLHA:ESCALAA1 27

ILUSTRAÇÃO 01

COMUNA

COMUNA

BELA VISTA DESENHO: IMPLANTAÇÃO SEM FOLHA:ESCALAA1 28

ILUSTRAÇÃO 02

BELA VISTA DESENHO: IMPLANTAÇÃO SEM FOLHA:ESCALAA1 29

COMUNA

ILUSTRAÇÃO 03

BELA VISTA DESENHO: IMPLANTAÇÃO SEM FOLHA:ESCALAA1 30

COMUNA

ILUSTRAÇÃO 04

BELA VISTA DESENHO: IMPLANTAÇÃO SEM FOLHA:ESCALAA1 31

COMUNA

ILUSTRAÇÃO 05

COMUNA

BELA VISTA DESENHO: IMPLANTAÇÃO SEM FOLHA:ESCALAA1 32

ILUSTRAÇÃO 06

ILUSTRAÇÃO 07

BELA VISTA DESENHO: IMPLANTAÇÃO SEM FOLHA:ESCALAA1 33

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COMUNA

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ILUSTRAÇÃO 08

ILUSTRAÇÃO 09

COMUNA

BELA VISTA DESENHO: IMPLANTAÇÃO SEM FOLHA:ESCALAA1 35

COMUNA BELA VISTA

5.2 1.3 3.3 10.5 2.4 2. 4 10 10 8.85 1.8 0.9 0.6 2.65 3.3 1.47 4.77 3.84 3.16 57 0.2 0.95 0.15 0.95 0.15 2.6 0.2 2.05 0.2 1.5 0.15 1.5 0.15 1.13.3 0.15 2 .15 5 0.2 12 0.2 2.6 0.15 2.05 0.2 1.3 4.8 2 0.05 3 0.05 0.05 2.85 20.5 13.1 2.8 4.6 3.3 4.85 2.8 2.8 5.7 N NPLANTA DA SEDE - DEMOLIR X CONSTRUIRPLANTA DE COBERTURA SEDE

LEGENDA

DESENHO:

PLANTAS SEDE ESCALA: 1:75 FOLHA: A1 36

paredes a serem mantidas paredes a serem demolidas paredes a serem construídas 26%=i i = 26% i = 26% i=26% i = 5% i = 2 6 % = 26% = 26% 2000L telha colonial cerâmica i = telha26%metálica saduíche i = cobertura5% de policarbonato com estrutura em metal

12.85 0.4 3.2 0.2 3.3 0.2 0.4 0.2 3.65 0.2 2.25 0.2 0.4 0.4 3.7 0.4 0.3 1.42 0.650.05 0.70.15 1.8 0.15 3.21 0.15 1.93 2.5 4.77 0.3 3.85 6.85 0.2 10 10.5 20.5 2.6 .15 .95 .15 .95 2.05 0.2 2.6 0.15 2.05 0.2 5.24.8 0.2 4.75 0.2 0.15 1.1 1.5 0.15 1.5 0.2 3.15 0.15 4.41 12 3.4 2.65 1.3 5.2 8.85 0.3 4.77 0.15 2 0.15 6.45 0.15 6.25 0.2 20.5 2.8 2.8 0.05 0.05 4 4.8520.05 2.75 3.3 23.8 10 PLANTA DA SEDE - LAYOUT PLANTA DO PORÃO DA SEDE - LAYOUT AMBIENTES 7 - jardim 9 - alpendre 10 - hall 11 - louge 12 - banheiro 01 13 - banheiro 02 14 - banheiro acessível 15 - salão do restaurante 16 - deck 17 - cozinha 18 - dispensa 19 - área de serviço 20 - banheiro funcionários 38 - dispensa subsolo 39 - almoxarifado 40 - casa de ferramentas 7 79 151015 17 18 19 403938 20 16 15 11 1213 14 7 LEGENDA piso de tábuas de madeira piso de cimento queimado vegetaçãodeckN N COMUNA BELA VISTA DESENHO: PLANTAS SEDE ESCALA: 1:75 FOLHA: A1 37

DESENHO: CORTE SEDE ESCALA: 1:75 FOLHA: A1 38

COMUNA BELA VISTA

AMBIENTES 7 - jardim 11 - louge 13 - banheiro 02 15 - salão do restaurante 16 - deck 17 - cozinha 18 - dispensa 38 - dispensa subsolo 39 - almoxarifado 40 - casa de ferramentas 7 1113 15 161718 3839 40

ILUSTRAÇÃO ISOMÉTRICA 01 - SEDE ILUSTRAÇÃO ISOMÉTRICA 02 - SEDE COMUNA BELA VISTA DESENHO: SEDE SEM FOLHA:ESCALAA1 39

LEGENDA

i = 5 0 % i=5% i = 5 0 % = 50% 1000L 6.85 2.4 2.2 3.6 1.526.82 2.8 7.4 ESQUEMA DA FORMA DAS HOSPEDAGENS FIGURA 01: FORMA 9x9m FIGURA 02: DESLOCAMENTO DE PARTES DA FORMA PLANTA DA HOSPEDAGEM - LAYOUT i 01 i 03 i 02 PLANTA DA HOSPEDAGEM ACESSÍVEL - LAYOUT PLANTA DA HOSPEDAGEM - COBERTURA CORTE BB’ - HOSPEDAGEM 0.2 1.27 0.03 0.95 0.2 0.1 0.8 1.9 0.2 0.2 1.6 0.10.2 1.6 0.1 0.2 2.8 0.2 2 0.2 1.45 0.2 1.63 2 0.1 0.2 1.53 3.28 5.38 7.3 1.5 0.2 1.7 0.2 1.8 0.2 5 1.6 0.2 9 9 LEGENDA piso de tábuas de madeira piso de cimento queimado LEGENDA piso de tábuas de madeira piso de cimento queimado

telha metálica saduíche = 5% telhado de sapê = 50% 0.2 0.2 1.6 0.10.2 1.6 0.1 0.2 2.8 0.2 2 0.2 1.45 0.2 1.63 0.1 0.2 1.53 3.28 5.38 7.3 1.5 0.2 1.7 0.2 1.8 0.2 5 1.6 0.2 9 9 0.22.970.0320.21.75 COMUNA BELA VISTA DESENHO: HOSPEDAGEM ESCALA: 1:75 FOLHA: A1 40

estrutura do telhado em madeiraparedes de tijolinhos aparentes

ISOMÉTRICA 03 (i 03)

sem escala

detalhes em pedra

COMUNA BELA VISTA

sem

DESENHO: HOSPEDAGEM ESCALA: 1:75

telhado de sapê

ISOMÉTRICA 01 (i 01) escala

ISOMÉTRICA 04 (i 04) sem escala

ISOMÉTRICA 02 (i 02)

sem escala

FOLHA: A1

41

ILUSTRÇÃO INTERNA 02 sem escala

sem escala

COMUNA BELA VISTA

DESENHO: HOSPEDAGEM

ESCALA: 1:75 FOLHA: A1 42

ILUSTRÇÃO INTERNA 01

CAPORAL, F. R.; COSTABEBER, J. A. Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável: perspectivas para uma nova extensão rural. Rev. Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável. Porto Alegre, v.1, n.1. p. 16-37. 2000.

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43

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LARA, Fernando. Precisamos de uma arquitetura política para resistir a uma arquitetura civilizadora Revista Arq Urb 29, pp, 4-7, LEMOS,2020.

CURIOSIDADE: A logo do projeto é um grafismo puri: o peixe é a simbologia da fartura. Ele é feito de triângulos pois, como já foi dito, significa coletividade. Ou seja, significa “fartura do povo puri”.

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