Revcoaching8

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+ + + Agir, transformar e conquistar

em revista

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Jogo Rápido com Jorge Aragão DESCUBRA O SUCESSO ALÉM DAS REDES SOCIAIS Do que depende o Futuro das empresas? Como se preparar para vender à geração Alfa?

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O coaching e a jornada heroica de cada um

Coaching em Revista 1


Paixão por Livros, O seu clube de leitura

O que é O Paixão por Livros? É a forma mais prática, moderna e barata de comprar livros. Pense quantas vezes você teve tempo de ir a livrarias no último ano. E se não tinha a indicação de um livro, lembre como foi difícil escolher o que comprar. Nossa equipe de curadores e especialistas selecionam obras que poderão lhe dar um bom entretenimento, muito prazer e fazer a diferença na sua vida. Ao participar do nosso clube de assinaturas, terá a certeza de receber dois ótimos livros mensalmente. IMPORTANTE: você poderá trocar os livros que eventualmente já tenha lido.

2 Coaching em Revista


Como funciona o Paixão por Livros

Paixão por livros, O seu clube de leitura! A forma mais prática, moderna e barata de comprar livros. assine agora mesmo acessando

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índice Expediente

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Ano 2 | Nº 08 Diretor Editorial: Mauricio Sita Diretora Executiva: Julyana Rosa Diretora de Operações: Alessandra Ksenhuck Gerente de Projetos: Gleide Santos Projeto Gráfico: Danilo Bianchini e Henrique Melo Diagramação: David Guimarães Relacionamento com o cliente: Claudia Pires

Editorial Pessimismo faz mal à saúde e aos negócios A importância do coaching Trabalhando suas estratégias internas parte III Up2date Os diferentes usos dos jogos A motivação em busca de resultados Cidadão 21 Moda, Beleza e Estilo 2.0 Jogo rápido Escritores Literare autografam no CONARH 2016 Informativo AAPSA MANUAL DO SUCESSO Comportamento Mobilidade Vendas Gestão Fun Learning No alvo Vitrine de sucessos Mauricio responde Será que você só consegue ser assim?

Serviço ao Assinante: [11] 2659-0964 e [11] 2659-0968 Cartas para a redação: Rua Antônio Augusto Covello, 472 São Paulo - CEP 01550-060 Orientamos para que as cartas com a opinião e crítica do leitor estejam assinadas e contenham nome e endereço completos, telefone e e-mail. Reservamo-nos o direito de selecionar e editar aquelas que poderão ser publicadas. O pedido de edições anteriores poderá ser feito através de qualquer uma das informações de contato supracitadas (carta, fax ou telefone; e será atendido desde que haja disponibilidade de estoque. Central do Anunciante: [11] 2691-6706 Representante Comercial – Região Sul: Beth Meger Rua Cândido de Abreu, 140 - 5º andar / Cj. 509 Curitiba – Paraná – CEP: 80.530-901 [41] 7812-2898 Revista oficial da AAPSA (Associação Paulista de Recursos Humanos e Gestores de Pessoas). Distribuição Exclusiva: Fernando Chinaglia Comercial e Distribuidora S/A Impressão e Acabamento: Gráfica Pallotti O conteúdo de artigos produzidos pelos especialistas são de inteira responsabilidade dos próprios autores. É proibida a reprodução total ou parcial de informações sem autorização e os devidos créditos.

Especialistas nesta edição

André Percia

Christian Barbosa

Leila

Marcelo Ortega

Navarro Revista 4 Coaching em

Daniela do Lago

Maurício Sita

Eliana Loureiro

Fernando Borges

Jaques Grinberg

Mara Edith

Marcus Nakagawa

Ômar Souki

Paulo Aziz

Renato Ticoulat

Reinaldo Polito

Ulisses Sabará


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Destaques

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Facebook

Não se desmotive com o sucesso que os outros demonstram no Facebook

28 30

Sete estratégias para lidar com os erros

CAPA - O coaching e a jornada heroica de cada um

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O futuro das empresas depende da valorização da biodiversidade

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As microfranquias vão tirar o Brasil da crise

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EDITORIAL

Caro leitor, O ano começou mais rápido do que imaginávamos. A correria do dia a dia nos trouxe para o primeiro trimestre e é hora de colocar em prática os planos dos projetos ainda não concretizados. Postergar, definitivamente, é algo ruim para a carreira, vida pessoal e negócios, mas sempre há algo pendente ao longo dos anos. Você ainda não fez algo? Está preparado para tomar partido e, enfim, transformar 2017 em um ano de realizações? Se existe, ainda pode ir atrás, quem sabe até com o auxílio do coaching, conhecido por acelerar o alcance de metas. Nesta edição, a matéria de capa assinada pela jornalista Eliana Loureiro trata do tema, mais especificamente da jornada do herói, analogia utilizada no meio para, literalmente, transformar pessoas. A autora entrevistou especialistas da área e trouxe descritos 11 passos para a mudança de coachees. Vale muito a leitura. Além desse texto incrível, gostaria de indicar a coluna do mestre Reinaldo Polito, neste número com conteúdo altamente reflexivo e relacionado à matéria de capa. O artigo propõe o desenvolvimento de habilidades para alterar comportamentos e, assim, cativar mais as pessoas. Quem sabe até aprenda a contar piada e, assim, consiga ser socialmente mais agradável aos olhos alheios. Bem, eu poderia me alongar, mas vou deixá-lo à vontade para curtir a sua revista. Desejo que seu ano seja maravilhoso! Um forte abraço!

Julyana Rosa

Diretora executiva

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ARTIGO Ômar Souki

Pessimismo faz mal à saúde e aos negócios

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artin Seligman, pesquisador do otimismo nos Estados Unidos e autor do livro Aprenda a ser otimista (Editora Record), realizou um levantamento dos principais estudos que relacionam pessimismo com doença. Veja a seguir como o pessimismo pode ser péssimo para a sua saúde e, por isso mesmo, ter efeitos desastrosos em seus negócios. Chris Peterson, professor de psicologia da Universidade de Virgínia, nos Estados Unidos, na década de 80 do século passado, examinou os efeitos do pessimismo em sua turma de 150 alunos. Através da aplicação de um questionário separou otimistas de pessimistas e no ano seguinte verificou o número de visitas médicas realizadas por um grupo e por outro. Os pessimistas tiveram duas vezes mais doenças infecciosas, e foram ao médico duas vezes mais do que os otimistas. Estudos ingleses relativos ao câncer de mama detectaram que as mulheres que não tiveram recaída

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foram as que reagiram ao diagnóstico com espírito de luta. As que morreram ou tiveram recaída foram as que receberam a notícia com abatimento e resignação. Nos Estados Unidos foi feito uma pesquisa com mulheres acometidas de câncer de mama pela segunda vez. Uma sobrevivência longa nesses casos é rara, mas as mulheres que viveram por mais tempo foram justamente aquelas que demonstraram maior alegria de viver e que apresentavam uma atitude otimista. Estudos realizados por Seligman, Leslie Kamen da Universidade da Pensilvânia e Judy Rodin, da Universidade de Yale, mostram que as pessoas otimistas têm melhor atividade imunológica do que as pessimistas. A pesquisa demonstrou que o pessimismo diminui a atividade imunológica. Foi verificado que em estados pessimistas e depressivos o sistema imunológico se desliga automaticamente abrindo a porta para todo tipo de enfermidades. Foi também observado que o pessimismo e a depressão estão intimamente ligados, sendo que indivíduos pessimistas ficam deprimidos com mais facilidade.

O estado psicológico da pessoa tem influência direta em sua resposta imunológica. Uma consequência lógica é que o pessimismo também faz mal para os negócios, pois pessoas pessimistas têm menos tempo para se dedicar ao trabalho, pois passam mais tempo doentes. Com isso perdem preciosas vantagens competitivas que dependem da energia, do entusiasmo e do bom ânimo com relação às suas atividades profissionais.

vos do chefe e praticamente ignoram os positivos. Têm também o péssimo hábito de enfraquecer situações nitidamente favoráveis, com comentários negativos: “Sim, sou competente no meu emprego, mas minha família nem liga para isso”. Outra forma de fomentar a amargura e a tristeza são as leituras pessimistas do que os outros estão pensando: “Eu sei que meu chefe não gosta muito de mim”; “sei que vou levar um chute de minha namorada”.

Apesar da constatação científica de que é melhor ser otimista do que pessimista, alguns profissionais ainda insistem que o otimismo pode ser perigoso: “Se fico otimista demais logo procuro me acalmar, pois posso me desiludir”; “pensar positivo é enganar-se a si mesmo”; “o otimismo pode cegar as pessoas e não deixar que vejam a realidade”. São pessoas que focam mais os problemas e os defeitos dos outros, passando por cima dos aspectos positivos de qualquer situação. Em geral, vivem mal humorados e são de difícil convivência. Você gostaria de trabalhar com alguém assim? Quando essas pessoas são avaliadas só se fixam nos comentários negati-

Não é fácil conviver com os pessimistas, pois eles podem minar o moral da equipe. Quando tudo está indo bem, eles fazem algum comentário sobre algo que “poderia” acontecer: “Eh! toda essa felicidade vai durar pouco, pois as bolsas estão de mal a pior”; “aproveitem desse sucesso, pois tudo passa rapinho”. Enfim, os pessimistas são aqueles que se especializam em jogar baldes de água fria nas pessoas que sonham alto, que sonham muito e que se lançam em direção às estrelas. Evite-os!!!

Ômar Souki Ph.D. em comunicação pela Universidade de Ohio, EUA. Professor de marketing durante 20 anos na Universidade Federal de Minas Gerais. Palestrante e autor de mais de 20 livros. www.souki.com.br Coaching em Revista 9


ARTIGO Fernando Borges Vieira

A IMPORTÂNCIA DO COACHING

COMO FERRAMENTA DE DESENVOLVIMENTO DE PERFORMANCE E COMPETÊNCIAS JURÍDICAS

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tualmente há 1.016.183 advogados e estagiários inscritos, concentrando SP o maior número de advogados inscritos (288.325), seguido por RJ (145.517) e por MG (106.790)² . Considerando-se os atuais registros do IBGE, contamos com 205.115.000 habitantes³ e podemos compreender haver 1 advogado para cada 225 habitantes. Este coeficiente tende a crescer, pois já há mais de 1.300 Faculdades de Direito, contra 165 em 1995. As estatísticas demonstram a contundente concorrência no mercado de trabalho. Apenas 10% a 15% serão bons advogados e 1% a 2% se destacarão, conforme pesquisa coordenada por Sebastião Oliveira Campos Filho, professor em MBA Executivo da UFRJ. O melhor é desistir, não? Jamais! Nada obstante alguns profissionais acreditarem que o mercado não comporta mais advogados – o que lhes permite permanecer na “zona de conforto” – certo é que não há mercado saturado para o bom profissional!

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O advogado deve considerar sua carreira desde seu início, planejando sua construção e rumos. Conforme Campos Filho, há um conjunto essencial para a formação de um bom profissional: as competências técnicas, as comportamentais e as conceituais, as quais devem estar atreladas a um objetivo, pois qualquer caminho desejado para este novo profissional pode ser ruim caso ele não tenha claramente onde desejar ir. Primordial é a competência técnica, adquirida e aprimorada por meio de uma formação acadêmica constante e de reiterado exercício profissional. Não haverá sobrevida àquele que não conhece com imprescindível solidez a praxe forense e os trâmites jurídicos, que tenha dificuldades em interpretar o ordenamento jurídico ou seja desprovido da habilidade técnica de defender com segurança os interesses de seus clientes. É necessário ao advogado que suas competências comportamentais sejam perene alavanca capaz de impulsioná-lo à frente dos demais colegas, mantendo


postura de quem não se conforma com o estado em que se encontra, direcionando seus esforços em favor de objetivos maiores e planejados. Por sua vez, competências conceituais implicam uma visão ampla e de longo prazo sobre o exercício de sua profissão, o que exige uma reflexão profunda e um autoconhecimento diferenciado. Poucos reúnem condições de articular acerca do planejamento de sua carreira, seja por não atentaram à premente necessidade de fazê-lo ou por não conseguirem se dissociar de um bloqueio emocional que os envolve. Verdadeiro processo de desenvolvimento humano, o coaching tem esteio em distintos ramos da ciência – a exemplo da Psicologia e da Programação Neurolinguística. Sob técnicas de administração de empresas e gestão de pessoas, o coach utiliza ferramentas metodológicas possibilitando o coachee ter consciência sobre si mesmo, descobrir e potencializar suas competências, dominar e direcionar suas potencialidades.

O coaching jurídico conserva metodologia própria, atentando à especificidade do exercício da advocacia em seus distintos níveis e searas. Ao coach não caberá decidir pelo coachee e sim tornar-lhe possível conhecer a dimensão de si próprio, entregando-lhe o condão de despertar suas competências e potencialidades e tornando-o hábil a planejar o crescimento de sua carreira. Respeitando os princípios éticos, o treinamento possibilita, dentre outros benefícios: a) reconhecimento e aperfeiçoamento de habilidades pessoais; b) reconhecimento e aperfeiçoamento de habilidades profissionais; c) definição de metas e objetivos profissionais; d) conquista de inteligência competitiva; e) aperfeiçoamento da produtividade; f) aperfeiçoamento do relacionamento com clientes; g) aperfeiçoamento da inteligência emocional e h) aperfeiçoamento do equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. Há quem prefira permanecer no estado em que se encontra por crer que

esta condição é eterna e, portanto, segura; quem prefira evitar conhecer a si mesmo, pois ignorar suas vicissitudes pessoais e profissionais é sempre mais confortável; quem prefira permitir que a vida o conduza sob a crença que não somos apenas coadjuvantes de nosso destino. Todavia, há também quem se permite conhecer e reconhecer; quem se reinvente; quem acredita poder evoluir a cada instante; quem conduza o seu próprio caminho por vivenciar o aprimoramento de suas habilidades, o desenvolvimento de competências e a descoberta de suas potencialidades. Quais desses profissionais é você?

Fonte: ² http://www.oab.org.br/institucionalconselhofederal/ quadroadvogados acessado em 05 de janeiro de 2016. ³ http://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/ acessado em 22 de novembro de 2015.

Fernando Borges Vieira Personal, Professional e Leader Coach (SBC); Owner e Coach da Lawyers Coaching; Especialista em Liderança (FGV/GVLaw); Mestre em Direito (Mackenzie); Professor de Pós-Graduação – CPPG/ FMU; Membro AASP, AATSP, ABRAT e IASP Coaching em Revista 11


COACHING André percia ARTIGO ANDRÉ PERCIA

TRABALHANDO SUAS ESTRATÉGIAS INTERNAS parte III

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uitos são os fatores responsáveis pela construção do sucesso. Descubra quais são os padrões que predominam na sua personalidade. A reflexão sobre esses padrões permite autoconhecimento. Dessa forma, podemos explorar melhor ONDE ESTAMOS o que pode contribuir significativamente para a construção do Estado Desejado e da META do coaching. Para facilitar mais ainda a assimilação desse importante conteúdo, uma espécie de “teste” foi elaborado. Leia atentamente as instruções para cada questão e depois então atribua um

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grau entre ZERO (0) e DEZ (10), onde ZERO significa total ausência da característica ou comportamento, e DEZ significa a presença dos mesmos funcionando da melhor e mais adequada maneira possível. Em algumas questões você será instruído a escolher e avaliar um fator específico, ao passo que em outras questões, você deverá analisar múltiplos fatores. Siga as instruções de cada grupo. Num caderno de trabalhos, escreva suas reflexões sobre o processo. INTROVERSÃO E EXTROVERSÃO 14- Escolha uma das alternativas abaixo e avalie-a:

14 -(a) Você gosta de ficar predominantemente “sozinho”, lidando com seu mundo interno mais do que o mundo externo das pessoas e das coisas? (14 - b) Você prefere o mundo externo das pessoas e das coisas mais que o mundo interno dos pensamentos e das ideias? Grau___ Observações: No caderno As perguntas 14 a e b relacionam-se aos primeiros Metaprogramas básicos que iremos analisar. “Um metaprograma é um esquema (...) instalado em uma pessoa que irá determinar a sua concepção e a sua representação do mundo (seu modelo do


mundo) que vai orientar seu modo de interação e seu comportamento”. (...) os Metaprogramas traçam o perfil da pessoa e do que a torna única, porque forjam nossa coerência. Os Metaprogramas são como que categorias que informam sobre aquilo ao qual dirijo a minha atenção. São um filtro orientado, um radar que só recebe e retransmite um certo tipo de dados programado antecipadamente.” (Guia de PNL para sua empresa - Patrick Sary )”. Os estudiosos Tad James e Wyatt Woodsmaall nos alertam para o fato de que o processo de filtragem dos metamodelos “distorce, omite e generaliza a informação, de modo tal que nós não retemos mais de sete (mais ou menos duas) informações simultaneamente em nossa mente consciente. Como nós filtramos é um resultado de Metaprogramas, Valores, Crenças, decisões e memórias. Responsável tanto pelo diálogo interno quanto pela forma com que externamos nossa comunicação”. Para eles, nós omitimos, distorcemos e generalizamos informações, porque a mente consciente só pode dar atenção á poucas delas de forma simultânea. Determina como acessamos nossa memória e como focalizamos nossa atenção. No entanto os metamodelos funcionando em nossas mentes podem não ser adequados para nossas metas pessoais e/ou profissionais, por isso a necessidade de questioná-los. “14-a” refere-se aos indivíduos introvertidos. São aqueles que preferem

ficar predominantemente sozinhos, lidando com seu mundo interno de pensamentos e das ideias do que lidando com pessoas. De acordo com James e Woodsmall, “Embora alguns Introvertidos possam aprender a sair de suas conchas e relacionar-se bem com outras pessoas, quando chega a hora de recarregar suas baterias eles preferem ficar sós”. Para os autores, introvertidos constituem aproximadamente 25% da população, e “verão os Extrovertidos como superficiais e não como verdadeiros e genuínos”. Eles tendem a ter poucos amigos e a relacionamentos mais profundos com os mesmos, buscando em si mesmos as causas, refletindo antes de agir. Gostam de trabalhar só, são solitários, auto-suficientes, tem valores estéticos, tem alta pontuação em testes de aptidão, gostam de lidar com conceitos e ideias, e não raro se tornam matemáticos, dentistas, escritores, fazendeiros, engenheiros, artistas, editores, carpinteiros, arquitetos, pesquisadores técnicos e científicos. Compradores introvertidos são mais reservados, e o vendedor deverá ter bastante cuidado para saber quando aproximar-se deles para, até mesmo, facilitar o processo de interação dos mesmos com seus produtos e serviços e quando deixá-los a vontade para que não se sintam invadidos ou pressionados. Talvez queiram ficar um pouco sozinhos na loja para avaliar melhor o que estão comprando.

“14-b” refere-se aos extrovertidos, que preferem o mundo externo das pessoas e das coisas mais que o mundo interno dos pensamentos e das ideias. Geralmente recarregam suas baterias interagindo com as pessoas. Para os mesmos autores, constituem 75% da população e tendem a ter muitos amigos com relacionamentos superficiais. Olham para o meio ambiente buscando causas, são sociáveis, felizes, alegres, gostam de ação, envolvem-se em novas situações, são impulsivos, ajustados socialmente, estáveis, aventureiros, eloquentes, gregários, salientes, interativos e tem um ego forte. Entre as atividades preferidas encontramos: Vendas, assistência social, direção esportiva, direção de pessoal, relações públicas e administração. Embora vendedores tendam para a extroversão, estes devem ter cuidado para não serem invasivos, inconvenientes, insistentes e falantes em demasia. Exceto quando identificarem um extrovertido. Neste caso, fale com eles, conversem, deixe que digam o que quiser, desde que o foco sempre volte para a venda. 15- Escolha uma das alternativas abaixo e avalie-a: 15-a) Ao lidar com um determinado assunto, você se interessa apenas pelos fatos e suas aplicações atuais? 15-b) Ao lidar com um determinado assunto, você se interessa pelas ideias e pelo relacionamento entre os fatos e suas aplicações futuras? Grau ___ Observações: no caderno. Para James e Woodsmall, os pro-

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cessos internos estão diretamente relacionados com o nível e o foco da atenção. “15-a” refere-se aos indivíduos perceptivos, 75% da população. São aqueles que preferem perceber os fatos imediatos, práticos e reais da experiência e da vida ao invés das relações entre as ideias. Interessam-se pelo concreto, pelo “agora”, e se descrevem como realistas e como tendo os pés no chão. Tem Pensamento concreto aprendem por recursos visuais, interessa-se por economia, valorizam a autoridade e o trabalho, preferem aplicações e pontos de vista práticos, gostam de trabalhos mecânicos e tendência a seguir metas. Estão em trabalhos como “comércio, administração, produção, vendas, tecnologia, finanças, agricultura, ciências biológicas, chefia de escritório, medicina veterinária e no trabalho policial”. Frequentemente a ênfase no “agora” os dá pouca memória e pouca habilidade para lidar com o futuro. Podem ser rápidos em tomadas de decisões e rápidos nas respostas que envolvem situações correntes. São vigorosos e ativos. Compradores com esse perfil gostam de informações concretas, práticas e objetivas sobre produtos e serviços. Faça-os entender como poderão usá-los hoje em suas vidas de forma concreta e sem muita perda de tempo. “15-b” refere-se aos indivíduos

intuitivos, que vão preferir observar as possibilidades, os relacionamentos e o significado de suas experiências mais que os fatos imediatos e as experiências em si. São 25% da população e estarão mais interessados no futuro e na identificação de possibilidades. Geralmente se descrevem como imaginativos, engenhosos, e tendem a ter uma atitude positiva em relação à mudança. Gostam de novas possibilidades, toleram a complexidade, são estéticos e teóricos, gostam de instruções mais genéricas. Valorizam a autonomia, buscam padrões em situações complexas e trabalham em nível simbólico ou abstrato, sendo mais criativos e a lendo por prazer. Podem trabalhar como pesquisadores, escritores, psicólogos, clérigos, químicos, arquitetos, matemáticos, músicos, físicos etc. Vendedores devem sempre que possível apontar para a relação entre seus produtos e serviços e a relação que os mesmos têm com o universo de seus clientes potenciais. Clientes potencias com predominância nesta característica vão querer explorar mais facilmente o uso, a relevância e o efeito dos produtos e serviço com os vários aspectos e áreas de sua vida. Intuitivos podem ser ainda poetas, sonhadores e visionários, e estão sempre tentando transformar o “hoje” naquilo o que já sonharam para o “amanhã”. Para James e Woodsmall, intuição é “a habilidade de: (1) mover-se para níveis de maior abstração de pensamento (2) encontrar a inter-relação entre as ideias e então (3) dirigir-se a níveis de maior

André Percia Psicólogo clínico e hipnoterapeuta com formação internacional em Coaching. Coordenador de livros da Editora Ser Mais. youtube.com/Andrepercia apercia@terra.com.br

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especificidade ou de pensamento mais detalhado e (4) relacioná-lo com a situação presente... algumas intuições não fazem sentido algum, ou, se fazem, a mensagem fica encoberta profundamente”. Explore seu lado intuitivo na interação com seus compradores potenciais, ao invés de tentar controlar cada palavra ou situação da interação, sem deixar de lado, contudo, os fatos que mais colaboram para o sucesso em vendas. Compradores intuitivos nem sempre vão dar prioridade aos detalhes práticos e objetivos do produto ou serviço eles podem ter uma impressão ou intuição de que aquilo o que estão comprando é bom para eles ou para alguém a quem vão presentear, e nem sempre os motivos da compra são lógicos ou tangíveis. É importante acompanhá-los nessa construção mental. 16 - Escolha uma das alternativas abaixo e avalie-a: 16-a) Quando tem que tomar uma decisão ou fazer uma avaliação você tende a confiar mais nas razões impessoais e na lógica mais que nos “valores” (Esses últimos são os conceitos sobre: O que é “certo”, “errado”, “bom” etc.)? 16-b) Quando tem que tomar uma decisão ou fazer uma avaliação você tende a confiar mais nos “valores” (Esses últimos são os conceitos sobre: O que é “certo”, “errado”, “bom” etc.) do que nas razões impessoais e na lógica? Grau___ Observações: no caderno.


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UP 2 DATE

NOVIDADES PARA VOCÊ SE ATUALIZAR

Apresentações dinâmicas

Leitura confortável

Já pensou em deixar uma reunião ou apresentação de projeto mais dinâmico, sem o uso de diversos aparelhos? Com o GoTouch isso poderá se tornar realidade, esse dispositivo pequeno é fácil de usar e transforma qualquer TV ou projetor em um quadro interativo. O aparelho vem com caneta de alta precisão, tecnologia infravermelho e uma conexão com a internet que permite a todos acompanharem em seus dispositivos a tela. Disponível em: goo.gl/So5ldL

Assista aquela série ou mesmo leia aquele livro em formato digital no seu smartphone ou tablet deitado na cama ou no sofá sem dores no braço por segurar os dispositivos móveis. Chega no mercado o projeto SkyFloat, o mecanismo é simples, um disco com ímã e fixado no teto (no lugar que desejar dentro da sua casa ou escritório) uma barra leve e retrátil que pode ser posicionada como desejar para mais conforto. Para recolher a barra, puxe para se soltar do ímã fixado no teto. Saiba mais sobre o projeto em: https://goo.gl/tkqGa9

Carteira inteligente Costuma esquecer a carteira em algum lugar que não se lembra, ou o celular? Seus problemas acabaram, a EKSTER é uma carteira fina e discreta que se conecta ao aparelho mostrando sua localização. Ao mesmo tempo, possui recursos para mandar um alerta ao smartphone e encontrá-lo onde o esqueceu. Saiba mais sobre o produto em: https://goo.gl/OXc6aI

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Curtindo um som no chuveiro Ouvir música ao tomar banho é algo praticado pela maioria das pessoas, mas pular a música, ou mesmo a ligação inesperada, isso se tornou um problema para muitos que não querem molhar seus dispositivos móveis. Por isso, foi criada a Splash Tunes Pro, uma caixa de som impermeável que pode ser grudada no azulejo do banheiro para você atender ligações, mudar suas músicas, sem se preocupar em molhar nada. Com uma distância de conectividade de 9 metros, você pode saber mais sobre esse gadget em: https://goo.gl/FHVM1G

Pernas, pra que te quero? Percorrer grandes distâncias pelo aeroporto ou até mesmo para o trabalho puxando uma mala não é nada agradável, por isso a Modobag acabará com esse problema. Ela tem um motor elétrico com capacidade de 200 wats com duas baterias de lítio de 12v cada que podem ser carregadas em uma hora. Sua velocidade chega a 13 km/h e percorre a distância de 9 km. A mala suporta uma pessoa de até 90kg e tem sistema de freios para facilitar o deslocamento e manter a segurança do “piloto”. Saiba mais sobre o projeto em: https://goo.gl/UEukOC

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ARTIGO Mara Edith Pó Mac Kay Dubugras Machado

Os diferentes usos dos jogos

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ogar para muita gente pode representar apenas entretenimento ou ainda perda de tempo para os workaholics, mas eles têm ocupado espaço significativo e crescente em diversas áreas.

Ian Bogost analisa os videogames como mídias expressivas e persuasivas, que representariam como o mundo real e imaginário trabalham, convidando assim os jogadores a interagir com esses sistemas e elaborar juízos de valor. Bogost defende que os games caracterizariam uma nova forma de retórica, que ele denomina procedimental. Além de suportar posições sociais e culturais existentes, games poderiam também ser disruptivos e modificar posições, gerando assim mudanças sociais profundas. Um aluno meu que trabalha no setor de desenvolvimento de jogos para o ensino fundamental contou que recebeu uma demanda para a matéria história. Os alunos não conseguiam aprender as rotas de navegação de Colombo e com a criação do jogo eles fixaram as rotas, o nome dos navegadores e até o nome dos piratas.

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Tive uma experiência positiva com um grupo de estudos que criaram um jogo para plataforma Android sobre a escolha de profissões dentro do curso. O positivo foi que não era uma matéria obrigatório com presenças e avaliações e dedicaram tempo mesmo assim. “Existem vários tipos de jogos para muitas áreas, mas seu uso continua negligenciado como ferramenta séria em alguns setores ainda muito conservadores. Jane McGonigal (2011) defende que os games podem ser usados para solucionar problemas complexos do mundo real. Ao desenvolver habilidades como pensamento crítico, resolução criativa de problemas e trabalho em grupo, poderiam gerar soluções para dilemas sociais e ambientais e, assim como propõe Bogost, modificar o mundo. Kurt Squire (2004) realizou pesquisas clássicas com o game Civilization III em uma disciplina de história mundial. Seus resultados mostraram que os alunos se envolveram ativamente no processo, compreenderam diversos conceitos importantes e aprenderam a sintetizar diferentes períodos da história. É importante notar que Civilization é um game comercial, ou seja, as possibilidades de incorporação de games à educação não se restringem ao uso de games educacionais. Em 2007, o MIT lançou o Scratch (https://scratch.mit. edu/), um software para crianças entre 8 e 16 anos criarem seus próprios games e animações e compartilhá-los na web, aprendendo assim os fundamentos da lógica de programação. Uma página (https://scratch.mit.edu/

educators/) apresenta as ideias pedagógicas que fundamentam o programa, e o ScratchEd (http://scratched. gse.harvard.edu/) dá suporte a educadores para sua utilização. Aqui observamos uma proposta de transferir aos alunos a própria atividade de produção de games. O Scratch vem sendo bastante utilizado em escolas no Brasil, mesmo porque é um software gratuito e relativamente simples de utilizar. O grupo Comunidades Virtuais (http://comunidadesvirtuais.pro.br/ wp_cv/), coordenado pela professora Lynn Alves na UNEB, desenvolve pesquisas relacionadas ao uso de games em educação, que se ramificam em discussões teóricas em torno do potencial pedagógico, dos níveis de sociabilidade e do desenvolvimento de games”(MATTAR, J. Teorias da Aprendizagem baseada em Games). Imagine um jogo que pudesse identificar o perfil do candidato no momento da entrevista, ou ajudar a treinar um funcionário novo, fazer o “welcome”, aperfeiçoar o desempenho em vendas, por exemplo. Os jogos podem proporcionar entretenimento com aprendizado se forem desenvolvidos para essa finalidade. Acredito que no Brasil dois fatores retardem mais esse processo, que é a falta de profissionais qualificados e as ferramentas em outros idiomas. Esse cenário pode mudar nos próximos anos com a quantidade e qualidade de cursos específicos

na área de jogos. Precisaremos apostar na nova geração que está se formando e amadurecendo para o mercado de trabalho. Eles respiram diversão e misturam o entretenimento em todas as áreas, são criativos, rápidos e multitarefas. Você consegue imaginar o futuro através dos games, criado por essa geração? E se começássemos a ser mais dinâmicos no trato com eles, na educação que ainda é metódica e monótona, no mercado de trabalho altamente hierarquizado, na política “dinossaurica” e enfim. Será possível melhorar nossas relações interpessoais e intrapessoal sob a perspectiva dos jogos em qualquer área? Alguns profissionais identificam algumas características dos jogos que demonstra que sim, como exemplo o Rise of Nations que integra o pensamento espacial e temporal, Connected Citizens cuja a ideia é fazer com que os jogadores encontrem soluções de como conectar o governo e os cidadãos a fim de encontrar soluções para os problemas da comunidade em 2023, o iCivics é uma coleção de games para a aprendizagem de conhecimentos e habilidades cívicas, Minecraft que seria uma ferramenta que possibilita a construção de ambientes e comunidades. E existem mais uma infinidade de exemplos, no site www.metacritic.com, tem um ranking com análise em várias plataformas e situações. Então, demoro!

Mara Edith Pó Mac Kay Dubugras Machado

Mestre em Comunicação pela UAM_2012, é sócia-fundadora da Entice Eventos Corporativos (desde 2006) e ParaDecision Tecnologia para Tomada de Decisão (desde 2015). Leciona para UNIP e UAM em TI. Coaching em Revista 19


CORPORATIVO Jaques Grinberg

A motivação em busca de resultados

A

crise, a tecnologia, metas e a alta exigência dos clientes potencializam o estresse dos funcionários. Os desafios diários desmotivam e geram conflitos internos entre os colegas e muitas vezes com os chefes. São atitudes que prejudicam os resultados das empresas em um momento ainda de instabilidade econômica. O perigo para as empresas, independente do seu tamanho, é quando os conflitos e o estresse surgem na gestão, isto é, dos gestores para os funcionários. A integração, união, dos funcionários é tão importante quanto vender para as empresas. Em resumo, é essencial para o seu crescimento e sobrevivência a longo prazo. Empresas com conflitos entre colaboradores possuem grande tendência de perder os melhores profissionais, por causa do estresse e desmotivação. Pagar salários altos não fideliza funcionário! E ainda, não podemos esquecer que um trabalho eficaz de integração é continuo, e não apenas com novos colaboradores. Manter uma equipe motivada, unida e com foco é o desejo de muitos empresários e poucos conseguem por um único motivo: dá trabalho! Os principais passos para manter uma integração eficaz na sua empresa: 20 Coaching em Revista


1. É importante que todos os colaboradores sejam apresentados uns aos outros. 2. Ter um organograma e fluxograma eficiente e de conhecimento de todos. 3. Manter os gestores e suas equipes trabalhando para um foco único, o crescimento da empresa. 4. Direitos e deveres de cada função (cargo) devem ser definidos e apresentados por escrito para todos os colaboradores. 5. Ofereça canais de comunicação entre os colaboradores como, por exemplo, um chat interno e intranet com informações atualizadas e de interesse de todos e da empresa. 6. Os gestores devem estar sempre de portas abertas para sugestões e críticas construtivas. Para potencializar os resultados a partir de agora, apresento sete dicas poderosas para você refletir e compartilhar com os colegas: 1. Assuma riscos: por medo de perder deixamos de ganhar. Assumir riscos com planejamento faz parte do empreendedorismo, independente do segmento e ramo de atividade do seu negócio. 2. Comprometimento e persistência: os obstáculos aparecem e muitos desistem no meio

do caminho. Ter comprometimento e persistências com as suas metas é um dos fatores de sobrevivência e crescimento. Pule, drible e tire os obstáculos da sua frente, vá até alcançar os seus objetivos e não deixa que nada impeça o seu sonho. 3. Mente aberta para novas ideias: o mundo muda e os consumidores também. É preciso inovar e buscar novidades para mantermos os clientes fidelizados. Para muitos comerciantes, a mudança é um caos, mas são necessárias para o mundo dos negócios. Por exemplo, acompanhando as necessidades e mudanças dos consumidores, lancei este ano a palestra WhatsApp como vender mais e mais rápido. Os clientes não querem mais receber ligações, querem receber mensagens inteligente por WhatsApp. Qual foi a última inovação ou mudança que você fez no seu negócio? 4. Curiosidade: pergunte, pesquise, faça coisas diferentes. A curiosidade maximiza a criatividade e ajuda no mundo dos negócios. Qual foi a última vez que você foi em um restaurante novo? Assistiu um filme francês? Ou experimentou um prato (comida) que ainda não conhecia? 5. Qualificação: esteja preparado

para enfrentar os desafios do mundo, estude e leia assuntos diversos. Qual foi a última palestra que você participou? Qual foi o último livro que você leu? Qual foi a última vez que você digitou no Google “como vender mais até na crise”? Pense diferente, faça diferente, para fazer a diferença! 6. Motivação intrínseca: queremos ajudar os outros, familiares e amigos que estão precisando de motivação. Mas, esquecemos que para ajudar os próximos, precisamos estar motivados. A motivação interna, a sua motivação é o combustível para o seu sucesso. Pense nisso! 7. Faça você, não espere que os outros façam: acredite no seu potencial, você quer, você pode! Saia de traz do balcão, vá lá e faça acontecer. O medo é um dos grandes vilões para conquistarmos nossos objetivos. Por causa do medo de algo que ainda não existe, deixamos de fazer e esperamos que outros façam. Vá, com medo ou sem medo, mas vá! Eu confio em você, confie em você, você também.

Jaques Grinberg Empreendedor, coach, palestrante, consultor e sócio em quatro empresas. Conhece na prática as dificuldades de manter um time qualificado e motivado. É considerado o maior especialista em coaching de vendas do Brasil e um dos palestrantes mais requisitados. Autor do best-seller 84 Perguntas que Vendem pela Literare Books International. Coaching em Revista 21


AnĂşncio

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Por um planeta sustentÁvel

Chip cria água potável Transformar água imprópria ao consumo em potável com apenas 20 minutos é algo inacreditável. Agora, possível graças aos pesquisadores da universidade de Stanford e a SLAC National Accelerator Laboratory. Os cientistas criaram um chip menor que o selo postal. Quando a luz solar atinge o recipiente onde foi inserido, cria peróxido de hidrogênio e outros produtos químicos que matam bactérias. O item é capaz de eliminar 99,9 % das bactérias existentes na água. Outras informações em: https://goo.gl/TMvj63

Consumo consciente Se você está buscando um veículo e pretende colaborar com o meio ambiente, pode acessar o aplicativo online Carboncounter criado pelos pesquisadores do MIT para mostrar quais automóveis emitem menos poluentes. Os veículos são divididos em algumas categorias, possibilitando a comparação e a quantidade de emissão. Saiba mais em: https://goo. gl/MqvyId. Para acessar o aplicativo, entre no site: http:// carboncounter.com/

Energia limpa As baterias de celulares antigos ou descartados podem ser reutilizadas para beneficiar pessoas que moram em lugares com falta de infraestrutura ou em áreas rurais. A universidade Kyung Hee, em Seul, realiza um estudo que aponta que os consumidores trocam de smartphones a cada três anos, e os produtos são descartados, mesmo as baterias que poderiam ter ainda anos de uso são jogadas em aterros. O projeto visa reciclar varias baterias de lítio que serão usadas para armazenar energia captada através da energia solar para alimentar uma iluminação de LED. Essa energia armazenada pode fornecer alimentação para uma lâmpada LED por três horas. Saiba mais em: https://goo.gl/uAAEQi

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ARTIGO Daniela do Lago

Não se desmotive com o sucesso que os outros demonstram no Facebook

O

fenômeno da internet mudou a forma como fazemos negócios hoje em dia. É possível ganhar dinheiro e construir uma carreira meteórica por meio das redes sociais. Rompemos as barreiras físicas e ganhamos o mundo, tornando o computador uma vitrine. O marketing digital está a todo vapor para ajudar a vender produtos e serviços. Mas, e quando falamos de uma pessoa? Ou melhor, quando falamos de cada profissional em uma empresa? Será que a regra é a mesma? Vejo inúmeros profissionais que, na busca por aprovação, atenção e reconhecimento, postam informações, acreditando que vão experimentar o tal sucesso com as curtidas e comentários que recebem. Há uma carência por trás de tanta exposição virtual que as pessoas querem suprir pela aprovação e aceitação do outro.

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Recebo alguns relatos de profissionais que estão construindo muito bem suas carreiras, mas se sentem extremamente angustiados pela comparação virtual. Como todos postam fotos de bons momentos, acreditam que os outros estão mais felizes do que eles. Acham que “a grama do vizinho” é melhor: que ele ganha muito mais dinheiro, tem mais reconhecimento na empresa, trabalha em um lugar mais legal, sempre viaja a trabalho para lugares incríveis, tem um chefe mais bacana, entre outros aspectos. Nessa comparação sem sentido se sentem fracassados e tendem a desistir de suas metas no meio do caminho. Entendo que a comparação é positiva, nos faz melhorar. O problema

é com quem você se compara. Nem tudo o que algumas pessoas postam nas redes sociais sobre sucesso profissional é verdade. As redes sociais são um instrumento perfeito para tentar passar a melhor imagem possível. Dessa forma, as pessoas utilizam vários elementos para criar uma imagem idealizada de si mesmas para vender aos outros. Então não fique angustiado com o que lê por aí e foque em suas metas do mundo real. A trajetória de carreira é diferente para cada pessoa. Qual retorno efetivo, seja ele financeiro ou emocional, que as curtidas, número de seguidores e quantidade de visualizações lhe proporcionam?

Conheço bons profissionais que apresentam resultados fantásticos e servem de inspiração para continuarmos a agir na direção de nossas metas quando a vida fica pesada demais, mas tenho a impressão de que a minoria tem essa boa intenção. Use a internet a seu favor, de maneira estratégica para potencializar seus resultados e objetivos profissionais. Não acredite em tudo o que dizem por aí sobre salários, cargos e patrocínios. No mundo virtual, por enquanto, pode tudo, mas a verdade ainda se baseia em fatos.

Daniela do Lago Coach de carreira, palestrante, professora de cursos de MBA da Fundação Getulio Vargas. Autora do livro “UP! 50 dicas para decolar na sua carreira” pela Integrare Editora. A obra contém dicas práticas de comportamento no trabalho.

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MODA, BELEZA E ESTILO

Look elegante

Combinando o mundo ocidental e oriental, a Silkhorse traz uma linha de lenços de seda elegantes e decorados com desenhos de escritas em Hindu e ilustrações do século 19. A impressão dos tecidos é manual, seguindo um processo tradicional de serigrafia, forma mais artesanal de produção que conta com processo de design único e colaboração de artistas Indianos. Saiba mais em: https://goo.gl/VahZAs

Uma verdadeira

Moda interativa

Já pensou em participar de uma coleção de moda ecológica interativa com a sua estampa? Pois é isso que a Constrvct promete, transformar fotos em vestidos ou camisetas sob encomenda. Os itens são fabricados com o tecido orgânico Jersey e impressos digitalmente. Encontre em: https://goo.gl/ogSyng

Engana ladrão

joia nos sapatos Pesando apenas alguns gramas e desenvolvido para deixar os sapatos femininos de salto alto mais elegantes, o Cenerentola promete levantar qualquer produção. O acessório se encaixa na parte de trás dos calçados e os muda completamente. Seus modelos são variados e possuem até acabamento em ouro. Disponível em: https:// goo.gl/EI6FdW Quando nos preparamos para uma corrida, pegamos nossa braçadeira para colocar o celular, mas algumas pessoas se sentem incomodadas. Para acabar com isso, a Wolaco vem com uma novidade. Seu primeiro foco é o público masculino. A empresa desenvolveu uma cueca com dois bolsos laterais à prova de suor, posicionados de forma que seja possível tirar e colocar o aparelho rapidamente dos bolsos. Mais informações em: https://goo.gl/FGWptn

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2.0 NOVIDADES DO MUNDO DA WEB

Caderno virtual Se você tem problemas para lembrar ou guardar informações sobre seu dia a dia, e está cansado de ter que guardar tantos papéis, use o Evernote. O aplicativo organiza compromissos, além de salvar de forma organizada textos ou cartões de visitas de contatos. Tudo o que é salvo em diversos dispositivos conectados ao app fica disponível em sua conta. Para conhecer mais e baixar de forma gratutia, acesse: https://evernote.com/intl/pt-br/

Pequenos artistas entretidos

Para malhar e ninguém olhar

Crianceiras foi criado em homenagem a um dos grandes poetas da era pós-modernista brasileira, Manoel de Barros. O app vem com clipes e poemas, além de uma ferramenta para criar desenhos e fotos com base nas ilustrações de Martha Barros, filha do artista. Disponível gratuitamente para iOS e android.

Exercite-se em casa de maneira mais confortável e com flexibilidade no dia a dia. Zova é um app que exibe vídeos com séries de exercícios e atividades físicas de baixa e alta intensidades. Com ele, é possível montar sua lista de vídeos de acordo com o dia da semana, nível e tempo que deseja gastar durante a prática. Gratuito. Baixe em: https://goo.gl/MA1lbI

Rede social reúne enófilos Apaixonados por vinho podem compartilhar fotos e experiências, além de acompanhar relatos de outras pessoas a respeito de marcas e sabores, em um rede social criada especialmente para esse público. Nela, pode-se seguir os melhores sommeliers, enólogos e profissionais do vinho, explorar as listas e curtir vinhos. E ainda realizar compras! Baixe gratuitamente o Delectable Wine - Scan & Rate, acesse: https://goo.gl/kiaeLP

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ARTIGO Christian Barbosa

Sete estratégias para lidar com os erros

M

uitas pessoas têm dúvidas a respeito do que fazer quando cometem um erro. Geralmente, essas falhas estão ligadas a decisões ruins tomadas dentro da empresa, na vida pessoal, como a falta de cuidados com a saúde, ou até mesmo com a forma como gerenciamos o tempo. Independentemente de qual seja o erro, a dúvida mais comum é saber o que fazer quando isso acontece e como consertar o problema. Acredito que o melhor remédio para isso é o tempo, pois, para corrigir qualquer coisa, é necessário um período de reflexão, que ajudará a entender o que foi feito e esclarecer as ideias. Porém, mais do que tempo, acredito que existem sete pontos básicos que nos ajudam a refletir a respeito dos erros que cometemos e corrigi-los. São eles:

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1 – Tome posse do seu erro: existem pessoas que preferem ignorar o erro, porém, o primeiro passo é assumir a falha e aceitar. Aliás, tem um livro muito bom sobre essa questão, o “Better under pressure”, do Justin Menkes, no qual ele destaca que os melhores líderes são aqueles que assumem os erros, não aqueles que tentam esconder. Afinal, sem aceitação não é possível mudar; 2 – Conserte de alguma maneira: busque formas de corrigir o erro. Para isso, avalie o que você fez e busque caminhos para realizar tudo de maneira diferente. Tente conversar com as pessoas e pedir desculpas pelo o mal que cometeu; 3 – Perdoe a si mesmo: algumas pessoas ficam se martirizando e não conseguem achar uma saída para resolver o problema. Na maioria dos casos, a solução está ao seu lado, basta pedir perdão a quem você magoou e para você mesmo, por ter negligenciado algo importante dentro do seu dia. Os erros estão aí para

gerar aprendizados; 4 – Reflita sobre o erro: tente entender o que causou o erro. Por que aconteceu? Aprenda a refletir sobre ele e usar isso para evitar novas falhas. Afinal, será inevitável não cometer novos erros, pois isso faz parte da humanidade. O importante é entender que esses deslizes são os responsáveis pelas grandes descobertas do mundo, que transformaram pessoas e fizeram com que elas aprendessem. É nisso que devemos acreditar, sem cobranças excessivas, apenas com um sentimento de aceitação e a vontade de mudar em mente; 5 – Entenda a origem: por que o erro foi gerado, o que te levou a fazer e o que pode ser modificado? Ao entender a raiz do problema, é muito mais simples corrigir, pois é possível enxergar as razões que levam ao erro; 6 – Esteja comprometido a mudar: seja honesto com as pessoas que você gosta e magoou. Crie um compromisso com a mudança, empenhado em provar

o contrário com ações, mesmo que para isso seja necessário tempo para resgatar a confiança e o companheirismo; 7 – Compartilhe o seu aprendizado: nesse sentido, tem uma pesquisa interessante feita pela Amy Edmondson, da Universidade de Harvard, que avaliou o trabalho de um grupo de enfermeiras e apontou que as melhores profissionais são aquelas que reportaram o maior número de erros no trabalho. Ou seja, quanto mais elas compartilham as falhas, mais aprendizado é gerado. Além disso, quem não compartilha a falha com ninguém, continua errando. Claro que essas ações não vão acabar com os erros em nossas vidas, isso seria impossível. Faz parte da nossa natureza cometer alguns deslizes. O importante é ressaltar que o erro deve ser visto como um grande aliado, responsável pelo amadurecimento, nunca como um inimigo.

Christian Barbosa

Especialista em administração de tempo e produtividade. CEO da TriadPS, empresa multinacional especializada em programas e consultoria na área de produtividade, colaboração e administração do tempo. Ministra treinamentos e palestras para as maiores empresas do país e da Fortune 100. www.triadps.com.br www.maistempo.com.br Coaching em Revista 29


CAPA Eliana Loureiro

O coaching e a jornada heroica de cada um Coaches explicam como os 12 passos podem ser aplicados no processo de transformação pessoal do coachee

A

Jornada do Herói” é largamente utilizada por roteiristas para a elaboração de roteiros de filmes hollywoodianos e mais recentemente, passou também a ser empregada no storytelling, estratégia de marketing que foca em contar bem uma história para vender um produto ou serviço, ou ainda fortalecer institucionalmente uma marca. Com o intuito de ajudar outros escritores a contar boas histórias, o roteirista norte-americano e analista de roteiros dos estúdios de cinema, Cristopher Vloger, estabeleceu as 12 etapas que compõem o processo, em seu livro “A Jornada do Escritor” (veja o box com a descrição de cada um dos passos, adaptados ao processo de coaching). Para criar seu guia prático, Vloger se baseou na obra “O Herói de Mil Faces” (1949) de Joseph Campbell (1904-1987); estudo que o mitólogo publicou após analisar diversos mitos e descobrir que há um

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padrão universal comum aos contos heróicos das mais diversas culturas. Desde o início dos tempos gostamos de ouvir essas narrativas arquetípicas de redenção e superação. Mesmo atualmente, somos levados ao cinema para ouvir essas mesmas histórias, só que com roupagem moderna. Basta se lembrar de arrasa-quarteirões como Matrix, O Senhor dos Anéis, Star Wars (o livro de Campbell influenciou o criador da saga, George Lucas), entre tantos outros. No entanto, como o próprio Vloger coloca no prefácio de sua obra, o percurso pode ser visto também como um guia da vida, uma vez que o ajudou “a perceber o que está à minha espera depois da próxima curva”. Então, de que forma a transformação proporcionada pelo processo de coaching, pode ser vista pelo viés da Jornada? Todos vivemos desafios em nossas vidas e temos a oportunidade de sermos o herói de nós mesmos. Chamado à aventura pelo coaching Cido Marques, master coach e mestre em Educação, afirma que o coaching é “um processo de autodescoberta e autodesenvolvimento”, sendo que o papel do coach é provocar perguntas no coachee que o levem à solução do

problema, o que ele não está conseguindo descobrir sozinho, e/ou atingir suas metas. O especialista vê o coach como o Mentor dentro da estrutura da Jornada do Herói, capaz não de guiar, mas de auxiliar nessa senda de descoberta, que levará necessariamente a uma transformação. Não à toa, o roteirista Cristopher Vloger ensina em seu livro que o protagonista, o herói, pode ser identificado por ser o personagem que sofre a maior mudança ao longo da trama. Marques alerta que a transformação verdadeira só é possível por meio do autoconhecimento; caso contrário, logo as antigas queixas voltarão. Afinal de contas, as causas do problema precisam ser trabalhadas. Cita como exemplo alguém que conseguiu parar de fumar com o processo; em sua opinião não basta mudar o hábito para eliminar o vício, é preciso que se torne uma nova pessoa. Ainda ressalta que diferente da terapia, que foca no passado, segundo o profissional, o coaching “trabalha no presente e no futuro”, de forma que ajude o “buscador” a “descobrir seu próprio caminho”, o que parece ser o primeiro passo rumo à jornada pessoal. Lembra ainda o antigo ditado chinês de que “quando o discípulo está

Cido Marques, master coach e mestre em Educação. Foto: Meireles Jr. “A resposta está na própria pergunta.”

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A jornada do herói do coacheE

1

Mundo Comum I Ato O ponto “A” de onde o coachee parte para sua jornada em busca do alcance de sua(s) meta(s).

2

Chamado à Aventura A inquietação que incomoda o cliente e o leva a procurar o coach.

3

Recusa ao Chamado (o Herói Relutante) A tentação de permanecer na zona de conforto. Campbell diz que “A caverna que você teme adentrar guarda o tesouro que você procura”.

Encontro com o Mentor (a Velha ou o Velho Sábio)

4

Assim como todo herói precisa de um mentor, todo coachee precisa da ajuda de alguém (neste caso, o coach), que o leve a questionar suas crenças, descobrir forças e fraquezas, criar insights e se encorajar para iniciar a jornada.

5

Travessia do Primeiro Limiar A mudança só acontece quando o coachee experimenta novos comportamentos, que surgem por meio das perguntas poderosas do coach.

6

II Ato

Testes, Aliados, Inimigos

Aqui Campbell explica que o herói deve enfrentar seus medos, descobrir seus aliados e derrotar seus inimigos para ascender a um novo patamar. Da mesma forma, o coachee deve agir com coragem, determinação e humildade para aceitar ajuda e atingir suas metas.

Aproximação da Caverna Oculta

O herói se concentra, acumula forças para concluir sua missão. O processo de coaching começa pela identificação de metas e de autoconhecimento. O coachee, como o herói, precisa conhecer suas armas e suas fraquezas a serem solucionadas, assim como habilidades que necessitam de desenvolvimento para chegar ao fim de sua jornada de autotransformação.

8

Provação O auge da crise! O momento de extrema provação, com a “morte”, a extinção de um paradigma, que abre caminho para o novo. O coachee precisa mudar e o ego teima em não deixar, pois é desconfortável não se encontrar mais em sua antiga identidade.

Recompensa (Apanhando a Espada) Passada a provação maior, o herói recebe seu troféu. O coachee consegue vencer alguma limitação ou dificuldade.

10

III Ato Caminho de Volta

Houve a transformação, o objetivo foi alcançado: é o nascimento de uma nova identidade; com o novo comportamento ou hábito totalmente incorporado.

12

9

Retorno ao mundo anterior, mas com o herói modificado. Em sua relação com amigos, família ou companheiros de trabalho, o coachee percebe que conseguiu mudar um comportamento ou hábito.

Ressurreição

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7

11 Retorno com Elixir

O coachee é capaz de narrar aos outros seu processo de aprimoramento e estimulá-los com seus aprendizados ao longo da jornada. Nesse ponto também se é capaz de compreender o significado de toda a jornada.


pronto, o mestre aparece”, no sentido da relação entre coaching e coachee. Sendo que uma das partes importantes é o follow up, o acompanhamento do cliente, para que o novo comportamento se torne um hábito, por meio da da criação de novas sinapses neurais, que venham a substituir as antigas (que não deixarão de existir). No caso de crenças limitantes muito arraigadas, a Programação Neurolinguística (PNL) e a Hipnose surgem como aliados nessa trajetória. O processo de coaching visa estimular questionamentos para que se encontre as soluções dentro de si mesmo. Afinal, como coloca Cid Marques, “a resposta está na própria pergunta”. Encontro com o coach Douglas de Matteu, Ph.D. e master coach trainer, sabe da existência de coaches que adotam “A Jornada do Herói” em seus processos, mas prefere não utilizá-lo, pois acredita que pode influenciar o coachee. Matteu prefere usar a metodologia nos processos de treinamento em liderança que conduz em empresas, inclusive lançou mão dos 12 passos para uma aula de mestrado e doutorado em coaching que ministrou em 2013 na Florida Christian University (FCU) dos EUA, com o objetivo de falar de identidade, missão, valores e propósito. A técnica lhe foi ensinada durante seu Master em PNL, o que considerou uma metáfora inovadora e pertinente, quando aplicada à sua própria vida. Pensa que a Jornada pode auxiliar no acesso interno de recursos e insights. Na liderança, precisa-se primeiro “liderar a si próprio” para depois exercê-la sobre os outros, como descreve. Nesse processo, como Mentor, o Ph.D. ajuda a identificar as competências necessárias para que se conclua com sucesso

o percurso, como, por exemplo, uma insegurança que precisa ser tratada, sendo que a meta, que pode ser um objetivo de vendas da equipe, é o “Chamado à Aventura”, em suas palavras. O treinador ainda ajuda a identificar o que está sabotando a empreitada e auxilia nas provações que surgirão durante o desenvolvimento da mudança; o “Caminho de Volta” enxerga como o retorno da pessoa às suas famílias e pares profissionais, e o reconhecimento de sua mudança; a “Ressurreição”, o nascimento de uma nova identidade; e o “Retorno com Elixir”, “o aprendizado que teve com todo o processo”. Sobre o feedback daqueles que foram submetidos à ferramenta, o master coach trainer relata sempre serem positivos. “Eu encontrei o herói que existia em mim”, disse-lhe um dos participantes de seu treinamento.

Douglas de Matteu, Ph.D. e master coach trainer. Foto: Fuentes Photo & Estúdio. “Na liderança, precisa-se primeiro ‘liderar a si próprio’ para depois exercê-la sobre os outros.”

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CAPA

1) Ampliação da percepção do que está acontecendo; 2) Aprendizado; 3) Responsabilidade para o enfrentamento da meta. Káritas Ribas também não concorda com a visão do coach como Mentor, pois não enxerga o coachee como vítima nem que precisa ser salvo. Pelo contrário, pensa que precisa conquistar uma qualidade que na Filosofia é denominada como encontrar a “maioridade”, o que quer dizer ser “senhor de si”. Pensa que o coach não é uma pessoa, mas um lugar de empoderamento em que a pessoa aprende a ser

Káritas Ribas, fundadora do Instituto Appana. Foto: Alberto Lefevre. “Gosto de trabalhar com liberdade. Todo processo é um desafio, que deve ser tratado com muito respeito.”

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O modelo da Jornada do Herói

Primeiro ato Cerca de 30 página do roteiro

Segundo ato 60 página

Retorno com o elixir

Ressurreição

Caminho de volta

Recompensa (Apanhando a Espada)

Clímax

Provocação

Aproximação da Caverna Oculta

Testes, Aliados, inimigos

Travessia do Primeira Liminar

Encontro com o Mentor

Recusa do Chamado

Chamado à Aventura

Crise

Mundo Comum

Retorno com a transformação Fundadora do Instituto Appana, Káritas Ribas afirma utilizar principalmente o Coaching Ontológico em seus atendimentos, o que lhe permite “traduzir a Filosofia e a Complexidade”, que fazem parte de sua formação e conhecimento, aos processos que conduz. O Coaching Ontológico não precisa ter necessariamente 10 sessões, mas podem ser apenas quatro ou cinco encontros, uma vez que todo processo é visto como único. Também não há necessidade de peridiocidade semanal, mas pode ter intervalo de anos. O cliente diz quando já basta. A profissional ainda inova em relação ao formulário de primeira sessão, que não existe. “Gosto de trabalhar com liberdade. Todo processo é um desafio, que deve ser tratado com muito respeito”, explica. O método ontológico se baseia no tripé descrito abaixo, em que “A Jornada do Herói” poderia ser utilizada como uma lente que coloca o coachee não como herói, mas como responsável por sua jornada.

Terceiro ato 30 página

independente, a tomar a própria vida nas mãos. Também não faz uso de PNL ou Hipnose, pois afirma que crenças e valores não devem ser mudados. “Talvez seja isso que suporte o ego. Não posso arrancar essa coluna”, ela esclarece, pois tudo pode vir abaixo se não houver outros alicerces. Dessa forma, as mudanças levam tempo e precisam “ser sustentáveis” por meio de um processo de autoconhecimento; caso contrário, “os riscos podem ser grandes”, ela alerta e pede prudência. Em sua visão, dispor-se a passar pelo coaching já é por si só um ato de heroísmo. “Há um chamado interno de transformação. Uma jornada de desafio, de decidir enfrentar os monstros”, ressalta. Coragem de adentrar “a floresta do desconhecido”, como coloca, ou seja, lidar com os próprios medos e limitações, o que pode não ser nada fácil. Afinal, muitas vezes a pessoa não acredita na sua força. Não encontrar o pote de ouro, mas “criar esse novo mundo que quer viver”, como revela Káritas.


Mudar requer empenho, segundo a fundadora do Appana, tanto tem uma questão de esforço quanto abrir mão de algo, e o protagonista da própria história sempre irá se deparar com um momento pântano, em que “nada dá certo” e que pensa que “não irá conseguir”, percalço que pode ser demorado. Káritas Ribas ainda não estimula o desenvolvimento de competências e habilidades, ou a melhoria da produtividade, porque não concorda com a percepção do homem como uma máquina, com uma lógica focada no fazer. Percebe sim “que a vida por si mesma é o suficiente”; o importante é “saber de si”. Não vê a meta como o objetivo, mas a mudança desse observador, o coachee não herói, mas humano, que pode falhar; afinal de contas, como afirma: “Toda pessoa de sucesso tem fracassos para contar”.

A peça do dramaturgo Bertold Brecht sobre o astrofísico Galileu Galilei narra que ele negou sua descoberta científica, a teoria heliocêntrica, de que a Terra girava em torno Sol para não contrariar o dogma da igreja, que pregava o oposto, e ser morto pela Santa Inquisição. Em protesto, é dito ao cientista: “Pobre do povo que não tem herói”, ao que ele responde: “Pobre de um povo que precisa de heróis”. O que faz questionar se a questão é o sacrifício e atos heroicos, ou mesmo a busca incessante por um propósito, ou, simplesmente, abrir-se ao processo de coaching como um meio de transformação. Já que estamos falando de mitos, como uma versão do enigma da esfinge, que desafia: “Decifra-te”.

Eliana Loureiro

Jornalista e redatora publicitária apaixonada por escrever e ouvir histórias. Entrevista moradores de sua metrópole em busca de registrar e reunir narrativas singulares, no projeto Gente de São Paulo. eliana@wndr.com.br

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JO GO RÁ PI DO 36 Coaching em Revista

Jorge Aragão Por Julyana Rosa

Tocar, compor, cantar. As habilidades artísticas são variadas e compõem o espetáculo do samba quando entra em palco. O sorriso largo, marca registrada, também participa do show e mostra o quão realizado está, contagiando o público. Jorge Aragão é um artista completo e contou para a equipe da coaching um pouco mais sobre seu trabalho. Confira.

1- Você é um artista versátil, interpreta e compõe. Como é ver o seu trabalho, as suas composições reconhecidas, cantadas e gravadas por outros grandes nomes da MPB? - Interpreto e componho. Não me considero um cantor, mas isso acabou sendo uma consequência. Na época que entrei no meio musical alguém percebeu que se o compositor interpretasse também seria um pacote mais fácil para apresentar às gravadoras. Hoje ver minhas composições nas vozes de grandes nomes da MPB é um privilégio.


2- Como é o processo criativo para compor? As letras surgem ao acaso, quando não pensa em produzir algo, ou você se compromete a escrever e enquanto não termina fica focado? - Eu tenho que ter um ócio, gosto de ficar quieto no meu canto. Eu não me arrumo; pego uma pastinha; vou para um escritório e entro numa sala para me fechar e compor, por exemplo. Esse não é meu perfil. Prefiro parar alguma coisa que eu esteja fazendo e me deixar levar. Criação acho que é isso mesmo. Tenho que viajar nas ondas desse ócio. A letra, o tema, só na hora. Não sei fazer a melodia e depois escrever, por exemplo. Normalmente sai tudo junto. Claro, quando tenho um parceiro do lado que me entenda fico muito feliz. Se não for o caso, vou fazendo. Não fico parado ou travado porque não tenho alguém do lado. E não fico focado direto na música enquanto não termino, não. Faço, fico disperso, às vezes guardo, deixo no canto para ser retomada mais tarde.

cipalmente o amor (ou qualquer outro tema...). Então, qualquer um que fique atento a isso e tenha vontade de passar para o papel os sentimentos, as sensações que ele tem já basta, já sabe. Ele tem que estar atento ao que se passa a volta dele. A dica que eu dou aos profissionais da minha e de outras áreas é que fiquem atentos à tecnologia. Eu tento agrega-la ao meu dia a dia, à minha vida. 5- Quais os principais desafios ao trabalhar no meio musical? - O desfio para trabalhar no meio musical está em como lidar com as pessoas que não fazem arte, mas também vivem da arte. Arte é arte e o trabalho que se faz com a arte depende única e exclusivamente da arte, do talento.

3- O que o faz mais feliz, compor ou interpretar? - Todo mundo que está a minha volta sabe disso. Mas a resposta é infinitamente compor. Interpretar não gosto, não é meu forte, tenho meus defeitos... Infinitamente compor, me completa muito mais. 4- São mais de 35 anos de carreira, como consegue renovar-se constantemente? Que dica daria a outros profissionais, independentemente da área, para que se mantenham sempre atuais? Foto: Divulgação.

- Não sei se a gente se renova, não. Mas a gente vai se adequando. Assim como o próprio mundo. Vai todo mundo se ajustando. Mudando a forma de ver, de falar, de sentir, de expor - prinCoaching em Revista 37


COACHING André percia

Escritores da

Literare autografam no

CONARH 2016

D

e 15 a 18 de agosto foi realizado no Transamerica Expo Center, em São Paulo, o CONARH, Congresso Nacional sobre Gestão de Pessoas. Durante o evento compareceram mais de xxx pessoas e a editora Literare Books promoveu sessões de autógrafos em seu estande.

Participaram e abrilhantaram o congresso, com absoluto sucesso de público, os escritores Antonia Braz, Celso Estrella, Elisa Prospero, Fabiano Gallucci, Jaques Grimberg, Keith Barcellar, Marcelo Baratella, Marcos Souza, Mariane Aguirre, Sidney Botelho e Valter Assis. Confira, a seguir, as imagens dos dias em que houve sessões de autógrafos.

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O escritor e palestrante Sidney Botelho autografa o livro Além do microfone no espaço da Literare Books.

Antonia Braz atende público do livro A arte da guerra, sucesso de leitores no evento.

Escritor e treinador Fabiano Gallucci faz dedicatória para leitora em tarde de autógrafos.

Autor Jaques Grinberg recebe cliente que adquiriu o livro 84 perguntas que vendem.

Celso Estrella entrega livro Qualidade total com dedicatória a leitor da Literare Books.

Marcelo Baratella faz dedicatória a leitora do livro 52 sacadas.

Keith Bacellar recebe leitora no estande da Literare.

Autora Mariane Aguirre dedica livro a leitora em estande da Literare.

Escritora Elisa Próspero autografa o livro Team leader coaching. Valter Assis lança o livro RH Direto ao Ponto no Conarh 2016.

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Informativo AAPSA

AAPSA promove fóruns para empoderar área de RH A AAPSA, Associação Paulista de Recursos Humanos e de Gestores de Pessoas, iniciou sua programação anual de eventos, que visa fornecer conhecimento e as ferramentas necessárias para que as empresas construam uma visão estratégica da gestão de pessoas. Em 17 de março, a entidade promoveu a terceira edição do Fórum de Relações Trabalhistas, que abrangeu uma temática especial neste ano. O evento proporcionou uma discussão multidisciplinar sobre o polêmico projeto de lei 6.787, que visa alterar a legislação trabalhista. Além disso, abordou questões referentes à PEC 287/16, que trata da Reforma da Previdência Social.

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Baseada em aspectos como ética, meio ambiente, desenvolvimento e responsabilidade, a terceira edição do Fórum de Educação e Governança Corporativa será realizado no próximo dia 10 de maio. A iniciativa tem como proposta discutir temáticas, ideias e sugerir ações inovadoras. Entre outros destaques de 2017, estão os fóruns de CEOs, Sustentabilidade, Tendências de RH, Líderes Inspiradores, Remuneração e Benefícios, Business to Game Experience e Liderança Feminina. O cronograma completo e mais informações sobre os eventos estão disponíveis no site www.aapsa.com.br.

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Leila Navarro

Comportamento

i çê Éã =á é ë ì ã =Çç ä ç êÉí =ëI á=í =~ ã Åç å ë ÉÅ í Éí ì Éê =~ Çá é á ë Åá å Ö=Éä á í I =ë ÉÇ= Çá ~ ã =å ç å ìã ãó =å á ÄÜ=Éì á ë ã ç Ç= í á å Åá Çì å í =ì í =ä ~ ç ê ÉÉí =Çç ä ç ê É= ã ~ Öå ~ =~ ä á è ì ~ ã =Éê ~ í =î ç ä ì í é ~ í

Assédio positivo em tempos de crise! Éí I =

ã ó =å á ÄÜ=Éì á ë ã ç Ç= í á å Åá Çì å í =ì í =ä ~ ç ê ÉÉí =Çç ä ç ê É= ã ~ Öå ~ =~ ä á è ì ~ ã =Éê ~ í =î ç ä ì í é ~ í

C

i çê Éã =á é ë ì ã =Çç ä ç êÉí =ëI á=í =~ ã Åç å ë ÉÅ í Éí ì Éê =~ Çá é á ë Åá á í coisas I =ë ÉÇ= ertamente no decorrer de 2016 você viveuå Ö=Éä muitas e, Çá ~ ã =å ç å ì ã ã ó =å á ÄÜ=Éì á ë ã ç Ç= se olhar atentamente para trás, verá que todas os momentos í á å Åá å í =ì í =ä ~ para ç ê ÉÉí =Ççvida. ä ç ê É= vividos podem servir deÇìaprendizado a sua Muiã ~ Öå ~ =~ ä á è ì ~ ã =Éê ~ í =î ç ä ì í é ~í to tem se falado sobre crise, mas também de oportunidades

que surgem para pessoas que estão antenadas à sua realidade. Antes de entrar no ritmo de final de ano, quero chamar a sua atenção para uma reflexão importante. Você já ouviu falar ou já pensou na existência do assédio positivo? Sendo sim ou não a sua resposta quero refletir um pouco a respeito deste assunto.

Classifico como assédio positivo aquele que pode nos dar a medida de como estão os nossos relacionamentos ou contatos profissionais. Geralmente eu pergunto em minhas palestras: Quem no último ano foi assediado profissionalmente, ou seja, outra empresa procurou você para uma proposta de trabalho? Algum amigo já o convidou para abrir um negócio? Já ouviu de algum cliente que quando quisesse, na empresa dele haveria um lugar garantido para você? Diante desses questionamentos, as pessoas ficam mais quietas e pensativas, mas eu não dou trégua e continuo: Quem nos últimos seis meses foi assediado profissionalmente? Nos últimos três meses? No último mês? Na última semana? Quem não levantou a mão até agora esta morto, esta fora do mercado.

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Comportamento

Pode parecer brincadeira, mas se durante todo o ano de 2015 você não foi percebido como um profissional com diferencial, se nenhum gestor cobiça ou demonstra interesse pelas suas competências, se você não recebe ao menos um elogio por alguma estratégia ou sugestão diferenciada, eu, sinceramente, sinto muito! Infelizmente você não tem sido o protagonista da sua história. O seu marketing pessoal está deficiente e talvez você já nem saiba com clareza quais sãos seus diferenciais competitivos no mercado. Cuidado! Ligue o alerta! Se você não está sendo o galã da sua novela, certamente existe um que está ocupando um lugar de destaque e atraindo muito mais audiência. Uma coisa é certa: gente boa quer gente boa ao seu lado - pensar diferente é uma triste ilusão. No mundo existem sete bilhões de pessoas – um recorde do Universo! Entre essas pessoas, três bilhões são mulheres, oito são top model, mas somente uma é Leila Navarro. Esse mesmo raciocínio você pode seguir para a sua vida. Só existe um de você e nada mais! Por isso, para conseguir um papel de protagonista, ser o mocinho do filme, o galã da novela, o atleta medalha de ouro nas Olimpíadas, o campeão da nossa escolha é necessário fazer o impossível, ir além do dever e da responsabilidade, ser COMPROMETIDO com suas próprias escolhas.

O assédio positivo acontece quando somos percebidos pelo que escolhemos fazer de melhor. Por isso é importante ficar atento. Se você não anda inspirando interesse “fora de casa”, o de “dentro de casa” pode estar fingindo que a sua presença corresponde às necessidades! Você acha que estou sendo cruel? Nada disso. Não existe nada de crueldade nessas observações, muito pelo contrário. Estou apresentando uma realidade iminente na vida de cada um de nós. Se você não estiver atento às mudanças, ao desenvolvimento de suas competências, habilidades e talentos, corre sério risco. A zona de conforto é um risco grande tanto na vida pessoal como na profissional. O grande aprendizado é se colocar atento e consciente o tempo todo, assim como os escoteiros: “Sempre alerta”. Quando começar a alinhar os seus projetos para 2017, coloque como objetivo principal ser assediado, comprometa-se com seus projetos e verá que coisas incríveis acontecerão. Estarei torcendo por você.

Leila Navarro Palestrante motivacional, autora de 14 livros, entre eles, “Talento para ser Feliz”, “Talento à prova de crise” , “O poder da superação”, “Obrigado, equipe” e “Autocoaching de Carreira & de Vida”. leilanavarro.com.br

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Marcus Nakagawa

Ir e vir dentro das cidades A necessidade de planejamento e inovação na mobilidade urbana

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ivo em uma grande cidade no Brasil e utilizo o transporte público, mas sem muita comodidade e segurança. Para chegar até a estação do metrô ou ao ponto de ônibus, muitas vezes o corredor é lotado e parecemos um bando de pinguins marchadores ou ainda um monte de bois no confinamento indo para o abate. Sim, parece meio catastrófico, porém, o pior é que nos acostumamos com isso. Achamos normal estar no trânsito durante muito tempo, ou ainda, ter calçadas que parecem verdadeiras pistas de corridas de aventuras com buracos, lixo, pessoas, fezes, enfim, grandes obstáculos.

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Mobilidade


Mobilidade

Isso sem falar da ampliação das dificuldades para as pessoas que têm mobilidade reduzida e outras deficiências. Temos, sim, pontos, calçadas e avenidas já preparadas, mas, comparativamente ao total, é uma porcentagem muito pequena. A necessidade de calçadas padronizadas, lisas e bem cuidadas e de responsabilidade compartilhada entre os cidadãos e as prefeituras é outro ponto importante nessa discussão. A nossa constituição convencionou no seu artigo 5° o direito a todos os cidadãos brasileiros de ir e vir. E este é parte integrante do direito a liberdade. Quando falamos da mobilidade urbana não estamos falando de uma proposta de governo ou de uma meta empresarial e, sim, de um direito que temos só por termos nascidos neste país bonito por natureza. Precisamos cada dia mais de inovações e quebras de paradigmas dentro da gestão urbana e da cultura dos moradores destas grandes cidades. Em alguns países, como no Japão, existem calçadas subterrâneas com esteiras rolantes em ruas muito movimentadas, primei-

ramente para épocas de neve e segundo para dividir o fluxo destes locais muito movimentados.

dades, tal qual o apoio e patrocínio dessas empresas a ciclofaixas, ciclovias e ciclorrotas.

O transporte subterrâneo, como o metrô pode ser um investimento muito alto para algumas cidades, mas o que aprendemos com estes grandes eventos que o Brasil sediou nestes últimos anos foi a importância dos veículos leves sobre rodas e os veículos leves sobre trilhos que começaram a funcionar em algumas cidades juntamente com os corredores exclusivos. Ainda dá um trabalho para implementar, não deixa de ser um investimento alto, porém o retorno a médio e longo prazo para a mobilidade é muito interessante.

Outra discussão atual é a diminuição da velocidade nas ruas. Muitos países desenvolvidos já adotaram há algum tempo e o resultado tem sido a redução do trânsito e do número de mortes por acidentes também.

Os carros próprios que as pessoas estão colocando para alugar e o serviço de passageiro por meio de carros compartilhados juntamente com a alta tecnologia dos aplicativos é outra maneira de tirar carros das ruas e deixar o transito fluir melhor. Ah, sem esquecer também das bicicletas compartilhadas, que os grandes bancos viram isso como uma plataforma de comunicação de suas marcas e de solução de mobilidade para algumas ci-

Pois é, não existe somente uma solução milagrosa para a mobilidade urbana, que ainda possui o agravante da batalha das vendas de carros e de combustível, os grandes pilares da nossa economia brasileira. Não quero fazer aqui o papel de um urbanista, ecochato, arquiteto ou engenheiro de tráfego, sou apenas um cidadão que também sofre no dia a dia com a falta de mobilidade urbana e que sonha, ensina e escreve para poder ter mais tempo com a família e ter o direito de ir e vir com mais segurança e conforto. Vamos buscar este direito juntos?

Marcus Nakagawa Sócio-diretor da iSetor; professor da graduação e pós da ESPM; idealizador e diretor administrativo da Abraps; e palestrante sobre sustentabilidade, empreendedorsimo e estilo de vida. www.marcusnakagawa.com Coaching em Revista 47

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ULISSES SABARÁ

corporativo

O futuro das empresas depende da valorização da biodiversidade

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postar no uso da biodiversidade como forma de valorização dos negócios é uma realidade cada vez mais próxima das empresas, principalmente no Brasil, um país repleto de riquezas naturais e com 60% de seu território cobertos por vegetação. No entanto, para investir nessa tendência, é preciso saber aproveitar os recursos da natureza de maneira sustentável. Em outras palavras, para manter a competitividade, é preciso estar alinhado à necessidade do consumidor, a cada dia mais atento a transparência, ética e respeito ao meio ambiente.

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corporativo

Aliás, essa é uma questão que foi abordada recentemente pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), ao apresentar o estudo “Retrato do uso sustentável de recursos da biodiversidade pela indústria Brasileira”. A análise ouviu 120 executivos de pequenas, médias e grandes indústrias. Entre os pontos apresentados, chama a atenção o fato de que 86,7% dos gestores brasileiros enxergam que a importância atribuída ao uso da sustentabilidade aumentou nos últimos cinco anos. Para eles, isso ocorre devido à maior conscientização das pessoas, ao aumento de campanhas ligadas ao tema e também ao fato de os empresários estarem mais atentos ao uso sustentável da biodiversidade. A análise ainda apontou que, nos últimos dois anos, 52,5% das empresas investiram em produtos que utilizam recursos da biodiversidade. Além disso, no mesmo período, 48% das companhias de grande porte investiram em ações ou projetos voluntários de conservação ambiental.

Os resultados mostram que o país está muito mais comprometido com o respeito ao meio ambiente do que há alguns anos. Muitos já enxergam que a biodiversidade tem o poder de tornar os negócios mais competitivos. E a meta é que, com o passar dos anos, novas companhias se inspirem e invistam em modelos de negócios mais transparentes, com cadeias de produção comprometidas com o bem-estar das gerações atuais e futuras. Afinal, existe um interesse crescente da população mundial por produtos eficazes e que tenham uma história verdadeira de sustentabilidade por trás deles. E é nisso que a Beraca aposta ao trabalhar com produtos de origem não madeireira, como frutos e sementes da biodiversidade brasileira. O modelo de negócio adotado pela empresa garante não somente a preservação dos biomas naturais, mas também a criação de uma cadeia de valor, capaz de estimular a preservação ambiental e promover uma

melhoria na qualidade de vida das famílias extrativistas. Esse é apenas um exemplo. O importante é mostrar que, para uma mudança sustentável, é preciso investir na criação de sistemas, processos e políticas. Certamente, com ações capazes de recuperar e tratar o solo e preservar as florestas e as plantações, será possível resgatar o valor das riquezas naturais e ampliar ainda mais o poder da nossa biodiversidade. Essa é uma iniciativa capaz de transformar o meio ambiente e a nossa economia.

Ulisses Sabará Presidente da Beraca, líder global no fornecimento de ingredientes naturais provenientes da biodiversidade brasileira para as indústrias de cosméticos, produtos farmacêuticos e cuidados pessoais.

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Marcelo Ortega

VENDAS

Pensamento ao acordar Mude seu dia!

É

difícil ter um pensamento positivo, todos os dias, ao acordar. Mas é isso que irá determinar como o seu dia será. Especialmente em vendas, o inicio do dia é uma questão definitiva para o resultado ao final. Muitos vendedores acordam já cansados, estressados, pressionados e de mau humor. Pode não ser o seu caso, mas talvez você não sinta hoje o mesmo entusiasmo que sentia no seu primeiro dia de trabalho em vendas, nesta mesma empresa ou negócio em que está. É normal, mas não pode ser habitual. Se quiser realmente ser um campeão de vendas, terá que se portar como tal. Campeões de vendas pensam no pódio ao acordar Imagine que você é um atleta, posicionado em sua marca no momento da largada. E que em instante ouvirá o disparo que dará inicio a competição. Neste momento, a sua fisiologia é totalmente voltada ao objetivo, a chegada. Você repassa em sua mente o seu treinamento, olha o circuito, o trajeto que fará e esta absolutamente concentrado na vitória. Performar bem dependerá de todos estes elementos, fisiológicos e psicológicos. Se he-

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VENDAS

sitar, mesmo que por um instante, poderá perder milésimos importantes para a vitória. É fato que um campeão, em qualquer profissão, necessita de foco, fé e força, como dizia a trilha das olimpíadas Rio 2016. Foco é a capacidade de dizer não, inclusive a pensamentos negativos que possam estar em evidência. Focar problemas e pontos fracos nos tiram a percepção do quão bom e poderosos somos em situações difíceis. Superação depende de determinação, orientação ao resultado, não às barreiras. Você acredita em você? No seu treinamento? No seu mentor, líder ou técnico? Tem causas para fazer mais e melhor? Se diz não a qualquer uma dessas questões, pode não crer plenamente que conseguirá. Precisamos ter fé no sucesso e isso passa por nossos recursos internos e externos. A motivação nunca vem de fora, mas o exterior pode nos fazer lembrar de quem somos e de nossos valiosos poderes em tempos difíceis. Quando tudo não está indo bem, nossa fé também parece diminuir. Espiritualidade não e religiosidade. O ideal é se apegar a algo, acreditar e equilibrar-se em seu “eu superior”, concluem neurocientistas e psicólogos. Quem tem uma crença, uma religião, algo maior em que acredita, normalmente produz um pensamento positivo quando enfrenta crises ou situações caóti-

cas. Esta entropia merece discernimento e isso não se dá apenas no racional, é preciso ir além. Tenha fé em Deus, Tenha fé na vida! Tente outra vez.... dizia a musica de Raul Seixas. Sem titubear, lhe digo: Força campeão (ã). Independe de seu momento, sua força está aí, como o oxigênio vital, basta respirar. O ser humano tem um poder descomunal para superação, quando quer. Uma mãe abre a boca de um crocodilo na Florida, há alguns anos,, para salvar seu filho. É preciso a força de 8 homens para tal feito. O que a faz fazer isso, a determinação, o foco, a fé? Sim, claro! Mas especialmente a capacidade física e mental de ser veloz, forte, destemida para fazer o que não faria em situações normais. O caos lhe faz maior, mais forte, capaz de vencer. Qual é o seu momento de superação, de uma grande conquista? Lembre-se de algo, de um momento seu ou de quem ama ou admira e vá para cima dos problemas, com entusiasmo em alta. Quando nos lembramos de coisas assim, criamos pensamentos congruentes com o sucesso. Mãos à obra! Superação e toda “super ação” que precisa ser realizada, como um verdadeiro milagre que merecemos praticar, sem hesitar. Sucesso! Sempre!!!

Marcelo Ortega Palestrante e vendedor. Autor diversos livros, entre eles, Sucesso em Vendas, bestseller pela Saraiva. Assistido por mais de 900 mil pessoas nos últimos 14 anos. Realiza palestras, workshops e treinamentos no Brasil todo. Idealizador do portal www.cafedovendedor.com.br

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Paulo Aziz Nader

Gestão

Empresa familiar: como alinhar família e trabalho para obter melhores resultados

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Brasil é o país do empreendedorismo. De acordo com dados de 2013 do Sebrae, 90% das empresas brasileiras são familiares e responsáveis por 60% dos empregos formais no país. Porém, de acordo com uma recente pesquisa da consultoria PwC, apenas 12% das empresas familiares conseguem chegar à terceira geração. O número é preocupante e precisamos nos perguntar: como as empresas familiares brasileiras estão se preparando e conduzindo o processo de sucessão? Conforme os anos vão passando, a gestão da empresa versus família vai se tornando mais complexa, por isso, é muito importante que os executivos que comandam o negócio tenham

clareza de algumas questões cruciais à medida em que as gerações vão passando. Como planejar a sucessão garantindo justiça para os membros da família, sem deixar de lado as necessidades do negócio? Como ter certeza que a visão do fundador será mantida, sem deixar de ser atualizada pelos novos membros? Como equilibrar o capital da empresa com o capital familiar?? Como definir critérios para que membros da família assumam posições dentro da empresa? Esses são apenas alguns dos temas que precisam ser bem resolvidos para que a empresa e a família caminhem sempre unidas. Equilíbrio é essencial Acredito que um bom ponto de partida seja equilíbrio entre as relações familiares e o negócio, bus-

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cando sempre a união destes dois lados para que a empresa prospere e família permaneça protegida. Também a harmonia entre as necessidades e objetivos familiares e as do negócio, pois é muito comum que haja confusão entre os dos lados, podendo haver separação de mais ou de menos. Um outro desafio no processo de sucessão é o conflito de gerações. Por exemplo, é possível que em uma empresa com 20 anos de mercado haja três gerações em atuação: o fundador, já na terceira idade, o filho de meia idade numa função executiva e uma sobrinha no início de carreira, cheia de novas ideias e energia. Equilibrar o que cada geração tem para oferecer é fundamental para o negócio continue prosperando.


Gestão

Gestão em família, mas profissional

Trabalhando em família

Empresas familiares podem (e devem) se beneficiar de modelos de gestão profissional usados em empresas de grande porte, porém, o grande erro está em tentar copiá-los sem levar em consideração as questões familiares. Por isso, acredito que o Processo de Planejamento Paralelo criado por Randel Carlock e John Ward seja o ideal para se usar nesses casos. Ele consiste em planejar ao mesmo tempo os cinco principais aspectos de um negócio familiar: Valores, Visão, Estratégia, Capital e Governança, sem esquecer da perspectiva familiar.

Um dos maiores diferenciais competitivos de uma empresa familiar é justamente o envolvimento dos seus sócios no negócio. Nenhum funcionário externo terá o mesmo compromisso do que um membro da família. Mas para isto, é preciso que os membros da família sejam capacitados e ocupem posições condizentes com sua experiência e formação.

O principal benefício deste modelo de planejamento está em olhar ao mesmo tempo para os modelos profissionais e para as características únicas que impulsionam cada empresa familiar. Muitas companhias escolhem focar totalmente num lado ou no outro, mas os negócios familiares mais prósperos são aqueles que conseguem um equilíbrio entre empresa e família, usando o melhor de cada modelo ao seu favor.

Minha sugestão é definir quais membros da família terão um papel ativo de liderança e execução e quais irão atuar apenas como sócios ou acionistas. Aqui, é muito importante considerar que muitos membros podem ter um papel de liderança familiar, mas isso não significa que eles precisam trabalhar diretamente no negócio.

(formação, parentesco etc.)? Os salários serão padronizados ou serão decididos dependendo da necessidade de cada momento? Haverá plano de carreira? Ele será igual família e outros funcionários? Ter esses padrões bem estabelecidos é muito importante para que outros membros da família e até mesmo colaboradores da empresa não se sintam injustiçados diante de situações do dia a dia. Por fim, é imprescindível que estes critérios estejam claros também para as próximas gerações, para que elas possam se preparar o melhor possível para seguir adiante com este legado.

Para os que trabalham ativamente na empresa, é importantíssimo que haja clareza de papéis e de critérios. Por exemplo: qualquer membro da família terá emprego garantido ou haverá critérios de seleção

Paulo Aziz Nader Consultor no setor de desenvolvimento organizacional com a Leverage Coaching, cria programas de desenvolvimento executivo, de liderança e de gestão de talentos para empresas. É também Coach profissional, certificado pelo Integral Coaching Canada™, pelo Behavioral Coaching Institute (BCI) e pela International Coach Federation (ICF). www.leveragecoaching.com.br.

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coffee break

Aqui você aprende inglês e se diverte. A cada edição são novas piadinhas e vocabulários diferentes para enriquecer o seu outro idioma.

Install the phone A young businessman had just started his own firm. He’d rented a beautiful office and had it furnished with antiques. Sitting there, he saw a man come into the outer office. Wishing to appear busy, the businessman picked up the phone and started to pretend he had a big deal working. He threw huge figures around and made giant commitments. Finally he hung up and asked the visitor, “Can I help you?” The man said, “Sure. I’ve come to install the phone!”

Vocabulary Help • • • • • • • • • • • • • • • • • •

antiques - móveis antigos big deal - grande negócio businessman - homem de negócios busy - ocupado commitments - compromisso furnish - mobiliar hang up - desligar huge - enorme office - escritório own - próprio pick up - pegar pretend - fingir rent - alugar see (see, saw, seen) - ver sure - certamente throw (throw, threw, thrown) - jogar wish - desejar young – jovem

To wear down TO WEAR DOWN: cansar alguém, deixar exausto, desgastar pelo uso excessivo. She wore me down with all that nagging. Ela me deixa exausto com toda aquela ranzinice. There are so many visitors that they’re wearing down the carpet in the entrance hall. Tem tantos visitantes que eles estão desgastando o carpete no hall de entrada.

Aprenda a falar inglês www.aprendendoingles.com.br

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ARTIGO Renato Ticoulat Neto

As microfranquias vão tirar o Brasil da crise

E

stá na hora de discutir a sociedade que a gente quer. Com o Brasil vivendo um momento complicado, a necessidade de buscar soluções para mudar este cenário só aumenta. Mundo afora, por exemplo, o modelo que está surgindo como protagonista do desenvolvimento socioeconômico, especialmente, nos países emergentes é a microfranquia. E, se há solução para o nosso País sair da crise, ela está nas mãos desse braço do empreendedorismo.

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Atitude


Em diversas regiões da África e da Ásia, as microfranquias são usadas como meios para impulsionar a economia local e gerar uma série de vantagens sociais às comunidades onde os negócios atuam. A partir do modelo, pessoas que dificilmente teriam a chance (e a expertise) de se tornarem donas das próprias empresas aderiram ao empreendedorismo, gerando um avanço socioeconômico irreversível a elas e as suas regiões. Por seu custo reduzido – negócios de até R$ 80 mil, segundo definição da ABF, mas com muitas custando menos de R$ 10 mil com financiamento em até 48 meses com aval do Sebrae, – as microfranquias estão ao alcance de uma comunidade que está sendo obrigada a empreender sem ter nenhuma vocação. São estudantes, donas de casa e aposentados que buscam um complemento de renda e desempregados criando o seu “autoemprego”, indo à luta para mudar a própria realidade. Não por acaso, o número de abertura de empresas MEI (Microempreendedor Individual) está batendo recordes.

Nesse cenário, a microfranquia se apresenta como uma opção e tanto para a comunidade que quer empreender com quem já fez e deu certo. No entanto, é necessário muito cuidado para não se iludir. Por isso, o franqueado por trás do negócio deve saber trabalhar para desconstruir essas deficiências. Um processo que ainda está em desenvolvimento no Brasil. Ao contrário do que muitos pensam, o baixo investimento inicial não deve ser o único diferencial frente ao modelo já estabelecido de franquias. Se bem compreendidas, as desigualdades entre os dois tipos de negócios podem possibilitar aos franqueadores e franqueados uma evolução em conjunto. Gerando, a partir das pernas dos próprios brasileiros, uma revolução interna no País. Mas isso exige trabalho – e uma mudança de perspectiva do empresariado.

nando oportunidades de empregos a todos, independentemente da sua habilidade empreendedora. Se bem diluído, esse novo conceito de microfranquia será capaz de compilar sozinho a replicação financeira, sustentabilidade e impacto social para pessoas com pouco capital e menores competências empresariais. Para isso acontecer, é necessário que os franqueadores adotem diferentes abordagens, investindo na capacitação dos seus franqueados. Chegou a hora de treiná-los em diferentes áreas de negócios, como finanças, empreendedorismo, marketing, vendas e atendimento ao cliente. Com essa relação melhor definida, todos ganham: o franqueado aumenta seu poder aquisitivo e o franqueador expande seus negócios com qualidade. Um modelo de negócio que dá elementos para a empresa ter sucesso e o cidadão uma renda melhor.

Um modelo comercial sólido como este é, sim, capaz de promover o desenvolvimento econômico de maneira mais democrática, proporcio-

Renato Ticoulat Neto Empresário experiente nos setores limpeza e franchising. Ex-Diretor da Associação Brasileira do Mercado de Limpeza Profissional (ABRALIMP), da Associação Brasileira de Franchising (ABF), da Associação Brasileira de Facility (ABRAFAC), lançou o Sistema de Franquia chamado Limpeza com Zelo. Pioneiro no mercado de franquias de serviço.

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NO ALVO Microsoft lança pacote de aplicações que hospeda dados na nuvem O Dynamics365 chega ao Brasil com aplicativos desenvolvidos para o planejamento corporativo e traz soluções em seis áreas: gestão financeira, serviços de campo, vendas, marketing, serviços ao consumidor e automação de processos. Todas as aplicações são vendidas de duas formas, por planos ou separadamente. E o novo produto ainda conta com o Office365.

Uber investe em pesquisas para novo veículo aéreo A empresa Uber começou a realizar estudos para construir e disponibilizar pequenos helicópteros para o transporte de passageiros. Seu objetivo é mudar radicalmente a mobilidade urbana, assim como fornecer transporte com tecnologia limpa, à propulsão elétrica, que não contamina ou incomoda o entorno com ruídos. Os veículos também ocupariam espaços ainda pouco explorados como o topo de edifícios e terrenos não utilizados. Estima-se que o sistema poderá se tornar realidade na próxima década.

GOOGLE abre loja física Acaba de ser instalada em Nova York a primeira loja da Google. O objetivo é disponibilizar novos produtos da empresa para competir diretamente com a Apple. Por enquanto, a iniciativa faz parte de uma operação de lançamento da marca e não é possível comprar nenhum aparelho exposto. Apenas pela internet consegue-se adquirir os itens, mas os vendedores no local tiram dúvidas e conduzem os clientes à página onde a compra é realizada.

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DAnça das cadeiras Ingram Micro anuncia nova diretora Sandra Fantoni é a nova diretora de Produtos da área de Commercial & Consumer e Marketing da Ingram Micro Brasil, distribuidora mundial de tecnologia e líder da cadeia de suprimentos de TI, serviços para dispositivos móveis, cloud, automação e soluções de logística. A executiva passou a fazer parte dos quadros da empresa em 2015, após ter sido vice-presidente de Gerenciamento de Produtos e Marketing na Officer. Fantoni também foi diretora de Contas na Apple e diretora de Produto e Marketing da Techdata Brasil.

Mercedes-Benz promove executivo

LG nomeia presidente

Carlos Garcia foi promovido e assume cargo de gerente sênior na Mercedes-Benz. O executivo graduado em engenharia mecânica é responsável pelo Centro Regional de Vans América Latina, com sede em Buenos Aires, na Argentina. A Mercedes-Benz do Brasil atua no segmento de Comerciais Leves com 60 versões da Sprinter Chassi, Furgão e Vans, veículos com três faixas de PBT e três opções de distâncias entre-eixos. Incluindo também o comercial leve Vito, oferecido nas versões Vito furgão e Vito passageiro.

Daniela Mendonça é nomeada presidente da LG, empresa brasileira desenvolvedora de tecnologia para gestão de pessoas. é formada em ciência da computação pela Universidade Federal de Goiás, com experiência em projetos de implementação de software. Seu objetivo para 2017 é aumentar em 20% o faturamento da empresa em relação ao de 2016.

GM apresenta diretor para sistemas integrados Péricles Mosca assume cargo de diretor para OnStar e Maven, sistema integrado dos novos carros da GM do Brasil. Mosca é graduado em Economia pela Universidade de São Paulo (USP) e possui mestrado em Gestão pela Universidade de Stanford (EUA), além de grande experiência nas áreas de Vendas, Finanças e Gerenciamento de Risco. Com conhecimento em gestão de vendas e estratégia global, fica responsável por toda a operação OnStar e Maven no Brasil com o compromisso de consolidar e expandir os negócios. Fonte: assessorias de imprensa das empresas.

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O poder da ação Temos ciclos viciosos e precisamos a prender a mudar nossas atitudes para iniciar um caminho de realizações. Neste livro de Paulo Vieira você vai aprender métodos que podem ser a chave para mudanças que você vinha procurando ao longo de sua carreira. Contendo provocações e desafios, com a proposta de fazer uma analise completa sobre si mesmo. Não pense duas vezes para embarcar na sua nova história. Editora: Gente Valor: R$ 23,90

A Bíblia de vendas Para ajudar as pessoas a enfrentar e resolver obstáculos na área de vendas. O best-seller escrito por Jeffrey Gitomer, tem tudo que um vendedor precisa saber para melhorar seu desempenho em vendas, “A Bíblia De Vendas” é baseada nos princípios de educação e treinamento em vendas, com resultados comprovados, proporcionando conhecimento necessário para atingir metas e resultados almejados. Editora: M. Books Valor: R$ 29,90

Políticas de Gestão de Pessoas nas Organizações Recomendado ao publico acadêmico e empresarial das áreas de gestão de pessoas, podendo auxiliar na condução de seus negócios e em suas tomadas de decisão, onde melhorias especificas se fazem necessárias para promover um maior bem-estar aos colaboradores e alcançar melhores resultados organizacionais. “Políticas de Gestão de Pessoas Nas Organizações”, conta com O Grupo de Pesquisas em Gestão de Pessoas e Clientes (GP2C), ligado ao Departamento de Administração (ADM) e ao Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA) da Universidade de Brasília (UnB), em parceria com pesquisadores da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Editora: Atlas Valor: R$ 69,00

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*Fonte: assessorias de imprensa das editoras.

vitrine dE sucessos

Frida - uma biografia Ela transformou sua própria história em arte, com ideias radicais e hábitos modernos, pintava de forma revolucionaria. Poucos sabem o que tinha por de trás da mulher icônica da arte latino-americana moderna, seus romances e ideais políticos. “Frida – uma biografia”, de Hayden Herrera, conta a intimidade detalhada da história de Frida, com descrições surpreendentes, clareza e fluidez de uma amante dessa arte. Editora: Globo Editora Valor: R$ 58,40


Sugestão de sucesso

O PROBLEMA É SEU, A SOLUÇÃO É NOSSA! Neste livro, especialistas tratam de assuntos em voga, temas com que nos deparamos e em relação aos quais nos sentimos de pés e mãos atadas, sem saber para onde correr. A partir das dicas e cases apresentados pelos autores, você será capaz de analisar problemas e elaborar formas eficazes para tomar decisões mais acertadas. Nesse desafio, o plano de ação será seu guia rumo a uma nova caminhada, que deverá ser concluída ao segui-lo passo a passo e com o auxílio das ferramentas apresentadas. Aqui, o leitor entenderá a importância do planejamento, assim como do autoconhecimento para gerar os resultados desejados.

Editora: Literare Books Valor: R$39,90

Todo mês, uma escolha para você ampliar seu conhecimento

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MAURICIO RESPONDE

Sua pergunta... Estou passando pelo pior que um homem poderia. Perdi o emprego e não tenho como sustentar minha família. Já tentei mandar currículo e atualmente, numa tentativa desesperada, passei a vender artesanato feito por minha esposa. Mal conseguimos comer com o dinheiro do bico e as economias acabaram. Pensei em pedir ajuda por instituições de caridade, mas estou com vergonha. Sou administrador de empresas, acima de cinquenta anos, possuo pós-graduação e creio, além da experiência, ter uma boa rede de contatos. Por que não consigo uma recolocação? Roberto Santos Ferreira

...Mauricio

responde

Caro Roberto, Nosso país passa por um momento delicado economicamente. Entendo o seu desabafo e aflição, é complicado mesmo. No entanto, acredito que algumas coisas poderão ajudá-lo. Podem demorar um pouco para surtir efeito, mas com persistência facilitarão seu retorno. Faça contato com conhecidos e explique a sua disponibilidade no mercado, caso possível, envie currículos. Atualize suas redes sociais e faça uma conta no Linkedin, a internet costuma ser a ponte entre RH’s e candidatos. Procure vagas em centros de apoio ao trabalhador, há posições temporárias para o final de ano que podem se encaixar no seu perfil e facilitar a saída do sufoco. Você também possui a opção de ir pessoalmente oferecer seus serviços em empresas como consultor, destacando as principais qualidades e trabalhos já realizados. Esteja preparado para a possibilidade de atuar como autônomo. São apenas alguns toques, espero que tenha sucesso e consiga virar a mesa. Nada é tão ruim que dure para sempre. Um forte abraço.

Mauricio Sita

Mestre em Psicanálise Clínica, jornalista e experiência de 20 anos em cargos executivos de empresas nacionais e multinacionais.

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ARTIGO Reinaldo polito

Será que você só consegue ser assim?

N

ão sei contar piadas. Não sei contar histórias. Não consigo falar alto. Não consigo falar mais devagar. Não consigo falar mais rápido. Quantos “nãos” assumimos para nós mesmos como se fossem carimbos da nossa imagem e da nossa personalidade. Será que somos assim mesmo? Será que não poderíamos agir de forma distinta? Ao longo desses 40 anos atuando como professor de oratória, sugeri a inúmeros alunos que diziam não conseguir modificar sua maneira de agir a tentar mudanças em seu comportamento. Praticamente todos se surpreenderam ao perceber que estavam equivocados e que poderiam ter novas atitudes e serem pessoas diferentes. Se, por exemplo, você diz que não sabe contar piadas ou não tem jeito para narrar histórias, deixe esse comodismo de lado e comece a desenvolver essas habilidades. Aprenda duas ou três piadas e histórias que julgue interessantes. De preferência que sejam curtas e não exijam muita interpretação. Com o tempo poderá ser mais ousado. Comece praticando em casa, diante de amigos e familiares. Nesse ambiente você se sentirá mais à vontade e poderá errar sem risco de comprometer a sua imagem. Assim poderá eliminar as informações que não estejam agradando muito e acrescentar outras que possam ser mais interessantes. Nesse ensaio você aprenderá a usar o timing correto, com pausas apropriadas e entonação adequada. Com esse treinamento terá condições de ter sempre umas três ou quatro piadas e histórias na manga para usar nas conversas e nas apresentações. Só depende de boa vontade e um pouco de

Reinaldo Polito Mestre em Ciências da Comunicação, palestrante, professor de expressão verbal e autor consagrado. www.polito.com.br

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exercício para desenvolver essa habilidade. Os bons conversadores e os melhores palestrantes sabem contar histórias e exploram com inteligência a presença de espírito. Uma história bem contada ou uma piadinha encaixada no momento apropriado se transformam em recursos excepcionais de comunicação. As histórias, as boas piadas e as tiradas bem-humoradas tornam as conversas ou as apresentações mais leves, ilustram a mensagem, prendem a atenção dos ouvintes ou dos interlocutores. São úteis também naqueles momentos em que a falta de concentração dos ouvintes impede que acompanhem com interesse a sequência do raciocínio. Um fato bem-humorado, por exemplo, se torna uma novidade capaz de trazer de volta para o ambiente o pensamento disperso da plateia. É comum encontrar alguém que tenha assistido a uma palestra que fiz há muitos anos dizendo que nunca mais se esqueceu de determinada história. Essa pessoa só conseguiu guardar os conceitos técnicos por causa da história. Da mesma forma, falar mais alto ou mais baixo, mais rápido ou devagar quase sempre será possível, desde que você se empenhe para desenvolver essa maneira de se expressar. Não há necessidade de promover mudanças radicais, pois pequenas alterações podem fazer enorme diferença, sem que você se violente. Experimente novas formas de se comunicar. Vale a pena tentar. Você vai descobrir que pode ser habilidoso para usar recursos que nem imaginava poder por em prática. Aos poucos vai se livrando desses carimbos que limitam a maneira de se expressar e se sentirá mais confortável com suas novas competências.


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