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Bom dia
from Enquanto espero
Bom dia Caio Quintes
Mesas revestidas de anotações Papéis são cobertas para minhas ideias Exageros que escuto sobre produtividade Mediocridade direcionada em segundos.
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Calo-me antes que a minha língua seja a vilã Muitos ideais para lábios frágeis que se cortam e ressecam. Por isso uso os olhos, e converso apenas via silêncio
Mas como mostrar seriedade Se não estamos juntos O alimento da brasa do sentimento é o encontro, o toque, o cheiro... a realidade. Sinto falta, desejo. Sinto raiva, tristeza.
Meu dia é dia. Nem bom, nem péssimo, só é apenas mais um. O que faço com ele, todas as paredes da minha casa já sabem. Amante, talvez. Foragido que escondo debaixo da cama, quem sabe.
Plenitude é guloseima para doentes Quem está em sã consciência deve ser louco A inércia é uma vergonha, e a culpa é companheira da indesejada.
Não quero viver, não mais desse jeito Também não quero assustar ninguém com minhas palavras fortes e soltas Morte é uma delas, todos tem medo em citar a qualquer momento. Mas vivem mortos de saudades, de tristezas, de cansaços, de tudo, de sempre. É o que dizem.
Pois eu gosto imprevisível E é por isso que vivo todo dia. Agora devo estar em repleta alucinação no meu escritório Sonhando acordado com as paisagens que não vi durantes anos Relembrando memórias perdidas Alvorecendo com o Sol todas as madrugadas em claro
Ter um bom dia, seria um bom recomeço Mas o que há de mau em ter apenas um Aquele que posso transformar, em questão de segundos, na felicidade. Desde que seja meu, posso dividir com quem for E nisso, eu consigo fazê-lo em um ótimo e inesquecível momento vivo. Naquele bom dia que tive.
Caio Quintes tem dezesseis anos e mora em São Gonçalo, RJ. Bailarino clássico, já participou de diversos festivais de poesias.
Cláudia Martins de Aguiar
O tempo é agora. Agora é tempo de amar, de criar, olhar para dentro. Entrar em contato com minha mais pura essência. Reconhecer minhas sombras. Acolhê-las. Encarar todos os meus defeitos e reconhecer minhas qualidades. Honrar meus antepassados e reconhecer em mim suas mais verdadeiras características. É tempo de empatia, sem comparações. De entender que não sou melhor que ninguém. De relembrar e reviver antigos dons, esquecidos no desenrolar da vida. É tempo de apreciar. Apreciar uma dança feita com o coração. Apreciar uma música que me desperta emoção. Apreciar uma leitura edificante e desenvolver a escrita como forma de desabafo.
Cláudia Martins de Aguiar é do Rio de Janeiro, RJ.