enquanto espero
Bom dia Caio Quintes
Mesas revestidas de anotações Papéis são cobertas para minhas ideias Exageros que escuto sobre produtividade Mediocridade direcionada em segundos. Calo-me antes que a minha língua seja a vilã Muitos ideais para lábios frágeis que se cortam e ressecam. Por isso uso os olhos, e converso apenas via silêncio Mas como mostrar seriedade Se não estamos juntos O alimento da brasa do sentimento é o encontro, o toque, o cheiro... a realidade. Sinto falta, desejo. Sinto raiva, tristeza. Meu dia é dia. Nem bom, nem péssimo, só é apenas mais um. O que faço com ele, todas as paredes da minha casa já sabem. Amante, talvez. Foragido que escondo debaixo da cama, quem sabe. Plenitude é guloseima para doentes Quem está em sã consciência deve ser louco A inércia é uma vergonha, e a culpa é companheira da indesejada. Não quero viver, não mais desse jeito Também não quero assustar ninguém com minhas palavras fortes e soltas Morte é uma delas, todos tem medo em citar a qualquer momento. Mas vivem mortos de saudades, de tristezas, de cansaços, de tudo, de sempre. É o que dizem.
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