Diálogos de inter(ação) urbana

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O distrito de Jundiapeba, localizado no lado oeste da cidade de Mogi das Cruzes – SP, possui grandes potenciais devido a sua localização próxima a importantes eixos viários que interliga municípios, além da linha coral da CPTM Estação Jundiapeba, que conecta o distrito até a região metropolitana de São Paulo. Nos primeiros anos de existência o bairro chamado de "Campos de Santo Ângelo" foi modificado na déc. de 40 para "Jundiapeba" por conta dos rios "Jundiahy" e "Tayaçupeba". A etimologia da palavra “peba” possui alguns adjetivos, como: “sem valor e/ou importância reles, ordinário”, fato que nos motiva a não fazer jus ao nome, promovendo diálogos urbanos a fim de proporcionar a valorização da região com espaços de reconhecimento da área, expansão e conexões.


De acordo com o Plano Diretor de Mogi das Cruzes, os investimentos foram direcionados para o lado leste da cidade, circunstância que contribuiu para que o distrito tenha se tornado decadente com muitos espaços abandonados e obsoletos, territórios fragilizados devido as frequentes atividades de extração de areia, conurbação urbana, desvalorização territorial, áreas de regularização fundiária, marginalização, assentamentos subnormais em territórios de APP (Áreas de Preservação Permanente), entre outros fatores. Em meio a tantos problemas a região possui muitas forças e oportunidades, como a sua forte influência no mercado hortifrutigranjeiro localizado dentro do cinturão verde, a Represa de Taiçupeba que é responsável pelo abastecimento de água do alto tiete, o Hospital Dr. Arnaldo concebido como patrimônio histórico de Mogi construído na déc. de 20 para abrigar pacientes de hanseníase e hoje também funciona como centro de reabilitação, o complexo hoteleiro de golf e também as importantes conexões a eixos viários, ferroviário e hidroviário.


O projeto tem como meta potencializar os recursos já existentes com ampliações e investimentos focais que contribuem para o crescimento do bairro estagnado. Promovendo diálogos entre os espaços público e privado, uso misto do solo, privilegiando pedestres e ciclistas, calçadas e espaços vivos de uso coletivo, hortas urbanas e comunitárias, incentivo aos clusters urbanos, equilíbrio entre habitação e oferta de trabalho, preservação do patrimônio histórico e ambiental e a utilização dos recursos naturais como ferramenta chave para a criação de espaços vitalizados e sensíveis ao todo. Contudo, acreditamos que quando os diálogos urbanos são postos em prática, um leque de oportunidades são desvendadas, a fim de discutir como serão as cidades do amanhã.


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