Habitar entre meios

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HABITAR ENTRE

MEIOS

TRABALHO DE GRADUAÇÃO INTEGRADO LÍVIA BUCHALA VETORASSO


TRABALHO DE GRADUAÇÃO INTEGRADO 2 LÍVIA BUCHALA VETORASSO 2011


Agradecimentos Aos professores da CAP Eulália Negrelos, Karin Chvatal, Paulo Castral, Paulo Fujioka, Simone Vizioli e especialmente ao Joubert Lancha, por acompanhar e orientar o desenvolvimento desse trabalho. A engenheira Ana Maria de Figueiredo Martins, pela orientação técnica, pela presença na banca e pela compreensão com os prazos “apertados”. Aos meus amigos da “Arquitetura 07”, e em especial para Ana Paula Favretto e Paulo José Robles Pinheiro, pelas nossas conversas com café todas as quintas-feira. Aos meus pais, Carlos e Rosângela, pelo amor e apoio sempre e principalmente neste ano. Ao Jorge Melegati, meu amor, pela paciência nesses momentos finais. E a todos, que de alguma forma contribuiram para a conclusão desse trabalho. Obrigada!


“As pessoas não sabem o que elas querem até mostrarmos a elas” Steve Jobs


Lista de Figuras Figura 1: Croquis de estudo.

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Figura 2: Acessos

Fonte: Pedro Kok.

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Figura 3: Acessos.

Fonte: Pedro Kok.

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Figura 4: Edifício acima do mar. Figura 5: Acessos

Fonte: Pedro Kok.

Fonte: El Croquis.

Figura 6: Vista do edifício

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Fonte: El Croquis.

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Figura 7: Maquetes de estudo

Fonte: El Croquis.

7

Figura 8: Maquetes de estudo

Fonte: El Croquis.

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Figura 9: Circulação externa

.

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Figura 10: Maquete de estudo

Fonte: Archdaily

Fonte: Archdaily

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Figura 11: Unidade triplex Fonte: Archdaily

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Figura 12: Croquis de estudo

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Figura 13: Localização da cidade no

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estado de São Paulo e mapas da expansão urbana. Fonte: Prefeitura Municipal de São José do Rio Preto. Figura 14: Centro de São José do Rio Preto.

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Fonte: Prefeitura Municipal de São José do Rio Preto. Figura 15: Dados demográficos do centro. Fonte: IBGE

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INTRODUÇÃO O presente trabalho é um exercício de projeto para se pensar a habitação sob a ótica das mudanças comportamentais que vem ocorrendo nas últimas décadas, fazendo surgir novos formatos familiares e modos de vida. Nas últimas décadas ocorreram verdadeiras revoluções econômicas, políticas e sociais. No início da década de 1980, a crise econômica provocada pelo aumento da dívida externa e a recessão marcaram o cenário brasileiro. O crescimento econômico produzido pelo “milagre brasileiro” gerou pressões inflacionárias e problemas na balança comercial, além do segundo choque do petróleo comprometer ainda mais a situação brasileira. No campo político, após anos de Ditadura Militar, as eleições estaduais e municipais de 1982 expressaram nas urnas a insatisfação do povo e apontavam para o fim do regime vigente. Era a retomada das grandes manifestações de massa. O movimento de maior expressividade foi o das “Diretas Já”, que tomou conta de todo o Brasil. No A B C paulista, mais precisamente em São Bernardo do Campo, o surgimento de um novo sindicalismo, realizando greves de trabalhadores em resposta a repressão das massas ocorrida durante a ditadura. No campo social, os movimentos para a liberação da mulher que se iniciaram nas décadas de 1960 e 1970, ganharam força na década de 1980. Houve uma incorporação maciça de mulheres no mercado de trabalho brasileiro. Segundo dados do IBGE a taxa de atividade feminina cresceu de 33,6% em 1979 para 38,7% em 1989, enquanto a taxa de atividade dos homens se mantinha praticamente estável no mesmo período. Esse movimento estaria acoplado a uma nítida terceirização da economia e a um sensível aumento de assalariamento do emprego urbano.

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A família nuclear e os novos formatos familiares Com a introdução da mulher no mercado de trabalho, a temática sobre a família passou a ser abordada sobre diferentes enfoques. Em 1982, segundo a antropóloga Mariza Corrêa, em seu livro “Colcha de Retalhos. Estudos sobre a Família no Brasil”, o campo dos estudos sobre a família no Brasil estava em mudança, ou seja, o momento era de conhecimento de partes do assunto, de construção, para que se pudesse construir, posteriormente, visões mais globais em torno do tema. Existiam ‘espaços vazios’ (tais como o de reprodução humana e controle familiar) que até aquele momento só podiam ser preenchidos por conjecturas, e vislumbravam um enorme campo de pesquisa a ser enfrentado. Existiam dificuldades como a atribuição constante de juízos de valor sobre a família, ao lado da falta de uma perspectiva crítica sobre a família brasileira. Mas já atentava para as diferenças familiares atuando entre os valores culturais e as realidades materiais nos mais variados contextos. Até o final do período de repressão da Ditadura Militar a estrutura familiar dominante no Brasil era a familia nuclear patriarcal. O entendimento do mundo patriarcal repousa sobre um conjunto de princípios: manutenção da ordem, exercício da autoridade, justiça e governo do lar e provimento dos dependentes por parte do chefe masculino em primeiro plano. Tomandose cada princípio isolado, não haveria problemas para o exercício do poder. Entretanto com a abertura política e a introdução da mulher no mercado de trabalho, ocorreram transformações amplas em toda a sociedade e tais trasformações também ocorreram nas estruturas internas da família nuclear tradicional. Até então, o relacionamento entre pais e filhos era exercido pela autoridade parental, o que acabava por ocultar e até mesmo distanciar todo tipo de afetividade. Em tais tipos de relacionamento, a ação socializadora do pai estabelece uma diferença com a ação socializadora da mãe, porque o pai está mais associado com a ação, enquanto que a mãe está associada com a passividade, característica feminina de tempos mais remotos.

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De acordo com toda essa mudança o homem passou a participar mais da educação dos filhos. Esse fator então, propiciou uma melhoria tanto para os filhos como para a mulher que passou a obter maior apoio do homem na participação na vida dos filhos. Isso evidencia a superação do homem que passou do papel de provedor familiar, para um papel de maior engajamento na educação. As mundanças não ocorreram apenas na concepção interna da família nuclear, mas hoje coexistem novos formatos familiares. Existem habitações formadas por pessoas que não possuem nenhum grau de parentesco, como estudantes que mudam de suas cidades para estudar em outras e coabitam uma mesma habitação por motivos econômicos e sociais e, grupos de idosos que também se mudam para o mesmo local como forma de evitar a solidão. Existem estruturas familiares menores, formadas por casais sem filhos, divorciados ou viúvos, casais com apenas um filho, e também, pessoas vivendo só. Tais mudanças observáveis podem levar a conclusão do fim do modelo familiar tradicional e a formação de uma sociedade cada vez menos hierarquica e mais equalitária. O modelo de habitação burguesa européia ddo século XIX e o modelo moderno de habitação para todos. Apesar de identificar tais mudanças, a produção de habitação no Brasil não apresenta muitas experiências para abrigar esses novos modos de vida. O modelo de habitação burguesa européia, caracterizada pela divisão da unidade em três áreas - social, íntima e de serviços - sempre esteve relacionada a presença de empregados separados dos patrões. A sala - área social - local privilegiado e aberto a receber visitas; os dormitórios constituíam a área íntima e deveria ficar guardada dos olhares externos; e, a área de serviços - cozinha, banheiro e dependências dos empregados - espaços relacionados ao trabalho doméstico, eram rejeitados e relegados aos fundos da habitação. Já as propostas modernas de habitação no período entre-guerras, apesar de ser o único período na história onde o desenho dos espaços de morar foram revistos segundo critérios

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claramente formulados, ainda previam um homem ideal, numa cidade projetada que precisaria de uma habitação típica. Nessa habitação, a cozinha, antes rejeitada aos fundos da casa, foi trazida para junto a sala, espaço de convívio entorno da família nuclear, onde a responsabilidade das tarefas domésticas se concentravam na figura da mãe. Gradativamente, os empresários da construção civil, em nome de uma lógica técnicofinanceira, se apropriaram dos elementos “economicamente rentáveis” do modelo moderno e misturaram com princípios da habitação burguesa européia, para reproduzir em todo mundo ocidental, com pequenas variações, espaços destinados a abrigar a família nuclear tradicional. A revisão do modelo de projetar habitações para o século XIX Diante disso, é preciso repensar o modo de projetar habitações para atender a sociedade atual, projetando para todos, sem hierarquias. As unidades habitacionais As unidades habitacionais precisam estar preparadass para atender aos novos formatos familiares, de acordo com a cultura e as idades, e possibilitar as diferentes apropriações dos espaços ao longo das mudanças da vida. A maneira mais adequada para permitir diferentes usos é criar espaços igualitários e de dimensões equivalentes, que possibilitem a cada habitante a apropriação mais adequada dos espaços de domir, de comer, de conviver, de trabalhar e de estudar. Esses espaços não podem ter banheiros exclusivos, caso contrário, seriam hierarquizados em relação aos outros. Os espaços comuns Promover o encontro desses diversos grupos em espaços comuns é o que possibilita a troca de experiências e conhecimentos, e ao mesmo tempo é o local de mediação de interesses diversos.

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Assim, considerando que a capacidade de serviços e de funções da habitação pode ir além do seu espaço privado, é interessante pensar em serviços para a comunidade. Esses serviços são atividades tradicionalmente realizadas no âmbito privado da habitação, e que podem ser transferidas para o âmbito coletivo, como lavanderias, espaços de coworkings, espaços de descanso e de estudo. A relação com a cidade As habitações devem ser pensadas como completadas pelos serviços e equipamentos urbanos. Para isso precisam estar localizadas perto da infra-estrutura de transporte, de comércio e serviços, de escolas e de locais para divertimento e lazer. Para a qualidade de vida urbana são fundamentais para os moradores que existam gradientes privado, ou seja, definição e concepção de espaços intermediário entre habitação e espaços públicos porque é o encontro de dois sistemas. Em última análise, a qualidade da habitação é resolvida tanto na correta resolução de seu interior quanto no contato com o espaço público do bairro, especialmente através de uma variedade de gradientes, da agitação da cidade, para o privado da habitação.

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Figura 1: Croquis de estudo.

Figura 2: Acessos Fonte: Pedro Kok.

REFERÊNCIAS SILODAM - MVRDV São obras que não apelam a historicismos ou imagens referentes ao universo popular; ao mesmo tempo desvinculam-se da busca por uma “verdade absoluta” sustentada pelos atribu-

Figura 3: Acessos. Fonte: Pedro Kok.

tos da razão que dominava o pensamento

moderno.

discussão

de

Está

presente

espaços,

a

processos,

funções, tipologias, estruturas técnicas e

formas,

para

não

somente a imagens.

se

restringir

Figura 4: Edifício acima do mar. Fonte: Pedro Kok.

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Figura 5: Acessos Fonte: El Croquis.

GIFU APARTAMENTS - SANAA Figura 6: Vista do edifĂ­cio Fonte: El Croquis.

Figura 7: Maquetes de estudo Fonte: El Croquis.

Figura 8: Maquetes de estudo Fonte: El Croquis.

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Figura 9: Circulação externa Fonte:Archdaily

Figura 10: Maquete de estudo Fonte:Archdaily

Figura 11: Unidade triplex Fonte:Archdaily

NEMAUSUS - JEAN NOUVEL

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HABITA SAMPA ELEMENTAL CHILE LIVING BOX - GRUPO SP O módulo, nesses três casos, estruturais, representam uma unidade construtiva

clara

que

possibilita

inúmeras soluções de projeto dentro de uma regra completamente legível. Ao contrário de limitar, amplia as possibilidades.

Figura 12: Croquis de estudo

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Área de intervenção

AÇÕES DE PROJETO Após a Revolução Industrial, foi percebido de forma nítida o surgimento das áreas centrais das cidades como local de concentração de atividades comerciais. Esses locais, serviam como base para uma série de relações com pessoas da própria cidade ou exteriores a ela. O aumento do comércio gerou a necessidade de uma malha de transportes que suprisse a crescente demanda, dando ensejo à construção das grandes ferrovias. A partir de então se verifica um processo de aglutinação em torno das estações ferroviárias, pelo grande fluxo de pessoas que circulavam destas estações. Os empreendedores, buscando se estabelecer próximo ao mercado consumidor, investiram em estabelecimentos em torno destas estações de transportes, delimitando a área central da cidade. A partir do inicio do século XX, as áreas centrais das cidades passaram a concentra uma diversidade de atividades comerciais e de serviços; tanto públicos como privados, tornando o preço da terra nesta área o mais elevado da cidade e fazendo da verticalização das con construções a maneira utilizada para melhor aproveitamento do solo urbano. No decorrer do século, a concentração dessas atividades e a supervalorização do transporte individual com a consequente demanda por vagas de estacionamento, fez crescer o número de terrenos para atender essa finalidade. Assim, os automóveis e os estacionamentos são vistos como fatores que degradam a paisagem urbana por promover a subutilização desses terrenos. De maneira geral, esses terrenos subutilizados formam espaços vazios no interior das quadras e entre edifícios. Como ação inicial de projeto, a exploração acontece nesses terrenos subutilizados, através de possíveis ligações e percursos permitidos, explorando o desenho nas suas infinitas possibilidades, sem pensar uma forma pré - determinada.

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Nas cidades médias, o elevado crescimento urbano se depara com a falta de planejamento e infra-estrutura das cidades expresso de maneira especial por meio do grande número de pessoas vivendo em condições de vida precárias ou pela ocupação periférica em condomínios fechados. A ocupação periférica favorece o esvaziamento dos centros urbanos no tocante a habitação, embora numa escala menor do esvaziamento ocorrido nas metrópoles. Nesse sentido, é válido novos projetos de habitação que visem o retorno de, ao menos parte dessa população, ao centro, que possui toda a infra-estrutura de comércio, serviço, transporte, locais de trabalho, estudo e lazer, para otimizar recursos, dentre eles, o tempo.

Unidades habitacionais

A proposta das unidades habitacionais pretende propiciar uma apropriação diferenciada

e individualizada por parte daqueles que a habitam. Portanto, não busco definir funções ou nomes para determinadas áreas, mas garantir a apropriação dos espaços segundo as necessidades e vontades de cada habitante, sem predeterminar exclusivamente uma condição, seja pela superfície, pela acessibilidade ou por uma única possibilidade de distribuição. Espacial e funcionalmente a habitação está divida em três âmbitos - âmbito especializado, âmbito não especializado e âmbito complementar - e “módulo -”. Os âmbitos especializados, os âmbitos não especializados e o módulo - são projetados tendo como base a superfície retangular de 9m², sendo o lado mínimo com 2,8m e o lado maior com 3,2. Esse módulo foi escolhido por permitir a organização adequada de diferentes áreas funcionais isoladas, podendo, entre eles, se agruparem ou não.

3,2

2,8

módulo

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Os âmbitos especializados são aqueles que necessitam de infra-estrutura e instalações adequadas para o seu funcionamento. São áreas com funções pré-determinadas como local de preparo, limpeza e armazenagem de alimentos e local para banho. Nos âmbitos especializados estão o espaço para o ciclo dos alimentos e para o ciclo das atividades higiênicas. O espaço destinado ao ciclo dos alimentos devem permitir um correto desenrolar das tarefas ligadas a ele, como a utilização do espaço por duas pessoas ao mesmo tempo. A mesma situação acontece com o ciclo das atividades higiênicas, por isso, o espaço do banho e o espaço da higiene íntima são separados. Para não hierarquizar os espaços dentro das habitações, os lugares de banho não são exclusivos de nenhum outro espaço. Os âmbitos especializados se organizam no módulo ao redor de um shaft, por onde passam as instalações elétricas, hidráulicas e de gás e por onde ocorre a ventilação.

Ciclo dos alimentos Ciclo das atividades higiênicas

banho

preparo

limpeza

higiene íntima

armazenagem

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Ciclo dos alimentos

Ciclo das atividades higiênicas

0,7

Esquema de organização dos espaços no âmbito especializado.

0,8

0,8

0,8

0,7

0,7

2,8

0,7

0,8

3,2

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Layout dos espaços no âmbito especializado.

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Os âmbitos não especializados são aqueles que não necessitam de infraestrutura e instalações adequadas para o seu funcionamento, mas devem garantir parâmetros de conforto para a habitabilidade. A função dos âmbitos não especializados será definida pelo usuário. São espaços igualitários para possibilitar as diferentes apropriações ao longo das mudanças da vida. São caracterizados pelos locais de descanso, de refeições, de convívio e de trabalho. Os módulos dos âmbi tos não especializados podem se fundir com outros.

Sentido de passagem pelos espaços

Dormir

Comer

Conviver

Estudar Trabalhar

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Os âmbitos complementares são os espaços de armazenagem e funcionam associados a outros âmbitos, nunca formando um recinto único.

Comer

Dormir Espaço de armazenagem

Trabalhar Estudar

Conviver

O “Módulo -” O “Módulo -” representa um espaço de transição entre a esfera privada da habitação e a esfera pública da rua. Todas as unidades habitacionais possuem ao menos um “Módulo -”. É nesse módulo onde ocorrem atividades que, tradicionalmente são realizadas no espaço privado da habitação, mas podem ser transferidas para uma esfera coletiva, como espaços de trabalho, estudo e serviços. Quando localizados em uma face da unidade, esse módulos formam os espaços exteriores das unidades, e quando localizados na face oposta, são unidos aos módulos - de outras unidades e criam esses espaços de transição dentro do edifício.

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espaรงos exteriores

espaรงo para atividades coletivas

acesso Mรณdulo ร mbitos

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Configuração das unidades habitacionais Utilizando os âmbitos especializados, os não especializados, os complementares e os módulos -, as unidades habitacionais estão configuradas em unidades simplex, duplex e triplex, para melhor propriciar a habitabilidade dos diferentes formatos familiares. A densidade habitacional média prevista para cada unidade são dois moradores para as unidades simplex, quatro para as duplex e seis para as triplex, podendo esse número ser variável de acordo com a necessidade.

A base das unidades é formada por seis módulos, sendo um deles como âmbito especializado.

Os módulos são afastados 7,5cm entre eles para incluir os fechamentos.

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unidade simplex

Esquema de montagem das unidades simplex, duplex e triplex.

unidade duplex

unidade triplex

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Unidades simplex

Localização do “módulo -” nas unidades

Distribuição dos espaços

dormir

dormir

conviver

conviver

comer conviver

comer conviver

20


a = 54m²

unidade 1 1:75

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unidade 2

unidade 3 1:75

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23


Unidades duplex

Localização do “módulo -” nas unidades

a = 94,5m² dormir conviver

comer

comer

estudar dormir

conviver

a = 85,5m² comer

comer

conviver conviver

dormir

dormir

a = 85,5m² dormir estudar

comer conviver

dormir

a = 85,5m² dormir

Possibilidade de distribuição dos espaços

comer comer

conviver

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1ยบ pavimento

2ยบ pavimento

unidade 4

unidade 5

unidade 6 1:125

unidade 7

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1ยบ pavimento

2ยบ pavimento

unidade 8

unidade 9

unidade 10 1:125

unidade 11

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1ยบ pavimento

2ยบ pavimento

unidade 12

unidade 13

unidade 14 1:125

unidade 15

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1ยบ pavimento

2ยบ pavimento

unidade 16

unidade 17

unidade 18 1:125

unidade 19

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1ยบ pavimento

2ยบ pavimento

unidade 20

unidade 21 1:125

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Unidades triplex

Localização do “módulo -” nas unidades

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a = 144m² comer

comer

conviver conviver

a = 135m²

a = 135m²

a = 126m²

estudar conviver

estudar

comer

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dormir

conviver

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comer

comer

conviver

comer

comer

comer

comer

dormir

conviver

dormir

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dormir

conviver

dormir

conviver

dormir

dormir

dormir

conviver

dormir

conviver

dormir

conviver

estudar

a = 126m²

dormir

dormir

a = 126m² comer

comer

conviver conviver

dormir

estudar

conviver

conviver

Possibilidade de distribuição dos espaços

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1ยบ pavimento

2ยบ pavimento

3ยบ pavimento

unidade 22

unidade 23

unidade 24

unidade 25 1:200

unidade 26

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1ยบ pavimento

2ยบ pavimento

3ยบ pavimento

unidade 27

unidade 28

unidade 29

unidade 30 1:200

unidade 31

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1ยบ pavimento

2ยบ pavimento

3ยบ pavimento

unidade 32

unidade 33

unidade 34

unidade 35 1:200

unidade 36

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1ยบ pavimento

2ยบ pavimento

3ยบ pavimento

unidade 37

unidade 38 1:200

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Aplicação das ações de projeto

Local de intervenção

PROJETO

No processo brasileiro contemporâneo de urbanização, verifica-se um amplo processo

de reestruturação caracterizado pela “explosão” das formas tradicionais de concentração urbana e pelo surgimento de formas espaciais. Na escala interurbana e regional, são produzidos novos processos de desconcentração e reconcentração espacial da população e das atividades econômicas sobre o território. Surge a “cidade média”, e sua importância em áreas significativas no tocante à oferta de serviços e produtos, e a própria recomposição e multiplicação do capital flutuante. Tais áreas, próximas ou não as áreas metropolitanas, compõem uma a rede hierárquica de ações e intervenções no espaço. A cidade de São José do Rio Preto, localizada a 450km do noroeste de São Paulo, é classificada como cidade média não apenas por sua densidade populacional, mas pela situação geográfica favorável (atravessada pelas rodovias Assis Chateaubriand, pela Transbrasiliana (Br153) e pela Washington Luiz), pela relevância regional possibilitada pela circulação de mercadorias e pessoas e pela oferta de bens, serviços, onde tem a base de sua economia, seguido pelo agronegócio e pela produção industrial. Assim como muitas cidades do interior do estado de São Paulo, a ferrovia, implantada no início do século XX, estruturou o crescimento urbano. O vale do córrego do Rio Preto e Piedade foi a área escolhida para o ínicio da ocupação do território, e em seguida as áreas de várzea também foram sendo ocupadas, caracterizando os principais eixos de crescimento e adensamento da cidade. Para que isso fosse possível, diversas obras de tamponamento e retificação dos córregos foram sendo executadas, causando problemas, como as enchentes, que afetam a população como um todo até hoje.

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Figura 13: Localização da cidade no estado de São Paulo e mapas da expansão urbana. Fonte: Prefeitura Municipal de São José do Rio Preto.

A partir da década de sessenta, o crescimento da cidade, espraiado e pouco adensado se intensificou, tendo como vetores de crescimento os eixos viários e onde houvesse menos obstáculos naturais. O vetor norte é caracterizado por loteamentos populares promovidos pelo poder público, pela iniciativa privada e também muitos deles irregulares. Considerada a segundo região mais populosa da cidade, apresenta dificuldade de conexão com a malha urbana existente em virtude da malha ferroviária, o que fez surgir pequenos centros comercias e de serviços locais. O vetor sul, caracterizado por condomínios fechados de alto padrão, shopping centers e inúmeras clínicas médicas em virtude da Faculdade de Medicina e do Hospital de Base, continua a crescer.

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Centros urbanos Assim como em outras “cidades médias”, não podemos falar de São José do Rio Preto com um único centro urbano, entretanto, há a existência e manutenção de um centro tradicional que organiza os deslocamentos e é ponto de articulação entre seus usos e os demais espaços da cidade. Os movimentos dos veículos e das pessoas convergem para ele, em determinados momentos do dia, e de lá partem, ordenando um movimento pendular que dota essa área de conteúdos diferentes no decorrer de um único dia e lhe dá uma dupla característica de integração e dispersão. Essa identificação é reforçada pelo desenho do plano viário, que tanto determinar a localização do centro, quanto é por ele influenciado, numa relação dialética. O duplo movimento de atração e dispersão se materializa através desse plano, tendo no trânsito de pedestres e de veículos (coletivos e individuais) sua identificação mais direta. O centro tradicional da cidade possui um calçadão comercial que passa por um projeto de revitalização para melhoria da infra-estrutura local. As mudanças envolvem abertura de ruas, vitrines das lojas, passeio público, restauração das praças, alargamento e cobertura de calçadas com marquises, padronização de letreiros, criação de baias para embarque e desembarque e a criação de uma praça de alimentação a céu aberto.

Figura 14: Centro de São José do Rio Preto. Fonte: Prefeitura Municipal de São José do Rio Preto.

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Biblioteca Municipal

Rodovi谩ria e Terminal Urbano

Represa Municipal

Igreja Catedral

A

Mercado Municipal

A v.

lb

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l贸

Poupatempo Prefeitura Municipal C贸rrego Canela

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Praça Cívica

Biblioteca Municipal Praça Dom José Marcondes

Rodoviária e Terminal Urbano

Represa Municipal

Igreja Catedral

Praça Rui Barbosa

A

Mercado Municipal

A v.

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Poupatempo Prefeitura Municipal Córrego Canela

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Calçadão comercial

Praça Cívica

Biblioteca Municipal Praça Dom José Marcondes

Rodoviária e Terminal Urbano

Represa Municipal

Igreja Catedral

Praça Rui Barbosa

A

Mercado Municipal

A v.

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Poupatempo Prefeitura Municipal Córrego Canela

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Área do projeto de revitalização do calçadão comercial, iniciado pela prefeitura municipal

a

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População De acordo com o Censo de 2010, realizado pelo IBGE, São José do Rio Preto está entre as regiões mais desenvolvidas do país, apresentando IDH de 0,834. Os indicadores demográficos apontam uma população de 408 mil habitantes, sendo 93,9% na área urbana, com PIB per/capta de R$17.000,00. A existência de uma população economicamente ativa é alta, já que grande parte da população tem entre 20 e 45 anos de idade e trabalha em setores de comércio e serviços, mas a população idosa (acima de 70 anos) representa 10% de toda a população da cidade. Em relação a domicílios, o total recenseados pelo IBGE para o Censo 2010, foi de 153.233 domicílios com média de 2,96 habitantes. A região central Na região central da cidade, a população de cerca de 6.000 pessoas representam pouco mais de 1% de todos os habitantes de São José do Rio Preto. O número é muito baixo já que a região possui toda a infra-estrutura de comércio, serviço, educação, transporte e lazer que dão suporte a vida. A maioria dessas pessoas é constituída de mulheres com mais de 50 anos e de jovens, que na sua maioria trabalham e estudam no bairro ou em regiões próximas. Porém os trabalhadores que atuam diretamente no comércio do calçadão, moram em lugares distantes e se locomovem todos os dias com veículos particulares ou utilizam o transporte público, pois no centro o valor dos apartamentos e do aluguéis é elevado.

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Figura 15: Dados demogrรกficos do centro. Fonte: IBGE

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Acesso a cultura Existem hoje na cidade dois importantes festivais de teatro: o Janeiro Brasileiro da Comédia, com duração de uma semana, e segundo dados da Secretaria da Cultura atrai uma média de 4 mil espectadores ao teatro municipal, e em julho o Festival Internacional de Teatro (FIT), com duas semanas de espetáculos, intervenções artísticas e performances que se estendem por toda a cidade e distritos. Desde 2001, com a volta da organização do festival, já com caráter internacional, tem sido explorado pelos órgãos organizadores e patrocinadores a grande capacidade do evento em atrair não só espetáculos de outras cidades, estados, e países, como um público turista, que movimenta os setores de hotelaria, serviços e alimentação. Para dar apoio aos artistas da cidade, a Prefeitura Municipal tem a proposta de transformar os antigos galpões da Swift, tombados pelo CONDEPHAT em uma Universidade, a Universidade Livre das Artes. Hoje o local é um espaço de para a música, artes plásticas, teatro, dança, cursos de aperfeiçoamento e seminários. Com esses usos consolidados, o espaço se transforma em universidade de fato, com cursos de extensão universitária ligados à cultura e o oferecimento de cursos superiores nessa área. Participação política Em 2005 foi instituído o Orçamento Participativo - OP - no município, e no ano seguinte, os trabalhos junto a população começaram a ser desenvolvidos. Atendendo as exigências do Estatuto das Cidades que fixava o prazo de cinco anos para que o município aprovasse o seu Plano Diretor, a prefeitura dispôs em 2006 o Plano Diretor de Desenvolvimento Sustentável, que contou com a participação popular através do orçamento participativo e através de segmentos da sociedade civil organizada. Entretanto, a participação popular no Orçamento Participativo sempre foi mais efetiva em bairros onde a necessidade de melhorias na infra-estrutura básica eram maiores, servindo assim de instrumento de reivindicação popular, mas não de politização da gestão urbana. A politização da população deu sinais de melhora no movimento “#vergonhariopreto” - A

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tentativa da câmara municipal em aprovar 23 vereadores com aumento salarial que chegavam a 75% indignaram os moradores. Primeiro a imprensa em editoriais e reportagens convocando a população para aquela que seria a última sessão do descaso, em que algumas centenas de pessoas compareceram. Na semana seguinte, as discussões do projeto prosseguiriam, ao invés de centenas, compareceram algo em torno de duas mil pessoas. Os vereadores recuaram, acuados pela força dos protestos. Produção imobiliária A partir de década de 60, assim como ocorreu com diversas cidades, São José do Rio Preto cresceu de forma espraiada e pouco adensada, seguindo os vetores de crescimento norte e sul. A produção imobiliária seguiu esses vetores, ao mesmo tempo que foi co-responsável na sua criação. Ao norte os loteamentos populares quase que exclusivamente residenciais não oferecem uma rede de serviços, públicos ou não, necessários a vida. Esses loteamentos foram realizados tanto por empreendedores particulares quanto pelo poder público. O último loteamento construído pelo poder público, sob o nome de Nova Esperança, conta com 2500 unidades habitacionais, sem nenhum serviço público como creche, posto de saúde e escola estarem concluídos, e sem lugares projetados para um comércio que atenda ao bairro. Enquanto a inciativa privada constrói inúmeros loteamentos fechados na perfieria sul e sudeste da cidade. As poucas iniciativas que se diferem dessa produção, são edifícios de um dormitório para casais sem filhos e pessoas que vivem só. Plano Diretor O Plano Diretor do Desenvolvimento Sustentável, de 2006, colabora com essa produção ao impedir a construção de novos edifícios na região central, utilizando como limite a infraestrutura física e permitindo que bairros próximos continuem a ser exclusivamente residenciais Em parte, um projeto de operação urbana está sendo realizado com o projeto de revital-

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ização do centro da cidade que realizou toda a reforma na rede de abastecimento de água e coleta de esgoto do quadrilátero central e trocou toda a pavimentação por piso permeável com o intuito de melhorar a área tanto para o comércio, qaunto para os moradores da região. Entretanto são necessários outros projetos para concretizar com potencial a intensificação do uso do solo. Colocar medidas que limitem o uso de transporte individual e priorize o transporte público que possui ali o Terminal urbano, contribuiria para solucionar alguns problemas de infra-estrutura, e assim, permitiriam adensar a região central com a construção de mais unidades habitacionais. Para a realizar a melhoria na infra-estrutura (saneamento, obras viárias, criação de espaços públicos), o poder público recebe ajuda da iniciativa privada, quem em contrapartida lhe é permitido construir acima da densidade fixada no zoneamento urbano. Nesse sentido se faz válido um projeto de habitação na região central como forma de adensar e melhor utilizar a infra-estrutura de transporte, comércio, serviço e lazer existente. A área escolhida, até então sub-utilizada para estacionamentos, abre espaço para pedestres ao estender a proposta de revitalização calçadão comercial para espaços públicos adjacentes.

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MAP A DE USOS

comércio

habitação

praças

serviços

institucional

clube 50


Estacionamentos na regi達o central 51


Área de intervanção

52


2

1

5

3

6

4

7

8

4

21

3 5 6

78 53


10

9

13

14

11

12

15

12

9

10

11 15 13 14

54


Exploração do desenho através de percursos e caminhos, conectando esses terrenos, até então subutilizado, a áreas adjacentes e edifícios existentes, como forma de olhar para o entorno construído e incorporá-lo ao projeto.

55


56


57


Edifício

Das inúmeras possibilidades de estudo, algumas proposições de forma e relações espaciais surgiram.O edifício com alguns vazios internos, formando aberturas diretas para a cidade. Esses vazios são como pátios internos numa residências, porém, quando posicionados a 90º em relação ao solo, criam outras relações com a paisagem.

58


Estudo das passarelas como elemento de ligação entre o edifício e o entorno,

59


Foi realizado dois estudos de volumetria para o edifício. Um deles, chamado de bloco 2, em que o edifício se desenvolve em dois blocos que se conectam entre si e com os edifícios do entorno através de passarelas, escadas e elevadores. O segundo, chamado de linear, um único bloco propõe a interligação entre duas quadras, passando sobre a rua e criando um espaço “entre” numa escala urbana. Assim como no “bloco 2”, passarelas, escadas e elevadores, conectam edifícios vizinhos e são os lugares de acesso ao edifício “linear”.

Bloco 2

Linear

60


Desenvolvimento do edifĂ­cio linear

61


PEDESTRES

62


VEÍCULOS

63


COMÉRCIO

64


EXTENSÃO DO ESPAÇO PÚBLICO

65


PASSAGEM DESCANSO

66


67


EMPENAS

68


ESTACIONAMENTO

69


PRAÇA VALE

70


PASSAGEM

71


72

acesso vertical espaço público

acesso horizontal espaço público

atividades coletivas espaço semi-público

atividades coletivas espaço público

unidades habitacionais espaço privado


132 unidades habitacionais Aproximadamente 500 moradores

206 vagas de estacionamento (1 para cada unidade + pessoas que frequentam a regi達o) 73


A proposta do edifício remete a proposta inicial de revisão do modelo de projetar habitação para o século XXI. Os espaços para atividades coletivas permite o encontro das diversas pessoas que habitam o local ou passam todos os dias pela área. Há áreas públicas, que são caracterizadas pelos espaços de estudo, trabalho e descanso, e áreas semi-públicas que abrigam também espaços de serviço como lavanderia para uso dos moradores do edifício. Esses espaços são de transição entre o domínio público da rua e o privado do edifício, porém, não há a necessidade de passagem por esses espaços para transpor do domínio público para o privado.

74


Elevação nordeste 1:1250

Elevação sudoeste 1:1250 75


A

B

A

B

Corte AA 1:1250

Corte BB 1:1250 76


Implantação pavimento térreo 1:2000 77


Implantação terceiro pavimento 1:2000 78


Corte AA 1:400

79


Corte AA 1:400

80


Corte BB 1:400 81


Corte BB 1:400 82


Corte BB 1:400

83


480,9

Pavimento -3 1:1250

84


483,7

483,7

Pavimento -2 1:1250

85


Unidades duplex 486,5

Pavimento -1 1:750

86


Unidades duplex Lavanderia Descanso 489,3

Pavimento tĂŠrreo 1:750

87


Unidades duplex Unidades simplex

492,1

Pavimento 1 1:750

88


Unidades duplex Unidades simplex Coworking 494,9

Pavimento 2 1:750

89


Trabalho | estudo | descanso

497,7

Pavimento 3 1:750

90


Unidades Triplex 500,5

Pavimento 4 1:750

Lavanderia e coworking Unidades Duplex Unidades Triplex 503,3

Pavimento 5 1:750 91


506,1

Pavimento 6 1:750

508,9

Pavimento 7 1:750

511,7

Pavimento 8 1:750

514,5

Pavimento 9 1:750 Lavanderia e coworking Unidades Simplex Unidades Duplex Unidades Triplex

92


517,3

Pavimento 10 1:750

520,1

Pavimento 11 1:750

522,9

Pavimento 12 1:750

525,7

Pavimento 13 1:750 Lavanderia e coworking Unidades Simplex Unidades Duplex Unidades Triplex

93


527,5

Pavimento 14 1:750

530,3

Pavimento 15 1:750

533,1

Cobertura 1:750

Unidades Triplex

94


Detalhe da passarela que atravessa a Rua XV de Novembro 1:200

95


Módulo estrutural da passarela 1:20

Detalhe da ligação entre a passarela e o edifício 1:50

As passarelas de acesso as unidades habitacionais possuem vigas metálicas treliçadas, moduladas de 1,60m x 1,60m, que permitem vencer o vão máximo de 34m de distância (sobre a Rua XV de Novembro) e. funcionam como guarda-corpo.

96


Maquete esquemรกtica passarela

97


Detalhe dos fechamentos 1:25

98


Detalhe dos fechamentos 1:25

99


Detalhe dos fechamentos 1:10

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Especificação dos materiais Para o fechamento externo do edifício, foi escolhido o painel “Multipainel F” Hunter Douglas, que é utilizado principalmente para revestimento de fachada e instalado na vertical. Por ser uma solução com porta-painel e sem fixação visível, permite a dilatação térmica do material.

Figura 16: Edifício revestido com Multipainle F Fonte: Catálogo Hunter Douglas

Figura 18: Painel Marterboard Fonte: Catálogo Brasilit

Figura 19: Painel Lightboard Fonte: Catálogo Brasilit

Figura 17: Multipainle F Fonte: Catálogo Hunter Douglas

Para a divisão do espaço entre a unidade habitacional e o fechamento externo, e a divisória entre as unidades habitacionais há a Painel Masterboard Brasilit de 14cm e 23cm respectivamente, compostos por miolo de madeira e faces externas de placa cimentícia. A montagem dos painéis é rápida e econômica, além de, segundo o fabricante, proporcionar proteção termo-acústica. Para a divisão dos espaços internos das unidades, foi utilizado o Painel Lightboard Brasilit com 7,5cm de espessura, por apresentar proteção térmica e acústica e ser um sistema fácil de instalar, o que permite mudanças com pouca mão-de-obra.

101













Referências bibliográficas CORRÊA, Mariza. Colcha de retalhos. Estudos sobre a Família no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1982, pp.7-11. GAUSA, Manuel. Housing: Nuevas Alternativas, Nuevos Sistemas. Barcelona, Actar, 1998. MONTANER, Josep María. Reflexiones para proyectar viviendas del siglo XXI. Barcelona, 2010. TEODóZIO, Delcimar Marques. Do sertão à cidade: planejamento urbano em São José do Rio Preto dos anos 50 aos anos 2000. 2008. Tese (Doutorado em Teoria e História da Arquitetura e do Urbanismo) - Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo,

São

Carlos,

2008.

Disponível

<http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18142/tde-21072008-120612/>. Acesso

em: em:

2011-11-01. TRAMONTANO, M. Habitação, hábitos e habitantes: tendências contemporâneas metropolitanas. In: Sigradi '2000 - IV Congresso Íbero- Americano de Gráfica Digital, 2000, Rio de Janeiro. em Artigos on line, disponível em: <http://www.eesc.usp.br/nomads/livraria artigosonlinehabitoshabitantes.htm> , visitado em 01/11/2011. Plano Diretor do Desenvolvimento Sustentável de São José do Rio Preto, 2006. JEAN NOUVEL. El Croquis, ed 65/66. JEAN NOUVEL. El Croquis, ed 112/113. MVRDV. El Croquis, ed 111. SANAA 2008 a 2011. El Croquis, ed 155. SANAA. El Croquis, ed 139.


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