LUÍS REIS
Na Dimensão do
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| FICHA TÉCNICA
Título: Na dimensão do Espírito Autor: Luís Reis Editor: Edições Novas de Alegria Av. Almirante Gago Coutinho, nº158 1700-033 Lisboa | Tel.: 218 429 190 Site: www.capu.pt www.facebook.com/LivrariaCAPU Impressão e acabamento: EUROPRESS, LDA. Revisão: Mónica Monteiro e Ana Ramalho Rosa Design Gráfico: Adilson Morais Foto capa: © STILLFX - Shutterstock 1ª Edição maio 2015 ISBN: 978-972-580-118-5 Depósito Legal: 391825/15 Categoria: 231.3 Pneumatologia; Teologia Sistemática teXTO BÍBLICO
A tradução base usada nesta obra é João Ferreira de Almeida Atualizada. As restantes traduções estarão identificadas junto da respetiva citação, em abreviatura: A Bíblia Viva (BV); João Ferreira de Almeida, Edição Corrigida e Revisada Fiel ao Texto Original (ACF); Nova Versão Internacional (NVI), Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH). Esta obra respeita as regras do Novo Acordo Ortográfico. © Edições NA - Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução por quaisquer meios, salvo em breves citações, com indicação da fonte.
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| ÍNDICE PREFÁCIO NOTA INTRODUTÓRIA
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| PARTE 1 INTRODUÇÃO 1.1 O panorama do avivamento de Jerusalém 1.2 O Pentecostes 1.3 A experiência pentecostal C
| PARTE 2
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O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO
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2.1 O batismo no Espírito Santo e o crente 2.2 A identificação do Batismo no Espírito Santo 2.3 As expressões bíblicas para o batismo no Espírito Santo 2.4 A experiência do batismo no Espírito Santo 2.5 Como podemos receber o batismo no Espírito Santo 2.6 A evidência do batismo no Espírito Santo 2.7 Para quem é o batismo no Espírito Santo 2.8 O que confere o batismo no Espírito Santo
011 013 021 027 029 031 037 043 047 051 055 057 063
| PARTE 3 A GLOSSOLALIA 3.1 A glossolalia no Antigo Testamento 3.2 A glossolalia no Novo Testamento 3.3 Pseudo-línguas ou línguas cuja inspiração não é do Espírito Santo
071 073 075 087
| PARTE 4 OS DONS ESPIRITUAIS – INTRODUÇÃO 4.1 Os dons espirituais como dunamis do Espírito 4.2 O carácter e a origem dos dons espirituais 4.3 A essência e o propósito dos dons espirituais
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4.4 A manifestação dos dons espirituais 4.5 Como buscar os dons espirituais 4.6 Quatro aspectos fundamentais para a operação dos dons espirituais na igreja 4.7 Dois aspectos a ter em atenção acerca dos dons espirituais
103 105 107 111
| PARTE 5 A DIVERSIDADE DOS DONS 5.1 Palavra da sabedoria 5.2 Palavra do conhecimento 5.3 Discernimento dos espíritos 5.4 Fé 5.5 Operação de maravilhas 5.6 Dons de curas 5.7 Profecia 5.8 Variedade de línguas 5.9 Interpretação das línguas
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| PARTE 6
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OS MILAGRES
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6.1 Panorâmica geral dos milagres 6.2 O propósito dos milagres 6.3 A importância dos milagres 6.4 Falsos milagres 6.5 Deus usa os seus servos para realizarem milagres 6.6 O que é necessário para usar este dom 6.7 O cuidado a ter com os milagres
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| PARTE 7 O CULTO NA DIMENSÃO DO ESPÍRITO 7.1 A natureza do culto 7.2 A direção do culto
| BIBLIOGRAFIA
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PARTE 01
INTRODUÇÃO
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Como introdução ao nosso estudo sobre o tema “Na dimensão do Espírito”, iremos focar o panorama do avivamento em Jerusalém que teve como origem o derramamento do Espírito Santo no dia de Pentecostes e suas consequências. Abordaremos também o próprio Pentecostes. Outro item que serve, também, como introdução é a análise daquilo que é, normalmente, designado por experiência pentecostal a fim de que possamos experimentá-la em toda a sua plenitude.
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1.1
| O PANORAMA DO AVIVAMENTO DE JERUSALÉM
O Pentecostes, com todas as circunstâncias anteriores e posteriores, fornece-nos a base e o padrão para todos os verdadeiros avivamentos da era da Igreja. Como não podia deixar de ser, foi o modelo seguido pelo avivamento que resultou, há cem anos, no Movimento Pentecostal Moderno, um dos maiores despertamentos religiosos que o mundo já conheceu.
Veio do céu “De repente veio do céu […]” (Atos 2:2). O avivamento tem a sua origem no céu. Traz o céu para baixo. Um genuíno avivamento é um pouco do céu que se instala na terra. Não leva o crente para o céu, mas traz o céu para o crente. Não é fabricado na terra, pelo homem, com fantasias, artificialismos ou manipulações. A sua causa reside única e exclusivamente no próprio Deus, em Sua soberania e poder.
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O vento do Espírito “De repente veio do céu um ruído, como que de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados” (Atos 2:2). O avivamento só pode sobrevir quando o vento do Espírito sopra e dá vida aos ossos secos (Ezequiel 37:9-10). Não acontece pelo soprar de qualquer vento de doutrina. Há muitos ventos de doutrina soprando, nos nossos dias, mas o que precisamos é do verdadeiro sopro do vento do Espírito Santo. O vento é soberano para soprar quando, onde e em quem quer. Vento fala-nos do tremendo poder do Espírito Santo e da gloriosa presença de Deus que remove qualquer obstáculo e traz vida onde reina a sequidão formalista e a morte espiritual.
Todos foram cheios do Espírito Santo “E todos ficaram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem” (Atos 2:4). O enchimento do Espírito é a génesis do avivamento e a sua causa motora. O avivamento é o resultado da operação direta do Espírito Santo: “Segundo o Espírito concedia”. À luz do Novo Testamento, o avivamento processa-se quando os crentes são cheios do Espírito Santo. É o poder do Pentecostes que aviva o crente, bem como a Igreja. Não se trata de um artificialismo ou mera imitação provocada pelo homem. É, antes de tudo, uma concessão do Espírito. Esta verdade axiomática encontra forma e substância no relato que Lucas nos dá em 14
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Atos, tanto pela transformação radical da vida dos crentes, como pela vasta e contínua operação de grandes milagres, prodígios e maravilhas. “Em cada alma havia temor, e muitos prodígios e sinais eram feitos pelos apóstolos” (Atos 2:43). Constatamos, porém, que em presença de um autêntico avivamento há os que, em vez de desejarem ser cheios do Espírito, ficam antes cheios de pasmo e assombro (Atos 3:10), e cheios de inveja (Atos 13:45). Infelizmente, seja a que nível for, a história continua a repetir-se, nos dias de hoje.
No tempo de Deus “Ao cumprir-se o dia de Pentecostes [...]” (Atos 2:1). O avivamento não vem pela força da nossa vontade. Ocorre O avivamento no tempo soberanamente não vem pela força determinado por Deus. Não da nossa vontade. podemos forçar as coisas, mas esperar inteiramente no Senhor. Forçar o avivamento, como acontece por vezes, acaba por ser um impedimento para que ele tenha lugar, “Não pela força ou violência, mas pelo meu Espírito”.
De acordo com a Palavra de Deus Pedro, ao refutar a calúnia e explicar à multidão pasmada e perplexa o que estava acontecendo, afirmou: “Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel” (Atos 2:16). O que se estava a passar no Cenáculo, embora estranho à multidão, não era nada novo no que concernia ao plano de Deus 15 NADIMENSAODOESPIRITO 200x140 mm 2.indd 15
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e podia ser provado ou tinha base na Sua Palavra. O que importa não é se se trata de uma coisa nova ou antiga, mas se pode ser confirmado pela Palavra de Deus. Num avivamento podem ocorrer, e normalmente ocorrem, coisas estranhas, esquisitas e até nunca vistas, às quais não estamos habituados, mas nunca em desarmonia ou contrariando as Escrituras. Uma das fortes razões que fez prevalecer o Movimento Pentecostal, nomeadamente as Assembleias de Deus, ao contrário de outros movimentos “pneumáticos” que surgiram ao longo da história da Igreja, foi o cuidado que os pioneiros tiveram em confrontar as experiências com a autoridade das Escrituras. As Assembleias de Deus evitaram os extremismos e as ênfases desequilibradas porque desde o princípio se comprometeram com a autoridade da Bíblia como regra toda suficiente para a fé e prática. O contínuo recurso às Escrituras pelos líderes da comunhão e pelos ensinadores e escritores nas Escolas Bíblicas e nas Igrejas guardaram as Assembleias de Deus de consequentes fantasias e aberrações.
Uma multidão “Ouvindo-se, pois, aquele ruído, ajuntou-se a multidão; [...]” (Atos 2:6). Um avivamento sempre mexe com as pessoas, despertando-as e atraindo-as. As multidões são atraídas, (4:32; 5:14,16). O fogo e o ruído genuínos do Espírito não repelem como acontece com o fogo estranho, mas atraem, tal como aconteceu com Moisés que foi empolgado pela sarça-ardente. É óbvio que o avivamento não apenas traz qualidade, mas também quantidade, isto é, grande crescimento da Igreja. 16
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Uma multidão confusa “[...] e estava confusa” (Atos 2:6). O que estava a acontecer confundia-os, porque transcendia aquilo que estavam habituados a experimentar e a ver, de acordo com a sua experiência religiosa. Não conseguem perceber o que está a acontecer. Num contexto de avivamento, Deus pode fazer coisas novas que muitas vezes não podemos compreender imediatamente ou até mesmo nunca.
Pasmo e admiração “E todos pasmavam e se admiravam [...]” (Atos 2:7). Apesar de não estarem a compreender, isso constituía para eles uma maravilha. O avivamento pode trazer coisas de nos deixar pasmados, mas ao mesmo tempo maravilhados. Normalmente, perante o desenrolar dos acontecimentos, as pessoas têm tendência para criar um problema doutrinário, tal como aconteceu no ministério de Jesus, “E todos se maravilharam a ponto de perguntarem entre si, dizendo: Que é isto? Uma nova doutrina com autoridade! Pois ele ordena aos espíritos imundos, e eles lhe obedecem!” (Marcos 1:27). Por outro lado, uns procuram desvalorizar o que está a acontecer por não se identificarem e acharem desprezíveis aqueles que Deus está usando, “Não são galileus?” Outros, pelo contrário, endeusam os instrumentos que Deus usa, como aconteceu com Paulo e Barnabé (Atos 14:11,12). Não devemos cair em nenhum destes perigosos extremos. É necessário não esquecer que nem tudo o que não compreendemos, mesmo do ponto de vista espiritual, significa que seja mau. Por vezes não entendemos 17 NADIMENSAODOESPIRITO 200x140 mm 2.indd 17
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porque, por razões várias, nos recusamos a entender (Mateus 13:14). Tão pouco devemos desprezar aquilo que Deus está fazendo através de outros, que não nós. Lembremo-nos de que o avivamento Pentecostal foi, e ainda é, desprezado por alguns pela mesma razão.
Zombaria e calúnia Entre a multidão que acorreu, havia um grupo que zombava dos acontecimentos e emitiu a sua opinião baseada no raciocínio humano racionalista e em forma de calúnia, dizendo que os discípulos estavam embriagados (cheios de mosto) (Atos 2:13). É muito perigoso emitir uma opinião precipitada sobre as coisas de Deus e, muito mais ainda, dar lugar à calúnia como fizeram os habitantes de Jerusalém ao observarem os fenómenos espirituais que acompanharam o avivamento. Essa foi a imprudência do sacerdote Eli, ao observar a oração de angústia que Ana elevava a Deus (I Samuel 1:14). Pode-se cair em outros perigos graves: estar combatendo contra Deus (Atos 5:39) e resistir ao Espírito Santo (Atos 7:51). Pedro, com os onze, rebateu de pronto a calúnia que pretendia desvirtuar o avivamento: “Pois estes homens não estão embriagados, como vós pensais, visto que é apenas a terceira hora do dia” (Atos 2:15). Não estavam nada embriagados. Era cedo demais para estarem cheios de mosto, embora estivesse na hora certa, na hora de Deus, para ficarem cheios do Espírito.
Avivamento ou acessórios É por de mais interessante e sintomático os apóstolos acharem 18
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necessário dar a explicação do essencial do avivamento, mas não dos fenómenos acessórios. Infelizmente existem tantos fixando a sua atenção nos acessórios em vez de buscarem o fundamental que é o avivamento em si. Tal como verificamos, todos os acontecimentos colaterais ao derramamento do Espírito Santo, no dia de Pentecostes, desapareceram, mas o essencial permaneceu e disso temos toda a evidência no modus vivendi da Igreja Primitiva, a partir do contexto imediato e remoto de todo o Livro dos Atos. Ah, como precisamos de experimentar, entre nós, um genuíno e poderoso avivamento à semelhança de Jerusalém para vivermos na dimensão do Espírito!
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