Livro de Graduação 2013 DAU PUC-Rio

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ARQUIT ETURA& URBANI SMO Curso de Arquitetura e Urbanismo Trabalhos de Conclusão de Curso CAU PUC RIO 2013



Trabalhos de ConclusĂŁo de Curso 2013 Curso de Arquitetura e Urbanismo PUC-Rio Rio de Janeiro, 2016


Organizadores Alder Catunda | Prof. CAU PUC Rio Silvio Dias | Prof. CAU PUC Rio Maria Fernanda Lemos | Coordenadora do Curso Juliana Lopes | Design Gráfico Ano de organização | 2015

Curso de Arquitetura e Urbanismo PUC Rio Rua Marquês de São Vicente, nº 255 - Gávea, RJ Secretaria: Edifício Cardeal Leme, sala 327 Tel: (21) 3527-1828 Fax: (21) 3527-1195 gradarq@puc-rio.br www.cau.puc-rio.br

Trabalhos de conclusão de curso 2013 [recurso eletrônico] / [organizadores Alder Catunda ... et al.]. – Rio de Janeiro : PUCRio, Departamento de Arquitetura e Urbanismo, 2016. 1 recurso eletrônico (87 p.) : il. color. (Trabalhos de curso de arquitetura e urbanismo/PUC-Rio ; v. 7) ISBN: 978-85-65589-04-8 1. Arquitetura – Projetos e plantas. 2. Planejamento urbano. I. Catunda, Alder. II. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Departamento de Arquitetura e Urbanismo. III. Série. CDD: 720.284


Autores dos Trabalhos de Conclusão de Curso 2013 Adriana Zamith Leal Dalmaso

Julliana Veiga Gomes

Alessandra de Moraes Ferreira

Karla Ceschini Alves

Ana Carolina Freitas de Oliveira

Larissa Massarotto Virginelli

Ana Luiza Rodrigues de Britto

Livia de Moura Ribeiro

Brianna Catharina Bussinger

Lorena Soares Braga

Bruna Amitay

Luiza Careneiro Aeita

Bruno Costa Simeão

Marina Fischer de Carvalho

Camila Jereissati Legey Ferreira

Paola Jompolsky Canavarros Serra

Carla Sertã Portugal

Paola Paes de Paolo

Cora Aguiar Mader Gonçalves

Paula Silvino de Sá Palmeira

Douglas dos Santos Silva

Rafael Azevedo Lira

Flavio Henrique Sardinha da Rocha

Renata Levy Freire

Gabriel da Costa Santa Ritta

Samantaha Bellon Rocha

Isabel Thees Castro

Thiago Tarsitano Ferreira Pinto

Isis Fraga Barbosa Leite

Victor Lutte

Juliana Varejão Giese

Yasmin Monnerat Haddad


Quem é o profissional


Nas grandes cidades, a demanda por profissionais capazes de melhorar o espaço urbano é nítida: gente demais, moradia de menos, transporte caótico, pouco verde, baixa qualidade de vida. Nesse cenário, o papel do arquiteto é cada vez mais importante. Mais do que qualquer outro profissional, é ele o principal responsável pelo bem-estar de todos que moram na cidade. Compreender e traduzir as necessidades de indivíduos e de comunidades, criando soluções viáveis e criativas para os problemas apresentados, é a função do arquiteto e urbanista, cujo campo de trabalho está em qualquer lugar ocupado pelo homem. No Brasil, o exercício profissional do arquiteto e urbanista é regulamentado desde 1933. A habilitação é única e a lei que rege a profissão atribui a ela o exercício de atividades referentes a edificações, conjuntos arquitetônicos, monumentos, arquitetura paisagística e de interiores, urbanismo, planejamento físico, urbano e regional. Nessas áreas, o arquiteto e urbanista pode exercer as atividades de elaboração, coordenação, supervisão, orientação técnica e de obras, assessoria, consultoria, execução de perícias e de avaliações. Iluminação, comunicação visual e design também são campos de atuação do arquiteto. Não são raros, além disso, os arquitetos que atuam na área de história e crítica da arquitetura e artes plásticas.


O que é o curso de Arquitetura e Urbanismo


O curso de Arquitetura e Urbanismo da PUC-Rio está diretamente ligado aos departamentos de Engenharia Civil, Artes & Design e História. Tem como objetivo formar o aluno para trabalhar como profissional de projeto em arquitetura e urbanismo, em construção civil e em paisagismo. Também prepara o estudante para atuar na área de preservação do patrimônio cultural. Concebido de maneira a fornecer instrumentos projetuais e técnicos, assim como desenvolver o pensamento crítico necessário para a inserção do novo profissional no mercado de trabalho, o curso fundamenta-se em uma proposta de ensino integrado. Essa concepção se reflete na estrutura curricular, com grande destaque para as disciplinas de Projeto de Arquitetura. A participação de professores de diversas áreas, compartilhando do conteúdo e desenvolvendo novas competências, busca a integração efetiva entre a teoria e a prática, a criatividade e o pensamento crítico. Já o programa de estágio possibilita ao aluno exercitar o dia a dia da profissão no Escritório Modelo, participando de projetos de cunho social ou trabalhando em escritórios de arquitetura e urbanismo. O currículo inclui, ainda, disciplinas eletivas livres, oferecidas no âmbito do curso ou por outros departamentos da PUC-Rio. Outra marca da graduação em Arquitetura e Urbanismo são as chamadas atividades extracurriculares, com destaque para viagens nacionais e internacionais, organizadas por professores e alunos. Os convênios com universidades estrangeiras também oferecem aos estudantes a possibilidade de realizar viagens de intercâmbio internacional.


Aos formandos de 2013


Esta revista, de publicação anual, apresenta os trabalhos de conclusão de curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo da PUC-Rio. É sempre inspirador ver como os novos arquitetos iniciam o exercício da profissão, mobilizados pelo desejo de tornar sempre melhores os espaços em que vivemos – nossas casas, espaços de trabalho e lazer, nossas cidades. Os trabalhos desses jovens arquitetos, aqui reunidos, refletem sua busca por compreender a complexidade e a abrangência do campo da arquitetura e atuar sobre ela, debruçando-se sobre uma variada gama de objetos de projeto e reflexão teórica, de forma crítica e transformadora. Incluem propostas para espaços de uso privado e coletivo, transitando pelas diferentes escalas, disciplinas e abordagens metodológicas, em uma diversidade de temas que fazem pensar sobre o desafio dessa profissão e a responsabilidade imposta a cada profissional frente ao impacto de suas obras nas vidas das pessoas e no meio ambiente. Como cada um desses arquitetos poderá contribuir para uma produção arquitetônica e urbanística progressivamente melhor? São muitos os potenciais que se revelam nos projetos desses ex-alunos. Alguns dos trabalhos exibidos destacaram-se pelo domínio da linguagem gráfica, outros pela profundidade da reflexão teórica, traduzida em projeto. Nesta edição, que reúne trabalhos de 2014, temas atuais, como mobilidade, flexibilidade ou, ainda, estratégias de reutilização de edifícios e áreas urbanas, fundem-se a questões mais antigas e sempre presentes para os arquitetos e urbanistas, como as relações entre forma e função, e cidade e natureza. Que esta publicação esteja à altura do engajamento desses jovens profissionais e suscite reflexões produtivas em nossos leitores. Maria Fernanda Lemos


Sumário 2013.1 Ana Carolina F. de Oliveira (16 e 17) Carla Sertá Portugal (18 e 19) Isabel Thees Castro (20 a 23) Karla Ceschini Alves (24 e 25) Paola Paes de Paolo (26 e 27) Victor Lutte (28 e 29) 2013.2 Adriana Zamith L. Damasco (32 a 27) Alessandra de M. Ferreira (38 e 39) Alessandra M. G. Rodrigues (40 e 41) Ana Luiza R. de Britto (42 e 43) Brianna Catharina Bussinger (44 e 45) Bruna Amitay (46 e 47) Bruno Costa Simeão (48 e 49) Camila J. Legey Ferreira (50 e 51) Cora A. Mader Gonçalves (52 e 53) Douglas dos Santos Silva (54 e 55) Flavio Henrique S. da Rocha (56 e 57) Gabriel da Costa Santa Ritta (58 e 59) Isis Fraga Barbosa Leite (60 e 61) Juliana Varejão Giese (61 e 62) Julliana Veiga Gomes (63 e 64)


Larissa Massarotto Virginelli (65 e 66) Livia de Moura Ribeiro (67 e 68) Lorena Soares Braga (69 e 70) Luiza Carneiro Aeita (71 e 72) Marina Fischer de Carvalho (73 e 74) Paola Jompolsky C. Serra (75 e 76) Paula Silvino de Sรก Palmeira (77 e 78) Rafael Azevedo Lira (79 e 80) Renata Levy Freire (81 e 82) Samantha Bellon Rocha (83 e 84) Thiago Tarsitano F. Pinto (85 e 86) Yasmin Monnerat Haddad (87 e 88)



2013.1


Ana Carolina F. de Oliveira Centro de Estudo e Capacitação Profissional em Marajó Orientador: Pedro Lobão A Ilha de Marajó é dividida entre parte Campo e parte Rio. A parte Campo é a parte rica, voltada para o mar e a parte Rio, voltada para os rios da Amazônia, é praticamente invisível à população e ao governo. É nessa área que moram os ribeirinhos. Devido à distância, esses moradores se encontram em um estado de isolamento total: sem energia elétrica, tratamento de água, hospital, mercado ou escola por perto. O projeto se resume em encontrar o potencial de uma comunidade ribeirinha e explorá-la gerando melhorias para os moradores. Nela é possível estudar e trabalhar; gerar renda com a produção de açaí, madeira, piscicultura, agricultura e artesanato; realizar pesquisas na biblioteca e ter um espaço de lazer; e interagir com voluntários de todas as partes, criando uma troca de informações e valorizando a comunidade. O importante é sair do ciclo vicioso para um ciclo virtuoso, onde possa crescer e se tornar independentes, sem sair de onde estão. É o exemplo de como um objeto arquitetônico pode ajudar a desenvolver uma sociedade.

Trabalhos de Conclusão de Curso 2013


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Arquitetura e Urbanismo | PUC Rio


Carla Sertã Portugal Orientadora: Mariana Vieira A escolha do tema e o projeto aqui proposto buscam cumprir uma lacuna no cenário do ensino artístico de nível no superior no Rio de Janeiro. Os nomes que mais se destacam quando se pensa em ensino de arte visual são a Escola de Belas Artes da UFRJ (EBA) e a Escola de Artes Visuais do Parque Laje; já em artes performáticas temos a Escola de Música da UFRJ e a Faculdade de Dança Angel Vianna, porém, algo que todas essas instituições têm em comum é o foco em apenas um tipo de arte. Em geral o ensino superior das artes, tanto visuais como performáticas não são muito muito incentivados dando lugar para cursos não profissionalizantes. O projeto pretende explorar a relação entre a arte e a cidade através da arquitetura de uma nova instituição educacional artística de nível superior e o Rio de Janeiro é o cenário perfeito para essa intervenção. Segunda maior cidade do Brasil, sede de dois grandes eventos esportivos como os Jogos Olímpicos de 2016 e a Copa de 2014, a cidade passa por intensas transformações, em especial na área Portuária onde o projeto será localizado. O terreno escolhido se encontra na Rua Sacadura Cabral,entre as ruas Edgard Gordilho e Argemiro Bulcão, próximo à descida do Morro da Conceição, a Pedra do Sal. Atualmente, o terreno é ocupado por um grande estacionamento. Incluído em uma área onde está em curso a grande operação urbana do Porto Maravilha, a implantação do projeto nesse local se beneficiará das novas infraestruturas desenvolvidas. Com localização estratégica no centro da cidade, juntamente com inúmeras instituições culturais que estão sendo instaladas e incentivadas, onde destacam-se o MAR - Museu de Arte do Rio de Janeiro - e o Museu do Amanhã, a Escola de Artes proposta contribuirá para o fortalecimento de uma rede de relacionamentos entre essas instituições.

Trabalhos de Conclusão de Curso 2013


Planta Térreo

Corte AA

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Isabel Thees Castro

Piscina Cobertura

Reconversão e Ampliação do Edifício Cine Plaza Orientadora: Vera Hazan Menção Honrosa no Arquiteto do Amanhã O projeto acontece a partir da restauração e reconversão do edifício para fins de hotelaria. Para potencializar a ampliação e permitir a abertura de nova fachada, possibilitando novas visadas do entorno, é utilizado o terreno adjacente ao edifício. A proposta compreende uma multifuncionalidade de usos com atividades desenvolvidas no térreo e primeiros pavimentos (academia e salão para eventos), que serão atrativas para visitantes e hóspedes. O objetivo é provocar o encontro de pessoas diferentes e resgatar, dessa forma, a efervescência e a vitalidade do sítio, perdidas com as diversas desativações ocorridas ao longo do tempo, incluindo a desativação do cinema Plaza. A linguagem se define pela busca de afinidade entre o antigo e o novo, e não pelo contraste, especialmente no que diz respeito à continuidade visual, proposta pela escolha de cores ou materiais.

Visão Praça

Lobby Principal

Visão Aérea Entorno

Visão Praça

Relação Fachadas

Trabalhos de Conclusão de Curso 2013

Mirante


Fachada Rua

Corte AA

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Planta Térreo

1. Acessos 2. Lobby Hotel 3. Restaurante 4. Teatro - 226 assentos 5. Apoio Teatro 6. Jardim

Mezanino

1. Acesso ao pav. superior 2. Balcão Teatro: 54 assentos 3. Área Técnica do Teatro 4. Mezanino Restaurante 5. Depósito Teatro

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2º Pavimento: Restaurante do Hotel

1. Hall de acesso 2. Bar 3. Restaurante Hotel 4. Cozinha 5. Salão para festas 6. Vazio (Auditório)


3º Pavimento: Espaço para eventos e negócios

1. Hall 2. Recepção 3. Gerência de eventos 4. Área de Exposições 5. Apoio (copa e depósito) 6. Auditório Pequeno

4º Pavimento: Fitness

7. Sala de Reuniões 8. Salas reversíveis (opção de 3º auditório ou salas de reunião) 9. Cyber Café 10. Auditório Grande

1. Hall 2. Recepção 3. Piscina 4. Salão Academia 5. Café 6. Vestiários

Pavimento Tipo

7. Salão de Beleza 8. Jardim

Pavimento Mirante

1. Hall 2. Serviço 3. Rouparia 4. Lixo 5. Suíte 01 - 36,7m ² 6. Suíte 02 - 50,5 m ² 7. Apto (duplex) - 50,5m ²

13º Pavimento: Cobertura

Subsolo

1. Hall 2. Restaurante 3. Piscina 4. Área de acesso restrito: casa de máquinas

1. Vestiário Funcionários 2. Lavanderia 3. Lixo 4. Carga e descarga 5. Estacionamento Auditório

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Karla Ceschini Alves Centro Petropolitano de Moda e Indústria Têxtil Orientador: Ernani Freire Situada em Cascatinha, distrito da cidade de Petrópolis, a antiga Cia Petropolitana de Tecidos encontra-se ativa como condomínio industrial, porém sua construção encontra-se em estado de má conservação diante de sua significância cultural, histórica e econômica para a região. A proposta de revitalização e reutilização de suas instalações fabris propõe transformar o edifício em um centro de negócios e convivência que integra as várias abordagens do setor da moda. O projeto sugere a criação de um Centro de Moda e Indústria Têxtil que irá relacionar a vocação da cidade para o polo de moda e a vocação do próprio edifício para ser uma indústria têxtil. Tendo como premissa básica a reformulação de seus espaços internos da fábrica, nota-se a necessidade de resguardar ao máximo o casco do edifício antigo, assumindo suas características estéticas e históricas, e preservando o caráter icônico que possui no local. A partir do conceito de sutileza, a intervenção pretende não contrastar com a arquitetura existente, e sim, dialogar com ela, de modo a garantir mais unidade e expressividade nesse novo cenário arquitetônico. Em paralelo, o projeto pretende setorizar o conteúdo da edificação para abrigar as novas atividades que irão atuar no local, reabilitando esse espaço interno, adotando o microurbanismo como forma de organização espacial, onde a disposição interna do edifício é definida mediante à uma estrutura composta de espaços de passagem e por módulos de escalas arquitetônicas que irão abrigar o programa.

Visão Interna

Visão Externa

Visão Externa

Corte 2 Trabalhos de Conclusão de Curso 2013


Visão Geral do Conjunto

Planta do Térreo

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Arquitetura e Urbanismo | PUC Rio


Paola Paes de Paolo Palco Niterói: Centro de Experimentação das Artes Cênicas Orientadora: Cláudia Miranda A maioria dos espaços de encenação reproduz uma lógica de organização do espaço que nem sempre atende aos desejos e necessidades dos artistas e produtores na produção teatral contemporânea, principalmente a de grupos ligados à experimentação. “O edifício teatro ainda é projetado segundo um modelo tradicional e institucionalizado e este, como visto, traz consigo condicionantes que minimizam potencialidades capazes de inserir o evento em uma esfera mais sintonizada com as demandas dos tempos atuais.” (RODRIGUES, Cristiano Cezarino. O espaço do jogo: Espaço cênico teatro contemporâneo. Belo Horizonte, 2008, p. 26 – Tese de Pós Graduação em Arquitetura e Urbanismo UFMG)” Desse modo, a busca dos grupos teatrais na atualidade, principalmente os de caráter experimental, é por uma nova tipologia de arquitetura teatral, ou seja, de espaços múltiplos, adaptáveis e flexíveis a diferentes tipos de espetáculos. Essas características permitem inovar a relação entre atores e público, como também eliminar as possíveis barreiras físicas entre palco e plateia, beneficiando um número maior de grupos e companhias. Diante disso, propus um objeto arquitetônico contemporâneo, dinâmico e lúdico de aprendizagem e de experimentação artística no ramo das artes cênicas que possa inovar a relação entre atores e plateia e que funcione como uma nova alternativa aos espaços de ensino e de encenação existentes. Um ambiente constituído não somente para um único espetáculo ou temporada, mas como espaço para pesquisa e exploração artística.

Visão Aérea

Visão Aérea

Visão Praça

Diagramas do distribuição do Programa

RESTAURANTE

RESTAURANTE

SALAS DO PROFESSORES/SALA DE VIDEO

SALAS DO PROFESSORES/SALA DE VÍDEO

SALAS DE ENSINO

SALAS DE ENSINO

SALA DE CENOGRAFIA/SALA DE VIDEO SALA DE ENSAIO

SALA DE CENOGRAFIA/SALA DE VÍDEO

SALA DE ENSAIO SALA DE INFORMATICA SALA DE ENSAIO

SALA DE INFORMATICA

SALA DE ENSAIO

EXPOSICAO

CAFE/LIVRARIA/ESTAR/ADM

CAFE/LEITURA/ESTAR/ADM

TEATRO

BACKSTAGE/INSTALACOES Trabalhos de Conclusão de Curso 2013

FRONTAL

TEATRO

PRAÇA

BACKSTAGE/INSTALACOES LATERAL


Planta Térreo LEGENDA

14

TÉRREO - NÍVEL - +0.00 1- PRAÇA 2- QUIOSQUE

10

3- ARQUIBANCADA

11

1178m2

4-PRAÇA/ FOYER

9

5- HALL/FOYER - 224m2 6- RECEPÇÃO/BILHETERIA - 16m2

12

7- BOMBONIERE - 17m2 8- SANITÁRIOS - 40m2 9- DEPÓSITO - 10m2 10- ELEVADOR MONTA-CARGA 11- BACKSTAGE - 120m2

13

12- PALCO - 124m2

8

13- PLATÉIA - 306m2 15- PONTO DE PARADA

4

3

TOTAL = 2035m2

8

ACESSO PRINCIPAL

6

ACESSO SERVIÇO 5 7 1

2

1 2

6

10

15

Corte BB

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Arquitetura e Urbanismo | PUC Rio


Victor Lutte Pavilhão Multiuso da COMAC Orientador: Luciano Alvares A experimentação formal e a requalificação de espaços abandonados são o par protagonista deste trabalho, onde o resultado final do projeto se fez subordinado ao seu método e processo. O estudo da tectônica, o uso de programas de modelagem tridimensional e o auxílio da fabricação digital serviram, então, como os fundamentos e as ferramentas encontradas para responder às transformações sociais, temporais e topográficas enfrentadas na cidade. Surge a ideia de se criar um pavilhão como elemento transformador de um casarão antigo, onde atualmente funciona a Comac, capaz de aliar a sutileza e o contraste de uma intervenção contemporânea em um sítio de importante valor para a cidade de Petrópolis, mas que se encontra em estágio de profunda degradação.

Corte Conceito

Planta Térreo Trabalhos de Conclusão de Curso 2013

Visão Aérea do Conjunto

Visão Cobertura


Planta Primeiro Pavimento

Planta Segundo Pavimento

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2013.2


Adriana Zamith L. Dalmaso Novo Olhar para a Arquitetura como Infraestrutura Orientador: Otávio Leonidio Vencedora do 31º Prêmio Arquiteto do Amanhã Indicada ao ARCHIPRIX Madrid 2015 Através da reestruturação urbana das áreas remanescentes do Cluster do Maracanã e Leopoldina, busca-se questionar a capacidade da infraestrutura em requalificar o desenho do espaço urbano, despertando um olhar crítico sobre os conflitos surgidos pela insuficiência dos projetos de urbanização, compreendendo onde o arquiteto se situa na interseção dessas áreas. O território possui relevantes ações estruturantes com alcance metropolitano, sendo motivado pela progressiva importância das infraestruturas na estruturação espacial e funcional das cidades contemporâneas devido ao seu caráter processual no desenvolvimento do ambiente urbano sempre mutável. Fruto do afloramento das redes hídricas, define-se uma marcação identitária na paisagem, referenciando-a espacialmente como uma escritura de água no território da várzea, tornando-se assim, uma ação com potencial transformador de Espaços Urbanos Subaproveitados, propondo soluções para problemas urbanos de ordem social e ambiental.

Catalisadores de Mobilidade

Flood Season - Drenagem

Ações Necessárias:

Transpor Barreiras Trabalhos de Conclusão de Curso 2013

Jardins Filtrantes


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Masterplan Geral

Trabalhos de ConclusĂŁo de Curso 2013


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Masterplan: Atravessamentos

Masterplan: Drenagem

Masterplan: Passeios

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Alessandra de M. Ferreira

Vista 01

Hospedagem Sustentável Orientador: Luis Candido Diante do crescimento do turismo na cidade do Rio de Janeiro e da difusão do conceito da sustentabilidade, o projeto propõe um empreendimento de hospedagem inserido no meio natural. Localizado no Parque Nacional da Tijuca, o projeto tem como principal conceito a interação com a Floresta da Tijuca, além da restauração e requalificação das casas escolhidas para implantação do Hostel, da sustentabilidade refletida no método construtivo do anexo proposto, e da diversidade de quartos, uma vez que procura atender tanto turistas e famílias, quanto pesquisadores e colaboradores do Parque. Buscando maior transparência, leveza e respeito aos declives do local, o ponto principal do projeto – o anexo – tem toda a sua estrutura composta pelo bambu, além de contar com as paredes de taipa com feixes de bambu, lajes compostas por um piso plaqueado de madeira de demolição, amplos planos de vidro, e cobertura de palha.

Fachada Casas Existentes

Fachada Sul

Trabalhos de Conclusão de Curso 2013

Vista 02


Planta Térreo

Corte BB

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Alessandra M. G. Rodrigues Centro de Reabilitação Infanto-Juvenil Orientador: Fernando Betim Co-orientadora: Vera Hazan O centro de reabilitação é voltado para o público infanto-juvenil. Sua localização se dá na região norte do estado do Rio de Janeiro, Madureira, justamente por ser uma área com grandes fluxos de transportes, facilitando assim o acesso de pessoas de diversas áreas do estado, que antes tinham que se deslocar até a zona sul e a zona oeste. A reabilitação nessa faixa etária é muito importante e, quando feita de maneira correta, considerando todos os aspectos que influenciam e valorizam a criança e o adolescente, contribui para o seu desenvolvimento. Todas essas questões, principalmente em relação à criança e aos jovens, são fundamentais, pois a maneira que o espaço é composto pode causar sensações e percepções prejudiciais ao seu tratamento, não só pelas cores, mas também pela própria ocupação do ambiente, aberturas, entre outras, já que a “atenção” é o que provoca a percepção. A compreensão dos espaços, através dos seus sentidos é fundamental para os jovens com deficiência ou não, pois a questão é dada pelo fato de que, para o ser humano, os espaços são importantes para que se sintam confortáveis e livres nos seus percursos. O centro proposto possui o interesse de criar espaços que estimulem a criança, tanto com o contato com a natureza, quanto com os ambientes construídos, que são arejados e iluminados. Situações essas, que são opostas às encontradas em muitas clínicas, que não buscam tais aspectos nos seus espaços. Além dessa questão, a intenção não é de apenas atrair os pacientes, mas também, atrair pessoas da comunidade, visando à integração.

Fachada Principal Trabalhos de Conclusão de Curso 2013

Visão Aérea do Conjunto

Visão Exterior

Visão Exterior


N

HORTA

+2.00

SKATE PARK

WC. PARQUE AQUÁTICO

WC.

BRINQUEDOTECA

LANCHONETE

PARQUE

BRINQUEDOS/ ESTAR

+1.00

RECEPÇÃO

+1.00

WC.

WC.

WC

WC

SECRETARIA LOJAS

AVALIAÇÃO GLOBAL

VEST.

VEST.

ALMOX.

ENFER.

LOJAS

COPA/REFEIT.

0.00

0.00

ACESSO

RUA MARIA LOPES

Alessandra Geyer

Planta Térreo

N

HORTA

SKATE PARK

WC.

WC PARQUE AQUÁTICO

+3.20

ESPERA

WC.

WC

CONSULTÓRIO

RAIO X

TERAPIA EM GRUPO

PARQUE ESPERA SALA DE CONTROLE

RESSONÂNCIA ULTRASOM

LAB. PRÓTESE E ÓRTESE ELETRO

AVD

AMBULATÓRIO PILATES

PILATES

TO

TO

RUA MARIA LOPES

Alessandra Geyer

Planta Primeiro Pavimento

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Ana Luiza R. de Britto

Visão Interna

Le Cordon Bleu - Zona Portuária Orientador: Vera Hazan O tema escolhido é a Le Cordon Bleu, uma tradicional escola francesa de gastronomia fundada em Paris, em 1895, que se tornou mundialmente famosa por suas técnicas culinárias. A escola está chegando ao Rio de Janeiro, em 2015, em função dos eventos internacionais previstos para a cidade, de forma a oferecer melhoria e qualificação da mão de obra local no segmento de gastronomia. Tal unidade carioca será estabelecida em um edifício cedido pela Faetec na Rua da Passagem, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Pensando na limitação espacial do edifício escolhido pela Faetec e pela localização pouco central, se pensou em uma alternativa que pudesse atender não somente, aos moradores da cidade do Rio de Janeiro, como também, da região metropolitana. A partir desse pressuposto, a escola deveria se localizar em uma área, de fato, mais central da cidade, com fácil acessibilidade de transportes públicos, espaço para ampliação do programa e possibilidade de tornar a Le Cordon Bleu um equipamento interessante para a cidade, tanto social quanto culturalmente. A escola permanece com o desejo de qualificar a mão-de-obra mas, também tem o compromisso de ter maior abrangência social, de forma a possibilitar que um grande número de pessoas oriundas de camadas carentes da sociedade possa usufruir dos mesmos ensinamentos e fazer parte de um programa de excelência. Foi escolhido, então, um terreno na Zona Portuária da cidade, que, ao contrario da unidade de Botafogo, não nega a cidade e não se fecha para seu interior. E um dos fatores que auxiliaram na escolha de um terreno na Avenida Rodrigues Alves foi o projeto de demolição da Avenida Perimetral, que promove a integração da Rodrigues Alves com o resto da área, bem como a abertura de algumas visadas para a Baía. A área está no caminho para se tornar um polo turístico e cultural para o Rio, estando a receber diversos novos equipamentos culturais e de entretenimento.

Visão Interna

Corte 1

Diagramas Conceito Corte 2

Trabalhos de Conclusão de Curso 2013


Cobertura

Mezanino

Segundo Pavimento

Primeiro Pavimento

Perspectiva Explodida

TĂŠrreo

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Brianna Catharina Bussinger

Visão Aérea Estação

Mobilidade na Rocinha: Uma solução para o Plano Inclinado Orientador: Hilton Berredo A Rocinha é uma favela de grande apelo midiático. Seja por seu tamanho, localização geográfica ou contexto histórico, a verdade é que todos já ouviram falar dessa comunidade. O diagnóstico do Plano Diretor da Rocinha, elaborado de forma participatória pelo arquiteto Toledo e sua equipe demonstra que, nas favelas, assim como na cidade formal, a questão da mobilidade é, intrinsicamente, ligada à questão do saneamento básico. Na Rocinha, as vias de acesso que precisam ser reformuladas são as mesmas que resolvem a mobilidade de pessoas, cargas, esgoto e lixo. Nesse projeto, o problema é tratado com a implantação de um sistema de planos inclinados nos fluxos principais onde o deslocamento exige mais energia do morador. A estação que está localizada no cume do morro é a Estação Mirante. É necessário buscar um plano de sistema de desenvolvimento urbano integrado, onde a mobilidade é resultado de uma parceria entre aqueles que pensam, constroem e utilizam.

Croqui

Plano de Massa

Trabalhos de Conclusão de Curso 2013


Fachada 1

Fachada 1

Fachada 2

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Bruna Amitay Espaço Kadosh - Templo Religioso Orientador: Hermano Freitas A sinagoga, marco religioso para o povo judeu, continua a ser o símbolo e local de referência para a comunidade judaica mundial. O trabalho visa à implantação de um novo perfil de sinagoga em Copacabana, bairro com maior concentração de judeus residentes na cidade e localização, que configura um ponto central entre os diversos bairros da zona sul carioca, onde grande parte da comunidade judaica do Rio de Janeiro vive. A sinagoga que se pretende projetar irá se opor às demais existentes, às quais refletem uma ideia opressiva para quem as frequenta. Nesse sentido, o Espaço “Kadosh” traduzirá uma ideia de abertura e doação à cidade, trazendo um espaço público imponente e tentando solucionar a questão da segregação, que aflige a comunidade judaica ao longo de sua história.

Planta Térreo

Trabalhos de Conclusão de Curso 2013

Detalhe Parede Acústica


Visão Aérea

Visão Biblioteca

Visão Salão

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Bruno Costa Simeão Circuito Turístico do Silvestre Acessibilidade e Mobilidade Orientador: Luciano Alvares O presente trabalho tem por objetivo requalificar a região do Silvestre, região compreendida entre a rua Júlio Otoni e a estação de final de bondes do Silvestre, que segue pela rua Almirante Alexandrino e margeia o limite do Parque Nacional da Floresta da Tijuca. A requalificação será feita por meio da criação de infraestrutura, que permita a mobilidade entre esses dois nós, assim como pela reordenação desse espaço no que diz respeito à compatibilização dos diversos modais que por elas circulam. Partindo dos conceitos de mobilidade e acessibilidade, o projeto tem por objetivo transformar o trecho do Silvestre em um ponto conector das duas malhas existentes no bairro de Santa Teresa, o seu tecido urbanizado, de um lado, e, de outro, a região muito pouco adensada que se caracteriza pela presença da vegetação do Parque Nacional da Floresta da Tijuca. Nesse contexto, há a clara possibilidade de o Silvestre se tornar o elemento catalisador de interações do bairro, sendo eles pautados na mobilidade e na acessibilidade da região, criando um novo fluxo de turismo, que popularia esse trecho que, hoje, se encontra em abandono. Sendo observada a falta de espaço na caixa de rolamento da via, que é incapaz de absorver o mínimo fluxo que hoje se faz presente, torna-se imprescindível o alargamento desse trecho, que será feito com a estruturação de uma ciclovia compartilhada entre bicicletas e pedestres, cujo traçado criará, também, os novos pontos de permanência, visando à potencialização dos diversos trechos históricos dessa área que se encontram em total abandono.

Vista Deck Maria Alvina Trabalhos de Conclusão de Curso 2013

Vista Deck Arvorão

Vista Deck Arvorão

Vista Deck Maria Alvina


Recorte Deck Arvorão

Planta Baixa Deck Arvorão

Planta Baixa Deck Maria Alvina

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Camila J. Legey Ferreira Estrutura Itinerante - Uma Arquitetura de Java pelo Mundo Orientadora: Ana Luiza Nobre Co-orientadora: Carla Jacuaba Este trabalho tem origem em uma pesquisa feita a partir do meu interesse por um tipo de arquitetura tradicional javanesa, chamada “joglo” - uma estrutura de madeira com sistema construtivo exclusivamente de encaixes, presente na arquitetura doméstica da aristocracia javanesa desde o século XVI. Além de tratar de aspectos culturais ligados a esse tipo de arquitetura, o trabalho procura esmiuçar o seu mecanismo estrutural. Este estudo faz aflorar várias questões que encontram relação com o debate contemporâneo em arquitetura e leva à elaboração de uma proposta de itinerância, como estratégia de resistência e preservação.

Como descrito por Geertz, duas coisas se encaixam quando ganham um significado que em si não possuíam. Quando o encaixe se concretiza, há um novo sentido. Podemos encontrar essa ideia na estrutura de uma “joglo” não só pelo seu sistema de encaixes, mas pela sua lógica de montagem. A instabilidade inicial só tem fim quando toda a sequência de montagem é concluída. Em outras palavras, quando todos as peças são encaixadas, o sistema inicialmente instável, se torna estável. A estrutura do telhado da “joglo” é suportada pelo núcleo formado pelo “saka guru” (quatro pilares) e o “tumpang sari” (o anel formado pelas vigas sobrepostas). A estrutura do telhado do “joglo” pode ser dividida em duas etapas: a primeira, abrangendo a parte mais alta e de maior angulação, e a segunda, de angulação menor, responsável pela expansão da estrutura a partir do núcleo formado pelo “saka guru” + “tumpang sari“.

Estrutura do “joglo”

Palácio Mangkubumen, em Jakarta, um exemplo de “joglo”

Na construção de uma “joglo”, assim como na maioria das construções vernaculares indonesianas, não há uso de pregos ou parafusos. As construções são baseadas em técnicas variadas de encaixes de madeira, que podem ser, eventualmente, reforçadas por cavilhas. No entanto, o entendimento de encaixe pelo javanês é muito mais amplo - indo além do conceito arquitetônico - é um conceito cultural que está ligado a uma harmonia: o encaixe como harmonia.

Sistema de Encaixe

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A tradição do uso da madeira é reflexo da abundância das florestas tropicais úmidas situadas no arquipélago indonesiano. Essa tradição se estende à produção de óleos da própria madeira e que são ainda utilizados na manutenção dessas estruturas, eliminando qualquer necessidade de verniz ou produtos similares. Entre os vários tipos de madeiras nativas disponíveis e propícias para a construção, destaca-se a teca (nome científico “tectona grandis”). As características da teca são: alta durabilidade, baixa permeabilidade e densidade igual a 680 kg/m3. Para determinar as dimensões de cada elemento construtivo, há um determinado “Petungan” (sistema de cálculo) que utiliza uma unidade de medida específica, definida pela função da construção. Vê-se, claramente, o quanto essa cultura é impregnada de simbolismos e de misticismo - uma arquitetura, que engloba várias esferas, onde há o cálculo, mas esse cálculo não é determinante. Não há uma fonte absoluta, como a Vitruviana para os ocidentais e, muito menos, como é um tratado. No lugar de um tratado, há uma compilação de princípios de conduta com um objetivo único de harmonia. O conceito de harmonia, no entanto, é muito mais amplo, vai além da arquitetura e nada tem a ver com a harmonia clássica ocidental ligada à beleza como resultado de uma estabilidade orientada pela visualidade e pelas proporções. Essa subjetividade ligada à construção acaba por falar sobre o proprietário e seu posicionamento no futuro: o que ele quer ser? Aquela construção servirá a que propósito? São algumas


das perguntas, às quais ele deve responder para justificar as medidas a serem utilizadas na construção. Assim, o futuro aparece como adivinhação, como incerteza e como uma busca: a harmonia como busca. O belo clássico, que, para nós ocidentais, é buscado no mundo das ideias de Platão, não existe aqui. No lugar disso, há o entendimento do mundo como instável, e por isso a necessidade da busca constante pelo aperfeiçoamento. Para lidar com essa instabilidade do mundo (marcada pelo conceito de dualidade frequentemente citado na mitologia indonesiana), deve-se estar em constante harmonia com o universo e isso compreende os hábitos cotidianos e a arquitetura. Algumas das características principais dessa arquitetura (o fato de ser leve, montável e desmontável, e, até certo ponto, adaptável), favorecem o seu consumo, hoje, em um círculo cada vez mais amplo, como simples mercadoria destituída de todo caráter simbólico-cultural que está na sua raiz. Extrair da “joglo” a “estrutura mínima” e, assim, colocar em evidência sua essência, seria, portanto, o primeiro passo para inseri-la em outro circuito capaz de resistir ao valor puramente comercial pelo qual a “joglo” tende a ser oferecida hoje, colocando em risco a sua própria sobrevivência

Estrutura mínima

O circuito proposto se definiria a partir da proposta de aproximação da “estrutura mínima” com outras habitações de diferentes materiais, sistemas e culturas construtivas, selecionadas a partir de exemplares de arquitetura vernacular encontrados em diferentes partes do mundo. A ideia é que essa aproximação possa valorizar, ao mesmo tempo, os aspectos materiais e imateriais da “joglo” e de outras arquiteturas vernaculares que, como ela, tendem a se perder, chamando atenção, assim, para a necessidade de estudar e preservar modos e processos construtivos tradicionais de modo análogo a antecedentes já consolidados na tradição oriental, como é o caso do Templo de Ise, no Japão. A circulação da estrutura mínima por diferentes contextos cuturais, climáticos e geográficos constituiria, assim, uma proposta de itinerância virtualmente sem fim, definida pela intenção de provocar um estranhamento recíproco entre diferentes exemplares de habitação vernacular, provocando sempre novas leituras e novos significados para ambos, junto com a valoriza-

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ção de diferentes aspectos construtivos e modos de fazer. Mesmo deixando para trás seus valores culturais e simbólicos, a “estrutura mínima” itinerante chamaria atenção para sua essência tectônica e seu modo de fazer, e, de modo análogo, para outros modos de fazer tradicionais e locais, identificados ao longo da pesquisa envolvida na própria proposta de itinerância. A montagem e desmontagem da “estrutura mínima” envolveria um grupo de construtores javaneses e a comunidade local, sempre que possível. Para esse projeto de itinerância, foi cogitada a construção de uma estrutura mínima segundo o sistema numerológico contido no “Primbon”, mas a pesquisa realizada, mostrou a impossibilidade de fazê-lo, em função da falta de arcabouço cultural que envolve todas as decisões a serem tomadas na construção de uma casa, segundo o “Primbon” (espécie de caderno de consulta sobre diversos aspectos ligados à vida cotididana Javanesa, dentre eles, adivinhações numerológicas ligadas à construção). Perguntas como: “o que desejo desta vida?”, “que tipo de vida eu desejo?”, “como está a minha família?”, “que tipo de pessoa eu sou?” ou “quais são as minhas qualidades?” receberiam respostas totalmente aleatórias na ausência de uma relação mais profunda com a cultura javanesa, e de laços mais fortes com uma comunidade envolvida em todo o processo de construção. Assim, optou-se por utilizar a estrutura centenária, hoje à venda por 50.000 dólares em uma galeria balinesa e que foi base para a maquete utilizada nesse trabalho. Assim, o construtor javanês e executor da maquete, coordenaria a equipe responsável pela montagem e desmontagem ao longo da itinerância, com o acompanhamento permanente da autora desta pesquisa. Estaria garantido, assim, o uso da mão-de-obra Javanesa e de um modo de fazer que ainda resiste às interferências mencionadas ao longo da pesquisa e, ao mesmo tempo, o acompanhamento e registro continuado de todo o processo por um olhar externo, porém sensível a essa arquitetura. O peso e o volume total da estrutura seriam, respectivamente, 2.32 toneladas e 16 m3, medidas comportadas por um container, de 20 pés (capacidade de 33 m3 ou 21 toneladas). A itinerância da “estrutura mínima” seria registrada por meio de fotos, vídeos e depoimentos, e o material compilado seria objeto de uma exposição, a circular posterioremente também por centros culturais em várias partes do mundo. O estudo aqui apresentado seria, portanto, apenas a primeira etapa de um trabalho destinado a revelar, para os próprios javaneses, parte da sua própria cultura e, ao mesmo tempo, contribuir para alimentar, poeticamente, uma reflexão contemporânea sobre a arquitetura como fato cultural.

A “estrutura mínima” e as habitações ribeirinhas como possibilidade de aproximação com habitações de diferentes materiais, sistemas e culturas construtivas)

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Cora A. Mader Gonçalves

Visão Centro Cívico

Reassentamento para Campo Grande, Teresópolis - Uma medida após o desastre Orientador: Marcos Favero O tema tem foco em habitação de interesse social em uma área gravemente afetada por ameaças socionaturais. O projeto propõe o reassentamento da comunidade que residia às margens do Rio Príncipe - e que foi praticamente destruída no desastre que atingiu a região serrana, em janeiro de 2011, no mesmo local afetado. Assim, tratando-se de um recorte com condições ambientais vulneráveis, tomamos como estratégia de proteção e recuperação da área a integração entre o programa habitacional e a implantação de um parque fluvial. Paralelamente ao reestabelecimento das funções hidrológicas do sítio, lidamos com a ocupação das bordas do parque. A proposta baseia-se no fato de que o processo que originou o desastre será recorrente – pelo menos enquanto perdurarem as condições climáticas e as ocupações irregulares no território. O projeto pretende concentrar seus esforços na área devastada pelo desastre, desconsiderando outros possíveis bairros para o reassentamento, o que evita que o local afetado seja esquecido e reocupado de maneira inadequada.

Visão Rua

Horta

Interior Tipo 1

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Planta Baixa Conjunto

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Douglas dos Santos Silva

Masterplan Curva

Parque Urbano com Residências, Escola, Lazer e Renaturalização de Canal Orientadora: Cecília Herzog O projeto do parque visa a restauração das funções ecológicas perdidas com o tempo pelas intervenções do homem, ao mesmo tempo em que busca trazer novos usos sociais ao local, integrando, assim, as três funções da cidade: abióticas, bióticas e antrópicas. O parque se localiza no fim do canal do Maruí e propõe a sua renaturalização, fazendo as realocações necessárias das funções sociais já existentes (habitação e estudos), além de trazer para a área novos programas - quiosques, biblioteca pública, espaços de contemplação da natureza, praças com espaço para feiras e eventos, playground, espaços esportivos e hortas urbanas, proporcionando, assim, um espaço diverso, multiuso e com contato direto entre o homem urbano e a natureza.

Visão Curva

Masterplan Bananal

Masterplan Freguesia

Visão Bananal

Visão Freguesia

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Corte Igreja

Corte Praça Comércio

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Flavio Henrique S. da Rocha Orla Ilha: Paisagem + Mobilidade Orientador: Pierre-André Martin A área de projeto apresenta tanto problemas de degradação – provenientes da poluição da Baía de Guanabara – quanto de deslocamento para a única saída da Ilha, que fica em seu lado oposto. No entanto, traz a possibilidade de potencialização da estação de barcas, localizada no centro do trecho. O projeto recupera áreas degradadas da orla, estruturando os espaços em favor do pedestre e do ciclista, com a intenção de incentivar um deslocamento interno mais sustentável que os conduza ao uso do transporte aquaviário como meio de deslocamento para o exterior da Ilha. Além de reestabelecer espaços de lazer, convívio social e garantir o contato com a natureza e toda a qualidade de vida que ela pode proporcionar. A proposta foi dividida em duas frentes: a primeira trabalha a lógica linear (típico), criando perfis de rua – cada um de acordo com as características físico-sociais existentes em sua borda; a segunda trabalha três pontos (atípicos) considerados fundamentais para gerar unidade, conexão e resgatar a identidade.

Corte Residência

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Contemplação

Quiosques


Plano Geral

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Gabriel da Costa Santa Ritta Leblon Verde: Um Novo Canal Orientadora: Cecília Herzog É possível, por parte dos moradores e visitantes, observar claramente um enorme potencial hídrico por entre as ruas e bairros da cidade do Rio de Janeiro . A cidade é cortada por inúmeros canais que, por sua vez, encontram-se poluídos e mal aproveitados do ponto de vista turístico e ecológico. “A presença dos cursos d´água urbanos proporciona melhoria nas condições ambientais e na qualidade de vida da população, principalmente devido ao potencial de lazer e á qualidade da paisagem” (HERZOG, Ingrid - Tese de Mestrado PPGAU - UFES - Águas urbanas - 2011) A partir de uma primeira análise de como o ambiente ao redor dos canais poderia ser repensado em prol de melhor aproveitamento para a cidade e seus habitantes, o projeto busca valorizar as áreas próximas ao canal, atribuindo uma relevante importância ao ambiente paisagístico, refletindo em um lugar agradável de convívio e permanência. Como premissa de projeto, foi proposta a construção de um recife de ostra, visando a despoluição eficaz do canal a longo prazo (com a montagem do recife proposto, o volume do canal seria filtrado pelas ostras, tornando-se próprio para banho). Priorizando o uso de recursos sustentáveis cabíveis para o local como reuso de água e materiais de baixo impacto ao meio ambiente, além da utilização de diversas espécies vegetais, visando não só à melhoria paisagística do local, como também à sua função ecológica, seria possível construir um novo ambiente para o benefício da cidade como um todo.

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Corte 1

Corte 1

Corte 1

Corte 1

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Isis Fraga Barbosa Leite Centro de Gastronomia e Lazer Orientador: Silvio Dias O Centro de Gastronomia e Lazer é um equipamento urbano voltado para o encontro social e para a troca de experiências gustativas. Nele, acontecem atividades voltadas para a alimentação prazerosa e também para o lazer, com potencialidade de ser um instrumento de requalificação e também de se tornar um novo marco para o bairro. Localizado no coração da Freguesia (Jacarepaguá), bairro em crescimento acelerado e que carece de opções de lazer e gastronomia, o projeto - situado em um terreno de 7980m² e vizinho às igrejas N.S. da Penna e N.S. do Loreto – goza de vistas interessantes para paisagens naturais e desfruta de grande movimentação de pessoas diariamente, além de estar bem servido de transporte público rodoviário. Seu programa conta com: bares/restaurantes, quiosques para lanche rápido, centro de capacitação de garçons/atendentes de lanchonete e parte de administração e serviços, envolvidos por uma praça pública e é pensado para atrair todos os padrões de público, suprindo a carência desse tipo de atividade no bairro.

Plano de Massa

Planta de Localização

Corte Paisagismo

Corte Geral

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Planta TĂŠrreo

Planta Primeiro Pavimento

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Juliana Varejão Giese Parque Exploratório de Mata Atlântica: Ressignificação do Mirante de Petrópolis Orientadora: Ana Paula Polizzo A revitalização do Mirante Belvedere do Grinfo acontece através da ressignificação do programa de mirante existente. O olhar interno é acrescido ao espaço de contemplação da paisagem do entorno. Assim, além de olhar para o horizonte, a conexão com a paisagem é feita através de um olhar voltado ao seu interior. A praça do Mirante recebe elementos que exemplificam a fauna e a flora existentes no fragmento da Mata Atlântica onde a praça se localiza e, assim, a praça é também espaço educativo e indutor da consciência de preservação ambiental. Destinado tanto a estudantes, quanto a amantes da natureza, o caráter exploratório se desdobra em trilha em meio à mata, levando o usuário a imergir na paisagem e atingir o ponto máximo de percepção de seu interior.

Planta de Situação Trabalhos de Conclusão de Curso 2013


Planta Térreo

Corte Geral

Corte Atual

Corte Proposta

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Julliana Veiga Gomes Hotel de Negócios Orientador: Hermano Freitas Hotel de negócios, com foco em apoio ao atendimento a executivos e profissionais participantes de eventos e congressos. Localizado no bairro de Botafogo, o hotel busca oferecer aos visitantes que vierem a trabalho, maior independência, proporcionada pela proximidade dos diversos tipos de infraestrutura existentes no bairro. Como conceito, tenta buscar a máxima flexibilidade e adaptabilidade a partir da indeterminação de usos. Tal conceito se baseia na premissa de que mudança é inevitável e obedece à variação dos modos de vida e necessidades dos usuários. O hotel conta com 183 apartamentos executivos, não só para hospedagem de pessoas executivas, como também para turistas a lazer; salas de reunião, salões de eventos e auditórios, que podem ser alocados e adaptados de acordo com as necessidades dos clientes.

Fachada Frontal

Fachada Lateral

Vista 01

Corte Longitudinal

Vista 02

Corte Transversal

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Planta TĂŠrreo

Planta Primeiro Pavimento

Planta Terraço

Planta Pavimento Tipo

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Larissa Massarotto Virginelli Complexo Multifuncional Orientadora: Flávia Oliveira A proposta tem como tema a elaboração de um projeto que compreenda, majoritariamente, habitação de interesse social e atividades que lhe darão suporte, tais como serviços, comércio, produção e lazer. Inserido dentro da malha urbana consolidada e utilizando terreno público ocioso para a função social, o principal objetivo do trabalho é gerar uma outra abordagem diferente da que a política habitacional do governo tem como paradigma, buscando novas soluções que tentam enfrentar as seguintes questões: • Ocupar os vazios urbanos, principalmente os públicos para a função social, tornando legítima as ocupações e impedindo os despejos; • Buscar uma cidade mais heterogênea, onde a habitação social tenha acesso a áreas urbanizadas com infraestrutura consolidada; • Buscar maior autonomia do futuro morador, sendo este mais participativo das decisões projetuais para melhor atender às suas necessidades pessoais e coletivas. • Ao contrário dos programas existentes hoje, optar por tipologias variadas para atender um maior número de perfis familiares • Inserção de atividades extras às habitações, principalmente atividades que gerarão renda para ajudar na manutenção do condomínio, que é um dos principais problemas enfrentados.

Unidades Habitacionais

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Comércio

Cursos Profissionalizantes

Habitação

Hortas Comunitárias

Oficinas

Reciclagem


Volumetria

Fachada

Pátio Lazer

Entrada Pátios Públicos

Planta Primeiro Pavimento

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Livia de Moura Ribeiro Ludoteca do Rio - Espaço Cultural dedicado à Criança e ao Adolescente Orientadora: Vera Hazan Propõe-se um espaço público de caráter cultural, educativo e lúdico (forma de desenvolver a criatividade e o conhecimento, através de jogos, música e dança, com o intuito de educar de maneira interativa e divertida), contendo: espaços de natureza cultural, promovendo a interação social para toda a família; de coeducação, com oficinas diversas; e de permanência, para crianças por curtos períodos. A escolha de um terreno na Zona Portuária do Rio de Janeiro ocorreu em função dessa, ser uma zona central, que atinge uma esfera local e regional, além de caracterizar-se como uma região em evidência, devido à operação de revitalização, Porto Maravilha. Na Zona Portuária, optou-se por trabalhar um terreno no Bairro da Saúde, pois este conta com 23% da população local sendo de crianças e adolescentes, além do alto número de matrículas na rede de ensino público e privado da região. Além disso, com os novos empreendimentos residenciais da Zona Portuária, a região terá novos moradores, aumentando a porcentagem de crianças morando e estudando no local. Sendo assim, um complexo cultural dedicado à infância nesta área, atende às demandas regionais e locais da cidade. A opção de propor um complexo dedicado à infância surgiu da importância que o desenvolvimento infantil tem sobre a evolução do caráter individual humano. O desenvolvimento humano é um processo que acontece durante toda a vida do ser, porém, é na infância que os acontecimentos (tanto internos quanto externos) exercem maior influência. Apesar da construção de novos museus e espaços culturais na cidade, principalmente na Zona Portuária, há poucas ofertas de programas públicos ou de baixo custo dedicados ao segmento infanto-juvenil, identificando-se, assim, a ausência de espaços dedicados, prioritariamente, à infância no Rio de Janeiro.

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Planta Térreo

Planta Quarto Pavimento

Corte AA

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Lorena Soares Braga Requalificação de Espaços sob Infraestrutura de Transporte Orientador: Pierre-André Martin O bairro do Rio Comprido já passou por diversas transformações de usos e atividades ao longo dos anos. Após a abertura do Túnel Rebouças e da construção do Elevado Paulo de Frontin, a dinâmica do bairro foi fortemente alterada devido ao impacto causado pela inserção desses elementos de escala metropolitana sobre o tecido urbano local, transformando o que antes era uma rua tranquila, onde praticamente apenas os moradores circulavam de carro, em uma das principais artérias viárias da cidade. O que restou para “principal” avenida do bairro foram calçadas vazias, maltratadas e evitadas sempre que possível. O objetivo do projeto é trazer de volta para a Avenida Paulo de Frontin a vitalidade perdida após a abertura do Túnel Rebouças e a construção do Elevado Paulo de Frontin, usando o mesmo como principal elemento dessa transformação.

Barreira Acústica

Canal Naturalizado

Recorte 1 1.Quiosques 2.Quadra de Basquete 3.Quadra de Futebol 4.Área Infantil 5.Área de permanência com bancos 6.Área de permanência com bancos alongados 7.Ponto de aluguel de bicicletas-bicicletário 8.Banheiros-Vestiário Públicos

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Recorte 2 1.Pista de rolamento com pavimentação diferenciada no mesmo nível da calçada 2. Comércio Informal 3. Área de permanência coberta com jogos de mesa 4. Área de permanência descoberta 5. Área infantil 6. Área de permanência com mesas 7. Ponto final da linha 607 8.Bicicletário-Aluguel de bicletas

Recorte 3 1. Garagem + Oficina de bicicletas e skates 2. Ponto de aluguel de bicicletas 3. Cabine de policiamento 4. Ponto de apoio ao ciclista 5. Quiosques 6. Pista de skate 7. Pista de skate, tipo Bowl 8. Antigo espaço privado ocioso transformado em espaço público

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Luiza Carneiro Aeita

Visão Rua

Entre o Antigo e o Novo Orientador: Pedro Évora Produzirei um projeto urbano na zona portuária da Cidade do Rio de Janeiro, com foco em reabilitação e conexão entre espaços públicos e privados. Como ponto de partida para a Proposta Preliminar de Projeto Final, trabalharei com um vazio existente, projetando edificações mistas, com espaços de habitação e áreas de comércio, interligados com o entorno. Permeando os edifícios, poderão ser encontrados espaços abertos e públicos, que ajudarão na requalificação do bairro da Saúde e da Zona Portuária. O projeto não se limitará aos limites do terreno e se prolongará pelo entorno, agindo com outros edifícios e verticalizando o espaço público. Com o projeto urbano, proponho ajudar na requalificação da região. Dentro da massa densa, futura da região, evidenciarei o vazio, tornando-o de acesso livre para o público do local. Criarei, também, espaços flexíveis que permitam o uso de habitação e comércio, de forma a se relacionar com o espaço público que o envolve, o que promoverá maior integração da área antiga (os morros, praças e edifícios conservados) com a nova área especulada. O projeto não se restringirá ao terreno inicial, pois o entorno de maior contato com ele será essencial para seu desenvolvimento. Portanto, o entorno também fará parte da proposta. Gostaria de utilizar as edificações ao redor e suas coberturas, conforme interesse, de forma que estejam conectadas a conseguir a partir desse gesto verticalizar o espaço público, já que no nível da rua estará muito escasso. Pretendo unir o que existe de mais privativo, que é a habitação, com espaços públicos de diferentes usos. Acredito que, com essas intenções, consiga vitalizar uma área que se encontra como mediante de edificações que abusarão dos CEPAC e do morro da Conceição com sua importância histórica.

Visão Aérea

Pavimento Tipo

Implantação

Setorização

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TĂŠrreo

Primeiro Pavimento

Segundo Pavimento

Terceiro Pavimento

Quarto Pavimento

Quinto Pavimento

Sexto Pavimento

SĂŠtimo Pavimento

Cobertura

Corte A

Corte B

Corte D

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Marina Fischer de Carvalho Estação Silvestre: Turismo, Infraestrutura e Intermodalidade em Santa Teresa Orientador: Alziro Neto TURISMO, INFRAESTRUTURA E INTERMODALIDADE: Revitalização urbana em Santa Teresa, Rio de Janeiro, e fomentação do turismo através da reformulação e reativação da Estação Silvestre, agenciadora de três modais. Situada no trecho final do principal eixo estruturador do bairro - a Rua Almirante Alexandrino -, a Estação Silvestre une o Bonde de Santa Teresa, o Trem do Corcovado e os pedestres e ciclistas que por ali circulam. Uma vez reativada, a Estação age como irradiadora de novo fluxo, desconcentrando o turismo já saturado de outras regiões do bairro para a área pouco conhecida, limítrofe ao Parque Nacional da Tijuca, que apresenta enorme potencial para novo espaço público de lazer da cidade. Símbolo para um novo momento do bairro, a Estação serve como ponto de encontro desses fluxos e base do parque linear que surge no Silvestre.

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Planta TĂŠrreo

Planta Primeiro Pavimento

Planta Restaurante

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Paola Jompolsky C. Serra Conexão Rio_Cidade Orientador: Alziro Neto Os cursos d’água, rios, córregos, riachos, na história das civilizações, integravam sítios atraentes para assentamentos de curta ou longa permanência e eram tidos como marcos ou referenciais territoriais. Na história da consolidação do território mato-grossense, o Rio Cuiabá, não diferente, sempre foi protagonista. Esse afluente foi a principal via de acesso para o centro-sul brasileiro e, consequentemente, o principal responsável pela conformação do oeste brasileiro, já que a existência da rota fluvial permitiu a chegada dos bandeirantes à região. O rio permeia as manifestações culturais, entre outros, da mitologia, da história, da literatura, da música, da religião, da filosofia, da pintura, da escultura e do cinema. Porém, apresentam propriedades outras, como demarcadores de território, produtores de alimentos, corredores de fauna e flora, geradores de energia, espaços livres públicos de convívio e lazer, marcos referenciais de caráter turístico e elementos determinantes de feições geomorfológicas. A evolução da urbanização foi conseguindo eclipsá-los e anular sua importância, restringindo sua presença quase apenas aos sintomas pertubadores, ou seja: mau-cheiro, obstáculo à circulação e, em alguns casos, até ameaça de inundações. Cuiabá e Várzea Grande, através das políticas de descentralização espacial, foram crescendo para além do Rio Cuiabá, renegando essa espacialidade nos dias atuais a uma área de comércio precário, becos, ruas e construções que estão se deterioriando. Enquanto a Avenida Beira Rio, às margens do Rio Cuiabá, é percorrida, a visualização do rio é obstruída. MINHA INTENÇÃO PROJETUAL É RESGATAR A IMPORTÂNCIA CULTURAL DO RIO CUIABÁ, ATRAVÉS DE UM PROJETO QUE BUSQUE RECONECTAR O RIO COM A CIDADE, DE FORMA A TORNÁ-LO PARTE INTEGRANTE DA PAISAGEM URBANA.

Estudo de Caso

Trabalhos de Conclusão de Curso 2013

Estudo de Caso


Planta Térreo 1. Recepção 2. Biblioteca Especializada 3. Depósito Biblioteca 4. Auditório 5. Café 6. Banheiros 7. Administração 8. Aluguel de Bicicletas

Planta Primeiro Pavimento 1. Restaurante 2. Varanda-Restaurante 3. Hall de Acesso 4. Cozinha-Despensa 5. Banheiros

Corte 2

Corte 5

Corte 1

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Paula Silvino de Sá Palmeira Centro Educacional Gastronômico Orientador: Cadu Spencer Diante de um antigo edifício fabril ao lado de um dos maiores equipamentos do bairro de Benfica, o CADEG, o projeto cria uma escola de gastronomia de forma a gerar uma integração com o centro de abastecimento e intensificar o atrativo do bairro. Reaproveitando do edifício existente apenas sua estrutura composta de arcos treliçados, o partido se deu a partir da criação de uma estrutura completamente independente dentro desse invólucro que resgata sua interessante morfologia fabril. A rua que separa o projeto do CADEG, sugere uma reformulação, de modo a criar um diálogo com a nova edificação, fazendo com que a mesma se torne permeável e faça com que o pedestre que ali transita tenha a sensação de estar completamente integrado com o novo ambiente.

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TĂŠrreo

Primeiro Pavimento

Segundo Pavimento

Terceiro Pavimento

Quarto Pavimento

Corte Transversal

Corte Longitudinal

Corte Transversal

Corte Longitudinal

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Rafael Azevedo Lira Edifício Favela - Infraestrutura Híbrida Entre o Formal e o Informal Orientador: Pedro Évora A busca por uma identidade híbrida entre o formal e informal para a proposta a ser apresentada foi feita a partir do entendimento da favela como mais uma forma de morar, com suas especificidades e identidades próprias, e, que esse processo de integração deve ser feito em um sistema de trocas flexível, e não de imposição. A estratégia de implantação foi definida a partir de uma visão da pedreira como uma cicatriz das transformações na paisagem da cidade ao longo dos anos optou-se, não pelo preenchimento total desse vazio, mas por costurá-lo através de conexões, de forma a manter aparentes as marcas dessa paisagem atacada e, ao mesmo tempo, permitir sua integração com a cidade. A conexão principal é feita por um elevador público, que liga o bairro à parte mais alta da favela, pontes habitacionais apoiadas a essa estrutura e à pedreira permitem as conexões horizontais e a criação de múltiplas circulações. Essa grande estrutura flexível e incompleta que costura o vazio da pedreira, onde o projetado é apenas infraestrutura, permite sua apropriação, ocupação e preenchimento, criando uma integração participativa entre comunidade e bairro.

Trabalhos de Conclusão de Curso 2013


Nível 00.00

Nível 60.00

Nível 100.00

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Renata Levy Freire

Sete de Setembro

Ocupação Criativa de Vazios Urbanos Orientador: Raul Smith “Ocupação Criativa de vazios urbanos - Sinergia e ressonância em territórios de contato” é uma pesquisa que se propõe a estudar áreas descaracterizadas através da reinterpretação do patrimônio histórico e do modelo de produção arquitetônico. Para tal, é tratado o espaço do “entre”, da liberdade e indeterminação, sob a ótica da economia criativa, com o objetivo final de gerar intervenções que funcionem em rede, relacionando e internalizando dinâmicas e percursos do entorno existente e futuro. A lógica de ocupação idealizada pretende extrair a essência e o potencial de atuar como agente regenerativo de cada situação: a dualidade característica desses locais e ainda o paradoxo entre a estática das construções e o dinamismo da sociedade serão representados através de uma matriz autoral de ocupação, em contraponto com um ambiente mercadológico adaptável.

Gonçalves Ledo - Praça

Lavradio

Trabalhos de Conclusão de Curso 2013

Sete de Setembro

Gonçalves Ledo - Praça


Vazios Urbanos

Sete de Setembro

1. Rua 7 de Setembro, 200 2. Praça Tiradentes, 75 3. Rua do Lavradio, 10 4. Rua Pedro I, sem número 5. Avenida Passos, 49 6. Rua da Carioca, 81 7. Regente Feijó, 62 - Buenos Aires, 254

Gonçalves Ledo - Praça

Lavradio

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Samantha Bellon Rocha Edifício Multifuncional - Zona Portuária do Rio Orientador: Marcelo Bezerra Co-orientador: Manuel Fiaschi O trabalho investiga as questões arquitetônica e urbanística definidas pela Operação Urbana Porto Maravilha com a proposta de um edifício cujo programa está distribuído em dois blocos, com gabarito de até dez pavimentos, o que garante visadas à Baía de Guanabara e um adensamento que não compromete o espaço livre e público no térreo. Adotou-se um partido de adequação, sendo o projeto um elemento intermediário e de articulação entre as duas texturas urbanas de seu entorno. O edifício proposto realiza, de maneira harmônica, a transição entre as diferentes escalas e atenua a notável ruptura do tecido urbano. O traçado da Rua do Propósito é mantido, destacado e destinado ao pedestre e as quadras de atuação são unificadas. O projeto volta-se para o interior da quadra, conformando um espaço central instigante de caráter público com diversas alternativas de acesso, fluxo e atividades.

Perspectiva Aérea

Corte AA

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Corte BB


Planta do Térreo

Primeiro Pav.

Segundo Pav.

Terceiro Pav

Quinto Pav.

Sexto Pav.

Nono Pav.

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Thiago Tarsitano F. Pinto Reestruturação Urbana de uma Paisagem Residual Orientador: Rodrigo Rinaldi Co-orientador: Charbel Capaz Este projeto de graduação tem como objetivo reestruturar uma área de extrema importância para o Rio de Janeiro, que hoje se encontra abandonada e subutilizada. Tal situação é clara decorrência de cirurgias urbanas que transformaram a área em mais do que uma cicatriz, quase uma ferida aberta na cidade. Apesar disso, trata-se de um local com qualidades e características únicas do ponto de vista histórico, paisagístico e da infraestrutura da cidade. A proposta busca inserir novos usos e resgatar a escala de bairro perdida. O projeto defende, também, a manutenção do Elevado da Perimetral subvertendo seu uso, transformando-o em um parque elevado, chamado Parque Perimetral. Esse novo elemento serviria como uma extensão do Parque do Flamengo em conexão com a remodelada área portuária da cidade.

Parque Perimetral

Usos Trabalhos de Conclusão de Curso 2013


Planta Térreo

Corte 1

Corte 2

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Yasmin Monnerat Haddad Hotel Spa Urbano Orientador: João Calafate

O projeto parte do princípio de implantação do terreno de maneira a adequar o edifício existente que será revitalizado com a criação de novos edifícios, que se comuniquem entre si, porém mantendo suas identidades diferenciadas. Os novos edifícios foram implantados para que toda a extensão do terreno, portanto, da vista, fosse aproveitado, criando, também, privacidade para todos os quartos. Um grande jardim se apresenta como um joelho, a articulação para que o próximo anexo se rotacione, aproveitando, assim, toda a extensão do platô pré-existente. Suítes, independentes dos volumes principais se adaptam às curvas de nível do terreno, criando total privacidade.

Corte AA Trabalhos de Conclusão de Curso 2013


Nível -08.00

Nível -04.00

Térreo

Nível +04.00

Nível +08.00

Nível +11.00

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