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TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO
2014
TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO 2014 Departamento de Arquitetura e Urbanismo Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro, 2016
Organizadores Silvio Dias – Prof. DAU/PUC-Rio Maíra Machado Martins – Coordenadora Acadêmica Maria Fernanda Lemos – Diretora do Departamento Design Gráfico Kamissy Poletto – aluna DAU/PUC-Rio Mariana Netto – aluna DAU/PUC-Rio Departamento de Arquitetura e Urbanismo PUC-Rio Rua Marquês de São Vicente, nº 255 - Gávea, Rio de Janeiro – RJ Secretaria: Edifício Cardeal Leme, sala 327 Tel.: (21) 3527-1828 Fax.: (21) 3527-1195 e-mail: gradarq@puc-rio.br
Trabalhos de conclusão de curso 2014 [recurso eletrônico] / [organizadores Silvio Dias, Maíra Machado Martins, Maria Fernanda Lemos]. – Rio de Janeiro : PUC-Rio, Departamento de Arquitetura e Urbanismo, 2016. 1 recurso eletrônico (138 p.) : il. color. (Trabalhos de curso de arquitetura e urbanismo/PUC-Rio ; v. 6) ISBN: 978-85-65589-03-1 1. Arquitetura – Projetos e plantas. 2. Planejamento urbano. I. Dias, Silvio. II. Martins, Maíra Machado. III. Lemos, Maria Fernanda. IV. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Departamento de Arquitetura e Urbanismo. V. Série. CDD: 720.284
Mensagem da diretora do Departamento Esta revista, de publicação anual, apresenta os trabalhos de conclusão de curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo da PUC-Rio. É sempre inspirador ver como os novos arquitetos iniciam o exercício da profissão, mobilizados pelo desejo de tornar sempre melhores os espaços em que vivemos – nossas casas, espaços de trabalho e lazer, nossas cidades. Os trabalhos desses jovens arquitetos, aqui reunidos, refletem sua busca por compreender a complexidade e a abrangência do campo da arquitetura e atuar sobre ela, debruçando-se sobre uma variada gama de objetos de projeto e reflexão teórica, de forma crítica e transformadora. Incluem propostas para espaços de uso privado e coletivo, transitando pelas diferentes escalas, disciplinas e abordagens metodológicas, em uma diversidade de temas que faz pensar sobre o desafio dessa profissão e a responsabilidade que impõe a cada profissional frente ao impacto de suas obras nas vidas das pessoas e no meio ambiente. Como cada um desses arquitetos poderá contribuir para uma produção arquitetônica e urbanística progressivamente melhor? São muitos os potenciais que se revelam nos projetos desses ex-alunos. Alguns dos trabalhos exibidos destacaram-se pelo domínio da linguagem gráfica, outros pela profundidade da reflexão teórica, traduzida em projeto. Nesta edição, que reúne trabalhos de 2014, temas atuais, como mobilidade, flexibilidade ou, ainda, estratégias de reutilização de edifícios e áreas urbanas, fundem-se a questões mais antigas e sempre presentes para os arquitetos e urbanistas, como as relações entre forma e função, e cidade e natureza. Que esta publicação esteja à altura do engajamento desses jovens profissionais e suscite reflexões produtivas em nossos leitores. Professora Maria Fernanda Campos Lemos Diretora do Departamento
Quem é o profissional Nas grandes cidades, a demanda por profissionais capazes de melhorar o espaço urbano é nítida: gente demais, moradia de menos, transporte caótico, pouco verde, baixa qualidade de vida. Nesse cenário, o papel do arquiteto é cada vez mais importante. Mais do que qualquer outro profissional, é ele o principal responsável pelo bem-estar de todos que moram na cidade. Compreender e traduzir as necessidades de indivíduos e de comunidades, criando soluções viáveis e criativas para os problemas apresentados, é a função do arquiteto e urbanista, cujo campo de trabalho está em qualquer lugar ocupado pelo homem. No Brasil, o exercício profissional do arquiteto e urbanista é regulamentado desde 1933. A habilitação é única e a lei que rege a profissão atribui a ela o exercício de atividades referentes a edificações, conjuntos arquitetônicos, monumentos, arquitetura paisagística e de interiores, urbanismo, planejamento físico, urbano e regional. Nessas áreas, o arquiteto e urbanista pode exercer as atividades de elaboração, coordenação, supervisão, orientação técnica e especificação de projetos, planejamento e acompanhamento de obras, assessoria, consultoria, execução de perícias e de avaliações. Iluminação, comunicação visual e design também são campos de atuação do arquiteto. Não são raros, além disso, os arquitetos que atuam nas áreas de história e crítica da arquitetura, e das artes plásticas.
O que é o Departamento O Departamento de Arquitetura e Urbanismo da PUC-Rio tem como objetivo formar o aluno para trabalhar como profissional de projeto em arquitetura e urbanismo, em construção civil e em paisagismo. Também prepara o estudante para atuar na área da preservação do patrimônio artístico e cultural. Concebido de maneira a fornecer instrumentos projetuais e técnicos, assim como desenvolver o pensamento crítico necessário para a inserção do novo profissional no mercado de trabalho, o curso fundamenta-se em uma proposta de ensino integrado. Essa concepção se reflete na estrutura curricular, com grande destaque para as disciplinas de projeto de arquitetura. A participação de professores de diversas áreas, compartilhando conteúdos e desenvolvendo novas competências, busca a integração efetiva entre a teoria e a prática, a criatividade e o pensamento crítico. Já o programa de estágio possibilita ao aluno exercitar o dia a dia da profissão no Escritório Modelo, participando de projetos de cunho social ou trabalhando em escritórios de arquitetura e urbanismo. O currículo inclui, ainda, disciplinas eletivas livres, oferecidas no âmbito do Departamento de Arquitetura e Urbanismo, e por outros departamentos da PUC-Rio. Outra marca da graduação em Arquitetura e Urbanismo são as chamadas atividades extracurriculares, com destaque para viagens nacionais e internacionais, organizadas por professores e alunos. Os convênios com universidades estrangeiras também oferecem aos estudantes a possibilidade de realizar viagens de intercâmbio internacional.
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Trabalhos selecionados 2014.1 Ágatha Bertolotti Calixto Beatriz Ferraz Falcão Bruna Zampieri Bastos Vieira Hannah Brauer T. Domingues Juliana Machado Gonçalves Larissa Primo Luisa de Lucena Schettino Luiza de Figueiredo e Silva Luiz Henrique da Costa M. Ávila Raíssa Ferber Corezzi Pinheiro Stephanie Gomes Pereira Tatiana Rodrigues de M. Teixeira
2014.2 Ana Carolina Lerner Ana Paula Mattos Guarany Corradi Camila Romano de Paula Antunes Camila Santos Medeiros Gabriella Guimarães Mello Alves José Paulo Alves Folly Juliana da Conceição Carvalho Luiza Borges Ferraz Barbosa Mariana Ferreira Santos Mariana Jordan Lemes Marina Pedretti Foiadelli Matheus Farias de Souza Patrícia Rodrigues F. da Silva Ricardo de Carvalho V. Lourenço
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2014.1
URBANISMO Projeto Entre: cenários urbanos especulativos Beatriz Ferraz Falcão Orientadora: Ana Paula Polizzo
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Infraestrutura Dialética Luisa de Lucena Schettino Orientador: Otávio Leonídio Co-orientadora: Lígia Saramago
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REVITALIZAÇÃO Entre Partidas e Partidos: experiência e nostalgia como redescoberta do espaço esquecido Larissa Primo Orientador: Ernani Freire Co-orientadora: Lígia Saramago Revitalização da Antiga Fábrica de Perfumaria Kanitz Luiza de Figueiredo e Silva Orientador: João Calafate
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PAISAGEM / INFRAESTRUTURA VERDE
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Parque Lagoa de Itaipava Hannah Brauer Turano Domingues Orientadora: Flaviana Raynaud
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ESPAÇO COLETIVO 42
Arte em Movimento: escola de circo Ágatha Calixto Orientador: Silvio Dias
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Centro de Estudo e Produção Teatral Bruna Zampieri Orientador: Ernani Freire
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Nova Sede e Anexo para o Grupo Reviver Juliana Machado Gonçalves Orientadora: Ana Paula Polizzo
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Edifício Corporativo Luiz Henrique Ávila Orientador: Silvio Dias
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Escola de Gastronomia do Rio Raíssa Ferber Corezzi Pinheiro Orientadoras: Cláudia Miranda e Vera Hazan
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Biblioteca como Centro de Convergência Tatiana Rodrigues de M. Teixeira Orientador: Otávio Leonídio
utópico 68
Estação de Pesquisa em Marte Stephanie Gomes Pereira Orientador: Raul Smith Co-orientador: Silvio Dias
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URBANISMO Metrô Rio-Niterói Ana Paula Mattos G. Corradi Orientador: Ricardo Esteves Ocupação Resiliente em Área de Expansão Urbana: o caso de Guaratiba Camilla Santos Medeiros Orientador: Complexo de Manufatura Urbana: a construção de um tecido produtivo Camila Romano de Paula Antunes Orientador: Gabriel Duarte Arquitetura Prisional: a prisão como estratégia de ocupação Luiza Borges Ferraz Barbosa Orientador: Otávio Leonídio Conexões: o eixo da Praça da Bandeira – Cidade Nova como dispositivo articulador Patricia Rodrigues F. da Silva Orientador: Marcos Favero
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PAISAGEM / INFRAESTRUTURA VERDE Soluções Resilientes para Paisagens Instáveis Gabriella Guimarães Mello Alves Orientador: Marcelo Bezerra Co-orientador: Marcelo Motta Parque Beira-Rio | Requalificação da Paisagem: corredor verde multifuncional Juliana da Conceição Carvalho Orientador: Cecília Herzog Co-orientador: Camilla Santino
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Apropriações do Território: as ilhas do rio Pardo Marina Pedretti Foiadelli Orientador: Vera Hazan Co-orientador: Gabriel Duarte
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ESPAÇO COLETIVO 114
Creche Pública Ana Carolina Lerner Orientador: Hermano Freitas
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Espaço e Movimento: desenvolver e expressar Mariana Ferreira Santos Orientador: Hermano Freitas
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AnimaRio Matheus Farias de Souza Orientador: Silvio Dias Co-orientador: Thiago Leitão de Souza
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Galeria de Arte Ricardo de Carvalho V. Lourenço Orientador: Cadu Spencer
RESIDENCIAL 132
Habitação de Interesse Social José Paulo Alves Folly Orientador: Hilton Barredo
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Moradia em Containers Mariana Jordan Lemos Orientador: Hermano Freitas
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urbanismo
Projeto Entre: cenários urbanos especulativos Beatriz Ferraz Falcão Orientadora: Ana Paula Polizzo O trabalho parte de uma reflexão acerca das relações existentes entre as pessoas e o espaço urbano através de suas diferentes formas de apropriação. Tem como temática a criação de experiências urbanas através das espacialidades geradas por novas e variadas percepções de cidade. Essas novas experimentações buscam atuar modificando a forma como percebemos a cidade, trazendo uma nova alternativa de vivência do espaço. Essas novas percepções urbanas propostas tomam forma a partir de intervenções realizadas no espaço público da cidade. Com a implantação de um ou mais objetos, que podem atuar estabelecendo diferentes relações com o seu contexto, é possível gerar uma nova impressão de cidade e, como consequência, a sua transformação. A finalidade deste gesto se concentra em subverter a forma convencional como aquele espaço ou objeto é compreendido na cidade.
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URBANISMO 2014.1
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Projeto Entre
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Infraestrutura Dialética Luisa de Lucena Schettino Orientador: Otávio Leonídio Co-orientadora: Lígia Saramago O trabalho investiga a ideia de que a infraestrutura urbana como arquitetura pode identificar novos caminhos para a ocupação do território. Se a paisagem é um campo fundamental ao desenho urbano, é também o espaço onde se questiona o que julgamos interessante transparecer na construção da cidade. Nesse exercício, o potencial para a produção aquícola em associação ao tratamento de esgoto é o instrumento para uma reavaliação crítica sobre os pré-conceitos associados ao desenvolvimento urbano de Armação dos Búzios. Nas interseções que resultam de uma implantação em malha, o programa, que tem origem no mar, é emancipado para poder assumir outros significados na organização do território. Em um contexto onde a imagem da cidade é mascarada por contradições, a “Infraestrutura Dialética” atua na subversão das oposições entre natural e antrópico, pitoresco e urbano, limpo e sujo, feio e belo, oculto e visível. Seu objetivo é oferecer um novo ângulo para motivar a urbanização.
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URBANISMO 2014.1
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Infraestrutura DialĂŠtica
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revitalização
Entre Partidas e Partidos: experiência e nostalgia como redescoberta do espaço esquecido Larissa Primo Orientador: Ernani Freire Co-orientadora: Lígia Saramago Encantar-se pela cidade e seus fragmentos, partes históricas que lutam por sua ressignificação. Contemplar na pausa da pressa suas marcas excruciantes na latência do tempo. O projeto nasce a partir de uma crítica ao íngreme acesso ao Jardim Suspenso do Valongo. Conceitua-se na proposta por uma nova forma de sentir o espaço: através da ruína que o tangencia - um parênteses nostálgico no limiar entre ruir e permanecer. Cria-se, então, um monolito a partir de uma malha rígida e programa maleável. Uma atitude incisiva capaz de dar suporte a uma area por muito tempo esquecida. Sua centralidade proposital desenha no espaço um percurso que o permeia, instigando o passante a sentir o ambiente como um todo e o vivenciar por completo.
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REVITALIZAÇÃO 2014.1
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Entre Partidas e Partidos
REVITALIZAÇÃO 2014.1
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Revitalização da Antiga Fábrica de Perfumaria Kanitz Luiza de Figueiredo e Silva Orientador: João Calafate Projeto de revitalização da antiga fábrica da perfumaria Kanitz, no centro da cidade do Rio de Janeiro, transformando-a em um espaço único na cidade destinado às artes visuais, onde é possível a realização de cursos relacionando a arte tradicional com a arte digital. Existem espaços para exposições tanto desses cursos como fora dos mesmos. Além do espaço da antiga fábrica, são usados também os terrenos contíguos a ele para a criação de uma praça com área de exposição ao ar livre e uma sala de cinema em um anexo contemporâneo. A praça e o cinema funcionam tanto de dia como à noite, o que aumenta o fluxo de pedestres na região, além de criar um espaço de convivência e estar agradável ao público.
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Revitalização da Antiga Fábrica Kanitz
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paisagem
Parque Lagoa de Itaipava Hannah Brauer Turano Domingues Orientadora: Flaviana Raynaud Desenvolvimento de uma infraestrutura urbana que aborda os temas de drenagem e reconstrução do Parque Municipal de Petrópolis através de um ponto de vista ecológico, transformando-o em uma rede de reservatórios de retenção de água pluvial. O objetivo maior do projeto é fazer com que a cidade transborde para dentro do parque lagoa, ao invés de a água transbordar para a cidade, ou seja, amortecer a força da água dos rios da região e atrair o público para que ele possa interagir com a água sem que seja de maneira trágica.
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PAISAGEM 2014.1
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Parque Lagoa de Itaipava
PAISAGEM 2014.1
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espaรงo coletivo
Arte em Movimento: escola de circo Ágatha Calixto Orientador: Sílvio Dias O cenário de equilíbrio e desequilíbrio em que o artista se coloca voluntariamente o conduz a uma situação de risco, fazendo das artes do circo uma verdadeira inovação. No circo, tudo se remete ao corpo: corpo em atuação ao teatro, corpo em tensão da danças, corpo em suspensão do circo. O corpo, então, se transforma em uma peça-chave na execução de uma edificação destinada a essas artes circenses, como o agente que vai articular o espaço e vai construir a arquitetura. Há, na verdade, um encontro entre a arquitetura e as artes circenses, com a exploração entre corpo e lugar, associadas à funcionalidade do lugar com a exploração da arquitetura. Por sua vez, a linguagem circense usa com prioridade elementos de composição como matéria: o corpo, o movimento e o espaço. Para a execução da forma arquitetônica do projeto é levado em consideração um conceito baseado em uma sequência de formas com diversidade de movimentos e um espaço central, formando espaços diversificados que vão se articular de acordo com a sua funcionalidade.
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Arte em Movimento
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Centro de Estudo e Produção Teatral Bruna Zampieri Orientador: Ernani Freire O projeto foi desenvolvido em dois edifícios históricos no centro do Rio de Janeiro: os edifícios Praça da República nº 22 e nº 24, sendo o primeiro a atual FAFERJ e o segundo, um palacete de estilo eclético abandonado há 20 anos. O projeto respeita a história e os limites estruturais e espaciais dos edifícios. A intervenção proposta recupera características arquitetônicas quando viável. O programa de escola de teatro profissionalizante agrupado ao teatro italiano é comum nas escolas de São Paulo. A integração desses dois programas e dos dois edifícios foi um partido tomado para o desenvolvimento do projeto. A integração proposta se dá em diferentes pontos, como as vitrines para pedestre e figurinos no lounge semipúblico. E o elemento mais marcante do projeto é o telhado, que foi totalmente remodelado.
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Centro de Estudo e Produção Teatral
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Nova Sede e Anexo para o Grupo Reviver Juliana Machado Gonçalves Orientadora: Ana Paula Polizzo O projeto consiste na revitalização da sede e proposta de um anexo para o Grupo Reviver, organização sem fins lucrativos de apoio a pacientes com câncer. A atual sede da ONG fica localizada no bairro da Saúde, no Rio de Janeiro. O terreno tem dois acessos com um desnível de doze metros entre eles. O objetivo do projeto é manter as atividades existentes da ONG e conciliá-las com um novo programa de albergar os pacientes em tratamento e seus familiares. Simultaneamente, o projeto busca gerar encontros e superar os obstáculos da cidade, potencializando as qualidades do terreno. Para atingir esse objetivo, foi criada uma escadaria para ligar os dois pontos e criar novos espaços de convivência, se relacionando com o novo edifício proposto.
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Nova Sede e Anexo para o Grupo Reviver
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Edifício Corporativo Luiz Henrique Ávila Orientador: Sílvio Dias O projeto, localizado em Macaé, abrigará a sede da empresa Petrotec - situada nos dois primeiros pavimentos - e salas comerciais alugáveis, além de um andar com salas multiuso e garagem para sete carros. A implantação escolhida concentra a edificação no lado esquerdo do lote, criando uma praça interna como hall de entrada pra o prédio. A materialidade adotada - predominantemente vidro - tem o objetivo de criar a transparência desejada pelo cliente, amenizada pelo uso de cortinas enroláveis nas salas, dando ritmo à fachada frontal. O bloco em concreto aparente marca a circulação vertical e divide em dois blocos de salas comerciais, protegidas por uma segunda pele metálica.
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EdifĂcio Corporativo
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Escola de Gastronomia do Rio Raíssa Ferber Corezzi Pinheiro Orientadoras: Cláudia Miranda e Vera Hazan A proposta do projeto busca apoiar-se na futura superlotação do Centro Metropolitano de Jacarepaguá, produzindo espaços verdes produtivos que possibilitem, além de uma inovação, uma crítica à forma de ocupação comum nas quadras da zona oeste. Assim, pautando-se em uma arquitetura de baixa densidade, o projeto se desenvolve a partir de um bosque, que abraça toda a construção e permeia parte do térreo do edifício, revelando-se como um grande espaço central de acolhimento, um “espaço-rua”. A ocupação do terreno foi concebida no sentido norte-sul para tirar tanto partido das melhores visadas - cadeias de montanhas - quanto da orientação solar, direcionando as maiores fachadas no sentido leste-oeste. Com um programa organizado em blocos cultural e funcional, a escola objetiva atender não só alunos da graduação, mas também moradores do entorno imediato através de cursos livres.
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Escola de Gastronomia do Rio
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Biblioteca como Centro de Convergência Tatiana Rodrigues de M. Teixeira Orientador: Otávio Leonídio O projeto relaciona novas mídias com livros, criando um lugar de encontro e produção de conhecimento coletivo e um espaço seguro para passar o tempo livre. Implantado no Parque Maré, o terreno ocupa o comprimento de sua quadra e, por isso, pensando nos prováveis fluxos para atravessá-la, foram criadas quatro diagonais que geraram a forma e os fluxos do projeto, possibilitando ao público atravessar a biblioteca sem adentrá-la. Sua circulação principal é feita por rampas, que além de interligar os desníveis do edifício, também conectam espaços divididos pelas diagonais no térreo, sendo a primeira rampa a única que conecta dois pavimentos sobrepostos. Por causa desses desníveis e das diagonais, todos os segmentos da biblioteca possuem uma ligação, física ou visual, fazendo com que todos os espaços estejam sempre conectados.
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Biblioteca como Centro de Convergencia
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Estação de Pesquisa em Marte Stephanie Gomes Pereira Orientador: Raul Smith Co-orientador: Sílvio Dias A estação é, principalmente, o local de proteção para a tripulação em Marte, sendo seu abrigo permanente e local, onde passarão a maior parte do tempo, havendo necessidade de ter um bom espaço de lazer. O projeto de estação de pesquisa parte de um pensamento sobre a primeira habitação humana, a caverna, como uma retomada aos princípios da civilização e situação do homem em meio a um ambiente inóspito, desprovido de infraestrutura. Dessa forma, o projeto utiliza recursos locais para o abrigo da tripulação e, no próprio processo de construção da estação, exerce o principal motivo para a necessidade de criá-la, com pesquisa e análise do solo extraído. Sendo assim, a própria estação terá, em seu interior, marcas da transição dos materiais do solo marciano.
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Estação de Pesquisa em Marte
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urbanismo
Metrô Rio-Niterói Ana Paula Mattos G. Corradi Orientador: Ricardo Esteves Metrô Rio-Niterói retrata a situação atual da travessia entre as cidades do Rio de Janeiro e Niterói, propondo uma solução divergente às anteriormente propostas, questionando-as e demonstrando que complexidade e altos investimentos nem sempre são a melhor opção. O objetivo deste trabalho é oferecer mais uma alternativa de transporte coletivo, explorar potencial de capacidade (número de pessoas x tempo de viagem) - para isso, foi escolhido o trem - e integrar a cidade de Niterói à malha metroviária do Rio de Janeiro. Em outras palavras, o foco do projeto são pessoas. A prioridade é o coletivo. A necessidade é o tempo - e não, tempo não é luxo. A meta é oferecer alternativa e desafogar os meios existentes. A área abrangida por este projeto inclui as cidades do Rio de Janeiro, Niterói e São Gonçalo, porém o recorte (ou área de atuação) desse projeto abrange apenas os bairros do Caju e Centro de Niterói. Hoje, a travessia feita entre as cidades é através da Ponte Rio-Niterói ou de transporte aquaviário, sendo este último a única alternativa de transporte público de alta capacidade.
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A ponte, quando inaugurada em 1974, contava com três faixas de rolamento em cada sentido e capacidade prevista de 50 mil veículos por dia. Atualmente, a demanda é três vezes maior do que a planejada, e uma quarta faixa já foi construída. Quando uma infraestrutura recebe uma demanda maior do que a prevista, o caos é inevitável.
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1.Parque Elevado 2. Estação 3. Edificação de apoio (abriga consultórios e pequenas empresas) 4. Edificação de apoio (abriga lojas e restaurantes)
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Metrô Rio-Niterói
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Ocupação Resiliente em Área de Expansão Urbana: o caso de Guaratiba Camila Santos Medeiros Orientador: O projeto consiste na criação de um modelo de ocupação resiliente em uma área de expansão urbana, como é o caso da região de Guaratiba, na zona Oeste do Rio de Janeiro. A escolha do tema e do lugar partiram da preocupação com as alterações climáticas esperadas para os próximos anos e como elas afetarão o ambiente urbano construído, a biodiversidade, a saúde e a segurança das populações em uma área extremamente vulnerável do ponto de vista ambiental, social e da infraestrutura, ameaçada pela ocupação desordenada. Busca-se, portanto, agir de forma preventiva através do desenvolvimento de um modelo baseado na criação de núcleos de ocupação resilientes, sustentáveis e socialmente justos, através da adaptação urbana. Como ponto de partida, tem-se o desenvolvimento de um diagnóstico do bairro para avaliação do grau de interesse de ocupação das áreas ainda não ocupadas e um diagnóstico de vulnerabilidade, levando em consideração alguns fatores presentes na região, a fim de indicar o local de implantação dos novos núcleos de ocupação. Com base em conceitos como policentralidade e conectividade, entre outros, objetiva-se alcançar a resiliência no projeto.
Diagrama ConCeito interpenetração cidade-natureza
mobilidade sustentável
SUSTENTABILIDADE
diversidade de usos
eficiência energética
S
aumento da autonomia
RESILIÊNCIA ADAPTAÇÃO URBANA
EQUIDADE SOCIAL
princípio da precaução
25%
HIS
Paciência
N Santa Cruz
Sepetiba
Pedra de Guaratiba
Cota 0-0,5m Cota 0,5-1,0m
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policentralidade e conectividade
Cota 1,0-1,5m Cota 1,5-2,0m
integração social e físico territorial
Cosmos
Inhoaíba
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Guaratiba | Mapa de risco aMeaça a elevação do nível do Mar Campo Grande
Vargem Grande
Vargem Pequena
Recreio
Barra de Guaratiba Grumari
0
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Área 2 - situação seca
Ocupação Resiliente em Área de Expansão Urbana
Área 2 - situação alagada
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Área 3 - situação seca
Área 4 - situação seca
Área 3 - situação alagada
Área 4 - situação alagada
URBANISMO
Área 1 - situação alagada
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Complexo de Manufatura Urbana: a construção de um tecido produtivo Camila Romano de Paula Antunes Orientador: Gabriel Duarte Este projeto final de graduação desenvolve um Complexo de Manufatura Urbana inserido no contexto de transformações do Plano Arco Tietê, em São Paulo. O objetivo deste trabalho é elucidar as relações benéficas entre produção e cidade, através da elaboração de um tecido urbano produtivo. O retorno das atividades produtivas às cidades facilita o acesso dos consumidores aos produtos e, sobretudo, os aproxima dos espaços de produção, hoje afastados dos centros urbanos. Isso porque, após a primeira e segunda revoluções industriais, com os novos mecanismos de aceleração e ampliação da fabricação e com a expansão territorial das cidades, as fábricas se deslocaram para as periferias. Contudo, nos dias de hoje, vivemos uma nova revolução industrial, que não substitui a produção em larga escala, mas vê a manufatura em menor escala como dispositivo para a criação de economias sustentáveis nos centros urbanos. A escolha por São Paulo e pelo Bom Retiro para a implantação do Complexo se deu especialmente pelo histórico industrial da cidade e do bairro, mas, também, pelo processo de transformação que a região está prestes a atravessar.
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URBANISMO 2014.2
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Complexo de Manufatura Urbana
Por que um Complexo de Manufatura Urbana? A reunião de diferentes tipos de produção em um mesmo ambiente gera a troca de informações. A partir desse intercâmbio de ideias, muitos dos projetos que não sairiam do papel são estimulados a crescerem. Além disso, muitas das produções para se tornarem algo concreto necessitam de um maquinário específico e caro para ser adquirido individualmente. Assim, projetar um espaço que forneça diferentes ferramentas impulsiona quem desejava produzir e não contava com a infraestrutura necessária.
componentes estruturais do embasamento 1. PILARES
2. VIGAS
3. LAJE
4. CÉLULAS ESTRUTURAIS
Cada pilar foi projetado para atender um objetivo diferente: PA faz parte do módulo estrutural principal de suporte da cidade; PB e PC são peças que possibilitam o funcionamento infraestrutural de ambas as superfícies; e por fim PD e PE interrompem o crescimento do sistema.
Para possibilitar diferentes combinações estruturais em cada célula é necessária uma grande variedade de vigas. As peças abaixo estão organizadas conforme sua ordem de montagem. Apenas as vigas VF e VM não apresentam fundações para abrigar o sistema estrutural proposto para a superfície da cidade.
Apenas 3 tipos de placas de laje são capazes de organizar a infraestrutura da superfície da cidade no nível horizontal. Estas placas funcionam como lajes alveolares, com sulcos internos que permitem a passagem das instalações.
A combinação entre os diferentes componentes gera a superfície capaz de abrigar um novo tecido da cidade. Estas células serão aglomeradas através de ancoras descritas a frente. Abaixo estão algumas das combinações possíveis.
CÉLULA ESTRUTURAL BÁSICA VB
Cada pilar foi projetado para atender um objetivo diferente: PA faz parte do módulo estrutural principal de suporte da cidade; PB e PC são peças que possibilitam o funcionamento infraestrutural de ambas as superfícies; e por fim PD e PE interrompem o crescimento do sistema.
2. VIGAS
3. LAJE
4. CÉLULAS ESTRUTURAIS
Para possibilitar diferentes combinações estruturais em cada célula é necessária uma grande variedade de vigas. As peças abaixo estão organizadas conforme sua ordem de montagem. Apenas as vigas VF e VM não apresentam fundações para abrigar o sistema estrutural proposto para a superfície da cidade.
Apenas 3 tipos de placas de laje são capazes de organizar a infraestrutura da superfície da cidade no nível horizontal. Estas placas funcionam como lajes alveolares, com sulcos internos que permitem a passagem das instalações.
A combinação entre os diferentes componentes gera a superfície capaz de abrigar um novo tecido da cidade. Estas células serão aglomeradas através de ancoras descritas a frente. Abaixo estão algumas das combinações possíveis.
VE 4PD + 2VC + 2VF + 1VL + laje
PC
VF
VG VH
PD !
VI
2PA + 2PE + 2VD + 5VF + 1VJ + laje
VJ PE
VL
!
VM
CombinaçÕES ENTRE CÉLULAS O primeiro exemplo de combinações entre células estruturais apresenta apenas componentes básicos. Porém, caso só fossem utilizadas estas peças a coexistência entre as superfícies não seria possível, tanto pela falta de infraestrutura quanto pela criação de um embasamento sem luz natural.
Para permitir a entrada de luz e criar diferentes espacialidades na nova superfície é necessária a combinação entre variados componentes e células.
E para que o sistema seja por fim possível foram necessárias outras peças: os encaixes de superfície. Estes criam uma relação entre as células e abrem espaços que permitem a circulação vertical ligando o embasamento produtivo a nova camada da cidade.
CÉLULA ESTRUTURAL BÁSICA VB
LB
VC
4PA + 2Va + 4VF +1VG + laje
LC
PB VD VE
4PD + 2VC + 2VF + 1VL + laje
PC
VF
VG ENCAIXES de superfície
VH
PD
2. arborizaçÃO
1. Travessia
!
3. ILUMINAÇÃO
4. INFRAESTRUTURA
6.00 M
VI
2PA + 2PE + 2VD + 5VF + 1VJ + laje 1.25m 2.50m
2.50m
2.50m
1.25m
VJ PE
VL
!
2.00 M
VM A criação de peças que se encaixem na superfície do complexo tem diferentes objetivos: O encaixe de travessia permite a conexão do pedestre entre as células estruturais. Esta peça também pode ser utilizada para a arborização do espaço. Vale ressaltar que estes encaixes são suportados pelos pilares PB e PC e pela viga VM.
CombinaçÕES ENTRE CÉLULAS
O primeiro exemplo de combinações entre células estruturais apresenta apenas componentes básicos. Porém, caso só fossem utilizadas estas peças a coexistência entre as superfícies não seria possível, tanto pela falta de infraestrutura quanto pela criação de um embasamento sem luz natural.
Para permitir a entrada de luz e criar diferentes espacialidades na nova superfície é necessária a combinação entre variados componentes e células.
E para que o sistema seja por fim possível foram necessárias outras peças: os encaixes de superfície. Estes criam uma relação entre as células e abrem espaços que permitem a circulação vertical ligando o embasamento produtivo a nova camada da cidade.
ENCAIXES de superfície 2. arborizaçÃO
1. Travessia
3. ILUMINAÇÃO
4. INFRAESTRUTURA
6.00 M
1.25m 2.50m
2.50m
2.50m
1.25m
2.00 M
A criação de peças que se encaixem na superfície do complexo tem diferentes objetivos: O encaixe de travessia permite a conexão do pedestre entre as células estruturais. Esta peça também pode ser utilizada para a arborização do espaço. Vale ressaltar que estes encaixes são suportados pelos pilares PB e PC e pela viga VM.
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4PA + 2Va + 4VF +1VG + laje
LC
VD
LA
VA
PA
LB
VC PB
componentes estruturais do embasamento
1. PILARES
LA
VA
PA
Para viabilizar a colocação de vegetação sobre o encaixe algumas camadas de proteção devem ser implantadas no projeto. No desenho acima estão algumas destacadas como: a vegetação, a terra, um filtro de drenagem, uma camada que contém as raízes e camadas de base para a proteção do concreto.
Este encaixe fornece luz indireta ao embasamento. Mais uma forma de iluminar a superfície produtiva e utilizar seu espaço, além da inclinação dos pilares PD.
O encaixe de infraestrutura segue a mesma lógica dos elementos de laje: conta com alveolos que permitem a passagem das instalações no sentido horizontal. A passagem no sentido vertical é possível com o pilar PC, que libera em sua base um espaço para as tubulações.
Para viabilizar a colocação de vegetação sobre o encaixe algumas camadas de proteção devem ser implantadas no projeto. No desenho acima estão algumas destacadas como: a vegetação, a terra, um filtro de drenagem, uma camada que contém as raízes e camadas de base para a proteção do concreto.
Este encaixe fornece luz indireta ao embasamento. Mais uma forma de iluminar a superfície produtiva e utilizar seu espaço, além da inclinação dos pilares PD.
O encaixe de infraestrutura segue a mesma lógica dos elementos de laje: conta com alveolos que permitem a passagem das instalações no sentido horizontal. A passagem no sentido vertical é possível com o pilar PC, que libera em sua base um espaço para as tubulações.
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Arquitetura Prisional: a prisão como estratégia de ocupação Luiza Borges Orientador: Otávio Leonídio
O objetivo desse projeto é trabalhar o espaço prisional como um sistema arquitetônico flexível, replicável e temporal. E também a sua inserção no meio urbano de forma infraestrutural gerando novos fluxos e pontos de interesse. É proposto um novo sistema de edificação para a casa de albergado. Um sistema replicável, flexível e adaptável a vários contextos. É elaborada uma estratégia de ocupação e proliferação em um terreno no centro do Rio de Janeiro. A sobreposição desses dois sistemas – estruturalmente complementares – gera uma infraestrutura que conecta diferentes fluxos de pessoas nesse terreno, criando um novo espaço urbano de interesse. A atual situação do sistema prisional brasileiro é caótica. Temos a terceira maior população carcerária do mundo e um déficit de mais de 300 mil vagas. Mesmo construindo novas unidades, esse déficit dificilmente será sanado, porque o espaço prisional não é pensado como um sistema que funcione a favor de sua crescente demanda. Esse espaço também não possui uma reflexão arquitetônica que trabalhe as especificidades de seus diferentes estabelecimentos prisionais – cadeia pública, presídio, colônia agrícola/industrial e casa de albergado. Dessa forma, é evidente a necessidade de se pensar e desenvolver soluções para o sistema penitenciário. O projeto segue três lógicas:
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Impermanência: por se tratar de um espaço de transição entre a vida prisional e a volta à sociedade, assim como o fluxo de presos também se modifica. Flexibilidade: para se adaptar aos diferentes usos e necessidades da população que ali estiver e ir se modificando caso essas necessidades também mudem. Visibilidade: para deixar essa instituição à mostra e localizá-la em um dos lugares mais movimentados da cidade, para que a população acompanhe suas transformações e delas participe também.
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Arquitetura Prisional
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Conexões: o eixo da Praça da Bandeira – Cidade Nova como dispositivo articulador Patricia Rodrigues da Silva Orientador: Marcos Favero A região compreendida entre a Cidade Nova e a Praça da Bandeira configura-se como um grande nó viário, onde diferentes modais de transporte se articulam. A sobreposição de linhas férreas, rodovias e viadutos, associada a processos sócioeconômicos da cidade, resultou na formação de grandes espaços residuais. Por outro lado, tal articulação de transportes gera, também, uma intensa dinâmica de fluxos peatonais. O presente trabalho busca propor uma maneira de intervir nesses espaços a partir dos fluxos existentes ali. O objetivo do projeto consiste em formar uma rede conectora de pontos distribuídos entre duas áreas desconexas. Entre elas, um dos maiores eixos viários da cidade, a Av. Francisco Bicalho. Dentro do conjunto de percursos mapeados, o cruzamento da avenida caracteriza uma espécie de vórtice, que recebe diversos fluxos, de diversas direções e os redireciona. A proposta pretende se apropriar disso e, através de uma plataforma, tornar o atravessamento mais rápido, seguro e acessível. Mais do que isso, pretende, através de sua arquitetura, tornar coesa e única a rede, que é o objetivo deste trabalho.
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Conexões: o eixo da Praça da Bandeira-Cidade Nova
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paisagem
Soluções Resilientes para Paisagens Instáveis Gabriella G. Mello Alves Orientador: Marcelo Bezerra Co-orientador: Marcelo Motta Analisar a lógica de influência entre os fenômenos geológicos ocorridos durante as chuvas de 2011 e a ocupação urbana do bairro de Campo Grande, em Teresópolis. Deste modo, o trabalho busca responder, através de iniciativas de planejamento urbano e definição de parâmetros de preservação da paisagem, a questão da possível coexistência entre as duas partes. O bairro de Campo Grande, em Teresópolis, conjugou os fatores efetivos como uso e ocupação do solo, e os processos erosivos inerentes a essa ocupação, ao mesmo tempo que está inserido em um contexto geomorfológico instável constante. Foi possível fundamentar a relevância da lógica de influência entre os fenômenos geológicos e a ocupação urbana no local. Dessa forma, o recorte de projeto é definido a partir da aproximação da área urbanizada no bairro e suas relações com os rios, o relevo e a paisagem em constante transformação em que está inserida.
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Soluções Resilientes para Paisagens Instáveis
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Parque Beira-Rio | Requalificação da Paisagem: corredor verde multifuncional Juliana da Conceição Carvalho Orientador: Cecília Herzog Co-orientador: Camilla Santino O objetivo do trabalho consiste em intervir nas faixas marginais de proteção que, hoje, são ocupadas e degradadas. O projeto consiste em soluções que amenizem os alagamentos, melhore a qualidade das águas, ofereça atividades de lazer, estar e conscientização, ao mesmo tempo que conecte as centralidades do bairro de Vargem Grande a partir de uma área pouco ocupada. O conceito de desenho ambiental é entendido como a forma e a utilização do espaço público, sua disposição e funcionalidade na cidade, tendo como principal preocupação na sua formação as áreas verdes e as bacias. No presente trabalho, ele será confundido com o desenho urbano, pois mostra a sua valorização das áreas livres verdes, para, em segundo plano, formar as áreas urbanas, Integrando a cidade e a sociedade que ali habita. O conceito de resiliência será abordado no projeto como o conceito-chave, pois é a capacidade do sistema de absorver os impactos futuros que irá sofrer – seja pelas mudanças climáticas ou pelo aumento das temperaturas. A proposta consiste em um projeto que se adapte com eficiência a essas mudanças, para que não sofra colapso. Além do mais, a resiliência do ambiente irá garantir economia de gastos não dispostos a eventos catastróficos evitados.
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Parque Beira-Rio | Requalificação da Paisagem
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Apropriações do Território: as ilhas do rio Pardo Marina Pedretti Foiadelli Orientador: Vera Hazan Co-orientador: Gabriel Duarte A intervenção proposta nas Ilhas do Rio Pardo, na cidade de São José do Rio Pardo, se desenvolve a partir da compreensão de que a singularidade do lugar deve ser refletida nos acontecimentos dentro de seus limites. Dessa forma, faz-se uso da atual ocupação, o Zoológico da Ilha São Pedro, para questionar o modelo tradicional de relação entre homem-animal-ambiente (em que ocorre a exposição do animal), diluindo as barreiras e estabelecendo espaços onde a proximidade é realmente possível. Viu-se no lugar a oportunidade para o estudo das relações entre o território insular e o território continental em um contexto urbano. A forte conexão que a cidade apresenta com a literatura (já que foi na cidade que o escritor Euclides da Cunha escreveu “Os Sertões”) norteou a conceituação do trabalho, onde seus três principais temas, Ilha, Passagem e Confinamento, foram investigados do ponto de vista literário e confrontados com o que se observa no local.
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Apropriações do Território
A intervenção, portanto, leva em consideração o caráter simbólico da ilha como local do incerto, da surpresa e da descoberta, e propõe que o conhecimento e a interação entre homem e animal seja parte constituinte do lugar. A superfície que se desenvolve ao longo de toda a extensão da ilha e para fora dos seus limites ora se constitui como ponte, ora como caminhos, e busca integrar não só as demais ilhas no entorno, como também as margens. São feitas inserções nessas ilhas, de forma que o homem tenha contato com o ambiente natural (Ilha das Garças) e, que tenha a experiência do confinamento (Ilha dos Macacos), estabelecendo assim, contraposições ao ambiente controlado do zoológico. Os equipamentos propostos levam em consideração o programa existente (áreas técnicas e de estudo localizadas no centro da ilha), mas também são incorporadas atividades como museu e aquário. As estruturas dos aviários são tidas não só como áreas do zoológico, mas como um marco na paisagem da cidade. Por fim, propõe-se que, a partir deste ponto seja feita uma conexão entre os dois lados da cidade através de uma travessia que se inicia na Ponte Pênsil (atualmente, o único acesso à ilha) até a margem oposta.
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espaรงo coletivo
Creche Pública Ana Carolina Lerner Orientador: Hermano Freitas Observa-se, no Rio de Janeiro, a carência de espaços de ensino voltado para o público infantil na faixa etária de recém-nascidos até 4 anos de idade. Em vista disso, o objetivo é projetar uma creche pública no bairro do Cachambi, que tenha como prioridade a escala da arquitetura em relação ao seu usuário, baseada em conceitos como a relação aluno-creche e, devido à grande necessidade de equipamentos como esse na nossa cidade, a reprodução e a expansão da instituição em larga escala. Visa-se a criação de espaços arquitetônicos que favoreçam e sejam em função das atividades pedagógicas a serem realizadas na creche. O objetivo deste projeto é que a creche possa ser replicada em vários pontos do bairro e da cidade, de forma que a sua implantação possa ser inserida em lotes residenciais de até 500m 2 . A disponibilidade de oferta de terrenos nessa dimensão é muito maior do que a de terrenos mais amplos. A partir daí, iniciou-se a busca por um terreno que representasse essa ideia de pequeno porte e que fosse um desafio. Dessa forma, se for possível realizar uma implantação de qualidade nele, será possível em outros também.
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Para a escolha do terreno, foi adotada a escala do pedestre como ponto de partida. Uma mãe deve conseguir levar seus filhos para a instituição a pé. Foram traçados raios de 400m de abrangência nos condomínios residenciais de maior porte da região (maior concentração de pessoas) e visualizados os locais de maiores interseções.
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Creche Pública
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Espaço e Movimento: desenvolver e expressar Mariana Ferreira Santos Orientador: Hermano Freitas É a criação de um núcleo cultural voltado para artistas que trabalham com a expressão corporal e que necessitam de um local apropriado para desenvolver as suas habilidades. Além disso, busca-se incorporar também nesse espaço o público em geral com o propósito de estreitar a relação entre artista e espectador, a fim de estimular o conhecimento e a criatividade. O projeto busca formular um programa que permitirá a implementação da ideia de movimento e mobilidade nesses espaços, buscando integrar duas situações distintas. O desenvolver do ofício dos artistas e o de propiciar ao público em geral um espaço onde possam experimentar um contato sem paradigmas e mais direto com o universo artístico. Levando em consideração o contexto histórico forte da região juntamente com as transformações urbanas atuais, somado com o resultado da pesquisa aplicada, chegou-se ao terreno localizado na Travessa das Belas Artes, nº 15.
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AnimaRio Matheus Farias de Souza Orientador: Silvio Dias Co-orientador: Thiago Leitão de Souza O tema do projeto consiste em uma escola de graduação e pós-graduação em Animação para alunos que desejam se especializar nesse mercado, com o objetivo de não só aprender, mas também difundir, aperfeiçoar e pesquisar técnicas e tipologias de animação no Brasil. A criação da escola técnica tem como objetivo suprir a necessidade de alunos que queiram se aperfeiçoar na área da animação, sem que necessitem se graduar em cursos de design ou mídia, permitindo uma distinção dentro da indústria do entretenimento, que se encontra em expansão. Além disso, a implantação da instituição de ensino especializada permitirá o desenvolvimento e aperfeiçoamento de trabalhos no Brasil, tornando-se referência no país, atraindo amantes de animação e divulgando novos projetos. Contudo, o projeto arquitetônico pretende conciliar o programa acadêmico com espaços públicos onde podem ocorrer integrações de diferentes públicos, divulgações de produções da própria instituição, encontros espontâneos, eventos e convenções para reunir talentos e partilhar o gosto pela animação. Nesse contexto, o projeto irá propor espaços múltiplos, que oferecem aos usuários diferentes experiências e estimulam a criatividade.
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AnimaRio
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Galeria de Arte Ricardo de Carvalho Violante Orientador: Cadu Spencer A Galeria de Arte teria como objetivo promover a exibição e a difusão da arte no contexto atual do Rio de Janeiro. Com o crescimento do interesse no mercado de arte brasileira, esse contexto se torna propício a novos espaços que visam complementar os diversos eventos e feiras que vêm se multiplicando na cidade. O desejo de projetar surge do desafio de criar um edifício cuja arquitetura não somente introduza a ordem da experiência artística, mas também agregue complementos que funcionem como infraestrutura para diversas atividades. Pensado dessa forma, o conjunto pode atuar como atrativo no contexto urbano em que se insere, independentemente do foco nas maneiras de exposição de obras de arte. O projeto trabalha, principalmente, com o espaço de exibição. Incorporados a ele, propõe-se um espaço de difusão (como o auditório) e um atrativo independente (como o restaurante). Todo esse escopo visa incorporar em um único terreno a ligação arte/objeto arquitetônico/entorno com áreas complementares, incentivando públicos não ligados diretamente com a arte, mas que, mesmo assim, podem extrair os benefícios que a produção artística pode trazer nos âmbitos culturais, sociais e comerciais.
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Habitação de Interesse Social José Paulo Alves Folly Orientador: Hilton Barredo Um dos problemas de programas de habitação social no Brasil, como o “Minha Casa, Minha Vida”, por exemplo, é a falta de espaços adequados e inserção na cidade. Geralmente, as moradias são muito isoladas dos equipamentos urbanos. Em um programa que envolve a construção de mais de um milhão de unidades habitacionais, a preocupação vai além das casas em si, mas envolve as questões dos terrenos, encanamentos de água, rede elétrica, saneamento e coleta de lixo. Assim, é importante que habitações sociais sejam construídas dentro do contexto da cidade. Torna-se necessária a adoção de soluções construtivas de alto desempenho e baixo custo de produção, com a utilização de sistemas industrializados de construção, como é o caso das edificações em estrutura metálica. A partir do entendimento do local, desenvolveu-se um programa de Habitação Social. As 85 unidades são amplas, com pouco mais de 30m 2 , bem iluminadas e ventiladas. A proposta foi gerar um entendimento do terreno através da organização dos apartamentos. No ato intencional de projetar o vazio, chegou-se à forma da praça central, circundada pelos apartamentos e aberta para o público. A circulação dos pavimentos se dá por fora, liberando a vista principal das habitações para a praça.
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Moradia em Containers Mariana Jordan Lemos Orientador: Hermano Freitas A proposta do projeto final de trabalho é a criação de uma moradia modular, que permite gerar espaços flexíveis, baseada na demanda individual do usuário. Dessa forma, cada usuário poderá “montar” sua própria moradia de acordo com suas necessidades específicas. A moradia é direcionada a usuários que necessitem de um espaço para morar em um curto período de tempo. O projeto propõe uma alternativa do habitar a partir da estrutura e desenho modular, que permite diversas configurações e personalizações. Sua estrutura baseada na reutilização dos containers permite ao cliente a implantação do programa de necessidades a partir de sua modulação própria. Dependendo da composição dos módulos, a moradia pode abrigar diversos usos, que vão desde uma moradia para finais de semana até mesmo quando há necessidade de fixação. Além disso, os containers possibilitam uma obra sem desperdício de materiais, gerando baixo custo final de construção, por serem pré-montados em fábrica e apenas finalizados in loco. De fácil transporte, possuem excelente flexibilidade construtiva, curto prazo de execução e proporcionam reutilização universal. Os containers no Brasil são importados e, uma vez que as empresas os vendem, ou já estão danificados para sua finalidade principal ou não é econômico fazer a segunda viagem como armazenamento de carga.
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Departamento de Arquitetura e Urbanismo PontifĂcia Universidade CatĂłlica do Rio de Janeiro Rio de Janeiro, 2016
ISBN 234623986234236478234
936535623239852358309998