Amber e seu irmão mais velho, Jake, têm um pai abusivo. Uma noite, o melhor amigo de seu irmão, Liam, vê-la chorando e sobe através da janela do quarto para confortá-la. Essa ação provoca uma relação de amor/ódio que se estende ao longo dos próximos oito anos. Liam é agora um jogador paquerador e confiante que nunca teve uma namorada antes. Amber está ainda emocionalmente marcada pelo abuso que sofreu nas mãos de seu pai. Juntos, eles fazem um par improvável. O relacionamento deles sempre foi rochoso, mas o que acontece quando Amber começa a ver o melhor amigo de seu irmão um pouco diferente? E como seu irmão, que sempre foi um pouco superprotetor, vai reagir quando descobrir que o par está se aproximando? Descubra em The Boy Who Sneaks In My Bedroom Window.
Capítulo 1 Sentei-me no balcão da cozinha, vendo minha mãe cozinhar macarrão, ela estava um pouco em pânico e ficava olhando para o relógio a cada dois minutos. Eu sabia o porquê de ela estar fazendo isso, meu pai deveria estar em casa em exatos 16 minutos, e ele gostava de ver o jantar na mesa assim que ele entrava. Jake apareceu, brincando com seu boneco do homem - aranha. — Mãe, posso ir brincar no Liam? — Ele perguntou, dando-lhe um olhar de cachorrinho. Ela olhou para o relógio de novo e balançou a cabeça rapidamente. — Agora não, Jake. O jantar não demora e precisamos comer como uma família. — Ela se encolheu ligeiramente ao falar. O rosto de Jake caiu, mas ele apenas balançou a cabeça e veio se sentar ao meu lado. Eu imediatamente peguei o homenzinho de suas mãos e ri quando ele arfou e pegou de volta, sorrindo e revirando os olhos para mim. Ele era uma criança bonita, com cabelos loiros e olhos acinzentados com manchas marrons. Ele era meu irmão mais velho, e como irmão mais velho ele era o melhor. Ele sempre cuidava de mim em casa e na escola, fazendo com que ninguém tocasse em mim. O único autorizado a tocar em mim, tanto quanto ele se preocupava, era ele, e em menor grau, seu melhor amigo Liam, que morava ao nosso lado. — Então, Ambs, você precisa de ajuda com o seu dever de casa? —
Ele perguntou, cutucando seu ombro no meu. Jake tinha dez anos, e era dois anos mais velho que eu, portanto ele sempre me ajudava na lição de casa. — Não, eu não recebi nenhuma lição de casa hoje. — sorri, balançando minhas pernas para fora do balcão. — Crianças, arrumem a mesa para mim. Vocês sabem como, nos mínimos detalhes, certo? — Mamãe pediu enquanto polvilhava o queijo no macarrão e o colocava no forno. Jake e eu pulamos do balcão, pegamos as coisas e fomos para a sala de jantar. Meu pai era muito detalhista a respeito de tudo, se tudo não ocorresse perfeitamente, ele se zangava, e ninguém jamais queria isso. Minha mãe sempre dizia que o meu pai tinha um trabalho estressante. Ele sempre ficava facilmente nervoso, mesmo quando não fazíamos nada de errado. Se você já ouviu falar desse ditado que diz que ''as crianças devem ser vistas e não ouvidas'', bem, meu pai levava isso para outro extremo. Ao invés disso, ele acha que ''as crianças não deveriam ser vistas ou ouvidas''. Ele chegava em casa todos os dias às cinco e meia, ficávamos para comer o jantar, e então Jake e eu seríamos enviados para nosso quarto, onde brincaríamos em silêncio até às sete e meia, tendo em seguida de ir para a cama. Eu odiava esse tempo todos os dias, tudo estava bem até que ele chegava em casa, e então todos nós mudávamos. Jake sempre ficava quieto e não sorria. Minha mãe ficava com esse olhar no rosto, como se estivesse com medo ou preocupada, e ela iria começar a correria, arrumando as almofadas do sofá. Eu sempre ficava lá, desejando
silenciosamente poder me esconder no meu quarto e nunca mais sair. Jake e eu arrumamos a mesa em silêncio, e depois sentamos em silêncio esperando o clique da porta para sinalizar que ele estava em casa. Eu podia sentir meu estômago vibrar, minhas mãos começando a suar enquanto orava na minha cabeça para que ele tivesse tido um bom dia e que esta noite fosse normal. Às vezes, ele ficava com um humor muito bom e me abraçava e beijava. Dizia que eu era uma garota especial e o quanto ele me amava, isso era geralmente no domingo. Minha mãe e Jake iriam para prática de hóquei e eu ficaria em casa com ele. Os domingos eram os piores, mas eu nunca contei a ninguém sobre esses momentos, ou como ele me tocou e me disse o quanto eu era bonita. Eu odiava aquelas dias, desejava que os fins de semana nunca chegassem. Eu preferia que fosse um dia de escola, quando nós teríamos de vê-lo apenas na hora do jantar. Eu definitivamente preferia quando ele olhava para mim com os olhos irritados, do que quando ele olhava para mim com olhos suaves. Eu não gosto nada disso, isso me faz sentir desconfortável, sempre faz as minhas mãos tremerem. Felizmente, hoje era segunda-feira então eu teria quase uma semana até ter que me preocupar com isso novamente. Um par de minutos depois, ele entrou, Jake lançou-me um olhar que me disse para me comportar e segurou minha mão debaixo da mesa. Meu pai tinha o cabelo loiro, a mesma cor do cabelo de Jake. Ele tinha olhos castanhos, e estava sempre franzindo a testa. — Olá, crianças! — ele disse em sua voz profunda. Um tremor fez cócegas na minha espinha quando ele falou. Ele colocou sua pasta de
lado e tomou o seu lugar na cabeceira da mesa. Eu tentei não mostrar qualquer reação a ele, na verdade, eu tentei não me mexer. Ele sempre parecia mostrar que eu tinha colocado todo mundo em problemas ou feito algo errado. Sempre dizendo que eu piorava as coisas para todos. Ele não era assim, eu costumava ser a garotinha do papai, mas desde que começou o seu trabalho, há três anos, ele mudou. Nossa relação com ele mudou completamente. Ele ainda me favorecia mais do que ao Jake, mas quando ele chegava em casa do trabalho, era como se ele quisesse fingir que eu e o Jake não estávamos lá. A maneira como ele olhava para Jake, às vezes, era como se estivesse desejando que ele não existisse, meu estômago doía ao vê-lo olhar para o meu irmão assim. — Olá, papai! — respondemos os dois ao mesmo tempo. Só depois a minha mãe veio carregando o macarrão e um prato de pão de alho. — Isso parece bom, Margaret, — disse ele, dando-lhe um sorriso. Nós todos começamos a comer em silêncio e eu tentei não mudar de posição na minha cadeira desconfortável. — Então, como foi a escola, Jake? — Ele perguntou ao meu irmão. Jake olhou nervosamente. — Foi bom, obrigado. Eu e Liam tentamos entrar na equipe de hóquei. — Ele começou, mas meu pai acenou com a cabeça, não escutando. — Isso é ótimo, filho. — Ele interrompeu. — E você, Amber? — Ele perguntou, virando o olhar para mim. Oh Deus! Tudo bem, ser educada, não divagar. — Foi bom, obrigada. — Eu respondi calmamente. — Fale criança! — Ele gritou.
Eu vacilei com seu tom de voz, me perguntando se ele ia me bater, ou talvez enviar-me para a cama sem jantar. — Foi bom, obrigada. — Eu repeti um pouco mais alto. Ele franziu a testa para mim e depois se virou para a minha mãe que estava torcendo nervosamente as mãos. — Então, Margaret, o que você fez hoje? — Perguntou ele, comendo sua comida. — Bem, eu fui ao supermercado, comprei o xampu que você gosta e passei algumas roupas. — Minha mãe respondeu rapidamente. Soou como uma resposta preparada, ela sempre fazia isso, tinha suas respostas prontas para que ela não dissesse nada inapropriado para fazer com que ele ficasse bravo. Estendi a mão para pegar a minha bebida, mas eu não estava olhando corretamente e derramei o conteúdo sobre a mesa. Todos os olhos foram para meu pai, que saltou da sua cadeira. — Merda! Amber, sua pequena vadia estúpida! — Ele rosnou, agarrando o meu braço e me puxando de qualquer jeito da mesa. Repentinamente minhas costas atingiram a parede, um tiro de dor se espalhou pelas minhas costas e eu mordi meus lábios para não chorar. Chorar tornava tudo pior, ele odiava o choro, dizia que apenas os fracos choravam. Eu o vi levantando a mão, ele ia me bater. Eu prendi minha respiração à espera do golpe. Sabendo que não havia nada que eu pudesse fazer, apenas recebê-lo como de costume. Meu irmão saltou de sua cadeira e se jogou em mim, envolvendo os braços ao meu redor com força. Suas costas estavam viradas para nosso pai, me protegendo. — Inferno, afaste-se dela, Jake! Ela precisa aprender a ser mais cuidadosa! — Meu pai gritou, agarrando Jake por suas roupas
e jogando-o ao chão. Ele me deu um tapa no rosto, enviando-me para o chão, então ele se virou para Jake e chutou sua perna, fazendo-o gemer. — Nunca mais fique no meu caminho, seu merda! — Gritou para Jake, enquanto ele estava enrolado como uma bola no chão. Lágrimas silenciosas desciam do meu rosto. Eu não podia suportar vê-lo ferindo meu irmão; ele estava apenas tentando me proteger. Jake sempre fazia isso. Sempre criava problemas e provocava meu pai para que pudesse descontar isso nele ao invés de mim. Meu pai pegou seu prato e sua bebida, e foi para a sala terminar sua comida, murmurando alguma coisa sobre nós sermos ―as piores crianças do mundo‖ e ―como diabos ele havia conseguido ficar preso nesta vida‖. Eu me arrastei até meu irmão e coloquei meus braços em torno dele com força, agarrando-me a ele como se minha vida dependesse disso. Ele gemeu se levantando e sentou, abraçando-me de volta, esfregando a mão na minha bochecha ardente, sibilando entre os dentes. — Eu sinto muito, Jake. Eu sinto muito. — Eu murmurei baixinho, chorando em seu ombro. Ele balançou a cabeça. — Está tudo bem, Ambs. Não é culpa sua. — Ele resmungou, me dando um pequeno sorriso e tentando ficar em pé, gemendo. Eu pulei sobre os meus pés e o ajudei a se levantar. Eu pude ouvir alguns movimentos, então olhei para cima para ver que minha mãe estava limpando a mesa freneticamente. — Peguem o jantar e levem para o quarto, certo? — Ela instruiu, beijando-nos na bochecha. Ela precisava ir para o meu pai e fazer o controle de danos, ele estaria com um péssimo temperamento por causa
do meu erro e ela precisaria acalmá-lo antes que qualquer coisa acontecesse. — Vejo vocês amanhã de manhã, eu amo vocês tanto, fiquem quietos e aconteça o que acontecer, permaneçam em seus quartos. — Ela ordenou, e rapidamente nos beijou novamente e entregou nossos jantares meio comidos antes de nos empurrar para o corredor. Tínhamos uma boa casa, quatro quartos e era tudo de primeiro nível. Meu pai ganhava um bom dinheiro para morar em uma área agradável, mas eu preferiria uma casa menor só para que ele não tivesse que trabalhar em seu trabalho. Talvez então ele pudesse ser como o velho pai, levando-nos ao parque e me comprando brinquedos e doces. Jake veio ao meu quarto e comemos em silêncio, sentados no chão, perto da minha cama. Ele segurou minha mão com força quando ouvimos meu pai gritando com minha mãe, algo quebrou e eu estremeci. Isto foi totalmente minha culpa. Comecei a soluçar e o Jake passou o braço em volta do meu ombro apertando suavemente. Ele sempre me pareceu muito mais velho e maduro do que eu. — Está tudo bem, Ambs. Não se preocupe. — murmurou, acariciando meu cabelo. Uma vez que eu tinha me acalmado e os gritos pararam, jogamos um pouco de snap cards1. Quando estávamos no meio do jogo, ouvimos passos pelo corredor, Jake enrijeceu quando passaram por minha porta. Eles não pararam, graças a Deus. Eu soltei a respiração que eu não sabia que estava segurando e olhei para Jake, que deu um pequeno sorriso. — É melhor eu ir para o meu quarto, já é depois das sete — disse ele olhando para o meu 1
Jogo de cartas onde os jogadores têm a finalidade de pegar todas as cartas do jogo.
despertador. — Tranque sua porta, vou ver você de manhã. — Ele disse com uma piscadela. Ele saiu do quarto e eu o assisti rastejar pelo corredor até seu quarto e se virar para mim. — Tranque a porta, Ambs. — Ele sussurrou, me esperando e observando. Eu fechei a porta e a tranquei rapidamente como ele havia dito. Colocando o ouvido na madeira, eu ouvi para ter certeza de que ele havia feito a mesma coisa. Corri de volta para a minha cama e me joguei sobre ela chorando em silêncio. Eu não podia parar, eu estava chorando e soluçando. Eu tinha sido estúpida hoje à noite e feito o meu irmão se machucar de novo! E, provavelmente, a minha mãe também, pelo som dos ruídos ao longe. De repente, ouvi o barulho de algo sendo arranhado, batendo em minha janela. Eu rolei meus olhos até o lado de fora para encontrar Liam olhando-me com tristeza. Levantei-me e corri até a janela para abri-la, ele deslizava silenciosamente para dentro, enquanto eu me perguntava o que diabos ele estava fazendo aqui. Ele não deveria estar em casa? — Liam, o que você está fazendo aqui? Você precisa ir, agora! — Sussurrei rispidamente para ele, balançando a cabeça ferozmente. Mas o menino estúpido tinha acabado de subir para o meu quarto pela janela, fechando-a silenciosamente atrás dele. Prendi a respiração, olhando para minha porta com os olhos arregalados, se meu pai o pegasse aqui, ficaria louco, ele não gostava quando Liam vinha brincar em nossa casa, ele sempre dizia que Liam era muito barulhento. — Liam, saia! — Eu sussurrei, desesperadamente tentando empurrá-lo de volta para a janela. Estremeci, imaginando o que
meu pai faria se tivesse ouvido minha janela aberta, e descobrisse que Liam estava aqui. Liam não se moveu, ele só passou os braços em volta de mim com força, e me puxou contra seu peito. Eu tentei afastá-lo, mas ele só me segurou mais apertado. — Está tudo bem. — Ele sussurrou, acariciando meu cabelo. Eu comecei a chorar de novo em seu peito, pensamentos de Jake sendo ferido anteriormente inundando meu cérebro. Liam era alto para a sua idade, ele tinha dez anos, a mesma idade que Jake. Eles tinham sido melhores amigos desde que nos mudamos há quatro anos. Ele tinha cabelos castanho chocolate, e normalmente o espetava com gel demais, e olhos azuis que eram como janelas para a sua alma. Quando Liam olhava para você te fazia sentir como se pudesse voar. Ele era muito bonito, todas as minhas amigas tiveram uma paixão por ele por algum motivo. Liam e eu não tivemos nada, ele me provocava o tempo todo, me fazia tropeçar o tempo todo, puxava o meu cabelo, e tinha esse hábito irritante de me chamar de Anjo, por algum motivo ele me chamava assim desde o momento em que me conheceu, e isso realmente me deixava louca. Por que, de todos os lugares na Terra, ele estava aqui agora? E por que ele estava me abraçando? Talvez ele pensasse que aqui era o quarto de Jake, talvez ele tivesse ido até a janela errada. Mas não poderia ser porque o quarto do Jake fica do outro lado do corredor e sua janela fica de frente para o quintal. Eu me afastei para olhar para ele. Por alguma razão, ele parecia tão triste, ele tinha lágrimas em seus olhos e continuou a me segurar. Ele
sabia sobre o meu pai, Jake uma vez deixou escapar os hematomas e contou a verdade a ele. Jake e eu tínhamos implorado para ele não falar mais sobre isso, e ele nunca falou. — O que você está fazendo aqui, Liam? — Sussurrei, limpando meu rosto, mas as lágrimas continuaram a cair. Ele me puxou para a cama, balançando-me gentilmente, como Jake sempre fazia quando eu chorava. Eu olhei para o seu peito e percebi que ele estava de camiseta e bermuda dos Power Rangers. Eu fiz uma careta, estranhando por ele estar usando aquilo, congelando por fora. Então me dei conta de que ele estava vestindo pijama. Olhei para o relógio para ver que eram quase oito e meia. Eu estava chorando por mais de uma hora. — Eu vi você pela janela. Eu só queria vir e me certificar de que estava tudo bem com você. — Ele sussurrou, ainda me abraçando com força. Olhei para a janela. O quarto de Liam era em frente ao meu e eu podia ver em seu quarto o que significava que ele poderia ver o meu. Mordi o lábio, oh Deus ele tinha me visto chorar, eu parecia tão fraca para ele agora. As únicas pessoas que já haviam me visto chorar eram minha mãe e Jake. — Eu estou bem. Você precisa ir. — Eu sussurrei, empurrando-o de novo, tentando tirá-lo da minha cama. Ele só balançou a cabeça. — Eu não vou sair até você parar de chorar. — Afirmou, puxando-me para baixo, de modo que agora estávamos deitados na minha cama, de frente um para o outro. Ele havia enrolado seus braços em torno de mim com tanta força que eu não podia
nem me esquivar. Eu me sentia segura e aquecida. Eu deslizei para mais perto dele, pressionando todo o meu corpo e chorando em seu peito. Acordei de manhã, ainda firmemente amarrada em seus braços; Engoli em seco e olhei para o relógio, eram 06:20 — Liam! — Eu sussurrei, sacudindo-o. — Ahh, o que, mãe? — Ele perguntou, com os olhos fechados. — Shhhh! — Eu assobiei, rapidamente cobrindo sua boca antes de falar novamente. Eu não posso acreditar que nós adormecemos, isso é tão ruim. Seus olhos se abriram e ele olhou para mim, chocado, depois olhou em volta do meu quarto. — Ah, não, eu dormi? — Ele sussurrou, sentando-se e esfregando a mão pelo cabelo, que estava apontando para todos os lados, realmente parecendo melhor do que quando ele tinha gel em todo ele. — Você precisa ir para casa, Liam. Rápido! — Eu sibilei, empurrando-o para a janela. Ele abriu-a e começou a sair, mas eu agarrei a mão fazendo-o parar. Ele olhou para mim com uma expressão confusa no rosto. — Obrigada, — eu sussurrei, sorrindo agradecida a ele. Eu realmente precisava de um abraço na noite passada, foi provavelmente a melhor coisa que Liam tinha feito por mim. Ele sorriu de volta. — Sempre que precisar, Anjo. — Respondeu ele, sorrindo e saindo. Vi quando ele passou pelo buraco na cerca e subiu de volta para a sua própria janela. Ele fechou-a e acenou para mim, acenei de volta e em seguida fui me vestir. O pensamento de Liam se esgueirando até aqui e
permanecendo quando ele não estava autorizado, fazia meu estômago doer. Nós tivemos tanta sorte de não sermos pegos. Eu tremia só de pensar que os pais dele tivessem ido para o quarto dele durante a noite e visto sua cama vazia, ou o que teria acontecido se eu não tivesse acordado cedo. Estremeci com o pensamento do que meu pai faria se ele tivesse entrado aqui e encontrado Liam em casa de noite.
Capítulo 2 Oito anos depois...
Acordei com a familiar sensação de estar sendo esmagada, comecei a me espreguiçar empurrando meu ombro para trás. Liam tirou seu peso de cima de mim um pouco. Agora estávamos na posição de conchinha, ele está respirando profundamente na parte de trás do meu cabelo. Seu braço está pesado em cima de mim, prendendo meus braços em meu peito, ele está segurando a minha mão com força, nossos dedos entrelaçados e sua perna casualmente sobre a minha. Eu podia sentir sua habitual ―Glória Matinal‖ empurrando contra as minhas costas. Silencio o meu alarme do telefone rapidamente e dou-lhe uma cotovelada no estômago. — Seis horas. — Murmuro sonolenta, fechando os olhos. — Mais dez minutos, Anjo. Eu ainda estou cansado. — Ele murmurou, me puxando mais apertado em seu peito. — Não há mais dez minutos. A última vez eles se transformaram em uma hora e Jake quase nos pegou aqui. — Eu murmurei, acotovelando-o no estômago novamente. Ele moveu o braço e prendeu minhas mãos para baixo da cama, perto da minha cabeça. — Apenas dez minutinhos, Anjo. — Ele pediu. Eu suspirei e fechei os olhos novamente. Não havia como discutir
quando ele estava assim, e eu simplesmente não tinha energia o suficiente a essa hora da manhã para brigar com ele. Nós dois voltamos a dormir instantaneamente.
— Amber, é melhor que você já esteja acordada! — Meu irmão gritou, batendo na porta. Eu pulei da cama correndo, assim como Liam, e já eram sete e meia. — Err... Sim, eu já me levantei Jake. — Gritei de volta, olhando para Liam, que estava esfregando o rosto, parecendo um pouco confuso. — Ótimo. Vou tomar café da manhã. Apresse-se você também. Hoje é dia de Liam dirigir, saímos em 30 minutos. — Jake disse através da porta antes de descer o corredor. — Merda, Anjo, por que você não me acordou? — Liam me acusou, franzindo a testa. Eu olhei para ele, tentando parecer séria e dando-lhe meu olhar da morte, — Eu tentei seu idiota! E então você disse ―mais dez minutos‖ e me manteve presa na cama para que eu não te desse mais cotoveladas. — Resmunguei sarcasticamente. Ele riu e me empurrou de volta para a cama, prendendo minhas mãos acima da cabeça e rolando em cima de mim, — Eu a prendi na cama? Você andou sonhando comigo de novo, Anjo? Eu poderia fazer esse sonho se tornar realidade para você. — Ele zombou com o rosto a centímetros do meu.
— É, vá sonhando. Agora me solta, Liam, e vá se arrumar. Hoje é seu dia de dirigir, aparentemente. — Falei apontando para a janela. Ele suspirou e empurrou-se para fora da cama, puxando sua calça jeans e camisa. Ele subiu na janela em silêncio e deslizou-a para baixo quando saiu. Fui até lá e a tranquei antes de ir para o chuveiro, sendo tão rápida como nunca antes. Exatamente 26 minutos depois, marchei para a cozinha com o cenho franzido, Liam estava apoiado casualmente contra o balcão, comendo o meu cereal. Porra, todas as manhãs! Seu cabelo estava bagunçado em seu habitual estilo acabei de sair da cama, que, para ser honesta, era a mesma coisa na cama e fora dela. Tudo o que ele fazia era passar a mão por ele algumas vezes e adicionar um pouco de gel. Ele parecia exatamente o mesmo, como todas as outras manhãs, um maldito supermodelo. Ele usava jeans baixos rasgados, que mostravam um pouco de sua cueca, e isso fazia com que as garotas desmaiassem. Hoje
ele
usava
uma
camisa
branca,
que
mostrava
seu
corpo
esculturalmente perfeito, com uma camisa xadrez laranja e cinza de manga curta sobre ela, desabotoada. Seus olhos azuis brilhavam com diversão quando ele olhou para mim, — Está atrasada nesta manhã, Anjo. — Ele disse com um sorriso. Eu dei outro olhar de morte para ele, fazendo-o rir. — Cale a boca, Liam! Por que diabos você está comendo o meu cereal de novo? Você não tem comida em casa? — Perguntei, arrancando a taça de suas mãos e comendo o conteúdo. Ele apenas me olhou com um sorriso divertido. Jake me deu a caixa de suco, — Você parece um pouco agressiva
essa manhã, Ambs. Está tudo bem? — Ele perguntou, olhando-me um pouco preocupado. Eu olhei para Liam novamente quando ele começou a rir. Claro que eu parecia meio agressiva, só tive meia hora para banho, me vestir e para o café da amanhã. — Dormi demais. — Murmurei com um suspiro derrotado. Jake não tinha ideia de que Liam dormia no meu quarto comigo todas as noites, e se soubesse, ficaria puto. Jake era muito protetor comigo, ele sempre tinha sido, mas ficou pior quando meu pai foi embora quando eu tinha treze anos. Bem, eu digo foi embora, mas, na verdade, Jake e Liam voltaram para casa mais cedo do Hockey naquele dia, e viram que meu pai havia me batido e que estava tentando me estuprar. Quando compreenderam a cena, ele e Liam bateram nele infernalmente, quase o matando no processo. Eles o expulsaram de casa e disseram-lhe que, se voltasse, o matariam. Ele nunca voltou, e isso já foi há três anos. Um pouco depois disso, minha mãe conseguiu um emprego em uma enorme empresa de eletrônicos, onde ela era a Assistente Pessoal do diretor, portanto ela viajava muito. Ela ficava mais fora de casa do que aqui, eu só a via cerca de uma semana por mês, quando chegava a tanto. Jake era a minha única supervisão, embora às vezes fosse mais como se eu cuidasse dele. Liam também era muito protetor comigo, mas nós não estamos definidos ainda – embora ele tenha, literalmente, passado todas as noites comigo na minha cama, durante os últimos oito anos. Ele havia deslizado para o meu quarto na noite seguinte, depois de me ver chorar de novo, e
acabamos caindo no sono novamente. Depois de duas semanas, isso apenas se tornou uma coisa regular. Não é como se tivéssemos conversado sobre isso, eu apenas passei a deixar minha janela destrancada e ele sempre vinha para cá, depois que seus pais tinham verificado seu quarto para ter certeza de que ele estava dormindo. Nenhuma vez, em oito anos, nós fomos pegos. Chegou perto disso em um par de vezes, no entanto. Alguns anos atrás, a mãe de Liam tinha encontrado sua cama vazia, mas ele mentiu, dizendo que tinha escapado para uma festa e tinha acabado ficando para dormir em um amigo. Ninguém suspeitava que ele estivesse na casa ao lado, comigo. Ele ainda continuou a me provocar como um louco e a transformar minha vida em um inferno quando éramos crianças, mas eu sempre soube que ele estaria lá para mim se eu precisasse dele. Era como se ele tivesse duas personalidades. A que ele usava durante o dia, me irritava e me deixava louca o tempo todo, e a que ele usava a noite, era o garoto mais doce do mundo, o que cuidava de mim, me fazendo sentir segura e protegida. — Você está sexy hoje, Anjo. — Afirmou Liam, com seu sorriso habitual, passando seus olhos por mim de cima a baixo, me fazendo contorcer. Ah, claro! Meu cabelo castanho ainda estava úmido porque não tive tempo para secá-lo por causa de seus estúpidos ‗mais dez minutinhos‘, então eu o havia puxado para trás em um coque bagunçado. Estava usando meus jeans escuros e um top em V vermelho, com um moletom preto por cima e também um All Star Converse preto. Estava um pouco
maquiada como de costume, apenas uma camada de rímel para fazer meus olhos cinza-esverdeados se destacarem, e um pouco de gloss claro nos lábios. Eu não parecia sexy. Maldito idiota! Mostrei-lhe o dedo do meio e saí para seu carro. Inclinei-me contra ele com raiva, esperando-os saírem também, e assim me agraciar com suas presenças. O caminho para escola foi como de costume, eles se sentaram na frente falando de futebol e festas, e eu me sentei na parte de trás, ouvindo meu iPod, tentando ignorar Liam sorrindo para mim no espelho. Quando chegamos à escola, o carro foi inundado por pessoas, da mesma forma que todas as outras manhãs. Liam e Jake eram considerados os ―jogadores gostosões‖ da escola. Eles eram do último ano e o sonho de toda garota; os garotos queriam ser seus amigos, e as garotas queriam dormir com eles. Liam riu quando eu me encolhi ao sair do carro, tentando evitar a horda de vadias que me empurravam porque estavam tentando se atirar nele. Uma menina me deu uma cotovelada de propósito. Eu olhei para ela em sua minúscula saia que mais parecia um cinto, e seu top que deixava o abdome de fora, e fiz uma careta. Nossa, ela é tão vadia! — Porra, Jessica, você percebeu que esqueceu sua saia em casa? — Perguntei para ela fingindo horror. Ela fez uma careta para mim e eu ouvi Liam e Jake dando risada, — Que se dane, você sabe que esse look emo não funciona para você, não é? — Ela cuspiu de volta. Eu apenas ri e me afastei. Era normal eu e Jessica fazermos esse tipo de comentário uma para a outra. Ela tinha namorado Liam por um
tempo. Bem, isso se sexo algumas vezes seguido de um pé na bunda significa namorar para você. Ela não tinha superado e o queria de volta, para desgosto de Liam. — Aquilo não foi legal, Anjo. — Liam riu enquanto jogava um braço em volta do meu ombro. Ele abaixou a cabeça perto da minha, — Me desculpa por essa manhã. — Ele soprou no meu ouvido, provocando arrepios na minha espinha. Tentei dar-lhe uma cotovelada nas costelas, fazendo-o rir e se afastar um pouco, — E ignore Jessica. Eu acho que você arrasa no visual emo. — Ele acrescentou com uma piscadinha. Jake lhe deu um tapa na parte de trás da cabeça, — Ei cara, ela é minha irmã! — Ele ralhou com raiva, tirando seu braço de cima de mim. Liam apenas riu e piscou para mim de novo, me fazendo rolar os olhos. Liam se afastou e caminhou direto até o que parecia ser seu mais novo caso. Ele sorriu sedutoramente e ela corou quando ele começou a flertar. Encontrei minhas amigas praticamente comendo Jake e Liam com olhos, todas mostrando expressões sonhadoras, — Hey Kate, Sean, Sarah. — Disse enquanto caminhava até eles. — Hey, Ambs. Pegou carona com os bundas sexys um e dois hoje de novo? — Kate perguntou olhando para o meu irmão, enquanto ele se afastava dali. Eu ri e balancei a cabeça, — Não, apenas os velhos Jake e Liam de sempre. Kate suspirou, — Como diabos você não se afeta por eles serem malditamente quentes? Quero dizer, você tem tanta sorte por morar com Jake! Eu adoraria ver sua bunda sexy caminhando ao meu redor todos os
dias. — Ela ronronou, abanando seu rosto. — Kate, você está falando do meu irmão e o idiota de seu amigo. Como, no mundo, você pode deixar passar seus comportamentos de homens-galinha? Ambos são idiotas. — Dei de ombros. Eu não entendo o porquê, mas cada uma das garotas nesta escola era apaixonada por eles. Jake era uma ótima pessoa, mas ele tratava meninas como objetos, e Liam... Bem, Liam era um completo babaca. — Eles são os dois melhores jogadores do time de hóquei e se parecem com Deuses do Sexo, eu gostaria de poder passar por isso. — Disse ela sugestivamente, balançando as sobrancelhas e sorrindo, fazendo-me rir também. Ela enganchou seu braço no meu e saiu me puxando em direção à nossa primeira aula. A escola foi boa, como de costume, eu era bastante popular devido ao fato de que meu irmão e seu melhor amigo eram os garotos mais populares de lá. E eles cuidavam de mim à sua maneira, o que significava basicamente, que advertiram todos os caras a ficarem longe de mim. O que estava bem para mim, na verdade, porque eu ainda não queria ter encontros. A maioria das garotas se aproximava de mim para que assim pudessem se aproximar do meu irmão. Essas eram fáceis de identificar pelas roupas que estavam vestindo, isto é, quando elas quase não estavam vestindo roupa alguma, eu já sabia, só queriam ser apresentadas para o meu irmão ou Liam. Eu amava minhas aulas, e era bastante popular entre os professores também, porque minhas notas nunca foram abaixo de B. Sempre fiz
minha lição de casa e ela nunca estava atrasada. Eu me orgulhava disso, mas não chegava a ser uma nerd. Na hora do almoço eu estava sentava com meus amigos quando ouvi o habitual conjunto de sussurros e risadinhas. As meninas começaram a verificar seus cabelos e retocar a maquiagem, e então eu sabia que meu irmão e seus amigos estavam chegando a cantina. Suspirei enquanto Kate e Sarah começaram a cobiça-los, como sempre. — Hey, bunda sexy número um está vindo. — Sarah riu, acotovelando Kate nas costas. Revirei os olhos quando uma mão passou por cima de mim para roubar uma parte das minhas batatas fritas, — Oi, Anjo. — Liam respirou no meu pescoço. Bati na mão dele quando estava prestes a roubar um pouco mais, — Liam, pelo amor de Deus, vá comprar sua própria comida, seu bunda mole. — Vociferei irada. Ele riu, — Ah, você sabe que quer compartilhar esta aqui comigo. — Respondeu ele caindo no banco ao meu lado, empurrando-me com seu quadril. — Liam, o que você quer? — Perguntei com um suspiro, movendo meu prato para longe dele. Ele jogou o braço em volta do meu ombro, — Eu só queria conversar com a minha garota. Sei que você está sentindo saudades de mim a manhã inteira e tudo mais. — Disse ele, flertando. Todas as minhas amigas suspiraram e olharam para ele sonhadoras. — Tira seu braço prostituto de cima de mim Liam. Por Deus, eu não
quero pegar nenhuma doença. — Dei de ombros, para fazer seu braço cair. Ele riu de novo, — Não seja assim, Anjo. Eu só queria que você soubesse que vai voltar comigo para casa hoje. Seu irmão tem um encontro, então... — Ele interrompeu, sorrindo para mim. Ótimo. Que ótimo. Ele estaria me deixando em casa hoje. Fantástico. Ele sempre fazia o caminho de volta ser o mais longo possível nessas situações, apenas para me irritar. E então, ele insistia em ficar lá em casa até que meu irmão chegasse. O que significava que eu teria que cozinhar para ele também. Merda, que garoto chato! — Que ótimo Liam. Agora se manda, tenho certeza que falta algumas DSTs para você pegar por aí. — Eu disse, acenando a mão como se estivesse dispensando-o. Ele riu e me deu um beijo na bochecha enquanto se levantava, — Finja o quanto quiser Anjo, ambos sabemos que você vai querer dormir comigo esta noite. — E então piscou para mim maliciosamente, dando um duplo significado para o que disse. Fiquei torcendo para ninguém entender. — Oh, claro que sim, Liam, porque eu sou tão apaixonada por você. — Suspirei revirando os olhos e esfregando o lugar na minha bochecha que ele beijou. — Eu também te amo. — Ele sorriu para mim enquanto caminhava para aquela mesma garota de manhã. Ele passou o braço pelo ombro dela, e seus lábios sujos baixaram para o dela. Eu franzi a testa e olhei para longe, de volta para os meus amigos, quando ele começou a se
agarrar com ela bem ali, no meio da cantina. — Nossa, esse cara é tão estupidamente irritante! Por que meu irmão não escolheu outra pessoa para ser seu melhor amigo, alguém que não é tão arrogante, um idiota que se acha? — Gritei, jogando minhas mãos para cima. — Oh, pare de reclamar! Liam James tinha o braço em sua volta e te beijou na bochecha. Eu daria qualquer coisa para ter aqueles lábios doces em cima de mim. — Sarah disse com ar sonhador, me fazendo ir. — Que seja. Vamos lá, vai começar nossa próxima aula. — Eu disse enquanto pegava minha bandeja para sair dali.
Depois da escola, eu relutantemente fiz meu caminho para o estacionamento, onde um Liam sorridente estava encostado em seu carro esperando por mim, — Oi, linda. — Ele piscou flertando, e então abriu a porta para mim. — Oi, Liam. — Subi em seu carro, já irritada com seu jeito paquerador. Se Jake estivesse aqui, teria lhe dado um tapa por isso. Ele subiu ao meu lado, — Então, Anjo. Eu preciso parar em uma loja no nosso caminho de volta. — Ele ligou o carro e saiu do estacionamento. — Ótimo. — Murmurei. Decidi olhar para fora da minha janela e ignorá-lo, eu ainda estava irritada com ele por toda aquela coisa de ‘mais dez minutinhos’ esta manhã. Ele entrou no estacionamento da loja poucos minutos depois, —
Vamos, Anjo. — Ele disse, saindo do carro. Eu apenas fiquei sentada lá e cruzei os braços sobre o peito, recusando-me a sair. Ele contornou o carro e abriu a porta para mim, — Vamos, Anjo. — Ele repetiu, estendendo-me sua mão. — Não é preciso dois para fazer isso, Liam. Eu espero aqui. — Argumentei. Ele entrou no carro e facilmente me pegou, jogando-me por cima de seu ombro, rindo. Ele fechou a porta e começou a caminhar até a loja, — Me desce, porra! Seu idiota! — Gritei, batendo em suas costas. Ele apenas riu mais forte e continuou andando. Quando chegamos na porta da loja, ele finalmente me colocou de pé. Eu olhei ao redor, envergonhada,
percebendo
se
alguém
havia
visto
a
cena, mas
aparentemente ninguém estava olhando. Ele levantou a mão e colocou alguns fios de cabelo soltos atrás da minha orelha, seus dedos caminhando lentamente pela minha bochecha durante o caminho. Eu bati em sua mão e dei a ele um olhar raivoso. — Isso foi vergonhoso! — Gritei. — Qual é o problema? A maioria das garotas iria adorar se eu fizesse isso com elas. — Ele argumentou, andando até as revistas. Eu bati o pé e depois corei, pensando que estava me comportando igual a uma criança, felizmente, Liam não viu, se não ele ia me provocar a respeito disso até o fim dos tempos. Ele pegou uma revista sobre esportes e uma barra de chocolate, depois andou até o caixa para pagar. Eu estava bem folheando uma revista da Teen Vogue quando dois garotos chegaram até mim. Eu suspirei. — Olá. — Um deles começou. Eu acenei com a cabeça e coloquei a
revista de volta na prateleira, depois comecei a andar para procurar Liam. — Ei, onde você está indo? — O outro perguntou, pegando a minha mão. Meu coração começou a disparar e eu procurava ao redor freneticamente, — Vou procurar meu namorado. — Menti, tentando soar confiante. — Namorado? Eu não vejo namorado algum por aqui. — Um deles disse, sorrindo para mim, — Que tal a gente ir para algum lugar nos conhecer melhor? — O que estava segurando minha mão ofereceu, chegando mais perto de mim. Eu fiquei enjoada. Oh Deus! Liam me ajude, por favor! Eu sei que é patético, mas eu odeio confrontos e odeio que as pessoas fiquem me pegando, principalmente quando eu não as conheço. — Hey, Anjo. — Liam disse, colocando o braço em cima dos meus ombros e encarando os garotos, minha mão foi imediatamente solta e eles deram um passo para trás. Eu me movi para mais perto de Liam e me pressionei nele com tanta força que chegou a doer, — Espero que vocês não estejam incomodando a minha garota. — Ele disse casualmente, mas eu consegui sentir a raiva em seu tom de voz. Liam sempre foi protetor comigo. Uma vez, um garoto me empurrou em uma poça quando eu tinha sete anos, e Liam foi até a sua casa e deu um soco na cara dele. — De jeito nenhum, cara. Nós só estávamos conversando. — O garoto mentiu, erguendo as mãos em sinal de inocência. — Que bom. Vamos, Anjo, vamos te levar para casa. — Liam disse, me guiando para a porta. Uma vez que estávamos lá fora, ele se virou para
me olhar, — Você está bem? — Perguntou, parecendo estar preocupado. Eu estava bem, meu coração tinha parado de bater como se quisesse sair do meu peito tão logo escutei sua voz. Concordei com a cabeça e sorri agradecida para ele, — Obrigada. — Murmurei. Ele abriu a porta do carro e esperou que eu entrasse lá antes de dar a volta e entrar em seu próprio lado. Quando entrou, ele jogou algo no meu colo, eu olhei para baixo e vi que era a uma barra do meu chocolate favorito. Eu não pude evitar sorrir para ele, — Obrigada, Liam. — Ele estava sempre fazendo pequenas coisas fofas para mim, como me comprar doces, era uma pena que ele é tão galinha, se não fosse isso, ele seria um bom garoto. Quando cheguei em casa, já fui direto preparar as coisas para fazer uma lasanha no jantar. Liam me seguiu até a cozinha, fazendo com que eu tivesse a sensação de ter meu espaço invadido enquanto ele encarava meu corpo. — Por Deus, Liam, meus olhos são aqui em cima! — Eu gritei com raiva, apontando para o meu rosto. Ele riu, — Uau, você realmente está mal humorada comigo hoje, não é? — Provocou sorrindo. — Sim, eu estou. Não dá para acreditar no que você fez essa manhã. Eu odeio fazer as coisas apressada. Eu pareci e me senti como um lixo o dia todo. — Reclamei. — Eu te achei sexy o dia todo. — Rebateu. — Uh, você pode apenas parar de falar comigo? Eu não estou no clima. — Coloquei a comida no forno e comecei a preparar uma salada. — Certo, tanto faz. — Ele deu de ombros novamente e ficou do meu
lado, me ajudando a picar os ingredientes da salada. Ele estava tão perto que eu podia sentir o calor irradiando do seu corpo para o meu, e isso era estranhamente calmante. — Eu vou fazer minha lição de casa. A lasanha estará pronta em meia hora, acho que você vai ficar para o jantar. — Eu disse. Não era uma pergunta, eu sabia que ele ficaria. Não tenho certeza se Jake havia pedido para que ele ficasse comigo enquanto estivesse fora, mas o fato é que Liam sempre ficava, de qualquer maneira. — Claro, principalmente depois desse convite tão gentil. — Ele sorriu. — Eu não estava te convidando. — Rosnei sarcasticamente enquanto me virava para sair dali. Ele agarrou minha mão e se aproximou de mim, ele estava tão perto que meu peito tocava o seu, e eu podia sentir sua respiração soprando no meu rosto. — Anjo, sinto muito sobre hoje de manhã, sinto mesmo. Por favor, pare de ser tão malvada comigo, isso não combina com você. — Disse-me calmamente. Respirei fundo e suspirei. — Ok, tudo bem, eu sinto muito também. Acho que fui mesmo uma cadela com você. — Admiti, tentando desviar meu olhar de seus belos olhos azuis, cor do céu, que pareciam estar enxergando a minha alma. — Então, estou perdoado? — Perguntou, sorrindo. Eu gostava desse Liam, era ele que cuidava de mim, ele ficava diferente quando ficávamos sozinhos. Ele me deu seu olhar de cachorrinho, aquele para o qual eu não conseguia dizer ―não‖, e senti a
minha vontade de odiá-lo se desmoronar. Eu ri e revirei os olhos. — Que seja. Vou fazer minha lição de casa antes do jantar. — Saí de seu abraço e me afastei rapidamente. Foi estranho estar tão próxima a ele assim, eu ainda podia sentir os arrepios da eletricidade fluindo através da minha mão, onde ele tinha segurado, ainda podia sentir seu hálito doce no meu rosto. Eu não tinha ideia do que havia acontecido na cozinha, mas foi algo muito confuso. Sacudi a cabeça e fiz minha lição de cálculo, bem, eu comecei, pelo menos. Depois de termos jantado em silêncio, terminei a minha lição. Eram apenas oito e meia quando Liam decidiu colocar um filme. O escolhido por ele foi The Final Destination e nós ficamos sentados no sofá assistindo. Eu me senti um pouco desconfortável, por alguma razão, mas não conseguia achar um motivo para isso. Fiquei olhando-o discretamente, e ele estava apenas sentado lá assistindo ao filme, uma perna dobrada sobre a outra, com o braço casualmente pendurado nas costas da minha poltrona. Nenhum de nós se moveu até que o filme terminou. Eu reprimi um bocejo. — Acho que já vou para a cama, Liam, estou muito cansada. — Murmurei enquanto me levantava e espreguiçava como um gato. Quanto o olhei novamente, percebi que ele estava me observando atentamente. Limpei a garganta, porque ele continuou a me olhar com aquela expressão estranha no rosto. — Ah, sim, certo. Ok. Eu vou para casa e volto em mais ou menos 30 minutos. — Disse ele, levantando-se para sair.
Segui-o até a porta e a tranquei, ainda um pouco confusa. Por que foi tudo tão tenso e estranho entre nós esta noite? Provavelmente foi por estar tão puta da vida com ele esta manhã que as coisas ficaram tão esquisitas. Me troquei rapidamente para um top e shorts, escovei meus dentes e cabelo, em seguida, entrei na minha cama. Ela estava fria e muito grande, assim como todas as noites. Depois de cerca de 20 minutos mais ou menos, ouvi minha janela se abrindo e depois fechando novamente. Roupas caíram no chão e, em seguida, a cama se movimentou atrás de mim. — Hey, você já dormiu? — Ele sussurrou. — Não, ainda não. — Murmurei em resposta. Levantei minha cabeça para que ele pudesse colocar um de seus braços debaixo do meu pescoço. Ele pressionou seu peito contra as minhas costas e passou o outro braço em volta de mim, jogando a perna sobre a minha. Ouvi-o suspirar enquanto eu me contorcia para me aproximar dele ainda mais, eu amava o fato de ter Liam dormindo comigo, a cama não parecia boa sem ele aqui. — O que há de errado? — Perguntei, puxando seus braços mais apertados em torno de mim e apertando meu rosto em seu braço, cheirando seu maravilhoso perfume, que não era parecido a mais nada neste mundo. — Nada, Anjo. Estou apenas cansado, isso é tudo. — Ele murmurou contra a parte de trás da minha cabeça, pressionando os lábios no meu cabelo.
— Ok. Boa noite, Liam. — Eu sussurrei, beijando-lhe o braço. — Boa noite, Anjo. — Respondeu ele, beijando minha nuca.
Capítulo 3 Acordei as seis, como sempre, silenciei meu alarme e tentei, sem sucesso, me mover para longe de Liam. Deitei minha cabeça em seu peito e minha perna ainda estava caída sobre sua virilha, que como de costume, já dava sinais de sua ―glória matinal‖, que acontecia com todos os meninos. Ele estava com a mão no meu joelho, prendendo minha perna ali, e seu outro braço enrolado em volta da minha cintura. Como tentei me mexer, ele tornou seu aperto mais forte, murmurando algo em seu sono sobre não querer ir mais para a escola. Mexi meu braço e bati em seu estômago. — Seis horas. — Murmurei, batendo-lhe novamente quando ele não abriu os olhos. Ele gemeu e me apertou ainda mais, puxando-me para que eu ficasse completamente em cima dele. Eu podia sentir sua ereção pressionando entre as minhas pernas. Engasguei com a sensação, que foi estranha, mas realmente boa. Que diabos há de errado comigo? Este é Liam, pelo amor de Deus! Tentei sair de cima dele, mas isso apenas fez que nos esfregássemos em lugares que eu preferiria não pensar sobre o melhor amigo do meu irmão. Meu corpo começou a formigar e eu não poderia ajudar o pequeno gemido que escapou de meus lábios. Oh, meu Deus, isso era realmente bom! — Liam. — Dei um grito sussurrado. Ele abriu os olhos e olhou para mim, chocado. Sua expressão
rapidamente se alterou para seu sorriso de marca registrada, aquele que me fazia querer dar um tapa em seu rosto. — Ótima manhã, Anjo. Uau, essa é a primeira. — Ele sussurrou, erguendo as sobrancelhas, com um sorriso divertido. — Você vai me soltar, pelo amor de Deus? — Sussurrei gritando com ele novamente. Ele levantou as mãos em um sinal de redenção e eu rapidamente saí de cima dele. — Já são seis horas. — Resmunguei, franzindo a testa. Ele rolou para o lado para me olhar. — Ok. Não fique com raiva de mim durante o dia todo hoje, por favor. Eu não sabia que estava fazendo isso, e sinto muito, Anjo, tudo bem? — Sussurrou, beijando minha testa antes de rapidamente sair da cama e vestir suas roupas. — Ok, tanto faz. — Murmurei, fixando meu olhar no lugar da minha cama que ele havia acabado de sair. — Te vejo mais tarde. — Lançou-me uma piscadela antes de sair pela minha janela. Rolando, enterrei meu rosto em seu travesseiro, eu ainda podia sentir o cheiro dele e isso me fez sentir segura, então me acalmei. Voltei para um sono tranquilo por mais uma hora. Depois de me vestir com mais calma do que ontem, coloquei meu iPod e fui alegremente dançando pelo corredor, até que o vi comendo meu cereal novamente. Porra, todos os dias! Suspirei e roubei a vasilha de suas mãos. — Droga, Liam, tem outros quatro tipos de cereais no armário e você só quer comer o meu! Por quê? Você faz isso só para me irritar? — Perguntei, franzindo a testa, quando comecei a mastigar meu café da
manhã. — Bom dia para você também, Anjo. — Ele disse educadamente, com um sorriso divertido no rosto. — Certo, oi. — Sentei e estava comendo meu cereal quando Jake entrou na cozinha. — Ei, pessoal, estão prontos para ir? — Perguntou ele, jogando uma caixinha de suco para cada um de nós, como sempre. Nós dois assentimos e nos dirigimos para o carro de Liam.
Quando cheguei à escola, Sean me agarrou e puxou para uma conversa. — O que está acontecendo? — Perguntei preocupada. Na verdade, ele parecia um pouco frenético, seu cabelo estava todo bagunçado, parecia como se ele tivesse puxado e passado a mão por ali muitas vezes, e seus olhos estavam apertados, parecendo estar estressado. — Eu esqueci que amanhã é o aniversário de Terri, e não tenho ideia do que fazer para ela. — Reclamou desesperadamente, correndo as mãos pelo seu cabelo, confirmando minhas suspeitas anteriores. — Acalme-se, você ainda tem tempo. Agora, que tipo de coisa ela gosta? — Perguntei, pensando sobre Terri e todas as coisas que eu sabia sobre ela. — Eu queria algo que ela poderia guardar consigo, mas não sei o quê... — Ele fechou os olhos, obviamente entrando em pânico.
— Sean, acalme-se. Que tal uns brincos bonitos? Ela gosta dessas coisas, certo? Você também poderia comprar um nova caixa de joias ou algo assim para ela guarda-los. — Sugeri. Seu rosto se iluminou. — Sim! Ela tem uma caixa de joias de merda. Essa é uma ótima ideia! Oh, Deus, obrigado, Amber. Fico te devendo um favor! Vou matar aula esta amanhã para ir atrás disso. — Disse ele sorrindo e correndo animadamente, gritando um ―tchau‖ para mim por cima do ombro. Voltei para a escola e percebi que não havia quase ninguém por perto. Caramba, estou atrasada? Comecei a correr pelo corredor, eu podia ver Liam e alguns de seus amigos vindo em minha direção. — Devagar, Anjo, você vai acabar caindo. — Liam gritou, sorrindo para mim enquanto eu corria na direção em que estavam. Quando passei por ele, ele colocou o pé para fora, para me fazer tropeçar, mas antes que eu batesse no chão, ele passou os braços firmemente em torno da minha cintura e me colocou de pé. — Nossa, Anjo, eu sei que sou gostoso, mas você não precisa ficar caindo aos meus pés. — Brincou ele, fazendo com que todos os seus amigos rissem. Bati-lhe com força no peito, olhando para ele. — Ah, eu gosto um pouco selvagem, Anjo, você sabe disso. — Disse ele, sorrindo maliciosamente. Ainda sem soltar minha cintura, ele se adiantou e apertou seu corpo contra o meu, suas mãos deslizaram para a minha bunda. — Mmm, bom. — Ele sussurrou em meu ouvido. Eu odiava ser tocada, fazia com que antigas memórias do meu pai voltassem. Engoli em seco e, antes que eu pudesse pensar sobre o que
estava fazendo, empurrei minha perna para cima e dei uma joelhada em suas bolas. Ele resmungou e me soltou rapidamente, dobrando-se ao meio e apertando sua virilha. — Mantenha a porra das suas mãos longe de mim! — Gritei, tentando não chorar. Eu estava lutando para respirar e minhas mãos tremiam. Eu me virei para fugir, mas ele pegou minha mão e me puxou de volta para ele. — Anjo, eu só estava brincando, você sabe que eu nunca te machucaria. — Ele gemeu. Sua voz falhou um pouco, como se ele estivesse com dor. Ele olhou diretamente em meus olhos, e eu podia ver a honestidade em seus profundos olhos azuis lacrimejantes. Ele me puxou para um abraço e colocou os lábios em meu pescoço, exatamente onde ele se ligava ao meu ombro e inspirou profundamente pelo nariz, logo depois enviando sua respiração quente à soprar em meu pescoço e nas costas. Isto é o que ele sempre fazia para me acalmar quando eu ia chorar em seu ombro, e isso era a única coisa que parecia funcionar. Eu podia sentir seu coração batendo rápido contra meu peito, então eu me concentrei para ficar em sintonia com sua respiração. Respirei seu cheiro até que me acalmei. Então me afastei e ele estava olhando para mim, seu rosto parecia triste. — Me desculpa. Eu não deveria ter feito isso, Anjo. Eu não estava pensando. — Disse ele. Concordei com a cabeça e funguei, enxugando o rosto na minha manga. — Sinto muito. Eu te machuquei? — Perguntei, fazendo uma careta ao pensar em quão forte tinha sido minha joelhada.
Ele deu de ombros. — Estou bem, a culpa foi minha. — Respondeu ele, inclinando-se para me olhar nos olhos novamente. Eu desviei o olhar, sentindo-me desconfortável. Eu tinha a sensação de que, quando Liam olhava em meus olhos, ele enxergava até a minha alma, meu verdadeiro eu, aquela que eu tentava esconder de todos, a garotinha assustada que não gosta que as pessoas a toquem, pois fazia com que voltassem memórias daqueles domingos e meu pai me levando para o sofá, me fazendo sentar em seu colo. Quando as pessoas me tocavam, até mesmo meninas, meu coração entrava em colapso e eu começava a me sentir enjoada. As únicas exceções eram minha mãe, Jake e Liam. E era por isso que eu nunca fui à um encontro. O pensamento de alguém me tocar ou me beijar fazia minha pele se arrepiar. Eu olhei para longe e percebi que ele tinha uma grande mancha em seu ombro, onde eu havia chorado. Eu a limpei, franzindo a testa. — Arruinei sua camisa. — Eu tenho outras, Anjo, não se preocupe. — Respondeu-me com um sorriso fácil, aquele que ele não dava para as outras pessoas, um verdadeiro, o tipo que eu normalmente só ganhava quando a noite chegava e estávamos sozinhos, sem ninguém por perto. Olhei em volta e percebi que estávamos sozinhos no corredor e engasguei em estado de choque. — Onde...? — Murmurei, olhando para cima e para baixo no corredor, desesperada. — Eles foram para a aula. — Respondeu, — Vamos, não adianta nada chegarmos atrasados, então vamos pegar uma bebida ou algo
assim. — Ele me puxou pela mão até o estacionamento, em direção ao seu carro. — Liam, como assim? Eu não posso matar aula! — Reclamei, olhando em volta rapidamente para ver se alguém nos notava saindo da escola. Ele riu. — Fala sério, Anjo, matar uma aula não vai te machucar. Você já está dez minutos atrasada de qualquer maneira. — Ele abriu a porta do passageiro e fez um gesto para que eu entrasse. Suspirei e relutantemente fui para dentro, eu realmente não me importo de passar um tempo com Liam, mas isso dependia de qual deles estava aqui comigo, o Liam do dia ou o Liam da noite. A versão noturna de Liam era atenciosa e carinhosa. Já a diurna era um galinha, vagabundo e idiota. No entanto, ambas as versões me faziam sentir segura e protegida. Eu me virei para olhá-lo enquanto ele estava dirigindo, ele tinha um pequeno sorriso em seu rosto. — O que há com você? — Perguntei, um pouco preocupada com que ele fosse transformar isso em uma espécie de brincadeira que acabaria me deixando envergonhada. — O que quer dizer? Não posso estar feliz por estarmos passando um tempo juntos? — Perguntou, me dando uma piscadela. Revirei os olhos e gemi. Ótimo, uma hora com o Liam-do-dia era meu pior pesadelo.
Eu não estava prestando atenção para onde estávamos indo, então fiquei surpresa quando entramos no estacionamento da pista de gelo. Ele sorriu e saiu do carro, eu o segui, franzindo o cenho. — O que estamos fazendo aqui? — Perguntei enquanto ele pegava minha mão para entrarmos. Talvez eles tivessem um bom café lá dentro ou algo assim, essa foi a única razão que eu consegui pensar para ele me trazer aqui. — Oi, duas entradas, por favor. — Disse ele à moça atrás do balcão, entregando o dinheiro. Engoli em seco, nós estávamos realmente indo patinar? Eu já havia patinado algumas vezes na minha vida, mas sempre tinha sido péssima nisso. — Precisam de patins? — Perguntou a moça, exibindo um sorriso simpático,
enquanto
seus
olhos
percorriam
o
corpo
de
Liam
discretamente. — Sim, um número 11 e outro número 5, por favor. — Respondeu ele, piscando para mim. Eu fiz uma careta enquanto ele falava, tentando imaginar como diabos ele sabia o tamanho do meu sapato. Ela passou-lhe dois pares de patins e ele sorriu de novo, pegando a minha mão e me arrastando para os bancos. Notei que a moça não parava de encarar Liam enquanto ele se afastava, ela, na verdade, lambeu os lábios enquanto olhava para a bunda dele. Eu ri e revirei os olhos para ela, o que a fez corar e desviar o olhar. — O que é tão engraçado? — Perguntou Liam, olhando-me estranhamente. — Você tem outra fã. — Eu disse, apontando a cabeça em direção à mulher. — Você simplesmente não consegue se conter, não é? — Eu
provoquei-lhe com um pequeno sorriso. — Não se preocupe, eu não estou interessado nela. — Respondeu ele, olhando para mim como se estivesse tentando me dizer alguma coisa. — Preocupada? Liam, eu não estava preocupada. — Zombei, enquanto revirava os olhos. Colocamos nossos patins e caminhamos em direção ao gelo. Não havia mais ninguém lá, provavelmente porque era apenas um pouco depois das nove da manhã. — Por que estamos fazendo isso? Você sabe que não sou boa em patinar. — Estremeci olhando o gelo, começando a entrar em pânico. Ele riu e me puxou para a pista. — Eu sei, eu me lembro. Mas não se preocupe, vou te ajudar. — Liam e meu irmão já jogaram hóquei de gelo na escola, Jake era o goleiro e Liam o atacante. Eles eram ótimos patinando, mas eu nunca tinha sido capaz de fazê-lo. Eu gostava de ver as pessoas patinando e sempre desejei aprender, mas eu literalmente não conseguia nem me manter de pé. Ele pegou minhas duas mãos enquanto escorregava e deslizava por todo o lugar. Ele estava patinando de costas, de frente para mim. — Você está dobrando seus tornozelos ligeiramente, Anjo. Tente mantê-los em linha reta, é por isso que você não consegue se controlar. — Disse ele, olhando meus pés. Eu fiquei reta e senti meus pés deslizarem para frente e para trás, instantaneamente, ele me agarrou pela cintura e inclinou-se para trás, de modo que nós dois caímos e eu fiquei em cima dele, seu corpo amenizou todo o baque da queda. Ele riu debaixo de mim, e me posicionou para ficar sentada e sentou-se ao meu lado. Eu não conseguia ficar de pé, então
esperei por ele chegar lá em cima primeiro. — Ok, tentativa número dois. — Ele sorriu, puxando-me para meus pés facilmente. — Levante-se em linha reta e mantenha seus pés retos, vou puxá-la em volta da pista até que você encontre o seu equilíbrio. Ele chutou meus patins suavemente, deixando-os próximos enquanto segurava minhas mãos com força. Consegui ficar em pé por um tempo antes de perder o equilíbrio. Mais uma vez, ele me agarrou pela cintura e inclinou-se para trás, para que eu caísse em cima dele. — Por que você continua fazendo isso? — Perguntei, sentando-me novamente. Eu podia sentir o gelo começar a molhar a parte de trás da minha calça jeans, me fazendo tremer. — Fazendo o quê? — Perguntou-me, olhando para mim com uma expressão confusa. — Toda vez que começo a cair, você cai para trás e me puxa para o chão para que eu caia em cima de você. Vai acabar se machucando. — Expliquei, franzindo a testa. Ele deu de ombros. — Melhor eu do que você. — Ele murmurou baixinho, puxando-me para ficar em pé novamente. Eu fiquei olhando para ele chocada. Ele disse isso mesmo? Talvez eu tenha ouvido errado. — Você está melhorando, durou pelo menos um minuto a mais do que a última vez. — Ele brincou, com seu sorriso de marca registrada. Certo, esse sim é o Liam que eu conheço, eu devo realmente ter ouvido errado aquela hora. — Ha ha. Bem, um minuto já está ótimo para mim. Você sabe que não vou conseguir mais que isso. — Resmunguei, começando a cair de novo. Dessa vez ele apenas agarrou meus quadris e
conseguiu me manter em pé, pressionando nossos corpos juntos e me levantando do gelo, para que eu pudesse começar de novo posicionando meus pés retos. Eu senti meu coração começar a bater mais rápido, mas não foi pelo medo habitual por alguém me tocar, era algo que eu não conseguia entender. Corei e desviei o olhar quando ele me colocou de volta nos meus pés. — Por que você está corando? — Perguntou, franzindo a testa para mim, mas parecendo se divertir ao mesmo tempo. — Não estou. É o frio, isso é tudo. Minha bunda está congelando, eu acho. — Virei meus quadris para mostrar-lhe os meus jeans molhados, esfregando minha bunda para tentar aquecê-la. Eu o ouvi puxando uma respiração profunda e então soltar em um suspiro. Olhei para trás para ver que ele estava franzindo a testa com os olhos fechados, parecia estar com dor ou algo assim. — Você está bem? — Perguntei, ainda esfregando meu bumbum. Ele afirmou com a cabeça e então começou a tirar sua camisa. Ele a amarrou em volta da minha cintura, com um nó na frente. — O que está fazendo? Você vai ficar com frio. — Eu o repreendi enquanto tentava desatar o nó que ele havia feito. — Não se preocupe, vou ficar bem. Da próxima vez vou trazer uma camisa extra para essa sua bundinha bonita. — Respondeu, pegando minhas mãos e começando a me puxar para junto dele novamente. Da próxima vez? O que ele quer dizer com isso, da próxima vez? Não que eu não esteja me divertindo, mas estar aqui com Liam era estranho, eu me sentia estranha. Bem, isso não é totalmente verdade, eu me sentia muito bem, e é por isso que era estranho.
— É isso aí! Acho que você começou a pegar o jeito. — Ele murmurou, o que logicamente me fez perder o equilíbrio de novo. Eu me empurrei de cima dele, pela terceira vez, rindo histericamente. Ok, isso era realmente divertido, e nem doía. Normalmente, quando eu tinha vindo patinar com Jake e ele tentou me ensinar, ele apenas me deixava cair de bunda o tempo todo. Em meia hora eu estava tão machucada que já desistia. — Olha só, agora você está se divertindo. — Liam riu. Levantou-se e tirou o gelo de suas costas antes de me puxar em pé novamente. Conseguimos patinar três vezes por toda a pista antes que eu caísse de novo. Eu realmente estava ficando melhor. Depois do que pareceu uma eternidade, a pista estava começando a lotar e meu estômago estava roncando. Caí cada vez com menor frequência, mas ainda estava segurando as mãos dele tão forte como se estivesse com medo da morte. — Que horas são? — Perguntei casualmente quando paramos ao lado da pista. A primeira aula deve estar quase acabando agora, com certeza. Ele tirou o celular do bolso e sugou o ar por entre os dentes brancos e brilhantes, fazendo um som de assobio. Ok, isso não havia soado bem, talvez a gente tenha perdido a segunda aula também... — Err, Anjo, falta uma hora para a aula acabar. — Disse ele, fazendo uma careta. — O QUÊ? — Falei quase gritando, fazendo-o recuar um pouco e então me fazendo perder o equilíbrio. Ele rapidamente me agarrou e me bateu na lateral de plástico da pista, tentando me manter em pé, pressionando seu corpo contra o meu, seu rosto a centímetros do meu.
Meu coração começou a acelerar novamente. Ele não se mexeu. Só ficou lá, olhando diretamente em meus olhos, até que eu me senti um pouco tonta. De repente, percebi que era porque eu não estava respirando, então puxei uma respiração irregular, que parecia estar sugando o ar diretamente dele. Ele se afastou, mas deixou as mãos na minha cintura, me segurando. — É melhor a gente ir. Se o seu irmão descobrir que eu estive com você durante todo o dia, ele vai cortar minhas bolas. — Disse ele fingindo estar horrorizado, me fazendo rir. Em vez de apenas me ajudar segurando minhas mãos, ele continuou a segurar minha cintura, patinando junto a ele. Eu realmente não sabia o que fazer com as minhas mãos então as coloquei em seus ombros. Quando comecei a cair novamente, ele abaixou-se e me pegou em seus braços, um de seus braços segurou firmemente em minha bunda e me forçou a abrir minhas pernas em torno de sua cintura, como se eu não pesasse nada. Ele virou e começou a patinar pra frente, rápido. Foi muito assustador. Prendi a respiração e joguei meus braços ao redor de seu pescoço, apertando-me a ele tão forte quanto eu podia, estava provavelmente sufocando-o, mas ele não reclamou. Em vez de correr em direção a saída, como eu estava esperando, ele patinou ao redor de toda a pista novamente, antes de finalmente sair do gelo e me jogar no banco. Que porra foi essa? — Por que você fez isso? — Perguntei, sentindo-me um pouco desconfortável por meu corpo ter estado tão completamente envolvido em torno do dele. Não sei o por quê de me sentir desconfortável sobre isso,
porque ele enrolava o corpo todo em minha volta todas as noites. — Fazer o quê, Anjo? — Perguntou, parecendo confuso. Apontei para o gelo. — Deu outra volta. Por que não foi logo para a saída? Você passou na frente dela. — Expliquei, franzindo a testa, mas sorrindo ao mesmo tempo, esse garoto é realmente estranho! Agora ele pareceu um pouco desconfortável, mas logo em seguida sua expressão foi substituída por seu sorriso habitual, aquele que dizia ‘vou fazer todas as meninas se derreterem’. — Você me jogou no chão o tempo todo, eu só queria um colo em que pudesse patinar para frente. Só isso. — Ele encolheu os ombros. Certo, agora eu me sinto um pouco culpada por não deixá-lo se divertir, ele teve que ser minha babá o tempo todo. — Liam, você deveria ir patinar um pouco. Vou ficar sentada aqui, tudo bem. Você pode ir se divertir um pouco também. — Sugeri, dando-lhe um meio sorriso. Ele sorriu. — Eu me diverti bastante. — Sua expressão pareceu completamente honesta, ele rapidamente se levantou e foi buscar nossos sapatos.
No caminho de volta à escola, ele seguiu para o Drive Thru do McDonalds. — Oi, posso te ajudar? — Perguntou o atendente. —Err, sim, quero um Big Mac com Coca, um Quarteirão com adicional de queijo e um Milkshake de morango. Vocês ainda fazem aquelas porções de queijo derretido?
— Sim, fazemos. — Disse o alto-falante. Ele sorriu. — Ótimo, quero uma porção desta também, por favor. — E eu fiquei apenas olhando para ele, um pouco aturdida, ele tinha acabado de pedir a nossa comida e soube dizer exatamente tudo o que eu gostaria de comer. Ele se virou para mim e fez uma careta. — Por que está me olhando assim? Pedi algo errado? — Perguntou-me, parecendo um pouco preocupado e abaixando a janela novamente, pronto para mudar o pedido. Neguei com a cabeça, olhando para ele com espanto. — Como é que você sabia o que eu queria? Ele simplesmente riu e me olhou, como se eu tivesse dito algo estúpido. — Você pede sempre a mesma coisa, Anjo. E você ama aquelas porções nojentas de queijo também, mas não é sempre que tem elas no cardápio, então... — Ele parou, deu de ombros e conduziu o carro para a próxima janela. Ok, agora ele estava começando a me assustar de verdade. Primeiro ele sabia o tamanho do meu sapato, e agora ele sabe o que eu gosto de comer no McDonalds? Quero dizer, sei que provavelmente já estive aqui com ele e Jake milhares de vezes, mas nem Jake sabe o que costumo pedir, e ele é meu irmão pelo amor de Deus! Liam apenas riu de mim novamente e encostou o carro em um lugar para que pudéssemos comer. Ele estava conversando sobre algum show que queria ver e um filme que viu na semana passada sobre zumbis que, segundo ele, me faria morrer de medo. Fiquei surpresa em como foi fácil ficar conversando com ele, nunca havíamos saído juntos só nós dois. Ele estava normalmente
com Jake ou algum dos meninos, ou ele tinha alguma vadia enrolada em volta dele, ou estávamos dormindo. Ele era realmente um cara muito legal e engraçado. Eu não consegui evitar de me perguntar o motivo de ele esconder esse lado de sua personalidade por trás de um cara galinha, prepotente, e metido a machão. Ele deveria ser assim sempre. — Posso te perguntar uma coisa, Anjo? — Disse, olhando sério para mim. Confirmei com a cabeça e terminei o resto do meu milk-shake. — Você não confia em mim? Como pôde pensar que eu ia te machucar mais cedo lá na escola? Já tive muitas oportunidades para tocar em você ou forçá-la a alguma coisa ao longo dos últimos anos, não é? Por que achou que eu ia te machucar? — Perguntou, parecendo muito triste. Eu puxei uma respiração profunda. — Você me pegou de surpresa, isso é tudo, eu confio em você, Liam, de verdade. Sei que você nunca iria me machucar, só é difícil para mim, eu não gosto que as pessoas me toquem. — Fiz uma careta como quem realmente não queria falar sobre aquilo. Ninguém nunca me pressionou por detalhes do que costumava acontecer com meu pai. Eu tinha me recusado a frequentar a terapia depois que ele partiu, minha mãe e Jake tentaram me convencer, mas eu só queria que ninguém mais soubesse. Eu tinha vergonha dele e do que ele me obrigou a fazer. Ninguém me obrigou a falar sobre isso, porém, e eu os amava ainda mais por isso. Liam pegou minha mão. — Eu sei que não, mas eu nunca iria machucá-la, preciso que você saiba disso. — Disse ele, esfregando círculos em minha palma. Ele ainda parecia realmente magoado e chateado, e eu queria fazer com que ele se sentisse melhor, mas não sabia
como. A única coisa que eu poderia fazer era dizer-lhe a verdade. — Liam, quando as pessoas me tocam, meu coração bate muito rápido e eu começo a me sentir enjoada e um pouco tonta. Não é algo que eu possa controlar. As únicas pessoas com as quais isso não acontece são minha mãe, Jake e você. Me desculpe se isso te magoa, mas não consigo impedir. Eu confio em você, de verdade. Isso pareceu fazê-lo se sentir melhor, e seu rosto se iluminou. — Ok, bem. Vamos lá então, vamos voltar antes que seu irmão coloque uma tropa de cães lá fora da escola, esperando para rasgar a minha garganta. — Sugeriu ele, rindo. Eu voltei a me posicionar no meu lugar enquanto ele nos levava de volta para a escola. Entramos no estacionamento cinco minutos antes que o sino final batesse. — Anjo, é provavelmente melhor não falar sobre hoje com seu irmão. Eu supostamente não posso sair com você. — Ele disse com um encolher de ombros. Supostamente não podia. O que isso significava? — Por que não? — Perguntei, confusa. Ele me olhou nos olhos novamente, fazendo meu coração acelerar um pouco. — Jake determinou isso. E por eu ser um ‘galinha nojento’, como você tantas vezes gosta de expor sua opinião. Aparentemente, eu só ia querer traçar a sua bunda bonitinha. — Disse ele com um sorriso. — O que eu realmente ira querer, se você também quisesse. Sabe, como pagamento por sua aula de patinação. — Brincou ele, piscando para mim. Engoli em seco. Eu tinha acabado de passar o dia inteiro com esse
garoto e havia sido bom, e então ele estragou a coisa toda em uma maldita frase. — Você realmente é um porco às vezes, sabia? — Rosnei enquanto saía do carro e batia a porta. Fui em direção ao prédio de matemática, que é onde eu deveria estar, pelo menos eu poderia fazer com que parecesse que eu estive lá, se eu estivesse andando na direção certa. Vi Jake andando em direção ao carro, então eu lhe dei alguns minutos antes de ir até lá e entrar pela porta de trás do carro, como se nada tivesse acontecido. — Hey, Ambs, você teve um bom dia? — Jake perguntou logo que cheguei. — Na verdade, sim, eu tive, pelo menos até que um idiota ficou me enchendo o saco. — Respondi com um encolher de ombros. Jake imediatamente bateu na nuca de Liam. — Ai! Porra, o que foi isso? — Perguntou Liam, esfregando a cabeça. — Por encher o saco da minha irmãzinha. — Jake deu de ombros. — Como você sabia que era eu? — Liam choramingou. Eu ri quando Liam me lançou um olhar sujo e coloquei meu iPod. — Ambs, veja, já que hoje é sexta-feira... — Jake começou. Eu gemi, sabendo exatamente do que se tratava. Sua tradição semanal. — Não! Sem festas! Qual é, Jake? Fala sério! A festa tem que ser toda semana na nossa casa? E hoje não tem nem mesmo um jogo. Teoricamente, era para ter festas somente depois dos jogos. Não pode ser na casa de outra pessoa, então eu não teria que limpar depois a sujeira que seus amigos idiotas bêbados fazem? — Perguntei, olhando para Liam novamente.
— Hey, não me coloca no meio disso não. Eu sempre te ajudo a limpar. — Liam falou defensivamente. Suspirei, sentindo-me derrotada. Meu irmão fazia festa lá em casa toda sexta-feira à noite porque não tínhamos a supervisão de pais. Não sei nem mesmo porque eu ainda me incomodava em reclamar sobre isso, já que as festas continuariam a acontecer, eu gostasse ou não. Aumentei meu iPod até que o som das conversas dos meninos sobre as meninas que eles pegavam foi abafada, fiquei apenas olhando para fora da janela. Eu podia ver Liam tentando fazer contato visual comigo através do espelho, mas eu simplesmente o ignorei e fingi estar completamente perdida na música.
Capítulo 4 Depois do jantar, Jake e Liam saem e compram bebidas para a festa, como sempre. Então eu aproveito a oportunidade e tomo um longo banho, fazendo-me sentir relaxada e refrescada. Eu resmungo ao pensar em outra festa. Elas não ficam muito selvagens ou nada assim, mas elas duram até duas ou três da manhã. Além da falta de sono, sempre há uma grande bagunça para limpar de manhã, tanto dentro como fora. Eu suspiro e me enrolo na toalha. Quando eu saio do banheiro, eu dou logo de cara com o Liam. Suas mãos disparam para me firmar no lugar, agarrando minha cintura para eu não cair. Eu agarro a toalha apertada em volta de mim enquanto eu tento acalmar meu coração chocado. — Uau! Gostei da roupa, — ele brincou, olhando-me de cima a baixo, lentamente. Eu tiro suas duas mãos de mim e saio brava em direção ao meu quarto, batendo a porta em seguida. Assim que a porta se fecha, ele bate. — O quê, Liam? — eu pergunto com raiva, através da porta. — Anjo, por favor, abra a porta, — ele pede, tentando girar a maçaneta. — Liam, você pode apenas ir embora? Sério, eu não estou vestida! — Eu franzo a minha testa e bato o meu pé, em seguida, imediatamente fico corada e agradeço a Deus que ele está do lado de fora da porta, assim ele
não presenciaria o que acabou de acontecer. — Anjo, por favor? — ele implora. Eu suspiro; odeio quando ele usa essa voz. Essa era a voz que ele usava à noite,aquela com a qual eu tinha problemas para dizer não. Eu abri a porta rispidamente e ele deu um sorrisinho para mim enquanto entrava em meu quarto. — Bem, que infernos você quer? — eu pergunto indo até o meu guarda-roupa e retiro a minha camiseta favorita do Liam que eu havia encontrado na lavadora. Eu a visto, tomando cuidado para manter a toalha enrolada firmemente em torno de mim também. — Ei, eu estava me perguntando onde essa camiseta tinha ido parar, — ele disse, apontando para a minha camiseta. Eu engoli em seco imediatamente pensando que ele iria pedir a camiseta de volta. Essa era a minha camiseta favorita. Eu a coloco sempre que eu estou me sentindo preguiçosa e fico ociosa em casa. — Você não vai tê-la de volta, eu amo essa camiseta, — eu digo, acenando com a mão em um gesto de desdém. — É justo. Fica melhor em você do que em mim de qualquer forma, — ele respondeu, com um sorriso, olhando para as minhas pernas. Eu suspiro em exasperação. Por que ele tinha que flertar tanto? — Sério, o que você quer? — eu repito, caminhando até a porta e colocando minha mão na maçaneta, pronta para chutar a bunda dele se ele tentar mais alguns de seus flertes. — Eu só queria deixar minhas coisas. Uma troca de roupas para amanhã já que eu estarei aqui. — Ele deu de ombros, colocando sua mochila na minha cama.
— E você não poderia apenas entregá-la para mim, ao invés de entrar aqui? — eu pergunto com raiva. Por que ele tinha que tornar tudo tão malditamente difícil? — Eu poderia ter feito isso, mas então eu teria perdido o prazer de ver o seu traseiro sexy na minha camiseta. Eu acho que é muito sexy quando uma garota usa as roupas de um homem, — ele sussurra, passando os olhos por mim novamente, fazendo-me contorcer. Eu abro a porta do quarto e olho com raiva para ele. — Você não é o meu homem, então saia fora! — eu grito. — Como você quiser, Anjo. — Ele dá uma risadinha e sai, mas não antes de atirar sua piscadela, flertando. Eu seco o meu cabelo, o alisando e aplicando minha maquiagem. De novo, eu quase nunca uso maquiagem, até mesmo para festas, então eu apenas coloco um pouco de sombra prata e um pouco de rímel, trocando o meu gloss transparente para um gloss rosa. Eu colo o meu sutiã e calcinha fio dental azul cobalto e olho no meu guarda-roupa. As festas na nossa casa sempre são incrivelmente quentes. Jake e Liam praticamente convidam a escola inteira, todo mundo se amontoa deixando todos suados e com calor, então eu não queria colocar muitas sobreposições. Eu pego um short curto preto e uma regata, e então coloco os meus colares longos de prata e as minhas sandálias prateadas de tiras com um pouquinho de salto. Eu me olho no espelho. Eu tenho uma aparência boa, tonificada, não muito magra e com curvas nos lugares certos. Eu puxei a minha mãe e tinha longas pernas e quadris curvilíneos, uma cintura pequena e seios um pouco maiores do que a média. Eu não era a garota
mais atraente por aí, mas eu estava feliz comigo mesma e era só isso que importava para mim. Jake não iria gostar dessa roupa, no entanto. Ela provavelmente mostrava
muita
pele
para
o
gosto
dele,
embora
eu
estivesse
completamente coberta... e comparando a algumas das biscates que ele e o Liam estavam acostumados a andar juntos, eu parecia uma freira. Eu brevemente considerei me trocar antes de decidir que não, não porque estava quente e eu não iria ficar toda suada e vestir jeans só porque ele não gostava que os caras olhassem para a irmãzinha dele. Eu esperei até a festa estar em pleno andamento, desse jeito o Jake não iria mandar eu me trocar como se eu fosse uma criancinha, na frente de todo mundo. Depois de cerca de quarenta minutos, eu fiz meu caminho até o corredor. Há pessoas em todos os lugares, algumas pessoas estão cambaleando já. Elas devem estar bebendo só há uma hora... Isso era patético. Jake me viu e me deu um olhar mortal que era marca de família, e apontou para eu voltar para o meu quarto, balbuciando a palavra ‗se troque‘ para mim. Eu balancei minha cabeça e sorri docemente, misturando-me com as pessoas da festa, rapidamente seguindo para o outro lado da sala para que ele não soubesse onde eu estava. — Ei, Sean, — eu falo animada, quando eu vejo um dos meus melhores amigos. — Ei, garota. Uau! Você está gostosa essa noite, — ele me olha, mas não da maneira pervertida que normalmente os garotos fazem. Sean e eu somos amigos há muito tempo; ele namora a mesma menina pelos últimos dois anos e era completamente apaixonado por ela, o que era
realmente doce. — Obrigada. Você está bem também, — eu respondi, sorrindo e olhando ao redor procurando os meus outros amigos. — Onde estão a Kate e a Sarah? — eu perguntei, com uma careta. Elas nunca perdiam essas festas, para elas era apenas uma desculpa para babar por todos os caras da escola, principalmente o Jake e o Liam. — Elas estão tentando conquistar o seu irmão, — ele afirmou, apontando para a cozinha, e rindo. Eu olhei para onde ele estava apontando, para ver a Kate e a Sarah rindo incontrolavelmente de algo que o Jake havia dito. Kate estava com as mãos no braço dele, e a Sarah estava pressionada contra a lateral dele. Jake parecia completamente desinteressado, mas ele estava gostando da atenção, como sempre. Ele estava acostumado com as duas hipnotizadas por cada palavra que ele falava, sempre que elas iam até a minha casa, elas flertavam desavergonhadamente com ele, e ele ficava andando sem camisa, rindo das expressões luxuriosas delas. Eu revirei meus olhos e voltei minha atenção para o Sean. — Sem a Terri essa noite? — eu perguntei, observando a sala em busca dela. Nesse momento alguém me agarrou por trás. Eu deixei escapar um pequeno grito antes da pessoa falar e eu perceber que era o Liam. — Você está incrível, mas eu definitivamente preferia a toalha, — ele sussurrou sedutoramente em meu ouvido. Sua respiração quente faz cócegas no meu pescoço, me fazendo estremecer. Eu conseguia sentir o cheiro da cerveja no hálito dele, mas ele nunca ficava bêbado, Jake sim, mas o Liam sempre parecia permanecer em controle no caso de as coisas saírem do
controle. — Some daqui, — eu grunhi, me virando para sair da cozinha. Eu ainda não tinha bebido nada. — Ei, Anjo, espere por mim! — ele chamou, pegando minha mão enquanto eu continuava a fazer meu caminho pela multidão de pessoas se pegando e roçando umas nas outras. Quando eu cheguei na cozinha eu fui recebida pela visão de uma garota deitada no balcão da minha cozinha, e dois garotos tomando doses no corpo dela. Eu reconheci a menina facilmente pelo seu cabelo vermelho e falta de roupas. Jéssica. Ela deixou escapar um gritinho excitado quando nós entramos. — Liam! Vamos lá, baby, tome uma dose, — ela ronronou sedutoramente. Liam agarrou minha mão com mais força e me deu um olhar de filhote, pedindo ajuda. Eu apenas ri e o empurrei na direção dela. — Vá lá, Liam, dê a garota o que ela quer, você sabe que quer tomar uma dose, — eu provoquei, rindo histericamente da expressão horrorizada dele, que rapidamente se transformou em um sorriso de escárnio. Ele agarrou os meus quadris e me ergueu no balcão, se posicionando entre as minhas pernas para que nossos rostos estivessem apenas há centímetros de distância. — Na verdade, eu quero. Deite para mim então, Anjo. — Ele me deu um sorriso malicioso, mas eu sabia que ele estava apenas brincando. — Liam James, tire suas mãos de biscate de cima de mim, agora! — eu sussurro gritando para ele, o que o faz rir novamente. Ele apenas balança a cabeça, se divertindo, e dá um passo para trás; puxando-me
facilmente do balcão e me colocando novamente de pé. Eu pego um copo e sirvo três quartos dele de vodka, e acrescento uma dose de suco de laranja, tomando um gole de vodka enquanto eu ainda estava colocando o suco. — Anjo, se acalme aí, está bem? — Ele fez uma careta para a minha bebida, balançando sua cabeça preocupadamente. — De jeito nenhum. Eu vou ficar bêbada essa noite, e de jeito nenhum eu vou arrumar a casa amanhã. — Eu dou um tapinha no peito dele enquanto volto para os meus amigos.
Depois de umas duas horas, eu estava muito bêbada. Eu não estava me sentindo muito firme de pé, mas eu continuei dançando com meus amigos de qualquer forma. Liam estava conversando com alguns dos seus companheiros de classe não muito longe, e ficou olhando para mim. — Sério, o Liam está de olho em você! — Kate deu um gritinho no meu ouvido pela quinta vez. — Ele não está! Não seja burra, Kate, ele provavelmente só está se certificando que eu não vomite, eles que vão limpar a casa amanhã. — Eu terminei a minha bebida e joguei meu copo no tapete. — Haha, deixa eles limparem isso aqui amanhã porque eu não vou! — Eu comecei a rir histericamente, o que fez a Kate rir também. — Eu vou pegar outra bebida, — eu gritei por cima da música. A música mudou para ‗She‘s like a star‘, do Taio Cruz que era a
música favorita do Liam. Eu senti alguém agarrar minha mão e olhei para trás para ver o Liam me dando um sorriso, um daqueles reais, e eu não consegui evitar sorrir de volta. — Dance comigo, Anjo, — ele disse, colocando seus braços em volta da minha cintura. Eu estava tão bêbada neste ponto que eu nem me importei que eu estava dançando com o Liam; eu coloquei meus braços em volta dele e enfiei meu rosto em seu pescoço. Ele estava com um cheiro maravilhoso e eu me perguntei qual seria o gosto dele se eu o lambesse. Espera, eu acabei de pensar em lamber o Liam como se ele fosse um pirulito ou algo assim? Eu explodi em risadas pela minha própria idiotice. Liam se afastou e me deu um olhar ‗que foi?‘, que só deixou tudo mais engraçado. Ele revirou os olhos e balançou a cabeça, parecendo entretido, enquanto ele pressionava seu corpo ao meu. A música não era realmente lenta, então nós estávamos nos mexendo bem rápido e meio que roçando um no outro. Eu amava dançar, e ele era realmente bom, nossos corpos pareciam se encaixar perfeitamente. Eu podia o sentir ficando excitado, mas isso não me incomodava. Liam vem pressionando suas ereções em mim desde que eu tinha doze anos e ele quatorze. Ele acorda com uma todos os dias, e na maioria das vezes ele dorme com uma também. Eu apenas ignoro. Foi estranho da primeira vez que aconteceu e realmente me assustou. Ele tinha ido para casa naquela manhã, tão envergonhado que ele quase chorou, ele havia conversado com o pai dele sobre isso e então voltou na noite seguinte e explicou que era normal para os meninos isso acontecer porque ele estava crescendo e tinha tudo a ver com os hormônios. Eu não sabia se era verdade ou não, mas eu não tinha razões para duvidar dele. Foi
constrangedor para nós dois por um mês mais ou menos, em seguida, foi uma
piada
durante
um
tempo,
agora
nós
apenas
ignoramos
completamente. Ele se afastou para olhar para mim e me deu um de seus belos sorrisos, e a minha boca se puxou em um sorriso em resposta. Ele realmente ficava muito bonito quando sorria dessa forma, engraçado como eu só havia percebido isso agora, e eu o conhecia desde sempre. Jake apareceu do nada. — Cara, que porra é essa? Essa é minha irmãzinha! — ele gritou para o Liam, agarrando o ombro dele e o puxando para longe de mim. — Jake, cara, sério, eu só estava dançando com ela, é a música dela! — Liam gritou, parecendo realmente incomodado. — Liam, você precisa ficar longe da minha irmã, ela tem dezesseis anos, porra. Você sabe pelo que ela passou. Ela não precisa de caras como você correndo atrás dela! — Jake gritou em resposta, dando um passo para frente e ficando na cara do Liam. Eu pude notar que ele estava bêbado pelo leve toque de vermelho nas orelhas dele, elas sempre o entregavam. — Eu nunca a machucaria! — Liam grunhiu, os peitos deles quase se tocando. — Eu não dou a mínima! Eu disse para ficar longe! — Jake gritou. Eu apenas dei de ombros e os deixei sozinhos, eu não precisava testemunhar a briga deles, eles estariam fazendo as pazes em dois minutos, de qualquer jeito, eles sempre faziam. Quando eu dei a volta para ir para a cozinha, eu dei de cara com um garoto que eu não conhecia. Ele era talvez um pouco mais velho do que eu, provavelmente da idade do
Jake, ele era muito bonitinho. Ele tinha um cabelo preto que era bem volumoso, que caía pela testa dele e quase cobria um de seus olhos castanhos. Ele sorriu e pegou minha cintura me firmando no lugar enquanto eu balançava. Eu imediatamente me encolhi porque ele estava me tocando, mas não muito porque a bebida havia entorpecido uma parte do meu cérebro. — Bem, olá, — ele ronronou em uma voz sexy. — Oi. — Eu sorri; ele não havia tirado suas mãos da minha cintura então eu dei um passo para trás para obter um pouco de espaço pessoal. — Eu sou o Trent. — Ele sorriu; eu notei que quando ele sorria, ele tinha umas covinhas muito bonitinhas. — Amber, — eu respondi, sem desviar o olhar de seu rosto, ele realmente era lindo. Eu não o reconheci da escola. — Você estuda na Penn State? — eu perguntei, curiosa para saber por que eu não o conhecia se ele estava na festa. Ele balançou a cabeça e sorriu. — Não. Na verdade, eu estou aqui apenas para pegar a minha irmãzinha, mas eu não consigo encontrá-la. — Ah é? Quem é a sua irmã? — eu perguntei, franzindo a testa; alguém tinha um irmão muito gostoso, eu só posso dizer isso! — Jéssica Sanders, — ele afirmou. Eu não consegui evitar a reação natural do meu corpo; eu franzi um pouco o meu nariz, o que o fez rir. — Não é uma grande fã, hein? — ele perguntou, ainda rindo. — Ah... er... desculpe, — eu murmurei, olhando para ele apologeticamente e corando como uma louca. Eu não posso acreditar que
eu fiz essa cara para a irmã dele! Que idiota! — Não se preocupe com isso, eu sei que ela pode ser um pé no saco. — Então, você quer minha ajuda para encontrá-la? — eu ofereci, olhando ao redor da cozinha procurando-a. Nada, não está aqui. Eu dei uma risadinha quando eu me lembrei de que ele havia acabado de sair dali, então claro que ela não estava lá! — Não, ela vai aparecer. Que tal nós pegarmos uma bebida em vez disso? — ele sugeriu, acenando em direção ao balcão das bebidas. — Sim. Ok, claro. — Eu sorri, enquanto ele pegava dois copos e uma garrafa de Jack Daniels. Nós tomamos umas duas doses e eu estava realmente acabada agora.
Eu
me
inclinei
contra
ele
pesadamente
enquanto
nós
conversávamos e ríamos a respeito de coisas aleatórias que nem realmente pareciam fazer sentido para mim. De repente, ele me empurrou contra o balcão da cozinha e pressionou seu corpo contra o meu. O pânico familiar estava começando a subir enquanto o meu coração acelerava, ele estava aproximando sua cabeça em direção à minha. Eu senti a minha boca ficar seca. Caramba, ele ia me beijar! Eu queria isso? E se ele colocasse as mãos em mim ou algo assim? Minha mente estava girando através de pensamentos tão rapidamente que eu não conseguia nem acompanhá-los. Eu engoli em seco e puxei minha cabeça para trás, acertando a prateleira atrás de mim, com força o bastante para fazer meus olhos lacrimejarem. Ele balançou a cabeça, olhando para mim um pouco confuso e, em seguida, amassou seus lábios nos meus. Eu gemi e
empurrei o peito dele, tentando afastá-lo, suas mãos foram para a minha nuca segurando-me parada e eu o senti lambendo o meu lábio inferior. Eu apertei minha boca fechada e o empurrei o mais forte que eu consegui, mas ele não se mexeu. Eu comecei a me apavorar; eu podia sentir literalmente o ataque de pânico tomando conta enquanto a batida do meu coração explodia nos meus ouvidos. Quando eu percebi, ele havia sumido. Eu olhei para cima, confusa, para ver o Liam o segurando contra a parede, um braço segurando o pescoço do cara. Ele parecia tão bravo que eu comecei seriamente a me sentir mal pelo cara, que estava começando agora a ficar um pouco vermelho por não ser capaz de respirar. — Não a toque, porra! Você acha que pode chegar aqui e a beijar mesmo se ela claramente não quiser? — Liam grunhiu, irritado. Eu comecei a me sentir enjoada, literalmente enjoada. Eu pulei do balcão e cambaleei até a minha suíte, onde eu vomitei o que pareceram ser vários litros de vodka. Eu gemi, dei descarga e fui me sentar, quando me inclinei senti as pernas de alguém. Eu não me apavorei, no entanto, eu podia sentir o cheiro da sua loção pós-barba, e sabia que era o Liam. — Você está bem? — ele perguntou, sua voz simpática. Mas eu não pude responder; eu apenas me inclinei sobre o vaso sanitário e vomitei outra garrafa de vodka. Uau, que desperdício de dinheiro! Liam, Deus o abençoe! Estava esfregando as minhas costas em pequenos círculos e segurando o meu cabelo para mim. Depois de alguns minutos eu me senti bem melhor. — Você quer ir para cama? — ele perguntou, olhando para mim
preocupado. Eu assenti. — Sim, eu só quero escovar meus dentes. — Eu me esforcei para sair do piso do banheiro, mas eu estava tão descoordenada que não deu muito certo. Liam sorriu e se abaixou, deslizando seus braços embaixo de mim e me levantando facilmente como se eu não pesasse nada. Ele me sentou na unidade ao lado da pia, pegando minha escova de dente e colocando a pasta para mim. Eu sorri fracamente e escovei meus dentes, me certificando de que todo o gosto de álcool havia saído. — Cama? — ele perguntou, quando eu tinha terminado. Eu assenti e ele me pegou novamente ao estilo noiva e me carregou de volta para o quarto. Ele tinha puxado as cobertas e estava prestes a me colocar na cama quando eu me lembrei que eu ainda estava com as roupas da festa. — Espere! Eu não quero ir para a cama assim, — eu resmunguei, olhando para os meus shorts e regata, eu ainda estava com as jóias e os meus sapatos também. Ele assentiu e me colocou de pé, mas eu mal conseguia permanecer de pé, eu me senti balançar enquanto minhas pernas ameaçavam desabar embaixo de mim. Liam colocou um braço em volta da minha cintura, me segurando de pé, e tirou os meus colares. Eu segurei a barra da minha regata e a puxei por cima da minha cabeça, ficando enroscada no processo e comecei a rir. Eu o ouvi suspirar enquanto me empurrava para fazer eu me sentar na cama e tirava a regata para mim. Quando eu olhei para ele, vi que ele estava com essa expressão de diversão em seu rosto. Eu me deitei na cama e desabotoei os meus shorts,
erguendo meus quadris enquanto eu o empurrava pelo meu traseiro; ele o agarrou e o puxou lentamente e então eu estava deitada lá de sutiã e calcinha. Ele segurou minhas pernas levantadas no ar enquanto tirava minhas sandálias uma de cada vez. — Bem, — ele ronronou, olhando para mim com seu sorrisinho característico, mas eu não me importei, eu apenas fiquei deitada lá, rindo, até o meu estômago embrulhar novamente. — Ah não! — eu engoli em seco, tentando sentar, apertando a mão sobre a minha boca. Rápido como um raio, ele me levantou novamente e me carregou de volta para o banheiro, segurando meu cabelo de novo e esfregando minhas costas enquanto eu esvaziava o meu estômago. Depois que eu escovei meus dentes de novo, ele tirou a camiseta e a colocou por cima da minha cabeça. — Aqui está outra para acrescentar a sua coleção de camisetas, — ele disse com um sorriso fácil, enquanto me levantava e me carregava para a cama. Ele caminhou em direção à porta. Eu pensei que ele ia sair e voltar para a festa, mas ele não fez isso, ele apenas trancou a porta e tirou sua calça jeans, subindo na cama ao meu lado. Eu ainda podia ouvir a festa acontecendo do lado de fora. Liam passou os braços em volta de mim e me puxou para o seu peito. Eu não conseguia parar de pensar sobre o cara me beijando na cozinha. Antes de eu perceber o que havia acontecido, eu comecei a chorar. — O que há de errado, Anjo? — ele perguntou, olhando para mim preocupado. — Aquele idiota roubou meu primeiro beijo! — eu lamentei. Liam começou a rir e eu me senti ainda pior por causa disso. Eu não conseguia
acreditar que ele estava rindo de mim! — Não é engraçado, Liam! O primeiro beijo de uma menina é importante para ela. Só porque você é algum tipo de super biscate que não se importa, e provavelmente nem se lembra do seu primeiro beijo, não significa que as pequenas coisas não são importantes! — eu disse com raiva, dando um tapa no peito dele. — Anjo, acalme-se. Ele não roubou seu primeiro beijo, — ele disse com firmeza, olhando bem nos meus olhos, fazendo eu me sentir leve com seus olhos de biscate, do mais profundo azul. — Do que você está falando? Ele roubou! Ele apenas me beijou e roubou, — eu falei rouca, uma lágrima caindo do meu olho. Ele a limpou com seu polegar e balançou a cabeça. — Sim, ele acabou de te beijar, mas esse não foi o seu primeiro beijo. Eu o tive há muito tempo atrás, — ele explicou, com um meio sorriso que fez o seu rosto ficar ainda mais lindo. Do que infernos ele estava falando? Eu nunca o beijei. Eu franzi a testa, pensando, tentando me lembrar. — Se lembra quando eu me machuquei quando caí daquela árvore no meu jardim da frente? Eu tinha treze anos e a minha maldita perna doía tanto, e você perguntou o que você poderia fazer para mandar a dor embora. — Ele fechou seus olhos e balançou a cabeça com a memória, com um pequeno sorriso no canto de seus lábios. Eu engoli em seco. Ah meu Deus, é mesmo! Ele havia me pedido para dar um beijo nele e eu dei, bem, duas vezes, na verdade. Ele disse que ainda estava doendo e me pediu para beijá-lo novamente. Bem depois disso, Jake saiu de casa e nos pegou; ele deu um soco na cara do Liam por
causa disso. Ah merda, Liam foi o meu primeiro beijo! Eu não tinha certeza de como eu me sentia sobre isso, foi muito bom na época. Ele estava sendo realmente bom naquele dia, estava subindo na árvore para pegar minha bola que havia ficado presa lá. Eu acho que isso foi uma coisa boa, pelo mesmo se o Liam foi o meu primeiro beijo então ele não foi roubado por algum idiota enquanto eu estava bêbada na festa. Eu sorri para ele e ele sorriu em resposta. — Aquele foi o meu primeiro beijo também, e eu lembro sim dele, — ele disse baixinho, piscando para mim, me provocando. — Bem, você teve muito mais desde então, e mais um pouco ainda, — eu disse, me referindo a todas as garotas com as quais ele já havia dormido. — Sim, mas aquele ainda foi o primeiro e o melhor, — ele sussurrou, beijando o topo da minha cabeça e apertando mais ainda seus braços em volta de mim, enfiando a minha cabeça na curva do pescoço dele. Nós apenas ficamos deitados em silêncio, eu não sabia o que dizer, então eu apenas fiquei quieta. Depois de algum tempo eu ainda estava acordada por causa do barulho vindo da festa, era apenas uma da manhã então a festa provavelmente ainda continuaria por outra hora. Eu virei de lado para ver o Liam me observando. — Você também não consegue dormir, hein? — ele perguntou, sorrindo. Eu balancei a cabeça. — Por que você não volta para lá e tenta aproveitar? Não tem por que nós dois ficarmos aqui deitados acordados. — Eu me afastei dele para que ele pudesse sair da cama.
Ele balançou a cabeça e me puxou para o seu peito. — Eu estou bem onde estou. Depois de cerca de meia hora, eu ergui minha cabeça e olhei para ele, ele estava dormindo e parecia realmente tranqüilo e doce, e sem mencionar gostoso. Eu nunca havia seriamente olhado para ele dessa forma. Eu sabia que ele era lindo e tinha um corpo incrível, mas nunca me ocorreu olhar para ele dessa maneira. Meus olhos se moveram para o peito dele. Ele realmente era incrível e tinha um abdômen perfeito. Eu estendi um dedo e tracei as linhas de seus músculos em sua barriga, apenas me perguntando qual seria a sensação dela. Ele estremeceu. — Eu estou me sentindo um pouco violado, — ele afirmou, fazendo-me pular e tirar minha mão rapidamente. Eu dei uma risadinha porque eu havia sido pega. — Bem-vindo ao meu mundo, você faz eu me sentir assim o tempo todo. — Eu dei de ombros. — Eu suponho que sim, desculpa, — ele disse, casualmente. Imediatamente, eu me perguntei porque ele não era assim o tempo todo, se ele fosse, então eu provavelmente estaria apaixonada por ele como todas as outras garotas estavam. — Ei, visto que nós não conseguimos dormir... que tal jogar um jogo? — ele sugeriu, soando animado sobre isso... o que era provavelmente uma mal sinal. Eu revirei meus olhos, tentando não imaginar os jogos estúpidos que ele iria inventar. — Eu não vou jogar com você, será algo como um jogo de tirar a roupa, ou algo rude assim que irá envolver você me ver nua, — eu
disse, franzindo a testa e fazendo biquinho. Ele riu e pegou meu biquinho entre seu polegar e indicador. — Não faça bico, Anjo. Se o vento mudar de lado, ele vai ficar assim para sempre, — ele brincou, passando seu polegar ao longo do meu lábio. O movimento me deu água na boca por algum motivo. Eu estiquei minha língua e lambi seu dedo, brincando, esperando que ele puxasse o dedo e dissesse que era nojento. Ele não fez isso. Em vez disso, ele soltou um pequeno gemido no fundo de sua garganta. O som fez algo dentro de mim formigar e pulsar. Ele moveu a cabeça mais perto da minha e então parou, seus lábios estavam a poucos milímetros de distância dos meus. Eu não conseguia respirar, meu coração estava acelerado, mas não era o medo de sempre que eu tinha, foi porque eu queria que ele me beijasse. Ele parecia estar esperando que eu desse a ele um sinal para dizer que estava tudo bem. Eu engoli em seco e fechei a distância, pressionando meus lábios aos seus levemente. Parecia que ele tinha me dado um choque, meu corpo começou a formigar e pulsar com a necessidade de que ele me tocasse. Milhares de borboletas pareciam voar em minha barriga, mas eu sabia que não era por causa do álcool. Ele respondeu imediatamente, me puxando para mais perto dele e correndo suas mãos pelas minhas costas. Eu ergui meus braços e os coloquei em volta do pescoço dele, enroscando meus dedos em seu cabelo castanho sedoso. Seus lábios eram macios e se encaixaram perfeitamente aos meus. Ele chupou levemente meu lábio inferior e eu abri minha boca, sem saber o que esperar do meu primeiro beijo de verdade. Ele enfiou a língua na minha boca e massageou a minha lentamente, carinhosamente.
O gosto dele era incrível enquanto ele explorava minha boca inteira; meu corpo inteiro estava queimando, querendo mais. De repente, ele se afastou, fazendo-me gemer e me perguntar o que eu havia feito de errado. Ele virou a cabeça para a minha porta, apertando sua mão sobre a minha boca para me manter em silêncio. — Grite que você está bem, — ele sussurrou. Eu olhei para ele, confusa. — Amber! Abra a porta! — Jake gritou, batendo ruidosamente, fazendo a porta chacoalhar. Liam assentiu para mim e tirou sua mão da minha boca. Eu limpei a garganta rapidamente. — Jake, eu estou bem. Estou cansada, então vá embora! — eu gritei, tentando não deixar a minha voz tão irritada. — Ambs, você viu o Liam? — Jake perguntou através da porta. Eu olhei para o Liam, horrorizada. Que diabos eu deveria responder? Sim, na verdade, ele está na cama comigo, seminu, e eu acabei de enfiar minha língua pela garganta dele. Agora você pode ir embora? Você está interrompendo! Sim, eu não acho que isso vai dar certo com o meu irmão! —
Eu
fui
para
casa,
—
Liam
sussurrou,
assentindo
encorajadoramente. — Ele disse que estava indo para casa, Jake. Agora, vai embora, — eu gritei, mordendo meu lábio e esperando que ele acreditasse. Liam inclinou a cabeça para trás e tocou seus lábios novamente nos meus, se afastando com um suspiro quando Jake gritou de novo. — Amber, você está bem? Você está soando um pouco estranha. Eu dei uma risadinha. — Sim. Eu fiquei enjoada então eu vim para
cama, mas eu estou bem agora. Eu te verei pela manhã. Ah e por falar nisso, eu não vou limpar nada, então você precisa fazer tudo sozinho, — eu provoquei, sorrindo ao pensar nele limpando a casa. — Que seja Ambs, nós dois sabemos que você vai me ajudar de qualquer maneira, — Jake respondeu, rindo. Eu olhei de volta para o Liam que sorria seu lindo sorriso para mim e pressionava seus lábios de volta nos meus novamente, fazendo com que o formigamento voltasse instantaneamente. A mão dele deslizou pela minha lateral lentamente enquanto ele deslizava sua língua de volta na minha boca, seu gosto explodindo em minhas papilas gustativas. Ele alcançou a barra da camiseta dele que eu estava vestindo e deslizou sua mão por baixo, passando a mão pela minha coxa e tocando o meu quadril. Seus dedos traçaram ao longo do material da minha calcinha, e então a mão dele estava no meu traseiro. Minha pele parecia estar queimando onde ele me tocava. Foi nesse ponto que eu voltei a pensar novamente. Isso estava indo muito rápido. Eu afastei minha cabeça para trás e coloquei minha mão em cima da mão dele para que ele parasse de movê-la ainda mais pela camiseta. — Ah desculpa. Muito rápido né? — ele perguntou, parecendo um pouco culpado. Eu balancei a cabeça, tentando recuperar o fôlego e acalmar o meu corpo. — Está tudo bem, Anjo. Vamos dormir um pouco então, — ele sugeriu, com um sorriso enorme. Ele se afastou um pouco de mim e deitou de costas, me puxando com firmeza para o lado dele. Eu coloquei a cabeça no peito dele e passei minha perna por cima da
dele e o meu braço sobre a cintura dele; ele estendeu a mão e pegou a minha, entrelaçando nossos dedos. Seus lábios roçaram o topo da minha cabeça e eu fechei meus olhos, me sentindo mais feliz do que eu havia me sentido em muito tempo. Pouco antes de eu adormecer, eu tive uma sensação horrível de que isso era um erro que eu terminaria pagando amanhã. Quer dizer, eu tinha acabado de ficar com o melhor amigo do meu irmão, que era um completo mulherengo, e que apenas se importava com ele mesmo.
Capítulo 5 Acordei de manhã com uma dor de cabeça latejante. O meu celular estava tocando em algum lugar nas proximidades. Eu estendi a mão para pega-lo, mas eu não conseguia alcançar. Eu me estiquei um pouco mais e consegui bater nele para que ele caísse na cama para que pudesse atendê-lo. — Alô? — eu bocejei. — Amber! Onde diabos você está? Nós deveríamos estar ensaiando, — uma voz masculina nervosa gritou. Eu me afastei do som e tentei levantar, mas Liam estava próximo o bastante deitado em cima de mim. Ele estava me prendendo pela barriga, seu braço e perna jogados por cima de mim, e ele estava usando minhas costas como um travesseiro. Era, na verdade, surpreendentemente confortável. — Justin? — eu murmurei, olhando para o meu despertador, mas os números estavam borrados, eu não consegui ler. Eu apertei meus olhos e os fechei e então os abri para ver que a hora agora era 8:42 da manhã. Merda! — Sim. Quem diabos mais você acha que seria? Era para você estar aqui às oito e meia, Amber. Você vai vir ou não? — ele perguntou, claramente incomodado. — Hum, sim, estou a caminho.
Liam gemeu. — Diga a ele que é sábado e eu estou cansado, Anjo, — ele resmungou nas minhas costas, fazendo-me rir. — Ouça, Amber, expulse esse pedaço quente de homem da sua cama e venha aqui! Nós temos uma nova rotina, e você precisa aprender, — Justin disse, soando entretido agora, ele obviamente havia ouvido o Liam. Justin era a única pessoa que sabia que o Liam ficava comigo, ele não sabia a história toda em relação ao motivo, mas ele sabia que ele ficava. Liam me levava para o ensaio todo sábado, de ressaca ou não. Suas duas exigências eram que eu comprasse o almoço, e não contasse ao meu irmão. Eu aceitava as duas. Jake sabia que eu dançava, mas ele nunca tinha me visto dançar, na verdade, eu tinha o pressentimento que ele não gostaria muito se visse. Liam e Justin se davam muito bem, o que, na verdade, foi uma surpresa para mim, porque eu não teria pensado que um machão jogador de hóquei no gelo pudesse ser amigo de um cara abertamente gay que gostava de usar algo rosa todos os dias. Mostrava o quanto eu sabia das coisas. — Eu estarei aí daqui a pouco e eu levarei rosquinhas para me desculpar, certo? — eu ofereci docemente. Eu não queria que ele ficasse irritado comigo a manhã inteira; ele faria eu trabalhar duas vezes mais pesado. Ele suspirou. — Tudo bem, apenas se apresse. Eu me contorci um pouco e empurrei o meu celular de volta para o lado. — Liam, Justin disse que eu preciso chutar o seu pedaço quente de homem e ir para lá, rápido. — Eu dei risada. Ele resmungou e enterrou seu rosto nas minhas costas. — Droga, os
sábados são uma encheção de saco, — ele murmurou, se afastando de mim e deitando de costas. Eu virei minha cabeça para olhar para ele; ele estava me dando seu sorriso de marca registrada. — A sua camiseta subiu um pouco aí, quer que eu arrume isso para você? — ele perguntou, olhando para as minhas costas. Eu rapidamente estiquei minhas mãos para baixo para sentir que a camiseta dele que eu estava vestindo, estava agora amontoada em volta da minha cintura, o que significava que ele tinha uma visão clara do meu traseiro no fio dental. Eu não sabia bem onde nós estávamos depois de ontem à noite, mas eu acho que eu tinha o direito de provocá-lo um pouquinho. Não é como se ele nunca tivesse visto minhas roupas de baixo antes, ele viu o bastante de mim ontem á noite enquanto eu estava enjoada e só de lingerie! — Não, obrigada. Eu consigo. — Eu saio da cama e tiro a camiseta jogando-a na cara dele, e então eu estou de pé ali apenas de sutiã e calcinha. — Obrigada pelo empréstimo, — eu disse com um sorriso, andando sedutoramente até o meu guarda-roupa, tentando encontrar alguma calça ou algo que eu pudesse vestir para dançar. Eu o ouvi resfolegar e em seguida gemer baixinho, e eu mordi meu lábio para evitar que a risada escapasse. As molas da cama rangeram; de repente a respiração quente dele estava soprando no meu pescoço, fazendo o meu corpo todo se arrepiar. — Então, eu tenho permissão para te tocar hoje? — ele perguntou baixinho. Meu Deus, ele realmente estava pedindo permissão? Eu me virei para olhá-lo; ele estava parado diretamente atrás de mim com apenas a
cueca, parecendo um deus grego. — Hum... eu não sei... você quer? — eu perguntei, um pouco incerta de mim mesma. Ele esteve com tantas garotas antes, e todas elas provavelmente mais bonitas do que eu, e esse foi o meu primeiro beijo de verdade ontem à noite pelo amor de deus! Aposto que eu tinha sido horrível nele! Ele assentiu com cabeça ansiosamente; seus olhos presos nos meus. Ele nem estava olhando para o meu corpo embora eu estivesse quase nua, o que fez o meu estômago se retorcer por alguma razão. Eu fiquei tensa quando ele ergueu as mãos, lentamente, me dando a chance de detê-lo, ele as colocou nos meus quadris. O toque dele fez a minha pele ficar quente e borboletas aparecerem na minha barriga. Ele me puxou em direção ao peito dele, e arrastou os dedos lentamente pelas minhas costas, uma mão subindo para segurar a minha nuca levemente e a outra indo para baixo, fazendo cócegas. Ele roçou a mão sobre o meu traseiro gentilmente, apenas uma vez, antes de trazê-la novamente para cima e a colocar na parte inferior das minhas costas. Seus olhos não deixaram os meus o tempo todo. Uma excitação nervosa estava percorrendo o meu corpo e eu apenas fiquei parada lá, congelada, sem saber realmente o que eu deveria fazer. Tudo isso era totalmente novo para mim e eu estava quase morrendo de medo, mas de uma maneira boa de alguma forma. Ele inclinou sua cabeça lentamente e eu senti meus olhos se arregalarem, esperando que os lábios macios dele fizessem contato com os meus. Logo que eles estavam prestes a se conectarem, o meu celular tocou novamente, fazendo nós dois pularmos. Nós dois olhamos para o telefone,
meu coração estava lentamente voltando ao normal enquanto eu começava a voltar para a realidade. Liam estava olhando para ele de cara feia, e eu tive a impressão que ele estava tentando disparar lasers de seus olhos para fazê-lo parar de tocar. Eu dei uma risadinha por causa da sua expressão exasperada e me afastei dele para atender. O identificador de chamadas dizia Justin, de novo. Eu suspirei e atendi. — Eu disse que eu estou a caminho! — Eu revirei meus olhos, embora soubesse que ele não podia me ver. — Só me certificando de que você e o seu amigo gostoso não tinham voltado a dormir, — disse ele com uma risada quando
desligou. Eu
desliguei o telefone e olhei de volta para o Liam; ele ainda estava me observando, mas estava se vestindo ao mesmo tempo. Eu sorri para ele e ele sorriu em resposta, foi bom. Normalmente, ele se transformava no Liam idiota diurno pela manhã, me provocando tão logo eu acordasse, mas hoje ele parecia diferente. Eu não conseguia evitar, e me perguntei por quanto tempo isso iria durar. Fui até o meu guarda-roupas e peguei uma legging preta e uma regata branca apertada que apenas cobria o meu traseiro; eu peguei roupas de baixo limpas e fui até o banheiro para me trocar. Quando eu passei por ele, ele pegou minha mão, fazendo-me parar. — Você sabia que você tem o traseiro mais sexy do mundo, né? — ele sussurrou, um pouco antes de ele pressionar seus lábios nos meus levemente, enviando o que pareciam ser raios pelo meu corpo. Quando ele soltou, eu apenas olhei para ele um pouco chocada. — Sim, eu aposto que você diz isso para todas as garotas, — eu murmurei,
balançando minha cabeça e indo para o banheiro, fechando a porta e respirando fundo. O que há de errado comigo? Por que ele está fazendo eu me sentir assim? Aquele é o Liam pelo amor de Deus! Ele vai te esmagar e você vai terminar como aquela maldita biscate da Jessica, implorando pela atenção dele quando ele terminar e tiver o que quer. Mas ele não faria isso comigo. Ele passava toda noite comigo pelos últimos oito anos. Eu precisava dele para ser capaz de dormir, ele mantinha meus pesadelos distantes. Ele não me machucaria, não é? Eu confio nele para me manter segura, mas eu poderia confiar nele com o meu coração? Eu sabia que a resposta para isso era não, eu não podia, mas por alguma razão eu queria. Quando eu saí do banheiro, ele tinha sumido, mas isso não me surpreendia. Eu fui até a janela para trancá-la como sempre e eu vi uma pequena margarida branca no parapeito. Eu olhei para fora e sorri, estas flores cresciam bem do lado de fora da minha janela, ele colheu uma para mim quando saiu, e a deixou ali sabendo que eu a veria quando eu trancasse a janela. O meu coração pulou uma batida e eu sorri, um pouco confusa. Isso era tão diferente do Liam, fazer algo assim. Eu suspirei enquanto enfiava a pequena flor no meu rabo de cavalo, e em seguida fui para a cozinha, pegando duas caixas de suco. Eu escrevi um bilhete para o Jake dizendo a ele que eu tinha ido dançar e que eu iria ajudá-lo a limpar mais tarde se ele deixasse que Kate e Sarah viessem para assistir um filme hoje à noite. Eu sabia que ele iria aceitar, este era o meu suborno de sempre para ajudá-lo a limpar depois das festas dele;
elas viriam a nossa casa à noite e ele pagaria pela pizza e um filme. Tudo que ele tinha que fazer era aguentar duas garotas dando em cima dele e do Liam a noite toda, já que normalmente ele sempre vinha também, se ele não tivesse um encontro. Eu saí pela porta da frente e entrei no carro dele, que já estava ligado do lado de fora de casa. — Ei, eu te trouxe isso, — eu cantarolei, entregando a ele o suco. — Obrigado. Eu te trouxe isso. — Ele sorriu, entregando-me uma fatia de torrada. Eu ri. — Essa é uma troca muito boa, — eu disse, sorrindo para ele e comendo. — Ah, eu preciso ir ao Benny's e comprar rosquinhas, se estiver tudo bem. — Eu olhei para ele esperançosamente enquanto nós estávamos dirigindo pela rua. Ele assentiu e ainda estava sorrindo. — Por que você está tão feliz hoje? — eu perguntei, curiosa para saber o motivo de ele estar tão sorridente. Ele não podia ter dormido tanto e eu sabia que ele ainda estava cansado, podia notar pelos olhos dele. — Eu tive uma boa noite ontem, é só isso. Eu finalmente peguei uma garota muito gostosa que eu estava de olho já fazia um tempo. — Ele piscou para mim, seu sorriso sincero se transformando em seu sorriso irônico estúpido. A sensação nas minhas entranhas era como se alguém tivesse enfiado uma serra elétrica na minha barriga. Ele tinha ficado com alguém, e em seguida, deu em cima de mim na cama? Aquele idiota estúpido! Eu o beijei, um beijo muito bom, e ele tinha usado alguma garota para transar antes disso! Aff, o estúpido mulherengo, eu sabia que
eu não deveria esperar nada diferente. Eu virei para o lado para que ele não pudesse ver o quão magoada eu estava, olhei para fora da minha janela, recusando-me a chorar. Chorar é para os fracos. Eu quase nunca deixava ninguém me ver chorar, mas algumas pessoas já estavam atrás das defesas que eu havia construído, então eu não podia evitar. Ele encostou no Benny's e eu pulei para fora, querendo ficar longe dele. Eu pedi vinte rosquinhas variadas, com bastante chocolate porque elas eram as minhas favoritas. Quando eu voltei para o carro, Liam sorriu. — Tem o bastante aí? — ele brincou, olhando para duas caixas enormes que eu tinha nos braços. Eu apenas assenti e aumentei o volume do rádio. — Eu gosto dessa música, — eu menti; eu não tinha ideia do que era, mas eu apenas não queria falar com ele. Ele me lançou um olhar estranho. — Você odeia música eletrônica, — ele disse, franzindo a testa e abaixando o volume. Na verdade, ele estava certo, eu odiava esse negócio, mas eu preferia isso do que conversar com ele, o mulherengo mentiroso. Nós paramos ao lado de fora do estúdio onde a minha equipe ensaiava todo sábado, nós éramos uma equipe de dança de rua e nós éramos muito bons também. Nós tínhamos entrado em uma batalha de dança na semana passada contra dez outras equipes na área e ficamos em segundo, ganhando mais de $1.000 de prêmio em dinheiro. Não que a gente já tenha visto esse dinheiro, ele ia direto para as nossas horas no estúdio e uniformes, músicas, e panfletos ou cartazes. Eu amava dançar, dança de rua era a minha favorita e qualquer coisa que combinava uma
batida de hip hop tinha o meu voto. Sempre tinha sido o meu sonho desde que eu era uma garotinha ter o meu próprio estúdio de dança, talvez um dia eu chegasse lá, mas isso parecia altamente improvável. — Ei, sinto muito pessoal, eu dormi demais, — eu disse, olhando para todos eles, me desculpando enquanto entrava. Justin me puxou para um abraço e eu tentei nas me afastar dele, que estava usando o seu pedaço de roupa rosa na forma de um boné hoje. — Está tudo bem. Eu dormiria demais também se eu tivesse um traseiro lindo na minha cama, — ele provocou com um sorriso enquanto acenava por cima do meu ombro na direção do Liam. Eu revirei meus olhos e coloquei as rosquinhas na mesa, pegando uma de chocolate rapidamente antes que todas acabassem. Eu segui para dizer oi para o resto do pessoal. Havia oito de nós na equipe, quatro garotas e quatro rapazes. Eu estava alegremente conversando com os caras, quando o Justin chamou todo mundo para começar. — Vendo que nós já estamos quarenta e cinco minutos atrasados porque alguém não conseguiu arrastar seu traseiro para fora da cama a tempo, é melhor nós começarmos, — ele afirmou, me lançando um olhar trocista e me fazendo rir. Nós começamos a trabalhar na nova rotina; era difícil e complicada e tinha até mesmo alguns pulos bem assustadores. O pior era o que eu estava no ombro do Ricky e tinha que pular, girar no ar para que eu estivesse de frente para trás, então ele iria me pegar enquanto eu caía em cima dele. Quase instantaneamente, eu tinha que colocar minhas pernas ao redor da cintura dele antes de me inclinar totalmente de costas
colocando meus braços no chão e girar meu corpo para o chão. Por sorte, nós tínhamos tatames, porque demorou mais de uma hora para eu conseguir acertar uma vez, e deixa eu te contar, doía, especialmente se o cara musculoso que supostamente teria que te pegar, caía em cima de você. Depois de aproximadamente vinte tentativas, eu empurrei o Ricky para longe de mim, rindo. Eu não conseguia nem levantar de tão cansada que eu estava, suor estava escorrendo pelas minhas costas. — Certo, eu oficialmente desisto disso por hoje. Minha cabeça dói, minhas costas doem, a minha bunda dói, até mesmo meus braços e pernas estão doendo de segurar, — eu reclamei, deitando igual uma estrela do mar no tatame. — Tudo bem, é quase uma mesmo, então é melhor a gente arrumar o estúdio, — Justin disse, esticando sua mão para ajudar a me levantar. Eu balancei a cabeça, rindo. — Não posso. Eu honestamente não consigo me mexer, — eu murmurei, fechando meus olhos, tentando recuperar meu fôlego. Quando eu percebi, o Liam estava lá, ele me pegou e levantou, me jogando por cima do ombro dele como se eu não pesasse nada, e seguiu em direção ao chuveiro feminino, rindo. — Que diabos você está fazendo? — eu gritei, ainda irritada com ele pelo que ele havia feito comigo ontem à noite. — Te ajudando, — ele afirmou. Eu podia ver que ele estava rindo pela voz sexy estúpida dele. — Me coloca no chão! — eu exigi, tentando me soltar, mas ele apenas me segurou mais apertado. Eu ouvi o chuveiro sendo ligado.
Não! Ele não faria isso. Ele fez. Ele entrou no chuveiro, colocando-me embaixo do borrifo, nós dois ficando completamente encharcados. Eu fiquei parada lá, chocada. Eu tinha uma troca de roupas comigo então isso realmente não importava, mas eu não achava que ele tinha. Haha, idiota burro, agora ele tinha que sentar no carro dele com as roupas molhadas! Ele estava rindo de mim então eu juntei minhas mãos e juntei um pouco de água, jogando-a nele; ele riu mais ainda e agarrou minha cintura, pressionando-se em mim embaixo do chuveiro. A água estava escorrendo pela cabeça dele, grudando seu cabelo em seu rosto, ele estava incrivelmente sexy. As roupas dele estavam grudadas em seu corpo; eu queria passar minhas mãos nele para sentir as linhas de seus músculos. Ele inclinou a cabeça para frente e me beijou, envolvendo seus braços apertados ao meu redor e me empurrando contra a parede. Ele chupou de leve o meu lábio inferior e eu felizmente abri minha boca, ansiosa para sentir o gosto dele novamente. Ele tinha um gosto ainda melhor hoje, provavelmente porque eu ainda estava meio bêbada quando nós nos beijamos ontem à noite, então eu não pude apreciar tanto. O beijo dele era lindo e estava enviando ondas de desejo pelo meu corpo. Finalmente, ele se afastou e nós dois estávamos sem fôlego. Eu olhei em seus olhos e pude ver que eles estavam dançando com entusiasmo, eu também podia ver outra coisa que me assustava muito porque eu sabia que não estava pronta para isso. Eu vi luxúria, pura e simples. Liam queria muito o meu corpo. Eu engoli em seco e o empurrei para trás,
saindo do chuveiro rapidamente. — Desculpa, eu não deveria ter feito isso. Muito cedo, não é? — ele perguntou, saindo do chuveiro e pegando minha mão. Eu me virei para olhá-lo. Eu não podia dar a ele o que ele queria; ele podia muito bem conseguir isso em outro lugar. Quer dizer, ele era o Liam James pelo amor de Deus! Ele podia ter qualquer garota que ele quisesse, e ele tinha! Ele já admitiu que havia ficado com alguém ontem à noite antes de me beijar. Ele era um jogador, pura e simplesmente, e se eu o deixasse ter o meu coração, ele iria quebrá-lo, sem dúvidas quanto a isso. — Liam, o que você quer de mim? — eu perguntei baixinho, olhando para os meus tênis encharcados. Ele colocou o dedo embaixo do meu queixo e ergueu meu rosto para que eu olhasse para ele. — Tudo, — ele disse simplesmente. Meu coração parou, e em seguida, disparou com o quão doce isso soava. Espera, é só uma frase para conseguir entrar na sua calça, Amber, acalme-se! — Eu não posso te dar isso, nem mesmo um pouco. Vá encontrar a biscate que você ficou ontem à noite, eu tenho certeza que ela estará mais do que disposta a fazer ―tudo‖ por você, — eu rosnei desagradavelmente, fazendo sinais de aspas na palavra tudo, antes de sair apressadamente para me trocar. Minha mochila já estava aqui, eu presumi que uma das garotas havia colocado aqui depois de ver o Liam e eu no chuveiro nos beijando. Droga, isso é embaraçoso! Ele agarrou meu pulso e me fez parar e olhar para ele. — De que biscate você está falando, Anjo? — ele perguntou, olhando para mim,
confuso. — A biscate que você pegou antes de me beijar na cama! Droga, Liam, você nem estava bêbado e você já esqueceu? Uau, essa deve realmente ter significado algo para você, — eu vociferei acidamente. Ele parecia ainda mais confuso. — Eu não fiquei com ninguém ontem à noite, do que você está falando? — ele perguntou, tentando me puxar para ele, mas eu fiquei firme onde estava e arranquei meu pulso de seu alcance, ele não resistiu, apenas me deixou ir; ele sabia que eu não gostava que me segurassem. Eu dei a ele o meu olhar mortal e tirei minha toalha da mochila, secando o meu cabelo que estava pingando. Eu tirei a pequena margarida do meu rabo de cavalo e a joguei nos pés dele. — Liam, você já me contou no carro mais cedo que você ficou com alguma garota que você queria, é por isso que você estava tão feliz, — eu grunhi. Ele realmente iria mentir para mim a respeito disso agora? Compreensão passou pelo seu rosto, seu corpo parecendo relaxar visivelmente. — Na verdade, eu nunca disse que tinha pegado ninguém. O que eu disse, realmente, foi que eu finalmente tinha conseguido ficar com uma garota realmente gostosa que eu estava atrás já fazia um tempo, — ele afirmou, dando de ombros e sorrindo, como se isso esclarecesse tudo. Eu balancei a cabeça, ainda brava. O palavreado não importava para mim, era tudo a mesma coisa e eu ainda me sentia traída e usada. — Que seja, ficou, pegou, é tudo a mesma coisa. Você é um maldito jogador e eu não posso acreditar que eu deixei você me beijar. Duas vezes! — eu gritei. Eu podia sentir as lágrimas ameaçando sair, então eu virei minhas costas
para ele. — Você não está entendendo o que eu estou dizendo! — ele disse desesperadamente. Eu me virei para encará-lo novamente. — Ah, me desculpa! Explique, por favor, — eu disse, sarcasticamente, acenando minha mão num gesto de siga em frente. — Eu estava falando de você, — ele disse baixinho. Eu franzi a testa, eu? — Eu sou louco por você desde a primeira vez que eu te vi Anjo, mas o seu irmão não me deixava nem chegar perto de você. Todo esse tempo, sempre foi só você. — Ele olhou para o chão como um garotinho perdido, e eu não podia respirar. Ele realmente havia falado isso? Ele gostava de mim, mas o Jake não deixava ele se aproximar de mim? Isso poderia ser verdade? De qualquer forma, ele é um jogador que faz sexo com três ou quatro garotas diferentes por semana. Como poderia ter sido sempre apenas eu? Ele nunca teve uma namorada, ele apenas vai a encontros! Ele me olhou suplicante, ele estava magoado, eu pude notar pelo seu rosto, mas eu não sabia o que fazer. Se eu me arriscasse, eu sabia que eu iria me apaixonar por ele e havia uma boa chance que ele iria quebrar o meu coração em milhões de pedaços, mas não que eu suportaria perdê-lo. Ele tinha sido uma constante em minha vida e eu precisava dele, provavelmente mais do que eu precisava do Jake. Ele deu um passo para frente e pegou o meu rosto em suas mãos e inclinou seu rosto ao meu e me beijou com ternura. Eu sabia que a decisão havia sido tomada; isso realmente não era algo que eu poderia pensar a respeito e medir os prós e
contras. Quando Liam me beijou, tudo pareceu certo e completo, da maneira como deveria ser. Eu o beijei de volta, colocando meus braços ao redor dele com força, pressionando-me em seu peito. Ele se afastou e sorriu para mim. — Que tal eu comprar o almoço hoje, e nós chamarmos de um encontro? — ele sugeriu, olhando para mim timidamente. Eu nunca tinha visto o Liam tímido ou vulnerável na vida dele. A expressão carinhosa e suplicante em seu rosto era o bastante para soltar o que pareciam ser centenas de borboletas em minha barriga. Eu fingi pensar nisso por alguns segundos e seu rosto caiu. — Ok, — eu finalmente concordei, sorrindo. Ele sorriu feliz, antes de me puxar para outro beijo que realmente fez eu me sentir um pouco tonta. Ele se afastou do beijo no momento que eu estava ficando um pouco sem fôlego. — É melhor eu ir pegar algumas roupas secas no carro, dar uma chance para você se trocar, — ele disse olhando para mim com um sorriso satisfeito em seu rosto. — Não que você não esteja sexy pra caramba no que você está vestindo. Eu olhei para mim, para ver que a minha camiseta branca agora estava
grudada
em
mim e
completamente
transparente.
Eu
ri
desconfortavelmente e coloquei meus braços ao meu redor, corando igual uma louca. Ele riu também e se abaixou para pegar a flor que eu havia jogado aos pés dele. Ele a segurou de volta parra mim, sorrindo seu lindo sorriso. — Obrigada, — eu sussurrei, mordendo meu lábio enquanto o meu rosto queimava de vergonha. — Disponha, — ele disse enquanto saía pela porta.
Capítulo 6 Eu troquei de roupa rapidamente e fui até o carro. Liam já estava lá, inclinado casualmente contra o carro, conversando alegremente com o Justin e o Spencer, outro cara da minha equipe. — Ei, — eu falo enquanto caminho em direção a eles. Liam deu um belo sorriso para mim. — Essa é minha deixa pessoal, tenho que levar a senhorita para o nosso primeiro encontro de verdade. Vejo vocês na próxima semana, — ele disse, acenando para eles com um movimento da mão. A boca do Justin se abriu e ele olhou de mim para o Liam diversas vezes. — Encontro? Mas... Quer dizer... O quê? Eu pensei que ele fosse o melhor amigo do seu irmão! Você nem mesmo gosta dele; você sempre diz que ele é um idiota mulherengo. Sempre que eu comentava contigo o quanto ele era gostoso, você apenas dizia que você nunca tocaria no traseiro infectado de DST dele nem com uma vara cumprida. — Justin disse, franzindo a testa e olhando para mim, confuso. Eu resmungo e fecho meus olhos. Eu estava literalmente tão envergonhada que eu desejei que o chão se abrisse e me engolisse. Como ele pôde dizer todas essas coisas bem na frente do Liam? Não que eu não houvesse dito isso na cara dele em mais do que uma ocasião, mas eu ainda me sentia horrível. Eu ouvi o Liam começar a rir, então eu arrisquei um olhar para ele, que não parecia com raiva nem nada.
— Obrigada, Jus, — eu murmurei, dando a ele um olhar que deveria ser capaz de matá-lo no local onde ele estava. Liam estendeu a mão e agarrou a minha, me puxando para o seu lado, ainda rindo. — É uma prerrogativa da senhora mudar de ideia, — ele disse ao Justin com um piscadela, abrindo a porta do carro para mim. — Eu vejo vocês não próxima semana caras, e eu prometo não me atrasar, — disse eu, beijando as bochechas deles antes de entrar no carro. Liam deu nos dois um abraço com aperto de mão típico dos homens, e correu para o lado do motorista. Quando ele ligou o carro, olhou para mim com um sorriso. — Desculpa, — eu murmurei, corando novamente. — Não se preocupe com isso. Não é nada que eu não tenha ouvido antes da sua linda boca, — ele respondeu com um sorriso. Eu não consegui segurar o sorriso, ele estava cheio de elogios hoje, mas uma parte de mim estava se preocupando se ele dizia isso para todas as outras garotas. Ele estava esperando que eu transasse com ele depois de uns dois encontros? Porque se ele estava, então ele iria ficar muito desapontado. Eu decidi que nós precisávamos conversar sobre isso. Quer dizer, qual era a razão de tentar, se ele só iria me usar para sexo, e eu não estava planejando fazer isso tão cedo? — Então, onde nós vamos almoçar? — ele perguntou, tirando-me do meu pequeno debate interno. — Hum... eu não me importo, o que você gosta? — eu perguntei. Ele me lançou um olhar paquerador e um sorriso malicioso. Eu revirei meus olhos para ele; ele realmente era um jogador louco por sexo! — De comer, Liam, — eu acrescentei, cruzando meus braços sobre o meu peito,
tentando parecer brava. Ele apenas riu e começou a dirigir. — Que tal comida chinesa? Você gosta disso, não é? — ele perguntou, olhando para mim do canto de seu olho. — Sim, eu amo comida chinesa! — eu cantarolei alegremente, sorrindo como se eu tivesse ganhado na loteria. Jake odiava comida chinesa então nós quase nunca comíamos. Liam sorriu e nos levou para o restaurante no alto da rua.
Estávamos agora sentados, comendo nossa comida. Vínhamos conversando alegremente pela última hora e eu estava novamente surpresa pela forma como era fácil conversar com ele. Eu o conheço há doze anos e nós nunca realmente apenas conversamos propriamente sobre as coisas. A perna dele encostou na minha embaixo da mesa e me fez pular, não por causa do meu medo, mas porque isso enviou uma sacudidela através do meu corpo, fazendo os fios de cabelo na minha nuca se eriçarem e o meu pulso acelerar. Eu decidi que agora era hora de resolver isso, havia apenas outro casal no restaurante então nós podíamos conversar livremente, mas eu apenas não sabia como começar. — Liam, eu acho que nós precisamos conversar sobre alguma coisa, — eu disse baixinho. Ele inclinou a cabeça um pouco para o lado e olhou para mim curiosamente. — Certo. O que foi?
Respirei fundo, eu apenas precisava desabafar e ver o que ele pensava sobre isso. — Eu realmente não sei o que você quer de mim. Quer dizer, você pode ter qualquer garota que você quiser. Eu sou um desastre emocional pelo amor de Deus... Quer dizer... Eu recuo cada vez que alguém encosta em mim. Eu... Eu não posso te dar o que você quer, — eu divago, franzindo a testa. Uau! Isso saiu um pouco diferente do que eu havia pensado, mas pelo menos eu consegui expor meu ponto de vista. — Você está preocupada com o sexo, — ele afirmou, olhando para mim com conhecimento de causa, não parecendo estar incomodado por essa conversa nem um pouco. Eu engoli em seco e assenti. — Eu apenas... Eu não estou pronta para qualquer coisa assim, então se é isso que você quer, então realmente não há motivo para começar alguma coisa, — eu disse baixinho, olhando para o meu prato e desejando que o chão me engolisse novamente. Ele colocou a mão embaixo do meu queixo e ergueu meu rosto para olhar para o seu, ele estava sorrindo o seu lindo sorriso. — Eu posso esperar o tempo que quiser. Eu realmente sou louco por você, não tem nada a ver com sexo, — ele disse com ternura, fazendo o meu coração acelerar. Ele estava falando sério ou esse era um truque para que eu desse para ele mais cedo? — E se eu dissesse que eu não concordo com fazer sexo antes do casamento? — eu perguntei, testando-o. Os olhos dele mostravam divertimento, mas ele manteve seu rosto sério. — Então eu diria para nós nos casarmos logo que você tiver idade o suficiente. Dezoito é a idade permitida, certo? — ele respondeu, piscando
para mim. Eu ri, mas eu ainda estava incerta do que ele queria dizer, eu não faria dezoito anos pelos próximos dois anos, ele estava dizendo que ele esperaria dois anos por mim? Sem sexo até depois do casamento não era algo em que eu acreditava; eu só queria ver a reação dele. — Eu não acredito nisso, mas eu não sei quanto tempo vai demorar Liam, honestamente. — Eu mordi meu lábio nervosamente. — Anjo, eu disse que eu posso esperar o tempo que você quiser. Eu quero ficar contigo. — Ele olhou bem nos meus olhos enquanto ele falava. Eu não vi um centímetro de dúvida ou enganação lá e eu senti a esperança crescendo dentro de mim. Ele realmente estava gostando de mim tanto assim que ele esperaria por mim? — E se em três meses quando você ainda não tiver conseguido nada, e alguma garota se jogar em você, você poderia esperar então? — eu perguntei com ceticismo. Ele riu. — Você realmente acha que eu sou algum tipo de jogador louco por sexo, não é? — ele perguntou. Eu assenti em confirmação. Eu não achava isso, eu sabia disso, ele dormia com todas! — Você sabe por que eu estive com todas essas garotas? — ele perguntou, de repente parecendo desconfortável e envergonhado. — Elas eram boas no sexo oral? — Eu perguntei sarcasticamente. Ele realmente iria entrar em detalhes sobre a vida sexual dele com uma garota que ele havia acabado de dizer que era louco a respeito, e que tinha medo de fazer sexo? Ele realmente não tinha ideia? Ele engasgou com a risada, e balançou a cabeça. — Não, Anjo. A
razão pela qual eu saí com todas aquelas garotas, era para tentar esquecer de você. Eu acordava ao seu lado todos os dias. Você deixava a minha mente e corpo em frenesi. Eu podia sentir o cheiro do seu cabelo quando eu fechava meus olhos, ou podia imaginar como era a sensação da sua mão quando você a colocava no meu peito. Isso me matava todo dia, estar tão próximo de você, no entanto tão longe, — ele disse, balançando a cabeça e respirando fundo, olhando para mim com esperança. — Pensei que se eu conhecesse outra pessoa, eu talvez fosse capaz de parar de pensar em você, mas isso não funcionou. Nada funcionou. Quando eu estou com elas, quero que seja você. Quando elas riem ou falam, eu não consigo evitar a comparação com a sua voz ou sua risada. Sempre foi você; sempre será você, Anjo. Eu não conseguia falar. O que diabos eu poderia falar sobre isso? Quer dizer, eu sei que ele é um jogador, mas eu estava matando-o? Aquele discurso foi tão malditamente adorável! — Oh, — eu engoli em seco. Ele soltou uma gargalhada. — Oh? Isso é tudo que você tem a dizer? Eu assenti e ri também. Eu ainda não tinha palavras para responder àquela pequena confissão que ele havia acabado de fazer. Minha cabeça ainda estava girando e eu sabia que se eu dissesse alguma coisa agora, iria como uma idiota. Eu me inclino sobre a mesa e pego a mão dele, ele sorri alegremente para mim e isso parece ser o necessário. Minha cabeça está girando com pensamentos; eu realmente não sabia no que acreditar. Ele havia acabado de fazer essa confissão enorme sobre os sentimentos dele, mas isso significa que ele não vai me trair? Bem, na verdade, nós não éramos um casal oficialmente.
Liam apenas ia a encontros, ele nunca tinha tido uma namorada, então tecnicamente eu não teria reivindicação sobre ele de qualquer forma. Eu precisava ser cuidadosa, quanto mais tempo eu passasse com o Liam, mais eu gostaria dele. Eu estava realmente em perigo de ter o meu coração esmagado. Meu celular tocou, nos salvando do silêncio levemente estranho. Não era um silêncio desconfortável no entanto, apenas estranho, como se ele estivesse perfeitamente contente em apenas segurar a minha mão e me olhar. O identificador de chamada dizia que era a Kate. — Ei, Kate, o que foi? — eu disse alegremente. — Ei, Amber, quer que eu leve um filme essa noite? — Sim, claro. Nada assustador, no entanto. — Eu sorri e dei um tapinha de leve enquanto ele tentava roubar um dos meus rolinhos primavera do meu prato. — O quê? — ele balbuciou para mim inocentemente. Eu revirei meus olhos para ele e passei a ele o meu prato. — Eu estava pensando em Madrugada dos Mortos, — Kate respondeu. Eu engasguei; ela estava brincando comigo? — De jeito nenhum! Eu não vou assistir isso, eu vou morrer de medo! — eu gritei, horrorizada ao pensar em ver um filme de zumbis. Eles me deixavam tão assustada que eu não conseguia ficar sozinha depois; eu tinha que ir fazer xixi no banheiro com a porta aberta pelo amor de Deus! Eu podia ouvi-la rindo. — Por favor, Amby? Eu realmente quero vê-lo, — ela implorou, eu podia imaginar o olhar de cachorrinho pidão em seu rosto nesse momento.
Liam estava me dando uma expressão interrogativa, então eu coloquei minha mão sobre o receptor e sussurrei, — Madrugada dos Mortos. Ele arregalou os olhos levemente antes de me dar um sorriso. — Não se preocupe Anjo, eu te protejo, — ele sussurrou com confiança, fazendo-me sorrir. — Amby, por favor? — Kate implorou novamente. — Ah caramba, tudo bem, traga o maldito filme! — eu murmurei, derrotada. Pelo menos o Liam estaria lá, ele sempre mantinha os meus pesadelos afastados. Apenas seria ruim quando eu estivesse sozinha, como no chuveiro ou algo assim. De repente eu poderia fazê-lo ficar do lado de fora da porta e ler para mim ou algo assim, enquanto eu estivesse lá dentro, não é como se ele não tivesse feito isso por mim antes. Eu olhei para ele um pouco chocada, na verdade, quanto mais eu pensava nisso, mais esse Liam doce e engraçado aparecia na minha mente. Ele frequentemente fazia essas pequenas coisas por mim que eu nunca havia notado antes. Ele sempre foi doce comigo, mas eu fui muito preconceituosa para notar? — Então, o que você acha, pode ser? — Kate perguntou. Eu voltei à realidade. Droga, eu não estava ouvindo nada do que ela estava dizendo! — Desculpa, Kate, o quê? Eu não te ouvi, desculpa. Eu estava entrando em pânico sobre aquele filme estúpido. — Eu estremeci só de pensar nele. Ela suspirou. — Eu disse que a minha mãe e o meu pai vão viajar no
final de semana, então você acha que teria problema se eu dormisse na sua casa essa e amanha à noite? Eu realmente não queria ficar sozinha, — ela disse em uma voz baixa. Eu olhei para o Liam e fiz uma careta. Se a Kate ficasse em casa, isso significaria que o Liam não poderia, porque ela dormia em uma cama improvisada no meu chão. — Hum, claro, Kate, você pode passar o final de semana. Jake não vai se importar, — eu concordei relutantemente. Liam olhou nos meus olhos, e ele balançou a cabeça. — NÃO! — ele balbuciou para mim, suplicante. Eu apenas dei a ele um olhar de desculpas e dei de ombros, eu não poderia dizer não a ela, ela era a minha melhor amiga. — Ótimo. Bem, eu vou chegar lá por volta das sete então, tudo bem? — ela cantarolou, soando animada. — Sim, tudo bem. Vejo você depois, — eu desliguei meu celular e olhei de volta para o Liam. — O final de semana inteiro? Eu não vou poder dormir com você o final de semana inteiro? — ele reclamou, logo que eu desliguei o meu telefone. — Desculpa, mas eu não podia dizer não. Os pais dela vão viajar no final de semana e ela não quer ficar sozinha. — Eu olhei para ele, me desculpando. Ele suspirou, parecendo derrotado. — tudo bem, claro. Mas perceba que você acabou de concordar com assistir um filme de terror, e eu não estarei lá nas próximas duas noites, — ele afirmou com um sorriso arrogante.
Eu resfoleguei. Eu não tinha pensado sobre isso! Eu não dormia muito bem sem o Liam lá, eu tinha pesadelos bem ruins, sobre o meu pai, e agora por cima disso eu teria sonhos com zumbis também? Desde que eu tinha oito anos de idade eu havia passado apenas algumas semanas longe do Liam, tipo quando um de nós saía de férias, ou uma vez quando ele teve catapora e eu tive que ficar longe dele por quatro dias. Toda vez que eu estava sozinha, meus sonhos eram tão ruins que eu acordava gritando. Eu pedia para o Jake dormir comigo algumas vezes quando eu era mais jovem, mas ele não parava os sonhos então eu apenas parei de pedir para ele. Eu sabia que Liam não dormia nada quando ele não estava comigo. Ele literalmente ficava deitado acordado, incapaz de se sentir confortável. Ele sempre dizia que a cama dele tinha uma sensação estranha porque ele não dormia nela desde que ele tinha dez anos de idade. Ele odiava quando as minhas amigas vinham dormir na minha casa e reclamava sobre isso todo o dia seguinte, dando dicas não tão sutis de que ele não estava impressionado em ter que dormir em sua própria cama. — Bem, eu não sei por que você está tão arrogante a respeito disso; você não vai conseguir dormir muito bem também. — Eu sorri, mostrando minha língua para ele. — Humm, isso é um convite? — ele perguntou, erguendo uma sobrancelha. Eu instantaneamente percebi sobre o que ele estava falando, ele estava perguntando se eu queria beijá-lo de novo porque eu havia mostrado a minha língua. Eu com certeza queria. — Claro, — eu ronronei, olhando para ele sedutoramente, sabendo
que ele não poderia me alcançar por cima da mesa então ele teria que esperar até depois que nós saíssemos do restaurante. Ele imediatamente pulou de sua cadeira e se inclinou ao meu lado, pegando meu rosto em suas mãos e me beijando, não parecendo se importar onde nós estamos ou se as pessoas estavam vendo. Eu tomei a iniciativa dessa vez e passei minha língua ao longo de seu lábio inferior, ele abriu a boca rapidamente e eu deslizei minha língua para dentro. Ele gemeu na minha boca, puxando-me mais próximo à ele. O beijo era tão bom que estava me deixando levemente zonza. Ele não tentou me tocar uma vez a não ser pelo meu rosto, o que me surpreendeu. Talvez ele não estivesse me usando apenas pelo sexo, afinal de contas. Eu sorri contra seus lábios e ele se afastou, sorrindo para mim também. — Obrigado,— ele sussurrou, beijando-me novamente rapidamente e então se sentando do lado oposto ao meu como se nada tivesse acontecido. Ok, eu não estou nem um pouco acostumada com esse negócio de encontros e de beijar! — É melhor nós irmos; eu preciso falar com o seu irmão. — Ele franziu a testa, parecendo triste e um pouco assustado. — Você não vai contar para ele, vai? — eu perguntei, horrorizada ao pensar sobre o Jake sabendo disso e ficando louco. Ele assentiu. — Sim, Anjo. Ele sabe que eu tenho gostado de você esse tempo todo, mas ele não achou que você gostasse de mim, então eu preciso falar com ele sobre nós namorarmos de verdade. — Ele fez uma careta ao falar isso; eu imagino que ele estava pensando sobre a surra que o Jake daria nele quando ele contasse.
— Liam, por que nós não deixamos assim por enquanto, e então talvez em duas semanas, se tudo correr bem, daí então nós podemos falar com ele juntos. Quer dizer, nós nem sabemos se isso vai dar certo, não é? — Eu pergunto com um encolher de ombros. Eu não vejo realmente o motivo em falar para o Jake e bagunçar tudo se isso não for dar certo. Na verdade, quanto tempo duraria quando ele percebesse que eu realmente não estou planejando dormir com ele tão cedo? Quando ele ficar entediado ou desesperado, ele iria fugir de mim para a transa mais fácil, gritando enquanto isso. Ele parecia um pouco assustado. — Você não acha que vai dar certo? — ele perguntou, sua voz soava magoada. — Honestamente? Eu apenas não acho que você consiga esperar, Liam. Quanto tempo vai demorar antes de você decidir que você já teve o bastante e durma com alguma biscate? — eu respondi, odiando a expressão magoada que cruzou seu rosto. — Eu prometo que eu nunca vou trair você, nunca. Eu esperei por muito tempo por essa chance; eu não vou estragar tudo. — Ele pegou minha mão e eu podia ver a honestidade em seus olhos, ele realmente acreditava que ele não trairia, mas ele era um garoto, no final das contas, e o corpo dele diria outra coisa eventualmente. — Vamos apenas esperar um pouco, tudo bem? — eu sugeri, puxando minha mão e acenando para o garçom. Ele veio imediatamente. — Oi, a conta, por favor? — eu pedi com um sorriso, ele assentiu e foi embora. — Eu só vou ao banheiro. Se ele voltar antes de mim, então use isso,
certo? — Liam instruiu, entregando-me sua carteira e andando rapidamente para o banheiro. Eu fiz uma careta, acho que eu realmente machuquei os sentimentos dele dizendo aquilo. Droga, eu podia ser tão burra às vezes! Eu o observei enquanto ele caminhava, meus olhos inconscientemente se concentraram em seu traseiro. Uau, ele realmente tinha um traseiro bonito! Alguém pigarreou ao meu lado, me fazendo corar porque eu tinha acabado de ser pega encarando. Eu olhei para cima e o garçom estava parado ali com a conta. — Ah, desculpa! Eu não tinha percebido você aí, — eu murmurei, envergonhada. — Não se preocupe com isso. — Ele me entregou o recibo e se abaixou ao meu lado para que nós estivéssemos no mesmo nível. Ele colocou uma mão nas costas da minha cadeira e uma na mesa para que eu ficasse presa. O meu coração começou a acelerar. Ele estava próximo demais. — Então, eu não tinha te visto por aqui antes. Eu definitivamente teria me lembrado de um rosto tão lindo quanto o seu, — ele disse, seus olhos fazendo buracos em mim, ele estava me olhando como se estivesse me imaginando nua. Eu me remexi no meu assento. — Hum, não, eu nunca estive aqui antes, — eu murmurei desconfortavelmente, olhando para a quantia que devia ser paga e pegando a carteira do Liam do meu colo. — Eu sou o Simon. — Ele estendeu sua mão para me cumprimentar. Eu olhei para ela e engoli em seco, eu realmente não queria tocá-lo, então eu apenas mexi na carteira do Liam fingindo estar procurando por algo.
Eu o senti brincar com o meu rabo de cavalo e me senti enjoada. — Então, qual é o seu nome? — ele perguntou, com um sorriso paquerador. — O nome dela é toque-a novamente e eu quebro a sua cara, — Liam grunhiu possessivamente atrás de mim. Eu fisicamente relaxei. O cara se levantou imediatamente. — Desculpa, eu estava apenas conversando com a sua namorada, só isso. Nenhum mal foi feito, — ele disse inocentemente. — Certo, — Liam respondeu, soando realmente irritado. Ele estendeu a mão e pegou o recibo e sua carteira das minhas mãos, olhou para o recibo e então entregou ao cara o dinheiro, ainda olhando feio para ele. A minha respiração ainda não havia retornado ao normal, o meu coração ainda estava acelerado. Liam estendeu sua mão para mim. — Você está pronta, Anjo? — ele perguntou, sem tirar os olhos do garçom. Eu peguei sua mão e me levantei. — Você está bem? Você está um pouco pálida. — Ele se aproximou de mim e colocou seus lábios no meu pescoço. Eu coloquei meus braços em volta de sua cintura e me pressionei contra ele, deixando seu cheiro encher meus pulmões, sua respiração soprou minhas costas e ombros, fazendo tudo no meu corpo relaxar. Eu me afastei depois de alguns minutos. — Eu estou bem agora. — Sorri para ele, de forma a assegurá-lo e ele acariciou a lateral do meu rosto suavemente. — Vamos voltar. Eu preciso ajudar o Jake a limpar para que ele compre a pizza de hoje à noite, — eu provoquei. Ele sorriu e enquanto nós caminhávamos para o carro ele deslizou sua mão na minha. Eu não consegui evitar um sorriso. Parecia certo por alguma razão,sua mão parecia se encaixar com a minha perfeitamente.
Era tรฃo natural que era quase fรกcil demais.
Capítulo 7 Levou um longo tempo para limpar a casa. Alguém vomitou no quintal, então eu mandei Jake limpar enquanto eu trabalhava na cozinha, coletando todos os copos e garrafas vazias. Parecia que a festa tinha saído um pouco do controle quando eu e Liam fomos para a cama, e meu irmão idiota não se preocupou em dar um fim na festa. — Esta é a razão pela qual eu fico sóbrio. — Liam disse, franzindo o rosto com nojo para o vaso cheio de xixi no peitoril da janela de estar. — Você ficar sóbrio impede as pessoas de fazer xixi nos vasos de enfeite da minha mãe? — perguntei, rindo histericamente. Ele confirmou com a cabeça. — Pode parecer surpreendente, mas é verdade. Tem sempre alguém que apenas não se incomoda de caminhar até o banheiro. — brincou ele, fazendo-me rir mais. Ele sorriu para mim, fazendo meu coração derreter, e Jake entrou, — Uau, eu realmente estou ouvindo vocês dois rindo de alguma coisa juntos? É a primeira vez. — disse ele, olhando para o que Liam estava segurando, até que vacilou no caminho. — É melhor eu ir resolver isso. — Liam murmurou, andando rapidamente. — eu poderia dizer que ele estava um pouco desconfortável em ter que mentir para Jake, mas eu tinha certeza que esperar um par de semanas seria melhor, só para ter certeza de que isso era o que nós dois queríamos.
— Jake, Kate pode ficar aqui neste fim de semana? Os pais dela estarão fora da cidade e ela não quer ficar em casa sozinha. — perguntei, dando-lhe meu olhar de cachorrinho. Ele fez uma careta. — Ugh! Essa garota não faz outra coisa além de dar em cima de mim, eu não me importaria se ela fosse um pouco mais velha, mas, caramba, ela tem a idade da minha irmãzinha! Eca! — ele disse com um falso tremor. — Então você não acha que garotas de 16 anos devem sair com caras de 18? — perguntei, tentando ser casual. Ele não caiu na minha e me olhou com ceticismo. — Você não está interessada em nenhum cara de 18 anos, não é? — perguntou, estreitando os olhos para mim. Eu vi Liam voltando para o hall com o canto do meu olho. — Não, eu estava falando sobre Kate. — menti. Ele balançou a cabeça parecendo satisfeito. — Não, eu não acho que deveriam. Quero dizer, que tipo de cara é esse que com 18 anos quer sair com menininhas de 16? — ele perguntou, olhando para Liam, que passava por nós parecendo um pouco envergonhado. — São apenas dois anos de diferença Jake, não é grande coisa. Você só está assustado porque a idade dela é a mesma que a minha. Só porque você não namoraria ninguém da idade da sua irmã menor, não significa que todos os caras pensam da mesma forma, certo Liam? — rebati, ainda tentando parecer casual, embora minha voz tenha falhado um pouco quando eu disse o nome do Liam. — Certo. Eu conheço um monte de garotas gostosas que só tem 16
anos. — Liam respondeu, piscando para mim por trás das costas do meu irmão. — Sim, mas você não pode namorar nenhuma delas! — Jake resmungou, virando-se para olhá-lo e batendo-lhe na cabeça enquanto passava. Meu olhar encontrou com o de Liam enquanto eu estava chocada. Uau, Jake realmente sabia que ele gostava de mim, e pelo olhar dele, ele era totalmente contra a ideia de nós dois ficarmos juntos. Isso pode ser ainda mais complicado do que eu pensava. Kate chegou cerca de uma hora depois. — Oi Jake. Oi Liam. — ela ronronou enquanto entrava, dando-lhes seu sorriso sedutor. Eu vi Liam rir baixinho enquanto sorria de volta. — Oi Kate. — Jake sorriu, dando-lhe uma piscadela. Ele realmente não conseguia evitar. Se ele queria que ela parasse de incomodá-lo, então porque a incentivava? — Vamos lá, vamos deixar esses prostitutos sozinhos. — brinquei enquanto pegava a mão dela e a arrastava até o meu quarto. Vi Liam sorrir para mim pelo canto do olho e reprimi o meu sorriso. — Não posso acreditar que vou passar o final de semana todo aqui com você e seu irmão. Acha que Liam vai ficar aqui também? — perguntou com os olhos brilhando. — Não sei, talvez você devesse perguntar a ele. — sorri um pouco desconfortável. Eu podia imaginá-la flertando com Liam na minha frente, e eu não tinha muita certeza de como me sentiria sobre isso. Ela colocou as coisas dela em um canto e se jogou na minha cama. De repente, ela virou o rosto e agarrou o meu travesseiro, franzindo a
testa para ele, parecendo confusa. — Amber, por que o seu travesseiro tem cheiro de colônia de homem? Eu podia sentir meus nervos borbulhando. — Err... Bem, eu... Er... Oh! Liam pega ele emprestado quando dorme aqui, por isso deve estar cheirando a colônia dele. — menti, tropeçando em minhas palavras. Ela enterrou a cabeça no travesseiro. — Mmmmm, é com ele que eu vou dormir hoje à noite. — afirmou, segurando o travesseiro apertado. Engasguei com meu riso. — Tanto faz, Kate. Vamos comer que eu estou com fome. — me empurrei para fora da cama e fui em direção à porta para que fossemos pedir a comida. — Eu trouxe isso! — ela cantarolou, acenando um DVD na frente do meu rosto. Apenas a capa já me assustou pra caramba. Revirei meus olhos e saí para a sala, caindo no sofá ao lado de Liam. Ele colocou a mão para baixo no sofá, ao meu lado, e discretamente esfregou seu dedo na minha mão quando ninguém estava olhando. — Já pediram a comida, Jake? — perguntei, mudando de lado no sofá, pare que meu joelho tocasse a coxa de Liam. Eu vi o começo de um sorriso em seu canto da boca. — Sim. Vai chegar em dez minutos. — disse Jake, deslocando-se no sofá alguns centímetros, pois Kate tinha praticamente sentado em seu colo. — Então, Liam, seu traseiro sexy vai dormir aqui hoje à noite também? Eu estaria mais do que feliz em compartilhar meu colchão com
você, se quiser. Vou ficar morrendo de medo desse filme, talvez eu precise de alguém para me fazer sentir melhor durante a noite. — Kate sussurrou sedutoramente. Eu senti ele se aproximar de mim, então minha perna agora ficou por cima da sua. — Não, eu não posso. Estarei ocupado hoje à noite. Você vai ter que se virar sem mim. — ele deu de ombros e desviou o olhar para a TV. — Oh, bem. Então vai ter que ser você, Jake, se estiver interessado. Eu não ouvi sua resposta, meus ouvidos começaram a vibrar. Na verdade, eu comecei a sentir ciúmes. Foi a primeira vez que eu havia sentido algo assim, eu queria levantar e gritar com a minha melhor amiga para que deixasse Liam em paz. Comecei a rir e, em seguida, me fiz parar, mordendo o lábio. Todos olharam para mim como se eu fosse louca. — O quê? — Jake perguntou, confuso. Balancei a cabeça, sorrindo. — Nada, eu só estava lembrando de uma piada engraçada. — menti e me levantei. — Alguém quer uma bebida? — eu ofereci, tentando mudar de assunto. Todos disseram que sim, então eu caminhei até a geladeira para pegar quatro latas de Pepsi. Enquanto estava fechando a porta da geladeira, Liam me agarrou por trás e me fez virar para olhá-lo. Ele estava tão perto que eu podia sentir sua respiração golpeando meu rosto. — Já estou com saudades. — ele sussurrou, beijando-me levemente. Joguei meus braços ao redor de seu pescoço e puxei-o para mim, aprofundando o beijo, enredando as minhas mãos em seu cabelo.
Ele deu um passo para frente fazendo-me recuar, então eu bati contra a geladeira, enquanto seu corpo pressionava contra o meu. — Acho que a gente deveria falar com seu irmão agora. — ele murmurou, afastando-se um pouco. Eu balancei a cabeça olhando para ele suplicante. — Não, apenas algumas semanas, isso é tudo que eu peço. Ele deu um pequeno sorriso. — Tudo bem, como quiser. Mas você pode falar para a sua amiga parar de dar em cima de mim? Diga a ela que eu tenho dona. Minha respiração ficou presa na garganta com as suas palavras. — Você tem dona? — sussurrei timidamente. Ele me beijou de novo, fazendo meu corpo formigar e ansiar por mais. — Eu definitivamente tenho dona, se você quiser. — respondeu ele olhando-me diretamente nos olhos. Minhas entranhas estavam pulando de alegria, meu coração batia tão rápido que eu quase podia ouvi-los, mas minha cabeça ainda estava me dizendo para ter cuidado. — Eu quero, se você também me quiser. — eu negociei. Ele me deu um sorriso malicioso. — Absolutamente. Sempre que estiver afim, eu vou querer você o tempo todo... — disse ele sugestivamente, balançando as sobrancelhas para mim. Engoli em seco e dei um tapa no ombro dele, fazendo-o rir. — Oh, qual é, eu estou autorizado a fazer comentários sujos com você agora, não estou? Quero dizer, você é minha namorada, preciso jogar todas as minhas melhores cantadas em você. — disse ele, fingindo estar magoado. Ele acabou de me chamar de sua namorada? Meu coração derreteu
ao ouvir o som dessa palavra saindo de sua boca. — Diga isso de novo. — sussurrei, puxando-o para perto de mim. — Eu estou autorizado a fazer comentários sujos com você? — ele perguntou, parecendo um pouco confuso. Neguei com a cabeça. — Não, isso não. Avance um pouco. — murmurei, colocando minha boca a centímetros da sua. — Que você é minha namorada? — ele perguntou. Confirmei com a cabeça, minha respiração estava saindo em pequenos suspiros, o som dele repetindo isso me fez sentir como se eu estivesse voando, eu sinceramente não me lembro da última vez em que estive tão feliz. Ele sorriu. — Você é minha namorada, Anjo. — ele sussurrou sedutoramente, beijando meus lábios levemente. — Minha garota. — ele me beijou de novo. — A única que eu quero. — e mais uma vez, mas agora eu não deixei que ele se afastasse, eu segurei sua cabeça e beijei-o apaixonadamente, fazendo-o gemer um pouco e aumentar seu aperto em mim. De repente, ele pulou para longe de mim e virou de costas. Eu olhei para ele confusa, será que fiz algo errado? Então Jake entrou na cozinha com uma expressão severa no rosto. — Você precisa ter uma conversa com a sua amiga, ela acabou de pegar no meu pênis. — ele sussurrou gritando comigo. Liam e eu começamos a rir ao mesmo tempo. A campainha tocou e eu corri para atendê-la, agradecendo a oportunidade de sair da cozinha. Eu realmente não gostava de estar perto dos dois assim, era meio estranho.
Depois que comemos, Kate colocou o filme de terror idiota. Sentei-me ao lado de Liam. O que significava que Jake teve que sentar ao lado de Kate no outro sofá, o que o deixou obviamente muito irritado. O filme foi horrível. Liam colocou um braço casualmente sobre o encosto do sofá e estava brincando com o meu cabelo discretamente, o que fez com que o filme ficasse um pouco suportável. Mais ou menos na metade, eu estava tão assustada que pulei para Liam e enterrei meu rosto em seu peito. Eu podia sentir Jake atirando punhais em nossa direção, mas não consegui evitar. Quando acabou eu já estava quase totalmente em seu colo, para a felicidade dele. Eu podia ver a protuberância se formando em seus jeans, embora ele tenha rapidamente colocado o braço em cima em uma tentativa de cobri-lo. Corei um pouco, sabendo que era minha culpa, que ele ficou atraído por mim porque fiquei pulando em cima dele. Eu fiquei pensando em todas as vezes que eu tinha reparado que ele estava excitado, na cama ou enquanto dançávamos, e me perguntei se todas essas vezes foram causadas pela atração que ele sentia por mim. Mordi o lábio, talvez essa fosse uma boa pergunta para fazer-lhe. Finalmente, o filme de zumbi idiota acabou e eu dei um suspiro de alívio. — Foi incrível! — Kate declarou sorrindo. — Sim, foi o melhor que eu vi em anos. — Liam concordou com um sorriso, eu sabia o que ele queria dizer, ele tinha gostado porque eu tinha sentado em cima dele.
— Eu odiei! Como vocês podem dizer que é bom? Quero dizer, caramba, são pessoas mortas comendo pessoas vivas e tentando transformá-los em comedores de carne humana também. E agora eu tenho que fazer xixi e estou com medo de ir sozinha! — eu gemi, levantando-me e fazendo beicinho. Por que assisti esse filme estúpido mesmo? Eu sabia que ia ficar com medo! Todos os três riram de mim, mas Liam se levantou. — Eu vou com você e procuro por algum zumbi assustador antes de você entrar, que tal? — ele ofereceu, acenando com a cabeça em direção ao banheiro do corredor, sorrindo. — Você pode olhar o meu quarto também? E o box do chuveiro? — perguntei esperançosa. Ele riu, obviamente pensando que eu estava brincando. — Eu não estou brincando, Liam. — O que você quiser Anjo. — ele concordou sorrindo e me seguindo pelo corredor. Parei do lado de fora da porta do banheiro e esperei ele entrar primeiro. Ele saiu um minuto depois, com o mesmo sorriso bobo. — Esta é uma zona livre de zumbis. — disse ele balançando a cabeça. — Obrigada. — murmurei, corando e me sentindo como uma garotinha. Fui para o banheiro, deixando a porta destrancada, no caso de precisar sair de lá rapidamente. Eu sabia que estava sendo boba, mas não consegui evitar. Lavei minhas mãos e saí para vê-lo encostado na parede esperando por mim, me fazendo rir. — Pensei que seria melhor esperar por você. Nunca se sabe o que podemos encontrar escondido em um canto escuro do corredor. — disse ele, olhando ao redor lentamente com os olhos arregalados. Meu coração
pulou até o pescoço enquanto eu me jogava para cima dele, passando os braços ao redor de sua cintura com força, enterrando meu rosto ao lado de seu pescoço. Ele riu. — Sim, este foi definitivamente o melhor filme desde todos! — afirmou, colocando seus braços ao meu redor e caminhando comigo pelo corredor. Antes de virarmos para a sala, ele se virou e me beijou de leve nos lábios. Jake riu quando entramos na sala. — Sério? Você fez ele te esperar do lado de fora da porta? Isso é baixo, Ambs. Espero que pelo menos você tenha fechado a porta. — brincou ele enquanto eu me sentava. Balancei minha cabeça. — Sim, eu fechei a porta, acho que ele não gostaria de me ouvir fazendo xixi. — disse sorrindo, — Que tal jogarmos Wii? — sugeri tentando me distrair do assunto zumbi. Todos concordaram, então Jake foi arrumá-lo. Decidiram jogar esportes. Liam e Jake jogaram boxe primeiro. Kate sentou-se ao meu lado e os rapazes ficaram na nossa frente. — Hmmm, eu simplesmente não consigo decidir qual deles tem o bumbum mais bonito. Quem você acha? — Kate disse baixinho, mas alto o suficiente para que eles ouvissem, — Ei!! Sério, o que há de errado com você? Aquele ali é o meu irmão. — reclamei, me estremecendo. — Apenas um deles é seu irmão, Amber, o outro é malditamente sexy. E eu acho que ele tem uma quedinha por você. — ela sussurrou alto novamente, fazendo-me estremecer de verdade agora. Vi Jake atirar um olhar mortal para Liam, que parecia estar fingindo que não estava ouvindo nada.
— Certo, tudo bem. — respondi sarcasticamente, revirando os olhos. — Se apressem meninos, quero a minha vez logo! — falei tentando mudar de assunto. Kate realmente não tinha ideia de quão certa estava. — Toma, Anjo, você pode jogar na minha vez. É melhor eu ir para casa de qualquer maneira, é quase meia-noite, meus pais devem estar se perguntando onde eu estou. — Liam disse segurando o controle para mim. Kate levantou e agarrou o controle primeiro do que eu, sorrindo e acenando para o meu irmão, sinalizando que queria jogar com ele. — Liam, você pode ir ver meu quarto antes de ir? — perguntei, novamente me sentindo como uma criança assustada e patética. Ele sorriu, mas não como se estivesse rindo da minha cara. — Ah, tudo bem! — ele forçou um suspiro. Pelo seu olhar, dava para perceber que ele realmente gostava que eu pedisse isso para ele. Talvez fosse essa coisa de ―homem protetor‖ ou algo assim, talvez eu estivesse fazendo com que ele se sentisse necessário. Ele se afastou em direção ao meu quarto e eu me levantei para segui-lo alguns segundos depois. Fechei a porta silenciosamente e inclinei-me contra ela. Eu assisti enquanto ele dava voltas pelo quarto, olhando debaixo da cama, no armário e depois foi olhar meu chuveiro. Enquanto caminhava de volta para a sala, seus olhos pousaram em mim, ele honestamente não sabia que eu estava lá, deu para perceber pela sua cara de surpresa. Que Deus o abençoe, meu namorado estava realmente procurando por zumbis em meu quarto inteiro. Meu coração pulou uma batida com a ideia de ele ser o meu namorado. — Oi. — ronronei sedutoramente enquanto caminhava até a minha
cama e me sentava. — Oi. — ele respondeu com um pequeno sorriso. Ele não fez nenhum movimento para vir em minha direção, acho que ele estava tentando não me pressionar. Então dei um tapinha na cama ao meu lado e ele ansiosamente correu e sentou-se. — Obrigada por checar o meu quarto. — sussurrei, brincando com o colarinho de sua camiseta, traçando o meu dedo ao longo da pele que aparecia ali. — Sempre que quiser. Só lamento não estar aqui para você hoje à noite. Tente não ter muitos pesadelos, ok? — ele olhou para mim com olhos tristes, nós dois sabíamos que eu teria pesadelos sem ele aqui. Então eu me movi para ficar de joelhos na cama, e joguei um para o lado dele, para que eu ficasse sentada em seu colo. Passei meus braços ao redor de seu pescoço e olhei em seus lindos olhos azuis. Ele parecia um pouco surpreso, mas seus olhos se movimentaram com entusiasmo. — Sinto muito que Kate vai passar a noite. Eu vou sentir saudades de ter você me abraçando até a morte durante o sono. — provoquei. Eu disse isso como uma piada, mas para ser honesta, eu ia, de verdade, sentir falta dele esta noite. — Bem, eu vou sentir saudades de te esmagar até a morte. — brincou ele, esfregando as mãos nas minhas costas. — Mesmo assim, tente dormir um pouco esta noite, certo? — pedi. Eu realmente odiava saber que ele não conseguia dormir sem mim, isso me fazia sentir culpada, porque em primeiro lugar, ele só começou a dormir aqui para me confortar. E agora está preso nessa.
— Vou tentar. De repente, tive desejo de beijá-lo e talvez provoca-lo um pouco, mas eu estava com medo de fazê-lo. Certo, basta fazê-lo Amber, o que de ruim pode acontecer? É Liam, ele vai parar se você pedir. — E se eu te desse algo para sonhar, isso poderia te ajudar, não acha? — perguntei mordendo meu lábio e levantando as sobrancelhas. Ele olhou para mim, sua expressão um pouco insegura, ele obviamente não estava esperando esse contato físico tão cedo. Eu poderia dizer pela protuberância em seus jeans, alojada entre minhas pernas, que ele queria contato físico, mas também sabia que ele estava deixando que eu desse o primeiro passo. — Acho que pode ajudar. — disse ele com voz rouca, fazendo meu corpo formigar e minha pele aquecer. Eu me inclinei para frente e o beijei apaixonadamente, ele soltou um pequeno gemido quando enfiou a língua na minha boca. Corri as mãos pelo seu cabelo, amando a sensação suave nos meus dedos. Ele não fez quaisquer outros movimentos, apenas me beijou, mas eu queria um pouco mais, então empurrei seus ombros, fazendo-o deitar na cama de modo que eu estava em cima dele. Corri minhas mãos em seu peito e coloquei a mão debaixo da sua camiseta, traçando seu abdome esculpido, fazendo-o tremer ligeiramente. Ele me rolou para baixo, saiu do beijo e olhou para mim, nossos olhos se encontraram enquanto tentávamos recuperar o fôlego. Agarrei sua camisa e puxei-a por cima de sua cabeça, fazendo-o parar de respirar completamente. Olhei para o peito dele. Realmente era lindo, passei meus
dedos para baixo, maravilhada com o fato de que esse cara lindo queria estar comigo. Ele ainda não havia se movido, estava apenas parado em cima de mim, parecia que ele não sabia o que fazer, então coloquei minhas mãos ao redor do seu pescoço e puxei-o para me beijar. Ele me beijou de volta ansiosamente. O beijo foi ficando quente, ele quebrou-o apenas para fazer o mesmo em minha bochecha e meu pescoço. Sua mão se moveu lentamente para o meu estômago e então parou embaixo da minha blusa, traçando seus dedos sobre a pele lá. Ele continuou a me beijar para baixo até que chegou ao meu estômago, então ele levantou minha blusa e começou a beijar minha pele. Senti sua língua trilhando a poucos centímetros do meu umbigo, fazendo-me gemer. Eu estava começando a sentir uma dor queimando em meu centro, mas tentei não pensar sobre isso, essa sensação me deixava assustada. Ele empurrou minha blusa um pouco mais para cima e eu o senti beijando o final do meu sutiã. Eu ainda estava bem com isso, estava gostando mais do que pensei que gostaria. Pensei em dar-lhe algo para sonhar, mas eu tinha a sensação de que eu também ia ficar sonhando com isso esta noite. A blusa subiu ainda mais e eu ouvi um leve gemido quando senti meus peitos expostos. Sua mão passou pelo meu estômago e roçou levemente a mão sobre um dos meus seios, apenas uma vez, antes de movê-la para longe, como se estivesse esperando que eu fosse detê-lo. Eu podia sentir sua ereção pressionando em minha coxa e eu comecei a ficar em pânico porque estava ficando muito quente, muito rápido. Oh Deus, eu preciso parar! Eu quebrei o beijo. — Liam. — eu disse sem fôlego. Seus olhos se focaram em mim rapidamente e ele tirou as mãos de cima
de mim, afastando-se um pouco, de modo que ele estava apenas pairando em cima de mim, somente nossas pernas entrelaçadas estavam se tocando. — Parar? — ele perguntou, sua voz soando rouca e cheia de luxúria. Engoli em seco e assenti. Ele imediatamente se afastou de mim completamente e sentou-se na borda da cama, vestindo sua camisa. Sentei-me, corando e me sentindo tão idiota como uma criancinha. Porra, eu nem sequer deixei que ele tirasse a minha blusa! — Me desculpa. — murmurei sem olhar para ele. — Anjo, não precisa se desculpar. Nós não temos que fazer isso. Eu te disse, só faremos o que você quiser. Não vou dizer que não estava gostando, no entanto, porque isso seria uma mentira. Essa foi a coisa mais malditamente sexy que já aconteceu comigo. — disse ele encolhendo os ombros. Eu ri com sua afirmação. — A coisa mais sexy que já te aconteceu? Até parece! Você já deve ter dormido com mais de uma centena de diferentes meninas e só Deus sabe o que você fez com elas e eu nem te deixei
tirar
minha
blusa
antes
de
enlouquecer.
—
eu
disse
sarcasticamente, sentindo-me uma idiota. Ele não precisa mentir para me fazer sentir melhor. — Anjo, confie em mim nisto, foi a coisa mais sexy da minha vida. É você, você me faz sentir que é diferente. Até beijar você é diferente, é mil vezes melhor do que qualquer coisa que eu já senti antes. Você faz meu corpo queimar em todos os lugares quando me toca. Não dá para explicar.
— ele franziu a testa e balançou a cabeça como se estivesse irritado consigo mesmo por não encontrar as palavras certas. — Eu sei o que você quer dizer. — sorri, beijando-o de leve nos lábios. Ele sorriu para mim. — Agora é o momento que você deveria dizer que esta foi a coisa mais sexy que já te aconteceu também. — brincou ele, sabendo que eu nunca tinha beijado ninguém antes dele, isso é, fora aquele babaca que me beijou na festa. Fingi pensar por alguns segundos. — Já tive melhores. Ele riu. — Sim, aposto que sim. — respondeu ele balançando a cabeça em diversão. Eu sorri e ele suspirou. — Acho que é melhor eu ir. Obrigado por hoje, tive um bom tempo com você. Durma bem, certo? Ah, e por falar nisso, essa coisa que fizemos para me ajudar a dormir, bem, eu não acho que vai ter o efeito desejado. Isso provavelmente vai me manter a noite toda acordado, pensando sobre o que aconteceu. — disse ele, traçando o dedo na minha bochecha. Eu ri. — Eu também. — admiti, fazendo-o rir também. Ele se levantou e estendeu a mão para mim, eu a peguei e ele ajudou a levantar-me, então caminhamos de mãos dadas pelo corredor. Ele parou na esquina antes de virarmos para a sala, beijou minha testa, suspirou e soltou a minha mão. — Certo pessoal, estou indo. Vejo vocês amanhã. — Liam disse enquanto caminhava em direção à porta da frente. — Sim, até mais. — ambos responderam, ainda absortos no jogo de tênis na TV. Liam sorriu-me da porta, eu poderia dizer que ele estava indo embora contra a sua vontade, como se isso estivesse machucando-o, e eu
sorri de volta para ele. No momento em que a porta se fechou meu coração se afundou. O pensamento de ter que passar duas noites na minha cama sem ele me fez sentir um pouco enjoada, ainda seria terrível mesmo que nós não estivéssemos juntos, mas agora parecia mais uma tortura. Suspirei e voltei para o sofá para assistir Jake humilhar Kate no Wii.
Aquela noite foi terrível. Eu fui para a cama com medo de zumbis e, mesmo quando finalmente dormi, comecei a sonhar com o meu pai. Eu não tinha sonhado com ele há mais de cinco meses. Os últimos sonhos que eu tive foram quando Kate e Sarah passaram a noite aqui, porque era aniversário de Sarah. Como as meninas estavam aqui, Liam teve que se afastar, e eu tinha acordado toda a casa com o meu grito. Meu sonho hoje era um dos ruins. Jake tinha onze anos e eu nove. Estávamos brincando no quintal dos fundos porque meu pai queria assistir a algum jogo de futebol na TV. Ele havia bebido durante toda a tarde, o que o deixou ainda mais temperamental. Jake e eu estávamos brincando com sua bola de futebol nova, que tinha ganhado de aniversário um par de semanas antes. Nós não deveríamos brincar com ela no quintal, somente no parque, mas Jake queria me mostrar um novo truque que tinha aprendido. Ele estava dando joelhadas para mantê-las no ar, fazendo embaixadinhas, eu estava rindo e contando quantas vezes ele conseguiria fazer, me sentindo toda orgulhosa do meu irmão mais velho. Ele perdeu o controle da bola e, em vez de deixá-la cair no chão, ele tentou salvá-la
chutando-a. A bola voou pelo ar e atingiu a janela. Felizmente, ela não quebrou, mas fez um grande estrondo. Ambos nos viramos e olhamos para a porta, esperando. Cerca de dez segundos depois, a porta se abriu e meu pai acenou para que entrássemos, — Traga a bola. — ele falou. Seu rosto estava mortalmente com raiva, me fazendo suar frio. Jake pegou minha mão e me forçou a ficar atrás dele assim que entramos, pegando a bola com a outra mão. Meu pai fechou a porta em um soco, fazendo-me saltar e choramingar. Jake aumentou o seu aperto na minha mão. — Quem chutou a bola? — meu pai perguntou grosseiro. — Eu chutei. Sinto muito, papai. Foi um acidente. — Jake sussurrou olhando para ele enquanto se desculpava. Meu pai pegou a bola de suas mãos e colocou-a em cima do balcão e, em seguida, deu um soco tão forte no estômago de Jake que ele até mesmo levantou do chão um pouco. Eu coloquei minhas mãos sobre minha boca para abafar o grito que estava ameaçando sair de mim. Ele levantou o punho para bater nele de novo, então eu peguei a mão dele para detê-lo. Ele virou para mim e me deu um tapa, duro, me enviando voando para a parede e eu bati minha cabeça. Eu podia sentir algo escorrendo ao lado do meu rosto, minha visão ficou embaçada. Ele se virou para Jake, atingindo-o novamente. E não apenas uma vez, ele deu vários socos a mais no estômago e nas coxas de Jake, até que
ele estava no chão chorando. Eu estava implorando para ele parar. Ele agarrou meu braço e me puxou para meus pés, pegando uma faca do balcão. Eu não conseguia respirar. Jake gritou para ele me deixar em paz e levantou-se do chão, a dor pela surra que tinha acabado de levar se estendia por todo seu rosto. Meu pai lhe deu um soco no maxilar, mandando-o para o chão novamente. — Tudo bem. Pode me cortar, apenas faça. Só, por favor, não bata mais em Jake, por favor! — implorei chorando e olhando suplicante para o meu pai. Surpreendentemente, ele colocou a faca na minha mão. Eu tinha o desejo de esfaqueá-lo com ela, mas ele estava segurando meu pulso, então eu não podia. Ele pegou a bola de Jake do balcão e segurou-a. — Corte-a! — ele ordenou. Eu neguei com a cabeça rapidamente. Jake adorava essa bola, que tinha sido um presente meu em seu aniversário, eu tinha guardado minha mesada por dois meses para poder comprá-la para ele. — Corte-a! — ele repetiu com sua voz fria. Eu podia sentir o cheiro de álcool em seu hálito, pois ele explodia em meu rosto revirando meu estômago. Ele agarrou meu pulso e me fez enfiar a faca profundamente na bola de couro. Eu soluçava. Ele soltou a minha mão, levando a faca, e a soltou dentro da pia antes de sair da cozinha e voltar para a sala para ver o resto do jogo como se nada tivesse acontecido. Olhei para Jake, ele estava sentado no chão, mal conseguia respirar. Ele parecia terrível. Corri até ele e ele se sentou, agarrou uma toalha da cozinha e pressionou-a contra a minha cabeça, onde eu tinha batido, e eu mordi o
lábio para parar o choro. — Ambs, eu sinto muito. Você está bem? — ele resmungou, a voz era quase um sussurro. O menino estúpido estava lutando para respirar e estava me perguntando se eu estava bem? Poxa, eu realmente tinha o melhor irmão do mundo!
Eu pulei acordada. Estava chorando, chorando tanto que eu mal podia respirar. Limpei o meu rosto com as mãos trêmulas enquanto olhava para o relógio, era quase quatro e meia da manhã. Estendi a mão para abraçar Liam, mas ele não estava lá, ele estava em sua própria casa. Oh Deus, eu precisava dele! Peguei meu celular e escapei para o corredor. ‘Vc tá acordado?’, escrevi para ele. Espero que se ele estiver dormindo, que não escute o celular, eu não queria acordá-lo caso ele tenha realmente conseguido dormir. Quase imediatamente, meu telefone tocou. — Anjo, você está bem? — ele perguntou assim que atendi. Eu ainda estava chorando, eu não conseguia
acalmar
minha
respiração
e
minhas
mãos
tremiam
violentamente. — Não. — resmunguei. — Estou indo aí. Posso entrar pela frente? — eu podia ouvi-lo abrindo sua janela e então o vento soprando no telefone. — Sim. — eu solucei. Fui até a porta da frente e a abri, fiquei ali esperando por ele. Eu fiquei lá apenas por alguns segundos antes de ele chegar correndo e me agarrar em um forte abraço, tirando meus pés do
chão enquanto entrava comigo na casa. Eu envolvi minhas pernas em volta da sua cintura e segurei firme em seu pescoço. Ele imediatamente apertou os lábios no meu pescoço, respirando nas minhas costas e ombros, até que meu corpo relaxou. Ele nos levou para a sala e então nos sentamos na beira do sofá, ainda segurando-me firmemente com a boca no meu pescoço. Quando fiquei calma, afastei-me para olhar em seu rosto preocupado. — Zumbis? — ele perguntou, parecendo um pouco esperançoso. Eu balancei minha cabeça e seu rosto caiu, ele parecia tão triste, mas isso se transformou em raiva, ele estava com tanta raiva que parecia que a veia em sua têmpora ia estourar. Eu apenas o abracei novamente, sem falar nada, ele sabia que eu tinha sonhado com meu pai sem nem me perguntar. — Quer falar sobre isso? — perguntou um par de minutos depois, acariciando minhas costas suavemente. — Não. — minha voz estava rouca de tanto chorar. Ele balançou a cabeça e continuou a esfregar minhas costas. — Eu te acordei, Liam? — perguntei ,de repente me sentindo culpada por fazê-lo vir até aqui às quatro e meia da manhã. — Não, Anjo. Eu não estava conseguindo dormir. — disse ele calmamente. Eu ri. — O beijo não ajudou então? — brinquei, me sentindo melhor agora que ele estava aqui. — Não, eu sabia que teria o efeito oposto. — ele respondeu sorrindo. Eu sorri tristemente para ele. — Quer ficar comigo por um tempo? Eu poderia programar o meu alarme. Poderíamos dormir no sofá. —
sugeri. Ele sorriu e colocou-nos para baixo, lado a lado, eu peguei meu celular atravessei as telas do menu até achar a função do alarme. — Para que horas devo programar? — perguntei mordendo o lábio, imaginando que horas Jake poderia se levantar, provavelmente não antes das dez em um domingo. — Que tal 07:30? — sugeriu ele, puxando-me para perto. Eu defini o alarme e coloquei o celular no chão, onde eu poderia alcança-lo facilmente. Ele passou a perna sobre a minha e passou os braços firmemente em torno de mim, nossos narizes estavam quase se tocando. Eu o beijei levemente. — Boa noite, Liam. — fechei os olhos e suspirei contente, sentindo-me segura e protegida em seus braços. — Boa noite, minha linda namorada. — ele sussurrou, beijando meu nariz. Eu sorri para seu gesto gentil e caí em um sono sem sonhos em poucos minutos.
Capítulo 8 Acordei com o som do meu alarme. Olhei em volta me perguntando por que eu estava na sala, então me lembrei do sono. Liam ainda estava dormindo, como de costume, com os braços e pernas em cima de mim, prendendo-me com o seu peso. Eu sorri e olhei para ele por alguns minutos antes de decidir acordá-lo, para variar. Normalmente eu apenas dou-lhe uma cotovelada ou o empurro para fora de mim, pensei que hoje eu poderia ser um pouco mais criativa, ele gostaria. Eu me impulsionei para frente, empurrando seu ombro. Ele rolou de costas, sem tirar os braços de cima de mim, então me arrastou para o seu lado. Levantei-me em minhas mãos e joelhos e me movi, e agora eu estava montada em cima dele. Acariciei seu belo rosto um par de vezes antes de pressionar meus lábios nos dele levemente. Ele suspirou um pouco em seu sono, então eu o beijei novamente, um pouco mais forte e por mais tempo desta vez. Ele começou a ficar excitado e eu abafei uma risadinha. Certo, eu sabia que era nova nisso tudo, mas esse garoto parecia estar atraído de verdade por mim! Eu fiquei um pouco envergonhada, mas também, fez com que eu me sentisse querida, necessária e atraente ao mesmo tempo. Beijei-o de novo e passei a mão em seu peito. Ele começou a se mexer, seus braços apertando ao meu redor, empurrando contra seu peito, mesmo estando dormindo ainda. Beijei-o
novamente e arrastei minha língua ao longo de seu lábio. Isso chamou a atenção dele, ele abriu os olhos e olhou para mim, claramente chocado, mas com um sorriso brincando em seus lábios. — Espero que você me acorde assim de agora em diante. — disse ele com sua voz rouca. — Talvez, se você tiver sorte. — provoquei. Ele colocou uma mão atrás da minha cabeça e me puxou de volta para baixo para beijá-lo. Ele mordiscou meu lábio inferior pedindo entrada, mas eu me afastei, fazendo-o gemer. — Você precisa ir, Liam. — soltei de sua mão, mas ainda fiquei montada nele. Eu podia sentir sua ereção pressionando contra a minha essência, eu estava ansiando por ele de uma forma que nunca tinha pensado ser possível até então. Ele sorriu e colocou as mãos sobre os meus joelhos e ficou olhando para mim sentada em cima dele. Seus olhos estavam tão sensuais que eu fiquei surpresa que ele não estivesse me pedindo para fazer sexo ali mesmo. Ele nem sequer se moveu, apenas ficou lá deitado com um sorriso satisfeito no rosto. Isso não era realmente uma boa posição para ficar sentada, a sensação de ter ele ligado a mim dessa forma estava me deixando tão excitada que chegava a ser irritante. Fiquei imaginando como seria a sensação de tê-lo me tocando, passando suas mãos por todo o meu corpo, eu mordi meu lábio quando uma onda de desejo tomou conta de mim. Esse sentimento era confuso, tão estranho para mim. Eu nunca quis nem mesmo beijar alguém, muito menos fazer as coisas que estavam começando a se formar na minha cabeça agora.
— O que você está fazendo comigo? — sussurrei, estava confusa que ele pudesse me fazer sentir assim, por realmente querer alguém, logo eu que sempre fugi de todo e qualquer contato físico por causa do que meu pai costumava me obrigar a fazer. — O que você quis dizer? — ele perguntou parecendo um pouco confuso. Balancei minha cabeça, eu não podia explicar, especialmente para ele. Eu precisava dele para ser capaz de esperar por mim, se eu lhe dissesse o que estava sentindo, ele provavelmente iria para cima de mim a todo vapor e isso estragaria tudo. — O que quis dizer, Anjo? Por favor? — ele implorou, usando sua cara de cachorrinho comigo. Maldição! Ele sabia que isso sempre funcionava! — Eu não quis, Liam. — me movi para fora dele e fiquei ao seu lado. — Por favor. — ele sussurrou, olhando para mim com os olhos implorando. Suspirei. — Não sei o que está acontecendo comigo, um dia não posso nem pensar em alguém me tocando e no dia seguinte eu... — eu parei, sem saber como terminar a frase sem lhe dar a impressão errada. — No dia seguinte, o quê? — ele perguntou, inclinando-se sobre o cotovelo para que pudesse olhar meus olhos. — No dia seguinte você está me excitando tanto que eu mal consigo me conter. — admiti, corando como uma louca. Ele riu baixinho, daquele seu jeito arrogante. — Você me excita muito. — Sim, essa é a metade do problema. — eu disse, olhando para baixo
para ver a barraca que estava montando em seu calção de pijama e corando mais uma vez por ele ter me pegado olhando para lá. Oh merda, isso é tão embaraçoso! — Me desculpa se o fato de eu estar excitado te excita. — disse ele ainda sorrindo, e eu fiquei com mais vergonha ainda, mexendo-me desconfortavelmente em meu lugar por causa do caminho que esta conversa estava tomando. Dei um tapa em seu peito e ele riu ainda mais, então pegou minha mão e a segurou apertado. — Isso me assusta. — eu admiti, sentindo-me estúpida e infantil. — Eu sei que sim, mas eu nunca iria machucá-la. Se você sentir que as coisas estão indo rápido demais, só tem que me dizer, te prometo isso. — eu não podia duvidar de sua sinceridade. A verdade em suas palavras era clara em seu rosto. Inclinei para frente e o beijei de leve, antes de me afastar. — Você realmente precisa ir. São quase oito horas agora. Ele suspirou e me tocou. — Eu realmente não gosto da sua amiga, é culpa dela eu ter que sair. — ele murmurou, fingindo estar irritado. Eu ri e me levantei do sofá, puxando-o para ficar de pé. — Você deveria relaxar um pouco antes de sair. O que os vizinhos vão pensar se te virem sair de casa desse jeito? — brinquei balançando minha cabeça enquanto olhava sua virilha, em seguida, fiquei com vergonha porque tinha olhado lá novamente. Ele riu. — Eles achariam que eu tenho uma namorada incrivelmente bela que acabou de me chutar de sua cama. — afirmou, dando de ombros casualmente. Fiquei rindo enquanto ele se ajeitava em seu short, para
que ficasse mais imperceptível, antes de me beijar novamente e sair pela porta da frente. Entrei para o meu quarto. Kate ainda estava dormindo, então rastejei para minha cama, mas não voltei a dormir, em vez disso mandei um sms para Liam: ‘Feliz que você teve pelo menos 3 horas de sono na noite passada’, coloquei meu celular no silencioso para que sua resposta não acordasse Kate. ‘Eu também. Esse sofá é surpreendentemente confortável, melhor do que a minha cama, mas isso não é surpresa nenhuma pois você estava lá comigo’, respondeu ele, fazendo-me sorrir. ‘Você pode vir hoje de novo. Acho que consigo fugir para a sala depois que Kate dormir’, devolvi. ‘Eu gosto dessa ideia! O que vai fazer hoje? Topa fazer algo comigo?’, perguntou ele. ‘Não sei, acho que preciso passar o dia com Kate já que ela vai ficar aqui’, respondi. ‘Essa menina está arruinando tudo, primeiro, eu não posso mais passar a noite com você, agora, não posso ao menos passar o dia com você! Um forte sentimento de aversão está começando a se formar dentro de mim’, mandou de volta, me fazendo rir. Nós ainda ficamos trocando mensagens por cerca de uma hora e eu estava aliviada que havia decidido atualizar o meu plano do celular para ter um pacote de mensagens de texto ilimitados, caso contrário isso
estaria custando uma fortuna.
Levantei-me um par de horas mais tarde, vesti-me e fui para a cozinha. Liam já estava aqui. Eu não deveria ter ficado tão surpresa, ele dificilmente estava na casa dele. Passava a maior parte do dia aqui quando não estava na escola, e ia embora por volta das 9 da noite apenas para voltar pela minha janela em torno das 10:30 de qualquer maneira. Eu sorri para ele, mas logo desviei o olhar, porque ele estava sentado ao lado de Jake. — Bom dia, Ambs. Onde está a Kate? Você falou com ela para que parasse de me tocar? — perguntou Jake, me fazendo rir de sua expressão séria. — Ela está no chuveiro. De qualquer forma, você deveria estar lisonjeado que ela gosta de você, embora talvez ela passe a atacar Liam hoje. — provoquei, piscando para ele. Liam gemeu. — De jeito nenhum! Estou saindo com uma pessoa. — afirmou confiante. Corei um pouco e me mexi desconfortavelmente em meus pés, porque ele tinha acabado de dizer para Jake. O rosto de Jake voou em sua direção. — Você está saindo com uma pessoa? Tipo, coisa séria? Você não namora. — disse ele, franzindo a testa e olhando para ele incrédulo. — Sou louco por ela. — Liam respondeu encolhendo os ombros. Eu fiz o meu caminho até a geladeira para pegar um pouco de leite para o
meu cereal, tentando fingir que não estava ali. Meu coração estava batendo forte em meu peito. Oh Deus, ele estava prestes a fazê-lo. Ele ia contar para Jake! — Louco por ela? Tipo, você não vai traí-la com outras garotas por aí? Ela deve ser realmente uma boa foda. — Jake disse sorrindo e batendo-lhe nas costas com orgulho. Eu engasguei com meu suco de laranja. — Eu ainda não transei com ela. Ela não acredita em sexo antes do casamento. — Liam sorriu. Jake parecia como se estivesse prestes a desmaiar, ele estava olhando para Liam como se tivesse crescido uma segunda cabeça nele. — Você... Ela... O quê? — ele gaguejou, sacudindo a cabeça violentamente. Liam apenas riu. — A partir de agora, eu estou oficialmente fora do mercado. Então, Anjo, avise sua amiga que eu tenho dona. — ele instruiu virando-se para mim e me dando uma piscadela. — Eu avisarei. Uau, então você agora é um homem-prostituto reformado, talvez haja esperança para você afinal, Jake. — eu ri, jogando um biscoito de coco nele. — De jeito nenhum, eu dou uma semana até que Liam volte a ser o velho Liam, dormindo com qualquer coisa que se move. — Jake disse confiante. — Não sei não, Jake, ele parece estar falando sério. — eu disse enquanto terminava meu café da manhã. Liam sorriu para mim, obviamente gostando do que eu disse, mostrando a minha confiança.
— Finalmente, você aprendeu a usar a cabeça que está grudada em seu pescoço. — Jake brincou, fazendo-me recuar em suas palavras. — Eu acho isso fofo, Liam. Ela é uma garota de sorte, espero que você não vá quebrar seu coração. — murmurei, olhando para a minha taça vazia, apenas esperando que ele não fosse me machucar. — Eu não vou. — Liam afirmou confiante. Eu sorri enquanto voltava para o meu quarto para ver Kate. Eu podia ouvir Jake provocando Liam na cozinha e eu não queria mais ficar ali.
— Então, o que vamos fazer hoje? — perguntei para Kate enquanto ela aplicava sua tonelada de maquiagem habitual. —Hmm, que tal a gente ir jogar boliche? Eu poderia ligar para Sarah e Sean. Poderíamos convidar seu irmão e Liam. — ela cantarolou com entusiasmo. Eu realmente não gosto muito de boliche, mas meus amigos adoravam. Nós provavelmente íamos lá o mês inteiro. — Claro, vou convidá-los. — peguei meu celular e disquei o número de Sarah. — Eu vou convidar os deus do sexo um e dois. — Kate sorriu, saindo do quarto. Eu segui atrás dela enquanto Sarah atendia ao celular. — Ei Sar, quer ir ao boliche? — perguntei alegremente, ao mesmo tempo em que Kate caía no sofá ao lado de Jake, praticamente sentada em seu colo. — Sim, com certeza. Que horas? — respondeu ela em um tom
animado. — Podemos nos encontrar lá em mais ou menos uma hora? — sugeri, olhando para o meu relógio, era apenas um pouco depois das 10, então estaria ótimo. — Tudo bem. Vou ligo para Sean, posso pegá-lo no caminho. — ela disse. Eu sorri, porque Kate já estava flertando com Jake descaradamente. — Certo, ótimo. Te vejo lá. — desliguei a chamada e me encostei na parede, olhando minha melhor amiga dar em cima do meu irmão. — Por favor, venha com a gente? Assim você vai ver como eu sou habilidosa com bolas. — Kate ronronou tremulando os cílios. Liam se engasgou com sua risada, rapidamente transformando-a em uma tosse enquanto Kate virou para encará-lo. — Vamos lá, Liam, eu vou fazer valer a pena. Sei que é um bom jogador, que tal você me ensinar alguns truques? — ela disse sedutoramente, aproximando-se dele. Ele parecia desconfortável com seus avanços. Eu estava gostando de vê-lo se contorcer. Normalmente, ele iria flertar de volta com ela, mas hoje parecia que ele queria fugir. Eu decidi ajudá-los. — Kate, não dá para deixá-los em paz? Eu prefiro que o galinha do meu irmão, e seu amigo prostituto-reformado não vão com a gente se for para você apenas ficar se jogando para cima deles. — zombei. Eu estava na verdade ficando realmente irritada que ela estivesse olhando Liam como se quisesse comê-lo ali mesmo. Liam olhou para mim com gratidão, o que fez meu coração gaguejar um pouco no meu peito.
Kate sorriu para mim. — Hmm, bem, e então onde estaria a diversão disso? — perguntou ela piscando para mim e me fazendo rir. — Nós vamos jogar boliche em uma hora, de qualquer maneira, se quiserem vir, cabe a vocês decidirem. Sarah e Sean vão, talvez Terri também. — eu dei de ombros, estatelando no chão aos pés de Liam e inclinando-me contra suas pernas. Eu pude ver Kate olhando para mim com olhos arregalados, em choque, então eu rapidamente quebrei o contato, me afastando dele. — Eu não me importaria de jogar boliche. O que você acha Jake, quer ir dar umas chicotadas nessas meninas? — Liam perguntou sorrindo. Kate concordou com a cabeça. — Eu definitivamente estou pronta para algumas chicotadas. — disse ela com entusiasmo. Os meninos a ignoraram. — É, tudo bem. Eu gosto de boliche, eu acho. Ei Liam, por que você não convida sua namorada para ir junto também? Ou você está com medo de que ela vai dar uma olhada em mim e perceber que cometeu um erro, chutar sua bunda e vim atrás deste upgrade? — Jake brincou. — Minha namorada nem sequer olharia para você, Jake, então eu não tenho nada com o que me preocupar. — Liam respondeu com confiança, eu podia ouvir a diversão em sua voz. Fiquei um pouco corada, tentando não derreter e ir para baixo do sofá e desaparecer. — Você tem uma namorada, Liam? — perguntou Kate franzindo a testa. Parecia que ela estava tentando resolver um problema complicado de matemática, seu rosto estava totalmente concentrado.
— Sim, ele tem. Alguma garota misteriosa por quem ele é louco, aparentemente. — Jake zombou revirando os olhos. Os olhos de Kate voaram até mim, por algum motivo. Parecia que ela estava tentando fazer um buraco no meu rosto. Engoli em seco e desviei o olhar, eu realmente não queria mentir para a minha melhor amiga. Ela suspirou e olhou para mim com os olhos arregalados, depois olhou para Liam, então de volta para mim, em silêncio, perguntando se era eu. Caramba, ela é uma leitora de mentes ou algo assim? Eu concordei com a cabeça lentamente, tentando não ser obvia, fazendo-a ofegar novamente e cair em uma risada. — Vamos terminar de nos arrumar em seu quarto, Amber. — ela gritou, pulando para cima. Ela estava tão animada que, na verdade, estava batendo palmas, como uma criança. Eu gemi internamente, oh, ótimo, e agora começa um milhão de perguntas. — Eu já estou pronta. — balancei a cabeça. — Preciso da sua ajuda com uma coisa. — ela sussurrou, parecendo que ia me matar se eu não me levantasse até ela agora. Eu me forcei a ir e ouvi Liam rindo do sofá. Revirei os olhos para ele. Ele tinha uma boca grande às vezes. Mas era uma doce boca. Segui Kate para o meu quarto, ela fechou a porta e me agarrou. — Eu sabia! Aquele garoto tem olhado para você por anos! — ela gritou pulando para cima e para baixo. Eu ri de sua excitação, ela parecia tão contente, como se fosse ela a pessoa a estar saindo com ele. — Não tem não! — neguei sorrindo. Ela me arrastou até a cama. — Oh, cale a boca! Ele está sempre te
olhando. Encontra qualquer desculpa para te tocar. Ele flerta com você descaradamente e está sempre te dizendo o quão sexy você é. — ela suspirou sonhadora. — Então, mocinha, quando estava pensando em contar para sua melhor amiga? — ela me repreendeu brincando. — Err, bem, nós estávamos tentando manter em segredo por um par de semanas. Jake realmente não vai gostar. — eu me encolhi um pouco lembrando de seu olhar em direção a Liam, como se estivesse emitindo um aviso. Ele claramente era contra a ideia de nós dois juntos. — Uau, sim, não pensei sobre isso. Jake vai ficar puto! — disse ela com os olhos arregalados. Concordei com a cabeça, brincando com as minhas mãos no meu colo. — Então, quando tudo isso aconteceu? Vocês já estavam juntos na festa, não é? Ele esteve te olhando o tempo todo e deu uma surra dos infernos no irmão de Jessica por te beijar. Engoli em seco, um pouco chocada. — Ele bateu no irmão da Jéssica? — perguntei. Lembrei-me dele prendendo-o contra a parede, mas depois eu saí correndo para vomitar. — Yeah. Ele ficava gritando para ele manter as mãos sujas longe de você, que você não queria que ele te beijasse. Ele tinha te visto tentando empurrá-lo, aparentemente. Liam o golpeou algumas vezes antes que os garotos da equipe partissem para cima dele. Então ele simplesmente desapareceu depois disso, Jake disse que Liam tinha ido para casa. — ela me olhou com curiosidade. Eu sabia que meu rosto estava vermelho, eu era uma péssima mentirosa. — Ele não tinha ido para casa, não é? — sorriu para mim com conhecimento de causa. Respirei fundo e acenei com a cabeça. Ela gritou, ela literalmente
gritou, e cerca de dois segundos mais tarde, Jake e Liam estouraram a porta do meu quarto. — O QUÊ, O QUÊ É? — Jake gritou, olhando em volta em busca do foco de incêndio ou algo assim. — Er... Er, foi um... Er. — eu gaguejei, tentando pensar em alguma coisa para dizer. — Aranha! — Kate interrompeu rapidamente, apontando na direção do meu banheiro. Jake
suspirou
e
foi
lá
dentro,
balançando
a
cabeça
em
desaprovação. — Porra, sério? Isso tudo por causa de uma aranha? Pensei que estivessem sendo assassinadas aqui dentro. — nos repreendeu. Kate sorriu para mim e Liam. Ele realmente parecia divertido por me ver gaguejando. Quando piscou para mim, fez Kate cair em uma risada. Eu dei a língua para ele e ele balançou as sobrancelhas para mim, ela apenas riu ainda mais alto. Jake caminhou de volta para o quarto, franzindo a testa e balançando a cabeça. — Não consegui encontrar nada lá dentro. — Oh, talvez não fosse uma aranha, pode ter sido um tufo de cabelo ou algo assim. — Kate sugeriu, acenando a mão para que eles saíssem. Jake revirou os olhos. — Meu Deus, Kate, você é estranha, de verdade. — disse ele, saindo e fechando a porta atrás de si. Ela se virou para mim parecendo animada. — Eu não acredito que você perdeu sua virgindade com Liam James! Foi bom? Aposto que ele é
bom, certo? Ele é fodidamente sexy! Estou com tanta inveja! — ela murmurou, parecendo falar consigo mesma. — Eu não tive relações sexuais com ele. — disse rapidamente. Ela estalou os olhos para mim. — Você não teve? Bem, por que diabos não? Se fosse eu, já tinha feito aquela bunda sexy balançar para lá e para cá. Eu ri e encolhi os ombros. — Sim, eu sei que sim, mas eu não sou assim. — Tudo bem, eu sei disso. — ela suspirou, parecendo um pouco derrotada. De repente, seu rosto se iluminou novamente. — Então, o que você fez, então? — Nós só demos uns amassos Kate, isso é tudo. — falei honestamente. Nós realmente não tínhamos ido mais longe do que isso, então não foi realmente uma mentira. — Você é tão sortuda. Você tem o cara mais quente da escola como seu namorado e o segundo mais quente como irmão. Quero dizer, isso é egoísta da sua parte! — ela me repreendeu, balançando o dedo para mim em um gesto simulando irritação. — Então, ele te chamou de ―namorada‖! Ele já te convidou para sair? Tipo, oficialmente como um casal? Vocês são exclusivos? — perguntou, olhando para mim com admiração. Balancei a cabeça, mas fiz uma careta ao mesmo tempo. — Sim, ele me chama de namorada, e é isso que somos. Mas para ser honesta, não sei como isso vai funcionar. Quero dizer, ele é um galinha e eu tenho um pouco de medo de me deixar apaixonar por ele, caso ele venha a me trair ou me dar um pé na bunda ou algo assim. — admiti em voz baixa,
olhando para o chão, enquanto todas as minhas preocupações explodiam em minha mente. Ela me pegou em um abraço, o que imediatamente me fez começar a me sentir enjoada. Meu coração ficou acelerado com esse toque. Eu sabia que ela estava apenas tentando me consolar, mas eu não podia controlar meu corpo quanto a isso. — Eu não acho que ele vai. Quero dizer, ele nunca teve uma namorada antes, nunca foi exclusivo com ninguém, então não tem nenhuma base para formar sua teoria. Tecnicamente, ele nunca traiu ninguém antes. — ela me deu um meio sorriso. Eu não consegui evitar rir de sua tentativa de me fazer sentir melhor. E ela estava mesmo certa. O fato de ele estar disposto a ser exclusivo é um sinal de que ele estava falando sério. — É melhor a gente ir logo, Sarah e Sean estarão lá esperando por nós. Ah, e Kate, não diga nada a ninguém, combinado? Nem mesmo para Sarah. Eu só quero ver como vamos passar algumas semanas antes de ter que contar para Jake. — expliquei. — Eu não vou, prometo. — ela prometeu, batendo a mão em seu coração. — Então, ele é um bom beijador? — ela sussurrou enquanto caminhávamos pelo corredor. — Inacreditável. — respondi. — Droga! Sua vaca sortuda! — murmurou baixinho me fazendo rir.
Capítulo 9 — Então, vocês vão com a gente ou não? — perguntei, porque eles ainda estavam sentados no sofá. — Sim, tudo bem. — Jake suspirou. Ele, obviamente, não queria vir, talvez Liam estivesse obrigando-o. Pegou as chaves e se dirigiu para a porta. — Vou tirar o carro da garagem. Encontro vocês lá fora. — Oh merda, esqueci minha bolsa. — Kate disse, voltando correndo até o meu quarto. Liam imediatamente me agarrou e me beijou, me empurrando contra a parede delicadamente. Passei meus braços ao redor de seu pescoço, apertando meus dedos em seu cabelo. — Mmm, senti sua falta. — ele murmurou contra meus lábios. — Sentiu? Não fazia ideia. Você poderia deixar isso um pouco mais óbvio? — brinquei, fazendo-o rir. Ele me beijou de novo, sugando meu lábio inferior levemente, pedindo entrada. Abri minha boca para ele de bom grado e ele enfiou a língua, explorando cada canto, fazendo com que meu estômago se transformasse em borboletas. Alguém limpou sua garganta e nós saltamos separados, pensando que era Jake. Felizmente não era, era Kate. Ela tinha o maior sorriso que eu já tinha visto em seu rosto. — Vocês dois são quentes juntos. — afirmou, sorrindo para mim.
Liam riu e passou o braço pelo meu ombro. — Anjo pareceria quente com quem quer que estivesse. — ele sorriu e beijou meu rosto suavemente. — Ahhh! Isso é tão fofo! — Kate murmurou colocando a mão sobre o coração, olhando para ele com adoração. Revirei os olhos. — Ah, fala sério! Vamos nos atrasar se não formos agora. — peguei a mão dela e a puxei para fora da porta. Virei-me e joguei minhas chaves para Liam, que trancou a porta atrás de si. Quando me devolveu minhas chaves, seu dedo roçou no meu de propósito, fazendo-me emitir um gemido no fundo da minha garganta. — Ei Liam, você não se importa de ir atrás com Amber, não é? Eu realmente quero me sentar na frente. — Kate entrou no carro me dando uma piscadela. Vi Jake balançando a cabeça para Liam, obviamente pedindo ajuda. Liam sorriu em sua direção. — Não. Tudo bem se você quer ir na frente. — ele me olhou com o canto do olho. Eu sorri sutilmente para Kate. Eu amava a minha melhor amiga, que Deus a abençoe, ela estava me dando um momento com ele. Entrei no banco de trás e Liam deslizou ao meu lado, pressionando o joelho contra o meu. Coloquei minhas mãos no meu colo e sorri. Ele estendeu a mão e pegou a minha, segurando-a com força e colocando-as no meio de nós, no banco, e então moveu a perna para que tampasse a visão de Jake, caso ele se virasse. Não havia muitas chances de isso acontecer, considerando que ele estava dirigindo, mas acho que é melhor prevenir do que remediar. O
toque casual de Liam estava enviando faíscas de eletricidade por todo o meu braço. Mordi o lábio e olhei para fora da janela, lutando contra o desejo de agarrá-lo e beijá-lo até que eu não conseguisse respirar. Após a mais longa viagem de carro, que foi mais insuportável do que nunca, nós finalmente chegamos. Tudo bem, isso é um pequeno exagero, levou apenas dez minutos, mas o tempo todo eu estava lutando comigo mesma para evitar pular em cima dele e abraçá-lo com força. Havia oito de nós no boliche: eu, Liam, Jake, Kate, Sarah, Sean, sua namorada Terri, e ela trouxe seu irmão, Marcos, que tinha chegado da faculdade. Liam parecia não ter gostado dele de cara, por algum motivo. Ele estava sendo educado o suficiente, mas seu sorriso não alcançava os olhos. Eu realmente estava me divertindo, mesmo que estivesse um pouco perdida. Eu era terrível em jogar boliche, só vim para estar com meus amigos. O ápice de toda a situação estava em ver Liam jogando. Quando ele se inclinava para lançar sua bola, eu tinha a visão perfeita de sua bunda perfeita, e eu mal podia conter minha alegria. — Não é muito boa nessa coisa de boliche, não é? — perguntou Marcos, sentando-se ao meu lado sorrindo. Eu ri. — Não, nunca consegui pegar o jeito. — disse balançando a cabeça em um falso horror. — Eu poderia te ensinar, se você quisesse. É tudo sobre o posicionamento. — ele ronronou sugestivamente. Engoli em seco, nervosa, mas tentei não deixar transparecer. — Posicionamento? Sério? Só estou fazendo isso de errado todos esses anos? — sorri um pouco desconfortável, mas para ser honesta, estava
gostando de flertar com ele, contanto que ele não começasse a ter ideias erradas e tentasse me tocar. — Sou um pouco perito com posições. Eu ficaria mais do que feliz em dar-lhe algumas lições. — ele sussurrou inclinando-se mais perto de mim, fazendo-me inclinar para trás para manter um pouco de espaço pessoal. — Bem, é a minha vez agora, então o que você sugere? — perguntei, levantando-me para escolher a minha bola. Ele se levantou e andou atrás de mim. — Eu definitivamente iria sugerir que você movesse os quadris com a bola. Talvez você devesse abrir mais as pernas, para te dar mais equilíbrio. — disse ele, balançando as sobrancelhas. Eu ri de sua sugestão, caramba, esse cara é tão óbvio! — Bem, obrigada pelas dicas. Vou ver como vai ser. — subi para jogar a minha vez. Minha bola foi direto para o canto da borda e só bateu em um pino. Minha segunda bola foi direto para a valeta. —Hmm, Mark, você deveria melhorar suas instruções. Me deu esperanças e agora me deixou decepcionada. — brinquei fazendo beicinho. Ele riu. — Uau, eu nunca deixei uma menina decepcionada antes. — disse ele, sorrindo com orgulho. — Arrogância? — perguntei, rindo. — Quer pagar para ver? — ele brincou. —Hmm, deixe-me pensar. — apertei os olhos, arrastando-os para baixo de seu corpo lentamente, da cabeça aos pés e então voltei meu olhar
para cima, certificando-me de morder o lábio de uma maneira sexy. Ele estava rindo descontroladamente. — Você poderia se virar? — perguntei, tentando esconder meu riso. — Quer que eu me vire? — ele perguntou. Acenei com a cabeça. — Preciso ver a parte de trás, não tenho certeza se quero aceitar sua oferta. — falei com desdém. Ele piscou para mim e virou-se, obviamente, pensando que era seu dia de sorte. Mordi o lábio para me impedir de rir e murmurei ‗Que idiota!‘ para Kate e Sarah, que estavam rindo tão loucamente que pareciam estar sob o efeito de alucinógenos. — Certo, pode se virar. — falei depois de alguns segundos. Ele se virou para me encarar. — Bem, e aí, gostou do que viu? — perguntou, sorrindo para mim com confiança. Inclinei-me para perto dele. — Não, eu não gostei, na verdade. Você simplesmente não é bom o suficiente para mim, mas obrigada pela oferta. — falei sorrindo e piscando para ele enquanto caminhava de volta para o meu assento. Eu podia ver minhas amigas explodindo em gargalhadas, Sarah e Kate bateram a mão em um high five. Mark apenas ficou parado lá com a boca aberta, obviamente ele não estava muito acostumado com a rejeição. Olhei para Liam, ele parecia magoado e irritado. Oh merda! O que eu fiz? Eu estava apenas flertando, não fiz nada! Tentei olhar em seu olho, mas ele desviou o olhar para o quadro de pontuação, me ignorando. Meu coração se afundou. Jake foi buscar algumas bebidas entre as jogadas e por isso, aproveitei a oportunidade para falar com Liam, ele não tinha sequer olhado em minha direção depois de toda aquela coisa com Mark.
— Ei. — eu disse, movendo-me para sentar ao lado dele. — Ei. — ele murmurou, observando as pessoas nas pistas próximas à nossa. — Não está falando comigo? — perguntei, com medo que ele diria que não. Ele suspirou. — Por que você fez isso? — perguntou tristemente, balançando a cabeça, ainda sem olhar para mim. Pequei a mão dele e o arrastei para o banheiro. Quando chegamos ao banheiro feminino, eu fechei a porta atrás de nós e a tranquei. — Sinto muito. Eu não sabia que isso ia te incomodar. Não significou nada. Ele estava flertando comigo e eu estava apenas brincando, isso é tudo. — expliquei, tentando fazê-lo olhar para mim, mas ele apenas fechou os olhos por um segundo antes de olhar para mim de novo. — Anjo, aquilo foi difícil de assistir. — ele me puxou para o seu peito olhando nos meus olhos, eu podia ver que o tinha machucado profundamente. — Sinto muito, Liam. Honestamente, aquilo não significou nada, eu estava apenas me divertindo. As pessoas não sabem que estamos juntos, então eu não poderia dizer; ‘Mark, pare de flertar comigo, meu namorado está sentado bem ali’, podia? — perguntei, colocando meus braços ao redor de seu pescoço. Ele suspirou. — Acho que não. — ele ainda parecia chateado e eu me senti horrível por magoá-lo. — Mesmo assim, você precisa confiar em mim, eu nunca faria nada
para te machucar de propósito. Eu sinto muito, mesmo. — puxei seu rosto para o meu e o beijei com ternura. Ele correspondeu imediatamente, beijando-me e me puxando para mais perto dele. Ele deslizou uma mão para baixo e deixou-a na minha bunda, e isso nem sequer me afetou, bem, afetou, mas não de um jeito ruim, eu gostei e queria mais. Peguei a outra mão e a puxei para o meu corpo, posicionando-a em meu peito. Ele se afastou, olhando-me um pouco chocado, eu sorri para ele e o puxei de volta para mim. Ele me beijou avidamente, massageando meus seios, sua boca viajou em meu pescoço me fazendo tremer de desejo. Enfiei minha mão sob sua camisa, traçando os músculos em seu peito, fazendo-o gemer. Ele lentamente moveu a mão até o final da minha blusa e enfiou a mão por debaixo dela, arrastando os dedos ao longo da minha pele, movendo-se lentamente até chegar aos meus seios, onde ele os massageou através do meu sutiã, fazendo-me gemer sem fôlego. Depois de alguns minutos, ele se afastou sorrindo para mim, seus olhos ainda excitados. Ele colocou a testa na minha, nossas respirações estavam pesadas. — Sinto muito. Eu não tive a intenção de ficar todo possessivo com você. — disse ele beijando a ponta do meu nariz. — Você não tem nada que se desculpar, seu bobo. Nenhum de nós fez isso antes, por isso precisamos encontrar uma maneira que funcione para nós dois. — eu o beijei ternamente, saboreando a sensação de seus lábios macios contra os meus. Ele suspirou. — Acho que nós precisamos voltar agora antes que as pessoas sintam a nossa falta.
— Mais um minuto não vai matar. — sussurrei e flertei com ele. Ele riu e se inclinou para me beijar de novo.
Naquela noite, todos ficamos embolados na minha sala de estar. Sean trouxe Avatar para assistirmos, nenhum de nós tinha visto antes, então nós sete estávamos sentados na frente da TV, comendo McDonalds. Nós já íamos colocar o filme, eu estava sentada contra as pernas de Liam, Jake parecia não dar a mínima, o que eu tomei como um bom sinal. Mark se levantou do sofá. — Aqui, Sarah, sente-se aqui, eu vou sentar no chão. — sugeriu ele enquanto sentava ao meu lado com seu sorriso sedutor. Eu me mexi desconfortavelmente, tentando me afastar dele. Senti Liam endurecer, então coloquei minha mão em seu pé, esfregando suavemente o polegar na parte de cima. — Então, Amber, o que você gosta de fazer no seu tempo livre? — perguntou. — Muita coisa. Gosto de dançar e ir ao cinema. Sabe, coisas normais de pessoas do ensino médio. — respondi enfatizando ‗ensino médio‘. Ele riu. — Uau, você realmente é mal-humorada, não é? — disse ele sacudindo a cabeça. — Você não tem ideia. — murmurei, virando-me para fingir estar assistindo a TV. — Não quer falar comigo? — perguntou ele, fingindo estar magoado. Deixei escapar um suspiro exagerado.— Só estou tentando prestar atenção.
Ele olhou para a TV e riu. — Nesse anúncio de sofás novos? Olhei para TV que eu estava fingindo assistir, e estava de fato passando um anúncio de sofás. Mas que merda! — Sim, eu sou uma garota viciada em sofás. Você nunca poderia ter sofás suficientes. — brinquei. — Você é engraçada. — ele riu, remexendo seu corpo para chegar mais perto de mim. — Obrigada, e você é muito velho para mim. — eu disse sorrindo docemente. — Tenho apenas dezenove anos. — ele me olhou desafiadoramente. Balancei a cabeça. — Sim, mas dezoito é o meu limite, então você é um cara sem sorte, amigo. — falei e ouvi Liam rindo atrás de mim. — Eu poderia fazer você mudar de ideia. — Mark afirmou confiante. Eu ri sem humor. — Sabe, eu aposto 20 dólares que não tem nada em você que me interesse. — respondi com a mesma confiança. Ele riu sombriamente. — Vou topar essa aposta, mas você precisa esperar até que seu irmão não esteja prestando atenção. — ele olhou nervosamente para o meu irmão. Suspirei. — No que exatamente você acha que vou ficar interessada? Você tem um gatinho no bolso? Ou talvez alguns doces? Ou as respostas para o teste de matemática que eu tenho amanhã? — brinquei fazendo-o rir de novo. — Não. Eu vou te beijar, e você vai adorar. — ele deu de ombros, sorrindo novamente.
As pernas de Liam puxaram em minhas costas quando ele fez um movimento para se levantar. Eu empurrei suas pernas para trás e comecei a esfregar seu pé novamente. — Sério? Se você me beijar, eu vou chutar as suas bolas. — sorri para ele inocentemente. — Você pensa que isso vai me afastar de uma gata como você? — perguntou, me olhando por cima lentamente, fazendo com que a minha pele se arrepiasse um pouco. — Estou apenas te dando um aviso amigável. — dei de ombros, voltando-me para a TV, que felizmente, já estava passando o filme e não um anúncio de sofá. — Tenho certeza que meu dinheiro está seguro. Nunca tive qualquer queixa antes. Nunca tive qualquer reclamação antes. — ele sussurrou no meu ouvido, me fazendo suar frio por quão perto ele estava de mim. — Hmm, bem, há uma primeira vez para tudo. — eu disse através dos meus dentes, ainda esfregando o pé de Liam. Quando o filme terminou, Liam foi para casa dizer aos seus pais que passaria a noite aqui e para pegar uma muda de roupa. Ele na verdade já tinha algumas peças no meu quarto, mas eu não poderia exatamente dizer isso para alguém. Jake e Kate estavam fazendo mais pipoca. Estávamos indo começar a assistir Terminator Salvation, porque a maioria das pessoas também não tinha visto. Fui ao banheiro. Quando saí de lá alguém me agarrou e me empurrou contra a parede. No começo eu pensei que era Liam, mas então percebi que esse cara não era alto o suficiente. Meu coração começou a correr, o medo se acumulando no meu estômago. Mark riu e bateu seus lábios nos meus, grosseiramente,
segurando meu rosto para que eu não pudesse evitar o beijo. Tentei afastá-lo, mas ele não se mexia. Ele mordeu meu lábio, pedindo entrada, então eu prendi minha boca fechada e trouxe meu joelho para cima tão forte quanto eu podia em sua virilha. Ele me soltou imediatamente, curvando-se, gemendo. — Eu te disse. Está me devendo 20 dólares. — falei docemente enquanto passei por ele e fiz meu caminho de volta para a sala com um sorriso triunfante estampado em meu rosto. Liam sentou-se no sofá, então eu rapidamente tomei o assento ao seu lado, antes que alguém mais o fizesse. — Você está bem? — ele perguntou, olhando para mim, sorrindo. — Sim. — respondi caindo em uma gargalhada. — O que é tão engraçado? Eu ri. — Mark. — respondi. Só então Mark entrou na sala, mancando um pouco, com a mão sobre sua virilha, parecendo estar com um pouco de dor. Ele jogou uma nota de 20 dólares no meu colo e foi se sentar no outro lado da sala. Liam deu uma gargalhada. — Essa é a minha garota. — ele sussurrou, me fazendo sorrir.
Já era quase meia noite quando todos foram embora. Kate e eu fomos para a cama, deixando Liam e Jake na sala. Pisquei para Liam enquanto subia para o quarto, decidi trocar minha roupa pelo menor
pijama que eu pudesse encontrar, para que eu pudesse sentir mais de sua pele na minha. Puxei meu short curto rosa que tinha um detalhe roxo em renda. E coloquei uma regada rosa apertada combinando, ela tinha um detalhe de renda roxa em cima dos meus seios. Olhei no espelho e de repente fiquei nervosa. Talvez eu devesse me trocar. Será que eu estaria lhe dando a impressão errada? Mordi o lábio. Não. Está tudo bem. Ele já tinha me visto nestes pijamas antes, então eu vou usá-lo. Voltei para o meu quarto, Kate assobiou para mim. — Uau, Amber, você deveria fazer um pequeno passeio até a cozinha e pegar um copo de água ou algo assim. Vamos dar a Liam algo para sonhar. — Sugeriu ela, me olhando de cima a baixo. Na verdade, isso não era uma má ideia, caso contrário ele não iria me ver nela até de manhã. — Você acha? — perguntei nervosa. Ela assentiu ansiosamente, então eu decidi fazê-lo antes de amarelar. — Está certo. — concordei rindo enquanto abria a porta. — Vá em frente! Dê-lhe alguma emoção. — ela acenou com entusiasmo quando hesitei na porta. Respirei fundo e caminhei confiante para o corredor. A forma como a nossa casa é feita, você tem que passar pela sala para chegar até a cozinha. Eu passei rebolando pela sala com meu pequeno pijama. — Alguém quer beber alguma coisa? — perguntei inocentemente, passando por Jake e Liam que estavam olhando para um canal de esportes. — Não, obrigado. — respondeu Jake sem nem mesmo olhar para mim. Já os olhos de Liam se fixaram em mim e, literalmente me seguiram
a cada movimento, sua boca ligeiramente aberta e os olhos arregalados. Mordi meu lábio para evitar de rir. Ah, sim, valeu a pena totalmente! Peguei dois copos de água e caminhei de volta para a sala, Liam estava me despindo com os olhos. Jake o viu me olhando e lhe deu um tapa na cabeça. — Cara, para de bancar o pervertido com a minha irmãzinha! De qualquer forma, você tem uma namorada. — murmurou ele claramente irritado. Liam esfregou a parte de trás de sua cabeça. — Certo, sim, namorada. — ele murmurou sorrindo. Voltei para o quarto morrendo de rir. — Isso foi muito engraçado. — disse para Kate, sentada na cama me esperando. Ela começou a rir. — Ele gostou? — perguntou empolgada. — Sim. — confirmei e subi na cama com um sorriso no rosto. Um pouco mais tarde, ouvi Jake ir para a cama, então eu sabia que Liam estava sozinho. — Kate, estou indo ver Liam mais um pouco. — falei, quando achei que Jake já estaria dormindo. — Ah, é mesmo? Vai dar outra visão de sua bunda sexy com esses pijamas? — ela brincou, sorrindo. — Algo assim. Não me espere acordada, posso demorar. — pisquei para ela enquanto saía da cama e pegava o celular para que pudesse usar a função de alarme. — Divirta-se e não faça nada que eu não faria. — ela brincou. Não existiam muitas coisas que ela não faria, ela teve alguns namorados e definitivamente não era mais virgem. Eu ri e fui para a sala, onde Liam já
estava deitado no sofá debaixo do edredom. Eu defini o alarme ‘expulsar Liam pela janela’ para as seis como sempre, e coloquei o celular no chão. — Ei, Anjo. — ele sussurrou sorrindo para mim e puxando o edredom para fora do caminho, para que eu pudesse me deitar ao lado dele. Subi ansiosamente e meu corpo logo derreteu contra o dele. Ele suspirou contente e passou os braços em volta de mim com força. — Aquilo mais cedo não foi justo. — ele me repreendeu quando beijou minha testa. Eu sorri provocante. — Sério? Você não gostou do meu pijama? — perguntei inocentemente. — Eu amei o pijama, mas não foi justo você ter desfilado sua bunda sexy para mim com o seu irmão sentado ao meu lado. — ele gemeu. — Você acha que eu tenho uma bunda sexy? — provoquei. — Hmm, eu não lembro, me deixe olhar novamente. — disse ele com a voz rouca. Eu ri e rolei para meu estômago, colocando minhas mãos embaixo do meu rosto. Ele gemeu novamente e lentamente passou a mão nas minhas costas, na minha bunda e mais abaixo, nas coxas, antes de passar para o outro lado. Sua mão parou na minha bunda, traçando a linha da renda, fazendo-me tremer. Nossa, o que está acontecendo comigo? Eu quero que ele me toque. Se ele fizesse um movimento para me tocar, eu não ia impedi-lo agora. Ele abaixou a cabeça e me beijou no ombro antes de ir mais para baixo e beijar minhas costas e quadril. Ele beijou toda a parte inferior do meu short e arrastou a língua naquela parte em que a bunda encontrava com a coxa. Eu engoli seco e enrijeci.
Ele se afastou rapidamente. — Desculpe, desculpe. Eu me empolguei. — disse ele se desculpando. Fiquei envergonhada. — Eu gostei Liam. — falei com a voz rouca e tremendo, o desejo estava correndo pelo meu sangue. — Você gostou? — ele perguntou, parecendo surpreso. — Porra, sim. — admiti ofegante, ficando corada. Uau, eu acabei de dizer isso? É tão embaraçoso! Ele gemeu um pouco e abaixou a cabeça, traçando sua língua ao longo da borda da renda novamente. Desta vez, eu não pude impedir o pequeno gemido que escapou dos meus lábios. O som pareceu encorajá-lo, porque fez isso de novo e colocou a mão na minha coxa, massageando minha bunda costas. Ele beijou as minhas costas, levantando a minha blusa um pouco para que pudesse beijar a minha pele. Rolei para cima e estávamos cara a cara, eu o beijei, puxei-o para baixo e então seu corpo ficou todo pressionado contra o meu. Eu pude sentir sua pele contra a minha, e fiquei feliz por ter decidido usar esse pijama. Ele tinha ficado excitado de novo lá embaixo, eu podia senti-lo pressionado contra a minha coxa, mas eu não fiquei com medo dessa vez, me deixou ainda mais excitada. Ele trouxe suas mãos para cima e segurou meus seios, eu deixei escapar um suspiro quando senti sua mão quente através do material da regata, porque eu não estava usando sutiã. Ele gemeu quando esfregou o polegar sobre meus mamilos, tornando-os duros. Ele estava vestindo apenas uma samba-canção, então eu pude esfregar minha mão por seu peito e abdome, encantada em como perfeito e tonificado ele era.
Ele beijou meu pescoço e entre os meus seios através da regata. Minhas mãos se emaranharam em seus cabelos castanhos sedosos enquanto ele beijava o caminho até meu estômago, então pegou a regata com o dente e a empurrou para cima, lentamente, expondo meu abdome. Eu gemi quando ele trouxe sua boca para baixo, sobre a minha pele nua, lambendo-a levemente e soprando sobre ela, fazendo com que meu corpo quase vibrasse em emoção. Ele enfiou as mãos debaixo da blusa e arrastou-as para os meus seios, passando as pontas de seus dedos sobre eles enquanto continuava a beijar meu abdome, ele estava beijando mais duro agora e minha respiração estava começando a acelerar na expectativa de tê-lo beijando meus seios. Oh Deus, sim, isso está indo muito rápido. — Sinto muito... Liam... Pare. — murmurei. Ele puxou a cabeça para trás imediatamente e me deu seu sorriso bonito. — Você não precisa se desculpar, Anjo. — ele abaixou a cabeça e me beijou novamente com cuidado. Eu sorri para ele com gratidão enquanto ele rolava para cima de mim, me puxando para seu peito, passando os dedos pelo meu cabelo, olhando para mim com amor. — Você é tão linda. — ele murmurou beijando meu nariz suavemente e puxou minha regata para baixo. Eu ri e balancei a cabeça. Ele realmente estava cheio dessas frases bregas! Talvez costumasse ajuda-lo a conseguir meninas com quem transar. Ele sorriu e pareceu um pouco magoado. — Você não acredita em mim. — afirmou. — Para quantas garotas você já disse isso, Liam? — sussurrei, realmente não sei se minha voz soaria normal.
Ele suspirou e pareceu um pouco derrotado. — Não posso mudar o passado, Anjo, confie em mim, quem me dera poder. Eu nunca senti nada por ninguém, te juro. Nunca disse a nenhuma delas que eram bonitas, só para você. Nada se compara a você. — disse ele, olhando-me fixamente, desejando que eu entendesse. Minha respiração ficou presa na garganta com suas palavras doces. Apertei-me mais perto dele e enterrei o rosto em seu peito, respirando-o. Ele suspirou feliz e envolveu seus braços firmemente em torno de mim, beijando minha testa. — Boa noite, Anjo. — sussurrou. — Boa noite, Liam. — murmurei contra sua pele. Eu tinha a sensação de que aquele plano sobre eu ter cuidado para não dar meu coração para ele tinha sido jogado completamente pela janela. Tudo o que eu poderia fazer agora, era rezar para que ele não o quebrasse. Aconcheguei-me mais perto dele, colocando minha cabeça em seu peito e caí no sono em poucos minutos. Assim que comecei a entrar em meu sono, pensei ter ouvido um sussurro que parecia dizer ‗Eu te amo‘, mas Liam não me diria isso, deve ter sido outra coisa.
Capítulo 10 — QUE PORRA É ESSA? — Eu ouvi Jake rugir perto. Eu abri meus olhos e olhei para ele. Seu rosto era um brilho vermelho, e ele parecia mortalmente bravo. — Jake, não grite tão alto pois você vai fazer meus ouvidos sangrarem! Qual o problema? — Eu perguntei, sentando. Mas logo que eu me movi, eu percebi qual era o problema. Eu ainda estava no sofá com Liam. Oh não! Eu pulei rapidamente e olhei para Liam que estava com sua boca aberta, olhando completamente chocado. Certo, eu precisava sanar a situação rapidamente — Merda, Liam! Eca! Você tinha suas mãos em mim? — Eu chorei, fingindo estremecer de horror. Jake me olhou, seu rosto ainda com raiva, mas ele parecia levemente confuso agora. — Eu... ahm... não... o que? — Liam gaguejou. — Que inferno você estava fazendo com ele, Amber? — Jake rosnou raivosamente, apontando para Liam que parecia confuso nesse ponto. — Eu devo ter pegado no sono, eu acho — Eu franzi, sacudindo minha cabeça como se estivesse confusa também. — Pegou no sono? Bem, o que você estava fazendo com ele em primeiro lugar? — Ele perguntou, jogando a Liam outro olhar sujo antes de olhar para mim. O quê, qual é, pense! Ah já sei, ele iria aceitar esta! — Eu tive um sonho ruim, Jake — Eu murmurei, olhando para o chão e fingindo estar chateada.
Ele
engasgou
e
envolveu
seus
braços
em
volta
de
mim,
instantaneamente colocando seu queixo em cima da minha cabeça — Oh merda, Amber. Está tudo bem — Ele murmurou, me balançando lentamente. — Eu estava chateada e pensei que você estaria aqui, mas não estava. Liam me confortou, isso é tudo. Nós devemos ter pegado no sono — Eu sussurrei, me sentindo culpada que estava mentindo. Eu ainda não estava pronta para ele saber, especialmente depois do jeito que ele olhava para Liam. — Desculpa, Eu apenas pensei... Bem, não importa — Jake murmurou, indo para trás para me olhar — Você está bem agora? — Eu concordei mordendo meus lábios, e para aliviar um pouco da culpa que eu sentia. Ele olhou para Liam — Desculpa cara, eu pulei em confusão e ahn... Obrigado por cuidar da minha irmã. Liam parecia realmente desconfortável e olhou para mim. Eu dei um olhar suplicante, implorando com meus olhos para ele não falar nada. — Sim, sem problemas — Ele deu de ombros, lançando uma mão através de seu cabelo bagunçado. Eu rapidamente saí do abraço de Jake. — Eu estou indo me arrumar para a escola. Que horas são de qualquer jeito? — Eu perguntei, procurando meu celular. Por que a droga do alarme não tocou? — Não é nem seis ainda, Amber. Eu acordei cedo. — Jake encolheu os ombros. — Certo, bem, então vou tomar café da manhã antes de ir tomar banho. Ahn... obrigada Liam, por ontem a noite. — Eu disse, corando e
dando um pequeno sorriso. — Definitivamente o prazer foi meu, Anjo. — Ele piscou para mim, sorrindo feliz. Jake deu um tapa atrás da cabeça dele, fazendo-o estremecer — É minha irmãzinha — Ele afirmou, rolando seus olhos e pisando em direção a cozinha, deixando eu e o Liam no salão. Uma vez que o Jake se foi, Liam olhou para mim — Eu não gosto de ter que mentir para seu irmão, Anjo — Ele sussurrou, franzindo a testa. — Eu sei, mas apenas algumas semanas, por favor? — Eu implorei, beijando-o rapidamente em seus lábios e me virando para correr em direção à cozinha. Ele agarrou minha mão e me puxou de volta para ele, me beijando novamente, antes de me dar um de seus lindos sorrisos. Eu quase pulei até a cozinha porque eu estava tão feliz. Jake estava fazendo torrada, então eu fiz duas tigelas do meu cereal favorito, uma para mim e uma para o Liam. Eu carreguei-os até o salão e lhe enteguei uma, antes de sentar no chão ao lado do sofá. — Ahn... obrigado, Anjo, mas eu não gosto de coco pops2 — Ele disse, virando seu nariz para a tigela. Eu franzi a testa para ele, confusa. Ele sempre comia meu cereal. Todos os dias ele pegava um tigela de coco pops — Claro que gosta, você come todos os dias — Eu olhei para ele como se ele tivesse perdido sua cabeça; Ele achava que eu era estúpida ou alguma coisa assim? Ele riu e sacudiu sua cabeça. — Não, não como. Eu faço uma tigela 2
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disso todos os dias e finjo comer, antes de você vir e tirar de mim. — Ele disse com um sorriso sexy e com olhos divertidos. — Porque diabos você faria uma tigela e fingiria comer? Você gosta de me irritar? — Eu perguntei, irritada. — Não, Anjo. Eu gosto de fazer você tomar seu café da manhã. — Ele disse simplesmente. Eu ofeguei com a revelação. Ele fazia para mim? — Você fazia para mim? Todos os dias? — Eu perguntei, minha boca abrindo, chocada que ele fosse tão amável e eu nunca notei. Todo dia eu ia e fazia algum comentário desagradável para ele sobre comer em sua própria casa e deixar meu cereal em paz, e todo esse tempo ele os fazia para mim? Olha, isso é tão doce! Ele só deu de ombros como se não fosse nada. Todo esse tempo eu achei que ele fosse um idiota, quando na verdade estava sendo legal comigo! Jake chegou, então não pude falar mais nada. Eu zombei do meu cereal e praticamente corri para meu quarto, agarrando meu celular e mandando mensagem para ele porque não podia falar com ele: ―Obrigada, isto é realmente fofo! Eu nunca percebi que você fazia isto. Eu irei te agradecer devidamente depois! Bjo” Eu enviei. Sorri para mim mesma e fui tomar um banho.
Quando saímos do carro do Liam na escola, nós fomos cercadas pelas mesmas gurias mesquinhas de sempre, esperando para agarrar Jake e Liam. Eu rolei meus olhos quando Jessica abriu caminho para a frente e envolveu seus bracinhos sujos em volta da cintura do meu
namorado, olhando para ele com seus olhos venha para cama. — Jessica, sério você precisa ir embora. — Liam disse severamente, tirando os braços dela em volta dele e dando passos para trás. — Liam querido, que tal nós matarmos o primeiro período e irmos ter alguma diversão? — Ela ronronou sugestivamente, colocando suas mãos no peito dele. Oh meu deus, eu estava com tanto ciúmes que me sentia doente! Eu me virei e andei para longe o mais rápido que pude, só querendo estar longe disso tudo. Depois de um minuto pude ouvir Kate correndo para chegar até mim, ela agarrou minha mão e me puxou para parar. — Sério, eu não estou no humor — Eu quase gritei, me virando para ela, mas não era ela, era Liam. — Ei, eu apenas quero andar com você até sua sala. — Ele franziu a testa, me olhando tristemente. — Ah certo... ahn... Desculpe. Eu pensei que você estava com a Jessica,
tendo
alguma
diversão.
—
Eu
disse
sarcasticamente,
envergonhada que eu estava gritando com ele. Ele sacudiu a cabeça e veio para mais perto. — Não, eu não estou com ela, eu estou contigo. — Ele disse docemente, sorrindo para mim e fazendo meu coração bater mais rápido. — Certo, sim, desculpa, eu só... Não sei... — Eu parei, ficando vermelha como tomate. — Você está com ciúmes — Ele afirmou, parecendo satisfeito com isso. Eu assenti relutantemente não realmente querendo admitir isto. —
Deus, eu tenho esperado você ficar com ciúmes pelos últimos doze anos. — ele disse, sorrindo como uma pessoa louca. Eu ri. — Você tem esperado? Bem, então você conseguiu, finalmente aconteceu. — Eu chutei uma pedra, tentando me distrair do sentimento de ciúmes que ainda corria pelas minhas veias. Eu acho que iria ter que me acostumar com as garotas dando em cima dele. Ele era Liam James pelo amor de Deus! As garotas sempre o seguiam, implorando sua atenção. — Se lembra da conversa que tivemos ontem, sobre confiança? Bem, funciona para os dois lados você sabe. Eu nunca irei machucá-la, mas você tem que acreditar nisso também. — Ele colocou seus dedos no meu queixo e inclinou minha cabeça para cima, me fazendo olhá-lo. Eu suspirei. Sim, ceto, eu disse isso eu acho — Eu confio em você, só é difícil de ver. — Eu respondi, sorrindo, imitando suas palavras de ontem. Ele riu. — Sim, bem, a palavra agora é que eu tenho uma namorada e isso deve colocar um fim na coisa toda de flerte. — Ele disse com confiança, tirando o cabelo do meu rosto. — Você disse para todo mundo que você tem uma namorada? — Eu perguntei, chocada. Certo, puxa, talvez ele estivesse sendo mais sério do que eu pensei em fazer isso dar certo. — Sim, é claro. Eu tenho uma namorada. Eu tenho a mais sexy, mais bonita namorada do mundo, que ainda tem que me agradecer como ela me prometeu pela mensagem hoje de manhã. — Ele sorriu com seu sorriso de flerte e parecia que mil borboletas tomaram conta do meu
estômago. Eu ri e inclinei para frente até minha boca quase tocar a dele. — Todas as coisas boas vêm para quem espera. – Eu provoquei, piscando para ele e me afastando. Ele rosnou e me pegou rapidamente. — Você não acha que doze anos é tempo o suficiente por esperar? — Ele perguntou, fingindo estar chocado, me fazendo rir. — Humm, não realmente. Eu acho que farei você esperar um pouco mais. — Eu joguei para ele um beijo enquanto entrava na porta da minha aula de historia. Eu o ouvi rosnar, mas quando olhei para trás ele estava sorrindo, vendo-me afastar. Propositadamente eu balancei minha bunda, tentando parecer sexy, deve ter funcionado porque três garotos da minha aula de história assobiaram para mim e fizeram algum comentário sobre minha bunda sexy. Eu rolei meus olhos. Homens! Eu não pude falar muito com Liam no almoço, estávamos sentados na mesma mesa, mas todo mundo queria falar com ele. — Então, você realmente tem uma namorada secreta? — Tim, um de seus amigos perguntou, olhando para ele como se ele não acreditasse. — Sim. — Liam confirmou, parecendo extremamente orgulhoso disso. Toda vez que ele olhava para mim, eu corava como louca e tinha certeza que alguém iria notar. — Ela deve ser uma mulher gostosa para ter domesticado a besta. — Rick sorriu. Liam riu, seus olhos pararam em mim por alguns segundos. — Ela é a coisa mais sexy que existe, cara. — Ele disse confiantemente.
— Sério? Ela fode bem? — Rick perguntou, pegando seu sanduíche. — Cara, sério, eu não irei responder isso sobre minha garota. — Liam afirmou com um sorriso. — Eu aposto que poderia coloca-la fora da jogada — Rochelle flertou, correndo sua mão sobre seu braço. Ele riu. — Você sabe o quê, você não teria nenhuma chance. Minha garota é incrivelmente linda, tanto por fora quanto por dentro — Liam encolheu os ombros, colocando seu braço longe, sorrindo. Todas as garotas da mesa soltaram vários
―aww‖ e ―ahhh‖. Eu sorri e tentei
comer. Eu pude sentir os olhos de Kate em mim então olhei para ela, que estava sorrindo para mim de orelha a orelha. Eu rolei meus olhos para ela, rindo. — Ele não dormiu com ela, ela acredita em sexo depois do casamento — Jake interveio, sorrindo. Eu engoli uma risada. Jake tinha acreditado nele quando ele disse isso para ele ontem de manhã? Todos engasgaram e olharam para Liam, que estava sorrindo como louco. — Não brinca! Você não dormiu com ela? — Rick perguntou ceticamente. — Não, não dormi, mas isso não é da conta de vocês, caras. — Liam sacudiu sua cabeça, sorrindo. — Eu tenho que ir. Eu tenho que falar com o treinador sobre o treino. — Ele deu de ombros, levantando. Metade dos garotos levantaram também, seguindo-o. Tão logo ele se foi, todas as garotas começaram a planejar e intrigar. Elas queriam saber quem a garota secreta era, e não iriam parar até descobrir, então elas puxaram vinte dólares e colocaram no meio da
mesa. Eu olhei para elas, confusa. — Então, a próxima garota a pegar ele, ganha o dinheiro. — Jessica disse, com um sorriso. Eu engasguei. — Sério? Ele disse que tinha uma namorada e não estava interessado, e você está apostando na próxima que irá dormir com ele? E se a namorada dele for a próxima a dormir com ele? — Eu perguntei, chocada. Eu não acreditava que essas meninas estavam apostando em ter sexo com alguém! Era uma maldita competição! — Bem, se ela colocar o dinheiro então ela pode vencer, mas obviamente ela não vai dar o que ele quer. Ele eventualmente vai ceder. A próxima a agarrar ele vence, mas eu garanto que não será sua namorada. Ele não pode esperar. Sem sexo antes do casamento, sim, certo! É de Liam James que estamos falando — Ela rolou seus olhos, sorrindo. Ela estava obviamente confiante que ela iria ganhar. Então tive uma ideia, eu peguei uma nota de vinte e coloquei no monte. — A próxima a agarrar ele, certo? — Eu perguntei, mal sendo capaz de conter meu sorriso. — Sim, certo! Como se você tivesse uma chance, Emo! — Jessica cuspiu em mim porcamente. —
Então,
quanto
a
vencedora
ganha?
—
Eu
perguntei
excitadamente, ignorando sua zombaria. Ela contou o dinheiro que estava na pilha. — Bem, tem duzentos e quarenta aqui no momento, mas uma vez que as pessoas ouvirem... Bem, eu não sei... Da ultima vez que fizemos isso, foi pelo Chris. Eu ganhei seiscentos e vinte, mas Liam é o mais gostoso, e pela aparência dele
intocável, bem, pelo momento de qualquer jeito. — Jessica riu, dobrando o dinheiro e colocando em sua carteira, escrevendo o nome das participantes no papel. Eu ri, uau, seria dinheiro fácil. Kate estava rindo. — Você irá colocar o seu também? — Jessica perguntou a Kate e a Sarah educadamente. — Não, não eu. Eu não tenho chance. — Kate deu de ombros, ainda rindo. Sarah deu para Jessica seu dinheiro. — Estou dentro. Quem poderia dizer não a chance de ter todo esse dinheiro e dormir com Liam James? — Sarah disse sonhadoramente. Eu agarrei o braço das minhas duas amigas e puxei-as para fora do refeitório e para nossa próxima aula.
Eu tive que vagabundear depois da escola, esperando Jake e Liam terminarem seus treinos de Hóquei. Entrei na pista e me escondi atrás para não ser vista. Não nos era permitido entrar aqui durante o treino porque o treinador dizia que as garotas distraíam os jogadores. Eu amava assistir os jogos de hóquei deles. Existia alguma coisa no jeito que eles deslizavam no gelo tão rápidos e graciosos. Eles estavam dando arrancadas no momento, andando de uma linha à outra tão rápido quanto conseguiam, então eles tinham que driblar um diabrete em torno de vários cones, e finalmente eles todos revezavam para atirar no gol, com meu irmão fazendo o seu melhor para manter os discos para fora. Ele realmente era um bom goleiro, mas ele só jogava por diversão. À Liam por outro lado, tinha sido oferecida uma bolsa de estudo integral atlética para
uma das melhores faculdades do país. Ele estava esperançoso de se tornar profissional. O que aparentemente, ele tinha todas as chances de conseguir porque ele tinha olheiros sobre ele. Eu me encontrei assistindo Liam andar. Eu o tinha visto fazer isso centenas de vezes, se não milhares, mas tinha alguma coisa tão linda nisto. Ele tirou meu fôlego. Eu estava vendo o jeito que seus pés se moviam, o jeito que seu cabelo ficava bagunçado quando ele andava, o jeito que o gelo pulverizava quando ele freava. E, é claro, eu notei o quão inacreditavelmente gostoso ele parecia em seu uniforme. Eu escapei quando o treino terminou e esperei eles aparecerem no carro de Liam. Sarah chegou quando eu estava parada lá. — Ei, garota. — Ela gorjeou, saltando para cima e para baixo em um pequeno excitamento. — Ei, Sar. O que houve com você? Você não esteve cheirando essas ervas de novo, esteve? — Eu brinquei. Era uma piada, Sarah tinha comprado alguma ―erva‖ para um amigo dela e acendeu-as em seu quarto para limpar sua aura ou algo do tipo. Tinha acabado por ser erva daninha e ela ficou doida, correndo na sua rua meio pelada chamando todos do seu celular para ir e ver a parada. Ela nunca se deixou abater. — Há há! Não, eu apenas falei com Ashley, que disse que o dote pela bunda do Liam agora está acima de US$1860! Acredita nisto? Então, eu vou tentar quando ele vier do treino. — Ela disse, estacando no lugar e procurando em volta por eles. Eu estava quase chocada. US$1860. Era uma piada? Que merda! Isso significava que noventa garotas iriam estar implorando à meu
namorado por sexo, se oferecendo para ele em um prato e eu estava assustada em deixa-lo me tocar. Talvez não fosse ser tão divertido como a princípio achei. Depois de cinco minutos, os garotos vieram. — Oi, Liam. Uau! Você cheira bem. — Sarah ronronou tentando seduzi-lo enquanto ela chegava perto dele. Ele olhou para ela, uma expressão horrorizada em seu rosto. Eu mordi meus lábios forte, para não rir. — Oi, Sarah. Escute, você não deve ter escutado que eu tenho uma namorada, então... — Ele parou, dando de ombros. — Tudo bem, eu não me importo em compartilhar. — Sarah ronronou, colocando sua mão no peito dele para fazê-lo parar na frente dela. Ele pareceu um pouco irritado. — Sarah, sério, eu não estou interessado, certo? — Ele removeu a mão dela e foi para o carro, com uma carranca. Eu sorri desculpando Sarah porque ela parecia um pouco derrotada. — Vinte dólares que eu não irei ver novamente. — Ela fez beicinho. Eu ri. — Ei, quando eu vencer eu darei para você seus vinte reais de volta. — Eu pisquei para ela brincando, fazendo-a rir enquanto eu entrava no carro. Hoje era um dos dias que Jake trabalhava, então Liam sempre levava ele para a academia onde ele trabalhava de segunda a quarta durante a noite. Depois normalmente Liam me levava para casa. — Merda cara, eu acho que mais garotas estão dando em cima de mim hoje do que
o normal. Que inferno é esse? Eu digo para as pessoas que tenho namorada, e toda a tarde as garotas tem me implorado para fod— Ele abruptamente parou de falar, olhando para mim pelo espelho como se tivesse falado muito. Eu ri, abençoando, ele não tinha nem ideia de que cem garotas excitadas estavam tentando dormir com ele por uma aposta! — Qual a graça, Anjo? — Ele perguntou, levantando sua sobrancelha para mim pelo espelho. — Você quer saber o porquê de estar tendo toda essa atenção extra hoje? — Eu perguntei, sorrindo. — Sim. — Ele respondeu, parecendo um pouco apreensivo. Jake se virou para me olhar da frente. Eu sorri. — Bem, tem uma aposta rolando entre as meninas para quem conseguir dormir com você primeiro. A primeira garota a te pegar, ganha o dote. É muito dinheiro. — Eu afirmei, ainda sorrindo. Jake caiu na gargalhada, e Liam quase desviou o carro na outra pista porque ele estava chocado. — Elas estão fazendo o que? Elas não sabem que eu tenho namorada? — Ele gritou, obviamente chateado. Sua ofensa pareceu fazer Jake rir ainda mais. Eu assenti. — Sim, é por isso que estão fazendo isto. Elas não gostam da ideia de você namorar, vendo como você é um jogador, então elas querem ser as próximas a dormir com você. — Eu dei de ombros com desdém, fingindo que não era grande coisa quando na verdade eu estava extremamente preocupada com isto. Por quanto tempo ele seria capaz de resistir a toda essa atenção? — Quanto está o pote? — Jake perguntou, divertimento ainda claro
em seu rosto. — Acima de oitocentos dólares. — Eu ri. Liam quase desviou da estrada novamente e a boca de Jake abriu. Ele olhava para Liam com um olhar de puro orgulho em seus olhos. — São vinte dólares cada. Então isso faz mais ou menos noventa garotas querendo ser a próxima que você vai foder, Liam. — Eu sorri para ele através do espelho. Ele parecia horrorizado, e honestamente, um pouco assustado. — Que merda, cara! Você sabe, você deveria escolher alguém e fodê-la e depois dividir o dinheiro! — Jake disse excitadamente. Liam lançou o olhar mais imundo do mundo para ele, como se ele tivesse sugerido esfolar um filhote de cachorro ou algo assim. Jake levantou suas mãos se desculpando. — Brincadeira. Ei, estou brincando! — Ele disse rapidamente, mas poderia dizer pelo seu rosto que na verdade ele falava sério. — Então, é por isso que a Sarah deu em cima de mim lá fora do carro! Quem diabos mais está nisso, Anjo? — Liam perguntou, parecendo realmente irritado com isto. — Bem, Jessica que está organizando. Todas as líderes, a maioria das garotas do terceirão, Eu, Ashley, Nadine. — Eu respondi, listando as pessoas que eu sabia, mas Liam me interrompeu. — Você? — Ele perguntou, com os olhos arregalados. Eu assenti, rindo. — Bem, sim, oitocentos reais é muito dinheiro. Lembre-se, eram só duzentos e quarenta quando eu coloquei, além disso, eu gosto de jogar. — Eu brinquei, dando a ele um sorriso sexy no espelho. Jake parecia que ia explodir. — Você? De jeito nenhum! Que
infernos você está pensando? — Ele gritou comigo, me fazendo recuar. Eu odiava ver Jake com raiva. — Jake, é muito dinheiro, eu apenas pensei, você sabe, seria engraçado. Nunca se sabe, eu poderia perder minha virgindade com o famoso Liam James. — Eu brinquei, levantando minha sobrancelha para ele. Jake começou a rir, parecendo aliviado. Ele obviamente pensou que eu estava brincando. Eu sorri e olhei para fora da janela. Eu era uma boa mentirosa, se ele me perguntasse se eu estava brincando eu teria que contar para ele a verdade. — Ei, Ambs, você me assustou! Eu pensei que era verdade. — Jake riu, batendo Liam no ombro orgulhosamente. — Oitocentos dólares isso é maravilhoso, Liam. Eu penso em quantas garotas você poderia pegar em uma noite, se todas pensassem que são as primeiras a ganhar a aposta. Eu engasguei. Oh merda! Ótimo Jake, colocar isto na cabeça dele, eu tenho certeza que era tudo que ele precisava ouvir desde que sua namorada não queria ceder! — Merda, Jake, eu tenho uma namorada! — Liam chorou, parecendo um pouco exasperado. — É eu sei, mas qual é, as garotas vão estar desesperadas para ganhar, eu aposto que você pode fazer o que quiser com elas. — Jake sorriu, levantando suas sobrancelhas. — Jake, pare. Eu não quero mais ninguém. Eu sou louco pela minha garota. Eu não vou foder com ela. — Liam afirmou orgulhosamente. Ele sorriu para mim no espelho e minha respiração começou a diminuir enquanto meu pânico diminuia. Confiança. Eu precisava confiar nele e
parar de pensar o pior o tempo todo. Nós deixamos Jake na academia e Liam nos levou para casa. — Você colocou vinte dólares apostando que você seria a próxima a dormir comigo? — Ele perguntou, sorrindo para mim confiantemente. — Na verdade não, eu apostei a ser a próxima a te agarrar. — Eu dei de ombros, rindo. Ele riu e pegou minha mão enquanto dirigia. — Eu não acredito que isso está acontecendo. Eu pensei que uma vez que as pessoas soubessem que eu não estava interessado, elas iriam me deixar em paz, não teriam mais garotas atrás de mim! Eu sinto muito. — Ele franziu e beijou minha mão suavemente. — Não se preocupe com isto, não é sua culpa. Eu acho que toda essa coisa de confiança será necessária de agora em diante, ein? — Eu brinquei, dando um pequeno sorriso, fingindo não estar preocupada sobre todas essas meninas que se jogariam nele, e sobre um futuro imprevisível. Chegamos a minha casa e ele estacionou. — Ei, quer entrar? Nós podemos falar para meus pais que estamos juntos. Eu os disse que tinha uma namorada e minha mãe quase morreu, eu juro. — Ele disse, rindo e acenando para sua casa com uma expressão esperançosa. — Wow, toda a coisa de conhecer os pais já? — Eu brinquei, fingindo estar assustada. — Quero dizer, e se eles não gostarem de mim? — Eu perguntei, envolvendo meus braços em volta de sua cintura e colocando meu rosto em seu peito, fingindo medo. Ele riu e eu também. A ideia dos pais de Liam não gostarem de mim era seriamente engraçada. Eles já me
consideravam uma filha. Liam era filho único porque sua mãe teve alguns problemas quando ela o ganhou, o que a deixou incapaz de ter mais, então ela me amava e sempre dizia que eu e Jake éramos parte da família. Eu amava-os também, eles eram ótimas pessoas, amáveis, engraçados e atenciosos. Na verdade, assim como foi com Liam, me levou algum tempo para perceber que eles sempre haviam sido assim.
Capítulo 11 Ele me puxou para sua casa segurando minha mão, sorrindo excitadamente. — Mãe? Pai? Vocês estão em casa? — Liam gritou, olhando para dentro do salão vazio. Eu podia ouvir vozes na cozinha. — Sim, querido. Estamos aqui. — Pat falou. Liam sorriu feliz e me arrastou para a cozinha. Pat estava cozinhando cookies e Rick estava ocupado tentando comer a massa de cookie diretamente da tigela, fazendo-a rir e bater nas mãos dele com a colher de madeira. Eu ri com a cena. Eles eram sempre assim, ela era a esposa e mãe perfeita, e ele a adorava e a Liam, o que realmente era fofo. — Ei Amber, quanto tempo. — Rick falou, me dando um abraço, fazendo meu coração acelerar. — Ei, Rick, Oi Pat. Como vocês estão? — Eu perguntei alegremente. — Estamos ótimos! Amber, eu poderia te abraçar, mas estou coberta de cookies, querida. — Pat franziu a testa, levantando suas mãos em evidencia. — Sim, eu posso ver! Eles cheiram tão bem. — Eu disse, olhando os já prontos em um prato no canto. Ela passou o prato para mim e eu alegremente peguei um, sorrindo. — Obrigada. — Ei! Você disse que eu não podia pegar um porque eles estavam
esfriando. — Rick choramingou fazendo beicinho, o que me fez rir. Ela pegou um e jogou para ele com uma piscadela. — Hum, pessoal, eu estava pensando se vocês gostariam de conhecer minha namorada. Talvez ela pudesse jantar conosco hoje? — Liam sugeriu, colocando suas mãos nas minhas costas. Um sorriso cruzou o rosto de Pat. Ela parecia tão feliz que eu pensei que ela estava segurando lágrimas. — Oh, Liam! Eu amaria conhecê-la! Eu ainda não acredito que você tem namorada. Você passou o tempo todo falando que elas eram apenas algumas garotas e agora você finalmente foi capaz de mudar e namorar alguém! — Ela murmurou, praticamente explodindo de alegria e orgulho. — Sim, Ok, mãe, fale mais baixo um pouco, certo? — Liam murmurou, rolando seus olhos. — Então, que horas ela chega? Você já a conheceu, Amber? Ela é legal? — Pat perguntou, sorrindo para mim. Eu olhei para Liam, incerta do que falar. Toda essa situação era engraçada. E ela tinha falado que Liam sempre falou que só tinha uma garota para ele? — Na verdade mãe, ela está aqui agora. — Liam disse orgulhosamente, acariciando minhas costas gentilmente e sorrindo para mim. Seus olhos penetrando os meus, fazendo todo meu corpo ficar quente. Pat pulou e limpou suas mãos em um pano, rapidamente arrumando seus cabelos freneticamente, antes de praticamente correr para a entrada. Certo, estranho! — Mãe, o que você está fazendo? — Liam perguntou, rindo. Eu notei que Rick estava olhando para a mão de Liam nas minhas costas, um sorriso grande em seu rosto.
— Bem, ela está estacionando o carro ou o que? — Pat perguntou, olhando para Liam antes de olhar para a porta da frente novamente. Ele riu mais. Rick e eu também. — Mãe, esta é minha namorada. Seu nome é Amber Walker. — Liam falou orgulhosamente para mim enquanto eu ia para mais perto dele. O rosto de Pat estalou ao olhar para mim, chocada. Lentamente, seu rosto se tornou alegre, então completamente feliz, enquanto ela ria e corria para mim, agarrando eu e Liam em um grande abraço. — Meu deus! Finalmente, vocês ficaram juntos? Finalmente! — Ela quase gritou, pulando no mesmo lugar. Liam enrolou seus braços em volta da minha cintura e puxou impossivelmente mais perto dele. — Sim, finalmente. — Ele confirmou, rolando seus olhos, mas parecia divertido ao mesmo tempo. Rick colocou sua mão na de Liam. Eles sacudiram suas mãos em um gesto maior, antes de se darem um abraço de urso. Depois de toda excitação ter se acalmado, nós jantamos. Era muito bom estar sentada com os pais de Liam assim, eles honestamente não paravam de sorrir. Toda vez que eu e Liam nos tocávamos, Pat suspirava alegremente, sorrindo para nós. — Certo, vocês homens podem limpar a mesa! — Pat ordenou, agarrando meus braços e me puxando para o salão. — Eu estou tão feliz por vocês dois. Liam nos disse que é apaixonado por você faz anos, sabia? — Ela sorriu. Minha respiração ficou presa na minha garganta com suas escolhas de palavras. Ela pensava que Liam estava apaixonado por mim? Ele não estava apaixonado por mim, estava? Ele realmente tinha
sussurrado que me amava ontem a noite antes de eu cair no sono? — Ahn, ele me disse que gostava de mim fazia tempo sim. — Eu murmurei, um pouco desconfortável. Ela rolou seus olhos. — Gostava, há, aquele rapaz tem estado afetado por você ha tempos. Quero dizer, ele ainda te chama de Anjo pelo amor de Deus! — Ela riu. Eu olhei para ela, confusa. — O que isso tem a ver com tudo? — Eu perguntei, franzindo a testa. Eu realmente amava a Pat, mas algumas vezes ela era meio doida. — Ele nunca disse o porquê de te chamar assim? — Ela perguntou, sorrindo para mim. Eu sacudi minha cabeça, e ela riu sombriamente. — A primeira vez que nós vimos você, foi na festa de aniversário de seis anos de Liam. Não havia muito tempo que vocês tinham se mudado, e nós pensamos que seria legal, você sabe, convidar os vizinhos para a festa. – Ela começou, assentindo entusiasticamente. — Sim, eu lembro. Tinha balões por todos os lugares, e um palhaço que fazia truques de mágica. — Eu sorri. James sempre ia para as melhores festas, até festas de crianças. — Isso mesmo. De qualquer jeito, você e seu irmão vieram para a festa e tão logo que você entrou pela porta, Liam só olhava para você. Ele literalmente não tirava os olhos de você. Você sorriu e desejou feliz aniversário para ele, mas ele não conseguiu nem falar com você, então você saiu para dançar. Ele virou para mim, e você sabe o que ele disse para mim? — Ela perguntou, seus olhos lacrimejantes. Eu sacudi minha cabeça. O que ela iria dizer? Estava me assustando um pouco! — Ele
disse em um tom muito sério, ―Mamãe, estou morto?” E eu disse ―Não querido, você não está morto‖, e ele sacudiu sua cabeça, parecendo todo confuso com alguma coisa. Então apontou para você dançando e disse, ―Se eu não estou morto, então porque tem um Anjo em nossa casa?‖ — Ela afirmou, juntando suas mãos e sorrindo. Eu engasguei. Oh merda! Era por isso que ele me chamava de Anjo? Meu coração estava acelerado e minhas palmas estavam suando. Eu acho que Liam realmente estava apaixonado por mim, mas eu estava apaixonada por ele? Eu achava que não, pelo menos não ainda. Mas eu podia facilmente me ver me apaixonando por ele. — É por isso que ele me chama assim? Está falando sério? — Eu perguntei, incerta se ela estava brincando ou não. — Totalmente. Pergunte para ele se você não acredita, mas desde o momento que ele te viu ele se apaixonou por você, isso explica o olhar em seu rosto. Eu estou surpresa que você nunca notou. — Ela sacudiu sua cabeça, rindo. — Eu nunca notei porque ele era sempre tão mesquinho comigo. Ele sempre me empurrava, puxava meu cabelo, me chamava de nomes. — Eu franzi a testa. Por que sempre fazia tudo isso se ele gostava de mim? — Seu irmão fazia com que ele ficasse longe. Ele bateu em Liam depois de sua festa de aniversário no mesmo ano e disse para ele ficar longe de você. — Ela disse, rindo e sacudindo a cabeça. — Seu irmão é certamente protetor, Deus o abençoe. — Ela disse, sorrindo com carinho. — Sim, eu sei. Liam e eu falamos disso e decidimos não contar para Jake por algumas semanas, até as coisas se estabelecerem. Eu realmente
iria apreciar se você não falasse nada para ele se o ver. — Eu estremeci com o pensamento de Liam e Jake brigando. Eu definitivamente queria adiar o maior tempo possível. — Eu não falarei nada, mas não acho que você deva manter em segredo por muito tempo, de outra maneira só ficará cada vez mais difícil. Eu sorri agradecidamente. — Sim, só algumas semanas. De repente, Liam pulou de trás do sofá e aterrissou perto de mim, envolvendo seus braços em volta dos meus ombros e me puxando para ele. Quando me virei para sorrir para ele, ele me beijou, mordiscando meus lábios, pedindo por entrada. Eia, ele tinha esquecido que sua mãe estava sentada ali nos assistindo? Eu me afastei rapidamente, fazendo-o gemer. — Anjo, eu não te vi o dia todo. — Ele choramingou, fazendo beicinho como uma criancinha. Eu ri com a palavra Anjo, ele realmente me chamava disso porque ele pensou que eu fosse um Anjo quando ele tinha seis anos? — Do que você está rindo, linda? — Ele perguntou, acariciando o lado do meu rosto com um dedo. Eu mordi meus lábios para me fazer parar e sacudi minha cabeça. — Nada. — Eu menti, sorrindo para ele. Ele curvou sua cabeça para frente e me beijou novamente, pedindo por entrada e eu me afastei novamente. — Liam, sério, sua mãe está nos olhando. — Eu sussurrei para sua cara de filhote de cachorro. Nós dois olhamos para Pat que estava nos olhando com um grande sorriso no rosto, ela estava vendo a coisa mais fofa do mundo. Liam ficou de pé e segurou sua mão na minha. — Vamos ouvir
algumas musicas no meu quarto. — Ele franziu a testa um pouco para sua mãe que ainda estava nos olhando como alguma mãe malucamente feliz. Eu peguei sua mão e deixei ele me guiar para seu quarto. Eu não tinha estado em seu quarto por anos. Eu acho que a última vez que estive aqui foi ha dois anos atrás, quando eu vim trocar de roupas depois de nós termos feito uma grande guerra de água e Jake e eu tínhamos ficado trancados do lado de fora. Seu quarto estava igual ao que tinha sido, mas agora tinham mais coisas nas paredes. Como uma camisa de hóquei autografada que ele ganhou de aniversário de seus pais esse ano, e seus troféus que estavam todos alinhados em uma prateleira. Ele colocou alguma música e quietamente eu andei até uma estante para ver duas fotos. Uma era de Jake, Liam e eu no parque onde fizemos um piquenique quando éramos crianças, provavelmente eu tinha onze ou doze. A outra foto era minha e da minha equipe de dança em uma competição que tínhamos entrado. Eu a peguei e olhei-a curiosamente. — Eu amo esta foto. — Liam disse, sorrindo enquanto parava do meu lado. Segurei-a para ele. — Quando você a tirou? — Mais ou menos dois meses atrás no clube em Richmond. Você ganhou o primeiro lugar e estava pulando para todo lado, alegre. — Ele sorriu e acariciou com o dedão a foto antes de colocar de volta. Eu caminhei para sua cama e sentei. — Uou, sua cama é desconfortável! Não é de se admirar que você goste da minha. — Eu brinquei, passando a mão sobre o edredom. Ele riu e veio se sentar ao
meu lado. Eu não podia não notar que ele ficava tão lindo quando ria. Eu o puxei para baixo na cama e me movi, então estava sentada sobre ele, coloquei meu antebraço perto de sua cabeça e me curvei para que nossos rostos estivessem quase se tocando. — Então, Liam, eu quero que me diga uma coisa. — Eu respirei, correndo minhas mãos por seu cabelo. — Posso te beijar primeiro? Então responderei o que você quiser. — Seus olhos escorregaram para meus lábios por alguns segundos antes de retornar para meus olhos. Eu joguei meus lábios nos dele. Seus braços imediatamente rodearam minha cintura, me puxando para mais perto, uma de suas mãos emaranhando meus cabelos. Ele traçou sua língua em volta dos meus lábios lentamente e eu não o recusei desta vez, eu abri minha boca, avidamente. Seu gosto explodiu em minha boca quando ele deslizou sua língua para dentro, massageando a minha apaixonadamente, me fazendo gemer. Beijar Liam parecia cada vez ficar melhor. Eu estava queimando com o desejo dele me tocar, mas eu ainda estava consciente que seus pais estavam ali em baixo no salão e sabiam que estávamos aqui juntos. Eu fui para trás depois de alguns minutos, nós dois estávamos com a respiração ofegante. Ele estava passando suas mãos lentamente por todo meu corpo, da cabeça à minha cintura e para cima novamente, olhando para mim apaixonadamente. Eu estava um pouco assustada com o olhar em seu rosto. O que sua mãe tinha falado era verdade. Ele realmente estava apaixonado por mim.Eu podia ver em seus olhos. — Então, o que você quer saber, Anjo? — Ele perguntou, agarrando
com ambas as mãos minha bunda e apertando delicadamente. Eu estava quase distraída por suas mãos. Quero dizer, se ele apenas movesse um pouco mais para baixo e em direção ao centro, elas estariam exatamente onde meu corpo gritava para elas estarem. Eu sacudi minha cabeça para vencer os pensamentos sensuais, e sorri para seu rosto lindo. — Eu quero saber por que você me chama de Anjo. Ele engasgou e ruborizou levemente. Eu sorri tranquilizando-o. Ele rosnou e sacudiu sua cabeça rapidamente. — De jeito nenhum. Eu não responderei isto. — Ele choramingou, fazendo a cara de filhote de cachorro que eu não conseguia resistir. — Vamos lá, você disse que responderia qualquer coisa que eu quisesse. — Eu encorajei. Ele franziu a testa e sacudiu sua cabeça. Ok, eu tentarei outra tática. — Por favor? — Eu implorei, bicando seus lábios. — Por favor? — Eu sussurrei, beijando-o novamente. — Por favor? Ele gemeu e respirou profundamente enquanto eu beijava seu pescoço. — Eu te chamo de Anjo porque, honestamente eu acreditava que Deus havia colocado um Anjo na terra só para mim. — Ele admitiu, colocando meu rosto em suas mãos me fazendo olhar para ele. Eu fiquei com a respiração instável. Então era verdade o que Pat disse. Meu coração acelerava em meu peito enquanto ele continuava falando. — A primeira vez que eu te vi eu pensei que você fosse um Anjo vindo diretamente do céu. Você era tão linda que você tirou minha respiração. Ainda tira todos os dias. — É a coisa mais fofa que já ouvi, Liam. — Eu murmurei, beijando-o ternamente. Ele me beijou de volta e rolou, assim eu estava em baixo dele.
— Eu poderia te beijar o dia todo. — Eu sussurrei, enquanto ele beijava meu pescoço, mordiscando suavemente minha pele e me fazendo gemer sem ar. — Mmm, isso parece um bom plano. — Ele murmurou contra minha pele. Eu envolvi minhas pernas em volta da cintura dele e puxei-o mais para perto, beijando com tudo que eu tinha. Ele prendeu meus braços em baixo da minha cabeça e me beijou os lábios novamente antes de começar a beijar da minha bochecha à minha orelha. — Eu te amo, Anjo. — Ele sussurrou. Meu coração parou e meu corpo começou a formigar, mas não sabia o que falar. — Eu.. Eu.. Liam... Eu... Ele me beijou novamente, me parando de falar. Eu senti seu aperto afrouxar nos meus pulsos, então eu envolvi meus braços em volta de seu pescoço, puxando-o perto de mim. — Você não tem que falar nada. Eu tenho me sentido assim por você por anos, mas você recém parou de me olhar como o melhor amigo imbecil do seu irmão. Eu apenas queria dizer estas palavras para você, é tudo. Eu tenho esperado para dizer isso por muito tempo. — Ele disse, tirando meu cabelo do meu rosto. Eu envolvi meus braços ao redor do pescoço dele rigidamente e beijei todo o rosto dele, antes de finalmente beija-lo em sua boca perfeita.
Capítulo 12 Nós devemos ter pegado no sono porque eu acordei com Liam todo envolto de mim. Eu olhei para o relógio dele. Oh merda, já tinha passado das nove! Jake estaria em casa já. Eu cutuquei ele. — Ei, tenho que ir, já é depois das nove. — Eu afirmei, urgentemente tentando desfazer-me de seu aperto. Ele rosnou. — Mais dez minutos, Anjo. — Ele murmurou com sono. Eu ri. Parecia tão fofo quando estava dormindo. Eu ri também quando fiz cócegas nele. — Liam, não é de manhã, ainda é noite, mas tenho que ir. Jake vai se perguntar onde eu estou! — Eu expliquei, finalmente erguendo-o de cima de mim e pulando. Ele resmungou e me puxou de volta para ele, segurando-me apertadamente contra seu corpo, sorrindo com sono. Eu sorri. — Você vai parar! Eu preciso ir. — Eu disse, rindo enquanto ele mordiscava minha orelha. Ele sacudiu sua cabeça. — Não, eu não quero que você vá – Ele murmurou, enquanto beijava meu pescoço. Puxei-o para cima e ele suspirou. — Mas eu vou sentir falta de você. — Ele choramingou, me fazendo rir ainda mais. — Irei vê-lo em uma hora. De qualquer jeito, eu tenho tarefa para fazer. — Eu disse, com um encolhimento de ombro. Ele suspirou em derrota. — Sim, eu também. — Ele admitiu, ligeiramente fazendo beicinho. Eu saí de sua cama e fui para a porta. —
Hei, espera. Vou te levar. — Ele agarrou minha mão enquanto caminhávamos pelo corredor. Coloquei minha cabeça na sala de estar. — Tchau, Pat. Tchau, Rick. — Eu chamei. — Tchau, querida. — Rick respondeu, sem tirar seus olhos da TV. Pat sorriu para mim. — Tchau, Amber. Vocês se divertiram? Ela perguntou, me dando uma piscada. Eu ruborizei como louca e assenti, não tendo certeza se minha voz iria sair se eu tentasse falar. Liam rolou seus olhos e me puxou para a porta da frente, onde ele me colocou contra ela suavemente e me beijou até eu ficar tonta. — Irei vê-la dez e meia, tudo bem? — Ele sussurrou, acariciando minha bochecha. Eu fui rapidamente para minha casa, me virando para sorrir para Liam enquanto caminhava para a porta da frente. Deus o abençoe, ele estava parado em sua varanda para ter certeza que cheguei em casa segura, e eu vivia a 9 metros dele. Jake estava sentado no sofá, esperando por mim. Quando entrei pela porta, ele olhou para mim, seus olhos fechados com raiva. — Onde você estava? Eu estava preocupado! Você deveria ter deixado uma nota ou alguma coisa. — Ele disse, sacudindo sua cabeça em desaprovação. — Desculpa, eu estava no Liam. Pat perguntou se eu queria ficar para o jantar, e eu pensei que já que você não estava aqui, se eu aceitasse não ficaria sozinha. — Eu disse com um dar de ombros. — Eu amo o jantar da Pat. — Ele suspirou, a expressão de raiva
sumindo de seu rosto, para ser substituída por uma de ciúmes. — Bem, você perdeu uma boa também, ela fez uma torta caseira e tudo o mais. — Eu brinquei, sorrindo perversamente enquanto ele suspirava. — Bem, eu apreciei meu queijo grelhado. — Ele brincou, me fazendo rir. — Eu vou fazer minha tarefa de casa. — Eu me virei e comecei a andar em direção ao corredor para que então eu pudesse ir para meu quarto. — Ambs, espere um minuto. Eu preciso falar contigo sobre uma coisa. — Ele disse, batendo no sofá perto dele, parecendo triste. Sentei-me ao lado dele. — O que foi, Jake? — Eu perguntei, preocupada, ele realmente parecia chateado com alguma coisa. Ele suspirou profundamente. — Eu falei com a mamãe hoje à noite. Eu sorri. — É? Ela está bem? Ela está vindo para casa? — Eu perguntei, ficando feliz, pensando em ver minha mãe mais cedo do que em algumas semanas. Eu sentia muito a falta dela e o tempo que ela ficava aqui sempre parecia voar. Ele sacudiu a cabeça. — Ela me disse uma coisa, mas não quero que você se preocupe com isto. Não tem nada com o que se preocupar, eu prometo. — Ele pegou minha mão e olhou para mim, sorrindo tristemente. Oh merda, isso seria ruim! — O que é? — Eu perguntei, já imaginando o pior. Nós iríamos ter que nos mudar para a China. Ela tinha
perdido seu trabalho. Ela iria se casar novamente – mas eu supus que não era necessariamente uma coisa ruim, a não ser que ele fosse um idiota. Cem coisas estavam se passando na minha mente, mas a última coisa que esperava era o que Jake disse. — Nosso pai entrou em contato com ela. Ele quer nos ver, aparentemente, pedir desculpas pelo que ele fez. — Ele cuspiu entre os dentes, sua tristeza virando uma cega raiva. Eu não podia respirar. Meus pulmões apenas se recusavam a trabalhar. Meu coração estava batendo tão rápido que meu corpo começou a tremer. Ele estava voltando. Ele queria nos ver. A última vez que vi aquele homem, ele tinha rasgado minha camisa escolar e tinha me prendido no chão enquanto ele se desfazia de suas calças. Ele estava prestes a me estuprar quando Jake e Liam entraram e tiraram ele para fora. Oh deus, ele estava voltando! Eu revivi todas as surras que ele deu em mim e no Jake, todos os toques que aconteceu quando eu estava sozinha com ele, as palavras sussurradas e os sorrisos secretos. Minha visão começou a ficar com pontos escuros enquanto eu hiperventilava. Eu iria morrer, eu podia sentir isto. Meu corpo estava desligando, incapaz de lidar com as memórias e dores. Eu estava vagamente consciente dos gritos. — Deixe-me ir. Eu posso ajuda-la. — Uma voz que eu reconhecia, gritou. — Chame 911 pelo amor de deus, ela não consegue respirar! — Jake gritou. — Jake, deixe-me! Eu consigo, eu prometo. — A voz disse urgentemente novamente.
Eu estava sendo acotovelada de leve e então eu senti dois braços fortes em volta de mim, puxando-me para seu peito duro. Tinha um maravilhoso cheiro que eu reconheci como sendo o de Liam. Oh obrigada senhor! Liam estava aqui! Meu coração acelerado começou a se acalmar enquanto eu o sentia pressionar seus lábios no meu pescoço e respirar lenta e calmamente pelas minhas costas. Eu tentei nivelar minha respiração com a dele. Eu me concentrei em sentir seu batimento cardíaco estável contra meu peito e os pontos escuros lentamente começaram a sumir. Depois de alguns minutos eu recuperei o controle dos meus braços e os envolvi apertadamente em volta da cintura dele, agarrando-me a ele como se fosse a única coisa me impedindo de cair da beira do mundo. Meu pai estava voltando, mas eu estava com Liam, ele não deixaria nada me machucar, eu sabia disso. Então comecei a me sentir segura em seus braços. Depois do que pareceu uma eternidade, eu era capaz de afastar-me e olhar para ele. — Você está bem agora? — Ele perguntou, colocando ambas as mãos ao redor do meu rosto e pressionando sua testa na minha. Eu assenti e lambi meus lábios, eles estavam salgados, então eu percebi que estava chorando. Eu enxuguei meu rosto e funguei. Eu lentamente me tornei consciente dos meus arredores. Eu ainda estava no salão. Eu olhei para cima para ver Jake sentado ali, chocado, olhando para mim e para Liam. Sua boca estava aberta, seus olhos arregalados. Eu pensei em me afastar, mas eu não podia. Eu não podia me afastar de Liam, ele era minha segurança. Ele era a única coisa que eu precisava, a única coisa que me mantinha sã apesar de todas as outras coisas.
Jake andou e me puxou dos braços de Liam, me fazendo choramingar. Ele me envolveu em um abraço apertado. — Merda, Amber. Não faça isso comigo novamente! Eu pensei que você ia morrer! Merda, você me assustou. — Jake deu um discurso, enquanto ele me embalava para frente e para trás gentilmente. — Estou bem. — Eu disse fracamente. Olhei de volta para Liam por reafirmação e vi que ele não estava mais lá, o pânico começou a aumentar em meu peito e minha respiração começou a ficar superficial. — Onde está o Liam? — Eu sufoquei, lágrimas escorrendo pelo meu rosto. Oh deus, ele foi embora! Jake me abraçou mais apertado. — Shh, está tudo bem. Apenas respire, shh. — Ele murmurou, mas eu não conseguia, meus pulmões estavam tão apertados. — Merda! — Jake sufocou, olhando para mim. — Liam, vem aqui rápido! — Ele quase gritou. Liam correu de volta para a sala, segurando um copo de água que ele colocou na mesa asperamente, derrubando um pouco, antes de envolver seus braços em volta de mim. — Está tudo bem, Anjo. — Ele sussurrou, colocando seus lábios no meu pescoço novamente. Depois de alguns minutos, quando eu pude me afastar, sorri para Liam agradecida. Jake parecia mortalmente irritado. — Que porra? Vocês dois estão juntos, não estão? — Ele rugiu. Liam só ergueu uma mão para pará-lo de falar. — Olhe, Jake, você e eu iremos falar sobre isto, mas agora não é o momento certo depois de tudo que aconteceu. Eu tenho que ter certeza que ela esta bem. — Ele
disse severamente, finalizando a conversa. Jake olhou para mim se desculpando e assentiu. — Desculpe, Amber, mas eu tinha que te dizer, ter certeza que você sabia, mas eu prometo que nunca deixarei ele te machucar. Você não tem que se preocupar com nada. Eu o matarei antes de ele tocar em você. — Jake disse, pegando minha mão. Eu sorri, mas tinha um pressentimento que mais parecia com uma careta — Eu sei, Jake. Desculpe-me por surtar e te assustar. — Eu levantei uma mão tremendo e limpei minhas lágrimas novamente. — Tudo bem. Só não faça mais isso. — Ele disse, sorrindo para mim. Eu ri fracamente e assenti. Liam me estendeu o copo de água e eu tomei agradecida. Eu notei que Jake observava todos os movimentos de Liam, parecendo irritado. — Pare de olha-lo assim, Jake, ele não está fazendo nada errado. — Eu disse, franzindo a testa. Ele balançou sua cabeça e cerrou sua mandíbula, dando um suspiro profundo, obviamente tentando se acalmar antes de falar. — Vocês estão juntos. — Ele disse simplesmente, olhando para mim e para Liam por confirmação. Eu me movi desconfortavelmente no assento. Ok, só mais algumas semanas. — Sim. — Liam respondeu, assentindo. Seus braços envolveram apertadamente ao meu redor. Eu me encolhi nele, esperando que fosse um sonho. Não só que meu pai abusivo estava vindo, mas que meu irmão agora iria bater no meu namorado. — Por quanto tempo? — Jake perguntou. Sua mandíbula ainda
estava apertada, mas ele parecia estar indo bem com seu controle. — Desde sexta. — Liam respondeu calmamente. Ele parecia realmente culpado, e eu sabia que era minha culpa porque eu o pedi para mentir sobre isto. — Ele queria te dizer logo de cara, Jake, mas eu quis esperar. Eu não quero que vocês dois briguem. Por favor? — Eu implorei, olhando para meu irmão, dando para ele minha cara de filhote de cachorro. — Você gosta dele, Amber? — Jake perguntou, fechando seus olhos, parecendo triste e desapontado. — Sim. — Eu admiti, ainda implorando para ele com meus olhos para aceitar isto e não brigar ou culpar Liam por isto. Eu odiaria se eles brigassem por minha causa. Ele assentiu mas não abriu seus olhos. — O que foi que você fez, Liam? Como você fez isto? Acalmá-la assim? — Ele perguntou, abrindo seus olhos e olhando-o agradecidamente. — Eu não sei. É apenas alguma coisa que a acalma, é tudo. Eu sempre fiz isso. — Liam disse com um encolhimento de ombros. — Sempre fez isso? Você fez isso antes? — Jake perguntou, parecendo confuso. — Sim, eu tive que acalmá-la algumas vezes. — Liam respondeu tristemente. Eu pensei sobre o que ele significava, todo esse tempo tinha me visto chorar, provavelmente cada noite até meus quatorze anos. — O que? Quando? Eu nunca o vi fazer isso. — Jake protestou, sacudindo sua cabeça, parecendo confuso. Eu caí numa respiração
estável. Agora ele iria descobrir que Liam dormia em meu quarto. Eu cruzei meus dedos e rezei para que tudo isso acabasse bem, que Jake ficasse bem e não com raiva de seu melhor amigo. Liam me olhou pedindo permissão para dizer a ele, eu assenti e mordi meus lábios, sabendo que isso seria descoberto mais cedo ou mais tarde. — Jake, por favor, não surte. — Eu implorei movendo meu corpo, assim eu ficaria ligeiramente na frente de Liam, em caso de Jake se lançar nele ou algo do tipo. Meu pequeno movimento deve deter ele de bater no meu namorado. — Jake, cara, nada nunca aconteceu, eu juro. — Liam prometeu. Jake olhou para ele, sua expressão ainda mais confusa. — Quando eu tinha dez anos, eu a vi chorar em sua cama através da janela. Então eu sorrateiramente entrei para ver se ela estava bem, e eu acabei dormindo na cama com ela. — Jake olhou para ele como se quisesse assassiná-lo ali e agora. — Isto aconteceu novamente na próxima noite e na próxima. Ela estava chorando, então eu entrava pela sua janela. Depois de algum tempo isso virou um habito. — Liam disse, franzindo a testa suavemente. Jake pulou com seus punhos fechados. Seus olhos apertados, olhando para Liam. Tão rápido como um relâmpago, Liam agarrou meu braço e me colocou atrás dele protetoramente. Os olhos de Jake brilharam antes de seu rosto se acalmar. — Por que você fez isso? — Jake perguntou, suspirando e olhando intensamente para Liam. — Fiz o que? — Liam perguntou confuso, ainda me segurando atrás dele. — Mover minha Irmã para trás de você assim. – Jake disse, seu rosto
completamente calmo agora. Liam sacudiu sua cabeça como se ele não entendesse a pergunta. — Eu não quero que ela se machuque, isso é tudo. Jake se sentou e colocou as mãos em seus cabelos loiros. — Você realmente gosta da minha Irmã? — Ele perguntou, olhando para o chão. — Jake, eu sou apaixonado pela sua irmã, você sabe disso. — Liam sentou no sofá e me puxou para sentar ao seu lado. Jake assentiu. — E você dormia na cama dela antes, quando éramos crianças. — Jake afirmou, como se tentasse ter certeza que tinha entendido os fatos corretamente. — Não apenas quando éramos crianças, isso é o que estava tentando falar. Ela costumava chorar, e então eu pulava para confortá-la todas as noites. Isto se tornou um habito, e agora nenhum de nós consegue dormir propriamente sem o outro lá. — Liam admitiu, franzindo. O rosto de Jake disparou. — Você ainda dorme no quarto dela? Todas as noites desde que você tinha dez anos? Caramba, Liam. Merda! Filho da puta, babaca estúpido! — Jake disparou, não realmente capaz de fazer as palavras pararem, dando um passo para frente com seus punhos fechados novamente. Eu estremeci. Oh Deus, lá vamos nós! Eu ergui minhas mãos, tentando pará-lo. — Jake, se lembra quando eu costumava acordar gritando o tempo todo? — Eu perguntei desesperada. Eu precisava fazê-lo ver a razão rapidamente, antes que eles acabassem brigando. Ele assentiu e estremeceu. — Sim, parou quando você tinha oito
anos ou alguma coisa assim. Eu assenti. — Sim, eu tinha oito anos. Foi quando Liam começou a dormir comigo. Eu não tenho mais pesadelos, por causa do Liam. — Eu disse, sorrindo e apertando a mão do Liam. — Você os tem! Eu tive que dormir contigo algumas vezes desde então. — Jake protestou. — Sim, você teve, mas eu ainda tinha pesadelos quando você estava lá. — Eu contrapus. Jake se encolheu e assentiu, provavelmente com a memória de eu gritando. — Eu tive apenas alguns pesadelos desde então, os únicos que tive foi quando Liam não estava lá. Como quando ele estava em férias ou alguma coisa assim. — Eu expliquei, olhando para Jake, assistindo enquanto o entendimento cruzava seu rosto. Nós todos ficamos em silêncio por um tempo. Liam estava acariciando a parte de cima da minha mão. Jake estava só olhando para o chão. Depois do que pareceu uma eternidade, Jake olhou para Liam. — Liam, se você machucar minha irmã, melhor amigo ou não, eu vou matá-lo! — Jake avisou. Eu pude ver o que ele quis dizer. — Eu não irei, eu prometo. — Liam prometeu, sorrindo tranquilamente. — Certo, então eu vou dormir. Eu acho que te verei de manhã, certifiquem-se de trancar a porta antes de vocês irem dormir. — Jake instruiu, levantando e nos deixando sentados no sofá, chocados. Eu olhei para Liam, ele parecia aturdido como eu me sentia. — Wow, foi mais fácil do que imaginávamos. — Ele meditou, sorrindo para mim e colocando uma mão em ambos os lados do meu rosto.
Eu sorri, apenas aliviada que isso havia acabado. — Quer ir para a cama, Liam? Eu não estou no humor para tarefa de casa, eu apenas quero ir dormir. — Eu apenas precisava deitar na cama e tê-lo em volta de mim um pouco. Ele assentiu e beijou meu nariz. — Sim, eu só preciso voltar para casa primeiro. Jake me chamou e disse que você havia surtado, então eu corri sem mesmo dizer para onde estava indo. — Ele acariciou meu rosto com seu dedão suavemente, olhando para mim com um sorriso triste. — Tudo bem, eu vou para a cama e te verei quando estiver pronto. — Eu disse, me levantando e puxando-o para a porta da frente. — Hei, posso usar a porta da frente agora que Jake já sabe? — Ele sorriu. Eu ri com sua alegria, mas sacudi minha cabeça. — Não, seus pais podem ver... A não ser que você os diga que vai ficar aqui. — Eu sugeri. Ele sorriu feliz. — Eu amaria entrar pela porta da frente e ir para sua cama, eu nunca fiz isto antes. Eu tirei minhas chaves e as entreguei pra ele. — Certifique-se de fechá-la depois, certo? — Eu o beijei na bochecha e fui para meu quarto. Eram quase dez da noite, mas meu corpo se sentia tão exausto por todos os dramas emocionais que eu me senti como se não tivesse dormido por dias. Eu tirei minhas roupas e coloquei minha camisa favorita que costumava ser de Liam. Eu adormeci instantaneamente. Uns minutos depois eu senti dois braços me envolvendo e uma perna pesada em cima da minha. Eu sorri e pressionei-me contra ele. Meu namorado. O único que eu precisava quando as coisas davam erradas.
Era estranho, mas quando Jake me puxou para longe de Liam hoje à noite, eu me senti estranha, como se estivesse deixando meu coração para trás. Eu não percebi isso até agora, o quão forte eu estava ligada a ele. Ele literalmente era tudo para mim. Quando eu senti seus braços ao meu redor mais cedo, eu me senti como se estivesse em casa, todo meu pânico começou a diminuir. Eu me senti como, contanto que ele estivesse comigo, tudo ficaria bem. Eu me aconcheguei a ele e o ouvi sussurrar. — Eu te amo. — Antes de cair em um sono profundo. Eu não tinha dúvida das suas palavras desta vez.
Capítulo 13 Acordei às seis horas com o meu despertador tocando. Eu gemi, porque tinha esquecido de desligá-lo, acho que não preciso chutá-lo para fora da minha cama cedo demais, rolei e abracei Liam. Ele sempre dormiu durante o despertador, juro que ele poderia dormir durante um terremoto. Cutuquei-o suavemente, decidindo fazer uma brincadeira com ele. — Seis horas. — Eu disse, cutucando-o novamente. Ele gemia e lentamente, levantou-se da cama, ainda meio dormindo. — OK, Anjo. Eu te amo. Te vejo mais tarde. — Ele beijou minha testa e saiu da cama, com apenas metade dos olhos abertos. Eu não pude aguentar e comecei a rir. Ele olhou para mim, confuso. — Shh! por que você está rindo? — Perguntou ele, franzindo a testa e puxando sua calça jeans. — Você. — Eu brinquei, sorrindo feliz. — Por que você está rindo de mim? O que eu fiz? — Ele sussurrou, subindo de volta para a cama e rastejando em cima de mim. Ele pressionou cada centímetro do seu corpo no meu, mas ainda mantendo todo o seu peso longe de mim de alguma forma. Ele olhou nos meus olhos, sorrindo feliz por um tempo, e então o entendimento atravessou seu rosto. — Merda! Seu irmão sabe! Então, por que diabos você me acordou, Anjo? Eu não preciso ir embora. — ele lamentou.
Eu passei meus braços em volta do seu pescoço e o puxei para um longo beijo. — Eu estava apenas brincando. Esqueci-me de desligar o despertador, assim pensei que poderíamos usar o tempo extra para dar uns amassos. Ele sorriu. — Você quer dar uns amassos? — Brincou ele, beijando meu pescoço. Engoli em seco quando ele atingiu o ponto sensível perto da minha clavícula. — Mmm. — Eu respirei, passando minhas mãos por suas costas, arranhando um pouco com minhas unhas, fazendo-o gemer. Ele entrou de volta sob as cobertas e me beijou com ternura e suavidade, me segurando perto. Ele não fez nenhum movimento para levar as coisas mais longe do que isso, o que eu amava. Ele era realmente adorável. Nós saímos do meu quarto um pouco depois das sete e meia. Liam me empurrou para uma das banquetas da cozinha, sorrindo para si mesmo como um gato que tinha ganhado creme. — Ei, eu posso fazer o café da manhã sem o seu grito habitual hoje. — Ele disse alegre Eu ri e vi que ele havia me feito uma tigela de cereal, ele sorriu e colocou na minha frente, antes de fazer algumas torradas para si mesmo. — Você não come cereal? — Eu perguntei, vendo-o engolir quatro fatias de torrada. Ele balançou a cabeça, virando o nariz para cima. — Eu não gosto de cereal, é grosseiro e todo encharcado. — Fingiu um estremecimento. Eu ri novamente. — Você realmente é estranho, Liam. — Eu provoquei, sorrindo para ele. Ele sorriu. — Você sabe, é meio estranho você sendo toda gentil
comigo no café da manhã. — Eu poderia ficar mal-humorada se você quisesse. — eu ofereci, encolhendo os ombros. Ele riu e balançou a cabeça. — Não, eu vou me acostumar com isso, eventualmente. — Ele caminhou até o meu lado. Eu me virei para poder olhar para ele e ele afastou meu cabelo colocando-o atrás da minha orelha, seus dedos demorando na minha bochecha, me fazendo corar. — Você realmente é a coisa mais linda do mundo. — Ele murmurou. Meu coração pulou com a honestidade em sua voz, seus olhos azuis estavam queimando nos meus, me fazendo sentir como a única garota no mundo. — Corta essa porcaria, eu posso ter dado minha benção mas eu não preciso disso na minha cara no café da manhã. — Jake rosnou enquanto entrava na cozinha para fazer cereal. Ele bateu na parte de trás da cabeça do Liam como de costume. Todos nós rimos e Liam foi para trás de mim, envolvendo os braços em volta da minha cintura, inclinando a cabeça no meu ombro. — Obrigado, Jake. Eu sei que você disse para ficar longe, mas ... — Liam Interrompeu-se, olhando para o meu irmão, agradecido. — Que seja, Liam. Nós estamos bem. Só não nos coloque em problemas, certo? — Jake respondeu, sorrindo de uma maneira amigável. Os braços de Liam se apertaram ao meu redor. — Eu não vou. — Ele beijou meu ombro levemente e Jake fez um falso rosnado, me fazendo rir. — Bem, vamos lá então pombinhos, eu suponho que vocês precisem ir para a escola um pouco mais cedo para anunciar que vocês estão juntos. — Afirmou Jake, revirando os olhos.
Liam sorriu e acenou com a cabeça. Engoli em seco e balancei a cabeça com força. — De jeito nenhum! Nós não podemos fazer isso. — Eu disse, olhando para Liam. Ele parecia realmente magoado por algum motivo. — Por que não? — Perguntou ele, pegando a minha mão e olhando um pouco confuso. Olhei para Jake, ele realmente não ia gostar disso. — Err, bem, eu estou em uma aposta e a próxima que dormir com você vai ganhar, eu poderia realmente usar esse dinheiro. — Olhei para Liam desconfortável, mas ele só começou a rir histericamente. Jake quase se engasgou com sua bebida. — De jeito nenhum! Você não pode fazer isso! — Gritou, sacudindo a cabeça violentamente. — Eu não quero saber se vocês dois estão fazendo sexo. Eu não! Eu ri da sua cara irritada e repugnada. — Jake, nós não estamos fazendo sexo. — Dei de ombros, fazendo seu rosto relaxar um pouco. — Mas quando fizermos, eu definitivamente vou querer ganhar o pote, e eu não vou ganhar se as pessoas souberem que eu já sou a namorada dele. — Eu olhei para Liam, sem saber se ele iria junto nessa ou não. — Anjo, eu não quero que você fique comigo por causa de alguma aposta. Ele franziu o cenho, parecendo um pouco magoado. Eu sorri sedutoramente para ele. — Você acha que essa é a razão pela qual eu vou querer fazer sexo com você? Confie em mim, o dinheiro só vai ser um bônus. Ele se inclinou e colocou a boca no meu ouvido. — Então, qual será o motivo? — Ele respirou, enviando um arrepio na espinha.
Mordi o lábio. — Hmm, eu não tenho certeza, mas vai ter algo a ver com você me implorando de joelhos. — Eu provoquei, sorrindo para ele. Ele riu e me beijou, me puxando para perto de seu corpo, enviando ondas de desejo por minha corrente sanguínea. Ele se afastou para olhar para mim, luxúria clara escrita através do seu rosto. — Eu te imploro feliz agora, você sabe. Bati no seu peito e o afastei antes que eu o levasse de volta para o meu quarto e rasgasse seu jeans de sua bunda sexy e a camiseta de seu corpo impecável. — Oh, eu sei menino amante. — Eu ri, tentando recuperar o fôlego. Olhei para Jake, que estava olhando para nós, com os olhos arregalados e a boca aberta em choque. — Gente, eu realmente não posso lidar com essas demonstrações de afeto. — Disse ele, fazendo uma careta e balançando a cabeça. — Ok, nossa demonstração de afeto está feita. Eu só acho que devemos manter isso em segredo por um tempo. Por que não fazer um pouco de dinheiro com algo que iria acontecer eventualmente, de qualquer maneira? É assim que eu vejo. — Eu disse, dando de ombros. Liam e Jake olharam um para o outro. — Eu acho, mas você vai ser capaz de ganhar? Eu quero dizer, foi uma aposta para me fazer terminar com minha namorada ou algo assim? — Liam perguntou, franzindo a testa. Eu ri e balancei a cabeça. — Não, tenho certeza disso. É definitivamente apenas a próxima que vai ficar com você.
Liam balançou a cabeça, parecendo um pouco enjoado — Eu não posso acreditar que as meninas fazem esse tipo de coisa. Jake riu — Eu acho que poderia anunciar que eu tenho uma namorada, então eu poderia escolher alguém e poderíamos dividir o dinheiro. — disse ele alegremente, como se estivesse falando sério. Liam pegou minha mão e me puxou para a porta. — Vamos lá, vamos para a escola antes que seu irmão tenha outras ideias brilhantes. — Ele riu, balançando a cabeça para Jake. Liam
piscou
pra
mim
pelo
espelho
quando
entramos
no
estacionamento. Havia mais meninas que de costume esperando por eles. Todas elas foram direto para o Liam logo que sua porta foi aberta. Jessica, como de costume, foi na frente. Eu ri — Boa sorte, namorado. — Provoquei, piscando para ele enquanto eu andava para fora, balançando minha bunda de propósito. Eu sabia que ele estava me observando. Quando cheguei à porta, olhei sobre meu ombro para vê-lo puxando os braços de uma menina fora dele, uma expressão de mau gosto sobre o seu rosto. Devia ter em torno de 25 meninas em volta dele, ele parecia extremamente chateado. Eu ri e fui encontrar meus amigos, como de costume, eles estavam circulando por seus armários. — Ei, pessoal! — cantei chegando perto deles. — Uau, alguém está de bom humor hoje! Alguma razão especial? — Sean perguntou, olhando confuso para minha cara feliz. — Não, nenhuma razão em particular. Eu só vi Liam sendo perseguido por 25 meninas. Ele estava muito irritado com isso, o que é
muito engraçado. — Eu expliquei, rindo descontroladamente. Então ele passou por mim com Jake. Ele tinha uma garota flertando com ele em ambos os lados e tinha 10 em torno dele. Comecei a rir e ele me lançou um olhar escuro, me fazendo rir ainda mais. — Não estou surpresa que ele tenha todas aquelas meninas atrás dele. Você sabe em quanto o pote está agora? — Kate perguntou, sorrindo para mim. Eu balancei a cabeça. — Sim, eu sei, Sarah me disse que está em torno de 1800 dólares ou algo assim, eu não posso acreditar nisso. — Eu balancei a cabeça em desaprovação, e tentei não imaginar como seria a sensação de ganhar muito dinheiro. Kate, Sarah e Sean trocaram um olhar, antes de estourarem em risadas. — Não, isso foi o total de ontem, hoje está em 4200. — Disse Kate. Eu senti a cor escorrer do meu rosto, o meu coração se afundou. Puta merda! Isso é como, oh Deus, eu não posso resolver isso! 200 meninas, todas querendo dormir com o meu namorado! — Oh meu Deus! Sério? — Eu perguntei engolindo o nó que rapidamente se formou em minha garganta. O pensamento de todas aquelas meninas se jogando no meu namorado, literalmente me fez sentir um pouco doente. Kate balançou a cabeça e parecia um pouco simpática, como se ela soubesse o que eu estava pensando. Sarah e Sean apenas olharam animados porque, obviamente, não tinham ideia de que eu estava com Liam. Felizmente a campainha tocou, então todos nós fizemos o nosso caminho para a aula. Na hora do almoço eu decidi que iria começar a fazer o meu jogo para
Liam. As pessoas precisavam pelo menos ver que eu estava tentando, eu não podia simplesmente anunciar que tinha dormido com ele, então as pessoas precisavam ver o meu esforço. Eu não tinha falado sobre isso com Liam, mas um inofensivo flerte durante o almoço não deve ser muito difícil. Eu carreguei a minha bandeja de comida pelo refeitório até a nossa mesa de sempre e me virei para os meus amigos. — Gente, eu estou indo fazer o meu jogo pela aposta do Liam, vamos sentar com o meu irmão hoje, ok? Kate me deu um olhar astuto e piscou para mim e todos nós fomos até a mesa dos atletas. A mesa dos atletas estava quase cheia de garotas, todas elas flertando descaradamente com Liam. Eu sorri para sua expressão, ele parecia ainda mais irritado agora do que antes. Olhei para a menina sentada ao lado de Liam, ela terminou seu almoço e estava olhando atentamente para ele, uma expressão sedutora em seu rosto. — Ei, Sally. Acabei de ouvir que alguém bateu no seu carro no estacionamento, houve muito dano? — Eu perguntei inocentemente. Ela engasgou e pulou. — Merda! É o carro da minha mãe! — Ela gritou, se virando e fugindo. Ouvi meus amigos caindo na gargalhada atrás de mim enquanto se sentavam à mesa. — Oi, Liam. — Eu sorri para ele quando me sentei na cadeira ao lado da sua. — Oi, Anjo. — Ele respondeu, sorrindo para mim. Eu olhei em volta para ver se já estava recebendo os olhares mortais das meninas por perto, obviamente sim, porque eu já tinha ganhado um sorriso. — Alguém bateu no carro da Sally? — Ele perguntou, comendo um
sanduíche de atum. Dei de ombros e balancei a cabeça. — Nah. Eu só disse isso porque queria sentar aqui. Ele caiu na risada. — Eu sabia que você me queria. — Brincou ele, piscando para mim. — Bem, quem não quer? — Eu respondi, sorrindo e olhando ao redor da mesa para as meninas que estavam tentando me matar com seus olhos. Peguei minha garrafa de água e fingi tentar abri-la. — Liam, você pode abrir isso para mim? — Eu perguntei, fazendo beicinho. — Anjo, se você continuar fazendo beicinho, o vento vai mudar e você vai ficar presa assim. — Ele brincou, sorrindo e tomando a garrafa de mim, ele abriu facilmente e passou de volta. — Obrigada. — Eu sorri, ignorando seu comentário. — Uau, eu nunca percebi o quão forte você é. Você deve malhar muito, não é? — Eu ronronei, arrastando o dedo para baixo de seu bíceps, mordendo meu lábio sedutoramente. Ele olhou para mim com intenção impura, os olhos fixos na minha boca. A partir da expressão aflita em seu rosto, eu poderia dizer que ele queria me beijar. Ele não respondeu. — Então? Você malha muito? Porque você tem que fazer, quero dizer, o seu corpo é, mmm... — Eu parei, olhando-o lentamente. Ele engoliu em seco. — Er, eu acho que sim, um pouco. — Ele murmurou, ainda olhando para mim um pouco chocado e desorientado. Eu não queria que isso fosse muito longe, eu só estava criando o cenário para a minha vitória. Eu quebrei o contato visual e comecei a comer minha comida lentamente, deixando o garfo ficar na minha boca
mais do que o necessário. — Oh Deus, — eu gemi, fechando meus olhos mastigando lentamente. — Isso é tão bom, — eu respirei. Eu ouvi-o gemer um pouco perto de mim e eu sabia que meus barulhos sexuais iriam pegá-lo. Eu olhei para ele. — Liam, você deve provar isso, — ronronei sedutoramente. Ele tinha uma expressão de dor em seu rosto quando olhou para minha boca ligeiramente aberta. Ele sacudiu a cabeça ligeiramente, como se estivesse tentando empurrar um pensamento para longe e eu engoli o meu riso. Porcaria, ele vai me fazer pagar por isso mais tarde. — Er, certo, sim. — Disse ele. Eu sorri e peguei uma garfada do meu macarrão e guiei para sua boca para alimentá-lo. Um pouco de macarrão caiu do garfo em seu jeans. — Opa, eu sinto muito! — Eu recuei, olhando pra ele me desculpando. — Não se preocupe com isso, Anjo. — Ele sorriu e fez um sinal de desdém com a mão. OK, eu poderia usar isso a meu favor! Eu peguei um guardanapo e limpei sua calça jeans. Estava na metade de sua coxa assim fiz questão de limpar um pouco mais, olhei para ele através dos meus cílios. Ouvi-o engolir ruidosamente conforme um leve volume começou a aparecer em seus jeans, que rapidamente foi coberto pelo seu braço. — Aqui, tudo feito. — Eu flertei. — Err.... Obrigado — ele murmurou, fechando os olhos e suspirando. Eu sorri triunfante. Hah! Tomem isso, meninas! Olhei em volta da mesa para ver se todas estavam olhando para mim, expressões de choque
ou raiva estavam estampadas em todos os rostos femininos. Eu ri e pisquei para Jessica, que tinha seu rosto vermelho com aborrecimento. — É melhor eu ir, tenho que falar com a Sra. Francis sobre o meu projeto de ciências, — eu disse, levantando e dando um sorriso largo. Liam pegou minha mão e me puxou de volta para o banco. — O que foi isso? — Ele perguntou, olhando um pouco confuso. Dei de ombros e sorri para ele. — Não tenho o direito de ser legal com você, Liam? Eu quero dizer, você é o melhor amigo do meu irmão, está sempre na minha casa, então eu só pensei em ser amigável. — Amigável. Certo. — Respondeu ele, sorrindo para mim. Eu atirei-lhe uma piscadela e levantei para ir com os meus amigos. Quando passei perto da Jessica e das líderes de torcida me abaixei para sussurrar em seu ouvido. — Vença isso! — Eu provoquei, rindo pra caramba. Eu agarrei a mão da Kate, fazendo ela andar um pouco na frente de Sarah e Sean, que estavam conversando sobre alguma galeria de arte que Sarah queria ir no fim de semana. Sarah era um pouco louca por arte. — Kate eu acho que preciso tomar pílula. Você acha que eles ainda fazem a pílula no plano familiar em Rose Street depois da escola? — Eu perguntei, ela assentiu com a cabeça, confirmando. Eu sabia que ela saberia, Kate teve um pequeno acidente cerca de um mês atrás com um preservativo furado e foi lá para tomar a pílula do dia seguinte. — Sim, das quatro até as oito, — ela respondeu, olhando por cima do ombro para garantir que eles não ouviriam. — Então, você está indo tomar a pílula, hein? Eu acho isso ótimo. Você definitivamente deveria
tomar a pílula, quer que eu vá com você? — Ela perguntou casualmente. Eu sabia que ela quis dizer isso, Kate era a melhor amiga que uma garota poderia pedir. — Eu não estou pronta ainda, mas eu não quero ser pega de surpresa ou qualquer coisa assim, quero dizer, ele deve demorar um pouco para entrar no sistema ou algo assim. Você não se importa de ir comigo? Eu realmente apreciaria isso. — Admiti, olhando para ela com gratidão. Eu estava um pouco nervosa para ir sozinha e eu não me sentia bem fazendo Liam ir, não era uma coisa para um cara fazer. — Claro que não! Você já esteve lá comigo um monte de vezes. — Ela ligou seu braço ao meu. — Eu estou com meu carro hoje, não vamos precisar andar. Eu sorri. — Obrigada, Kate. — Eu suspirei feliz e fizemos o caminho para nossos armários. Peguei todos os livros que precisávamos para a tarde, empurrando-os em minha bolsa. — Eu só preciso dizer a Jake que vou encontrá-lo em casa. Vejo você na aula. — Eu expliquei, virando na direção do armário de Jake. Vi Jake e Liam conversando com alguns de seus outros amigos da equipe. — Ei, pessoal. — Eu disse quando cheguei até eles, todos olharam para mim, eu sabia que alguns dos caras do time gostavam de mim, era evidente na maneira que alguns deles me encaravam. Embora ninguém nunca houvesse feito um movimento provavelmente por causa de Jake. — Oi, Amber. Como você está? — Casey perguntou, olhando-me lentamente. — Bem obrigada, e você? — Eu perguntei educadamente.
— Melhor agora. — Respondeu ele, sorrindo para mim. Jake lhe deu um soco no braço, me fazendo rir. — Cara, minha irmã! — Ele gritou com raiva. — Jake, eu só queria dizer que não vou voltar para casa com você hoje à noite. Kate precisa de mim para ir fazer algo com ela depois da escola. Vou te ver em casa mais tarde. — Eu disse, sorrindo. Podia ver Liam carrancudo com um olhar decepcionado. — Bem, eu estou trabalhando hoje à noite, por isso teria sido Liam que te levaria para casa de qualquer maneira. — Jake respondeu, dando de ombros casualmente. Eu olhei para Liam e sorri. — Ah sim, eu esqueci. Bem, eu sinto muito que eu vou perder isso. — Ele sorriu e meu coração quase parou, ele era tão bonito. Virei para andar e parei novamente, formando uma ideia na minha cabeça. Eu me virei e olhei para ele, provocando. — Ah, e por falar nisso, Liam, o pote está mais de quatro mil agora, isto é, mais de 200 meninas. Seus olhos se arregalaram. — Não brinca? — Ele perguntou, parecendo chocado e com um pouco de medo. Jake estava rindo e os outros meninos estavam olhando ao redor como se nós três tivéssemos enlouquecido. — Não brinco. — Eu confirmei, piscando para Liam e indo embora, rindo da sua cara de nojo. Depois da escola, Kate dirigiu para a clínica de planejamento familiar. Eu levei uma senha pois não tinha estado lá antes, eu tive que preencher uma tonelada de formulários sobre os meus dados pessoais,
vida sexual atual e meu histórico médico. Depois de uma hora de espera fui chamada para uma sala estéril e branca, onde uma senhora estava esperando por mim — Oi, Amber. Venha. — Disse ela, sorrindo e apontando para uma cadeira. — Oi. — Eu resmunguei nervosa, sentando-me à sua frente. — Você não tem que ficar nervosa, eu não vou mordê-la! — Ela riu. Eu sorri nervosamente. — Então, o que eu posso fazer por você hoje? — Ela perguntou, folheando os formulários que eu tinha preenchido. — Bem, meu namorado e eu estamos pensando em fazer sexo, então eu queria começar a tomar pílula. É algo que eu possa fazer aqui, ou vou precisar ir para a minha própria médica? — Eu perguntei, brincando com as minhas mãos, corando. Ela sorriu gentilmente. — Você certamente pode fazer isso aqui. Aqui diz que você é virgem. — Ela disse, folheando meus formulários novamente. — Err, sim, eu sou. — Corei mais forte, desejando que o chão se abrisse e me engolisse. — Você não precisa ter vergonha, Amber. Eu acho ótimo você estar aqui. Eu vejo muitas jovens que não pensam em tomar a pílula até que seja tarde demais. É animador uma menina ser tão responsável. — Afirmou, batendo na minha mão. Eu respirei aliviada e sorri. Pensei que estava indo obter uma palestra a respeito de porque eu não deveria estar
fazendo sexo na minha idade e como deveria estar esperando. — Certo, eu só preciso obter algumas informações, como seu sangue, pressão, peso, etc. Então, podemos falar sobre o que mais lhe agrada, está bem? Depois que eu tinha tirado minha pressão arterial, peso e o meu IMC, estávamos ambas sentadas perto de sua mesa. — Certo, bem, eu recomendo que você use a pílula combinada. Você toma todos os dias, no mesmo horário, por três semanas, então você não toma por uma semana que vai ser o tempo do seu período. É muito eficaz e é o que as meninas mais tomam. — Explicou ela, sorrindo. Eu balancei a cabeça e sorri, tudo parecia estar dando certo. — Isso soa bem. Ela pegou seu bloco e rabiscou uma receita. — Você pode obter este na próxima porta. Eu vou te dar uma receita de três meses para que eu possa verificar da próxima vez, se tudo der certo vamos aumentar para seis meses. — Explicou ela. — Sim, muito obrigada. — Eu sorri agradecida porque ela tinha feito ser muito mais fácil do que eu pensei que seria. — Então, eu vou te dar um folheto para ler, mas as coisas importantes a serem observadas são: você tem que tomar na mesma hora todos os dias, e você terá que tomar todos os dias da semana. — Ela sorriu e me deu a receita. — Certifique-se de ler o folheto sobre o que fazer se você esquecer um, ou se você vomitar depois de tomar, porque isso pode fazer parar de funcionar, vou te dar alguns deles para mantê-la segura até que você esteja no balanço da sua pílula. Ela pegou um punhado de preservativos e colocou em um saco marrom para mim.
— Oh, obrigada. — Eu murmurei, pegando agradecida. — Bem, obrigada por ter vindo, Amber. Vejo você em três meses. — Ela levantou e estendeu a mão para mim, sinalizando o fim do compromisso. Sacudi, sorrindo. — Obrigada. — Eu saí da porta, com um sorriso de orelha a orelha. Uau, isso foi mais fácil do que eu pensava! — Ei, como foi? — Kate perguntou, levantando de seu assento. — Foi ótimo, eu preciso ir pegar a minha pílula, então tudo estará pronto. — Liguei meu braço através do dela, puxando-a para a porta. — Uau, eu não acredito que você vai ter sexo com Liam James! — Ela gritou, animadamente. — Ainda não, eu preciso saber se ele pode esperar por mim, não estou pronta para isso ainda. — Disse honestamente. — Ele vai esperar, parece que ele está louco por você. — Kate sorriu feliz e eu suspirei. Eu realmente esperava que fosse verdade. Peguei minha pílula e Kate me deixou em casa. Jake ainda estava no trabalho, então eu fiz um sanduíche e sentei-me à mesa para fazer lição de casa.Uma vez que tinha terminado, eu olhei para o relógio. Eram apenas oito horas, eu tinha mais uma hora até Jake voltar para casa. Eu sorri e peguei meu telefone, ligando para Liam, mal conseguindo conter meu entusiasmo. — Ei, Anjo. — Respondeu ele, em um tom ridiculamente feliz.
— Oi. Quer vir? — Eu perguntei, mordendo meu lábio com entusiasmo. — Claro que sim. Eu vou aí. — Ele respondeu e desligou. Corri para o meu quarto rapidamente verificando o meu cabelo. Eu ri para mim mesma quando percebi que tinha me transformado em uma daquelas meninas que pensava que tinha que estar perfeita para ele. Voltei para a sala, assim que ele entrou pela porta da frente. Ele me pegou em seus braços e me beijou apaixonadamente, fazendo meu coração disparar e meu estômago vibrar. Depois de um tempo ele se afastou. — Oi. — Ele respirou, me fazendo tremer com felicidade. — Então, onde você estava? Eu senti sua falta. — Ele murmurou, colocando o rosto no meu cabelo e respirando profundamente. Eu ri e me afastei. — Uau, você é algum tipo de cara estranho que fica cheirando cabelo? — Eu brinquei, pegando sua mão e o empurrei para baixo no sofá. Ele riu, apertou minha cintura e me puxou para o seu colo, então eu estava sentada sobre ele. — Eu senti tanto sua falta hoje. Eu odiava ver você e não poder te tocar. Além disso, o que diabos foi aquilo na hora do almoço? Você gosta de provocar jogando sujo comigo? — Perguntou ele, franzindo a testa. Corri minha mão através do seu sedoso cabelo marrom e sorri culpada. — Eu tenho que fazer cena para a minha vitória. Eu não posso simplesmente falar para Jessica e os outros ―sim, eu ganhei a aposta‖, posso? — Eu perguntei inocentemente. Ele balançou a cabeça, ainda franzindo a testa. — Mas isso foi muito. Quero dizer, você sabe quão difícil foi, para eu não saltar em você?
— Brincou. Eu balancei a cabeça e mordi meu lábio para não rir. — Oh, sim, eu poderia dizer que foi difícil para você. — Eu brinquei, levantando as sobrancelhas intencionalmente, fazendo-o rir. — Mmm, que seja. Onde você foi de qualquer maneira? Eu estava esperando passar algum tempo com você essa noite. — Ele me puxou para mais perto dele e beijou meu pescoço, fazendo-me morder meus lábios enquanto me arrepiava inteira. Eu me afastei e levantei, caminhando até minha bolsa para pegar o saco marrom da clínica. Sentei no colo dele e segurei o saco para ele pegar. Ele olhou para mim confuso, e em seguida olhou para o saco. Sua expressão
transformou-se
em
confusão,
compreensão,
felicidade,
irritação. Espera, irritação? Por que diabos ele estaria chateado comigo? — Você foi fazer isso sozinha? — Perguntou ele, franzindo a testa para mim com raiva. Eu balancei a cabeça, um pouco confusa com a reação dele. — Eu não fui sozinha, Kate foi comigo. — Eu falei alterada, passando os braços ao redor de seu pescoço novamente. — Por que você não me contou? Eu iria com você. — Disse ele, me puxando para mais perto dele, a expressão irritada ainda em seu rosto. — Liam, eu só pensei que, você sabe... Realmente não é um lugar onde você leva o seu namorado. Eu queria começar a tomar pílula e Kate se ofereceu para ir comigo. — Eu dei de ombros, realmente não vendo o porquê dele estar tão bravo com isso. — Anjo, eu te amo, eu teria ido com você. Eu queria que você tivesse
me dito. — Disse ele, olhando para mim com tristeza. — Que diferença isso faz? Eu achava que você não ia querer ir. — Eu murmurei, confusa. Por que diabos ele está todo magoado e irritado? Eu só havia ido pegar a pílula para que eu pudesse fazer sexo com ele! Ele não deveria estar feliz com esse fato? — Liam, eu sinto muito, de verdade. Eu realmente não pensei sobre isso assim. Eu apenas pensei que a maioria dos caras não estaria interessada em ir, pensei que você estaria satisfeito que tomei um pouco de iniciativa. — Disse eu, olhando para ele pedindo desculpas, pedindo com meus olhos para ele entender que eu não queria machucar. — Estou contente que você tomou a iniciativa, mas eu não sou a maioria dos caras, eu te amo, a maioria dos caras não ama suas namoradas como eu amo você, isso foi uma grande coisa para você fazer e eu deveria ter estado lá com você. — Explicou ele, me beijando com ternura. Eu tomei uma respiração profunda, o sentimento de culpa se instalando na boca do meu estômago. Eu não pensei nisso assim. — Me desculpe por não ter falado ou pedido para você ir comigo. Eu tenho que voltar em três meses para um check-up, quer vir comigo então? — Eu perguntei, sorrindo e colocando minha testa nele. Ele riu. — Não, isso não é realmente coisa minha. — Brincou ele, virando o nariz para cima e encolhendo os ombros. Eu ri e lhe dei um tapa de brincadeira no ombro. — Babaca. — Eu murmurei brincando, o fazendo rir mais. Eu o empurrei para o sofá e me coloquei em cima dele, beijando-o. No momento em que eu me afastei,
estávamos com a respiração pesada. Ele estava olhando para mim com desejo e eu podia sentir que ele já estava excitado. — Liam, só porque eu vou tomar a pílula, não significa que eu estou pronta para qualquer coisa a mais. Você sabe disso, não é? — Eu perguntei fazendo uma careta, esperando que eu não tivesse provocado suas esperanças, e agora ele estaria esperando sexo. Ele sorriu e colocou meu cabelo atrás da minha orelha. — Anjo, eu sei disso, está tudo bem, vamos lentamente como você quer, enquanto eu ainda consigo fazer isso. — Ele puxou meu rosto para o seu novamente, eu sorri contra seus lábios e me senti mais feliz do que eu tinha sido nos últimos anos, ele era muito doce, eu só rezava para estar pronta em breve, antes que ele ficasse cansado ou desesperado e fosse correndo atrás da Jessica. Depois de ficar por cerca de meia hora nos acariciando, ouvi um carro parar. — Droga, deve ser Jake. — Eu sussurrei tentando empurrar Liam para longe, sentei alisando meu cabelo, esperando que ele não percebesse o que fizemos nas ultimas horas. Liam riu e me puxou de volta para o sofá com ele. — Jake pode lidar com isso, vamos lá, ele tem que se acostumar, ele vai nos ver nos beijar de vez em quando. — Disse ele, rindo contra o meu pescoço. Eu sorri enquanto tocava meus dedos em seu cabelo, ouvi a porta da frente se abrir e Liam virou a cabeça para olhar com um pequeno sorriso brincando na borda dos seus lábios, na verdade, eu acho que ele estava gostando de provocar Jake. — Oh, vamos lá, pessoal! Sério, o que foi que eu disse essa manhã
sobre demonstrações de carinho? — Jake gemeu, jogando as chaves sobre a mesa. Liam gemeu e revirou os olhos quando se sentou, me puxando para sentar ao lado dele. — Melhor? — Ele perguntou, sorrindo maliciosamente. Jake suspirou e revirou os olhos também. — Eu vou me acostumar com isso, eu acho. — Ele resmungou. Liam sorriu para mim e eu não pude deixar de sorrir de volta. Ele colocou o braço sobre meu ombro e segurou minha mão com o outro braço, brincando com meus dedos. Jake entrou e se sentou no sofá em frente, olhando para nós, mal-humorado. Eu ri de sua expressão insatisfeita e me levantei. — Eu vou fazer a minha lição de casa, vocês meninos podem se entreterem por um tempo, certo? — Eu sorri para os dois, eu tinha a sensação de que eles precisavam de um pouco de tempo juntos depois das revelações da noite passada. Jake e Liam eram melhores amigos afinal. — Quer jogar Halo, Jake? — Liam perguntou animadamente. Jake pulou para colocar o jogo e eu sorri para mim mesma feliz. Sim, eles estavam de volta ao normal. Eu agarrei a sacola marrom e fiz o caminho para meu quarto, rindo quando Liam bateu na minha bunda e assobiou para mim. Eu já tinha feito minha lição de casa, então decidi que seria bom um longo banho de banheira, entrei no banheiro e acrescentei um monte de sais, antes de pegar um livro e entrar lá dentro. Eu me perdi na história.
Eu estava tão envolvida no enredo que não ouvi a porta abrir. — Agora, isso é sexy. — Liam ronronou perto de mim. Eu gritei e quase deixei meu livro cair na água. — Merda! Você me assustou, Liam! — Eu chorei, tentando desacelerar o meu coração e tentando não quebrar minhas costelas. Eu trouxe meus joelhos até meu peito tentando me cobrir para ele não ver nada de inadequado. Sorte a minha, ainda haviam algumas bolhas que ajudaram. Ele riu. — Desculpa, eu posso entrar? — Ele brincou quando se ajoelhou ao meu lado e colocou os dedos na banheira. Ele os tirou rapidamente e balançou a cabeça. — Esqueça, Isso está congelando. — Ele franziu a testa e secou a mão na toalha. — Liam, você vai sair daqui? Isso não é engraçado! — Eu chorei, corando. Ele me deu seu sorriso convencido e se inclinou para beijar meus lábios apenas por uma fração de segundos antes de se virar e caminhar de volta para a porta — Eu estava brincando, realmente não percebi que você estava aqui, você deveria sair também, a água está muito fria, você ficou aí esse tempo todo? — perguntou ele, balançando a cabeça. — É... Está um pouco fria. — Admiti, enquanto estava lendo não percebi que a água havia esfriado que nem pedra de gelo, e eu estava toda arrepiada. Liam sorriu e se virou, para voltar ao meu quarto, fechando a porta para me dar um pouco de privacidade, puxei o plugue e joguei meu livro para o lado quando me levantei. Pegando a toalha e envolvendo em torno de mim com força. Quando saí da banheira, percebi que não trouxe nenhuma roupa para trocar, agora eu estava realmente com muito frio e
meus dentes batiam, não podia ficar aqui a noite toda, só tinha que ir buscar um pijama. Não era grande coisa. Liam já tinha me visto só de toalha antes. Quanto entrei no meu quarto notei que ele estava descansando em minha cama. — Oi. Eu murmurei, me sentindo um pouco desconfortável quando puxei um par de shorts sob a toalha. — Caramba, Anjo, você poderia ter tido hipotermia ou alguma coisa assim. — Me repreendeu, me olhando preocupado. Ele agarrou minha mão e me puxou para a cama, me sentado na borda. Depois foi para o banheiro voltando com uma toalha. Ele esfregou meus braços e ombros, me secando rapidamente. Estava feliz que decidi não lavar o cabelo, em vez disso, o tinha colocado em um coque bagunçado, caso contrário, estaria com mais frio. Ele passou seu braço em volta de mim, colocando as pontas dos meus dedos em sua boca, os aquecendo um de cada vez. Oh meu Deus, isso é tão sexy! Eu inclinei a cabeça e o beijei, o pegando de surpresa. Depois de um segundo ou dois, ele respondeu, me beijando de volta. Eu chupava seus lábios suavemente e ele abriu a boca, permitindo-me deslizar a língua dentro. Ele gemeu no fundo de sua garganta e eu passei meus braços ao redor de seu pescoço, agarrando seu cabelo, puxando levemente. Ele me puxou para mais perto dele, aprofundando o beijo. Depois do que pareceu uma eternidade mas ainda não era o suficiente, ele me afastou para respirar, seus lábios não deixando minha pele, ele beijou meu pescoço, chupando a pele perto da minha clavícula, me fazendo suspirar e me contorcer.
Eu ainda estava com muito frio e meus dentes começaram a bater de novo, estragando o momento. Ele se afastou, rindo. — Vamos para debaixo das cobertas e você poderá se aquecer. — Ele tirou sua camiseta em um movimento rápido e eu não pude deixar de olhar para o seu peito esculpido. Senti minha visão ficar preta por alguns segundos, interrompendo a minha cobiça. Sorri quando percebi que ele tinha colocado sua camiseta sobre a minha cabeça. — Liam, se você quer me esquentar, tudo o que você precisa fazer é tirar a roupa. — Eu ronronei, mordendo o lábio e olhando para seu abdome, querendo correr minha língua sobre ele. Ele riu e passou os braços em volta de mim. — Anjo, você não poderia ficar mais quente, confie em mim. Isso seria ilegal. — Ele respondeu, me beijando novamente. Eu puxei a toalha e joguei no chão enquanto ele me pegava. Envolvi minhas pernas em volta de sua cintura, ele me levou até o final do travesseiro e puxou as cobertas, subindo na cama comigo ainda ligada a ele como um bebê macaco. — Eu pensei que você e Jake precisavam de um pouco de tempo juntos, vocês realmente não tem se falado desde que ele descobriu sobre nós, ele ainda é o seu melhor amigo, então você só tem que encontrar um equilíbrio, você não pode gastar todo o seu tempo tentando entrar em minhas calças, vocês sabe. — Eu brinquei. — Mas eu amo tentar entrar em suas calças. — Lamentou, brincando e me dando a cara de cachorrinho, me fazendo rir. Eu estava aquecida agora. O calor de seu corpo pulsando dentro de mim e as nossas respirações quentes debaixo do edredom, parecia quase
fumegante lá embaixo. Então poderia ter sido apenas a paixão que eu senti queimando dentro de mim. — Eu acho que você está certa. Jake estava bem hoje à noite, na verdade ele disse que era bom ver você feliz, e é claro que tomei todo o crédito. — Disse ele convencido. — Todo o crédito? Wow! É um ego inflado o que você tem aí. — Eu provoquei, sorrindo para o duplo sentido, sobre o volume na sua calça jeans que estava pressionando em mim. Ele riu e acariciou o lado do meu rosto com as costas dos dedos. — É bom você não estar nu com a minha irmãzinha, James! — Jake rosnou em advertência na porta. Liam tirou o edredom de nossas cabeças, com um sorriso culpado. — Jake, cara, um pouco mais de aviso seria bom. — Oh, Jake! O que você quer? E você já ouviu falar em bater? — Eu perguntei, empurrando mais a coberta para que ele pudesse ver que eu tinha uma camiseta. — Eu bati. Você simplesmente não ouviu por causa de toda a paquera. — ele respondeu, sorrindo. Nós todos rimos e Jake balançou a cabeça. — De qualquer forma, eu só queria te dizer, Ambs, que a mãe está voltando para casa no domingo. Eu sorri, não tinha visto minha mãe em três semanas. — Sério? Incrível! — Eu chorei feliz. Jake balançou a cabeça, seu sorriso espelhando o meu. — É. Ok, bem, eu vou para a cama. Mantenha o barulho aqui, eu não quero ouvir nada.
Eu ri e não pude resistir a provocar um pouco mais. — Jake, você pode querer meu IPOD emprestado, estamos aquecendo para a aposta. — Eu brinquei, piscando para ele. Liam deu uma gargalhada e Jake apenas olhou para mim, balançando a cabeça em desaprovação, fechando a porta atrás de si. — Anjo, você é simplesmente muito engraçada. — Liam disse, beijando meu pescoço. — Cale a boca, James. — Eu respondi, imitando o tom de brincadeira do Jake.
Capítulo 14 Acordei de manhã com um enorme sorriso no meu rosto. O sol estava brilhando, os pássaros estavam cantando e eu tinha acordado ao lado do garoto mais sexy do mundo, que estava apaixonado por mim. Eu sorri contra seu braço onde eu estava deitada e o pressionei em volta de mim, sentindo seu peito duro nas minhas costas, onde estava me abraçando. — Liam? — Eu sussurrei, virando a cabeça em sua direção. Seus braços se apertaram à minha volta quando ele abriu os olhos devagar. — Oi. — Ele murmurou, erguendo a cabeça para que pudesse me beijar. — Uau, eu adoro acordar sabendo que você finalmente é minha. — Ele colocou a cabeça para trás e suspirou satisfeito. — Então, hoje podemos dizer às pessoas que estamos namorando? — Ele perguntou alegremente, sorrindo de orelha a orelha. — Hum... Não, não hoje, eu ainda preciso trabalhar mais nisso. — respondi, passando a mão em seu peito, traçando seus músculos. Ele gemeu. — Por ―trabalhar nisso‖, você não quer dizer que vai flertar e me fazer ficar com um tesão dos infernos, como fez ontem, não é? — Ele perguntou, olhando para mim suplicante. — Você vai ter que esperar para ver não é? Ah, e eu te dou a minha permissão para me tocar um pouco hoje, se você quiser. — Eu ofereci casualmente, me virando para encara-lo, apoiando a cabeça em cima do
meu cotovelo para que eu pudesse vê-lo melhor. — Hum... Tocar em você, como? — Ele ronronou, passando seus dedos no meu corpo lentamente, no meu rosto, no meu pescoço, em meus seios e barriga, para finalmente se fixar dentro da minha coxa. Sua mão estava tão perto do meu núcleo que eu não consegui parar o pequeno gemido que escapou dos meus lábios. Ele traçou a ponta dos dedos em toda a minha perna, me fazendo gemer. Droga, eu queria que ele fosse tão mal, mas eu simplesmente não podia, ainda não. — Não, Liam. — Eu implorei. Disse as palavras, mas mudei meu quadril inconscientemente, tentando me aproximar de sua mão. Ele riu, colocando seus lábios bem próximos para que eles estivessem quase tocando os meus. — Prometa que você não vai me provocar demais hoje na escola. — Ele murmurou contra meus lábios enquanto movia a mão para o exterior da coxa. — Eu não vou lhe provocar muito, mas não posso prometer que você não vai ficar duro. — Eu brinquei, torcendo suas palavras. Ele bateu seus lábios nos meus e eu podia sentir que ele estava sorrindo. — Você é uma maldita provocadora, eu acho que você não percebe o que está fazendo comigo. — Ele rosnou, beijando meu pescoço suavemente. Puxa, eu sabia exatamente o que estava fazendo com ele, eu podia sentir! Eu o beijei de volta apaixonadamente e ele se afastou depois de um par de minutos, justo quando eu estava ficando realmente na dele. — É melhor eu ir. — Ele me beijou de novo quando saiu da cama.
— OK. Vejo você daqui a pouco. — Eu respondi, observando-o se vestir, ele piscou para mim enquanto subia na minha janela, voltando para sua casa. Mesmo com Jake sabendo, Liam ainda precisava fingir para os seus pais, ele não podia ser visto saindo pela porta da frente, quando na verdade deveria estar na cama dele. Saí da cama e fui ao banheiro para um banho. Quando eu estava seca, fiquei olhando para meu armário por um longo tempo, precisava de algo diferente para vestir hoje, eu queria mostrar que Liam me queria na frente de todos, porque eu não queria continuar mentindo sobre o nosso relacionamento. Tirei uma minissaia jeans e uma blusa de manga curta preta com gola V. Sorri quando olhei para a roupa. Isso iria funcionar. Vesti-me e olhei-me no espelho, a saia era curta, mas não muito curta para parecer como uma das vadias, e a blusa era justa, mas não muito, apenas o suficiente para sugerir o que estava por baixo. Eu sorri e puxei um par de sapatilhas, completando o look. Peguei o pacote da clínica de planejamento familiar e tirei minha caixa de pílulas. Abri o pacote, achei o primeiro comprimido engolindo-o rapidamente, sorrindo para mim. Fui para a cozinha. Liam estava conversando com Jake, de costas para mim, já havia uma tigela de cereal no balcão esperando por mim. Senti meu coração derreter por sua consideração — Bom dia. — Eu disse. Liam estava bebendo um copo de água e quando se virou, quase engasgou. Jake deu um tapa nas costas dele e eu apenas sorri. Sim, isso era o efeito que eu queria! Seus olhos estavam arregalados e com fome conforme me olhavam lentamente, me fazendo
corar só de imaginar os pensamentos que ele estava tendo com meu corpo. Ele ainda não tinha falado. — Liam, você quer tirar uma foto? Para durar mais tempo. — Eu brinquei, comendo meu cereal. Algo pareceu tirá-lo da fantasia particular que ele estava tendo. — Você vai vestida assim hoje? — Ele perguntou, franzindo a testa ligeiramente. Olhei para mim perguntando o que ele quis dizer com isso. Eu não parecia uma puta. — Sim, por quê? — Eu perguntei, confusa. Pensei que ele tinha gostado da roupa, ele certamente parecia gostar! Ele se aproximou e passou os braços em volta de mim por trás. — Anjo, como vou concentrar-me durante o dia, sabendo que a minha linda namorada parece uma deusa do sexo? Você está me torturando de propósito? — Ele lamentou, beijando o lado do meu pescoço e passando as mãos pelas minhas coxas expostas. Eu ri e lhe dei uma cotovelada no estômago. — Bem, então você vai ter que exercer algum controle. — Eu provoquei, me afastando após sua ereção aparecer discretamente. Ele gemeu e se moveu para ficar atrás do balcão, provavelmente para Jake não ver que ele estava tão animado. — Você não está jogando limpo. — Ele lamentou. Eu apenas sorri e peguei minha bolsa. — Pronto para ir Jake? — Eu perguntei sorrindo para o meu irmão, que estava tentando nos ignorar, mas falhou miseravelmente.
— Sim, mas acho que Liam precisa de um minuto para se acalmar. — Afirmou, rindo, fazendo Liam revirar os olhos. Eu ri da sua expressão de advertência. Jake agarrou meus ombros e me empurrou para fora da porta. Eu ainda estava rindo de Liam.
A manhã passou voando e finalmente a hora do almoço tinha chegado, eu estava tão animada para ver Liam que eu não conseguia parar de sorrir. — O que há de errado com você? — Sean perguntou, olhando para mim como se eu tivesse perdido minha mente. — Nada, apenas tendo um bom dia. Além disso, eu estou com fome e agora estamos indo comer. — Eu menti, sem problemas. — Você vai fazer outra jogada no Liam? — perguntou Kate, sorrindo para mim com conhecimento da causa. Eu ri. — Oh deuses, sim. Apenas assista o rosto de Jessica. Eu vou fazer ele me querer hoje. — Eu sorri feliz. Isso ia ser grande e Jessica ia odiar cada segundo. — Não há dúvidas sobre isso. — Kate concordou, rindo. — Oh! Então é para isso que a saia serve! — Sean disse. Um olhar de compreensão atravessou seu rosto. Eu ri e acenei com a cabeça. — Acha que vai funcionar? — Eu perguntei a ele, querendo sua opinião. Ele acenou com a cabeça. — Ah sim, vai funcionar, todos os caras da
escola têm falado sobre as suas pernas matadoras hoje. Até mesmo eu, que sou totalmente apaixonado pela minha namorada, verifiquei. — Ele admitiu, encolhendo os ombros. Eu lhe dei um tapa no ombro de brincadeira. — Ew! Isso é nojento, Sean. Você é um dos meus melhores amigos! Melhores amigos não são pervertidos uns com os outros. — Eu disse, fingindo um arrepio. — Na verdade, eu estive verificando também. — Kate brincou. — Eu também. — Acrescentou Sarah, fazendo todos rirem mais. Conforme entramos na cantina rindo, eu podia sentir alguns dos caras olhando para mim. Agora que Sean tinha dito sobre eles, eu percebi que tinha muito mais atenção masculina do que o normal. Nós compramos nossa comida. — Eu volto logo. — eu disse, sorrindo enquanto fazia meu caminho para a mesa dos atletas, todos os meus amigos foram sentar na nossa mesa de sempre, me olhando com olhos curiosos. Eu vi Liam quando me aproximava, como de costume havia cerca de dez meninas penduras ao redor dele, flertando descaradamente. Parecia que ele estava realmente chateado. — Sério, Rebecca, se você me tocar mais uma vez eu vou falar com alguém sobre isso. Isso está na fronteira com o assédio sexual. — Liam resmungou, olhando para ela e botando a mão dela fora de sua coxa. Ela se levantou e saiu, o resto das meninas estava sorrindo para ela. Você podia ler os seus pensamentos em seus rostos: menos uma garota na competição. Eu sufoquei uma risada e me sentei à mesa. Jake não estava lá, então eu decidi ir mais longe e realmente empurrar hoje. — Oi, Liam. — Eu ronronei, sorrindo para ele sedutoramente.
Seu rosto se iluminou quando ele me viu. — Oi, você teve um bom dia? — ele perguntou alegremente. Eu fiz beicinho e balancei a cabeça. O rosto dele caiu e ele colocou o braço em volta do meu ombro, olhando para mim com preocupação. — O que há de errado, Anjo? Eu me levantei e sentei na mesa em frente a ele, apoiando um pé no banco entre suas pernas assim meu pé estava quase tocando sua virilha. Ele não pareceu notar, porém, ainda estava olhando meu rosto, preocupado. — Eu machuquei minha perna na aula de educação física. Está muito dolorido. Tenho uma contusão? — Eu perguntei, abrindo um pouco minhas pernas e apontando para minha coxa. Seus olhos caíram imediatamente até minhas pernas. Estou apostando que ele tinha uma visão clara da minha calcinha por causa da expressão de dor e fome que atravessou seu rosto. Eu me senti um pouco como uma puta por fazer isso, mas pelo menos ninguém mais podia ver o que ele estava vendo, de outra forma eu não teria feito. Ele colocou a mão no músculo da minha panturrilha e deslizou lentamente fazendo todo o caminho da minha perna ate minha coxa, gemendo baixinho enquanto ele fez isso. — Não, nenhuma contusão. — Afirmou em sua voz sexy, me fazendo queimar de necessidade enquanto massageava minha coxa. — Hmm, sério? Está tão dolorido. — Eu menti, sorrindo para ele. Ele estava sorrindo para mim, sua expressão me disse que ele sabia que estava me deixando louca. — Que tal você dar um beijinho para melhorar? — Eu sugeri, levantando as sobrancelhas, tentando parecer
sexy. Eu ouvi alguns dos caras gemerem enquanto estavam obviamente observando a cena. Cobiça atravessou o rosto de Liam quando ele assentiu com um sorriso sexy e inclinou a cabeça em direção à minha perna. Pouco antes de seus lábios tocaram minha pele, eu tirei minha perna. — Na verdade, não seria melhor. Achei que você tinha uma namorada. — Eu provoquei. Ele riu e balançou a cabeça para mim, estreitando os olhos, obviamente desapontado por não conseguir beijar minha perna na frente de toda a escola. — Eu tenho uma namorada e eu a amo mais do que qualquer coisa. — Disse ele, sua voz cheia de honestidade. Eu sorri enquanto meu coração se derretia. — Então você não deveria estar fazendo isso, não é? — Eu provoquei, sorrindo para ele e descendo da mesa. Peguei minha bandeja do almoço. — Agora parece bem, mas se ela começar a doer de novo mais tarde, eu lhe farei um convite. — Eu flertei. Ele gemeu quando eu pisquei para ele e saí para a mesa dos meus amigos. Eu podia ouvir todos os comentários atrás de mim, os meninos dizendo sobre como eu era quente e como eles iriam definitivamente ―tocar isso‖ e todas as meninas dizendo que eu era uma prostituta. Eu ri e me sentei na nossa mesa. Kate sorriu para mim com conhecimento de causa, e Sarah e Sean estavam me observando com suas bocas abertas. — Eu realmente acho que você pode ganhar a aposta! — Sarah disse, olhando para mim com reverência. Eu não pude deixar de rir, ela estava olhando para mim como se eu fosse algum tipo de deusa ou algo assim. — Eu poderia usar quatro mil
dólares. — Eu admiti, rindo. Eu só esperava que Jessica me pagasse se ela percebesse que eu era sua namorada o tempo todo. Quando terminamos de comer, eu estava andando com o meu grupo de amigos, quando alguém pegou minha mão e me puxou. Eu chiei um pouco chocada, e me virei para ver Liam sorrindo para mim, ele me arrastou para a sala de aula vazia mais próxima. Eu ri quando vi meus amigos andarem sem mim, nem mesmo percebendo que eu não estava mais atrás deles. Ele fechou a porta e olhou para mim, tentando fingir que estava irritado comigo, mas não havia nenhuma maneira de eu cair nessa, eu poderia dizer que ele se divertiu. — Anjo, isso foi demais. — Afirmou se aproximando de mim. Dei um passo para trás e esbarrei na parede. — Demais? Eu pensei que havia sido perfeito. — Eu respondi, brincando. Ele riu e apertou seu corpo ao meu. — Você é muito perfeita. — Ele tirou meu cabelo do meu rosto suavemente, me olhando com ternura. Coloquei meus braços ao redor dele e o puxei para mais perto, então coloquei minhas mãos para baixo e agarrei sua bunda. Ele deu aquele sorriso sexy para mim, e apertou seus lábios nos meus suavemente, eu gemi um pouco e o puxei para mais perto, querendo mais. Ele se afastou para beijar meu pescoço, suas mãos vagando pelo meu corpo, minhas pernas. Uma de suas mãos deslizou para debaixo da minha saia, fazendo cócegas com seus dedos na minha bunda, provocando. Senti-o sugando suavemente o meu pescoço. — Liam, você está me dando um chupão? — eu perguntei, rindo. Ele parou de chupar por um segundo e puxou sua boca longe da
minha pele. — Mmm, eu vou te marcar. — Ele murmurou, antes de sugar no mesmo local novamente. Depois de mais alguns segundos ele se afastou para olhar, inspecionando sua obra. Ele parecia extremamente orgulhoso de si mesmo e estava sorrindo de orelha a orelha. — Certo, e eu vou poder marcar você? — Eu provoquei. — Claro, se você quiser. — Ele concordou, encolhendo os ombros, mas, será que ele realmente quer que eu o marque? Ele pressionou seus lábios nos meus novamente, meu corpo estava em chamas. Caramba, como ele faz isso comigo? Ele era o único cara que eu tinha beijado pelo amor de Deus. No entanto, aqui estou eu, o deixando colocar a mão na minha bunda! Sorri quando ele inclinou a cabeça para o lado, me dando acesso a seu pescoço. Assim que os meus lábios tocaram sua pele o sinal tocou. Ele gemeu e se afastou, olhando para mim com a cara de cachorrinho. — Vem comigo? — suplicou ele, fazendo beicinho. Ir com ele? Oh merda, eu odiava faltar à escola. — Hum, Liam, eu não posso. — Eu estava dividida, eu realmente queria passar mais tempo com ele, mas eu simplesmente não conseguia suportar a ideia de meus professores saberem que eu perdi aula desnecessariamente. — Por favor. — Ele implorou, dobrando os joelhos, então ficamos na mesma altura. Seus olhos azuis estavam me matando. Eu não podia dizer não para ele. Eu suspirei pesadamente. — Se conseguirem pegar a gente, você vai ficar com problemas. — Eu avisei. Se eu pegasse detenção, tenho certeza de que ele pegaria uma também.
Ele sorriu, um belo sorriso, puxou o celular e chamou Jake para lhe dizer que eu não estava me sentindo bem e que ele estava me levando para casa. — Sim, ela está bem. Ela disse que só se sente um pouco tonta, isso é tudo. Não, não, eu entendi. Certo.Vejo você depois. — Ele disse ao telefone, rindo e me atirando uma piscadela. Ele deslizou seu telefone de volta ao seu bolso e agarrou a minha mão, me puxando para fora da sala de aula para o seu carro. — Jake vai pegar uma carona para o trabalho. Então, contanto que eu chegue à sua casa por volta das nove, ele nem vai saber que você saiu. — Ele disse alegremente. Revirei os olhos para ele. — Como se Jake realmente acreditasse que eu estava doente! Ele sabe que estamos enrolando. — Eu balancei minha cabeça, rindo. Jake não era estúpido, ele só não quis dizer nada. — Então, Anjo, o que devemos fazer? — Perguntou Liam, saindo rapidamente do estacionamento antes que alguém reparasse em nós saindo. Dei de ombros. — Eu não sei, o que você quiser. — Contanto que envolvesse mais tempo com ele, eu faria qualquer coisa. Ele sorriu. — Quer que eu te leve na patinação de novo? — Ele ofereceu. — Claro, por que não? Eu preciso trocar de roupa primeiro, senão minha bunda vai congelar. — Eu ri, enquanto seus olhos imediatamente foram para as minhas pernas novamente. Eu mandei uma mensagem para Kate dizendo que eu estava faltando e lhe pedi para pegar todo o trabalho que perdesse. Quando nós chegamos, Liam foi para sua casa pegar algo que ele
precisava, e eu corri, coloquei um jeans, dei uma rápida escovada no meu cabelo e adicionei um rímel. Quando deixava o meu quarto, peguei um suéter para não sentir frio. Corri de volta para o carro, animada por algum tempo a sós com ele. Ele sorriu enquanto eu subia no carro. — Trouxe isso para você. — Disse ele, me entregando um de seus casacos com capuz. Eu fiz uma careta para ele, ele sabia que eu tinha o meu. Por que ele iria me trazer esse? — Err... Obrigada? — É para o seu lindo pequeno traseiro, eu disse que ia trazer um para você não ficar molhada e com frio como da última vez. Embora, eu tenho a confiança que você estará patinando por conta própria até terminarmos. — Bem, eu não tenho certeza se quero patinar, se você não estiver me tocando. — Eu ronronei sugestivamente. Ele sorriu. — Hmm, eu nunca pensei por esse lado, então espero que você não pegue rapidamente. — Ele balançou as sobrancelhas para mim, me fazendo rir. A patinação foi divertida. Ele estava certo, eu estava muito melhor dessa vez. Provavelmente, devido ao fato de que ele era um bom professor e porque passamos quase o dia todo aqui. Foi muito divertido ter ele ao redor. Ele patinou para trás, assim como fez antes, segurando minhas mãos, fazendo piadas e conversando. Eu só caí algumas vezes, e cada vez ele auxiliava minha queda ou me pegava e me puxava para cima. Olhei para ele patinando, ele estava com um largo sorriso e meu coração pulou uma batida. Ele era tão bonito, gentil e paciente. Eu podia sentir-me
apaixonar por ele. Eu sabia que não demoraria muito para estar de cabeça para baixo por ele. — Ei, que tal você se mostrar um pouco? Adoro ver você patinar. — Sugeri, segurando na lateral para que ele pudesse me soltar. Ele me beijou antes de patinar para trás, ele se virou bruscamente e patinou para frente tão rápido que ele realmente me assustou. Meu coração estava batendo no meu peito com a visão dele, se ele caísse ao patinar assim, ficaria gravemente ferido. O pensamento dele se machucar me aterrorizava. Ele fez algumas voltas, me mostrando suas habilidades como saltar e patinar em um pé. Eu sempre gostei de vê-lo patinar. Ele era tão lindo e gracioso, mas eu realmente nunca o cobicei por isso, até agora. Ele parecia tão sexy quando estava patinando, tão poderoso e magistral. Liam queria jogar hóquei profissionalmente, ele já havia sido observado por um time bom, mas precisava estar na faculdade antes que eles pudessem assinar com ele, havia sido oferecida uma bolsa de estudos integral para uma ótima escola em Boston, o que significaria que ele teria que se afastar quando a escola terminasse daqui ha poucos meses. A distância ia me matar. Eu ia ter pesadelos todas as noites, quando ele não estivesse lá, para não mencionar a dor no coração que eu sinto ao vê-lo sair. Eu odiava o fato de que ele estaria tão longe e que as meninas estariam caindo em cima dele. Eu suspirei, me recusando a pensar nisso. Eu precisava confiar nele. E eu fiz, eu confiava nele completamente, eu acreditava que ele me amava e que ele não queria me machucar. Quando ele voltou para mim ele derrapou até parar, mandando gelo
para os lados. — Será que me mostrei o suficiente para você? — Ele perguntou, passando os braços ao redor da minha cintura e me beijando com ternura. — Oh sim, meu homem patina bem. — Eu confirmei, sorrindo para ele. — Mmm, diga isso de novo. Eu gosto disso. — Ele ronronou, numa voz rouca e sexy que fez o meu interior tremer. Eu passei meus braços firmemente em torno de seu pescoço e puxei-o para perto. — Meu homem patina bem. — Eu ronronei sedutoramente, olhando em seus olhos. Eu podia sentir a paixão ardente entre nós. Ele dobrou os joelhos para que nós ficássemos do mesmo tamanho, me segurou firme e, em seguida, se levantou, tirando meus pés do chão. Ele começou a patinar suavemente ao redor da pista. Eu envolvi minhas pernas em volta de sua cintura enquanto ele patinava por aí, às vezes fazendo pequenas rotações e patinando para trás. Seus olhos nunca deixaram os meus. Foi a coisa mais erótica e sensual que tinha acontecido comigo, e todo o meu corpo estava ansiando por ele. — Eu te amo tanto, Anjo. — Ele sussurrou. Eu sorri. Minhas entranhas estavam borbulhando com alegria e paixão. Ele estava me deixando louca, eu queria e precisava dele. Quando olhei para os seus lindos olhos azuis, eu podia ver todo o seu amor por mim brilhando e isso fez meu coração bater muito rápido. De repente, me atingiu como um caminhão. Eu o amava muito. Talvez eu sempre o houvesse amado, eu não tinha certeza. Ele penetrou por trás de minhas
defesas e fez seu caminho ao coração, mas eu sempre me recusava a olhar dessa maneira. Ele me fez sentir segura, querida e especial, eu não queria deixá-lo ir. Eu o amava como uma louca, mais do que tudo, ele era a única coisa que eu precisava na vida. Eu abri minha boca para dizer que eu o amava muito também, mas ele falou primeiro me cortando. — Vamos jantar. — Sugeriu ele, patinando para fora da pista de gelo e me sentando no banco. Ele ficou de joelhos e tirou meus patins para mim. Eu só o assisti, incapaz de tirar o sorriso do meu rosto. Este menino era realmente meu? Como é que eu era tão sortuda? Depois de calçarmos os nossos sapatos de volta, fomos para um pequeno restaurante italiano que ele disse que tinha a segunda melhor lasanha do mundo. — Segunda melhor? — Eu perguntei, rindo. — É, sua lasanha arrasa. — Ele afirmou, segurando a minha mão com força conforme seguimos o garçom para a mesa. — Agora você sabe que me tem, pode parar com os elogios. — Eu brinquei, rindo. Ele sorriu e balançou a cabeça, revirando os olhos como se eu estivesse sendo estúpida. A comida era boa e o restaurante era muito bonito, tinha velas em cada mesa e foi realmente muito romântico, ele era muito divertido e não havia silêncio constrangedor. Eu não poderia ajudar, mas me pergunto como eu não sabia nada sobre ele antes de ficarmos juntos. Eu acho que foi porque a única personalidade que ele sempre me mostrou foi o lado idiota, que na verdade, não parece ser uma parte de seu caráter. — Liam, posso te perguntar algo? — Eu questionei, muito curiosa
para não fazê-lo. — Claro. O que você quiser. — Ele deu de ombros, tomando um gole da sua bebida, me olhando com curiosidade — Por que você sempre foi um idiota comigo? Se você gostava de mim todo esse tempo, porque você sempre me empurrava quando éramos crianças, e era um idiota para mim? Você sabe que eu costumava odiar você, certo? — Eu perguntei, erguendo minhas sobrancelhas, olhando e me desculpando. Ele riu. — Você sabe, há uma diferença entre o amor e o ódio. Talvez você me amasse e não sabia. — Sugeriu ele, sorrindo. Eu sorri, porque era exatamente isso que eu estava pensando antes. — Não, Liam. Você era um completo idiota comigo. Mas a maior parte foi atuação, certo? Então, por que você fazia isso? — Eu perguntei, precisando de uma resposta, ele estava me matando porque eu simplesmente não podia entender. — Jake. — Ele encolheu os ombros. — Jake? Eu não entendi. — Eu lhe dei minha melhor cara de ―o que diabos‖. Ele sorriu, com tristeza. — Jake realmente não me queria perto de você. Ele chegou a me bater algumas vezes quando éramos crianças. Ele é muito protetor com você. Era mais fácil eu me manter longe, eu pensei que se fizesse você querer ficar longe de mim, talvez eu não ficasse tão excitado. — Disse ele, franzindo a testa. Espere, ele fingiu ser um idiota porque pensou que eu não iria
querer ficar com ele por causa do Jake? Aquele maldito garoto! — Todos esses anos desperdiçados, Liam. — Suspirei e balancei a cabeça. Se ele tivesse me dito, talvez pudéssemos ter ficado juntos ha mais tempo. — Você sabe, eu sempre pensei que você tinha uma dupla personalidade. — Disse a ele, rindo. Ele riu também. — Sério? Por quê? — Bem, eu sempre pensei que havia o Liam do dia, que era um imbecil, idiota e mulherengo, em seguida havia o Liam da noite, que era adorável, doce e carinhoso. Eu sempre gostei do Liam da noite. — eu disse honestamente. Ele sorriu alegremente. — Bem, à noite era quando eu parava de tentar te empurrar para longe. Eu decidi que como Jake não sabia sobre isso, eu podia ser eu mesmo e aproveitar meu tempo com você. Só para você saber, em ambas as minhas personalidades eu sempre te amei.— Disse ele, dando de ombros e sorrindo para mim. Aww, isso era realmente doce! Estendi a mão e segurei a mão dele com força. — Eu queria que você tivesse me dito antes, eu realmente odiei você, às vezes. — Eu admiti timidamente, o fazendo rir. — Como quando eu cortei a cabeça de seu urso de pelúcia e o joguei no lixo? — Ele perguntou, rindo. Eu engasguei com a memória, eu tinha esquecido isso! Jake tinha pegado meu urso do lixo, arrumou sua cabeça e colocou de volta na minha cama. — Sim, seu idiota! — Eu o repreendi, lutando contra um sorriso. — Você sabe que eu nunca fiz isso, certo? Eu fingi que cortei a
cabeça e escondi na minha blusa, depois o coloquei de volta em sua cama horas mais tarde. — Disse ele, ainda rindo. — De jeito nenhum! Jake me disse que ele pegou de volta para mim! — Eu ri. Ele balançou a cabeça. — Não, essa foi uma das vezes em que ele chutou a minha bunda. Ele me pegou sorrateiramente em seu quarto naquele dia, eu disse a ele que estava indo ao banheiro. — Disse ele, rindo e balançando a cabeça. — Eu não posso acreditar que meu irmão chutou sua bunda. Isso é simplesmente muito engraçado. — Estou feliz por ele não me matar por sair com você. Eu posso me manter numa luta, mas Jake é um maldito psicopata quando se trata de você. — Liam franziu a testa, balançando a cabeça levemente, um sorriso puxando os cantos de sua boca. — Sim, então é melhor você ter certeza de que não vai me machucar. — Eu provoquei. Ele acenou com a cabeça. — Eu nunca iria machucá-la, nunca. — Ele apertou minha mão suavemente, olhando diretamente nos meus olhos, todo o seu comportamento me mostrando a verdade de suas palavras. Eu acreditava nele, eu não acho que ele iria me machucar de propósito, mas eu sabia que ele iria quebrar meu coração, mais cedo ou mais tarde. Quando ele for para a faculdade e estivermos separados, ia doer muito. Mesmo se não estivéssemos namorando seria terrível estar sem ele, agora então seria uma tortura.
Eu empurrei os pensamentos da minha mente. Eu não podia pensar nisso, não até acontecer e mesmo assim poderíamos passar por isso. Eu o amava o suficiente para esperar por ele. Eu só esperava que ele sentisse o mesmo daqui quatro meses, quando todas as vadias universitárias estariam se atirando nele, enquanto eu estaria ha três horas de distância. — Certo então, você está pronta para ir? — Liam perguntou depois que eu tinha comido um pedaço enorme de bolo de chocolate szinha. Eu concordei e ele jogou um pouco de dinheiro em cima da mesa, estendendo a mão para me ajudar a levantar. Eu sorri. — Você sabe que está se preparando para ser o melhor namorado do mundo, não é? — Eu disse feliz. — Eu amo quando você me chama assim. — Ele sorriu e colocou seu casaco ao redor dos meus ombros enquanto caminhávamos para fora no frio. Segurei a mão dele, não querendo deixá-lo ir. Quando chegamos ao carro, ele abriu a porta para mim. — Uau, um cavalheiro. — Eu provoquei. Eu o vi andar para o lado do motorista. Ele era tão bonito, e ele era meu, eu não podia deixar de sorrir com esse conhecimento. Eu nunca sonhei que eu teria nada parecido com um cara. Quando eu costumava pensar sobre namoro, ficava assustada com a ideia de deixar uma pessoa me tocar, e o tempo todo eu tinha o cara perfeito que estava apaixonado por mim, que me segurou e me manteve segura, todas as noites e eu nem sabia. Como eu pude ser tão estúpida? Quando chegamos eram apenas oito horas. Jake não estaria em
casa por uma hora, então tínhamos a casa para nós. — Vem aqui, eu quero falar com você. — Eu disse, o puxando para o sofá. Ele parecia um pouco preocupado e nervoso. O puxei ao meu lado, sentando perto dele. Eu podia sentir a paixão e eu sabia que não ia demorar muito para eu estar pronta para levar as coisas mais longe com ele. Eu nunca me senti assim antes e, embora só estivéssemos juntos por cinco dias, eu tinha conhecido ele desde sempre. Eu confiava nele e eu sabia que ele não iria me machucar. Eu não estava preocupada com ele não ser capaz de esperar por mim, eu podia ver em seus olhos que ele iria esperar o tempo que eu quisesse e esse conhecimento foi me empurrando à frente. Se eu tivesse duvidas que ele iria esperar por mim, então não haveria maneira de me sentir à vontade. Segurei sua mão com força e olhei para ele, tentando encontrar as palavras certas para expressar meus sentimentos. — O que há de errado, Anjo? — Ele perguntou em voz baixa, franzindo a testa. Oh merda, como eu poderia dizer? Eu estava tão envergonhada, eu nunca disse nada parecido com isso para ninguém antes. Eu respirei fundo e desejei que a minha voz não demonstrasse a ansiedade que eu sentia por dentro. — Eu amo você, Liam. — Eu disse honestamente. Ele olhou para mim, choque claro em seu rosto. Sua boca estava aberta, seus olhos arregalados quando ele absorveu o que eu disse. Eu não pude deixar de rir. — OK, essa não era a reação que eu imaginava. — Eu estremeci, esperando que ele dissesse alguma coisa. Ele me empurrou para baixo, rolando em cima de mim. — Você me
ama? Sério? — Perguntou ele, o choque deixando seu rosto para ser substituído por empolgação. Eu balancei a cabeça, sentindo meu rosto esquentar um pouco. — Sim, eu te amo. Ele riu e me beijou apaixonadamente. Quando ele se afastou seus olhos estavam brilhando de felicidade. — Graças a Deus! Achei que você ia terminar. Você parecia tão séria que eu pensei que você não queria estar comigo. — Disse ele, sacudindo a cabeça, sorrindo. — Por isso que você estava nervoso? — Eu perguntei, rindo. — Diga isso de novo. — Ele sussurrou. Eu passei meus braços ao redor de seu pescoço e o puxei para perto de mim, com a boca cerca de uma polegada de distância da minha. — Eu te amo, Liam James. — Eu sussurrei. — Eu também te amo, Amber Walker. — Ele me beijou, duro, e eu não poderia ajudar, mas o beijei de volta com a mesma intensidade. Corri minhas mãos por suas costas e agarrei a parte inferior de sua camiseta, puxando para cima da sua cabeça, arrastando os dedos no seu peito, maravilhada com o quão impecável ele era. Suas mãos estavam vagando por todo o meu corpo faminto, ele agarrou a parte inferior da minha blusa e começou a puxar lentamente, como se estivesse esperando por algum tipo de reação. Eu senti o meu amor por ele bater por causa do quão atencioso e paciente ele era comigo. Eu sorri contra seus lábios e ele se afastou, me olhando com curiosidade. — Ok? — Ele perguntou, a preocupação em sua voz.
Eu balancei a cabeça e o empurrei de cima de mim para que eu pudesse me sentar. Segurei minha blusa e puxei sobre a minha cabeça, jogando ela ao chão. Ele estava me olhando em estado de choque. O puxei de volta para mim, beijando-o profundamente. Suas mãos estavam por toda parte, mas ele não fazia nada que eu não queria que ele fizesse. Foi perfeito e doce. Um final incrível para um encontro incrível. Depois de um tempo ele se afastou e deitou ao meu lado, conversamos alegremente por algum tempo. Às nove horas, ele suspirou. — Jake vai estar em casa logo, talvez devêssemos nos vestir. — Sugeriu ele, parecendo um pouco relutante, enquanto seus dedos se arrastaram sobre meu sutiã e estômago. Eu balancei a cabeça. — Sim, eu não acho que ele ficaria muito satisfeito se chegasse em casa e descobrsse que você me viu sem a parte de cima, James. — Eu disse fingindo horror. Ele riu e se sentou, agarrando a blusa do chão e passando para mim, me beijando novamente com ternura. Quando ambos estávamos completamente vestidos novamente, sentamos assistindo TV até Jake voltar para casa. Eu não conseguia tirar o sorriso do meu rosto, Liam me amava e eu o amava e tudo estava perfeito. Jake chegou em casa e eles jogaram Wii, enquanto eu fazia meu dever de casa, tentando na verdade, sem sucesso, porque não parava de olhar a bunda de Liam na minha frente. Às dez, ele foi para casa trocar de roupa e ver seus pais durante meia hora antes de ir para a minha janela à noite. Eu mal podia conter a minha emoção de estar com ele novamente. — Então, como é que vocês dois estão indo? — Jake perguntou
curiosamente, quando estávamos sozinhos. Eu sorri feliz. — Muito bem, na verdade. Obrigado por não enlouquecer e o machucar ou qualquer coisa parecida. — Eu disse, fazendo uma careta ao pensar nisso. Ele sorriu com tristeza. — OK. Só tome cuidado, ele é um jogador, eu não quero que você se machuque. — Ele olhou para mim preocupado. Ele sempre foi superprotetor, crescendo da forma que crescemos, ele sempre sentiu que precisava me proteger do nosso pai. Eu acho que isso nunca mudaria, ainda mais depois do que meu pai fez. Eu sorri e balancei a cabeça. — Ele não vai me machucar. — Eu disse, confiante. Ele riu. — Essa confiança em um cara que nunca conseguiu se manter com uma namorada antes. — Ele refletiu, sacudindo a cabeça. — Jake, Liam é um grande cara, ele não vai me machucar. Ele me ama. Ele suspirou e balançou a cabeça. — Eu sei que ele ama. — Ele franziu a testa em desaprovação quando disse isso. Eu acho que Jake jamais aprovaria qualquer um que eu trouxesse para casa, ele era tão malditamente superprotetor. Ele sempre foi o melhor irmão que uma garota poderia pedir. — Então, você precisa falar comigo sobre o pai ou qualquer coisa assim? — Ele perguntou, estremecendo um pouco quando ele disse a palavra pai. Eu fechei meus olhos, eu vinha adiando esse pensamento desse homem voltar. — Eu não quero vê-lo. — Eu disse calmamente.
Ele me puxou para um abraço. — Certo, então não vamos vê-lo. — Ele esfregou minhas costas suavemente, olhando para mim com preocupação, ele achava que eu ia ter outro ataque de pânico como fiz da última vez que ele falou sobre ele. — Você pode vê-lo se você quiser. — Disse eu, me sentindo um pouco culpada. Eu não queria parar Jake se ele quisesse vê-lo. Ele riu sem humor. — Na verdade, eu preciso. — Ele deu de ombros, e meu coração se afundou, eu não queria Jake perto desse babaca. — Ok, bem, se é isso que você quer... — Eu parei, tentando não chorar. Jake saiu do abraço e olhou para mim com tristeza. — Eu não quero vê-lo, Amber, eu quero matá-lo. — Afirmou, dando de ombros casualmente, me fazendo rir. Dei um tapa no ombro dele fazendo-o rir também. — Eu prometo que não vou deixar ele te machucar, nunca mais. — Ele beijou-me na cabeça suavemente, todo o seu corpo tenso. Eu sabia que Jake sempre se sentiu culpado por não ter feito algo mais cedo. Eu não acho que ele já tenha se perdoado por isso, mas era uma crença irracional, nada disso era culpa dele, mas ele levava toda a culpa por não acabar com isso antes do que ele fez. Eu acho que ele se esquece de que passou por isso também, ele só se preocupa comigo. Ele nunca fala sobre o fato de que ele provavelmente se machucou duas vezes mais que eu, por sempre estar me protegendo. Ele sempre parece esquecer que ele era uma criança na época, também, que ele não poderia ter feito nada sobre isso de qualquer maneira, porque ele não era forte o suficiente. — Você sabe que é o melhor irmão do mundo, certo? — Eu disse a
ele, sorrindo alegremente. Ele balançou a cabeça, sorrindo para mim. — Sim, eu sei. — Ele respondeu arrogantemente, fazendo ambos rirmos novamente. Eu suspirei, sentindo a exaustão. — Eu vou para a cama. Boa noite, Jake. — Beijei o topo de sua cabeça e fui para o meu quarto, trancando a porta atrás de mim por força de hábito. Eu coloquei meu pijama e quando estava prestes a cair no sono, ouvi a minha janela sendo aberta. Ele beijou a parte de trás da minha cabeça suavemente. — Oi. — Respondeu ele, conforme eu me aconcheguei a seu corpo. — Eu amo você, Liam. — Eu sorri quando disse as palavras, ficava cada vez mais fácil de dizer. — Eu te amo mais, Anjo. Eu suspirei e fechei os olhos, caindo no sono, segura e quente envolvida em seus braços.
Capítulo 15 ~ Liam ~
Eu estou com Amber ha uma semana agora, e esta honestamente tem sido a melhor semana da minha vida – da vida de qualquer um, provavelmente. Ela era tão perfeita. Eu a desejava por tanto tempo que tinha ficado um pouco preocupado de que se eu algum dia a conseguisse, que ela nunca seria capaz de viver tudo o que eu tinha imaginado. Eu tinha a colocado em um pedestal tão alto que eu estava surpreso que ela fosse capaz de ter oxigênio para respirar. Mas estar com ela era melhor do que qualquer coisa que eu pudesse imaginar. Eu não podia esperar por hoje à noite. Como sempre, tinha uma festa na casa do Jake – a celebração após o jogo. Eu definitivamente estava planejando dançar com minha garota hoje à noite. Eu vesti um par de jeans rasgados e uma camisa social branca, e andei em direção a casa deles. Eu estava tão animado em vê-la que eu poderia explodir em melodia a qualquer momento. Eu ainda não podia acreditar que alguém como eu, seria sortudo o suficiente para tê-la apaixonada por ele. Ela poderia ter qualquer rapaz que ela quisesse. Ela era tão linda, inteligente, engraçada e amável. Praticamente todos os rapazes da escola babavam por ela, não que eu pudesse culpá-los. O corpo dela era algo de outro mundo, toda aquela dança... Eu lutava para assisti-la em sua aula de dança todos os sábados, era
tão enlouquecedor vê-la pulando e rebolando ao redor. Ela honestamente fazia minha boca salivar, eu a desejava tanto. Seria ainda pior amanhã, porque eu havia colocado as mãos naquela bundinha empinada que estaria rebolando por aí. Eu fui direto para a cozinha, ajudando Jake com as bebidas e lanches como sempre. Amber provavelmente estava em seu quarto se arrumando para ficar inacreditavelmente bela, só para provocar-me novamente. Ela tinha insistido em flertar comigo usando seu lindo bumbum todos os dias na escola por causa da aposta estúpida. Cada dia ficava pior e pior enquanto ela inventava outra coisa. Ela estava ficando mais confiante agora. Ela sabia exatamente como ela me afetava, e definitivamente usava como vantagem. Não que eu me importasse, ela estava tendo uma boa diversão ao fazer isso, e vê-la se divertir me fazia feliz. Amber estava entrando cada vez mais no nosso relacionamento desde que ela tinha me dito que me amava, levando as coisas cada vez mais a fundo. Eu estava um pouco preocupado a principio. Eu não queria que ela pensasse que tudo o que eu queria era sexo, eu tinha dito que a esperaria, e esperaria o tempo que ela precisasse. Eu realmente a amava mais do qualquer coisa no mundo. Se eu soubesse que ela diria sim, eu a pediria para casar comigo agora mesmo, mas eu não queria a apressar ou a pressionar em qualquer coisa, nós tínhamos todo o tempo do mundo. Jake estava bem até agora também. Ele parecia gostar tanto do fato de Amber estar tão feliz, que ele não tinha me dado muito esporro por namorar com ela. Nós tínhamos trocado apenas algumas palavras depois
que ele descobriu sobre nós, mas nunca disse para Amber sobre isto. Eram basicamente apenas ameaças de decapitação e castração –eu sabia o que ele queria dizer. Não que importasse, eu não seria o que iria machuca-la ou terminar nosso relacionamento, isso definitivamente dependia dela. Tudo o que eu queria era cuidar dela e fazê-la feliz. Uma hora depois, as pessoas começaram a chegar à festa. Eu observei o corredor, esperando por ela. Normalmente, ela não saía do seu quarto até a festa estar cheia de gente, então eu sabia que eu tinha algum tempo. Eu vi Jessica andando e rosnei enquanto segurava o Casey, colocando-o na minha frente então ela não poderia me ver. Ela tinha me irritado muito toda semana com seu flerte, bem, todas elas tinham. Eu não podia acreditar que as meninas faziam essas coisas, e caramba, o que elas ofereciam era literalmente ir a qualquer lugar, a qualquer hora fazer qualquer coisa que eu quisesse. Eu nem queria pensar no que Jessica tinha me oferecido, a suja vagabundinha. Meu subconsciente vagou um par de vezes nas horas que tínhamos saído e feito sexo, eu estremeci com o pensamento. Casey estava rindo — Sério, Liam, fode alguma e acaba com isso. — Ele disse, rindo. Eu rolei meus olhos para seu comentário estúpido. — Tanto faz, a única com a qual eu estarei é a minha namorada. Eu não estou interessado em nenhuma delas. — Eu balancei minha mão com desdém enquanto algumas meninas me olhavam através da sala. Alguém agarrou minha mão, apertando delicadamente para ter minha atenção. Meu deus porque elas não podiam me deixar sozinho? — Olhe, eu não estou
interessado! Eu tenho namorada! — Eu gritei com raiva enquanto me virava. Minha respiração parou na garganta, Amber estava parada ali, em um vestidinho preto que era apertado em seu corpo e cheio de decotes, que ia até o meio de sua coxa. Seus cabelos estavam presos no alto e encaracolados, e seus olhos estavam brilhando com divertimento. Eu não conseguia respirar. Ela estava tão linda que era irreal. Tudo que eu conseguia fazer era ficar olhando para ela como um idiota. Oh merda, eu estava olhando! Oh, qual é, Liam, diga alguma coisa. Diga alguma coisa. Liam porra, diga ALGUMA COISA! — Hum... Oi, Anjo! — Eu murmurei, minha voz soando apertada. Uou, foi realmente fácil, Liam! Deus, eu era um idiota! Eu estava tão atento a ela que deve ter sido obvio para todo mundo. Ela sorriu, ela sorriu iluminando todo seu rosto. — Oi, Liam — Ela ronronou em sua voz sexy. Eu mentalmente gemi. Ok, seria aqui, ela finalmente iria me matar. Eu realmente não achava que eu poderia aguentar ela flertando comigo enquanto ela olhava assim. — Você está linda. — Eu disse sinceramente, olhando para ela toda novamente. Ela sorriu e fez um giro um pouco para o lado, fazendo o vestido subir um pouco. Meu coração começou a acelerar. — Você gostou? — Ela perguntou mordendo seus lábios. Se eu gostei? Ela estava brincando? Eu assenti e andei para mais perto. Eu podia sentir seu perfume
fazendo minha cabeça ficar um pouco confusa. — Eu amei. — Eu confirmei. Ela riu e se aproximou, pressionando seu peito no meu. Eu não pude não colocar as mãos em seu quadril, sentindo o material de seda sob meus dedos. — Você sabe o que? Eu acho que você iria gostar do que tem em baixo ainda mais. — Ela sussurrou na minha orelha. Eu apertei meu agarre quando ela tentou se afastar, segurando-a para mim apertadamente, não querendo deixa-la se afastar de mim. — Não brinque comigo hoje à noite, Anjo. Sério, você está tão gostosa, eu não poderei aguentar. — Eu supliquei. Ela riu e apertou a frente da minha camisa, me puxando impossivelmente mais perto dela. Eu olhei em seus olhos, sentindo-me ser arrastado. — Eu não estou brincando, Liam. A propósito, suas roupas ficam tão boas em você, mas eu tenho um pressentimento que elas pareceriam ainda melhor no chão do meu quarto mais tarde. — Ela disse calmamente, me fazendo gemer. Eu fechei meus olhos. Sério, ela estava me matando. Ela beijou minha bochecha e foi para longe rapidamente, indo em direção a multidão de pessoas, me deixando ali parado no meio da cozinha, me deixando com tesão como sempre. Eu me virei para Casey, que estava olhando para onde Amber foi também — Maldição, ela está gostosa hoje à noite. Eu acho que vou ver se consigo bater naquela bunda linda. — Ele disse, levantando sua sobrancelha enquanto ia atrás dela. Eu agarrei seu braço e sacudi minha cabeça, olhando para ele com advertência. — De jeito nenhum, Casey. Fique longe dela, ela está
comprometida. Ele me olhou curiosamente, então seus olhos se arregalaram. – Ela não é sua... – Ele pausou, me olhando chocado. Oh merda. Ops, agora ele sabia! Eu assenti lentamente. — Sim. — Eu confirmei. Eu dei um sorriso orgulhoso que se esticou pelo meu rosto, porque finalmente alguém sabia sobre nós. Ele caiu na gargalhada, sacudindo sua cabeça. — Jake vai tirar suas bolas quando ele descobrir. Sério, ele vai acabar com você seu idiota. Eu sorri e bati em seu ombro. — Ele já sabe. — Eu dei de ombros facilmente, sorrindo enquanto seu rosto ficava em choque. — De jeito nenhum! Ele não bateu em você? — Ele perguntou curiosamente. Eu ri e gesticulei para mim. — Parece que ele me bateu? — Eu perguntei, rindo. Ele repentinamente parecia irritado. — Todo esse tempo eu nunca pedi para ela sair comigo porque eu pensei que Jake iria cortar minhas bolas, e ele não fez nada? Merda, eu sabia que deveria ter pedido para ela sair comigo! — Ele resmungou, parecendo irritado. — Tarde demais agora. — Eu brinquei, batendo em seu ombro enquanto eu ia pegar uma bebida. Eu peguei dois shots de vodka e fui encontra-la para dizer-lhe que Casey já sabia. Eu nem me importei em dizer para ele não contar nada. Eu queria que soubessem. Eu não podia me importar menos com o dinheiro. Em alguns anos, quando eu estivesse jogando hóquei
profissional, isso iria parecer como amendoins e eu poderia dar-lhe o que ela quisesse. Eu a vi dançando com Kate e Sean do outro lado. Eu sorri e envolvi meus braços em volta da cintura dela, fazendo-a pular. — Hei, namorada. — Eu sussurrei na sua orelha. Ela sorriu sobre seus ombros enquanto ela esfregava sua bunda na minha virilha, fazendo-me gemer para ela novamente. Eu a puxei mais apertadamente para mim e dancei atrás dela, dei-lhe um dos shots. — Obrigada. — Ela sorriu agradecida enquanto
o virava,
estremecendo ligeiramente. — Então, eu tenho uma coisa para te dizer. — Eu admiti timidamente. Ela virou para me olhar. — O que é? — Ela perguntou, sorrindo. Sua expressão animada me disse que ela obviamente pensava que era alguma coisa boa. — Casey sabe que você é minha garota. — Eu disse quietamente, me dobrando perto dela para que ninguém pudesse ouvir. Ela suspirou. — Ele sabe? Como? — perguntou claramente chocada, enquanto ela olhava ao redor suspeitosamente. — Eu disse por acidente. Ele ia dar em cima de você, eu disse para ele ficar longe. — Eu admiti, sorrindo e desculpando-me, esperando que ela não me batesse por arruinar seus planos com a aposta de Jessica. Ela rolou seus olhos e deu um passo para mais perto. — Boca grande. — Ela repreendeu brincando, enquanto ela envolvia seus braços
em volta do meu pescoço, dançando comigo. Eu puxei-a para mais perto envolvendo-a em meus braços, amando a sensação do seu corpo contra o meu. Ela sorriu feliz. — Bem então, Liam, se as pessoas vão descobrir, nós devemos também dar um show a elas. — Ela flertou, levantando uma sobrancelha brincalhona. Que infernos significava isso? Ela riu e puxou meu rosto para o dela, me beijando arduamente. Eu ouvi pessoas suspirarem e começarem a falar apressadamente em volta de nós, mas eu não me importava. Eu estava beijando a garota dos meus sonhos e ela me amava. Eu a puxei, traçando minha língua em seus lábios, querendo mais. Depois de um minuto ou algo assim eu me afastei dos lábios e comecei a beijar seu pescoço, fazendo-a gemer quietamente. Eu sorri contra seu pescoço porque eu sabia que as pessoas estavam olhando. Finalmente! Sem mais fingimento, sem mais ouvir os caras falarem sobre ela e querer bater neles. Eu me afastei para olha-la, ela estava sorrindo para mim, tão gostosa e inacreditável. — Eu te amo, Liam. — Ela disse, seus olhos presos nos meus. Eu ouvi algumas pessoas suspirarem novamente. — Eu também te amo, Anjo. — Eu respondi, imediatamente. Eu sabia que as pessoas estavam falando de nós, e literalmente todo o salão estava nos olhando, mas eu não me importava. Tudo que eu podia enxergar eram seus lindos olhos e como eles estavam olhando profundamente dentro dos meus, me levando à loucura. Eu coloquei meus braços apertadamente ao redor dela, não querendo que o momento terminasse. Eu adorava como seu corpo incrível estava bamboleando
contra o meu, me deixando tão mal que era quase insuportável. Nós dançamos por aproximadamente uma hora. Eu nunca perdi tempo com ela nas festas, normalmente eu estava muito ocupado em certificar que nada acontecesse com a casa deles, porque Jake nunca aparecia ou ficava com alguma garota na parte de trás. Hoje era a melhor festa de todas, só pelo fato de segurar as mãos dela e beija-la. Até as meninas pararam de dar em cima de mim, o que era uma boa mudança. Eu saí com ela e com seus amigos. Kate era na verdade bem divertida, eu nunca realmente tinha falado com ela antes. Normalmente, as únicas vezes que ela falava comigo era para me flertar, então era estranho ter uma conversa normal com ela. Apenas depois da meia noite, Amber se pressionou contra mim. — Eu estou cansada, Liam. Quer me levar para a cama? — Ela perguntou, levantando suas sobrancelhas provocantemente. Oh merda, eu pensei que todo o flerte e provocação fossem parar quando as pessoas soubessem! Eu ri e rolei meus olhos. — Claro, Anjo. — Eu amaria envolver meus braços em seu corpo sexy agora. Ela sorriu e se virou para ir. Eu coloquei minhas mãos na cintura dela e a segui através da multidão de gente, para seu quarto. Assim que entramos ela virou para mim com seu rosto divertido e eu sabia que a provocação não tinha acabado ainda. Eu gemi quietamente. Caramba, eu amava aquela garota mais do que qualquer coisa, mas ela estava me deixando louco! Ela trancou a porta e se aproximou, pressionando seu corpo tonificado em mim. Suas mãos correndo pelo meu peito, lentamente,
fazendo ficar tão difícil que era embaraçoso. Certamente eu deveria ser imune a seu charme já? Quero dizer, eu sou apaixonado por ela ha doze anos, como inferno ela ainda podia me deixar louco assim? Ninguém se comparava ao meu Anjo, ela literalmente era a garota mais perfeita do mundo. Eu inclinei minha cabeça e a beijei, traçando minha língua ao longo de seus lábios macios, esperando para aprofundar o beijo. Ela entrelaçou suas mãos no meu cabelo e eu não pude resistir a coloca-la contra a parede, pressionando cada centímetro do meu corpo contra o dela. Ela gemeu no fundo de sua garganta e eu senti bolhas de felicidade subirem dentro de mim porque ela amava me beijar assim como eu amava beija-la. Eu curvei meus joelhos e envolvi-a apertadamente em meus braços enquanto eu a levantava, tirando-a do chão. Ela envolveu suas longas pernas ao meu redor enquanto ela desabotoava minha camisa lentamente; seus dedos se deliciando com minha pele, me fazendo arrepiar. Cada toque da Amber era incomparável. Todas essas garotas com quem havia dormido apenas para tentar esquecê-la, eram nada comparadas com ela. Eu desejava com todo meu coração que eu tivesse esperado e que ela fosse minha primeira, mas tudo parecia como a primeira vez com ela de qualquer forma. Cada toque era dez vezes melhor do que qualquer coisa que havia sentido antes, a cada lugar que sua pele me tocava, sentia como se me queimasse levemente, mas de um jeito bom. Ela me deixava tão nervoso. Eu não queria fazer nada que ela não quisesse, mas eu também estava assustado que não fosse capaz de agrada-la e não queria estragar tudo.
Saí do beijo, dando soprinhos no pescoço dela, lambendo o chupão que eu havia dado nela alguns dias atrás o tornando mais escuro. Eu amava aquela marca nela. Saber que ela era minha me deixava louco. Eu caminhei para a cama, deitando-a e engatinhando em cima dela enquanto passava minhas mãos por seu corpo. Quanto eu cheguei ao final do seu vestido, eu coloquei minhas mãos por baixo, traçando de volta para suas coxas torneadas, fazendo meu caminho maior assim eu poderia agarrar sua bunda. Eu não pude resistir e gemi ao senti-la. Saber que eu era o único que ela deixaria chegar perto assim, me fazia sentir o cara mais sortudo do mundo. Ela empurrou minha camisa sobre meus ombros e correu suas mãos sobre o meu peito. Quando ela chegou no meu jeans, ela imediatamente começou a desabotoa-los. Eu enrijeci levemente. Que inferno ela estava fazendo? Ela me rolou de costas e sentou, escarranchando-se, tão sexy que era irreal. Ela mordeu seus lábios, parecendo um pouco nervosa com alguma coisa. — Você está bem? — Eu perguntei curiosamente, massageando minhas mãos em suas coxas tranquilizando-a. Sobre o que na terra ela estava nervosa? Ela assentiu e segurou a ponta de seu vestido, tirando-o por cima de sua cabeça, sacudindo seus cabelos depois, fazendo-os caírem levemente em volta de seu lindo rosto. Eu olhei para ela, seu sutiã preto sem alças e para sua calcinha fio dental, e mil pensamentos sensuais estavam bombardeando de uma vez o meu cérebro. Eu a queria tanto que era irreal. Esse era o mais longe que tínhamos ido, eu já havia a visto de top, mas nunca quase pelada como agora. Ela era inacreditável. Ela se curvou e me beijou apaixonadamente, indo para trás para me
olhar, ainda parecendo um pouco nervosa, mas excitada ao mesmo tempo. — Você me quer, Liam? — Ela perguntou. Merda, era algum tipo de piada ou algo assim? — Anjo, eu te desejo desde sempre. Ela sorriu fazendo meu coração bater mais rápido. — Faça amor comigo. — Ela sussurrou, me beijando suavemente. Meu coração parou. Ela acabou de me pedir para... Não, de jeito nenhum, ela tinha dito outra coisa e então eu iria parecer um idiota quando pensasse do jeito errado o que ela havia dito! — O que? — Eu perguntei fracamente, colocando o cabelo dela atrás de sua orelha. — Eu estou pronta agora. Eu quero que você faça amor comigo. — Ela corou ligeiramente, parecendo ainda mais adorável por quão meiga e inocente ela era. Eu a rolei. Ela pensava que ia desistir por mim? Caramba, ela não acreditava quando eu falei que a esperaria? — Anjo, eu esperarei o quanto você quiser. Eu prometo que posso esperar. — Eu prometi, querendo que ela acreditasse em mim. Eu nunca mais poderia tocar em outra mulher novamente, elas apenas
não me
interessavam, elas
nunca me
interessaríam. Ela riu. — Bem, sinto muito Liam, mas eu não posso te esperar mais. Eu preciso que você esteja pronto agora. — Ela brincou, agarrando minha bunda.
Eu ri. Ela era tão divertida. — Oh, você não pode mais esperar por mim, ein? Isso não é muito justo. Você está meio que me pressionando a fazer. — Eu brinquei. Meu coração estava voltando ao normal agora que percebi que ela estava apenas brincando. Ela sorriu e passou suas mãos sobre meu peito novamente, então chegou em meus jeans e colocou sua mão dentro, acariciando-me através da cueca. Que inferno? Oh merda, ela não estava brincando? — Anjo, o que você está fazendo? — Eu perguntei sem ar. Merda, isso era bom! — Liam, pare de falar. — Ela sussurrou, me puxando para mais perto dela enquanto tirava meus jeans. Ok, eu ia fazer até ela me dizer para parar. Eu sabia que ela se sentia confortável o suficiente para me pedir para parar, o que eu amava. Eu amava que ela tinha fé em mim para não apressa-la ou a pressionar. Eu saltei, puxando para fora, esperando ela me parar. Eu estava tão nervoso que minhas mãos tremiam levemente. Seus peitos eram perfeitos. Eu inclinei minha cabeça, beijando tudo neles, fazendo-a arquear suas costas e gemer sem ar. Ok, isso era um começo, nunca fui tão longe assim com ela antes! Eu tirei meus jeans que estavam quase nos meus calcanhares e corri minhas mãos sobre seu corpo, parando quando cheguei na sua calcinha, minha mão roçando gentilmente, o que a fez elevar seus quadris tentando ter mais disso. Eu sorri fracamente enquanto a esfregava através de sua calcinha, fazendo-a gemer e com sua mão livre agarrar meu ombro levemente. Seus olhos estavam presos aos meus. — Faça amor comigo, Liam. — Ela sussurou.
Merda, Ela estava falando sério! Eu parei e me afastei, sem tirar meus olhos dela. Não tinha sinal de indecisão. Ela tinha feito sua cabeça. Tudo que via em seu rosto era amor, felicidade e desejo, e eu apostaria qualquer coisa que meu rosto parecia exatamente do mesmo modo. — Anjo, eu posso esperar. — Eu prometi novamente. — Sei que você pode, mas eu estou pronta agora. — Ela assentiu, me olhando suavemente. — Sua primeira vez não deveria ser especial? Em um hotel bom ou alguma coisa, com pétalas de rosas e com velas espalhadas? — Eu perguntei, franzindo. Eu poderia reservar um para amanhã a noite se ela realmente estivesse pronta. Ela sacudiu sua cabeça. — Será especial, Liam. Será a nossa primeira vez. Isso é especial o suficiente para mim. Por favor? — Ela implorou, correndo suas mãos nas minhas costas. Meu corpo estava regozijando-se com o pensamento de estar com ela, mas minha mente tinha que ter certeza que ela não estava fazendo isso pelas razões erradas. Eu nunca me perdoaria se ela lamentasse na manhã seguinte. — Não é pela aposta, é? — Eu perguntei curiosamente. Ela riu e sacudiu sua cabeça. — Eu não poderia me importar menos com a aposta. Eu confio em você, eu te amo, eu quero que você faça amor comigo. Eu senti meu coração pular enquanto eu ficava extremamente excitado e nervoso ao mesmo tempo, eu jurava que isso poderia me matar. — Eu também te amo, Anjo, mais do que qualquer coisa. — Eu me inclinei para beija-la suavemente novamente, sabendo que tinha que ir lenta e
gentilmente, eu só rezei a Deus para que isso não a machucasse muito. Eu corri minhas mãos pelo seu corpo, amando a sensação de sua pele suave sob minhas mãos enquanto eu a beijava apaixonadamente, mostrando o quanto eu a amava e queria. Eu enganchei meus polegares na sua calcinha, puxando-a lentamente para baixo, provocando-a, ficando ao redor. Ela estava afundando seus dedos nas minhas costas, sua respiração acelerada com excitamento, me deixando mais quente para ela. Eu beijei seu corpo descendo, correndo minha língua através de seus peitos e abaixo em seu estômago, pausando para morder um pouco abaixo do umbigo, fazendo-a gemer e elevar seu quadril. Eu sentei e puxei sua calcinha o resto do caminho para tirá-la e olhei para ela. Ela era a perfeição absoluta e total, deitada ali, nua e vulnerável. Eu sabia que nunca mais seria capaz de olhar para outra garota novamente sem compará-la com a visão do meu Anjo, enquanto ela apenas se deitava ali, corando. Ela estava obviamente embaraçada porque eu estava vendo-a nua pela primeira vez. — Você é muito linda, Anjo. — Eu sussurrei. Ela sorriu e agarrou atrás da minha cabeça, guiando minha boca de volta para a dela. Eu senti meu coração dilatar enquanto a beijava apaixonadamente, mostrando o quanto eu amava e me preocupava com ela, antes de me preparar para fazer amor com ela pela primeira vez.
***
Eu alisei o cabelo dela para fora de sua testa molhada. Ela estava
sorrindo para mim e parecia tão feliz que fez meu coração pular. — Eu te amo, Anjo. — Nos deitamos ali tentando diminuir as batidas dos nossos corações. Eu pressionei meu rosto na curva de seu pescoço, a beijando, sentindo a pulsação rápida contra meus lábios. Eu me sentia mais feliz do que nunca nessa vida. Depois de um minuto e tanto, eu saí de cima dela e rolei para o lado. Eu apertei meus braços nela, puxando-a para perto de mim, correndo meus dedos sobre seu corpo suado e nu, acariciando seus seios. — Sinto muito por tê-la machucado. — Eu disse calmamente. Eu me sentia péssimo por lhe causar dor, mas eu acho que todas as garotas tinham que passar por isso em suas primeiras vezes. Ela riu. — Liam, valeu totalmente a pena. —– Ela brincou, pressionando seu corpo contra o meu, aconchegando-se em meus braços. Eu ri. — Bem estou feliz que tenha gostado. — Eu afirmei, sorrindo para ela. Eu nunca tive queixas antes, mas eu nunca realmente me importei se a menina gostou antes. Normalmente, eu só fazia o que eu queria. Eu nunca realmente parei para pensar nisso – engraçado como isso era diferente com meu Anjo. Tudo com que eu me importava era ela, meus sentimentos eram secundários aos dela. — Eu definitivamente gostei. Você gostou? Quero dizer, eu não sabia o que fazer nem nada, eu deveria ter feito alguma coisa diferente? — Ela perguntou, mordendo o lábio, olhando para mim preocupada. Eu ri e beijei sua testa. — Anjo, isso foi a melhor coisa que já aconteceu comigo. Foi perfeito, você é perfeita, e eu te amo muito. — Eu prometi. Ela se aconchegou mais perto de mim, pegando minha mão e
entrelaçando nossos dedos. Ela suspirou contentemente e fechou seus olhos. – Eu também te amo, Liam. — Ela sussurrou, beijando meu peito gentilmente. Eu não pude conter a reação do meu corpo, eu comecei a ficar com tesão novamente. Ela estava tão perto e agora que eu a tive uma vez eu não podia ter o suficiente. Eu movi meus quadris para trás assim ela não me veria ficar excitado novamente. Foi sua primeira vez, ela acabou de se ferir então não precisava saber a reação do meu corpo a ela. Mas eu tinha me movido tarde demais, ela deve ter notado. Ela levantou sua cabeça e olhou para baixo. Ela olhou de volta para mim um pouco chocada. Eu sorri me desculpando e ela riu. — Sério? Já? — Ela provocou, enquanto seus dedos corriam para baixo em meu peito, me fazendo tremer. — Desculpa, vai baixar em um minuto. Você é tão sexy. Você deve descansar, senão vai ficar dolorida. — Eu disse um pouco timidamente. Ela levantou sua sobrancelha, um pequeno sorriso aparecendo em seu rosto enquanto ela me rolava, me montando, parecendo como uma deusa do sexo sentada em cima de mim. — Eu estou bem. Desta vez eu quero tentar, me diga se eu fizer algo errado. — Ela disse, me beijando apaixonadamente. Caramba, essa garota é maravilhosa!
Eu acordei cedo na manhã seguinte. Amber tinha que estar na aula de dança às oito e meia, agora eram apenas sete e meia. Eu não podia tirar o sorriso do meu rosto. A noite passada foi inacreditável, a melhor
noite de todas. Ouvi-la gemer meu nome era o melhor som do mundo. Ela se divertiu também o que tornou ainda mais especial para mim. Não tinha machucado-a tanto, bem, ela disse que não tinha de qualquer forma. Não deveria ter sido muito doloroso porque ela me fez fazer amor com ela novamente depois. Eu envolvi meus braços apertadamente em volta dela, amando sentir sua pele nua contra a minha. Eu apenas fiquei deitado ali, vendo-a dormir até seu alarme tocar. Ela era tão linda, honestamente era como eu imaginava que um anjo deveria parecer. Ela aconchegou-se perto de mim enquanto abria seus olhos, um pequeno sorriu apareceu em seu rosto enquanto ela me olhava. — Oi, namorado. Eu não pude não sorrir de volta. — Oi, namorada. — Ela envolveu seus braços ao meu redor enquanto suspirava contentemente. — Como você está se sentindo hoje? — Eu perguntei, passando meus dedos através de seus cabelos bagunçados. Ela sorriu. — Estou ótima, um pouco dolorida, mas extremamente feliz. — Ela afirmou, rindo. Eu rolei para cima, pressionando meu copo ao dela. — Um pouco dolorida, é? Eu poderia beijar para você melhorar. — Eu flertei. Ela mordeu os lábios, me olhando excitadamente. — Oh, você poderia, é? Eu assenti, sorrindo maliciosamente. — Oh, sim. — Eu sorri para ela antes de beijar o caminho até embaixo de seu corpo, mal capaz de conter minha excitação.
Capítulo 16 ~ Amber ~
Depois de finalmente acordar com Liam no sábado de manhã, eu literalmente não podia manter o sorriso fora do meu rosto. Ele foi tão incrível ontem à noite e foi melhor do que eu imaginei que poderia ser. Ele foi tão querido, paciente e tenro comigo, levando tudo calma e facilmente. Eu não podia pedir por um namorado mais amável. — Venha amante, vamos. — Eu ordenei, colocando uma calça de moletom e um uma blusinha, pronta para minha aula de dança. Ele agarrou minha cintura e beijou a minha nuca. — Ok. Mas por favor, tente não balançar muito essa linda bunda na minha cara, ou eu terei que arrancar essa calça sexy e tomá-la na frente de toda sua equipe. — Ele rosnou, mordendo meu pescoço gentilmente. Eu ri com aquele comentário. Ele nunca tinha me dito nada assim antes e eu corei como louca enquanto batia em seu ombro. — Saia do meu quarto, galinha. — Eu brinquei, empurrando ele para longe, rindo. Ele agarrou minha mão, me puxando para trás dele, sorrindo feliz. Eu não pude não olhar para a bunda dele enquanto ele caminhava na minha frente no corredor. Uou, ele tinha me feito uma pervertida também! A aula de dança foi ótima. Parece que eu finalmente tinha pegado a parte de levantar que eu tive problema na última semana, pelo menos eu não tinha caído de bunda muitas vezes. No momento em que terminamos
eu estava cansada e suando. Liam ficou sentado ali pacientemente observando como fazia normalmente, brincando com Justin. Ele parecia estar sorrindo mais do que o normal. Eu acho que era difícil para ele, esperar uma semana inteira por sexo, eu aposto que ele nunca fez isto na sua vida. Provavelmente estava satisfeito de finalmente conseguir ontem à noite, depois de toda provocação que eu tinha lhe feito recentemente. Espere, nós estávamos namorando apenas ha uma semana? Eu ri comigo mesma - uou, eu era uma puta. Eu dormi com um rapaz que eu estava namorando apenas ha uma semana. Eu pensei que nunca iria dizer isto! Parecia que tínhamos estados juntos por uma longa data, porque tudo era tão fácil e eu o conhecia por tanto tempo. Quando nós terminamos a dança, fomos para um cafezinho e compramos sanduiches, levando-os até o parque para comer. Liam sentou em baixo da sombra de uma árvore, abrindo suas pernas para eu sentar entre elas. Quando eu estava prestes a sentar, ele me parou. — Espere, Anjo. — Ele tirou seu casaco e colocou no chão para eu sentar em cima. — Obrigada. — Eu sorri agradecida, sentando e me inclinando de costas em seu peito, comendo minha comida. Como sempre, Liam engoliu sua comida e envolveu seus braços ao meu redor, balançando-me gentilmente enquanto eu terminava de comer. Eu nunca pensei que teria algo assim com um rapaz. O que quer que eu pensasse sobre namorar, isso me assustava muito porque eu nunca quis um homem me tocando assim. Depois do que meu pai me fez com todos aqueles toques, eu acho que fiquei um pouco assustada. Todo tempo eu pensava que nunca iria
querer um namorado, eu nunca percebi que eu já tinha o garoto perfeito, que era carinhoso, amável e me mantinha segura todas as noites. — Eu poderia ficar aqui para sempre. — Eu murmurei, fechando meus olhos, suspirando em contemplação. Ele beijou a lateral da minha cabeça. — Não lamenta dormir comigo então? — Ele perguntou. Eu me virei para olha-lo, fingindo pensar nisto. — Depende. Você vai me deixar agora que eu tenha cedido? — Eu brinquei. Ele sorriu para mim perversamente. — Humm, eu poderia. — Ele respondeu, me beijando gentilmente. Eu sorri contra seus lábios. — Bem, talvez eu deva chegar primeiro lá e chutar sua linda bunda. Poupar-me do constrangimento. — Eu sugeri, levantando uma sobrancelha, sorrindo para ele. Ele riu e deitou de costas, me colocando em cima dele, me segurando perto. — Se você chutar minha bunda eu vou te implorar até o dia que eu morrer para você voltar para mim. — Ele afirmou, correndo suas mãos nas minhas costas. — Implorar de joelhos? — Eu perguntei, rindo. Ele assentiu, me olhando gravemente. — Uhum, o que for preciso. Onde você for, eu estarei te seguindo, implorando por outra chance. Eu serei como um perseguidor obsessivo. — Ele brincou, rolando, assim eu estava embaixo dele. — Isso soa como uma dor na minha bunda. Talvez eu apenas fique contigo então. — Eu sorri, encolhendo os ombros.
Ele assentiu. — Bom plano. — Ele concordou, me beijando apaixonadamente, finalizando a conversa.
Depois de uma hora no parque nós fomos para casa para arrumá-la. Como sempre, o lugar estava uma bagunça. Jake já tinha começado. Nós tínhamos que fazer um bom trabalho desta vez porque mamãe iria estar de volta amanhã. Ela não tinha ideia que sempre tinha uma festa por semana. Eu até atraí Kate para ajudar na limpeza, mas para ser honesta, assim que ela chegou nenhuma de nós fez nada direito. Ela me seguia querendo saber todos os mínimos detalhes de ontem a noite – como ele era, como se parecia, e qualquer outro detalhe que você pudesse pensar. Eu me recusei a responder as questões mais pessoais, como quanto tempo ele durou, o quão grande ele era. Finalmente, nós limpamos e nos acomodamos com pizza e DVD. — Então, agora que esses dois são um par, Jake, sobra só eu e você. — Kate disse para meu irmão, sorrindo e flertando. Ele sorriu para ela. — Você é uma garota boa demais para mim, Kate. — Ele disse para ela, sorrindo perversamente. Ela riu. — E quem disse que sou uma boa garota? De qualquer forma, mesmo que eu fosse, você poderia me corromper. — Ela levantou uma sobrancelha, olhando para ele lentamente. Eu clareei minha garganta teatralmente, ganhando a atenção deles, — Pare. O filme começou. Sem flerte em filmes de terror, essa é a regra, vocês dois sabem disso. — Eu repreendi, tentando soar severa.
Jake me deu um sorriso agradecido. Eu rolei meus olhos. Ele realmente não se ajudava, ele tinha caminhado em direção a isto. Se ele não quisesse ela dando em cima dele porque entrava nisso? Aconcheguei-me mais perto de Liam, assistindo o resto do filme. Quando finalmente acabou, Liam foi para casa como normalmente fazia para continuar fingindo para seus pais. Com minha mãe vindo para casa amanhã, nós tínhamos que fazer parecer que ele ficava em sua casa. Eu não acho que minha mãe iria gostar de ouvir que o vizinho dormia com sua filha todas as noites. Eu o beijei famintamente na porta, antes de ir para meu quarto, decidindo me encharcar em um banho longo. Eu estava um pouco dolorida por ter feito sexo, e dançar por horas essa manhã deixara meus músculos um pouco tensos. Eu escorreguei para a banheira, fechando meus olhos, alegremente feliz. — Hei, você. — Liam disse da porta um pouco mais tarde. — Hei. — Eu cumprimentei, sem abrir meus olhos. — Outro banho gelado? — Ele perguntou, rindo. Eu sacudi minha cabeça e olhei para ele. Ele estava inclinado contra a soleira da porta, uma perna dobrada casualmente sobre a outra, seus braços cruzados sobre seu peito, um sorriso em sua cara. Ele parecia sexy como o inferno. — Na verdade, está quente desta vez. Quer entrar? — Eu ofereci. Ele pareceu um pouco chocado. — Sério? — Ele perguntou, ficando reto, parecendo ridiculamente ansioso. Eu ri e assenti em confirmação. — Sério. Mais rápido do que pensei possível, ele estava pelado e na banheira
atrás de mim, envolvendo seus braços ao meu redor.
Domingo passou incrivelmente rápido. Eu estava realmente feliz por ver minha mãe. Eu não a via ha mais de duas semanas. Ela não iria vir até a próxima semana, mas ela quis vir esse fim de semana ao invés. Agora era um pouco depois das seis horas, e ela chegaria a qualquer momento. Eu estava sentada no colo de Liam no salão, praticamente vibrando de entusiasmo. Quando eu ouvi seu carro parar lá fora, eu corri para a porta, gritando alegremente. Jake pulou na mesma hora que eu e me agarrou pela cintura, rindo enquanto ele me jogava no sofá. — Primeiro eu, anã. — Ele afirmou, correndo para porta na minha frente, me fazendo rir. Eu o segui para fora da porta e ataquei a minha mãe em um abraço. — Ei, Jake. Ei, Amber! — Ela piou, nos abraçando fortemente. Liam foi direto para o porta malas e pegou suas bagagens. Quando ela saiu dos abraços, estava rindo com lágrimas em seus olhos. — Eu senti falta de vocês. — Ela disse, nos beijando alegremente. — Ei, Liam. Tem um abraço para mim? — Ela perguntou, sorrindo. Ele riu e assentiu. — Sempre, Margaret. — Ele disse, abraçando-a. — Você esta ainda mais lindo. — Ela afirmou, apertando suas bochechas afetuosamente. Ele riu. — Eu não faço ideia quanto a isto. — Ele respondeu,
sacudindo a cabeça, sorrindo. Eu mordi meus lábios, ele definitivamente estava mais lindo na minha opinião. Minha mãe amava o Liam, ela sempre tinha amado. Ele passava muito tempo lá em casa, e desde que meu pai foi embora ela ficou ainda mais próxima de Pat e Rick, uma vez que ela tinha sido ―permitida‖ a se socializar. — Então, o que eu perdi? — Ela perguntou, envolvendo seus braços nos meus, andando em direção à porta, deixando os rapazes carregarem suas malas. Eu sorri sabendo que ela iria surtar quando eu dissesse sobre Liam. — Hum, não muito. Estou apaixonada. — Eu disse alegremente. Ela engasgou e me puxou para parar, olhando para mim tão chocada que eu tive que rir. — Você... Você o quê? — Ela gaguejou, me olhando com uma expressão aturdida. Eu sorri e a fiz entrar na casa, puxando-a para a cozinha. — Eu tenho um namorado. — Eu confirmei, sorrindo como uma pessoa louca. — Oh, Amber, eu nunca pensei que você fosse capaz! Estou tão orgulhosa de você, querida. Eu sei o quão difícil é para você deixar as pessoas se aproximarem. — Ela balbuciou, me abraçando, lágrimas brilhando em seus olhos novamente. Liam e Jake entraram, os dois se encostaram contra o balcão da cozinha. Liam me deu um pequeno piscar de olhos e eu sorri em resposta. — Bem, qual é o nome dele? Eu vou conhecê-lo enquanto estiver aqui? Oh, espere, o Jake sabe? — Ela perguntou, sussurrando a última parte, provavelmente pensando que ela tinha me metido em alguma encrenca com meu irmão mais velho super protetor.
Eu ri e olhei para Jake que estava no processo de olhar para Liam novamente. — Sim, mamãe, Jake sabe. — Eu confirmei, rindo. — Bem? Quem é? Como ele é? — Ela perguntou, sorrindo para mim emocionadamente. — Bem, a maioria das vezes ele é um pé no saco. Ele é arrogante e demasiadamente confiante. Mas no lado positivo, ele é extremamente gostoso. — Eu afirmei, olhando o rosto de Liam enquanto ele tentava não rir. — Parece não durar muito, Amber! Você não deve basear um relacionamento em como a pessoa parece! — Ela repreendeu, suas sobrancelhas juntas em desaprovação. Eu tive que rir. — Não se preocupe mamãe, eu irei chuta-lo quando sua aparência bonita desaparecer. — Eu brinquei. — É melhor você não fazer isto! — Liam avisou, movendo para meu lado, envolvendo seus braços em minha cintura. Mamãe olhou para mim e para ele algumas vezes, uma expressão chocada em seu rosto. Seus olhos vacilaram em Jake, sua expressão aturdida e confusa. Jake assentiu de alguma maneira relutante. De repente, ela começou a rir e sacudiu sua cabeça. — Eu deveria saber! Toda a provocação e essas coisas, eu não tinha percebido que era tensão sexual. — Ela disse, rindo ainda mais enquanto Jake rosnava com raiva. — Eu não quero saber! — Jake rugiu, cobrindo suas orelhas rapidamente, sacudindo sua cabeça enquanto todos nós riamos. Minha mãe me abraçou novamente. — Eu estou tão contente por
você, Amber. Ele é um rapaz ótimo. — Ela sussurrou. — Eu sei que ele é. — Eu concordei enquanto ela me deixava. Eu peguei a mão de Liam, pressionando meu lado contra o dele. Eu não pude não pensar que desejava leva-lo para meu quarto e ter suas mãos por todo meu corpo novamente, eu não tinha estado com ele desde esta manhã e parecia que tinha sido uma eternidade. — Parabéns, meninos. — Ela piou, sorrindo. Liam apertou minha mão, sorrindo feliz para mim, fazendo meu coração derreter. Minha mãe sorriu um pouco triste, olhando para Jake primeiro, depois para mim. — Gente, eu preciso falar com vocês sobre uma coisa. Tem uma razão para eu ter vindo uma semana mais cedo. — Ela admitiu, sua voz dura e séria. Jake enrijeceu e seu rosto ficou mais sério. — Nós não queremos vê-lo se é isso que você vai dizer. — Ele disse severamente, movendo para parar próximo de mim de um jeito protetor. Minha mãe sacudiu sua cabeça. — Não é assim tão simples. Eu não quero dizer isto, ele me colocou em uma maldita posição estranha e sinto muito. — Ela disse calmamente. Liam e Jake moveram para mais perto de mim inconscientemente, então eu estava completamente entalada entre os dois. Caramba, com quê eles estavam ficando tão preocupados? Ele não estava aqui agora! — Mãe, o que você quer dizer? Eu não vou deixar aquele idiota perto da Amber. — Jake rosnou raivosamente. Ela começou a chorar então eu empurrei os rapazes e envolvi meus braços em volta dela. Merda, isso era ruim. O que quer que fosse, ela realmente estava chateada. — Qual o problema? — Eu sussurrei,
desejando não chorar. Eu odiava ver minha mãe chateada, ela sempre foi a forte. — Eu preciso me sentar. — Ela disse quietamente, secando seu rosto rudemente, enxugando suas lágrimas enquanto ela respirava. Eu a segui para a sala, sentando no sofá, mal sendo capaz de respirar. Pensando nos dois voltando, ele querendo voltar, ele mandando nos ver, até mesmo ele querendo nossa custodia, todos esses pensamentos estavam zunindo no meu cérebro tão rápido que faziam-me sentir doente. Liam sentou do meu lado, envolvendo seus braços ao meu redor. Pressionei-me contra ele por suporte, esperando ela falar. — Seu pai se mudou para a cidade. — Ela disse calmamente. Jake pulou do acento. — Filho da puta! Eu disse para ele ficar longe! — Ele gritou com raiva, parecendo como se ele quisesse esmurrar alguma coisa. Mamãe assentiu. — Jake, ele quer conhecer vocês novamente. Ele disse que sente muito e que mudou. Ele quer que vocês o deem outra chance. — Você quer dizer que ele quer outra chance de tentar abusar da Amber? — Jake gritou. Eu estremeci enquanto as memórias voltavam. Os braços de Liam apertaram ao meu redor, suas mãos fechando em seus punhos. Minha mãe sacudiu sua cabeça, olhando para ele suplicante. — Jake, eu não gosto nada mais do que você, então, por favor, pare de gritar comigo! Eu odeio que eu é que tenho que dizer isto para vocês, mas não é minha culpa. — Ela disse, chorando novamente agora.
Jake suspirou e sacudiu sua cabeça, se ajoelhando na frente dela e puxando ela para um abraço. — Desculpa. Eu não deveria estar colocando isso em cima de você. — Ele disse, ainda soando com raiva. Eu pressionei meu rosto no ombro de Liam, respirando. Eu o senti colocar os lábios no meu pescoço, e me concentrei em sentir sua respiração tranquilizadora
descendo
pelas
minhas
costas,
tentando
desesperadamente não surtar. Depois de um minuto de silêncio, Jake falou. — Porque ele voltou? Porque você não falou para ele que não o queríamos ver? — Ele perguntou. Ela fechou seus olhos e sorriu tristemente. — Ele se casou novamente. Ele tem um filho que tem um ano, ele é meio-irmão de vocês. Aparentemente, a mulher que ele casou já tinha um filho. Ele tem dezessete. Seu pai quer que vocês conheçam sua nova família. — Ela disse, zombando ligeiramente para o ―nova família‖ no final. Que merda, eu tinha um irmãozinho, e um meio irmão? Jake pulou. — Aquele desgraçado devia ter sido castrado! Ele não deveria ter permissão de ter mais filhos! — Ele chorou, passando suas mãos por seus cabelos. — Eu precisei vir hoje e falar com vocês porque o rapaz mais velho, Johnny é o nome dele. Ele vai começar a estudar na escola de vocês amanhã. Ele sabe sobre vocês dois. — Ela disse olhando para mim, se desculpando. Jake bateu fortemente na mesa de café, enviando-a para longe. Liam pulou e parou na minha frente protetoramente enquanto Jake gritava profanidades e chutava a mesa de novo e de novo, provavelmente
machucando seu pé. Eu me levantei e passei por Liam, batendo em sua mão quando ele tentou me parar de chegar mais perto do meu irmão. Eu agarrei o braço de Jake, fazendo-o parar e olhar para mim. Seu rosto era pura raiva e eu achava que se meu pai estivesse aqui, ele estaria morto. O homem realmente precisava ficar bem longe de Jake. Eu envolvi meus braços ao redor dele, sabendo que eu precisava acalma-lo antes dele se machucar. O único jeito de acalma-lo quando ele estava louco como agora era fazê-lo pensar que eu estava aborrecida, isso normalmente fazia ele sair de sua raiva bem rápido. — Jake, pare. Você esta me assustando. Por favor? — Eu sussurrei, agarrando-me a ele para salvar sua vida. Ele estava tremendo de raiva enquanto envolvia seus braços ao meu redor. — Tudo bem. Shh, tudo está bem. Desculpa. — Ele murmurou, acariciando minhas costas, sua natureza superprotetora era mais forte que ele. — Desculpa. — Minha mãe murmurou, soluçando atrás de nós. Eu saí dos braços de Jake e fui sentar ao lado dela. — Tudo bem, mamãe. Nada disso é sua culpa. Nós vamos pensar. Nem eu nem Jake queremos vê-lo, então nós apenas não vamos vê-lo. — Eu afirmei, fingindo que seria assim tão fácil. — E quanto a esse garoto, Johnny e seu meio-irmão? Ele vai estar em sua escola amanhã. Ele sabe quem você é, mas não sabe do que aconteceu antes. Seu pai me disse que sua nova família pensa que vocês não o querem ver por causa do término do nosso casamento, nada mais. — Ela disse sacudindo sua cabeça.
Jake riu sem humor. — Sim, porque o bastardo covarde iria falar para sua nova esposa que ele batia em sua antiga família antes de finalmente tentar abusar de sua própria filha? Nada que você pudesse trazer em uma conversa normal não é? — Ele cuspiu porcamente. Eu estremeci novamente. Eu odiava a palavra abusar, é horrível. — Jake! Você vai parar de ficar falando nisto? — Liam chorou, olhando para ele furiosamente enquanto se sentava na minha frente, pegando minha mão. — Desculpa Ambs, Eu não pensei. — Jake murmurou se desculpando. Eu sacudi minha cabeça e simulei um sorriso. — Tudo bem, Jake, não se preocupe. — Eu sacudi minha mão com desdém, fingindo que eu não fui afetada por toda a situação. — Qual o nome do bebê? — Eu perguntei para mamãe, querendo saber do irmãozinho que agora eu tinha. Ela sorriu triste. — Matt. Eu sorri. Matt. Era fofo, eu gostei. Eu podia sentir a parede da histeria em mim e sabia que eu precisava ficar por minha conta. — Bem, não tem muito que possamos fazer sobre isso agora, eu acho. Nós teremos que ver como esse rapaz, Johnny, é amanhã. Mas eu não quero fazer mais nada com aquele homem novamente. — Eu afirmei com naturalidade enquanto me levantava. — Eu vou me deitar. Eu estou com dor de cabeça. — Eu disse enquanto começava a me afastar. Eu precisava sair daqui antes que tivesse uma pane em frente ao Jake – isso apenas o deixaria louco novamente.
Liam agarrou minha mão. — Quer companhia? — Ele perguntou calmamente, olhando para mim com a carinha de cachorrinho. O maldito garoto sabia que eu não conseguia dizer não para aquela cara. — Sim, tudo bem. — Eu assenti levemente e comecei a me afastar em direção ao meu quarto. — Eu estarei lá em um minuto. Eu só vou ajudar Jake a limpar a mesa. — Liam disse, acenando em direção a bagunça de madeira quebrada que costumava ser nossa mesa de café. Eu assenti e me afastei rapidamente. Eu podia os ouvir sussurrar atrás de mim, eu sabia que eles estavam falando de mim, mas eu apenas não podia importar-me. Eu me curvei em uma bola na minha cama e solucei enquanto pensava. Meu pai estava na cidade e queria nos ver novamente. Ele tinha uma família nova. Eu não podia não pensar se ele os tratava bem e os amava, e se ele os tratava bem e os amava, porque ele tinha feito isto conosco? Porque ele não nos amava? Alguns minutos depois Liam entrou, envolvendo seu corpo ao meu redor, me deixando soluçar em seu peito até eu cair no sono. A última coisa que passou pela minha mente foi que eu sabia que tudo na minha vida era imperfeito. Eu sabia que eu não podia ter esperanças em ter um final feliz. Eu nunca teria um final feliz.
~ Liam ~
— Qual o nome do bebê? — Amber perguntou para sua mãe
curiosamente. Ela estava tão calma. Eu sabia que isso provavelmente a estava matando por dentro, mas ela estava entrando em ação – provavelmente para o bem de Jake. Seus olhos estavam cerrados, sua mão estava segurando a minha um pouco apertada demais, para ela estar bem. — Matt. — Margaret respondeu, parecendo triste. Amber sorriu. — Bem, não tem muita coisa que possamos fazer sobre isto agora, eu acho. Nós teremos que esperar para ver como esse rapaz Johnny é. Mas eu não quero fazer nada com aquele homem novamente. — Ela afirmou, como se não importasse que o homem que bateu nela, abusou dela sexualmente por anos, e finalmente tentou estuprá-la, tinha voltado e queria vê-la novamente. Ela se levantou e largou minha mão. Eu instintivamente pulei também. Jake ainda estava muito bravo, eu sabia que ele não iria machucar Amber de propósito, mas se ele ficasse louco ela poderia ficar machucada por acidente, então eu precisava estar ali no caso. — Eu vou ir me deitar. Estou com dor de cabeça. — Amber murmurou, caminhando com lágrimas em seus olhos. Isso era ruim, ela iria surtar em qualquer minuto eu poderia dizer isso por como seus ombros estavam se curvando levemente. Eu peguei sua mão. — Quer companhia? — Eu perguntei, rezando para que ela não me expulsasse. — Sim, ok. — Ela concordou de leve e andou sem esperar por mim. Eu precisava falar com Jake primeiro, ter certeza que ele não iria sair por ai sem mim ou qualquer coisa. — Eu estarei lá em um minuto. Eu só vou ajudar Jake a limpar a mesa. — Eu menti, acenando para a
bagunça de madeira quebrada pelo chão. Ela assentiu e saiu rapidamente. Eu a assisti andar pelo corredor antes de me virar para Jake. — Não se atreva a ir lá sozinho. Estou falando sério, Jake. Se você quiser ir, então eu irei com você. — Eu sussurrei para ele avisando-o. Ele franziu, mas assentiu relutantemente. — Eu não irei a menos que precise. Se ele não se aproximar de nós então eu não farei nada com ele. Se ele vier a qualquer lugar perto dela, eu irei matá-lo. — Ele rosnou. Eu assenti, sabia que ele mataria, eu podia dizer por seu rosto. Stephen Walker era um pedaço de merda, porque se Jake não o matasse, então eu mataria se ele chegasse perto do meu Anjo. — Escute, eu preciso ir lá e me certificar de que ela está bem. Eu irei falar contigo depois disso. Não faça nada estúpido, Jake. — Eu disse severamente. Ele assentiu e eu praticamente corri pelo corredor para o quarto dela. Eu entrei no quarto e ela estava curvada como uma bola na sua cama, soluçando seu coração para fora. Eu odiava vê-la assim, isso trazia lembranças de quando eu costumava vê-la assim todas as noites desde que ela tinha oito anos. Vê-la assim quebrava meu coração. Eu deitei na frente dela e envolvi meus braços ao seu redor, jogando minhas pernas nas dela, puxando-a para perto de mim enquanto eu descansava meu queixo no topo de sua cabeça. Se ele tocasse nela novamente eu iria matá-lo. Eu não a deixaria viver com medo de um homem. Eu não me importava se eu acabasse sendo preso por isto – contanto que ela estivesse em segurança, era tudo o que eu precisava. Depois de uma meia hora de soluços histéricos, sua respiração suavizou. Eu me afastei lentamente e olhei para ela. Ela parecia estar
dormindo. Seu rosto estava vermelho e ofegante, estava sujo com lágrimas, mas ela ainda conseguia ser a garota mais linda do mundo. Eu beijei sua testa gentilmente e sequei suas lágrimas, me desenrolando dela o mais delicadamente que eu consegui. Saí do quarto e encontrei Jake sentado no sofá, sua mãe estava na cozinha fazendo o jantar. Eu sentei perto de Jake, deixando meu olhar vaguear sobre seu rosto. Ele parecia estressado. Eu não o via assim ha alguns anos. A última vez que o vi assim foi quando seu pai entrou em contato dois anos atrás, quando tínhamos dezesseis. Isso foi um ano depois de o termos chutado e expulsado. Aparentemente, Stephen queria vê-los novamente para fazer reparos, ou foi o que ele disse de qualquer forma. Jake tinha surtado como fez mais cedo, e em termos diferentes disse para seu pai que se ele chegasse perto de Amber novamente, ele seria cortado em pedaços. Foi sorte que essa conversa aconteceu pelo telefone, de outra maneira aquele imbecil estaria se revirando em algum caixão agora. — Tudo certo, Jake? — Eu perguntei, pegando seu ombro, apertando afetuosamente. Ele suspirou e assentiu. — Ela está bem? — Ele perguntou quietamente. Eu sacudi a cabeça. — Não. — Eu admiti tristemente. Estremeci quando seu rosto endureceu. Eu odiava ver Jake com tanta raiva. — Ela está dormindo agora, entretanto. — Você tem que me ajudar, Liam. — Ele murmurou, fechando seus olhos.
— É claro. — Eu concordei, assentindo rapidamente. Eu faria qualquer coisa para manter meu Anjo a salvo, qualquer coisa no mundo. — Eu não quero vê-la sozinha. Um de nós precisa ficar com ela todo o tempo. Você pode ficar com ela enquanto eu saio para trabalhar durante a semana? — Ele perguntou, olhando para mim esperançoso. Eu sorri um pouco culpado. — Eu sempre fiquei, Jake. Não se preocupe. Tudo vai ficar bem. Ela vai ficar bem. — Eu sorri, tranquilizado-o. Eu nunca deixaria algo machuca-la. Eu deixei isso acontecer quando éramos crianças e nunca me perdoei por isso. Digo, se eu apenas tivesse dito alguma coisa para meus pais, talvez isso houvesse parado antes de ter ido tão longe. Ele assentiu. — Sim, eu sei. Escute, sobre amanhã, eu não sei como ela vai reagir a esse garoto Johnny. Eu sei que ele não sabe de nada, mas e se ele começar a perguntar a ela porque nós não o vemos? Ele pode chatea-la na escola. Ela odiaria isso. Ela terá anos disso agora. — Ele disse tristemente. — Jake, nós teremos que ver como isso vai rolar. — Eu tomei fôlego e decidi dizer para ele o que eu tenho pensado desde que sua mãe disse que o idiota tinha voltado. Eu não tinha certeza de como Jake reagiria a minha sugestão. Esperançosamente ele veria que eu estava pensando nela. — Você sabe que eu vou para a faculdade em alguns meses. Bem, eu vou recusar minha bolsa de estudo para Boston e vir para uma faculdade mais próxima daqui então eu poderia ficar com ela, mas se o pior vir a acontecer, eu a levarei comigo para Boston. Ela pode se transferir de escola. — Eu sugeri, encolhendo os ombros, esperando sua reação.
Eu vinha pensando muito nisso nos últimos meses, desde que eu recebi a carta. Aquela faculdade era ótima para minha carreira, mas eu não queria ir. Eu não queria deixar Amber antes mesmo de ficarmos juntos, mas eu nem mesmo acho que eu sobreviveria agora que finalmente a tinha. Eu estava pensando em ou ir à uma faculdade local, ou ver se ela queria ir comigo para Boston. O problema é que Amber tinha só dezesseis anos, então eu tinha certeza que iria ter que optar pela primeira opção e ficar com ela. Agora que toda essa situação tinha vindo, eu estava pensando em perguntar se ela gostaria de vir comigo. Eu podia tirá-la de tudo isto. Nós poderíamos ter um começo novo, um no que ela não se lembrasse dele a cada dia, onde ela não precisaria se preocupar em colidir com ele todas as vezes que saísse de casa. Eu esperava que Jake ficasse louco comigo só por sugerir que eu poderia leva-la para longe dele, me surpreendeu quando ele não ficou. Ele apensa assentiu. — Obrigado, cara. — Ele disse tristemente. — Eu vou perguntar se eu posso ficar aqui hoje à noite. — Eu disse, levantando e me dirigindo à cozinha. Margaret ainda estava aborrecida, seus olhos estavam vermelhos de chorar. Ela sorriu tristemente quando me viu. — Ela está bem, Liam? — Ela perguntou, olhando para o corredor como se estivesse esperando-a aparecer. Eu assenti. — Ela está aborrecida, mas está dormindo agora. Margaret, você acha que eu poderia ficar com a Anjo esta noite? Não faremos nada, eu juro. Eu só quero estar ali quando ela acordar. — Eu implorei. Eu iria ficar em seu quarto independentemente. Eu só pensei
que faria as coisas mais fáceis se todos soubessem que eu estava ali. Ela se aproximou e me abraçou apertadamente. — Você é um bom rapaz, Liam, você sempre foi. — Ela disse com lágrimas em seus olhos. — Isso é um ―Sim, você pode compartilhar a cama com minha filha, Liam‖? — Eu brinquei, tentando aliviar o clima. Funcionou, ela riu. — Sim, tudo bem. – Ela assentiu, rolando seus olhos e fungando audivelmente. Eu beijei sua bochecha. — Tudo vai ficar bem. Jake e eu vamos cuidar de tudo. — Eu prometi enquanto a abraçava. Ela assentiu. — Eu sei que vão. Apenas cuide de Jake para mim também. Eu tenho um pressentimento de que ele vai fazer alguma coisa estúpida e se meter em problemas. — Ela disse, franzindo. — Cuidarei dele. Não se preocupe com nada. — Eu sorri e acariciei suas costas gentilmente. — Eu vou buscar algumas roupas e coisas para mim. Eu não demorarei. — Me virei e praticamente corri para minha casa, tentando ser o mais rápido que conseguia. Minha mãe estava passando roupas na sala. — Ei, mãe. Eu vou ficar com Anjo hoje à noite. — Eu a informei enquanto passava sem esperar uma resposta. Eu joguei roupas novas e meus livros da escola dentro da bolsa antes de voltar para ver minha mãe. Eu não a via desde sexta de manhã quando eu saí do meu quarto, fingindo que passei a noite ali como normalmente. — Como você e a Amber estão indo? — Ela perguntou, sorrindo feliz. Eu sorri, pensando em quão bom estávamos antes de tudo isso
acontecer uma hora atrás. — Maravilhoso. Realmente perfeito. — Eu admiti. Ela sorriu para mim feliz. — Vocês dois estão sendo cuidadosos, certo? — Ela perguntou, olhando para mim em advertência. Eu sorri e assenti. — Sim mãe, meu Anjo esta tomando pílula. — Eu afirmei, rolando meus olhos. Ela nunca me perguntou sobre minha vida sexual antes e agora repentinamente ela estava interessada? — Olhe, eu preciso ir. Margaret está de volta e está fazendo o jantar. Eu apenas voltei para pegar minhas roupas. — Eu coloquei a mochila nos meus ombros, olhando para a porta com saudades. Eu apenas queria voltar para lá o mais rápido possível em caso dela acordar. Minha mãe me olhou curiosamente. — Margaret está em casa e ela está deixando você ficar com Amber? — Ela perguntou, parecendo um pouco chocada. Eu sorri, sabendo que sob circunstâncias normais Margaret me chutaria apenas por pedir para ficar, mas com tudo que estava acontecendo ela não parecia se importar. — Sim, ela disse que estava tudo bem. — Eu beijei sua bochecha. — Eu te vejo amanhã à noite lá pelas nove quando Jake chegar em casa do trabalho, ok? — Eu falei sobre meus ombros enquanto andava em direção à porta. Ela suspirou dramaticamente. — É bom te ver, Liam. — Ela disse sarcasticamente. Eu ri. — Te amo, mãe. — Também te amo. — Ela falou, enquanto eu fechava a porta.
Eu corri de volta para Amber o mais rápido que pude, ela ainda estava dormindo na mesma posição. Eram apenas sete e meia, talvez ela dormisse a noite toda. Eu deitei perto dela novamente. Eu a envolvi em meus braços e fechei meus olhos, tentando pensar em qualquer coisa menos a pior memória da minha vida. A imagem de entrar lá e ver seu pai tentando força-la enquanto ela deitava lá, machucada e sangrando no carpete da sala. Depois que ele foi embora, ela admitiu que seu pai a vinha tocando desde que ela tinha cinco anos. Depois dessa confissão, ela nunca falou disso novamente. Acho que ela enterrou isso lá dentro dela e meio que fingia que isso nunca aconteceu ou algo assim – como negação eu acho. As únicas vezes que você via efeitos disso, era quando as pessoas a tocavam e ela entrava em pânico. Um tempo mais tarde, Jake trouxe dois pratos de comida. Ele olhou para Amber com uma expressão triste em seu rosto. — Você acha que devemos acorda-la para ela comer ou algo assim? — Ele sussurrou. Eu sacudi minha cabeça. — Não, vamos deixá-la dormir. Se ela acordar com fome então eu farei algo para ela. — Eu disse quietamente, enquanto comia minha massa, faminto. Ele sentou no canto da cama apenas olhando-a dormir por um tempo. — Ela vai ficar bem, Jake. — Eu prometi. Ele suspirou e assentiu. — Sim, eu sei. Boa noite, Liam. — Ele sorriu tristemente enquanto pegava meu prato vazio e o prato intocável de Amber e saiu do quarto. Eu me envolvi ao redor dela e a assisti dormir até não conseguir ficar mais acordado.
Capítulo 17 ~ Amber ~
Quando eu acordei na manhã seguinte minha cabeça estava dolorida. Eu gemi. Eu não queria uma dor de cabeça em cima de qualquer coisa que fosse dar errado hoje. Liam ainda estava dormindo então eu saí da cama, tentando não acordá-lo. Eu fui em direção ao meu banheiro para tomar banho. Eu estava sob o chuveiro, tentando desesperadamente não chorar enquanto pensava no meu pai e sua ―nova família‖. O que na terra eu iria falar para o rapaz, Johnny? Eu suspirei e saí do banho, me envolvendo na toalha. Silenciosamente, eu tentei me convencer que o rapaz Johnny provavelmente nem mesmo iria querer falar comigo hoje, e eu estava me preocupando com nada. Não era culpa desse rapaz que meu pai se casou com sua mãe e o fez se mudar para cá. Inferno, ele provavelmente precisaria de um amigo agora porque ele provavelmente deixou tudo e todos que ele conhecia para trás. Caminhei para a cama e olhei para Liam. Ele parecia tão tranquilo que eu quase não queria acordá-lo. Sentei no canto da cama e peguei sua mão, sabendo que nós tínhamos que ir para a escola. — Liam? — Eu sussurrei. Ele acordou quase pulando, o que não era dele, ele normalmente demorava um tempão para acordar. — Ei. — Ele sentou e olhou para mim tristemente.
Eu sorri tranquilizando-o. Ele estava preocupado comigo eu podia dizer. — Oi. — Eu respondi, me movendo na cama com ele e o puxando para baixo comigo. — Estou bem. Pare de se preocupar. — Eu prometi, suavizando as linhas de expressão de sua testa. Ele suspirou e sacudiu a cabeça. — Eu estou aqui se quiser falar comigo. Você sabe disto, certo? — Ele perguntou, me olhando intensamente. Ele realmente era muito adorável comigo algumas vezes, eu não merecia isto. — Eu sei Liam, mas estou bem. Vamos apenas acabar com isso e ver o que esse rapaz fala hoje. — Eu sugeri, encolhendo os ombros. Ele inclinou sua cabeça e beijou cada pedacinho do meu rosto, me fazendo rir antes de empurrá-lo em direção ao chuveiro.
Quando chegamos no estacionamento da escola uma hora depois, Kate veio pulando para o lado do carro com um sorriso enorme em seu rosto. Ela puxou a porta do carro. — Eu oficialmente estou apaixonada! — Ela anunciou para mim orgulhosamente. Eu
ri.
—
Sério?
Ok,
bem...
Parabéns.
—
Eu
respondi
sarcasticamente, enquanto rolava meus olhos. Ela riu. — Estou falando sério. Tem um novo rapaz que começou hoje, e ele é gostoso! — Ela abanou seu rosto dramaticamente. Eu parei no meio do caminho, eu apostava que era ele, meu novo meio irmão. Bem, era tão perfeito, agora Kate iria ficar toda apaixonadinha por ele e eu seria forçada a sair com ele. Ótimo, uma maravilha. — Cara novo? — Eu perguntei calmamente. Liam acariciou sua mão
nas minhas costas gentilmente. — Oh, inferno, sim! Você deveria vê-lo, ele é atraente. Mas você tem Liam então eu o vi primeiro. — Ela disse, sorrindo e pulando ao meu lado. — Eu ainda não sei o seu nome ainda, mas Sr. Gostosão cai bem para ele. — Ela levantou suas sobrancelhas para mim e eu não pude não rir. Jake jogou seus braços ao redor dos ombros dela. — Você sabe, eu não estou acostumado a você não me querer, Kate. Não tenho certeza se eu gostei desse novo comportamento. — Ele afirmou, lançando para ela seu sorriso de flerte. Ela suspirou sonhadoramente. — Eu sempre te quis Jake, só que tem carne nova no pedaço. Eu acho que você vai ter que se esforçar de agora em diante. — Ela provocou, piscando para ele enquanto tirava os braços dele de cima dela. Ele pareceu genuinamente chocado e um pouco irritado. — Então, eu preciso descobrir tudo sobre ele, quer me ajudar? — Ela perguntou, lançando seus braços nos meus. Inferno não, eu não podia. — Seu nome é Johnny. — Eu disse para ela, encolhendo os ombros e tentando parecer casual. Ela riu. — Instinto psíquico? Você acabou de chegar, como sabe que seu nome é Johnny? — Ela perguntou, sacudindo sua cabeça, parecendo se divertir. — Ele é meu meio irmão. Ela parou de caminhar e olhou para mim, chocada. — Você está brincando. — Ela engasgou, com olhos arregalados.
Eu sacudi minha cabeça. — Aparentemente, meu pai casou novamente, e sua mulher já tinha um filho. Se foi ele que você viu, então ele tem dezessete e seu nome é Johnny. — Eu disse, dando de ombros como se não fosse grande coisa. Ela guinchou e prendeu seu braço no meu animadamente. — Isso é ótimo! Você pode me apresentar e eu terei todas as vantagens sobre as vadias. — Ela sorriu de orelha a orelha. — Eu não o conheço. Eu não posso te apresentar. — Eu respondi quietamente. Eu realmente não a queria toda apaixonada por ele. Eu queria manter distância de tudo que remotamente me conectava ao meu pai. — Você é uma baita gananciosa, Amber! Sério, o cara mais gostoso como namorado, o segundo mais gostoso como seu irmão e um terceiro é seu meio irmão? — Ela chorou, olhando para mim com uma raiva simulada. Eu estava prestes a responder quando Jessica e três das suas clones vieram, todas olhando para Liam famintas. Eu não pude não rir enquanto os braços de Liam envolveram minha cintura. — Ei, Jessica. Você está com meu dinheiro? — Eu perguntei, sorrindo. Ela zombou para mim. — Sim, certo. Até parece, garota emo. — Ela se virou para Liam e sorriu sedutoramente, fazendo seus braços apertarem minha cintura. — Você não dormiu com ela, dormiu querido? — Ela ronronou confidentemente. Eu ouvi Jake rosnar atrás de mim. — Eu não quero ouvir isso! Eu vou para o meu armário. Ambs, se precisar de mim hoje, me chame.
Deixarei meu celular ligado. — Ele disse, enquanto saía rapidamente. — Então, querido? — Jessica perguntou, colocando suas mãos no braço de Liam. Ele sorriu e deu de ombros. — Um cavalheiro nunca conta. — Ele afirmou, beijando a lateral da minha cabeça. Eu ri. — Bem, isso não ajuda muito com toda a coisa de reivindicar o dinheiro, amante. — Eu provoquei, rolando meus olhos. Ele suspirou dramaticamente. — Ótimo. Jessica, você deve para a Anjo quatro mil dólares. — Ele disse, olhando para mim amorosamente. Ela carimbou seu pé no chão e eu não pude não rir. — Como você pôde fazer isto comigo? — Ela quase gritou para Liam. — Era para você estar comigo! Você não pode dormir com uma putinha! — Pessoas estavam parando para assistir enquanto o rosto dela ficava cada vez mais vermelho. Talvez ela tenha se esquecido de respirar. — Jessica, nós saímos duas vezes. — Liam contou, parecendo desconfortável. — Eu não me importo quantas vezes saímos! Eu sou a líder de torcida! Era para estarmos juntos. Não era para você estar com alguma aberração de cabelo castanho e olhos verdes. — Ela gritou, balançando sua mão para mim desagradavelmente. Não pude não rir. Aberração de cabelos castanhos e olhos verdes? De onde diabos veio isto? — Uou, Jessica, seja cuidadosa, teremos uma matilha aqui se sua voz ficar mais alta. — Eu brinquei, rindo. Ela virou sua raiva contra mim. — Você! Você roubou meu
namorado! Eu era a namorada secreta e você dormiu com meu homem. — Ela gritou, apontando para mim acusatoriamente. Kate caiu na gargalhada perto de mim. Ah não, ela não iria por aí! Eu parei perto de Jessica, olhando para ela em advertência. — Sim, eu dormi, e uou, ele foi bom. Eu posso pegar em dinheiro, ou um cheque com um cartão de garantia bancária, o que for melhor para você. Oh, e Jessica, se você gritar comigo assim novamente eu irei quebrar sua cara. Você me entendeu? — Eu rosnei, com raiva. Ela se encolheu para longe de mim um pouco. Eu agarrei a mão de Liam e o puxei em direção a escola, com Kate andando ao meu lado, se matando de rir — Você deveria ter esbofeteado ela. Eu amaria ver isto. — Kate piou feliz. Sarah e Sean vieram correndo. — Você venceu a aposta? — Sarah chorou com olhos arregalados. Uou, as novidades corriam rápido nessa escola! Liam riu e me beijou, emaranhando seus dedos no meu cabelo. — Melhor eu ir. Isso te dará tempo para fofocar sobre mim antes da aula. — Ele disse, sorrindo para mim. — Te amo, Anjo. — Ele me beijou gentilmente, antes de sair rapidamente em direção ao seu armário. Eu parei, enchendo meus amigos sobre como nós estávamos secretamente namorando, e sim, eu tinha vencido a aposta. Eu tinha minhas dúvidas de como iria conseguir o dinheiro. Kate abriu sua boca enorme e disse para ele que o ―Novo cara gostoso‖ era meu meio irmão. Eu estava secretamente satisfeita quando o sino tocou, assim eu poderia escapar para a aula. Eu não queria continuar falando de Johnny. Eu não
tinha encontrado com ele ainda e ele já fazia parte da minha vida, uma parte grande. Eu fiz meu caminho para a aula de Inglês e sentei na minha carteira de sempre, perto de Kate. Alguns minutos depois ele entrou. Eu sabia que era ele mesmo sem olhar, eu podia dizer pelo jeito que Kate agarrou meu braço bem apertado. Eu olhei para cima e vi. Ele era totalmente quente. Eu podia ver o que ela queria dizer. Ele não era alto como Liam ou bem estruturado. Na verdade, ele era um pouco esguio, mas ele totalmente conseguia chamar a atenção. Ele usava um jeans rasgado e uma camisa preta com um moletom com capuz preto para fora. Ele tinha olhos castanhos, seu cabelo castanho era um pouco mais que o do Liam e estava bagunçado e um pouco desgrenhado. Ele parecia um pouco tímido, Os ombros um pouco curvados como se ele estivesse nervoso. Eu definitivamente podia ver o apelo que ele segurava, e podia ver todas as meninas da classe olhando para ele hipnotizadas. Eu ri, o pobre menino não sabia no que ele tinha se metido. Uma vez que Jessica colocasse suas garras nele ele estaria perdido. Kate me cutucou com o cotovelo, me fazendo olhar para ela. Ela murmurou a palavra ‗gostoso‘ e abanou o rosto, acenando excitadamente, me fazendo rir. O rapaz realmente estava em um grande problema. — Classe, este é meu novo estudante, Johnny Brice. — Sra. Stewart disse, sorrindo calorosamente. Ele se virou para a classe e sorriu desconfortavelmente. — Te disse! Muito quente. — Kate sussurrou. Claro que ele era quente, mas ele não tinha nada do meu Liam. —
Ele é fofo. — Eu confirmei, assentindo em concordância. — Johnny, nos diga um pouco de você. — Sra. Stewart sugeriu. Ele se mexeu desconfortavelmente em seus pés enquanto ele olhava em volta da classe nervoso. — Er... Bem, eu acabei de me mudar para Timberfield com minha mãe e meu padrasto. Eu tenho um irmãozinho de um ano. Eu gosto de skate? — Ele disse, soando mais como uma pergunta. — Tudo bem, tenho certeza que você será muito feliz aqui. Que tal se eu te colocar com alguma parceira daqui para a minha aula, para que possa te mostrar sua próxima aula depois? — Sra. Stewart sugeriu. Eu rosnei. Não tinha como ela me escolher, isso era o tipo de coisa que acontecia em historinhas. Eu afundei em minha carteira, olhando para meu livro, rezando para respirar. — Jessica, você esta se voluntariando? — Sra. Stewart perguntou. Minha cabeça levantou e eu respirei em alívio. Kate amaldiçoou sob sua respiração e colocou sua mão para baixo, ela tinha obviamente se voluntariado também. Johnny fez seu caminho através da sala para sentar ao lado de Jessica, que estava desfazendo outro botão de sua camiseta já aberta. Ele sorriu para mim quando passou pela minha mesa. — Oi, Amber. — Ele disse baixinho. — Oi, Johnny. — Eu respondi, um pouco chocada. Como ele sabia meu nome? Eu o assisti sentar do lado de Jessica, ela imediatamente começou a flertar com ele, enquanto ele parecia estar assentindo educadamente, parecendo desconfortável. Kate olhou para mim com olhos arregalados. — Eu pensei que você
não o conhecia. — Ela sussurrou, franzindo para mim, parecendo um pouco confusa. Eu sacudi minha cabeça. — Não conheço. Como ele sabia quem eu era? Eu nunca o vi antes. — Eu respondi. A professora clareou sua garganta. — Muito bem, se todos pararem de falar, que tal começarmos a aula? —– Ela perguntou sarcasticamente. Eu agarrei meu livro e afundei mais no meu assento, tentando não olhar na direção dele. Quando o sino tocou eu pulei da minha carteira e praticamente corri da sala, não querendo dar a chance para outro encontro. Eu silenciosamente rezei várias vezes na minha cabeça para que ele não estivesse em nenhuma outra aula comigo. Felizmente, o resto da manhã passou sem nenhum encontro com meu novo meio irmão. As pessoas estavam falando muito comigo hoje, todos estavam perguntando se Liam e eu estávamos juntos, ha quanto tempo isso estava acontecendo. Blah, Blah, blah era a mesma coisa de novo e as nove eu já estava aborrecida. — Ei, Anjo. — Liam ronronou, me agarrando por trás enquanto eu parei na fila do almoço com Kate e Sean. — Oi. — Eu sorri, me sentindo instantemente mais feliz agora que ele estava perto de mim. — Como está sendo seu dia? — Ele perguntou, beijando meu pescoço, me fazendo tremer. Eu suspirei. — Bem, eu tenho respondido as mesmas perguntas
várias vezes. Era tão ruim que eu estou pensando em fazer uma placa assim: ―Sim, eu estou namorando com Liam. Sim, eu venci a aposta. Sim, ele é um bom garoto. Não, meu irmão não ficou louco‖, e coloca-la na minha testa, assim não precisarei ficar repetindo. — Eu brinquei, dando de ombros. Ele riu e me apertou. — Além de ficar repetindo, eu tive uma aula com meu meio irmão. Ele sabe quem eu sou. E oh sim, ele está indo direto agora com a vadia da Jessica, que por acaso, parece querer me matar. Então meu dia não está tão bom, namorado. — Eu afirmei, acenando discretamente em direção ao Johnny. — Ele sabia quem você era? — Liam perguntou, me virando suavemente assim ele me escondia da vista de Johnny. — Sim. Ele me deu oi quando ele passou. — Eu respondi, franzindo, ainda não entendendo como ele me reconheceu. Liam riu e me olhou como se eu dissesse alguma coisa estúpida. — Ele provavelmente não sabia quem você era, Anjo, ele provavelmente te achou atraente. Não pode culpa-lo. — Ele ronronou, sorrindo para mim enquanto suas mãos moviam para minha bunda. Eu rolei meus olhos. — Liam, ele passou e disse ―Oi, Amber” então eu acho que ele sabia quem eu era. — Eu afirmei sarcasticamente. Ele franziu e olhou sobre seus ombros antes de rir maliciosamente. — Ele não parece muito confortável com a Jessica. — Bem, quem infernos se sentiria confortável perto da Jessica? Oh sim, você não parecia muito estressado quando você estava todo para o lado dela. — Eu provoquei, sorrindo para ele. Ele levantou o nariz, fingindo um arrepio. — Não me lembre minha
vida anterior a você, Anjo. Eu terei pesadelos. — Ele disse com um horror fingindo, me fazendo rir. Eu peguei um par de sanduíches e bebidas. Liam insistiu em pagar e carregar a bandeja. Dirigi-me à mesa dele e sentei perto dele. Jake já estava lá, com alguns dos meninos do time, todos meus amigos sentaram também, pegando os últimos assentos. Eu abri meu sanduíche e estava prestes a dar uma mordida quando uma sombra caiu sobre mim. — Oi. — Johnny disse sorrindo, ele estava corando. Eu engoli, sentindo meu estômago afundar um pouco. — Err, Oi. — Se importa se eu sentar contigo? — Ele perguntou, olhando para mim esperançosamente. Eu vi Jake ficar tenso de canto de olho. Olhei para a mesa toda. — Hum... — Eu parei, mordendo meus lábios. — Não importa, não se preocupe. Eu apenas pensei que poderia me apresentar. — Ele encolheu os ombros, corando, mexendo com seus pés desconfortavelmente. Kate me chutou debaixo da mesa. — Ouch! Que diabos foi isto? — Eu perguntei, acariciando minha perna. Ela olhou para mim. Eu sabia exatamente o que isso era, eu tinha que falar para ele se sentar conosco pelo bem dela ou eu escutaria até o final desta tarde. Oh Deus, me mate agora! — Tudo bem, Johnny. Pegue uma cadeira, você pode sentar aqui afinal. — Eu sugeri, movendo minha bandeja para que então ele pudesse colocar seu prato e bebida. Ele sorriu e relaxou. — Obrigado, Amber. — Ele disse, sorrindo
agradecidamente enquanto saía para pegar uma cadeira de alguma mesa adiante. Eu me virei para Kate, franzindo. — Isso doeu, Kate! Sério, ele não é assim tão quente! — Eu sussurrei gritando para ela. — Sim, ele é. — Ela assentiu entusiasmadamente, rindo e eu acabei rindo com ela. Merda de garota. Johnny sentou no fim da mesa. — Então, é estranho, ein? — Ele afirmou, sorrindo timidamente. Eu ri desconfortavelmente. — Uou, é um eufemismo e meio. Você acha que isso é estranho, tente inquietante e embaraçoso. — Eu brinquei, fazendo-o rir. — Eu não sou assim tão ruim. — Ele lamentou, fingindo estar machucado. Eu decidi sair dessa e perguntar o que havia me incomodado a manhã inteira. — Como você sabia quem eu era? — Eu perguntei calmamente. Ele sorriu. — Stephen me mostrou uma foto sua. Eu não vi nenhuma do seu irmão, entretanto, então não tenho ideia de quem ele seja. — Ele explicou, encolhendo os ombros. Meu pai tinha uma foto minha? Eu realmente não sabia como me sentir sobre isto. Por que infernos ele tinha uma foto minha, e não do Jake? Eu nem mesmo queria pensar muito sobre essa questão, se eu não queria uma pergunta que eu não gostaria da resposta. Eu apontei para Jake. — Ele está logo ali. Jake, Johnny. Johnny,
Jake. — Eu disse, balançando uma mão entre os dois para apresenta-los. — Ei, como está? — Jake rugiu, seu rosto era duro e não tão amigável. Johnny se contorceu em seu assento um pouco – Jake podia ser um pouco intimidador quando ele queria. — Bem, obrigado. É bom te conhecer. — Ele respondeu nervosamente. Kate me chutou novamente debaixo da mesa no mesmo lugar de antes, me fazendo retrair. Eu olhei para ela em advertência. Ela obviamente queria ser apresentada também. — Johnny, esses são meus amigos, Sean, Sarah e Kate. Esse é meu namorado, Liam. — Eu afirmei, apresentando-o a todos que estavam no fim da nossa mesa. Johnny sorriu calorosamente. — Ei, desculpe, eu sou ruim com nomes. Provavelmente esquecerei em meia hora. — Ele admitiu, estremecendo ligeiramente. Kate virou em seu modo de flerte, jogando seu cabelo sobre seus ombros, sorrindo sedutoramente. — Eu também sou terrível com nomes. Temos algo em comum. — Ela ronronou, olhando para ele lentamente. Ele riu, parecendo desconfortável. Não parecia que ele gostava de toda aquela atenção feminina. — Então, em qual escola você estava antes dessa? — Eu perguntei, tentando ajudá-lo. Ele sorriu para mim agradecidamente. — Na verdade estava na escola só de garotos em Mersey. — Ele respondeu, encolhendo os ombros. Certo, isso explicava todo o rubor e o desconforto. Eu podia quase ver o cérebro de Kate trabalhando, pensando em ensina-lo novos truques e o
levar para o mal caminho. Não pude não sentir pena do pobre garoto. — Uma escola só para garotos? Bem, isso é engraçado. — Kate sorriu, comendo uma batata chip, obviamente tentando parecer sexy. Liam caiu na gargalhada perto de mim. — Kate, deixe o pobre garoto sozinho, esse é o primeiro dia ele. — ele provocou. Jake olhou para Kate com uma expressão irritada. De repente caiu a ficha do que estava acontecendo. Jake estava totalmente na da Kate! — Eu vi isso, Jake. — Eu afirmei, sorrindo para ele. Ele estremeceu e tentou parecer inocente. Sim, totalmente ciumento! — Então, quantas aulas você tem hoje à tarde? — Eu perguntei, me virando para Johnny, tentando manter a conversa. Eu sentia uma pena dele. Obviamente era um peixe fora d‘água. Ele puxou sua grade e me deu. Eu olhei e quase deixei cair meu sanduíche. Ele tinha todas as aulas comigo. — Eu tenho as mesmas. — Eu disse quietamente, devolvendo. Liam colocou sua mão na minha perna gentilmente e eu me inclinei contra ele procurando por suporte. Johnny parecia um cara legal, mas eu não queria ele perto de mim todo o tempo. As conversas ocasionais eu poderia lidar, mas e se ele fosse para casa e meu pai perguntasse por mim? Ele poderia saber muitas coisas sobre mim para meu gosto. — É? Maravilha! Você acha que poderia me mostrar o caminho e as coisas? — Ele perguntou esperançosamente. Eu assenti lentamente, não podia exatamente dizer não. Jessica veio andando empertigada. Agora ela tinha só dois botões abotoados na sua camiseta. — Ei, Johnny. Quer vir e sentar comigo? — Ela perguntou, girando seus cabelos ao redor de seus dedos.
— Jessica, você perdeu alguns botões, querida. — Eu disse inocentemente. Ela olhou para mim. — É para ser assim, aberração emo. — Ela cuspiu. — Na verdade, eu acho que você está certa. Eu acho que vi essa camiseta vestida exatamente assim em uma prostituta na esquina ontem à noite. — Eu respondi, sorrindo gentilmente. — Você sai pelos cantos das ruas? — Ela perguntou, sorrindo, obviamente achando que ela ganhou. — Quando eu encontro com sua mãe sim. — Eu dei de ombros. Liam e Johnny caíram na gargalhada. — Puta. — Ela murmurou enquanto saía correndo. Kate e Sarah bateram as palmas, rindo como loucas. — Você é engraçada. — Johnny disse, sorrindo para mim. — Sim, acho que talvez tenha arruinado sua chance de pegá-la hoje. Ela irá te dar outra chance amanha então não se preocupe. — Eu provoquei enquanto começava a comer novamente. Ele levantou seu nariz. — Ela estava me deixando louco a manhã toda. Ela estava puta com alguma garota que roubou o namorado dela. Que tipo de garoto iria sair com alguém como ela de qualquer jeito? Ele deve ser um jumento. — Ele zombou, encolhendo os ombros. A mesa inteira além de Liam, caiu na gargalhada. — Er, esse jumento deve ser eu. Mas nós não estávamos saindo. — Liam afirmou, sacudindo sua cabeça.
Johnny ruborizou como louco. — Oh, desculpa. — Ele murmurou, timidamente. Eu envolvi meus braços ao redor do Liam. — Não se preocupe amante, seu gosto melhorou desde então. — Eu afirmei, puxando-o perto de mim. — Anjo, meu gosto sempre foi o mesmo. Fruta proibida. — Ele inclinou rapidamente, mordendo meu pescoço, me fazendo rir. Jake clareou sua garganta e Liam se afastou com um suspiro e rolou seus olhos. Eu deixei Kate falar com Johnny pelo resto do almoço, acrescentando
perguntas
ocasionais
ou
respondendo
quando eu
precisava. Ele na verdade era um rapaz legal. Seria mais fácil se ele fosse um idiota, então desse modo eu seria capaz de me afastar e não me sentir como um pedaço de merda mais tarde. Mostrei-lhe suas aulas e ele sentou perto de mim quando podia. Quando o sino tocou para o final do dia eu respirei e suspirei em alívio. — Então, você vai direto para casa? — Johnny perguntou, sorrindo, enquanto caminhávamos para meu armário. Eu sacudi minha cabeça. — Não. Eu preciso esperar Jake e Liam terminarem seu treino. — Sim, Jake joga o quê? — Ele perguntou curiosamente. — Hóquei no gelo. — Legal. Você sabe, eu poderia te dar uma carona se você quiser. — Ele ofereceu. — Minha mãe e Stephen compraram para mim um carro malvado de aniversário. — Ele acrescentou, sorrindo amplamente. Eu senti meu coração afundar quando ouvi seu nome novamente, o jeito
como ele soou, isso em uma conversa normal me assustava por inteira. — Hum, obrigada pela oferta, mas esperarei por eles. Liam normalmente fica comigo porque Jake vai para o trabalho. — Eu disse rapidamente. — Onde Jake trabalha? — Ele perguntou, inclinado contra os armários. — Academia Benny. — Eu coloquei meus livros na bolsa de um jeito tão forçado que alguns papéis voaram, porque eu estava ficando desconfortável. — Jake não pareceu gostar muito de mim. — Johnny murmurou, parecendo um pouco triste. Eu sorri tranquilizando-o. — Ele não te conhece. É que é meio estranho para nós tudo isto. Não temos visto nosso pai por três anos, então repentinamente ele volta aqui e bam, nós temos outro irmão e um meio irmão. Jake não gosta de mudanças. — Eu expliquei, tentando desviar do assunto um pouco. Ele assentiu, parecendo pensativo. — Sim, acho que é difícil. Então, você acha que talvez eu possa esperar com você até o treino deles acabar, e nós podemos nos conhecer um pouco mais? Eu quero dizer, eu não gostaria que isso continuasse sendo difícil para qualquer um de nós, estou aqui agora então acho que precisamos fazer o melhor. — Ele perguntou, parecendo um pouco esperançoso. Puta merda! Eu não sabia o que dizer, então não disse nada, eu assenti e fechei meu armário.
— Quer sentar lá na frente? Eu normalmente sento embaixo da árvore e espero. — Eu disse enquanto caminhávamos para fora do prédio. — Parece bom. — Ele concordou, me seguindo com um pequeno sorrido. Eu caminhei para uma grande arvore onde normalmente sentava e fazia minha tarefa contra ela. Ele sentou em frente a mim, pegando um par de folhas da grama, brincando com ele nervosamente. Tinha uma pequena margarida perto do meu pé, então eu a peguei e coloquei atrás do meu rabo de cavalo, pois isso me lembrava uma que Liam pegou para mim antes da aula de dança, depois daquela primeira noite em que nos beijamos. Eu estava tão desconfortável que eu tremi no lugar, tentando pensar em alguma coisa para falar. — Então, seu irmãozinho, Matt... Bem, eu acho que ele é meu irmão agora também, de qualquer maneira o que eu iria falar é, do que ele gosta? — Eu perguntei curiosamente. Ele sorriu. — Ele é querido. É um pé no saco, especialmente quando chora a noite toda, mas ele é querido. Eu tenho uma foto se você quiser ver. — Ele ofereceu puxando sua carteira e estendendo para mim. Eu sorri e impacientemente abri, esperando ver um bebezinho. Minha respiração ficou presa na minha garganta enquanto olhava para a foto, não era o bebê, era uma foto da família. Eu olhei para meu pai. Ele estava sorrindo orgulhosamente com um braço ao redor de sua nova mulher e outra em volta de Johnny, que estava segurando um menininho loiro. Meu pai parecia mais velho, seu cabelo tinha mudado e ficado um pouco mais grisalho, mas seus olhos foram o que me prenderam. Lembro-me de seus olhos sendo duros, frios e sempre raivosos, mas ele estava diferente
aqui, sorrindente e quente, ele parecia amigável e gentil. — Fofo, não é? — Johnny disse. Tirei meus olhos do meu pai e olhei para o bebê, ele era fofo, bochechudo, loirinho, olhos castanhos e um grande sorriso. Eu olhei para a mulher na foto. Ela tinha cabelo castanho e olhos cinza como minha mãe e eu. Ela parecia bonita — É a sua mãe? — Eu perguntei, apontado para ela. Ele sorriu e assentiu. — Sim. Seu nome é Ruby. — Ele disse, pegando de volta sua carteira quando eu tinha terminado. Eu não podia tirar a imagem da minha cabeça do meu pai sorrindo. Ele tinha mudado? Eu olhei para Johnny, ele parecia feliz, sem arranhões ou cortes, nenhum indicativo que estivesse mancando, retraimento ou qualquer coisa. — Então, você se da bem com ele? — Eu perguntei curiosamente, observando seu rosto para ver qual seria sua reação. — Matt? Sim, ele é ótimo. Será melhor quando ele estiver mais velho e quando puder fazer mais coisas. —– Ele respondeu, encolhendo os ombros. Eu engoli em seco. — Não, quero dizer meu pai. — Eu esclareci, tentando não vacilar ao pensar nele. Johnny deu de ombros e assentiu, mas não disse nada — Deve ser difícil ter um cara junto, depois de anos sendo só você e sua mãe. — Eu afirmei, tentando fazê-lo dar alguma resposta. Meu pai tinha machucado-o também ou ao bebê, ou talvez sua mãe? Eu imediatamente fiquei satisfeita que não tivesse outra menina morando com ele. O abuso físico era ruim. Jake teve o pior de tudo, mas o abuso sexual deixava cicatrizes mentais que eu sabia que ainda não
tinham desaparecido. Memórias daquele domingo vieram em flashes na minha mente e eu mordi a parte de dentro da minha bochecha para não chorar. Ele assentiu e olhou para o chão. — Foi um pouco difícil, mas eles estão juntos há mais de dois anos agora, então... — Ele falhou, dando de ombros. Eu abri minha boca para perguntar mais, mas ele me cortou. — Então, quanto tempo você e o Liam estão juntos? — Ele perguntou, pegando mais algumas gramas e rolando-as em sua mão para fazer uma bola. Eu sorri com o pensamento em Liam. — Uma semana e meia. — Ele é o amigo do seu irmão, certo? — Ele perguntou. — Sim. Eu o conheço desde meus quatro anos. — Eu confirmei, amando falar sobre Liam. Eu realmente estava com saudades dele, eu tinha visto ele durante todos os dias no final de semana, e era difícil voltar a vê-lo só nas horas do almoço. — Então, me diga um pouco mais sobre você. — Eu sugeri, me deitando na minha barriga e sustentando minha cabeça com minhas mãos, olhando-o. Ele deitou também e conversou sobre sua vida, seus gostos e desgostos. Ele era um grande skatista, que ia para as competições e tudo todos os finais de semana, e fazia acrobacias e truques. Ele sentia falta dos seus amigos. Ele nunca teve uma namorada. Sua comida favorita era caril de frango. Eu tinha começado a falar para ele a minha quando eu vi Liam correr em minha direção pelo estacionamento, parecendo tão lindo que era doloroso de ver. Eu levantei e sorri enquanto ele envolvia seus braços ao meu redor, me erguendo do chão e colocando seus lábios nos
meus. Eu o beijei de volta com vontade. Ele se afastou depois de alguns segundos. — Eu preciso ter algum tempo sozinho com você. — Ele sussurrou enquanto me beijava novamente, gentilmente desta vez. Eu sorri. — O que, agora? Não pode esperar até chegarmos em casa? — Eu brinquei. Ele sacudiu sua cabeça. — Não, mas eu posso esperar até o estacionamento atrás da academia, depois que deixarmos o Jake. — Ele sugeriu, sorrindo perversamente. — Em seus sonhos, Liam. — Eu disse, rindo e rolando meus olhos. — Provavelmente. — Ele concordou, enquanto me colocava no chão, me segurando perto dele, rindo com minha expressão aterrorizada. Johnny apareceu e estava parado ali desajeitadamente. — Obrigado por cuidar da minha garota por mim. — Liam disse, sorrindo com um sorriso amigável. — Sim, sem problema. — Johnny murmurou nervosamente, chutando seus sapatos na grama. Jake chegou, olhando entre eu e Johnny com uma expressão confusa. — Bem, acho que verei vocês amanhã. Obrigada por deixar-me ficar com você, Amber. — Johnny disse, sorrindo. — Sim, foi divertido. Ei, vamos ver seu carro antes que você vá. — Eu sugeri, acenando para o estacionamento. Ele sorriu orgulhosamente. — Que carro você tem? — Jake perguntou curiosamente enquanto todos nós começamos a andar. Eu sabia que isso levantaria o interesse de
Jake. Eu sorri e puxei Liam um pouco mais para trás, deixando Jake e Johnny irem na frente, dando-os mais tempo. Jake precisava ver por ele mesmo que Johnny era legal, para que ele parasse de fazer cara feia para ele. Na hora em que os alcançamos, Jake estava sentado atrás da roda de uma
BMW
Z4
azul
marinha,
passando
suas
mãos
no
painel
amorosamente. — Oh merda, este é um carro maneiro. — Liam ronronou, traçando sua mão sobre o teto com olhos arregalados. Ele agarrou minha mão e me puxou para perto dele. — Quando eu for um jogador de hóquei milionário, eu comprarei um desse para você. — Ele afirmou, passando suas mãos no meu cabelo, olhando dentro dos meus olhos, me fazendo sentir leve. Eu me pressionei nele e mordi seu queixo gentilmente. — Eu preferia ter uma Ferrari. — Eu brinquei. Ele suspirou dramaticamente . — Uou, ok, eu espero assinar com um bom time já você vai pedir isto. — Ele respondeu, enquanto me beijava, me fazendo ansiar que ele corresse suas mãos pelo meu corpo. Depois de outros dez minutos de babar em cima do carro de Johnny nós finalmente fomos embora e deixamos Jake no trabalho. Eu pulei no banco da frente e segurei a mão de Liam durante todo o trajeto para casa, ansiosa por algum tempo privado. Não que fosse ser fácil com minha mãe em casa por toda semana, mas tenho quase certeza que iríamos conseguir. Mesmo um abraço no sofá parecia o paraíso agora.
Capítulo 18 Na manhã seguinte, depois de Liam escapar pela minha janela, fui para a cozinha, Jake estava sentado conversando com a minha mãe. — Bom dia. — Eu cantei alegremente. Minha mãe me olhou um pouco chocada. — Por que você está tão feliz nessa manhã? — ela perguntou, sorrindo. Eu sorri e reprimi uma risadinha, eu não poderia contar que meu namorado gostoso, tinha acabado de me dar uma boa razão para estar sorrindo, antes de sair pela minha janela. Então, eu simplesmente dei de ombros. — Por que não? — Eu rebati, olhando para qualquer lugar, mas Jake provavelmente sabia o motivo exato da minha felicidade. — Então, Jake, há algo que você queira me dizer? — Eu provoquei, sentando ao lado dele. Ele balançou a cabeça, parecendo confuso. — Não. Deveria haver? — Ele perguntou, erguendo uma sobrancelha desconfiada. — Talvez algo como você ter uma queda pela minha melhor amiga. — Eu sugeri, o cutucando com o meu ombro suavemente. Ele engasgou e derramou a colher de cereal em cima do balcão, ele se recompôs e sorriu rapidamente para mim. — Eu não estou gostando de sua melhor amiga, esse é o seu trabalho lembra? — Ele disse sarcasticamente. Eu não pude deixar de rir, ele ser todo defensivo não estava ajudando o seu caso, se ele não sentisse nada por ela, ele teria
apenas ido junto ou feito algum comentário sarcástico. — Ok, se você diz! Mas mesmo assim vou manter meu olho em você. Só não a machuque. — Eu afirmei, pegando uma tigela para cereal. Liam entrou pela porta, eu imaginava como minha cara estava, provavelmente foi por isso que minha mãe perguntou o motivo da minha felicidade. Ele estava sorrindo de orelha a orelha. — Bom dia. — Ele cumprimentou, dando em Jake um desses golpes. — Bom dia, Liam. Café da manhã? — Minha mãe ofereceu, segurando um pedaço de pão. Ele acenou com a cabeça, sorrindo agradecido. — Claro, Margaret, isso seria ótimo. — Ele passou os braços em volta de mim por trás. — Ei, Anjo. Eu senti sua falta noite passada. — Ele ronronou. Ouvi um' awn' da minha mãe e eu tentei não rir. — Oh, você sentiu? — Eu disse, batendo na mão dele quando ele se moveu entre as minhas pernas sob o balcão. Ele riu e se moveu para ficar ao meu lado. — Com certeza eu senti, gostei de dormir com você na outra noite, talvez a sua mãe me deixe dormir com você a partir de agora. — Disse ele olhando para minha mãe, esperançoso. — Não force a barra, Liam. — Respondeu ela, revirando os olhos. Ele riu. — Valeu a pena arriscar! — Afirmou, escovando meus lábios e olhando para ela um pouco timidamente. — Você sempre foi atrevido. — Minha mãe murmurou, sorrindo enquanto ela colocava três fatias de pão na frente dele.
— Eu perguntei ao Jake se ele estava gostando da Kate. — Disse à Liam, querendo mudar o assunto sobre minha vida sexual e ele dormir na minha cama. Eu tinha falado com Liam sobre Jake e Kate na noite passada. Ele disse que não tinha percebido nada, mas ele ia ver isso para mim hoje. — Você não está gostando de uma garota de dezesseis anos, não é Jake? Que diabos um menino de 18 anos de idade olharia para uma garota de dezesseis anos desse jeito? — Perguntou Liam com choque falso, usando as mesmas palavras que Jake usou um par de semanas atrás. Jake olhou para ele em advertência. — Ha ha. Vocês dois são hilários. — Ele murmurou, balançando a cabeça e saiu para se vestir. Quando entramos no estacionamento da escola, havia uma multidão de pessoas em torno do carro de Johnny. Ele estava ali sem jeito, olhando muito desconfortável enquanto os meninos conversavam com ele sobre o seu carro e as meninas flertavam descaradamente. Jessica, como de costume, estava na frente. — Uau, têm realmente algumas putas nesta escola! — Eu sussurrei para Liam. Ele balançou a cabeça, olhando impressionado. — Sim. — Talvez você devesse ir ajudá-lo. Ele parece muito desconfortável. — sugeri, olhando suplicantemente para Liam. Ele suspirou e revirou os olhos para mim. — Por que você tem que ser tão legal o tempo todo? — Ele perguntou, beijando-me suavemente antes de caminhar na direção do carro de Johnny. Eu o vi acenar com a
mão, fazendo metade dos meninos abrirem o caminho imediatamente. Ele jogou o braço em torno do ombro de Johnny, sorrindo e guiando-o para longe da multidão, em direção à escola, enquanto Johnny olhava para ele com gratidão. Eu sorri por dentro, eu realmente tinha o namorado mais adorável do mundo. Kate pulou em mim. — Onde está o bumbum quente do seu irmão? — Ela perguntou. Jake pigarreou atrás dela. Ela se virou e sorriu para ele. — Desculpe, eu deveria ter dito bumbum quente do seu meio-irmão. — Corrigiu ela, piscando para ele. Seu rosto caiu um pouco, mas ele rapidamente colocou um sorriso. — Finalmente percebeu que não estou interessado, mas você ainda está tentando entrar na família, não é? — Ele brincou. Ela riu. — Algo assim. Talvez eu tenha apenas cansado de loiros, ou talvez você tenha perdido seu charme. — Ela respondeu, sorrindo para ele. Eu quase engasguei com meu riso. Jake adorava a perseguição, eu diria. Ele nunca quis alguém que não podia ter antes, e eu honestamente acho que ele quer Kate agora só porque ela não está interessada. Eu me arrastei pelas portas e vi Liam e Johnny conversando contra seu armário. — Oi. — Eu o cumprimentei, sorrindo enquanto envolvia meu braço em volta da cintura de Liam. — Oi, Amber. Como você está? — Johnny perguntou educadamente. — Estou bem e você? — Eu perguntei tentando não rir quando a mão de Liam deslizou para baixo da parte de trás da minha calça jeans, esfregando a mão na minha bunda suavemente. — Eu estou bem. — Ele balançou a cabeça em concordância, Kate
estava sorrindo sedutoramente para ele. — Eu estava falando sobre hóquei no gelo com Johnny, — Liam interrompeu, apertando a minha bunda suavemente. Eu sorri docemente para ele e lhe dei uma cotovelada nas costelas. Menino pervertido! Ele puxou sua mão para fora da minha calça jeans rindo sozinho. — Sim, eu vou ver o jogo de sexta-feira, eu poderia me sentar com você? — Johnny perguntou, olhando para mim com esperança. — Você poderia sentar comigo, se você quiser. — Kate ofereceu, lambendo os lábios lentamente, enquanto o olhava. Ele corou e sorriu timidamente. — Obrigado, eu gostaria. — Ele concordou em silêncio. — Vamos lá então, vamos ir para a aula. — Sugeri, revirando os olhos. Aqueles dois iam ficar juntos, porque pelo olhar no rosto de Kate, ela não iria parar até que ele fosse dela e ele parecia gostar dela também. Virei-me para andar mas parei quando vi Jessica andando até mim com uma expressão de ódio no rosto. Ela praticamente jogou um envelope marrom em minhas mãos quando olhou para mim. — Eu ainda acho que você trapaceou, mas as pessoas dizem que é justo você receber o dinheiro de modo que aí está, emo puta. — Ela rosnou furiosa. Puta merda! Ela acabou de me dar mais de quatro mil dólares? Eu ganhei o dinheiro? Kate se aproximou de mim. — Jessica, é melhor você voltar ao inferno antes de eu manda-la para lá. — Ela cuspiu com raiva.
Eu sorri feliz. — Está tudo bem, Kate, não há problema. Obrigado por isso, Jessica. — Eu disse, agitando o envelope com orgulho. — Cuidado para não perder. — Afirmou com um sorriso no rosto. Eu não tive dúvidas que ela tinha algum tipo de plano que me envolveria, provavelmente o dinheiro cairia pelo ralo ou atearia fogo nele de alguma forma. De repente, eu tive uma grande ideia que iria tirar ela do sério. Eu sorri feliz quando me virei para Liam. Fui até perto dele e empurrei o dinheiro na frente de sua calça jeans, empurrando a minha mão inteira lá embaixo também. Liam grunhiu e olhou para mim, chocado. — Cuide bem para mim, namorado. Eu vou buscá-lo mais tarde. — Eu ronronei sugestivamente e o puxei para me beijar. Ouvi pessoas batendo palmas, ouvi coisas como ―Oh Yeah‖ e ―Legal‖. Eu sorri contra seus lábios e puxei de volta. Olhei pra cima a tempo de ver Jessica indo na direção oposta. Comecei a rir, Liam me agarrou e me beijou novamente, me tirando dos meus pés. O sinal tocou e as pessoas começaram a se dirigir para suas aulas. Demorei para afastar-me do Liam, não querendo quebrar o beijo. Eu não posso acreditar que ganhei quatro mil dólares! O que diabos eu posso comprar com isso? Ele me colocou de volta suavemente com um enorme sorriso no rosto. — Isso foi tão engraçado, sua cara merecia uma foto. — Disse ele, rindo. — Sua cara merecia uma foto. — Retruquei, batendo no nariz dele suavemente.
— Sim, bem, eu não estava esperando você empurrar o dinheiro em minhas calças como uma espécie de stripper. — Ele sorriu e balançou a cabeça, divertido. — Então, como você vai gastar seu dinheiro, Anjo? — Ele perguntou, puxando o envelope para fora da calça e me entregando. Dei de ombros, sorrindo. — Eu não tenho ideia. O que devemos comprar? Metade é seu. — Eu não preciso de nada, eu já tenho tudo o que eu poderia querer aqui. — Disse ele, segurando sua mão na minha bunda. — Minha bunda, isso é tudo que você quer? — Eu perguntei, rindo. Ele sorriu. — Tecnicamente, é minha bunda agora, certo? — Ele sorriu para mim antes de beijar meu pescoço. — Por enquanto. — Eu provoquei quando afastei, me abanando com o envelope. — Agora que tenho o que eu quero, não estou certa se há qualquer coisa nesta relação para mim. Ele riu e revirou os olhos para mim enquanto passou o braço em volta da minha cintura. — Venha, eu vou te levar para a aula. — Sugeriu ele, nos levando pelo corredor. Eu segurei o envelope para Liam. — Você vai cuidar disso para mim? Eu realmente não confio em mim com ele, provavelmente vou perdê-lo. — Estremeci com a ideia de perder todo o dinheiro. Ele sorriu e pegou, dobrando-o ao meio e deslizando no bolso interno de sua jaqueta. — E se eu perdê-lo? — Ele perguntou. Sorri quando chegamos à minha classe, eu o puxei para perto, esmagando meu corpo contra o dele. — Então você vai ter que me pagar
na mesma moeda. — Eu respirei, bicando seus lábios e entrando na minha classe rapidamente. Jessica olhou para mim enquanto eu caminhava, sentei ao lado de Kate e Johnny no banco que tinham guardado para mim. Felizmente, meu professor chegou tarde caso contrário meu atraso teria me rendido uma detenção.
O mês seguinte passou muito rapidamente, Liam ainda era o namorado mais adorável do mundo, me levando para encontros e me comprando flores e chocolates. Jake ainda era superprotetor, como de costume, ele jamais mudaria. Minha mãe voltou a trabalhar, mas só estaria em casa novamente em duas semanas, ela teve que permanecer por causa do lançamento de um novo produto ou algo assim. Kate ainda estava flertando com Johnny - Para o desgosto de Jake. Liam tinha falado com ele sobre ela, aparentemente, ele não quer ficar com Kate, ele simplesmente não gostou do fato de que ela estava flertando com alguém, quando ela costumava flertar com ele. Aparentemente ele sentiu ser deixado de lado, para resolver o problema ele dormiu com algumas meninas e se sentiu muito melhor. Nosso relacionamento com Johnny mudou muito também, ele era realmente meu amigo agora, ele era um cara tão legal e sua confiança parecia crescer a cada dia, acho que tinha algo a ver com a influência de Kate. Eles haviam saído juntos algumas vezes, e Kate me disse que ele a beijou na noite passada que ela estava brilhando por isso. Ela realmente
gostava dele, e eu acho que ele gostava dela também, o que era doce. Nas últimas duas semanas Johnny tinha assistido aos jogos de hóquei na sexta-feira com a gente, ele até foi para o nosso ―pós partida‖ e ficou um par de horas. Nunca falei sobre o meu pai, ele nunca me perguntou, mas ocasionalmente ele iria mencionar, teria algo a ver com sua vida e isso me faria sentir doente e um pouco em pânico. Hoje é domingo e eu estava indo ver Johnny em uma competição de skate. Quando vi Liam logo após a hora do almoço, dei um beijo de despedida nele e ri de sua cara feia. — Pare de fazer beicinho, Liam. Eu vou estar de volta em algumas horas. — Eu disse, rindo. Ele suspirou dramaticamente. — Mas por que não posso ir? Os domingos são os meus dias. — Ele resmungou, franzindo a testa. Eu sorri. — Liam, eu te disse, ele só conseguiu pegar uma passagem de hóspede. Ele me pediu para ir com ele! Pare de choramingar. Vejo você mais tarde. — Eu expliquei, o beijando novamente quando me levantei. — Eu te amo. — eu jurei que tinha pegado minha chave e celular. — Eu te amo mais, Anjo. — Ele chamou quando eu abri a porta e corri para o carro. — Oi. — Johnny cumprimentou, sorrindo, quando entrei em seu pequeno brilhante carro esporte. — Oi, você está empolgado e pronto para a competição? — Eu perguntei, sorrindo. Ele acenou com a cabeça. — Sim, embora eu esteja um pouco nervoso, o novo truque que eu tenho praticado continua dando errado, vou parecer um idiota se cair de cara no chão. — Ele gemeu, fazendo uma
careta. — Você não vai cair de cara no chão, Johnny. Tenha um pouco de confiança. — Eu respondi com firmeza. Ele sorriu e revirou os olhos, dirigindo-nos ao parque de skate, onde tinha uma rampa enorme. Johnny tentou me ensinar algumas coisas sobre skate, mas para ser honesta, como a maioria das coisas sobre esporte, só entrou por um ouvido e saiu pelo outro. Se ele não estava jogando, então eu não estava realmente interessada. Normalmente eu gostava de ver Liam jogando, mas isso era apenas para ter pensamentos pervertidos sobre ele em seu uniforme. A rampa que havia era absolutamente enorme. Eu me senti um pouco doente quando olhei para ela. Era tão alto, pelo menos quinze metros de altura em cada lado. — Johnny, você tem certeza sobre isso? — Eu perguntei, enquanto caminhávamos até o estande. Johnny entregou nossos passes e foi-nos dado pulseiras amarelas. — Amber, eu vou ficar bem, não se preocupe. — Ele riu e me arrastou para a área dos skatistas, onde as pessoas estavam rondando à espera de ser chamados e praticando. — Merda, Johnny, é tão alto! E se você se machucar? — Eu perguntei, engolindo o nó na minha garganta. — Ei, pare com isso agora. Você me disse no carro para ter alguma confiança, espero que você faça o mesmo. — disse ele sorrindo para mim. Caramba, eu tinha confiança, mas seria péssimo se ele caísse lá! Ficamos ali observando os outros skatistas em volta, os truques que eles estavam fazendo me surpreenderam, cambalhotas, paradas de mão, tudo
o que você poderia imaginar. O tempo todo eu me senti piorar. Eu não tinha certeza se poderia vê-lo fazer isso. Após cerca de uma hora, Johnny foi chamado para ir e ficar pronto, meu coração começou a tentar sair do meu peito. — Oh Deus. Por favor, tenha cuidado. — Eu implorei. — Eu vou tentar. Mas, se eu morrer, você pode ficar com o meu carro. — Ele respondeu, piscando para mim. — Só se eu puder pinta-lo de rosa. — Eu brinquei, tentando não demonstrar a ele que estava apavorada. Ele riu e se afastou rapidamente para se aquecer por alguns minutos. Quando finalmente chegou a vez dele, eu não conseguia respirar. Eu o assisti subir as escadas para o topo da plataforma e se posicionar no final com a diretoria se inclinando a espera dele ir. Ele sorriu para mim e eu tentei sorrir de volta - tenho certeza que a minha expressão parecia mais uma careta embora. O apito soou e deu a dica. Eu fechei meus olhos, ouvindo o povo aplaudir e torcer, mas eu não queria ver. Eu sabia que na hora que eu abrisse meus olhos, ele iria cair e quebrar o pescoço. Depois de uma hora, bem, parecia uma hora de qualquer maneira, provavelmente foi apenas cerca de um minuto, as pessoas estavam batendo palmas como loucas, então por acaso eu abri os olhos. Johnny estava descendo as escadas, sem ossos quebrados, sem sangue. Eu pulei e aplaudi junto com todos os outros, decidindo fingir que tinha visto. Da próxima vez tenho que lhe dizer que não poderei vir. Eu perdi posição por nem sequer vê-lo. Ele correu e me abraçou apertado. — Isso foi incrível! — Eu falei com
entusiasmo. Ele riu e balançou a cabeça. — Sério? Será que você conseguiu olhar através de suas pálpebras?'— Ele perguntou, rindo mais. Olhei para ele, me desculpando. — Eu sinto muito! Eu não podia vê-lo, Johnny. Eu me senti tão mal. Estava tão assustada, simplesmente não conseguia. — Eu disse me desculpando Ele balançou a cabeça. — Não se desculpe, está tudo bem, eu não caí. — ele se gabou, sorrindo amplamente. Eu balancei a cabeça. — Eu sei, eu ouvi as pessoas aplaudindo. — Eu disse um pouco envergonhada, me senti incrivelmente culpada. Ele me trouxe aqui para assistir e dar-lhe apoio e eu não pude fazer isso, acho que sou uma meia-irmã inútil. Nos sentamos e ele me contou tudo o que eu tinha perdido, enquanto esperávamos as pontuações serem contadas. Johnny foi um dos últimos a ir, por isso não tivemos que esperar muito tempo para que os resultados fossem anunciados. Quando o cara entrou no palco, segurei sua mão, nervosa, rezando para que ele tivesse uma boa pontuação. — Bem, tivemos alguns truques excelentes hoje. Os juízes ficaram muito impressionados, então parabéns. — Afirmou o rapaz sobre a pequena plataforma. — Certo então, na ordem inversa. Chegando no terceiro lugar, com uma pontuação de quarenta e quatro pontos em cinquenta é... Johnny Brice. — Ele chamou. Eu gritei e pulei em cima dele com entusiasmo enquanto ele ria. — Oh, Deus, Johnny, isso é incrível! Estou tão orgulhosa de você. — Eu disse com entusiasmo, quase chorando.
Ele sorriu. — Obrigado, Amber. É melhor eu ir buscar o meu troféu. — Ele acenou para o palco. Eu fiquei lá gritando e batendo palma como uma idiota enquanto ele subia e pegava seu pequeno troféu de prata. Ele correu para trás e me abraçou, me girando em um círculo. — Johnny, isso é tão bom, me deixe ver isso. — Eu praticamente arranquei de suas mãos e olhei para o pequeno troféu de prata com um pequeno homem em um skate. — Estou muito satisfeito com quarenta e quatro pontos. Essa é a minha melhor pontuação. — Ele sorriu orgulhoso. — Vamos comer alguma coisa para comemorar? Por minha conta. — Eu sugeri, felizmente. — Claro, eu só preciso trocar de roupa, eu realmente não posso sair assim. — Ele olhou para sua camiseta rasgada, sua bermuda e seu tênis sujo, fazendo uma careta. — Por que diabos você precisa mudar de roupa? Johnny, eu não me importo com o que você veste. — Disse honestamente, quando começamos a caminhar de volta para seu carro. Ele riu. — Amber, eu estou uma bagunça. Essa é minha roupa de competição. Eu sempre uso a mesma, elas são como as minhas roupas da sorte. Está toda rasgada e suja. Além disso, estou todo suado e outras coisas. — Ele respondeu, dando de ombros. Subimos no carro dele. — Eu só vou em casa, trocar de roupa e então nós poderemos ir. — Disse ele quando puxou o carro para fora do estacionamento. Oh merda! Ele quer que eu vá para a sua casa? Comecei a me sentir doente. Eu não podia ir, eu não quero ver o meu pai, eu não podia! Fechei
os olhos, desejando não surtar. Liam não estava aqui, então eu não queria ter um ataque de pânico. — Eu não posso. — Eu sussurrei. Ele olhou para mim, confuso. — Você não pode ir para o jantar? — Ele perguntou, olhando pra mim como se eu estivesse louca, provavelmente porque a ideia havia sido minha. Eu balancei minha cabeça. — Eu não posso ir para a sua casa, Johnny. Por favor, eu não posso vê-lo. — Eu implorei enquanto ele continuava a dirigir em direção oposta à minha casa. — Stephen? — Ele perguntou, franzindo a testa. Eu balancei a cabeça, incapaz de falar através do nó na minha garganta. Minhas mãos tremiam. Fechei os olhos e pensei em Liam, tentando manter a calma. Pensei na cor de seus olhos, como eu me sentia quando passava minhas mãos no cabelo dele, o som de sua voz. — Você está bem? — Perguntou Johnny, parecendo preocupado. Eu balancei a cabeça. — Eu não quero vê-lo, Johnny. — Eu sussurrei, virando na cadeira para olhar-lo. Ele estava tentando prestar atenção na estrada e olhar para mim ao mesmo tempo. — Por que não? — Ele perguntou em voz baixa. Eu balancei minha cabeça. Eu não poderia falar sobre o assunto, especialmente para ele, era seu padrasto pelo amor de deus, ele vive com ele. — Eu só não posso, por favor. — Lhe pedi com meus olhos. Ele suspirou e balançou a cabeça. — Ele não está lá de qualquer
maneira. Ele saiu para passar o final de semana fora com minha mãe e Matt, eles devem voltar até o final da noite. — disse ele. Ele não estava lá? — Você tem certeza? — Eu perguntei, meu corpo estava começando a relaxar. Ele balançou a cabeça e deu um sorriso tranquilizador. — Positivo, eles foram para Mersey ver os meus avós, eles não voltam antes das dez ou algo assim. Eu o olhei para ter certeza que ele não estava mentindo ou tentando me enganar ou algo assim.Parecia que ele estava dizendo a verdade. Johnny era um cara muito legal, ele não faria uma coisa dessas para mim, ele não iria mentir. — Ok. — Eu concordei em silêncio. Ele sorriu e olhou para a estrada. — Então, eu posso saber por que você e Jake odeiam tanto o Stephen? — Ele perguntou, curioso. Eu fechei meus olhos, eu realmente não queria ter essa conversa com ele e com ninguém. Mesmo Kate não sabia todos os detalhes sobre o meu pai e minha infância. — Johnny, eu não quero falar sobre isso. É passado, eu prefiro que ele fique lá. — Eu respondi, rezando para que ele pegasse isso. Ele balançou a cabeça, parecendo um pouco desapontado e triste. — OK. Bem, se você precisar falar comigo sobre qualquer coisa, você pode. Você sabe disso, não é? — Ele perguntou quando entrou em uma rua muito bonita. Eu balancei a cabeça olhando para janela, as casas eram enormes, com grandes carros caros estacionados. Ele estacionou na calçada e eu olhei para a enorme casa azul pálida. Parecia que meu pai
certamente tinha feito bem para si mesmo. — Tem certeza que ele não está aqui? — Perguntei nervosamente, enquanto saía e caminhava ao lado de Johnny. — Eu tenho certeza. O carro não está mesmo aqui. — Ele confirmou, acenando para o estacionamento vazio. Eu relaxei e segui atrás dele até a casa. Eu mal conseguia respirar. Quando ele abriu a porta da frente, segurei sua camiseta por trás. Ele riu. — Amber, não há ninguém aqui. — Ele me assegurou, balançando a cabeça enquanto passava o braço em volta dos meus ombros, me puxando para dentro da casa. A casa era linda. — Quer uma bebida? — Ele ofereceu, me levando para a cozinha. — Hum, com certeza. — Olhei para todos os enfeites caros e móveis. — Você poderia colocar toda a minha casa em sua sala de estar e cozinha. — Eu disse, sorrindo. Ele riu. — Essa é boa, mas é muito grande para nós. Eu não sei por que eles compraram uma casa desta. — O que o meu pai faz agora? — Eu perguntei curiosamente, quando ele me entregou uma lata de Pepsi. — Ações, ele é um grande corretor ou algo assim, eu realmente não entendo. Embora ele faça um monte de dinheiro. — Ele disse casualmente. Ele ainda estava fazendo o que fazia quando éramos crianças. Eu não quero falar mais sobre ele, estar em sua casa estava me assustando mais do que o suficiente.
— Então, você e Kate, hein? — Eu provoquei, tentando mudar de assunto. Ele corou e assentiu. — Ela é legal. — Ele murmurou nervosamente. Eu sorri para suas bochechas, ele era realmente adorável. — Ela disse que você a beijou. — Eu levantei minhas sobrancelhas com entusiasmo, à espera de mais detalhes. Eu tinha a versão do ―beijo perfeito‖ agora eu queria a versão dele. Ele sorriu. — Sim, ela disse se gostou? — Ele perguntou, corando mais. Oh sim, ela disse! — Sim, ela gostou muito. — Eu confirmei, balançando minhas sobrancelhas para ele. Ele riu. — Bem, graças a Deus por isso. — Ele parecia tão aliviado que eu não podia deixar de rir também. — Eu estava pensando em convidá-la para um encontro corretamente, você sabe, ser exclusivo. Você acha que ela iria? — Ele perguntou, olhando para mim com esperança. Eu sorri para o seu rosto preocupado. — Claro que sim, ela iria. — Kate realmente gostava dele, ela iria ser exclusiva. Ele riu e bagunçou a parte de trás de seu cabelo. — Incrível! Obrigado, Amber. — Vá se trocar e depois vamos comer. Eu estou morrendo de fome. — Eu instruí, acenando para o corredor. — OK. Estarei pronto em cinco minutos. Eu dei de ombros. — Você pode tomar banho e outras coisas, se você
quiser, eu não me importo de esperar. — Você está dizendo que eu cheiro mal? — Ele perguntou, rindo, quando fez o seu caminho para o corredor. — Bem, eu estava tentando ser educada. — Eu brinquei. Ele riu e pulou até as escadas. Sentei no balcão da cozinha, bebendo alegremente minha Pepsi, brincando com o seu troféu, quando ouvi a porta da frente sendo aberta e uma senhora falando. — Não, eu só preciso lhe dar alguns remédios e coloca-lo na cama. — disse ela. Senti minha respiração travar na minha garganta. — Bem, ele não para de chorar porra. — Meu pai retrucou, em tom irritado. Pulei da cadeira tão rápido que quase caí. Mudei para o outro lado do balcão, a necessidade de colocar algo entre nós, se ele estava vindo para cá. Meu coração estava batendo no meu peito. Eu não conseguia respirar corretamente. Havia uma porta atrás de mim, eu agarrei, querendo desesperadamente fugir antes que ele entrasse, eu não podia vê-lo, eu não podia deixá-lo me ver. Sacudindo o punho rapidamente percebi que a porta estava trancada. Eu podia sentir as lágrimas começam a formigar nos meus olhos. — Sinto muito, Stephen. Vou colocar ele na cama em um minuto, ele vai dormir — disse a senhora em voz baixa. — Porra é melhor, ele está me dando uma dor de cabeça. — Ele rosnou com raiva.
Eu bati a mão no meu bolso, pegando meu celular. Eu estava pensando em quem chamar. Liam e Jake estavam muito longe, e Johnny, provavelmente no chuveiro. Não havia ninguém, nenhuma ajuda, eu estava sozinha no meu horror. Eu me virei de frente para a porta, esperando-o entrar, eu me sentia mal. Oh Deus, eu estava realmente indo vomitar? A senhora entrou, carregando um menino loiro choramingando nos braços, acariciando suas costas suavemente. Seus olhos passaram e pularam em mim, obviamente, não sabendo que eu estava aqui. — Oi, desculpe, eu não sabia que Johnny tinha amigos. — Disse ela, sorrindo calorosamente. Ela tinha o cabelo marrom muito bonito e olhos cinzentos, assim como minha mãe e eu. Eu balancei a cabeça, incapaz de falar. — Johnny tem amigos? — Meu pai perguntou quando entrou pela porta. Eu me senti tonta, minhas pernas estavam fracas, ele parecia quase exatamente o mesmo, só um pouco mais velho, um pouco menos de cabelo e mais cinza. Seus olhos eram duros e severos como costumavam ser, não como a foto que Johnny me mostrou. Ele não tinha mudado nada. Ele olhou para mim, seus olhos rolando sobre cada parte do meu corpo enquanto eu estava lá, incapaz de me mover, incapaz de respirar. Senti como se eu fosse uma criança novamente. Eu estava apavorada, e desta vez eu não tinha Jake para me proteger. O homem que arruinou a minha infância e de meu irmão estava a menos de 15 metros de mim. — Amber. — Disse ele calmamente. Ele sorriu e senti bile subir na minha garganta.
Capítulo 19 — Amber? — A senhora repetiu, olhando entre mim e ele. — Sua filha, Amber? — Ela perguntou, com um sorriso puxando seus lábios. Meu pai balançou a cabeça, seus olhos não deixaram os meus. Eu me sentia como um cervo preso nos faróis de um carro que se aproxima, e tudo que eu podia fazer era me preparar para o impacto. — Bem, é ótimo conhecê-la finalmente. Eu ouvi tanto sobre você de Stephen e Johnny que eu sinto que já te conheço. — A senhora disse, sorrindo calorosamente para mim. Eu tentei sorrir de volta e fingir que estava tudo bem, que eu não estava prestes a desmaiar a qualquer segundo, que eu não estava prestes a gritar. — Eu também, Ruby. — Eu respondi calmamente, arrastando meus olhos para longe dele. — O que você está fazendo aqui, Amber? — Meu pai perguntou, erguendo as sobrancelhas e dando um meio sorriso. O som de sua voz enviou
calafrios
na
minha
espinha
enquanto
eu
tentava
desesperadamente não lembrar minha infância. Eu tinha pesadelos com sua voz, seus olhos, o jeito que ele ficava tão reto, e como seus punhos estavam sempre fechados, assim como eles estavam agora. — Eu... Eu vim com o Johnny. Ele... Está se trocando. — Eu gaguejei. Imediatamente eu me xinguei mentalmente porque eu estava
gaguejando. Suas regras antigas voltando, falar claramente, sem resmungar. Ruby sorriu. — Bem, é bom você estar aqui. Gostaria de ficar para o jantar? Estamos chegando de viagem não há muita comida, nós não deveríamos voltar até mais tarde hoje, mas Matt tem estado doente toda semana, então voltamos cedo. — Ruby explicou enquanto beijou a cabeça do bebê suavemente. Ela parecia muito boa, muito agradável para este imbecil abusivo. Eu balancei minha cabeça, eu não podia falar. Minhas mãos tremiam tanto que as apertei com força, tentando permanecer no controle e não cair como uma pilha no chão. — Você tem certeza? Não tem nenhum problema. Nós adoraríamos tê-la para o jantar, não é Stephen? — Continuou ela, sorrindo para ele, completamente alheia que eu estava vivendo o meu pior pesadelo agora. Ele balançou a cabeça, seu olhar viajando o comprimento do meu corpo, me fazendo soar frio. — Eu tenho certeza, obrigada. — Eu disse baixinho, minha voz quebrando no final. O menino começou a chorar novamente. Os olhos de Ruby se arregalaram quando ela olhou para Stephen. — Eu vou dar-lhe alguns remédios e colocá-lo para dormir. — Disse ela, indo até um armário retirando um vidro de remédio e colher. Meu pai andou alguns passos em minha direção e eu me encolhi contra a porta, minha respiração saindo em suspiros rasos. Eu folheava meu telefone, procurando Johnny - ele era a pessoa mais próxima, se eu pudesse chamá-lo e lhe dizer sobre o inferno aqui embaixo, então nós
poderíamos sair. — Como tem passado, Amber? Eu tenho tentado te ver há anos, mas o seu irmão não me deixou. — Afirmou, zombando da palavra irmão. Ele estava tentando me ver e Jake não me contou? Por que diabos ele não iria me contar algo assim? Conhecendo Jake, ele provavelmente pensou que estava me protegendo. Eu olhei para a mãe de Johnny pedindo ajuda, ela estava colocando o frasco de remédio para trás agora. — Estou bem, obrigada — respondi. Olhei para o meu telefone, ele ainda estava chamando, Johnny não estava respondendo. Droga! — Vou colocar Matt na cama, então eu vou voltar e fazer um café ou algo assim. — Ruby sugeriu, sorrindo gentilmente para mim. — Tudo bem, amor. — Respondeu meu pai, seus olhos não deixando os meus. Engoli em seco, eu não poderia ficar sozinha com ele! — Posso ir com você? — Perguntei desesperada. Ruby me olhou um pouco chocada. — Eu gostaria de ver o quarto de Matt, se estiver tudo bem. — Eu menti rapidamente. Não havia nenhuma maneira que eu ficaria aqui com ele. — Eu não acho que é uma boa ideia, Amber. Matt não está bem. Você pode ver seu quarto outra hora. — Meu pai interveio antes que Ruby respondesse. Ruby sorriu. — Eu voltarei. — Ela saiu da sala com o menino agarrado ao pescoço. Dei um passo para o lado e quase corri para fora da sala depois dela. Assim que passei por ele, ele agarrou meu pulso, me puxando para uma
parada, quase me fazendo cair. Eu senti o grito tentando sair para fora da minha garganta, mas eu o engoli de volta para baixo, não poderia mostrar a ele o quanto de poder ele tinha sobre mim. — Você está linda, Amber. Assim como sua mãe quando ela tinha a sua idade. Você sempre foi como um fodido pêssego. — Ele sussurrou, lambendo os lábios enquanto arrastou a mão na minha bochecha. Eu lhe dei uma joelhada na virilha, puxando meu braço de sua posse e correndo o mais rápido que eu podia para o corredor. Eu não tinha ideia de onde eu deveria ir. Eu vim para cá no carro de Johnny, então eu não queria correr para fora da casa sem ter para onde ir. Então, ao invés disso, eu corri até as escadas, correndo pelo corredor até que vi uma porta com um ―Entre por seu próprio risco‖ com um sinal de perigo pendurado nela. Aquele tinha que ser do Johnny. Eu não me incomodei de bater, eu entrei pela porta, explodindo em soluços histéricos, enquanto inclinei contra ela. — Amber! Mas que diabos? — Johnny engasgou. Eu olhei para ele, ele estava apenas de toalha, seu corpo molhado. Eu me empurrei para longe da porta e me joguei em cima dele, o abraçando com força, ignorando a água de seu cabelo pingando em mim, eu soluçava contra seu pescoço. — O que há de errado? Amber, pelo amor de Deus! O que aconteceu? — Ele perguntou desesperadamente, esfregando suas mãos nas minhas costas tentando me acalmar. — Eu preciso ir para casa. Eu preciso ir, agora! — Eu chorei. Minhas pernas mal estavam me segurando, ele estava apoiando a maior parte do meu peso. Eu provavelmente estava machucando-o por causa do quão
forte eu estava segurando nele, mas ele não reclamou. — O que há de errado? — Ele perguntou, me puxando para trás, para poder olhar para mim. — Johnny, por favor? — Eu engasguei pra fora. Ele acenou com a cabeça e me puxou para a cama me fazendo sentar. — Eu preciso colocar uma roupa. — Disse ele, corando. Eu balancei a cabeça e fechei os olhos, tentando imaginar Liam, eu precisava me acalmar, eu não poderia entrar em colapso aqui. Eu podia ouvir ele se movendo, se vestindo. Menos de um minuto depois, ele pegou minha mão. — Eu estou pronto. Vamos lá. — Ele disse, me puxando para cima delicadamente. Agarrei sua mão com força enquanto ele me levou até a porta, ele parou com a mão na maçaneta. — Você promete que vai me contar sobre o que se trata mais tarde? — Ele perguntou, olhando para mim suplicante. Eu balancei a cabeça. Eu concordaria com tudo o que ele pedisse, se ele simplesmente desse o fora daqui comigo. Ele passou o braço em volta de mim, me puxando para o seu lado quando abriu a porta, nos levando rapidamente às escadas. Eu endureci quando sua mãe apareceu. — Merda! O que você está fazendo em casa? — Ele perguntou, chocado. Ela sorriu um pouco triste. — Matt não está bem. Ele estava doente na noite passada e tem ficado enjoado durante o dia todo, por isso voltamos para casa mais cedo. — Explicou ela, seus braços abertos para ele. Ele se afastou de mim e senti minha respiração travar na minha garganta por estar sozinha. Ele a abraçou rapidamente. — Senti sua falta. — Ela murmurou, acariciando suas costas.
Ele sorriu e beijou sua bochecha. — Eu também, olha mãe, eu preciso levar Amber para casa, seu irmão precisa dela. — Ele mentiu, voltando a mim rapidamente. Ela sorriu tristemente. — Tem certeza que você não pode ficar para o jantar, Amber? Stephen gostaria de passar algum tempo com você. Passar algum tempo comigo? Ela está brincando? Eu balancei minha cabeça. — Eu não posso. — Eu sussurrei. Meu pai andou virando o corredor e eu encolhi ao lado de Johnny, pressionando-me contra ele com tanta força que deveria estar realmente o ferindo. Seu braço se apertou em torno de mim e ele não sabia por que estava agindo desse jeito. Ele realmente é um grande meio-irmão. — Oi, Stephen. — Johnny cumprimentou, rigidamente. — Oi, Johnny. Sendo acolhedor com a minha filha? — Stephen perguntou, sua voz forte me fez estremecer. — Eu preciso ir. — Sussurrei desesperadamente, cavando meus dedos em seu lado. — Eu vou ver vocês mais tarde. — Disse Johnny, girando e empurrando-me na frente dele colocando-se entre mim e meu pai enquanto caminhávamos até a porta. Praticamente corri até o carro, observando a porta da frente o tempo todo, caso ele viesse atrás de mim. Eu sabia que ele não iria, ele precisava manter-se para sua esposa e Johnny, mas isso não impediu o pânico de subir ao meu peito. Johnny estava me observando com preocupação enquanto acelerava pelas ruas. — Você está bem, Amber? Você está muito pálida e tremendo.
— Disse ele, pegando a minha mão. Eu balancei a cabeça. — Eu quero ir para casa. — Botei pra fora. — Ok, shh eu vou te levar para casa. — Ele esfregou seu polegar sobre a palma da minha mão, dirigindo para minha casa. Eu fechei meus olhos. Ele realmente não tinha mudado nada, o jeito que ele olhou para mim virou meu estômago. Oh Deus, eu precisava de Liam! Após cerca de dez minutos tentando pensar em outra coisa ao invés do meu pai, nós pulamos para fora do carro. Eu explodi para fora do carro e corri para minha casa, rezando para que Liam estivesse em casa. Eu abri a porta e o vi sentado no sofá jogando PlayStation com Jake. Ambos olharam para cima quando entrei, Liam sorriu antes de sua cara cair. Ele pulou do sofá enquanto eu corria para ele. — Que diabos? — Ele gritou com raiva, olhando para Johnny atrás de mim. Atirei-me nele, soluçando. Caramba, eu precisava dele, ele era a única coisa que me manteve sã quando o meu mundo começou a desmoronar. Ele me enrolou em seus braços, me afastando de Johnny, todo o seu corpo tenso e estressado. — O que diabos está acontecendo? — Jake gritou, dando um passo em direção a Johnny, olhando realmente com raiva. — Eu não sei, estava trocando de roupa, em seguida, ela apenas apareceu apavorada e começou a chorar. Jake, eu não fiz nada! — Johnny gritou soando um pouco assustado. Jake agarrou meu braço, me puxando para longe de Liam. — Ele te machucou, Amber? — Perguntou ferozmente, apontando para Johnny
acusador. Eu balancei minha cabeça, tentando falar. Eles pensaram que Johnny tinha me machucado? — Eu fui a sua casa. Ele não deveria estar lá. — Eu chorei, minhas pernas cederam e Liam agarrou minha cintura antes e me pegou rapidamente antes que caísse no chão, ele se sentou, me puxando para o seu colo, esfregando o meu cabelo, tirando para longe do meu rosto e beijando minha bochecha. — Shh, está tudo bem, Anjo. Tudo está ok. — Ele murmurou. — Quem não deveria estar lá? Alguém precisa me dizer o que diabos aconteceu, agora! — Jake gritou ficando mais e mais furioso. — Pai. — Eu murmurei. Os olhos de Jake se arregalaram, suas mãos apertadas em punhos, sua mandíbula apertada. Senti os braços de Liam ficar mais apertado em torno de mim. — Você o viu? — Perguntou Jake, sua voz soando verdadeiramente ameaçadora. Assenti e observei o brilho de seus olhos direcionando a Johnny, como se isso fosse sua culpa. — Você a levou para a sua casa e deixou aquele idiota perto dela? — Jake rosnou, fazendo Johnny recuar. — Eu não sabia que ele estava lá! Ele não deveria estar lá. Eles vieram para casa mais cedo enquanto eu estava no chuveiro. — Protestou ele, segurando as mãos para cima inocentemente quando Jake olhou como se quisesse matá-lo ali mesmo. Se olhares pudessem matar, Johnny estaria morto agora. — O que ele fez, Anjo? — Liam sussurrou, puxando meu rosto para olhar para ele. Eu balancei minha cabeça. Poderia dizer a eles? Se eles
descobrissem, eu não tinha duvidas de que apareceriam lá num futuro, muito, muito próximo e então eles iam ficar em apuros. — Diga-me. — Liam ordenou. O abracei com força, eu não poderia mentir para ele. — Ele agarrou meu braço. Ele disse que eu... Estava linda, assim como a minha mãe na minha idade, e que eu estava como um f... Fodido p... Pêssego, — eu sussurrei, incapaz de dizer as palavras, minha voz pedindo carona através dos meus soluços. Os braços de Liam apertaram em torno de mim, tão apertados que estava começando a doer minhas costelas. — Liam, você está me machucando. — Eu gemia, segurando minhas mãos em seu cabelo. Seus braços soltaram instantaneamente, mas todo o seu corpo estava tão tenso que ele provavelmente estava dando a si mesmo uma úlcera. Jake pegou as chaves. — Eu vou. Você vem, Liam? — Perguntou Jake, dirigindo para a porta. Oh inferno não! Eu não podia deixá-los ficar em apuros! Liam me levantou de seu colo e me sentou no sofá. — Olhe ela. — Disse a Johnny severamente, quando ele se levantou para ir embora. — Não! — Eu gritei, agarrando a mão de Liam. — Jake, não! — Eu implorei. — Eu não vou deixar ele te machucar de novo. — Jake rosnou. — Ele não vai. Ele não vai chegar perto de mim. Foi minha culpa, eu não deveria ter ido para casa de Johnny. Eu não deveria ter assumido o risco. Por favor, por favor, não. Eu não posso vê-lo em apuros. Eu preciso de você. Eu preciso tanto de você. Por favor, não me deixe sozinha. — Eu
implorei. Apertei a mão de Liam para dar ênfase. — Por favor. — Eu implorei puxando-o para mais perto de mim novamente. Ele suspirou e olhou para Jake. — Ela está certa, Jake. Nós não podemos ir sem ele ter feito nada primeiro. Ele vai se safar, e nós vamos ser os únicos com problemas. — Liam raciocinou. Eu relaxei, Liam estava tendo senso, ele sempre pensava, ao contrário de Jake. — O que você quer dizer com, machucá-la de novo? — Johnny perguntou em voz baixa. Todos os três olharam para ele, Jake falou primeiro. — Nada. Eu acho que você deve ir, Johnny. — Ele acenou com a cabeça para a porta, sinalizando para ele sair. Johnny balançou cabeça. — Não, Amber, você prometeu que ia me dizer o que estava acontecendo. — Começou ele, olhando para mim suplicante. Ele está certo, eu disse isso. Jake olhou para mim, deixando-me tomar a decisão. — Eu disse. — Confirmei, balançando a cabeça e fechando os olhos, apertando-me contra Liam novamente. Caramba, isso ia ser tão difícil!
~Liam~
Eu a puxei de volta para o meu colo, querendo-a perto de mim. Meu coração ainda não havia retornado ao ritmo normal ao vê-la chorando
daquele jeito, estava com tanta raiva que meu maxilar estava doendo onde apertei os dentes com força, tentando permanecer no controle. Eu queria ir lá e bater nele até não sobrar nada, mas ela estava certa, nós seríamos os únicos nos metendo em confusão, e além disso ela não precisa de mais estresse agora Jake fez um gesto para Johnny se sentar no sofá à nossa frente, e sentou-se ao lado dele. Ambos olharam estressados. Amber se enrolou em uma bola no meu colo, puxando os joelhos para cima e colocando o rosto no lado do meu pescoço. Eu balancei-a gentilmente enquanto ouvia Jake dizer a Johnny sobre o abuso de quando eram crianças, como seu pai havia tentado atacar Amber, e como nós o havíamos expulsado ha três anos atrás. Ele deixou de fora a parte sobre o abuso sexual, ninguém realmente sabia muito porque ela se recusava a falar sobre isso. O tempo todo Johnny ficou ali sentado, brincando com as mãos. Por que ele não ficou chocado com tudo isso? Se alguém me dissesse que seu pai havia os abusado ha três anos, eu acho que ficaria pelo menos um pouco chocado, não ficaria? Após cerca de dez minutos olhei Amber para ver que ela estava dormindo em meus braços. Ela parecia tão triste e vulnerável, seu rosto ainda estava vermelho de tanto chorar. Eu nunca deixaria nada machucá-la novamente. Acenei para chamar a atenção de Jake. — Eu estou indo colocá-la na cama. — Eu sussurrei, levantando e tentando mantê-la enquanto a levava para o seu quarto, a colocando em sua cama. Ela gemeu e se aconchegou mais perto de mim, então eu me deitei com ela por um par de
minutos até que ela estava de volta ao seu sono profundo. Eu beijei sua testa e voltei para a sala de estar. Johnny estava com a cabeça em suas mãos e Jake parecia estar com raiva de novo. — O que há de errado? — Eu perguntei, olhando entre os dois. Jake olhou para mim, ele parecia muito estressado e preocupado. Eu nunca vejo como Jake está, ele sempre parecia muito forte e vê-lo assim me fazia ficar um pouco doente. — Ele está fazendo isso de novo, ele bate em Johnny e na sua mãe algumas vezes. — Jake rosnou, olhando enojado. Droga! Eu disse a Jake que deveria ter chamado a polícia ao invés de apenas chutá-lo para fora, mas ele insistiu que não queria que Amber passasse por isso e agora ele estava fazendo isso com outras pessoas. — Minha mãe estava falando sobre deixá-lo no ano passado, mas nos mudamos para cá e ela disse que era um novo começo e que todos nós deveríamos começar de novo, mas isso não ajudou. — Johnny disse com tristeza. Ajoelhei-me ao lado dele e coloquei minha mão em seu ombro. Eu realmente não o conheço muito bem, ele é mais amigo de Amber do que meu mas eu sabia que ele era um bom garoto. — Johnny, sua mãe quer deixa-lo? — Eu perguntei, olhando para Jake, que parecia estar pronto para explodir a qualquer minuto. Eu teria que ficar de olho nele. Se chegasse a hora, então eu estaria lá ao seu lado, mas não correríamos para nada, seria necessário olhar como autodefesa. Johnny encolheu os ombros. — Eu não falei com ela sobre isso desde que nos mudamos para cá, então eu não sei. Eu sei que ela está
com medo por causa de Matt, ele não chegou a bater nele ainda, mas ele só tem um ano de idade. — Ele respondeu, sua voz quebrando. Eu apertei seu ombro, aquele idiota era um verdadeiro doente. Jake sentou-se ao lado dele e acariciou sua costas sem jeito. Como garotos, nós não sabíamos como dar apoio. Anjo seria perfeita para isso, ela era tão malditamente amorosa e gentil. — Johnny, você precisa dizer a sua mãe que ele já fez isso antes, pode ser o empurrão que ela precisa para deixá-lo antes que ele faça qualquer coisa para Matt. — Jake disse gentilmente. Johnny acenou com a cabeça, ficando de pé. — Eu vou voltar para casa e falar com ela quando puder. — Johnny, se você precisar de ajuda pode me chamar, dia ou noite, entendeu? E se você precisar de um lugar para ficar por alguns dias, pode ficar aqui, sua mãe e seu irmão também. — Jake disse fortemente, ele quis dizer isso, Jake era um grande cara e ele nunca deixaria ninguém machucar sua família ou amigos, eu acho que tecnicamente Johnny era da sua família também. — Obrigado, vou esperar ele não estar em casa e então eu vou falar com ela. — Johnny acenou com a cabeça, parecendo muito triste e um pouco assustado. — Me chame e me deixe saber como ele vai e eu estou falando sério sobre o lugar para ficar, minha mãe não vai se importar, ela não vai estar aqui por duas semanas. — Jake disse, andando com Johnny até a porta, ele colocou o braço em torno do ombro dele. — Tudo vai ficar bem. — Jake assegurou. Johnny parecia um menino perdido, ele não parecia pronto
para tudo isso, mas eu acho que ele precisa se equipar rapidamente como Jake fez quando era mais jovem. — Eu não acho que você deveria dizer a Amber sobre isso, ela realmente não precisa de mais nada para se preocupar, e eu nem sei o que minha mãe vai dizer sobre tudo isso. — Johnny murmurou, franzindo a testa. Eu balancei a cabeça, isso provavelmente era uma boa ideia. Se anjo soubesse sobre isso ela estaria fazendo todo o trabalho sozinha, se preocupando com Johnny e Matt e todos nós sabíamos que sua mãe pode querer não deixá-lo. Poderíamos falar quando chegar a hora. — Sim, boa ideia. — eu concordei, balançando a cabeça. — OK, obrigado, até mais. — Ele sorriu tristemente e saiu da casa. Jake fechou a porta e apertou a testa contra ela. — Liam, você precisa me dar uma boa razão para eu não ir lá e cortar sua garganta. — Ele rosnou, todo o seu corpo rígido. — Porque então você estaria na cadeia, e Anjo não teria seu irmão mais velho para protegê-la. — Eu disse rapidamente, sabendo que Amber é a única coisa que poderia mantê-lo calmo e contido. Jake se virou e fez algo que eu nunca tinha visto-o fazer em sua vida, ele caiu contra a porta, puxou os joelhos até o peito e chorou. Senti meu interior se contorcer com a visão dele, eu estava com tanta raiva de novo que precisava me lembrar do mesmo motivo para não ir até lá e cortar sua garganta. Sentei-me ao lado de Jake e coloquei meu braço em torno de seu ombro enquanto ele chorava. Eu não acho que ele já teve uma liberação apropriada antes.
~Amber~
As coisas estavam tensas entre mim e Johnny durante a última semana, eu sabia que ele sabia o que meu pai tinha feito para nós. Algumas coisas, de qualquer maneira. Jake me garantiu que ele não lhe disse muito sobre mim, porque ele sabia que eu não queria que as pessoas soubessem. Eu disse a Johnny que eu não queria falar sobre nada disso. Ele respeitou. Ele saía mais com Jake e Liam do que comigo e Kate. Eles estavam sempre sussurrando e paravam sempre que eu chegava perto deles. Pergunto-me se eles estavam falando de mim, mas para ser honesta não quero saber, eu não quero falar sobre esse homem nunca mais, por isso, se eles estavam felizes falando de mim e me deixando de fora, isso é bom. Quando acordei na manhã de sexta, Liam já estava de pé e se vestindo silenciosamente. — Ei você está fazendo a caminhada da vergonha? — Eu provoquei, me perguntando por que ele estava escapando do meu quarto. Ele nunca acordava antes de mim. Ele riu e puxou sua camiseta antes de subir de volta na cama. Liguei meus dedos em sua cintura, o puxando para perto de mim. — A única vergonha que tenho é sair de sua cama, ficaria feliz em ficar na cama com você pra sempre, mas eu tenho algo que preciso fazer hoje, então tenho que ir. — Ele me beijou suavemente, fazendo com que as habituais vibrações do seu beijo aparecessem no meu estomago.
Algo que ele tem que fazer? O que? — O que você tem que fazer, garoto amante? — Eu perguntei, o puxando para perto de mim, impedindo ele de se levantar. Ele sorriu e rolou de costas, me puxando para cima dele. — Nada de interessante, só preciso resolver algumas coisas para a faculdade, isso é tudo. — Ele respondeu, parecendo desconfortável. Ele estava mentindo para mim? Eu olhei para seu rosto, seus olhos estavam um pouco apertados, ele está definitivamente parecendo desconfortável com alguma coisa. — Liam, tem algo errado? — Eu perguntei preocupada. Oh merda, ele está vendo outra pessoa ou algo assim? Ele sorriu e enrolou os dedos no meu cabelo. — Nada está errado, não preocupe sua pequena cabeça com nada, alguns olheiros querem se encontrar comigo e este é o único horário que eles poderiam me ver. — Explicou, ainda parecendo desconfortável. Eu assenti, obviamente ele tinha algo que estava tentando manter de mim. Ele me diria eventualmente. Eu confiava nele. Tinha certeza que ele não iria me trair - tinha sido apenas um impulso estúpido no momento em que pensei. Sabia que ele me amava. Inclinei-me para frente e o beijei, afastando para morder seu queixo. Ele adorou quando eu fiz isso. Suas mãos apertaram minha cintura enquanto sua respiração começou a acelerar. Eu sorri e mordi o lóbulo da sua orelha. Ele gemeu. — Anjo, eu preciso ir. Não me provoque. — Ele lamentou. Eu sorri contra seu pescoço e sentei fazendo beicinho, decidindo me divertir um pouco com ele antes de sair. Suspirei dramaticamente. — Ok,
bem, acho que vou ter que tomar banho sozinha, então. Ele gemeu de novo. — Anjo, não faça isso comigo. Não é justo, você sabe. — ele resmungou franzindo a testa. Eu não poderia ajudar, apenas podia rir de sua expressão de luxuria enquanto eu saía fora dele. — Bom, tenha diversão com seus olheiros, vá impressioná-los com seu talento, amante. — Eu instruí, o beijando suavemente novamente. Ele afastou meu cabelo colocando atrás da minha orelha. — Eu te amo. Vejo você depois da escola. Eu fiz uma careta. Ele não vai para a escola? — Você não vem para a escola depois? — Eu perguntei, decepcionada porque não conseguiria vê-lo muito hoje. Ele suspirou e balançou a cabeça. — Não, eu vou te ver depois. — Ele respondeu, beijando-me novamente quando saiu da cama. — Liam? — Eu chamei quando ele estava prestes a sair pela porta, ele parou e olhou para mim, curioso. — Eu também te amo e boa sorte com os olheiros, basta lembrar que eles terão sorte de ter você e não o contrário. — Eu disse honestamente. Olheiros caíam sobre Liam, ele não precisava
trabalhar
muito
para
impressionar
as
pessoas,
suas
habilidades falavam por si. Ele sorriu e piscou para mim antes de ir. Tomei banho e saí para tomar café da manhã, Jake estava sentado de pijama apesar de ser quase a hora de sair. — Ei, é melhor se apressar ou vamos nos atrasar. — Eu o repreendi, franzindo a testa com o pensamento de uma detenção.
Ele balançou a cabeça. — Eu não estou me sentindo bem, então eu não vou, pedi para Casey levar você porque Liam vai ver os olheiros. — Disse ele calmamente. Jake quase nunca ficava doente, eu andei até ele um pouco preocupada e coloquei minha mão em sua testa, ele não se estava quente. — Eu não acho que você tem uma febre. O que há de errado? — Eu perguntei, preocupada. — Eu me sinto doente isso é tudo. Vou voltar para a cama. Casey estará aqui em 15 minutos. — Ele respondeu, se levantando e indo em direção ao corredor. — Você quer que eu pegue alguma coisa, Jake? — Eu perguntei. Ele balançou a cabeça. — Eu vou ficar bem, Ambs. Vejo você mais tarde. — Ele acenou por cima do ombro e desapareceu em seu quarto. Casey foi engraçado na ida para a escola, eu sempre gostei dele e ele não deu em cima de mim, o que foi ótimo, os caras tinham parado de fazer seus comentários desde que eu tinha ficado com Liam. Quando nós chegamos, vi Kate, Sarah e Sean então eu pulei para eles. — Oi. — Eu disse, sorrindo. — Oi Amber, onde estão Liam e Jake? — Perguntou Sean, olhando por cima do meu ombro. — Liam foi encontrar alguns olheiros universitários. — Disse com orgulho. — E Jake está doente. — Eu acrescentei, virando meu nariz, eu espero que ele não vomite em qualquer lugar e deixe para eu limpar! — Sério? Johnny está doente também. Ele me ligou esta manhã. —
Kate disse, fazendo beicinho. Ele ainda não pediu para namorar com ela, mas ele disse que ia fazer isso. Eu não tinha dito a ela que ele tinha falado, achei que seria melhor vir dele. — Johnny está doente também? Espero que não haja nada acontecendo ao redor. — Eu estremeci com o pensamento de estar doente, odiava vomitar. — Eu também. Venha, vamos para a aula. — Kate sugeriu, ligando seu braço no meu e me puxando para o prédio. A escola passou incrivelmente devagar, porque eu não tinha visto Liam na hora do almoço. Manhã e tarde apenas um longo dia borrado sem Liam e eu comecei a me sentir um pouco doente também. Meu estômago estava enjoado e eu não consegui comer na hora do almoço. Maravilhoso, agora eu estava ficando doente. Eu tentei ligar para Jake para ver como ele estava se sentindo, mas não houve resposta, ele provavelmente estava dormindo ou algo assim. Kate estava me levando para casa porque os meninos não estavam aqui hoje. Ela me deixou na frente e entrei em casa exausta,tudo o que eu queria fazer era ir dormir. Enquanto eu caminhava pela porta da frente, vi malas e caixas e sacos de lixo pretos cheios de coisas, todos amontoados no corredor. Que diabos é tudo isso? — Jake? — Eu chamei. Eu podia ouvir vozes na cozinha, então eu fiz o meu caminho para lá, só pra ver Liam, Jake, Johnny e Ruby que estava segurando uma criança em seus braços, que suponho que era o meu irmão mais novo, Matt. Eu não o tinha visto oficialmente além da parte de trás de sua
cabeça na semana passada. Que diabos eles estão fazendo aqui? Espere, eu pensei que Kate disse que Johnny estava doente - ele não parecia doente. — Ei, o que é tudo isso? Vocês estão tendo uma reunião? — Eu provoquei. Ruby sorriu levemente para mim, seus olhos estavam ligeiramente rosados, como se tivesse chorado. Senti minhas costas endurecendo com a visão de seu rosto triste. Liam se aproximou e passou o braço em volta da minha cintura. — Anjo, temos algo a dizer. — Disse ele em voz baixa. Engoli em seco por causa do tom de sua voz. Seria ruim o que quer que fosse. Jake deu um passo adiante. — Ele está fazendo isso de novo, Ambs, eles o deixaram, eu disse que eles poderiam ficar aqui por um tempo. Mamãe disse estar tudo bem. — Explicou. Ruby começou a chorar baixinho. Eu olhei para Johnny. Ele estava sendo abusado e ele não me contou? Eu podia sentir-me ficando irritada com ele. Ele sabia o que o homem tinha feito para nós, ele deve ter sabido que poderia falar comigo! Eu abri minha boca, prestes a gritar com ele, mas sua expressão me parou. Ele parecia tão triste, culpado, e na verdade, com um pouco de medo. Eu saí dos braços de Liam e abracei Johnny com força. Deus, ele tinha sido abusado pelo homem dos meus pesadelos também, eu não deveria estar com raiva dele, ele não precisava disso além de todo o resto. De repente, tudo fez sentido para mim, ele nunca gostou de falar sobre ele também. Quando eu perguntei se ele se dava bem com ele, ele sempre parecia muito desconfortável. Ele estava tão tenso quando eu
estava na casa dele, na semana passada, quando ele viu o meu pai. — Você poderia ter falado comigo. — Eu sussurrei, sentindo as lágrimas caírem pelo meu rosto lentamente, de luto, porque eu sabia exatamente como ele estava se sentindo agora. Pelo menos eu tinha Jake e Liam para cuidar de mim, mas Johnny era o mais velho, ele provavelmente sentiu como se fosse o único para proteger sua mãe e seu irmão. Johnny me abraçou de volta. — Eu não queria incomodar você. Estivemos planejando a semana toda. Jake e Liam nos ajudaram a arrumar nossas coisas hoje enquanto ele estava no trabalho, ele não vai estar em casa durante o final de semana. Não volta até domingo de manhã. Eu me afastei e beijei sua bochecha. — Está tudo ok agora, não se preocupe, ele não pode ferir você mais. — Eu disse com firmeza, me virei e abracei Ruby, mesmo não sabendo dela, ela apenas olhou como se precisasse de um abraço agora, o bebê em seus braços era lindo, ele se parecia com ela, mas com o cabelo loiro. — Você está bem, Ambs? — Perguntou Jake, a preocupação colorindo sua voz. Engoli em seco ruidosamente, estava me sentindo doente de fato, acho que estava um pouco sobrecarregada por tudo, não poderia realmente aguentar aquilo tudo. — Na verdade, eu me sinto um pouco estranha. — Eu admiti, esfregando a mão sobre meu rosto. — Anjo, você parece um pouco pálida, quer uma bebida ou algo assim? — Perguntou Liam, andando até mim.
Droga, estรก tรฃo quente! Meus lรกbios e dedos estavam formigando. Eu comecei a me sentir um pouco tonta.
Capítulo 20 Eu estava vagamente consciente de um som irritante. Minha cabeça latejava e pulsava de um lado. Fechei meus olhos tentando fazer a dor ir embora. — Anjo? — Liam disse perto da minha cabeça. Eu gemi e virei minha cabeça em direção a sua voz. Sentia-me terrível, estava em uma espécie de bolha, finalmente abri meus olhos para vê-lo se inclinando sobre mim, lindo como sempre, exceto agora que ele parecia estressado, ele estava franzindo a testa, sua mandíbula apertada. — Oi. — Eu resmunguei, tentando sorrir e ignorar a dor em minha cabeça. — Graças a Deus, você me assustou. — Ele abaixou a cabeça e beijou minha testa suavemente, parecendo suspirar de alívio. — Ok, se eu puder entrar e dar uma olhada. — Uma voz feminina disse severamente. Olhei em volta e não tinha ideia de onde estava, estava em uma pequena cama. Era um pequeno quarto com prateleiras e armários ao longo das paredes - exceto que estávamos nos movendo, podia sentir as vibrações da estrada. Liam foi para o lado e uma senhora com um macacão verde se inclinou sobre mim.
— Oi, Amber. Como você está se sentindo? — Perguntou ela, brilhando um pouco de luz nos meus olhos. Eu empurrei a mão dela, olhando para Liam novamente. — Onde eu estou? — Perguntei ligeiramente em pânico, como diabos eu cheguei aqui? Estava na cozinha, então me senti um pouco doente... — Você está em uma ambulância, querida. Você desmaiou e bateu a cabeça no balcão da cozinha. — Explicou ela, pegando minhas mãos e colocando para baixo no meu peito. — Eu só preciso verificar você, você esteve inconsciente por cerca de vinte minutos. Ela acendeu a luz nos meus olhos novamente, balançando a cabeça, parecendo satisfeita. — Sua cabeça dói? — Ela perguntou, tocando atrás da minha orelha levemente. Dor atravessou minha cabeça e eu assobiei por entre os dentes. — Eu acho que você vai precisar de um par de pontos aqui. — Ela disse, acenando a cabeça para o lado da minha cabeça. Estendi a mão para Liam, ele imediatamente pegou e beijou meus dedos, seus olhos não deixaram meu rosto. Ele parecia muito estressado. Depois de mais alguns minutos, entramos no hospital e eles começaram a rodar para me tirar da pequena cama. — Eu posso andar. — Eu protestei, me sentindo estúpida por ser levada para o hospital em cima de uma cama. — Desculpe querida, é uma prática comum. Você chega com luzes, você entra em uma cama. — Ela respondeu, piscando para mim, sorri fracamente e Liam riu, mas não era a sua risada de costume, foi apertada e sem humor. Fomos levados para um pequeno cubículo e deixados por nossa
própria conta. — O que aconteceu, meu Anjo? — Liam perguntou, escovando sua mão sobre o meu rosto suavemente. Dei de ombros em seguida, fiz uma careta quando movimentei minha cabeça fazendo doer de novo. — Eu não sei, me se senti um pouco tonta, então acordei com você na ambulância. — Eu expliquei, isso era tudo o que conseguia lembrar. — Você me assustou. Nunca mais faça isso novamente, me prometa. — Ele instruiu, me fazendo rir com o quão sério ele estava, ele queria que eu prometesse não desmaiar de novo? — Liam, eu não posso prometer algo que não tenho o controle. — Eu provoquei, ainda rindo. Ele suspirou e se inclinou, me beijando levemente, colocando meu corpo em chamas, ele se afastou quando a cortina se abriu e um médico entrou. — Oops, desculpe, devo voltar mais tarde? — O médico perguntou, sorrindo. Eu ri, envergonhada por ter sido pega fazendo isso em um hospital. — Sim, você poderia nos dar cinco minutos? — Liam brincou, fazendo o cara rir. Ele segurou minha mão com força enquanto o doutor olhou nos meus olhos e verificou a minha cabeça, escrevendo em seu bloco. — Então, você desmaiou Amber, você está se sentindo bem hoje? Tomou qualquer coisa que não deveria ter tomado? — Ele perguntou, me olhando um pouco desconfiado. — Como drogas ou algo assim? — Eu perguntei, chocada. Será que eu pareço como uma maldita viciada em drogas? Ele assentiu com a
cabeça, olhando para mim com expectativa. — Não, eu não tomei nada, estou me sentindo um pouco enjoada hoje. Eu admiti. Ele rabiscou novamente. — Você já comeu? Eu pensei sobre isso. Eu tinha comido? Comi uma torrada no café da manhã, mas não almocei porque me sentia doente. — Hum, não realmente, eu me senti mal na hora do almoço. — Hmm, esse provavelmente é o problema, você está sob algum tipo de estresse? Tem feito exames ou algo do tipo? — Ele perguntou, escrevendo novamente. Estresse. Uau, isso é esperado. Meu pai abusivo voltou para a cidade trazendo consigo uma nova família. Uma semana atrás, eu o vi novamente pela primeira vez desde que ele tentou me pegar a força. Agora descobri que ele está abusando sua nova família e eles estão se mudando para ficar conosco por um tempo. Na verdade, quanto tempo eles iriam ficar com a gente? Será que alguém mencionou isso? Eu teria que ficar com Johnny e Jake, Ruby e Matt poderiam ficar no quarto da minha mãe, então quando minha mãe chegasse em casa eu poderia... — Amber? — O médico disse, me tirando do meu próprio mundinho. — Ah certo, eu tenho tido estresse ultimamente em minha vida. — Eu disse, mordendo meu lábio. — Bem, o estresse pode fazer coisas engraçadas com você, você realmente precisa comer corretamente, vou pedir alguns exames de sangue para certificar se não há mais nada acontecendo, vou arranjar alguém para vir e fazer o ponto na sua cabeça e vou manter você aqui por um par de horas apenas para verificar se está tudo bem. — Afirmou,
sorrindo gentilmente. Ele foi até o armário e tirou uma agulha, olhei para Liam com os olhos arregalados, odiava agulhas, quando o médico se aproximou de mim, Liam inclinou a cabeça e me beijou. Fechei meu olhos e derreti meus lábios contra os dele. Caramba, ele é tão bom! — Ok, tudo feito, eu vou ficar com estes, eles devem estar de volta em mais ou menos uma hora. — O médico anunciou, jogando a agulha no lixo e escrevendo em um pequeno frasco. Olhei para o meu braço para ver a pequena fita branca segurando uma bola de algodão no interior do meu cotovelo. — Você já fez? — Eu perguntei, chocada. Uau, eu nem sequer senti! O médico e Liam riram. — Sim, tudo feito. Ah o poder da distração. — O médico refletiu sorrindo. Sorri para Liam, eu teria que levá-lo para cada picada que eu teria que tomar de agora em diante. — Ok então, uma enfermeira vai colocar o ponto na sua cabeça em poucos minutos, você provavelmente vai ficar aqui por duas ou três horas. — Disse ele, indo até a cortina. Eu balancei a cabeça. — O meu namorado pode ficar comigo? — Eu perguntei esperançosamente agarrando a mão de Liam. Eu não queria ficar nesse pequeno lugar estéril por conta própria. — Claro, tudo bem, porém apenas um visitante, assim você pode querer dizer a multidão perguntando sobre você. — Sugeriu, rindo enquanto saiu e puxou a cortina de volta.
Multidão? O que é isso? Eu olhei para Liam. Ele sorriu. — Todos eles vieram, tive que literalmente empurrar Jake para fora da ambulância, quando disseram que somente uma pessoa poderia ficar com você. — Disse ele, parecendo um pouco culpado por isso. Eu sorri e apertei a mão dele. — Bem, eu estou feliz de ter acordado com você ao invés de Jake, então obrigada. Ele abaixou a cabeça e me beijou levemente. — Estou feliz também. — Ele suspirou. É melhor eu ir e dizer a todos que você está bem e que eles devem ir para a casa. — Disse, se levantando. — Vá rápido, ok? — eu pedi, implorando com meu rosto. Ele sorriu. — Vou ser o mais rápido que eu puder. — Ele prometeu, beijando minha testa e saindo rapidamente. Fechei meus olhos e ouvi a enfermaria barulhenta esperando-o voltar. Liam voltou em cinco minutos com um sanduíche pré-embalado e uma bebida. — Ei, eu não tenho certeza se você está autorizada para comer, então você vai ter que esperar a enfermeira chegar para costurar sua cabeça, eu não perdi isso, perdi? — Ele perguntou, preocupado. — Não, você não perdeu. — Eu sorri com o pensamento que ele estava sendo atencioso o tempo todo. Ele sentou na cadeirinha e segurou minha mão. A enfermeira veio poucos minutos mais tarde e me deu pontos, aparentemente eu precisara de seis. Liam ficou comigo e me distraiu o tempo todo, ele realmente foi o melhor analgésico conhecido pelo homem, talvez eu devesse tentar engarrafa-lo de alguma forma e em seguida o vender, ficaria rica!
Finalmente depois de uma hora e meia, o médico voltou. — Tenho o resultado do seu exame de sangue e não foi a falta de comida que fez você desmaiar. — Disse ele, me olhando sério. Liam ficou tenso ao meu lado, apertando minha mão, se inclinando para frente de sua cadeira, não me surpreenderia se ele caísse a qualquer momento. — Ok, então o que foi? — Perguntei curiosa, não podia ser nada ruim, eu tinha apenas dezesseis anos pelo amor de Deus, não fumava, não bebia e não estava acima do peso, me exercitava regularmente. Quer dizer que eu não deveria ser capaz de ficar doente, ou deveria? — Você está grávida. — Ele afirmou Comecei a rir, isso foi engraçado, ele quase me pegou. Balancei minha cabeça, ainda rindo. — Sério, o que foi? Ele olhou de mim para Liam. — Você está grávida. — Ele repetiu. Parei de rir imediatamente, não poderia estar grávida. Não, isso foi um erro. — Não pode ser, estou tomando pílula, tomei todos os dias e não perdi uma, tomo exatamente às oito horas da manhã. — Eu protestei, balançando a cabeça, tinha que ser outra coisa. Olhei para Liam, ele estava olhando para o médico com a boca entreaberta. — Bem, quando foi sua última menstruação? — perguntou o médico Olhei para Liam novamente. — Duas semanas atrás, eu estava tomando a pílula quando parei por uma semana, então foi definitivamente ha duas semanas atrás, teria a minha próxima daqui a duas semanas. — Eu disse de forma positiva.
— E o seu período, como foi? Tão pesado como o normal? — O médico perguntou, escrevendo em seu bloco novamente. Tão pesado como o normal? Eu pensei sobre isso. Na verdade, foi muito leve, mas isso era porque estava tomando pílula, Kate disse que fez seus períodos ficarem mais leve. — Ele foi leve, mas definitivamente tive um há duas semanas, não posso estar grávida. — Eu disse com firmeza. — Ás vezes, você pode ter períodos muito leves durante a gravidez, é chamado de sangramento de escape, quanto tempo você tem tomado a pílula? — ele perguntou, curioso. — Seis semanas. — Eu respondi em voz baixa. Isso não podia estar certo. Por favor, me diga que isso é um erro enorme ou até mesmo um daqueles programas com câmeras ocultas e as pessoas vão saltar e gritar ''te peguei!'' a qualquer minuto. — E quando você começou a tomá-lo, você tomou no primeiro dia do seu período? — ele perguntou. Balancei minha cabeça. — Foi um par de semanas depois do meu período, que diferença isso faz? — Eu perguntei, começando a ficar nervosa. — Certo, bem, quando você começa a tomar pílula, você precisa começar no primeiro dia do seu período e em seguida ele será eficaz imediatamente, se você tomar ele depois de cinco dias, ele só será eficaz depois de duas semanas, mas se você começar em qualquer outro dia então você precisa começar uma segunda cartela antes que ele entre em vigor. — Explicou ele em voz baixa
Então isso significa que a pílula nem sequer havia começado a funcionar até duas semanas atrás, quando comecei a tomar minha segunda cartela e nós tínhamos feito sexo sem proteção o tempo todo! Liam ainda estava olhando para ele. Ele não disse nada, eu nem tinha certeza se ele estava respirando, ele estava tão imóvel que parecia uma estátua. — Estou indo pegar uma máquina de ultrassom portátil para darmos uma olhadinha ok? — O medico sugeriu, sorrindo gentilmente e desaparecendo pela cortina. — Liam. — Eu sussurrei. Ele honestamente estava me assustando um pouco, eu nunca tinha visto alguém ficar tão quieto em toda a minha vida, não era natural. Ele não respondeu. O médico voltou e vi como ele esguichou um pouco de gel na minha barriga e apertou uma coisa que se parecia como um pequeno microfone no meu estômago, rolando por lá. Oh merda, por favor, deixe isso ser um erro. Ele parou, ainda segurando e assentiu. — Sim, definitivamente grávida, eu diria a partir do tamanho aqui, que você está de quatro, talvez cinco semanas, você quer ver? — Ele ofereceu, segurando o pequeno aparelho em mim. — Não. — Eu recusei, o empurrando para longe rapidamente. Eu não queria ver porque não seria capaz de fazer o que precisava ser feito. Não poderia ter um bebê. Somos muito jovens, isso poderia arruinar tudo. Nós apenas estávamos juntos, não havia muita coisa acontecendo. Liam estaria me deixando para ir à faculdade logo. Não poderíamos ter um bebê, eu não iria arruinar os sonhos de Liam. Ele
sempre quis jogar hóquei e eu não poderia tirar isso dele. Não conseguia olhar para o pequeno aparelho, não poderia ver o bebezinho lá porque precisava ficar forte. — Você não quer ver? — O médico perguntou, parecendo um pouco confuso. Eu balancei minha cabeça. — Não, quero fazer um aborto. — Eu disse com firmeza. Liam se moveu. Oh, graças a Deus, finalmente! — Um aborto? O quê? Por quê? — Ele gritou, chocado. Olhei para ele. Ele estava olhando para mim, horrorizado, como se eu tivesse acabado de acerta-lo com um pesado objeto ou algo assim. — Porque precisa ser feito. — Eu disse olhando para longe de seu olhar intenso. Virei para o médico. — Posso fazer isso hoje? O que precisa ser feito? — Eu perguntei, nervosa. — Bem, há duas maneiras, um aborto medicinal, que é tomar uma pílula hoje e outra amanhã que seria basicamente trazer o período, ou há uma cirurgia que precisa ser feita sob anestesia geral que seria remover tudo. — Explicou em seu tom de negócios. Eu me encolhi, odiava o som de ambos mas precisava fazer isso, não podia pensar nele como um bebê, um pequeno Liam, porque senão não seria capaz de me livrar dele. — Você pode nos dar um minuto? — Liam pediu. O médico balançou a cabeça e saiu rapidamente. — Anjo, o que diabos você está fazendo? — Liam perguntou uma vez que estávamos sozinhos. Ele pegou minhas
mãos, olhando para mim como se eu tivesse perdido a cabeça ou algo assim. — Liam, não podemos ter um bebê! Tenho dezesseis anos. Você está indo para a faculdade. Nós não podemos. — Eu expliquei, balançando a cabeça. Ele balançou a cabeça. — Anjo, pense sobre isso, por favor? Eu te amo, você me ama. Quero ter filhos um dia. Quero dizer, merda, isso é muito mais cedo do que eu pensava. — Ele soltou um grande suspiro, passando a mão pelo cabelo, nervoso. — Liam, nós não podemos, você está indo para uma faculdade em Boston pelo amor de Deus, não posso cuidar de um bebê sozinha. Não seja ridículo! — Eu chorei, balançando a cabeça, ele não estava pensando sobre isso corretamente. Ele subiu na cama, deitando ao meu lado. — Anjo, apenas me escute, ok? — Ele implorou. Eu balancei a cabeça e o olhei, incapaz de ver o que ele poderia dizer para fazer isso direito. Não havia nada que ele pudesse sugerir, não havia outra maneira. — Eu te amo mais do que qualquer coisa no mundo. Antes que isso acontecesse eu ia rejeitar a minha bolsa e ficar numa faculdade por aqui. — Ele começou. Eu abri minha boca para dizer que ele estava sendo estúpido, mas ele cobriu minha boca, me olhando suplicante. — Eu queria pedir para você vir comigo para Boston. Mas eu não poderia pedir para você se afastar de sua casa, de Jake e seus amigos, então eu decidi ficar aqui com você. — Disse ele, encolhendo os ombros. Jesus, ele é tão malditamente doce e prestativo, mas como isso se
relaciona a nós termos um bebê, ele provavelmente não iria começar a ir a faculdade de qualquer maneira, como ele conseguiria um emprego? Eu teria que abandonar a escola, mesmo sem a graduação. Ele sorriu enquanto continuava a tentar me convencer. — Nós poderíamos fazer isso, minha mãe iria ajudar, eu vou para a faculdade e consigo um emprego de noite e nos fins de semana para ganhar algum dinheiro, você teria que terminar a escola por correspondência ou poderíamos ter uma babá para que você possa ir para escola ou talvez até minha mãe faça. — Sugeriu ele, olhando para mim com esperança. — Esse é o nosso primeiro bebê Anjo, um bebê que fizemos juntos, você apenas pode pensar sobre isso, por favor? Vai ser difícil por um tempo, mas uma vez que eu assinar com uma equipe, eu vou ser capaz de dar tudo o que você quiser, para os dois. — Ele murmurou, esfregando a mão sobre minha barriga levemente. — Liam, eu não quero estragar o seu futuro. — Eu sussurrei. Ele sorriu e me beijou levemente. — Anjo, você é meu futuro. — Ele respondeu, colocando a mão sob minha blusa, e colocando a mão no meu estômago. Eu olhei para seu rosto lindo, seus olhos azuis estavam brilhando com amor quando ele acariciou a mão na minha barriga. — Eu não fiz isso para prendê-lo. — Eu disse, nervosa. Ele riu e revirou os olhos. — Você me prendeu quando tinha apenas quatro anos de idade e estava usando um vestido azul com um laço na parte de trás e suas pequenas meias brancas. A primeira vez que te vi eu já estava preso, isso... — ele desenhou um pequeno circulo no meu
estômago com um dedo — isso é um bônus, claro, estava esperando por isso em cinco ou seis anos mas mesmo assim... É um bônus. — Disse ele, sorrindo. Será que podemos realmente fazer isso? Ele iria ficar aqui comigo? — Você realmente vai ficar comigo e desistir de sua bolsa? — Eu perguntei, um pouco chocada. Ele trabalhou tanto para ficar com essa bolsa de estudos, é uma oportunidade incrível e ele abriria mão por mim e o bebê? Ele sorriu. — Anjo, se você quiser se livrar do bebê porque você quer, eu poderia entender, mas não faça isso por mim, quero ficar aqui com você, se você não estivesse grávida, eu ainda estaria recusando a oferta. — Prometeu, realizando manobras para ficar perto de mim na cama, envolvendo os braços em volta de mim. Enterrei meu rosto em seu peito e fechei os olhos, eu queria ter filhos com ele um dia também. Eu poderia ver-me segurando um bebezinho que tinha olhos azuis de Liam e cabelo bagunçado. Com certeza, imaginava que era muito mais velha do que sou agora, mas ainda podia ver e eu gostei. Talvez pudéssemos fazer este trabalho. O bebê teria amor e uma vez que as pessoas superassem o choque, elas entenderiam. Eu não tinha dúvidas em minha mente que a mãe de Liam iria ajudar muito. E Jake, uma vez que tivesse passado a raiva inicial, ele seria um grande tio. Liam se afastou de mim um pouco. — Eu juro que serei o melhor pai do mundo. — Prometeu. Eu sorri, não duvidando por um segundo. Beijei seus lábios,
passando os braços em volta de seu pescoço, o puxando para mais perto. Eu o amava muito, mais do que qualquer coisa. Sabia que poderia fazê-lo funcionar, uma pequena família. Ele saiu do beijo para olhar pra mim com uma expressão esperançosa no rosto. — Ok. — Eu concordei. Ele sorriu e me beijou de novo, se movendo, então ele estava meio em cima de mim. Notei que ele não colocou nenhum peso na minha barriga, ele estava sendo super gentil. Ele beijou meu pescoço, descendo e descendo. Ele subiu a minha blusa e beijou todo o meu estômago antes de se retirar e sorrir para mim. — Eu te amo. — Ele sussurrou. Eu o puxei para perto de mim. — Eu também te amo, pai do bebê. — Eu provoquei, o fazendo rir. Ele passou os braços em volta de mim, ficando do meu lado, descansei minha cabeça em seu peito e ouvi seu coração bater quando coloquei uma mão no meu corpo, apoiando na minha barriga, esfregando os dedos por cima levemente. Eu beijei o peito do Liam. Como diabos poderia um menino adorável, lindo, doce, amável, engraçado, talentoso e responsável, me querer? Como ele poderia me amar tanto que poderia ver isso? Eu não pude deixar de sorrir. Deitada nos braços de Liam, eu realmente me senti como a garota mais sortuda do mundo. Tenho que ter um bebê com o homem que eu amo. Depois de algumas horas eu estava descarregada. Aparentemente, Liam estava me acordando a cada hora para se certificar de que não tinha
uma concussão ou algo assim. Nós concordamos em não contar para ninguém sobre o bebê. Era tão cedo e estávamos começando a colocar nossas cabeças em torno dele - não precisávamos da interferência de ninguém. — Vamos chamar um táxi ou algo assim? — Eu perguntei a Liam quando andamos para fora do hospital com ele me segurando firmemente a seu lado. Ele sorriu. Ele estava fazendo muito nos últimos pares de horas, eu realmente acho que ele estava animado sobre ser um pai, nunca tinha visto essa animação num jovem de 18 anos antes. — Não, Jake nos deixou seu carro. Ele foi para casa com Johnny e me deu as chaves. — Ele explicou, nos guiando para o estacionamento. Me ajudando a entrar no carro e colocando o cinto de segurança em mim. Sua mão permanecia sobre o meu estômago quando ele a puxou. Minha cabeça latejava, os analgésicos que me deram estavam começando a se desgastar. Descansei minha cabeça contra o encosto do banco e fechei os olhos. Ia ser difícil mentir para Jake. Odiava mentir e era realmente muito terrível para ele, mas precisava ser feito por algumas semanas. Nós só precisávamos deixar a coisa toda do pai abusivo se estabelecer em primeiro lugar, que nos daria a chance de resolver tudo em nossas próprias cabeças. Eu ainda tinha o dinheiro da aposta, não tinha gastado em nada ainda, iria ajudar com todas as coisas que precisávamos comprar para ter um bebê. Quando nós chegamos a minha casa, nem sequer saí do carro quando Jake me atacou em um abraço. — Merda, você assustou a todos,
Amber. — Ele repreendeu. Eu sorri e o abraçei de volta. — Desculpe, Jake. Eu não pretendia passar mal na frente de todo mundo e bater a cabeça, não é? — Eu respondi sarcasticamente revirando os olhos. Por que diabos ele está com raiva de mim por ficar doente? Ele suspirou e puxou de volta. — Então, o que eles disseram? Por que você desmaiou em primeiro lugar? — Ele perguntou, parecendo preocupado. Oh merda, o que eu posso dizer? — O estresse aparentemente, e ela não tinha comido durante todo o dia. — Liam interrompeu, chegando ao meu lado. Silenciosamente agradeci a Deus por Liam ser um melhor mentiroso do que eu. Jake olhou para mim, claramente irritado novamente. — Por que diabos você não comeu o dia todo? — Ele perguntou acusador. Eu sorri e deixei Liam me levar para a casa. — Vamos deixa-la entrar e se sentar Jake, então você vai poder gritar com ela o tanto que você quiser. — Liam sugeriu, sacudindo a cabeça com um pequeno sorriso. Jake nos seguiu e sentou ao meu lado no sofá, Johnny e Ruby vieram e se sentaram também. Todo mundo estava olhando para mim, preocupado. — Parem de se preocupar, pessoal. Aparentemente foi a falta de alimentos. Baixo nível de açúcar ou algo assim. Eu estou bem agora, sinceramente. — Eu lhes assegurei, balançando a cabeça, tentando não soar muito culpada. Eu só esperava que Jake não ficasse muito louco quando descobrisse, e que ele não batesse em Liam ou algo assim. Talvez eu dissesse a ele sozinha para acalmá-lo um pouco antes de ele ver Liam.
— O corte em sua cabeça precisou de pontos, eu só preciso acordá-la a cada hora para ter certeza que ela está bem, então vou ficar aqui esta noite. — Declarou Liam, mais para o beneficio de Ruby do que qualquer outra pessoa, Jake já sabia que ele estaria lá de qualquer maneira. Eu bocejei. Eram quase nove horas e agora eu só queria ir para a cama, tinha sido um longo dia estressante. — Eu vou para a cama, rapazes. Ah e Ruby, é realmente bom vê-la novamente. Me desculpe, não tive a chance de falar com você direito mais cedo. — Eu disse sorrindo, me desculpando. Ela riu um pouco. — Vamos conversar amanhã, querida, não se preocupe. Se você precisar de alguma coisa durante a noite me deixe saber. Jake disse que eu podia dormir no quarto de sua mãe, só para você saber onde estarei, tudo bem? — Ela perguntou gentilmente. Uau, ela é realmente legal! — OK. Boa noite, pessoal, e você menino amante, vá buscar suas coisas já que vai ficar aqui. — Eu instruí, sorrindo para Liam. Ele se levantou rapidamente. — OK. Volto daqui a pouco, então. — Ele beijou minha testa suavemente antes de ir para a porta da frente para dizer a seus pais "oficialmente" que ele estava ficando. Fui para o meu quarto e me olhei no espelho. Meu cabelo estava uma bagunça, eu tinha um gesso preso atrás da minha orelha sobre os pontos, parecia cansada, mas não pude deixar de sorrir. Não me incomodei com o pijama que coloquei em cima da cama, queria sentir a pele de Liam contra a minha. Após cerca de 15 minutos ele entrou, tão
bonito que me deu vontade de chorar.
Esfreguei minha mão sobre
minha barriga levemente sob os lençóis. Esperava que fosse um menino e ele seria como o pai dele. Liam tirou a cueca e subiu na cama comigo. Ele engasgou de repente e puxou os lençóis para trás pra poder olhar-me. — Você está nua? — Ele perguntou, um pouco chocado. Eu sorri. — Sim. Achei que você deveria ter o máximo de mim antes que eu fique toda gorda e feia. — Eu provoquei Ele sorriu e rolou em cima de mim, quase me tocando. — Anjo, você nunca vai ser feia. — Ele sussurrou, me olhando com adoração. — E quanto maior você ficar, apenas significa que tenho mais de quem eu amo. — Acrescentou ele, deslizando a mão até a minha barriga. Sorri quando puxei sua boca até a minha.
Ter Johnny, Matt e Ruby ficando com a gente era realmente incrível. Ruby fez panquecas no sábado de manhã e eu passei o dia conversando com ela e brincando com meu irmãozinho lindo. Ela estava pensando em ficar na cidade porque Johnny não queria mudar de escola novamente. Kate veio na parte da tarde e Johnny finalmente lhe pediu em namoro - o que, obviamente, ela aceitou. Eles eram tão doces, sendo todos fofinhos e sedutores. Kate diria coisas que faria Johnny corar. Ele era muito inocente - mas conhecendo Kate ela não iria deixar assim por muito tempo. Liam continuou me atirando pequenos sorrisos e tocando minha barriga a cada oportunidade.
No domingo, Ruby, Johnny, Kate e Matt foram ao zoológico, Eles queriam sair e fazer alguma coisa para livrar a mente de Ruby do fato de que meu pai deveria estar chegando de sua viagem de negócios hoje, ele voltaria até a casa para encontrar a nota que ela deixou e ver que todas as suas coisas tinham ido embora de sua casa. Ela havia se livrado de seus números de telefone e eu comprei novos chips para seus celulares para que ele não tivesse nenhuma maneira de contatá-los ou saber onde eles estavam. Mas, sentar e se preocupar com isso não estava ajudando ninguém, então eles queriam fazer alguma coisa para mantê-los ocupados. Eu estava sentado no sofá, lendo, com as pernas no colo de Liam enquanto ele jogava PlayStation com Jake, quando o telefone tocou. Levantei para atender, mas Jake chegou primeiro. Ele respondeu com todo o seu corpo tenso. — Que diabos você quer? — Ele rosnou, pulando do sofá. Sentei-me tão rápido que quase fez minha cabeça girar. — Você está fodidamente bêbado? — Ele quase gritou ao telefone. Eu o assisti, me sentindo doente, sabendo que meu pai estava no telefone. — Sim, e daí? O que você vai fazer sobre isso, meu velho? — Jake cuspiu, ficando vermelho de raiva. — Não quero ver você, então foda-se. Não. Ela não quer vê-lo. Eu juro, se você chegar perto dela de novo eu vou te matar. — Ele rosnou, virando as costas para mim. — Na verdade, quer saber, dane-se, venha, venha agora. Estamos em casa, venha e vamos conversar sobre isso. — Jake sugeriu. O que diabos ele está fazendo? — Jake? — eu chorei, com medo. — Claro. Você se lembra onde é, certo? Absolutamente. Vejo você
daqui a pouco. — Jake disse, desligando o telefone e o jogando através da sala. Felizmente, aterrissou com um baque no outro sofá e não quebrou. Ele acabou de lhe dizer para vir aqui? — Jake, ele não... — Eu parei, incapaz de terminar a frase. Jake se virou para olhar pra mim, seu rosto duro. — Yeah. Vá pra outro lugar. — ele instruiu. Eu olhei para Liam pedindo ajuda. Ele estava olhando para Jake. Ele tinha a mesma expressão dura em seu rosto — Liam lhe diga que isso é estúpido. — Eu sussurrei com lágrimas caindo pelo meu rosto, Liam não olhou pra mim, Jake e ele estavam trocando palavras em uma espécie de silencio com os olhos. Pulei do sofá e agarrei o telefone planejando chama-lo de volta para cancelar, eu não podia deixa-lo vir aqui, não com os dois se olhando assim. Jake puxou o telefone de minhas mãos. — Ele não vai parar de assediar você, Ambs. Ele quer ver você, ele também está muito zangado porque Ruby o deixou, ele sabe que eu os ajudei, um vizinho viu o meu carro, ele está seriamente chateado comigo então só preciso lhe dizer para se foder. — Ele disse, me puxando para um abraço. Balancei minha cabeça, isso não era tudo o que ele estava pensando, eles não iam dizer nada a ele, Jake e Liam estavam indo mostrar a ele como se foder. — Por favor não entrem em problemas, por favor? — Eu sussurrei, minhas entranhas se contorcendo com pavor. — Não, se ele começar algo primeiro. — Jake respondeu, lutando contra um sorriso.
Capítulo 21 ~ Liam ~
Merda, isto era ruim. A primeira coisa que veio a minha mente foi que eu precisava manter Jake sob controle. Claro, eu queria matar aquele desgraçado tanto quanto ele, mas nós precisávamos ser muito cuidadosos. Se nós literalmente pulássemos nele assim que ele passasse, seríamos irresponsáveis, e eu prometi para a mãe dele que não o deixaria fazer isto. Eu não deixaria Jake ser preso por causa desse merda, Anjo precisava do seu irmão mais velho, especialmente agora com o neném vindo. A segunda coisa que passou pela minha cabeça foi que eu precisava tirar minha namorada e meu bebê daqui, agora. — Anjo, vamos, eu levarei você para a minha casa. — Eu afirmei, agarrando sua mão e puxando para longe de Jake. Ela arrancou sua mão da minha e me olhou. — Eu não vou a lugar nenhum! Eu não o deixarei fazer isto, nenhum de vocês. Vocês não podem chutar o rabo dele, vocês terão problemas. Estão sendo uns burros estúpidos! — Ela gritou. Lágrimas rolaram pelo seu rosto enquanto falava. — Anjo, você precisa partir, Agora. — Eu ordenei. Ela não iria ficar aqui perto daquele homem, de jeito nenhum, porque se ele sequer olhasse para ela do jeito errado eu não seria capaz de me deter, e muito menos manter Jake sob controle.
Ela balançou sua cabeça violentamente. Ela sempre foi teimosa, normalmente eu amava isso nela – mas agora eu não estava gostando. Legal, se ela quisesse assim então beleza. Eu a agarrei, envolvendo-a em meus braços, erguendo-a no estilo de noiva. — Liam, não se atreva! — Ela gritou, eu já havia lidado com sua raiva antes, ela não iria ficar chateada por muito tempo e uma noite de vingança em silêncio iria valer a pena, desde que soubesse que ela estaria em completa segurança. Ela começou a soluçar e envolveu seus braços em volta do meu pescoço enquanto eu a carregava para fora da casa. Merda, ela estava me matando! Eu odiava vê-la chorar. Eu beijei sua bochecha. — Shh, tudo vai ficar bem, eu te prometo. Eu só quero que você fique em segurança para que assim consiga me concentra em manter Jake calmo, tudo bem? — Eu disse honestamente. Chegamos em minha casa e abri a porta rapidamente, dirigindo-nos para o sofá. Eu me sentei e coloquei-a no meu colo, segurando-a gentilmente. — Por favor, não entre em confusão, Liam, por favor. — Ela implorou, me abraçando apertadamente. — Não entrarei. Eu preciso ir lá agora. Você fique aqui, não venha até eu vir te pegar. Você me entendeu? Você pode fazer isto por mim? — Eu perguntei desesperadamente. Ela fungou, odiei sua expressão zangada. — Eu te amo, Anjo. Eu só quero a sua segurança e a do bebê. — Eu expliquei enquanto beijava sua bochecha, passando minha mão sobre sua barriga. Eu lutei contra a urgência de sorrir só de pensar no bebê crescendo dentro dela, o sortudo bebezinho devia ficar mais perto dela do
que qualquer outro nos próximos oito meses. Ela assentiu e fechou os olhos; lágrimas silenciosas ainda estavam descendo pelo seu rosto. Eu levantei e me virei para sair. — Liam? — Ela chamou quando eu cheguei na porta. Eu me virei, esperando um sorriso. — Eu também te amo. Se você for enviado para a cadeia por assassinato então eu esperarei por você. — Ela afirmou sem nenhuma emoção na voz. Não era uma piada, ela realmente pensava que eu iria para a cadeia. Eu não respondi, apenas parti. Não tinha resposta para aquilo. Ela estava seriamente preocupada comigo e eu teria muito o que fazer depois disso. Eu nunca fiz nada que ela não quisesse antes e eu odiava fazer isto. Eu corri de volta para a casa do Jake. Ele estava andando no salão, parecendo assassinamente furioso. — Jake, você precisa me escutar. — Eu disse, agarrando seu ombro e o fazendo me olhar. — Eu sei, eu sei. Eu não farei nada a não ser que ele comece algo. Eu só quero falar com ele e dizer para manter seu traseiro fora de nossas vidas, se ele vier para perto de mim, eu juro... — Ele cerrou os dentes. Ele não precisava terminar a frase, eu já sabia o que ele iria fazer e não seria indolor. Depois de uns dez minutos um carro parou lá fora. Eu agarrei o braço de Jake quando ele pulou do sofá. — Se acalme porra. Entendeu, Jake? — Eu ordenei. Ele assentiu e eu me dirigi para a porta. Eu abri e o desgraçado estava parado lá me olhando furioso. Minhas mãos estavam comichando para tirar a vida fora do corpo dele. Eu não o tinha visto desde que o jogamos para fora da porta junto com suas coisas, três anos atrás, mas ele parecia o mesmo que eu me lembrava.
— Liam James, você cresceu um pouco, ein? — Ele afirmou, zombando enquanto olhava para mim. — Stephen Walker, você parou de molestar jovens meninas? — Eu contrapus, minha mão apertando a maçaneta até que meus dedos estavam doendo. Ele olhou para mim e andou para dentro da casa. — Onde infernos estão Jake e Amber? — Ele perguntou furiosamente. — Estou aqui. Amber não está. — Jake disse calmamente. Talvez ele ficasse calmo depois de tudo. — Seu bostinha! Você sempre está causando confusão! Porra, onde estão minha mulher e meu filho? E estou levando Amber comigo também. — Stephen gritou, indo em direção ao corredor na parte de trás. Eu podia sentir minha raiva crescer toda vez que ele dizia o nome da Anjo. Eu respirei fundo um par de vezes; Eu precisava ser o forte. Jake começou a rir. — Sim, ok. — Ele disse sarcasticamente. Eu acho que ele estava tentando incentivar seu pai a começar algo. Eu acho que ele estava planejando deixar seu pai dar um par de golpes primeiro, para assim ele poder se auto defender. — Onde eles estão? — Stephen praticamente gritou. Ele sempre teve um mau temperamento. — Estou te dizendo agora, velho, se você se aproximar da minha irmã novamente, te matarei. — Jake rosnou. — Você me entendeu? Você precisar deixar a cidade. Agora. Não tem nada aqui para você. Ruby também não quer você, ninguém quer você. — Ele cuspiu.
Ele sorriu levemente enquanto Stephen se aproximava dele com seus punhos cerrados. — Tudo isso é culpa sua! Você e Amber tinham que ter aberto suas bocas imundas e dizer para Johnny sobre o que aconteceu. Vocês arruinaram tudo para mim, tudo, seu pedaço de merda inútil. Eu deveria ter empurrado sua mãe pela escada ou algo parecido quando ela disse que estava grávida de você! — Stephen gritou com raiva. Merda, ele era um babaca! Jake o agarrou e bateu-o contra a parede, tirando o fôlego dele. Merda! Eu agarrei Jake justo quando ele estava preste a dar um soco nele e o puxei para longe. — Não assim! Jake, não assim! — Eu gritei, tentando refrea-lo. — Me deixei ir! Eu irei mata-lo. Liam, me deixe ir! — Jake gritou, tentando me empurrar para longe dele. — Jake, se acalme! — Eu ouvi Amber dizer. Meu sangue ficou frio com o som de sua voz. Que inferno ela estava fazendo aqui? Todos viramos para vê-la no vão da porta. Eu deixei Jake ir e rapidamente fui até ela, mas aquele imbecil estava entre nós. Ele agarrou seu pulso. Ela recuou e tentou puxar seu braço do puxão dele. — Você! Você arruinou tudo! — Ele gritou para ela. — Deixe-a ir, agora! — Eu gritei através dos meus dentes rangendo, mal conseguindo conter minha raiva. Eu podia ouvir meu coração bater nas minhas orelhas. Eu estava tão raivoso que minhas mãos tremiam. Eu iria mata-lo em três segundos se ele não a deixasse. Ele se virou para me olhar, ódio estava claramente em seu rosto. —
Foda-se! Ela é minha filha! — Ele gritou, empurrando-a rudemente para mais perto dele. Ela se virou e tentou empurra-lo. Sua expressão ficou dura. Eu ataquei no mesmo instante que ele deu um forte tapa na cara dela. Eu agarrei sua camisa e soquei-o forte no rosto, apreciando a satisfação do som de quebrar o nariz enquanto meu punho conectava-se com ele. Eu puxei meus braços para trás e bati repetidas vezes, ignorando a dor que cada soco causava na minha mão. Depois do quarto ou quinto soco seu corpo estava ficando mole enquanto eu o empurrava contra a parede então eu não tinha que segura-lo, e bati mais e mais vezes. Eu coloquei todo meu ódio, toda minha raiva, dor e desamparo que eu tinha sentido quando eu assistia minha garota chorar antes de dormir. Eu nunca deixaria esse homem machuca-la novamente. Ele caiu no chão, envolvendo seus braços em volta de sua cabeça, mas eu não parei, não podia parar. Então comecei a chuta-lo ao invés. De repente, Jake me agarrou e me empurrou, meu rosto bateu na parede. Que inferno ele estava fazendo? — Não! Eu não terminei! Me largue! Jake, saia! — Eu gritei, tentando desesperadamente tira-lo de mim assim eu poderia matar aquele homem que fez a vida da minha Anjo uma miséria. Eu me empurrei para longe da parede tentando ficar livre. — Amber está machucada, Liam. — Jake disse, empurrando-me de volta contra a parede, seus braços em volta do meu pescoço. — Apenas me deixe. Me deixe terminar isto! — Eu chorei, ainda lutando contra seu aperto.
— LIAM, AMBER ESTÁ MACHUCADA! — Jake gritou. Espere, o que ele disse? Amber? Oh meu deus. — O que? Onde? Onde ela está? — Eu perguntei desesperadamente. Eu não a vi se ferir, ele bateu nela e ela caiu e tudo o que eu pode ver foi ele. Merda! Ele me largou e eu me virei para olhar para ela, ela estava deitada de lado, curvada em uma bola, seus olhos bem fechados, sua mandíbula apertada, seu rosto inteiro era uma figura de dor. Eu me senti doente enquanto corria para seu lado, agachando-me sobre ela rapidamente. — Anjo? — Eu sussurrei, curvando-me e acariciando sua bochecha vermelha onde ele tinha batido nela. Ela choramingou e tentou se mover, fazendo um barulho ofegante. — Dói, Liam. Por favor, dói muito. — Ela chorou, olhando para mim desesperadamente. Ela parecia aterrorizada. Ela parecia tão assustada que eu senti meu coração parar por um momento. — O que dói, Anjo? — Eu perguntei, tentando acalma-la enquanto me ajoelhava e beijava sua bochecha dolorida. Eu precisava colocar gelo ou alguma coisas para assim ficar bem, ela ficaria com uma contusão por uma semana ou algo parecido mas ficaria tudo bem. — Meu estômago. — Ela resmungou, fungando, virando seu rosto para o chão, chorando histericamente. Seu estômago doía? Eu olhei para baixo para seu estômago, ela estava cuidando-o protetoramente. Eu podia ver sangue escorrendo para baixo de seus jeans. Meu coração parou, não conseguia respirar. Tudo que podia ver era o sangue, tudo que podia ouvir era sua fungada e choramingo.
~ Amber ~
Eu ouvi o carro parar então pulei e fui para a janela. Estremeci quando o vi sair do carro e se arrastar raivosamente em direção a casa. Eu me senti doente. Eu não podia deixa-los fazer isto, eles iriam entrar em uma baita confusão. Não suportaria perder nenhum deles. Eu não queria que Jake entrasse em confusão, mas me mataria se Liam ficasse em encrenca por causa disto. Mordi meus lábios, pensando. Talvez eu pudesse ir e ser outra testemunha, então quando ele começasse alguma coisa primeiro eu poderia dizer que foi autodefesa também. Outra testemunha poderia definitivamente ser uma ajuda no caso. Oh merda, Liam iria me matar por isto! Eu corri da casa em direção a minha. Eu podia ouvir gritos vindos de dentro então parei, era como se eu tivesse congelado. Eu podia ouvir sua voz, gritando, e meu corpo gelou – mas era Jake e Liam lá, eles sempre se preocuparam comigo, sempre. Eu podia fazer isto por eles, tudo que eu tinha que fazer era testemunhar ele dando o primeiro soco. Eu rastejei para a porta, não estava trancada, só empurrei. — Tudo isso é culpa sua! Você e Amber tinham que ter aberto suas bocas imundas e dizer para Johnny sobre o que aconteceu. Vocês arruinaram tudo para mim, tudo, seu pedaço de merda inútil. Eu deveria ter empurrado sua mãe pela escada ou algo parecido quando ela disse que estava grávida de você. — Meu pai gritou com raiva. Eu choraminguei por causa das terríveis palavras que ele falou para
meu irmão. Meu pai sempre foi um pedaço desagradável de merda, mas isso era baixo até para ele. Eu ouvi uma batida e um rosnado, então eu abri a porta, e vi Liam segurando Jake, tentando desesperadamente manter Jake longe do meu pai que estava parado contra a parede olhando para eles com muita raiva. — Não assim! Jake, não assim! — Liam gritou para Jake enquanto ele golpeava em seus braços. Jake não estava se acalmando. Seu rosto estava vermelho de raiva, a única coisa que o pararia quando ele estava assim era eu. Ele odiava me ver irritava ou qualquer coisa assim, ele era tão protetor. — Jake, se acalme! — Eu implorei desesperadamente. Ele parou de se mover, e Liam largou-o, olhando para mim chocado e um pouco assustado. Ele se moveu em minha direção e eu vi meu pai vir ao mesmo tempo, ele estava mais perto de mim do que Liam, e ele estava bloqueando o caminho de Liam. Eu nem tive tempo de me mover antes dele agarrar meu pulso, apertando forte, seu rosto estava com raiva e vermelho. Estremeci quando ele apertou mais forte fazendo a dor subir pelo meu braço. Eu tentei ir para longe rapidamente, mas ele não me deixou ir. — Você! Você arruinou tudo! — Ele gritou para mim, afundando suas unhas na minha pele. Não conseguia respirar. — Deixe-a ir, agora! — Liam ordenou, parecendo com tanta raiva que até me assustou. Meu pai se virou para olha-lo, ainda me segurando apertado. — Foda-se! Ela é minha filha. — Ele afirmou, me puxando, me fazendo
perder o equilíbrio e tropeçar em sua direção. Eu podia sentir o cheiro de álcool em sua respiração, me fazendo ficar doente. Eu me retorci e puxei meu braço, tentando ficar livre. Ele ainda não me deixava ir então coloquei minha mão em seu peito e o empurrei o mais forte que pude. Ele não se moveu um centímetro. Eu vi sua mão se mover e fechei meus olhos sabendo que ele iria me bater. Sua mão se conectou com meu rosto, me fazendo sentir como se toda minha cabeça fosse explodir. Eu caí para trás e bati no aparador. Dor como eu nunca senti na minha vida explodiu no meu estômago e na parte inferior das costas. Era como se alguém tivesse me esfaqueado. Agarrei-me ao aparador, tentando ficar de pé enquanto chiava entre meus dentes. Jake correu e me agarrou me colocando no chão, nos fazendo sentar, se encostando contra o aparador. —
Merda.
Ambs,
você
está
BEM?
—
Ele
perguntou
desesperadamente, embalando minha cabeça em seu peito. Eu envolvi meus braços ao redor do meu estômago, tentando respirar através da dor. — Não. — Eu resmunguei. Oh não, eu estava perdendo o bebê! — Liam? Cadê o Liam? — Eu perguntei, abrindo os olhos e procurando por ele, mas eu mal podia ver alguma coisa porque meus olhos estavam cheios de lágrimas. Podia ouvir barulho de grunhido e gemido. Oh deus, ele não estava... Por favor diga-me que ele não está fazendo isto! Eu pisquei e olhei para ver Liam batendo em meu pai repetidas vezes. Seu rosto era uma figura de raiva. Ele não iria parar até que ele não estivesse mais respirando. Era isto. Liam iria ser levado para longe de mim e eu iria perder o bebê. Eu senti meu coração se quebrar em
um milhão de pedaços. — Vá para-lo. — Eu sussurrei, mal conseguindo falar. — Não. Deixe-o mata-lo. — Jake rugiu com raiva. Eu sacudi minha cabeça. Oh Deus, por favor! — Jake, vá para-lo! Por mim, por favor? Eu preciso dele. Diga para ele que eu estou machucada. Eu preciso dele. — Eu engasguei enquanto uma onda de náusea me varreu, me fazendo vomitar. — Liam? — Eu chamei desesperadamente, mas era quase um sussurro. Jake se moveu. — Eu vou pegá-lo. — Ele disse rapidamente enquanto pulava. Eu rolei para o meu lado, colocando meus joelhos em meu peito, segurando meu estômago. Oh, por favor não me deixe perder este bebê! Eu fechei meus olhos contra a dor, um par de segundos depois Liam acariciou minha bochecha fazendo-a arder novamente. — Anjo? — Ele sussurrou, parecendo tão preocupado que quebrava meu coração de novo. Como eu poderia dizer para ele que estava perdendo o bebê? Ele estava tão feliz com isso, como infernos eu diria isso para ele? Eu queria envolver meus braços ao redor dele e o ter em volta de mim e fazer tudo isto ir embora. Liam poderia fazer isto ficar BEM, ele poderia fazer tudo ficar BEM. Eu tentei levantar, mas um onda nova de dor me bateu, me fazendo arfar. — Dói, Liam. Por favor, dói muito. — Eu murmurei, olhando para seu rosto perfeito. Ele parecia tão preocupado comigo. Eu estava perdendo tudo. Ele iria para a cadeia e eu ficaria por conta própria. Como eu viveria sem ele? — O que dói, Anjo? — Ele perguntou, enquanto inclinava sua cabeça
e beijava minha bochecha. — Meu estômago. — Eu não conseguia olhar para ele enquanto ele perceberia que eu estava perdendo o bebê, eu não queria ver a dor e a devastação lá. Eu virei meu rosto para o carpete e funguei. A culpa era toda minha. Eu deveria ter ficado na casa dele como ele me disse. Se eu estivesse lá agora o bebê ficaria seguro, e Liam não iria para a cadeia. Ele só tinha batido no meu pai porque eu estava lá, ele não faria isto se eu estivesse ficado. Por que eu não podia ter ficado lá como ele me disse? —
Jake!
Chame
uma
ambulância!
—
Liam
gritou
desesperadamente. Ele estava acariciando a minha nuca gentilmente. — Shh, tudo vai ficar bem. Está tudo bem, Anjo. — Ele balbuciou. Eu senti seus braços me envolverem, então virei minha cabeça para ele. Ele estava deitado do meu lado. Por que infernos ele ainda estava me confortando? Era minha culpa – Por que ele não estava gritando comigo? — Sinto muito. — Eu disse honestamente. Isso arruinaria tudo. Ele não iria me querer agora que eu tinha matado nosso bebê. Ele se inclinou e beijou minha testa. — Anjo, não tem nada que se desculpar. — Ele sussurrou, vindo para mais perto de mim. Sua mão esfregava em círculos meu estômago, tão suavemente que eu quase não conseguia sentir. — É minha culpa. — Eu chorei, suspirando novamente. Ele sacudiu sua cabeça e foi para longe de mim. Eu senti meu coração se quebrando. Eu sabia disso, ele iria me deixar agora. Ele se levantou e foi para onde meu pai estava, que estava tentando se levantar do chão e começou a soca-lo novamente, gritando uma série de palavrões.
Jake atacou-o no chão. — Pare! Vá para Amber, agora! — Ele ordenou, olhando para ele com raiva. Liam assentiu e correu para mim. — Irei te pegar, Ok? — Ele disse suavemente. Eu sacudi a cabeça, eu não queria me mover. — Não, não faça. Por favor, não. — Eu sussurrei. A dor era tão ruim que eu me sentia doente. Ele parecia que também estava com dor enquanto se mexia em cima de mim, tirando meus cabelos do meu rosto, me beijando suavemente, murmurando palavras tranquilizantes. — Onde está a merda da ambulância? — Ele gritou para Jake. — Está vindo. O que tem de errado com ela? — Jake perguntou, se ajoelhando ao meu lado. Eu segurei a mão de Liam, não querendo vê-los brigar se Jake surtasse sobre o bebê. — Ela está grávida, Jake. — Liam explicou, beijando minha bochecha. — Grá... Grávida? — Jake gaguejou. Liam assentiu, olhando para mim preocupado. — Vou fazer você pagar por isto, seu merda! — Meu pai gritou da porta. Jake e Liam se levantaram, mas eu agarrei a mão de Liam, eu não queria estar por mim mesma novamente. — Saia daqui antes que eu mesmo te mate, e se ela perder o bebê eu juro por Deus, você está morto. — Jake rugiu venenosamente. — Jake, por favor. — Eu sussurrei, não querendo mais nenhum problema.
— Bebê? Ela está grávida? Putinha. — Meu pai gritou. Liam estava com tanta raiva que todo seu rosto ficou vermelho enquanto ele tentava se levantar novamente. Só então pude ouvir sons de sirenes ficando mais altas. O rosto de Liam estalou no meu, ele sorriu fracamente. — Está tudo bem, Anjo, a ajuda está aqui. Tudo vai ficar bem. — Ele disse suavemente. Eu olhei para cima para ver que meu pai tinha ido embora, Jake estava na porta esperando pela ambulância. Liam estava me olhando, seus lindos olhos azuis fechados de preocupação. Eu o amava muito, como eu lidaria quando ele me deixasse e fosse para a faculdade, e tudo o que me restasse fosse o que poderia ter sido? O paramédico veio com Jake. — O que aconteceu? — Ele perguntou para Liam. — Ela esta grávida. Anjo, você bateu o estômago ou algo? — Liam perguntou, segurando minha mão apertadamente. Eu assenti, assustada em pensar em me mover no caso de a dor ficar um pouco pior, eu não podia lidar com muito mais. — Quanto tempo de gravidez? — O paramédico perguntou. — Cinco semanas. — Liam respondeu, olhando para ele suplicante. — Ok. Bem, iremos te levar para o hospital, irei te examinar na ambulância. Dói em mais algum lugar, Amber? — O paramédico perguntou. — Minhas costas doem, e minhas costelas. — Eu estremeci quando ele me orientou para mover para as minhas costas.
Ele assentiu. — Isso às vezes pode acontecer. Parece que você pode estar tendo um aborto. — Ele disse, desculpando-se. Eu assenti em concordância. Eu já sabia disso, não tinha como eu não estar tendo um aborto, era tão doloroso para ser outra coisa. Liam segurou minha mão o tempo todo lá, apenas me observando, sem falar nada. Seu rosto era uma dor só. Ele estava bem machucado. Eu podia ver a dor em sua expressão enquanto ele me olhava. Ele não iria me perdoar. Quando chegamos lá, fui levada para um cubículo e um doutor veio quase imediatamente. — Ok, Amber, Eu terei que dar uma olhada e ver se sua cerviz está aberta. — Ele explicou, colocando as luvas. Eu olhei para Liam, preocupada, apertando sua mão. — Shh, tudo vai ficar bem. Estou aqui. Tudo está bem. — Ele acalmou, acariciando com sua mão livre o meu rosto gentilmente. Eu chorei enquanto uma dor me atravessou, fazendo lágrimas caírem enquanto o doutor fazia o exame. Liam beijou-as suavemente, olhando para mim, de coração quebrado. — Sinto muito, sua cerviz está aberta, você está tendo um aborto. Nós precisamos fazer um procedimento para acelerar as coisas. Você estava apenas de cinco semanas então é o jeito mais seguro e fácil. — O doutor disse, jogando suas luvas manchadas de sangue fora. — Que procedimento? — Liam perguntou. — É chamado de ERPC3. É um procedimento cirúrgico. Terá que ser feito sobre anestesia geral e removeremos todos os traços da gravidez. — 3
Em inglês Evacuation of retained products of conception que em português fica algo tipo: evacuação dos produtos retidos da gravidez, também conhecido como curetagem.
Ele explicou, me olhando um pouco triste. Procedimento cirúrgico? — É seguro? — Liam perguntou, apertando minha mão. O doutor assentiu. — É o jeito mais seguro. Podemos deixar para expelir naturalmente até a próxima semana ou algo parecido, mas isso tem um grande risco de infecção. O melhor para Amber será se removermos o mais rápido. Eu assenti. Eu queria isso terminado. Eu não queria ficar sangrando por uma semana, especialmente se fosse doloroso como todo esse tempo. Liam olhou para mim, esperando-me tomar a decisão. — Sim. — Eu murmurei, fechando meus olhos. — Certo, bem, irei ver e ter certeza que tem uma sala de operação livre. É um procedimento bem rápido. Irei voltar aqui depois. — O doutor afirmou, assentindo para Liam enquanto saía rapidamente. Eu funguei e me virei para Liam. — Sinto muito, Liam, tudo é culpa minha. Ele suspirou e sacudiu a cabeça com força. — Pare de ficar falando isto! Não foi sua culpa, Anjo. Pare de se culpar. Aquele imbecil fez isto, não você. — Ele se inclinou e beijou minha testa suavemente. — Não. Eu não deveria ter deixado sua casa. Você me disse para ficar lá. Eu deveria ter te escutado, e agora eu matei nosso bebê. — Eu suspirei, sentindo meu coração se quebrar novamente. Ele subiu na cama cuidadosamente e envolveu seus braços ao meu redor, tentando não me mover. — Nada disso é culpa sua, você não matou
o bebê, Anjo. É apenas uma dessas coisas. Você sabe que eu tenho uma crença firme sobre tudo acontecer por uma razão, não era suposto termos este bebê. Não é para se culpar. Se fosse, seria minha culpa, se eu não tivesse dito para ficar longe de você ele não teria te batido. — Ele disse calmamente. Eu sacudi a cabeça e enterrei minha cabeça no peito dele, agarrando-o com força, não era culpa dele, nada disso era culpa dele. — Eu te amo. — Ele sussurrou na minha orelha, até o doutor vir e me levar para a sala de operação. Liam caminhou ao lado da minha maca até eu entrar na sala, não era permitido a ele ir adiante. Ele me beijou suavemente, seus olhos brilhando de tristeza e dor. — Estarei logo aqui quando você acordar. Te amo mais que tudo. — Ele prometeu. Eu sorri com suas palavras. Ele ainda me amava, ele ainda me queria. Eu apenas esperava que ele não estivesse falando essas coisas porque eu estava irritada e com dor. Eu rezei para que ele ainda me quisesse depois de tudo que eu tinha feito.
~ Liam ~
Assim que ela entrou pela porta e saiu de vista, eu caí no chão e coloquei minha cabeça em minhas mãos. Todo meu corpo estava doendo. Ela estava com tanta dor e não tinha nada que eu pudesse fazer. Tínhamos perdido o bebê, e por uma razão idiota ela estava se culpando pelo
que
aquele
idiota
tinha
feito.
Eu
fechei
minhas
mãos,
pressionando-as contra meus olhos, tentando não pensar nele. Quanto
mais pensava nele, mais eu queria sair daqui e cortar a cabeça dele fora – mas eu não podia fazer isto. Eu precisava ficar aqui pela minha garota quando ela acordasse. Ela não precisava de mais nada para se preocupar. Eu acreditava no que tinha dito para ela mais cedo. Se fosse para termos o bebê, então nós teríamos. Ela não teria o perdido se fosse para ter. Eu sempre acreditei que as coisas acontecessem por uma razão – mas isso não fazia parar a dor por perder o bebê. Um bebezinho perfeito que eu imaginei sendo como sua mãe de todos os jeitos. Eu fechei meu olhos e descansei minha cabeça contra a parede, esperando-a vir. Eu mal notei quando Jake veio e sentou ao meu lado, colocando seus braços no meu ombro. — Ela o perdeu. — Eu murmurei. Os braços de Jake se apertaram em volta do meu ombro. — Sim. Ela ficará bem, Liam. — Ele assegurou, apertando meu ombro. Eu estava surpreso que ele não tivesse me chutado por ter feito sua irmãzinha ficar grávida, mas para ser honesto, eu não podia me importar menos. Ele não poderia me causar mais nenhuma dor além da que eu já sentia, a única que podia causar mais dor do que isto seria minha Anjo. Ela era a única que tinha o poder de me matar. Depois de quarenta minutos eles saíram com ela da sala de cirurgia, ela ainda estava dormindo da anestesia. Eu me levantei rapidamente. — Ela está bem? — Eu perguntei desesperadamente, pulando ao lado da maca enquanto eles empurravam-na pelo corredor. — Tudo ocorreu bem. Removemos tudo. Ela ficará bem. Ela acordará do anestésico por volta de uma hora. Nós a manteremos por toda
a noite, e lhe daremos alta amanhã à tarde a qualquer hora. Ela terá que ficar de repouso por um dia mais ou menos. — O doutor confirmou. Eu assenti e a segui para o quarto, sentando ao lado da cama dela, segurando sua mão. Jake e eu sentamos silenciosamente ao lado de sua cama, não havia nada para falar, nada poderia tornar isso melhor.
Uma hora e meia depois, ela moveu sua mão na minha. Eu pulei rapidamente enquanto seus olhos se abriam. Essa era a segunda vez em três dias em que ela acordava para mim assim, e eu rezava a Deus que ela nuca fizesse isso novamente, porque não aguentaria mais. — Hey, Anjo. — Eu murmurei, acariciando seu rosto suavemente, era doloroso de ver e já estava começando a aparecer onde ela tinha levado o tapa. Ela virou sua cabeça em minha direção, mas não abriu os olhos. — Você ficou. — Ela respirou, um pequeno sorriso se formando ao lado de sua boca. Ela honestamente pensou que eu a deixaria? — É claro que fiquei. — Eu a beijei gentilmente. Ela choramingou e agarrou a frente da minha camisa fracamente enquanto me beijava de volta. — Eu te amo tanto, Liam. — Ela sussurrou. — Eu sei que ama, mas eu ainda a amo mais. — Eu rebati. Ninguém amava mais que eu. Jake clareou sua garganta então fui para trás, ainda segurando a
mão dela apertadamente. Ele se inclinou para frente e a abraçou. — Sinto muito que perdeu seu bebê, Ambs. — Ele disse, parecendo genuinamente como se quisesse dizer. — Eu tenho que ligar para Ruby e Johnny. Ligarei para seus pais também, Liam. — Jake disse, beijando a bochecha dela antes de desaparecer na cortina, nos dando privacidade. — Você vai deitar comigo? — Ela resmungou. Eu assenti e subi cuidadosamente na cama com ela. — Você está com dor ou algo assim? — Eu perguntei enquanto envolvia meus braços ao redor dela gentilmente. — Não realmente. É dolorido, mas nada perto do que foi. — Ela estremeceu enquanto movia-se na cama. Fechei meus olhos e enterrei meu rosto em seu pescoço. — Você precisa parar de me assustar assim. Você vai me dar um ataque de coração logo. — Eu provoquei, tentando aliviar o humor. Ela riu sem humor. — Estou cansada, Liam. — Ela virou sua cabeça, aninhando-a contra a minha. — Durma então, Anjo. — Eu balbuciei, puxei o lençol mais alto ao redor dela para mantê-la aquecida. Ela se aconchegou e dormiu em algumas horas. Eles deram-na mais alguns medicamentos, mas ela disse que estava bem. Depois de algumas horas eles a deixaram sair da cama para ir ao banheiro desde que fosse acompanhada por duas enfermeiras – o que ela não gostou nada. Às nove horas a enfermeira chegou, sorrindo tristemente para mim.
— Sinto muito, mas a hora dos visitantes acabou. Eu terei que pedir para você sair. — Ela disse se desculpando enquanto levava Amber para a cama. — Sério? Não posso ficar? Eu não causarei nenhum problema, por favor? Eu dormirei na cadeira, você nem saberá que estou aqui. — Eu implorei, dando a ela a cara que parecia funcionar tão bem em Amber. Ela suspirou e rolou seus olhos. — Tudo bem. Mas se alguém perguntar, você sorrateiramente entrou aqui. Entendeu?
— Ela
perguntou, sorrindo e sacudindo a cabeça. Eu sorri. — Obrigado. — Uou, essa cara funcionava com outras pessoas. Jake se despediu, prometendo que a primeira coisa a fazer na manhã seria voltar, e trazer para mim e Amber um par de outras roupas. Uma vez que ele se foi, ela deslizou para a cama, estremecendo um pouco, mas tentando não me mostrar dor. — Dormirei no sofá, Anjo. — Eu protestei, fazendo careta com o pensamento de rolar com ela ou algo parecido. — Por favor, Liam? — Ela implorou. Merda, por que não conseguia falar não para esta garota? Eu suspirei e tirei meus tênis, subindo na cama com ela. Ela aconchegou-se no meu peito e chorou até dormir.
Eu acordei bem cedo naquela manhã com alguém sacudindo meu braço. Eu olhei para cima para ver dois homens parados ali, ambos
olhavam para mim severamente. Que infernos? Oh merda, eu terei problemas por dormir aqui! — Liam James? — Um deles me perguntou. Eu assenti e sentei em silêncio. — Sim. — Eu sussurrei, tentando não acordar Amber. Tarde demais, ela se mexeu e pulou quando viu os dois homens ali. — Liam James, estou te prendendo por suspeita de lesões corporais graves4. Você não tem que falar nada, mas qualquer coisa que você falar pode ser usado contra você no tribunal. Você tem direito a um advogado. Se você não puder pagar por um, um será destinado a você. — Ele afirmou, enquanto segurava meu braço. LCG? Aquele idiota tinha prestado queixa?
4
Em inglês: Grievous Bodily Harm(GBH)
Capítulo 22 ~Amber~
Sentei-me rapidamente. — Mas que diabos? Liam colocou sua mão em meu ombro. — Não se levante. — Ele diz severamente. Jesus, o garoto bobo seria preso e ainda estava preocupado comigo? — Isso é ridículo. Vocês não podem prendê-lo, não é culpa dele. — Chorei desesperadamente, olhando para os dois homens assistindo Liam colocar seus sapatos. Porque diabos ele está tão calmo sobre isso? Ele esperava algo como isso acontecer? — Houve uma denúncia grave, minha senhora. Precisamos investigar. — O homem afirmou, não se incomodando em olhar para mim. — Anjo, está tudo bem. Não se preocupe. — Liam me garante. Bem? Como isso está bem? Ele virou para olhar o cara segurando o braço dele. — Posso dar um beijo de adeus em minha namorada? Ela acabou de sofrer um aborto. — Ele implorou. A expressão do cara suavizou um pouco e ele soltou seu braço. Liam inclinou-se e beijou-me suavemente nos lábios. — Eu te amo, Anjo. Não fique nervosa por minha causa. Você precisa descansar. — Ele insistiu, acariciando meu rosto suavemente. Quando ele foi se afastado, entrei em pânico. Não poderia deixa-lo ir, eu precisava dele. Joguei meus braços em volta de seu pescoço e me
recusei a deixa-lo ir. — Por favor, não o leve. Isto não foi sua culpa, a culpa foi minha, toda minha. Eu deveria ter ficado em sua casa. Não deveria ter ido para casa, por favor? — Eu implorei, segurando nos cabelos do Liam, chorando em seu ombro. — Senhora, você precisa soltá-lo agora. — Afirmou o mesmo cara. Eu apertei minhas mãos em Liam, provavelmente o machucando, mas ele não reclamou. — Senhora! — O cara latiu. Liam esfregou suas mãos em meus braços suavemente, soltando as minhas mãos de seu cabelo. Quando ele estava livre de meus braços, ele puxou de volta para olhar para mim. Ele estava nervoso e preocupado, eu poderia dizer pelos seus olhos. — Eu te amo. — Ele jurou, beijando-me mais uma vez. — Eu também te amo. — Eu sussurrei, não confiando em minha voz ao falar novamente. Liam levantou-se e o cara imediatamente puxou seus braços em suas costas, colocando as algemas. Os olhos de Liam não deixaram os meus e senti meu coração quebrando outra vez. Eu pensei que depois de perder o bebê nada seria mais doloroso. Eu estava errada. Eu vi como eles o levaram para fora do quarto me deixando sozinha. Senti-me doente. Eu não podia deixa-los fazer isso, não foi culpa dele. Eu poderia dar queixa também, então eles veriam que meu pai bateu primeiro, e Liam se livraria porque ele estava me defendendo. Mas não o deixariam por isso, deixariam? Defender-me é uma coisa, mas ele enlouqueceu, eles nunca acreditarão que o que ele fez foi legítima defesa. Eu coloquei minhas mãos sobre meu rosto, tentando pensar em
algo. De qualquer forma, Liam se meteria em confusão por isso porque meu pai prestou queixa, mesmo se eu prestasse queixa contra meu pai as acusações de Liam ainda estariam de pé. Legítima defesa ou não, ele ainda seria acusado de LCG, porque ele fez isso mesmo provocado. Não poderia correr o risco de que ele seria solto. E se ele não fosse? E se ele fosse enviando para a prisão por isso e eu o perdesse? A única coisa que pude pensar era fazer meu pai retirar as acusações. Eu peguei meu telefone e liguei para o Jake. Ele respondeu no segundo toque. — Jake, Liam foi preso. — Disse simplesmente. — Mas que diabos? De jeito nenhum! — Ele gritou, me fazendo estremecer ligeiramente longe do telefone. — Jake, olha, eu vou sair daqui hoje à tarde, então poderia me trazer algumas roupas para me preparar para isso? — Eu perguntei, tentando manter a calma. — Yeah, estarei aí em vinte minutos. — Ele concordou. Pude ouvi-lo andando de um lado para o outro ao fundo, provavelmente jogando todas as minhas coisas em um saco ou algo assim. — Obrigada. — Eu desliguei meu telefone, pressionando-o contra minha testa, pensando. Havia alguma outra maneira? Eu não poderia ver outra opção. Minhas mãos estavam tremendo, eu estava assustada como o inferno, mas eu disquei o número da casa do meu pai. Tocou por um longo momento. Quando estava quase desistindo, ele respondeu. Sua voz estava grossa de sono, enviou arrepios em minha espinha. Apertei os olhos fechados. — Olá? — De alguma forma, ele conseguiu soar
aterrorizante com uma palavra. — É a Amber. — Eu disse, engolindo o caroço na minha garganta. Ele riu. — E o que posso fazer por você, Amber? — Eu quero que você retire as acusações contra o Liam. — Eu respondi, tentando soar confiante. Ele riu de novo. — Eu não vou retirar as acusações, aquele filho da puta quebrou meu nariz! Você deveria ver o que ele fez com o meu rosto. — ele gritou, me fazendo vacilar. Como ele ainda me assustava, e estava apenas ao telefone? — Por favor, por favor não faça isso, por favor? — Eu implorei, tentando não chorar. Ele suspirou. — Você quer que eu retire as acusações? — Sim. — Eu respondi, limpando as lágrimas do meu rosto. — Venha até minha casa e falaremos sobre isso. — Ele afirmou, soando divertido. Ir até sua casa? Ai meu deus, ele estava brincando? — Por favor, retire as acusações. Você sabe que me bateu primeiro, por favor? — Eu implorei, sentindo a bile subir na minha garganta, ele gostava de segurar isso na minha cabeça, eu poderia dizer. — Venha até a minha casa e falaremos sobre isso. — Ele repetiu. Eu olhei para o relógio, Jake estaria aqui em dez minutos. — Posso levar o Jake? — Eu perguntei, sabendo que era a pergunta mais idiota que fiz na minha vida. Porque na terra eu teria permissão de levar o Jake?
Se ele estivesse em qualquer lugar perto dele, então nós não precisaríamos nos preocupar com as acusações, porque ele seria enterrado ao lado de alguma estrada qualquer. — Não, deixe o filho da puta fora disso! — Ele rosnou. Oh Deus, posso fazer isso? Posso ir lá e falar com ele? Eu sou forte o suficiente? Eu sabia a resposta para essa pergunta. Eu faria qualquer coisa pelo Liam, mesmo se eu tivesse que matar meu pai eu mesma para impedi-lo de prestar queixa. Sem vítima, sem crime. Eu engoli meu medo. — Ok, estarei aí dentro de uma hora. — Disse calmamente
enquanto
desligava
meu
telefone,
tentando
desesperadamente não ter um ataque de pânico. Eu precisava ser forte agora. Deitei de volta na cama e tentei me acalmar. Eu não poderia estar muito assustada quando Jake chegasse, caso contrário ele nunca me deixaria sozinha. Eu me deitei lá, contando as telhas no teto, tentando não pensar sobre nada mais. Eu contei 867 antes de Jake correr para dentro do quarto. Ele parecia muito cansado e nervoso. Eu apostaria meu último dólar que ele não dormra muito bem ontem à noite. Ele puxou-me gentilmente para um abraço e eu tentei não estremecer quando meu estômago e quadris doeram. —
Merda, Ambs, isso está mal. — Ele balançou a cabeça,
parecendo nervoso e preocupado ao mesmo tempo. Eu balancei a cabeça afirmativamente, precisava dele fora daqui rápido. — Jake, eu preciso que você vá à delegacia e veja se há qualquer coisa que você possa fazer pelo Liam. Eu não serei liberada daqui até essa
tarde, então não posso ir. — Instruí, apertando sua mão. Ele acenou, parecendo preocupado. — Tem certeza que não precisa que fique com você um pouquinho? Você está bem? Eu balancei a cabeça e sorri fracamente. — Eu só preciso que o Liam esteja bem. Então se você pudesse fazer isso por mim, Jake. — Eu pedi, acenando para a porta. Ele me abraçou de novo. — Ok. Eu te ligo se ouvir alguma coisa. — Ele beijou o topo da minha cabeça e colocou o saco com minhas roupas no chão perto da minha cama. — Se eles te derem alta, me liga e eu venho te buscar e te levar pra casa. — Ele disse severamente. Eu acenei e o puxei para outro abraço para que não tivesse que mentir em seu rosto. — Ok. Por favor, veja se você pode fazer alguma coisa, — Eu supliquei. —
Certo. Vejo você daqui a pouco. — Ele sorriu assegurando
antes de virar-se e correr do quarto. Eu dei a ele um minuto para sair antes de pressionar o botão de chamada na parede. Uma enfermeira entrou dentro de um minuto. — Oi, como está se sentindo hoje? Precisa de analgésico? — Ela perguntou, sorrindo carinhosamente. Eu neguei com a cabeça. — Não, eu quero receber alta. Meu irmão foi buscar o carro. Minha mãe teve um acidente. Eu preciso ir. — Eu menti jogando minhas pernas para fora da cama. — Amber, você não pode apenas ir, você fez uma cirurgia ontem. — ela repreendeu.
— O médico disse que eu poderia ir para casa essa tarde. São apenas algumas horas mais cedo. — Eu contrariei, agarrando a sacola que o Jake trouxe e começando a vestir minhas roupas, estremecendo um pouco quando me movi. — Amber, você não deveria estar fora da sua cama ainda! Mesmo quando você for liberada essa tarde será para descansar na cama por uns dias. — Ela explicou, franzindo a testa pra mim. — Olhe, eu aprecio sua preocupação, mas estou saindo deste hospital agora. Você não pode me manter aqui contra minha vontade. Eu conheço meus direitos. Eu posso ser liberada mais cedo se eu assinar um formulário dizendo que estou saindo contra as ordens médicas para não processar vocês depois. — Eu disse severamente. Ela estava começando a me irritar; eu não tinha tempo para isso. Ela olhou um pouco em choque pra mim antes de concordar. — Eu vou procurar o médico. — Ela murmurou antes de sair do quarto. — Diga a ele para trazer os formulários, eu não tenho tempo pra esperar. — Eu pedi, mordendo meu lábio. Eu estava ansiosa para conseguir isso, eu precisa do Liam fora de problemas, agora. Eu terminei de me vestir e empacotar minhas coisas e sentei na cama, impaciente observando os ponteiros do relógio girarem. Finalmente, depois do que pareceu uma eternidade mas foram provavelmente três minutos, um médico apareceu me olhando severamente. — Amber, eu não recomendo você deixar o hospital ainda. — Ele falou. Eu neguei com a cabeça. — Minha mãe teve um acidente, eu preciso
ir até lá com meu irmão. Ele está esperando no carro por mim, preciso ir agora. Só mostre-me onde devo assinar. — Eu acenei em direção a prancheta em sua mão. Ele suspirou e me passou o formulário apontando embaixo. — Isto é basicamente
uma
desistência,
dizendo
que
eu
recomendei
sua
permanência no hospital e você saiu contra minhas ordens. — Ele explicou enquanto eu assinava meu nome nos três lugares que ele apontou. Eu acenei e devolvi, agarrando minha sacola. — Você precisa pegar leve Amber. Se você começar a se sentir tonta ou fraca, então volte para o hospital. Se você sangrar muito ou tiver fortes dores, mais forte que cólicas menstruais, então você tem que voltar imediatamente. — Ele instruiu, olhando pra mim com preocupação. Eu acenei confirmando. — Eu vou. Eu preciso ir. Obrigada por cuidar de mim. — Eu respondi, já caminhando para a porta. Eu não parei para olhar para trás, eu andei o mais rápido que pude para o ponto de taxi e pulei no primeiro taxi disponível, dando a eles o endereço do meu pai. Eu agarrei meu telefone e chequei a bateria, criando um novo grupo familiar com os números do Jake, Liam, Jonny, Ruby e minha mãe nele. Eu digitei uma mensagem para o Jake, preparada para enviar quando chegasse lá. Eu imaginei que seriam cerca de quinze minutos a corrida de carro da delegacia até a casa do meu pai - que seria tempo suficiente para fazer meu pai retirar as acusações e Jake chegar antes que algo acontecesse. Pelo menos, eu esperava que fosse. Quando o taxi estacionou fora de sua casa eu estava tão nervosa que minhas mãos estavam tremendo. — Você está bem, querida? — O taxista
perguntou, olhando preocupado pra mim. — Sim, eu estou bem. Obrigada. — Eu murmurei, lhe entregando o dinheiro, respirando fundo para tentar me acalmar. Eu fechei a porta do taxi e enviei uma mensagem para o Jake que eu pré digitei: — Estou no papai. Por favor, venha me buscar agora mesmo. NÃO ME LIGUE DE VOLTA. Amber x.
Capítulo 23 Eu bati na porta e segurei meu fôlego, esperando por ele responder. A porta abriu quase imediatamente. Lá estava ele, o homem que me fez perder meu bebê, o homem que está fazendo meu namorado sofrer acusações de LCG. Seu rosto estava uma bagunça. Ele estava certo, Liam certamente fez um bom trabalho. Seu nariz estava amarrado e inchado, quase cada pedaço do seu rosto estava vermelho e dolorido de ver, e ele tinha dois olhos pretos. Eu não pude evitar ficar um pouco orgulhosa de Liam, eu sabia que não deveria, mas meu garoto era durão. Ele sorriu. — Amber, entre. Como você está? — Ele perguntou educadamente. Ele está brincando comigo? Como eu estou? Eu passei por ele e ignorei suas perguntas. — Vamos dispensar as brincadeiras. O que você quer para retirar as acusações contra Liam? — Eu perguntei, desejando que minha voz não me traísse e demonstrasse o quão apavorada eu estava. Ele sorriu e virou-se entrando na sala, obviamente esperando que eu o seguisse. Assim que ele estava fora de vista, eu liguei a trava da porta para que tudo que Jake tivesse que fazer era empurrar aberta. Depois, o segui para a sala. Por favor, deixe isso funcionar, por favor. — Sente-se. — Ele instruiu, sentando no sofá e batendo no espaço
perto dele. Eu sabia que eu tinha que ficar do seu lado bom, e eu também sabia que eu precisava me sentar tão perto dele quanto eu podia, então eu fiz meu caminho e sentei, virando no sofá para ficar de frente pra ele me preparando para correr se eu precisasse. — Então, de quem é esse bebê? Ou você não sabe? — Ele perguntou, zombando de mim. Eu podia sentir minha raiva e pesar ameaçando escapar porque ele estava falando sobre meu bebê. — Eu o perdi graças a você. Porque você me bateu? — Eu perguntei, tentando não chorar. Ele riu, balançando sua cabeça como se eu tivesse dito algo estúpido. — Você mereceu isso. — Ele disse com raiva. — Você me bateu e me fez cair e perder o bebê. Essa é a razão do Liam ter batido em você. — Eu respondi, de fato. — Aquele filho da puta, ele sempre foi um problema. — Ele rosnou, apertando suas mãos em punhos. Eu engoli em seco. Oh Deus, isto não estava funcionando! — Foi sua culpa. Você veio para nossa casa querendo brigar, você quis que isso acontecesse. — Eu incitei. Ele acenou, um sorriso malicioso se arrastando pelo seu rosto. — Yeah, eu esperava colocar seu irmão em problemas, mas aquele pequeno punk da casa ao lado o parou. Jake sempre foi problema, mesmo quando vocês eram crianças ele estava no meu caminho. — Ele latiu, balançado a cabeça incomodado. — Jake costumava para-lo de bater em mim. Ele parou você de
tentar me estuprar. É disso que você está falando? — Eu perguntei. Oh Deus, por favor, responda a pergunta. Ele olhou pra mim nervoso. — Estupro? Dane-se, não é estupro. Você é minha filha, você me devia por toda a merda que eu tive que aturar. Você estava madura o suficiente para ser colhida. — Ele disse, olhando-me lentamente, fazendo minha pele arrepiar. Minha mão apertou meu telefone no meu bolso. — Você pensa que pode espancar sua mulher e filhos por anos, abusar sexualmente sua própria filha e tentar me estuprar, e está tudo bem? — Eu perguntei, minha voz quebrando. — Você fez da porra da minha vida um sofrimento! Você precisava de uns bons tapas para entrar na linha. Eu estava te disciplinando, isso é tudo. — Ele cuspiu, levantando-se do sofá agarrando seu cabelo com as mãos. — Disciplina? Uma vez você esmurrou Jake tão forte no estômago que ele não pode comer por dias. Você quebrou seu braço, e costelas. Você nos deixou com medo de fazer qualquer coisa e deixa-lo nervoso! — Eu gritei, tentando provoca-lo. Ele se virou pra mim e eu me levantei rapidamente, precisando ficar em pé no caso de precisar correr. — Jake mereceu tudo isso! Eu deveria ter afogado aquela criança no nascimento! — Ele gritou, batendo a mão na mesa de centro, me fazendo ganir. — E Johnny, Matt e Ruby? Será que eles precisam de disciplina também? — Eu perguntei. Ele acenou. — Sim, todos eles precisam aprender algum respeito. De
qualquer maneira, onde está a Ruby? — Ele perguntou, seus olhos tentando fazer buracos nos meus. — Ela voltou para Mersey. — Eu menti. Ele fez um barulho de rosnado furioso e agarrou a mesa de centro, quase derrubando. Eu puxei de volta quando ela quase caiu no meu pé. Vamos, Amber, você pode fazer isso! — Eu quero você retire as acusações contra o Liam, e deixe a cidade, — Eu afirmei de fato. Ele riu e rolou os olhos. — Certo, isso não vai acontecer. Vou te dizer uma coisa, vou retirar a queixa contra aquele pequeno punk, se você vier viver comigo. — Ele negociou, me olhando lentamente. Eu me encolhi, sentindo-me doente e um pouco tonta, depois eu percebi que não estava respirando, então eu puxei uma respiração instável. — Não. Você vai retirar a queixa, deixar a cidade e nunca vai me incomodar ou a minha família de novo. E quando eu digo minha família, eu quero dizer Ruby, Johnny e o Matt também. — Eu disse severamente. Oh Deus, isso funcionaria! Eu não pude evitar e sorri, eu retirei meu celular do meu bolso e mandei enviar. Eu ri baixinho antes de colocar minha cara de poker de volta. Ele estava me olhando como se eu tivesse enlouquecido, fazendo parecer ainda mais engraçado. — E por que eu faria isso? — Ele perguntou, sua voz animada de divertimento. — Porque se você não fizer, eu vou até a polícia e direi tudo o que aconteceu quando éramos crianças. Confie em mim, o tempo que você
passar na cadeia será bem mais longo que o do Liam. E, você ficará em uma parte pior também, onde eles colocam estupradores e pedófilos. — Eu estremeci. Ele explodiu em risadas. — E quem vai acreditar em uma vagabunda suja como você? Grávida aos dezesseis. Eu sou um profissional respeitado. Eu posso pagar os melhores advogados para rasgar seu caso aos pedaços, além disso, você não tem prova nenhuma. Isso aconteceu há muito tempo atrás, é a sua palavra contra a minha. — Ele rosnou, aproximando-se de mim. Senti a bile subir em minha garganta e rezei para o Jake estar perto. Quanto tempo passou desde que mandei aquela mensagem? — Na verdade, é onde você se engana. Eu tenho sua palavra também. — Eu corrigi, sorrindo para ele enquanto puxava meu celular. Ele me olhou de novo como se fosse estúpida. — Inteligente esses telefones de hoje em dia, eles tem todo tipo de função neles; câmeras, tocadores de música. Calculadoras... Gravadores de voz. — Eu falei, levantando minhas sobrancelhas no último. Eu procurei no menu e toquei nossa conversa que gravei no meu telefone. Eu observei seu rosto com um sorriso satisfeito. — Então, de quem é esse bebê? Ou você não sabe? — Eu o perdi graças a você. Porque você me bateu? — Você mereceu! — Você me bateu e me fez cair e perder o bebê. Essa é a razão do Liam ter batido em você.
— Aquele filho da puta, ele sempre foi um problema. Eu parei a gravação. — Ouviu o bastante, ou você quer ouvir o que mais tem aqui? Você consegue lembrar o que você disse? O que você admitiu? Abuso, tentativa de estupro. — Eu disse, sorrindo como uma idiota. Ele agarrou meu telefone e o jogou no chão, e pisou em cima, forte. Eu lutei bravamente contra a vontade de gargalhar. — OH, papai, esse telefone me custou muito dinheiro. Você sabe quanto custa um Iphone novo hoje em dia? — Eu perguntei sarcasticamente. Ele sorriu, obviamente pensando que ganhou. — Você não tem nada agora. — Ele agarrou meu pulso e puxou-me perto dele. Eu ri e acenei em confirmação. — Você está certo. Eu não, mas minha família sim. Eu enviei isto para eles agora mesmo. Outras cinco pessoas tem a gravação, e se você não tirar suas mãos pervertidas de mim agora mesmo, aquilo irá para a polícia. — Eu disse presunçosamente. Ele me bateu com força no rosto, me fazendo ganir quando sua mão bateu minha pele já machucada. Eu segurei meu rosto e olhei para ele, eu o odiei mais do que eu odiei qualquer coisa na minha vida. — Você retira as acusações agora mesmo e deixa a cidade e nunca mais entre em contato com a gente! Caso contrário, terei certeza que todas as cinco gravações irão para a polícia. Falo sério, você retira as acusações, saia e não volte. Eu só quero o Liam livre. — Eu instruí. Eu não me importava com nada mais. Nós sempre teríamos as gravações, se ele chegasse perto de nós de novo eu não teria problemas em prestar queixa e fazê-lo ir embora para sempre. Mas eu não poderia fazer isso agora, Liam ainda estaria enfrentando a cadeia e eu não podia
arriscar ele ser declarado culpado e enviado para cadeia por defender-me. Meu pai estava olhando-me com ódio, enquanto pensava sobre isso. Eu podia dizer por sua expressão nervosa que ele sabia que não tinha outra opção. Se ele não quisesse ser acusado por tentativa de estupro, abuso infantil e um par de outros crimes, então ele precisava concordar com o que eu disse. — Você é igual ao filho da puta do seu irmão. — Ele gritou venenosamente, enquanto me sacudia pelo braço. Eu sorri. — Eu vou aceitar isso como um elogio. Jake é o melhor irmão do mundo. — Sua vadiazinha. — Ele sibilou. Eu puxei meu braço do seu aperto. — Ligue para eles agora, retire as acusações e eu quero falar com eles depois para ter certeza que está feito. — Eu ordenei. Oh meu Deus, está funcionando! Realmente funcionaria. Eu ouvi uma freada de carro do lado de fora e segundos depois Jake explodiu pela porta. Ele parecia um assassino furioso enquanto vinha em nossa direção com os punhos fechados. — Jake, está tudo bem. Nós estávamos apenas conversando. Ele decidiu retirar as acusações e deixar a cidade. Certo Stephen? — Eu expliquei, zombando no seu nome. Jake olhou-me, choque passando em seu rosto. Ele agarrou meu braço e puxou-me atrás dele, olhando para o meu pai. Uau, se olhar pudesse matar! Eu agarrei seu braço apertando gentilmente para obter sua atenção. — Está tudo bem, Jake, apenas se acalme. Eu resolvi tudo. — Eu afirmei lutando com a vontade de apenas deixa-lo mata-lo, mas eu não poderia deixar o Jake entrar em problemas
também. — Resolveu tudo? — Ele perguntou, seus olhos não deixando o rosto do meu pai que realmente parecia com medo de Jake agora. Para ser honesta, eu não estava surpresa que ele estava assustado. Jake poderia ser bastante assustador quando ele queria. — Ligue para eles e retire as acusações. — Eu ordenei. Meu pai zombou de nós dois e virou-se para pegar seu telefone. Enquanto ele estava de costas, Jake me olhou. — O que aconteceu? O que diabos você está fazendo aqui? — ele perguntou rapidamente. Eu sorri. — Cheque seu telefone. Ele franziu o cenho, puxou seu celular. — Uma mensagem de voz. — ele riu, abrindo e ouvindo-a. Eu observei seu rosto enquanto ele ouvia, foi de raiva, para choque, à felicidade. Ele olhou-me com orgulho e guardou seu telefone no bolso, envolvendo seu braço em volta dos meus ombros, segurando-me apertada ao seu lado. Eu comecei a me sentir um pouco fraca nos meus pés, eu precisava sentar e descansar. Tudo o que eu queria fazer era voltar a dormir. — Jake, acalme-se e termine isso, ok? Ele vai sair da cidade. Eu enviei esta mensagem para mamãe, Liam, Johnny e Ruby também, então você tem que ter certeza que ele está fazendo o que está falando. Eu só preciso que o Liam fique livre. — Eu disse, enquanto me sentava no braço do sofá atrás dele. — Você está bem? — Ele perguntou, preocupação cobrindo sua voz. Eu acenei, sorrindo. — Estou totalmente bem. Eu só preciso
sentar-me. Você pode leva-lo daqui, acalme-se. — Eu respondi, sentindo meu corpo relaxar sabendo que eu não teria que falar com meu pai de novo. Jake iria resolver tudo, ele sempre fez. Eu observei enquanto meu pai ligava para a polícia e retirava as acusações. Jake os ligou pelo seu telefone e eles confirmaram que as acusações foram retiradas e que nenhuma outra ação seria tomada contra Liam. Ele estava pairando protetoramente na minha frente todo o tempo, ficando entre meu pai e eu. Ele era realmente o melhor irmão que qualquer um teve. Depois de mais ou menos dez minutos, Jake virou-se para mim. — Estamos prontos para ir, Ambs. — Ele pegou minha mão e levantou-me do sofá. Ele empurrou-me para a porta na sua frente, seus olhos não deixando meu pai em todo o tempo. — É melhor você não voltar, velhote. Na próxima vez que eu o ver, ou eu te mato ou iremos à delegacia para prestar queixa, todos nós. Eu não tenho certeza qual opção eu prefiro, pessoalmente, eu amaria ficar lá e observar você queimar. — Ele afirmou, como um pequeno sorriso, como se ele estivesse imaginando isso. Ele não estava brincando, eu não tinha dúvida em minha cabeça que Jake o mataria. E se Jake não fizesse, eu tinha certeza que Liam faria. — Deixe a cidade hoje! — Jake rosnou enquanto ele batia a porta, empurrando-me em direção ao seu carro. Ele verificou se eu estava dentro do carro antes de ir para o seu lado e acelerar o carro para rua sem dizer uma palavra. Após cerca de vinte minutos dirigindo, ele estacionou e desligou o motor. Suas mãos agarraram o volante com tanta força que suas juntas estavam brancas. Sua mandíbula estava cerrada tão forte que eu estava
surpresa que seus dentes não caíram com a pressão. Ok, ele estava furioso comigo. Ele tomou algumas respirações profundas, obviamente tentando acalmar-se. — O que diabos foi isso? — Ele rosnou. Eu estremeci e olhei para ele me desculpando. — Jake, funcionou. — Você tem alguma ideia do quão estúpido foi isso, Amber? Pense sobre isso, e se não tivesse funcionado? E se eu não tivesse visto sua mensagem? E se ele decidisse te machucar? Ou pior! — Ele gritou, batendo a mão com raiva no volante. Eu vacilei. Ele gritou tão alto e ecoou no carro ficando ainda mais alto. — Jake, me desculpe. Eu precisava fazer isso, era a única maneira que pensei para obter a liberdade do Liam. Agora nós sempre teremos as gravações para que ele não chegue perto de nós de novo. — Eu expliquei suplicando para ele entender minhas razões. Ele não disse nada, ele ainda estava muito nervoso. — Você deveria estar orgulhoso de mim. — Eu sussurrei, dando a ele uma cara de cachorrinho. Ele suspirou, — Eu estou orgulhoso de sua ideia, Ambs, mas isso foi muito idiota, só porque funcionou não significa que o que você fez foi certo. Você deveria estar no hospital pelo amor de Deus. Como diabos você saiu? Oh merda, me diga que você não fugiu ou algo assim e que eles estão atrás de você. — Ele disse, afetado. Eu ri e balancei a cabeça. — Eu me liberei. Estou bem, eu só preciso de repouso, que terei suficiente assim que meu namorado sair da prisão. — Eu disse, sorrindo ao pensamento. Jake riu perversamente. — Você sabe o quê? Eu não vou mais gritar
com você. Liam ficará seriamente furioso com você por isso também. Vou deixa-lo lidar com isso. — Ele disse, rindo enquanto ligava e saía com o carro de novo. Oh merda, ele estava certo; Liam ficaria muito nervoso por eu ter me colocado em perigo assim. Jake me olhou e deu risada outra vez. — Bem, estou feliz que não tenho que controlar você todo tempo agora. Liam pode tomar conta. — Ele sorriu para mim e eu não pude evitar de dar risada, ele realmente parecia aliviado. — Você precisa voltar ao hospital? — Ele perguntou. Eu neguei com a cabeça. Sentia-me bem, eu estava apenas cansada e precisava sentar-me, meu corpo parecia que tinha corrido uma maratona mas eu não estava com dor ou algo parecido. — Eu honestamente estou bem. Nós podemos buscar Liam e depois ir para casa. — Eu sugeri, descansando minha cabeça no encosto do banco. Eu só preciso que o Liam me segure. — Eles me disseram ao telefone que ele vai ficar mais uma hora pelo menos. Eles precisam processa-lo ou algo. Vou levá-la para casa e você pode esperá-lo lá. — Ele sorriu pra mim me reconfortando e conduziu em direção a nossa casa. Quando ele estacionou na nossa entrada, Ruby e Johnny vieram correndo da casa, olhando preocupados pra mim. — Oh, Amber, você está bem, querida? — Ruby perguntou, agitando-se em cima de mim enquanto andávamos em direção a casa. — Estou bem, só cansada. — Eu acenei. — Que mensagem foi aquela? Você foi e viu o Stephen? — Ruby perguntou, franzindo o cenho.
Eu acenei e olhei suplicante ao Jake, eu só queria ir para a cama. — Eu te conto em um minuto, Ruby. Ambs precisa descansar. — Jake interrompeu, me guiando em direção ao corredor traseiro. Eu sorri agradecendo-o. Eu não podia lidar com mais nada, a realidade do que eu havia feito estava afundando em mim. Eu realmente fui estúpida. Eu tentei não imaginar todas as coisas que meu pai poderia ter feito comigo. Eu estremeci levemente e empurrei longe os pensamentos, estava acabado agora, nada aconteceu. Eu tive sorte. Jake seguiu-me até meu quarto colocando minha bolsa no chão, eu chutei meus sapatos e deitei-me na cama totalmente vestida. Ele sentou na borda da minha cama, olhando-me tristemente. — Ambs, sinto muito mesmo que você perdeu seu bebê, você sabe disso, não é? — Ele perguntou baixinho. Eu acenei. — Sim, eu sei. Você seria um super tio. — Eu provoquei, sorrindo fracamente. Ele riu. — Sim, eu teria estragado essa criança, só para irritar você e o Liam. Eu sorri. — Eu aposto que você teria feito isso também. Ele se inclinou e me abraçou, beijando minha bochecha. — Você foi muito corajosa, e estou orgulhoso de você, mas nunca mais faça nada disso de novo. — Ele disse severamente. Eu acenei e bocejei. — Não vou. Você vai pegar o Liam? Ele negou com a cabeça. — Não, vou pedir ao Johnny para ir pegá-lo. Não quero deixa-la aqui até que eu saiba que aquele cretino está fora da cidade. — Ele respondeu. Eu acenei e fechei meus olhos,
precisando dormir, eu estava fisicamente e emocionalmente exausta. Acordei quando senti alguém subir na cama. Abri meus olhos grogues e vi Liam entrar na cama comigo. Eu explodi em lágrimas e joguei meus braços em volta dele. Eu nunca estive tão feliz em ver alguém na minha vida. Ele me abraçou apertado, acariciando meu cabelo, balançando-me gentilmente enquanto pressionava seus lábios em meu pescoço, da mesma maneira que ele sempre fez quando estava chateada. Embaralhei minhas mãos em seu cabelo não querendo soltar nunca mais. Eu não queria-o longe de mim novamente. — Tudo está bem agora, Anjo. Tudo está bem. Como está se sentindo? — Ele perguntou delicadamente puxando-me para trás para ver-me. Seus olhos azuis maravilhosos estavam olhando preocupados para mim. Eu sorri e o beijei, pressionando-me nele com força. Ele sorriu contra meus lábios e puxou de volta. — Estou bem. Estou feliz em te ver de novo. — Eu prometi, traçando seu lindo rosto com minhas mãos. Ele correu sua mão pelo meu cabelo, olhando para mim ternamente por um momento. — Jake me contou o que você fez. — Ele disse, seu rosto ficando severo. Engoli em seco e fiz uma careta. — Desculpe-me, eu tive que fazer. — Eu murmurei me desculpando. Ele enterrou seu rosto em um lado do meu pescoço. — Eu não vou gritar com você, se é isso que você está pensando. — Ele respondeu, rindo contra minha pele. Eu soltei o fôlego que não sabia que estava segurando e relaxei. Ele puxou de volta e me olhou. — Embora eu esteja furioso com
você. Odeio que você tenha feito aquilo, mas eu não preciso pôr mais nenhuma pressão além da que você já tem. Você já tem passado por muita coisa. — Ele disse tristemente, arrastando sua mão para meu agora vazio estômago. — Eu só vou falar isto, você nunca mais ponha-se em uma situação como esta de novo. Não me importo qual seja a razão, não é razão suficiente para você machucar-se. Você me entendeu? — Ele rosnou. Eu acenei, podia ver que ele quis dizer isso, ele estava louco de raiva, ele queria falar muito mais que aquilo também, mas ele não iria por causa do bebê. — Eu entendo. — Eu acenei, sorrindo com culpa. — Eu te amo tanto Liam. — Ele era a coisa mais importante para mim. Toda essa situação apenas provou o tanto que o amo, eu faria qualquer coisa por ele, até enfrentar meu pior pesadelo. — Eu também te amo, Anjo. — Ele sussurrou, inclinando sua cabeça e beijando-me gentilmente. Quando ele se afastou, estávamos ligeiramente sem ar. — Liam, posso te fazer uma pergunta? — Eu murmurei enquanto ele estabelecia-se perto de mim. Ele acenou, pegando minha mão e entrelaçando seus dedos com os meus. — Você ainda quer ficar comigo? Responda honestamente. Depois que eu perdi o bebê e tudo, você ainda me quer? — Perguntei, mordendo meu lábio, aterrorizada que ele falaria não. Ele olhou-me como se eu fosse louca. — Anjo, eu sempre quis você. Sempre vou querer você. Sempre. — ele disse ferozmente. Eu sorri, felicidade explodindo dentro de mim. Ok, pergunte a ele,
vamos lá Amber, você pode fazê-lo. — Você disse quando descobrimos que eu estava grávida, que você estava pensando em me chamar para morar com você em Boston. — Eu comecei nervosa. Ele acenou. — Sim. — Ele parecia um pouco confuso quanto ao rumo desta conversa. — Boston, é uma ótima oportunidade para você, não é? E se você pudesse fazer qualquer coisa você iria, certo? — Perguntei, precisando de confirmação antes de perguntar para ele. Ele parecia ainda mais confuso. — Sim, mas está tudo bem. Eu quero ficar aqui com você. Você é a coisa mais importante no mundo para mim. — Ele respondeu, beijando gentilmente minha têmpora. Eu balancei a cabeça, esta não era a resposta que eu queria. — Liam, responda honestamente, não pense em mim. A melhor coisa para sua carreira é Boston, não é? Ele acenou. — Sim, mas — Ele começou, eu coloquei minha mão em sua boca para parar sua resposta. — Eu quero ir com você, se você ainda me quiser. Você disse antes que queria me pedir pra ir com você. Você ainda quer? — Perguntei, olhando para seu rosto em choque, ele absolutamente não estava esperando por isso. Ele não respondeu, ele ainda estava me olhando, sua boca entreaberta. — Liam, você quer que eu vá com você? — Eu repeti, apertando gentilmente sua mão. — Você faria isso por mim? — Ele perguntou, olhando para mim tão amorosamente que fez meu coração derreter.
Eu acenei. — Sim, eu seguiria você para qualquer lugar que me pedisse. — Mas você deixaria tanto para trás, Anjo. Sua escola. Seus amigos. Jake. Sua casa. — Ele sussurrou, segurando minha bochecha ferida. Eu acenei. — Sim, mas eu ficaria com você, e isso faz tudo valer a pena. — Dei de ombros. — Como diabos eu consegui uma garota como você? — Ele perguntou, esfregando seu dedão suavemente sobre minha bochecha. — Talvez você tenha sido um assassino em sua vida passada. — Eu provoquei, fazendo-o rir. Ele acenou. — Assassino em série. — Brincou, fazendo-nos rir de novo. Ele inclinou-se e me beijou tão suave e ternamente que me fez sentir a mais especial e sortuda garota no mundo. Ele afastou-se do beijo muito rápido para o meu gosto. — Você mudaria para Boston comigo, Anjo? — Ele perguntou. Eu sorri e o abracei forte, — Eu adoraria Liam. Eu precisava de um recomeço. Tanta coisa aconteceu aqui que eu apenas teria que ir e começar de novo. Eu precisava esquecer tudo e olhar para o futuro - meu futuro com Liam.
Epílogo ~ 5 Anos mais tarde ~
~ Liam ~
Olhei para o relógio e suspirei. Merda, era quase duas e meia. — Pete, eu preciso ir! Isso vai ser concluído ou não? — Eu gritei para a outra sala. — Sim, chefe. Vá. Isso vai ser feito, não se preocupe. Ligue-me quando você sair e eu vou fazer os últimos detalhes, OK? E boa sorte! — Ele gritou de volta. — Certo. Adeus, e obrigado por fazer isso, — eu liguei enquanto corria para fora do prédio e pulei para o meu carro. Oh merda, por favor, não me deixe ser tarde! Eu me apressei para a faculdade, em pânico e corri o mais rápido que pude de volta ao campo. Era 02:50 e agora estava previsto para começar em dez minutos. Eu deslizei
por
entre
a
multidão,
procurando
por
eles.
Vi
Matt
imediatamente, ele estava de pé em sua cadeira, varrendo a multidão. Ele acenou como um idiota quando me viu e eu não pude deixar de sorrir. Eu comecei a fazer o meu caminho para eles, quando um cara entrou na minha frente. — Uau, você é Liam James! Eu posso pegar o seu
autógrafo? Sério, uau, eu sou como seu maior fã, — ele entusiasmou, enquanto a mulher que estava com ele se atrapalhava em sua bolsa à procura de papel e uma caneta. Eu ri. Eles eram todos, os meus maiores fãs, sério, eu ouvi dizerem isso tipo cinquenta vezes por dia. — Claro. — Eu sorri educadamente, estendendo a mão para a caneta. Eu escrevia meu nome e lhe dei um tapa no ombro. — Eu tenho que ir achar o meu lugar. — Sim, é claro. Obrigado! — Ele disse, rindo descontroladamente e olhando carinhosamente para o meu nome em um pedaço de papel. Eu sabia que nunca iria me acostumar com isso, as pessoas ficaram tão animado só porque eu assinei um pedaço de papel. Quero dizer, sim, eu sei que eu jogo para um dos melhores times da América, mas eu ainda sou apenas uma pessoa no final do dia. Eu não sou ninguém especial. Eu sou apenas Liam, e eu tenho a sorte de ser pago com um monte de dinheiro para fazer algo que eu amo - muitas pessoas não podem dizer isso. Eu fiz o meu caminho através da multidão e sentei-me no final da fila. Matt imediatamente mergulhou para o meu colo. — Ei, garoto. Sendo bonzinho, — eu perguntei, agradando-o, fazendo-o rir e se contorcer ao redor. — Tudo pronto? — Jake perguntou, sorrindo. Eu fiz uma careta e balancei a cabeça. — Yeah. Cristo, cara, eu estou tão nervoso. — Minhas mãos não tinham parado de suar durante todo o dia.
Ele riu e balançou a cabeça. Sua namorada, Charlotte, inclinou-se. — Você vai ficar bem. Apenas acalme-se, — ela disse, revirando os olhos. Charlotte era incrível, ela e Jake estavam juntos há cerca de seis meses e ele estava realmente gostando dela. Ela era sua primeira namorada verdadeira, e eu podia realmente vê-lo durar. Acenei para os meus pais, que estavam sorrindo com orgulho, conversando com o estranho aleatório ao lado deles como de costume. Eu sorri, sério, minha mãe poderia iniciar uma conversa com um mudo. — Hey, Liam, — Margaret saudou quando ela se apertou até a fila para me abraçar. — Hey, Margaret. Como você está? — Eu perguntei, abraçando-a de volta com força. Eu não tinha visto ela por cerca de quatro meses, porque ela foi viajar com o novo marido, Greg. — Eu estou ótima. Greg não podia vir embora, ele está preso na Tailândia por alguma promoção. Ele está tão chateado que ele está perdendo isso, — ela respondeu, franzindo a testa. Eu sorri. — Bem, apenas certifique-se de levar uma tonelada de fotos para ele, então.
Matt pulou do meu colo e correu de volta para sua mãe. Sorri para Ruby. Ela, Johnny e Matt ainda moravam em Timberfield, mas conseguíamos vê-los bastante - eles vinham ficar conosco nas férias e
outras coisas. Tivemos mais do que suficiente, e nós também voltamos lá sempre que podíamos. Johnny e Kate não duraram muito. Eles conseguiram até o momento por um ano antes de eles simplesmente se separarem, mas eles ainda são grandes amigos. Kate não se acalmou um pouco. Ela ainda flerta e atualmente está 'jogando no campo‘, como ela gostava de dizer, mas ela sempre foi um grande amigo para Amber então ela vem ficar com a gente também. Eu só tenho que mantê-la longe de todos os meus companheiros de equipe, ela seriamente os comeria vivos. Muita coisa aconteceu nos últimos cinco anos. Stephen Walker, Jake e pai de Amber, foi preso cerca de um ano depois que saímos para Boston, porque aparentemente ele estava enganando seus clientes. Ele estava servindo atualmente seis anos por fraude e desvio de fundos. Ele nunca entrou em contato com qualquer um deles, e todos eles ainda tinham a gravação que Amber fez dele admitindo o abuso, por isso, se ele já voltasse, eles concordaram que iriam apresentar acusações contra ele. De repente, todos começaram a bater palmas e meu coração decolou quando eu fiz a varredura da multidão procurando por ela. Vi-a de pé na esquerda do palco, conversando com Samantha, uma de suas amigas. Ela parecia sexy em suas vestes cerimoniais azuis e cinza. Eu não a tinha visto durante todo o dia. Eu tinha saído logo após café da manhã. Ela achou que eu estava em prática hoje, eu não estava, eu estava montando uma surpresa para ela como um presente de formatura. Amber estava se formando na faculdade, hoje, com um grau completo de coreografia de dança. Eu estava incrivelmente orgulhoso
dela, ela tinha trabalhado tão duro nos últimos anos na faculdade e estava graduando-se com honras. Tentei ouvir quando o pequeno homem deu o seu discurso sobre a turma, e então começou a atravessar a lista de nomes dos alunos, enquanto eles caminhavam e apertavam sua mão recebendo um certificado. Eu não conseguia me concentrar, eu estava estupidamente nervoso, que eu realmente me senti doente. Eu não conseguia tirar os olhos dela, ela era tão bonita. Ela honestamente ainda me tirava o fôlego cada vez que eu a via. Os paparazzi também a amavam. Eles estavam sempre nos seguindo por aí, querendo fotos e entrevistas. Eles amaram a história de estarmos juntos por cinco anos. Eles simplesmente amavam Amber e ponto final. Ela estava sempre em revistas e jornais, pequenas fotos de suas compras com suas amigas ou algo assim. Eles sempre a acharam adorável e as pessoas vinham e pediam seu autógrafo, tanto como eles faziam comigo. Amber só achava a coisa toda divertida e me provoca quando era parado na rua ou algo assim. Muitas vezes as pessoas me perguntam como é que eu fico ligado à terra, com a fama e o dinheiro, e eu sempre digo a mesma coisa. Nada disso era importante para mim, a única coisa que importava para mim é o meu anjo. Ela era a única coisa que eu precisava. Se todo o resto for embora amanhã, a casa grande, todos os carros, o dinheiro, eu não me importo. Enquanto eu ainda puder abraçá-la todas as noites, eu ainda seria o cara mais sortudo do mundo. Eu ouvi o Dean gritar o nome dela e eu sorri, batendo palmas como um louco. Ela estava radiante quando esquadrinhou a multidão, ela me
viu e acenou com o pequeno certificado para mim, com orgulho. Eu pisquei para ela e observei-a pular fora do palco feliz. Eu estava me mexendo no meu lugar, nervosa, porque estava quase no fim, era quase na hora. Esfreguei minhas mãos no meu jeans, tentando secá-las. Eu sinceramente nunca estive tão nervoso na minha vida. Depois de mais alguns minutos, o último certificado foi entregue, e eu a vi esgueirando seu caminho através da multidão para nós. Quando ela chegou a mim, ela jogou os braços ao redor do meu pescoço e me beijou. Eu levantei-a para fora de seus pés girando-a em um pequeno círculo enquanto eu apreciava a sensação de seus lábios contra os meus. Ela se afastou e riu, ela estava tão feliz que fez meu coração bater mais rápido. — Parabéns, — eu murmurei , sorrindo. Ela me beijou novamente e eu a segurei mais apertado. Droga, cinco anos e eu ainda não consigo o suficiente dela. Eu parei o beijo, muito consciente de que seu irmão mais novo estava sentado lá fazendo barulhos de beijo e cantando 'Amber e Liam, sentado em uma árvore‘. — Obrigada. Eu estava preocupado que eu não te vi, eu pensei que você poderia não conseguir. — Ela sorriu quando eu a coloquei de volta em seus pés. Eu sorri e escovei seu cabelo para atrás da orelha. — Eu não teria perdido isso para o mundo, — eu respondi.
Ela foi puxada para abraços por todos de sua família. Matt, como de costume, estava agarrado a suas pernas para que ela não conseguisse se mexer. Ele adorava a sua irmã mais velha, não que eu o culpasse, quero dizer, quem iria adorar meu anjo? Você teria que ser louco. Abaixei-me e puxou-o para fora dela, derrubando-o de cabeça para baixo por suas pernas, fazendo-o rir. — Então, o que vocês faram agora? Vamos tomar uma bebida ou algo assim? — Amber sugeriu. Oh merda! Todos olharam para mim. OK, uau, adicionar mais pressão, eu já estou em pânico, com medo! — Hum .... na verdade, Anjo, eu estava me perguntando se eu poderia levá-la para algum lugar depois. Eu tenho algo para lhe mostrar, — eu respondi, tentando não dar nada. Ela me olhou com curiosidade, ela odiava surpresas. — Yeah? O que foi? — Ela perguntou, envolvendo os braços em volta de mim. Inclinei-me e beijei seu nariz. — Você vai ter que esperar e ver, — eu respondi, sorrindo para ela, sabendo que isto estava, provavelmente, matandoa. Ela franziu o cenho e estreitou os olhos para mim, me fazendo rir, eu peguei suas mãos, soltei-as de minha cintura. — Você está pronta para ir agora? — Eu perguntei, esperançoso. Ela assentiu com a cabeça e olhou para sua família que estavam sorrindo como loucos, minha mãe estava chorando lágrimas de felicidade.
OK pessoal, menos! Ela olhou para todos eles um pouco confusa, obviamente querendo saber porque eles estavam todos agindo assim. — Eu vou ver vocês mais tarde em casa então. Um de vocês tem uma chave, certo? — Ela perguntou. Jake balançou as chaves para ela. — Vá. Vemo-nos mais tarde, — ele instruiu, apontando para a saída. Envolvi meu braço em torno da cintura dela e nós andamos para a frente. — Então, como é que foi a prática? — Ela perguntou. — Hum, bom, — eu menti quando eu abri a porta do carro para ela. Ela me beijou novamente quando entrou. Ela estava sorrindo, obviamente, orgulhosa de si mesma por se formar. Eu telefonei para Pete enquanto dava a volta para o lado do motorista para lhe dizer que agora estávamos saindo.
~Amber~
Algo definitivamente estava acontecendo. Olhei novamente para ele, ele parecia nervoso com alguma coisa, ele estava sentado muito reto em sua cadeira. Isto não era o normal e relaxado Liam, que eu amava até a morte. Após cerca de 20 minutos de condução e pequenas conversas sobre o tempo e a minha cerimônia de formatura, chegamos. Ele sorriu e saiu.
OK, onde o inferno somos nós? Eu pensei que ele estaria me levando para jantar ou algo assim. Eu saí e segurei sua mão quando ele me levou para a frente, parando fora de um edifício com portas de vidro. Eu acho que costumava ser uma academia ou algo assim, mas parecia que tinha sido reformada até recentemente, do lado de fora tinha sido pintada de uma cor creme e as janelas tinham sido substituídos. — O que você acha? — Ele perguntou, envolvendo os braços em volta de mim por trás. Achae sobre o que? O que eu estou perdendo? — Hum, isso é ótimo? — Eu dei de ombros, confusa. Ele riu. — OK, você não tem ideia do que eu estou falando não é? — Ele brincou. — Não. Desculpe, namorado, eu deveria ter? — Eu perguntei, sorrindo e me desculpando. — Bem, está vendo esse edifício na frente de você, com as portas de vidro? — ele perguntou. Eu balancei a cabeça, ainda um pouco confusa sobre o que era tudo isso. — É o seu. Meu? Que diabos é isso? Eu me virei para encará-lo. — Liam, eu não entendo, querido. Sinto muito, — eu disse me desculpando. Droga, eu estava arruinando sua surpresa.
Ele sorriu e passou os dedos na minha bochecha levemente. — Comprei-o para você. Eu já consegui tudo feito por dentro... é um estúdio de dança, — explicou. Oh! Meu Deus, ele não fez! Engoli em seco, olhando para ele para ver se ele estava brincando. Ele sorriu para mim. Não, ele realmente não estava brincando, ele estava totalmente sério. — Oh Deus, Liam, você está brincando comigo! — Eu gritei quando eu me joguei em cima dele, passando os braços ao redor de seu pescoço. Nós conversamos sobre eu montar meu próprio estúdio, mas ele me convenceu a esperar um ano depois da minha formatura, eu aposto que é porque ele estava planejando isso! Caramba, eu tenho o namorado perfeito! — Obrigada, obrigada, obrigada! — Eu chorei animadamente. Ele me beijou suavemente. — De nada. Vamos lá, vamos ver. — Ele me virou em direção à porta, sorrindo alegremente. Eu mal podia conter a minha emoção quando ele me entregou as chaves. Minhas mãos tremiam tanto que eu não conseguia nem colocar a chave na fechadura, então ele tinha que fazer isso por mim. Enquanto andávamos pelas portas, eu já estava chorando. Havia uma pequena área de recepção, que levou para dois grandes estúdios de dança que tinha espelhos em toda uma parede e belos pisos de madeira, perfeito para dançar. — Oh, Liam, isso é perfeito! — Eu chorei.
Ele sorriu. — Eu tive alguém aqui projetando tudo. Mas se há algo que você não gosta, nós podemos mudá-lo, OK? — Afirmou, pegando a minha mão e me puxando para fora da porta. — Vamos dar uma olhada lá em cima, — sugeriu, apontando para a parte traseira. Eu balancei a cabeça e pulou junto com entusiasmo ao seu lado. Ele sempre era estupidamente atencioso e doce. Ele tinha sido o melhor namorado que alguém poderia pedir nos últimos cinco anos, melhor do que eu jamais poderia ter sonhado. No andar de cima, havia uma pequena sala de recreação com mesa de bilhar e mesa de air hockey, de suco e um salgadinhos com mesas. Tinha ainda vestiários com chuveiros e tudo mais. Ele pegou minha mão e me puxou para a última porta. Ele parecia muito nervoso novamente. Ele não estava sorrindo agora. — OK, — eu perguntei , apertando o meu braço em torno de sua cintura mais apertada. Eu não conseguia tirar o sorriso do meu rosto. Eu o amava tanto que era quase doloroso. Ele engoliu em seco e balançou a cabeça, abrindo a porta. Olhei para ver o quarto que estava às escuras. Havia centenas de pequenas velas espalhadas por todos ao redor, fazendo o quarto piscar e parecer lindo, as velas foram refletidos na parede de espelhos. Havia balões vermelhos e rosa flutuando em cada centímetro do teto e alguns ligados às costas nas cadeiras. Havia cachos de rosas vermelhas em todos os
lugares, pétalas de rosas vermelhas e rosas espalhadas por todo o chão de madeira. Era lindo. Eu olhei para ele, chocada, ele sorriu e me puxou para o quarto, fechando a porta atrás de mim. Quando ele me puxou para o meio da sala, eu podia sentir meu coração tentando estourar fora do meu peito. Toda esta situação era tão romântico que fez meu estômago vibrar e minha pele formigar. Ele me beijou suavemente antes de dobrar de joelhos na minha frente. Eu senti meus olhos encherem de lágrimas e eu resisti ao impulso de gritar sim antes mesmo que ele me pedisse. Ele tirou uma caixa preta de anel, levantou a tampa para revelar um anel de diamante lindo, que deve ter lhe custado uma fortuna. — Anjo, eu te amei desde a primeira vez que pus os olhos em você. Sempre foi só você. E sempre será você. Quer se casar comigo? — Ele perguntou, parecendo muito nervoso. Será que ele realmente achava que eu iria dizer não? Engoli em seco ruidosamente. Deus, eu poderia sequer falar? — Sim, — eu sussurrei. Ele sorriu um sorriso de parar coração e tirou o anel da caixa, pegando a minha mão e deslizando no meu dedo, onde se encaixava perfeitamente. Ele pulou e me agarrou, me beijando ferozmente. Eu sorri alegremente contra seus lábios e ele se afastou para colocar sua testa na minha. — Eu te amo tanto, — ele sussurrou.
— Eu também te amo. — Essas palavras nunca pareciam o suficiente para mim. Três pequenas palavras, como poderiam cobrir tudo o que eu sentia por este rapaz incrível? — Por favor, posso ter a primeira dança em seu estúdio de dança, futura senhora James, — ele perguntou, seus olhos dançando com empolgação. Eu sorri, oh Deus, eu adorava o som desse nome ! — Absolutamente, futuro marido, — eu respondi. Meu coração estava batendo muito rápido. Liam ainda tinha o poder de deixar o meu corpo em chamas com um de seus sorrisos, mesmo depois de todo esse tempo. Ele puxou um pequeno controle remoto do bolso e empurrou um par de botões, ligando a música. Engoli em seco quando a música começou. Era a nossa canção. Amazed, por Boyz II Men, começou e ele me puxou para mais perto de seu peito, envolvendo seus braços firmemente em torno de mim. Poderia este cara ser mais perfeito? Eu não conseguia tirar os olhos dos seus enquanto nós dançamos. Ele me segurou com força, uma mão se deslocou até a parte de trás do meu pescoço, os dedos tecendo pelo meu cabelo. Minha respiração estava saindo em pequenos suspiros quando eu olhei cada centímetro de seu rosto lindo, o rosto do meu noivo. Apertei-me mais perto dele, sentindo seu corpo lindo pressionado firmemente contra o meu.
Tudo sobre este momento foi lindo e eu nunca queria que acabasse. — Liam, você poderia ficar mais romântico? — Eu respirei, esfregando a mão sobre o peito levemente à medida que balançávamos lentamente ao som da música. Ele sorriu. — Eu vou tentar. Pergunte-me novamente em 50 anos, — ele sussurrou, e inclinou a cabeça e me beijou suavemente, roubando a respiração e fazendo meu coração falhae no meu peito. Certamente ninguém nunca tinha sido mais feliz do que eu neste momento. Eu tinha a família perfeita, um novo estúdio de dança que tinha sido meu sonho desde que eu era pequena, e o homem dos meus sonhos tinha acabado de me pedir para ser sua esposa. A vida não poderia ficar melhor do que isso, eu sinceramente me senti como a garota mais sortuda do mundo.
Fim
Tradução Penny Serena Nathy Jess Ana
Revisão Inicial Simone
Revisão Final Dayane Alice
Formatação Laura
Esta obra foi traduzida pelo grupo de Tradução After Dark (TAD), de forma a propiciar ao leitor o acesso à obra, incentivando-o à aquisição da obra literária física ou em formato ebook. O grupo é ausente de qualquer forma de obtenção de lucro, direto ou indireto. A Comunidade tem como meta a seleção, tradução e disponibilização apenas de livros sem previsão de publicação no Brasil, ausentes qualquer forma de obtenção de lucro, direto ou indireto. No intuito de preservar os direitos autorais e contratuais de autores e editoras, a Traduções After Dark, sem prévio aviso e quando julgar necessário poderá cancelar o acesso e retirar o link de download do livro cuja publicação for veiculada por editoras brasileiras. O leitor e usuário ficam cientes de que o download da presente obra destina-se tão somente ao uso pessoal e privado, e que deverá abster-se da postagem ou hospedagem do mesmo em qualquer rede social, blog, sites e, bem como abster-se de tornar público ou noticiar o trabalho do grupo, sem a prévia e expressa autorização do mesmo. O leitor e usuário, ao acessar a obra disponibilizada, também responderão individualmente pela correta e lícita utilização da mesma, eximindo-se os grupos citados no começo de qualquer parceria, coautoria ou coparticipação em eventual delito cometido por aquele que, por ato ou omissão, tentar ou concretamente utilizar da presente obra literária para obtenção de lucro direto ou indireto, nos termos do art. 184 do código penal e lei 9.610/1998.