HISTÓRIAS PARA OUVIR MELHOR v2 (Elvira Drummond)

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VOLUME II

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by LMiranda Editora.

Drummond, Elvira. Histórias para ouvir melhor 2 / Elvira Drummond ; ilustrações Elvira Drummond. – Fortaleza: LMiranda Editora, 2014. 46 p. : Il. color. ; 30 cm. (Coleção Musicalização, n. 8) ISBN 978.61.610 1. Percepção Musical. 2. Musicalização. 3. Narrativas Infantis. I. Título. II. Série. CDD: 781.23

rev. 29/07/2014

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Coleção Musicalização Preparação de Textos e Revisão: Elvira Drummond Editoração Eletrônica: Junior Damasceno Projeto Gráfico: Hangar21 Comunicação (85) 3283.9081 - hangar@hangar21.com.br

Todos os direitos reservados à LMiranda Publicações. Rua Dr. José Lourenço, 2800 CEP 60115-282 - Fortaleza/CE Fone:(85)3272.3322 Fax:(85)3227.4305 www.elviradrummond.com.br e-mail: contato@elviradrummond.com.br

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Introdução As narrativas infantis pertencentes a tradição oral, sobretudo, focalizam valores universais, apontando vícios e virtudes humanas, que ajudam a criança a construir sua visão de mundo e a situar-se dentro dele. Tais narrativas apresentam arquétipos que Jung interpretou como “imagens psíquicas do inconsciente coletivo”. É por tratar de sentimentos primários, presentes em todo ser humano, independente de raça, religião ou cor, que os contos, de natureza folclórica, têm atravessado as fronterias do tempo e do espaço. Em Histórias Para Ouvir Melhor, as narrativas estão a serviço da educação musical. Não se trata de histórias repletas de associações do tipo “fadinha Clave de Sol”, “castelo dos sons”, ou similares. Evitamos associações que são forçosamente substituídas - descartadas à medida que a criança amadurece sua capacidade cognitiva, visto que associações que não se sustentam por todo o processo de aprendizagem são desaconselháveis e improdutivas. Evitamos, portanto, cores, números e outros elementos que servem de muletas ao aprendizado, gerando dependência e, quase sempre, retardando o processo de aprendizagem. Apresentamos, em Histórias Para Ouvir Melhor, alusões que pretendem “corporificar”o som, ou seja, tendo em vista a natureza abstrata do discurso musical, histórias como A Lagartixa Berê, que apresenta, de modo concreto, subidas e descidas do som, uma vez estabelecida a alusão entre subir e descer o muro, oferece à criança valiosa colaboração. Muito embora não exista exatamente um espaço sonoro, a sensação de localizar o som em planos espaciais - em cima ou em baixo - é um fato aceito por unanimidade. Assim é que a grafia musical, desde os neumas, adota a escrita de sons graves mais abaixo que os sons agudos, guardando as devidas proporções. Tal procedimento ocorre tendo em vista que, quando a vibração aumenta, o corpo torna-se mais leve e tende a subir, justificando a associação que conta com a aquiescência universal. Portanto, as associações relativas à altura sonora pretendem facilitar a percepção da criança, tornando concreto conceitos de natureza abstrata. Do mesmo modo, os demais parâmetros transferem conceitos abstratos para o plano concreto, estabelecendo alusões quanto à aparência ou o caminhar de animais, a exemplo da história A lagarta e a pulga, em que a imagem dos bichinhos e seus respectivos rastros correspondem ao registro gráfico, destacando a duração do som (longo/curto). Copyright Elvira Drummond www.elviradrummond.com.br


O repertório de histórias que compõem esta coletânea enfatiza os parâmetros sonoros (altura, duração, timbre e intensidade), oportunizando o desenvolvimento da percepção auditiva; a consciência da forma e de estruturas sonoras simples; a representação do som, considerando a linguagem imprecisa, em que usamos a grafia no plano (que antecede a leitura no pentagrama); e a capacidade de improvisar e interagir com o grupo, através do idioma musical. Em Histórias Para Ouvir Melhor, a literatura convoca a música - nossa grande estrela - conduzindo as atividades musicais que, uma vez contextualizadas, têm seus canais de percepção ampliados e enriquecidos. Tratase não apenas de associações, mas, sobretudo, de colaboração entre as artes.

Elvira Drummond

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SUMÁRIO VOLUME II O lápis e a borracha

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Conceituando som e silêncio

Namorico no jardim

07

Parâmetro: Timbre – sons da natureza

Choro de nuvem

08

Parâmetro: Timbre – sons da natureza

O amanhecer na fazenda

09

Parâmetro: Timbre – efeitos sonoros diversificados

A menina que queria voar

10

Parâmetro: Timbre – efeitos sonoros diversificados

A lagarta e a pulga

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Parâmetro: Duração – sons longos / sons curtos

Cada macaco no seu tambor

12

Parâmetro: Duração – pulso / divisão

O leão e o passarinho

14

Parâmetro: Altura – sons agudos / sons graves

A lagartixa Berê

15

Parâmetro: Altura - movimento sonoro (subir / descer / permanecer)

A linha amarelinha

16

Parâmetro: Altura – movimento sonoro (subir / descer / permanecer)

Uma chuva diferente

18

Parâmetro: Intensidade – forte / fraco

Dona galinha e dona sapa

19

Parâmetro: Intensidade – movimento sonoro (crescendo e decrescendo)

Zeca trovoada

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Soma de parâmetros

Meus brinquedos

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Soma de parâmetros

A máquina Criação coletiva associando sons e gestos

ANEXOS - a partir da página 28

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O lápis e a borracha A História

O lápis e a borracha resolveram conversar. Conversa daqui, conversa dali... O lápis, todo gabola, dizia para borracha que era o mais importante de todos os habitantes do estojo e, estufando o peito, aumentava o tom de voz, dizendo com arrogância: – Sou eu quem escreve todas as histórias: as alegres, as tristes, as assustadoras, as engraçadas!... Ninguém tem função mais importante que eu! A borracha mal falava. Acenava com a cabeça, concordando com o lápis e deixando escapar um “pois sim” ou “é mesmo”, de vez em quando.Tanto se exibiu o lápis, que acabou quebrando a sua ponta, e ficou desapontado!... Logo abriu o berreiro, num escândalo de dar medo. Doutor Apontador apareceu de imediato para resolver o caso de “desapontite aguda”. Refeita a ponta, o lápis decide recolher-se e vai de volta para o estojo, deixando sua trilha bem forte. Nisso, vem a borracha, que segue muito tranquila, apagando toda a história do lápis. Depois de apagar direitinho, comenta com o papel: – Que papelão fez o lápis, hein... amigo papel?!...

Sugestão de Atividades

Narrativa que explora a consciência sonora entre SOM e SILÊNCIO. O professor realiza a leitura. As crianças poderão acompanhá-la, seguindo o texto. Ao término da leitura, o professor estimula o grupo a confrontar a representação gráfica do lápis, que implica existência do som, com a da borracha, que, por "apagar o som", alude ao silêncio. Finalizando a atividade, o professor sugere que cada criança desenhe a trajetória que seu lápis fez e a sonorize para os colegas. Deve-se aproveitar a oportunidade para estabelecer conceitos de direção sonora: subida, descida e permanência do som.

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& ANEXOS

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Acess贸rios Choro de Nuvem

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