EDITORIAL Dá-se assim continuidade a esta jornada que é a reunião e documentação dos vários meios do mundo do Skate algarvio, desta vez com a especial colaboração da Bananinha que nos vieram visitar para uma boa sessão de street por Faro e arredores. Procuramos acompanhar e elevar a comunidade local em proporção ao seu natural desenvolvimento e crescimento que se tem feito sentir nestes últimos tempos. Agora, ao contrário de há alguns anos atrás, é comum avistar-se skaters de todas as idades, praticando pela cidade e, claro, nos skateparks aos quais foram-lhes devolvida a vida que haviam perdido com o passar do tempo. Esta é uma atividade artística que depende dos conjuntos e da união. Liga pessoas que talvez não se iriam conectar naturalmente por outras vias, cria uma verdadeira e constante troca de emoções e afeto partindo do encorajamento mútuo que vem com esta prática.
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Capa: Ivan Martins - Ollie Fotografia: Viriato Villas-Boas
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Produtor: WallRide Diretor: Viriato Villas-Boas Editor (print): Guilherme Pinto Editor (vídeo): Frederico Cardoso
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Morada: Avenida cidade de Hayward 8000-704, Faro E-mail: wallride.pt@gmail.com lodo.zine@gmail.com Fotógrafos residentes: Frederico Cardoso, Guilherme Pinto. Colaboradores: Catarina Florido, Frederico Cardoso, Guilherme Pinto, José Matos, Pedro Mourinho, Tomás Reis, Viriato Villas-Boas. Interdita a reprodução, mesmo que parcial de texto, fotografias ou ilustrações sob quaisquer fins, inclusive comerciais. 6
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Alisa Fessl - Ollie Fotografia: Guilherme Pinto
Catarina Florido - Blunt double grab/rock Fotografia: Viriato Villas-Boas
Alexandra Barros - Pole Jam Fotografia: Frederico Cardoso
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Alexandra barros - fs 50-50 Fotografia: Ruben Morais Claudino
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Frederico Cardoso fs feeble pop over fs 50-50 pop over Fotografia: Catarina Florido
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Frederico Cardoso bs ollie half cab Fotografia: Viriato Villas-Boas
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Daniel Peres - kickflip bs disaster Fotografia: Franek Dyrda
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Tomás Pó - fs 50-50 early grab Fotografia: Viriato Villas-Boas
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Vasco Olino - wallie bs crooked
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Tiago Sarreira - fs 5-0
Tomás Pó - bs nose slide
Fotografia: Catarina Florido
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António “Belz” fs 50-50 Fotografia: Catarina Florido
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Foto: Catarina Florido
Tiago Sarreira fs board fs feeble Fotografia: Viriato Villas-Boas
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Tomás Pó - Rock ‘n’ Roll
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Vini - bs tail reverse Fotografia: Viriato Villas-Boas
Fotografia: Alexandra Barros
Viriato Villas-Boas Ollie Norte
Vini - ollie Fotografia: Alexandra Barros
Tiago Sarreira Nollie bs flip
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O WallRide Constructions, é um dos departamentos da associação WallRide. O projeto, liderado por Paulo Augusto e Fábio Gonçalves, ambiciona criar as condições necessárias para a construção e reabilitação de espaços e equipamentos. O departamento encontra-se a liderar a requalificação do skatepark de Faro, assim como a construir rampas e outros materiais amoviveis. A ideia é simples: criar condições propícias para a prática do skate, tanto em casa, como no skatepark.
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Vinícius Oliveira - Kickflip*
Rosa - fakie varial flip* *Fotografia: Viriato Villas-Boas
Xana Bairros bs camisa Fotografia: Frederico Cardoso
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Fotografia: Frederico Cardoso
Viriato Villas-Boas beanplant bluntstall reverse
Alexandra ViriatoBarros Villas-Boas nosebeanplant manual bluntstall reverse
Fotografia: Frederico Cardoso
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Ollie - Vasco Fotografia: Bruno Xavier
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Viriato Villas-Boas Ollie Norte Ollie Fotografia: Frederico Cardoso Catarina Florido* Bruno Xavier**
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Opinião Atualmente, atravessamos um período de mudança e tensão política que, de certa forma, é cupulado pela decorrente situação pandémica. A população está incerta e, por isso, com medo, o que nos leva a desenvolver não intencionalmente um ambiente de intriga e desconfiança. As tribos são suspeitas umas às outras e nem sempre é fácil a partilha de espaços, deixando-as numa posição de vulnerabilidade. A cidade de Faro tem ao longo destes últimos anos vindo a recuperar, muito lentamente, de um vácuo cultural que se veio a desenvolver após a década de 90 e se sentiu com mais força durante o período de austeridade de 2008. Skate era praticamente inexistente, a Associação Recreativa e Cultural de Músicos (ARCM) lutava por uma casa, a cidade era silenciosa e os agentes do mundo da arte contemporânea e artes eram poucos… atualmente, é possível observar uma renovação cultural permitida pelos próprios locais e visitantes: A população aumentou; existem mais negócios e movimento no municipio; há um constante ciclo de exposições artísticas a decorrer pela cidade contando com a participação vários artistas de todos os cantos do mundo; uma escola de música e uma «venue» criada na ARCM com todas as condições ideais para que os músicos, atores e comediantes locais tenham acesso a um palco e de maneira a puder receber atos de fora; Dinamizou-se o Skatepark através dos esforços da «WallRide» e da comunidade, onde agora se vê movimento constante. Sendo tudo isto verdade, e estando Faro a concorrer à Capital Europeia da Cultura (CEC) 2027, o foco das instituições e câmara municipal deveria ser o de enaltecer todos os campos culturais da cidade, dentro do possível. . Neste contexto também, a LODO procura servir as ambições da comunidade, como canal de comunicação e exposição da própria, elevando e estimulando o fator cultural do panorama do Skate.
Nisto, enquadram-se postos de trabalho para agentes culturais da indústria criativa, sejam fotógrafos, designers, ilustradores, músicos, técnicos de audiovisual, etc. De modo a que se perpetue a surgimento destes agentes, é necessária uma especial atenção às possibilidades e condições disponibilizadas pelas escolas, como por exemplo a Universidade do Algarve (Ualg), que dispõe de cursos como Imagem Animada, Artes Visuais, Design da Comunicação e Ciências da Comunicação. Estes são uns dos formadores responsáveis pelo desenvolvimento e formação contínua do presente e futuro corpo da indústria cultural da região. É essencialmente por isto que a formação académica é também um fator indispensável e que deve sempre que possível ser estimada e protegida; o que implica um investimento proporcional tanto nas infraestruturas como no campo pedagógico. E tendo em mente que se estas pessoas se encontram em risco ou deixadas de parte, também a própria cultura fica. Perdem-se os próprios trabalhadores e consumidores. Tal como não existem skateparks sem skaters, não existem artistas sem galerias, sem designers nenhum negócio ou entidade tem apresentação visual, sem músicos não há concertos... e claro que sem estas pessoas, não existem iniciativas como a LODO. Guilherme Pinto
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