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A mudança chegou à ANO
from LV 81
Associação Nacional dos Ópticos Uma nova vo z
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A Associação Nacional dos Ópticos abre mais um capítulo da sua história com a assunção de uma nova direção, eleita a 29 de junho. O grupo de trabalho é extenso e compõe-se por nomes que ganharam eco no mercado. Na direção estão Fernando Tomaz, António Amorim, Paula Silva, Daniela Fonseca e Arlindo Teixeira, a mesa de assembleia geral é representada por Luís Góis, Alexandre Costa e Cristina Picotês e no conselho fiscal os nomes passam por Miguel Domingues, António Martins, Marco Santos e Helder Oliveira. A LookVision Portugal foi pioneira no registo da equipa que tem em comum uma garra que se sente, uma cumplicidade e empatia proveitosos e uma energia plena de juventude. Todo esta polvorosa está agora ao serviço do setor da ótica, com a certeza de que se vai impor o “fazer acontecer”, a união entre uma classe enorme e pujante, a proximidade às premências dos profissionais e o início da conquista de consumidores mais Informados. A voz à nova direção.
Qual foi o “chamamento” para assumirem o desafio de dirigir a Associação Nacional dos Ópticos (ANO)? Daniela Fonseca: De um modo geral, o que sentía- mos era um grande afastamento entre os associados e a instituição. A associação não respondia no que diz respeito aos mecanismos de proteção. Havia uma insatisfação muito grande. Por isso, tivemos vontade de agir, porque é muito fácil criticar sentados. Acredi- tamos que podemos fazer diferente, fazer acontecer. Quando sentimos que os nossos interesses não têm a representatividade que deveriam ter junto das enti- dades que regulamentam o setor, temos que avançar. Foi o que fizemos.
imediato com o aproveitamento das instalações do Porto, que funciona como ponto de formação, e se tudo correr como pensamos, a partir de janeiro, no mínimo a meio horário, queremos alguém que receba os associados com ligação à nossa sede assente nas novas tecnologias.
DF: Claro que a ideia é dar cobertura em todo o país. O Porto é um primeiro alargamento.
Proporem-se a acrescentar à vossa vida profissional este novo cargo é intenso. Ou seja, acreditam que têm algo a acrescentar ao papel da associação no mercado e que este é o momento? DF: Sim, acreditamos que temos a capacidade de união e de uma visão clara sobre o que queremos para o sector. O voto de confiança que recebemos
dos nossos associados exige de nós um esforço acrescido. Acreditamos verdadeiramente que iremos conseguir tudo aquilo a que nos propusemos realizar no nosso programa. O momento é o mais certo em virtude das mudanças e ameaças que o sector tem vindo a ser alvo.
Posto isto, quais as diretrizes desta nova direção? Arlindo Teixeira: Elas já estavam expressas no nosso programa de candidatura. Enviámos essa informação a todos os nossos associados e o lema central é Juntos Somos Mais Fortes, que está expresso aqui nesta mesa e é também comunicado ao setor. Vamos criar mecanismos de regulamentação no setor e vamos envolver todos os players do mercado.
Vão extravasar essa vontade de regulamentação para “fora” da ótica, fazer disso uma decisão oficial? António Amorim: Esse é o objetivo máximo e, provavelmente, o mais difícil de concretizar. Vamos iniciar o processo de dentro para fora. Não queremos correr o risco de “amanhã” termos uma entidade que nada tenha a ver com a ANO que intervenha de uma forma mais legislativa. Se conseguirmos o propósito final de ter um modelo que seja depois plasmado no futuro ou que possamos ser uma entidade reconhecida como válida para contribuir para algum processo fora da ANO, obviamente estaremos sempre disponíveis para isso. Agora o caminho é longo e todos devemos ter noção disso. Apesar de se iniciar aqui uma geração nova e que tem uma visão diferente do mercado, os profissionais mais experientes também têm que estar abertos à mudança e aos novos conceitos que se avizinham, nomeadamente no comportamento de mercado e do consumidor, para facilitar o nosso processo.
Paula Silva: E a mudança neste momento passa por fazer com que as entidades olhem para associação como um parceiro credível e importante em todas estas alterações de que estamos a ser alvo. A associação não pode ser vista como algo que está parado.
FT: Entregar cada vez mais ferramentas aos nossos associados para gerirem melhor e estarem aptos a responder às solicitações do mercado é urgente. Os óticos precisam de respostas rápidas e de ajuda nas áreas que não dominam.
DF: Sim porque acabam por procurar soluções fora da ANO. Outra preocupação que temos é o esclarecimento, tanto dos profissionais como da comunidade, e aqui pesa a questão da responsabilidade social.
AA: Basicamente fizemos aqui um exercício muito honesto, porque temos medo que aconteça aquilo que acontece a quem faz a mesma coisa muito tempo, fechado sobre si mesmo. Não há forma mais transparente do que chamar estes intervenientes para discutirmos linhas orientadores a partir de quem tem contacto com muitas realidades, algumas até internacionais.
Vamos levar a questão da prevenção mais longe e queremos dinamizar iniciativas para que esse esclarecimento chegue a todo o lado.
PS: Chegando à população passa a haver mais credibilidade em relação à chancela da ANO, que pode transmitir ao público que as óticas acreditadas têm sentido.
FT: E a parceria com a Associação Portuguesa de Prevenção Visual é muito importante nesta questão da responsabilidade social. Esta associação estava praticamente inativa e neste momento passa uma fase de transição. É sem dúvida muito importante e é um parceiro que tem que estar presente no dia a dia na questão da comunicação ao público.
Essa parceria é já fruto desta direção? FT: Sim estava nosso programa.
E que estratégias pensam empreender para o reforço da marca ANO? FT: É um grande projeto que não pode ser decidido com apenas um mês e meio de tomada de posse, no entanto temos definido um plano estratégico. A ANO tem 56 anos e acho que o plano deve ser traçado para os próximos 56 anos. Se isso tivesse sido feito há 56 anos, hoje teríamos, com certeza, uma ANO mais reconhecida.
DF: E aqui chegámos à parte do Conselho Consultivo no qual reunimos grande parte dos players do setor.
E que papel terá na ANO este Conselho Consultivo? Vai ter um presidente e um vice-presidente e compõe-se de fornecedores e representantes de grupos óticos e tem caráter rotativo. A função deste conselho é analisar em conjunto com a direção a atividade do mercado e apresentar ideias que contribuam para a tomada de decisões.
“Herdam” a associação num período complexo, em que a venda de óculos assume-se nas mais variadas formas. Que propostas têm para, no fundo, proteger e fortalecer a posição dos óticos? FT: Só temos um caminho: credibilização do sector da ótica, dos seus produtos e serviços. A chancela da ANO tem de garantir isso mesmo. Ou seja, empresários, técnicos e fornecedores JUNTOS.
Existem planos para alargar o número de associados? Por tudo aquilo que se disse, fácil é perceber que o foco desta direção é trazer à ANO o maior número possível de empresas da ótica. Esta direcção não aceitará a perda de membros como aconteceu nestes últimos anos. Foi com alarme que verificámos a perda de mais de 20 por cento dos nossos Associados.
E como conquistá-los? FT: Temos um compromisso muito importante na nossa associação que passa por perceber, através de um questionário, o que é que os associados têm hoje da associação, o que gostavam de ter e como podem usufruir da ANO. Queixamo-nos da falta de associativismo, mas também temos que ver o que as associações nos dão.
Sentimos que no momento em que assumiram a direção houve um rejubilar generalizado entre fornecedores e companheiros óticos. FT: Além de tudo assumimos uma forte mudança com o passado no que toca também às mulheres, que fazem parte em todos os órgãos sociais desta direção. Estão cá pela competência, pela experiência, porque são jovens e porque são bonitas (risos). É importante sentirmos isso quer da parte dos nossos colegas, mas também um acreditar de todo o setor, mesmo da parte dos fornecedores.
E quanto ao congresso da ANO, pensam manter o conceito? Há um conjunto de prioridades e, com as limitações de recursos, teremos de ponderar. Mas acreditamos ser fundamental uma reunião periódica, aberta, participativa de todo o setor pelo que os congressos são fundamentais.
A Associação Nacional dos Ópticos abre mais um capítulo da sua história com a assunção de uma nova direção, eleita a 29 de junho. O grupo de trabalho é extenso e compõe-se por nomes que ganharam eco no mercado. Na direção estão Fernando Tomaz, António Amorim, Paula Silva, Daniela Fonseca e Arlindo Teixeira, a mesa de assembleia geral é representada por Luís Góis, Alexandre Costa e Cristina Picotês e no conselho fiscal os nomes passam por Miguel Domingues, António Martins, Marco Santos e Helder Oliveira. A LookVision Portugal foi pioneira no registo da equipa que tem em comum uma garra que se sente, uma cumplicidade e empatia proveitosos e uma energia plena de juventude. Todo esta polvorosa está agora ao serviço do setor da ótica, com a certeza de que se vai impor o “fazer acontecer”, a união entre uma classe enorme e pujante, a proximidade às premências dos profissionais e o início da conquista de consumidores mais Informados. A voz à nova direção.