po l i t i k A politica em Grego que você entende
6 Berçário da Política
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Carta ao Leitor po l i t i k A politica em Grego que você entende
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Linha do Tempo
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Sabendo o quanto é imprescindível as noções básicas de política e o modo como sua explicação é passada de forma difícil, resolvemos elaborar essa revista com o propósito de levar informações precisas e necessárias aos leitores, de forma a simplificar o entendimento de teorias de filósofos imortalizados na linha do tempo. Pretendemos que a discussão a respeito de política perca seus estigmas, de modo a despertar o interesse do leitor a respeito dos assuntos abordados. Para isso, nessa edição, fizemos uma seleção especial dos mais importantes pensadores e suas respectivas teorias, organizados em ordem cronológica,
tratando de um dos assuntos mais atemporais da história. Com uma equipe que trabalhou de forma conjunta e organizada, a revista tornou-se um meio confiável para a divulgação do pensamento político ao longo dos séculos, contribuindo para a compreensão da vida atual de forma reflexiva, com matérias teóricas precisas e atividades divertidas relacionadas ao tema. Esperamos que consiga ver a política de forma mais descontraída após ler a revista e que o conhecimento aqui redigido contribua positivamente em seu dia-a-dia. Aproveite sua leitura,
Carta ao Leitor
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Índice
Berçário da Política Em comemoração a edição especial da revista, politík trás esse mês uma matéria para despertar seu interesse sobre um dos lugares mais incríveis do mundo
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Linha do Tempo “Até que os filósofos sejam reis, as cidades jamais estarão a salvo de seus males” Platão foi um dos principais filósofos gregos da Antiguidade...
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TOP 10 Filmes Entender um assunto como política requer muita dedicação e leitura, mas também é importante que o conteúdo torne-se mais leve e animado,
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Culinária A revista não estaria completa se não retratássemos o grande embate culinário. Nessa luta de gigantes, Esparta e Atenas não são ameaça!
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Horóscopo Primeiro signo do Zodíaco, Áries simboliza o começo de tudo. É o signo dos inícios, que projeta no tempo presente, com sua enorme pulsação de vida...
Índice
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Berçário da Política por Mateus Santos
Em comemoração a edição especial da revista, politík trás esse mês uma matéria para despertar seu interesse sobre um dos lugares mais incríveis do mundo: A Grécia, o berço da filosofia e da política que evoluiu até a forma que a conhecemos hoje. Existem diversos pontos turísticos na Grécia, mas o principal e mais importante é a Acrópole de Atenas, mais conhecida e famosa acrópole do mundo. É uma colina rochosa de topo plano que se ergue 150 metros acima do nível do mar, em Atenas, capital da
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Grécia, e abriga algumas das mais famosas edificações do mundo antigo, como o Partenon e o Erecteion.É considerado um Patrimônio Mundial da Unesco. Foi construída por volta de 450 a.C, sob a administração de Péricles e foi dedicada a Atena, deusa padroeira da cidade. O Partenon foi construído no século V a.C e foi ornado com o melhor da arquitetura grega. É um símbolo da democracia. O Erecteion é um templo grego consagrado a Atena e Poseidon. Foi construído entre 421 a 406 a.C, por Mnesicles. É tido como o mais belo monumento em estilo jônico, a despeito das singularidades do seu plano e elevação, que se têm explicado
pela necessidade de contrabalançar discretamente o Partenon, tendo em atenção as lendas locais, onde havia uma fonte de água salgada e uma oliveira, que se diziam dádivas de Poseidon e Atena.
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Cruzadinha por Larissa Lemes
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miniat. Illa con utet nulput
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1. Principal pensador do Socialismo Científico
2. Afirma que “O homem é bom por natureza
3. Afirma que os melhores políticos seriam os
3. Teoria defendida por Thomas Hobbes
mais sábios
4. Critico de platão e defensor do poder da
5. Livro Principal de Platão
educação
8. Mãe do moderno movimento das mulheres,
6. Autor da Divisão dos Poderes
a favor de uma nova política
7. Livro principal de Maquiavel
9. Inglês precursor do Iluminismo
RESPOSTAS NA PAG - 39
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1-Qual a maior realização de Montesquieu?
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2- Karl Marx é tido como ícone do século XIX devido a ? 3-Jean-Jacques Rousseau elaborou o tema da Revolução Francesa. Qual era ele? 4-Para Platão, quem era o único ser capaz de comandar o Estado?
RESPOSTAS NA PAG - 40
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5-Maquiavel introduziu qual tipo de pensamento? 6-Qual é o objetivo da lei para o inglês John Locke? 7-Aristóteles modifica o dualismo platônico? 8-Qual é a clássica frase de Thomas Hobbes?
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Viagem
Histórica
na Linha do Tempo da
VIAGEM HISTÓRICA NA LINHA DO TEMPO DA POLITICA
Política
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O Pensamento Político Antigo (800 a.C. - 30)
O PENSAMENTO POLITICO ANTIGO
Platão
por Mateus Santos
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latão se destaca por apresentar uma filosofia com contornos e objetivos morais. É conhecido pela sua Teoria das Ideias, que diz que o homem vivencia duas espécies de realidade- a inteligível e a sensível- contudo, nessa revista, o objetivo é abordar a visão política deste filósofo grego. Os escritos em que Platão trata especificamente do problema da política, são a República, o Político e as Leis. Na República, a obra fundamental de Platão sobre o assunto, traça o seu estado ideal, o reino do espírito, da razão, dos filósofos, em chocante contraste com os estados e a política deste mundo. Para diversos intelectuais, ele foi o primeiro e ,talvez, o último, a sustentar que o Estado deve ser governado não pelos mais ricos,
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os mais ambiciosos ou os mais astutos, mas sim pelos mais sábios. Para Platão, o primeiro e fundamental problema da política é que todos os homens acreditam-se capacitados para exercê-la, o que lhe parece um grave equívoco, pois ela resulta de uma arte muito especial: a educação. A essência do estado seria, então, não uma sociedade de indivíduos semelhantes e iguais, mas dessemelhantes e desiguais. Segundo Platão, o estado ideal deveria ser dividido em classes sociais. Três são, pois, estas classes: a dos filósofos, a dos guerreiros, a dos produtores, as quais, no organismo do estado, corresponderiam respectivamente às almas racional, irascível e concupiscível no organismo humano.
A POLITICA EM GREGO QUE VOCÊ ENTENDE À classe dos filósofos cabe dirigir a república, já que possuem 50 anos de educação. Com efeito, contemplam eles o mundo das ideias, conhecem a realidade das coisas, com isso estão à altura de orientar racionalmente o homem e a sociedade para o fim verdadeiro. À classe dos guerreiros cabe a defesa interna e externa do estado, já que possuem 20 anos de educação, de conformidade com a ordem estabelecida pelos filósofos, dos quais e juntamente com os quais, os guerreiros receberam a educação.Eles representam a força a serviço do direito, sendo o último representado pelos filósofos. À classe dos produtores, enfim, - agricultores e artesãos - submetida às duas preceden-
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tes, cabe a conservação econômica do estado, já que possuem 10 anos de educação, e, conseqüentemente, também das outras duas classes, inteiramente entregues à conservação moral e física do estado. Na hierarquia das classes, a dos trabalhadores ocupa o ínfimo lugar, pelo desprezo com que era considerado por Platão - e pelos gregos em geral - o trabalho material. Se a natureza do estado é, essencialmente, a de organismo ético-transcendente, a sua finalidade primordial é pedagógico-espiritual; a educação deve, por isso, estar substancialmente nas mãos do estado. O grande, o verdadeiro político não é - diz Platão - o homem prático e empírico, mas o sábio, o pensador; não realiza tanto as obras exteriores, mas, sobretudo, se preocupa com espiritualizar os homens.
“Até que os filósofos sejam reis, as cidades jamais estarão a salvo de seus males” Platão foi um dos principais filósofos gregos da Antiguidade, ele nasceu em Atenas, por volta de 427/28 a.C., foi seguidor de Sócrates e mestre de Aristóteles. Morreu em 347 a.C.
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“O homem é por natureza um animal político” Aristóteles
por Julia Borges
“O homem é por natureza um animal político”
O contexto histórico
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Grécia Antiga não tinha seus limites demarcados e nem era uma nação unida como atualmente. Na verdade, na época em que Aristóteles viveu, a Grécia tinha a configuração de estados regionais independentes, com cidades em seu centro (pólis). Cada pólis tinha sua própria forma de organização constitucional, destacando, por exemplo, Atenas. Um ser naturalmente social Sua experiência com a natureza o ajudou a determinar certos comprtamentos humanos. Assim, definiu que, como abelhas e cupins, ser humano tinha a tendência natural de agrupar-se e formar vilas, que se agrupariam em cidades. Aristóteles diz, então, que o homem é, por natureza, um animal político. Isso quer dizer que o homem é um animal cuja natureza é de viver em uma pólis. É importante entender que Aristóteles
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estava dizendo que a pólis é uma manifestação natural, como um formigueiro. Desse modo, qualquer um que nao vivesse em uma pólis não dotava de características humanas, para o filósofo poderiam ser seres superiores como deuses, ou inferiores como animais selvagens. A vida digna Partindo-se do pressuposto que tudo que existe tem uma meta, o objetivo humano seria levar uma “vida digna”. Assim, a “serventia” da pólis seria nos capacitar a viver desse modo, ou seja, buscando a justiça, a bondade e a beleza. Nos seus estudos a respeito da pólis, Aristóteles constatou que as diversas formas que a vida se organizava na pólis não era apenas para que as pessoas pudessem viver juntas, mas para que pudessem viver bem. A meta das virtudes seria alcançada a partir do tipo de governo que cada pólis escolhera, assim, Aristóteles separou alguns deles em “espécies”.
A POLITICA EM GREGO QUE VOCÊ ENTENDE Espécies de governo Em razão de seu grande interesse por classificar espécies naturais, Aristóteles aplicou o mesmo método aos sistemas de governo, evidenciados em seu livro “Política”. Diferentemente de Platão, que teorizava sobre a forma ideal de governo, Aristóteles examinou os regimes que vigoravam em seu tempo, a fim de demarcar suas fraquezas e seus pontos fortes. Para que isso fosse feito, ele levantou duas questões que seriam a base
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de suas pesquisas: Quem governa? A favor de quem governa? A respeito da primeira pergunta, catalogou três tipos principais de governo: os governados por uma pessoa; por um grupo seleto; por muitos. Para a segunda pergunta, o governante (ou os governantes) poderia agir em favor da população ou em interesse próprio da classe dominante, considerando o primeiro um bom governo e o segundo um governo defeituoso.
De modo geral, identificou “seis espécies”, que eram constituídas aos pares. São elas: 1- A MONARQUIA:
2- ARISTOCRACIA:
3-POLITEIA:
Um indivíduo a favor de todos, seu par antagônico é a tirania, uma monarquia corrompida;
Governo de Governo de muitos a favor de todos, seu par analguns a favor de todos, tagônico é a democracia, pois prevê o governo a favor seu par antagônico é a de muitos em vez de cada indivíduo separadamente. oligarquia, que preza por seus próprios interesses, Assim, quando o governante governa em como a tirania. razão de seus interesses, e não da população, surgem as desigualdades e injustiças e a instabilidade no papel do Estado de prover uma vida digna.
Aristóteles (384-322 a.C), nasceu na Macedônia e estudou em Atenas. É importante considerar o tempo que ele passou em Iônia, classificando animais e vegetais, pois depois tal conhecimento fora aplicado à ética e à política, consideradas por ele ciências naturais e práticas. Para Aristóteles, o conhecimento seria adquirido por meio da observação, a ciência política deveria ser baseada em experiências empíricas organizadas.
ARISTÓTELES
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“Um governante prudente não pode e não deve manter a sua palavra”
Política Medieval (30 - 1515) Nicolau Maquiavel “Um governante prudente não pode e não deve manter a sua palavra”
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anço a você, caro leitor, uma breve análise sobre o contexto e as ideias em que nosso respectivo candidato Maquiavel destacou-se. Assim, é notável que a desmistificação sobre nosso polêmico filósofo faz-se necessária, uma vez que seu termo “maquiavélico” perdura até a contemporaneidade e, infelizmente, é interpretado de uma forma negativa pela população, no geral. Dessa forma, o historiador italiano é reconhecido como o fundador do pensamento político moderno, uma vez que escreveu sobre Estado e Governo de uma maneira realista e não como esses deveriam ser. Além disso, admitiu uma postura laica, visto que trouxe uma visão independente dos conceitos da igreja, defendendo a manutenção do poder acima de tudo.
A POLITICA EM GREGO QUE VOCÊ ENTENDE
por Larissa Lemes
Suas principais ideias estão expostas no livro “O Príncipe”, inicialmente destinado à família Medici como uma forma de “conquistar a confiança” deles novamente, uma vez que eram ideologicamente inimigos, considerando-se que Maquiavel era republicano e os monarcas haviam reassumido o poder na Itália. Assim, banido do território italiano, o filósofo escreve o livro em três semanas, expressando conceitos majoritariamente relacionados à necessidade da manutenção do poder. Posteriormente, Rousseau defenderia que o livro, na verdade, foi uma ironia aos príncipes, no geral, e que o livro destacaria-se em uma postura crítica. Entretanto, tal afirmação ainda é tida como duvidosa, porém, demonstra que por muitos anos, a análise da obra foi feita de modo errôneo. É interessante que, ao formular suas ideias, retoma questões da Antiguidade,
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Maquiavel destacou-se em um contexto marcado pela dissolução dos poderes monárquicos, sendo assim, enquadra-se no Renascimento. Tal pe-ríodo histórico foi caracterizado principalmente pela valorização do homem (antropocentrismo) e pelo racionalismo, fatores esses que comprovam a postura renascentista do teórico.
analisando as formas de poder expostas até então. Em oposição à Filosofia Medieval, é realista com relação ao governo, visto que não evidencia questões relacionadas à virtude em sua obra, mas sim às ar-ticulações que o governante fez para manter-se no poder. Nesse contexto, dois termos de seu livro destacamse: fortuna, analisada como o acaso, a sorte, o azar; e a virtú, que seria o controle da situação, aquilo necessário para se controlar a fortuna, termo esse descrito pelos gregos e comparado à mulher pela inconstância que assume.
Dessa forma, o posicionamento do filósofo com base na preferência pela audácia, ou seja, “é melhor ser temido do que ser amado”, justifica-se na necessidade de controlar a situação e de levar em consideração as consequências futuras. Logo, é notável que Maquiavel representa uma “nova filosofia” com relação aos seus antepassados, contrariando conceitos até então solidificados, como a ética e a moral.
Finalmente, seu termo “maquiavélico” deve ser interpretado, uma vez que não era um pensador desprovido de ética, considerando-se que afirmava que o governante deveria ser justo e bom sempre que possível, e que a força e a violência faziam-se necessárias apenas em casos extremos. Assim, Maquiavel faz referência ao comportamento prudente, que apresentaria-se como o equilíbrio entre a cautela e a audácia e que tal ordenação seria considerada como sábia.
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Racionalismo e Iluminismo “A condição do homem é a condição de guerra”
(1515 - 1770)
Thomas Hobbes “A condição do homem é a condição de guerra”
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o quesito política, Hobbes é certamente um homem à frente do seu tempo. O filósofo, matemático e teórico político inglês foi um dos primeiros a desafiar “verdades” até então incontestáveis da Monarquia e da Igreja, negando, por exemplo, a origem divina do poder e afirmando a existência do pacto social. Considerando-se que as explicações acerca da política no século XVI eram primordialmente relacionadas à religiosidade e ao sentimentalismo, o teórico destaca-se por embasar suas jus-
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por Larissa Lemes
tificativas apenas na razão. Entretanto, tal fator não representa que o filósofo não era a favor da Monarquia, uma vez que uma de suas principais teses era com relação à importância do Estado. Dessa forma, ao invés de defender que o rei é necessário pois é uma figura divina e abençoada por forças sobrenaturais, Hobbes afirma que tal cargo é indispensável pois é fundamental para a manutenção de uma ordem social. Inicialmente, é imprescindível analisar a visão hobbesiana da sociedade para que o pacto social seja definido. Assim, o teórico político defendia que todos os homens são iguais perante a natureza, logo, gozam dos mesmos direitos e da mesma liberdade. Porém,
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são egoístas e quando cobiçam a mesma coisa, tornam-se inevitavelmente inimigos, o que justifica o caráter pessimista de Hobbes, que afirma que o “homem é o lobo do próprio homem”. A partir de tal afirmativa, desenvolve-se a tese de que no estado natural do homem não há paz, fazendo-se necessária a existência de um “órgão pacificador”, que garanta ao mesmo tempo paz e segurança aos indivíduos. Dessa forma, “nasce” o conceito de pacto social, em que o homem natural abre mão de sua liberdade em troca de segurança e paz, fornecidas pelo Estado. A partir da efetivação do contrato, o homem passa do status naturae ao civilis, transferindo seus direitos ilimitados ao Estado. Assim, Hobbes é denominado contratualista (alusão ao contrato), ideia depois retomada por filósofos como John
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Locke, Jean-Jacques Rousseau e até mesmo Immanuel Kant. Tais definições estão expressas em seu livro de maior destaque, Leviatã (um poder supremo acima do qual só existe o poder de Deus), que confirma sua preocupação em preservar a sociedade, mantendo a ordem e a segurança. Além disso, o filósofo determina que existam três formas de Estado: a Monarquia, quando o representante é um homem só; a Democracia, assembleia de todos que se uniram e a Aristocracia, assembleia apenas de uma parte. Além da determinação dos três tipos, Hobbes ainda descreve a anarquia, forma degenerada da democracia e a tirania, forma degenerada da monarquia. Assim, conclui-se que Hobbes foi certamente um homem inovador, prevendo, inclusive, movimentos que estavam muito à frente do seu tempo.
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“O objetivo da lei é preservar e aumentar a liberdade” John Locke O contexto histórico
“O objetivo da lei é preservar e aumentar a liberdade”
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período em que o inglês John Locke viveu foi, sem dúvidas, turbulento. Duas Revoluções marcavam o desequilíbrio do Antigo Regime na Inglaterra: a Revolução Puritana e a Revolução Gloriosa, período que se estende des-de 1640 até 1688. As consequências de tais movimentos foram conflitos políticos, econômicos e sociais incessantes, marcados, principalmente, pela crítica ao Regime Absolutista anterior. Nesse contexto nasce, em 1632, John Locke, que se tornaria posteriormente um importante nome na filosofia, história e economia. Uma visão geral John Locke foi o primeiro a articular os princípios liberais do governo e a saber que seu propósito era preservar os direitos dos cidadãos: vida, liberdade e propriedade. Além disso, deveria buscar o bem público e promover sanções aos que perturbarem a ordem social. Para Locke, as pessoas aceitavam submeter-se a um governo à medida que este providenciasse a regulação entre acordos e desacordos de forma neutra e, é claro, promovesse seus direitos básicos. Assim Locke foi capaz de constituir as características de um governo não legítimo, ou seja, aquele que limitasse exageradamente suas liberdades (percebe-se que era contrário ao Absolutismo). Desse modo, entendemos que o filósofo defendia a limitação do poder estatal, sem que este
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por Julia Borges
pudesse aplicar suas vontades ao povo de forma indiferente. A centralidade das leis Comecemos com a definição que Locke da a “poder político”: um direito de fazer leis com penas de morte. Era preferível garantir ao governo o monopólio da violência e das condenações para assegurar um justo estado de direito. Além disso, é importante ressaltar que o governo considerado legítimo manteria a divisão entre o Executivo e o Legislativo, evitando o abuso de poder na aplicação das leis vigentes. Em relação aos poderes, o Legislativo recebe destaque por ser superior ao Executivo à medida que tem tem o poder de estabelecer as regras gerais que guiarão a conduta social, enquanto o Executivo detém apenas o papel de impor tais regras, já decididas previamente. O propósito das leis não é abolir ou restringir as liberdades individuais, mas aumentá-las e preservá-las, por isso o filósofo torna-se tão famoso por sua frase “onde não há lei, não há liberdade”. Viver em liberdade não seria, então, viver em um estado de natureza à medida que esta não é uma permissão para que todos os homens possam agir como bem entenderem. As leis garantem que a liberdade seja praticada de forma igual por todos, dentro de seu limite, caso contrário, a liberdade estaria demarcada por um estado natural caótico e incerto.
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A condição inicial do homem Como já foi dito, a criação e aplicação de leis é um fator determinante em um governo, mas é preciso que elas sejam criadas levando em consideração a condição inicial do homem. Tidos como iguais, livres e independentes, o estado de natureza humano seria a situação na qual todos coexistissem de maneira relativamente harmoniosa e que não haveria um poder político legítimo para julgar as disputas. Como então surge a figura de um político que deve arbitrar as decisões e ordenar a vida em sociedade? Tudo se iniciaria com o aumento demográfico populacional, que tornaria os recursos mas escassos, surgindo a desigualdade econômica e a intensificação dos conflitos. Assim, a sociedade humana passaria a necessitar de leis reguladoras. O propósito do governo A questão da legitimidade era central no pensamento de Locke, que chegou a conclusão que um governo legitimo seria baseado em um contrato social entre os membros da sociedade. As pessoas estariam dispostas a entrar na sociedade civil para que o governo assumisse o papel de criar leis e figuras públicas, inexistentes no estado de natureza, sendo este um papel legítimo para o governo. Outro aspecto importante para sua legitimidade seria o comando por meio de um consenso popular, em que uma maioria poderia, de forma racional, decidir quem deveria governar. Assim explica-se sua contrariedade ao Regime Monárquico Absolutista, já que a figura central teria o poder indiscriminado e poderia limitar a liberdade desnecessariamente.
Em vez disso, Locke apoiava o papel limitado do governo, que deveria, resumidamente, garantir a propriedade dos cidadãos; manter a paz; proteger os cidadãos de invasões e garantir sua vida. Assim, o propósito do governo seria garantir aquilo que era ausente no estado de natureza, impondo boas leis para a proteção dos direitos e impô-las com o bem público em mente. O direito à revoltar-se Governos legítimos e ilegítimos poderiam, ainda, serem diferenciados à medida que a oposição no ilegítimo é inaceitável. Locke descreveu algumas das situações em que o povo poderia, com razão, serem opostos ao governo, por exemplo se seus representantes não forem aceitos na Assembleia, se o sistema eleitoral fosse alterado sem seu consentimento, se seus direitos fossem limitados etc. Para Locke, um governo ilegítimo era a mesma coisa que a escravidão, pois negava ao seu povo o direito de ter opiniões diversas e não cumpria de forma plena com sua função, ou seja, as leis criadas e impostas eram, muitas vezes, visadas em seus próprios interesses e não nas necessidades e direitos da população civil
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“Quando os poderes legislativo e executivo estão juntos, não pode haver liberdade”
“Quando os poderes legislativo e executivo estão juntos, não pode haver liberdade” Nascido Charles-Louis de Secondat, França, herdou o título de barão de Montesquieu com a morte de seu tio em 1716. Estudou direito em Bordeaux, mas foi seu casamento lhe garantiu um grande dote, o qual, com sua herança, lhe permitiu se concentrar na carreira literária resultante em sua obra-prima, O espírito das leis.
Montesquieu “A condição do homem é a condição de guerra”
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urante a era do Iluminismo no século XVIII, a autoridade tradicional da Igreja foi minada pelas descobertas científicas e questionou-se a ideia de monarcas governando segundo o direito divino.
A POLITICA EM GREGO QUE VOCÊ ENTENDE
por Amanda Lemos Na Europa, em especial na França, muitos filósofos políticos começaram a investigar o poder da monarquia, do clero e da aristocracia. Destacando-se entre eles,Voltaire, Jean-Jacques Rosseau e Montesquieu Rosseau defendia que o poder passasse da monarquia para o povo, e Voltaire, que houvesse a separação entre a
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Igreja e Estado. Montesquieu pensava menos na figura do governante. Para ele, era mais importante a existência de uma constituição que evitasse o despotismo. Isso se daria, argumentava, pela separação dos poderes dentro do governo. Montesquieu dizia que o despotismo era a maior ameaça individual à liberdade dos cidadãos, e tanto as monarquias quanto as repúblicas corriam o risco de degenerar no despotismo, a menos que fossem regulados por uma constituição de previnir tal destino. No cerne deste argumento estava a divisão do poder administrativo do Estado em três categorias distintas: o executivo (responsável pela administração e aplicação das leis), o legislativo (responsável por aprovar, rejeitar e propor emendas às leis) e o judiciário (re-sponsável por interpretar e aplicar as leis). A distinção que ficou conhecida como trias política criaria um equilíbrio, garantindo um governo estável com um risco mínimo de descambar no despotismo. A separação garantiria que nenhuma das instituições administrativas pudesse assumir todo o poder, já que cada uma delas conseguiria restringir qualquer abuso de poder das outras e após a Revolução Francesa tornou-se modelo para a nova república democrática.
MONTESQUIEU
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“Renunciar à liberdade é renunciar a ser homem”
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Pensamentos Revolucionários (1770 - 1848)
Jean-Jacques Rousseau por Sofia Rabboni
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nício do século XVIII, na Suíça, nascia um personagem que, com certeza, está presente, pelo menos, no seu livro de história, mas que facilmente caminha pelos de sociologia e filosofia. Seu nome: Jean-Jacques Rousseau. Figura ilustríssima que participou fervorosamente da Revolução Francesa, um dos momentos históricos mais importante da história mundial, no qual,
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defendendo causas iluministas se destacou ao criar seu lema, “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, sendo uma dor de cabeça para os Girondinos que enfrentaram sua oposição ao Antigo Regime. Além da sua notável contribuição para a política da Revolução Francesa, Rousseau colaborou ainda mais para a área
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utilizada para governar, desenvolvendo uma tese defendida mais tarde por outros pensadores, a de que o Homem é bom por natureza, cabendo a sua corrupção e desvios à sociedade, predispondo-o à depravação. O Homem, para Rousseau, se condiciona em uma criatura má, a qual só pensa em prejudicar as outras pessoas de forma mesquinha e egoísta. Por esta razão o filósofo idealiza o Homem em estado selvagem, pois primitivamente ele é generoso. Todavia, Rousseau não foi tão pessimista quanto outros filósofos como Nietzsche e Schopenhauer, propondo em uma de suas obras um caminho pra reconduzir o indivíduo à bondade originalmente possuída. Teorizada politicamente de Contrato Social, onde diz que prevaleceria a soberania da sociedade política. Em outras palavras: nesse contrato social seria preciso definir a questão da igualdade entre todos antes de mais nada, do comprometimento entre todos, para então o Homem mantivesse sua liberdade e bem-estar sem prejudicar ao outros.
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“O Comunismo é o enigma da história resolvido”
A Ascensão das Massas (1848) Karl Marx
por Amanda Lemos
“O Comunismo é o enigma da história resolvido”
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m meados do século XIX, Karl Marx - filósofo, historiador e revolucionário - fez uma das análises mais ambiciosas do capitalismo. Foi ativo no período em que as novas ideias revolucionárias surgiram na Europa, resultantes nos levantes de 1848. Seu trabalho lidava com preocupações centrais de seu tempo: como o crescimento do capitalismo industrial afetou as condições de vida e a saúde moral da sociedade, e se seria possível resolver e implementar melhores arranjos
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políticos e econômicos. Marx acreditava que o trabalho tinha o potencial de ser uma das maiores fontes de satisfação entre todas as atividades humanas. De forma geral, após profundas análises concluiu que a existência da propriedade privada e a separação da sociedade entre capitalistas e trabalhadores retirava a qualidade de satisfação do trabalho, levando a alienação e à formação de trabalhadores desconectados e insatisfeitos. Assim, Marx propõe que o comunismo resolveria a tensão causada pela alienação do trabalhador ao abolir a propriedade privada, restaurando o trab-
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alho em sua forma plena e as interações sociais a fins em si mesmas, ao invés de meios para obter dinheiro, propiciando a manifestação dos verdadeiros valores humanos. Ainda também propõe que a história se move inevitavelmente em direção à revolução. É difícil exagerar a influência de Marx. A previsão que ele e Friedrich Engels fizeram em seu Manifesto Comunista de 1848 influenciou profundamente a política do século XX e o apelo de suas ideias vem de sua ampla interpretação do mundo e de sua mensagem de transformação e libertação.
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Tirinha por Amanda Lemos
Top 10 Filmes: Política por Julia Borges
Quem disse que filmes também não transmitem conhecimento?
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ntender um assunto como política requer muita dedicação e leitura, mas também é importante que o conteúdo torne-se mais leve e animado, facilitando não apenas sua compreensão, como também sua aplicação no dia-a-dia. Pensando nisso, nós da Equipe Politík, resolvemos separar nessa edição um conjunto de filmes produzidos por diretores renomados, que abordam a política de forma brilhante. Dividimos filmes no contexto da Segunda Guerra Mundial, movimentos negros, história do Brasil, mulheres na política e eleições presidenciais. Separe sua pipoca!
Décimo: Olga (2004)
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Filme, de autoria brasileira, é inspirado na biografia da alemã, judia e comunista Olga Bernardes Prestes, no contexto da Segunda Guerra Mundial. É feita uma relação com o estado do Brasil na época, ja que a personagem envolveu-se com o líder da Aliança Nacional Libertadora (ANL), Luis Carlos Prestes e sua relação com os movimentos comunistas o Brasil durante o primeiro governo de Getúlio Vargas.
Nono: A Queda: As últimas horas de Hitler (2004)
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inspiração para o filme veio de relatos dos comandantes próximos de Hitler e das anotações de sua secretária pessoal, Traudl Junge e avança até o seu aniversario de 56 anos, em 20 de abril de 1945. O filme retrata os últimos momentos do domínio alemão, a decepção de seu líder, Hitler, percebendo a derrota e, até mesmo, o impacto dos eventos sobre a “juventude hitlerista”. Além de ser um bom exemplo a respeito da política praticada pelas potências na Segunda Guerra Mundial é, ainda, a retratação do vasto poder ideológico de Hitler.
Oitavo: Mandela, o caminho para a liberdade (2013)
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irigido por Justin Chadwick, o filme mostra a ascensão política de um dos maiores símbolos de paz e superação já conhecidos: Nelson Mandela, que ficou imortalizado por guiar seu país, a África do Sul, rumo à autonomia. A trama mostra o jogo de poder entre a população negra, que pouco a pouco reconheceu sua importância, e a população branca, que colonizou o território e explorou seus habitantes até 1994. Muito emocionante, o filme mostra como o desejo por poder político pode levar à conflitos inimagináveis.
Sétimo: Histórias Cruzadas (2011)
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sse não é um filme que possui seu caráter político tão evidente como Mandela, por exemplo. No entanto, se assistido com atenção, é possível perceber os diversos atos políticos nele presentes. O filme desenrola-se na década de 1960, nos Estados Unidos, contexto em que, tanto negros como mulheres ainda eram parcelas extremamente marginalizadas e desvalorizadas. A partir da amizade de uma aspirante à jornalismo e um grupo de empregadas domésticas negras, nasce ,no filme, um livro que revolucionou o modo como ambas as partes eram vistas, e marcou a intensificação dos movimentos em prol do negro e da mulher, seus direitos e seu espaço na sociedade estadunidense.
Sexto: Lula, o filho do Brasil (2009)
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filme conta a história de vida do ex-presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, um dos primeiros representantes políticos que veio de condições precárias e grandes dificuldades advindas da seca do sertão nordestino, já que a política brasileira foi sempre marcada pelos representantes da elite, como acontecera na chamada República Oligárquica (1898-1914). O filme é de grande ajuda para o entendimento das decisões tomadas por Lula durante seus anos no poder e a relação delas com o governo vigente.
Quinto: Zuzu Angel (2006)
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strelando Patrícia Pillar, o filme “Zuzu Angel” conta a história de uma estilista que perdeu o filho durante a ditadura militar brasileira e mostra seus esforços na tentativa de compreender o que havia acontecido com o filho e com tantos outros brasileiros que eram torturados e mortos por um governo autoritário e cruel. O contexto da ditadura militar mostra como o abuso de poder político pode levar uma população ao colapso, em um período em que oposições eram proibidas, assim como certas manifestações artísticas e o medo tornou-se um sentimento conhecido.
Quarto: Dama de ferro (2011)
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filme é baseado na vida da primeira-ministra da Inglaterra, Margaret Thatcher, que quebrou as barreiras de gênero e classe e conseguiu ser ouvida em um mundo dominado predominantemente pelo sexo masculino, sendo a política um dos espaços em que a presença da mulher mais é questionada. O filme foca não apenas o “preço pago” pelo poder, mas também a guerra entre Inglaterra e Argentina (1982) e como a ministra lidou com a situação.
Terceiro: Mulheres Africanas A rede invisível (2013)
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filme trabalha o contexto político da África no último século, com foco nas participações femininas em busca da igualdade e do respeito, A trama conta com os depoimentos de 5 figuras políticas femininas, incluindo a ex-mulher de Nelson Mnadela, Mama Sara Massari, contando como foi o desenrolar da luta feminina no continente e os caminhos que ainda devem ser percorridos. É um ótimo exemplo de como as mulheres, hoje, lutam por seu lugar na sociedade e inspirador a todos que o assitem.
Segundo: Lincoln (2012)
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aseado na história norte-americana, o filme faz referência ao governo de seu décimo sexto presidente, Abraham Lincoln, que ganhou as eleições durante a chamada Guerra de Secessão, conflito travado entre o norte e o sul do então Estados Unidos em razão de suas divergências quanto ao modelo administrativo a ser seguido. Além de mostrar o cenário político que a guerra proporcionou, o filme destaca a questão abolicionista, da qual Lincoln (representante do norte), era a favor e seus inimigos de guerra não.
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Primeiro: Recount (2008)
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filme é baseado nas eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2000, em que o resultado seria desempatado entre George W. Bush (Partido Republicano) e Al Gore (Partido Democrata) apenas pelo estado da Florida. O filme mostra as irregularidades suspeitas durante a contagem dos votos, que deu vitória ao primeiro candidato, bem como a luta do Partido Democrata para a aprovação de uma recontagem (dai o nome “Recount’), momento que marcou a história estadunidense.
RESPOSTAS CRUZADINHA 1
2
m a r x o 3 4 u p l a t ã o 5 s a r e p u b l i c a r 6 s m c i 7 8 t o s i m o n e a n o t p u t s o r e o t i 9 s j o h n l o c k e q i l c u a e e i l s p e e u RESPOSTAS
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respostas
1- A elaboração da divisão do poder em três: Executivo, Legislativo e Judiciário. 2- Ser responsável por reformular o socialismo e o comunismo.
6- Preservar e aumentar a liberdade
4- O filósofo
7- Sim, pois Aristóteles é realista, com isso ele insere na própria experiência o inteligível e o sensível como dualismo
5- “Os fins justificam os meios”
8- “O homem é o lobo do próprio homem”
3- “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”
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Luta do Século! por Amanda Lemos
A revista não estaria completa se não retratássemos o grande embate culinário. Nessa luta de gigantes, Esparta e Atenas não são ameaça! Apresento-lhes os coxinhas do PSDB e o pastel petralha, quem vai se queimar no óleo quente?
Coxinha do PSDB • Tempo de preparo1h 00min • Rendimento40 porções Ingredientes
Massa: • 1 xícara (chá) de água • 2 xícaras (chá) de leite • 2 tabletes de caldo de bacon ou costela • 1/2 xícara (chá) de batata cozida e espremida • 1 colher (sopa) de manteiga • 2 e 1/2 xícaras (chá) de farinha de trigo • Margarina para untar
Modo de Preparo Recheio:
Culinária
1. em uma panela coloque o azeite, alho picado e a cebola e frite 2. coloque o frango desfiado e os temperos de sua preferência 3. refogue por uns 5 minutos, retire do fogo coloque o requeijão e misture 4. espere esfriar e faça as coxinhas
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Para Empanar: • Farinha de rosca • 2 ovos batidos • óleo para fritar
Recheio: • 1 kg e meio de frango • 3 colheres de requeijão cremoso • 2 colheres de azeite • 1 cebola pequena • 2 dentes de alhos temperos a gosto
A coxinha:
1. Em uma panela grande, coloque a água, o leite, o tablete de caldo, a batata e a manteiga e deixe ferver 2. acrescente a farinha de trigo de uma só vez, mexendo até soltar do fundo da panela 3. Coloque sobre uma superfície lisa, untada, sove bem e deixe esfriar 4. Abra a massa com as mãos, coloque uma azeitona no centro e o recheio, feche dando formato de coxinha 5. Passe pelo ovo batido, pela farinha de rosca e frite em óleo quente até dourar 6. Escorra sobre papel absorvente e sirva
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Pastel Petralha • Tempo de preparo: 30min • Rendimento: 12 porções
Ingredientes
Massa: • 1/2 kg de farinha de trigo • 1 colher de sopa de óleo • Água para dar ponto • 1 colher de chá de sal • 1 colher de sopa de aguardente • Óleo para fritar
Modo de Preparo Massa:
1. Em um recipiente coloque a farinha, o óleo, a aguardente e o sal misturado com a água morna 2. Mexa com as mãos, e a seguir amasse bem sobre uma superfície lisa 3. Após amassar bem, abra porções de massa com auxílio do rolo (deixe a massa bem fina) empregue o recheio 4. Una as bordas e aperte com a ponta de um garfo
Recheio: • 250 g de carne moída • 2 ovos cozidos • 1 cebola • 1 dente de alho • 1 colher de sopa de manteiga • 100 g de azeitona sem caroço • Salsa e cebolinha • Sal • 1 pitada de pimenta do reino
Recheio:
1. Coloque a carne em uma panela e leva ao fogo, vá mexendo até que fique completamente enxuta e solta 2. Feito isso, junte a manteiga, a cebola batidinha e o alho socado 3. Refogue bem, tempere com sal e pimenta-do-reino, acrescente as azeitonas picadinhas, os ovos em pedacinhos e boa porção de salsa e cebolinha verde, cortadas bem fininhas 4. Deixe por mais uns 2 a 3 minutos no fogo e coloque para esfriar 5. Passe pelo ovo batido, pela farinha de rosca e frite em óleo quente até dourar 6. Escorra sobre papel absorvente e sirva
RECEITAS
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Horóscopo
HORÓSCOPO
Primeiro signo do Zodíaco, Áries simboliza o começo de tudo. É o signo dos inícios, que projeta no tempo presente, com sua enorme pulsação de vida, a idéia ou o desejo. Áries simboliza o momento do nascimento e a luta pela vida. É lutando que se conquista algo e Áries gosta de uma boa briga, em que possa concentrar toda a sua fé e sua mente. é um signo que poucas vezes se curva às vontades alheias, às considerações de adequa-ção – isso pode se manifestar na firmeza de convicções e na independência de comportamento. A mentira o desconcerta e a hipocrisia o confunde. Um objetivo pelo qual lutar confere esperança e ânimo a este ser decidido que almeja o arrebatamento em todos os campos da vida.
Segundo signo do Zodíaco, Touro tem a função de estabilizar as conquistas e os caminhos abertos por Áries, e por isso mantém os pés bem firmes na terra, agüentando com paciência o que muitos outros abandonam pela metade. Quer uma vida simples, que pode chegar ao conformismo, pois é um signo um tanto preguiçoso na hora de mudar. É ele quem tem o papel de concentrar, nas realizações terrenas, todo o impulso e o desejo iniciados por Áries. Para fazer isso, só mesmo sendo muito ligado nas coisas da terra – um ser sensual por excelência, Touro compreende a beleza, aspira a ela e tem a obstinação necessária para superar todos os entraves à realização, no mundo concreto, de uma idéia, projeto ou inspiração. Daí, Touro torna-se teimoso, turrão, tem de levar à frente um projeto, de qualquer jeito.
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HORÓSCOPO
Então, Gêmeos chega para levar a notícia, para informar a todos de algo novo que foi criado e que agora existe. Por isso, Gêmeos não existe para consolidar, nem para impor nenhum desejo. Ele tem a curiosidade e a maleabilidade necessárias para fazer com que aquilo que foi criado e manifestado entre em contato com um todo maior, o meio. Daí a relação de Gêmeos com a notícia, a informação, a variedade, a troca, em uma palavra. O que entra e o que sai de qualquer organismo é função de Gêmeos. Tudo é movimento, nada é constância. Quem nasceu para levar e trazer notícias e informações não pode carregar um fardo pesado que o imobilize, assim Gêmeos é: agente de ligação, repórter da vida, chefe do intercâmbio, aprendiz de tudo, falante de muitas línguas, mestre da mágica de convencer pela palavra. Isso também tem sua contrapartida na vida de Gêmeos: é duro ter de se conformar com alguns poucos caminhos, pois as opções são tantas e tão ricas. Os destinos podem ser tantos, a vida é um jogo de relacionamentos, excitante e cheia de aventura.
Instável como as marés, relacionada a este signo, que está sob a regência da Lua, o astro regente, Câncer se move de acordo com seu instinto de proteção, seu sentimento e suas emoções. Essa internalização é que corresponde ao tipo Câncer, que é sonhador, um pouco tímido, ligado no cuidado da prole, preocupado com o futuro, mas com um olho no passado, um signo de silêncio, de auto-proteção, pois a semente precisa estar cercada de cuidados para poder germinar na proteção do escuro, longe dos olhares e dos comentários. Daí que dizemos que quando um projeto está sendo gestado, é melhor guardar segredo, não expor a notícia ao mundo, aguardando quando ela romper a terra e mostrar seus primeiros galhinhos verdes. Essa é a natureza Câncer. Para cumprir com essa função, de sentir o que é preciso para garantir a gestação, Câncer se torna ou um eterno sonhador, sedentário e apegado demais à pátria, à família ou às tradições, cheio de manias que considera fundamentais, ou se inibe, tornando-se resignado e melancólico.
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Signo fixo, Leão simboliza a força da criação, os primeiros resultados que irrompem, a despeito de todas as dificuldades. Daí a analogia do signo com o desafio e com a auto-afirmação. Desafiar o ambiente externo, que pode ser hostil e inóspito é algo que precisa ser feito com coragem, focalizando apenas o desejo de ser, a despeito de todo o movimento em contrário que possa existir. O Leão é conhecido pela força – até mesmo autoritária e tirânica – com que impõe sua vontade, curvado que é à paixão de realizar seu próprio destino: florescer, frutificar, criar, com toda a nobreza e honra que algo criado possui. Dizem que o Leão é o rei dos animais e ele bem que simboliza essa qualidade leonina da honra, mas também do amor à prole, pois é signo gregário, que protege a cria – afinal, ele sabe a importância da luta pela vida. Para poder lutar pela sobrevivência e se impôr enquanto ser existente, o leão precisa ser centrado em si mesmo, alguém que precisa ser admirado – pela simples razão de existir da melhor maneira.
Virgem possui um temperamento instável e nervoso, pois a própria condição de estar atento ao que precisa ser reformulado e reciclado provoca a perpétua sensação de que algo pode ser diferente, melhor, mais adequado. Apesar de poupar esforços e energia, sabe empregar onde é necessário para fazer tudo de forma diferente. Virgem é o signo que analisa, disseca, e nesse processo, estabelece as relações com o meio em que está. Virgem é o signo do cálculo – que exacerbado leva às considerações calculistas quando inseguro – da engenhosidade, da disciplina e moderação, com pouca espontaneidade na demonstração do que sente ou pensa. Daí o interesse na alimentação, nas dietas, na saúde, medicina. Sem uma rotina precisa e clara, se perde, tornando-se aflito, nervoso, serviçal – pois tem de encontrar um local onde possa ser útil. O ceticismo, necessário para um bom analista que percebe e observa tudo, marca sua visão de mundo.
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O sétimo signo do Zodíaco marca a fronteira entre o mundo individual e particular – que começa em Áries e termina em Virgem – e o início da vida na coletividade, a socialização, o momento em que, após ter se aprimorado, organizado o ritmo da vida, começa a troca com a comunidade maior em que vive. Libra simboliza o contato com o outro por meio da fluidez, da justiça e do equilíbrio nas relações, em que mais vale a harmonia do relacionamento em si, do que os dotes da pessoa com a qual se relaciona. Como um signo que marca mudança de estação, (cardinal) é um dos que movimentam a vida. Aqui, o movimento é primaveril, no hemisfério sul. Libra é um signo mental. É hora de florescer, de fazer arte, de equilibrar, daí o esteticismo de Libra, que procura harmonizar até os elementos mais diversos em um todo que não choque, não afete ninguém. Para fazer isso, é preciso julgar, avaliar, e Libra teme o julgamento, daí hesita, pois precisa ser o mais equilibrado e ele pode se enganar.
HORÓSCOPO
Chega a vez de mais um signo de estabilidade e fixação, desta vez voltado para o relacionamento e seus produtos: o filho, as posses em comum, a criatividade. A posse e a propriedade – do corpo, do afeto, dos bens – se manifesta com toda a intensidade neste signo que busca o propósito. Escorpião quer saber o final de tudo que foi feito até Libra. Quer conhecer o que está além e não se contenta com as aparências, pois pressente os recursos ainda não manifestos da força conjunta. Daí, a tremenda capacidade do Escorpião revelar os segredos, traduzir as mensagens subliminares, “reagir com o estômago” a tudo o que ameace a estabilidade e a fixidez necessárias para o cumprimento de um propósito. A atenção fiel que Escorpião dá a seus parceiros é prova disso, como também é a extrema fidelidade – a pior coisa que se pode fazer a ele é a traição.
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De todos os signos do Zodíaco, Sagitário é o que mais deseja alargar a visão, sair do mundo fechado e intenso do Escorpião, para ganhar não mais o bairro nem a cidade, mas outro país, outra cultura. Daí, a enorme necessidade, tão natural nesse signo, de viajar, conhecer países e pessoas completamente diferentes do lugar onde nasceu. Ele precisa testar as verdades do Escorpião, tem que colocar em prática a propaganda do que acredita, ver se a fé em algo invisível realmente pode levá-lo a alcançar patamares melhores e maiores. Assim, Sagitário quer sempre mais – e melhor. E, de quebra, tudo feito com generosidade e alegria, porque ele não deseja guardar apenas para si suas descobertas, mas precisa reparti-las com a comunidade. Sua natureza é essencialmente propagadora e otimista, as vezes até sem pé nem cabeça. A força da fé, do espírito (é um signo do elemento Fogo) é tanta que o Sagitário pode esquecer do corpo, a não ser quando se dedica aos esportes, pois é um signo gregário que adora fazer algo em grupo.
Como todo signo social (acima do horizonte), este é um signo mais devotado ao mundo das relações humanas do que ao mundo interno. Não que Capricórnio seja sociável como o é Libra, ou Sagitário, mas é dedicado ao social na medida em que deseja realizar obras para a posteridade, colocando todo seu potencial a serviço da sociedade, daí seu grande controle pessoal sobre as paixões e sentimentos, essa característica que o torna um tanto frio ou distante aos outros. Mais do que devotado ao que considera sua obrigação ou tarefa (o melhoramento das pessoas e das estruturas que atendem às necessidades humanas) Capricórnio se reveste de uma grande capacidade de resistir às frustrações, de se submeter às condições mais inóspitas para conseguir realizar um objetivo de longo prazo. Talvez por isso deseje tanto ver o reconhecimento social de seus méritos e de seu esforço. O trabalho que faz e a segurança que deseja criar são conseqüências compreensíveis de seu modo de ser leal e determinado.
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POLITIK Aquário almeja a fragmentação do poder central e a impessoalidade, a seu ver único jeito de ser justo e racional. Daí, a grande inclinação a incorporar as novidades tecnológicas que possam libertar o ser humano da prisão que as estruturas criaram, pela própria existência. Amante da humanidade, o Aquário ainda assim é um solitário, que antevê o futuro do que ainda não foi inteiramente criado mas que já pode ser pensado e inventado. Para ousar inventar, precisa ter a mente aberta ao novo, a tudo que significa a mudança de um padrão atual para outro, que ele julga sempre ser melhor. Signo da produção em série, da moda e das ideologias reformadoras, Aquário trata de igual para igual o mais humilde e ao mais importante membro da sociedade humana, pois percebe em cada um deles a única humanidade que ambos possuem em comum, e em prol da qual é capaz de comprar as brigas mais feias e acabar sofrendo a perseguição dos mais conservadores.
HORÓSCOPO
Último signo do Zodíaco, Peixes também é o último da série dos signos mutáveis, aquele que dispersa e distribui tudo o que todos os signos anteriores construíram e criaram no ciclo de manifestação. Assim como ele se dedica ao entendimento geral de tudo, porque sabe que tudo tem um fim, também sabe que está na fronteira de dois mundos. Um mundo que termina, outro que deve começar dentro em pouco. Nesse limiar, Peixes permanece, sentindo e pressentindo o que ainda virá, e o que já foi, tentando ensinar ao mundo a lição de todos somos partes de um mesmo organismo, que não há separação. No mar de emoções instáveis como o oceano, governado por Peixes, está este signo que acompanha todos os que estão se despedindo de um ciclo, daí sua relação com os internatos, os que saíram do convívio humano, aspirando uma ordem ainda invisível. Os hospitais, onde muitos passam de um plano para outro, também é o lugar relacionado com peixes, assim como os portos, onde se vê ao longe a possibilidade de um mundo que se desconhece, mas que se pressente. A POLITICA EM GREGO QUE VOCÊ ENTENDE