Zoo(lógico)

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Zร O (lรณgico)




O

presente trabalho foi desenvolvido pela aluna Lorena Ravazzi para a disciplina ARQ 398- Trabalho de Conclusão de Curso I, para o curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Viçosa, sob a orientação da professora Maristela Siolari. Cujo objetivo foi obter ao final uma proposta projetual coerente com os questionamentos abordados e que será aprimorada e desenvolvida na próxima disciplina do curso, ARQ 399- Trabalho de Conclusão de Curso II. Almeja-se um espaço onde as necessidades humanas não se sobrepoham as dos animais, o que é tão corriqueiro atualmente, mas que ambos coabitem de forma harmoniosa os resquícios de natureza que nos restam.

VIÇOSA, NOV/17


SUMÁRIO

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EDUCAÇÃO AMBIENTAL

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ESTUDOS DE CASO

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PROGRAMA DE NECESSIDADES

41 PARTIDO

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PROBLEMÁTICA

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ANÁLISES

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PRÉ-DIMENSIONAMENTO

45

IMPLANTAÇÃO


INTRODUÇÃO


DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DOS ZÔO

A

o longo dos anos, os zoológicos tem sido um espelho das mudanças de opinião e sentimento acerca do relacionamento entre os seres humanos e animais (MENCH & KREGER, 1996). A literatura nos aponta que desde a antiguidade, astecas, imperadores chineses e até mesmo faraós egípcios, cultivavam o hábito de colecionar animais em cativeiro. Esse era um modo de afirmação de sua soberania e riqueza, os exibindo e confinando em seus grandes jardins particulares, muitas vezes, sendo os animais advindos das regiões longínquas conquistadas. Mas foi com os romanos, séculos mais tarde, que o costume se popularizou e disseminou com advento das atividades circenses, que levavam o

Esse foi um importante momento da história, a partir de então, no decorrer do século 19, a grande maioria dos zoológicos na Europa e nos EUA se estabeleceram, atrelados ao desenvolvimento industrial e populacional das cidades, mas também ao uso e ocupação de áreas naturais, o que tornava essas instituições importantes na conservação da vida (FIGUEIREDO, 2001). Importante mencionar que, nesse contexto, surgiram na Europa os chamados “Zoológicos humanos” , também conhecidas como “Vilas de negros” ou “exposições etnológicas”, que são exemplos perversos do tipo de olhar que as sociedades ocidentais construíram sobre outros povos e suas culturas. Como pode ser visto na

FIGURA 01 : Cartão postal mostrando javanesas Kapong que foram exibidas em jaulas durante a Exposição Universal de Paris de 1889, que marcou a inauguração da Torre Eiffel. Fonte: http://www.museudeimagens.com.br/zoologicos-humanos/

público ao delírio entre massacres e violências utilizando animais geralmente de grande porte, como ursos, leões e tigres. A terminologia jardim zoológico passou a ser utilizada no final do século 18, com o “Jardin des Plantes” em Paris, devido a influência de naturalistas da época que apontavam a incompletude dos jardins botânicos franceses que, para serem considerados museus de história natural, necessitavam de animais.

figura 01. Em contraponto a essa barbaridade exibicionista, uma mudança significativa, é apontada na literatura, na refuncionalização que os zoológicos sofreram a partir do século 19. Devido ao espírito científico crescente, a população passou a vê-los como locais de estudo, não apenas para diversão ou mera exibição como antes. Com o desenvolvimento de pesquisas sobre o comportamento dos animais na natureza,

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mudanças se viram necessárias nos recintos apertados e incômodos dos animais, para que esses se assemelhassem mais ao habitat natural de cada espécie, tais como vegetação e abrigos. Foi então em 1907, começo do século 20 que o pioneiro Carl Hagenbeck fundou o Tierpark Hagenbeck e revolucionou o modelo internacional de zoológicos, substituindo barreiras físicas, como grades, barras e cercas, por fossos, valas em lugares estratégicos, impedindo o contato do animal com visitante por essas diferenças de níveis, buscando uma semelhança mais efetivas com a natureza, buscando reproduzir desde a estepe Africana até os Alpes. Infelizmente percebe-se que não foi muito bem aceito e difundido tal modelo, pois até os dias atuais , os exemplares existentes continuam, em sua maioria, mantendo espaços limitados. Em paralelo ao desenvolvimento dos zoos, os protestos contra eles também cresceram consideravelmente. Uma área de controvérsia foi a alimentação, em público, de cobras e grandes carnívoros com mamíferos vivos. Essa prática foi bastante combatida por Charles Dickens bem como pelos chamados “Darwinianos”. O primeiro dizia que isso era terrível para a presa, que era humilhada diante dos espectadores, já os segundos achavam errado animais “superiores” servirem de alimento a animais “inferiores” (MENCH & KREGER, 1996).

Figura 02: Casal de leões presos em grades duplas e reforçadas

Em 1960, passam a ser considerados instituições desrespeitosas à natureza e aos animais. Em 1978, a Unesco proclama a Declaração Universal dos Direitos do Animal, conquista muito importante para o momento, tanto quanto para o futuro. Porém, somente no final do século que efetivamente passou-se a verificar uma mudança, associada ao reconhecimento de que as demandas dos animais não são meramente físicas, mas mentais e emocionais. Nas últimas décadas, tal tema tem atraído bastante a atenção da mídia, devido aos movimentos de ONGs e grupos defensores dos animais que se fortalecem a cada dia buscando meios para haver o encerramento dos zoológicos e, consequentemente, a reinserção dos animais na natureza, partindo do ideal de que nenhuma espécie deve ser privada da sua liberdade(figura 02). Em contrapartida, há quem ainda defenda a sua existência, devido à proteção das espécies ameaçadas de extinção e também da dificuldade de readaptação dos animais. Por isso esse trabalho acredita na permanência das atividades que zoológicos exercem, desde que seja revisto seu papel enquanto facilitador entre conhecimento ecológico, educação ambiental e preservação animal, de modo que o bem-estar animal esteja sempre em primeiro plano, mitigando outras soluções o comprometam.


PAPEL DO ZÔO NA ATUALIDADE Q

uando os zoológicos surgiram tinham como foco atender exclusivamente as necessidades de seus visitantes. Hoje têm quatro papeis fundamentais: educação, conservação, pesquisa e lazer (Sanders et al, 2007). A visitação mundial estimada em cerca de 30 milhões de visitantes por ano, demonstra também a importância destas instituições como centros de educação ambiental para a população, aumentando o seu interesse, cuidado e conhecimento sobre a fauna silvestre (Magnani, 2002). Além das questões de conservação e bem-estar animal, a visão social, pelas questões voltadas ao meio ambiente, vem propiciando mudanças significativas na forma como o ser humano se relaciona com os seres não humanos (Cavalcanti et al., 2010). O reconhecimento da cognição dos animais retira-os da condição de objetos de um meio, para sujeitos do mesmo, onde diversos aspectos complexos da interação animal-homem-meio passam a ser rediscutidas e reelaboradas (Tannenbaum, 1991). Na medida em que esta perspectiva se difunde globalmente através dos meios científicos e zootécnicos, ela pode criar uma nova sobreposição de crenças tradicionais e dar um novo impulso para a consideração do bem-estar dos animais (FAO, 2009).

Quanto a educação:

Quanto a pesquisa:

De acordo com a Sociedade Brasileira de Zoológicos e Aquários do Brasil, a maioria dos zoológicos tem programas de educação formal para as escolas, com o objetivo de conectar as crianças com a natureza. No entanto, a educação informal a todos os visitantes começou apenas nos últimos 10 a 15 anos. Os visitantes são muitas vezes relutantes em ler sinais de forma independente mas quando em um grupo familiar, há evidências de que as famílias mostram aprendizagem cognitiva (Yocco et al, 2010). No Brasil, pouco ainda se é pesquisado sobre percepção do público em geral em zoológicos. Screnci-Ribeiro (2010) diz que transformar um zoológico, inicialmente visto como lazer, em um projeto educacional é perceber que a realidade educacional é bem mais complexa nos tempos em que vivemos. Os próprios animais sugerem conexões sensoriais aos visitantes, a medida que eles estão “ao vivo” características como forma, tamanho, cor, som, cheiro e movimento exigem a utilização dos sentidos (audição, visão, olfato) para serem explorados.

O bem-estar animal está ligado aos estados subjetivos de sofrimento tais como, tédio, dor, fome, sede e frustração, sendo desencadeados quando os animais são impedidos de realizar algo em que estão altamente motivados (Dawkins, 1990). Broom (1986) define bem-estar como uma boa ou satisfatória qualidade de vida que envolve determinados aspectos referentes ao animal tais como saúde, felicidade e a longevidade ou ainda, pela sua capacidade em se adaptar ao seu meio ambiente. O enriquecimento ambiental surge como uma tentativa eficiente de reduzir comportamentos anormais e aumentar a frequência de comportamentos mais apropriados para a espécie (Young, 2003a). Proporcionando, assim, melhora no seu bem-estar. Dentro das definições de enriquecimento ambiental está uma série de procedimentos que têm como objetivo a modificação do ambiente físico e social, e como resultado, a melhoria da qualidade de vida dos animais que vivem em cativeiro (Boere, 2001). Segundo Young (2003b), o enriquecimento ambiental pode ser dividido em alimentar, social, físico sensorial e cognitivo.

Quanto a conservação:

Até o início dos anos 90, os zoológicos mudaram o foco para a reprodução de animais em cativeiro como forma de manutenção de populações ameaçadas para fins de conservação (Bowkett, 2009). Uma vez que as ameaças enfrentadas pela espécie tenham cessado, então os indivíduos podem ser (re) introduzidos no habitat natural. Reintroduções de animais em cativeiro foram, contudo, muito criticadas na literatura, principalmente sugerindo que os animais não estão aptos a ser reintroduzidas na natureza, devido à modificação de comportamento em cativeiro (Snyder et al., 1996). Foi constatado que 15% apenas das espécies ameaçadas estão alojados no zoológico, deste modo sugere-se que as espécies que estão em um nível crítico de sobrevivência devam receber prioridade, por exemplo os anfíbios que estão atualmente desaparecendo, necessitando desta forma maior planejamento, para serem recebidos pelos zoos em projetos parceiros de reprodução assistida.

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Estudos mostram que quando os zoos modificam o modo de enclausuramento dos animais, passando a ter espaços maiores e mais próximos dos habitates naturais causa também uma mudança no comportamento dos visitantes, que respondem positivamente com aumento na duração das visitas, interação social e atitudes positivas em relação aos animais (Nakamichi, 2007). Atualmente as pessoas vão aos zoológicos para se sentirem mais próximos da natureza e em busca de melhor qualidade de vida (Meyer, 1988). Segundo Furtado et al (2003) o que move o público aos zoológicos é em primeiro lugar a busca pelo contato com a natureza, seguindo de interesse pelos animais e em terceiro para levar os filhos para uma atividade de lazer. Os mesmos autores afirmam que com base nas percepções ambientais dos visitantes dos zoológicos pode-se inferir que existe uma visão positiva perante os zoológicos o que segue uma tendência mundial de torná-los locais apropriados para o lazer com a família junto à natureza e onde o bem-estar animal deve ser prioridade.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL Breve histórico Brasileiro

M

uitas vezes confundida com ecologia, ciência

que trata das relações dos seres vivos com o meio ambiente, a educação ambiental(EA) é um termo bastante contemporâneo. Refere-se a busca pela qualidade de vida, uma convivência harmoniosa com o meio ambiente, natural ou não. A EA lida ainda com o potencial das pessoas em modificarem e entenderem seu redor. (MERGULHÃO, 1998) Segundo o Ministério da Educação, foi a partir da década de 1960 que a sociedade notou uma abrupta queda de qualidade de vida ocasionada pela desenfreada degradação ambiental. No Brasil os primeiros esforços para incorporar a temáticas nos currículos escolares só iniciaram em 1975 na rede pública de ensino de Brasília, mas a escassez de recursos e as divergências políticas impediram a continuação daquela importante proposta de EA. O grande salto mundial veio com a Conferência de Tbilisi em 1977, organizada pela UNESCO, que nos legou as premissas básicas de toda EA, testadas e corroboradas até os dias atuais. Os princípios básicos estabelecidos foram os seguintes: a EA deve: (a) considerar o meio ambiente em sua totalidade, ou seja, em seus aspectos naturais e criados pelo homem, tecnológicos e sociais (econômico, político, técnico, histórico-cultural, moral e estético); b) constituir um processo contínuo e permanente, começando pelo pré-escolar, e continuando através de todas as fases do ensino

formal e não-formal; c) aplicar um enfoque interdisciplinar, aproveitando o conteúdo específico de cada disciplina, de modo que se adquira uma perspectiva global e equilibrada; d) examinar as principais questões ambientais, dos pontos de vista local, regional, nacional e internacional, de modo que os educandos se identifiquem com as condições ambientais de outras regiões geográficas; e) concentrar-se nas situações ambientais atuais, tendo em conta também a perspectiva histórica; f) insistir no valor e na necessidade da cooperação local, nacional e internacional para prevenir e resolver os problemas ambientais; g) considerar, de maneira explícita, os aspectos ambientais nos planos de desenvolvimento e de crescimento; h) ajudar a descobrir os sintomas e as causa reais dos problemas ambientais; i) destacar a complexidade dos problemas ambientais e, em consequência, a necessidade de desenvolver o senso crítico e as habilidades necessárias para resolver os problemas; j) utilizar diversos ambientes educativos e uma ampla gama de métodos para comunicar e adquirir conhecimentos sobre o meio ambiente, acentuando devidamente as atividades práticas e as experiências pessoais. A partir daí as autoridades de educação e meio ambiente, em todo o mundo, arregaçaram as


mangas e foram ao trabalho. Os desafios eram grandes, mas a necessidade de mudanças era maior. Diagnósticos internacionais denunciavam a incrível velocidade da perda de qualidade ambiental na terra. Enquanto isso, somente após 14 anos de negligência governamental foi veiculado o primeiro documento oficial brasileiro, saído das áreas ambiental e educacional, sobre EA, um encarte contendo orientações básicas, objetivos e recomendações. A carência de informações sobre a EA é tanta, que até hoje em dia continua grande. Contamos, em nosso quadro atual, com deficiências ainda em todas as áreas de atuação da EA. Faltam especialistas que possam planejar, executar e avaliar programas efetivos, bem orientados, e que possam realmente produzir resultados desejáveis. Conforme acentuado no livro Educação Ambiental: princípios e práticas (p. 116), um programa de EA, para ser efetivo, deve promover, simultaneamente, o desenvolvimento de conhecimentos, de atitudes e de habilidades necessárias à preservação e à melhoria da qualidade ambiental.

Figura 03: Visita guiada em viveiro de aves de rapina

Figura 04: Plantio de mudas em visita ao parque municipal

Somente provocando a participação da comunidade, um programa atinge seus objetivos. Para tanto, ele deve proporcionar os conhecimentos necessários à compreensão do ambiente, de modo a promover uma consciência social capaz de gerar atitudes que alterem os comportamentos. Com isso, vale ressaltar que este trabalho não pretende desenvolver um programa de Educação Ambiental, já que existem profissionais capacitados para tal, mas sim fazer usufruto do enorme potencial da instituição zoológico como um ambiente auto didático, para complementariedade e abrangência maior dos programas municipais com a população. Pretende-se chegar a um espaço onde possam ser explorados fauna e flora brasileira, através de atividades e percursos que sejam estimulantes aos visitantes, fazendo-os questionar possíveis medos e preconceitos relativos a natureza, mostra-los de maneira racional porque devemos zelar pelo meio ambiente, e incentivar o afeto que as pessoas quando crianças têm pela natureza e pelos animais.

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PROBLEMÁTICA Cenário Brasileiro

C

omo já mencionado, de acordo com as exigências do IBAMA, um zoológico para se manter operante deve estar atrelado ao programa de educação ambiental do município, porém no cenário atual brasileiro nota-se um descontentamento da população com a instituição, porque desconhece ou simplesmente não veem uma relação eficiente da manutenção do zoo como uma unidade de educação, conservação e pesquisa, a imagem passada ainda é aquela de aprisionamento para mera exibição. As instituições geralmente dão prioridade para atividades de educação ambiental formal, ou seja, aquelasdestinadas à crianças da rede de ensino pública, que são eventuais visitas guiadas pelo zoo e pelo viveiro de mudas municipal. Enquanto isso, a EA não-formal que é aquela que deveria ser destinada as demais faixas etárias, como adultos e idosos, é obrigatória mas não se vee atividade direcionada a ela, mesmo sendo um trabalho importante para minimizar certos preconceitos e especulações da população. Por isso é necessário evidenciar o potencial de concentração no zoo de todas essas atividades relacionadas a diretrizes instituídas pela secretaria do meio ambiente, e melhorar sua imagem perante a sociedade.

Distribuição pelo território Nacional e os modelos de ADM.

Segundo dados da Sociedade de Zoológicos e Aquários do Brasil, encontra-se no país um total de 106 zoo. A concentração de instituições dessa natureza é disparadamente na região sudeste, como mostra o gráfico 01. Sendo que a maior parte deles, 40 para ser exato, estão no estado de São Paulo.

Gráfico 01: Número de zoos no Brasil. Fonte: SZB

Gráfico 02: Número de zoos no Sudeste. Fonte: SZB

Gráfico 03: Ti po de Administração em SP Fonte: SZB

Además, 85% são instituições públicas, são de responsabilidade do governo municipal (Gráfico 3), não é cobrada taxa de entrada e a visita pode ser realizada de terça a domingo, entre 9h e 17h. Localizamse sempre em áreas urbanas, muitas vezes nas proximidades do centro, dispõem de uma estrutura de visitação simples, com banheiros, áreas de descanso, bancos, bebedouros e local para alimentação. Entre as instituições apresentadas está nosso objeto de estudo, o Zoológico Municipal “Missina Palmeira Zancaner”, localizado na cidade de Catanduva, na porção noroeste do estado de São Paulo. Segundo relato do atual diretor do zoo de Catanduva, devido à crise financeira dos municípios, muitos dos zoos em SP estão tentando encerrar suas atividades e enviar os animais a outras instituições que tenham a possibilidade e espaço de recebe-los, ele mesmo sempre recebe telefonemas das cidades da mesorregião em tal situação. Porém como grande parte se encontra na mesma situação, operando em capacidade reduzida , conseguindo manter apenas a limpeza e uma alimentação de qualidade aos animais presentes, nenhum tem condições e espaço para aceitar. Os zoo tem que garantir a reprodução assistida dos animais, ainda mais aqueles em extinção, mas por falta de espaço e infraestrutura medidas como isolar fêmeas em períodos férteis estão sendo tomadas. As exceções a esses problemas são aqueles zoos que foram reformulados e requalificados, como no caso do Zooparque em Itatiba, mas por iniciativa privada e passaram a cobrar entrada. O que se pode concluir é que a falta de incentivo governamental corrobora para uma infraestrutura

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decadente, um programa de educação ambiental ineficaz, inexistência de projetos e pesquisas na área, e má qualidade de vida para os animais. E como a privatização não é uma medida inclusiva, espera-se que o governo veja a instituição em primeiro plano, por ser um investimento em um espaço público que promove educação, saúde, qualidade de vida, bem-estar, conservaçãoda fauna e flora , pesquisa e lazer.

Comércio Ilegal da Fauna

O

Número de espécimes em %

comércio de vida silvestre, incluindo a fauna, a flora e seus produtos e subprodutos, é considerada a terceira maior atividade ilegal no mundo, atrás apenas do tráfico de armas e de drogas. O Brasil participa com cerca de 5% a 15% do total mundial (Rocha, 1995; Lopes, 2000). Combinando a riqueza da fauna brasileira, que ocupa a primeira posição em número total de espécies no ranking mundial, com o retardo do nascimento dos órgãos fiscalizadores nacionais, o IBAMA só veio a surgir em 1969, corroboraram para Figura 05: Pássaros de diferentes espécies apreendidos na zona o quadro atual de degradação natural, tonando o rural pela polícia ambiental. Brasil alvo preferencial dos traficantes de animais silvestres. (RENCTAS, 2011) Somente na última década, foi realizado um levantamento confiável de tais atividades ilegais pelo RENCTAS – Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais silvestres – onde foi estimado que cerca de 38 milhões de animais silvestres sejam retirados anualmente da nossa natureza e que aproximadamente quatro milhões deles sejam vendidos. Com base nas espécies mais capturadas e o seu preço, estimou-se esse comércio movimenta cerca de US$ 2,5 bilhões/ano. Figura 06: Tartaruga sendo reentroduzida na natureza. O estado de São Paulo, felizmente é o estado que mais multa e apreende no Brasil (figura 05), os animais são encaminhados para os CETAS- centros de triagem de animais silvestres- e então são decididos o destino correto para cada tipo animal que como apresentado no gráfico 04, está diretamente ligado a classe taxonômica. A a grande maioria dos pássaros, répteis e mamíferos conseguem ser rentroduzidos no seu habitat natural(figura 06), mas há aqueles que nasceram e passaram grande parte da vida em cativeiro e para sua sobrevivência continuaram em cativeiro, por isso são encaminhados aos zoológicos. Outro dado que chama atenção é relativo aos animais Gráfico 04: Destinação dada aos animais dos Cetas entre 2002 exóticos, que não pertencem a nossa fauna, muitos e 2009, segundo grupo taxonômico. vem a óbito ou são mantidos em cativeiros para Fonte: RENCTAS terem um tratamento adequado mais qualificado e ter chance de sobreviver. Animal silvestre não é pet, por isso o desenvolvimento de campanhas de educação ambiental se torna importantíssimo nesse quadro nacional, para aumentar a conscientização da população que corrobora com a compra e vendao. Em paralelo, os zoológicos também tem papel importante, estar qualificado e ter expaço extra para poder receber animais provindos desse comércio. tipos de espécies, já que em alguns casos eles podem oferecer uma nova chance de qualidade de vida ao animal.

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ESTUDO DE CASO 1 Zootopia

FICHA TÉCNICA

O PROJETO A tarefa mais importante e desafiadora de um arquiteto é projetar ecossistemas artificiais, que garantam edifícios e cidades adequadas ao modo de vida de diferentes pessoas, que por si mesmas são de diferentes origens, gênero, economia, educação, cultura, idade, etc. Essa foi a reflexão que levou o escritório dinamarquês projetar o zootopia (Figura 07), um zoológico que não fosse nos moldes tradicionais de enclausuramento animal e não fosse um safari, mas que criasse o melhor e mais livre habitat para os animais ao mesmo tempo que criasse oportunidades de relacionamento uns com os outros e com os visitantes.

ZOO comum

Ano: 2013 Área do terreno: 1.200.000 m2 Localização: Givskud, Dinamarca Status: Em progresso Arquitetos Responsáveis: Bjarke Ingels e Jakob Lange. Fonte: www.big.dk

ZOO safari

ZOOTOPIA

Figura 07: Diagrama Conceitual

O partido do projeto foi a subdivisão do parque em 3 trajetos finitos– Ásia, África e América- que se iniciavam e encerravam na praça central. As opções eram variadas, os visitantes podiam optar por um passeio sobre a América em um teleférico, passeando de bicicleta ou caminhando passando pela África e Ásia ou ver tudo de uma panorámica 360 graus a partir da praça (Figura 08). Ao invés de replicar a arquitetura característica de cada continente, o escritório propôs a criação de edifícios que se camuflassem na paisagem, criando casas para os animais feitas sob medida para suas necessidades e verossímeis ao habitat natural. .

1.Elefante

2.Pinguim

3.Leão

4.Panda

5.Urso

6.Girafas

Figura 08: Diagrama do Partido.

Devido aspectos biológicos em detrimento a segurança dos visitantes, alguns animais necessitam um enclausuramento mais dedicado, como por exemplo os pinguins e/ou sem contato direto, como leões, ursos, onças, etc. Para os casos de animais já existentes no parque aplicáveis a essa lógica, a equipe de projeto desenvolveu espaços para 6 animais (Figura 09)

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Figura 09: Casas nas especificidades de alguns mamíferos


A série de diagramas a seguir mostram do processo de criação do escritório para a introdução do projeto no terreno a partir dos conceitos e necessidades apresentados anteriormente.

Figura 10: Proposta de implantação

RELEVÂNCIA

A contribuição mais relevante do projeto zootopia foi quanto ao partido, quando o escritório opta pela separação do parque por continentes, cria percursos e também possibilidades de fazê-los por diferentes modais, escolhidos com base nas características dos animais de cada continente. Tais percursos oferecem uma lógica porque os visitantes podem perceber uma associação clara das características da fauna com a flora, e como cada continente tem suas particularidas. Outro fato interessante é que por mais que os arquitetos tenham um conceito utópico, já que muitas espécies por questões de segurança não podem compartilhar o mesmo espaço entre si e com os visitantes, o projeto conseguiu chegar em solução concretas e viáveis, conferindo permeabilidade e liberdade a maioria dos espaços e garantindo uma significativa melhoria de vida ao animais em cativeiro.

Figura 11: Perspectiva do Projeto final


ESTUDO DE CASO 2 Lugar das aves

O PROJETO

FICHA TÉCNICA Ano: 2009 Área do terreno: 30.000 m2 Localização: Buenos Aires, Argentina Status: Construído Arquitetos: Hampton+Rivoira+Arquitectos Fonte: www.archdaily.com.br

O projeto consiste em um parque temático que abrigue aves de várias partes do mundo, de modo que os visitantes estejam imersos no habitat natural das espécies e substituindo então o sistema de enclausuramento vigente, feito por um conjunto de gaiolas pequenas e separadas. Por isso, a condicionante de projeto era encontrar uma estrutura “invisível” que englobasse o paisagismo referente a três continentes e suas respectivas espécies e espaços, restringindo ao mínimo seus hábitos em paralelo a presença dos visitantes. Um estudo minucioso de tensão e transferência de cargas foi necessário para que os arquitetos encontrassem um sistema tecnológico utilizando peças leves industrializadas que cobrisse a área desejada, vãos de 12m de altura e 30 de largura. Várias propostas utilizando materiais diferentes surgiram ao longo do desenvolvimento do projeto, mas a solução final se deu com perfis tubulares em aço, de maior diâmetro curvável possível, envoltos por chapas de dimensões variadas e fechamento em malha de aço inoxidável, seguro e resistente às intempéries.(Figura 12) São mais de 250 espécies, ocupando seu próprio Figura 12: Modelo 3D da estrutura extrato espacial, seja próximo à água ou ao solo, em vôo baixo e aleatório ou alto e circular (Figura 13). Assim, em função destas particularidades, definiramse as dimensões das diferentes gaiolas, suas conexões, as relações entre áreas de serviço e áreas públicas e a ambientação dos ecossistemas. O percurso das vias internas do aviário soma, aproximadamente, 4,5 km lineares. São 3 subdivisões internas, cada uma com 900 m2, a transição de uma para outra é “à prova de pássaros”, resolvida com cilindros de madeira e cortinas duplas de telas que evitam o turismo intercontinental dos pássaros, e toda essa área se constitui por um plano inclinado até o lago central. Assim, os percursos dos visitantes sobem e descem em função da topografia e das visuais limitadas dentro dos diferentes Ambientes. Figura 13 : Visita guiada (Figuras 14 e 15) RELEVÂNCIA As soluções adotadas pelo projeto são muito pertinentes a partir da ótica que a exibição animal em prol do mero entretenimento humano fica em segundo plano. Através de uma arquitetura sutil foi possível reunir um paisagismo mais fiel ao natural, de acordo com as características continentais, a uma visitação menos incomodativa aos animais e um visual agradável aos olhos, tudo envolto por uma estrutura leve e extremamente funcional.

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Figura 14: Implantação do aviário no zoo

Figura 15: Imagem aérea do complexo


ESTUDO DE CASO 3 O PROJETO Em 1916, o atual zoológico de Sorocaba surge como um Jardim dos Bichos, local onde eram alojados, em condições precárias, animais comumente encontrados na região, como jacarés, bichos-preguiça, veados, macacos, serpentes e aves. Esse zoológico, voltado tão somente à contemplação dos animais, extinguiu-se em 1930. Somente em 1968, quando o município adquiriu uma propriedade extensa, no coração da cidade (Figura 16), que de fato se iniciou uma instituição que se consolidou ao longo dos anos e atualmente é considerada de extrema qualidade educacional e uma das mais completas da América Latina. Seus objetivos são: promover recreação saudável e contato com a natureza, programas de educação ambiental, colaboração com pesquisas, gerando conhecimento sobre comportamento, reprodução e fisiologia, e atuando junto ao esforço conservacionista nacional e mundial através de planos de manejo, tanto em cativeiro como na natureza. Em 2004 foi feita uma reforma em grande parte dos recintos e incorporado novas formas de exibição, como fosso para os primatas, um aviário onde pássaros voam em torno do visitante e grandes painéis de vidro, que permitem a visualização de animais aquáticos, como ariranhas, répteis e ursos. Anualmente, 600.000 visitantes regulares passam pelos portões do Zôo, além de mais de 90.000 alunos da rede pública e privada de 80 cidades diferentes. (Figura 17) Pioneiro no país na área de Educação Ambiental, realiza atividades educativas desde 1979, não é somente um local que discute e ensina sobre fauna e flora, mas um centro de referência em Educação Ambiental e meio ambiente na cidade, atendendo público de todas as idades e de diferentes camadas sociais. Uma das principais razões do sucesso do Zôo Sorocaba é a qualidade de seu corpo técnico, experiente e atualizado nas mais modernas técnicas através de cursos de mestrado, doutorado e participações em congressos, sendo formado basicamente por médicos veterinários e biólogos. O zoológico é classificado no IBAMA na categoria A, que é a mais elevada. Isso ocorre devido às condições de infraestrutura que possui transporte próprio, técnicos em regime integral de trabalho, Biblioteca, Auditório, Laboratório, incentivo a pesquisas e programa de Educação Ambiental formal e não-formal. (Figuras 18 e 19)

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Zoo de Sorocaba

FICHA TÉCNICA Ano: 1916 Área do terreno: 128.339 m2 Localização: Sorocaba- SP, Brasil Status: Construído Arquitetos: Fonte: www.sorocaba.sp.gov.br

Figura 16: Vista aréa, maciço vegetal em meio a cidade

Figura 17: Entrada para visitantes principal

Figura 18: Visita escolar, guiada para educação ambiental.

Figura 19: Visita técnica, para pesquisadores da área.


Figura 20: Mapa do zôo.

01- Bilheteria/Portão B 02- Museu Histórico 03- Portaria Serviço A 04- Lago e Ilhas 05- Araras 06- Aviário 07- Psitacídeos 08- Serpentário 09- Chipamzé 10- Praça da Fauna 11- Pequenos Animais 12- Ilha dos Macacos 13- Lontra/Ariranha 14- Lanchonete 15- Corujas

16- Aves do Canal 17- Hipopótamo 18- Passarela dos flamingos 19- Micos 20- Urso 21- Aves de Rapina 22- Primatas 23- Canguru 24- Aves Pantaneiras 25- Faisões 26- Alojamento 27-Caminho para Grandes Mamiferos 28 - Avestruz 29- Antas 30- Setor de Veterinária

31- Tucanos 32- Quiosques/Sanitários 33- Museu de Zoologia 34- Educação Ambiental 35- Biblioteca/Auditório 36- Anfiteatro 37- Animais do Cerrado 38- Pequenos Felinos 39- Felinos 40- Elefante 41- Quiosques/Sanitários 42 - Jacaré- Açu 43- Cervos e Lhamas

LEGENDA Mamíferos Reptéis e Anfíbios Aves Lago Vegetação Edificações Área Restrita

RELEVÂNCIA Esse projeto é um exemplo bem sucedido de que mesmo em um cenário de crise dos zoológicos brasileiros, é possível manter padrões elevados de qualidade de vida para os animais, infra-estrutura, educação, conservação e pequisa. Atualmente como parte do seu programa de educação ambiental, são oferecidos vários jogos educativos de acordo com a faixa etária para empréstimo; possui um acervo de mais de 3000 livros e revistas especializados em meio ambiente a disposição de pesquisas escolares e do público em geral e disponibilizados 21 kits ecológicos aos professores para auxiliar em explicações durante as visitas. Tais atividades se mostram extremamente importante para um programa mais efetivo podendo ser modelo para outros zôos, fato comprovado em diversos artigos produzidos por pesquisadores da área educacional. Também importante ressaltar no mapa (Figura 20), como foi conservado grande parte vegetação nativa na extensão do terreno, importante como um respiro urbano para a cidade axiliando na qualidade do ar e na amenização de temperaturas do entorno.


PROPOSTA

F

rente ao desenvolvimento histório e os problemas abordados, o presente trabalho tem o intuito de propor uma requalificação para o Zoológico de Catanduva, melhorando sua infraestrutura e organização espacial dos animais através de percursos na lógica dos programas de educação ambiental, ou seja, de fácil associação cognitivas para os visitantes de todas as idades, facilitando a aprendizagem coletiva e familiar. Porém, que ao mesmo tempo o zoo reduza o impacto da presença humana no cotidiano animal, seja ele visual ou auditivo, preserve a vegetação nativa presente, para que haja um compartilhamento sustentável do habitat. Explorar o zoo também como um espaço público importante para conferir saúde, bem-estar e lazer a população urbana. Modelo esse, que poderia ser exemplo para o desenvolvimento de outros zoos do estado em condições semelhantes.

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ANÁLISES


CATANDUVA

Localização e Panorama Localizada a 384 km de São Paulo capital, na porção noroeste do estado, está Catanduva. Fundada em 1920, região de terra fértil e muito receptiva que recebeu muitos imigrantes italianos no cultivo do café. Anos mais tarde, veio a ser substituído pela cana de açúcar, principal atividade econômica hoje juntamente com a produção de ventiladores. É sede da microrregião, composta por 13 cidades (Mapa 01), além de centro comercial, procurada pela sua grande variedade de serviços e produtos, a cidade é polo educacional, para ensino fundamental, médio, superior e técnico. Segundo o IBGE, em 2015 das 75 escolas públicas, 24.210 alunos participam do programa de educação ambiental formal na microrregião, sendo que de todos os municípios somente Catanduva possui um zoológico que exerce atividades ex situ do programa. Portanto, é de GRÁFICO 05: Estrutura etária da população benefício coletivo a melhoria desse espaço. Fonte: Censo IBGE, 2010 Quanto a sua população, em 2010 era de 112.820 habitantes, predominante adulta- de 25 a 59 anos, (gráfico 05) e seu IDH- índice de desenvolvimento humano - de 0,785 é elevado, A cidade é carente de áreas verdes como espaços de permanência, já que a maioria delas são APPs ao longo do Rio São Domingos e seus afluentes e não são qualificadas, os espaços de uso pela população são: as trê praças da região central, de valor histórico e simbólico; o parque dos Ipês, construído recentemente ao longo da avenida José Nelson Machado; o aeroporto, espaço ao redor da pista de decolagem que foi equipado com quadras poliesportivas e pista de caminhada, e por fim o jardim zoológico, espaço mais completo, onde as famílias aproveitam para fazer piquiniques aos finais de semana além de visitar os animais, sendo único também equipado para o lazer infantil. (Mapa 02)

Figura 21: Skyline do centro da cidade


N

12 2 13 7 4 5

6 9 8

3

1

10 11

MAPA 01: Microrregião de Catanduva

1 - Ariranha 2 - Cajobi 3 - Catanduva 4 - Catiguá 5 - Elisiário 6 - Embaúba 7 - Novais 8 - Palmares Paulista 9 - Paraíso 10 - Pindorama 11 - Santa Adélia 12 - Severínia 13 - Tabapuã

MAPA 02: Cidade de Catanduva

Vias e caminhos importantes Estrada de Ferro Rodovia Washigton Luis

LEGENDA

Pontos importantes Áreas Verdes Zoológico Municipal

Rodovia Pedro Montelone

Centro Comercial

Av. Theodoro Rosa Filho

Centro Cívico

Trajeto para chegar no zoo

Terminal intraurbano

Rua 7 de setembro

Rodoviária

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CATANDUVA Queimadas Catanduva encontra-se situada, estrategicamente, na quarta maior região sucroalcooleira do Estado (Mapa 03), produzindo cerca de 22 000 000 de toneladas de cana, 35 000 000 de sacas de 50 kg de açúcar e 903 000 000 de litros de álcool anidro e hidratado. Em 2009, exportou mais de 350 000 000 de dólares. Na cidade, está instalada a Biocana - Associação de Produtores de Açúcar, Álcool e Energia - uma sociedade civil sem fins lucrativos, que representa 14 empresas produtoras de cana-de-açúcar e derivados. A Biocana abrange todo o centro-sul do país. Pertencem ao município a Usina São Domingos e a Noble Agri, que são grandes empregadores do município. Em consequência disso, as queimadas, método preparatório mais recorrente do processo de colheita, se intensificam nos meses de maio a agosto (Tabela 01). Desde 2007 o governo federal vem criando leis e medidas para extinção de tal prática porque está atingindo índices preocupantes de poluição do ar. Segundo relatório da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), em agosto de 2017, dos 29 municípios analisados, Catanduva ficou em terceiro lugar no ranking de pior ar do Estado em relação ao material particulado (Figura 23), partículas inaláveis, a concentração de poluentes chegou a nível 85, em um escala que considera bom 0-50. Além da qualidade do ar, por não serem totalmente controladas, acabam atingindo áreas de mata nativa e animais que ela abriga. Segundo o diretor do Zoológico, na temporada de colheita é recorrente o recolhimento pela polícia ambiental ou moradores da área rural de animais com queimaduras, que são levados e recuperados pela equipe veterinária do zoo, porém há casos de sequela permanente nos animais que impossibilitam sua devolução a natureza. São casos principalmente de pequenos felinos, como gato do mato, e aves variadas. Mais uma vez é possível reafirmar a importância da instituição para os cuidados e preservação da fauna, principalmente nessa mesorregião sucroalcoleira, que possui pousui somente 3 zoológicos.

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Mapa 03: Catanduva entre os maiores produtores estaduais de cana de açúcar. Fonte: Censo IBGE,2010

Figura 22: Queimadas em canaviais na mesorregião de Rio Preto.

2017

MAIO

JUNHO

JULHO

AGOSTO

TOTAL

Focos

29

161

384

279

853

Área queimada(ha)

503,21 1473,23 5964,31

2855,95

10796,7

Tabela 01: Queimadas nas cidades: Rio Preto, Catanduva, Novo Horizonte e José Bonifácio. Fonte: 4ºBatalhão da Polícia Ambiental

Figura 23: Fuligem acumulada na casa de um catanduvense


LEGISLAÇÃO Municipal

LEGENDA MZ de aproveitamento Urbano MZ de controle de ocupação urbana MZ de restrição a expansão urbana MZ de qualificação urbana Perímetro urbano ZOO

Apesar do zoológico ter sido edificado muito anteriormente ao Plano Diretor e a Lei de Uso e Ocupação do Solo vigente, ele está nas conformidades requeridas, e o presente trabalho apesar de grande modificação do espaço continuará seguindo a legislação. O terreno possui 18479.43m2 e está localizado no bairro Jardim do Bosque, predominantemente residencial, faz divisa com o teatro municipal, um posto da polícia ambiental e o colégio Nossa Senhora da Ressureição.(Figura 48) De acordo com o zoneamento municipal, faz parte da Macrozona de aproveitamento urbano (Mapa 06), uma área com infraestrutura consolidada e segue as medidas apresentadas na tabela 02 abaixo. Macrozona

MZ Aproveitamento Urbano

Tamanho min. Testada de lote mín. de lote

250m2

10m

Mapa 06: Mapa das macrozonas- lei compl. 706-2014. Fonte: www.catanduva.sp.gov.br

COLÉGIO

TRO TEA CEA

Figura 48: Zoológico atualmente e suas divisas. Taxa de permeabilidade

7%

Taxa de Coeficiente de ocupação aproveitamento

70%

3

Recuo Frontal

Recuo Lateral

1,5 m e em zona residencial 3,0m

Para altura do Pé direito acima de 3,00 m até 12,00m – 2,00 m

Tabela XX- Ocupação do Solo conforme o macrozoneamento estabelecido. Fonte: www.catanduva.sp.gov.br

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LEGISLAÇÃO IBAMA

O presente trabalho seguiu a Instrução Normativa IBAMA 169, de 20 de fevereiro de 2008, que institui e normatiza as categorias de uso e manejo da fauna silvestre em cativeiro em todo território brasileiro, bem como estipula áreas mínimas para os recintos e suas características levando em consideração as particularidades de cada classe animal e a segurança de todos. Segundo o Anexo IV- DETERMINAÇÕES PARA JARDIM ZOOLÓGICO QUANTO ÀS INSTALAÇÕES, MEDIDAS HIGIÊNICOSANITÁRIAS E SEGURANÇA. Os jardins zoológicos serão classificados em 3 (três) categorias denominadas A, B e C. O jardim zoológico classificado na categoria C deverá cumprir as seguintes exigências: I - Área totalmente cercada por muros, telas ou alambrados, com no mínimo 1,8 m (um metro e oitenta centímetros) de altura, além de inclinação na parte superior de 45o interna e externa de 40 cm (quarenta centímetros) (negativa); II - Possuir setor extra, destinado a animais excedentes, munido de equipamentos e instalações que atendam às necessidades dos espécimes alojados; III - possuir um programa de quarentena que inclua mão de obra capacitada, instalações e procedimentos adequados; IV - Possuir instalações adequadas e equipadas, destinadas ao preparo da alimentação animal; V - Possuir local adequado para a manutenção ou criação de organismos vivos com a finalidade de alimentação dos animais do plantel; VI - Possuir serviço permanente de tratadores, devidamente treinados para o desempenho de suas funções; VII - Possuir serviços de segurança no local; VIII - Manter, em cada recinto sujeito à visitação pública, uma placa informativa onde constem, no mínimo, os nomes comum e científico das espécies dos espécimes ali expostas, a sua distribuição geográfica e a indicação quando se tratar de espécies ameaçadas de extinção; IX - Possuir sanitários e bebedouros para o uso do público; X - Possuir laboratório para análises clínicas e patológicas ou apresentar documentos comprobatórios de acordos/ contratos com laboratórios de análises clínicas e patológicas; XI - Possuir ambulatório veterinário devidamente equipado; XII - Possuir sala de necropsia devidamente equipada; XIII - Desenvolver programas de educação ambiental; XIV - Conservar, quando já existentes, áreas de flora nativa e sua fauna remanescente; XV - Participar de Programas Oficiais de reprodução (Plano de Manejo/Grupo de Trabalho) das espécies ameaçadas de extinção existentes no acervo do zoológico. Os jardins zoológicos classificados na categoria B, além de atender todos os requisitos da categoria C, deverão cumprir as seguintes exigências: I - Possuir programas de estágio supervisionado nas diversas áreas de atuação; e II - Possuir literatura especializada disponível para o público. Os jardins zoológicos classificados na categoria A, além de atender todos os requisitos das categorias C e B, deverão cumprir as seguintes exigências: I - Desenvolver programas de pesquisa, visando a conservação das espécies; II - Possuir auditório; III - manter coleção de peças biológicas em exposição pública; IV - Possuir setor de paisagismo e viveiro de plantas; V - Possuir setor interno de manutenção, e VI - Promover intercâmbios técnicos nacional(is) e internacional(is). Atualmente o zoológico de Catanduva é classificação C, e o presente trabalho pretende propor todas as alterações necessárias para elevá-lo a classificação A.

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O ZOOLÓGICO MUNICIPAL Passado e presente

A

história do zoo se inicia quando o prefeito José Antônio Borelli (Ver figura xxx) em 1 de Maio de 1958 funda um espaço de lazer e preservação de mata nativa, ou em suas palavras “ um singelo recanto ao povo de nossa terra homenageando as classes trabalhadoras”, como consta em uma placa de inauguração no monumento central do parque. A princípio, os visitantes encontravam refúgio para a vida urbana agitada, porém com o passar dos anos e com as mudanças de governantes, caiu em desuso devido a precariedade das instalações que não recebiam mais a devida manutenção. O quadro começou a mudar quando a partir de 1982 começaram a ser inseridos no bosque animais (pássaros) para exibição, como consta em recortes de jornais da época, a população foi convidada ao 1º Encontro de Criadores de Curiós e Sabiás. O próximo passo foi a associação na Sociedade De Zoológicos e Aquários do Brasil, e que junto ao IBAMA fizeram exigências Figura 24: Recorte de jornal sobre o momento de reforma do bosque quanto à adequação e reforma do bosque para segundo adequações do IBAMA para se tornar um zoo. o recebimento de animais futuros de todas Fonte: Acervo bibliográfico do Zoo. as espécies. Depois em pleno funcionamento, passou a receber desde animais provenientes de circos falidos a vítimas das rodovias e do tráfico. (ver figuras xx e aa) e desde então, já abrigou mais de 300 animais, desde os de maior porte como leões e onças, como a pequenos pássaros da fauna regional, periquitos e araras. E depois de anos de muitas visitas, de muita movimentação de crianças curiosas para descobrir mais sobre o universo daqueles animais tão exuberante e diferentes dos que elas tinham em casa, a história se repetiu, mais uma vez o zoo passou para segundo plano dos investimentos municipais, e consequentemente, a exuberância natural foi se degradando assim como os recintos que abrigaram tantos anos os animais, que também começaram a morrer e devido as condições da infraestrutura não puderam ser substituídos.(ver figuras zz e yy) Ainda sobre a infraestrutura atual: o Figura 25: Recortes dos jornais locais sobre animais recebidos pelo zoo, calçamento apresenta muitas irregularidades e vindos de circos falidos, de estradas de propriedades rurais. fissuras, podendo gerar pequenos acidentes; o Fonte: Acervo Bibliográfico do Zoo

24


Figura 26: Árvore morta

Figura 27: Recinto abandonado

local de preparação dos alimentos necessita de ampliação; os banheiros são insuficientes para o fluxo de visitantes diário; e principalmente os recintos se encontram em diferentes estados de conservação, já que alguns passaram por recentes reformas dado uma chuva intensa, segundo a equipe do zoo. Os recintos são de modo geral compostos por solo natural, área coberta, tanques, alguns com bastante vegetação em seu interior e os fechamentos são em tela, para visibilidades dos visitantes. A presença constante de crianças que frequentam o parque, tanto para visita aos animais, quanto para a utilização dos brinquedos no espaço chamado ” cidade da criança”, geram um ruído incomodo aos animais, principalmente aos que possuem hábito noturno e descansam ao longo do dia. Outra particularidade local geradora de incômodos é o fato do zoológico estar implantado, mesmo que seja uma área residencial da cidade, limítrofe a 3 escolas de ensino fundamental e médio, que gera constante tráfego de veículos nos arredores nos intervalos de 6h as 8h, de 11h as 14h e de 16h as 18h, com isso, se faz necessário um tratamento sonoro eficaz para que ambos os problemas citados sejam amenizados, quiçá resolvidos. O que mais chama atenção ao caminhar pelo zoo, é o fato dos recintos serem bem limitado enquanto notam-se muitos espaços subutilizados ou inutilizados. Segundo a bióloga responsável, todos os recintos estão adequados as exigências e dimensionamento mínimo estabelecidos pelo Ibama, porém, é necessário estimular a movimentação dos animais, principalmente dos felinos, realizando o enriquecimento dos espaços com uso de algumas especiarias, como canela, orégano, cravo e etc., para que estes não desenvolvam problemas musculares. Fato que pode ser modificado a partir do momento que for explorado suas relações com o entorno, com o bairro, com as escolas e também com o Teatro Municipal, localizado na mesma quadra, para potencializar seu uso como espaço público e retomar sua significância ao município.

A seguir, imagens e descrições atuais dos espaços do zoológico:

FIG. 28 - ÁREA DE PIQUENIQUE: espaço próximo a esquina que antigamente era subdividido em recintos de alguns mamíferos de grande porte, mas em consequência do grande incômodo sonoro gerado pelo trânsito, os animais foram remanejados para outro setor do zoo e hoje em dia virou um grande espaço vegetado ocioso, já que as mesas ali postas não são muito utilizadas.

FIG.29 - QUARENTENÁRIO: local não aberto a visitação onde deveriam ficar os animais que necessitam de isolamento devido a enfermidades ou para adaptação na chegada ao zoo. Atualmente é um espaço para guardar materiais de construção e onde ficam animais saudáveis, mas que não possuem recinto próprio porque a infraestrutura não comp ortou.


FIG. 30 - CORETO: Espaço impermeabilizado no centro do zoo onde os visitantes costumam fazer piqueniques e eventualmente palco para apresentações culturais de grupos de teatro, dança, música e afins.

FIG. 31 - CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL: Espaço que conta com 2 funcionários integralmente para a recepção de grupos escolares para visitação ao zoo. Equipado com uma cozinha industrial, refeitório e sala multimídia. Utilizado eventualmente para eventos e capacitações da Polícia Ambiental.

FIG. 32 - CIDADE DA CRIANÇA: Espaço mais utilizado pelo público infantil. Maior parte é sombreada e possui alguns bancos espalhados para acomodar os pais e acompanhantes. A quantidade de brinquedos reduziu muito ao longo dos anos devido a carência na manutenção dos mesmos.

FIG. 33 - SETOR ADMINISTRATIVO: Área restrita onde ficam os escritórios da direção, bióloga e veterinária, também local para procedimentos copa, vestiário, almoxarifado, área de preparação dos alimentos, armazenagem e lavagem dos utensílios.

FIG. 34 - ENTRADA: Atualmente não possui guarita ou portaria, por isso o controle de entrada e saída dos visitantes é feito. No portão contém algumas informações básicas e restrições quanto ao uso de aparelhos de som, churrasqueira e outros objetos que possam oferecer risco aos animais e a vegetação.

Para uso dos visitantes só existe essa dependência, dividida em masculino e feminino, com apenas 3 vasos cada. Além disso está localizado longe da entrada principal e da cidade da criança.

26


CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL O Centro de Educação Ambiental faz divisa com zoológico e seu acesso é pela rua São Joaquim da Barra. Segundo informações do diretor do zoo, conta com 3 funcionários , sendo uma professora, um assistente e uma auxiliar de limpeza, que cozinha também quando necessário. Recebe frequentemente excursão de crianças de escolas públicas daqui de Catanduva e das cidades pequenas vizinhas, elas vêm para visitar o viveiro de mudas e o zoológico, a professora faz a visita guiada para mostrar as árvores e os animais que temos hoje em dia, depois elas são levadas para o viveiro, para ver como são feitos os plantios e o desenvolvimento das mudas.

FIG. 36 - REFEITÓRIO: espaço aberto para refeições, as mesas eventualmente são utilizadas para atividades com as crianças.

FIG. 37 - COZINHA: espaço de preparação de lanches e refeições quando necessário, tanto para os funcionário, quanto para os visitantes.

FIG. 38 - SALA 1: espaço para empréstimos de brinquedos e jogos.

FIG. 39 - SALA 2: espaço para exposição de maquetes e aulas.

FIG. 40 - JARDIM DE ENTRADA: a maioria das plantas são identificadas por placas.

FIG. 41 - ESTACIOAMENTO: somente para dos carros, os ônibus das visitas guiadas.


VIVEIRO DE MUDAS MUNICIPAL O viveiro de mudas municipal atualmente funciona nas proximidades do zoológico, cerca de 1,5km, mas apesar de ser uma sede independente é administrada pela direção do zoo. Não é um ambiente atrativo a população e grande parte desconhece sua localização, mesmo agora com o projeto ARVOREAR, coordenado pela equipe do centro de educação ambiental, projeto que vai de casa em casa em uma campanha de conscientização dos munícipes para arborização das calçadas sendo as mudas todas gratuitas e de responsabilidade da equipe o plantio.

espaço onde os funcionários fazem suas refeições, se trocam e guardam seus pertences.

FIG. 43 - CANTEIROS: local onde são cultivadas as plantas de forração e ornamentais.

FIG. 44 - GARAGEM: espaço coberto para o estacionamento maquinás e tratores.

FIG. 45 - BARRACÃO: espaço para estocagem de materiais e ferramentas.

FIG. 46 - ESCRITÓRIO: parte administrativa e de controle de distribuição das mudas.

FIG. 47 - COMPOSTEIRA: Baia para decomposição da matéria orgânica e transformação em adubo para as mudas.

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ENTORNO

Mapa 02: Gabarito 4 pav.

2 pav.

1 pav.

Mapa 03: Uso do solo Comercial

Cultural

instituicional

residencial


N

Mapa 04: Vazios urbanos Vagos

ZOO

Ocupados

Mapa 05: Hierarquia de Vias Primรกria

Secundรกria

Terciรกria

30


PROGRAMA DE NECESSIDADES Área Restrita

SETOR ADMINISTRATIVO

Sala da Direção: Espaço de atendimento externo e armazenamento de arquivos importantes. Almoxarifado: Espaço para armazenamento de materiais de construção, ferramentas e equipamentos. Copa: Espaço de auxílio para preparação de lanches e refeições. Banheiros e vestiário: Espaço para banho e troca de roupa com armários individuais para guardar pertences. Estacionamento: Espaço seguro e reservado aos funcionários para que eles não precisem mais estacionar na rua. Sendo que atualmente conta com 15 funcionários. Preparação: Espaço para o preparo de todas as refeições dos animais, desde da lavagem e picagem dos legumes, verduras, frutas e carnes, até a separação das porções nas vasilhas de cada animal. Higienização: Espaço com tanque para lavagem e sevagem das vasilhas após as refeições. Estoque: Espaço para armazenagem de sacos de grãos, rações e sementes. Sala de Carnes: espaço refrigerado para armazenagem da carne que fazem parte da dieta dos animais do zoo.

SETOR VETERINÁRIO

Espaço para atendimento básico/rotineiro e emergencial dos animais quando necessário, preparação para quando houver encaminhamento ao hospital veterinário da UNESP de Jaboticabal, a 50km, o mais bem equipado para internações e cirurgias de animais silvestres da região. Sala do Veterinário e Sala do Biólogo: locais administrativos para controle de dados dos animais. Sala de Necrópsia: Local onde são feito análises em cadáveres, com câmara refrigerada para armazenamento temporário para fins de pesquisa. Ambulatório: local equipado para tratamento emergenciais de todo o tipo de animais. Laboratório: local para análises médicas simples e aplicação de vacinas. Biotério: local onde são criados e/ou mantidos animais vivos de qualquer espécie destinados à pesquisa científica. Arquivo: local para armazenagem do histórico e informações de todos os animais do zoo. Internação Aberta: Espaço reservado para tratamento e recuperação de animais doentes ou machucados. Maternidade: local equipado para assistir partos e monitorar filhotes e mães.

SETOR EXTRA

Espaço ocioso para não haver sobrecarga dos recintos, e importante para quando há necessidade de separação de animais seja por briga, seja por período de fertilidade. Recintos grandes(com ou sem cambiamento):espaços maiores com tanque d’agua, cambiamento, maternidade, corredor de segurança,vegetação rasteira e arbórea para o recebimento de mamíferos, como felinos. Recintos Pequenos (com ou sem cambiamento): espaço menores com tanque d’agua, vegetação rasteira e arbórea para o recebimento de pássaros.

QUARENTENÁRIO

Espaço reservado para a adaptação dos animais quando chegam no zoo, lá eles são monitorados, são feito exames para conferir se não está portando nada que contagie os demais. Ambulatório e arquivo: Espaço para armazenamento de documentação de pequenos tratamentos emergenciais, separado do ambulatório do zoo, para evitar contagio de doenças externas. Recintos grande: espaços maiores com tanque d’agua, cambiamento, maternidade, corredor de segurança,vegetação rasteira e arbórea para o recebimento de mamíferos, como felinos. Recintos pequenos: espaço menores com tanque d’agua, vegetação rasteira e arbórea para o recebimento de pássaros.

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PROGRAMA DE NECESSIDADES Área Pública

SETOR DAS AVES

Recinto coletivo subdividido internamente em dois, uma ala para os pássaros de médio e grande porte, com vegetação arbórea, e a segunda ala para os pássaros de pequeno porte na parte aérea, ou seja na copa das árvores, e aves terrestres, vegetação rasteira, arbustiva e arbórea, ambos com tanque d’agua, solário, abrigo e área de fuga. poleiros, ninhos ou substratos para a confecção dos ninhos. A densidade de ocupação do recinto coletivo será igual à soma das DO das famílias abrigadas, Devido a entrada de visitantes no seu interior, o percurso deverá ser delimitado.

SETOR DOS MAMÍFEROS

Recintos dimensionados de acordo com as especificações de densidade máxima por famíla, separados entre si por telas e arbustos, todos contarão com abrigo coberto, tanque d’agua e abrigo individual, cambiamento e maternidade quando necessário.

SETOR DOS RÉPTEIS

Tanque coletivo, com uma ilha ao centro para o banho de sol dos animais aquáticos e semi-aquáticos e rodeado por terra e vegetação arbustiva e arbórea para os animais terrestres. Todo recinto deve promover fácil acesso à água de beber. Todo recinto deve ter piso de areia, terra, grama, folhiço, troncos, pedras. As paredes e o fundo de tanque ou lago não deverão ser ásperos. O recinto que abriga fêmea adulta deve ter substrato propício à desova. O recinto que abriga espécime arborícola deverá conter galhos.

CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Sala multimídia: Espaço para apresentações multimídias, palestras, minicursos para professores do sistema público de ensino, capacitações da polícia ambiental. Cozinha e refeitório: Espaço para preparação de refeições, lanches, etc. Banheiro, sala monitores, sala da direção, déposito e DML Biblioteca: Acervo literário sobre educação ambiental, com área para leitura e para empréstimo de jogos. Anfiteatro: Espaço descoberto com concha acústica, para eventuais apresentações de grupos da cidade, teatráis, musicais, etc. Estacionamento: Vagas para utilitários e ônibus.

CIDADE DA CRIANÇA

Área para brinquedos: Banheiros e Bebedouro: Quiosques: Espaços cobertos com mesa para pequeniques Lanchonete: Espaço tercerizado para a venda de lanches, sucos, doces, etc.

ESTUFA

Orquidário, viveiro de mudas: Espaço para desenvolvimento de mudas em atividades de educação ambiental. Horta: Canteiros para o plantio de hortaliças, plantas aromáticas e medicinais.


FLUXOGRAMA

Acesso Serviço BHOS

Maternidade

PRAÇA

MAMÍFEROS

Auditório

ANFITEATRO

CEA Acesso Principal

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Biblioteca

Estacionamento


Estacionamento Acesso Serviço

Setor extra

ADM

SETOR VET.

Quarentenário

ESTUFA

RÉPTEIS

Acesso Serviço

AVES CIDADE DA CRIANÇA Quiosques

Lanchonete

BHOS

34


STRAÇÃ

ESTUFA

O

SETOR VE T.

AVES

ADMINI

RÉPTEIS PRAÇA

MAMÍFEROS

Figura 49: Foto aérea do bairro Jardim do bosque Fonte: Google Earth

CIDADE DA CRIANÇA

CEA

ANFITEATR O


SETORIZAÇÃO LEGENDA Vento predominante NE Trajetória solar Visadas importantes a valorizar Limite do terreno do zôo Lotes vagos propícios para estacionamento Acessos atuais Conferir permeabilidade nos fechamentos Ruído das escolas

36


Necessidade Atual

SETOR RÉPTEIS

Animal do zoo hoje

Qu an- Expectativa tidade de Vida

Jacaretinga

2

Jacaré do Pantanal

1

Cágado

13

Jabuti

24

Tartaruga da Amazônia

1

Tartaruga orelha vermelha

30

40 anos

Tartaruga tracajá

1

70 anos

Tartaruga tigre d’agua

11

30 anos

80 anos 15 anos

Família Alligatoridae Testudinidae

100 anos

Densidade de ÁreaTotal ocupação máx. (m²) 1 animal/ 10m²

20

1 animal/15m²

15

10 animal/4m² 1 animal/2m²

Podocnemidae

8 12 2 12

10 animal/4m²

4 4

SETOR AVES

ÁREA PÚBLICA

Total = 77 Emas

2

40 anos

Rheidae

2 aves/100 m2

100

Mutum

3

20 anos

Cracidae

2 aves/12 m2

24

Carcará

2

15 anos

Falconidae

2 aves/50 m2

50

Coruja Orelhuda

1

Coruja Surucucu

2

Curuja Suindara

1

Seriema

3

15 anos

Cariamidae

2 aves/20 m2

40

Tucano

3

8 anos

Ramphastidae

2 aves/12m2

24

Pomba branca

2

28 anos

Columbidae

2 aves/1 m2

1

Arara Carindé

13

100 anos

2 aves/10 m2

70

Papagaio Verdadeiro

4

Papagaio do Mangue

2

Jandaia Coquinho

5

Jandaia Maracanã

16

Jandaia Híbrida

1

Piriquito do encontro Amarelo

7

Strigidae 25 anos

Tytonidae

6 2 aves/6 m2

6 6

10

50 anos

5 Psittacidae

2 aves/5 m2

15 40

30 anos

5 2 aves/1 m2

4

SETOR MAMÍFEROS

Total=406

37

Onça Parda

2

20 anos

Gato do Mato

2

20 anos

Gato Mourisco

2

12 anos

Jaguatirica

1

21 anos

Tamanduá Mirim

2

9 anos

Tamanduá Bandeira

3

16 anos

2 animal/70m² Felidae

Myrmecophagidae

2 anima/15m²

70 15 15

2 animal/30m²

15

2 animal/15m²

15

2 animal/80m²

120


PRÉ-DIMENSIONAMENTO SETOR MAMÍFEROS

Viado Catingueiro

4 animais/100m²

150

Grupo familiar/ 20m²

20

Grupo familiar/15m²

15

Cervidae

Macaco Prego

7

45 anos

Sagui do Tufo preto

8

20 anos

Bugio

4

15 anos

Quati

1

17 anos

Procyonidae

Capivara

5

12 anos

Caviidae

Cachorro do mato

4

13 anos

Lobo guará

1

18 anos

Queixada

2

13 anos

Cebidae

Canidae Tayassuidae

Grupo familiar/30m²

30 15

Grupo familiar/15m²

15

2 animal/30m²

60

2 animal/200m²

100

6 animal/40m²

20 Total =675

CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Ambiente

Dimensões mínimas

Unidades

Total un.(m²)

ÁreaTotal(m²)

Sala multimídia

6

6

1

36

36

Cozinha

4

4

1

16

16

Banheiros fem/ masc

3

5

1

15

15

Sala Monitores

3

4

1

12

12

Sala Direção

2

3

1

6

6

Biblioteca

8

6

1

48

48

Depósito/DML

3

3

1

9

9

Refeitório

4

4

1

16

16

Anfiteatro

17

10

1

170

170

Estacionamento

13

3

2

83,2

83,2

Total=411,2 ESTUFA

Horta

6,8

7

1

47,6

47,6

Viveiro de mudas

7

7

1

49

49

orquidário

5

5

1

25

25

CIDADE DA CRIANÇA

Total=121,6 Área para brinquedos

15

15

1

225

225

Banheiros/ bebedouro

3

5

1

15

15

Quiosques

3,50

3,50

5

12,25

61,25

Lanchonete

4

5

1

20

20

Total=321,25 Total da área pública= 2.012,05m²

38


Necessidade Atual e Futura

SETOR ADMINISTRATIVO

Ambiente

Dimensões mínimas

Unidades

Total un.(m²) Área Total(m²)

Sala da direção

3

3

1

9

9

Almoxarifado

2

3

1

6

9

Copa

3

4

1

12

9

Banheiro/vestiário

2

4

2

8

16

Estoque

3

4

1

12

12

Sala de Carnes

3

4

1

12

12

Higienização

3

3

1

9

9

Preparação

5

5

1

25

25

Estacionamento

5

2,5

10

12,5

125

SETOR VETERINÁRIO

Sala Veterinário

5

4

1

20

20

Sala Bióloga

4

3

1

12

12

Sala de Necrópsia

3

2

1

6

6

Ambulatório

5

4

1

20

20

Laboratório

5,6

4

1

22,4

22,4

Biotério

4

4

1

16

16

Arquivo

3

4

1

12

12

Internação Aberta

20

15

1

300

300

Maternidade

5,6

3

1

16,8

16,8

SETOR EXTRA

Total=425,2 Recinto duplo peq. c/ cambiamento

8

5

40

3

120

Recinto peq. s/cambiamento

4,15

1,85

7,7

3

23

Recinto grande s/cambiamento

5

5,05

25,3

3

75

Recinto duplo grande c/ cambiamento

13

5

52

1

52

Total=270,8 QUARENTENÁRIO

ÁREA RESTRITA

Total = 226

Arquivo

3

4

1

12

12

Ambulatório

4

4

1

16

16

Recinto grande

6

6

2

36

144

Recinto pequeno

4

4

3

16

48

Total=244 Total da área restrita= 1.166m²

Total parcial= 3.178,05 m²


Necessidade em 20 anos %

SETOR RÉPTEIS

- Com exceção a tartaruga da amazônia, a tracajar e o jacaré do pantanal, que são animais solitários hoje no zoo, todos os outros répteis podem vir a procriar e aumentar a prole. - A expectativa de vida média desse grupo taxonômico é de 57 anos. - Segundo o gráfico 04, 58% dos animais apreendidos por comércio ilegal são devolvidos a natureza, principalmente os da família Alligatoridae, mas pode vir a receber jabutis e pequenas tartarugas. - O zoo pode vir a receber animais de outras instituições com necessidade de fechamento. - Para fins de conforto dos animais aquáticos que compartilham o tanque e área de desova, não trabalhar com áreas mínimas.

40

30,8

SETOR AVES

Acréscimo de área**

- De todas as espécies, somente as corujas e a jandaia híbrida não podem vir a procriar. - Principal alvo do comércio ilegal, podendo vir a receber desde aves pequenas como canários e periquitos, à grandes como a arara azul. - Mesmo que a expectativa média de vida das espécies seja de 20 anos, a procriação em cativeiro é intensificada pela proximidade entre os parceiros.

50

203

SETOR MAMÍFEROS

Considerações*

- Em 20 anos, a família Felidae deixará de existir no zoo, devido sua expectativa de vida curta e por não ter casais de cada espécie para procriação. O recinto desses animais pode vir a ser desmenbrado em outros menores no futuro. - Os animais mais recorrentes atingidos pelas queimadas são mamíferos, e enquanto não houver a proibição definitiva desse método preparatório sempre haverá chance de ocorrência. - Quanto o comércio ilegal, somente 26% é destinado a cativeiro, mas poderia vir a receber primatas, como saguis, que está entre os mais recorrentes. - Para fins de conforto, os mamíferos são os animais mais sensíveis ao modo de vida em cativeiro, porque reduz sua mobilidade consideravelmente, sendo necessário o uso de especiaria como a canela para estímulá-los a movimentar-se, por isso todo espaço a mais do dimensionamento mínimo é de extrema melhoria no seu bemestar.

60

405

Total=638,8m²²

Total Final= 3816,85 *O zoo não terá capacidade para receber animais exóticos, ou seja, aqueles que não pertençem a fauna brasileira, porque não faz parte da expectativa futura que a direção tem para o espaço, além de não ser de acordância da manutenção desse tipo de animais no Brasil por parte desse trabalho. ** Cálculo com base no pré-dimensionamento de necessidade atual.

40


PARTIDO T

endo em vista o grande potencial do zoológico como principal área verde no espaço urbano, é importante resgatar a relevância da instituição para os catanduvenses. Possível a partir do momento que o zoo é requalificado para ser o núcleo de Educação Ambiental formal e não-formal microrregional, abordando todos os temas: solo, água, reciclagem, fauna e flora, conservação das espécies e pesquisa. Hoje os animais estão distribuidos de forma aleatória Pretende-se desenvolver um projeto que associe fauna e flora, criando caminhos lógicos que se conectem na praça central, permeiem os setores dos animais que serão agrupados por grupos taxonômicos– mamíferos, aves e répteis- para estimular uma experiência educativa, sensitiva e cognitiva.

caminho

recintos

ZÔO HOJE

41

ZÔO (LÓGICO)


? ?

? ?

? ?

42


MATERIAS

ESTRUTURA:MADEIRA LAMINADA COLADA

Atualmente, os edifícios que compõem o conjunto zoo e EA não possuem uma linguagem arquitetônica, eles ainda se encontram dispersos no terreno e se camuflam em meio ao maciço vegetal. Com isso, além da necessidade de um material que suportasse grandes vãos e alturas para atender o setor das aves, teria que ser versátil e plástico, que assim conferisse unidade ao projeto. sem destoar na paisagem. O material que atendeu a esses pré-requisitos foi a madeira laminada colada, que possui uma alta resistência mecânica, permite grandes envergaduras e formas livres, resistente ao fogo e a intempéries se tratado adequadamente, tem baixo peso próprio e por isso de fácil montagem permitindo futuras ampliações, feita de matéria-prima de reflorestamento, possibilitando então seu uso em todos os tipos de estruturas necessários no projeto, seja interno ou externo. Vale ressaltar que na mesorregião que Catanduva se encontra possui mão de obra especializada e diversos fornecedores, a aproximadamente 50 km, sendo viável para o transporte das peças, processo de montagem e Figura 50: Estrutura em madeira laminada colada em evento. futuras manutenções.

FECHAMENTOS:VIDRO E TELA DE AÇO

Figura 51: Viveiro de pássaros

Nos modelos atuais de zoológicos, os visitantes sempre se deparam com barreiras, não só físicas, mas principalmente visuais, e a sensação de enclausuramento se torna muitas vezes incomodativa Por isso, pretende-se que as telas sejam utilizadas como fechamentos dos espaços e não entre os espaços, mas quando for imprescindível, que será trocado por vidro, para que assim haja mais permeabilidade entre espaços, sendo o único tipo de barreira visual seja vegetação. Importante principalmente para os espaços que são abertos ao público, como o CEA, o viveiro de mudas e os recintos, além do fechamento do terreno em si, muros nada convidativos, que serão substituídos.

TIJOLO APARENTE Para todo fechamento que houver necessidade de isolamento, seja por motivos técnicos seja por segurança, a alvenaria será de tijolo aparente, para que a únicas cores que se destaquem seja a dos animais e da vegetação. Que é o caso das edificações pertencentes ao setor administrativo e veterinário, do CEA, e dos pontos de apoio com banheiros e bebedouro dispostos ao longo do zoo.

43

Figura 52: Escola primária.


PAISAGISMO A exuberância natural já um ponto forte do espaço e todos os benefícios que a acompanha, como a qualidade do ar, a amenização das altas temperaturas locais e o sombramento quase total durante o dia, são atrativos para os frequentadores do zoológico. Em meio a vegetação presente, existem árvores de importância a flora brasileira resquícios da mata atlântica, como o pau-brasil, o intuito é intervir o menos possível na disposição e localização delas, e quando necessário, fazer o procedimento de transplante e realocá-la no zoo. Pretende-se acrescentar árvores frutíferas e comestíveis, importantes para dar mais subsídio e variedade na alimentação dos animais além de ser bom para os visitantes, tanto para o consumo quanto para a educação ambiental. Porém levando em consideração sua atratividade para outras espécies de aves, elas serão dispostas no setor das aves que será protegido pela estrutura, a fim de evitar transmissão de doenças aos animais do zoo. Plantas ornamentais, aromáticas e medicinais são importantes para experiência sensorial, olfato, tato e visão, que podem ser explorados para a EA e também para o enriquecimento ambiental, ou seja, aplicação de ervas aromáticas nos recintos ou para acalmar ou para estimular a movimentação dos animais, atividade que já é realizada pela bióloga do zoo, porém com ervas compradas. E por fim, mas não menos importante, mais espaços gramados ao longo do zoo, principalmente na cidade da criança, convidando os visitantes a fazerem seus piqueniques em família, jogos e brincadeiras. Além de ser mais seguro para as crianças brincarem e não se machucarem, é importante elemento de drenagem. Todas as espécies proverão do viveiro e poderão ser distribuídas para a população cotidianamente. ALGUNS EXEMPLARES DA VEGETAÇÃO ATUAL Árvores: Figueira, jatobá, peroba, canelinha, copaíba, jeriva, gergilim, pau d’alho, angico, ipês, pau-brasil.

Trepadeiras: costela de adão, Plantas de forração e folhagens: primavera, amor agarradinho, grama amendoim, trapoeraba alamanda, lágrima de cristo, entre roxa, abacaxi-roxo, bambu-mossô, outras. bromélia, etc.

ALGUNS EXEMPLARES DA VEGETAÇÃO PRETENDIDA Frutíferas e comestíveis: acerola, pitanga, manga, tamarindo, romã, jabuticaba, maracujá, couve, almeirão, alface, etc.

Ornamentais: orquídeas, hortênsia, Medicinais e aromáticas: poejo, amor-perfeito, jasmim, hexória, canela, cravo, lavanda, rosas, girassól, pingo de ouro, copo de orégano, hortelã, etc. leite, etc.


02

03

04 01 05 06 07

08

11 12

09


IMPLANTAÇÃO

10

LEGENDA 1.Adm 2.Estacionamento Funcionários 3.Setor Vet. 4.Aviário 5. Lagoa dos répteis 6.Estufa 7.Praça 8.CEA e acesso principal 9.Anfiteatro 10. Estacionamento visitantes 11.Cidade da criança 12.Ala Dos mamíferos 46


ANFITEATRO

Foi necessário a inserção da concha acústica no projeto, para que as apresentações, tanto diurnas, quanto noturnas, não incomodem o bem-estar dos animais.

CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

O acesso principal ao zoo, antes sem visibilidade, agora se dá pelo CEA, tanto para os visitantes quanto para os


o

ADMINISTRAÇÃO

ESTUFA

(Viveiro de Mudas e orquidário)

O edifício foi disposto paralelamente a divisa com a escola devido ao grande ruído que as quadras poliesportivas geram durante o dia.

48


SETOR VETERINĂ RIO

Foi alocado nas proximidades de um acesso lateral, a fim de facilitar o transporte dos animais quando necessitarem de tratamentos no hospital veterinĂĄrio..

49


AVIÁRIO

Foi subdividido em dois devido a necessidade de separação das aves de grande porte das de pequeno porte, como araras e piriquitos.

50


51


52


REFERÊNCIAS EDUCAÇÃO ambiental: projeto de divulgação de informações sobre educação ambiental. Brasília: MEC: Ibama, 1991. FIGUEIREDO, I. C. S. Histórico dos Zoológicos no Mundo. In: WEMMER, C.; TEARE, J. A.; PIOKETT, C. Manual do Biólogo de Zoológico Para Países em Desenvolvimento. São Carlos: Sociedade de Zoológicos do Brasil – SZB, vii-x, 2001. IBAMA- INSTITUTO BRASILEIRO DE MEIO AMBIENTE. Instrução normativa IBAMA 169, de 20 de fevereiro de 2008. Disponível em www.icmbio.gov.br/sisbio/images/stories/instrucoes_ normativas/IN%20n%20169%20manejo%20ex%20situ.pdf Acesso em 22 de agosto de 2017. INTITUTO BRASILEIRO DE ESTATÍTICAS.[Página da Internet]. Disponível em< www.ibge.gov.br >. Acesso em 10 de setembro de 2017. LOPES, J.C. (2000) “O Tráfico Ilegal de Animais Silvestres no Brasil”. http://www.IBAMA.gov.br/ on line/artigos/artigo18.html. Acesso em 01 de novembro de 2017. MENCH, J. A.; KREGER, M. D. Ethical and Welfare Issues Associated with Keeping Wild Mammals in Captivity. In KLEIMAN, Devra G. Wild Mammals in Captivity – Principles and Techniques. Chicago and London: The University of Chicago Press, 5-13, 1996. MERGULHÃO, M. C. Zoológico: uma sala de aula viva. 1998. 144 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1998. MERGULHÃO, Maria Cornélia; Vasaki, Beatriz. Educando para a conservação da Natureza: sugestões de atividades em educação ambiental. São Paulo, EDUC, 1998. RENCTAS (Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres). 1 Relatório Nacional sobre o Tráfico de Fauna Silvestre. 2011. Disponível em: Acesso em: 15 nov. 2017 PREFEITURA DE CATANDUVA.[Página da Internet]. Disponível em< www.catanduva.sp.gov.br>. Acesso em 15 de novembro de 2017. ROCHA, F.M. (1995) Tráfico de Animais Silvestres. WWf. Documento para discussão. SOCIEDADE DE ZOOLOGICOS E AQUARIOS DO BRASIL. [Página da Internet]. Disponível em< www.szb.org.br>. Acesso em 25 de agosto de 2017. ZOLCSAK, E. Estudo da capacidade de comunicação ambiental de exposição de Animais vivos. In: JACOBI P. R. (org.) Ciência Ambiental: os desafios da interdisciplinaridade. São Paulo: Annablume, 61-81, 2002. Zoo[Página da Internet]. Disponível em< www.zooparque. com.br >. Acesso em 22 de Agosto de 2017.

53


APÊNDICE


ENTREVISTA 1 Adilson José Ravazzi Atual supervisor do zoológico.

Quais as dificuldades mais enfrentadas no momento pela instituição? R: Atualmente a principal dificuldade da instituição é a financeira, pois a administração municipal anterior deixou uma dívida extremamente grande e que está atrapalhando a administração vigente a manter e também de investir em melhorias no Zoológico. Anos atrás foi feito um projeto de reforma, porém está guardado, somente os coletivos de pássaros foram reformados, como a previsão da obra é de aproximadamente 4 milhões estamos aguardando uma estabilidade financeira para executá-lo. Estamos com poucos funcionários, principalmente para serviços de reparo e manutenção da infraestrutura, o que estamos conseguindo manter é a limpeza, uma alimentação de qualidade aos animais e atendimentos veterinários simples. Ainda recebemos uma boa quantidade de visitantes, principalmente aos finais de semana.

Sobre esse projeto de reforma mencionado, ele conseguiria atender todas as necessidades da instituição, se não, o que poderia ser modificado?

R: É um grande projeto para reformulação do nosso zoológico, que resolveria grande parte dos nossos problemas, como a melhoria e aumento dos recintos, do calçamento e do parquinho das crianças, não sei se todas as modificações propostas seriam de fato necessárias, penso que deveria ser revisto por profissionais, arquitetos, biólogos e veterinários, antes de ser executado de verdade. O museu que queriam fazer dentro do zoológico por exemplo já não seria necessário porque os animais empanados que seriam expostos degradaram por falta de manutenção.

Como funciona atualmente o Centro de Educação Ambiental e como ele se articula/vincula ao zoo?

R: O CEA recebe frequentemente excursão de crianças de escolas públicas daqui de Catanduva e das cidades pequenas vizinhas, elas vêm para visitar o viveiro de mudas e o zoológico, a professora faz a visita guiada para mostrar as árvores e os animais que temos hoje em dia, depois elas são levadas para o viveiro, para ver como são feitos os plantios e o desenvolvimento das mudas. São 3 funcionários: uma professora, uma assistente e uma auxiliar de limpeza, que cozinha também quando é preciso ter algum lanche. O CEA também iniciou esse ano o projeto ARVOREAR para incentivar o plantio de árvores nas calçadas na cidade, os monitores passam pelos bairros batendo de porta em porta para convencer os munícipes e quando aceitam passam para a equipe do viveiro que vai indicar a espécie adequada e vai ao local para plantar a muda. Hoje em dia, infelizmente, não há nenhuma lei que diga que é necessário ter uma árvore na sua residência, a campanha é muito importante mas é dificultada pela resistência da população, porque precisa de poda e suja as calçadas e por isso pouca gente aceita.

Como funciona atualmente o Viveiro de Mudas Municipal e como ele se articula/vincula ao zoo? R: O viveiro produz mudas de árvores ornamentais para calçadas que são doadas aos munícipes, mudas nativas para reflorestamento das áreas de preservação da cidade, também para os parques, praças e áreas verdes. Algumas árvores frutíferas são doadas para escolas, eventos e ao zoológico quando necessitamos.

Qual a perspectiva do zoo para o futuro?

R: Devido ao grande desmatamento na nossa região, por culpa do plantio de cana de açúcar, cada vez mais teremos animais precisando de cuidados e abrigo, no entanto nosso zoológico e outros por aí não estão sendo preparados para receber esses animais. Estamos atualmente recebendo muito animais feridos nas estradas e nas queimadas da lavoura de cana de açúcar, trazidos pela polícia ambiental, que são tratados quando possível, mas dependemos dos medicamentos que temos em estoque e de recintos vagos no setor extra, que está cheio hoje em dia. Melhorar a infraestrutura do setor veterinário, ter mais funcionários e medicamentos seriam essenciais para o futuro, porque a tendência é cada vez mais aparecerem animais nessa situação, com pequenos ferimentos e pequena fraturas, vejo que teremos problemas e muitas dificuldades se isso continuar.

55


ENTREVISTA 2 Sandra Mendes Caldeira Atual veterinária do zoológico.

Acerca do projeto de reforma existente, quem e quando foi solicitado, quais eram as novas demandas?

R: A reforma já era um pedido das técnicas do Zoo, e foi reforçada pelo IBAMA que pediu adequações. Logo no início do primeiro mandato em 2009 do prefeito Afonso Macchione, foi resolvido por eles, sem a minha participação, contratar uma bióloga e sua irmã, que encomendaram o projeto a um escritório de uma cidade vizinha a Ribeirão Preto. Até onde sei, o passeio e a localização do Museu, Centro de Educação Ambiental e o novo coreto, foram decididos pelo Prefeito. O que as duas não levaram em conta, foi o número de animais que tínhamos, planejando recintos muito pequenos. Com a mudança da diretoria do Zoo, ainda no mesmo ano, a planta da reforma caiu em minhas mãos e eu alterei quase tudo no que se dizia respeito aos recintos, agrupando os animais por afinidade, mas ainda respeitando os trajetos desenhados. Então surgiu essa planta final que foi aprovada pelo Prefeito. Caprichei no Setor Veterinário e no Setor da Bióloga pensando num melhor atendimento dos nossos animais (com sala de UTI, internação aberta e fechada, maternidade, biotério - hoje ainda não temos nada disso) e no setor extra, com capacidade de abrigar todos os nossos animais excedentes, em um bom espaço, e montei o Quarentenário também pensando numa melhor “estadia” para animais recém-chegados ao Zoo ou animais em reabilitação (no caso, aqueles vindos da Ambiental, com propósito de soltura). A reforma assim vai atender ao Zoo e aos animais apreendidos ou de vida livre que necessitem cuidados.

A intenção era de ter capacidade para receber novos animais, e permitir que os existentes se reproduzam naturalmente? Porque atualmente está sendo feito um controle de natalidade, devido à falta de infraestrutura, mas e quanto aos animais ameaçados de extinção, como o queixada, mutum e tamanduá bandeira?

R: Na questão reprodução, hoje nossos recintos já trabalham praticamente em sua capacidade máxima. Quando se fala em animais com risco de extinção, a reprodução já tem que vir atrelada a algum projeto - ou de soltura, ou encaminhamento a outro Zoo, por exemplo. Como não estamos estruturados ainda, com um bom setor Veterinário e um bom setor biológico, e continuamos com falta de pessoal, agora por conta do corte de horas extras, não é possível montar um projeto. Além disso temos que lembrar que precisamos de áreas protegidas para fazer soltura, e a política anda um tanto instável nesse setor.

Que tipo de cuidado veterinários você é capaz de tratar nas dependências atuais do zoo? E quando não é possível, para onde eles são encaminhados?

R: Sobre o atendimento Veterinário, consigo fazer os primeiros socorros, atendimentos e exames de rotina, vacinação e necropsias. No momento estamos aguardando a licitação de medicamentos para organizar tudo. Para casos e exames mais complexos, e algumas internações, recorremos a UNESP de Jaboticabal. Alguns exames fazemos em clínicas especializadas de São José do Rio Preto, como raio X e ultrassom.

O que você acha que também poderia ser diferente para melhor o bem-estar dos animais?

R: Para melhor atendimento dos animais precisamos de uma equipe voltada ao enriquecimento ambiental, assistência Veterinária e Biológica 24 horas ou pelo menos por 12 horas, todos os dias da semana. Realizar a reforma e ter a disposição diária funcionários específicos, como: pedreiro, carpinteiro e serralheiro. E muito importante, mas o que não acontece há anos, infelizmente, a participação das técnicas e tratadores de congressos, das reuniões da SZB e da SPZ, para troca de informações, aprimoramentos e estreitar laços, que facilitaria a nossa participação em programas de conservação, por exemplo.

56


PASSATEMPO 1 Decalque de folhas

Instruções: Essa técnica é conhecida como decalque de folhas e para realizá-la é preciso apenas de: papel sulfite em branco, lápis apontado e folhas diversas. É muito simples, basta posicionar as folhas em baixo do papel e pressionar o lápis fazendo movimentos de vai e vem, como no exemplo abaixo! Você também pode fazer anotações sobre as características da planta e colecionar as suas favoritas sem que elas estraguem! Divirta-se.

PASSO 1

PASSO 2

PASSO 3 Fonte: Fotos autorais

PASSATEMPO 2 Carimbo Verde

Instruções: Essa técnica é conhecida como carimbo verde e para realizá-la é preciso apenas de: folhas de árvore diversas, pincel, tinta guache e papel canson. Em seguida basta aplicar sobre as folhas gotas das cores de sua preferência e espalhando com o pincel para cobrir toda sua superfície, e então pode soltar a criatividade, lembrando de deixar secar o papel pelo menos 1 hora para não escorrer ou borrar a tinta. Você pode experimentar também algumas frutas, como a carambola, seu formato de estrela pode deixar a sua pintura ainda mais interessante..

PASSO 1

57

PASSO 2

PASSO 3 Fonte: www.delas.ig.com.br



PASSATEMPO 4 Jogo Perfil

Perfil é um jogo muito famoso mundialmente, conhecido por testar os conhecimentos gerais, memória e agilidade de associação. Aqui convidamos os leitores de todas as idades a testarem seus conhecimentos quanto a fauna e flora brasileira. Cada carta abaixo contém as informações e características pertencentes â algum animal ou planta do zoo de Catanduva que estão ilustrados na página seguinte. Instruções: 1- recorte todas as cartas informativas e reserve em um monte, recorte as cartas ilustrativas e reserve em outro monte; 2 - embaralhe o monte das instruções e espelhe as ilustrações para que todos vejam as figuras, 3- eleja o jogador que vai comandar a primeira rodada, é ele quem irá ler as informações enquanto os demais tentam adivinhar apontando qual das figuras pertence as características, o jogador que adivinhar primeiro ganha a rodada mais um ponto e comandará a segunda. Assim sucessivamente, até que todas as cartas sejam lidas. O jogador que mais tiver somado pontos ganha o jogo! Bom divertimento.

Classe: Aves Tamanho: pequeno, 50 cm Cor: corpo compenas negras e e papo de penas brancas Particularidade: Bico muito longo Alimentação: comem frutos e insetos geralmente Onde vive: nas árvores da mata atlântica Reprodução: até 4 ovos Tempo de Vida: 30 anos Nome científico: Ramphastos vitellinus RESPOSTA: TUCANO Classe: Mamíferos, roedor Tamanho: médio, 1.30 metros Cor: tem pêlo marrom avermelhado. Particularidade: Boa nadadora e maior roedor do mundo, chegando até 90kg. Alimentação: come grama. Onde vive: em rios, lagos e pântanos. Reprodução: até 8 filhotes Tempo de Vida: 12 anos RESPOSTA:CAPIVARA Categoria: Árvore Ornamental Altura:de 6 a 9 metros, copa até 12 metros Flores: FLores amarelas Particularidade: perde todas suas folhas no inverno Origem: América do Sul Clima: Subtropical e tropical Ciclo de Vida: Perene, Luminosidade: Sol Pleno Nome científico: Tabebuia alba RESPOSTA: IPÊ AMARELO

Classe: Mamíferos Tamanho: pequeno, 60 cm de altura Cor: tem pelo marrom, cauda longa listrada de preto Particularidade: tem fucinho alongado Alimentação: comem frutos e insetos geralmente Onde vive: nas árvores da mata atlântica Reprodução: 2 a 7 filhotes Tempo de Vida: 15 anos Nome científico: Nasua nasua

Classe:Répteis Tamanho: grande, 3 metros e até 70 kg Cor: Couro grosso, escuro nascostas e claro na barriga. Particularidade: Perigosos por causa dos seus dentes afiados. Alimentação: come peixes, moluscos e crustáceos. Onde vive: Nos rios do pantanal Reprodução: até 30 ovos por vez Tempo de Vida: 25 anos Nome científico: Caiman yacare

RESPOSTA: QUATI

RESPOSTA: JACARÉ DO PANTANAL

Classe: Mamíferos, primata Tamanho: Pequeno, até 50 cm. Cor: tem pelo marrom escuro, topete negro e uma cauda longa. Particularidade: se comunica com o bando assoviando e grunindo. Alimentação: come frutos e sementes Onde vive: topo das árvores, em toda a américa do sul Reprodução: 1 filhote por vez Tempo de Vida: até 45 anos

Classe: Mamíferos, primata Tamanho: Pequeno, 20 cm, mais a cauda com 35 cm. Cor: pelo acizentado ou amarronzado, dois tufos negros nas orelhas e mancha branca na cabeça. Particularidade: Vivem em bando, se comunicam com assobios Alimentação: comem frutos,sementes, anfíbios. Onde vive: no topo das árvores da Mata Atlântica Reprodução: 2 filhotes gêmeos por vez Tempo de Vida: até 20 anos

RESPOSTA: MACACO PREGO Categoria: Árvore Ornamental, Bonsai Altura:acima de 12 metros Flores: FLores amarelas Particularidade: árvore simbolo do Brasil e madeira utilizada para fazer instrumentos musicais. Origem: América do Sul, Mata Atlântica, Brasil. Clima: Equatorial, Subtropical e tropical Ciclo de Vida: Perene, Luminosidade: Sol Pleno Nome científico: Caesalpinia echinata RESPOSTA: PAU BRASIL

Categoria: Arbusto, flor ornamental Altura: até 1.8 metros Flores: FLores vermelhas ou brancas Particularidade: O chá feito com suas flores e famoso para o emagrecimento. Origem: Ásia Clima: Equatorial, Subtropical, temperado e tropical Ciclo de Vida: Perene, Luminosidade: Sol Pleno, Meia Sombra Nome científico: Hibiscus rosa-sinensis

Categoria: Árvore Frutífera Altura: até 6 metros Flores: pequenas e brancas Particularidade: O suco de acerola é muito popular no brasil, e é uma árvore muito resistente a doenças. Origem: América Central e América do Sul Clima: Equatorial, semi-árido,mediterrâneo e tropical. Ciclo de Vida: Perene Luminosidade: Sol Pleno Nome científico: Malpighia emarginata

RESPOSTA: HIBISCO

RESPOSTA: ACEROLA

RESPOSTA: SAGUI DO TUFO PRETO Categoria: Trepadeira Altura:acima de 12 metros Flores: não tem Particularidade: Suas enormes folhas são muito utilizada para estampas e objetos de decoração. Origem: América do Norte, México Clima: Equatorial, Subtropical e tropical Ciclo de Vida: Perene Luminosidade: Meia Sombra Nome científico: Monstera deliciosa RESPOSTA: COSTELA DE ADÃO Categoria: Palmeiras Altura: Acima de 12 metros Flores: roxas e pequenas Particularidade: Suas flores e frutos são alimentos de muitos pássaros, árvores majestosas. Origem: América do Norte e América Central Clima: Equatorial, Subtropical, Oceânico e tropical Ciclo de Vida: Perene Luminosidade: Sol Pleno Nome científico: Roystonea regia RESPOSTA: PALMEIRA REAL




PASSATEMPO 2 Origami de animais

Origami é uma arte tradicional japonesa de dobrar papel, criando representações de objetos simples, flores, animais, etc., sem cortar ou colar o papel. Grande parte dos animais encontramos no zoo podem se tornar origamis, escolhemos a Arara como representante da fauna brasileira como modelo. Instruções: Você vai precisar apenas do quadrado da folha de papel que você preferir, branca ou colorida o importante é se divertir e fazer quantas araras quiser, inclusive para presentear alguém. Basta seguir a sequência numérica abaixo e repetir as dobras indicadas.

62



Ao tema Agradeço ao meu pai Adilson, quem me despertou desde muito pequena o amor pela natureza e pelos animais. Ao projetovv Agradeço ao meu amigo Gustavo, que sempre instiga e estimula minhas inquietações e minha orientadora Maristela, que embarcou comigo nesse tema pouco discutido. A arquitetura Agradeço a Minha mãe, que sofreu pela distância de tantos anos, minha irmã que me apresentou Viçosa, ao meu namorado Victor e minhas amigas, Dafhini, Manami e Sara, que foram apoio e suporte emocional nessa reta final. A todos meus amigos pelo estímulo intelectual e parceria todos esses anos.



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