Revista Arquideia

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URBANISMO Programa de mobilidade valoriza o uso da bicicleta como meio de transporte normalmente não consideradas. Pois reconhece a existência de uma crise de mobilidade que engloba as questões de transporte público e trânsito, e que exige soluções. Soluções estas que precisam ter um acesso amplo e democrático ao espaço urbano, sendo viáveis através da priorização do transporte coletivo e não motorizados de maneira efetiva, socialmente inclusiva e ecologicamente sustentável. Sendo, portanto, o centro das atenções o deslocamento das pessoas e não dos veículos. Esse programa consiste em implantar a bicicleta com meio de transporte visando a melhoria da mobilidade urbana, além da diminuição dos gastos com meio de transporte. Os principais objetivos deste programa são: • Inserir e ampliar o transporte por bicicleta na matriz de deslocamentos urbanos; • Promover sua integração aos sistemas de transportes coletivos, visando reduzir o custo de deslocamento, principalmente da população de menor renda; • Estimular os governos municipais a implantar sistemas cicloviários e um conjunto de ações que garantam a segurança de ciclistas nos deslocamentos urbanos.

Programa Brasileiro de Mobilidade Urbana por Bicicleta – Bicicleta Brasil

As cidades constituem-se no palco das contradições econômicas, sociais e políticas e o sistema viário é um espaço em permanente disputa entre diferentes atores, que se apresentam como pedestres, ciclistas, condutores e usuários de automóveis, caminhões, ônibus e motos. O Ministério das Cidades lançou o programa brasileiro de mobilidade urbana por bicicleta tentando solucionar os problemas de circulação, de modo a incorporar dimensões econômicas e sociais

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Cidade Brasileiras Modelos em uso de bicileta: Além disso, a cidade conta com um sistema de aluguel de bicicletas muito interessante. Atualmente, há 190 bicicletas de aluguel espalhadas por 19 estações, que foram equipadas com câmeras de segurança, sensores e sistemas de alarme. Pagando R$ 20 por mês, cariocas e turistas poderão utilizar o veículo. Já quem deseja alugar a bicicleta só por um dia, não precisa fazer cadastro no site. Basta ir até uma das estações em posse de um telefone celular e um cartão de crédito e se dirigir a uma das máquinas de cadastro. A diária da bicicleta sai a R$ 10.

Em São Paulo, uma sexta-feira por mês, enquanto os carros mal se movem pelas ruas, ciclistas se encontram na altura do número 2440 da avenida Paulista. Dali, saem numa espécie de passeata mas, claro, de bicicleta - para divulgar a bicicleta como meio de transporte. Baixo Guandu no Espírito Santo possui mais bicicletas do que automóveis, segundo números divulgados pela prefeitura local. O que favorece esse meio de transporte nesta cidade é o baixo custo e as dificuldades com o transporte público.

Curitiba é uma cidade conhecida mundialmente pelo seu planejamento viário e está em fase de conclusão de seu plano cicloviário. Possui ainda o programa Pedala Curitiba, que também prevê a recuperação da malha cicloviária atual, com sinalização em toda a rede existente. Além da criação de ciclovias, a cidade planeja a implantação de paraciclos, a instalação de bicicletários em locais estratégicos e a adoção de faixas compartilhadas na vida.

O Rio de Janeiro possui ampla infraestrutura para o ciclismo, pois aao longo das principais praias da zona sul do Rio, o ciclista encontra longos trechos de ciclovia, usadas principalme nte para o lazer. Uma das ciclovias vai da Praia do Leblon até o centro da cidade. Possuindo cerca de 140 quilômetros de ciclovias em diversas regiões. Conta ainda com o programa municipal Rio Capital Bicicleta, com o qual a cidade planeja dobrar sua malha cicloviária nos próximos anos, dando prioridade à consolidação do sistema da Zona Oeste.

por Yasmim Duarte e Ana Beatriz Sanders

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Sistema binário como solução dos problemas no transito

Praça Portugal, Fortaleza-CE.

Eles exigem do poder público soluções definitivas, como um túnel ou um viaduto na Praça Portugal. A proposta de um túnel na Praça Portugal consta no plano de governo de Roberto Cláudio. Porém, é contestada pelo presidente da AMC, Ademar Gondim. “Um problema sempre tem várias soluções, não existe alternativa técnica ideal. Mas eu, particularmente, não faria túnel. Seria caro e geraria enormes impactos”. O estudo da implantação do binário vinha sendo desenvolvido pela Autarquia Municipal de Trânsito há três anos, tendo como base a lei de mobilidade urbana. A ideia do projeto é priorizar o transporte coletivo, assim como a utilização das vias para circulação, ao invés de estacionamentos. As vias onde a AMC estuda a implantação de binários possuem um pesado tráfego de veículos. Por dia, 144.985 veículos cruzam as avenidas Desembargador Moreira, Dom Luís, Santos Dumont e Senador Virgílio Távora. Ademar Gondim que o estudo está sendo realizado com bastante cuidado, pensando em todas as alternativas e analisando o controle de tráfego para que o projeto possa ser implantado sem falhas.

Ficará para a gestão do prefeito eleito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PSB), a responsabilidade de encontrar uma solução para o caos do transito da Aldeota. A administração da prefeita Luiziane Lins anunciou a desistência de implantar um sistema binário nas principais vias do bairro e de restringir a circulação de carros na rotatória da Praça Portugal. A mudança nas avenidas havia sido apresentada no mês de agosto pela Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e da Cidadania (AMC), após estudos desenvolvidos, e com previsão para ser executada até dezembro deste ano. Novos debates com a Prefeitura devem ocorrer entre janeiro e fevereiro de 2013. A implantação de um binário não é confirmada, a nova gestão pode apresentar outras propostas de solução do trânsito de Fortaleza. A desistência deu-se por conta da pressão do setor lojista da região. Transformar as avenidas Desembargador Moreira, Dom Luís, Santos Dumont e Senador Virgílio Távora em mão única e restringir a entrada na praça para somente transporte público causaria prejuízo no comércio com a chegada das compras de fim de ano. Os empresários criticaram tanto o período escolhido para o início da vigência do binário e da restrição, quanto o projeto em si. 03


O Sistema Binário A Autarquia Municipal do Trânsito (AMC) propôs a mudança de sentido das principais vias do bairro aldeota. No caso da Av. Dom Luis, as quatro faixas teriam sentido lesteoeste, com duas faixas para ônibus táxis e vans. Conforme a AMC, a partir da Av. Antônio Sales, a Avenida Desembargador Moreira terá sentido sul-norte e duas faixas para o Sistema Rápido de Ônibus. A Av. Virgílio Távora teria sentido contrário, norte-sul, e a Av. Santos Dumont passaria a ter sentido oeste-leste. Ainda segundo a proposta, o acesso à Praça Portugal ficaria restrito ao transporte público e a veículos particulares que fossem á alguma loja ou prédio comercial específico. No perímetro externo, o fluxo de veículos ocorreria no sentido horário, exclusivo para veículos particulares.

Mobilidade Urbana A questão da mobilidade urbana é tão importante hoje que existe até uma secretaria no interior do Ministério das Cidades, intitulada Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana que visa promover a cidadania e a inclusão social por meio da universalização do acesso aos serviços públicos de transporte coletivo e do aumento da mobilidade urbana, coordenar ações para a integração das políticas da mobilidade e destas com as demais políticas de desenvolvimento urbano e de proteção ao meio ambiente e Promover o aperfeiçoamento institucional, regulatório e da gestão no setor. Amando Costa, professor do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Fortaleza, destaca que é importante elaborar estudos para saber o que é melhor para a cidade. Questiona se as intervenções previstas pela AMC são ações pontuais ou pensam a mobilidade da cidade como um todo. “O meu medo é que sejam projetos que não estejam conectados com um planejamento maior, que pense a cidade em 2025, 2030”, disse. Para o especialista, as intervenções parecem pontuais, que não pensa no transito a longo prazo. Fontes: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1175121 http://www.oestadoce.com.br/noticia/sistema-binario-na-aldeota-ficara-para-2013

Gabrielle Rios e Karinne Freitas

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Projetos

Projetos Projetos

Adhara Menezes Mabilli Paiva Mariana Soares Maryanna Correia

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Restaurante fast-food ecológico

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m dezembro de 2008, o McDonald's inaugurou em Bertioga,litoral de São Paulo, o primeiro restaurante verde da rede,na América Latina,a obter a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), concedida pelo U.S. Green Building Council, a empreendimentos que atendam critérios de sustentabilidade no projeto arquitetônico, construtivo e paisagístico, assim reafirmando o compromisso da empresa de preservar o meio ambiente no presente e garantir o futuro. Com vidros de lâmpadas fluorescentes no piso e pastilhas de árvore de coco e palha de arroz nas paredes, a construção "verde" incorpora a filosofia de construção ambientalmente responsável, baseada em tecnologias que minimizam impactos durante a implantação e operação das unidades. A construção da lanchonete trás vários diferenciais como a redução do consumo de energia (em 14%)através do aquecimento de água por luz solar, do emprego de janelas e paredes de vidro para melhor aproveitamento da luz natural além de sensores para automação do sistema de energia; redução do consumo de água(em 50%), através da captação da água da chuva para uso não-potável; redução do consumo dos recursos naturais, através do emprego de pisos de material reciclado, feitos com compostos de concreto e borracha e até

de vidro de lâmpadas fluorescentes, entre outras ações.

O McDonald's de Bertioga também não utiliza CFC no seu sistema de ar condicionado e é munido de um dispositivo que monitora as temperaturas interna e externa do restaurante. Quando necessário, o sistema desliga os aparelho e abre as janelas automaticamente. Com isso a carga térmica necessária para a refrigeração é 25% menor. No paisagismo, a área permeável com vegetação deve corresponder a 50% da área do terreno. Só são utilizadas plantas nativas que não precisam ser regadas constantemente, pois estão habituadas ao ecossistema e interagem com a fauna local. Usamos também o conceito de "paisagismo produtivo" com frutíferas nativas. No paisagismo produtivo", devem ser usados em projetos de paisagismo: hortas, frutiferas e temperos. O "Restaurante Verde" também servirá de centro de testes para novas tecnologias de construção.A rede McDonald's conta com mais dois restaurantes verdes no mundo, em Chicago (EUA) e em Lindora (Costa Rica).

Restaurante Verde do Mc Donald´s Local: Riviera de São Lourenço, Bertioga-SP Arquitetura: Luciana Martelo, Frank Siciliano e Marcelo Todescan Consultoria: CTE e CRIS Construtora: Enplatec

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Edifício-garagem Um conceito inovador e belo Diante da crescente urbanização mundial, do crescimento dos centros urbanos, e da maior aglomerações de pessoas, e maior quantidade de carros nas cidades, há a necessidade de se pensar no conforto, na qualidade de vida e na praticidade necessária no dia a dia das pessoas. Um dos principais problemas enfrentados cotidianamente pela população mundial é o caos no trânsito e a dificuldade de guardar seus veículos nas ruas durante o dia de trabalho, lazer ou compromissos; vagas nos canteiros, estacionamentos privados ou públicos já não são mais suficientes. E eis que surge a questão: Como garantir a segurança do automóvel, bem necessário nesse modelo atual de vida? Arquitetos, urbanistas e projetistas trabalham pensando também em soluções sociais, criando uma cidade conectada por projetos que serão desfrutados em sua estrutura, segurança, beleza e função.

Em Miami, os estacionamentos de carros tomaram o lugar central no palco arquitetônico da cidade. A evolução das garagens em Miami é notória, de estacionamento à grandes monumentos. Muitas das garagens oferecem, além de vagas, espaços para restaurantes, lojas e eventos. Ainda em Miami, nos Estados Unidos. um empreendimento de grande sucesso, é o projeto do edifício-garagem Collins Park, da arquiteta Zaha Hadid. O prédio terá cinco níveis de estacionamento, com uma área total de 24.100 m². Sua forma é em espiral, inpirada nas “ondulantes dunas de areia” de Miami Beach, que inspirou também a criação de uma praça pública, antes ausente no projeto inicial, sob a estrutura principal do prédio. Além disso, o edifício-garagem também terá áreas para lojas e restaurantes. O orçamento do projeto é de 18,5 milhões de dólares, aproximadamente 37 milhões de reais, As obras do edifício Collins Park devem ser iniciadas em 2014. Esse novo conceito de garagem, além de desenvolver o pólo metropolitano da cidade e facilitar a vida das pessoas, também tem como intenção ser um ponto de referência e de venda. Algumas oferecem as melhores vistas das cidade e servem de espaço para requintadas festas, além de abrigar restaurantes de grandes nomes, por exemplo, e lojas de marcas famosas. Miami Beach é uma cidade conhecida por tornar estacionamentos em ícones arquitetônicos. Outros exemplos são:

“Os nossos edifícios-garagem são mais do que um grupo de lugares de estacionamento. Alguns se tornaram destinos dentro de si e atingiram o status de ícone individual. Cada edifício pode ser uma obra de arte", disse Matti Bower, prefeito da cidade de Miami Beach.

Ballet Valet Parking 1111 Lincoln Road, do escritório Herzog de Meuron

Pennyslvania Avenue Garage, de Frank-Gehry

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http://www.zaha-hadid.com/ http://www.archdaily.com.br/ http://www.piniweb.com.br/index.asp http://www.anteprojectos.com.pt


Centro de Cultura Max Feffer O projeto foi construído com preceitos inovadores, ecológicos e sustentáveis Entender a cultura como um caminho de promoção da sustentabilidade – essa foi a diretriz que levou o Instituto Jatobás a criar, em 2008, na cidade de Pardinho-SP, o Centro Max Feffer - Cultura e sustentabilidade. O espaço faz parte do projeto Ecopolo com respeito às características sociais, ambientais e culturais locais e de sua “arquitetura verde”.

Com metragem superior a 800 metros quadrados, a cobertura apoiada em vigas e pilares de eucalipto é o elemento que dá personalidade ao projeto. Ela combina linhas sinuosas, áreas vazadas que possibilitam a entrada de luz natural pelas duas laterais e partes opacas com telhas de fibra vegetal pintadas de branco recobrindo o bambu. “Essa telha é bem flexível e acompanha as ondulações”, explica a arquiteta.

O espaço doado para os pardinhenses foi construído com preceitos inovadores, ecológicos e sustentáveis, em uma praça cedida pela prefeitura. Ele abriga biblioteca, centro de inclusão digital, palco com auditório para 700 pessoas, museu do bambu, centro de informação turística com loja para venda de produtos regionais, exposição permanente em memória a Max Feffer, sala de exposições e sala de reuniões com completa infra-estrutura para uso da população. A tônica do projeto é a cobertura de bambu apoiada em estrutura independente de eucalipto. Sob essa cobertura uma 2ª construção feito em concreto e alvenaria, para abrigar as áreas fechadas. Acima o acesso principal do Centro de Cultura. A cobertura da obra foi toda feita com bambu.

“Em toda construção, da mais singela à mais complexa, rural ou urbana, podemos sempre encontrar soluções com impacto ambiental menor. Só depende de nossa capacidade de encontrar, integrar e desenvolver conhecimento, e aplicá-lo ao projeto/design, em busca da melhor harmonia com a Natureza’’.

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Patrimônios da Humanidade

No Brasil encontram-se 17 dos 800 patrimônios históricos da humanidade .Mas o que e

Para ser considerado patrimônio da humanidade, um lugar precisa ter importância para todos os povos do mundo. Por isso, sua preservação é de interesse internacional . Existem dois tipos de patrimônios históricos: o cultural - que engloba, centros históricos, santuários e ruínas - e o natural - que contempla áreas de conservação e parques nacionais. Quem decide se uma área vai receber esse título é a Unesco, a entidade da Organização das Nações Unidas (ONU) que cuida de educação, ciência e cultura. Para se candidatar, o lugar precisa primeiro ser indicado por algum órgão nacional. No Brasil, por exemplo, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) inscreve as áreas naturais, enquanto o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) responde pelas culturais. Abaixo os 17 patrimônios da humanidade localizados no Brasil.

Plano Piloto de Brasília – Construída a partir de 1960, no governo de Juscelino Kubitschek, com plano-piloto do arquiteto Lúcio Costa e edifícios públicos desenhados por Oscar Niemeyer. Entre todas as cidades brasileiras tombadas como patrimônio da humanidade pela UNESCO, o conjunto arquitetônico de Brasília é o único moderno. As características peculiares da capital federal receberam o título em 1987. O argumento era de que a cidade planejada, dividida em quatro esferas independentes, e com funções específicas (áreas monumental, residencial, gregária e de lazer), concebia ao local uma característica única.

Igreja da Boa Morte - Goiás

Congresso Nacional do Brasil - Brasilia/DF

Centro Histórico de Goiás – A cidade de Goiás foi o primeiro núcleo urbano a se organizar a oeste da linha de Tordesilhas. Com a promessa de riquezas como ouro e diamante, Vila Boa (seu primeiro nome) atraiu grande número de pessoas. Formaram-se núcleos urbanos, com casarões, obras de arte, igrejas imponentes. Possui um traçado orgânico adaptado às condições do sítio e a presença do Rio Vermelho, onde foi encontrado ouro. Teve importante papel na ocupação do Brasil Central durante os séculos XVIII e XIX. Devido ao isolamento dos grandes centros do Brasil Colonial, manteve austero sua arquitetura bem como seu traçado urbano. Em 2001 recebeu o titulo de patrimônio da humanidade com o argumento de ser “Uma cidade européia adaptada às condições climáticas, geográficas e culturais no centro da América do Sul”.

Centro Histórico de São Luís – O Centro Histórico de São Luís reúne em torno de quatro mil edificações tombadas pela União e mantém intacto o traçado urbano dos séculos XVIII e XIX abriga um dos mais importantes acervos da arquitetura lusitana. O Centro Histórico mantém preservado o casario colonial, construído pelos portugueses nos séculos XVIII e XIX, casarios estes que possuem peculiaridades como as fachadas revestidas em azulejos portugueses, trazidos para amenizar a alta umidade da região. Todos os edifícios estão incorporados ao dia a dia, adaptados como órgãos públicos, hotéis e restaurantes. O plano de urbanização foi feito por Frias de Mesquita, se caracterizando pela regularidade geométrica, talvez o primeiro realizado no Brasil. Foi pela herança portuguesa que, em 1997 o município foi considerado patrimônio da humanidade 9

Centro Histórico de São Luís


no Brasil

quem determina um patrimônio da humanidade?

Santuário de Bom Jesus de Matosinhos Congonhas do Campo /MG

por Marcela Lisboa e Nayana Freitas

Congonhas do Campo (Santuário de Bom Jesus de Matosinhos) – Santuário com construção iniciada em 1517, é a obra prima de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho.O conjunto é formado pela Capela Mor, escadarias imponentes, muros, parapeitos do Adro e outras seis capelas, dispostas ao longo do caminho que leva ao Santuário. No Adro estão as esculturas dos 12 profetas, feitas em pedra-sabão, entre 1800 e 1805. O santuário localizado da cidade de Congonhas do Campo - MG foi tombado como patrimônio da humanidade pela UNESCO em 1985.

Costa do Descobrimento - Composta por oito reservas naturais, localizadas no sul da Bahia e norte do Espírito Santo, constituída pelos Parques Nacionais do Monte Pascoal, do Descobrimento, do Pau Brasil, pelas reservas biológicas de Una e Sooretana e também por três reservas particulares, foi declarada Patrimônio Mundial pelo seu excepcional valor do ponto de vista da ciência e da preservação do ecossistema de interesse universal.Possui uma área de 111.930 hectares. Nesta região, a esquadra de Cabral desembarcou pela primeira vez na costa brasileira, onde se encontram as primeiras formações urbanas da colonização portuguesa, como a cidade de Porto Seguro.

Centro Histórico de Diamantina - MG

Porto Seguro - BA

Centro Histórico de Diamantina – Diamantina está situada no Vale do Jequitinhonha, a 1200m de altitude, tem ao fundo a Serra dos Cristais, que forma com seu centro histórico uma linda paisagem cultural. O traçado urbano apresenta a configuração típica das cidades do Ciclo do Ouro, tendo malha em padrão irregular, ruas adaptadas à topografia e edifícios públicos servindo como referência no espaço urbano. A riqueza gerada pelos diamantes possibilitou a construção de prédios de refinada beleza e apuro técnico. A cidade possui várias edificações que são elementos marcantes na paisagem urbana, como a Casa de Chica da Silva, o Mercado Municipal e a Igreja de Nossa Senhora do Carmo. Diamantina tornou-se Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade em 1999.

Ilhas Atlânticas (Fernando de Noronha e Atol das Rocas) – O arquipélago de Fernando de Noronha, em Pernambuco, ocupa uma área aproximada de 26 Km², e é formado por cerca de 21 ilhas. O arquipélago foi descoberto pelo navegador espanhol Américo Vespúcio; em 1629. A ilha caracteriza-se por abrigar variadas colônias reprodutivas de aves marinhas. Outra grande atração é o espetáculo dos golfinhos nadando, bem como as praias, com seus recifes de coral. O Atol das Rocas, único atol do atlântico sul, está situado a 144 milhas náuticas de Natal, capital do Rio Grande do Norte, e a 80 de Fernando de Noronha. Abrange duas ilhas e tem área de 5,5 Km². As duas ilhas são formadas por sedimentos de origem calcária, esqueletos de peixes, corais, aves e fragmentos de conchas. 10

Fernando de Noronha - PE


Convento de São Francisco - Olinda/PE

Centro Histórico de Olinda – O Centro Histórico de Olinda conserva intacto o traçado urbano e a paisagem da vila fundada pelos portugueses em 1535. Todo o conjunto é envolvido por vegetação, dando um caráter próprio e diferenciado à cidade. Situada à beiramar, a cidade está assentada sobre oito colinas interligadas por ruas e ladeiras íngremes. No traçado urbano, destacam-se o casario colorido, marca do povoamento português colonial. As ruas, desde que se formaram, são sinuosas e acompanham os desníveis do local. Dentre o acervo arquitetônico da cidade, destacam-se a Igreja da Sé, a Igreja de Nossa Senhora da Misericórdia, a Igreja de São Francisco, o Mosteiro de São Bento e o Museu de Arte Sacra. Em 1978, foi considerada patrimônio da humanidade.

Ouro Preto – A antiga capital de Minas Gerais tem sua origem na descoberta e exploração do ouro em 1698.A cidade formou-se através da aglomeração nas encostas dos montes Ouro Preto e Itacorumim. Devido a irregularidade da topografia, que deu origem à ruas tortuosas e ladeiras íngremes, as casas parecem apoiar-se umas nas outras. O tratamento arquitetônico nas igrejas mineiras tende para um barroco mais curvilíneo e para uma elegância esbelta do Rococó. As igrejas, vistas por fora, são sóbrias, escondendo em seu interior a riqueza e ornamentação das talhas e as pinturas dos forros. Ouro Preto foi a primeira cidade brasileira a receber o título de patrimônio cultural da humanidade da UNESCO. A razão é forte: o município possui o maior conjunto homogêneo de arquitetura barroca do mundo.

Cidade Histórica de Ouro Preto/MG

Pantanal Mato-grossense – Ocupando uma área de 200 mil Km², é a área úmida contínua mais extensa do planeta. A vegetação constitui-se em um mosaico de matas, cerradões, savanas, campos inundáveis, brejos e lagoas. A combinação de fatores como clima, águas, relevo e insolação cria condições ideais para a reprodução de animais, com várias espécies de peixes, mamíferos, répteis e aves aquáticas. Pantanal Mato-grossense/MS

Parque Nacional do Iguaçu – Criado em 1939, localiza-se na região oeste do estado do Paraná, na tríplice fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai. O parque possui uma diversidade florestal riquíssima, assim com a fauna, que conta com espécies de valor conservacionista.As Cataratas do Iguaçu possuem de 160 a 260 saltos, dependendo do nível das águas, com uma descarga aproximada de 5 mil metros cúbicos de água por segundo, precipitando-se de uma altura de 80 metros em um perímetro de 2,7 quilômetros..

Cataratas do Iguaçu /PR

Parque Nacional do Jaú – Situa-se no Estado do Amazonas. É o maior parque nacional do Brasil e o maior parque do mundo em floresta tropical úmida. O parque preserva a maior bacia de águas pretas do mundo, a do Rio Negro. O tom escuro das águas vem das nascentes que brotam de terras muito antigas – o que deixa os rios carregados de elementos orgânicos e ferro. Seu relevo é bastante diversificado, abrangendo áreas inundáveis, planícies, colinas, igapós, igarapés e matas de terra firme. Essa região foi o primeiro pólo de colonização na Amazônia. Parque Nacional do Jaú/AM 11


Parque Nacional da Serra da Capivara – O parque situa-se no município de São Raimundo Nonato, no sudeste do Estado do Piauí. Existem no local mais de 400 sítios arqueológicos, numa área de 130 mil hectares, com vestígios deixados pelo homem préhistórico, com quilômetros de galerias de vários andares, cobertas por pinturas e gravuras rupestres. Grandes animais rondavam a região há 10 mil anos, como mastodontes, superlhamas e bichospreguiça. Em São Raimundo Nonato, existe o Museu do Homem Americano, com o objetivo de preservar , conservar e divulgar o material proveniente das pesquisas arqueológicas realizadas no parque. Parque nacional da Serra da Capivara/PI

Parque nacional da Chapada dos Veadeiros/GO

Reservas do Cerrado – Constituído pelo Parque Nacional das Emas e Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. O Parque Nacional das Emas é uma formação diversificada do Cerrado. A fauna possui cerca de 350 espécies de aves, inúmeras espécies de lagartos e cobras, roedores e mamíferos. O cerrado possui muitas espécies ainda não estudadas. O Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros é o ponto de maior luminosidade visto da órbita da Terra, devido à quantidade de cristais de quartzo que afloram do sol. O parque pertence a Chapada dos Veadeiros, uma das grandes maravilhas da natureza no Brasil. A fauna abriga espécies ameaçadas de extinção como veado-campeiro, cervo-do-pantanal, onça-pintada e lobo-guará

Reservas da Mata Atlântica – Devastada depois de 500 anos de ocupação, a Mata Atlântica reduz-se hoje a apenas 7% da floresta original. A paisagem se caracteriza por montanhas isoladas e rios em vales profundos. Seu relevo é acidentado, apresentando escarpas que correm paralelas à costa Atlântica. A fauna é bastante diversificada, apresentando cerca de 120 espécies de mamíferos. No entorno da área protegida pela Unesco encontramse comunidades indígenas, com seus sambaquis, os caiçaras e as roceiras.

Centro Histórico de Salvador/BA

Aldeia indígena nas Reservas da Mata Atlântica

Centro Histórico de Salvador - Primeira cidade fundada no Brasil, no ano de 1549.Com um expressivo acervo artístico e uma vibrante cultura popular, a cidade preserva os traços de sua fundação, como os Espaços Públicos, Praças, Pelourinho, traçados das ruas, ladeiras e becos. Os sobrados de dois andares, as soluções planas no terreno em declive e a maneira de aproveitar o terreno são exemplos típicos da cultura lusitana. O Pelourinho reúne construções do século XVII, XVIII e XIX e retrata a força da cultura africana. O Centro Histórico conserva a estrutura urbana original do século XVI; com poucas alterações, a configuração urbana atual mantém-se a mesma desde o século XVII.

São Miguel das Missões – As ruínas da Igreja de São Miguel representam o documento mais bem preservado da arquitetura jesuítica missioneira. Possui sua fachada completamente conservada. O projeto é atribuído ao arquiteto jesuíta Jean Battista Primoli, concluída entre 1744 e 1747.Toda a construção foi executada em pedra de cantaria, com paredes portantes, e o material usado para ligar as pedras era o barro. Construída no final da arquitetura barroca, a influência desse estilo se faz presente nas ondulações côncavas da fachada, além da inclinação da fachada para a frente, visando uma correção da perspectiva. 12

Ruínas de São José das Missões/RS


REVISTA ELETRÔNICA por Moara, Clara e Lívia

Sustentabilidade Sustentabilidade é um termo usado para definir ações e atividades humanas que visam suprir as necessidades atuais dos seres humanos, sem comprometer o futuro das próximas gerações. Ou seja, a sustentabilidade está diretamente relacionada ao desenvolvimento econômico e material sem agredir o meio ambiente, usando os recursos naturais de forma inteligente para que eles se mantenham no futuro. Seguindo estes parâmetros, a humanidade pode garantir o desenvolvimento sustentável.

Ações relacionadas a sustentabilidade 1 - Exploração dos recursos vegetais de florestas e matas de forma controlada, garantindo o replantio sempre que necessário. 2 - Preservação total de áreas verdes não destinadas a exploração econômica. 3 - Ações que visem o incentivo a produção e consumo de alimentos orgânicos, pois estes não agridem a natureza além de serem benéficos à saúde dos seres humanos. 4 - Exploração dos recursos minerais (petróleo, carvão, minérios) de forma controlada, racionalizada e com planejamento. 5 - Uso de fontes de energia limpas e renováveis (eólica, geotérmica e hidráulica) para diminuir o consumo de combustíveis fósseis. Esta ação, além de preservar as reservas de recursos minerais, visa diminuir a poluição do ar. 6 - Criação de atitudes pessoais e empresarias voltadas para a reciclagem de resíduos sólidos. Esta ação além de gerar renda e diminuir a quantidade de lixo no solo, possibilita a diminuição da retirada de recursos minerais do solo. 7 - Desenvolvimento da gestão sustentável nas empresas para diminuir o desperdício de matéria-prima e desenvolvimento de produtos com baixo consumo de energia. 8 - Atitudes voltadas para o consumo controlado de água, evitando ao máximo o desperdício. Adoção de medidas que visem a não poluição dos recursos hídricos, assim como a despoluição daqueles que se encontram poluídos ou contaminados.

Benefícios A adoção de ações de sustentabilidade garantem a médio e longo prazo um planeta em boa s condições para o desenvolvimento das diversas formas de vida, inclusive a humana. Garante os recursos naturais necessários para as próximas gerações, possibilitando a manutenção dos recursos naturais (florestas, matas, rios, lagos, oceanos) e garantindo uma boa qualidade de vida para as futuras gerações.

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Sustentabilidade na Agricultura

Durante muitos anos, a atividade da agricultura brasileira era feita de forma irresponsável e que assimilava muitas práticas hoje consideradas predatórias e danosas ao meio ambiente. Com a produção em baixa e muitas áreas agricultáveis sendo transformadas em desertos pela ação da erosão e das voçorocas; o governo brasileiro achou melhor iniciar a implementação de técnicas mais sustentáveis visando modernizar e melhorar as condições de produtividade e sanidade das culturas agrícolas. Como tudo relacionado ao meio ambiente, a sustentabilidade na agricultura é um objetivo a ser alcançado em todas as propriedades agrícolas de qualquer nação. Afinal de contas, não pensar assim, condenará as terras agricultáveis de qualquer lugar a degeneração e a destruição de suas qualidades, o que impediria qualquer extração ou cultivo comercial de alimentos na região. O que, sem qualquer dúvida, representaria um desastre de proporções apocalípticas para a economia de qualquer país. Assim, cientistas brasileiros e pesquisadores do governo aplicaram-se para reverter a situação e encontrar formas eficazes, baratas e eficientes de implementar um conceito de sustentabilidade em nossa agricultura. No que foram completamente exitosos, conforme os resultados obtidos hoje nessa área em todos os estados do Brasil. Concentrar esforços em orientar e qualificar melhor o homem do campo; dando meios e ferramentas para que ele utilizasse técnicas modernas e menos agressivas em suas plantações, a forma de garantir seu ‘’ganha pão’’, sua sobrevivência e a de sua família . Utilização de menos defensivos químicos e a orientação para reduzir o desmatamento da mata periférica as áreas agricultáveis; além de difundir a importância de uma biodiversidade intensa nas culturas e os benefícios que essa variedade de insetos e pequenos animais podem trazer para as plantações como uma proteção para as elas. Paralelamente a isso, a melhoria das condições gerais de vida do homem do campo e das famílias ligadas à atividade agrícolas dessas regiões; transformouse em medidas que capacitaram a agricultura brasileira a suplantar países que antes eram muito mais eficientes como produtores de alimentos. E dessa forma valorizar a agricultura brasileira e os produtos produzidos pelo nosso país.

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A (in) sustentabilidade na arquitetura

A discussão acerca de arquitetura e ambiente não é propriamente nova, é tão velha quanto a história da arquitetura e perpassa as diferentes disciplinas. Porém, não tem sido lembrado na prática. A realidade contemporânea se baseia cada vez mais no predomínio do ambiente construído e no crescimento descontrolado das metrópoles, no uso de materiais e técnicas com elevado custo energético e alto grau de desperdício em seu funcionamento e manutenção. É preciso buscar parâmetros relacionados com a capacidade da arquitetura contemporânea de responder a essas demandas. Uma arquitetura para o presente deve considerar o já construído, afrontando a melhoria de entornos degradados em busca de um reequilíbrio ecológico na relação entre seres humanos e seu entorno artificial, sem cair em nostalgias de um passado perdido . As arquiteturas voltadas para a questão ecológica, são comumente tratadas como meramente esteticistas ou funcionalistas e não tem a atenção merecida. Josep Maria Montaner é bastante incisivo:

"o desafio atual consiste em demonstrar que arquitetura ecológica, além de ser necessária globalmente e correta socialmente pode ser muito atraente do ponto de vista estético, conceitual e cultural. Tudo isso implica na superação do clichê de que tal arquitetura sempre vai ligada a formas ecléticas, pitorescas, marginais e testemunhais".

Para tanto, é necessária a verificação de mudanças profundas nos mecanismos de projeto, o que está diretamente relacionado com o ensino da arquitetura. Colocar a discussão no âmbito acadêmico, que é o meio preparador do fazer arquitetônico, é a maneira de estabelecer novos parâmetros para a prática da arquitetura. A proposição desse tema é, suscitar a discussão em torno da prática arquitetônica contemporânea e sua relação com a sociedade, enquanto atividade questionadora dos valores que mudam com o passar do tempo e sua possível contribuição para um desenvolvimento sustentável.

Com criatividade, as instituições da área ambiental, as unidades de conservação e os projetos voltados para a preservação do meio ambiente irão atingir um número maior de pessoas, construindo assim um mundo mais verde.

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Sustentabilidade Social

Nunca se falou tanto em sustentabilidade e em meio ambiente como nos dias de hoje. E é mesmo importante que as pessoas compreendam que a importância de se conservar os recursos naturais e levar uma vida mais condizente com a capacidade de produção e renovação dos recursos planetários é nossa única chance de continuarmos ainda por um longo tempo por aqui. Contudo, o que muitos esquecem é de que nada adianta um meio ambiente cuidado e vigiado; bem como empreendimentos voltados para a preservação ambiental e para a sustentabilidade, se não forem observadas a manutenção e o oferecimento das condições mais básicas de vida para as populações inseridas no contexto desse mesmo meio ambiente.

Para isso, a necessidade de ampliar-se a sustentabilidade ambiental para que alcançasse Também as pessoas; deu surgimento ao termo sustentabilidade social. Sim, porque da mesma forma que é necessário preservar os recursos ambientais de uma determinada região; é necessário que as pessoas que nela vivem o façam de forma completa e satisfatória. Desta forma, os habitantes locais serão muito mais facilmente permeáveis às idéias conservacionistas e se dedicarão com muito mais afinco a conservação e a evolução de comportamentos e tradições mais responsáveis em relação ao meio ambiente que as cerca. Pois onde há miséria; carências de toda espécie; pobreza extrema e a falta das mais básicas condições de vida; é impossível exigir-se, ou sequer sonhar, que as pessoas envolvidas nesse mar de carências se preocupem com a preservação do que quer que seja. Afinal de contas; ninguém pode se preocupar com o perigo de extinção do pássaro “negro de quatro olhos”; enquanto morre de fome a míngua e o pássaro dá um “caldo gostoso”. Por isso, todo o planejamento para tornar um determinado empreendimento sustentável deve, antes de qualquer coisa, levar em consideração a aplicação da sustentabilidade social. Perceber a importância desse fator e desse imperativo, é a diferença entre o sucesso e o fracasso de quaisquer políticas ambientais que se deseje implantar. E compreender o quão difícil é preocupar-se com o ambiente e com a conservação da natureza enquanto se morre de fome; caminha-se no esgoto e bebe-se da água mais poluída possível; é a chave para o sucesso desses projetos. Assim, a sustentabilidade social deve preceder qualquer outra prática.

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Cimento Translúcido: Novidade que veio para ficar? Criado pelo arquiteto italiano Giampaulo Imbrighi em parceria com a empresa Italcementi, cimento permite a passagem da luz do ambiente externo, gerando economia de energia e iluminação diferenciada. - Aplicações do cimento translúcido Atualmente, o único prédio construído com esse tipo de cimento foi o pavilhão italiano na Expo Xangai 2010 (saiba sobra a exposição no quadro abaixo). A construção usou o cimento em cerca de 40% de sua composição. A empresa responsável já anunciou a próxima edificação a empregar o material: o prédio da embaixada italiana em Bangcoc, na Tailândia, será concluída ainda este ano. Autor: Matheus Gonçalves. Fachadas da Expo Xangai 2010.

Novos materiais de construção surgem rotineiramente e um está chamando atenção, o cimento transparente, que parece ter chegado para ficar. Com 20% de transparência, o painel feito desse material pode ser usado no fechamento de paredes, em pisos, escadas, terraços ou até mesmo como elemento decorativo, favorecendo a economia de energia elétrica por facilitar a iluminação natural. O custo é maior que o dos painéis de concreto comuns, ma compensa economicamente em relação aos painéis de fibra ótica, que ainda gastam muita energia elétrica.

Expo Xangai 2010

- Características do material Batizado de i.light, o produto foi desenvolvido com tecnologia simples, mas com muito efeito. São centenas de pequenos buracos (com aproximadamente três milímetros), que permitem a entrada da luz, sem modificar a integridade da estrutura da obra. Além da iluminação, esses vazios permitem a passagem de ar para a ventilação.

- A Exposição Mundial de Xangai possui o maior local para realização de feiras do mundo, com 5,28 quilômetros quadrados. - Na exposição de 2010, o tema escolhido foi "Cidade melhor, vida melhor’’. - No ano da realização da exposição, a China recebeu cerca de 100 líderes estrangeiros e milhões de pessoas de todo o mundo para visitar a Expo, com cerca de 190 países e mais de 50 organizações internacionais.

Interior da Expo Xangai com aplicação do cimento translúcido.

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Revolução Solar: Negócio que vai esquentar Diariamente toneladas de energia chegam ao nosso planeta de forma gratuita. São os raios solares que além de trazerem a luz essencial para a vida na Terra, podem ser aproveitados para a geração de eletricidade através da energia fotovoltaica. A estimativa é que, em 2050, a participação desta fonte na matriz energética mundial chegue a 15%. Afinal, por que o Brasil, país com um alto índice de insolação na maior parte do seu território, ainda está tão atrás no uso desta alternativa energética limpa e abundante? Segundo o consultor Carlos Café, do Studio Equinócio, a energia solar não é cara. "Este é um mito para um país quesempre buscou a opção de investir em grandes usinas, deixando engavetado vários planos para estimular o uso desta solução". Para o deputado federal Alfredo Syrkis (PVRJ), é necessário um "empurrão" do setor público na forma de incentivos para viabilizar o crescimento da energia solar. Segundo ele, faz todo sentido incluir nas legislações a obrigatoriedade de adotar esta solução, por exemplo, nas construções. "Esta é uma forma de incentivo para a expansão da energia solar", considera o parlamentar. No Ceará, uma das iniciativas de incentivo foi a criação do FIES (Fundo de Incentivo à Energia Solar), que busca fazer a compensação tarifária entre a energia elétrica de fonte solar e a energia elétrica convencional. Segundo o governo, o principal objetivo do fundo é fomentar o desenvolvimento e a implantação de usinas de geração de energia solar no estado do Ceará.

Com a busca de fontes de energia alternativas, uma começa a se destacar em uso no Brasil, a energia fotovoltaica. Importantes aplicações ocorrerão no Ceará e em Pernambuco que estão prestes a abrigar as primeiras fábricas de painéis fotovoltaicos. Além disso, o governo prepara um programa chamado telhado solar, fazendo parte do programa Minha Casa, Minha Vida que estimula o uso de aquecimento solar. Outra boa notícia vem do campo da legislação, com uma série de municípios brasileiros adotando legislações que tornam obrigatório o uso da energia termosolar em habitações populares. Mais do que fatos, a lista de iniciativas emite um bom sinal de que a energia solar será utilizada.

A instalação de energia fotovoltáica em residências populares vem sendo incentivada no Brasil.

Autor: David Maciel

Bahia terá o primeiro estádio solar da América Latina

O estádio escolhido para a implantação dessa energia alternativa será o Estádio de Pituaçu, em Salvador. Lançado pela Companhia de Eletricidade da Bahia, a Coelba. O projeto vai gerar uma economia de 630 MWh/ano, equivalentes a cerca de R$ 200 mil por ano. O Sistema Solar Fotovoltaico terá capacidade de geração de 400 kWp, medida específica de geração de energia solar, e a energia do estádio será usada nas suas instalações, permutando com a energia fornecida pela Coelba. 18


Paisagismo Iluminação no paisagismo

Para a concepção de seu projeto você precisa, antes de tudo, conhecer os recursos de que o mercado dispõe em luminárias e lâmpadas. Os postes altos (a partir de 2,5 m) são indicados quando se necessita de bastante claridade, distribuída uniformemente, como por exemplo, em grandes áreas planas gramadas ou destinadas à circulação de veículos. São dotados de luminárias de vidro ou acrílico, nas variações opacos e transparentes. Já os postes mais baixos são perfeitos para iluminar bancos e demarcar trilhas. O mesmo efeito é conseguido com as luminárias de balizamento, de várias alturas e com vidro ótico funcionando como difusor da luz. Uma outra opção é o projetor, também chamado de spot. Este tipo é o mais usado nas iluminações de gênero dramático. As luminárias de parede, de vigia e arandelas, embora não sejam exclusivamente destinadas ao jardim, funcionam como suporte nas áreas externas, clareando a fachada e a entrada da casa, além de conferir um belo efeito visual.

Com a iluminação adequada, você realça caminhos, dá destaque a árvores, multiplica o colorido das flores e, sobretudo, oferece segurança ao jardim. Por que aproveitar seu jardim só de dia? Com um bom projeto paisagístico, ele pode tornarse um prolongamento da casa mesmo à noite. A iluminação artificial tem um importante papel nisso: com este recurso, o jardim se transforma, proporcionando um espetáculo à parte. Realça caminhos, plantas, esculturas e fontes. Mas também ilumina a área, permitindo que se caminhe com segurança ou simplesmente se admirem as estrelas.

Estes cenários, idealizados de acordo com o efeito desejado, podem evocar gêneros: o dramático, que fixa e ressalta somente alguns pontos, jogando com as formas e texturas dos objetos e plantas focalizados; ou o romântico, que cria espaços para integrar as pessoas ao ambiente, com bancos e caminhos iluminados. Tanto num como no outro, a idéia é usar a luz para criar um clima agradável e relaxante.

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Ecotelhados, uma solução sustentável Uma cidade de um milhão de habitantes poderia reduzir as emissões de carbono equivalente a 10 mil caminhões por ano se adotasse telhados verdes. De acordo com estudo da Universidade do Michigan sobre a quantidade de carbono absorvida, estas estruturas poderiam retirar da atmosfera 375 gramas por metro quadrado plantado.

Michigan e quatro em Maryland, que variavam de um a seis anos de idade, e um desenvolvido pelos próprios pesquisadores. Juntando a capacidade de absorção de toda a biomassa da estrutura, eles chegaram à conclusão de que uma cidade com um milhão de habitantes, como Campinas (SP), estaria absorvendo as emissões equivalentes a dez mil caminhões e caminhonetes por ano se adotasse os telhados verdes. As estruturas também são vantajosas porque facilitam a drenagem de águas da chuva, protegem o edifício de variações extremas de temperatura e, no verão, mantém o ambiente mais fresco. No entanto, começar um telhado verde não te deixa automaticamente zerado nas suas cotas de carbono. Instalá-lo exige o uso de materiais especiais que, em sua produção, liberam carbono – e para zerar este “custo” inicial o telhado verde leva cerca de sete anos.

Os pesquisadores mediram as quantidades em 13 telhados verdes diferentes: oito em

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PROJETO: Projetos, três conceitos modernos e inteligentes: Edifício- garagem, Centro Cultural sustentável e Restaurante fast-food ecológico!"


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