Boletim do Coati N 1

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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

ANO 8 / N 1

JUNDIAÍ - VÁRZEA PAULISTA - CAMPO LIMPO PAULISTA

ABRIL DE 2012

CINTURÃO VERDE

AMEAÇADO O que a Serra do Japi e do Mursa (Cristais) têm em comum? Além do fato de ambas estarem ameaçadas pela especulação imobiliária, elas também fazem parte do Cinturão Verde do Estado de São Paulo, um importante corredor ecológico para sobrevivência da vida de animais silvestres. Saiba mais sobre as atuais discussões em Jundiaí e Várzea Paulista que envolvem esses dois ecossistemas. PG 3, 4 e 5

Foto : Mauro Utiida

Na zona de transição da Serra dos Cristais para a Serra do Japi existem projetos mirabolantes que nos fazem perguntar, a interesse de quem ?

Munhoz conta com atrações para aventura

Visitas monitoradas na Serra do Japi passam a ser de responsabilidade de empresa particular PG 6 A cachoeira do Morungaba está interditada

Foto : Mauro Utida

Foto : Divulgação

COATI atua em Minas Gerais e oferece opções de lazer e muita aventura em Munhoz PG 7


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Opinião

www.coati.org.br BOLETIM DO COATI Que a passagem de Aziz Nacib Ab`Saber pela Terra não seja em vão e fique eternizada pela preservaçao da area tombada da Serra do Japi e outras matas mais

CENTRO DE ORIENTAÇÃO AMBIENTAL TERRA INTEGRADA O Centro de Orientação Ambiental Terra Integrada COATI é uma ONG (Organização Não Governamental) ambientalista, sem vínculos partidários e sem fins lucrativos. Seus principais objetivos são a defesa do meio ambiente e preservação das espécies, educação ambiental e valorização humana, promoção e incremento de estudos, pesquisas, propostas, programas e mobilização popular pacífica para fins específicos de melhoria das condições ambientais e da qualidade de vida. Fundado em agosto de 1992, o COATI atua em duas importantes áreas da Mata Atlântica do Estado de São Paulo: Serra do Japi, através do COATI-Jundiaí, e Estação Ecológica de Juréia-Itatins, através do COATI-Juréia. Além de também desenvolver trabalhos no Sul de Minas Gerais, com um o núcleo COATI-Minas. É administrado por um Conselho Deliberativo e Fiscal e por três diretorias executivas, compostos por profissionais voluntários das mais diversas áreas. É membro da Rede de ONGs da Mata Atlântica, integra o Colegiado Gestor da APA Jundiaí-Cabreúva. Está cadastrado no CONAMA (Conselho Nacional de Meio Ambiente), CONSEMA (Conselho Estadual de Meio Ambiente), CBH-PCJ (Comitê de Bacias Hidrográficas dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí) e no PROAONG (Programa de Apoio às ONGs da Secretaria Estadual de Meio Ambiente). CORPO ADMINISTRATIVO CONSELHO DELIBERATIVO E FISCAL - BIÊNIO 2011/2012: Presidente do Conselho: Ivana Rita Gramolelli Vice-Presidente do Conselho: Ari Osvaldo Galastri Conselheiro Titular e Secretário: Fabio Frederico Storari Conselheiro Suplente: Márcia Brandão Carneiro Leão DIRETORIA EXECUTIVA DO COATI-JUNDIAÍ: Diretor Geral: Antonio Cesar Teixeira de Toledo
Diretor Financeiro: Flávio Gramolelli Júnior
Diretor Administrativo: Ana Lúcia Bergamasco Galastri 
Diretor Técnico: Valtiele Alves dos Santos
Diretor Social: Fabio Patelli DIRETORIA EXECUTIVA DO COATI-JURÉIA: Diretor Geral: João Luiz Naldo
Diretor Administrativo e Financeiro: Débora Rodrigues Naldo
Diretor Técnico: Flávio Gramolelli Júnior DIRETORIA EXECUTIVA DO COATI-MINAS: Diretor Geral: Benedito Vaz dos Santos
Diretor Financeiro: Gessem Vaz dos Santos
Diretor Administrativo: Alessandro Mizobuti EXPEDIENTE BOLETIM DO COATI Ano 8 – Nº 1 – Abril de 2012 Tiragem: 10 mil exemplares Jornalista Responsável: Mauro Utida (MTB 54971-SP) Editoração e Arte: Thomas Romano Agência : Loro Comunicação Impressão: Gráfica Atlântica Telefone: (11) 4522-2497 / 8941-0650 Internet: www.coati.org.br

EDITORIAL

O Boletim do COATI voltou Lá se vão nove anos que a última edição do Boletim do COATI circulou na região de Jundiaí. Muita coisa mudou desde então: a região passou a ser formada na “teoria” por uma Aglomeração Urbana composta por oito municípios e Jundiaí se tornou uma das principais economias do Estado, mas a luta pela preservação de nosso maior patrimônio ecológico, a Serra do Japi, continua a mesma, talvez ainda mais preocupante. A reportagem principal desta edição mostra bem essa situação e informa também como foi alterado

o Plano Diretor de Várzea Paulista para supostamente favorecer a instalação de condomínios fechados e indústrias na área do Mursa, localizada na Serra dos Cristais. Mas a volta do Boletim do COATI também simboliza a nova fase da entidade, que em agosto completa 20 anos de atuação na defesa do meio ambiente, seu maior compromisso. Hoje possuímos um novo núcleo, o COATI-Minas, com sede em Munhoz, conforme mostra a reportagem da Ação, com atividades por aquela região montanhosa e de belas

cachoeiras. Esta fase inclui novos membros e novas ideias, que possibilitam a continuidade de um trabalho iniciado em 1992, quando debates sobre a preocupação ambiental no país ainda engatinhava. Neste retorno do nosso informativo, esperamos transformá-lo em um respeitável veículo de comunicação que possa divulgar com ética e responsabilidade os principais assuntos que envolvem o meio ambiente de nossa região, do país e do mundo.

COATI está com sede nova Desde o início do mês, a ONG COATI está instalada em um novo endereço. Mantendo a parceria com a Delegacia Regional de Jundiaí do Sindicato dos Engenheiros no Estado

de São Paulo (SEESP), a entidade passou a atender na rua Prudente de Moraes, 596, Centro. A primeira atividade programada para ocorrer na nova sede,

será o programa de estágio voluntário, mas em breve o novo escritório também concentrará o programa de ecoturismo, além de reuniões, palestras e seminários.


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Região

No dia 4 de abril passou a vigorar o acordo firmado entre a Apas (Associação Paulista de Supermercados) e o governo do Estado de São Paulo que põem fim a distribuição de sacolas plásticas nos mercados cadastrados.

Serra do Mursa perde 2 milhões de metros quadrados

Alteração do Plano Diretor de Várzea Paulista possibilita instalação de condomínios e indústrias em área de preservação Em Várzea Paulista, a preocupação é geral com a situação da Serra do Mursa. Em novembro passado, o prefeito Eduardo Tadeu Pereira (PT) sancionou uma lei complementar do Plano Diretor, de autoria do presidente da Câmara, Silas Zafani (PTB), que altera a Zona de Proteção Ambiental da região do Mursa para Zona de Estruturação Ampliada. A intenção do projeto, aprovado por unanimidade pelos vereadores, é de permitir a instalação de empreendimentos e indústrias nesta área

Impacto em todo estado

considerada de amortecimento do Cinturão Verde do Estado de São Paulo. A alteração sequer teve um debate com a sociedade. Apenas uma audiência foi convocada para discutir o projeto, publicado no Diário Oficial quatro dias depois que a alteração já havia sido aprovada. “Não houve divulgação suficiente. Esta lei é irregular”, acusa Fernando Aldrovani, presidente da entidade EcoMursa. O presidente da Câmara, Silas Zafani, foi procurado pelo Boletim do COATI, mas não quis se pronunciar.

Com a alteração, uma área de mais de 2 milhões de metros quadrados foi alterada para permitir a implantação de loteamentos fechados e condomínios horizontais. “Criamos mecanismos para evitar um adensamento baixo naquela região”, defendeu o prefeito Eduardo Pereira. O movimento popular “Salve a Serra do Mursa” já garantiu que vai continuar exigindo uma nova revisão na lei. Um dos integrantes, Diego Bueno, denunciou o caso ao Ministério Público e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente. O deputado estadual Pedro Bigardi (PCdoB), responsável pela elaboração do Plano Diretor de Várzea Paulista, criticou a alteração. Ele explica que a iniciativa trará prejuízos não só para Várzea Paulista, mas em todo o Estado. “O Mursa faz parte da Serra dos Cristais, uma região estratégica para o Cinturão Verde do Estado de São Paulo como um ponto de ligação entre a Serra do Japi e a Cantareira. A ocupação dessa área prejudica este corredor chamado “Avefauna”, importante para a circulação de animais silvestres”, alerta.

“Já há diretrizes para iniciar a construção de novos loteamentos no Mursa”, Eduardo Tadeu Pereira - prefeito de Varzea Paulista

Foto : Mauro Utida

Atual paisagem pode dar lugar a condomínios e indústrias


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Especial

Nos últimos três anos foram encontradas oito onças pardas na região de Jundiaí. A fuga dos animais para as áreas urbanas é um grande indicador de interferência humana na Serra do Japi.

Em jogo, a Serra do Japi Legislação do maior patrimônio ecológico da região está em processo de revisão. Ambientalistas exigem mecanismo para intensificar a proteção desta área e evitar que a especulação imobiliária trasforme-a numa grande selva de pedra

“Plano Diretor da Serra do Japi”. Já no dia seguinte à denúncia do Estadão, a Prefeitura de Jundiaí anunciou um projeto que congela por um período de cinco anos a construção de obras, hotéis e condomínios na Serra. A iniciativa, contudo, sofreu severas críticas de especialistas durante audiência pública realizada na Câmara Municipal. A maior delas foi de que a medida era paliativa e com preocupação apenas de “abaixar a poeira” por conta da denúncia feita pelo jornal num ano de eleições municipais. Coincidências à parte, o fato é que após a consulta, os vereadores sequer sabem informar quando o projeto será votado.

A área de amortecimento da Serra do Japi sofre com a especulação imobiliária e ambientalistas querem aumento de 60% para 80% de preservação

E agora ?

A denúncia do Estadão se transformou em um requerimento de informações protocolado pelo deputado estadual Pedro Bigardi (PCdoB) na Prefeitura de Jundiaí. “Pedimos esclarecimentos há mais de dois meses e até agora não recebemos respostas”, revela. O deputado classificou como “oportunista, paliativa e eleitoreiro” o projeto de lei do “congelamento”.

Ambientalistas exigem a revisão imediata da lei da Serra O temor de que a revisão da lei municipal 417/2004 não termine antes das eleições de outubro é real entre ambientalistas. Na opinião de Fábio Storari, ex-presidente do Condema (Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente) e conselheiro do COATI, a atual lei 417 não é suficiente para segurar a pressão imobiliária. “Queremos evitar que empreendimentos

imobiliários ocorram na área de proteção, pois já sabemos que há interesse para isso”. Para a Frente de Defesa da APA, uma das soluções para o entorno da Serra do Japi é aumentar o módulo de preservação de 60% para 80%. A ONG COATI, inclusive, apoia esta proposta. Patrícia Regina Polli, conselheira da APA e integrante do COATI e da Frente de Defesa,

explica que não adianta preservar somente a Reserva Biológica se o restante sofrer impactos. “A preservação da zona de conservação é fundamental para a manutenção da fauna e flora existentes”. Já o secretário municipal de Planejamento e Meio Ambiente, Jaderson Spina, diz que a Prefeitura trabalha para que a revisão da lei seja encaminhada até junho à Câmara

Municipal. “Em maio vamos realizar um seminário com especialistas da Fundação Florestal, uma nova audiência pública e depois encaminhar o projeto aos vereadores”. FRUSTRAÇÃO - Quem acompanha a revisão desde o início desconfia das promessas do Poder Executivo. “A audiência pública estava marcada para janeiro deste ano,

mas foi cancelada assim como a suspensão da revisão. Não realizaram seminário com a participação popular.”, diz Yolanda Fernández Páez, da Frente de Defesa da APA.

Foto : Divulgação

Jundiaí vive uma turbulência ambiental que parece não ter fim. E não é para menos: a legislação do maior patrimônio ecológico da cidade, a Serra do Japi, passa por uma nova revisão em meio a denúncias de que a Prefeitura pretendia liberar “empreendimentos sustentáveis” em 7,26 milhões de m², na zona de conservação da Serra. A área em questão é equivalente a aproximadamente 760 campos de futebol e de propriedade dos responsáveis pela Fundação Antonio Antonieta Cintra Godinho. Publicada dia 5 de fevereiro no jornal “O Estado de São Paulo”, a informação da construção de hotéis na área de preservação causou uma revira volta no processo de revisão da lei municipal 417/2004, o chamado


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Bigardi defende preservação total Deputado estadual apresenta alternativa para proteção máxima do Japi

Lei do Tombamento prevê criação do Parque Estadual

Criado pelo deputado estadual Pedro Bigardi (PCdoB), o projeto de lei que cria o Parque Estadual Serra do Japi é uma das alternativas de preservação que mais agrada os especialistas. O objetivo é transformar toda a área tombada em local de preservação máxima, voltada exclusivamente para educação ambiental e pesquisas científicas. A proposta já passou por todas as comissões permanentes da Assembleia Legislativa e está pronta para ser encaminhada ao Plenário, para votação. Conta, inclusive, com recursos da Secretaria de Estado do Meio Ambiente para criação e manutenção de toda

A criação da figura do Parque Estadual está prevista na Lei do Tombamento, aprovada dia 8 de março de 1983, após intenso trabalho de pesquisa do geógrafo Aziz Nacib Ab’Saber (falecido recentemente). Entre as 19 diretrizes que o artigo 3º determina para a “conciliação entre os esforços integrados para a preservação da Serra do Japi”, a 13ª é bem explícita: “Fica prevista a possibilidade de implantação de parques estaduais e municipais, de área restrita, em glebas localizadas em terras devolutas ou desapropriadas”. Para o diretor financeiro da ONG COATI,

1969

Plano Diretor: Alta densidade de preservação na área da mata com mais de 900 metros de altitude

a área. “São mais de R$16 milhões somente para esta finalidade que foram conseguidos por meio de nosso mandato”, lembra Bigardi. De acordo com o deputado, a gestão da área do parque passará a ser de responsabilidade da Fundação Florestal e também dos municípios que abrigam a reserva (Jundiaí, Cajamar, Cabreúva e Pirapora do Bom Jesus). “Haverá um Conselho Gestor, formado por representantes do Governo do Estado, das cidades e de entidades e organizações não governamentais que tenham como finalidade a defesa e a 1983

Tombamento pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, e Turístico (Condephaat)

preservação do meio ambiente”, comenta. Engenheiro civil e professor de Planejamento Ambiental, Bigardi conta que trabalha a questão da preservação na Serra do Japi desde 1979, quando ingressou na Prefeitura de Jundiaí. Já o projeto foi

foram realizadas para debater o tema nos municípios que abrigam a Serra. “Vamos encaminhar a proposta ao plenário após o período eleitoral, para evitar que o debate sobre a preservação da Serra se torne partidário”, diz.

apresentado em 2009, quando assumiu pela primeira vez a função de deputado estadual. Desde então, cinco audiências públicas já

“São mais de R$16 milhões somente para esta finalidade “ ,Pedro Bigardi - Deputado

Histórico de Proteção da Serra do Japi

1991

1992

Instituição da Reserva Declarada Reserva da Biológica em Jundiaí Biosfera da Mata Atlântica do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo pela UNESCO

1998

Criação da Área de Preservação Ambiental (APA) em Jundiaí, Cabreúva e Cajamar

2004

Flávio Gramolelli Júnior, o Parque Estadual Serra do Japi garante leis mais rígidas de proteção ambiental e evita que a área seja transformada em “um grande loteamento”. “O COATI já havia encaminhado um projeto parecido para o então deputado federal Durval Orlato, sugerindo a criação de um parque nacional na Serra. Somos totalmente a favor do projeto”. Recentemente, a professora Rozely Ferreira dos Santos, da Unicamp, defendeu a iniciativa do deputado Bigardi. “Sou a favor do Parque porque entendo que esta situação pode trazer mais fundos”, afirmou.

Território de Gestão (Lei 417)

2011

Consórcio Intermunicipal da Serra do Japi entre Jundiaí, Cabreúva e Cajamar

O ‘Plano Diretor da Serra’

Foto : Dago Nogueira

- A lei 417 foi promulgada em 17 de dezembro de 2004, pelo prefeito Miguel Haddad (PSDB); - Por ser municipal, abrange apenas 48% da área total da Serra do Japi. O restante está em Cabreúva, Cajamar e Pirapora do Bom Jesus; - Quando criada, acrescentou ao território da Serra uma parte do entorno do perímetro tombado (zonas de amortecimento da Ermida, Malota e Terra Nova); - Parte da área serrana e dos corredores ecológicos, no entanto, segue as regras urbanas; - O território é formado pela Reserva Biológica (14,5%), destinada apenas para pesquisas científicas e estudos ambientais; zona de preservação/restauração (63,1%), onde está a área tombada; e zonas de conservação/amortecimento (22,4%) A paisagem exuberante da Serra do Japi encanta quem a conhece


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Cidade

De 13 a 22 de junho será realizado no Rio de Janeiro a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.

Prefeitura privatiza visitação a Serra do Japi

No lugar dos monitores que trabalharam por 11 anos na Reserva, entrará empresa particular contratada por licitação ex-monitora Yolanda Fernández Páez. O programa de visitação a trilhas e cachoeiras da Reserva Biológica da Serra do Japi foi criado através de decreto em 2001. Na ocasião, os monitores foram selecionados através de provas e com exigências profissionais na área de meio ambiente. No total foram selecionados 40 profissionais, que foram credenciados após um curso de formação de dois dias. “Como podem tratar deste modo um grupo de monitores, que por onze anos estudou e pesquisou a Serra do Japi, tornando-se especialistas naquele ecossistema”, pergunta

o ex-monitor Osmar. Segundo levantamento estatístico da secretaria municipal de Planejamento e Meio Ambiente, de 2002 a 2009, o programa recebeu 24.752 visitantes, numa média de cerca de três mil/ano. NOVO PROJETO / A empresa que vencer a licitação será responsável pelas visitas monitoradas por 11 trilhas da Serra, além de se responsabilizar pela manutenção e conservação das mesmas. O programa de visitação também inclui a cachoeira do Morungaba, que será reformada para poder atender um número limitado de visitantes.

DESCULPAS/ O secretário de Planejamento e Meio Ambiente, Jaderson Spina, se desculpou em público pela maneira como a prefeitura exclui os monitores do projeto. Como forma de amenizar a situação, prometeu que os ex-monitores seriam os primeiros a conhecer o edital de licitação para contratação das empresas e que teriam prioridade nas novas contratações. Spina diz que um dos motivos do projeto ter sido paralisado, foi o incidente que ocorreu com uma visitante, que passou mal na Serra e não havia estrutura para socorrê-la. “Da maneira como estava não dava para continuar, precisamos garantir mais segurança para quem for visitar a Serra”, declara o secretário Spina. A cachoeira do Morungaba é um dos pontos que será privatizado

Foto : Mauro Utida

Após 11 anos de trabalho voluntário acompanhando visitantes pela Serra do Japi, a Prefeitura de Jundiaí excluiu os monitores de suas funções e pretende privatizar esse serviço com a contratação de empresa especializada. A medida do Executi vo tem o objetivo de conter a insatisfação da população impedida de entrar em pontos turísticos há mais de um ano. “Eu me sinto frustrada, enganada e usada. O jurídico, ou foi muito incompetente quando montou o programa de visitação ou a prefeitura nos usou como tapa-buraco nos últimos anos”, desabafa a


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Ação

De 18 a 21 de abril ocorre o Adventure Sports Fair 2012, maior evento de turismo e esporte de aventura da América Latina. O evento será realizado na Bienal do Ibirapuera, em São Paulo.

COATI oferece turismo de aventura em Munhoz

Entidade vira referência no ecoturismo e coloca a cidade mineira de Munhoz como atração para esportes de aventura Ecoturismo e Turismo de Aventura). No momento, o principal roteiro disponível aos aventureiros de plantão é a cidade mineira de Munhoz, localizada a 130 km de Jundiaí. Suas belas cachoeiras e os grandes paredões de pedra, além de seus vales e montanhas, colocam-na como destino certo para a prática de rafting, bóia cross, cascade, rapel, escalada e tirolesa. Há três anos, a entidade possui um núcleo em Munhoz e desenvolve as atividades de aventura em parceria com a empresa “Acqua

Serras”, responsável por mapear e iniciar a operação de rafting pelo rio Corrente, principal afluente da cidade. “A parceria entre COATI e Acqua Serras visa desenvolver o turismo de aventura e sustentável no município”, informa Fábio Patelli, diretor de Ecoturismo e um dos monitores da Una EcoAdventure. O núcleo do COATI em Munhoz está instalado provisoriamente na pizzaria da familia do diretor Bendito de Vaz dos Santos “Dito”. O local é o ponto certo para fechar o dia.

O rafting é uma das principais atrações do roteiro turístico de Munhoz

Cachoeira dos Luiz é símbolo do COATI-Minas

Foto : Divulgação

SERVIÇOS Interessados pelo roteiro de Munhoz podem entrar em contato com Fábio Patelli, Telefone (11) 9537-0770 ou pelo email : coati@coati.org.br Os pacotes são oferecidos para um grupo mínimo de 12 pessoas e inclui transporte, hospedagem e alimentação, além das atrações.

Foto : Mauro Utida

Além da ONG COATI ter um reconhecimento nacional com os trabalhos de preservação e conscientização ambiental, a entidade também caminha para se tornar referência no turismo ecológico e de aventura, com atrações que proporcionam contato direto com a natureza e muita emoção. O trabalho de turismo de aventura é realizado por meio de uma parceria com a Una EcoAdventure, que conta com profissionais afiliados a Abeta (Associação Brasileira das Empresas de

ATRAÇÕES / Em Munhoz, o rafting é a opção mais procurada pelos turistas. Mas as atrações não param por aí. Na cachoeira do Luiz é possível fazer arborismo, cascade (rapel na cachoeira), além de tirolesa, onde a velocidade pode atingir até 80 km/h. Quem quiser mais emoção, pode passar na cidade vizinha de Pedra Bela, onde há a maior tirolesa da América Latina, com 1.900 metros de comprimento. O local também é perfeito para a prática de escalada e rapel.


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Sustentabilidade

A espécie brasileira do Coati é chamado de Nasua nasua e é encontrado em diversas regiões do Brasil

COATI oferece estágio a estudantes

Além de estudantes, o programa atrai, profissionais da área interessados em orientações sobre assuntos ambientais específicos ou até mesmo com propósito voluntariado. Esse programa faz parte da política institucional da entidade, que desde sua fundação, em 1992, procura aliar suas atividades junto a escolas, universidades e centros de pesquisa, seja por convênios, parcerias ou colaboração com alunos em busca de informações.

“Algumas instituições da região já mantém esse convênio com o COATI”, explica o coordenador do programa e Diretor Geral da ONG, César Toledo. ATIVIDADES / Durante o período de estágio o aluno recebe toda orientação dos profissionais do COATI. A partir deste ano o programa de estágio também será divulgado em nosso site

(www.coati.org.br), com informações sobre períodos de inscrição, linhas de pesquisa e demais informações.

Foto : Divulgação

O programa de estágio voluntário do COATI e uma ótima oportunidade para formação de estudantes de engenharia ambiental e química, publicidade e propaganda, direito, tecnólogos em gestão ambiental e processos químicos e técnicos em meio ambiente e química. Além de estudantes, o programa atrai, profissionais da área interessados em orientações

César Toledo, coordenador

Dicas da Mundo Verde

- O damasco é uma ótima fonte de vitamina A e também de vitamina C, sendo assim, um poderoso antioxidante. 
- Consuma ao dia pelo menos 5 porções de frutas como laranja, limão, morango, goiaba. - Beba bastante água, pelo menos 2 litros por dia, desta forma as toxinas produzidas são melhores eliminadas.

 - Evite alimentos muito industrializados, refinados e embutidos, que oferecem poucos nutrientes e grandes quantidades de conservantes, corantes e aromatizantes artificiais. 
- São cuidados simples que proporcionam não só o rejuvenescimento mas saúde e bem estar! Adote uma postura alegre e otimista diante da vida.


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