Informativo do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Gráficas, Jornais e Revistas de Jundiaí e Região - Dezembro de 2014
CAMPANHA SALARIAL UNIFICADA
A LUTA CONTINUA EM 2015 Resultado da Campanha Salarial acompanhou a média do fechamento das grandes categorias, mesmo em momento desfavorável da indústria gráfica. PG 2 e 3
Informamos a todos os associados que entraremos em recesso do dia 24/12 e retornaremos normalmente às atividades no dia 05/01. A diretoria
Sindicato e CEREST apuram acidente na Cunha e Facchini
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Gráficos fecham acordo salarial de 7,5%
Campanha Salarial Unificada dos Gráficos do Estado de São Paulo durou três meses e resultou em avanço no reajuste do salário e cláusulas sociais Após três meses, com um trabalho na base que somou 40 assembleias, quatro rodadas de negociações e três paralisações na base do STIG Jundiaí, os gráficos do Estado de São Paulo, representados pela FTIGESP (Federação dos Gráficos) conquistaram acordo salarial de 7,5%. A proposta do SINDIGRAF (Sindicato Patronal) foi aceita no último dia 21 de novembro pelos 19 sindicatos filiados a Federação, colocando fim a Campanha Salarial 2014. O STIG Jundiaí foi fundamental para esta Campanha Salarial por ter coor-
denado os trabalhos de base em todo o Estado de São Paulo e também nas mesas de negociações, além de paralisar três empresas na região de Jundiaí. O presidente do STIG Jundiaí, Leandro Rodrigues da Silva, destaca a unidade mostrada por todos os companheiros envolvidos na campanha. “Além do envolvimento dos sindicatos ligados a Federação, os trabalhadores gráficos do Estado de São Paulo estão de parabéns por apoiarem a nossa luta por melhores condições de trabalho e emprego. A luta continua em 2015!!!”,
declara Leandro. O acordo salarial conquistado em 2014 não foi fácil, representantes do Sindicato Patronal alegaram que a indústria gráfica vive um momento desfavorável, com queda na produção e mudanças estruturais, que ocasionam corte nos empregos. Porém, o comando estadual dos gráficos conseguiu apresentar argumentos com embasamento e conseguiu fechar um acordo que acompanhou o reajuste de grandes categorias, como os químicos e metalúrgicos.
Mesa de negociação
Inovapack - Itaquaquecetuba, 06/09
Primos Etiquetas – Louveira, 14/10
ServCamp – Valinhos, 26/09
Emepe – Vinhedo, 26/09
Valid – Sorocaba, 30/09
Jauense – Jaú, 2/10
Jandaia – Caieiras, 7/10
Litoband – Jundiaí, 7/10
Editora Santuário – Aparecida, 9/10
CCL Label – Vinhedo, 10/10
Guteplan – Valinhos, 10/10
Nova Página – Cajamar, 13/10
Silvamarts – Campinas, 14/10
Acrescente – Itupeva, 16/10
Safran Morfho – Taubaté, 16/10
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Oceano – Cajamar, 17/10
Redoma – Cajamar, 17/10
BMK - São Paulo, 18/10
Editora Lis – Guarulhos, 20/10
Cunha Facchini – Itupeva, 21/10
Gráfica Adonis – Americana, 22/10
Imprensa da Fé – São Paulo, 23/10
Gráfica Sol – São Paulo, 24/10
Cobra Metais – Itu, 31/10
D’Arthy – Cajamar, 29/10
Flor de Maio – São Paulo, 6/11
FTD – Guarulhos, 11/11
Gráfica Ideal – Campinas, 04/11
Log & Print - Vinhedo, 24/09
Meccaplast – Taubaté, 05/11
Mundial Paper – Jaú, 03/10
CLÁUSULAS SOCIAIS • Na cláusula 22ª da Convenção Coletiva do Trabalho, refe- • Também conquistamos mais um item (um pacote de leite rente a creche e berçário, foi aumentado o benefício de 24 em pó) na cesta-básica do trabalhador. meses para 36 meses. Para conferir na íntegra a Circular da • Na 44ª cláusula da CCT, referente ao aborto devidamente Convenção dos Gráficos acesse o site: comprovado, houve o aumento da garantia de emprego da www.sindigraficos.org gestante de 45 dias para 60 dias.
4 BOCA NO TROMBONE ROTPEL GRÁFICA E EDITORA Mesmo com denúncias no Ministério do Trabalho, esta empresa localizada em Jundiaí, continua desrespeitando a Convenção Coletiva do Trabalhador. Continuamos a receber denúncias de que a empresa não recolhe corretamente o Fundo de Garantia e não paga a PLR, aliás, NUNCA PAGOU!!! O Sindicato cobrará mais uma vez o Ministério do Trabalho para que faça a fiscalização e é importante que os trabalhadores participem mais junto ao Sindicato para por um ponto final nessa história. METROPRINT E METROLABEL O Sindicato recebeu a proposta para renovação do acordo de jornada de trabalho e submeteu, no dia 3 de dezembro, a votação em escrutino secreto com todos os trabalhadores desta empresa situada em Cajamar. Parabéns aos trabalhadores, a unidade trás manutenção e avanços de qualidade de vida. D’ARTHY Está vencendo o prazo da D’ARTHY para resolver o problema do fornecimento da refeição ao trabalhador. Há muitos anos, o
Sindicato vem negociando esse pleito, porém até o momento esta empresa de Cajamar não atendeu a esta reivindicação. No último dia 04/11, a D’ARTHY se comprometeu, após ser notificada de greve, a apresentar uma proposta no prazo de 30 dias. Caso o acordo não seja cumprido, os trabalhadores poderão entrar em greve por tempo indeterminado. REDOMA Esta indústria gráfica situada no Bairro do Polvilho em Cajamar, vem praticando irregularidades com uma empresa terceirizada que esta atuando dentro do parque fabril. O Sindicato já tomou conhecimento da situação e orientou os trabalhadores que desenvolvem atividades nesta empresa terceirizadas, para que busquem seus direitos, inclusive contra a Empresa Redoma que é solidária, através da JUSTIÇA. Além disso, o Sindicato denunciará esta modalidade de contrato de trabalho para o Ministério do Trabalho realizar a devida fiscalização. CAJAGRAF Esta empresa de Cajamar tem cometido diversas irregularidades. As denúncias são graves, como
dispensar os trabalhadores sem o pagamento do Fundo de Garantia e sem fazer a homologação, além de atrasar o pagamento da PLR, cesta-básica e férias. Os trabalhadores entraram com rescisões indiretas por todos estes desmandos e o Sindicato tomará as devidas providências junto aos órgãos competentes. ACRESCENTE Após movimento paredista e assembleia, o Sindicato junto com os trabalhadores irão entrar com uma ação na justiça para requer a regularização do FGTS, que não está sendo recolhido por esta empresa de Itupeva. Pior que a falta do recolhimento do FGTS também prejudicou a homologação dos trabalhadores demitidos em agosto, setembro e outubro, estes casos também serão incluídos em ação conforme decisão dos prejudicados. EMEPE No próximo dia 8 de dezembro há uma reunião agendada junto com a EMEPE na sede do Sindicato para a renovação do acordo coletivo de trabalho, que venceu em novembro. Os trabalhadores não aceitarão reduzir em nada
dos avanços obtidos nos últimos anos, como o Dia do Gráfico e o trabalho aos sábados alternados. LOG & PRINT O Sindicato vem pautando a LOG E PRINT para oferecer o abono salarial, que garanta uma gratificação pela produtividade e dedicação dos trabalhadores durante o ano. Também estamos pressionando esta empresa de Vinhedo para resolver imediatamente o problema de calor dentro do parque gráfico e temos cobrado o cumprimento do acordo coletivo com relação às folgas ao domingo. RHOSS PRINT No dia 10 de dezembro o Sindicato submeterá para votação junto aos trabalhadores da RHOSS PRINT a proposta da jornada de trabalho apresentada por esta empresa de Indaiatuba. Este é o único item que falta ser resolvido, após uma mesa redonda onde houve avanços significativos, como a regularização do pagamento da cesta-básica, que poderá ser feita pelo cartão, além da realização da eleição para a renovação da CIPA e as questões ligadas à saúde e segurança do trabalhador.
CUNHA E FACCHINI
Sindicato cobra providências com vítima fatal Um fato lamentável entristeceu a categoria gráfica na região de Jundiaí neste mês de novembro. Um trabalhador gráfico de 36 anos, pai de família, morreu vítima de um acidente fatal envolvendo uma máquina na empresa Cunha e Facchini, localizada em Itupeva. As causas do acidente estão sendo investigadas. O STIG Jundiaí mobilizou o CEREST (Centro de Referência em Saúde do
Trabalhador) de Jundiaí e Indaiatuba (responsável por Itupeva), além da Vigilância Sanitária de Itupeva e o Ministério do Trabalho, e conseguiu interditar a máquina até que sejam esclarecidas as causas, com a finalidade de evitar novos acidentes. De acordo com o gerente regional do CEREST Jundiaí, Jesus dos Santos, o caso do gráfico na Cunha e Facchini não é isolado, ele explica que há mui-
tas empresas no geral, com máquinas que oferecem risco real de morte aos trabalhadores, como prensas e máquinas sem aterramento elétrico. “Quando nos deparamos com casos assim, a orientação é interditar o equipamento e paralisar a empresa, podendo até ocasionar multas. O equipamento só é liberado após todas as medidas de segurança serem tomadas”, informa Jesus.
O Sindicato se solidariza com a família da vítima e cobrará efetivamente mudanças com relação as questões ligados a saúde e segurança do trabalhador na Cunha e Facchini.