Ano XXVII - Junho de 2015 - Nº 525
CONSTRUINDO O RAMO FINANCEIRO
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Bancários estão mobilizados para a derrota do PL da Terceirização e se defender do maior ataque aos direitos trabalhistas na história do Brasil
Campanha Salarial 2015 já começou P3 Denúncias de assédio moral intensificam no Santander P6 Assédio moral no Itaú está institucionalizado P6 Campanha de sindicalização 2015
vai sortear um carro 0 km P2
Denúncia de assédio moral no BB do Maxi Shopping completa um ano P5
EDITORIAL A Campanha Nacional dos Bancários 2015 já está em andamento e iniciamos os preparativos para que possamos realizar uma das campanhas mais difíceis dos últimos anos. Uma das maiores preocupações é com relação à conjuntura econômica e política do país. Diversas categorias vêm enfrentando problemas, onde o setor patronal muitas vezes tem oferecido apenas a inflação. De certo, é que os bancos têm realidade inversa do setor produtivo, uma vez que as altas taxas de juros vêm sustentando o aumento na lucratividade dos bancos – é só observar o primeiro trimestre deste ano, onde os cinco maiores bancos do país lucraram cerca de R$20 bilhões. Portanto, é plenamente justificável a nossa luta por aumento real de salários e melhores condições de trabalho e contratações. A conjuntura política também nos desafia, uma vez que temos a discussão da PLC 30 (antiga 4330), as questões da aposentadoria (85/95), além de outros temas bizarros tais como o fim da maioridade penal. Importante salientar, que o Congresso Nacional possui em sua maioria deputados e senadores ligados aos empresários, latifundiários, banqueiros e grandes meios de comunicação, fazendo com que diversas propostas ligadas a esses setores sejam aprovadas em prejuízo dos trabalhadores. De certa forma, a presidenta Dilma têm ficado de mãos atadas perante o conservadorismo do Congresso Nacional. Portanto, teremos uma missão difícil este ano. Mas, temos plena confiança na luta e garra da categoria bancária que têm acumulado diversas conquistas ano a ano. Desta forma, o Sindicato é um protagonista neste período conturbado, onde enfrentaremos não só a intransigência dos banqueiros, mas também toda a pressão da sociedade que vêm sendo influenciada pelo ódio imposto pela covarde mídia burguesa. Lembrar que neste ano ainda teremos eleições em nossa entidade, o que aumenta ainda mais o nosso desafio em realizarmos uma Campanha satisfatória que amplie ainda mais a confiabilidade concedida pela nossa categoria.
Douglas Yamagata Presidente do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região
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MAIS FORÇA
Começa a campanha de Sindicalização da FETEC- CUT/SP A Campanha de Sindicalização da FETEC - Federação dos Bancários da CUT/SP - já começou. Os bancários associados participam do sorteio de um carro zero no mês de novembro. Em 2013 (última campanha), o vencedor foi o bancário Adriano Ferreira Rodrigues, funcionário do Itaú de Campo Limpo Paulista, que concorreu com bancários sindicalizados de todo o Estado de São Paulo, filiados aos 15 sindicatos da FETEC.
Sindicalize e concorra a um carro zero km! Faça sua sindicalização hoje mesmo e concorra a um carro zero Km, que será sorteado em novembro entre todos associados, novos e antigos, dos sindicatos da base da Fetec em todo o estado de São Paulo. Válido para fichas entregues até 1º de setembro. Peça a sua ficha ao diretor que visita a tua agencia ou pelo telefone: (11) 4806-6650.
Adriano com diretores do Sindicato dos Bancários
Só com união vamos fortalecer nossa luta e conquistar nossos direitos.
Associe-se ao Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região!
VAMOS À LUTA
Nossa Campanha Salarial 2015 já começou! Alta da inflação e ameaça de terceirização total exige nossa força e união na campanha Esse é um ano histórico para toda a classe trabalhadora do Brasil. Com a terceirização total batendo à nossa porta, é vital que nossa categoria se una com todas as forças para exigir não somente o reajuste salarial a que temos direito, mas também pela manutenção de tudo que por décadas lutamos tanto para conquistar. A terceirização, da forma como está sendo apresentada, não vem somente para ceifar nossos direitos, mas acabar de vez com nossos empregos. Além disso, estamos enfrentando uma inflação que caminha para os dois dí-
gitos. A previsão dos economistas das instituições financeiras para inflação de 2015 subiu de 8,46% para 8,79%. Se confirmada a estimativa do mercado financeiro para o IPCA, a inflação de 2015 atingirá o maior patamar desde 2003, quando ficou em 9,3%. Esse é o momento de nos unirmos e mostrar que a força da nossa categoria tem o poder de modificar qualquer decisão que venha de cima. Vamos para o enfrentamento por melhores salários, mais empregos, por menos horas extras, pelo respeito ao nosso trabalho, contra
os abusos e o assédio moral cometidos em todos os bancos, contra a pressão tirânica que a categoria sofre para bater as insanas metas e contra esse pesadelo chamado terceirização.
Não perca nosso ‘Encontrão 2015’ No próximo dia 8 de agosto acontece o tradicional Encontrão dos Bancários, com a união de todos nós é que vamos caminhar para as conquistas’’, afirma ocasião em que toda nossa categoria tem a oportunidade de discutir as pautas o presidente do Sindicato, Douglas Yamagata. de reivindicações da Campanha Salarial de 2015, com base na consulta feita Participe do ENCONTRÃO e ajude a construir nossa CAMPANHA SALARIAL. na base. Para a diretoria do Sindicato, o Encontrão é de suma importância porque estimula o debate entre todos os bancários e fortalece a luta da categoria por Dia: 8 de agosto (sábado) melhores salários e benefícios. “É essencial que os trabalhadores se unam ao Horário: 10horas Sindicato para lutar por seus direitos e por melhores condições de trabalho. Só Local: AABB (Associação Atlética Banco do Brasil de Jundiaí)
Financiários aprovam Minuta de Reivindicações em assembleia Em assembleia geral realizada no dia 15 de junho, no Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região, os financiários de Jundiaí aprovaram a minuta de reivindicações, entregue à FENACREFI no dia 18 de junho. Entre as principais reivindicações da categoria estão: •Reajuste salarial de 14,2% •Piso do Escritório de R$ 3.251,61 •Participação nos lucros de 3 salários (+ valor fixo de R$ 6.303,72) •Jornada de Trabalho de 5 horas diárias e 25 horas semanais, com garantia de intervalo diário de 15 minutos para refeição ou descanso, incluídos na jornada •Auxílio Refeição (+ o 13º referente a esse auxílio) no valor de 01 salário mínimo (R$ 788,00) •Auxílio Cesta Alimentação (+ 13º desse auxílio) no valor de 01 salário mínimo •Auxílio Creche / Auxílio Babá (+ 13º desse auxílio) no valor de 01 salário mínimo
•14º Salário •Auxílio Educacional •Abono Assiduidade (5 dias de folga) •Vale Cultura para toda a categoria •Unificação da data base com o bancários •Coibir a terceirização e avançar na incorporação dos promotores à categoria também é eixo desta campanha, assim como a defesa da saúde, com o fim das metas abusivas, do assédio moral e da violência organizacional.
Confira a minuta na íntegra em www.bancariosjundiai.com.br/documentos 3
NÃO A TERCEIRIZAÇÃO TOTAL
O maior ataque aos direitos trabalhistas na história do Brasil No dia 29 de maio, os bancários de todo o país deram seu recado contra o projeto de lei que permite a terceirização total. Em abril a Câmara dos Deputados aprovou a regulamentação do PL 4330 (agora é PLC 30) que está passando pelas comissões do Senado. Em Jundiaí, nosso Sindicato fez um movimento que impressionou toda a cidade. Paramos o centro de Jundiaí com a mobilização de bancários de 19 agências, que lotaram o Calçadão central para entender mais
sobre esse projeto que veio para rasgar os 70 anos de história da CLT e colocar nossos empregos em risco. O projeto é um dos maiores ataques aos direitos trabalhistas na história do Brasil. Com a desculpa de modernização, as empresas querem ‘lavar as mãos’ e se livrar de seus funcionários, jogando toda a responsabilidade para empresas contratadas terceirizarem a mão de obra e, obviamente, ignorando os direitos trabalhistas que lutamos tanto para conquistar.
AJUDE-NOS A LUTAR CONTRA A TERCEIRIZAÇÃO TOTAL! O PLC 30 agora está tramitando no Senado. Escreva para os senadores eleitos por São Paulo e exija que votem contra a terceirização! Aloysio Nunes Ferreira Filho - aloysionunes.ferreira@senador.leg.br | José Serra - jose.serra@senador.leg.br | Marta Suplicy - marta.suplicy@senadora.leg.br
Bancários em risco de perder direitos e empregos No caso dos bancários, a situação é alarmante. O setor financeiro é o que menos contribui para a geração de empregos formais no país, e apresenta alta rotatividade, com um problema ainda mais grave: os novos contratados ganham em média 40% menos do que os trabalhadores demitidos. A terceirização total pode acabar com os concursos públicos, deixando a categoria na berlinda. Se a terceirização for permitida para todos os setores, o banqueiro não precisará mais ter empregados. Basta ele ‘alugar’ os profissionais, que outra empresa se vira para contratar e pagar da forma que puder e quiser. O trabalhador terceirizado não terá mais vínculos com sua categoria, perdendo os direitos conquistados por seus sindicatos. Imagine você ser terceirizado e não ter mais nenhum dos direitos que tem hoje. Sem contar nos calotes que as empresas terceirizadas costumam dar, o risco de exposição a acidentes e morte no trabalho, a discriminação, e o pior: aponta-se a relação entre terceirização e a identificação de trabalho análogo ao escravo. É contra tudo isso que estamos lutando. 4
BANCOS HSBC
Bancários buscam apoio para garantir empregos A recente notícia sobre a venda do HSBC e a possibilidade de demissão em massa tem mobilizado toda a categoria em defesa dos empregos. Ao anunciar que o banco encerrará suas atividades no Brasil e na Turquia, até o final de 2016, a mídia informou que o banco inglês reduzirá em 50 mil o número de trabalhadores em suas agências espalhadas pelo mundo. Desde então os funcionários estão mobilizados, com várias atividades em defesa dos postos de trabalho, incluindo ações relevantes em Brasília, no Congresso Nacional, Banco Central, no Ministério do Trabalho e no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). “A nossa luta continua. Precisamos nos mater unidos neste momento”, afirma Cláudia Barros, diretora do Sindicato e funcionária do HSBC. Mais informações no site: www.bancariosjundiai.com.br BANCO DO BRASIL
No dia 6 de maio, foi entregue uma carta aos deputados em Brasília, pedindo a garantia dos empregos, mesmo se o banco for vendido
CAIXA ECONÔMICA
Assédio moral na agência Empregados estão unidos do Maxi completa um ano por avanços O Sindicato dos Bancários de Jundiaí e região realizou no dia 8 de junho uma atividade em frente da Agência do Banco do Brasil no Maxi Shopping. A primeira denúncia de assédio moral contra um gestor do Banco do Brasil no Maxi Shopping completou um ano. A omissão do Banco levou a diretoria do Sindicato a fazer um novo movimento em frente à agência, dessa vez com direito a bolo de aniversario e ‘parabéns a você’. ‘’É mais uma atividade do Sindicato para que as pessoas saibam que o caso é muito sério’’, diz o diretor Álvaro Pires da Silva, lembrando que em maio de 2014 houve a primeira de várias denúncias. ‘’Ele teve denúncia de assédio em São Sebatião (litoral paulista), em Paulínia e depois o enviaram para Jundiaí. Ou seja, não se trata de um caso isolado ‘’, ressalta. O presidente do Sindicato, Douglas Yamagata, diz que a intenção do evento é sensibilizar a direção do BB. ‘’O Banco já deveria tê-lo transferido quando surgiu a primeira denúncia, haja vista que em casos semelhantes a direção tomou providencias e transferiu o gerente geral’’, disse. O diretor do sindicato e vereador Paulo Malerba , avalia que a direção do BB já deveria ter feito uma capacitação com o gestor. Segundo ele, o Sindicato não tem a intenção de prejudicar ninguém, mas nesse caso é importante uma abordagem específica. ‘’Gestor precisa ter habilidade para liderar. Era necessária uma requalificação para evitar conflitos como esse. A falta de visão do Banco reforça nossa pressão para que apresentem uma solução. Afinal o que está ocorrendo é negativo para todos’’, conclui.
“Unidade para conquistar CAIXA ECONÔMICA FEDERAL“. Esse foi o tema do 31° Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (CONECEF), realizado nos dias 12, 13 e 14 de junho, com o objetivo de definir a minuta de reivindicações específicas dos empregados da Caixa. Entre os itens debatidos, dois itens novos tiveram destaque: Caixa 100% Pública e GDP. Caixa 100% Pública O Governo Federal pronunciou-se oficialmente a respeito da manutenção da Caixa 100% Pública e incluiu. GDP A inclusão do item na minuta de reivindicações cria, portanto, mais uma oportunidade para a revogação imediata dessa sistemática. Acordo e cobranças O programa GDP vai diretamente contra tudo o que a categoria lutou até hoje em relação à imposição de metas abusivas. Antes da total implantação do programa, já é de conhecimento a existência de “rascunhos de listas de produtos” em poder dos gerentes gerais, que passam a utilizá-las para monitorar os negócios e cobrar resultados quase diariamente. O sistema individual de cobranças por resultados cria um ambiente de disputa interna entre os empregados para a realização dos negócios anteriormente acordados. Tais práticas propiciam a ocorrência do Assédio Moral. Mais informações: www.bancariosjundiai.com.br 5
BANCOS SANTANDER
Um pesadelo chamado ‘venda de seguros’ As denúncias de assédio moral tem se intensificado nas agências do Santander. Até mesmo os estagiários estão sendo obrigados a bater metas e já é do conhecimento do Sindicato que existe ameaça de demissão para aqueles que não atingem a meta. Atualmente todo esse tormento está associado à venda de seguros. De cada 10 palavras que são ditas nas agências, 9 são relacionadas a seguros. Já há funcionários à beira de um ataque de nervos. Tem bancário sonhando que está sendo cobrado pela venda do seguro. Pacto com o stress Não bastasse a cobrança absurda e os assédios, o Santander criou uma estratégia maluca de obrigar o funcionário a dizer o quanto ele acredita que vai bater de meta por mês. Não havendo outro remédio a não ser assinar um contrato mensal, o bancário se vê na obrigação de cumprir o que disse. É mais um processo de violenta pressão psicológica que só
tem dois desfechos: o Banco cada vez mais rico e o bancário cada vez mais doente. Exposição que constrange E para não faltar a ‘cereja do bolo’, o Santander se supera no quesito pesadelo e criou uma ‘exposição invertida’, na qual os funcionários que já conseguiram bater suas metas na venda de seguros têm seus nomes expostos no topo de uma lista com mensagens do tipo: Vamos lá turma! Fulano já fez! Só está faltando você! A lista tem criado constrangimento e indignação, pois quem não consegue atingir a meta exigida, sente-se menosprezado.
ITAÚ
Assédio moral está institucionalizado Uma das grandes preocupações da categoria atualmente refere-se ao assédio moral já ter se tornado institucional. A cobrança é intensa e os bancários são muito pressionados. “A meta de 100% já não é suficiente, pois os gestores também são cobrados. É uma ação em cadeia. A meta passou a ser de 150% a 200%”, afirma Elvis Bartholomeu, diretor do Sindicato e funcionário do Itaú. O canal de conflitos do banco hoje se transformou em um canal de demissão. “O Banco Itaú conta com o canal interno de denúncias o Ombudsman. No entanto, de uma forma distorcida, este vem sendo utilizado como um canal de demissões, o que mostra o real tratamento do banco para com os funcionários” afirma Letícia Marino diretora do Sindicato dos Bancários e funcionários do banco. Assedio Moral, Não! Denuncie. A cobrança exagerada de metas caracteriza como assédio moral. Há necessidade de requalificação de gestores, que Informativo do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região Filiado à Fetec/Contraf/CUT Fone: (11) 4521-9711 4806-6650Fax: (11) 4521-9423 Rua Prudente de Moraes, 843 - Centro-Jundiaí/SP
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precisam cuidar da sua equipe. Na visão da diretoria do Sindicato o Banco tem que motivar, não simplesmente cobrar ou amedrontar. “Essa denúncia precisa ser feita para o sindicato tomar as providências necessárias. Somente assim o clima se tornará mais saudável e produtivo. A denúncia pode ser anônima e será devidamente apurada”, acrescenta Elvis. Denuncie! Recentemente ocorreram denúncias de assédio moral na região da gestora regional da área comercial. O caso de assedio moral está sendo devidamente apurado, pois foram várias denúncias recebidas pelo sindicato, que está em alerta. A cobrança excessiva de metas é um dos principais itens da denúncia. A pressão por resultados é tanta que, neste caso, até mesmo o direito do gozo de férias estaria sendo cerceado.
Presidente: Douglas Yamagata Diretor Responsável: Antonio Cortezani Jornalista Responsável: Mauro Utida (MTB: 54971/SP) Editoração e Diagramação: Loro Comunicação - Fone: (11) 3963-3305
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