Ano XXVII - Setembro de 2014 - Nº 520
CONSTRUINDO O RAMO FINANCEIRO
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Campanha Nacional caminha para a greve Bancos não aceitam nenhuma reivindicação da categoria durante as negociações Sem avanços nas quatros rodadas de negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban (Federação dos Bancos), a Campanha Nacional Unificada dos Bancários 2014 caminha para a greve nos próximos dias. A Campanha Nacional que iniciou no dia 11 de agosto com a entrega da minuta da pauta de reivindicações à Fenaban, já debateu diversos temas com os bancos privados e públicos, mas as instituições financeiras insistem em rejeitar as propostas da categoria. Veja o resultado até aqui das negociações na página 2.
Ato no Centro de Jundiaí chama à atenção para o início da Campanha Salarial na região
Veja as principais reivindicações:
Caravana de mobilização
- Reajuste salarial de 12,5%, sendo 5,4% de aumento real, além da infla-
A Campanha Salarial em Jundiaí e re-
ção projetada no período de 6,76%;
gião começou oficialmente no dia 26
- PLR – Três salários mais R$ 6.247;
de agosto com a tradicional caravana
- Piso – R$ 2.979,25 (Salário mínimo do Dieese);
de mobilização. O ato agitou o Centro
- Vale Alimentação, refeição, 13º cesta e auxílio-creche-babá: no valor de
de Jundiaí com música e apresentação
R$ 724,00 cada (Salário Mínimo);
de teatro, além da distribuição de ma-
- 14º salário;
teriais informativos.
- Fim das metas abusivas e do assédio moral;
A atividade contou com o apoio da
- Emprego – Fim das demissões, ampliação das contratações, combate às
Fetec e CUT e foi realizada no calça-
terceirizações e precarização das condições de trabalho, adoção da Conven-
dão da Barão, em frente as agências,
ção 158 da OIT que proíbe dispensas imotivadas;
Itaú, Santander, Bradesco e Banco do
- PCCS (Plano de Cargos, Carreiras, Salários) para todos os bancários;
Brasil. O ato terminou na rua Rangel
- Auxílio educação: pagamento para graduação e pós;
Pestana, nas agências da Caixa Eco-
- Mais segurança nas agências bancárias;
nômica Federal e banco Safra.
- Igualdade de oportunidades para todos.
fotos: http://bit.ly/caravanadosbancarios
CAMPANHA 2014
Bancos são intransigentes com reivindicações Confira o que foi discutido durante as quatro primeiras rodadas de negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação dos Bancos (Fenaban) Primeira rodada
Segunda rodada
Saúde e Condições de Trabalho
Igualdade de oportunidades e Segurança
O que ocorre: Em média, diariamente 50 bancários são afastados de suas atividades por adoecimentos. Em 2013 foram licenciados 18.671 bancários em todo o país. A maior parte (27%) com doenças psíquicas causadas pela pressão. Outros (24,6%) com LER/Dort devido ao ritmo alucinante.
O que ocorre: A falta de investimento em segurança tem sido fatal no setor financeiro. No primeiro semestre, 32 pessoas foram mortas em decorrência de ataques a bancos. Média de 5,33 vítimas fatais por mês. Negros e pardos continuam sendo discriminados com redução nos postos de trabalho e as mulheres ganham menos do que os homens e enfrentam barreiras na ascensão profissional.
O que queremos: Queremos mudar essa história, cobrando alterações na forma de gestão dos bancos, com o fim das metas abusivas e por mais contratações para acabar com a sobrecarga de trabalho. O que o banco quer: A definição de metas faz parte da gestão de cada banco, não cabendo interferência dos trabalhadores. Os bancos questionaram os números sobre afastamentos por doenças na categoria, insinuando que estaria havendo fraude por parte dos bancários.
O que queremos: O cumprimento da lei e investimento em equipamentos para melhorar a segurança e garantir atendimentos seguros; Cota de 20% para negros; Não discriminação das mulheres. O que o banco quer: Negam que haja descriminação de gênero, raça e orientação sexual no ambiente de trabalho; Os bancos não aceitam políticas de cotas.
Terceira rodada
Quarta rodada
Emprego
Remuneração
O que ocorre: As instituições financeiras (exceto Caixa) cortaram 18.123 postos de trabalho desde janeiro de 2012 – 5.512 só nos últimos 12 meses. Para os Bancários essa é uma reestruturação que está sendo feita para os bancos lucrarem mais, porém precariza o atendimento.
O que ocorre: O Brasil tem a maior amplitude entre menor e maior salário nos bancos. A remuneração do executivo é 190 vezes maior do que o piso da categoria.
O que queremos: O fim do corte de vagas colocado em prática especialmente pelas instituições privadas e somos contra a terceirização. O que o banco quer: Para os bancos 5 mil demissões não é muito e as dispensas são feitas com responsabilidade. A Fenabam assume que a terceirização é muito importante para o setor.
O que queremos: Reivindica PLR equivalente a três salários mais parcela adicional de R$ 6.247,26, o que significa uma mudança na fórmula de cálculo do modelo atual, que simplifica e recompensa de forma mais justa para os trabalhadores o aumento dos lucros dos bancos. O que o banco quer: Não aceitam mudar a atual regra da PLR e negociadores da Fenaban vão discutir o tema com os presidentes dos bancos e incluirão na proposta global que apresentarão ao Comando na próxima reunião.
BANCOS PÚBLICOS CAIXA E BANCO DO BRASIL Com debates específicos ocorrendo paralelamente às discussões gerais da categoria com a federação dos bancos (Fenaban), os bancos públicos tiveram postura similar nas primeiras rodadas de negociações e não se posicionaram ou negaram os pedidos dos trabalhadores. As últimas rodadas de negociações do BB e Caixa foram realizadas no dia 12 de setembro, mas até o fechamento desta edição o resultado ainda não havia sido divulgado.
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ELEIÇÕES 2014
Neoliberais ameaçam direitos dos trabalhadores
Governo Dilma valoriza salário e emprego
A candidatura de Aécio é uma coalisão de forças calcadas no modelo neoliberal e a proposta de Marina segue a mesma linha com seu discurso de uma “nova política” Dois cenários se apresentam para 142,8 milhões de eleitores brasileiros. O Brasil dos anos 90 quando imperava o desemprego, arrocho salarial, privatizações, e o Brasil de hoje, que segue com a economia sólida, confiança de investidores estrangeiros e investimentos em programas sociais. “O neoliberalismo é excludente e a consequência dessa política nefasta para campo trabalhista é: arrocho salarial, flexibilização de diretos e o desemprego em massa. Não podemos caminhar para o retrocesso”, afirma a diretora do ter a inflação, FHC escancaSindicato Letícia Mariano. rou o Brasil para o produto importado e quebrou muitas AÉCIO LEMBRA FHC empresas nacionais que não A geração nascida nos anos conseguiam competir. Resul90, que hoje é a maioria da tado: DESEMPREGO. categoria (conforme consul- “É muito importante que ta realizada em julho) não os novos bancários tenham sabe o que a política neo- acesso a essas informações, liberal ocasionou para os pois a realidade nos últimos bancários nos anos 90. anos é muito distinta”, alerA taxa SELIC chegou a mais ta Douglas Yamagata, preside 40%, ocasionando arro- dente. cho salarial e houve reajustes do salário mínimo abai- MARINA: TERCEIRA VIA xo da inflação, que freou o Após a tragédia de Eduarconsumo e aumentou o de- do Campos, Marina Silva semprego. se apresentou como a terceiTrabalhadores da Caixa e ra via e com o discurso de Banco do Brasil sentiram na despolarização entre PT/ pele a tentativa de priva- PSDB. A candidata “sociatização. Nos oito anos de lista” assumiu com todas as governo de FHC os funcio- letras a bandeira do neolinários destes bancos acu- beralismo: Banco Central inmularam perdas salariais de dependente, Estado mínimo 40% (Caixa) e 36%, (BB). (Menos Saúde/Educação) Sob o argumento de comba- e do BNDES, fim do crédito
“NÃO FUI ELEITA PARA TIRAR DIREITO DO TRABALHADOR OU TOMAR MEDIDA ANTIPOPULAR”, Dilma Rousseff direcionado, terceirização sem limites e ajustes macroeconômicos. Marina vende a ideia de construir a “nova política”, mas faz defesa do BC independente como FHC, que não conseguiu efetivá-la. Além disso, defende a terceirização irrestrita, conforme os objetivos patronais e principalmente dos bancos. “Nós bancários lutamos pelo engavetamento do PL 4330 no ano passado, pois sabemos como a terceirização pode prejudicar o trabalhador brasileiro, mas há outras iniciativas como o PLS 87/2010 que tramita no Senado e processos judiciais no STF. Temos que continuar resistindo e só um trabalhador desavisado pode votar na Marina, sabendo das suas intenções se eleita presidente”, afirma Yamagata.
O Brasil vive o melhor momento de sua história. É a sétima economia do mundo e o nosso mercado interno tem despertado interesse em governos e empresários internacionais. Só não está melhor por conta da crise que Europa e EUA vivem desde 2008. Este resultado é consequência da estratégia de crescimento do país iniciada no governo Lula, com o aumento do mercado interno de consumo através da valorização salarial (principalmente o mínimo), além da facilidade no crédito e combate a pobreza, por meio de programas sociais. Porém há ainda muito o que avançar para melhorar ainda mais a vida dos trabalhadores como a redução da jornada de trabalho para 40 horas, correção da tabela do IR na fonte e o fim do fator previdenciário.
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ATIVIDADES HSBC
BANCO DO BRASIL
Agência do Centro retira caixas convencionais para atendimento
Agência do BB no Maxi Shopping é paralisada por assédio moral
Desde o início de agosto a agência do HSBC da rua Rangel Pestana não oferece mais caixas convencionais para atendimento dos clientes e usuários. Clientes que precisam deste tipo de atendimento devem ir até a agência da avenida Jundiaí. Por causa deste descaso com o cliente e também por não cumprir a resolução 3.694 do Banco Central, que proíbe tal prática, o Sindicato tem realizado uma série de atividades para a coleta de assinaturas contra o banco. O abaixo-assinado será encaminhado ao Ministério Público para que sejam tomadas as devidas providências. O Sindicato também registrou denúncias no Procon, pelas dificuldades que o banco vem promovendo aos clientes e usuários, além do BACEN.
A agência do Banco do Bra- solução do problema. sil no Maxi Shopping foi paralisada na manhã do dia 2 de setembro em virtude de denúncias de assédio moral praticado pelo gestor da unidade. A paralisação durou até o meio dia. A situação na agência é grave, uma vez que já há precedentes anteriores em outras agências por parte do gestor. A Gestão de Pessoas do BB se comprometeu em analisar a situação e encaminhar as medidas necessárias para a
APOSENTADOS
Bancários aposentados se reúnem com diretoria em Jundiaí No dia 1º de setembro o Sindicato promoveu um café da manhã com bancários aposentados e diretores do Sindicato para discutir assuntos relacionados aos fundos de pensão e sobre os planos de saúde. Representando os aposentados, participaram do encontro representantes da Afubesp, Funcef e da Anapar.
“A reunião serviu para discutir assuntos relacionados ao Economus/Cassi, Banesprev/ Cabesp, além da Previ”, comenta Paulo Bispo, diretor da Secretaria de Aposentados do Sindicato. Após as explanações do conjunto, foram efetuados trabalhos em grupo, pautando sobre assuntos específicos de cada banco.
TORNEIO DE FUTEBOL
União Bancária é o campeão O União Bancária se consagrou no dia 6 de setembro campeão da 11ª edição do Torneio Bancário de Futebol Society ao empatou em 3 a 3 contra o Bradesco Cajamar. Na primeira partida venceu por 6 a 5. O terceiro lugar foi conquistado pelo Bradesco Centro que
venceu por W.O. a equipe do Santander Vila Arens. O Bradesco Centro ainda conquistou o troféu de artilheiro com Rogério (marcou 18 gols) e o de goleiro menos vazado, com Rafael (apenas 20 gols). Para ver as fotos da final e premiação acesse o site: http:// bit.ly/torneiofutebol
FESTA DOS BANCÁRIOS
Bancários comemoram seu dia A Festa dos Bancários realizado no dia 23 de agosto na Chácara dos Sonhos foi um sucesso. O tradicional evento organizado pelo Sindicato para comemorar o Dia do Bancário, contou com a participação de 1 mil e 200 pessoas, entre sócios, dependentes e convidados.
Parte do valor arrecadado dos convites da festa foi doado para a UIPA (União Internacional Protetora dos Animais). As fotos do evento e a cobertura completa podem ser visualizadas no site pelo link: http://bit.ly/festadosbancario
Informativo do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região Filiado à Fetec/Contraf/CUT Fone: (11) 4806-6650 4521-9711 Fax: (11) 4521-9423 Rua Prudente de Moraes, 843 - Centro-Jundiaí/SP
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Presidente: Douglas Yamagata Diretor Responsável: Antonio Cortezani Jornalista Responsável: Mauro Utida (MTB: 54971/SP) Editoração e Diagramação: Loro Comunicação - Fone: (11) 3963-3305
Tiragem: 2.000 Exemplares
Impressão: Mettagraf www.bancariosjundiai.org.br