#1 CONCURSOS PÚBLICOS DE PROJETOS setembro de 2016 | n # 1
# CONCURSOS PÚBLICOS DE PROJETOS setembro de 2016 | n # 1
editorial
A habitação de interesse social do Distrito Federal passou, ao longo dos anos, por várias transformações. Enquanto seu objetivo precípuo consistia na simples alocação de pessoas, hoje se pode dizer que faz parte de um projeto contemporâneo que visa a promover moradias mais dignas. Em vez de simples conjuntos habitacionais, lutamos pela ideia de bairro, suscitando a ideia de pertencimento àquele espaço.
A principal função do concurso público é obter a eficácia máxima do projeto no atendimento às necessidades da sociedade. Buscando seguir tendências modernas de concursos de projetos, a CODHAB tem promovido a realização de concursos na modalidade eletrônica, o que gera maior segurança do processo, redução de gastos, celeridade, acesso à informação, sustentabilidade e, ainda, facilidades no julgamento.
Construir casas quebrando os antigos conceitos representa um desafio diário, sendo necessária, para tanto, a realização de concursos públicos de arquitetura a fim de garantir a construção de espaços de qualidade de forma transparente, por meio de um processo de proposta técnica. A construção dos equipamentos públicos promove um convívio social mais democrático entre as famílias, mais qualidade de vida e dignidade.
Pensando em materializar o trabalho desenvolvido, a CODHAB está lançando sua primeira Revista de Concursos, cujo conteúdo reflete o compromisso da Companhia em fomentar a discussão arquitetônica de obras públicas e dar visibilidade às propostas de forma inovadora e democrática. Danielle Xavier Linguista e especialista em gêneros multimodais Secretaria Executiva
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concurso público POR GILSON PARANHOS
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>>> Qual a relevância dos concursos públicos em sua gestão à frente da Codhab?
Se levarmos em consideração a questão legal, veremos que o Art. 13 § 1º da Lei 8.666/1993 diz que a contratação de projetos deverá ser realizada através de concursos públicos. Durante a elaboração da lei, foi incluída a palavra preferencialmente, ficando: “a contratação de projetos deverá ser feita preferencialmente por meio de concurso”. Legalmente, quem não contrata através de concurso público deveria justificar por que não está contratando por essa modalidade. A prática de contratação traz lisura ao processo, porque, quando se faz um projeto que é totalmente independente da empresa que constrói, retira-se a capacidade de interferência dessa empresa. Enfim, essa autonomia do projeto proporciona seriedade e independência, diferentemente da contratação usual, que é feita por meio de uma licitação pública simples, em que o governo e a população não conhecem o projeto. A documentação apresentada em uma licitação usual traz os problemas que os órgãos de controle têm enfrentado com relação às obras públicas, sem caminhos de solução. A contratação através de licitação por concurso público traz segurança, uma vez que o Poder Público conhece com antecedência o projeto que está comprando. A licitação simples é a “raposa tomando conta do galinheiro”. É por isso que, na CODHAB, temos realizado a contratação de projetos apenas pela modalidade de concursos públicos.
>>> O grande número de inscrições nos concursos demonstra o interesse dos profissionais na promoção da produção arquitetônica de qualidade. O que esses números representam? E a qualidade dos projetos? É uma questão de legitimidade. A única maneira legítima de contratar projetos é através de concursos públicos. Bons arquitetos não participam de licitação de menor preço, porque não vão conseguir dar as informações de que precisam para a obtenção de uma boa obra. Então, geralmente o menor preço é o pior projeto. Agora, se você tem o pior projeto, você vai ter a pior obra. Essa é a resposta, na minha maneira de ver, de por que as obras públicas do Brasil são tão caras. Se você olhar as questões que nosso país tem enfrentando com relação à corrupção, você vai ver que a base dela está na contratação dos projetos que normalmente os órgãos de controle não conseguem verificar, porque, quando você não tem projeto, você não tem obra. Esse é o principal problema. Além da legitimidade, o fator mais importante é a qualidade. Você só tem qualidade quando você tem competição para o objeto final. Quando você faz uma licitação, você tem quatro, cinco propostas… Quando você faz um concurso, você tem oitenta, cem participantes. Isso é o que está acontecendo na CODHAB. O que nós temos atualmente é uma qualidade de excelência, e aí eu não fico no Brasil, não: falo de contratação de projetos em nível mundial. Os projetos que têm vencido os concursos, no Brasil, possuem muita qualidade, não tenho dúvida disso. E o profissional que ganha um concurso desses tem seu nome qualificado em nível internacional.
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>>> Sabemos que, em relação a outros países, o Brasil realiza poucos concursos públicos de projetos. Segundo dados do Laboratório de Estudos da Arquitetura Potencial (LEAP), a média é de 10 concursos públicos por ano. Como você encara essa média em relação a outros países? O Brasil, algumas vezes, é um dos últimos a perceber algumas soluções. Nós fizemos um estudo e constatamos que a França fez dois mil concursos em um ano. Naquele ano, o Brasil fez dezesseis concursos; esses números mostram a diferença. Quando a França percebeu que era necessária uma qualidade arquitetônica, ela começou a fazer estudos e descobriu que a base estava na contratação de projetos. Então, ela obrigou que todos os projetos fossem contratados através de concursos públicos. Na França, se você for comprar um banco de jardim, você vai executar um concurso público. Outra questão necessária é o seguro. Quem substituirá o projetista contratado se ele falecer? É uma coisa lógica, afinal de contas você entra em um trabalho desse, vai trabalhar quatro, cinco, seis anos… Depende muito. Se o projeto for maior, você vai trabalhar dez anos com a empresa. Então, essa questão do seguro é uma questão lógica e que realmente, no Brasil, a gente trata com tanto desprezo. >>> Atualmente, quais os maiores entraves existentes no processo de realização de um concurso público? Tudo que é novo traz problemas! O principal entrave dos Tudo que é novo traz problemas! O principal entrave na contratação pela modalidade de concursos é porque é “novo”. Esse tipo de contratação, quando ela é nova, traz problemas jurídicos, problemas contábeis, problemas com as próprias pessoas que estão acostumadas a fazer mais do mesmo. Mas a principal questão é a falta de entendimento do que é um projeto. O projeto é indivisível, não dá para você dividir um projeto em partes, como é feito em muitas licitações. Isso é um problema sério; muitas vezes, muitos procuradores, muitos advogados não conseguem entender essa indivisibilidade do projeto. O projeto é indivisível,
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ele inicia-se com uma concepção e tem de ser acompanhado, não só até a sua entrega, mas inclusive depois, no desenvolvimento da obra. A primeira coisa que é feita na contratação, aliás, na projetação nos países desenvolvidos, quando se inicia uma obra, é a contratação da empresa que concebeu o projeto. Porque, por mais perfeito que seja esse projeto, muitas vezes vai ter problemas e alterações para os quais aquela equipe que concebeu o projeto dará a melhor solução. Se eu pensei alguma coisa, eu vou dar uma resposta muito mais rápida, muito mais coerente e muito mais consciente no encaminhamento desse processo. Então, isso são entraves que realmente têm acontecido na prática.
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Não é de hoje que o cenário habitacional brasileiro, precário por natureza, agoniza à espera de medidas efetivas que visem a sua melhoria. Desde o período imperial, esse tema apresenta-se como um desafio constante e indesejado. Por sua vez, as políticas habitacionais realmente preocupadas em resolver o problema, por mais que o assunto esteja em voga, são recentes — datadas da Constituição de 1988 — e, em sua maioria, as que foram postas à prova se mostraram pouco eficientes devido a variados fatores políticos, sociais, econômicos e culturais. Hoje, nos telejornais, nas redes sociais, nas ruas e no semblante dos cidadãos, é possível perceber o descontentamento latente e coletivo. A desigualdade no Brasil, em termos de habitação, é algo que assusta. Nos relatórios produzidos pela ONU acerca desse assunto, somos classificados nas últimas posições. O fato, se não consterna, demonstra a ineficácia do chamado “jeitinho brasileiro”, também constante da Administração Pública, que, por muito tempo, buscou a resolução do problema de maneira apressada, improvisada e sem o devido planejamento. Nesse sentido, a Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal - CODHAB/DF busca, por meio do concurso público — modalidade licitatória — oferecer uma solução mais vantajosa para o interesse público e para o interesse privado. Com a validação da Lei 8.666/1993, que dá preferência para a realização de concurso quando se trata de contratação para prestação de serviços técnicos profissionais especializados, essa Companhia procura utilizar tal modalidade com o objetivo de amenizar esse quadro alarmante. A contratação de projetos por meio de concurso traz inúmeros benefícios, dentre eles: o fato de a Administração Pública contratar o melhor objeto, e não a melhor empresa, bem como o fato de
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se ter o conhecimento prévio do projeto que será adquirido; o grande número de participantes, o que promove a concorrência e, consequentemente, maior qualidade nas soluções técnicas oferecidas; a isonomia e impessoalidade, pois uma comissão julgadora especializada procederá com a avaliação das propostas; o sigilo, uma vez que somente após escolhidos os projetos vencedores, será realizada a divulgação dos seus autores. No ano de 2016, até o presente momento, já realizamos cinco Concursos Públicos de Projetos de Arquitetura e Complementares. Estamos certos de que ainda existe muito a se fazer, pois a problemática que envolve a questão habitacional no Brasil não será resolvida “do dia para noite”. Contudo, é importante destacar iniciativas arrojadas, que valorizam o planejamento pensado na necessidade real da população. Wilson Mozzer equipe de concuros da CODHAB
O IAB tem por bandeira histórica a defesa da tese de que os concursos públicos de arquitetura são a forma mais democrática e transparente de obter obras de boa qualidade arquitetônica, resultando na configuração de espaços públicos dignos à construção de uma almejada cidadania, minimizando atrasos e desperdício de dinheiro público. Acreditamos que a iniciativa da CODHAB vem ao encontro dos princípios gerais defendidos pelo IAB em relação à contratação de obras públicas mediante a realização de concursos públicos de arquitetura e à contratação do projeto completo, razão pela qual congratulamos a iniciativa da Companhia. Matheus Seco Presidente do IAB/DF
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É preciso pensar em uma política pública para a coletividade e não para os arquitetos e urbanistas; ir além dos interesses corporativos. O concurso de projeto deve ser apresentado não como um sistema que interessa à profissão, mas como um instrumento necessário à coletividade para garantir a desejada qualidade do espaço público. A valorização e o reconhecimento da profissão neste caso seria uma conseqüência natural, e não o objetivo em si. A grande vantagem do concurso seria a de preservar os artistas da humilhação à qual eles se submetem diante dos empreendedores, e de evitar que as obras públicas se submetam à intriga dos homens públicos, ou à ignorância dos gestores.
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Fabiano Sobreira Arquiteto e Urbanista editor do site concursosdeprojeto.org *texto disponível em fabianosobreira.arq.br
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Concurso é uma modalidade especial de licitação. Está definido na Lei de Licitações e Contratos Administrativos, Lei n. 8.666/93, em seu art. 22, § 4º, in verbis: “Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 dias”. Embora conste da Lei de Licitações e Contratos Administrativos desde a sua criação, há certo receio em sua escolha pela Administração Pública. Nessa direção, a CODHAB vem quebrando paradigmas, instituindo que toda obra será precedida de concurso de projeto arquitetônico, buscando atingir sua missão, que é prover habitação de qualidade com cidadania, contribuindo para o bem-estar da população, principalmente nas áreas de interesse social. Lucimar Pinheiro Presidente da Comissão Permanente De Licitação
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sumário CONCURSOS
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Uma nova marca para a CODHAB
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Apresentação Marca Conceitos básicos
Centro de ensino infantil - CEI Apresentação - Diretora de Produção Habitacional 1 º lugar 2 º lugar 3 º lugar Menções honrosas Participantes
Centro de ensino fundamental - CEF Apresentação - Coordenador do Concurso 1 º lugar 2 º lugar 3 º lugar Menções honrosas Participantes
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62 64 68 74 80 86 96
Unidade básica de saúde - UBS Apresentação - Coordenador do Concurso 1 º lugar 2 º lugar 3 º lugar Menções honrosas Participantes
Expediente
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154 156 160 163
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concursos 18
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CONCURSO
uma nova marca para a CODHAB
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uma nova marca para a CODHAB CONCURSO UMA NOVA MARCA PARA A CODHAB COMISSÃO JULGADORA
PROJETO EXPOGRÁFICO E PRODUÇÃO GERAL
Luiz Eduardo Sarmento Araujo Arquiteto e programador visual – CODHAB
Luiz Eduardo Sarmento Antonio Danilo Morais Barbosa Breno Gomes Rodrigues Wison Mozzer
Frederico Lopes Meira Barboza Júnior Arquiteto e programador visual – CODHAB Antonio Danilo Morais Barbosa Arquiteto e programador visual – SEGETH Marisa Maass Arquiteta e Professora Drª. do Curso de Design da UnB – IAB / DF David Borges Designer gráfico – ADEGRAF COMISSÃO ORGANIZADORA Wison Mozzer CODHAB Lucimar Pinheiro de Deus Presidente da Comissão Permanente de Licitação
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ESTAGIÁRIOS Gabriel Rodrigues Soares João Felipe Soares DESENVOLVIMENTO DA NOVA MARCA E DO MANUAL DE IDENTIDADE VISUAL João Augusto Pereira Júnior Arquiteto e Urbanista Vencedor do concurso
Toda marca é uma tentativa de síntese, sendo que uma boa marca revela os valores e conceitos que norteiam a instituição que representa , consolidando-se como sua principal referência simbólica. No entanto, a identidade visual por melhor que seja, não garante que esses valores e conceitos se consolidem no imaginário coletivo, é preciso que venha acompanhada de ações concretas que fortaleçam e realcem suas qualidades abstratas. Escolhida por um concurso público nacional de design gráfico, a nova marca da CODHAB carrega em si o espírito inovador sob o qual foi construída Brasília e a companhia responsável por desenvolver habitações de interesse social no Distrito Federal , a antiga SHIS, hoje Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal . Suas cores e formas evocam conceitos caros à companhia, como a ideia de construção, inovação, transparência e permeabilidade. Nas palavras do autor, é “portal, moldura, cobogó, azulejo”. É também imagem de construção monocromática e lógica, concreto, abrigo, composição contemporânea edificada sem esquecer o vernacular (o povo) e seu imaginário. Na parte superior da composição, um acento amarelo se abre ao infinito, evocando imagem de alvorada tão cara ao espírito pioneiro da nova capital.
Parte de uma série de ações para intensificar o papel da CODHAB na busca constante da excelência no desenvolvimento e melhorias habitacionais e assistência técnica, a escolha da nova marca é mais um passo para localizar a companhia em lugar de destaque no desenvolvimento de habitação de interesse social no país. Luiz Eduardo Sarmento Arquiteto e Urbanista Gerente de Assistência Técnica de projetos e obras
Este manual é uma ferramenta para auxiliar o trato desse símbolo de uma nova CODHAB. Nele constam a conceituação da marca e seu desenho oficial – com cores, proporções, espaçamentos e tipografia, além de outras informações técnicas, normas e diretrizes de usos, visando o uso correto da marca e assim, buscando reforçar a imagem da instituição, a consolidação do logotipo e fortalecer a imagem da companhia.
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Criada dois anos após a inauguração de Brasília, a empresa responsável pela distribuição de habitações de interesse social, utiliza hoje sua quarta denominação. Começou em 1962 com o nome de Sociedade de Habitações Econômicas de Brasília (SHEB). Em 1964, o nome passou a ser Sociedade de Habitação de Interesse Social (SHIS). Trinta anos depois, a SHIS passou a se chamar Instituto de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (IDHAB). Até que em 2007, o órgão recebeu o nome atual, de Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (CODHAB). Como resultado de um concurso público nacional de design gráfico, uma nova marca passa a representar a companhia a partir de 2015. 1962
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2007
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CONCEITOS BÁSICOS IDENTIDADE VISUAL Processo de programação sistêmica que envolve signos e suas aplicações através da modulação e relações proporcionais entre diferentes meios e suportes de comunicação na busca de uma linguagem coesa e unificada, representativa de instituições, empresas ou corporações. Definição de elementos visuais, assinatura, tipografia, cores, através de uma modulação construtiva integrada e normatizada, que resulta num visual distinto. WOLLNER, Alexandre – Alexandre Wollner: Design Visual 50 Anos, pg. 315
SÍMBOLO Sinal gráfico cujo objetivo é representar visualmente a marca de uma instituição. De natureza figurativa ou abstrata, geralmente configura uma forma sintética, para facilitar a assimilação e reforçar a mensagem da marca. Universidade de Brasília - Manual de Identidade Visual, pg. 14
TIPOGRAFIA Inicialmente um processo de impressão, é também referência na criação de caracteres que, compostos, formam palavras e textos. Designamos tipografia o desenho dos tipos (caracteres alfabéticos e para-alfabéticos) e seu arranjo em um espaço determinado, de modo a atender critérios como legibilidade, proporção e organicidade em relação a meios e suportes impressos, eletrônicos e ambientais.
cromático estabelece uma paleta de cores fundamentais para a construção do projeto de identidade, assim como a utilização de cores auxiliares, aplicações em preto e branco e negativo. Companhia Nacional de Abastecimento - Manual de Identidade Visual, pg. 11
ÁREA DE PROTEÇÃO São as margens de afastamento mínimas ao redor do símbolo, do tipograma e das assinaturas que devem ser respeitadas de maneira a manter a legibilidade e o equilíbrio visual da marca em qualquer uso e situação. GRID Um grid consiste num conjunto específico de relações de alinhamento que funcionam como guias para a distribuição dos elementos num formato. As vantagens de trabalhar com um grid são simples: clareza, eficiência, economia e identidade. Itens parecidos são distribuídos de maneiras parecidas para que suas semelhanças ganhem destaque e possam ser identificadas. O grid converte os elementos sob seu controle num campo neutro de regularidade que facilita acessá-los – o observador sabe onde localizar a informação procurada porque os pontos nos quais se cruzam as divisões horizontais e verticais funcionam como sinalizadores daquela informação. SAMARA, Timothy - Grid: Construção e Desconstrução, pgs. 8 -24
WOLLNER, Alexandre – Alexandre Wollner: Design Visual 50 Anos, pg. 317
TIPOGRAMA Considera-se tipograma a expressão verbal e visual composta com base em signos tipográficos existentes e agrupados de forma particular. Por seu comportamento, uniformidade, destaque e constância de uso, serve como referência visual de uma empresa, instituição, corporação e produtos. WOLLNER, Alexandre – Alexandre Wollner: Design Visual 50 Anos
ASSINATURA Emprega-se o termo assinatura para denominar as combinações entre símbolo e tipograma. As assinaturas são a forma de apresentação mais recorrente da marca e, provavelmente, as mais reconhecíveis como tal. Universidade de Brasília - Manual de Identidade Visual, pg. 23
CÓDIGO CROMÁTICO A padronização de cores através de um código cromático é de suma importância para a consolidação da marca. O código
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assinatura bรกsica horizontal
assinatura completa horizontal duas linhas
assinatura bรกsica vertical
assinatura bรกsica vertical
assinatura completa horizontal uma linha
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CONCURSO PARQUE DO RIACHO
centro de ensino infantil
apresentação Os concursos públicos talvez sejam a forma mais democrática de contratação de projetos. Sendo uma forma de licitação para serviços técnicos profissionais especializados, é a modalidade preferencial de contratação, conforme consta da Lei n. 8.666, de 21 de junho de 1993. A lei de licitações trata o concurso como forma desejável, uma vez que garante o princípio constitucional da isonomia e permite um processo e julgamento em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade e da probidade administrativa. Não obstante, os concursos públicos de projeto, mesmo sendo o instrumento preferencial pela lei, estão longe de ser o mais usual. Concursos públicos de projetos não são uma novidade no Brasil. Em meados do século XIX, foi realizado um concurso público de projetos para a construção de um teatro no Rio de Janeiro. Na década de 50 do século XX, o projeto para a nova capital do país foi escolhido mediante concurso público. O conjunto construído foi registrado como patrimônio cultural da humanidade em 1987, reforçando a importância dos concursos para que propostas de qualidade sejam escolhidas e executadas pelo Poder Público. Mesmo não sendo uma novidade no Brasil e apesar de as vantagens dos concursos de projeto estarem atestadas em várias obras espalhadas pelo país, essa modalidade de licitação de projeto não é a mais usual, sendo a licitação por menor preço a forma mais corrente de contratação de projetos, o que diminui a transparência do processo e, na maior parte das vezes, resulta em obras mais caras e com baixa qualidade arquitetônica. Os concursos de projeto apresentam inúmeras vantagens em relação às outras formas de contratação projetual para a construção de obras públicas. Entre tais vantagens estão o conhecimento prévio do projeto e a possibilidade de comparação entre as propostas recebidas, a ampla participação que o
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concurso permite e a avaliação por uma banca técnica, permitindo que novos atores entrem na cena arquitetônica, fazendo com que o resultado fruto de um processo técnico-criativo seja avaliado com independência e isonomia. A publicização das propostas e da avaliação promovida pela banca permite que o resultado seja avaliado pelo público e por outros técnicos, criando normalmente uma ampla discussão e garantindo uma análise crítica dos produtos. No sentido de democratizar a produção dos projetos e qualificar as obras que executa, a Companhia do Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal, seguindo a Lei 8.666/1993, iniciou a política de contratação de projetos apenas através da modalidade de concurso público. Junto à implantação do programa de assistência técnica em arquitetura e urbanismo para famílias de baixa renda e à formação de um ateliê de projetos para o desenvolvimento de estudos e projetos internamente, os concursos de projetos fazem parte de um processo de busca de qualidade nas obras públicas localizadas nas áreas de interesse social do Distrito Federal onde a Companhia atua. Esses três eixos de atuação que foram abertos possibilitam a prática profissional de técnicos — engenheiros, arquitetos e urbanistas — na solução dos problemas das comunidades mais empobrecidas. Para tentar enfrentar os problemas dados — baixa qualidade das obras públicas, ausência de profissionais atuando permanentemente em projetos para essas comunidades e falta de orientação técnica para que essas pessoas possam construir suas casas —, a Companhia colocou equipes técnicas para atuar dentro das comunidades, em um processo de imersão total em suas realidades, equipes produzindo diariamente projetos voltados à baixa renda e concursos para qualificar as edificações cujos projetos e cuja execução serão contratados. Esta Companhia repete, portanto, experiências exitosas de outros países da América Latina — como a vivenciada pela Colômbia,
por exemplo —, porém de forma ampliada, visto que a experiência inclui a implantação de escritórios de assistência técnica à disposição permanente nessas comunidades. Inaugurando esse processo, o concurso para o Centro de Ensino Infantil para o Parque do Riacho permitiu que o argumento a favor dos concursos fosse atestado pelo seu resultado, com três projetos finalistas com bastante qualidade e exequibilidade, além das menções honrosas que apresentaram alguns caminhos e soluções possíveis para o programa pedido. O lançamento do concurso, com toda a documentação que o embasava, foi também o lançamento da plataforma eletrônica de concursos da CODHAB, que foi mais um passo dado rumo à democratização e à atualização dessa modalidade de contratação, ampliando os requisitos de segurança e o total anonimato no decorrer do processo. Ao trazer os concursos públicos de projetos para a rotina de uma empresa pública com foco em arquitetura e urbanismo de interesse social, a CODHAB desempenha um importante papel, não só ao incentivar as boas práticas e a inovação no serviço público, mas também ao se esforçar para romper as barreiras burocráticas e os interesses escusos, em nome da boa arquitetura e das obras públicas de qualidade. Com isso, a Companhia dá uma importante contribuição quanto à melhoria das condições de vida na capital do país, principalmente para os brasilienses que sempre viveram às margens da qualidade urbana da Brasília oficial, que, não custa lembrar, foi construída a partir de um projeto fruto de concurso público. Luiz Eduardo Sarmento Arquiteto e Urbanista Coordenador do concurso
TITULARES Júnia Salomão Federman, arquiteta e urbanista indicada pela CODHAB Simone Carvalho da Silva, engenheira civil indicada pela CODHAB Daniel Koji Miike, arquiteto e urbanista indicado pela CODHAB Clécio Nonato Resende, arquiteto e urbanista indicado pela SEGETH Flávia Fernandes Koshino Souza, arquiteta e urbanista indicada pela SEDF *Manoel Balbino Carvalho Neto, arquiteto e urbanista indicado pelo IAB/ DF *Hélio Cavalcanti da Costa Lima, arquiteto e urbanista indicado pelo CAU/BR * Indicados do IAB/DF e CAU/BR SUPLENTES Carla de Rezende Castanheira, arquiteta e urbanista indicada pela CODHAB André Bello, arquiteto e urbanista indicado pela SEGETH Thiago Régis, arquiteto e urbanista indicado pela SEDF
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MEMORIAL DE PROJETO Educação de qualidade pressupõe múltiplas abordagens, como metodologia adequada, técnicas atuais de ensino, bem como respeito e atenção às características dos alunos. Nesse itinerário, torna-se também fundamental que os edifícios escolares se adequem às demandas pedagógicas, ou seja, que os espaços propostos respondam às variadas dinâmicas de ensino. O presente estudo busca explorar estas questões por meio de ambientes flexíveis, abertos e fechados, cobertos e descobertos, inseridos em áreas que são fruto de expansão do tecido urbano, contíguas aos bairros existentes. O projeto surge dos seguintes esforços: do desafio de apresentar um modelo construtivo capaz de responder corretamente a variáveis importantes, sem perder de vista a qualidade espacial, o conforto ambiental, a segurança e a adequação ao próprio meio. Para alcançar tal objetivo, surge a contradição: ainda que o terreno e seu entorno sejam dados relevantes para o desenvolvimento do projeto, nossa resposta a essas condições teve que considerar a adaptabilidade a terrenos distintos, garantindo autonomia formal, funcional e conceitual, de modo a permitir a construção das escolas sem perder suas especificidades topográficas, de insolação, de ventos e de inserção urbana. O programa foi implantado em dois pavimentos que compreendem uma mistura de ambientes fechados e abertos, pontuados por 17 pátios. Para enfatizar o valor espacial do edifício, recorremos à conciliação dos opostos, onde a imagem hermética dos painéis de fachada contrasta com a luz que, por meio dos espaços abertos, invade o interior das salas de aula e demais ambientes. O programa é organizado em uma grade ortogonal regular de 6m, onde os pátios são dispostos gerando grande variedade espacial, entre salas de aula, áreas administrativas, de serviços e apoio educacional, ao longo de cinco eixos paralelos. A ideia de corredor como a tradicional estrutura linear de conexão é amenizada com o arranjo alternado dos espaços vazios. Além disso, a continuidade visual através dos pátios e dos vãos de esquadrias proporciona o alargamento do espaço como um todo. A qualidade de reflexão e transparência dos vidros permite que a luz, ao encontrá-los, ora revele as qualidades do interior de uma sala, ora crie outras vistas para os alunos e usuários da CEI. A mesma lógica de distribuição do programa infantil foi aplicada para as três faixas etárias. Juntamente com as suas instalações sanitárias, espaço para repouso e solário, as salas de atividades formam uma unidade independente. A modulação nos dá a
chance de trabalhar a distribuição flexível entre as unidades, com a repetição ou variação necessária. Os tipos de unidades são semelhantes, mas não iguais na posição do edifício. A forma de articulação entre áreas de repouso, atividades e solário, por exemplo, permite grande flexibilidade de ajuste do layout e de compartimentação dos espaços, conforme demandas de uso da CEI. O resultado da proposta é um edifício com grande variação volumétrica, entre cheios, vazios, áreas verdes, espaços sombreados e ensolarados. Desta forma, buscamos manter na arquitetura os importantes estímulos infantis de exploração de ambientes, auxiliando as diversas atividades pedagógicas que ocorrerão na CEI. INSERÇÃO URBANA E ARQUITETURA Acreditamos que, além do uma correta solução do programa, um edifício de caráter público por excelência, como escola de ensino infantil, deve relacionar-se diretamente com o entorno. O projeto de urbanização previsto para o futuro bairro tem a qualidade de distribuir as áreas verdes e de lazer ao longo das quadras, sempre articulando tais espaços com áreas institucionais. Desta forma, os vínculos entre o equipamento e as áreas externas, sobretudo a praça pública, são essenciais e podem ser realizados tanto a partir de acessos, quanto a partir da permeabilidade visual do edifício e de suas áreas livres. Os diagramas ao lado narram duas formas de se pensar o problema. Em cada situação as áreas livres do edifício e as áreas públicas tem protagonismo distinto. Nosso projeto parte da segunda hipótese apresentada. As áreas edificadas são protagonistas, envolvendo todas as áreas livres em um pátio central. Elas isolam as áreas livres de contato externo. Não existe permeabilidade visual e a relação das áreas livres com as áreas edificadas é monótona. As áreas livres são as protagonistas. Ao invés de um único pátio central, todas as áreas livres do programa estão distribuídas. Essas áreas multiplicam-se no térreo e no pavimento superior, construindo relações de grande riqueza espacial com as áreas edificadas e com o entorno. SISTEMA CONSTRUTIVO Sob o ponto de vista construtivo, a estrutura metálica surge como resposta coerente aos desafios de prazo reduzido para
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sua execução, e também a uma lógica otimizada de módulos construtivos. O uso de estrutura metálica modular, com perfis “I” parafusados para posterior montagem, permite precisão e leveza dos elementos compositivos. Somado à estrutura, são utilizados painéis cimentícios também modulados. O conjunto tem como objetivo certificar a qualidade dos componentes, a velocidade e controle dos processos construtivos – características muitas vezes não observadas em outros métodos de construção tradicionais. Em relação à infraestrutura, propusemos uma base de concreto que está em contato com o solo, fazendo assim um nivelamento e permitindo velocidade posterior de construção e montagem da estrutura metálica. As lajes mistas dos pavimentos, em steel deck, fornecem a mesma linguagem e partido da própria estrutura, executadas com telhas metálicas galvanizadas, solidarizadas com o concreto por meio de malha armada, o que resulta em lajes muito planas, leves e bem acabadas, não sendo necessária a desforma e, pelos vãos utilizados, nem cimbramento. As vedações internas, em painéis de gesso acartonado, corroboram com a velocidade e leveza imaginados, garantindo que a obra seja executada a partir de procedimentos industrializados, facilitando o controle da
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execução e o bom acabamento. Do ponto de vista do conforto ambiental, a alternância dos espaços abertos e fechados busca garantir a correta ventilação e insolação dos ambientes. Em relação à incidência solar, além da própria vegetação nos pátios, utilizamos proteções térmicas nas vedações internas e externas. Nas fachadas em contato direto com o exterior, um colchão formado pelas placas cimentícias e as vedações internas, auxiliam nessa proteção. O mesmo deve ser dito para as lajes e as telhas com proteção termo-acústica nos módulos do primeiro pavimento. Além disso, foi proposta uma sobre-cobertura como um prolongamento da estrutura, que desenha e acalenta a incidência dos raios solares, provendo uma proteção extra e garantindo atenuação termo-acústicas para o desempenho das atividades da escola. Equipe Christian A. de Almeida Nobre, Cínthia Duclerc Verçosa Nobre, Ingrid Schmidt Ori, Marlon Rubio Longo Perspectivas eletrônicas (colaborador): Jonas Bernardi
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Com o intenso adensamento urbano, as cidades presenciam o desaparecimento do vazio dos quintais e espaços públicos. No passado os quintais urbanos estavam ligados à necessidade humana de se relacionar com a natureza de forma segura e controlada, fosse para o cultivo de alguns alimentos ou para o lazer. A falta desses espaços pode afetar o crescimento das crianças, uma vez que brincadeiras ao ar livre estimulam a criatividade e propiciam o desenvolvimento sensório-motor. Atualmente o ensino infantil valoriza processos de aprendizagem interativos, de forma que os espaços destinados a abrigar essas atividades devem ser polivalentes e possibilitar o contato com ambientes ao ar livre. Diante disso, o projeto proporciona para as crianças o quintal que não é possível encontrar no entorno. Para obter a menor ocupação do lote, optou-se por agrupar o programa em uma barra única de dois pavimentos dividida em três blocos por pequenos pátios que se conectam com o quintal. Enquanto o térreo configura-se pelos setores administrativo, de serviços, sala multiuso e berçários, o segundo pavimento contém os conjuntos das salas de atividades que se abrem
para os solários. Conectando os andares, a rampa surge como interface entre o interior e o exterior: um percurso que gera a interação entre escola e comunidade, funciona como fechamento do limite leste do lote e garante a segurança das crianças. Para o fluxo de professores e funcionários está prevista uma escada em um dos pátios internos. A rapidez na execução e economia são garantidas pela utilização de estrutura modular pré-fabricada de concreto com vãos econômicos. A estrutura também possibilita a expansão e a fácil implantação em outros lotes. O fechamento em alvenaria receberá uma fachada ventilada em telha metálica perfurada, proporcionando proteção solar e segurança. O projeto surpreende com o contraste entre a atmosfera sóbria da fachada branca, o interior colorido, mais lúdico, e o amplo quintal. Utilizando pequenos desníveis topográficos o quintal possibilita, na escala infantil, a descoberta de diversos mundos com diferentes cores, texturas e desafios. O pátio descoberto em frente à sala multiuso possui saídas de água no piso, que podem ser ligadas na época da seca, e espaço
suficiente para futuros desenhos com giz colorido. Do outro lado um pequeno morro desafia os alunos a explorarem vários mundos: o da areia, o do cascalho e, mais distante, o bosque. Reservado do restante do quintal, protegido das crianças maiores, está o espaço dedicado aos bebês de 0 a 2 anos. A horta, implantada no canto esquerdo do grande quintal, ensina para as crianças o caminho que o alimento percorre até o refeitório. O projeto paisagístico é fundamental, pois estabelece a conexão entre o ambiente construído e o externo, reafirmando a criação do quintal como ideia. Equipe Bernardo Richter Fernando Caldeira de Lacerda Pedro Amin Tavares Helena Engelhardt Wenzel de Carvalho Guilherme Arnon Schmitt Colaboradores: Priscila Milena Vicentim Guilherme Figueiredo Teixeira Araújo Maria Isabel Seibel Reis
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#3 lugar 50
Uma plataforma segura, uma esplanada, um lugar para correr com liberdade e desfrutar a infância. O Distrito Federal é o território das planícies, da paisagem de linhas horizontais e das esplanadas, sejam naturais ou construí¬das pelo homem. O chão, o nível do solo e suas superfícies planas configuram uma atmosfera de espaços livres e de uso público, promovendo as ações cívicas e institucionais. Para a criança, esse espaço horizontal é o lugar da brincadeira, do pega-pega, do esconde-esconde, das corridas, das rodas. Nesse lugar, delimitado apenas pelas relações humanas, é possível criar, inventar, brincar e socializar. Uma vez que o programa es¬colar proposto para os Centros de Ensino Infantil pode ocupar horizontalmente grande parte dos lotes, imagina-se um edifício que promova um segundo plano, um segundo chão em sua cobertura, no qual as atividades infantis possam se desenvolver com liberdade e segurança usufruindo da vida ao ar livre.
promover no aprendizado infantil e no desenvolvimento da percepção espacial e sensorial. A partir dessa constatação, entende-se positiva a proposição de variações das alturas, sejam nas salas de atividades, nas áreas de descanso, nas varandas ou nos lugares de brincadeira. Da mesma forma, propõe-se a criação de espaços em que o chão se transforme gerando lugares de encontro e diversão: rampas, lajes curvas, elementos de topografia, entre outros que promovam percepções distintas nas crianças, educando para a diversidade, multiplicidade e criatividade. Equipe Emerson Vidigal, Eron Costin, Fabio Henrique Faria, João Gabriel Rosa, Martin Kaufer Goic. Colaboradores: Felipe Gomes, Leonardo Venâncio, Marcelo Miotto, Mariana Steiner Gusmão.
A criança aprende e se desenvolve na brincadeira. O espaço da criança, lugar da brincadeira, reflete a escala da criança e sua maneira de ver o mundo. Já adultos, lembramos desses lugares da infância quando os revisitamos e, muitas vezes, o que mais nos chama a atenção é a escala. Nossos edifícios, em geral, não potencializam os efeitos que as variações de escala, especialmente de pés-direitos, podem
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#menções honrosas 56
A avaliação das propostas concorrentes do Concurso Público Nacional de Projetos de Arquitetura para o Centro de Ensino Infantil no Parque do Riacho teve início no dia 07 de março de 2016, sendo estabelecida pelo Presidente da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal – CODHAB, pelo Coordenador do Concurso e, ainda, pelos membros da Comissão Organizadora. Foram recebidos 84 estudos preliminares concorrentes. Após o júri decidir acerca do método de avaliação dos projetos, dentro dos critérios estabelecidos nas Bases do Concurso, foram definidas as etapas e a escolha dos estudos. A Comissão Julgadora deliberou outorgar Menções Honrosas às seguintes propostas: Estudo Preliminar número 14, pela simplicidade construtiva, escala adequada ao público, bom entendimento do programa e sua relação com o entorno; Estudo Preliminar número 31, pela racionalidade construtiva e preocupação com aspectos de sustentabilidade e autonomia energética; Estudo Preliminar número 52, pela originalidade da especulação formal e espacial com ênfase na permeabilidade entre os espaços internos e externos; Estudo Preliminar número 67, pela qualidade da solução térrea com destaque ao acesso e tratamento plástico e o Estudo Preliminar número 90, pela originalidade do partido em planta circular, rompendo com a ortogonalidade do terreno e pela qualidade do tratamento plástico dos fechamentos.
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MENÇÃO HONROSA
ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 14 Matias Revello Vazquez (arquiteto), Juliano Mezzomo (acadêmico), Greice Portal e Rodrigo Salvati (consultores em sustentabilidade)
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MENÇÃO HONROSA
ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 31 João Augusto, Alessio Gallizio, Ana Laterza e Thiago Barbosa
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MENÇÃO HONROSA
ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 52 Ana Luisa Oliveira Rolim; Isabella Trindade; Rodrigo José Malvim Ramos; Maria Eduarda de Sá Absalão; Rafaela Paes de Andrade Arcoverde; Mateus Araruna Gibson; Natália Carneiro Leão Rego Barretto
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MENÇÃO HONROSA
ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 67 Alexandre Hepner (Arkiz), João Paulo Payar (Arkiz), Rafael Brych (Arkiz), Matheus Marques (Hiperstudio), Ricardo Gonçalves (Hiperstudio), David Melo (Arkiz) e Felippe Duca (Arkiz)
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MENÇÃO HONROSA
ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 90 Gustavo Alexandre Cardoso Cantuaria, Lucia Kozak Simaan, Daniel Simaan França, Tatiana Barreto, Lucas Rezende
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PARTICIPANTES
1 Estevan Barin, Jenifer Vescia, William Dal Carobo, Bruno Cassol. 2 Autores: Bernardo Richter Fernando Caldeira de Lacerda Pedro Amin Tavares Helena Engelhardt Wenzel de Carvalho Guilherme Arnon Schmitt Colaboradores: Priscila Milena Vicentim Guilherme Figueiredo Teixeira Araújo Maria Isabel Seibel Reis
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3 Matias Revello Vazquez (arquiteto), Juliano Mezzomo (acadêmico), Greice Portal e Rodrigo Salvati (consultores em sustentabilidade) 4 Beatriz Cintra, Daniel Dubugras e Mônica Schramm consultores: engenheiros Leonardo Katori e Carlos Joadir Mendes 5 Marina Beatriz Tello Oliveira, Raquel Drummond de Carvalho, Davide Sacconi, Matteo Costanzo, Gianfranco Bombaci, Eleonora Ghezzi, Tereza Scheibová, Matteo Novarino
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6 Ana Gabriela Lins, Iara Luiza Galvão, Fernanda Veras, Marilia Bonomi, Monique Borges 7 Marco D’Elia, Marco Artigas, Lais Xavier, Ricardo Marmorato, Lucio Fleury, Sheila Altman, Bruno Rossi, Ursula Troncoso, 8 Marina Andrade Salomá de Oliveira João Carlos de Sá Fortes
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PARTICIPANTES
9 Arquitetura: Anna Helena Villela, Beatriz Vicino, Liz Arakaki e Silvio Oksman Consultoria estrutura: Yopanan Rebello Paisagismo: Alexandre de Carvalho 10 Arq. Leandro Bernardes Tridapalli Arq. Fernando Tonon
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11 Equipe de Projeto Arquitetônico, Urbanístico e de Acessibilidade: Coordenador – Arq. Victor Serrano E Silva Arquitetos : Márcia Silva Dos Reis Débora Silva Meletti Nise Maria Serrano Cartaxo Nathalia Garrido do Prado Valladares Flávia Serrano e Silva de Oliveira Consultor: Osmar Rocha Lima e Silva Equipe de Projeto Complementares: Estrutura e Fundações – Eng. Benigno Marcelo Cardoso Rios Instalações Hdro-Sanitárias, Eletricas Gerais, Telefonia e de Proteção Contra Descargas Atmosferícas, Preventivas e de Combate A Incendio, Predias De Gás – Eng. Thales Olympio Goes de Azevedo Filho Paisagismo – Arq. Marília Cabral De Vasconcelos Barretto 12 Paula Koda, Lais Cintra, Fany Fouquet, Matheus Borges 13 Alex Burton Brasileiro Gois, Beatriz dos Santos Rabetti, Daniela Silva Antunes, Isabella Rodrigues Nascimento, Rafaella Sant’Anna Vieira Brasileiro, Rayan de Sant’Anna Silva 14 Juliana Bertolucci Torres - Clément Wiliam Gérard 15 Responsável Técnico: Patricia Padilha Colaboradores: Sarah Swolfs, Tamar Firer, Lis Pamplona, Elisa Vianna, Rafael Passos e Flávio Teixeira Consultor estrutural: Marcelo Rios
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16 Ana Cristina Castagna, Anna Carolina Manfroi, Eduardo Cezar Kopittke, Gabriel Lima Giambastiani, Juliano de Faria Rodrigues, Mariana Samurio, Mário Guidoux Gonzaga e Rodrigo Steiner Leães
PARTICIPANTES
17 Arq. Débora Saraiva Arq. Milena Bezerra Arq. Mariana Matos Arq. Lucas Rozzoline Arq. Mayara de Paula. Colaboradora: Débora Sousa. 18
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Lorene Lopes, Gabriela Candia
19 Susan Eipper, Ina Ketterer, Andreas Bartels, Thorsten Erl, Christina Wilhelm, Julijan Weingärtner, Kathrin Sauerwein, Antônio Couto Nunes, André de Amorim, Rafael Linsmeyer 20 Arq Stephan Steyer, Arq Eliane Sasaki, Arq Andre Galvão, Alessandra Albuquerque (consultora), Arq Ione Faraco e Silvio Steyer 21 Arquiteta Erika Lavorato Marques Del Prá ; equipe: design Fernanda Torricelli, arquiteta Juliana Kondrat , arquiteta Ligia Carreiras 22 Ciro Pirondi, Ana Lucia Longato, Ricardo da Silva Hatiw Lu, Vitor Silva da Costa, Tatiana Yamaushi Ashino, Raissa Marijja Maznik, Fabiola Emendabili, Vitor Pissaia
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23 Autores: Sergio Faraulo, Frederico Zanelato, Ana Tamie Deno e Camila Monteiro. Colaboradora: Beatriz Goulart. 24 Francisco Leite Aviani (Arquiteto Autor), José Fabiano de Holanda Cavalcante (Arquiteto Colaborador), Luma de Paula Moroshima (Arquiteta Colaboradora), Marisa Ramos Rocha (Arquiteta Colaboradora), Júlia Gasparini (Estudante De Arquitetura Colaboradora), Renan Davis (Estudante De Arquitetura Colaborador).
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PARTICIPANTES
25 Arthur Rodrigues Seratiuk Marcello Stancati Rodrigues 26 Autores: Emerson Vidigal, Eron Costin, Fabio Henrique Faria, João Gabriel Rosa, Martin Kaufer Goic. Colaboradores: Felipe Gomes, Leonardo Venâncio, Marcelo Miotto, Mariana Steiner Gusmão.
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27 Rousemara Lopes, Wilton Pedrosa, Laura Santos, Bruno Monteiro 28 Daniel Assuane Duarte, Nadia Barros do Nascimento e Vagner Roberto Claro Júnior 29 Equipe de Projeto: Christian A. de Almeida Nobre, Cínthia Duclerc Verçosa Nobre, Ingrid Schmidt Ori, Marlon Rubio Longo Perspectivas eletrônicas (colaborador): Jonas Bernardi
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30 Neto
Natália Carneiro, Walter Garcia, Tubal
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Lindiane Cardoso de Oliveira
32 Alexandre Brasil, André Prado, Mariana de Paula, Rafael Gil, Thomas Whyte
PARTICIPANTES
33 Ricardo Coutinho, Marcos Roberto, Luiz Caio 34 Antônio Malicia, Rogerio Batagliesi, Cristiano Miranda, Tiago Fugimoto, Natasha Capusso, Isadora Citrin
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35 Pedro Henrique Fernandes de Cristo, Caroline Shannon Fernandes de Cristo, Newton Fernandes, Emilia Fernandes 36 João Augusto, Alessio Gallizio, Ana Laterza e Thiago Barbosa 37 Henrique Squeff, Michella Pereira de Moraes , Ricardo Borges , Thais Parreira 38 Ivana Beatriz de Carvalho Cabral, César Henrique de Godoy Gomes, Mayara Henriques Coimbra, Samara Soares Braga 39 Gustavo Alexandre Cardoso Cantuaria, Lucia Kozak Simaan, Daniel Simaan França, Tatiana Barreto, Lucas Rezende
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Filipe Montenegro Oliveira
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PARTICIPANTES
41 Ricardo Henrique Muratori de Menezes - Arq Luana Cavalcante- Arq Nayanne GuerraEstagiária 42 Ediwaldo Martins Leal Júnior, Fausto Sousa Santos Júnior, Jairo José Romeiro Filho, Hugo Leonardos Augusto de Sousa, Taís Alves Oliveira
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Ricardo Alpoim e Miguel Ferreira
44 Henrique Carramenha e Costa Faber, Francisco Caparroz Bueno, Ronielle da Silva Laurentino, Ana Paula Antunes Pereira, Filipe Barcelos de Faria, Renan Bussi Machado 45 Andre Yamaguishi Ciampi, Gabriel Bollini Braga, Luis Claudio Marques Dias, Raphael Antunes Souza, Vivian Hori Hawthorne 46
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zilsenil, joel, mariana, lilian
47 Autores: Audileny Ribeiro, Isabela Oliveira Pereira, Helkem Helem de Araújo Colaboradores: Mahammed Vasconcelos e Camila Amaro 48 Ana Luisa Oliveira Rolim; Isabella Trindade; Rodrigo José Malvim Ramos; Maria Eduarda de Sá Absalão; Rafaela Paes de Andrade Arcoverde; Mateus Araruna Gibson; Natália Carneiro Leão Rego Barretto
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PARTICIPANTES
49 Arq. Tatiana Guimarães, Arq. Gilton Tavares, Arq. Antônio Nelson Fontes, Arq. Gabriela Paixão, Arq. Priscila Caroline Matos, Arq. Carina Bastos, Arq. Thiago Sacramento, Priscila Monique Santos, Adonis Penalva 50
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Robson Amaral, Tadeu Salmi
51 Napoleão Ferreira, Leonardo Ferreira, Clélia Carvalho, Vitor Carvalho, Francisco Sheldon e Luiz Carlos 52 Luciano Andrades, Andrés Gobba, Maurício Lopez, Rochelle Castro, Matias Carballal, Silvio Machado, Pablo Courreges, Emiliano Lago, Diego Morera, Maurício Muller, Carlos Rey, Nicolás Ramos, Josephine Guillemin e Marina Lemos 53 Arq. Miguel Esnaola, Arq Jaqueline Milan, Arq. Monique Genari, academica Barbara Pedó, Academica Beatriz Matte
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54 Kenny Nogueira, Talita Leandro, Kauria Gomes, Vanessa Oliveira, Tamyres Trindade 55 Eduardo Sousa e Silva, Marcelo Honório de Goes Teixeira, Daniella Barbosa Ferreira, Sued Ferreira da Silva, Elisa Bermudez Zaidan 56 Vitor Garcez, Juliana Sicuro, João Magnus Pires
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PARTICIPANTES
57 Co-autores: Arq. Andrei Português Rosa, Arq. Iuri Hausen Mizoguchi e Arq. João Heineck Kruse Consultores: Arq. Joana Paradeda Arq. Letícia Teixeira Rodrigues Consultoria Pedagógica: Prof. Maria Regina Müller
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58 Luciano Suski, Fábio Domingos Batista, Igor Costa Spanger, Moacir Zancopé Júnior, Suzanna de Geus, Karin Luciana Klassen, Simone R. N. Born e Rodolfo Luís Scuiciato 59 Autor: Heloísa Moura Co-autores: William Veras, Alessandra Leite e Natália Gorgulho Colaboradores: Giovanni Cristofaro, Serena Ferreira, Natália Castanho 60 Autoria - Arqa. Marilia Sant´Anna de Almeida Colaborador - Arq. Luiz Fisberg 61 Autor: Eduardo A. Colonelli, Arquitetos colaboradores: Fabio B. Santos, Marcelo Anaf, Marina Colonelli, Michelle Waisblut Estagiários: Marília B. Passos
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62 Raul da Silva Ventura Neto Arquiteto Raul da Silva Ventura Filho, Arquiteto Marilia Freitas Arquiteta 63 Edson Jorge Cachel , Thiago Campos Filgueiras, Eduardo Baptista Lopes 64 Gabriel R. Grinspum, Isabel Sperry, Tomas Faria
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PARTICIPANTES
65 Autor: Michel Macedo | Colaboradores: Nivaldo Pontel Jr, Carolina Rietter, Adriana Strapasson, Karine Rosanelli 66 Jefferson Seuffitelli; Alcimar Silveira; Artur Rodrigues; Fernando Prado
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67 Alexandre Hepner (Arkiz), João Paulo Payar (Arkiz), Rafael Brych (Arkiz), Matheus Marques (Hiperstudio), Ricardo Gonçalves (Hiperstudio), David Melo (Arkiz) e Felippe Duca (Arkiz) 68 Leal
Henrique Rodrigues Fernandes e Ana
69 Equipe arquitetura: Keila Costa, Sophia Silva Telles, Mariana Hiroki, Ingrid Cabral Soares Equipe engenharia: Sandretec (Hidráulica e Elétrica) e CTC (engenharia) 70 Carlos Alberto de Andrade Bomfim, Kyane Bomfim Santos e Beth Leite Soares.
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71 Guilherme Marucci, Marcelo Campos, Gabriel Mendes 72 Rafael Montezi Mariana Wilderom Alessandro Muzi Renato Dalla Marta Bruno Bonesso Vitorino André Dias Dantas
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PARTICIPANTES
73 Autor: Renato Dal Pian - Co-autora: Lilian Dal Pian Colaboradores: Carolina Tobias, Luis Taboada empresa: Dal Pian Arquitetos Associados 74 Arthur Calliari da Costa, Fernanda Bagatelli Meinerz, Grégori Fagundes, Renata de Albuquerque Maranhão Fontoura, Tamiris Costa
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75 Bruno Rodrigues Tenser Carlos Fábio Fernandes Correa 76 Mario Figueroa, Letícia Tamisari, Cristina Tosta, Thiago Vita, Fernanda Namura e Marina Budib _ Colaboradores: Cassio Pereira e Vitória Paulino 77 Ana Paula Batista e Ana Maria Endres Borges Gava, colaborador Arq. Guilherme da costa Resses 78 Anderson Dourado e Edilma Mourão Colaboradores: Gabriel Kiam
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Gabriela Maluf e Carlos Kolb
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PARTICIPANTES
81 Projeto arquitetônico: Vera Pires Viana, Roberto Agustín Ghione, Projeto paisagístico: Rosilene Guedes Souza 82 Autores: Luis Mauro Freire, Marcelo Luiz Ursini, Maria do Carmo Vilarino, Henrique Fina Colaborador: Zula Matias
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83 Autores: Bruno Braga, Bruno Perdigão, Igor Ribeiro, Luiz Cattony, Jorge Sanchez, Diego Franco, Moris Fleischman e Hector Loli Colaboradores: Clarisse Figueiredo e Yuka Ogawa Consultores: Renan Cid (Arquiteto) 84 Fernando Vázquez, André Guerra, Jhonny Rezende e Nathália Grippa
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CONCURSO PARQUE DO RIACHO
centro de ensino fundamental
apresentação O concurso público apresenta vantagem por ser mais democrático, abrangente e célere, além de apresentar melhor técnica, preço justo e impessoalidade na escolha do melhor projeto. A realização de concurso público de projetos para equipamentos públicos é o melhor instrumento para a melhora dos projetos, das obras e dos custos, bem como para a qualificação do ambiente construído. Além de tais concursos permitirem a escolha dos melhores resultados para a comunidade — a partir de amplo repertório de soluções —, são uma garantia de que a avaliação e a seleção ocorram de maneira transparente e democrática. Pensando localmente, é de extrema relevância a prestação de serviços públicos básicos por parte do Poder Público ao bairro habitacional Parque do Riacho, para proporcionar melhor qualidade de vida à população e garantir que outros equipamentos públicos, em outras localidades, não fiquem sobrecarregados de demandas, o que ocasionaria falta de vagas e depreciação do serviço prestado. Torna-se ainda mais evidente essa demanda, tendo em vista que as famílias já residentes nas quadras habitacionais solicitam a urgente construção de equipamentos públicos comunitários no empreendimento, como escolas e postos de saúde, cumprindo ao governo do Distrito Federal buscar soluções para o caso. O concurso para o CEF, por exemplo, permitiu estabelecer
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reflexões sobre a importância da relação entre os equipamentos públicos educacionais e a cidade: de um lado, a relação com o entorno; do outro, a relação com as atividades pedagógicas e comunitárias. Experiências locais, ao lograrem êxito, contribuem em escala global para o aperfeiçoamento de processos que visem à seleção dos melhores projetos, bem como para a garantia à sociedade de dignidade e do direito de exercício pleno da cidadania. Disso conclui-se que bons concursos fortalecem a prática da arquitetura de qualidade e, no fim, quem ganha é a sociedade brasileira. Carla de Rezende Castanheira Coordenadora do Concurso
TITULARES Fabiano José Arcadio Sobreira, arquiteto indicado pelo IAB/DF Elcio Gomes da Silva, arquiteto indicado pelo IAB/DF Anderson Fioreti de Menezes, arquiteto indicado pelo CAU/BR André Bello, arquiteto indicado pela SEGETH Tiago Reges da Silva, arquiteto indicado pela SEDF SUPLENTES Matheus Conque Seco Ferreira, arquiteto indicado pelo IAB/DF Clécio Nonato Resende, arquiteto indicado pela SEGETH Flávia Fernandes Koshino Souza, arquiteta indicada pela SEDF
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#1 lugar 80
CONSTRUINDO O LUGAR Inserida numa zona de desenvolvimento urbano recente Região Administrativa Riacho Fundo II - a área destinada para a implantação do Centro de Ensino Fundamental está delimitada na sua porção oeste pela faixa de domínio da linha de alta tensão, a norte por uma rua-estacionamento, a leste por parcelas destinadas a serviços e a sul pelo futuro equipamento Centro-Dia. O território ainda é incerto e a relação mais evidente do lote com as vias de acesso ocorre apenas pela esquina a nordeste. Ao adotarmos uma estratégia projetual que aposta na ocupação perimetral, o CEF - Parque do Riacho recria a frontalidade do lote, alongando e transformando a esquina em um generoso espaço público para o novo bairro. A intenção é que este novo equipamento funcione como um catalisador urbano, induzindo melhorias no entorno. AS ESCALAS DOS PÁTIOS A aposta por desenvolver o programa no perímetro da parcela visa delimitar claramente o espaço público do privado, convertendo todas as áreas livres em pátios, minimizando, portanto, o uso de muros e agregando funções aos espaços residuais. A criação de pátios em diferentes escalas organiza os setores do CEF em escala doméstica e gregária, entendida como a dos pequenos pátios e a do grande pátio. A primeira serve o setor didático: uma sequência de blocos voltados a norte que conformam pequenos pátios – espaços mais reservados e protegidos - voltados à interação das turmas.Com o frescor de suas sombras, pela presença de vegetação, sua escala é própria para a concentração e aprendizagem. Em nítido contraste com o setor pedagógico, o setor de atividades e lazer assume a escala gregária do grande pátio: pé direito maior para acomodar o ginásio de esporte, zonas abertas para vivência e, sobretudo, uma ampla visualização do funcionamento global da escola. O projeto adota um partido de economicidade e sustentabilidade, priorizando sempre os aspectos de ventilação e iluminação ideais: salas didáticas voltadas a norte e seus pequenos pátios a leste, contribuindo para o sistema de ventilação cruzada natural. EM DIFERENTES NÍVEIS A escola se organiza em dois níveis: térreo e primeiro andar. O nível zero é o do acesso, da informação (secretaria, biblioteca), da vivência entre os pátios (doméstico e gregário) e dos espaços de uso comum. O primeiro andar é destinado às salas de aula, distribuídas por série de acordo com a proximidade à entrada principal. A fácil orientação é garantida pela redução da escala e distâncias para as atividades pedagógicas em geral, reservando as longas distâncias e vistas para o espaço esportivo e vivência de pátio descoberto nas áreas térreas.
Ao entrar no edifício a sensação é de acolhimento, em um pé direito de 3.20m, que conduz o aluno diretamente ao pátio coberto: espaço térreo e articulador de todas as funções da escola. Na direção da luz proveniente dos pátios a percepção sensorial é invertida: de liberação e expansão em direção ao céu aberto. No grande pátio descoberto dá-se a legibilidade das principais conexões verticais: uma ampla rampa no sentido longitudinal e uma generosa escada no sentido transversal aos blocos didáticos. Nos pequenos pátios, a conexão vertical é reforçada por escadas secundárias que garantem a multiplicidade de percursos na escola e a flexibilidade de acesso aos terraços de convivência entre as salas de aula. MATERIALIDADE E TECTÔNICA Tendo como foco a agilidade de execução, os sistemas construtivos e estruturais propostos contemplam o uso de elementos industrializados em metal e concreto. Para o setor didático a estrutura em concreto pré-moldado segue a modulação de 7.20mX 9.40m. A proteção solar para as aberturas a norte é composta por brise-soleil horizontal em madeira. Para os elementos de vedação se alternam as esquadrias de alumínio (salas de aula) com as de madeira (áreas comuns: laboratório, biblioteca, auditório), sendo estas últimas relacionadas aos espaços abertos do nível térreo. Os fechamentos em elementos vazados de concreto conferem privacidade e segurança nas áreas mais diretamente relacionadas com a rua. O refeitório também faz uso destes elementos em sua fachada para o pátio descoberto, neste caso os cobogós são recomendados pelos seus efeitos atmosféricos e de ambiência. A construção em estrutura metálica fica destinada à cobertura das áreas de ginásio, circulação e passarela, concebida como um único plano suspenso que aspira à imaterialidade. As áreas cobertas e descobertas do projeto estabelecem o critério para a definição dos materiais do piso: nas áreas abertas ao céu optou-se pela areia compactada (área de atividades lúdicas) e nas zonas cobertas, protegidas das intempéries, a pavimentação permite o uso intenso (de circulação e prática esportiva). Equipe Alexandre Ruiz da Rosa André Bihuna D’Oliveira Haraldo Hauer Freudenberg Rodrigo Vinci Philippi Colaboradores: Lucas de Oliveira Freitas Luca Fischer Michela Neri Consultor Estruturas: Ricardo Henrique Dias
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#2 lugar 86
O projeto arquitetônico do Centro de Ensino Fundamental do Riacho Fundo — CEF, foi elaborado com base em três pilares que estruturam a sua concepção: Urbanidade, Austeridade e Economicidade. A solução arquitetônica proposta incorpora os conceitos e princípios de um grande pavilhão com rasgos superiores, cuja expressão plástica de¬ne, ao mesmo tempo, a apropriação quali-cada do terreno e a interrupção intencional do per¬l urbano da cidade. O traçado urbanístico do Riacho Fundo caracteriza-se pela implantação de unidades habitacionais com cerca de quatro pavimentos, dispostas em estreita faixa de terreno e distribuídas ao longo dos quase nove quilômetros e meio de extensão. Inaugura uma “cidade linear” desprovida de quase nenhuma porosidade. A necessidade de se prever vazios urbanos é patente. O edifício do CEF Riacho Fundo foi projetado com a intenção de proporcionar uma pausa, uma ruptura na paisagem urbana de¬nida por uma extensa faixa edilícia de gabarito constante. Abre-se, portanto, o espaço necessário para construção de um marco referencial com a inserção do CEF, cuja escala, permite a construção de uma nova identidade na estrutura urbana da cidade.
A urbanidade pretendida não se limita às estratégias projetuais de implantação da escola. Preocupa-se igualmente em promover, se assim entenderem válido, um processo participativo constante que pretende proporcionar um amplo envolvimento da comunidade com atividades da escola. O programa de necessidades foi distribuído com vistas a priorizar uma setorização lógica e racional. No pavimento térreo localizamse as atividades de uso público-privado, a saber: refeitório, biblioteca, auditório e quadra poliesportiva com acesso franco e independente para a comunidade. No primeiro pavimento, estão distribuídas as salas de aula, laboratórios e demais atividades administrativas. Portanto, a exibilidade de utilização dos espaços é característica singular que, se bem administrada, certamente proporcionará um envolvimento signi¬cativo da comunidade que se apropriará desse equipamento urbano essencial à promoção da qualidade de vida dos cidadãos.
com rigor a clareza de nossas intenções. As decisões de projeto foram pautadas no sentido de proporcionar uma obra organizada e e¬ciente com redução estratégica das ações construtivas. Os materiais empregados nos acabamentos revelam o comprometimento com os aspectos de praticidade, durabilidade e baixa manutenção, alinhados com os princípios de economicidade na gestão dos recursos públicos. Equipe ArqBr + Estúdio MRGB ArqBr | Eder Alencar, André Velloso, Rodrigo da Cruz, Izabela Brettas, Gabriel Solórzano Estúdio MRGB | Igor Campos, Hermes Romão, Ana Orefice, Rodolfo Marques, Ana Carolina Moreth Consultor Estrutural: Vladmir Villaverde
Certos de que a austeridade do desenho deveria prevalecer como conceito articulador de todo projeto, partimos em busca de uma concepção que expressasse
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#3 lugar 92
O Centro de Ensino Fundamental Parque do Riacho será construído numa região de expansão urbana do Distrito Federal. Esse tipo de região tende a consolidar-se lentamente, passo a passo, ou seja, existirão edifícios e espaços livres iniciais que ao longo dos anos se transformarão em lugares de uso cotidiano. A comunidade local irá conformar a arquitetura a partir das suas atividades, dos seus modos de usar o espaço e dos seus valores culturais. Entende-se que o edifício do Centro de Ensino Fundamental e seu entorno passarão por essas transformações e, para que isso ocorra de forma aberta e coerente, o projeto deve permitir que as potencialidades da comunidade sejam aos poucos incorporadas à arquitetura. Dessa forma, buscou-se promover as seguintes estratégias: >>> Liberdade no nível térreo: a demarcação de um lugar para escola através da construção de um plano de base rebaixado no qual se assentam o pátio coberto e o descoberto. Com isso, pretende-se gerar um espaço de encontro, promotor das atividades educacionais e no qual os diálogos entre estudantes possam acontecer. A partir da construção desse plano rebaixado permitem-se pés-direitos generosos para as salas cênicas, de artes, música que orbitam ao redor do pátio.
didáticas. Assim, caso seja necessário, nos finais de semana e festividades, os espaços da escola podem ser abertos ou fechados resguardando as salas de aula da circulação de público. >>> Fruição nos percursos: a configuração da circulação: passarelas, rampas, escadas e corredores como elementos promotores da vitalidade do edifício. Esses elementos estão visíveis ou associados a transparências, permitindo que os espaços sejam permeáveis e só existam fechamentos quando forem necessário ao desenvolvimento das atividades escolares. Equipe Emerson Vidigal, Eron Costin, Fabio Henrique Faria, João Gabriel Rosa, Martin Kaufer Goic. Colaboradores: Leonardo Venâncio, Marcelo Miotto, Mariana Steiner Gusmão.
>>> Articulação do programa em setores: a concentração das salas de aula e demais atividades educacionais no bloco sul. Isso permite que as áreas de: ginásio, biblioteca, auditório, e administração possam ter seu acesso eventualmente liberado à comunidade, sem prejudicar o funcionamento das atividades
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#menções honrosas 98
A avaliação das propostas concorrentes do Concurso Público Nacional de Projetos de Arquitetura para o Centro de Ensino Fundamental no Parque do Riacho teve início no dia 11 de abril de 2016, sendo estabelecida pelo Presidente da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal – CODHAB, pela Coordenadora do Concurso e, ainda, pelos membros da Comissão Organizadora. Foram recebidas 106 propostas em formato eletrônico. Após o júri decidir acerca do método de avaliação dos projetos, dentro dos critérios estabelecidos nas Bases do Concurso, foram definidas as etapas e a escolha dos estudos. Como contribuição ao debate arquitetônico, particularmente no que diz respeito às soluções adotadas, a Comissão Julgadora deliberou outorgar Menções Honrosas às seguintes propostas: Estudo Preliminar número 102, pela correta setorização do programa de necessidades do edifício revelada em sua implantação, além da criativa e agradável proposta estética representada pelos grafites; Estudo Preliminar número 104, pela clara e provocativa proposta cromática demostrada no tratamento estético de seus volumes; Estudo Preliminar número 119, pela correta orientação das salas de aula e distribuição programática, facilidade de acesso ao auditório e clareza do sistema construtivo; Estudo Preliminar número 167, pela generosidade de seus espaços de convívio no térreo, assim como o agradável tratamento volumétrico de suas circulações verticais - rampas; Estudo Preliminar número 176, pela boa solução de acesso aos equipamentos de uso comunitário, boa distribuição funcional e correta orientação das salas, além de proporcionar um
bom isolamento entre as atividades pedagógicas e comunitárias; Estudo Preliminar número 182, por tratar de projeto que apresenta boa transição de escalas na composição volumétrica e materialidade rica em texturas e cores, recomendáveis para a natureza do equipamento. Apresenta boa distribuição funcional e correta orientação das salas de aula. A Comissão Julgadora decidiu atribuir, ainda, Menção Honrosa com Destaque para o Estudo Preliminar número 153, pela clara setorização e adequada orientação de seu programa revelado em sua implantação, criando a partir da fragmentação dos seus pátios internos, espaços agradáveis e relevantes ao desenvolvimento cognitivo dos usuários, além do simpático tratamento plástico apresentado em sua fachada.
99
MENÇÃO HONROSA
ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 102 Estevan Barin, Jenifer Vescia, Bruno Cassol, William Dal Carobo
100
MENÇÃO HONROSA
ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 104 Arquitetos: Sérgio Roberto Parada, Rodrigo Mônaco Biavati, Felipe Miranda Rodrigues e Júlia Solléro de Paula. Colaboradores: Larissa Almeida Martins Pontes e Caio Monteiro Damasceno.
101
MENÇÃO HONROSA
ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 119 Autor: Renato Dal Pian / Co-autora: Lilian Dal Pian Colaboradores: Carolina Tobias, Luis Taboada
102
MENÇÃO HONROSA
ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 167 Autores: Gustavo Alexandre Cardoso Cantuaria, Lucia Kozak Simaan, Daniel Simaan França
103
MENÇÃO HONROSA
ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 176 Moacir Zancopé Júnior, Fábio Domingos Batista, Igor Costa Spanger, Luciano Suski, Suzanna de Geus, Karin Luciana Klassen, Simone R. N. Born e Rodolfo Luís Scuiciato
104
MENÇÃO HONROSA
ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 182 Autores: Daniel Corsi, Dani Hirano, André Sauaia. Colaboradores: Fábio Carneiro, Julia Lazcano, Gabriela Meyer.
105
MENÇÃO HONROSA COM DESTAQUE
ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 153 Autores: Gustavo Penna Laura Penna Letícia Carneiro Norberto Bambozzi Colaboradores: Oded Stahl Henrique Neves Eduardo Magalhães Membros da Equipe: Alice Flores Barbara Novais Fernanda Tolentino Gabriel Barbosa Ivan Rimsa Jordana Faria Julia Salgado Larissa Freire Naiara Ariana Patrícia Gonçalves Paula Sallum Raquel Moura Raquel Resende Sarah Fernandes Consultores: Bedê Engenharia de Estruturas Lumens Engenharia
106
107
PARTICIPANTES
1 Rogerio Batagliesi, Antonio Malicia, Cristiano Miranda, Tiago Fugimoto, Natasha Capusso, Phellippe Assumpção 2
Eduardo Sáinz, Tiffani Felske
3 Ana Johns, Luiz Dyniewicz, Pedro Mulaski e Neusa Malucelli
#1
#3
#2
#4
4 Arq.Taisa Festugato; Arq.Giovana Santini; Arq.Mariana Battisti Fedumenti; Arq.Matias Vasquez; Acad.Felipe Cassini; Acad.Felipe Mazzochi; Acad.Deise Regalin; Acad.Stephanie Silva; Acad.Luane Sbroglio 5 Autores: Gustavo Penna Laura Penna Letícia Carneiro Norberto Bambozzi Colaboradores: Oded Stahl Henrique Neves Eduardo Magalhães Membros da Equipe: Alice Flores Barbara Novais Fernanda Tolentino Gabriel Barbosa Ivan Rimsa Jordana Faria Julia Salgado Larissa Freire Naiara Ariana Patrícia Gonçalves Paula Sallum Raquel Moura Raquel Resende Sarah Fernandes Consultores: Bedê Engenharia de Estruturas Lumens Engenharia 6 Autores: Eduardo Antônio de Paula Souza e Guimarães; Juliana Vitória Ferreira Coelho Aragão. Colaboradores: Juliana de Toledo Barros e Guimarães; Maria Flavia Santos Padovani; João Claudinei Alves 7 Antonio Caramelo Vasques, Frank Caramelo Magalhães Vasques e Bruno Nunes Ivo 8 Autores: Sergio Faraulo, Frederico Zanelato, Ana Tamie Deno e Camila Monteiro. Colaboradora: Beatriz Goulart. Estagiária: Júlia Carolina Soares.
108
#5
#6
#7
#8
PARTICIPANTES
9 Fabio Landucci Bonugli; Marcela Augusto Goraieb; Marcela Provinciatto Siscão Malago; Frederick Merten; 10 Autores: Anderson Dourado e Edilma Mourão Consultoria Estrutural: Fábio Marquezin e Carlos Conde Perspectiva Eletrônica: Paulo Tripoloni, Priscila Maria, Bruno Bassildo e Diego Yamashiro
#9
#10
11 Autores: Alessandra Leite, Danilo Brandão, Wellington Fernandes 12 Alessio Perticarati Dionisi, Carolina Silva Oukawa, Dalton Bertini Ruas 13 Maira Rios, Felipe Noto, Paulo Emílio Ferreira, Murillo Lazari, Matheus Molinari e Lucas Biancchi 14 Luis Antônio Reis, Maria Eduarda Vasconcelos de Almeida, Allan Arnaldo de Araújo, Marcelo Lopes, Ana Carolina Lopes de Andrade, João Batista de Assis
#11
#12
15 Autores: Daniel Corsi, Dani Hirano, André Sauaia. Colaboradores: Fábio Carneiro, Julia Lazcano, Gabriela Meyer. 16 Autores: Leandro Augusto Leonel Correa, Leandro Bernardes Tridapalli, Thiago Aphonso Florez Caetano
#13
#14
#15
#16 109
PARTICIPANTES
17 Juliana Sicuro, Vitor Garcez, João Magnus Pires 18 Autor: Luis Fernando Zeferino, Colaborador: Elon Pfeiffer Flores, Imagens: Bruno Dias Da Silva, Consultora: Alexandra Maciel
#17
#18
19 Autor: Nonato Veloso; Co-autores: Bruno Campos; Fernanda de Angelis; Marcelo Corte Real Colaboradores: Sophia Rabelo; João Marcos Cardoso 20
Robson Amaral, Tadeu Salmi
21 Autores: Thomaz Vieira, Felipe Loureiro, Yuri Amaral, Thiago Jaconianni Arquitetos: Mariana Bicalho, Livia Carvalho, Renata Portelada
#19
#20
22 Arquitetos: Gabriel Grandó, Cristina Martins, Marcos Laurino, André Landini, Leonardo Neumann, Paula da Cruz, Luis Rocha, Luis Villanova, Christine Beck, Diego Lopes, Camila Sanvitto, Angélica Crusius. Acadêmicos: Marcelo Oliveira, Tamara Santos, Juliana Moroishi, Ricardo Curti, Lucas Gomes 23 Nayhana Miguel Rodrigues e Ana Paula Pinheiro 24 Alberto Enrique Dávila Bravo, Antônio de Pádua Felga Fialho, Adriane Vilela Paulino Colaboradores: Laiz Corradi Alux Maia, Débora Fiúza Lanna, Marcos Rodrigues de Carvalho
110
#21
#22
#23
#24
PARTICIPANTES
25 Karla Regiane Bialecki e Daniel de Mello Artigas 26 Autores do Projeto: Alexandre Ruiz da Rosa André Bihuna D’Oliveira Haraldo Hauer Freudenberg Rodrigo Vinci Philippi Colaboradores: Lucas de Oliveira Freitas Luca Fischer Michela Neri Consultor Estruturas: Ricardo Henrique Dias
#25
#26
27 Catarina Fonseca Barbosa, Rafael Carvalho Iplinsky, Paulo Luvizoto Sampaio, José Cláudio Paneque 28 Moacir Zancopé Júnior, Fábio Domingos Batista, Igor Costa Spanger, Luciano Suski, Suzanna de Geus, Karin Luciana Klassen, Simone R. N. Born e Rodolfo Luís Scuiciato 29 Autores: Alexandre Hepner, João Paulo Payar e Rafael Brych Colaboradores: David Melo e Felippe Duca
#27
#28
30 Luciano Andrades, Andrés Gobba, Maurício Lopez, Rochelle Castro, Matias Carballal, Silvio Machado, Pablo Courreges, Emiliano Lago, Diego Morera, Maurício Muller, Carlos Rey, Nicolás Ramos, Josephine Guillemin, Maïa Bodineau e Marina Lemos 31 José Fabiano de Holanda Cavalcante (Arquiteto), Francisco Leite Aviani (Arquiteto), Luma de Paula Moroshima(Arquiteta), Júlia Gasparini Vidal (Estagiária Arquitetura), Renan Davis (Estagiário Arquitetura), Julia Kanno (Estagiária Arquitetura)
#29
#30
#31
#32
32 Equipe Titular: Arquiteto Marcel Schacher; Arquiteto Felipe Guillante e Arquiteto Felipe Lorencena. Colaboradores: Paisagismo: Arquiteto Alexei Somorovsky | Estrutura e Instalações: Engenheiro Alexandre Pedotte
111
PARTICIPANTES
33 Antonio Lucio Neto, Bruno Calazans, Ísis Figueirôa, Maria Clara Fonseca 34 Thiago Almeida - Priscila Bellas - Lucas Ramos - Zélie Denis
#33
#34
35 Autores: Henrique Fina Luis mauro Freire Marcelo Luiz Ursini Maria do Carmo Vilarino Colaboradores: Zula Matias Estagiários: Jonatas dos Santos Barros Luan Poiani 36 Filipe Leonardo Oliveira Ribeiro, Henrique Rodrigues Gonçalves, Herivelton Gonçalves Veloso, Hudson Gonçalves Martins, Saulo Monteiro Costa Dias 37 Autor: Renato Dal Pian / Co-autora: Lilian Dal Pian Colaboradores: Carolina Tobias, Luis Taboada 38 Autores Do Projeto : Arquitetos Roberto Somlo , Carlotta Capobianco e Andrea Zucchi Colaborador : Arquiteto Lucas Botelho Consultor : Engenheiro Frederico Donagemma
#35
#36
39 Arquiteto: Eduardo Argenton Colonelli Colaboradores: Fabio Bueno Santos, Marina Colonelli Estagiária: Marília Passos 40 Bruno Cabral Nascimento, Frederico André Rabelo, Guilherme de Andrade Bento, Jakelyne Martins Araújo, Luisa Ramos de Brito, Mayra de Paula Nascimento Almeida, Rangel Henrique Brandão Silva
112
#37
#38
#39
#40
PARTICIPANTES
41 Arq. João Batista Martin, Gabriel Brun, Indaira Dimer, Rodrigo Medeiros, Guilherme Dreyer, Nathália Ulrich, Eng. Gilberto Germano Jr.
#41
#42
42 Autor: CoDA Arquitetos Ana Luísa Meira Caterina Ferrero Fernando Longhi Guilherme Araujo Letícia Claro Mariana Leite Pedro Grilo Colaboradores: Diogo Ribeiro Paulo Cavalcante Consultores: Álvaro Batista da Silva (Historiador e educador) Ana Paula Vilarinho (Professora SEDF) Patrícia Almeida (Psicóloga e educadora) Yasser Vasconcelos (engenheiro civil) 43 Arqtº_Eduardo Crafig + Arqtº_Marcio Guarnieri 44 Lisboa
#43
#44
Raul Macadar, Indiana Boscato, Oldy
45 Arquiteto Gustavo Peviani Jacob, Arquiteto Rafael de Almeida Assiz, Arquiteto Felipe Lopez Annunziato, Arquiteto Gustavo Henrique Paschoal Teixeira 46 Ayla Gresta, Cícero Portella, Niele Pires, Raul Maravalhas, Mariana Cintra (consultora) 47 .a Arquitetos Associados Carlos Eduardo Duarte _ arquiteto Fanny Fouquet _ estudante Matheus Borges_ estudante 48 Luiz Felipe Rocha Pinheiro, Lucas Alexandre Neuhaus, Naiara dos Santos Almeida, Cézar Augusto Gebrim
#45
#46
#47
#48 113
PARTICIPANTES
49
Cristiane, Juliana, Mirela, Diego
50 Alvaro Puntoni, João Sodré, Alexandre Mendes, Bruno Satin, Marco Attucci, Micaela Vendrasco, Miguel Meister Neto, Ricardo Froes
#49
#50
51 Carla Gabriely de Oliveira Bessa Alexandra Rodrigues Bragatto Plothow Priscila De Castro e Assis Mayara Kauany Silva Fagundes Colaborador de Imagem: Marcus Vinícius Capuano Lima 52 Projeto de Arquitetura - Autor: Juan Carlos Guillén Salas. Cooautores: Luana Miranda Esper Kallas, Fabricio Escórcio Benevides, Thais Rodrigues Ibiapino. Projeto de Paisagismo - Autora: Luana Miranda Esper Kallas . Coautores: Juan Carlos Guillén Salas, Fabricio Escórcio Benevides, Thais Rodrigues Ibiapino. Estudantes de arquitetura: Thaís Alves Vieira de Aquino, Thaylo Yury Cavalcante Santos. Thiago Almeida Andrade (renderizações).
#51
#52
53 Mariana Rial, Matheus Gaspar, Natércio Cortês E Reginaldo Okusako 54 ArqBr + Estúdio MRGB ArqBr | Eder Alencar, André Velloso, Rodrigo da Cruz, Izabela Brettas, Gabriel Solórzano Estúdio MRGB | Igor Campos, Hermes Romão, Ana Orefice, Rodolfo Marques, Ana Carolina Moreth Consultor Estrutural: Vladmir Villaverde 55
Ricardo Alpoim & Miguel Ferreira
56 Beatriz Crocco, Filipa Hipólito, Luiza Bassani
114
#53
#54
#55
#56
PARTICIPANTES
57 Luiz Mauro do Carmo Passos. Colaboradores: Vinícius Rocha Vieira Machado (concepção e modelagem 3D); Maria Rita Flores (lay-out e desenho AutoCAD), Rodrigo Rocha e Maycon Freitas (renderização). 58
#57
#58
Thomas Lopes Whyte
59 Autores: Bruno Braga, Bruno Perdigão, Igor Ribeiro, Luiz Cattony, Jorge Sanchez, Diego Franco,Moris Fleischman e Hector Loli. Colaboradores: Clarisse Figueiredo, Israel Ascarruz, Pedro Sanchez, Daniel Ingar, Luis Vaez e Henry Guevara. 60 Marcele Salles Martins, Mauricio Kunz, Marina Bernardes, Marisabel Scortegagna, Luiz Roberto Simor. 61 Arq. e Urb. Graziela Agliardi, Arq. e Urb. Leticia Kauer, Arq. e Urb. Mariana Pelisoli Francisco Trespach 62
#59
#60
Giselle Chagas Bueno
63 Camila Nardino, Cleber Scanagatta, Flávia Oldoni, Josiane Scotton, Renan Mullher 64 Bruno Hipólito Semiema de Brito, Marcello Fernandes Mariano, Willian Roman Gomes Cordeiro
#61
#62
#63
#64 115
PARTICIPANTES
65 Barino 66
#65
#66
Fabiana Cho, Fábio Fazza, Achilles Ariane Louzada Sasso Ferrão - Autoria
67 André Dias Dantas, Bruno Bonesso Vitorino, Mariana Wilderom, Rafael Montezi, Renato Dalla Marta, Victor Vernaglia (autores) - AUM arquitetos + Sabará arquitetos Ana Claudia Schad, Aline Pinheiro, Fabiana Kalaigian Kiulhtzian, Rafhael Rosa da Silva, Maíra Baltrusch (colaboradores). 68 Pedro Shima, Willyan Osti Fernandes, Douglas Becker Saraiva, Fernando Henrique Neves 69 Aruã Wagner, KimHoffmann, Natalia Geretto, Weliton Ricoy Torres, André Ferrari, Thiago Cesário Gomes 70 Claudio Antonio Castro de Orte, Arquiteto E Urbanista
#67
#68
71 Raphael Seixas, Ricardo Tadashi, André Botto, Thiago Saburo. 72 Ana Maria Portela Aguiar, Colaboradores; Imagens Heitor Reis; Direção E Vice Direção De Escolas Damiana Gleide Aguiar Protásio; Bibliotecária e Rh Lunalva Das Graças Aguiar Silva, Pesquisa Alice Guimarães
116
#69
#70
#71
#72
PARTICIPANTES
73 Bernardo Telles, Gustavo Bella, Jamile Nassif, Luis Prosillo, Ricardo Carmignani, Roney Matsumura 74 Arquitetura: José Augusto Aly, Giulia Sofia Galante, Léa Bourgeois. Apoio Gráfico + Renders: Carlos Garcia
#73
#74
75 Ronaldo Anarelli Ferrari - Co-Autor - Arquiteto e Urbanista 76 Emerson Vidigal, Eron Costin, Fabio Henrique Faria, João Gabriel Rosa, Martin Kaufer Goic. Colaboradores: Leonardo Venâncio, Marcelo Miotto, Mariana Steiner Gusmão. 77 Engenheira Civil, Arquiteta e Urbanista Lindiane Cardoso de Oliveira 78 Patrícia Akinaga, Andrea Campos, Pedro Rodrigo Leone, Nicoly Moratta, Rodrigo Kamogari
#75
#76
79 Lorena Santos Junqueira, Saulo Rodrigues Coelho da Silva, Otavio Ribeiro Araujo, Ronaldo Sales 80 Estevan Barin, Jenifer Vescia, Bruno Cassol, William Dal Carobo
#77
#78
#79
#80 117
PARTICIPANTES
81 Arquitetos: Sérgio Roberto Parada, Rodrigo Mônaco Biavati, Felipe Miranda Rodrigues e Júlia Solléro de Paula. Colaboradores: Larissa Almeida Martins Pontes e Caio Monteiro Damasceno.
#81
#82
82 Autores: C. Eduardo Felga e Bruno Tavares - Colaboradora: Daniele Baião - Estagiários: Felipe Machado, Vanessa Silva e Helenice Souza. 83 Autores: Ana Círia Chamon, Henrique Rodrigues Fernandes e Ana Cláudia Leal. COBÉ Arquitetura e Design 84 Equipe arqstudioBR arquitetos Autor: Arq Urb Joel campolina Colaboração: Arq Urb. Yasmin Braga Alves e Silva Arq. Urb. Felipe de Paula Campolina Consultorias; Estrutura: Engo. Paulo Rafael Cadaval Bede Instalações Prediais: Eng e Arq Urb Tatiana Gruberger Conforto Ambiental Enga Sandra Botrel Eficiência Energética -Enga Cristiane Silveira de Lacerda
#83
#84
85 Wagner Vieira Paula, Alexandre Okuda Campaneli, Rafael Alves de Andrade, Kim de Paula, Gustavo Wierman Baptista, Marco Aurélio Pierin 86 João Aumond - Arquiteto E Urbanista Jaqueline De Souza - Arquiteta e Urbanista Consultores Luiza C. Galitzki Aumond - Designer Industrial Rafael Caetano - Engenheiro Civil Sergio Foppa - Engenheiro Civil
118
#85
#86
#87
#88
87 Vera Pires, Roberto Ghione. Virtualização e colaboração: Kyria Tsutsumi, André Figueiredo, Thomas Walser Santiago, Stephanie Gonzaga, Maria Eduarda Lins. Paisagismo: Rosilene Guedes 88 Carlos Campelo Clarissa Machado de Carvalho Renata Ruas Thais Oliveira Campelo Flavia Porto Kaline Kalil Giovanna Portela
PARTICIPANTES
89 Hannah Brandino, Neto Peres, Cordolino Hage, Mário de Souza e Roberto Silva (imagens). 90 Autores : Diego Borges, Lívia Pereira e Talita Almeida. Colaboradores: Geovanna de Castro e Bruno Silvestre.
#89
#90
91 arães
Mariana Teles Machado, Zil Guim-
92 Daniel Assuane Duarte, Nadia Barros do Nascimento, Ana Paula Cavalcante Luz, Arnaldo Spachi Neto e Vagner Claro Júnior 93 Luciano Guimarães, Romeu Duarte, Bruno Lima Roque, Nara Mesquita, Sabine Cabasson 94 Clovis Cunha, David Guillemaud, Fernando Cunha 95 Gustavo Alexandre Cardoso Cantuaria, Lucia Kozak Simaan, Daniel Simaan França
#91
#92
#93
#94
#95
#96
96 Caique Schatzmann, Diego Artur Tamanini, Juliana de Albuquerque e Rovy Pessoa Ferreira
119
PARTICIPANTES
97 Eduardo Ferroni, Pablo Hereñú, Camila Paim, Camila Reis, Levy Vitorino e Lucas Cunha 98 Alessandro Maciel - Arquiteto Victor Ricardo Aderne - Arquiteto 99 André dos Santos Ribeiro, Roberto Fontes, Alessandra Ennes do Valle Cantieri
#97
#98
100
Marc Ribó Ventura, Silvio Nicolau
101 Ricardo Jorge Pessôa de Melo, Ana Karenine Sá, Márcio Erlich e Theo Carvalho (perspectivas) 102 Lua Nitsche, Pedro Nitsche, João Nitsche, André Scarpa, Flavia Schikmann, Maria Emanuel Silva, Pamela Gomes, Renata Cupini, Rodrigo Tamburus e Rosário Borges de Pinho
#99
#100
103 Arq. Leonardo Prazeres Veloso de Souza; Arq. Ana Carolina Rodrigues; Arq. Thaís Grachten Leitão; Acad. de Arquitetura José Ricardo Paes de Barros Jr.; Acad. de Arquitetura Mariana Mendes. 104 Bruno Rossi, Marco Artigas Forti, Ricardo Marmorato, Sheila Altmann, Lais Xavier, Lucio Fleury, Marco D´Elia, Ursula Troncoso
120
#101
#102
#103
#104
PARTICIPANTES
105 Autores: Edson Maia Villela Filho, Felipe Semaan Trad, Giselle Luzia Dziura, Gleoberto Marcondes dos Santos Junior e Marlos Hardt. Colaboradores: Eder Lenon e Lucas Oro Rebonato. 106
#105
Luciana Walder
#106
121
CONCURSO PARQUE DO RIACHO
unidade básica de saúde
apresentação A Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (CODHAB) vem promovendo, desde o início de sua gestão atual, a discussão e o lançamento dos Concursos Nacionais de Projeto como instrumento principal de solução para equipamentos públicos e habitações de interesse social. Trata-se de um esforço pioneiro na esfera local, que busca primordialmente maior qualidade arquitetônica, isonomia na seleção dos projetos, celeridade e transparência do início ao fim do processo de construção dessas edificações que servirão à comunidade. A batalha é árdua, no sentido de que faz contraponto direto aos corporativismos da construção civil cujas contratações com o governo, em diversos casos realizados pelo Regime Diferenciado de Contratação de Obras Públicas (RDC), empoderam-nos para definir projeto e execução de acordo com seus interesses, muitas vezes divergentes daqueles interesses do público. Nesse sentido, o concurso para contratação de Projeto Executivo — modalidade que está sendo praticada pela CODHAB — é uma solução ímpar, alvissareira e transparente, tendo em vista que os resultados, os custos e o planejamento da obra podem ser antevistos à sua execução. Tal medida previne a corrupção, o aditamento de prazos e os famigerados aditivos contratuais, infelizmente tão comuns às obras públicas contratadas sem projeto completo. Assim, como arquiteto e urbanista, endosso integralmente a política governamental e, principalmente, de Estado, de incentivo aos concursos de projeto pela pluralidade de soluções,
124
democratização na participação de jovens e experientes profissionais e incontestável qualidade arquitetônica das propostas premiadas. Como coordenador do concurso para a Unidade Básica de Saúde do Parque do Riacho e jurado titular do certame para o Centro de Ensino Infantil, na mesma região administrativa, posso afirmar que aqueles que participam do processo, dos organizadores aos concorrentes, tornam-se tanto mais cônscios de seus papéis como profissionais da construção, importantes agentes transformadores dos espaços públicos. Tal consequência é fundamental para a transformação das cidades em locais promovedores da cidadania, da justiça social e da dignidade humana. Daniel Koji Miike Coordenador do Concurso
COORDENAÇÃO Daniel Koji Miike coordenação Luiz Eduardo Sarmento coordenação adjunta COMISSÃO JULGADORA titulares Ailton Cabral Moraes, arquiteto indicado pelo IAB/DF Daniel Mangabeira da Vinha, arquiteto indicado pelo IAB/DF Renato Nunes, arquiteto indicado pelo CAU/BR Fábio Lisboa Saldanha, arquiteto indicado pela SES/DF Kaled Cozac Filho, arquiteto indicado pela SES/DF suplentes Carlos Abuchaim Weidle, arquiteto indicado pelo IAB/DF Rejane Jung Vianna, arquiteta indicada pela SEGETH Luis Cláudio da Silva, arquiteto indicado pela SESDF
125
#1 lugar 128
A criação de uma Unidade Básica de Saúde organizada a partir de blocos com pátios internos se apoia em uma estratégia projetual com dois focos de qualificação: o externo (espaço urbano) e o interno (humanização funcional). A relação do lote destinado pra elaboração do projeto da Unidade Básica de Saúde (UBS) do Parque do Riacho com o espaço urbano imediato é bastante desafiadora: tanto como tanto por seu entorno fronteiriço com as linhas de alta tensão, como por seu dimensionamento, sendo mais de sete vezes maior que o tamanho destinado para o empreendimento. A parcela do é de grandes proporções, principalmente no sentido longitudinal, considerando a adequação de um projeto de pequeno porte. A estratégia de adoção de blocos térreos com pátios internos amplia a volumetria do edifício, o que permite ao projeto se apropriar das grandes dimensões do terreno, estabelecendo a legibilidade de sua relevância com o equipamento público do bairro. A realização da edificação em um único nível garante a acessibilidade universal e ainda reserva uma área livre considerável para planejamento futuro, permitindo uma racional extensão modular como possível ampliação da Unidade Básica de Saúde. Por outro lado, na relação interna, os pátios induzem a uma atmosfera introspectiva, humanizando o ambiente físico hospitalar pela criação de um microcosmo de proteção e tranquilidade. Com sua escala humana os pátios se tornam espaços exteriores domesticados, sua função é trazer luz natural aos ambientes internos através de um paisagismo controlado. São espaços protegidos das correntes de ar, sombreados, isolados dos ruídos exteriores e conectados com a natureza, conferindo ao projeto limites claros e facilitando sua setorização. A PRAÇA DE ACESSO O acesso à UBS se faz pelo Norte e aproveita da última extensão do passeio público (calçada) para conectá-lo à grande praça de acesso, reservando e isolando a área de mobilidade motorizada e estacionamento para o extremo da via. A proposta de uma praça de acesso é uma aposta por um futuro uso peatonal, qualificando o equipamento de bairro como lugar de encontro (de provável uso intenso em dias de vacinação), conferindo identidade e frontalidade ao edifício público de uso comunitário. HUMANIZAÇÃO FUNCIONAL EM TRÊS BLOCOS Três blocos com seus pátios organizam as necessidades
programáticas de acordo com a vocação de cada setor. Uma solução que oferece flexibilidade e adaptabilidade, própria para a funcionalidade hospitalar desejada. Na ausência de uma paisagem exterior urbana consolidada, cria-se uma sequência de paisagem interior na Unidade Básica de Saúde, com seus respectivos pátios humanizados de função contemplativa, paisagística e de controle térmico. O bloco central, situado no extremo da praça de pedestres proposta, é o do acesso principal. Este é o espaço distribuidor das funções, pois a partir dele o público é conduzido para os outros blocos. Nesta ala o pátio assume uma função mais contemplativa – espelho d’água com plantas aquáticas – característica da formalidade de um espaço de recepção-informação, setor administrativo e auditório. Nele também se concentram serviços de apoio para os outros blocos, ou de atendimento mais direto ao público, como a farmácia e a vacinação. No bloco mais afastado da rua se localiza a maior parcela do setor de atendimento clínico: triagem, consultórios e atendimento à mulher. Sendo o de maior concentração de público, o seu acesso é mais direto e suas esperas são divididas em dois setores. Seguindo o partido projetual, estes espaços são sempre posicionados no lado transversal do bloco retangular, sendo sempre abertos a um amplo pátio sombreado e arborizado. Os consultórios, em geral, acompanham o sentido longitudinal do bloco, ladeando a área central. A organização funcional ao redor de pátios facilita a setorização, minimiza os conflitos entre os setores e garante uma ambiência acolhedora a todos os espaços. O bloco frontal, mais próximo ao estacionamento e à área de carga e descarga, incorpora os setores de apoio técnico e acesso de serviço. Neste bloco também se situa parte do setor de atendimento clínico: os consultórios odontológicos e seus espaços diretamente dependentes. Desta forma, a área de espera do público é mais reduzida, e como os outros espaços de permanência do publico, é conectada e ampliada por um pátio arborizado por espelhos d’água que auxiliam no conforto térmico do edifício. MATERIALIDADE E TECTÔNICA O edifício é projetado visando à economicidade, a modularidade e a racionalidade construtiva. As lajes são suspensas do solo, os pilares são metálicos, e o sistema de coberturas estruturado por treliças metálicas. O fechamento externo dá-se por placas pré-moldadas de concreto, elementos vazados pré-fabricados e esquadrias de estrutura metálica. O véu externo é de dupla
129
camada: cóbogos e vedações de vidros, cujo distanciamento entre as camadas permite que o perímetro dos blocos sirva como galeria de controle térmico, bem como de circulação interna entre consultórios e demais instalações. As vedações garantem uma homogeneidade de fachada e privacidade às salas de serviços. Os fechamentos internos são de dry-wall e conferem flexibilidade aos arranjos funcionais. A cobertura é em telha termo-acústica. A materialidade construtiva proposta visa a qualidade espacial e funcional da UBS, harmonizando físicas e sensorialmente com os usuários e pacientes. ESTRUTURA O embasamento formado por lajes de concreto armado moldadas “in loco” propostas em balanço, com vigias baldrame recuadas e em cotas verticais acima da cota do solo, além de ter papel importante no sistema passivo de conforto térmico da edificação serve de apoio a um piso elevado que cria espaço técnico para as instalações, o que facilitará possíveis futuros arranjos internos. Rampas em lajes de concreto armado interligam os diferentes níveis de embasamento nos três blocos. Sobre o embasamento
130
nascem pilares em tubo de aço, contraventados, que servirão de apoio para treliças planas da cobertura a serem construídas com barras formadas pela associação de cantoneiras de aço, econômicas por receberem os carregamentos das terças diretamente nos nós e de fácil montagem; leve de uma água que será orientada a uma calha externa perimetral situada no ponto mais baixo do telhado, de fácil acesso para a manutenção. SUSTENTABILIDADE E CONFORTO A aparência simples do projeto abriga um coerente sistema de proteção ambiental. Pátrios internos mantêm piscinas de água pluvial tratada, fonte de ar fresco e úmido, além de luz fria. Já a fachada dupla (externa) funciona como véu e frasco. Externamente, um véu: cobogós horizontais resfriam e difundem a luz natural. Mais internamente, um frasco: o pano de vidro preserva a umidade e bloqueia o ruído exterior. A ventilação noturna admite o ar refrigerado e umidificado (refrigeração evaporativa passiva), admitindo junto às piscinas, à sombra de brises soleil, e do próprio volume do prédio. Tais sistemas permitem uma eficiente gestão de recursos, que dispensa o condicionamento artificial de ar.
Equipe Alexandre Ruiz da Rosa, André Bihuna D’Oliveira, Haraldo Hauer Freudenberg, Rodrigo Vinci Philippi. Colaboradores: Lucas de Oliveira Freitas, Luca Fischer, Michela Neri. Consultor Conforto: Aloísio Leoni Schmid.
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#2 lugar 136
A presente proposta buscou explorar a temática da arquitetura hospitalar de maneira a transcender antigos paradigmas comumente associados aos espaços de saúde, essencialmente funcionais e assépticos. Tomando como referência alguns dos conceitos mais admiráveis da arquitetura brasileira encontrados em projetos hospitalares icônicos de Brasília, buscou-se uma simbiose entre o rigor funcional e a humanização dos espaços. Nesta proposta, a valorização da dimensão humana da Unidade Básica de Saúde é atingida pela generosidade e qualidade ambiental dos espaços coletivos sem abdicar da funcionalidade e racionalidade intrínsecos a essa tipologia arquitetônica. A implantação do conjunto acompanha o sentido do terreno, aproveitando-se de sua extensão para organizar o programa por meio de um pavilhão central de uso público que organiza os fluxos, no qual se conectam os blocos com as diferentes funções exigidas. De um lado estão distribuídos os blocos principais de atendimento e consultórios, e na face oposta um bloco linear que condensa as atividades de apoio e funções secundárias do conjunto. A tipologia radicalmente horizontal é adequada às atividades requeridas e ao lugar urbano em que se insere, além de se aproximar à dimensão humana pretendida.
Cria-se assim um equilíbrio entre as esferas pública e individual; entre o grande espaço coletivo do pavilhão dos consultórios e espaços de atendimento, nos quais a singularidade do indivíduo deve ser considerada para um tratamento mais humano e eficiente. A organização linear e democrática, sem segregação hierárquica, propicia a criação de vínculos entre os profissionais da saúde e comunidade. O espaço livre e igualitário do pavilhão central possibilita que as áreas de espera estejam distribuídas entre os pátios, evitando o estigma negativo das grandes aglomerações e filas associados aos equipamentos de saúde públicos, propiciando assim uma maior dignidade e serenidade no aguardo pelo atendimento. Dessa maneira o projeto abre oportunidades para o convívio social.
Equipe Ricardo Felipe Gonçalves, Matheus Marques Rodrigues Alves, Marcus Rosa. Colaboradores: Filipe Battazza, David Melo
Os blocos se articulam com o conjunto de maneira autônoma, tanto do ponto de vista funcional quanto construtivo, garantido uma melhor organização das espacialidades de atendimento, além da evidente flexibilidade e possiblidade de expansão ao longo do terreno. A configuração do acesso se dá por meio da grande praça de chegada que atinge o pavilhão de maneira permeável e democrática. A correta inserção do projeto no espaço urbano é também um fator essencial para a construção de uma unidade de saúde mais humana, na medida em que se abre para a cidade e propicia a inclusão social. Em contraposição ao modelo de espaços herméticos com ambientação artificial, propõemse amplos espaços coletivos no pavilhão central permeados por pequenos pátios molhados e jardins, que garantem uma arquitetura bioclimática adaptada às particularidades de Brasília. A iluminação e ventilação natural são essenciais para a construção de ambientes mais humanos nos quais a arquitetura também possui um papel ativo no processo de recuperação de saúde.
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#3 lugar 142
A proposta arquitetônica concebida para a Unidade Básica de Saúde - UBS, do Riacho Fundo é fruto de profunda reflexão. Incorpora, em sua origem, a simplicidade como princípio conceitual presente em todas as decisões projetuais que definiram a arquitetura do edifício. O partido arquitetônico foi elaborado à luz de alguns preceitos fundamentais, a saber: composição plástica austera, economicidade, clareza construtiva e, em especial, humanização dos ambientes físicos hospitalares. O projeto assume as características de um pavilhão linear, implantado ao longo do terreno. Dois eixos de circulação configuram os elementos ordenadores da composição. Articulam, ao mesmo tempo, o extenso programa de necessidades e prestam-se, igualmente, a organizar os fluxos no interior da UBS. O primeiro eixo de circulação, situado na parcela superior do terreno, é destinado, exclusivamente, aos médicos, dentistas, enfermeiros e demais profissionais. Trata-se de um canal de circulação de serviço restrito aos funcionários. Já o segundo, localizado na parcela inferior ao lote, é destinado à circulação do público. Promove, por sua vez, a necessária facilidade de orientação e compreensão espacial nas dependências da UBS. Módulos de atendimento foram implantados entre os eixos de circulação ao longo de todo o edifício. Concentram os consultórios e demais atividades de atendimento ao público, bem como as atividades relativas ao apoio técnico e administrativo.
A singularidade da proposta está na origem de sua concepção. A intenção foi conceber um edifício hospitalar caraterizado por espaços fluidos, permeáveis, iluminados e dotados de ventilação permanente. Jardins internos foram criados entre os módulos de atendimento com a intenção de promover uma ambientação aprazível. Prestam-se como estruturas que compõe a rica articulação entre cheios e vazios que definem a estrutura volumétrica da edificação. Conferem, ademais, o caráter democrático, aberto e em harmonia com os conceitos de humanização de espaços físicos hospitalares.
Equipe Estúdio MRGB + ArqBr . [ Estúdio MRGB | Hermes Romão, Igor Campos, Ana Orefice, Rodolfo Marques, Ana Carolina Moreth ][ ArqBr | Eder Alencar, André Velloso, Rodrigo da Cruz, Izabela Brettas, Gabriel Solórzano ]
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#menções honrosas 146
A avaliação das propostas concorrentes do Concurso Público Nacional de Projetos de Arquitetura para a Unidade Básica de Saúde do Parque do Riacho teve início dia 18 de abril de 2016, sendo estabelecida pelo Presidente da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal – CODHAB, pelo Coordenador do Concurso e, ainda, pelos membros da Comissão Organizadora. Foram recebidas 76 propostas em formato eletrônico, dentro do prazo definido no cronograma do concurso. Após o júri decidir acerca do método de avaliação dos projetos, dentro dos critérios estabelecidos nas Bases do Concurso, foram definidas as etapas e a escolha dos estudos. Como contribuição ao debate arquitetônico, a Comissão Julgadora deliberou- outorgar Menções Honrosas às seguintes propostas: Estudo Preliminar número 213, pela singularidade do sistema estrutural, boa solução ao conforto térmico/ventilação, especulação estética e adequação à humanização no ambiente; Estudo Preliminar número 215, pela elegância estética, estrutural, permeabilidade visual entre os espaços internos/externos e clareza da apresentação; Estudo Preliminar número 227, pela proposta e caráter da industrialização da construção; Estudo Preliminar número 248, pela originalidade da especulação formal, criatividade e qualidade da representação gráfica; Estudo Preliminar número 264, pela boa utilização do sistema construtivo estrutural de concreto pré-fabricado e otimização do espaço; Estudo Preliminar número 279, pela flexibilidade espacial do sistema estrutural proposto, pela leveza, transparência e força do partido arquitetônico. Em razão da funcionalidade, simplicidade e excelente atendimento ao programa de necessidades, julgou-se por outorgar a Menção Honrosa com Destaque ao Estudo Preliminar número 235.
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MENÇÃO HONROSA ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 213 Autor: César Shundi Iwamizu Co-autores: Eduardo Pereira Gurian, Helena Aparecida Ayoub Silva, Bruno Valdetaro Salvador Arquitetos colaboradores: Luca Caiaffa, Rafael Carvalho, Victor Panucci, Gustavo Kerr, Andrei Barbosa, Leonardo Nakaoka Nakandakari, Fernanda Britto Estagiários: Maria Fernanda Xavier
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MENÇÃO HONROSA
ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 215 Autores: Gustavo Utrabo (Aleph Zero) e Pedro Duschenes (Aleph Zero) Colaboradores: Nicolie Duarte, Daniela Moro e Nicol Gelsi Assessoria estrutural: Jeferson Andrade e Ricardo Dias
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MENÇÃO HONROSA
ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 227 Felipe Cordeiro Martins, Vitor Nunes, Henrique Rocha, Lucas Siqueira, Natália Taiane, Cainã Viera, Thaís Cavalcante, Tiago Alvarenga e Bruna Maia
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MENÇÃO HONROSA
ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 248 Ana Luisa Oliveira Rolim, Fábio Cordeiro de Andrade, Mateus Araruna Gibson, Natália Carneiro Leão Rego Barretto, Vinícius de Lemos Santos, Mariana Queiroz de Castro Lins
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MENÇÃO HONROSA
ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 264 0e1 + MASA Ana Cristina Castagna, Anna Carolina Manfroi, Mario Guidoux, Gabriel Giambastiani, Mariana Samurio, Martin Pronczuk, Santiago Saettone, Eugenia Cedrani, Santiago Facio, Valentina Massud.
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MENÇÃO HONROSA
ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 279 Republica Arquitetura + Carlos E. B. Garcia Arquitetura Autores: Cristina Tosta, Luciano Margotto [Republica Arquitetura] e Carlos E. B. Garcia [Carlos E. B. Garcia Arquitetura] Colaborador: Diogo Alves Gouveia [Republica Arquitetura]
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MENÇÃO HONROSA COM DESTAQUE
ESTUDO PRELIMINAR NÚMERO 235 Arquea Arquitetos | Autores: Bernardo Richter, Fernando Caldeira de Lacerda, Pedro Amin Tavares, Helena Engelhardt Wenzel de Carvalho, Guilherme Arnon Schmitt. Colaboradores: Priscila Milena Vicentim, Guilherme Figueiredo Teixeira Araújo, Maria Isabel Seibel Reis.
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PARTICIPANTES
1
Leandro Bernardes Tridapalli
2
Hamilton Teixera de Almeida Filho
3 0e1 + MASA Ana Cristina Castagna, Anna Carolina Manfroi, Mario Guidoux, Gabriel Giambastiani, Mariana Samurio, Martin Pronczuk, Santiago Saettone, Eugenia Cedrani, Santiago Facio, Valentina Massud.
#1
#2
4 Thalita Lellice & Denise Frees Gatto Colaboradores: Pablo Ribeiro Gatto e Letícia Gatto Consultora Técnica: Mariane Curado 5 Pedro de Moraes, Nilton de Moraes Filho, Bell Cavaléro, Thais Rocha 6 Aderson Passos, Bruno Braga, Bruno Perdigão, Igor Ribeiro, Indira Gurgel, Juliana Rocha, Luciana Costa e Luiz Cattony. Colaboradora: Clarisse Figueiredo.
#3
#4
7 João Batista Martinez Correa, Beatriz Pimenta Correa, Frederico Freitas, Raffaella Yacar, Helena Theodorakis, Sandra Morikawa, Marina Caio Consultor: Henrique Jatene 8 Republica Arquitetura + Carlos E. B. Garcia Arquitetura Autores: Cristina Tosta, Luciano Margotto [Republica Arquitetura] e Carlos E. B. Garcia [Carlos E. B. Garcia Arquitetura] Colaborador: Diogo Alves Gouveia [Republica Arquitetura]
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#5
#6
#7
#8
PARTICIPANTES
9 Anderson Assunção Batista, Elaine Saraiva Calderari, Daniel Pascoal, Gabriela Garcia, Leonardo Graton e Cássio Motta. 10 Alessandra Guarda Manso, António Sérgio Ferreira Henriques, Alysson de Miranda Ferreira
#9
#10
11 Tecnorte Projetos e Construções e Guilherme Pinheiro 12 Zasso
Mario Francisco Neto Maíra Rosauro
13 Ivana Cabral, Cesar De Godoy Gomes, Layane Alves Nunes, Mayara Coimbra E Samara Soares Braga 14 Fábio Domingos Batista, Igor Costa Spanger, Luciano Suski, Moacir Zancopé Júnior, Suzanna de Geus, Karin Luciana Klassen, Rodolfo Luís Scuiciato e Simone R. N. Born
#11
#12
15 Estúdio MRGB + ArqBr . [ Estúdio MRGB | Hermes Romão, Igor Campos, Ana Orefice, Rodolfo Marques, Ana Carolina Moreth ][ ArqBr | Eder Alencar, André Velloso, Rodrigo da Cruz, Izabela Brettas, Gabriel Solórzano ] 16 Bruno Campos, Nonato Veloso, Fernanda de Angelis, Renata Brazil, Marcelo Corte Real. Colaboradora: Sophia Rabelo.
#13
#14
#15
#16 157
PARTICIPANTES
17 Alexandre Ruiz da Rosa, André Bihuna D’Oliveira, Haraldo Hauer Freudenberg, Rodrigo Vinci Philippi. Colaboradores: Lucas de Oliveira Freitas, Luca Fischer, Michela Neri. Consultor Conforto: Aloísio Leoni Schmid. 18 Iuri Nascimento, Larissa Vitta, Maria Clara Medrado, Rodrigo Arruda Colaborador: Rafael Ferraz (perspectivas eletrônicas)
#17
#18
19 Bruno Cassol, Estevan Barin, Jenifer Vescia, William Dal Carobo. Consultoria: Vânia Maria Zurlo Barin 20 Arquiteta e Urbanita Mônica Mendes Padilha e estagiária de Arquitetura e Urbanismo Julia Maria Barros Campos.
#19
#20
21 Arquea Arquitetos | Autores: Bernardo Richter, Fernando Caldeira de Lacerda, Pedro Amin Tavares, Helena Engelhardt Wenzel de Carvalho, Guilherme Arnon Schmitt. Colaboradores: Priscila Milena Vicentim, Guilherme Figueiredo Teixeira Araújo, Maria Isabel Seibel Reis. 22 Cybele Fermino Ferreira da Silva Deise Cristina Rosa Adriana Pereira dos Santos Italo Maioli dos Santos Eliane Roberto Ferreira Natália Urbinati Alves dos Santos 23 Gustavo Garrido, Marcelo Wendel, Renan Bressani, Carolina da Mata, Otávio Dornellas, Ariele Capiler, Natalia Schineider, Bruna Tederke e Debora Oliveira 24 Pietro Marchiori e Raphael Reinold Edo Consultor: Roberto Ararê Sennes
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#21
#22
#23
#24
PARTICIPANTES
25 Katia Maria Crocco Oliveira - Arquiteta Wilson Pombeiro - Arquiteto Wilian Pombeiro Arquiteto Phelippe Pina - Arquiteto Christiane Mascaro Pioli - Maquete Eletrônica 26 Emerson Vidigal, Eron Costin, Fabio Henrique Faria, João Gabriel Rosa, Martin Kaufer Goic Colaboradores: Leonardo Venâncio, Marcelo Miotto, Mariana Steiner Gusmão
#25
#26
27 Gabriel Zem Schneider, Arthur Brizola, Thiago Augustus Prenholato Alves, João Gabriel Küster Cordeiro, Franco Luiz Faust, Lucas Aguillera E Shinyashiki. 28 Arquitetura: Márcia Terazaki, Thiago Rolemberg, Flávia Bueno Colaborador: Gustavo Siqueira Estrutura: Maurício de Farias Paisagismo: Luísa Mellis 29 Ricardo Felipe Gonçalves, Matheus Marques Rodrigues Alves, Marcus Rosa. Colaboradores: Filipe Battazza, David Melo
#27
#28
30 Maria Aparecida Jesus Freitas de Morais (Acadêmica) 31 Autoria: Arqtº Eduardo Crafig e Arqtº Marcio Guarnieri Imagens: Marco Pedroso 32 Cíntia Tengan, Daniel Paranhos, Ricardo Ferraz Braga, Umoatã M. Almeida
#29
#30
#31
#32 159
PARTICIPANTES
33 Marlon Andrioli, Eduardo do Carmo, Josiane Aparecida Wojeick 34 Walter Rogério Ziemath, Anderson Diego Dias, Karoline Bruske
#33
#34
35 Priscila Miranda Alvim Isabella Silva de Oliveira Colaboradores: Alexandre Sampaio da Silva José Carneiro da Cunha Oliveira Neto Consultor de Estrutura: José Humberto Matias de Paula 36 Ésio Glacy de Oliveira, Leandro Agiani Silva, João Ernesto Pessutto, Bruna Renata Farine Milani, Beatriz Ariane Gouveia. 37 Ricardo Clayton Borges Teixeira, Michella Pereira de Moraes, Thais de Souza Parreira, Alessandra Siqueira Faleiro 38
Flávio Bicalho (Consultor)
39 Cláudio Antônio Castro De Orte, Arquiteto e Urbanista
160
#35
#36
#37
#38
#39
#40
40 Glauco Tonon, Alessandra Capella Dias, Raíssa Campoy Tonon
PARTICIPANTES
41 Liliana Lasalvia - AADU Estúdio ; Ailton Demarqui Alves; Helio Gaspar Bibas; Maria Helena Cruz, Beta 2 Engenharia, EAC Serviços.
#41
#42
42 Marta Adriana Bustos Romero Éderson Oliveira Teixeira Ana Carolina C. Correia Lima Aline Curvello da Costa Nemer Colaboradores: Gustavo de Luna Sales Moira Nunes Costa Neves José Marcelo Medeiros Lara Nunes Millena Montefusco dos Santos Fernanda Formiga da Silva Vinicius Bazan Dallaverde Daniele Werneck Rafael Adorno 43 Michel Pilatti Macedo | Colaboradores: Adriana Strapasson, Carolina Heloisa Rietter, Karine Rosanelli, Nivaldo Pontel Jr. 44 Joana Neves Renault; Matheus de Azevedo; Thales Henrique Gomes 45 Beatriz Cintra, Daniel Dubugras e Mônica Schramm.
#43
#44
46 André de Giacomo, Talita de Giacomo, Ricardo Dias, Kamila Yokoyama, André Olak, Bianca Nicoletto Colaborador: Caroline Garcia 47 Estúdio Mosaico | Gustavo Alexandre Cardoso Cantuaria, Daniel Simaan França
#45
#46
#47
#48
48 Equipe de Projeto Arquitetônico, Urbanístico e de Acessibilidade: Coordenador – Arq. Victor Serrano E Silva Arquitetos : Márcia Silva Dos Reis Débora Silva Meletti Nise Maria Serrano Cartaxo Nathalia Garrido do Prado Valladares Flávia Serrano e Silva de Oliveira Consultor: Osmar Rocha Lima e Silva Equipe de Projeto Complementares: Estrutura e Fundações – Eng. Benigno Marcelo Cardoso Rios Instalações Hdro-Sanitárias, Eletricas Gerais, Telefonia e de Proteção Contra Descargas Atmosferícas, Preventivas e de Combate A Incendio, Predias De Gás – Eng. Thales Olympio Goes de Azevedo Filho Paisagismo – Arq. Marília Cabral de Vasconcelos Barretto
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PARTICIPANTES
49 Juliana Sicuro, Vitor Garcez, Daniel Nascimento 50 Eduardo Antônio de Paula Souza e Guimarães, Juliana Vitória Ferreira Coelho Aragão. Colaboradores: Juliana de Toledo Barros e Guimarães, Maria Flávia Santos Padovani, José Claudinei Alves
#49
#50
51 Henrique Fina, Luis Mauro Freire, Marcelo Luiz Ursini e Maria do Carmo Vilarino Colaboradora: Zula Matias Estagiários: Jonatas Barros e Luan Poiani 52 Mariana Damasceno, Morgana Targino Colaboradores: Felinto Neto, Julieta Arcoverde, Rayane Bento, Renally Sales, Rodolfo Rojas. 53 Felipe Cordeiro Martins, Vitor Nunes, Henrique Rocha, Lucas Siqueira, Natália Taiane, Cainã Viera, Thaís Cavalcante, Tiago Alvarenga e Bruna Maia
#51
#52
54 Ana Luisa Oliveira Rolim, Fábio Cordeiro de Andrade, Mateus Araruna Gibson, Natália Carneiro Leão Rego Barretto, Vinícius de Lemos Santos, Mariana Queiroz de Castro Lins 55 César Shundi Iwamizu Co-autores: Eduardo Pereira Gurian, Helena Aparecida Ayoub Silva, Bruno Valdetaro Salvador Arquitetos colaboradores: Luca Caiaffa, Rafael Carvalho, Victor Panucci, Gustavo Kerr, Andrei Barbosa, Leonardo Nakaoka Nakandakari, Fernanda Britto Estagiários: Maria Fernanda Xavier 56 Gabriel Daher Jardim, Deryck Dantom Costa Almeida Colaboradora: Ariadne Silverio
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#53
#54
#55
#56
PARTICIPANTES
57 André Procópio, Aline D’Avola, Julie Trickett Colaborador: Victor Ortiz 58 Alessio Gallizio e Ana Laterza. Colaboradores: João Augusto Pereira Júnior, Sofiane Ouanes e Thiago Barbosa
#57
#58
59 Frederico Andrade de Paulo, Guilherme Fernandes Ferreira, Ana Carolina de Aquino, Bianca Martins, Dalton Carvalho, Jean Gomes, Jean Rocha, Laura Tostes. Colaboradores: Fábio Toledo, Jade Estrela, Larissa Santos, Leonardo Cruz, Maria Eduarda Stephani. 60
Ariane
61 Arq. Danilo Nunes Ferreira, Arq. Franco de Muno Colesanti, Arq. Marielle Aparecida Tolentino Rocha, Arq. Rafael Costa Davi 62 André Fornari. Colaboradores: Diego Torquato, Juliane Fürst. Consultores: Quatro Engenharia
#59
#60
63 Cesar Basso - Bruno Nicoliello - Eduardo Both - Marcelo Gaeta 64 Sacha Faust Rossetto Colaboradores: Igor Marcelo Zanchetin, Julissa Daniela Burtet , Fabiana Trindade
#61
#62
#63
#64 163
PARTICIPANTES
65 Edson Kunihiro, Fernanda Silva, Rogério Costa, Tomas Miquelin 66 Arq. Manoel Balbino, Arq. Mônica Torminn Crosara, Arq. Marcos Laffyte, Arq. Ruber Paulo, Angelina Tavares (estagiária), Fernanda Ferreira (estagiária), Eng. Civil Eduardo Gomes (consultoria), Eng. Civil Eduardo Cintra (consultoria).
#65
#67
#66
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67 Gustavo Utrabo (Aleph Zero) e Pedro Duschenes (Aleph Zero) Colaboradores: Nicolie Duarte, Daniela Moro e Nicol Gelsi Assessoria estrutural: Jeferson Andrade e Ricardo Dias 68 Cesar Borsoi Mathias Pereira, Eriélisi Dias Ramos, Fábio Henrique da Silva Monteiro, Fernando Cesar Carmona Poles, Jesús Márquez Galindo, Júlio César Alves Ferreira, Laura Delgado Pinilla, Luana Paulichen, Rebeca Cavalcante Albuquerque Silva e Tiago Soares Ferraz Martins Colaboradores: Juliana Miyuki Kawamura Machado e Matheus do Carmo CONSULTORES: DRa LIANE MARIA DA SILVA BREVES, DRa TATCHIA PUERTAS GARCIA POLES, Eng Wagner Barbosa de Souza. Designer Felipe Paschoal Escatena. 69
Fabiana Santos Araújo
70 Rodrigo Ponce de Leon, Odilo Almeida, Paulo Monteiro, Talita Saraiva, Breno Holanda 71
164
#69
#70
#71
#72
Luciana Walder
72 Equipe: Arq. e Urb. Viviane Lúcia de Quadros Arq. e Urb. Marcele Salles Martins Arq. e Urb. Rodrigo Rintzel Acad. Arq. e Urb. Maurício Kunz Consultor Estrutural: Eng. Civil Gilnei Artur Drehmer
PARTICIPANTES
73 Sandra Paniago Fideles, Luciana Carvalho Jardim, Sheila da Silveira, AndrĂŠ Amorim Ferreira, Filipe de Castro Clementino. 74 Talita Leandro, Kenny Nogueira, Tamyres Trindade, Kauria Gomes, Vanessa Oliveira
#73
#74
#75
#76
75
Robson Amaral, Tadeu Salmi
76
Lindiane Cardoso de Oliveira
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Cada cidade é formada pelas atividades e costumes de seus habitantes, cujas práticas devem ser consideradas na composição do planejamento urbano. Segundo a ONU, o crescimento desordenado e sem planejamento das cidades favorece o surgimento de favelas, dificulta a implantação de saneamento básico, promove a segregação e a desigualdade social. Para a ONU-Habitat, conceber projetos para cidades e territórios não se limita a instrumentos técnicos: trata-se de um verdadeiro processo de tomada de decisões, que lida com interesses competitivos e está associado a estratégias de desenvolvimento. Pensando em planejamento e estratégias de desenvolvimento, é preciso fortalecer a ideia de que, para haver qualidade de vida e garantia de dignidade às pessoas, é necessária uma estrutura comprometida com tais ideais. Segurança, iluminação e saneamento, por exemplo, são serviços prestados pelo Estado por meio do que chamamos de equipamentos públicos urbanos, enquanto os equipamentos públicos comunitários, como postos de saúde, escolas, quadras de esporte etc. promovem mais qualidade de vida e garante dignidade às famílias. É importante ressaltar que a qualidade das obras públicas está diretamente relacionada à qualidade dos projetos apresentados. Muitos problemas acontecem no decorrer do processo de contratação de uma obra, mas a principal causa desses problemas revela-se em razão dos projetos deficientes.
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Nesse sentido, consoante o disposto na Lei 8666/1993, que estabelece que os contratos para a prestação de serviços técnicos especializados deverão, preferencialmente, ser celebrados mediante a realização de concurso, a CODHAB tem trabalhado para promover concursos públicos, destacando-se, entre outras vantagens, a contratação do melhor projeto — e não a melhor empresa — e a possibilidade de identificar qual projeto se está adquirindo antes da contratação. O desenvolvimento do projeto arquitetônico é de natureza técnica profissional especializada, e a sua contratação por concurso é democrática, possibilitando a escolha da proposta técnica mais qualificada, bem como soluções mais econômicas e eficientes. A contratação por concurso, além de valorizar a arquitetura nacional e oferecer à sociedade soluções de melhor qualidade, abre o mercado para inovações e novas alternativas. O processo de um concurso público traz transparência, visto que é aberto e permite a participação e o acompanhamento pela população em todas as suas etapas. Assegurar o prazo de entrega do produto, além de garantir o aumento da competitividade entre as empresas e a impessoalidade na seleção do projeto, também é uma vantagem dessa modalidade. Por fim, é profícuo ressaltar que o sucesso na realização de concursos públicos de projetos depende do engajamento de toda a equipe — desde o seu planejamento e sua coordenação,
até o alcance de sua função social —, razão pela qual deixo aqui o meu reconhecimento àqueles que contribuíram. Superada a fase de realização dos projetos, avançaremos no objetivo comum da execução das obras dos projetos vencedores, promovendo a qualidade dos equipamentos públicos destinados às comunidades, em especial àquelas mais carentes e sujeitas à vulnerabilidade social, e buscando tornar nossa cidade menos desigual. Júnia Salomão Federman Diretora de Produção Habitacional
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expediente
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GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL Governador - Rodrigo Rollemberg Secretário de Estado de Gestão do Território e Habitação Thiago Teixeira de Andrade Diretor – Presidente da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal Gilson Paranhos Presidência Secretaria Executiva Arlete de Oliveira Assessoria de Planejamento Hélio Araújo Ferreira Assessoria de Comunicação Yaly Pozza Ouvidoria Kamilla Freitas Procuradoria Jurídica Claudia Brandão Assessoria de Auditoria Interna Sérgio Portela Comissão Permanente de Licitação Lucimar Pinheiro de Deus Coordenação Geral de Assistência Técnica Lucélia Duda Diretorias Diretoria de Produção Habitacional (DIPRO) Júnia Salomão Federman Diretoria Imobiliária (DIMOB) Jorge Gutierrez Diretoria de Regularização de Interesse Social (DIREG) Junio César Ferreira Diretoria de Assistência Técnica (DIATE) Carlos Nogueira da Costa Diretoria de Administração e Gestão (DAGES) - Eloy Corazza Ficha Técnica – CODHAB #1 – Concursos Públicos de Projetos Organização Danielle Xavier e Luiz Sarmento Projeto Gráfico e Diagramação Luiz Ferreira e Luiz Sarmento Revisão gramatical Danielle Xavier Revisão técnica Luiz Sarmento Equipe editorial Daniel Melo Yaly Pozza mANU Coordenação geral de tecnologia Concursos CODHAB Wilson Mozzer Lucélia Duda Luiz Sarmento Unidade de Tecnologia (UNTEC) Plataforma de concursos CODHAB: codhab.df.gov.br/concursos Capa Luiz Henrique Ferreira Imagem da capa Alfredo Bezerra 169
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